Heterogenidade em narrativas escolares: sentidos que se constroem nas diferenças e nos <i>desvios</i>

Autores

  • Maria Madalena Borges Gutierre UNESP - Universidade Estadual Paulista/Araraquara - SP

Palavras-chave:

Narrativas escolares, Gêneros discursivos, Dialogismo, Heterogeneidade enunciativa,

Resumo

O presente trabalho propõe uma reflexão sobre a construção de sentido em narrativas escolares produzidas durante o SARESP - Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo. A proposta é conseqüência da observação de que a prática da redação escolar nos sistemas de avaliação externa constitui uma atividade mecânica e resulta da prescrição de instruções, de forma que os textos produzidos apresentem relativa estabilidade composicional. Considera-se, na análise, 1) que a estabilidade textual decorrente das instruções de produção promove a padronização das redações; 2) que ao se desviar do tema proposto, o sujeito opera com a singularidade das experiências vividas; 3) que em meio à estabilidade promovida pelo Sistema de Avaliação, identificam-se nos textos dos alunos fontes enunciativas que se confrontam e evidenciam valores histórico-culturais, o que permite vislumbrar a condição do aluno como sujeito social e da linguagem como meio de interação. A discussão fundamenta-se nas reflexões de Mikhail Bakhtin sobre dialogismo e gêneros discursivos. Na análise dos textos, atenta-se também para o conceito de heterogeneidade enunciativa discutido por Authier-Revuz.

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Como Citar

BORGES GUTIERRE, M. M. Heterogenidade em narrativas escolares: sentidos que se constroem nas diferenças e nos <i>desvios</i>. ALFA: Revista de Linguística, São Paulo, v. 49, n. 1, 2005. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/1368. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos Originais