https://periodicos.fclar.unesp.br/cadernos/issue/feedCadernos de Campo: Revista de Ciências Sociais2025-09-12T18:08:39-03:00Equipe Cadernos de Campocadernosdecampo.fclar@unesp.brOpen Journal Systems<p><span style="font-weight: 400;">A <em>Cadernos de Campo: Revista de Ciências Sociais</em> é uma publicação semestral editada pelos discentes e docentes do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara (FCLAr) da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP). O periódico tem por finalidade a divulgação de pesquisas e de trabalhos científicos produzidos por pós-graduandos e docentes do campo das ciências sociais. Prioriza-se o caráter acadêmico dos trabalhos e dos diálogos travados com as subáreas da antropologia, da ciência política e da sociologia, incluindo áreas afins, tais como história, geografia, pedagogia, economia, relações internacionais e filosofia, a fim de abranger um variado leque de áreas nas humanidades. A estruturação da revista admite tanto a publicação de dossiês temáticos quanto de artigos livres e de colaborações especiais. </span></p>https://periodicos.fclar.unesp.br/cadernos/article/view/19079Burocratização, direito territorial e ancestralidade2025-03-10T10:53:22-03:00Irene Silvairene.adryane@ufpe.br2025-09-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Cadernos de Campo: Revista de Ciências Sociaishttps://periodicos.fclar.unesp.br/cadernos/article/view/19715Fake News e democracia2024-10-10T14:00:30-03:00Débora de Oliveira Santosdos.deborasantos@gmail.comBianca Ferreira de Andradebiancafa97@gmail.com<p>Embora os avanços nas tecnologias informacionais e comunicacionais possam fomentar a democratização, eles também facilitam a propagação da desinformação. No Brasil, uma democracia marcada por instabilidades políticas e golpes de Estado, cuja cultura política híbrida combina desconfiança institucional e apoio à democracia, as <em>fake news</em> ganharam destaque nas eleições de 2018. Neste artigo, exploramos como as <em>fake news</em> afetam a democracia a partir da dimensão atitudinal, analisando opiniões, atitudes e comportamentos sobre meios de comunicação, redes sociais e <em>fake news</em> entre brasileiros, bem como sua relação com atitudes democráticas. Utilizando uma abordagem mista, analisamos dados do World Values Survey, da pesquisa “A Cara da Democracia” e de quatro grupos focais. Nossos resultados indicam desconfiança nos meios de informação e baixa verificação de informações. Além disso, identificamos que o apoio a formas autoritárias de governo está associado ao recebimento de fake news e à percepção de que as redes sociais não têm importância política</p>2025-09-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Cadernos de Campo: Revista de Ciências Sociaishttps://periodicos.fclar.unesp.br/cadernos/article/view/19672Conspiracionismo eleitoral no Youtube2025-06-13T16:12:20-03:00André Sampaio Furlaniandresampfurlani@gmail.com<p>Este artigo propõe uma análise de enquadramento do documentário <em>Dossiê Urnas Eletrônicas</em>, publicado às vésperas do segundo turno das eleições de 2018, no canal do YouTube da produtora Brasil Paralelo. O filme documentário pode ser caracterizado como uma teoria conspiratória e é útil para analisar a formação de um discurso de extrema direita contra as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro. Partiu-se de uma literatura sobre desinformação, teorias conspiratórias e pós-verdade, bem como da compreensão do debate histórico sobre as urnas eletrônicas e o contexto de crise da democracia, para refletir sobre o enquadramento realizado pela Brasil Paralelo a partir de dois <em>frames</em>: (in)confiabilidade técnica e (anti)democracia. Buscou-se identificar, na análise de enquadramento, processos específicos de seleção, saliência e omissão, bem como o uso de estratégias de reorganização cognitiva e elementos que compõem uma atmosfera conspiratória. Conclui-se que a Brasil Paralelo, por meio do documentário, compôs o cenário de pós-verdade e crise da democracia ao estimular a desconfiança contra o sistema eleitoral; sequestrou argumentos técnicos críticos ao sistema eletrônico de votação; estabeleceu fronteiras entre amigos e inimigos, alinhando-se ao bolsonarismo; e omitiu fatos e eventos importantes do contexto político.</p>2025-09-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Cadernos de Campo: Revista de Ciências Sociaishttps://periodicos.fclar.unesp.br/cadernos/article/view/19664A política dos memes e os memes da política2025-02-18T13:31:36-03:00José Manuel Mussunda da Silvamussundamiranda@gmail.com<p>Em agosto de 2022, Angola realizou a sua quinta eleição geral desde a transição de regime em 1991-1992. Esta eleição destacou-se pela elevada polarização e intensa mobilização nas plataformas digitais. O presente estudo analisa o papel dos memes, com ênfase no slogan “Vão Gostar” como ferramenta de ação política durante o período eleitoral. Este slogan representa uma transformação na comunicação política, com os memes a emergirem como formas relevantes de engajamento social e político na era digital. A pesquisa adotou uma abordagem qualitativa, com recolha de dados mediante algoritmos, capturas de ecrã e caricaturas, obtidas entre 2020 e 2024, em perfis, páginas e grupos do Facebook e Instagram. Concluímos que o meme político “Vão Gostar” adaptou o discurso político ao ambiente digital, tornando-o mais acessível, especialmente aos jovens, e desafiando o status quo ao questionar estruturas políticas e influenciar a opinião pública. Sendo assim, líderes políticos e partidos têm utilizado os memes políticos como uma ferramenta estratégica para conquistar novos eleitores e militantes. Contudo, essa prática também se insere numa cultura de ódio e desinformação.</p>2025-09-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Cadernos de Campo: Revista de Ciências Sociaishttps://periodicos.fclar.unesp.br/cadernos/article/view/19667Diplomacia científica e inteligência artificial2024-10-28T09:05:15-03:00Amâncio Jorge Silva Nunes de Oliveiraamancioj@usp.brRomeu Bonk Mesquitaromeubonk@gmail.comRodrigo Lyraroplyra@gmail.com<p>O artigo explora o impacto da inteligência artificial (IA) na diplomacia e sua inserção nos ecossistemas globais de inovação, considerando as tensões entre cooperação e competição, e sugere ferramentas com as quais a Diplomacia Científica pode contribuir para o aprimoramento da cooperação internacional no tema da IA. Para isso, analisa-se o estado da arte dessas relações por meio de reflexões mais amplas, do ponto de vista das Relações Internacionais. Discute-se como a IA está transformando a prática diplomática, otimizando funções tradicionais e criando novas dinâmicas. Destaca-se também que a disputa pelo domínio das tecnologias de IA envolve não apenas a supremacia técnica, mas também os modelos de regulamentação adotados por polos como Estados Unidos, União Europeia e China. O artigo, por fim, introduz a Diplomacia Científica e a Diplomacia da Inovação, ressaltando como essas áreas podem contribuir para a criação de políticas públicas baseadas em evidências, equilibrando inovação e governança.</p>2025-09-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Cadernos de Campo: Revista de Ciências Sociaishttps://periodicos.fclar.unesp.br/cadernos/article/view/19521A democratização dos desenhos tecnológicos dos sujeitos digitais2024-09-17T13:52:09-03:00Eder Van Peltederfm@id.uff.br<p>Este artigo investiga as interações entre a democracia e o ambiente digital, explorando como as tecnologias da comunicação e da informação impactam a participação política cotidiana. O estudo analisa a necessidade de regulamentação jurídica para a proteção do “sujeito digital”, adequando os direitos civis tradicionais à Era Digital. A pesquisa utiliza revisão bibliográfica qualitativa, embasada em teóricos da intersecção entre tecnologia e ciências sociais, como Castells, Baumann e Haraway, para mapear questões fundamentais de controle informacional e autodeterminação digital. Para isso, divide-se em duas partes: na primeira, há a análise do que somos enquanto sujeitos digitais; na segunda, apresenta-se a crítica, com base em pressupostos democráticos, aos desenhos tecnológicos do sujeito digital. Os resultados esperados incluem a formulação de diretrizes jurídicas para fortalecer a democracia contemporânea, promovendo o controle cidadão sobre os algoritmos e a proteção da autonomia digital dos indivíduos.</p>2025-09-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Cadernos de Campo: Revista de Ciências Sociaishttps://periodicos.fclar.unesp.br/cadernos/article/view/19608A relação com o outro no meio digital2025-02-12T08:07:26-03:00Icaro Araujo Juritiicaro.ajuriti@gmail.com<p>A inter-relação humana, elemento de extensos estudos e debates, tem ganhado novas camadas de complexidade com a rápida evolução dos meios de comunicação, sobretudo com a popularização das redes sociais digitais, inaugurando novas dinâmicas interacionais que, em um primeiro momento, suscitariam um maior contato com o Outro. No entanto, tento demonstrar, por meio de um esforço reflexivo e teórico, como as lógicas presentes nas dinâmicas digitais, influenciadas em grande parte pelo mercado e pela produção de capital, conduzem a um processo de alienação do Outro e de Si, como um fenômeno de coisificação e de perda da humanidade nas relações digitais, aproximando-se perigosamente de um zoológico humano, uma face mais cruel e extrema dos museus etnográficos do século XIX.</p>2025-09-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Cadernos de Campo: Revista de Ciências Sociaishttps://periodicos.fclar.unesp.br/cadernos/article/view/20480Democracia, redes sociais e inteligência artificial2025-07-29T19:40:07-03:00Luís Gustavo Mello Grohmannlgmgrohmann@gmail.comFábio Hoffmannmolahms@gmail.com<p>Democracia também é comunicação. Aqueles que agem e atuam em regimes democráticos precisam se comunicar. Houve uma longa trajetória histórica, desde os discursos proferidos na Ágora grega ou no Senado romano, passando pela Era Moderna e seus jornais impressos, rádio, televisão, até o início do século XXI, com suas redes sociais digitais e inteligência artificial (IA), período em que ocorreu uma ampliação considerável na criação, no fluxo e no acesso à informação. Atualmente, um dos dilemas centrais na política é a capacidade das pessoas de selecionar suas fontes de acordo com a integridade na transformação dos fatos em conteúdos jornalísticos ou científicos. A ascensão das redes sociais vem transformando rapidamente a comunicação política, alterando lógicas de conflito e modificando o comportamento dos atores e das instituições. Uma nova cultura informacional vem ganhando preponderância nas democracias contemporâneas, desconstruindo e deixando para trás a lógica do fluxo tradicional de comunicação.</p>2025-09-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2025 Cadernos de Campo: Revista de Ciências Sociais