Inserção lexical ou envoltório lexical?

Autores

  • Miriam Lemle UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ – Brasil. 21941-901
  • Isabella Lopes Pederneira UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ – Brasil. 21941-901

Palavras-chave:

Interface sintaxe-semântica, Esqueletos básicos de verbos, Ressegmentação na diacronia, Verbos cognatos italiano-português, Relações entre raízes e estruturas,

Resumo

Na análise comparativa das estruturas argumentais de verbos observadas no seu puro esqueleto, a semelhança entre diferentes línguas predomina. Contudo, ao se focalizarem verbos cognatos individuais resultam desencontros: para verbos com o mesmo rótulo fonológico, há estruturas que uma língua aproveita e a outra não. A explicação dessa falta de identidade no espelhamento precisa provir da leitura sintaticamente contextualizada da raiz: os falantes de diferentes línguas podem optar por diferentes leituras para as mesmas formas fonológicas nos mesmos contextos. Podem também dar rótulos fonológicos diferentes para ‘os mesmos eventos’ no mundo. Neste artigo pretendemos ilustrar dois fenômenos de interface sintaxe-semântica: a falta de isomorfia perfeita entre estruturas sintáticas e a sua leitura, com dados de reanálises de particípios, sufixos e prefixos; e realocações de raízes em contextos sintáticos de verbos. A razão de ser da imperfeição na correspondência sintaxe-semântica está no fato de que a estrutura sintática não é determinada por saberes extralinguísticos.

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Como Citar

LEMLE, M.; PEDERNEIRA, I. L. Inserção lexical ou envoltório lexical?. ALFA: Revista de Linguística, São Paulo, v. 56, n. 2, 2012. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/5535. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos Originais