Um estudo semântico enunciativo da corrupção em dicionários e documentos governamentais

Autores

  • Julio Cesar Machado UFSCAR – Universidade Federal de São Carlos / São Carlos - SP

Palavras-chave:

Corrupção, História, Dicionário, Semântica, Jurídico, Enunciação,

Resumo

Descolamos sentidos da palavra corrupção, seu funcionamento e circulação, privilegiadamente no espaço enunciativo jurídico. Abordamo-la como acontecimento, sob o foco da linguística enunciativo-discursiva, envolvendo questões de ordem histórica, política e social. A pertinência da pesquisa parte do fato de que já são aceitos (pelo povo ou pelo Estado) sentidos “não criminais” para o termo. Eles não mais condizem com a memória de desprezível, evidenciado sobremaneira no caso “mensalão”, demonstrando a não transparência da língua, a sua plasticidade polissêmica, a sua constituição política, a sua configuração opaca, bem como seu equívoco indissociável do acontecimento. Mobilizamos para esta visualização, o dispositivo teórico da Semântica do Acontecimento, ancilar à Semântica Histórica da Enunciação e à Analise de Discurso francesa. Tal postura determina a articulação entre teoria e corpus por meio do a priori da história. Nosso procedimento evidenciará uma língua erudita que pode designar a palavra “corrupção” a partir de seu funcionamento, que se pauta no rol das leis jurídicas e desvela uma performatividade.

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Como Citar

MACHADO, J. C. Um estudo semântico enunciativo da corrupção em dicionários e documentos governamentais. ALFA: Revista de Linguística, São Paulo, v. 54, n. 1, 2010. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/2875. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos Originais