Carolina PAIVA; Fernanda de Souza ALVES e Milene Santiago NASCIMENTO
Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 18, n. 00, e023025, 2023. e-ISSN: 2594-8385
DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v24iesp.2.18655 7
Então, eu fazia de forma voluntária ano passado. Usava o ‘Meet’. Essa turma
que eu acompanhava o ano passado, eu acompanhava desde o sétimo. Então,
foi a turma em que eu fiz projetos, ganhamos premiações, então era uma
turma do coração. Ai, eu fiquei assim, eles iam fazer prova para passarem
nessas escolas técnicas de ensino médio, aí para eles não ficarem
prejudicados combinamos pelo ‘zap’, um grupo, que tinha uns 60 alunos por
aí e a gente ia trocando informações, ia combinando com eles as aulas. Agora,
oficialmente pela secretaria não.
Professor respondente 5:
[...] eu tive praticamente só um mês de aula com eles, aí já foi interrompido,
eu tive um problema pessoal em que tive um acidente no início do ano, fiquei
15 dias sem dar aula, então teve algumas rupturas antes. Aí eu gravei uma
musiquinha fazendo gestos e isso fez com que eles começassem a ficar mais
do meu lado né, iam na escola, buscar atividades para fazer... No início teve
a história do pé de feijão, dando dois exemplos mais práticos do que
aconteceu. Eu plantei o feijão na minha casa... Porque quando eu faço
experiência com eles não faço com algodão, faço com terra porque hoje em
dia as coisas são diferentes né. A gente tem que fazer diferente! Eu plantei em
uma casquinha de ovo foi crescendo o pé de feijão e eles acompanhando
comigo no ‘zap’.
Também se observou a implementação de técnicas simples que facilitaram o processo
de aprendizagem. Um exemplo é uma professora que elaborava enunciados nos exercícios
como meio de comunicação com os responsáveis, que, a partir de casa, auxiliavam as crianças
e adolescentes na realização das atividades:
Professora respondente 6:
Então eu vendo isso comecei a fazer combinados, trabalho com educação
tenho mania de dizer isso. Por exemplo, na própria atividade quando eu
mando lá um texto para interpretação. Uma coisa que deu certo, com o meu
grupo de pais, de repente com outra turma não daria. Eu uso faixa de texto
explicativo, como se eu estivesse falando com eles. E isso tem servido para
orientar os pais. Porque por exemplo, às vezes, quando eu peço matemática,
que eles organizem uma sequência em ordem numérica, em ordem crescente
ou decrescente. Eles até sabem o que é isso, mas estudaram há muito tempo,
outros não têm esse acesso. E vão trocar a informação. Aquela atividade que
era para incentivar o aluno, vai atrapalhar tudo porque ele vai falar “foi meu
pai que ajudou”. Isso gera uma situação complicada. Quando eu mando
ordem crescente ou decrescente. Eu coloco uma caixinha ali do lado com uma
fala simples dizendo, do maior para o menor. Entendeu o que eu estou
dizendo? Isso tem funcionado bem também. [...]. Tem funcionado bem essa
questão das faixas de explicação e assuntos mais leves.
Outro exemplo foi da professora respondente 7 que usava “figurinhas de WhatsApp”
para incentivar seus alunos:
[...] a professora sempre coloca lá o apoio da família é muito importante, ela
coloca aquelas figurinhas. Quando vai chegando as atividades ela vai
dizendo: ganhou mais uma estrela.