image/svg+xmlA tomada de consciência em uma perspectiva metacognitiva: Possibilidades para a sala de aulaA TOMADA DE CONSCIÊNCIA EM UMA PERSPECTIVA METACOGNITIVA:POSSIBILIDADES PARA A SALA DE AULALA TOMA DE LA CONCIENCIA EN UNA PERSPECTIVA METACOGNITIVA:POSIBILIDADES PARA EL AULATHE TAKE OF CONSCIOUSNESS IN A METACOGNITIVE PERSPECTIVE:POSSIBILITIES FOR THE CLASSROOMMaykon Jhonatan SCHRENK1Rodolfo Eduardo VERTUAN2RESUMO: Este artigo objetiva apresentar entendimentos acerca da tomada de consciênciaem uma perspectiva metacognitiva. Para isso, trata, inicialmente, de aspectos teóricos decognição e de metacognição. Em seguida, discute a tomada de consciência e correlaçõespercebidas entre ela e a metacognição para, a partir disso, apresentar um entendimento detomada de consciência em uma perspectiva metacognitiva. Neste contexto, a tomada deconsciência passa a ser definida como um processo consciente de percepção e reconhecimentoque se dá enquanto o sujeito desenvolve tarefas e lida com situações que envolveminvestigação, de modo que o diálogo empreendido no âmbito de grupos pode suscitarmediações que provoquem esse processo. A tomada de consciência, nesta perspectiva, temcomo essência a administração, a reflexão e a avaliação das ações dos próprios sujeitos e dosfenômenos estudados por eles, de modo a potencializar suas próprias atividades cognitivas emetacognitivas.PALAVRAS-CHAVE: Cognição. Metacognição. Monitoramento cognitivo. Educação.Aprendizagem.RESUMEN: Este artículo tiene como objetivo presentar entendimientos sobre la toma deconciencia en una perspectiva metacognitiva. Para ello, inicialmente se ocupa de losaspectos teóricos de la cognición y la metacognición. Luego, se discute la toma de concienciay las correlaciones percibidas entre ella y la metacognición para, a partir de ahí, presentaruna comprensión de la toma de conciencia en una perspectiva metacognitiva. En estecontexto, la toma de conciencia se define como un proceso consciente de percepción yreconocimiento que tiene lugar mientras el sujeto desarrolla tareas y afronta situaciones queinvolucran investigación, de manera que el diálogo que se lleva a cabo dentro de los grupospuede generar mediaciones que provoquen este proceso. La toma de conciencia, en estaperspectiva, tiene como esencia la administración, reflexión y evaluación de las acciones delos propios sujetos y de los fenómenos estudiados por ellos, con el fin de potenciar suspropias actividades cognitivas y metacognitivas.1Escola Municipal Pedro Álvares Cabral (EMPÁC), Santa Helena – PR – Brasil. Professor dos Anos Iniciais doEnsino Fundamental. Mestre em Educação em Ciências e Educação Matemática (UNIOESTE). ORCID:https://orcid.org/0000-0002-1448-6596. E-mail: maykon_schrenk@hotmail.com2Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Toledo – PR – Brasil. Professor do MagistérioSuperior. Doutorado em Ensino de Ciências e Educação Matemática (UEL). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0695-3086. E-mail: mailto: rodolfovertuan@utfpr.edu.brDoxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022003, jan./dez. 2022 e-ISSN: 2594-8385DOI:https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.157951
image/svg+xmlMaykon Jhonatan SCHRENK e Rodolfo Eduardo VERTUANPALABRAS CLAVE: Cognición. Metacognición. Monitorización cognitiva. Educación.Aprendizaje.ABSTRACT: This article aims to present understandings about take of consciousness raisingin a metacognitive perspective. To do so, it initially deals with theoretical aspects of cognitionand metacognition. Then, it discusses take of consciousness and perceived correlationsbetween it and metacognition to, from there, present an understanding of take ofconsciousness in a metacognitive perspective. In this context, take of consciousness raising isdefined as a conscious process of perception and recognition that takes place while thesubject develops tasks and deals with situations that involve investigation, so that thedialogue undertaken within groups can raise mediations that provoke this process. The takeof consciousness, in this perspective, has as its essence the administration, reflection andevaluation of the actions of the subjects themselves and of the phenomena studied by them, inorder to enhance their own cognitive and metacognitive activities.KEYWORDS: Cognition. Metacognition. Cognitive monitoring. Education. Learning.IntroduçãoImagine-se, por um momento, chegando a uma cidade em que nunca esteve. Épossível que comece a pensar: que lugar visitar? Onde é mais seguro? Como identificar osmelhores trajetos? Mesmo que alguém já tenha lhe falado sobre a cidade, ou ainda, que vocêse localize com uma ferramenta tecnológica, incertezas aparecem e é preciso construirconhecimento sobre esta nova situação. Assim, começam-se a se estabelecer relações epadrões sobre esta cidade, de modo que em um momento futuro você não fique mais perdidoou preocupado em conseguir se localizar nela.Esse primeiro “conhecer” pode permitir a você antecipar situações que antes nãopodiam ser previstas, ganhando tempo e agilidade. Estas antecipações denotam umentendimento de como funciona e de como é essa cidade. Todavia, é a partir da tomada deconsciência sobre este entendimento que consideramos possível monitorar as ações baseadasnos conhecimentos adquiridos. Neste trabalho, que parte da dissertação de mestrado doprimeiro autor3, interessamo-nos, de modo especial, em aprofundar e apresentarentendimentos acerca da tomada de consciência em uma perspectiva metacognitiva.Reconhecemos a importância de práticas e contextos provocativos da tomada deconsciência no ambiente escolar porque entendemos que o estudante que toma consciência3A dissertação de mestrado do primeiro autor teve como objetivo discutir a tomada de consciência de estudantesde quintos e sextos anos ao desenvolverem atividades de Modelagem Matemática, tomadas na perspectiva daEducação Matemática.Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022003, jan./dez. 2022 e-ISSN: 2594-8385DOI:https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.157952
image/svg+xmlA tomada de consciência em uma perspectiva metacognitiva: Possibilidades para a sala de aulados mecanismos e estratégias que mobiliza para aprender tem condições de recorrer aosmesmos mecanismos e aos conceitos já utilizados em experiências anteriores noenfrentamento de novas situações. Esse comportamento denota e contribui para diferentesaprendizagens. Isso porque concordamos que “[...] o ensino deve estimular a pessoa a parar,refletir sobre sua própria maneira de ser, pensar, agir e interagir, assim como convidá-la,conscientemente, a mudar quando for necessário melhorar sua aprendizagem” (PORTILHO,2011, p. 106).Neste contexto é que se empreende a escrita deste artigo, que entende a tomada deconsciência em uma perspectiva metacognitiva, tomando o contexto da sala de aula comoplano de reflexão. Para isso, apresenta, inicialmente, considerações acerca da cognição e dametacognição para, na sequência, discorrer sobre a tomada de consciência e correlaçõespercebidas entre ela e a metacognição.CogniçãoConsiderando o exemplo de visita à cidade, é possível que, ao andar por ela, umapessoa aprenda rotas, pontos de referência, modos de se locomover, enfim, construaconhecimentos ao precisar lidar com diferentes situações. Este conhecimento sobre a cidade éo que podemos relacionar ao que chamamos de cognição.Para Beber, Silva e Bonfiglio (2014), todo conhecimento que o sujeito constróienquanto desenvolve uma tarefa está relacionado aos seus processos cognitivos. Todavia,assim como no caso da visita à cidade, para além das aprendizagens adquiridas, consideramosigualmente importante que os sujeitos reflitam sobre os mecanismos subjacentes aoconhecimento construído, dito de outro modo, que reflitam sobre as aprendizagensconstruídas e sobre os modos de sua construção, o que implicaria na possibilidade de utilizaressas aprendizagens no enfrentamento de novas situações. No contexto escolar, González(2009) atenta para a importância de empreender um ensino que privilegie o desenvolvimentocognitivo dos estudantes, por meio de abordagens que adotem ações de indagação,investigação e gestão da informação.Mas como é possível ao sujeito tomar consciência sobre suas ações e processoscognitivos e compreender como “produz conhecimento”? Neste sentido, passamos a discutir oque tem sido denominado na literatura de metacognição, um processo também cognitivo, masde segundo nível, como quando o sujeito toma como objeto de reflexão e ação, os seuspróprios conhecimentos e “jeitos” de conhecer.Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022003, jan./dez. 2022 e-ISSN: 2594-8385DOI:https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.157953
image/svg+xmlMaykon Jhonatan SCHRENK e Rodolfo Eduardo VERTUANMetacogniçãoNo exemplo de visita à cidade é possível considerar dois cenários: um, em que, ao seandar pela cidade com vistas a chegar a algum destino, não se estabelecem de modoconsciente pontos de referência, ou mesmo busca-se relações entre as ruas; e outro, em que oestabelecimento de relações entre pontos de referência e ruas é feito com vistas a facilitar umapróxima visita, como quem constrói um “um mapa mental” da cidade. Em ambas as situações,temos exemplos de atividades cognitivas relativas à localização na referida cidade, masapenas no segundo cenário é que a atividade cognitiva de “se localizar” é assistida por outraatividade cognitiva, tão importante quanto a primeira, mas considerada de segundo nível, umavez que trata da reflexão sobre a atividade cognitiva anterior. Trata-se, portanto, dametacognição.A metacognição foi considerada, inicialmente, por Flavell (1976, p. 232, traduçãonossa) como “o conhecimento que uma pessoa tem acerca dos próprios processos cognitivosou qualquer coisa relacionada a eles”. Segundo González (1996, p. 109, tradução nossa),metacognição “é um termo usado para designar uma série de operações, atividades e funçõescognitivas empreendidas por uma pessoa mediante um conjunto interiorizado de mecanismosintelectuais”. Portilho (2011, p. 110) afirma que “o termo metacognição se pode aplicar, deforma geral, aos conhecimentos que as pessoas têm sobre a cognição, enquanto estãoresolvendo uma determinada tarefa”. Beber, Silva e Bonfiglio (2014, p. 146), ao encontro deFlavell, apresentam a metacognição como “o conhecimento dos próprios produtos cognitivos,isto é, o conhecimento que o sujeito tem sobre seu conhecimento”. Desse modo, ametacognição pode ser entendida como um pensamento que se dá enquanto desenvolvemosuma tarefa e lidamos com as situações, que coloca as ações empreendidas nessas situaçõescomo foco de análise e reflexão.Ainda que a metacognição nem sempre seja manifestada explicitamente por umsujeito, as reflexões advindas deste tipo de pensamento, de processo mental, influenciam edesencadeiam ações em outras atividades cognitivas. Yanni-Plantevin (1999) atenta que ametacognição do sujeito pode ser a base para que tome decisões relativas à própria atividadecognitiva.Neste sentido, Grangeat (1999) apresenta que duas vias abrem acesso à metacognição,sendo a primeira, o sucesso frente a reais obstáculos cognitivos enfrentados na resolução deproblemas e, o segundo, as relações advindas do trabalho em grupo mediadas por outro.Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022003, jan./dez. 2022 e-ISSN: 2594-8385DOI:https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.157954
image/svg+xmlA tomada de consciência em uma perspectiva metacognitiva: Possibilidades para a sala de aulaSegundo Beber, Silva e Bonfiglio (2014), em contextos escolares, quando o estudante passa aentender como ele pensa para aprender, aumenta as possibilidades de superar suas limitações.Além de aprender sobre os conceitos, ao compreender os processos cognitivos que realizanesse aprender, o estudante pode potencializar o desenvolvimento de competências,fortalecendo áreas já desenvolvidas e estruturadas bem como possibilitando novasaprendizagens e o preparo para o enfrentamento de novos obstáculos.Para González (2009, p. 133), os processos metacognitivos[...] são exercidos nos processos cognitivos; eles implicam o conhecimentode nossos próprios modos de desempenho cognitivo (tanto gerais quantoespecíficos), a capacidade de controlá-los simultaneamente (isto é, durante arealização de alguma tarefa que requer seu uso) e regulá-los, isto é, usá-losou parar de fazê-lo, quando é conveniente alcançar os objetivos que a tarefaprocura.No exemplo da visita à cidade, o conhecimento dos processos cognitivos estárelacionado ao momento em que compreendemos que podemos utilizar os pontos dereferência de forma útil e eficaz. Já a capacidade de regulá-los, se refere ao monitoramentodeste conhecimento a fim de chegar ou retornar a um determinado local e avaliar como foipercorrido o trajeto, ou seja, realizar ações e avaliar como foi esta experiência. Nestecontexto, consideramos interessante aprofundar a ideia de metacognição destacando duasvertentes: o “Conhecimento Sobre a Cognição” e o “Monitoramento Cognitivo”.Metacognição nas vertentes Conhecimento Sobre a Cognição e MonitoramentoCognitivoAo desenvolver uma tarefa, espera-se que o sujeito busque em sua experiênciaconceitos e estratégias que podem facilitar o seu desenvolvimento. Neste momento ametacognição se apresenta na sua vertente “conhecimento sobre a cognição”. Quando osujeito passa a monitorar este processo de revisão de conceitos ou mesmo quando realiza oacompanhamento consciente da execução de um planejamento de resolução, ele estárealizando a metacognição na vertente do “monitoramento cognitivo”.Vertuan e Almeida (2016) apresentam que a metacognição pode ser tomada comoproduto quando se refere ao conhecimento acerca da cognição ou como processo quando serelaciona ao monitoramento que um sujeito exerce sobre sua própria atividade cognitiva.Essas duas vertentes já haviam sido apontadas por González (2009), quando este afirma que aDoxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022003, jan./dez. 2022 e-ISSN: 2594-8385DOI:https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.157955
image/svg+xmlMaykon Jhonatan SCHRENK e Rodolfo Eduardo VERTUANmetacognição está associada ao conhecimento de si próprio, possibilitando a autoconsciência,regulação e controle de sua própria atividade cognitiva.Doly (1999) afirma que os conhecimentos sobre a cognição e os produtos da cogniçãopodem guiar a atividade cognitiva do sujeito, ou seja, podem incidir no “como” o pensamentoe as funções mentais (memória, o raciocínio, a atenção, entre outros) de um sujeito funcionamenquanto desenvolvem uma tarefa ou resolvem um problema.Beber, Silva e Bonfiglio (2014) atentam para a “autorregulação”4. Para os autores, aautorregulação permite ao sujeito desenvolver competências sobre o que é importanteaprender, e não somente aprender, mas sim organizar e executar adequadamente as ideias,para que o desenvolvimento da tarefa apresente um resultado satisfatório.Uma tarefa pode tomar diferentes caminhos e requerer diferentes conceitos para seudesenvolvimento. Estas vertentes da metacognição contribuem para que o sujeito, frente a umrepertório de estratégias e conceitos construídos em sua formação, em suas experiênciasanteriores, possa identificar, analisar e utilizar a estratégia e/ou conceito que considera maisadequado para o contexto. A partir do momento em que o sujeito passa a “refletir sobre” e a“monitorar” seus processos cognitivos enquanto desenvolve uma tarefa, passa a ter algumcontrole sobre ela. Segundo Doly (1999, p. 24), “o controle da tarefa se efetua através dosmecanismos de monitorização e das experiências metacognitivas que podem evocar osmetaconhecimentos úteis à gestão da tarefa”.Vertuan (2013) apresenta um esquema (Figura 1), baseado na perspectiva demetacognição de Flavell, que contribui para a compreensão acerca da metacognição nas suasduas vertentes – conhecimento sobre a cognição e monitoramento cognitivo.4Neste trabalho, as palavras “monitoramento”, “monitoramento cognitivo” e “autorregulação” serão tratadascomo sinônimas.Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022003, jan./dez. 2022 e-ISSN: 2594-8385DOI:https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.157956
image/svg+xmlA tomada de consciência em uma perspectiva metacognitiva: Possibilidades para a sala de aulaFigura 1 – Esquema sobre a metacognição na perspectiva de FlavellFonte: Vertuan (2013, p. 63)No esquema da Figura 1, a vertente conhecimento sobre a cognição envolve doisaspectos: sensibilidadee conhecimento das variáveis pessoa, estratégia e tarefa. SegundoRosa (2011, p. 43),[...] tem-se por “sensibilidade” a capacidade do indivíduo de decidir sobre anecessidade ou não de utilizar estratégias para desenvolver determinadaatividade. [...] É a tomada de decisão do estudante sobre recorrer ou não aopensamento metacognitivo. [...] As variáveis da pessoa, da tarefa e daestratégia, assim como de suas relações, resultam das crenças do indivíduocomo ser cognitivo; é o conhecimento que as pessoas têm sobre elasmesmas, o qual afeta o seu rendimento na realização de suas tarefas(aprendizagem). É estabelecido por meio da tomada de consciência daspróprias variáveis mencionadas, bem como pelo modo como interagem einfluenciam no alcance do objetivo cognitivo.A autora afirma que é por meio da tomada de consciência que se estabelece oconhecimento sobre a cognição (sobre as variáveis pessoa, estratégia e tarefa), de modo apossibilitar o alcance do objetivo cognitivo, como resolver um problema matemático, porexemplo.No caso da visita à cidade, a sensibilidade é que possibilita ao sujeito decidir serecorre ao seu pensamento metacognitivo enquanto anda por ela (cidade). Os conhecimentosdas variáveis pessoa, tarefa e estratégia, denominados conhecimentos metacognitivos, “sãoconstituídos pelos sujeitos, portanto, na reflexão que esses fazem em relação aos própriosprocessos cognitivos postos em ação nas situações cotidianas e na resolução de problemas”Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022003, jan./dez. 2022 e-ISSN: 2594-8385DOI:https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.157957
image/svg+xmlMaykon Jhonatan SCHRENK e Rodolfo Eduardo VERTUAN(VERTUAN, 2013, p. 58) e, no nosso exemplo, são postos em ação pelo sujeito para permitirtrafegar pela cidade e alcançar seu objetivo. Analogamente, no contexto da sala de aula,enquanto desenvolvem uma tarefa, a tomada de consciência dos estudantes se relaciona àreflexão de seus próprios processos cognitivos de modo a possibilitar o pensamentometacognitivo.Explorando o esquema (Figura 1), evidenciamos que a vertente conhecimento sobre acognição constitui um dos quatro fenômenos que interagem na vertente monitoramentocognitivo - conhecimento metacognitivo(ou conhecimento acerca da cognição), que jáapresentamos. Vertuan (2013), com base em Flavell (1979), explica sobre os outros três:experiências metacognitivas“são experiências conscientes, afetivas e cognitivas,que acompanham um empreendimento cognitivo” (VERTUAN, 2013, p. 61);objetivos cognitivos“são os responsáveis por impulsionar e mover a realização deações cognitivas” (VERTUAN, 2013, p. 61). Segundo o autor, é a partir de umobjetivo cognitivo que o sujeito busca em seus conhecimentos metacognitivos, jáincluindo as experiências metacognitivas, maneiras de pensar a tarefa e realizá-la; e ações (ou estratégias) cognitivas, que podem assumir um caráter cognitivo(quando visa atingir um objetivo cognitivo) ou metacognitivo (quando intentaavaliar a situação em estudo, monitorar o processo de resolução, verificar se omodo como está conduzindo a resolução tende a atingir o objetivo almejado).De acordo com Vertuan (2013, p. 62), “a ação do tipo metacognitiva produz tambémexperiências metacognitivas que, por sua vez, agem e modificam os conhecimentosmetacognitivos que, novamente, influenciam os objetivos e ações cognitivas”. Portanto, osquatro fenômenos se interagem instantânea, dinâmica e continuamente.Na seção anterior, apresentamos que, no exemplo de visita à cidade, o conhecimentodos processos cognitivos está relacionado ao momento em que compreendemos que podemosutilizar os pontos de referência de forma útil e eficaz. Já a capacidade de regulá-los se refereao monitoramento deste conhecimento a fim de chegar ou retornar a um determinado local eavaliar como foi percorrido o trajeto, ou seja, realizar ações e avaliar como foi estaexperiência.Neste momento podemos ampliar este conceito, pois em relação à experiênciametacognitiva utilizamos o conhecimento que adquirimos sobre a cidade, para atingir umobjetivo cognitivo, um destino, e as ações e estratégias visam avaliar a situação durante e apósDoxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022003, jan./dez. 2022 e-ISSN: 2594-8385DOI:https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.157958
image/svg+xmlA tomada de consciência em uma perspectiva metacognitiva: Possibilidades para a sala de aulaatingir o objetivo. Desse modo, percebemos que a metacognição na vertente domonitoramento se manifesta por meio da reflexão que o sujeito realiza sobre os processoscognitivos utilizados na visita à cidade e na administração e avaliação desta experiência.Vertuan (2013, p. 64), baseado em Tovar-Gálvez (2008), Flavell (1976) e Flavell eWellman (1977, s/p), apresenta que a reflexão, administração e avaliação se manifestam comodimensões do monitoramento cognitivo:a) dimensão da reflexão na qual o sujeito reconhece e avalia suas própriasestruturas cognitivas, possibilidades metodológicas, processos, habilidades edesvantagens; b) dimensão da administração durante a qual o indivíduo, quejá conhece seu estado, passa a combinar os componentes cognitivosdiagnosticados, a fim de formular estratégias para resolver a tarefa; e c)dimensão de avaliação, através da qual o sujeito valida a implementação desuas estratégias e o grau em que se está alcançando o objetivo cognitivo.Para Vertuan (2013), as três dimensões atuam simultaneamente durante odesenvolvimento de uma tarefa e apresentam um caráter dinâmico, possibilitando que osujeito passe, conforme evolui em suas experiências metacognitivas, a usufruir dosconhecimentos que construiu a fim de potencializar suas aprendizagens.De todo modo, para que o sujeito possa identificar quais processos cognitivos utilizarem diferentes momentos de enfrentamento de um problema, precisa ter sensibilidade paradiscernir o que utilizar e estar aberto para diferentes possibilidades. Trata-se de tomarconsciência sobre as ações, os conceitos e as estratégias que são necessárias nodesenvolvimento de uma tarefa.Destarte, se é por meio da tomada de consciência do sujeito que acontece oconhecimento sobre a cognição (ROSA, 2011) e se este é um dos fenômenos que se relacionaao monitoramento cognitivo, torna-se significativo investigar “se” e “como” a tomada deconsciência influencia esta relação. Com efeito, apresentamos na próxima seção do textorelações entre a tomada de consciência e a metacognição, de modo a esclarecermos oentendimento da tomada de consciência em uma perspectiva metacognitiva.Tomada de consciênciaVoltando ao exemplo do início deste artigo, da visita à uma cidade, atentamos para asexperiências que vamos acumulando nas passagens pela cidade e como elas tendem a facilitarcaso vislumbremos realizar nova visita, principalmente se para além de passar pela cidade,buscarmos estabelecer relações e construir lembranças em relação ao vivido. Quais açõesDoxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022003, jan./dez. 2022 e-ISSN: 2594-8385DOI:https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.157959
image/svg+xmlMaykon Jhonatan SCHRENK e Rodolfo Eduardo VERTUANtomar quando do retorno para a cidade? Quais experiências selecionar como “melhores oucertas”? Neste contexto, abordaremos a “tomada de consciência”, apresentando como asreflexões realizadas a partir da consciência que tomamos sobre nossas opções e ações serelacionam com nossas escolhas.Considerando o dicionário5, a palavra “tomada”, entre seus significados, traz a ideia deação ou efeito de tomar; ação ou efeito de invadir”. Já a palavra “consciência”, entre seussignificados considera a “percepção dos fenômenos próprios da existência”, “noção do que sepassa em nós” e “[Medicina] condição do sistema nervoso central que ocasiona acaracterização precisa, o pensamento lógico e o comportamento coerente”. A tomada deconsciência (“tomada” + “consciência”), nesse contexto, pode ser entendida como a ação deinvadir e/ou pegar a consciência, no sentido de tomar para si a percepção, noção oupensamento sobre algo.Consciência para Vygotsky, segundo Guimarães, Stoltz e Bosse (2008, p. 16), é umtermo utilizado[...] para referir-se à percepção da atividade da mente, ou seja, a consciênciade estar consciente. Tal consciência, segundo o autor, é a que a criançapequena ainda não possui, e que sua entrada na escola irá ativar, pois oaprendizado escolar induz a percepções generalizantes. Vygotsky (1987, p. 78) exemplifica:Antes de prosseguir, queremos esclarecer o termo consciência, no sentidoem que o empregamos ao falar das funções não conscientes “que se tornamconscientes” [...]. A atividade da consciência pode seguir rumos diferentes;pode explicar apenas alguns aspectos de um pensamento ou de um ato.Acabei de dar um nó — fiz isso conscientemente, mas não sei explicar comoo fiz, porque minha consciência estava centrada mais no nó do que nos meuspróprios movimentos, o como da minha ação. Quando este último torna-seobjeto de minha consciência, já terei me tornado plenamente consciente.Utilizamos a palavra consciência para indicar a percepção da atividade damente — a consciência de estar consciente. Uma criança em idade pré-escolar que, em resposta à pergunta: “Você sabe o seu nome?”, diz como sechama, não possui essa percepção autorreflexiva; ela sabe o seu nome, masnão está consciente de que sabe.Alinhando nossa compreensão de consciência à definição vygotskyana é queapropriamos a tomada de consciência em uma perspectiva metacognitiva, pois entendemosque leva em consideração uma percepção, noção ou pensamento de segundo nível, consciente,em que está presente a reflexão. Quando um sujeito identifica, entende e reflete sobre oprocesso que realizou para desenvolver determinada tarefa, pode-se dizer que ele está5https://www.dicio.com.br/.Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022003, jan./dez. 2022 e-ISSN: 2594-8385DOI:https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.1579510
image/svg+xmlA tomada de consciência em uma perspectiva metacognitiva: Possibilidades para a sala de aulaempreendendo uma atividade metacognitiva. De acordo com Beber, Silva e Bonfiglio (2014),este monitoramento lhe será útil no enfrentamento de novas situações, pois ao possuirconhecimento das facilidades e limitações, consegue refletir sobre a estratégia adequada e asações necessárias para este enfrentamento.Segundo Doly (1999, p. 23), as competências metacognitivas “designam os processospelos quais o indivíduo exerce o controle ou autorregulação de sua atividade quando resolveum problema”. A autora afirma, ainda, que a vigilância do controle ou autorregulaçãoacontece por meio das experiências metacognitivas, sendo estas, por sua vez, consideradas“tomadas de consciência” do sujeito sobre o problema enfrentado. Então, apoiando-se emYanni-Plantevin (1999), consideramos que quando o sujeito recorda o processo que realizou ecomo o realizou, consegue tomar consciência de sua ação como uma interação entre ele e oobjeto.Mas seria por meio da tomada de consciência que se dá o desenvolvimento domonitoramento cognitivo? Ou é o processo metacognitivo que permite a tomada deconsciência?Para Doly (1999, p. 27), “a tomada de consciência é [...] um processo que intervémmais tarde para operar uma reformulação conceitualizada dos procedimentos postos em açãopara atingir um fim”. Com efeito, mesmo que aconteça a posteriori, a tomada de consciênciarefaz todo o processo metacognitivo realizado pelo sujeito, ou seja, “implica toda a atividademetacognitiva que passa desde os diferentes níveis de consciência, de intencionalidade até aintrospecção” (PORTILHO, 2011, p. 111). No exemplo de visita à cidade, a atividademetacognitiva realizada pelo sujeito permite que ele tome consciência dos pontos que sãoreferência para aquela situação. No entanto, é devido à consciência que o sujeito toma sobreeste local ou situação, que se torna possível o monitoramento dos processos, experiências eações cognitivas, potencializando novas situações de enfrentamento naquele local.Nesta linha, Guimarães, Stoltz e Bosse (2008) afirmam que é a partir do acesso aopróprio pensamento que se torna possível o seu controle. Porém, se a tomada de consciênciaimplica a atividade metacognitiva, também ela é condição para que ocorra a própria tomadade consciência. Disso se infere que, de acordo com Marini-Filho e Stoltz (2008), situaçõesque estimulem a tomada de consciência podem resultar no desenvolvimento da metacognição.Guimarães, Stoltz e Bosse (2008, p. 25-26) destacam correlações entre a tomada deconsciência e a metacognição, que organizamos em alguns tópicos:Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022003, jan./dez. 2022 e-ISSN: 2594-8385DOI:https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.1579511
image/svg+xmlMaykon Jhonatan SCHRENK e Rodolfo Eduardo VERTUAN- A metacognição pode ser classificada como ferramenta necessária aoprocesso de tomada de consciência, visto que não é possível ao sujeitoalcançar níveis mais elevados de consciência de suas condutas sem lançarmão de suas habilidades metacognitivas. Por outro lado, não é possívelexercer metacognição sem que haja um objeto de conhecimento acessível àconsciência do sujeito;- Para que as habilidades metacognitivas possam ser aplicadas sobre umconhecimento, portanto, é necessário que o sujeito possa ter tomadoconsciência desse saber;- O processo de tomada de consciência e a metacognição são duas instânciasinseparáveis e complementares;- Na prática, esses dois processos se intermeiam e se complementam.É a partir destas correlações que passamos a esclarecer nosso entendimento da tomadade consciência em uma perspectiva metacognitiva.Reflexões e considerações sobre Tomada de Consciência em uma perspectivametacognitivaO enfrentamento de uma situação, como no exemplo da visita à cidade, pode tomardiferentes direções/rumos dependendo da necessidade ou interesse do sujeito. Nestemomento, o “tomar consciência” permite ao sujeito decidir sobre a necessidade ou não derecorrer aos processos cognitivos (o que implica no empreendimento da sensibilidade e naaplicação dos conhecimentos construídos) e age como pontapé inicial do monitoramento a fimde refletir, administrar e avaliar a melhor estratégia a ser utilizada.Igualmente, é pela metacognição que se faz possível tomar consciência sobre estesprocessos cognitivos empregados na ação cognitiva de resolução de um problema. Assim,percebemos uma correlação entre a tomada de consciência e a metacognição, de modo queatuam simultaneamente frente à uma situação que exige reflexão.González (2009) afirma que a metacognição está associada ao conhecimento de sipróprio e, por isso, possibilita a autoconsciência, regulação e controle da própria atividadecognitiva. Ante ao exposto, a tomada de consciência, como a entendemos, em umaperspectiva metacognitiva, tem por essência tanto a presença da sensibilidade e doconhecimento dos processos cognitivos, quanto o seu monitoramento, manifestados nas açõesde refletir, administrar e avaliar conhecimentos, experiências, objetivos e ações cognitivas,permitindo conhecer, reconhecer, regular e valorar os componentes cognitivos do sujeito.De modo a sistematizar todo o processo destacado neste trabalho, buscamosrepresentar na Figura 2 nosso entendimento da tomada de consciência em uma perspectivametacognitiva.Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022003, jan./dez. 2022 e-ISSN: 2594-8385DOI:https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.1579512
image/svg+xmlA tomada de consciência em uma perspectiva metacognitiva: Possibilidades para a sala de aulaFigura 2 – Tomada de consciência em uma perspectiva metacognitivamesmo que envolve Metacognição nas vertentes Reflexão de segundo nível possibilita e potencializa que são que são compreende mesmo que mesmo que Processos que uma pessoa envolve, conjunto interiorizado de mecanismos intelectuais, conhecimento, modos de saber, produto mental. Reflexão de primeiro nível Conhecimento, reflexão, cognição, consciência, compreensão. das variáveis constituídos de constituem a essência da Fonte: Dados da pesquisa - Elaborado pelos autoresNo esquema, a tomada de consciência tem em sua essência as vertentes dametacognição (conhecimento e monitoramento cognitivo), manifestadas na administração,reflexão e avaliação dos fenômenos (conhecimentos metacognitivos, experiênciasmetacognitivas, objetivos cognitivos e ações cognitivas) que envolvem a sensibilidade e oconhecimento das variáveis pessoa, estratégia e tarefa. Todo este processo possibilita àtomada de consciência potencializar a própria atividade metacognitiva do sujeito. Istosignifica que estão entrelaçadas e que este ciclo é dinâmico e contínuo.Além disso, considerando que a metacognição pode ser suscitada pela necessidade dejustificar ideias e procedimentos a outros, é que, em sala de aula, os trabalhos em gruposconfiguram situações privilegiadas de tomada de consciência (VERTUAN, 2013).Neste contexto, conceituamos a tomada de consciência em uma perspectivametacognitiva em contextos escolares como um processo consciente de percepção ereconhecimento que se dá enquanto o sujeito desenvolve tarefas e lida com situações queDoxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022003, jan./dez. 2022 e-ISSN: 2594-8385DOI:https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.1579513
image/svg+xmlMaykon Jhonatan SCHRENK e Rodolfo Eduardo VERTUANenvolvem investigação, de modo que o diálogo empreendido no âmbito de grupos podesuscitar mediações que provoquem esse processo. A tomada de consciência, nestaperspectiva, tem como essência a administração, a reflexão e a avaliação das ações dospróprios sujeitos e dos fenômenos estudados por eles, de modo a potencializar suas própriasatividades cognitivas e metacognitivas.Para Yanni-Plantevin (1999, p. 142), “a tomada de consciência resulta da passagem doinconsciente ao consciente”, e é o monitoramento que permite a reflexão, a administração e aavaliação dos processos cognitivos durante esta passagem.Considerações finais – possibilidade para a sala de aulaNeste artigo objetivamos apresentar a tomada de consciência em uma perspectivametacognitiva. Ao final de nossa argumentação, desenvolvemos um esquema (Figura 2) quenos auxiliou na compreensão e na construção de um entendimento acerca da tomada deconsciência em uma perspectiva metacognitiva, no contexto da sala de aula. Somosconscientes de que este entendimento não está finalizado/acabado, mas sim, ansiando por seraprofundado em pesquisas futuras. Temos como pretensão verificar se e como esteentendimento potencializa as estratégias que podem ser utilizadas pelos estudantes nodesenvolvimento de tarefas em sala de aula, podendo ser um diferencial entre os estudantesque manifestam dificuldade e os que manifestam facilidade em aprender.Com base no referencial teórico desta pesquisa, identificamos algumas ações dosestudantes relacionadas aos conhecimentos e experiências metacognitivas em que a tomada deconsciência pode se revelar e/ou podem estar relacionadas a ela enquanto desenvolvem tarefasno contexto escolar podendo alcançar um objetivo cognitivo: i) do que fazer quando precisamlidar com um problema (DOLY, 1999); ii) do que fazem enquanto organizam e realizam suasatividades, quando resolvem um problema (FLAVELL apudDOLY, 1999); iii) daquilo queproduzem (YANNI-PLANTEVIN, 1999); iv) dos sentimentos que se revelam quandorealizam uma atividade ou quando assimilam uma ideia, um conceito (YANNI-PLANTEVIN,1999); v) dos resultados obtidos, ou ainda, dos porquês dos resultados obtidos (PORTILHO,2011); vi) do modo como se relacionam com seus pares (DOLY, 1999) e; vii) do modo comopensam ou dos mecanismos que mobilizam no desenvolvimento de uma atividade cognitiva(BEBER; SILVA; BONFIGLIO, 2014; YANNI-PLANTEVIN, 1999).Acreditamos que o sujeito que toma conhecimento e monitora seus processoscognitivos potencializa suas estratégias de desenvolvimento da tarefa. E ainda, que em umDoxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022003, jan./dez. 2022 e-ISSN: 2594-8385DOI:https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.1579514
image/svg+xmlA tomada de consciência em uma perspectiva metacognitiva: Possibilidades para a sala de aulacontexto escolar, quando o estudante toma consciência e reflete sobre sua forma de aprender,sobre os conhecimentos que ele já possui sobre determinado conteúdo e sobre como ele ageno momento de desenvolver uma tarefa ou resolver uma situação em diálogo no grupo, estareflexão pode facilitar e potencializar o seu aprendizado e o de seus pares.Esperamos que este trabalho possa levar os leitores a refletir sobre como a tomada deconsciência pode potencializar os processos metacognitivos e permitir compreender emonitorar cognitivamente as situações vivenciadas em nossa experiência, principalmente emcontextos escolares.AGRADECIMENTO: O presente trabalho foi realizado com apoio do Conselho Nacional deDesenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, ao que agradecemos pelo financiamento.REFERÊNCIASBEBER, B.; SILVA, E.; BONFIGLIO, S. Metacognição como processo da aprendizagem. Psicopedagogia, v. 31, n. 95, p. 144-151, 2014. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psicoped/v31n95/07.pdf. Acesso em: 10 nov. 2020.DOLY, A. Metacognição e mediação na escola. In:GRANGEAT, M. (coord.). A metacognição, um apoio ao trabalho dos alunos. Porto: Porto Editora, 1999.FLAVELL, J. H. Metacognitive aspects of problem solving. In: RESNICK, L. B. (ed.). The nature of intelligence. Hillsdale, NJ: Earlbaum, 1976.FLAVELL, J. H. Metacognition and cognitive monitoring: a new area of cognitive – developmental inquiry. American Psychologist, v. 34, n. 10, p. 906-911, 1979.FLAVELL, J. H.; WELLMAN, H. M. Metamemory. In: KAIL, R.; HAGEN, J. W. (ed.). Perspectives on the development of memory and cognition.Hillsdale, N. J.: Erlbaum, p. 3-33, 1977.GONZÁLEZ, F. E. Acerca de la metacognición. Paradigma, v. 14, n. 1-2, p. 109-135, 1996. Disponível em: http://revistaparadigma.online/ojs/index.php/paradigma/article/view/184/182. Acesso em: 20 dez. 2020.GONZÁLEZ, F. E. Metacognición y aprendizaje estratégico. Revista Integra Educativa, v. 2, n. 2, p. 127-136, 2009. Disponível em: http://www.scielo.org.bo/pdf/rieiii/v2n2/n02a05.pdf. Acesso em: 25 jan. 2021.GRANGEAT, M. A metacognição, um apoio ao trabalho dos alunos. Porto: Porto Editora, 1999.Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022003, jan./dez. 2022 e-ISSN: 2594-8385DOI:https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.1579515
image/svg+xmlMaykon Jhonatan SCHRENK e Rodolfo Eduardo VERTUANGUIMARÃES, S. R. K.; STOLTZ, T.; BOSSE, V. R. P. Da tomada de consciência à metacognição. In:GUIMARÃES, S. R. K.; STOLTZ, T. (org.). Tomada de consciência e conhecimento metacognitivo. Curitiba: Editora UFPR, 2008.MARINI-FILHO, R.; STOLTZ, T. Aprendizagem baseada em problemas, metacognição e tomada de consciência: reflexões sobre um estudo transversal. In:GUIMARÃES, S. R. K.; STOLTZ, T. (org.). Tomada de consciência e conhecimento metacognitivo. Curitiba: Editora UFPR, 2008.PORTILHO, E. Como se aprende? Estratégias, estilos e metacognição. 2. ed. Rio de janeiro: Wak, 2011.ROSA, C. T. W. A metacognição e as atividades experimentais no ensino de Física. 2011. 346 f. Tese (Doutorado em Educação Científica e Tecnológica) – Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, Florianópolis, 2011.TOVAR-GÁLVEZ, J. C. Modelo metacognitivo como integrador de estrategias de enseñanza y estrategias de aprendizaje de las ciencias, y su relación con las competencias. Revista Iberoamericana de Educación, v. 46, n. 7, p. 1-9, 2008. Disponível em: https://rieoei.org/RIE/article/view/1916. Acesso em: 24 nov. 2020.VERTUAN, R. E. Práticas de Monitoramento Cognitivo em Atividades de Modelagem Matemática. 2013. 247 f. Tese (Doutorado em Ensino de Ciências e Educação Matemática) –Universidade Estadual de Londrina, UEL, Londrina, 2013.VERTUAN, R. E.; ALMEIDA, L. M. W. Práticas de monitoramento cognitivo em atividades de modelagem Matemática. Bolema, Rio Claro, v. 30, n. 56, p. 1070-1091, dez. 2016. Disponível: https://www.scielo.br/j/bolema/a/FchCbsSq9rJrf8bHJMKJqdt/abstract/?lang=pt. Acesso em: 23 fev. 2021.VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. 1. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1987.YANNI-PLANTEVIN, E. Metacognição e relação com o saber. In:GRANGEAT, M. (coord.). A metacognição, um apoio ao trabalho dos alunos. Porto: Porto Editora, 1999.Como referenciar este artigoSCHRENK, M. J.; VERTUAN, R. E. A tomada de consciência em uma perspectivametacognitiva: Possibilidades para a sala de aula. Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ.,Araraquara, v. 23, n. 00, e022003, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2594-8385. DOI:https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.15795Submetido em:02/11/2021Revisões requeridas em: 20/12/2021Aprovado em: 05/02/2022Publicado em: 30/06/2022Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022003, jan./dez. 2022 e-ISSN: 2594-8385DOI:https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.1579516
image/svg+xmlThe take of consciousness in a metacognitive perspective: Possibilities for the classroomTHE TAKE OF CONSCIOUSNESS IN A METACOGNITIVE PERSPECTIVE:POSSIBILITIES FOR THE CLASSROOMA TOMADA DE CONSCIÊNCIA EM UMA PERSPECTIVA METACOGNITIVA:POSSIBILIDADES PARA A SALA DE AULALA TOMA DE LA CONCIENCIA EN UNA PERSPECTIVA METACOGNITIVA:POSIBILIDADES PARA EL AULAMaykon Jhonatan SCHRENK1Rodolfo Eduardo VERTUAN2ABSTRACT: This article aims to present understandings about take of consciousness raisingin a metacognitive perspective. To do so, it initially deals with theoretical aspects of cognitionand metacognition. Then, it discusses take of consciousness and perceived correlationsbetween it and metacognition to, from there, present an understanding of take ofconsciousness in a metacognitive perspective. In this context, take of consciousness raising isdefined as a conscious process of perception and recognition that takes place while the subjectdevelops tasks and deals with situations that involve investigation, so that the dialogueundertaken within groups can raise mediations that provoke this process. The take ofconsciousness, in this perspective, has as its essence the administration, reflection andevaluation of the actions of the subjects themselves and of the phenomena studied by them, inorder to enhance their own cognitive and metacognitive activities.KEYWORDS: Cognition. Metacognition. Cognitive monitoring. Education. Learning.RESUMO: Este artigo objetiva apresentar entendimentos acerca da tomada de consciênciaem uma perspectiva metacognitiva. Para isso, trata, inicialmente, de aspectos teóricos decognição e de metacognição. Em seguida, discute a tomada de consciência e correlaçõespercebidas entre ela e a metacognição para, a partir disso, apresentar um entendimento detomada de consciência em uma perspectiva metacognitiva. Neste contexto, a tomada deconsciência passa a ser definida como um processo consciente de percepção ereconhecimento que se dá enquanto o sujeito desenvolve tarefas e lida com situações queenvolvem investigação, de modo que o diálogo empreendido no âmbito de grupos podesuscitar mediações que provoquem esse processo. A tomada de consciência, nestaperspectiva, tem como essência a administração, a reflexão e a avaliação das ações dospróprios sujeitos e dos fenômenos estudados por eles, de modo a potencializar suas própriasatividades cognitivas e metacognitivas.1Pedro Álvares Cabral Municipal School (EMPÁC), Santa Helena – PR – Brazil. Teacher of the Early Years ofElementary School. Master in Education in Science and Mathematics Education (UNIOESTE). ORCID:https://orcid.org/0000-0002-1448-6596. E-mail: maykon_schrenk@hotmail.com2Federal Technological University of Paraná (UTFPR), Toledo – PR – Brazil. Professor of the HigherMagisterium. Doctor in Science Teaching and Mathematics Education (UEL). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0695-3086. E-mail: mailto: rodolfovertuan@utfpr.edu.brDoxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022003, Jan./Dec. 2022 e-ISSN: 2594-8385DOI:https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.157951
image/svg+xmlMaykon Jhonatan SCHRENK and Rodolfo Eduardo VERTUANPALAVRAS-CHAVE: Cognição. Metacognição. Monitoramento cognitivo. Educação.Aprendizagem.RESUMEN: Este artículo tiene como objetivo presentar entendimientos sobre la toma deconciencia en una perspectiva metacognitiva. Para ello, inicialmente se ocupa de losaspectos teóricos de la cognición y la metacognición. Luego, se discute la toma de concienciay las correlaciones percibidas entre ella y la metacognición para, a partir de ahí, presentaruna comprensión de la toma de conciencia en una perspectiva metacognitiva. En estecontexto, la toma de conciencia se define como un proceso consciente de percepción yreconocimiento que tiene lugar mientras el sujeto desarrolla tareas y afronta situaciones queinvolucran investigación, de manera que el diálogo que se lleva a cabo dentro de los grupospuede generar mediaciones que provoquen este proceso. La toma de conciencia, en estaperspectiva, tiene como esencia la administración, reflexión y evaluación de las acciones delos propios sujetos y de los fenómenos estudiados por ellos, con el fin de potenciar suspropias actividades cognitivas y metacognitivas.PALABRAS CLAVE: Cognición. Metacognición. Monitorización cognitiva. Educación.Aprendizaje.IntroductionImagine yourself, for a moment, coming to a city you've never been in. It is possiblethat you start thinking: what place to visit? Where is it safer? How to identify the best routes?Even if someone has already told you about the city, or even, that you locate yourself with atechnological tool, uncertainties appear and you need to build knowledge about this newsituation. Thus, relationships and standards are beginning to be established about this city, sothat in a future moment you will no longer be lost or worried about being able to locateyourself in it.This first "know" can allow you to anticipate situations that previously could not bepredicted, gaining time and agility. These anticipations denote an understanding of how itworks and what this city is like. However, it is from the awareness of this understanding thatwe consider it possible to monitor actions based on the knowledge acquired. In this work,which is part of the master's thesis of the first author3, we are especially interested indeepening and presenting understandings about awareness in a metacognitive perspective.We recognize the importance of provocative practices and contexts of awareness in theschool environment because we understand that the student who is aware of the mechanismsand strategies that he mobilizes to learn is able to resort to the same mechanisms and conceptsalready used in previous experiences in coping with new situations. This behavior denotes and3The master's thesis of the first author aimed to discuss the awareness of fifth- and sixth-year students whendeveloping activities of Mathematical Modeling, taken from the perspective of Mathematics Education.Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022003, Jan./Dec. 2022 e-ISSN: 2594-8385DOI:https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.157952
image/svg+xmlThe take of consciousness in a metacognitive perspective: Possibilities for the classroomcontributes to different learnings. That's because we agree that "[...] teaching shouldencourage the person to stop, reflect on his own way of being, thinking, acting andinteracting, as well as consciously invite him to change when it is necessary to improve hislearning" (PORTILHO, 2011, p. 106).In this context, the writing of this article is undertaken, which understands theawareness in a metacognitive perspective, taking the context of the classroom as a plan ofreflection. For this, it presents, initially, considerations about cognition and metacognition, tothen discuss the awareness and perceived correlations between it and metacognition.CognitionConsidering the example of visiting the city, it is possible that, when walking throughit, a person learns routes, points of reference, ways of getting around, in short, buildknowledge when having to deal with different situations. This knowledge about the city iswhat we can relate to what we call cognition.To Beber, Silva and Bonfiglio (2014), all knowledge that the subject builds whiledeveloping a task is related to their cognitive processes. However, as in the case of the visit tothe city, in addition to the acquired learning, we also consider it important that the subjectsreflect on the mechanisms underlying the knowledge constructed, said in another way, thatreflect on the learning built and on the ways in which they are built, which would imply thepossibility of using these learnings in coping with new situations. In the school context,González (2009) attentive to the importance of undertaking a teaching that privileges thecognitive development of students, through approaches that adopt actions of inquiry, researchand information management.But how is it possible for the subject to become aware of their cognitive actions andprocesses and understand how it "produces knowledge"? In this sense, we began to discusswhat has been called in the literature of metacognition, a process also cognitive, but secondlevel, as when the subject takes as an object of reflection and action, his own knowledge and"ways" of knowing.Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022003, Jan./Dec. 2022 e-ISSN: 2594-8385DOI:https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.157953
image/svg+xmlMaykon Jhonatan SCHRENK and Rodolfo Eduardo VERTUANMetacognitionIn the example of visiting the city, it is possible to consider two scenarios: one, inwhich, when walking through the city with a view to reaching a destination, points ofreference are not consciously established, or even seek relations between the streets; andanother, in which the establishment of relations between landmarks and streets is done with aview to facilitating an upcoming visit, as one who builds a "mental map" of the city. In bothsituations, we have examples of cognitive activities related to location in this city, but only inthe second scenario is that the cognitive activity of "locating" is assisted by another cognitiveactivity, as important as the first, but considered second level, since it deals with reflection onthe previous cognitive activity. It is, therefore, metacognition.Metacognition was initially considered by Flavell (1976, p. 232, our translation) as"the knowledge that a person has about one's own cognitive processes or anything related tothem". According to González (1996, p. 109, our translation), metacognition "is a term usedto designate a series of operations, activities and cognitive functions undertaken by a personthrough an internalized set of intellectual mechanisms". Portilho (2011, p. 110) states that "theterm metacognition can generally apply to people's knowledge about cognition while they aresolving a certain task." Beber, Silva and Bonfiglio (2014, p. 146), to Flavell's meeting, presentmetacognition as "the knowledge of the cognitive products themselves, that is, the knowledgethat the subject has about his knowledge". Thus, metacognition can be understood as athought that occurs while we develop a task and deal with situations, which places the actionsundertaken in these situations as a focus of analysis and reflection.Although metacognition is not always explicitly manifested by a subject, thereflections resulting from this type of thinking, from mental process, influence and triggeractions in other cognitive activities. Yanni-Plantevin (1999) aware that the metacognition ofthe subject can be the basis for making decisions related to the cognitive activity itself.In this sense, Grangeat (1999) says that two routes open access to metacognition, thefirst being success in the face of real cognitive obstacles faced in problem solving and, thesecond, the relationships depending on group work mediated by another. According to Beber,Silva and Bonfiglio (2014), in school contexts, when the student begins to understand how hethinks to learn, increases the possibilities of overcoming his limitations. In addition tolearning about the concepts, by understanding the cognitive processes that it performs in thislearning, the student can enhance the development of competencies, strengthening areasDoxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022003, Jan./Dec. 2022 e-ISSN: 2594-8385DOI:https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.157954
image/svg+xmlThe take of consciousness in a metacognitive perspective: Possibilities for the classroomalready developed and structured as well as enabling new learning and preparation for facingnew obstacles.For González (2009, p. 133, our translation), metacognitive processes[...] are exercised in cognitive processes; they imply the knowledge of ourown modes of cognitive performance (both general and specific), the abilityto control them simultaneously (that is, while performing some tasks thatrequires their use) and to regulate them, that is, to use them or stop doing so,when it is convenient to achieve the objectives that the task seeks.In the example of visiting the city, knowledge of cognitive processes is related to themoment when we understand that we can use the reference points in a useful and effectiveway. The ability to regulate them refers to the monitoring of this knowledge in order to reachor return to a certain location and evaluate how the route was traveled, that is, to performactions and evaluate how this experience was. In this context, we find it interesting to deepenthe idea of metacognition highlighting two aspects: the "Knowledge About Cognition" andthe "Cognitive Monitoring".Metacognition in the strands Knowledge About Cognition and Cognitive MonitoringWhen developing a task, the subject is expected to seek in his experience concepts andstrategies that can facilitate their development. At the moment metacognition is presented inits "knowledge about cognition" strand. When the subject begins to monitor this process ofrevision of concepts or even when he performs the conscious monitoring of the execution of aresolution planning, he is performing metacognition in the aspect of "cognitive monitoring".Vertuan and Almeida (2016) present that metacognition can be taken as a productwhen referring to knowledge about cognition or as a process when it relates to the monitoringthat a subject exercises about his own cognitive activity. These two strands had already beenpointed out by González (2009), when he states that metacognition is associated withknowledge of oneself, enabling self-awareness, regulation and control of his own cognitiveactivity.Doly (1999) states that knowledge about cognition and cognition products can guidethe cognitive activity of the subject, that is, they can focus on the "how" the thought andmental functions (memory, reasoning, attention, among others) of a subject work while theydevelop a task or solve a problem.Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022003, Jan./Dec. 2022 e-ISSN: 2594-8385DOI:https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.157955
image/svg+xmlMaykon Jhonatan SCHRENK and Rodolfo Eduardo VERTUANBeber, Silva and Bonfiglio (2014) are looking at "self-regulation"4. For the authors,self-regulation allows the subject to develop competencies about what is important to learn,and not only to learn, but to organize and execute the ideas properly, so that the developmentof the task presents a satisfactory result.A task can take different paths and require different concepts for its development.These aspects of metacognition contribute so that the subject, faced with a repertoire ofstrategies and concepts constructed in his/her training, in his previous experiences, canidentify, analyze and use the strategy and/or concept he considers most appropriate for thecontext. From the moment the subject begins to "reflect on" and "monitor" his cognitiveprocesses while developing a task, he begins to have some control over it. According to Doly(1999, p. 24, our translation), "the control of the task is carried out through monitoringmechanisms and metacognitive experiences that can evoke the metaknowledge useful to themanagement of the task".Vertuan (2013) presents a scheme (Figure 1), based on Flavell's metacognitionperspective, which contributes to the understanding of metacognition in its two strands –knowledge about cognition and cognitive monitoring.4In this work, the words "monitoring", "cognitive monitoring" and "self-regulation" will be treated assynonymous.Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022003, Jan./Dec. 2022 e-ISSN: 2594-8385DOI:https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.157956
image/svg+xmlThe take of consciousness in a metacognitive perspective: Possibilities for the classroomFigure 1 – Scheme on metacognition from Flavell's perspectiveSource: Vertuan (2013, p. 63)In the diagram of Figure 1, the knowledge strand on cognition involves two aspects:sensitivityand knowledge of the variables: person, strategy and task. According to Rosa(2011, p. 43, our translation),[...] the individual's ability to decide whether or not to use strategies todevelop a given activity is "sensitive". [...] It is the student's decision tomake decisions about whether or not to resort to metacognitive thinking. [...]The variables of the person, task and strategy, as well as their relationships,result from the individual's beliefs as cognitive being; it is the knowledgethat people have about themselves, which affects their performance inperforming their tasks (learning). It is established by awareness of thevariables mentioned, as well as by the way they interact and influence theachievement of the cognitive objective.The author states that it is through awareness that knowledge about cognition isestablished (about the variables person, strategy and task), in order to enable the achievementof the cognitive objective, such as solving a mathematical problem, for example.In the case of a visit to the city, the sensitivity is that it allows the subject to decidewhether to resort to his metacognitive thinking while walking through it (city). Theknowledge of the variables person, task and strategy, called metacognitive knowledge, "areconstituted by the subjects, therefore, in the reflection they make in relation to the cognitiveprocesses themselves put into action in everyday situations and in problem solving"(VERTUAN, 2013, p. 58, our translation) and, in our example, are put into action by theDoxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022003, Jan./Dec. 2022 e-ISSN: 2594-8385DOI:https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.157957
image/svg+xmlMaykon Jhonatan SCHRENK and Rodolfo Eduardo VERTUANsubject to allow traffic through the city and achieve its objective. Similarly, in the context ofthe classroom, while developing a task, the students' awareness is related to the reflection oftheir own cognitive processes in order to enable metacognitive thinking.Exploring the scheme (Figure 1), we evidence that the knowledge strand aboutcognition is one of the four phenomena that interact in the cognitive monitoring strand -metacognitiveknowledge (or knowledge about cognition), which we have already presented.Vertuan (2013), based in Flavell (1979), explains about the other three:metacognitive experiences"are conscious, affective and cognitive experiences thataccompany a cognitive enterprise" (VERTUAN, 2013, p. 61, our translation);cognitive objectives"are responsible for boosting and moving cognitive actions"(VERTUAN, 2013, p. 61, our translation). According to the author, it is from acognitive objective that the subject seeks in his metacognitive knowledge, alreadyincluding metacognitive experiences, ways of thinking about the task andperforming it; and cognitive (or strategies) actions, which can assume a cognitive (when aimed atachieving a cognitive objective) or metacognitive (when attempting to evaluate thesituation under study, monitor the resolution process, verify whether the way it isconducting the resolution tends to achieve the desired objective).According to Vertuan (2013, p. 62, our translation), "metacognitive action alsoproduces metacognitive experiences that, in turn, act and modify metacognitive knowledgethat, again, influence cognitive objectives and actions." Therefore, the four phenomenainteract instantaneously, dynamically and continuously.In the previous section, we present that, in the example of a visit to the city, theknowledge of cognitive processes is related to the moment when we understand that we canuse the reference points in a useful and effective way. The ability to regulate them refers tothe monitoring of this knowledge in order to reach or return to a certain location and evaluatehow the route was traveled, that is, to perform actions and evaluate how this experience was.At this moment we can expand this concept, because in relation to the metacognitiveexperience we use the knowledge we acquire about the city, to achieve a cognitive objective,a destination, and the actions and strategies aim to evaluate the situation during and afterreaching the goal. Thus, we perceive that the metacognition in the monitoring aspect isDoxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022003, Jan./Dec. 2022 e-ISSN: 2594-8385DOI:https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.157958
image/svg+xmlThe take of consciousness in a metacognitive perspective: Possibilities for the classroommanifested through the reflection that the subject performs on the cognitive processes used inthe visit to the city and in the administration and evaluation of this experience.Vertuan (2013, p. 64, our translation), based on Tovar-Gálvez (2008), Flavell (1976)and Flavell and Wellman (1977, [n.d.], our translation), presents that reflection,administration and evaluation are manifested as dimensions of cognitive monitoring:a) dimension of reflection in which the subject recognizes and evaluates hisown cognitive structures, methodological possibilities, processes, abilitiesand disadvantages; b) dimension of administration during which theindividual, who already knows his state, begins to combine the diagnosedcognitive components in order to formulate strategies to solve the task; andc) evaluation dimension, through which the subject validates theimplementation of his strategies and the degree to which the cognitiveobjective is achieved.According to Vertuan (2013), the three dimensions act simultaneously during thedevelopment of a task and present a dynamic character, enabling the subject to pass, as heevolves in his metacognitive experiences, to enjoy the knowledge he has built in order toenhance his learning.In any case, in order for the subject to identify which cognitive processes to use atdifferent times of coping with a problem, he/she needs to have sensitivity to discern what touse and be open to different possibilities. It is about becoming aware of the actions, conceptsand strategies that are necessary in the development of a task.Thus, if it is through the awareness of the subject that knowledge about cognitionhappens (ROSA, 2011) and if this is one of the phenomena that is related to cognitivemonitoring, it becomes significant to investigate "if" and "how" the awareness influences thisrelationship. In fact, we present in the next section of the text relations between awareness andmetacognition, in order to clarify the understanding of awareness in a metacognitiveperspective.AwarenessReturning to the example of the beginning of this article, of the visit to a city, we payclose to the experiences that we accumulate in the passages through the city and how theytend to facilitate if we glimpse make another visit, especially if in addition to passing throughthe city, we seek to establish relationships and build memories in relation to the lived. Whatactions to take when returning to the city? Which experiences to select as "best or right"? InDoxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022003, Jan./Dec. 2022 e-ISSN: 2594-8385DOI:https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.157959
image/svg+xmlMaykon Jhonatan SCHRENK and Rodolfo Eduardo VERTUANthis context, we will approach "awareness", presenting how the reflections made from theawareness we take about our choices and actions relate to our choices.Considering the dictionary, the word "taken"5, among its meanings, brings the idea of"action or effect to take; action or effect of invading." The word "consciousness", among itsmeanings, considers the "perception of the phenomena proper to existence", "notion of what ishappening in us" and "[Medicine] condition of the central nervous system that causes precisecharacterization, logical thinking and coherent behavior". The awareness ("taken" +"consciousness"), in this context, can be understood as the action of invading and/or takingconsciousness, in the sense of taking for itself the perception, notion or thought aboutsomething.Consciousness for Vygotsky, according to Guimarães, Stoltz and Bosse (2008, p. 16,our translation), is a term used[...] to refer to the perception of the activity of the mind, that is, theawareness of being conscious. Such awareness, according to the author, isthat which the small child does not yet have, and that their entry into schoolwill activate, because school learning induces generalizing perceptions. Vygotsky (1987, p. 78, our translation) exemplifies:Before proceeding, we want to clarify the term consciousness, in the sensethat we employ it when talking about non-conscious functions "that becomeconscious" [...]. The activity of consciousness can follow differentdirections; can explain only a few aspects of a thought or an act. I justknotted —I did it consciously, but I can't explain how I did it, because myconsciousness was centered more on the knot than on my own movements,how i did my action. When the latter becomes the object of myconsciousness, I will have become fully aware. We use the wordconsciousness to indicate the perception of mind activity—the awareness ofbeing conscious. A preschooler who, in response to the question: "Do youknow your name?", says what it is called, does not have this self-reflectiveperception; She knows your name, but is not aware that she does.Aligning our understanding of consciousness to the Vygotsky definition is that weappropriate the awareness in a metacognitive perspective, because we understand that it takesinto account a perception, notion or second-level conscious thinking, in which reflection ispresent. When a subject identifies, understands and reflects on the process he/she performedto develop a given task, it can be said that he is undertaking a metacognitive activity.According to Beber, Silva and Bonfiglio (2014), this monitoring will be useful to him in5https://www.dicio.com.br/.Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022003, Jan./Dec. 2022 e-ISSN: 2594-8385DOI:https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.1579510
image/svg+xmlThe take of consciousness in a metacognitive perspective: Possibilities for the classroomcoping with new situations, because by having knowledge of the facilities and limitations, hecan reflect on the appropriate strategy and the actions necessary for this confrontation.According to Doly (1999, p. 23, our translation), metacognitive competencies"designate the processes by which the individual exercises control or self-regulation of hisactivity when solving a problem". The author also states that the surveillance of control orself-regulation happens through metacognitive experiences, which, in turn, are considered"aware" of the subject about the problem faced. Then, based on Yanni-Plantevin (1999), weconsider that when the subject recalls the process he performed and how he performed it, he isable to become aware of his action as an interaction between him and the object.But is it through awareness that cognitive monitoring develops? Or is it themetacognitive process that allows awareness?For Doly (1999, p. 27, our translation), "awareness is [...] a process that interveneslater to operate a conceptualized reformulation of the procedures put in place to achieve anend". In fact, even if it happens a posteriori, the awareness remakes the entire metacognitiveprocess performed by the subject, that is, "implies all the metacognitive activity that passesfrom the different levels of consciousness, from intentionality to introspection" (PORTILHO,2011, p. 111, our translation). In the example of visiting the city, the metacognitive activityperformed by the subject allows him to become aware of the points that are a reference forthat situation. However, it is due to the awareness that the subject takes about this place orsituation, that it becomes possible to monitor the processes, experiences and cognitive actions,enhancing new coping situations in that place.In this line, Guimarães, Stoltz and Bosse (2008) state that it is from the access to one'sown thought that its control becomes possible. However, if awareness implies metacognitiveactivity, it is also a condition for the very awareness to occur. It is inferred that, according toMarini-Filho and Stoltz (2008), situations that stimulate awareness can result in thedevelopment of metacognition.Guimarães, Stoltz and Bosse (2008, p. 25-26, our translation) highlight correlationsbetween awareness and metacognition, which we organize in some topics:- Metacognition can be classified as a necessary tool for the process ofawareness, since it is not possible for the subject to reach higher levels ofawareness of his/her conducts without using his/her metacognitive abilities.On the other hand, it is not possible to exercise metacognition withouthaving an object of knowledge accessible to the subject's consciousness;- To metacognitive abilities to be applied on a knowledge, therefore, it isnecessary that the subject may have become aware of this knowledge;Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022003, Jan./Dec. 2022 e-ISSN: 2594-8385DOI:https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.1579511
image/svg+xmlMaykon Jhonatan SCHRENK and Rodolfo Eduardo VERTUAN- The process of awareness and metacognition are two inseparable andcomplementary instances;- In practice, these two processes interchange and complement each other.It is from these correlations that we come to clarify our understanding of awareness ina metacognitive perspective.Reflections and considerations on Awareness in a metacognitive perspectiveCoping with a situation, as in the example of visiting the city, can take differentdirections/directions depending on the need or interest of the subject. At this moment,"become aware" allows the subject to decide on the need or not to resort to cognitiveprocesses (which implies in the enterprise of sensitivity and in the application of constructedknowledge) and acts as the kickoff of monitoring in order to reflect, administer and evaluatethe best strategy to be used.Likely, it is by metacognition that it is possible to become aware of these cognitiveprocesses used in the cognitive action of solving a problem. Thus, we perceive a correlationbetween awareness and metacognition, so that they act simultaneously in the face of asituation that requires reflection.González (2009) states that metacognition is associated with self-knowledge and,therefore, enables self-awareness, regulation and control of cognitive activity itself. In view ofthe above, awareness, as we understand it, in a metacognitive perspective, has as its essenceboth the presence of sensitivity and knowledge of cognitive processes, as well as theirmonitoring, manifested in the actions of reflecting, administering and evaluating knowledge,experiences, objectives and cognitive actions, allowing to know, recognize, regulate and valuethe cognitive components of the subject.In order to systematize the entire process highlighted in this work, we seek torepresent in Figure 2 our understanding of awareness in a metacognitive perspective.Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022003, Jan./Dec. 2022 e-ISSN: 2594-8385DOI:https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.1579512
image/svg+xmlThe take of consciousness in a metacognitive perspective: Possibilities for the classroomFigure 2 – Awareness in a metacognitive perspectiveSource: Research data - Prepared by the authorsIn the scheme, awareness has in its essence the aspects of metacognition (knowledgeand cognitive monitoring), manifested in the administration, reflection and evaluation ofphenomena (metacognitive knowledge, metacognitive experiences, cognitive objectives andcognitive actions) that involve the sensitivity and knowledge of the variables person, strategyand task. This whole process allows the awareness to potentiate the subject's ownmetacognitive activity. This means that they are intertwined and that this cycle is dynamic andcontinuous.Moreover, considering that metacognition can be raised by the need to justify ideasand procedures to others, it is that, in the classroom, group work constitutes privilegedsituations of awareness (VERTUAN, 2013).In this context, we conceptualize awareness in a metacognitive perspective in schoolcontexts as a conscious process of perception and recognition that occurs while the subjectdevelops tasks and deals with situations involving investigation, so that the dialogueundertaken within groups can provoke mediations that provoke this process. The awareness,in this perspective, has as its essence the administration, reflection and evaluation of theactions of the subjects themselves and the phenomena studied by them, in order to potentiatetheir own cognitive and metacognitive activities.Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022003, Jan./Dec. 2022 e-ISSN: 2594-8385DOI:https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.1579513
image/svg+xmlMaykon Jhonatan SCHRENK and Rodolfo Eduardo VERTUANFor Yanni-Plantevin (1999, p. 142, our translation), "awareness results from thepassage from the unconscious to the conscious", and it is monitoring that allows reflection,administration and evaluation of cognitive processes during this passage.Final considerations - possibility for the classroomIn this article we aim to present the awareness in a metacognitive perspective. At theend of our argument, we developed a scheme (Figure 2) that helped us to understand andbuild an understanding about awareness in a metacognitive perspective, in the context of theclassroom. We are aware that this understanding is not finalized/finished, but rather, lookingto be thorough ly in future research. We claim to verify if and how this understandingenhances the strategies that can be used by students in the development of tasks in theclassroom, and may be a differential between students who manifest difficulty and those whomanifest ease in learning.Based on the theoretical framework of this research, we identified some actions ofstudents related to metacognitive knowledge and experiences in which awareness can berevealed and/or may be related to it while developing tasks in the school context andachieving a cognitive goal: i) what to do when they need to deal with a problem (DOLY,1999); ii) what they do while organizing and carrying out their activities, when they solve aproblem (FLAVELL apudDOLY, 1999); iii) of what they produce (YANNI-PLANTEVIN,1999); iv) of the feelings that are revealed when they perform an activity or when theyassimilate an idea, a concept (YANNI-PLANTEVIN, 1999); v) the results obtained, or thereasons for the results obtained (PORTILHO, 2011); vi) how they relate to their peers(DOLY, 1999) and; vii) the way they think or the mechanisms that mobilize in thedevelopment of a cognitive activity (BEBER; SILVA; BONFIGLIO, 2014; YANNI-PLANTEVIN, 1999).We believe that the subject who takes knowledge and monitors their cognitiveprocesses enhances their strategies for the development of the task. And also, that in a schoolcontext, when the student is aware and reflects on his/her way of learning, about theknowledge he already has about certain content and on how he/she acts when developing atask or solving a situation in dialogue in the group, this reflection can facilitate and enhancetheir learning and that of their peers.Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022003, Jan./Dec. 2022 e-ISSN: 2594-8385DOI:https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.1579514
image/svg+xmlThe take of consciousness in a metacognitive perspective: Possibilities for the classroomWe hope that this work can lead readers to reflect on how awareness can enhancemetacognitive processes and allow us to understand and cognitively monitor the situationsexperienced in our experience, especially in school contexts.ACKNOWLEDGMENTS: This work was carried out with the support of the NationalCouncil for Scientific and Technological Development - CNPq, to which we thank for thefunding.REFERENCESBEBER, B.; SILVA, E.; BONFIGLIO, S. Metacognição como processo da aprendizagem. Psicopedagogia, v. 31, n. 95, p. 144-151, 2014. Available: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psicoped/v31n95/07.pdf. Access: 10 Nov. 2020.DOLY, A. Metacognição e mediação na escola. In:GRANGEAT, M. (coord.). A metacognição, um apoio ao trabalho dos alunos. Porto: Porto Editora, 1999.FLAVELL, J. H. Metacognitive aspects of problem solving. In: RESNICK, L. B. (ed.). The nature of intelligence. Hillsdale, NJ: Earlbaum, 1976.FLAVELL, J. H. Metacognition and cognitive monitoring: a new area of cognitive – developmental inquiry. American Psychologist, v. 34, n. 10, p. 906-911, 1979.FLAVELL, J. H.; WELLMAN, H. M. Metamemory. In: KAIL, R.; HAGEN, J. W. (ed.). Perspectives on the development of memory and cognition.Hillsdale, N. J.: Erlbaum, p. 3-33, 1977.GONZÁLEZ, F. E. Acerca de la metacognición. Paradigma, v. 14, n. 1-2, p. 109-135, 1996. Available: http://revistaparadigma.online/ojs/index.php/paradigma/article/view/184/182. Access: 20 Dec. 2020.GONZÁLEZ, F. E. Metacognición y aprendizaje estratégico. Revista Integra Educativa, v. 2, n. 2, p. 127-136, 2009. Available: http://www.scielo.org.bo/pdf/rieiii/v2n2/n02a05.pdf. Access: 25 Jan. 2021.GRANGEAT, M. A metacognição, um apoio ao trabalho dos alunos. Porto: Porto Editora, 1999.GUIMARÃES, S. R. K.; STOLTZ, T.; BOSSE, V. R. P. Da tomada de consciência à metacognição. In:GUIMARÃES, S. R. K.; STOLTZ, T. (org.). Tomada de consciência e conhecimento metacognitivo. Curitiba: Editora UFPR, 2008.MARINI-FILHO, R.; STOLTZ, T. Aprendizagem baseada em problemas, metacognição e tomada de consciência: reflexões sobre um estudo transversal. In:GUIMARÃES, S. R. K.; Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022003, Jan./Dec. 2022 e-ISSN: 2594-8385DOI:https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.1579515
image/svg+xmlMaykon Jhonatan SCHRENK and Rodolfo Eduardo VERTUANSTOLTZ, T. (org.). Tomada de consciência e conhecimento metacognitivo. Curitiba: Editora UFPR, 2008.PORTILHO, E. Como se aprende? Estratégias, estilos e metacognição. 2. ed. Rio de janeiro: Wak, 2011.ROSA, C. T. W. A metacognição e as atividades experimentais no ensino de Física. 2011. 346 f. Tese (Doutorado em Educação Científica e Tecnológica) – Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, Florianópolis, 2011.TOVAR-GÁLVEZ, J. C. Modelo metacognitivo como integrador de estrategias de enseñanza y estrategias de aprendizaje de las ciencias, y su relación con las competencias. Revista Iberoamericana de Educación, v. 46, n. 7, p. 1-9, 2008. Available: https://rieoei.org/RIE/article/view/1916. Access: 24 Nov. 2020.VERTUAN, R. E. Práticas de Monitoramento Cognitivo em Atividades de Modelagem Matemática. 2013. 247 f. Tese (Doutorado em Ensino de Ciências e Educação Matemática) –Universidade Estadual de Londrina, UEL, Londrina, 2013.VERTUAN, R. E.; ALMEIDA, L. M. W. Práticas de monitoramento cognitivo em atividades de modelagem Matemática. Bolema, Rio Claro, v. 30, n. 56, p. 1070-1091, dez. 2016. Disponível: https://www.scielo.br/j/bolema/a/FchCbsSq9rJrf8bHJMKJqdt/abstract/?lang=pt. Access: 23 Feb. 2021.VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. 1. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1987.YANNI-PLANTEVIN, E. Metacognição e relação com o saber. In:GRANGEAT, M. (coord.). A metacognição, um apoio ao trabalho dos alunos. Porto: Porto Editora, 1999.How to refer to this articleSCHRENK, M. J.; VERTUAN, R. E. The Take of consciousness in a metacognitiveperspective: Possibilities for the classroom. Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v.23, n. 00, e022003, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 2594-8385. DOI:https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.15795Submitted:02/11/2021Revisions required: 20/12/2021Approved: 05/02/2022Published: 30/06/2022Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022003, Jan./Dec. 2022 e-ISSN: 2594-8385DOI:https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.1579516