Discurso direto e a onomatopéia: a mímica verbal na fala cotidiana

Autores

  • Rosália Dutra

Palavras-chave:

Onomatopéia, discurso direto, língua oral,

Resumo

Este artigo examina algumas propriedades funcionais e gramaticais daquilo a que a literatura se tem referido como linguagem expressiva. Proponho que sentenças completas, ou conjuntos de sentenças, usados como discurso direto, comumente ocorrem na fala coloquial como linguagem expressiva. Uma comparação com o mais expressivo de todos os enunciados - a onomatopéia - mostra que os discursos diretos compartilham com a linguagem onomatopaica propriedades gramaticais e funcionais similares. Quanto ao tratamento teórico, este estudo pretende levantar a questão da intenção em que a língua pode minimizar seu conteúdo proposicional em favor de uma força mais expressiva. Um exame cuidadoso dessa questão pode realmente mostrar que os aspectos proposicional e expressivo da língua necessariamente interagem como forças igualmente importantes na configuração das línguas naturais.

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Como Citar

DUTRA, R. Discurso direto e a onomatopéia: a mímica verbal na fala cotidiana. ALFA: Revista de Linguística, São Paulo, v. 41, n. 1, 2001. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/4036. Acesso em: 19 abr. 2024.