image/svg+xmlPsicoterapia de crianças com altas habilidades/superdotação Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022004, jan./dez. 2022 e-ISSN: 2594-8385 DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.15850 1PSICOTERAPIA DE CRIANÇAS COM ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO PSICOTERAPIA DE NIÑOS CON ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTACIÓN CHILDREN PSYCHOTHERAPY WITH HIGH SKILLS/GIFTEDNESS Jessyca Gracy Pereira VELOSO1Patrícia Melo do MONTE2RESUMO: A criança com altas habilidades/superdotação apresenta um comportamento diferenciado das demais, com desempenho elevado em áreas do conhecimento humano, sejam isoladas em um único campo ou combinadas. Por meio dessa diferenciação, são propagados mitos e esse público pode enfrentar grandes desafios e uma das possíveis estratégias de enfrentamento é esconder, negar ou até mesmo não reconhecer suas habilidades, passando a desenvolver problemas comportamentais e/ou psicológicos. Diante disso, o presente estudo objetiva investigar a atuação do psicólogo clínico junto a crianças com altas habilidades/superdotação. Trata-se de uma pesquisa empírica de abordagem qualitativa, do tipo exploratória. Participaram desta pesquisa quatro psicólogas clínicas que atendem ou atenderam crianças com altas habilidades/superdotação. Os resultados indicaram a prevalência da abordagem cognitivo-comportamental como embasamento teórico e técnico das profissionais entrevistadas e o uso frequente de técnicas como psicoeducação, treino de habilidades sociais e técnicas de relaxamento no atendimento a essas crianças. PALAVRAS-CHAVE: Altas habilidades. Superdotação. Psicoterapia infantil. RESUMEN: El niño con altas capacidades / superdotación tiene un comportamiento diferente a los demás, con alto desempeño en áreas del conocimiento humano, ya sea determinado en un solo campo o combinado. A través de esta diferenciación se propagan mitos y esta audiencia puede enfrentar grandes desafíos, siendo una de las posibles estrategias de afrontamiento para ocultar, negar o incluso no reconocer sus habilidades, comenzando a desarrollar problemas de comportamiento y / o psicológicos. Por lo tanto, este estudio tiene como objetivo investigar el papel del psicólogo clínico con niños con altas capacidades / superdotación. Es una investigación empírica, con enfoque cualitativo, de tipo exploratorio. En esta investigación participaron cuatro psicólogos clínicos que atienden o asisten a niños con altas capacidades / superdotación. Los resultados indicaron la prevalencia del enfoque cognitivo-conductual como base teórica y técnica para los profesionales entrevistados, y el uso frecuente de técnicas como la psicoeducación, el entrenamiento en habilidades sociales y técnicas de relajación en el cuidado de estos niños. PALABRAS CLAVE: Altas habilidades. Superdotación. Psicoterapia infantil. 1Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Teresina – PI – Brasil. Graduanda em Psicologia. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-0177-9071. E-mail: jessycaveloso@aluno.uespi.br 2Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Teresina – PI – Brasil. Professora Assistente. Doutorado em Educação. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1072-2862. E-mail: patriciamelo2000@gmail.com
image/svg+xmlJessyca Gracy Pereira VELOSO e Patricia Melo do MONTEDoxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022004, jan./dez. 2022 e-ISSN: 2594-8385 DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.15850 2ABSTRACT: The child with high abilities / giftedness has a different behavior from the others, with high performance in areas of human knowledge, whether determined in a single field or combined. Through this differentiation, myths are propagated and this audience can face great challenges, being one of the possible coping strategies to hide, deny or even not recognize their abilities, starting to develop behavioral and/or psychological problems. Therefore, this study aims to investigate the role of the clinical psychologist with children with high abilities / giftedness. It is an empirical research, with a qualitative approach, of the exploratory type. Four clinical psychologists who attend or assist children with high abilities/giftedness participated in this research. The results indicated the prevalence of the cognitive-behavioral approach as a theoretical and technical basis for the interviewed professionals, and the frequent use of techniques such as psychoeducation, social skills training and relaxation techniques in caring for these children. KEYWORDS: High skills. Giftedness. Child Psychotherapy.IntroduçãoA psicoterapia é um processo baseado no funcionamento psicológico, mediado por um profissional de Psicologia, que visa favorecer o desenvolvimento pessoal, a superação de conflitos e o autoconhecimento. A psicoterapia, de âmbito clínico, é conceituada como um método de tratamento do sofrimento psíquico por meios essencialmente psicológicos (DORON; PAROT, 1998), uma forma de escuta e acolhimento na qual o psicoterapeuta se volta para o cliente (AYRES; BARREIRA, 2014). A psicoterapia pode ser indicada para diversos públicos. Um deles é o infantil, identificando necessidades e promovendo a saúde mental de crianças e adolescentes. Trata-se de um espaço de acolhimento das angústias, medos e inseguranças. Com frequência, as crianças são levadas para a psicoterapia por seus responsáveis devido a problemas que elas podem ou não reconhecer que estejam vivenciando. Outro fator que pode levá-las à psicoterapia é o encaminhamento realizado por outros profissionais (FRIEDBERG; MCCLURE, 2004). Na infância, ocorre o início da formação de vínculos afetivos proporcionados pelas relações familiares, sociais e culturais. É uma fase com importância central para o desenvolvimento pessoal, constituindo-se nos alicerces dos pensamentos, das emoções, dos comportamentos e dos valores construídos a partir das experiências passadas (BOWLBY, 1997). Dessa forma, a psicoterapia infantil representa um investimento na promoção da saúde mental, auxiliando a criança na procura de meios para lidar com as adversidades do cotidiano. São preocupantes os problemas relacionados à saúde mental na infância e esses problemas associam-se frequentemente a limitações no funcionamento das crianças, como o envolvimento social, desempenho na escola e baixa autoestima, além de poder afetar
image/svg+xmlPsicoterapia de crianças com altas habilidades/superdotação Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022004, jan./dez. 2022 e-ISSN: 2594-8385 DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.15850 3negativamente o desenvolvimento social e emocional em longo prazo, sinalizando uma possível psicopatologia na idade adulta (KÖSTERS et al., 2012). Apesar de não se constituir um grupo homogêneo, as crianças com altas habilidades/superdotação possuem especificidades que podem lhes deixar mais vulneráveis ao sofrimento psíquico. Mas antes de compreender as especificidades, é necessário compreender os conceitos relacionados a altas habilidades/superdotação (AH/SD). Pérez (2008) propõe a utilização da Teoria das Inteligências Múltiplas, de Gardner, e a Teoria dos Três Anéis, de Renzulli, para esse entendimento. O primeiro estabelece o quadro da inteligência por meio de oito inteligências (lógico-matemática, linguística, espacial, musical, corporal-cinestésica, naturalista, intrapessoal e interpessoal). Já o segundo considera a superdotação a partir da intersecção de três traços (habilidade elevada, compromisso com a tarefa e criatividade) nas diversas formas de inteligência (PÉREZ, 2008). Na concepção de inteligência de Gardner, adotada neste estudo, entende-se que há várias inteligências e que representam um fenômeno multidimensional, que envolve operações diversas como memória, cognição, pensamento convergente, pensamento divergente (habilidade associada à criatividade). Dessa forma, compreende-se a inteligência como sendo constituída por um conjunto de habilidades. O campo das AH/SD é permeado por mitos e estereótipos e estas concepções podem implicar em dificuldades para a pessoa com essas características no relacionamento com os demais. Os estudos que se dedicam às pessoas com AH/SD, geralmente, dão maior atenção a suas características cognitivas e necessidades educacionais, tendo a sua dimensão socioemocional, muitas vezes, ignorada e pouco discutida (ALENCAR, 2007; OLIVEIRA; BARBOSA; ALENCAR, 2017). O desenvolvimento socioemocional refere-se às vivências que os indivíduos apresentam em seu contexto histórico e cultural, as quais envolvem sentimentos e emoções, caracterizando-o como um fenômeno com um propósito, sentido e significado social (PISKE, 2013). A autora enfatiza o caráter social e aprendizado das emoções que desencadeiam pensamentos e ações, sendo fundamental para a construção das habilidades da criança. As relações no contexto familiar e escolar podem influenciar positivamente ou negativamente as crenças da criança, por isso há uma necessidade de uma maior atenção a esses contextos. Os atributos familiares se configuram como fator protetivo quando a família proporciona qualidades positivas às interações, estabilidade e coesão, assertividade, respeito mútuo e apoio às necessidades do indivíduo (MOREIRA; STOLTZ, 2012).
image/svg+xmlJessyca Gracy Pereira VELOSO e Patricia Melo do MONTEDoxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022004, jan./dez. 2022 e-ISSN: 2594-8385 DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.15850 4A intensidade com que muitas crianças com essas características vivenciam suas emoções, muitas vezes, é responsável por desencadear conflitos internos que frequentemente são associados a dificuldades psicológicas. Além disso, podem experimentar baixa autoestima causada pela supervalorização dos aspectos cognitivos, depressão, ansiedade, perfeccionismo, irritabilidade, não-conformismo, hostilidade e comportamento agressivo, impulsividade e déficit de atenção (ALENCAR et al., 2001). Para favorecer o desenvolvimento socioemocional de crianças com AH/SD, a psicoterapia e o aconselhamento com base na Teoria da Desintegração Positiva (TDP), desenvolvida por Dabrowski, têm sido adotados por número crescente de psicoterapeutas. A TDP pode favorecer processos de aconselhamento psicológico, pois ajuda na compreensão de experiências e sentimentos de diferença vivenciados por pessoas superdotadas, entre outros fatores (DANIELS; PIECHOWSKS, 2009). Desse modo, a Teoria da Desintegração Positiva (TDP) apresenta-se ao campo como mais uma possibilidade teórica de compreensão dessa dimensão. As sobre-excitabilidades, construto da TDP, são intensidades na forma de vivenciar a vida que são identificadas com facilidade em indivíduos superdotados. Tais intensidades muitas vezes são responsáveis por desencadear conflitos internos que, rotineiramente, são associados a transtornos e dificuldades psicológicas, mas que pela lente da TDP devem ser identificados como elementos propulsores do desenvolvimento humano avançado (SOUSA, 2019, p. 108) Embora se considere o caráter singular do mundo subjetivo de cada pessoa, é válido ressaltar que o conhecimento acerca das necessidades socioemocionais de pessoas com AH/SD é útil no desenvolvimento dos processos psicoterápicos. Assim, todos os ambientes que compõem a rede de apoio social (escola, comunidade etc.) têm papel importante para a formação saudável da pessoa com AH/SD, de maneira que ela possa compreender seu potencial e aceitar-se como uma pessoa singular. Amabile (2001) reforça que “um ambiente social de apoio é vital para o desenvolvimento de motivações, atitudes e habilidades” (p. 335). Ainda são bastante escassos os estudos acerca da psicoterapia de crianças com AH/SD, caracterizando as demandas apresentadas por criança e as estratégias utilizadas no seu atendimento. Esta pesquisa se justifica por reconhecer a relevância da psicoterapia em crianças com essas características e por entender que pode contribuir com a difusão de conhecimentos sobre as AH/SD e proporcionar subsídios teóricos e técnicos para as práticas profissionais dos psicólogos e outros profissionais. O presente artigo discute aatuação do psicólogo clínico junto a crianças com altas habilidades/superdotação. Como objetivos específicos, foram investigadas as principais
image/svg+xmlPsicoterapia de crianças com altas habilidades/superdotação Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022004, jan./dez. 2022 e-ISSN: 2594-8385 DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.15850 5demandas apresentadas por crianças com AH/SD, as estratégias e técnicas utilizadas no atendimento clínico de crianças com essas características e as intervenções do psicólogo clínico realizadas junto às escolas e famílias dessas crianças. Método Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa do tipo exploratória, de campo. Conforme Minayo (1993), a pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela se preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ser quantificado, ou seja, ela trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis. As participantes da pesquisa foram quatro psicólogas que atuam em contexto clínico com crianças com altas habilidades/superdotação na cidade de Teresina-PI, através da técnica snowball samplingou “Bola de Neve”. Os critérios de inclusão das participantes foram ter experiência atual ou anterior no atendimento clínico com crianças com AH/SD e ter disponibilidade para participar da pesquisa, declarada através do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A coleta de dados se deu através de um questionário, por meio do Google Forms, sem a necessidade de instalação de programas ou armazenamento físico de dados, com opções de respostas de múltipla escolha e resposta em parágrafo, aplicado em agosto de 2021. A pesquisa foi realizada mediante a aprovação do estudo pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Piauí, n° do parecer 4.211.489, sendo enviado o TCLE aos participantes antes de responderem ao formulário eletrônico, com atenção às normas e recomendações da Resolução nº 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde. O método de análise dos dados utilizado foi a análise de conteúdo na perspectiva de Bardin (2010), com atenção às seguintes fases para a sua condução: organização da análise, codificação, categorização, tratamento dos resultados, inferência e a interpretação dos resultados.
image/svg+xmlJessyca Gracy Pereira VELOSO e Patricia Melo do MONTEDoxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022004, jan./dez. 2022 e-ISSN: 2594-8385 DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.15850 6Resultados e discussão As participantes indicadas para essa pesquisa são quatro profissionais, do gênero feminino, que atualmente trabalham com psicoterapia de crianças com AH/SD ou tiveram experiência anterior. Verificou-se que há uma incidência maior nos atendimentos de crianças com altas habilidades/superdotação na faixa etária de cinco até dez anos, sendo que 75% das profissionais mencionaram essa faixa etária como prevalente e 25% indicaram a faixa etária de até 5 anos. Quadro 1 Participantes e abordagens psicoterápicasParticipanteGêneroAbordagem teórico-técnicaPsicóloga AFemininoPsicanálisePsicóloga KFemininoTerapia cognitivo-comportamentalPsicóloga LFemininoTerapia cognitivo-comportamentalPsicóloga TFemininoTerapia cognitivo-comportamentalFonte: Dados da pesquisa - Elaborado pelas autoras No movimento da psicoterapia há diferentes concepções no que se refere ao conhecimento científico. Entre as participantes do estudo, há prevalência de trabalho psicoterápico na vertente da terapia cognitivo-comportamental (TCC), conforme quadro 1. A TCC é uma abordagem diretiva, estruturada e focada no problema atual do paciente. Sabe-se que a psicoterapia infantil apresenta suas peculiaridades. Este campo de intervenção não é plenamente efetivo se forem utilizadas apenas as teorias e técnicas desenvolvidas para adultos. É importante enfatizar as diferenças existentes entre os públicos, que incluem os esquemas afetivos, cognitivos, motivacionais e comportamentais, o que faz com que o psicoterapeuta infantil desenvolva seus conhecimentos acerca da singularidade da psicologia infantil (CAMINHA; CAMINHA, 2007).A seguir, as categorias analisadas neste estudo serão apresentadas. Demandas apresentadas por crianças com AH/SD em contexto de psicoterapia Ao serem questionadas sobre as principais demandas que justificam a procura dos familiares de crianças com AH/SD por psicoterapia, as profissionais entrevistadas enfatizaram queixas relacionadas à socialização dessas crianças.
image/svg+xmlPsicoterapia de crianças com altas habilidades/superdotação Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022004, jan./dez. 2022 e-ISSN: 2594-8385 DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.15850 7As principais demandas estão relacionadas à socialização, sentimento de inadequação, de estar isolado por não encontrar pessoas da mesma idade com os mesmos interesses, sentindo-se perdidos (Psicóloga T).Baixa tolerância à frustração, dificuldade nos aspectos sociais e necessidade deajuste da demanda escolar (Psicóloga L). Sabe-se que à medida que desenvolvem precocemente consciência do funcionamento da sociedade, as crianças com AH/SD desenvolvem uma visão de si, dos outros e do mundo. Para Alencar (2003), caso ocorram situações em que as crianças/jovens estejam frustradas, diante de atividades acadêmicas monótonas e repetitivas que não influenciam no desenvolvimento e expressão de seu potencial superior, é provável que haja o favorecimento de introspecção dos sentimentos e de expressões, resultando no afastamento social. Del Prette (2013) ressalta a relevância e eficácia de intervenções no desenvolvimento social de crianças com altas habilidades/superdotação principalmente no settingterapêutico. No estudo de Ignachewsk et al.(2019) foram observados benefícios da psicoterapia no repertório social de estudantes com altas habilidades/superdotação, principalmente no sentido de facilitar o desenvolvimento de habilidades sociais, pessoais e acadêmicas. Sobre as demandas apontadas pelos pais ao buscarem psicoterapia para seus filhos, destacam-se ainda nas respostas das participantes as dificuldades referentes à aprendizagem e ao rendimento escolar, principalmente nos casos em que as crianças apresentam AH/SD associadas a transtornos como Transtorno do Déficit de Atenção/ Hiperatividade. Quando apresentam TDAH associado, eles passam a ter dificuldade de aprender e são muito cobrados, tais como “Impulsividade-Hiperatividade-Mudança de foco (Psicóloga A). Essa condição vem sendo chamada de dupla excepcionalidade e pode ser definida como a presença de alta performance, talento, habilidade ou potencial, ocorrendo em conjunto com uma desordem psiquiátrica, educacional, sensorial e física (NAKANO; ALVES, 2015). O sujeito que apresentar TDAH/AH/SD poderá ter um desempenho acadêmico inconstante, além de prejuízos em habilidades motoras finas e, consequentemente, na escrita (NAKANO; ALVES, 2015). Além das especificidades da dupla excepcionalidade, é importante destacar que estudantes com AH/SD não estão isentos de apresentarem dificuldades escolares e um dos fatores relacionados é não ter suas necessidades educacionais compreendidas e atendidas. Ainda foram citadas pelas participantes como demandas para o trabalho psicoterápico características que são comumente atribuídas às pessoas com AH/SD, como a rigidez e o perfeccionismo, conforme a fala da profissional T.
image/svg+xmlJessyca Gracy Pereira VELOSO e Patricia Melo do MONTEDoxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022004, jan./dez. 2022 e-ISSN: 2594-8385 DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.15850 8Diversos autores, como Winner (1998), Fleith e Alencar (2007), Renzulli (2014), Goulart et al. (2016) mencionam algumas características comuns entre as pessoas com AH/SD e, entre elas, encontram-se a rigidez e o perfeccionismo. Essas características impactam significativamente na dimensão emocional, por estarem relacionadas a um excesso de autocrítica, podendo causar impactos, tais como estresse para crianças e jovens com altas habilidades/superdotação. Estratégias, técnicas e recursos utilizados no atendimento a crianças com AH/SD A psicoterapia infantil tem como objetivo auxiliar na expressão das emoções de cada criança, dessa forma, o psicoterapeuta se vê no questionamento de como abordar essa criança e quais técnicas podem ser utilizadas. Além de considerar o contexto e a cultura da criança, torna-se fundamental uma interação, por vezes, lúdica. Assim, o psicoterapeuta deve estar preparado para os momentos de imprevistos que podem ocorrer. Para que ocorra um vínculo adequado entre terapeuta e criança, é relevante uma interação contínua e lúdica, a fim de adentrar no mundo da criança. Desse modo, o terapeuta deve se mostrar criativo e flexível, além de ter um suporte teórico e técnico (BUNGE et al., 2015). Segundo Duchesne e Almeida (2002, p. 49), “a TCC é uma intervenção semiestruturada, objetiva e orientada para metas, que aborda fatores cognitivos, emocionais e comportamentais no tratamento dos transtornos psiquiátricos”, a partir de técnicas diversas. No que se refere às técnicas utilizadas no acompanhamento de crianças com AH/SD na perspectiva da TCC, observou-se nos relatos das participantes uma prevalência da psicoeducação, regulação emocional, treino de habilidades sociais, técnicas de relaxamento e treino parental. Psicoeducação, questionamento socrático, treino de habilidades sociais e treino de habilidades comportamentais de tolerância à frustração, uso de cartões simbólicos (com figuras que estão ligadas ao cotidiano da criança). É frequente o uso de cartões de enfrentamento, técnicas de relaxamento, técnicas de reversão do hábito com aplicação de intervenções comportamentais para lidar com tiques, hábitos repetitivos e nervosos, uso de determinados objetos para estimular a tranquilidade (autocontrole e a autorregulação), entre outras (Psicóloga T). Além das técnicas citadas acima pelas profissionais de abordagem cognitivo-comportamental, a importância de usar técnicas de avaliação neuropsicológica além das técnicas psicoterápicas foi mencionada pelaPsicóloga A. Faço uma abordagem mista, com escuta psicanalítica e pesquisa em termos de avaliação neuropsicologia clínica (Psicóloga A).
image/svg+xmlPsicoterapia de crianças com altas habilidades/superdotação Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022004, jan./dez. 2022 e-ISSN: 2594-8385 DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.15850 9Segundo Chahine (2011), a psicoterapia psicanalítica com crianças é feita por meio do mesmo método do trabalho com adultos – a interpretação, e se utiliza das mesmas técnicas: setting,atenção flutuante, associação livre, manejo da transferência e resistência, porém acrescentando o brincar como uma nova e fundamental técnica para que seja viável o trabalho analítico com a criança. Acerca do processo de avaliação neuropsicológica, geralmente se constitui uma das primeiras fases do processo psicoterápico. Nesse processo de avaliação, será possível compreender os mecanismos das funções cognitivas da criança e sua respectiva singularidade.Facilitadores no atendimento psicoterápico de crianças com AH/SD Quando questionadas sobre os fatores que facilitam no atendimento a essas crianças, as psicólogas relacionaram principalmente a capacidade de se comunicar e de aprender dos pacientes em relação ao alcance das metas terapêuticas. Na maioria das vezes, eles demonstram grande interesse em compreender o seu processo de aprendizagem, bem como os aspectos emocionais que fazem parte deste contexto (Psicóloga L). Boa capacidade de comunicação geral(Psicóloga K). A própria estrutura cognitiva da criança. São crianças que geralmente fazem boas associações, têm excelentes insights, são criativas e as sessões acabam se tornando muito interessantes e o próprio processo delas acaba sendo viabilizado de forma mais fácil por conta dessa capacidade cognitiva (Psicóloga T). Algumas das características citadas pelas profissionais são compatíveis à descrição feita por Fleith (1999), no que tange às características cognitivas. O autor destaca que estes indivíduos geralmente apresentam curiosidade, linguagem precoce, boa memória, vocabulário avançado para a idade e habilidade para gerar ideias originais. A motivação para aprender, uma das condições presentes nas AH/SD, segundo a concepção de Renzulli, pode ser também um dos facilitadores no processo psicoterápico. Outro facilitador no processo de acompanhamento das crianças com AH/SD em psicoterapia é quando há bom suporte da família e da rede de apoio social. Ressalta-se que os professores devem estar preparados para identificar essas crianças, que muitas vezes não são reconhecidas e nem seus potenciais identificados, para poderem atuar de forma adequada.
image/svg+xmlJessyca Gracy Pereira VELOSO e Patricia Melo do MONTEDoxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022004, jan./dez. 2022 e-ISSN: 2594-8385 DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.15850 10Há pesquisas, como as de Stoltz (2016) e Costa-Lobo et al.(2016), que expõem estratégias de alternar entre a aprendizagem de competências e tarefas complexas e inovadoras, proporcionando contextos de aprendizagem, desafiando atitudes e crenças, assim como competências e conhecimento. Essas estratégias são importantes para o desenvolvimento da criatividade e ajudam a promover as capacidades cognitivas em contexto psicoterápico, educativo e na orientação junto aos pais. Um outro facilitador é o engajamento da família e a sensibilidade da escola às questões relacionadas às adaptações que a criança precisa (Psicóloga T). De acordo com Del Prette e Del Prette (2013), familiares e professores de crianças com AH/SD podem auxiliar a ampliar o repertório de habilidades sociais, ajudando no processo de identificação desses comportamentos em diferentes contextos e facilitar o desenvolvimento da criatividade, do autoconceito positivo e das habilidades cognitivas. Dificuldades no atendimento a essas crianças Nesta categoria foram reunidas as respostas das participantes referentes às dificuldades encontradas no atendimento a essas crianças, citando principalmente os déficitsem relação às habilidades socioemocionais. Alguns são resistentes a estratégias ou técnicas mais estruturadas e, em alguns casos, apresentam baixa tolerância à frustração (Psicóloga L). Dificuldades de engajamento e/ou dificuldade de habilidades sociais (Psicóloga K). Para Alencar (2007), as dificuldades emocionais e sociais podem estar relacionadas à resposta aos altos padrões de exigência. Ao pesquisarem pessoas com AH/SD e TDAH, Hosda et al.(2009) encontraram comportamentos semelhantes em ambos. Afirmaram que, devido principalmente a fatores como frustração, atividades pouco desafiadoras, currículo escolar insuficiente e procedimentos inadequados de ensino e aprendizagem, a impulsividade e a hiperatividade podem ser características de ambos.
image/svg+xmlPsicoterapia de crianças com altas habilidades/superdotação Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022004, jan./dez. 2022 e-ISSN: 2594-8385 DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.15850 11Intervenções junto às famílias e as escolas das crianças com AH/SD Acerca da investigação das intervenções do psicólogo clínico junto à família e à escola da criança com AH/SD, foi possível identificar a importância atribuída ao trabalho colaborativo entre essas instituições. Foi ressaltada ainda a necessidade de orientação acerca do campo das AH/SD a fim de ampliar o conhecimento para o manejo adequado da criança nesses espaços. O trabalho com a família é imprescindível, desde a avaliação às intervenções. A família sempre é chamada para participar do trabalho avaliativo e também do processo psicoterápico, pois precisa ser orientada em relação às altas habilidades, ao manejo com a criança, em relação ao trabalho com a escola e principalmente na condução da criança no dia a dia. A família sempre chega com muitas queixas, muitas inquietações em relação ao comportamento e às especificidades da criança e precisa desse trabalho psicoeducativo em relação às altas habilidades (Psicóloga T). De acordo com Benito (2000), familiares de alunos precoces com superdotação frequentemente têm uma preocupação excessiva relacionada ao que seus filhos aprendem. Em alguns casos, os responsáveis pela criança assumem o filho/a filha como um ser superior, estimulando padrões de interação competitivos entre irmãos e colegas. Nesse sentido, foi possível identificar o seguinte relato de uma das participantes: Junto à família é comum fazer um trabalho sobre orientações para redução de super-estimulação (Psicóloga A). É válido enfatizar ainda os estudos citados anteriormente de Paludo, Loos-Sant’Ana e Sant’Ana-Loos (2014) que afirmam que baixas expectativas, excessiva pressão e atitudes contraditórias por parte da família podem gerar sentimento de insegurança e incompreensão nessas crianças. A educação na infância tem papel primordial na integração do indivíduo à sociedade. Os profissionais da educação devem estar habilitados e capacitados para saberem identificar, atender as crianças, orientar os familiares e, se necessário, encaminhar para reabilitação multidisciplinar. Dessa maneira, ressalta-se a importância de uma formação inicial e de uma formação continuada aos profissionais da Educação que contemplem essa temática (LEONESSA; MARQUEZINE, 2013). A aproximação entre a psicologia e a pedagogia tem sido muitas vezes fundamental no desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, tanto no contexto educacional quanto no clínico. No acompanhamento pedagógico ou psicoterápico de crianças com AH/SD, é necessário conhecer as modalidades de intervenção pedagógica (enriquecimento curricular, aceleração, entre outras) para que possa orientar e acompanhar os estudantes. A presença do
image/svg+xmlJessyca Gracy Pereira VELOSO e Patricia Melo do MONTEDoxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022004, jan./dez. 2022 e-ISSN: 2594-8385 DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.15850 12psicólogo no acompanhamento escolar constitui-se de grande necessidade para criar espaços de diálogo e reflexão com o objetivo de auxiliar crianças com AH/SD. A presença dos diferentes profissionais deve ser de complementaridade e não de exclusão (PEDROZA, 2003). Virgolim (2007) relata que o objetivo maior na identificação dos alunos com AH/SD é destacar os potenciais que a escola não tem conseguido observar e, portanto, não oferece propostas para seu desenvolvimento. Esta é a dinâmica que deve ser compreendida pelos profissionais da educação, objetivando a percepção dos talentos e o oferecimento, aos alunos com altas habilidades, de desafios suplementares e/ou participação em programas de enriquecimento, conforme legislação vigente no Brasil. Competências/habilidades exigidas ao psicólogo clínico no atendimento de crianças com AH/SD Que competências/habilidades seriam exigidas ao profissional da Psicologia no atendimento clínico a crianças com AH/SD? Como poderia atuar de forma mais eficiente junto a esses pacientes?As profissionais entrevistadas ressaltaram que é necessário ter um conhecimento teórico e técnico acerca das características das crianças em destaque. Conhecimento técnico sobre o assunto e sensibilidade para perceber os aspectos emocionais que fazem parte da demanda (Psicóloga L).Conhecimento, entender sobre altas habilidades e sobre os aspectos que envolvem essa condição (Psicóloga K).Em estudo sobre as características pessoais e profissionais desejáveis em docentes que atuam com alunos superdotados, Davis e Rimm (1994) citam a capacidade para desenvolver programas flexíveis, o respeito aos interesses individuais, criatividade e inovação, informações sobre superdotação, entre outros. Resguardando as especificidades de cada prática profissional, entende-se que essas características são importantes também ao perfil profissional do(a) psicólogo(a). Como citado anteriormente, além das teorias clássicas que abordam as AH/SD, entende-se que a Teoria da Desintegração Positiva pode ser uma ferramenta importante ao trabalho do psicólogo, uma vez que favorece ao conhecimento de si mesmo, bem como uma possibilidade de entender o desenvolvimento da personalidade e o potencial de alunos e clientes com essas características (HARPER; CLIFFORD, 2017).
image/svg+xmlPsicoterapia de crianças com altas habilidades/superdotação Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022004, jan./dez. 2022 e-ISSN: 2594-8385 DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.15850 13Conhecer profundamente essas teorias é importante para compreender as necessidades cognitivas, socioemocionais e pedagógicas do paciente. A formação limitada do profissional oferece espaço para a perpetuação de mitos acerca da pessoa com AH/SD, interferindo na ação profissional. Considerações finais Os resultados obtidos permitiram verificar que a abordagem prevalente dos profissionais participantes da pesquisa foi a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), além de que foram encontradas técnicas semelhantes utilizadas no trabalho psicoterápico, como psicoeducação, treino de habilidades sociais, regulação emocional, treino parental e técnicas de relaxamento no atendimento a essas crianças. As técnicas utilizadas no geral visam a estimulação das potencialidades criativas da criança, favorecimento da socialização, autoconhecimento, flexibilidade cognitiva e regulação emocional. Os resultados deste estudo permitem ampliar o conhecimento acerca do campo das habilidades/superdotação, bem como da atuação profissional do psicólogo clínico no atendimento às crianças com essas características. Este estudo contribui com material para o campo clínico e educacional, a partir de uma perspectiva de facilitar a comunicação entre psicólogos clínicos, escolas e famílias das crianças com AH/SD. Sugere-se a realização de futuras pesquisas a fim de ampliar as experiências profissionais e caracterizar intervenções psicoterápicas também a partir de outras abordagens teóricas. Para a formação dos psicólogos, sugere-se que amplie o conhecimento teórico e prático em relação ao campo das altas habilidades/superdotação, inclusão escolar e modalidades de atendimento educacional oferecidas a essas crianças, para que possa facilitar a identificação dessas crianças e o desenvolvimento do trabalho psicoterápico. REFERÊNCIAS ALENCAR, E.; FLEITH, D. Superdotados: determinantes, educação e ajustamento. São Paulo: EPU, 2001. ALENCAR, E. O aluno com altas habilidades no contexto da educação inclusiva. Revista Movimento, n. 7, p. 61-68. 2003. Disponível em: https://periodicos.uff.br/revistamovimento/article/view/32466. Acesso em: 10 dez. 2020.
image/svg+xmlJessyca Gracy Pereira VELOSO e Patricia Melo do MONTEDoxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022004, jan./dez. 2022 e-ISSN: 2594-8385 DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.15850 14ALENCAR, E. O papel da escola na estimulação do talento criativo. In:FLEITH, D. S; ALENCAR, E. (org.). Desenvolvimento de talentos e Altas Habilidades: Orientação a pais e professores. Porto Alegre. Artmed: 2007. AMABILE, T. Beyond talent: John Irving and the passionate craft of creativity. American Psychologist,v. 56, n. 4, p. 333-336, 2001. Disponível em: https://psycnet.apa.org/doiLanding?doi=10.1037%2F0003-066X.56.4.333. Acesso em: 10 fev. 2021. AYRES, L. S. M.; BARREIRA, M. C. B. Diálogos entre a ética e a psicoterapia. In:AYRES, L. S. M. et al. Ética e Psicologia: Reflexões do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Conselho Regional de Psicologia, 2014. BENITO, Y. Definición, pautas de identificación y educación para padres y profesores. In:BENITO, Y. (coord.). Intervención e investigación psicoeducativas en alumnos superdotados. 2. ed. Salamanca: Amarú Ediciones, 2000. BOWLBY, J. Formação e rompimento dos laços afetivos.Tradução: Álvaro Cabral. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes. 1997. BUNGE, E. et al. (org.).Sessões de psicoterapia com crianças e adolescentes: Erros e acertos. Novo Hamburgo, RS: Sinopsys, 2015. CAMINHA, M.; CAMINHA, R. Princípios de psicoterapia cognitiva na infância: Prática cognitiva na infância. São Paulo: Roca. 2007. CHAHINE. M. Psicoterapia psicanalítica com crianças. In:BERGER, A. S. S.; CHAHINE, M. A.; TINOCO, D. H. (org.). Encontros na psicologia. Londrina: EdUnifil, 2011. COSTA-LOBO, C. et al.Potencial criativo e processos cognitivos em crianças: Da identificação precoce às intervenções futuras. Revista Diálogos Possíveis,v. 15, n. 2, p. 65-93 2016. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/315443383_POTENCIAL_CRIATIVO_E_PROCESSOS_COGNITIVOS_EM_CRIANCAS_DA_IDENTIFICACAO_PRECOCE_AS_INTERVENCOES_FUTURAS. Acesso em: 14 abr. 2021. DANIELS, S., PIECHOWSKI, M. Living with Intensity: Understanding the Sensitivity, Excitability, and Emotional Development of Gifted Children, Adolescents, and Adults. EJOP, v. 5, n. 1, 2009. Disponível em: https://ejop.psychopen.eu/index.php/ejop/article/view/276. Acesso em: 25 fev. 2021. DAVIS, G.; RIMM, S. Characteristics of gifted studentes. In:DAVIS, G.; RIMM, S. (org). Education of the gifted and talented. Needham Heights, MA: Allyn and Bacon, 1994. DEL PRETTE, A. DEL PRETTE, Z. Psicologia das habilidades sociais na infância: teoria e prática. Petrópolis: Vozes. 2013. DORON R.; PAROT, F. Dicionário de Psicologia. São Paulo: Ática. 1998.
image/svg+xmlPsicoterapia de crianças com altas habilidades/superdotação Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022004, jan./dez. 2022 e-ISSN: 2594-8385 DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.15850 15DUCHESNE, M.; ALMEIDA, P. E. M. Terapia cognitivo-comportamental dos transtornos alimentares. Rev. Bras. Psiquiatr.,v. 24, n. 3, p. 49-53, 2002. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbp/a/CJKXBkfr6wBxGV4t7zL4w9J/. Acesso em: 10 fev. 2021. FRIEDBERG. R.; MCCLURE. J. A prática de clínica de terapia cognitiva com crianças e adolescentes. Porto Alegre, RS: Artmed. 2004. FLEITH, D. S. Psicologia e educação do superdotado: definição, sistema de identificação e modelo de estimulação. Cadernos de Psicologia, v. 5, n. 1, p. 37-50, 1999. Disponível em: https://www.cadernosdepsicologia.org.br/index.php/cadernos/article/view/42. Acesso em: 20 jan. 2021. GOULART, A. M. P. L. et al. Altas Habilidades/ Superdotação: Reflexões e Processo Educacional. 2 ed. Maringá: Eduem, 2016. HARPER, A.; CLIFFORD, C. Through the Dabrowski lens: Philosophy, faith, and the personality ideal. Roeper Review,v. 39, n. 4, p. 262-268, 2017. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/02783193.2017.1363100?journalCode=uror20. Acesso em: 14 nov. 2020. HOSDA, C.; CAMARGO, R.; NEGRINI, T. Altas habilidades/superdotação e hiperatividade: possíveis relações que podem gerar alguns equívocos. In:CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 9., 2009, Paraná. Anais [...]. Paraná: Pontifíca Universidade Católica, 2009. IGNACHEWSK, C. L. et al.Capacidades e dificuldades socioemocionais de crianças antes e após a participação no método friends.Revista Psicologia e Saúde, Campo Grande, v. 11, n. 3, p. 111-123, 2019. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S2177-093X2019000300008&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 10 mar. 2021. KÖSTERS, M. P.et al. Study design of ‘FRIENDS for life’: Process and effect evaluation of an indicated school-based prevention programme for childhood anxiety and depression. Bmc Public Health, v. 12, n. 86, p. 1-8, 2012. Disponível em: https://bmcpublichealth.biomedcentral.com/articles/10.1186/1471-2458-12-86. Acesso em: 28 fev. 2021. LEONESSA, V.; MARQUEZINE, M. Atendimento à família da pessoa com altas habilidades/ superdotação. In:ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO, 8., 2013, Londrina. Anais [...]. Londrina: Universidade Estadual de Londrina, 2013. Tema: Altas habilidades/superdotação: Identificação e intervenção. Disponível em: http://www.uel.br/eventos/congressomultidisciplinar/pages/arquivos/anais/2013/AT11-2013/AT11-017.pdf. Acesso em: 14 fev. 2021. MINAYO, M. O Desafio do Conhecimento:Pesquisa Qualitativa em Saúde. 2 ed. São Paulo: HUCITEC; ABRASCO, 1993. MOREIRA, L. STOLTZ, T. Altas Habilidades/superdotação, talento, dotação e educação. Curitiba. Editora Juruá, 2012.
image/svg+xmlJessyca Gracy Pereira VELOSO e Patricia Melo do MONTEDoxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022004, jan./dez. 2022 e-ISSN: 2594-8385 DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.15850 16NAKANO, T. ALVES, R. A dupla-excepcionalidade:Relações entre altas habilidades/superdotação com a síndrome de Asperger, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade e transtornos de aprendizagem. Rev. Psicopedag., v. 32, n. 99, p. 346-360, 2015. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862015000300008. Acesso em: 15 mar. 2021. OLIVEIRA, J. C.C. O.; BARBOSA, A. J. G.; ALENCAR, E. M. L. S. Contribuições da teoria da desintegração positiva para a área de superdotação. Psicologia:Teoria e Pesquisa, v. 33, p. 1-9, e3332, 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ptp/a/mmVxpcHKnbZhcY6mh6JKFwL/abstract/?lang=pt. Acesso em: 14 mar. 2021. PALUDO, K.; H. LOOS-SANT.; R. ANA-LOSS. Altas habilidades/superdotação:Identidade e resiliência.Curitiba: Editora Juruá, 2014. PEDROZA, R. L. S. A Psicologia na formação do professor:Uma pesquisa sobre o desenvolvimento pessoal de professores do ensino fundamental. 2003. Tese (Doutorado em Psicologia) – Universidade de Brasília, Brasília, 2003. PÉREZ, S. Ser ou não ser, eis a questão: o processo de construção da identidade na pessoa com altas habilidades/superdotação adulta. Tese (Doutorado em educação) – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2008. PISKE, F. et al. Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD) criatividade e emoção. Curitiba: Editora Juruá, 2013. RENZULLI, J.; REIS, S. The Schoolwide Enrichment Model:A how-to guide for educational excellence. 2. ed. Mansfield Center, CT: Creative Learning Press, 1997. SOUSA, R. Desenvolvimento emocional de alunos superdotados: Estudo comparativo acerca das sobre-excitabilidade. 2019. Dissertação (Mestrado em Processos de Desenvolvimento humano e saúde) – Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília, 2019. STOLTZ, T. Da identificação à intervenção nas AH/SD: Uma trajetória e muitos desafios. In:PISKE, F. H. R. et al. (org.). Altas habilidades/superdotação (AH/SD) e criatividade: Identificação e atendimento. Curitiba: Juruá, 2016. VIRGOLIM, A. M. R. Altas habilidade/superdotação: Encorajando potenciais. Brasília: MEC; SEE, 2007. WINNER, E. Crianças superdotadas.Tradução: Sandra Costa. Porto Alegre: Artmed.1998.
image/svg+xmlPsicoterapia de crianças com altas habilidades/superdotação Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022004, jan./dez. 2022 e-ISSN: 2594-8385 DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.15850 17Como referenciar este artigo VELOSO, J. G. P.; MONTE, P. M. Psicoterapia de crianças com altas habilidades/superdotação. Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022004, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2594-8385. DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.15850 Submetido em:14/11/2021 Revisões requeridas em: 27/12/2021 Aprovado em: 09/02/2022 Publicado em:30/06/2022
image/svg+xmlChildren psychotherapy with high skills/giftednessDoxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022004, Jan./Dec. 2022 e-ISSN: 2594-8385 DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.15850 1CHILDREN PSYCHOTHERAPY WITH HIGH SKILLS/GIFTEDNESS PSICOTERAPIA DE CRIANÇAS COM ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO PSICOTERAPIA DE NIÑOS CON ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTACIÓN Jessyca Gracy Pereira VELOSO1Patrícia Melo do MONTE2ABSTRACT: The child with high abilities / giftedness has a different behavior from the others, with high performance in areas of human knowledge, whether determined in a single field or combined. Through this differentiation, myths are propagated and this audience can face great challenges, being one of the possible coping strategies to hide, deny or even not recognize their abilities, starting to develop behavioral and/or psychological problems. Therefore, this study aims to investigate the role of the clinical psychologist with children with high abilities / giftedness. It is an empirical research, with a qualitative approach, of the exploratory type. Four clinical psychologists who attend or assist children with high abilities/giftedness participated in this research. The results indicated the prevalence of the cognitive-behavioral approach as a theoretical and technical basis for the interviewed professionals, and the frequent use of techniques such as psychoeducation, social skills training and relaxation techniques in caring for these children. KEYWORDS: High skills. Giftedness. Child Psychotherapy.RESUMO: A criança com altas habilidades/superdotação apresenta um comportamento diferenciado das demais, com desempenho elevado em áreas do conhecimento humano, sejam isoladas em um único campo ou combinadas. Por meio dessa diferenciação, são propagados mitos e esse público pode enfrentar grandes desafios e uma das possíveis estratégias de enfrentamento é esconder, negar ou até mesmo não reconhecer suas habilidades, passando a desenvolver problemas comportamentais e/ou psicológicos. Diante disso, o presente estudo objetiva investigar a atuação do psicólogo clínico junto a crianças com altas habilidades/superdotação. Trata-se de uma pesquisa empírica de abordagem qualitativa, do tipo exploratória. Participaram desta pesquisa quatro psicólogas clínicas que atendem ou atenderam crianças com altas habilidades/superdotação. Os resultados indicaram a prevalência da abordagem cognitivo-comportamental como embasamento teórico e técnico das profissionais entrevistadas e o uso frequente de técnicas como psicoeducação, treino de habilidades sociais e técnicas de relaxamento no atendimento a essas crianças. PALAVRAS-CHAVE: Altas habilidades. Superdotação. Psicoterapia infantil. 1State University of Piauí (UESPI), Teresina – PI – Brazil. Graduated in Psychology. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-0177-9071. E-mail: jessycaveloso@aluno.uespi.br 2State University of Piauí (UESPI), Teresina – PI – Brazil. Assistant Professor. Doctor in Education. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1072-2862. E-mail: patriciamelo2000@gmail.com
image/svg+xmlJessyca Gracy Pereira VELOSO and Patricia Melo do MONTEDoxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022004, Jan./Dec. 2022 e-ISSN: 2594-8385 DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.15850 2RESUMEN: El niño con altas capacidades / superdotación tiene un comportamiento diferente a los demás, con alto desempeño en áreas del conocimiento humano, ya sea determinado en un solo campo o combinado. A través de esta diferenciación se propagan mitos y esta audiencia puede enfrentar grandes desafíos, siendo una de las posibles estrategias de afrontamiento para ocultar, negar o incluso no reconocer sus habilidades, comenzando a desarrollar problemas de comportamiento y / o psicológicos. Por lo tanto, este estudio tiene como objetivo investigar el papel del psicólogo clínico con niños con altas capacidades / superdotación. Es una investigación empírica, con enfoque cualitativo, de tipo exploratorio. En esta investigación participaron cuatro psicólogos clínicos que atienden o asisten a niños con altas capacidades / superdotación. Los resultados indicaron la prevalencia del enfoque cognitivo-conductual como base teórica y técnica para los profesionales entrevistados, y el uso frecuente de técnicas como la psicoeducación, el entrenamiento en habilidades sociales y técnicas de relajación en el cuidado de estos niños. PALABRAS CLAVE: Altas habilidades. Superdotación. Psicoterapia infantil. IntroductionPsychotherapy is a process based on psychological functioning, mediated by a psychology professional, which aims to favor personal development, overcoming conflicts and self-knowledge. Psychotherapy, of clinical scope, is conceptualized as a method of treatment of psychic suffering by essentially psychological means (DORON; PAROT, 1998), a form of listening and welcoming in which the psychotherapist turns to the client (AYRES; BARRIER, 2014). Psychotherapy can be indicated for several audiences. One of them is the child, identifying needs and promoting the mental health of children and adolescents. It is a space to welcome anguish, fears and insecurity. Children are often taken to psychotherapy by their guardians due to problems that they may or may not recognize that they are experiencing. Another factor that can lead them to psychotherapy is referral performed by other professionals (FRIEDBERG; MCCLURE, 2004). In childhood, there is the beginning of the formation of affective bonds provided by family, social and cultural relationships. It is a phase of central importance for personal development, constituting the foundations of thoughts, emotions, behaviors and values constructed from past experiences (BOWLBY, 1997). Thus, child psychotherapy represents an investment in the promotion of mental health, helping the child in the search for means to deal with the adversities of daily life. Problems related to mental health in childhood are worrying and these problems are often associated with limitations in the functioning of children, such as social involvement, school performance and low self-esteem, besides being able to negatively affect social and
image/svg+xmlChildren psychotherapy with high skills/giftednessDoxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022004, Jan./Dec. 2022 e-ISSN: 2594-8385 DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.15850 3emotional development in the long term, signaling a possible psychopathology in adulthood (KÖSTERSet al., 2012). Although it is not a homogeneous group, children with high skills/ giftedness have specificities that may leave them more vulnerable to psychological distress. But before understanding the specificities, it is necessary to understand the concepts related to high skills/giftedness (AH/SD). Pérez (2008) proposes the use of Gardner's Theory of Multiple Intelligences and Renzulli's Theory of the Three Rings for this understanding. The first establishes the framework of intelligence through eight intelligences (logical-mathematics, linguistics, spatial, musical, body-kinesthesis, naturalistic, intrapersonal and interpersonal). The second considers the gifted from the intersection of three traits (high skill, commitment to the task and creativity) in the various forms of intelligence (PÉREZ, 2008). In Gardner's conception of intelligence, adopted in this study, it is understood that there are several intelligences that represent a multidimensional phenomenon, which involves diverse operations such as memory, cognition, convergent thinking, divergent thinking (ability associated with creativity). Thus, intelligence is understood as consisting of a set of skills. The field of AH/SD is permeated by myths and stereotypes and these conceptions can imply difficulties for the person with these characteristics in the relationship with the other. Studies dedicated to people with AH/SD generally pay greater attention to their cognitive characteristics and educational needs, with their socio-emotional dimension often ignored and little discussed (ALENCAR, 2007; OLIVEIRA; BARBOSA; ALENCAR, 2017). Socio-emotional development refers to the experiences that individuals present in their historical and cultural context, which involve feelings and emotions, characterizing it as a phenomenon with a purpose, meaning and social meaning (PISKE, 2013). The author emphasizes the social character and learning of emotions that trigger thoughts and actions, being fundamental for the construction of the child's abilities. Relationships in the family and school context can positively or negatively influence the child's beliefs, so there is a need for greater attention to these contexts. Family attributes are a protective factor when the family provides positive qualities to interactions, stability and cohesion, assertiveness, mutual respect and support to the needs of the individual (MOREIRA; STOLTZ, 2012). The intensity with which many children with these characteristics experience their emotions is often responsible for triggering internal conflicts that are often associated with psychological difficulties. In addition, they may experience low self-esteem caused by
image/svg+xmlJessyca Gracy Pereira VELOSO and Patricia Melo do MONTEDoxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022004, Jan./Dec. 2022 e-ISSN: 2594-8385 DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.15850 4overvaluing cognitive aspects, depression, anxiety, perfectionism, irritability, nonconformism, hostility and aggressive behavior, impulsivity and attention deficit (ALENCAR et al., 2001). To favor the socio-emotional development of children with AH/SD, psychotherapy and counseling based on the Theory of Positive Disintegration (TDP), developed by Dabrowski, have been adopted by an increasing number of psychotherapists. TDP can favor psychological counseling processes, as it helps in understanding experiences and feelings of difference experienced by gifted people, among other factors (DANIELS; PIECHOWSKS, 2009). Thus, the Theory of Positive Disintegration (TDP) presents itself to the field as another theoretical possibility of understanding this dimension. Over-excitability, construct of TDP, are intensities in the way of experiencing life that are easily identified in gifted individuals. Such intensities are often responsible for triggering internal conflicts that are routinely associated with psychological disorders and difficulties, but which by the lens of TDPshould be identified as driving elements of advanced human development (SOUSA, 2019, p. 108, our translation). Although the singular character of the subjective world of each person is considered, it is worth mentioning that knowledge about the socio-emotional needs of people with AH/SD is useful in the development of psychotherapeutic processes. Thus, all the environments that make up the social support network (school, community, etc.) play an important role in the healthy formation of the person with AH/SD, so that they can understand their potential and accept themselves as a natural person. Amabile (2001) reinforces that "a social support environment is vital for the development of motivations, attitudes and skills" (p. 335, our translation). There are still very few studies on the psychotherapy of children with AH/SD, characterizing the demands presented by children and the strategies used in their care. This research is justified by recognizing the relevance of psychotherapy in children with these characteristics and because it understands that it can contribute to the dissemination of knowledge about AH/SD and provide theoretical and technical support for the professional practices of psychologists and other professionals. This article discusses the performance of the clinical psychologist with children with high skills/gifted. As specific objectives, we investigated the main demands presented by children with AH/SD, the strategies and techniques used in the clinical care of children with these characteristics and the interventions of the clinical psychologist performed with the schools and families of these children.
image/svg+xmlChildren psychotherapy with high skills/giftednessDoxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022004, Jan./Dec. 2022 e-ISSN: 2594-8385 DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.15850 5Method This is research of exploratory, field-type qualitative approach. According to Minayo (1993), qualitative research answers very particular questions. It is concerned, in the social sciences, with a level of reality that cannot be quantified, that is, it works with the universe of meanings, motives, aspirations, beliefs, values and attitudes, which corresponds to a deeper space of the relationships of processes and phenomena that cannot be reduced to the operationalization of variables. The participants of the research were four psychologists who work in a clinical context with children with high skills/giftedness in the city of Teresina-PI, through the snowball sampling or "Snowball" technique. The inclusion criteria of the participants were to have current or previous experience in clinical care with children with AH/SD and to be available to participate in the research, declared through the Informed Consent Form (TCLE). Data collection took place through a questionnaire, through Google Forms, without the need to install programs or physical storage of data, with multiple choice and answer options in paragraph, applied in August 2021. The research was conducted through the approval of the study by the Research Ethics Committee of the State University of Piauí, no. 4,211,489, and the Informed Consent Form was sent to participants before responding to the electronic form, paying attention to the norms and recommendations of Resolution No. 510/2016 of the National Health Council. The method of data analysis used was content analysis from Bardin's perspective (2010), paying attention to the following phases for its conduction: organization of analysis, coding, categorization, treatment of results, inference and interpretation of the results. Results and discussion The participants indicated for this research are four female professionals who currently work with psychotherapy of children with AH/SD or had previous experience. It was found that there is a higher incidence in the care of children with high skills/giftedness in the age group from five to ten years, and 75% of the professionals mentioned this age group as prevalent and 25% indicated the age group up to 5 years.
image/svg+xmlJessyca Gracy Pereira VELOSO and Patricia Melo do MONTEDoxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022004, Jan./Dec. 2022 e-ISSN: 2594-8385 DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.15850 6Table 1 – Participants and psychotherapeutic approachesParticipantGenderTheoretical-technicalapproachPsychologistAFemalePsychoanalysisPsychologistKFemaleCognitivebehavioraltherapyPsychologistLFemaleCognitivebehavioraltherapyPsychologistTFemaleCognitivebehavioraltherapySource: Research data - Elaborated by the authorsIn the psychotherapy movement there are different conceptions with regard to scientific knowledge. Among the study participants, there is a prevalence of psychotherapeutic work in the aspect of cognitive-behavioral therapy (CBT), according to chart 1. CBT is a directive, structured approach focused on the current patient problem. It is known that child psychotherapy has its peculiarities. This field of intervention is not fully effective if only theories and techniques developed for adults are used. It is important to emphasize the differences between audiences, which include affective, cognitive, motivational and behavioral schemes, which causes the child psychotherapist to develop his knowledge about the singularity of child psychology (CAMINHA; CAMINHA, 2007). The following categories will be presented in this study. Demands presented by children with AH/SD in the context of psychotherapy When asked about the main demands that justify the search of family members of children with AH/SD for psychotherapy, the interviewed professionals emphasized complaints related to the socialization of these children.The main demands are related to socialization, feeling of inadequacy, of being isolated because they do not find people of the same age with the same interests, feeling lost (Psychologist T).Low tolerance to frustration, difficulty in social aspects and need to adjust school demand (Psychologist L). It is known that as they develop early awareness of the functioning of society, children with AH/SD develop a vision of themselves, others and the world. According to Alencar (2003), if there are situations in which children/young people are frustrated, in the face of monotonous and repetitive academic activities that do not influence the development and expression of their superior potential, it is likely that there will be a favoritism of introspection of feelings and expressions, resulting in social withdrawal.
image/svg+xmlChildren psychotherapy with high skills/giftednessDoxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022004, Jan./Dec. 2022 e-ISSN: 2594-8385 DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.15850 7Del Prette (2013) highlights the relevance and efficacy of interventions in the social development of children with high skills/gifted, especially in the therapeutic setting. In the study by Ignachewsket al. (2019) benefits of psychotherapy were observed in the social repertoire of students with high skills/gifted, mainly in order to facilitate the development of social, personal and academic skills.Regarding the demands pointed out by parents when seeking psychotherapy for their children, difficulties related to learning and school performance also stand out in the participants' responses, especially in cases where children have AH/SD associated with disorders such as Attention Deficit Hyperactivity Disorder.When they have associated ADHD, they start to have difficulty learning and are very charged, tais as "Impulsivity-Hyperactivity-Change of Focus(Psychologist A, our translation).This condition has been called double exceptionality and can be defined as the presence of high performance, talent, skill or potential, occurring in conjunction with a psychiatric, educational, sensory and physical disorder (NAKANO; ALVES, 2015).The subject who presents ADHD/AH/SD may have a constant academic performance, in addition to losses in fine motor skills and, consequently, in writing (NAKANO; ALVES, 2015). In addition to the specificities of double exceptionality, it is important to highlight that students with AH/SD are not exempt from presenting school difficulties and one of the related factors is not having their educational needs understood and met.The participants also mentioned as demands for psychotherapeutic work characteristics that are commonly attributed to people with AH/SD, such as stiffness and perfectionism, according to the speech of professional T.Several authors, such as Winner (1998), Fleith and Alencar (2007), Renzulli (2014), Goulart et al.(2016) mention some common characteristics among people with AH/SD and, among them, are rigidity and perfectionism. These characteristics significantly impact the emotional dimension, because they are related to an excess of self-criticism, and can cause impacts, such as stress for children and young people with high skills/giftedness. Strategies, techniques and resources used to care for children with AH/SDChild psychotherapy aims to help in the expression of each child's emotions, so the psychotherapist sees himself in questioning how to approach this child and what techniques can be used. In addition to considering the context and culture of the child, it becomes fundamental
image/svg+xmlJessyca Gracy Pereira VELOSO and Patricia Melo do MONTEDoxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022004, Jan./Dec. 2022 e-ISSN: 2594-8385 DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.15850 8an interaction, sometimes playful. Thus, the psychotherapist should be prepared for the unforeseen moments that may occur. For an adequate bond between therapist and child, a continuous and playful interaction is relevant in order to enter the child's world. Thus, the therapist must be creative and flexible, besides having a theoretical and technical support (BUNGEet al., 2015). According to Duchesne e Almeida (2002, p. 49, our translation), "CBT is a semi-structured, objective and goal-oriented intervention that addresses cognitive, emotional and behavioral factors in the treatment of psychiatric disorders", based on various techniques. Regarding the techniques used in the follow-up of children with AH/SD from the perspective of CBT, it was observed in the participants' reports a prevalence of psychoeducation, emotional regulation, training of social skills, relaxation techniques and parental training. Psychoeducation, Socratic questioning, training of social skills and training of behavioral skills of tolerance to frustration, use of symbolic cards (with figures that are linked to the child's daily life). It is frequent the use of coping cards, relaxation techniques, techniques of reversal of habit with application of behavioral interventions to deal with tics, repetitive and nervous habits, use of certain objects to stimulate tranquility (self-control and self-regulation), among others (Psychologist T, our translation). In addition to the techniques mentioned above by cognitive-behavioral approach professionals, the importance of using neuropsychological assessment techniques in addition to psychotherapeutic techniques was mentioned by Psychologist A. I make a mixed approach, with psychoanalytic listening and research in terms of clinical neuropsychology evaluation (Psychologist A, our translation). According to Chahine (2011), psychoanalytic psychotherapy with children is done through the same method of working with adults – interpretation, and uses the same techniques: setting, floating attention, free association, transference management and resistance, but adding play as a new and fundamental technique so that analytical work with the child is feasible. Regarding the process of neuropsychological evaluation, it is usually one of the first phases of the psychotherapeutic process. In this evaluation process, it will be possible to understand the s mechanism of the child's cognitive functions and their respective uniqueness.
image/svg+xmlChildren psychotherapy with high skills/giftednessDoxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022004, Jan./Dec. 2022 e-ISSN: 2594-8385 DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.15850 9Facilitators in the psychotherapeutic care of children with AH/SD When asked about the factors that facilitate the care of these children, psychologists mainly related the patients' ability to communicate and learn in relation to achieving therapeutic goals. Most often, they show great interest in understanding their learning process, as well as the emotional aspects that are part of this context (Psychologist L, our translation). Good general communication skills(Psychologist K, our translation). The child's own cognitive structure. They are children who usually make good associations, have excellent insights, are creative and the sessions end up becoming very interesting and their own process ends up being made easier because of this cognitive ability (Psychologist T, our translation). Some of the characteristics mentioned by the professionals are compatible with the description made by Fleith (1999), regarding cognitive characteristics. The author points out that these individuals often present curiosity, early language, good memory, advanced vocabulary for age and ability to generate original ideas. The motivation to learn, one of the conditions present in THE/SD, according to Renzulli's conception, can also be one of the facilitators in the psychotherapeutic process. Another facilitator in the follow-up process of children with AH/SD in psychotherapy is when there is good support from the family and the social support network. It is emphasized that teachers must be prepared to identify these children, who are often not recognized and not identified their potentials, in order to be able to act appropriately. There are researches, such as those of Stoltz (2016) and Costa-Lobo et al.(2016), which expose strategies to switch between learning skills and complex and innovative tasks, providing learning contexts, challenging attitudes and beliefs, as well as skills and knowledge. These strategies are important for the development of creativity and help to promote cognitive abilities in a psychotherapeutic, educational and guidance context with parents. Another facilitator is the family engagement and the sensitivity of the school to issues related to the adaptations that the child needs (Psychologist T, our translation).According to Del Prette and Del Prette (2013), family members and teachers of children with AH/SD can help expand the repertoire of social skills, helping in the process of identifying
image/svg+xmlJessyca Gracy Pereira VELOSO and Patricia Melo do MONTEDoxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022004, Jan./Dec. 2022 e-ISSN: 2594-8385 DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.15850 10these behaviors in different contexts and facilitating the development of creativity, positive self-concept and cognitive skills. Difficulties in care for these children In this category, the participants' answers regarding the difficulties encountered in the care of these children were gathered, mainly citing thedeficits in relation to socio-emotional skills. Some are resistant to more structured strategies or techniques and, in some cases, have low tolerance to frustration (Psychologist L, our translation). Engagement difficulties and/or difficulty of social skills (Psychologist K, our translation). According to Alencar (2007), emotional and social difficulties may be related to the response to high standards of demand. When searching for people with AH/SD and ADHD, Hosdaet al.(2009) found similar behaviors in both. They stated that, due mainly to factors such as frustration, unchallenging activities, insufficient school curriculum and inadequate teaching and learning procedures, impulsivity and hyperactivity can be characteristic of both. Interventions with families and schools of children with AH/SD Regarding the investigation of the clinical psychologist's interventions with the family and the school of children with AH/SD, it was possible to identify the importance attributed to collaborative work between these institutions. It was also emphasized the need for guidance on the field of AH/SD in order to expand the knowledge for the proper management of the child in these spaces. Work with the family is essential, from evaluation to interventions. The family is always called to participate in the evaluation work and also in the psychotherapeutic process, because it needs to be oriented in relation to high skills, management with the child, in relation to work with the school and especially in the child's day-to-day conduct. The family always arrives with many complaints, many concerns regarding the behavior and specificities of the child and needs this psychoeducational work in relation to high skills (Psychologist T, our translation). According to Benito (2000), relatives of precocious students with giftedness often have an excessive concern about what their children learn. In some cases, those responsible for the child assume the child as a superior being, stimulating patterns of competitive interaction
image/svg+xmlChildren psychotherapy with high skills/giftednessDoxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022004, Jan./Dec. 2022 e-ISSN: 2594-8385 DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.15850 11between siblings and colleagues. In this sense, it was possible to identify the following report from one of the participants: With the family it is common to do a work on guidelines for reducing super stimulation (Psychologist A, our translation). It is also worth emphasizing the studies mentioned above by Paludo, Loos-Sant'Ana and Sant'Ana-Loos (2014) that state that low expectations, excessive pressure and contradictory attitudes on the part of the family can generate feelings of insecurity and misunderstanding in these children. Childhood education plays a primary role in the integration of the individual into society. Education professionals should be qualified and qualified to know how to identify, assist children, guide family members and, if necessary, refer to multidisciplinary rehabilitation. Thus, the importance of initial training and continuing education to education professionals who contemplate this theme (LEONESSA; MARQUEZINE, 2013). The approximation between psychology and pedagogy has often been fundamental in the development of the teaching and learning process, both in the educational and clinical context. In the pedagogical or psychotherapeutic follow-up of children with AH/SD, it is necessary to know the modalities of pedagogical intervention (curricular enrichment, acceleration, among others) so that it can guide and accompany students. The presence of the psychologist in school follow-up is a great need to create spaces for dialogue and reflection with the objective of assisting children with AH/SD. The presence of different professionals should be of complementarity and not of exclusion (PEDROZA, 2003). Virgolim (2007) reports that the main objective in identifying students with AH/SD is to highlight the potentials that the school has not been able to observe and, therefore, does not offer proposals for its development. This is the dynamic that should be understood by education professionals, aiming at the perception of talents and the offer, to students with high skills, of supplementary challenges and/or participation in enrichment programs, according to current legislation in Brazil. Skills/skills required of clinical psychologist in the care of children with AH/SD What skills/skills would be required of the Psychology professional in the clinical care of children with AH/SD? How could I act more efficiently with these patients?The interviewed professionals emphasized that it is necessary to have a theoretical and technical knowledge about the characteristics of the children in the spotlight.
image/svg+xmlJessyca Gracy Pereira VELOSO and Patricia Melo do MONTEDoxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022004, Jan./Dec. 2022 e-ISSN: 2594-8385 DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.15850 12Technical knowledge on the subject and sensitivity to perceive the emotional aspects that are part of the demand (Psychologist L, our translation). Knowledge, understand about high skills and about the aspects that involve this condition (Psychologist K, our translation). In a study on the personal and professional characteristics desirable in teachers who work with gifted students, Davis and Rimm (1994) cite the ability to develop flexible programs, respect for individual interests, creativity and innovation, information on giftedness, among others. Guarding the specificities of each professional practice, it is understood that these characteristics are also important to the professional profile of the psychologist. As mentioned earlier, in addition to the classical theories that address AH/SD, it is understood that the Theory of Positive Disintegration can be an important tool for the psychologist's work, since it favors the knowledge of one, as well as a possibility to understand the development of personality and the potential of students and clients with these characteristics (HARPER; CLIFFORD, 2017). Knowing these theories deeply is important to understand the cognitive, socio-emotional and pedagogical needs of the patient. The limited training of the professional offers space for the perpetuation of myths about the person with AH/SD, interfering in professional action. Final considerations The results obtained allowed us to verify that the prevalent approach of the professionals participating in the research was Cognitive-Behavioral Therapy (CBT), besides that similar techniques used in psychotherapeutic work were found, such as psychoeducation, social skills training, emotional regulation, parental training and relaxation techniques in the care of these children. The techniques used in general aim at stimulating the child's creative potential, favoring socialization, self-knowledge, cognitive flexibility and emotional regulation.The results of this study allow to expand the knowledge about the field of skills/gifted, as well as the professional performance of the clinical psychologist in the care of children with these characteristics. This study contributes material to the clinical and educational field, from a perspective of facilitating communication between clinical psychologists, schools and families of children with AH/SD. It is suggested to conduct future research in order to expand professional experiences and characterize psychotherapeutic interventions also from other theoretical approaches. For
image/svg+xmlChildren psychotherapy with high skills/giftednessDoxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022004, Jan./Dec. 2022 e-ISSN: 2594-8385 DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.15850 13the training of psychologists, it is suggested that it expands the theoretical and practical knowledge in relation to the field of high skills/gifted, school inclusion and educational care modalities offered to these children, so that it can facilitate the identification of these children and the development of psychotherapeutic work. REFERENCES ALENCAR, E.; FLEITH, D. Superdotados: determinantes, educação e ajustamento. São Paulo: EPU, 2001. ALENCAR, E. O aluno com altas habilidades no contexto da educação inclusiva. Revista Movimento, n. 7, p. 61-68. 2003. Available: https://periodicos.uff.br/revistamovimento/article/view/32466. Access: 10 Dec. 2020. ALENCAR, E. O papel da escola na estimulação do talento criativo. In:FLEITH, D. S; ALENCAR, E. (org.). Desenvolvimento de talentos e Altas Habilidades: Orientação a pais e professores. Porto Alegre. Artmed: 2007. AMABILE, T. Beyond talent: John Irving and the passionate craft of creativity. American Psychologist,v. 56, n. 4, p. 333-336, 2001. Available: https://psycnet.apa.org/doiLanding?doi=10.1037%2F0003-066X.56.4.333. Access: 10 Feb. 2021. AYRES, L. S. M.; BARREIRA, M. C. B. Diálogos entre a ética e a psicoterapia. In:AYRES, L. S. M. et al. Ética e Psicologia: Reflexões do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Conselho Regional de Psicologia, 2014. BENITO, Y. Definición, pautas de identificación y educación para padres y profesores. In:BENITO, Y. (coord.). Intervención e investigación psicoeducativas en alumnos superdotados. 2. ed. Salamanca: Amarú Ediciones, 2000. BOWLBY, J. Formação e rompimento dos laços afetivos.Tradução: Álvaro Cabral. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes. 1997. BUNGE, E. et al. (org.).Sessões de psicoterapia com crianças e adolescentes: Erros e acertos. Novo Hamburgo, RS: Sinopsys, 2015. CAMINHA, M.; CAMINHA, R. Princípios de psicoterapia cognitiva na infância: Prática cognitiva na infância. São Paulo: Roca. 2007. CHAHINE. M. Psicoterapia psicanalítica com crianças. In:BERGER, A. S. S.; CHAHINE, M. A.; TINOCO, D. H. (org.). Encontros na psicologia. Londrina: EdUnifil, 2011. COSTA-LOBO, C. et al.Potencial criativo e processos cognitivos em crianças: Da identificação precoce às intervenções futuras. Revista Diálogos Possíveis,v. 15, n. 2, p. 65-93 2016. Available: https://www.researchgate.net/publication/315443383_POTENCIAL_CRIATIVO_E_PROCE
image/svg+xmlJessyca Gracy Pereira VELOSO and Patricia Melo do MONTEDoxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 23, n. 00, e022004, Jan./Dec. 2022 e-ISSN: 2594-8385 DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v23i00.15850 14SSOS_COGNITIVOS_EM_CRIANCAS_DA_IDENTIFICACAO_PRECOCE_AS_INTERVENCOES_FUTURAS. Access: 14 Apr. 2021. DANIELS, S., PIECHOWSKI, M. Living with Intensity: Understanding the Sensitivity, Excitability, and Emotional Development of Gifted Children, Adolescents, and Adults. EJOP, v. 5, n. 1, 2009. Available: https://ejop.psychopen.eu/index.php/ejop/article/view/276. Access: 25 Feb. 2021. DAVIS, G.; RIMM, S. Characteristics of gifted studentes. In:DAVIS, G.; RIMM, S. (org). Education of the gifted and talented. Needham Heights, MA: Allyn and Bacon, 1994. DEL PRETTE, A. DEL PRETTE, Z. Psicologia das habilidades sociais na infância: teoria e prática. Petrópolis: Vozes. 2013. DORON R.; PAROT, F. Dicionário de Psicologia. São Paulo: Ática. 1998. DUCHESNE, M.; ALMEIDA, P. E. M. Terapia cognitivo-comportamental dos transtornos alimentares. Rev. Bras. Psiquiatr.,v. 24, n. 3, p. 49-53, 2002. Available: https://www.scielo.br/j/rbp/a/CJKXBkfr6wBxGV4t7zL4w9J/. Access: 10 Feb. 2021. FRIEDBERG. R.; MCCLURE. J. A prática de clínica de terapia cognitiva com crianças e adolescentes. Porto Alegre, RS: Artmed. 2004. FLEITH, D. S. Psicologia e educação do superdotado: definição, sistema de identificação e modelo de estimulação. Cadernos de Psicologia, v. 5, n. 1, p. 37-50, 1999. Available: https://www.cadernosdepsicologia.org.br/index.php/cadernos/article/view/42. Access: 20 Jan. 2021. GOULART, A. M. P. L. et al. Altas Habilidades/ Superdotação: Reflexões e Processo Educacional. 2 ed. Maringá: Eduem, 2016. HARPER, A.; CLIFFORD, C. Through the Dabrowski lens: Philosophy, faith, and the personality ideal. Roeper Review,v. 39, n. 4, p. 262-268, 2017. Available: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/02783193.2017.1363100?journalCode=uror20. Access: 14 Nov. 2020. HOSDA, C.; CAMARGO, R.; NEGRINI, T. Altas habilidades/superdotação e hiperatividade: possíveis relações que podem gerar alguns equívocos. In:CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 9., 2009, Paraná. Anais [...]. Paraná: Pontifíca Universidade Católica, 2009. IGNACHEWSK, C. L. et al.Capacidades e dificuldades socioemocionais de crianças antes e após a participação no método friends.Revista Psicologia e Saúde, Campo Grande, v. 11, n. 3, p. 111-123, 2019. Available: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S2177-093X2019000300008&lng=pt&nrm=iso. Access: 10 Mar. 2021. KÖSTERS, M. P.et al. Study design of ‘FRIENDS for life’: Process and effect evaluation of an indicated school-based prevention programme for childhood anxiety and depression. Bmc Public Health, v. 12, n. 86, p. 1-8, 2012. Available:
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