Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 24, n. 00, e023003, 2023. e-ISSN: 2594-8385
DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v24i00.17209 1
CONTRIBUIÇÕES PARA A PRÁTICA DA PSICOLOGIA ESCOLAR E
EDUCACIONAL EM SITUAÇÕES DE LUTO
CONTRIBUCIONES A LA PRÁCTICA DE LA PSICOLOGÍA ESCOLAR Y EDUCATIVA
EN SITUACIONES DE DUELO
CONTRIBUTIONS TO THE PRACTICE OF SCHOOL AND EDUCATIONAL
PSYCHOLOGY IN SITUATIONS OF GRIEF
Raul Bruno Tibaldi NASCIMENTO1
e-mail: psico.raultibaldi@gmail.com
Como referenciar este artigo:
NASCIMENTO, R. B. T. Contribuições para a prática da
psicologia escolar e educacional em situações de luto. Doxa:
Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 24, n. 00, e023003,
2023. e-ISSN: 2594-8385. DOI:
https://doi.org/10.30715/doxa.v24i00.17209
| Submetido em: 19/09/2022
| Revisões requeridas em: 05/05/2023
| Aprovado em: 15/05/2023
| Publicado em: 25/05/2023
Editor:
Prof. Dr. Paulo Rennes Marçal Ribeiro
Editor Adjunto Executivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Cuiabá MT Brasil. Mestrado pelo Programa de s-
Graduação em Psicologia.
Contribuições para a prática da psicologia escolar e educacional em situações de luto
Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 24, n. 00, e023003, 2023. e-ISSN: 2594-8385
DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v24i00.17209 2
RESUMO: Apesar de situações de luto não serem raras em escolas e de impactarem o
desempenho acadêmico dos estudantes, sabe-se da dificuldade em abordar a educação sobre a
morte nessas instituições. No intuito de contribuir para a prática de psicólogas escolares e
educacionais no manejo de situações de luto, este estudo objetivou revisar o respectivo estado
da arte disponível nas bases de dados PePSIC, SciELO Brasil e Catálogo de Teses e
Dissertações CAPES, sem restrição de data de publicação. Procedeu-se também a uma análise
textual qualitativa de estudos selecionados, por meio de uma Classificação Hierárquica
Descendente no software Iramuteq. Os resultados foram categorizados em categorias de análise
que indicam, por um lado, o reconhecimento da necessidade de ações de educação sobre a morte
e o luto e, por outro lado, as dificuldades de implementá-las no contexto escolar. Assim,
propõem-se orientações complementares e específicas para a atuação de psicólogas nesse
contexto.
PALAVRAS-CHAVE: Luto. Educação em relação à morte. Psicologia escolar.
RESUMEN: Aunque las situaciones de duelo no son raras en las escuelas e impactan el
rendimiento académico de los estudiantes, es conocida la dificultad de abordar la educación
sobre la muerte en estas instituciones. Con el fin de contribuir a la práctica de los psicólogos
escolares y educativos en el manejo de situaciones de duelo, este estudio tuvo como objetivo
revisar el respectivo estado del arte disponible en las bases de datos PePSIC, SciELO Brasil y
Catálogo de Tesis y Disertaciones CAPES, sin restricción de fecha de publicación. También se
realizó un análisis textual cualitativo de los estudios seleccionados mediante una Clasificación
Jerárquica Descendente en el software Iramuteq. Los resultados fueron categorizados en
categorías de análisis que indican, por un lado, el reconocimiento de la necesidad de acciones
educativas sobre la muerte y el duelo y, por otro lado, las dificultades de implementarlas en el
contexto escolar. Por lo tanto, se proponen pautas complementarias y específicas para el
trabajo de los psicólogos en este contexto.
PALABRAS CLAVE: Duelo. Educación en relación con la muerte. Psicología escolar.
ABSTRACT: Notwithstanding the fact that instances of bereavement are not uncommon in
schools and have a notable impact on student's academic performance, it is recognized that
addressing death education in these institutions poses challenges. With the intention of
contributing to the practice of school and educational psychologists in handling situations of
bereavement, this study sought to review the current state of knowledge available in the
databases PePSIC, SciELO Brazil, and CAPES Catalog of Theses and Dissertations, without
any restrictions on publication dates. A qualitative textual analysis of selected studies was also
conducted utilizing Descending Hierarchical Classification, facilitated by the software
Iramuteq. The results were categorized into analysis categories that indicate, on the one hand,
the recognition of the necessity for actions concerning death and bereavement education and,
on the other hand, the difficulties associated with implementing such actions within the school
context. Consequently, supplementary and tailored guidelines are proposed for psychologists
in this particular domain.
KEYWORDS: Grief. Education about death. School psychology.
Raul Bruno Tibaldi NASCIMENTO
Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 18, n. 00, e023003, 2023. e-ISSN: 2594-8385
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Introdução
No que diz respeito à mortalidade de indivíduos brasileiros na faixa etária de 5 a 19
anos, é possível constatar a existência de uma média anual de mais de 24 mil óbitos durante o
período compreendido entre 2018 e 2020 (BRASIL, 2022). É importante ressaltar que tais
números não consideram se essas ocorrências envolvem crianças e adolescentes que
frequentavam regularmente uma instituição de ensino e, mesmo sem realizar uma análise
estatística em relação à população mais idosa, informações como essas possibilitam inferir a
inevitabilidade e a importância de se abordar o tema da morte no ambiente escolar.
Entretanto, as discussões acerca desse assunto nas instituições de ensino podem ser
dificultadas, se não completamente inviabilizadas, devido ao tabu que envolve a morte e a
finitude humana. A abordagem desses fenômenos na contemporaneidade é predominantemente
permeada por inquietação, insegurança e medo, chegando ao ponto de evitá-los por receio de
atrair eventos negativos ou trágicos. Apesar de ser inerente ao desenvolvimento humano e à
busca de significado na vida, a morte é relegada ao campo do proibido, dos assuntos mórbidos
e depressivos que devem ser mantidos em silêncio, em um contexto de sociedade que não
suporta manifestações de luto e sofrimento (DANTAS; BORGE; DUTRA, 2021).
A dificuldade em abordar o tema da morte tem um impacto direto na forma como
lidamos com o luto. Especificamente no contexto escolar, os efeitos da exclusão e do
silenciamento em relação a esse assunto podem ser observados na falta de informações e na
escassez de iniciativas voltadas ao cuidado e apoio a jovens e famílias que estão passando pelo
processo de luto. Apesar do potencial das escolas em influenciar e promover a saúde dos
estudantes, a atuação da Psicologia nesse campo ainda carece de uma base sólida para facilitar
a abordagem do luto na infância e adolescência (MELLO; LIMA; MOTA, 2021).
A importância desse aspecto é reforçada pela recorrência dos impactos negativos do luto
em diversas variáveis relacionadas ao desempenho educacional, tais como interesse,
concentração, motivação, hábitos de estudo e assiduidade, entre outras. Portanto, é considerado
crucial que as instituições de ensino ofereçam algum nível de suporte diante de situações de
luto, contando, para isso, com o trabalho de psicólogas
. Esses profissionais desempenham um
papel fundamental na identificação e intervenção em casos de maior vulnerabilidade e risco
(ELSNER; KRYSINSKA; ANDRIESSEN, 2022).
Seguindo recomendações do Conselho Federal de Psicologia, optou-se, no presente estudo, por se referir à
categoria no feminino, devendo-se considerar incluídos todos os gêneros.
Contribuições para a prática da psicologia escolar e educacional em situações de luto
Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 24, n. 00, e023003, 2023. e-ISSN: 2594-8385
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Nesse contexto, é importante ressaltar o papel da psicóloga escolar e educacional na
realização de atividades de prevenção, identificação e resolução de problemas psicossociais que
possam interferir no pleno desenvolvimento das capacidades dos estudantes (CFP, 2008). Além
disso, essa profissional deve atuar na promoção de uma cultura de saúde, fornecendo
orientações e propondo estratégias de intervenção em dificuldades escolares, levando sempre
em consideração os aspectos sociais, históricos e culturais (CFP, 2021).
Diante disso, compreende-se a necessidade de fornecer suporte para o trabalho desses
profissionais no contexto do luto, o que pode ser alcançado por meio da sistematização de
pesquisas científicas. Portanto, o objetivo deste estudo foi realizar uma revisão da literatura
brasileira e fornecer recomendações sobre o papel da psicóloga escolar e educacional no
cuidado ao luto.
Método
Trata-se de um estudo do tipo "estado da arte" (ROMANOWSKI; ENS, 2006), de
natureza qualitativa, cuja escolha se justifica pelo intuito de rastrear experiências de pesquisa
que ajudem no reconhecimento de contribuições e constituição de propostas. A partir de uma
visão geral da produção em determinada área do conhecimento, pretende-se identificar
tendências e lacunas, bem como encaminhamentos metodológicos.
Tendo isso em vista, a primeira etapa deste estudo se deu por buscas nas bases de dados
Periódicos Eletrônicos em Psicologia (PePSIC), Scientific Electronic Library Online (SciELO
Brasil) e no Catálogo de Teses e Dissertações CAPES. Nas duas primeiras foram utilizadas as
combinações de descritores [luto AND escola$] e [luto AND educa$]; na última, [luto AND
escola*] e [luto AND educa*]. Essas buscas foram realizadas no mês de setembro de 2022, sem
limitações quanto à data de publicação. Após a extração e compilação dos registros inicialmente
coletados, foram identificados e removidos os estudos duplicados. Em seguida, procedeu-se à
leitura dos tulos e resumos dos estudos restantes, aplicando-se critérios de inclusão e exclusão
para seleção dos estudos a serem considerados nesta revisão.
Para a seleção do material, foram estabelecidos os seguintes critérios de inclusão: 1)
estudos empíricos publicados em língua portuguesa e com autoria de, pelo menos, uma
profissional da Psicologia; 2) pesquisas realizadas com a participação de algum membro da
comunidade escolar, como estudantes, professores ou diretores, por exemplo. Foram excluídos
os estudos que descreviam intervenções realizadas exclusivamente em contexto universitário
Raul Bruno Tibaldi NASCIMENTO
Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 18, n. 00, e023003, 2023. e-ISSN: 2594-8385
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ou clínico, ou seja, psicoterapia individual ou em grupo, bem como aqueles que não estavam
disponíveis na íntegra. A Figura 1 apresenta o processo de busca e seleção dos estudos.
Figura 1 Fluxograma de revisão e seleção de estudos sobre luto nas escolas
Fonte: Elaborada pelo autor conforme orientação PRISMA (PAGE et al., 2021)
Na segunda etapa, procedeu-se a uma análise de dados textuais, utilizando-se as seções
de Considerações Finais dos estudos selecionados para constituição do corpus textual. Eles
foram analisados com auxílio do software Interface de R pour les Analyses
Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires (IRaMuTeQ), o qual viabiliza diferentes
tipos de análise textual (CAMARGO; JUSTO, 2013). Neste caso, optou-se pelo método da
Classificação Hierárquica Descendente (CHD), a fim de se obter um dendrograma
Contribuições para a prática da psicologia escolar e educacional em situações de luto
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representativo de classes e das respectivas palavras estatisticamente significativas, isto é, dos
vocábulos com χ² > 3,80 (p < 0,05).
Resultados
Características dos estudos selecionados
A amostra final dos estudos selecionados foi composta por cinco artigos e duas
dissertações de mestrado. Um deles foi publicado em 2003 e os demais entre os anos de 2014
e 2020. O Quadro 1 apresenta a referência, título e objetivo desses trabalhos.
Em relação aos participantes, dois estudos foram conduzidos com crianças com idades
entre 3 e 12 anos, enquanto outros dois envolveram adolescentes entre 13 e 18 anos. Um estudo
contou exclusivamente com a participação de professoras, enquanto outro incluiu, além de
professoras, uma coordenadora pedagógica e três estagiárias de Pedagogia. Somente um estudo
abrangeu intervenções com a comunidade escolar de forma mais abrangente, envolvendo
funcionários da escola, estudantes, pais e mães.
A maioria dos estudos foi conduzida em escolas públicas localizadas nos estados de São
Paulo, Rio Grande do Sul e Piauí. Essas instituições abrangiam os níveis de Educação Infantil,
Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Quanto ao método, dois deles foram apresentados na forma de relato de experiência
profissional. Os outros cinco foram construídos a partir de entrevistas semiestruturadas e análise
de conteúdo correspondente.
Quadro 1 Relação dos estudos selecionados
Autoria
Título
Objetivo(s)
(DOMINGOS;
MALUF, 2003)
Experiências de Perda
e de Luto em
Escolares de 13 a 18
Anos
Examinar as experiências de perda e de luto vivenciadas por
um grupo de escolares sobreviventes de perdas de entes
queridos por morte
(MELES, 2014)
O adolescente
vivenciando o luto
pela morte de um dos
genitores:
repercussões na esfera
escolar
Compreender a vivência do adolescente enlutado em
consequência da morte de um dos pais, há menos de um
ano, e as repercussões dessa perda na escola
(ALVES; KOVÁCS,
2016)
Morte de aluno: luto
na escola
Descrever o trabalho realizado em 2014, na Grande São
Paulo, em escola de ensino fundamental I, após a morte de
um aluno do 4º ano em decorrência de uma queda durante
Raul Bruno Tibaldi NASCIMENTO
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exercício, em dupla com o melhor amigo, na aula de
Educação Física
(TABACZINSKI;
FRIGHETTO, 2017)
Educação emocional
em processos de luto
na creche
Apresentar um relato de experiência sobre o trabalho do
psicólogo escolar em formação, destacando o
desenvolvimento de uma avaliação de como se dá o
processo psicoeducativo sobre o luto em uma creche
(MAEDA, 2017)
Cemitério é lugar de
criança? A visita
guiada ao Cemitério
Consolação como
recurso para abordar a
educação sobre a
morte nas escolas
Compreender como professores de São Paulo percebem a
questão da educação sobre a morte, a partir da experiência
de levar os seus alunos à visita guiada ao Cemitério
Consolação
(CARVALHO;
CARVALHO, 2020)
Infância, perda e
educação: diálogos
possíveis
Compreender as relações entre infância, perda e educação
(GIARETTON et al.,
2020)
A escola ante a morte
e a infância:
(des)construção dos
muros do silêncio
Compreender, pela perspectiva de docentes de escolas
públicas de ensino fundamental, como a temática da morte
está inserida no ambiente escolar e de que forma ela é
abordada com os alunos, em especial na infância
Fonte: Elaborado pelo autor
Estatísticas textuais e Classificação Hierárquica Descendente
De um corpus composto por 7 textos, houve a separação em 108 segmentos de texto
(ST), dos quais 85 (78,70%) foram aproveitados. Do total de 3.692 ocorrências (palavras,
formas ou vocábulos) que emergiram, foram contabilizadas 1.197 palavras distintas, das quais
783 foram registradas em uma única ocorrência. O conteúdo analisado foi categorizado em
cinco classes, conforme ilustrado pela Figura 2.
Contribuições para a prática da psicologia escolar e educacional em situações de luto
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Figura 2 Dendrograma das classes da CHD
Fonte: Elaborada pelo autor
Classe 1 Importância da Educação sobre a Morte nas escolas
Compreende 17,65% (f = 15 ST) do corpus total analisado e se constitui por palavras e
radicais no intervalo entre χ² = 4,97 (pesquisa) e χ² = 24,32 (tema). Essa classe é composta por
palavras como ‘morte’ (χ² = 12,46); ‘rede’ (χ² = 9,50); ‘professor’ (χ² = 8,99); ‘educação’ (χ² =
8,58); ‘suporte’ (χ² = 5,14); ‘ampliar’ (χ² = 5,14); e ‘dúvida’ (χ² = 5,14).
Essa classe condensa, principalmente, apontamentos de professores no sentido de que
haja investimento em capacitação para discussão do tema com os estudantes e com a
participação das famílias, criando uma rede conjunta de suporte ao luto. Algumas profissionais
também
mostram-se mais sensibilizadas, no papel de educadoras, a promover
experiências saudáveis com seus alunos, percebendo a educação sobre a morte
como um assunto que faz parte da rotina escolar, principalmente, em
contextos em que a violência e a vulnerabilidade social os expõe [sic]
cotidianamente à morte (MAEDA, 2017, p. 119).
Essas escolas até se posicionam como uma fonte de referência a quem os estudantes
podem recorrer para abordar o tema da morte ou buscar acolhimento em situações de luto.
Todavia, muitas vezes existem receios por parte dos professores, seja pela
insegurança em relação a como fazer essa abordagem e à ausência de respostas
para os questionamentos que possam surgir, seja pelo receio de ultrapassar
limites entre o que se supõe ser o seu papel e o papel da família (GIARETTON
et al., 2020, p. 16).
Raul Bruno Tibaldi NASCIMENTO
Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 18, n. 00, e023003, 2023. e-ISSN: 2594-8385
DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v24i00.17209 9
Nesse sentido, a psicóloga escolar e educacional pode, por exemplo, mediar a
capacitação profissional de professores, para que esses profissionais se sintam melhor
preparados para intervir, pelo menos em nível primário, em situações como essas.
Classe 2 Apoio emocional na escola em situações de perdas e lutos
Compreende 24,71% (f = 21 ST) do corpus total analisado e se constitui por palavras e
radicais no intervalo entre χ² = 4,31 (forma) e χ² = 15,67 (aluno). Essa classe é composta por
palavras como emocional’ (χ² = 11,93); ‘psicológico’ (χ² = 9,48); ‘lidar’ (χ² = 8,95);
‘necessidade’ (χ² = 8,73); ‘colega’ (χ² = 6,11); e ‘falta’ (χ² = 5,71).
Essa abordagem engloba discussões sobre o papel da afetividade nos processos de
aprendizagem escolar e, por consequência, sobre o papel das escolas como um ponto de apoio
para estudantes, profissionais e familiares que estejam vivenciando o luto.
Além da responsabilidade da escola em transmitir conhecimento, deve-se
pensar em uma escola que considere como ponto importante as necessidades
emocionais de seus alunos, que afeto e cognição estão estritamente
relacionados (MELES, 2014, p. 90).
É importante destacar que os estudantes frequentemente encontram apoio emocional
entre os colegas, mas não necessariamente dos professores ou coordenadores, o que pode ser
atribuído às dificuldades enfrentadas pelos adultos em lidar com suas próprias perdas, à carga
de trabalho intensa e à falta de oportunidades para aprofundar questões emocionais.
Classe 3 Recursos para intervenções em Educação sobre a Morte
Compreende 21,18% (f = 18 ST) do corpus total analisado e se constitui por palavras e
radicais no intervalo entre χ² = 3,86 (morrer) e χ² = 19,77 (realidade). Essa classe é composta
por palavras como ‘temática’ (χ² = 11,01); ‘construção’ (χ² = 8,00); ‘reflexão’ (χ² = 7,28);
‘recurso’ (χ² = 4,80); ‘filme’ (χ² = 3,86); e ‘sociedade’ (χ² = 3,86).
Essa classe reúne reflexões em favor do desenvolvimento de estratégias e intervenções
educacionais sobre a morte. De modo geral, recomenda-se a promoção de ações e medidas que
visem “uma escuta e alicerce aos professores na construção de recursos que fortaleçam suas
práticas e vínculos com os alunos ante a diante [sic] realidade das perdas” (GIARETTON et
al., 2020, p. 16).
Contribuições para a prática da psicologia escolar e educacional em situações de luto
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Utilizar os filmes como um recurso interventivo e educacional se torna de
suma importância, visto o caráter influente, pedagógico e lúdico que os filmes
proporcionam. A identificação com os personagens e as situações nas histórias
também são importantes na busca de sentido e enfrentamento de perdas. Os
livros infantis, revistas em quadrinhos, desenhos animados, teatro, música,
oficinas de arte e tantos outros recursos também são viáveis e excelentes
facilitadores para espaços que possam vir a estimular a produção de novos
significados e sentidos sobre o tema (CARVALHO; CARVALHO, 2020, p.
88).
Contudo, cumpre destacar que “trabalhar somente com a criança não é suficiente”
(TABACZINSKI; FRIGHETTO, 2017, p. 159), compreendendo que “o ideal é que a família e
a escola possam unir-se na tarefa de trabalhar essa temática com as crianças, promovendo o
suporte e o afeto necessários” (GIARETTON et al., 2020, p. 16).
Além disso, sugere-se “buscar parcerias com centros especializados que existem
localmente, para ajuda profissional em termos de treinamento e assessoria a educadores, bem
como encaminhamento de alunos e suas famílias, quando se fizer necessário” (DOMINGOS;
MALUF, 2003, p. 588).
No que diz respeito a esse aspecto, compreende-se que a presença da psicóloga escolar
e educacional nas instituições pode facilitar a implementação dessas recomendações. Por meio
de seu conhecimento psicológico, essa profissional pode oferecer apoio na avaliação e seleção
de materiais e atividades relacionados ao trabalho de educação sobre a morte, levando em
consideração elementos como o desenvolvimento cognitivo e as características do processo de
luto, entre outros.
Classe 4 Vivências e impactos do luto entre estudantes
Compreende 18,82% (f = 16 ST) do corpus total analisado e se constitui por palavras e
radicais no intervalo entre χ² = 4,32 (estudo) e χ² = 27,84 (adolescente). Essa classe é composta
por palavras como ‘jovem’ (χ² = 17,58); ‘luto’ (χ² = 12,54); ‘relação’ (χ² = 11,03); ‘atitude’ (χ²
= 5,89); e ‘vivência’ (χ² = 4,66).
Essa classe se refere a observações de que a perda de entes queridos afeta os estudantes
em várias dimensões da vida. Especificamente “na escola, [...] o luto tem implicações no
processo de ensino-aprendizagem, devendo ser considerado como uma questão com correlatos
pedagógicos, merecedora de grande atenção” (DOMINGOS; MALUF, 2003, p. 588). Entre as
repercussões do luto na escola, podem ser citados “problemas em acompanhar o ritmo das aulas,
falta de concentração e assiduidade prejudicada” (MELES, 2014, p. 89).
Raul Bruno Tibaldi NASCIMENTO
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A vivência do luto está relacionada a vários fatores (como rede de apoio,
idade, gênero e grau de vinculação com a pessoa falecida, entre outros). Cada
adolescente vive esta experiência de maneira única e singular, porém pode-se
depreender que, dentro da escola, alguns pontos devem ser repensados para
auxiliar neste processo. Deve-se possibilitar ao profissional de educação
condições para apoiar os alunos enlutados, respeitando a personalidade de
cada um e sua maneira singular de enfrentar este momento da vida (MELES,
2014, p. 89).
Quanto a isso, a psicóloga escolar e educacional pode contribuir especialmente na
avaliação e identificação de pessoas que apresentem fatores de risco para complicações do luto,
no intuito de determinar estratégias de cuidado específicas que eventualmente se mostrem
necessárias, como o encaminhamento para serviços especializados de atenção à saúde.
Classe 5 Dificuldades para lidar com situações de morte e luto nas escolas
Compreende 17,65% (f = 15 ST) do corpus total analisado e se constitui por palavras e
radicais no intervalo entre χ² = 5,14 (busca) e χ² = 24,79 (dificuldade). Essa classe é composta
por palavras como ‘ambiente’ (χ² = 10,67); ‘demanda’ (χ² = 10,67); ‘espaço’ (χ² = 6,56); ‘sala’
(χ² = 5,14); e ‘contexto’ (χ² = 5,14).
Essa abordagem abrange os aspectos sociais e individuais que se manifestam na
dificuldade de lidar com a temática da morte e do luto no contexto escolar.
O padrão afetivo dominante nesses espaços frequentemente não favorece a
resolução de situações decorrentes do luto, inviabilizando a expressão de
afetos e respectiva escuta, processos esses da maior importância, ainda que
por si sós não garantam um luto sem complicações (DOMINGOS; MALUF,
2003, p. 588).
Por isso, corrobora-se a importância da inserção da psicóloga no ambiente escolar
(ALVES; KOVÁCS, 2016), o que pode auxiliar em suporte emocional, investigações
diagnósticas, apoio à equipe pedagógica e fortalecimento da rede de apoio no que tange à
educação sobre a morte (MAEDA, 2017). Ademais, deve-se considerar que o acolhimento e a
psicoeducação a enlutados consistem em “demandas que não são supridas, necessariamente,
com psicologia clínica” (TABACZINSKI; FRIGHETTO, 2017, p. 159).
Considerações como essas apontam para a importância de ampliar o conjunto de ações
que a psicóloga escolar e educacional pode realizar, indo além do ambiente escolar e buscando
integração em prol de transformações duradouras, visando promover uma cultura compassiva
em relação a temas como a morte, perdas e luto.
Contribuições para a prática da psicologia escolar e educacional em situações de luto
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Discussões
A análise dos estudos selecionados reforça a descrição de uma realidade limitada no que
se refere à discussão da morte e ao suporte ao luto em contextos escolares. Resumidamente, foi
possível identificar uma situação em que, por um lado, reconhece-se o impacto do luto entre os
estudantes e a necessidade de ações de educação sobre a morte, mas, por outro lado, existem
dificuldades emocionais e falta de preparo por parte dos profissionais da educação para lidar
com situações de luto.
Os resultados analisados corroboram inclusive com pesquisas realizadas em outros
países. Na Noruega, por exemplo, professores relatam observar impactos negativos na
aprendizagem de crianças enlutadas, principalmente no que diz respeito à capacidade de
concentração. Alguns desses profissionais conseguem fazer adaptações nas atividades escolares
para oferecer suporte a esses estudantes, porém muitos destacam a tensão existente entre
conciliar o papel educacional e o fornecimento de acolhimento emocional (DYREGROV et al.,
2015).
Entre os professores ingleses, foram relatadas diversas reações diante de adolescentes
enlutados, envolvendo dilemas complexos, tais como: decidir entre manter as atividades
escolares conforme o planejado ou adaptá-las; decidir se falar abertamente sobre a morte e o
luto ou não; escolher entre incentivar os alunos a buscar ajuda especializada ou oferecer apoio
emocional informal; decidir se envolver emocionalmente de forma direta com os estudantes
enlutados ou manter uma distância emocional; decidir se compartilhar ou não suas próprias
experiências de perda com os alunos; e optar por estabelecer uma comunicação regular ou não
com as famílias dos estudantes em luto (LANE; ROWLAND; BEINART, 2014).
Diante desse contexto, o presente estudo reforça a relevância da atuação de profissionais
de psicologia escolar e educacional na promoção de práticas que possam contribuir para a
transformação desse cenário. Nesse sentido, as obras de (Kovács 2005, 2012) apresentam
diversas sugestões para a inclusão do tema da morte no ambiente escolar, tais como: oferecer
cursos específicos para professores de diferentes disciplinas nas universidades; promover
treinamentos nas escolas, abordando habilidades de comunicação relacionadas a perdas e
morte; fornecer indicações bibliográficas e atividades pedagógicas, além de desenvolver
materiais didáticos sobre o tema; envolver a comunidade escolar em rituais familiares; criar
espaços de apoio emocional; disponibilizar cursos e serviços de atendimento para estudantes
enlutados, entre outras recomendações.
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Apesar da pertinência dessas recomendações, verifica-se que a literatura nacional
relacionada à educação sobre a morte, além de ser relativamente escassa, tende a enfatizar o
papel dos professores. Em certa medida, “o foco é na relação professor aluno e trabalho com a
classe” (KOVÁCS, 2012, p. 78), o que enseja a indicação de estratégias complementares e
diferenciadas para a prática da psicologia escolar e educacional em situações de luto.
Conforme apontado por Aspinall (1996) e Ayyash-Abdo (2001), é atribuído à psicóloga
escolar e educacional um papel fundamental no planejamento e implementação da educação
sobre a morte nos currículos escolares, em colaboração com professores, funcionários,
familiares e demais membros da comunidade escolar. Esses autores destacam que o papel
desempenhado pela psicóloga nesses casos é distinto, entre outros motivos, devido ao seu
conhecimento acerca das concepções infanto-juvenis sobre a morte, das reações comuns diante
desse tema e dos possíveis impactos na vida de crianças e adolescentes que enfrentam uma
perda.
Em consonância com essas considerações, Costelloe, Mintz e Lee (2020) assinalam que
a prática dessas profissionais pode abranger desde microssistemas até macrossistemas, partindo
de uma compreensão bioecológica do desenvolvimento humano. Nesse sentido, afirmam ser
possível desenvolver intervenções individualizadas com base no caráter singular do processo
de luto; oferecer treinamento especializado e subsidiado pelo conhecimento psicológico acerca
das separações, perdas e traumas; supervisionar e prestar consultoria em trabalhos de suporte e
acolhimento, individual ou em grupos, a estudantes enlutados; e contribuir em discussões para
a conscientização sobre o luto e o estabelecimento de diretrizes sobre o tema.
A psicóloga pode ajudar a elaborar um protocolo de ação para situações de perdas e
lutos adaptado à realidade de cada comunidade escolar. Trata-se de um documento que engloba
medidas tanto de prevenção, como sensibilização emocional, educação sobre a morte e criação
de uma equipe de coordenação dos trabalhos, quanto de intervenção, que passa pela oferta de
respostas coordenadas, orientação, apoio e ajuda na expressão e regulação emocional de
famílias, docentes e estudantes em situações de perdas. O protocolo deve conter, por exemplo,
orientações para comunicação e atuação diante da morte de um familiar, estudante, docente ou
membro da comunidade escolar (GOROSABEL-ODRIOZOLA; LEÓN-MEJÍA, 2016).
Em relação às notificações a um estudante sobre a morte de um ente querido, Servaty-
Seib, Peterson e Spang (2003) apresentam recomendações que visam facilitar a comunicação
de notícias dessa natureza. Profissionais da psicologia podem utilizar as sugestões dos referidos
autores como base para abordar questões práticas, tais como quem deve ser responsável por
Contribuições para a prática da psicologia escolar e educacional em situações de luto
Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 24, n. 00, e023003, 2023. e-ISSN: 2594-8385
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conversar diretamente com o estudante afetado pela morte, o momento adequado para tal
conversa, o local e o modo como essa comunicação deve ser conduzida, quais reações podem
ser esperadas e como lidar com elas, bem como a forma de oferecer apoio aos enlutados.
Para auxiliar nesse processo de acompanhamento, Brown, Jimerson e Comerchero
(2015) apresentam exemplos de estratégias úteis para profissionais de psicologia escolar e
educacional, considerando os diferentes níveis de desenvolvimento cognitivo de crianças e
adolescentes. Dentre essas estratégias, destaca-se a ludoterapia com o uso de fantoches,
fantasias, blocos de montar, desenhos ou criação de histórias; a biblioterapia; a exibição de
filmes; a criação de caixas ou livros de memórias e a utilização de jogos da memória com cartas
que abordam sentimentos ou memórias em relação à pessoa falecida; a utilização de jogos
interativos; a escrita de diários ou poemas; a musicoterapia; o uso de recursos tecnológicos e
da Internet, entre outras abordagens. Segundo as autoras, independentemente da técnica
escolhida, o importante é executá-las com honestidade, de forma apropriada ao nível de
compreensão dos estudantes, encorajando-os a fazer perguntas, compreender e expressar
sentimentos e pensamentos, e ajudando-os a continuar engajados em outras atividades.
Outro aspecto relevante a ser considerado no apoio ao luto é o suporte espiritual.
Conforme Jerome (2011), as psicólogas escolares e educacionais podem intermediar o acesso
a recursos espirituais individuais ou comunitários, após uma avaliação para identificar as
necessidades dos enlutados na comunidade escolar. As profissionais devem estar atentas à
diversidade de crenças sobre a morte e práticas funerárias, contando com o auxílio de uma lista
de contatos de diferentes líderes religiosos locais, que podem ser convidados para consultorias
ou realização de cerimônias, por exemplo. No entanto, é importante ressaltar a importância de
evitar impor crenças e respostas a questões espirituais sem considerar os valores espirituais e
religiosos dos enlutados com cuidado.
Além disso, é recomendado que as psicólogas escolares e educacionais aprimorem seu
conhecimento em relação às práticas de primeiros socorros psicológicos e aconselhamento em
situações de crise, as quais podem facilitar o processo de luto (SANDOVAL; SCOTT;
PADILLA, 2009). Quando múltiplos estudantes passam por episódios potencialmente
traumáticos no ambiente escolar, por exemplo, cnicas de suporte e aconselhamento em grupo
também podem ser extremamente úteis (OPENSHAW, 2011).
Raul Bruno Tibaldi NASCIMENTO
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Considerações finais
Apesar de buscar alcançar seu objetivo proposto, este estudo reconhece a limitação de
não poder aprofundar e detalhar as recomendações apresentadas. No entanto, entende-se que o
estudo fornece uma contribuição significativa ao indicar fontes mais assertivas nas quais
profissionais de psicologia escolar e educacional podem encontrar orientações para auxiliar em
situações de perdas e luto. É importante ressaltar que tais orientações devem ser adaptadas
segundo as diferentes realidades encontradas.
Por último, é importante salientar que a análise das pesquisas selecionadas nesta
investigação pode não representar de maneira precisa a realidade das práticas mencionadas no
país, devido à escassez de publicações sobre o tema. Caso isso ainda não seja o caso, espera-se
que este estudo contribua para incentivar as profissionais na transformação desse cenário.
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Raul Bruno Tibaldi NASCIMENTO
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CRediT Author Statement
Reconhecimentos: À Profª Dra. Tatiane Lebre Dias (PPGPsi/UFMT), pelo auxílio com
referências importantes à construção do estudo, e à psicóloga e mestre em educação, Karine
dos Santos Araujo, pelo incentivo ao aprofundamento das questões discutidas no estudo.
Financiamento: Não houve financiamento institucional para o estudo.
Conflitos de interesse: O autor declara não haver conflitos de interesse.
Aprovação ética: Por se tratar de um estudo de revisão de literatura, não houve necessidade
de apreciação ética.
Disponibilidade de dados e material: Os dados e materiais utilizados no trabalho estão
disponíveis para acesso, sob solicitação com justificativa pertinente e razoável.
Contribuições dos autores: O autor foi responsável pela elaboração e execução da
pesquisa, análise e discussão dos resultados, bem como pela redação e revisão final do texto.
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 24, n. 00, e023003, 2023. e-ISSN: 2594-8385
DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v24i00.17209 1
CONTRIBUTIONS TO THE PRACTICE OF SCHOOL AND EDUCATIONAL
PSYCHOLOGY IN SITUATIONS OF GRIEF
CONTRIBUIÇÕES PARA A PRÁTICA DA PSICOLOGIA ESCOLAR E EDUCACIONAL
EM SITUAÇÕES DE LUTO
CONTRIBUCIONES A LA PRÁCTICA DE LA PSICOLOGÍA ESCOLAR Y EDUCATIVA
EN SITUACIONES DE DUELO
Raul Bruno Tibaldi NASCIMENTO1
e-mail: psico.raultibaldi@gmail.com
How to reference this paper:
NASCIMENTO, R. B. T. Contributions to the practice of
school and educational psychology in situations of grief.
Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 24, n. 00,
e023003, 2023. e-ISSN: 2594-8385. DOI:
https://doi.org/10.30715/doxa.v24i00.17209
| Submitted: 19/09/2022
| Revisions required: 05/05/2023
| Approved: 15/05/2023
| Published: 00/05/2023
Editor:
Prof. Dr. Paulo Rennes Marçal Ribeiro
Deputy Executive Editor:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
Federal University of Mato Grosso (UFMT), Cuiabá MT Brazil. Master's degree from the Graduate Program
in Psychology.
Contributions to the practice of school and educational psychology in situations of grief
Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 24, n. 00, e023003, 2023. e-ISSN: 2594-8385
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ABSTRACT: Notwithstanding the fact that instances of bereavement are not uncommon in
schools and have a notable impact on student's academic performance, it is recognized that
addressing death education in these institutions poses challenges. With the intention of
contributing to the practice of school and educational psychologists in handling situations of
bereavement, this study sought to review the current state of knowledge available in the
databases PePSIC, SciELO Brazil, and CAPES Catalog of Theses and Dissertations, without
any restrictions on publication dates. A qualitative textual analysis of selected studies was also
conducted utilizing Descending Hierarchical Classification, facilitated by the software
Iramuteq. The results were categorized into analysis categories that indicate, on the one hand,
the recognition of the necessity for actions concerning death and bereavement education and,
on the other hand, the difficulties associated with implementing such actions within the school
context. Consequently, supplementary and tailored guidelines are proposed for psychologists
in this particular domain.
KEYWORDS: Grief. Education about death. School psychology.
RESUMO: Apesar de situações de luto não serem raras em escolas e de impactarem o
desempenho acadêmico dos estudantes, sabe-se da dificuldade em abordar a educação sobre
a morte nessas instituições. No intuito de contribuir para a prática de psicólogas escolares e
educacionais no manejo de situações de luto, este estudo objetivou revisar o respectivo estado
da arte disponível nas bases de dados PePSIC, SciELO Brasil e Catálogo de Teses e
Dissertações CAPES, sem restrição de data de publicação. Procedeu-se também a uma análise
textual qualitativa de estudos selecionados, por meio de uma Classificação Hierárquica
Descendente no software Iramuteq. Os resultados foram categorizados em categorias de
análise que indicam, por um lado, o reconhecimento da necessidade de ações de educação
sobre a morte e o luto e, por outro lado, as dificuldades de implementá-las no contexto escolar.
Assim, propõem-se orientações complementares e específicas para a atuação de psicólogas
nesse contexto.
PALAVRAS-CHAVE: Luto. Educação em relação à morte. Psicologia escolar.
RESUMEN: Aunque las situaciones de duelo no son raras en las escuelas e impactan el
rendimiento académico de los estudiantes, es conocida la dificultad de abordar la educación
sobre la muerte en estas instituciones. Con el fin de contribuir a la práctica de los psicólogos
escolares y educativos en el manejo de situaciones de duelo, este estudio tuvo como objetivo
revisar el respectivo estado del arte disponible en las bases de datos PePSIC, SciELO Brasil y
Catálogo de Tesis y Disertaciones CAPES, sin restricción de fecha de publicación. También se
realizó un análisis textual cualitativo de los estudios seleccionados mediante una Clasificación
Jerárquica Descendente en el software Iramuteq. Los resultados fueron categorizados en
categorías de análisis que indican, por un lado, el reconocimiento de la necesidad de acciones
educativas sobre la muerte y el duelo y, por otro lado, las dificultades de implementarlas en el
contexto escolar. Por lo tanto, se proponen pautas complementarias y específicas para el
trabajo de los psicólogos en este contexto.
PALABRAS CLAVE: Duelo. Educación en relación con la muerte. Psicología escolar.
Raul Bruno Tibaldi NASCIMENTO
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Introduction
Concerning the mortality rates of Brazilian individuals aged 5 to 19 years, an annual
average of more than 24,000 deaths can be observed during the period spanning from 2018 to
2020 (BRASIL, 2022). It is noteworthy to mention that these figures do not account for whether
these incidents involve children and adolescents who were actively enrolled in an educational
institution. Even without conducting a statistical analysis regarding the older population, such
information enables us to infer the inevitability and significance of addressing the subject of
death within the school environment.
Nevertheless, discussions pertaining to this topic within educational institutions can be
significantly hindered, if not entirely suppressed, due to the societal taboo surrounding death
and the finiteness of human existence. The prevailing approach towards these phenomena in
contemporary times is primarily marked by discomfort, uncertainty, and fear, to the extent that
they are often avoided out of apprehension of attracting negative or tragic events. Despite being
intrinsic to human development and the quest for meaning in life, death is relegated to the realm
of forbidden subjects, deemed morbid and depressive, and considered best left unspoken within
a societal context that struggles to confront expressions of bereavement and suffering
(DANTAS; BORGE; DUTRA, 2021).
The difficulty in addressing the topic of death directly impacts how we deal with
bereavement. Specifically, in the school context, the effects of exclusion and silence regarding
this subject can be observed in the lack of information and scarcity of initiatives aimed at
providing care and support to youth and families going through the grieving process. However,
despite the potential of schools to influence and promote the well-being of students, the role of
Psychology in this field still lacks a solid foundation to facilitate the approach to childhood and
adolescent bereavement (MELLO; LIMA; MOTA, 2021).
The significance of this aspect is underscored by the recurring negative effects of
bereavement on numerous variables associated with educational performance, including
interest, concentration, motivation, study habits, and attendance, among others. Consequently,
it is deemed essential for educational institutions to offer a certain level of support in the face
of bereavement situations, relying on the expertise of psychologists. These professionals
assume a pivotal role in identifying and intervening in cases of heightened vulnerability and
risk (ELSNER; KRYSINSKA; ANDRIESSEN, 2022).
In this context, it is important to highlight the role of the school and educational
psychologist in carrying out activities aimed at preventing, identifying, and resolving
Contributions to the practice of school and educational psychology in situations of grief
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psychosocial problems that may interfere with the full development of students' abilities (CFP,
2008). Additionally, this professional should work towards promoting a culture of health,
providing guidance, and proposing intervention strategies for academic difficulties, always
considering the social, historical, and cultural aspects (CFP, 2021).
Given this, the necessity to offer support for the endeavors of these professionals within
the realm of bereavement is comprehended, and such support can be facilitated through the
systematization of scientific research. Consequently, the objective of this study was to conduct
a comprehensive review of Brazilian literature and furnish recommendations regarding the role
of school and educational psychologists in providing care for individuals experiencing
bereavement.
Method
This study is a qualitative "state of the art" investigation (ROMANOWSKI; ENS, 2006)
designed to examine research experiences that contribute to the recognition and advancement
of proposals. By providing an overview of the scholarly output within a specific field of
knowledge, the study aims to identify prevailing trends, gaps and evaluate methodological
approaches.
Keeping this objective in mind, the initial phase of this study involved conducting
searches within the databases of Periódicos Eletrônicos em Psicologia (PePSIC), Scientific
Electronic Library Online (SciELO Brasil), and the Catalog of Theses and Dissertations
CAPES. In the first two databases, the search combinations of descriptors [bereavement AND
school$] and [bereavement AND educat$] were utilized. The last database employed
[bereavement AND school*] and [bereavement AND educat*]. These searches were conducted
in September 2022 without any restrictions on the publication date. Finally, following the
collection of records, duplicates were identified and eliminated. Subsequently, the titles and
abstracts of the remaining studies were reviewed, applying inclusion and exclusion criteria to
select the studies to be included in this review.
The following inclusion criteria were established for the material selection process: 1)
empirical studies published in the Portuguese language and authored by at least one professional
in the field of Psychology; 2) research that involved the participation of members from the
school community, such as students, teachers, or principals, among others. Studies describing
interventions exclusively conducted within a university or clinical setting, such as individual or
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group psychotherapy, and studies that were not available in their entirety were excluded. Figure
1 provides a visual representation of the search and study selection.
Figure 1 - Flowchart of review and selection of studies on bereavement in schools
Source: Prepared by the author according to orientation PRISMA (PAGE et al., 2021)
In the second phase, textual data analysis was performed, utilizing the "Final
Considerations'' sections of the selected studies to constitute the textual corpus. The analysis
was conducted using the Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de
Questionnaires (IRaMuTeQ) software, which facilitates various types of textual analysis
(CAMARGO; JUSTO, 2013). Specifically, the Hierarchical Descending Classification (HDC)
method was employed to generate a dendrogram that represents classes and their corresponding
statistically significant words, namely words with χ² > 3.80 (p < 0.05).
Contributions to the practice of school and educational psychology in situations of grief
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Results
Characteristics of the selected studies
The final sample of selected studies comprised five articles and two master's
dissertations. One of the articles was published in 2003, while the remaining publications were
distributed between 2014 and 2020. Table 1 displays these works' corresponding references,
titles, and objectives.
In terms of participant, two of the studies focused on children between the ages of 3 and
12 years, while two others involved adolescents aged 13 to 18 years. One study exclusively
included female teachers as participants, whereas another study, in addition to female teachers,
a pedagogical coordinator, and three pedagogy interns. Only one study implemented
interventions that involved the broader school community, including school staff, students,
parents, and mothers.
The majority of the studies were conducted in public schools situated in the states of
São Paulo, Rio Grande do Sul, and Piauí. These educational institutions encompassed various
levels, including Early Childhood Education, Elementary School, and High School.
Regarding the methodology employed, two studies were presented as professional
experience reports. The remaining five studies utilized semi-structured interviews as their
primary data collection method, followed by content analysis for data analysis purposes.
Table 1 - List of selected studies
Authorship
Title
Objective(s)
(DOMINGOS;
MALUF, 2003)
Experiências de Perda
e de Luto em Escolares
de 13 a 18 Anos
Examining the experiences of loss and bereavement
experienced by a group of schoolchildren who have lost loved
ones to death.
(MELES, 2014)
O adolescente
vivenciando o luto pela
morte de um dos
genitores:
repercussões na esfera
escolar
Comprehending the Experience of Adolescents in Mourning
After the Loss of One Parent in the Previous Year and the
Consequences of this Loss on their Schooling.
(ALVES; KOVÁCS,
2016)
Morte de aluno: luto na
escola
Describing the work carried out in 2014 in the Greater São
Paulo area at an elementary school following the death of a
4th-grade student due to a fall during a paired exercise in
Physical Education class.
Raul Bruno Tibaldi NASCIMENTO
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(TABACZINSKI;
FRIGHETTO, 2017)
Educação emocional
em processos de luto
na creche
Presenting an experiential report on the work of a forming
school psychologist, emphasizing the development of an
assessment of the psychosocial-educational process
regarding grief in a daycare facility.
(MAEDA, 2017)
Cemitério é lugar de
criança? A visita
guiada ao Cemitério
Consolação como
recurso para abordar a
educação sobre a
morte nas escolas
Understanding how teachers in São Paulo perceive the issue
of death education based on their experience of taking their
students on a guided tour to the Consolação Cemetery.
(CARVALHO;
CARVALHO, 2020)
Infância, perda e
educação: diálogos
possíveis
Understanding the relationships between childhood, loss, and
education.
(GIARETTON et al.,
2020)
A escola ante a morte e
a infância:
(des)construção dos
muros do silêncio
Understanding, from the perspective of primary school public
teachers, how the topic of death is integrated into the school
environment and how it is approached by students,
particularly in childhood
Source: Elaborated by the author
Textual statistics and Hierarchical Descendant Classification
A corpus consisting of 7 texts separated it into 108 text segments (ST), of which 85
(78.70%) were utilized. Out of the 3,692 occurrences (words, forms, or vocabulary) that
emerged, 1,197 distinct words were counted, of which 783 were recorded only once. The
analyzed content was categorized into five classes, as illustrated in Figure 2.
Figure 2 Dendrogram of the classes in CHD
Source: Elaborated by the author
Contributions to the practice of school and educational psychology in situations of grief
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Classe 1 Importância da Educação sobre a Morte nas escolas
Comprising 17.65% (f = 15 ST) of the entire analyzed corpus, this class encompasses
words and roots that range from χ² = 4.97 (research) to χ² = 24.32 (theme). It includes significant
words such as 'death' (χ² = 12.46), 'network' (χ² = 9.50), 'teacher' (χ² = 8.99), 'education' (χ² =
8.58), 'support' (χ² = 5.14), 'expand' (χ² = 5.14), and 'doubt' (χ² = 5.14).
This class primarily represents comments from teachers who emphasize the importance
of investing in training to address the topic of grief with students and involving families to
establish a collaborative support network. Some professionals also
display heightened sensitivity in their role as facilitators of learning as they
strive to foster positive experiences with their students. In addition, they
recognize the importance of integrating education about death into the school
curriculum, particularly in contexts characterized by violence and social
vulnerability, [sic] where encounters with death are a frequent occurrence
(MAEDA, 2017, p. 119, our translation).
These educational institutions position themselves as reliable point of reference for
students, offering a safe space where they can openly discuss the subject of death and seek
support during times of grief.
Nevertheless, teachers frequently experience concerns and uncertainties when
addressing the topic of death. They may feel unsure about the most appropriate
approach and may lack answers to potential questions that may arise. There is
also a fear of overstepping boundaries between their perceived role as
educators and the role of the family in addressing such sensitive matters.
(GIARETTON et al., 2020, p. 16, our translation).
In this regard, the school and educational psychologist can facilitate the professional
training of teachers so that these professionals feel better equipped to intervene, at least at a
primary level, in situations like these.
Class 2 - Emotional support in schools in situations of loss and grief
This class constitutes 24.71% f = 21 ST) of the total analyzed corpus and encompasses
words and roots with χ²= 4.31 (form) and χ² =15.67 (student). It includes terms such as
'emotional' (χ² = 11.93), 'psychological' (χ² = 9.48), 'deal with' (χ² = 8.95), 'need' (χ² = 8.73),
'colleague' (χ² = 6.11), and 'absence' (χ² = 5.71).
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This approach encompasses discussions about the role of emotions in the educational
process and, consequently, highlights the importance of schools as a source of support for
students, educators, and families grappling with grief.
In addition to the school's responsibility to impart knowledge, it is important
to consider a school that recognizes the emotional needs of its students, as
affection and cognition are closely related. (MELES, 2014, p. 90, our
translation).
It is important to emphasize that students frequently rely on their peers for emotional
support rather than seeking it from teachers or coordinators. This situation can be attributed to
adults' challenges in addressing their losses, the demanding workload they carry, and the limited
opportunities available to delve into emotional issues.
Class 3 - Resources for Death Education Interventions
This class comprises 21.18% (f = 18 ST) of the total analyzed corpus and consists of
words and roots within the range of χ² = 3.86 (Die) and χ² = 19.77 (Reality). It includes words
such as 'Subject matter' (χ² = 11.01), 'Construction' (χ² = 8.00), 'Reflection' (χ² = 7.28),
'Resource' (χ² = 4.80), 'Film' (χ² = 3.86), and 'Society' (χ² = 3.86).
This class gathers reflections in favor of developing strategies and educational
interventions on death. It recommends promoting actions and measures that aim to "listen and
support teachers in the creation of resources that strengthen their practices and connections with
students in the face of the reality of loss" (GIARETTON et al., 2020, p. 16, our translation).
The utilization of films as an intervention and educational resource holds
significant importance due to their influential, pedagogical, and engaging
nature. Films have the ability to foster identification with characters and
situations depicted, which plays a crucial role in seeking meaning and
facilitating the coping process with losses. In addition to films, various other
resources such as children's books, comic books, cartoons, theater, music, and
art workshops prove to be viable and excellent facilitators in creating spaces
that stimulate the production of new meanings and understandings regarding
the topic of grief (CARVALHO; CARVALHO, 2020, p. 88, our translation).
However, it is worth noting that "working only with the child is not enough"
(TABACZINSKI; FRIGHETTO, 2017, p. 159, our translation), understanding that "ideally, the
family and the school can come together in the task of addressing this topic with children,
promoting the necessary support and affection" (GIARETTON et al., 2020, p. 16, our
translation).
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Furthermore, it is suggested to "seek partnerships with specialized centers that already
exist locally, for professional assistance in terms of training and consultancy for educators, as
well as referral of students and their families when necessary" (DOMINGOS; MALUF, 2003,
p. 588, our translation).
In relation to this aspect, it is acknowledged that the presence of a school and educational
psychologist in educational institutions can greatly facilitate the implementation of these
recommendations. Leveraging their psychological expertise, these professionals can offer
valuable support in evaluating and selecting materials and activities pertaining to death
education. They consider crucial elements such as cognitive development and the unique
characteristics of the grieving process, among other factors.
Class 4 - Experiences and Impacts of Grief Among Students
It comprises 18.82% (f = 16 ST) of the total analyzed corpus and consists of words and
roots within the range of χ² = 4.32 (study) and χ² = 27.84 (adolescent). This class is composed
of words such as 'youth' (χ² = 17.58), 'grief' (χ² = 12.54), 'relationship' (χ² = 11.03), 'attitude' (χ²
= 5.89), and 'experience' (χ² = 4.66).
This class refers to observations that losing loved ones affects students in various
dimensions of life. Specifically, "in school, [...] grief has implications for the teaching-learning
process, and it should be considered as an issue with pedagogical correlates, deserving great
attention" (DOMINGOS; MALUF, 2003, p. 588, our translation). Among the repercussions of
grief in school ''problems in keeping up with the pace of classes, lack of concentration, and
impaired attendance can be mentioned'' (MELES, 2014, p. 89, our translation).
The grief experience is influenced by many factors, including the availability
of a support network, age, gender, and level of attachment to the deceased
individual, among others. Each adolescent undergoes the grieving process in
a distinct and personal manner. However, within the school environment, it is
important to reassess certain aspects to assist students during this challenging
period effectively. Therefore, education professionals should be equipped
with the necessary resources and support to cater to the needs of grieving
students, honoring their personalities and acknowledging their unique
approaches to coping with this significant phase of life (MELES, 2014, p. 89,
our translation).
In this regard, the school psychologist can contribute specifically to assessing and
identifying individuals who present risk factors for complicated grief, aiming to determine
specific care strategies that may be necessary, such as referral to specialized healthcare services.
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Class 5 - Difficulties in dealing with death and mourning situations in schools
It comprises 17.65% (f = 15 ST) of the total analyzed corpus and consists of words and
roots ranging from χ² = 5.14 (search) to χ² = 24.79 (difficulty). This class is composed of words
such as 'environment' (χ² = 10.67), 'demand' (χ² = 10.67), 'space' (χ² = 6.56), 'classroom' (χ² =
5.14), and 'context' (χ² = 5.14).
This approach encompasses the social and individual aspects that arise from the
difficulty of dealing with the theme of death and mourning in the school context.
The prevailing affective pattern within these environments frequently does not
lend itself to effectively resolving situations stemming from the mourning
process, thereby rendering it unfeasible to express emotions and engage in
active listening. While these processes hold significant importance, it is
crucial to acknowledge that they alone do not ensure a straightforward
experience of mourning (DOMINGOS; MALUF, 2003, p. 588, our
translation).
Therefore, the importance of integrating psychologists into the school environment is
reinforced (ALVES; KOVÁCS, 2016), as it can provide emotional support, diagnostic
investigations, assistance to the pedagogical team, and strengthening of the support network
regarding education about death (MAEDA, 2017). Additionally, it should be noted that
providing support and psychoeducation to the bereaved are "demands that are not necessarily
met by clinical psychology" (TABACZINSKI; FRIGHETTO, 2017, p. 159, our translation).
Contemplations of this nature underscore the significance of broadening the scope of
actions within the purview of school psychologists, extending beyond the confines of the school
environment and pursuing integration for enduring transformations. The objective is to foster a
culture of compassion concerning subjects such as death, loss, and bereavement.
Discussions
The analysis of the selected studies reinforces the description of a limited reality
regarding the discussion of death and support for grief in school contexts. In summary, it was
possible to identify a situation where, on the one hand, the impact of grief among students and
the need for death education actions are recognized, but on the other hand, there are emotional
difficulties and a lack of preparedness among education professionals to deal with grief
situations.
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The analysis findings are consistent with research conducted in other countries. In
Norway, for instance, teachers have reported observing adverse effects on the academic
performance of bereaved children, particularly in terms of their concentration abilities. While
some educators manage to make adaptations in their teaching practices to support these
students, many of them highlight the challenge of balancing their educational responsibilities
with the provision of emotional support (DYREGROV et al., 2015).
Among English teachers, various reactions have been reported when dealing with
grieving adolescents, involving complex dilemmas such as: deciding whether to continue with
school activities as planned or adapt them; deciding whether to discuss death and grief or not
openly; choosing between encouraging students to seek specialized help or providing informal
emotional support; deciding whether to engage directly with grieving students or maintain
emotional distance emotionally; deciding whether to share their own experiences of loss with
students or not; and choosing whether to establish regular communication with the families of
grieving students or not (LANE; ROWLAND; BEINART, 2014).
In light of this context, the present study emphasizes the significance of school
psychologists in promoting practices that can contribute to the transformation of the current
scenario. In this regard, the works of Kovács (2005, 2012) offer various suggestions for
incorporating the topic of death into the school environment. These recommendations include:
providing specific courses for teachers from different disciplines at universities; conducting on-
site training at schools that addresses communication skills related to lose and death; offering
bibliographic references and pedagogical activities, as well as developing educational materials
on the subject; involving the school community in family rituals; creating spaces for emotional
support; and providing courses and counseling services for grieving students, among other
valuable recommendations.
Despite the relevance of these recommendations, it is observed that the national
literature related to education about death, in addition to being relatively scarce, tends to
emphasize the role of teachers. To some extent, "the focus is on the teacher-student relationship
and working with the class" (KOVÁCS, 2012, p. 78, our translation), which suggests the need
for complementary and differentiated strategies for the practice of school and educational
psychology in situations of grief.
As highlighted by Aspinall (1996) and Ayyash-Abdo (2001), the school and educational
psychologist plays a fundamental role in the planning and implementation of death education
in school curricula, working in collaboration with teachers, staff, family members, and other
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members of the school community. These authors emphasize that the psychologist's role in
these circumstances is distinct for various reasons, including their understanding of children's
and adolescents' conceptualizations of death, their familiarity with common reactions to this
topic, and their awareness of the potential impacts on the lives of children and adolescents who
experience loss.
In consonance with these considerations, Costelloe, Mintz, and Lee (2020) point out
that the practice of these professionals can encompass microsystems to macrosystems based on
a bioecological understanding of human development. In this regard, they state that it is possible
to develop individualized interventions based on the unique nature of the grieving process,
provide specialized and knowledge-supported training on separations, losses, and traumas,
supervise and provide consultancy in support and counseling work, individually or in groups,
for grieving students, and contribute to discussions for raising awareness about grief and
establishing guidelines on the subject.
The psychologist plays a crucial role in developing an action protocol tailored to the
unique circumstances of each school community in situations of loss and grief. This protocol
encompasses preventive and intervention measures aimed at addressing the emotional needs of
individuals affected by the loss. Preventive measures include fostering emotional awareness,
implementing death education initiatives, and establishing a coordination team dedicated to
addressing grief-related issues. Intervention measures involve coordinated responses to lose,
providing guidance, support, and assistance in emotional expression and regulation for families,
teachers, and students. The action protocol should encompass comprehensive guidelines for
effective communication and appropriate actions in the event of the death of a family member,
student, teacher, or any member of the school community (GOROSABEL-ODRIOZOLA;
LEÓN-MEJÍA, 2016).
Regarding notifications to a student about the death of a loved one, Servaty-Seib,
Peterson, and Spang (2003) provide recommendations aimed at facilitating the communication
of such news. Psychology professionals can use the suggestions from these authors as a basis
for addressing practical issues, such as who should be responsible for directly speaking with
the student affected by the death, the appropriate timing for such a conversation, the location
and manner in which this communication should be conducted, the expected reactions and how
to deal with them, as well as how to offer support to the bereaved.
Brown, Jimerson, and Comerchero (2015) provide valuable strategies for school and
educational psychologists to support the monitoring process, considering the varying levels of
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cognitive development in children and adolescents. Among these strategies, the following are
highlighted: play therapy using puppets, costumes, building blocks, drawings, or storytelling;
bibliotherapy; film screenings; creating memory boxes or books and using memory games with
cards that address feelings or memories related to the deceased person; using interactive games;
journal writing or poetry; music therapy; utilizing technological resources and the Internet,
among other approaches. According to the authors, regardless of the chosen technique, it is
important to implement them honestly, in a manner appropriate to the student's level of
understanding, encouraging them to ask questions, understand and express their feelings and
thoughts, and help them stay engaged in other activities.
In the realm of grief support, the consideration of spiritual needs is crucial. Jerome
(2011) emphasizes that school and educational psychologists can play a facilitative role in
providing access to individual or community spiritual resources, taking into account the specific
needs of the bereaved within the school community. Professionals need to recognize the
diversity of beliefs surrounding death and funeral practices. In this regard, maintaining a list of
contacts for various local religious leaders can prove beneficial, as they can be consulted or
invited to partake in ceremonies, for example. However, it is essential to emphasize the
significance of respecting and honoring the spiritual and religious values of the bereaved
without imposing personal beliefs or predetermined responses.
In addition, it is recommended that school and educational psychologists enhance their
knowledge regarding psychological first-aid practices and counseling in crisis situations, which
can facilitate the grieving process (SANDOVAL; SCOTT; PADILLA, 2009). For example,
when multiple students go through potentially traumatic episodes in the school environment,
group support, and counseling techniques can also be extremely helpful (OPENSHAW, 2011).
Final considerations
Despite aiming to achieve its proposed objective, this study acknowledges the limitation
of being unable to delve into and provide detailed recommendations. However, it is understood
that the study contributes significantly by indicating more authoritative sources where school
and educational psychology professionals can find guidance to assist in situations of loss and
grief. Therefore, it is essential to note that such guidance should be adapted according to the
different realities encountered.
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Finally, it is crucial to acknowledge that the analysis of the selected research in this
study may not fully represent the current state of practices in the country, primarily due to the
limited availability of publications on the topic. However, it is hoped that this investigation will
serve as a catalyst for change and inspire professionals to address this gap in knowledge and
practice.
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CRediT Author Statement
Acknowledgements: To Professor Dr. Tatiane Lebre Dias (PPGPsi/UFMT) for the
assistance with important references in the construction of the study, and to psychologist
and master in education Karine dos Santos Araujo for the encouragement to delve deeper
into the issues discussed in the study.
Funding: There was no institutional funding for the study.
Conflicts of interest: The author declares no conflicts of interest.
Ethical approval: As this is a literature review study, there was no need for ethical
approval.
Data and material availability: The data and materials used in this work are available for
access upon request with a relevant and reasonable justification.
Authors' contributions: The author assumed responsibility for the conception and
implementation of the research, the analysis and interpretation of the findings, and the
ultimate composition and refinement of the manuscript.
Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.
Proofreading, formatting, normalization and translation.