Propriedades do modal deôntico ought-to-be
DOI:
https://doi.org/10.1590/1981-5794-1807-6Palavras-chave:
Modalidade Deôntica, Deônticos Ought-to-be, Hierarquia de Cinque, Checagem de traços,Resumo
Neste artigo, discutimos diferentes conceitos de obrigação a partir da distinção estabelecida por feldman (1986): (i) interpretação ought-to-be, que envolve uma propriedade de um estado de coisas que deve ocorrer; e (ii) interpretação ought-to-do, que relaciona um agente a um estado de coisas. supomos que tal distinção conceitual resulta de diferenças estruturais. nessa linha, seguimos brennan (1993) e hacquard (2006, 2010). como ainda não há na literatura uma proposta de representação estrutural que dê conta da interpretação ought-to-be, buscamos evidências no português brasileiro para depreender mais precisamente a posição em que o deôntico é concatenado na estrutura para gerar essa interpetação. analisamos fatores como orientação dos deônticos, relação com outros núcleos modais e com categorias de tempo e aspecto. nossos testes apontaram para a existência de um deôntico alto (ought-to-be). este exibe propriedades de um ato de fala diretivo, é orientado para um agente na situação de fala (geralmente o addressee) e não carrega marcas de tempo ou aspecto. embora o deôntico ought-to-be não compartilhe todas essas propriedades com o modal epistêmico, há evidências de que esses modais ocupam a mesma posição na estrutura. por fim, propomos distinguir deônticos ought-to-be de epistêmicos e de deônticos ought-to-do a partir de dois traços: agentividade [ag] e asserção [assert].Downloads
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Publicado
08/08/2018
Como Citar
RECH, N. F.; VARASCHIN, G. Propriedades do modal deôntico ought-to-be. ALFA: Revista de Linguística, São Paulo, v. 62, n. 2, 2018. DOI: 10.1590/1981-5794-1807-6. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/10235. Acesso em: 20 abr. 2024.
Edição
Seção
Artigos Originais
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