image/svg+xmlQuanto mais contato com a Língua Inglesa, maior será a aprendizagem”: Percepções de professores de Língua Inglesa acerca da sua formação e do ensino no Projeto Plures na Rede Pública Municipal de Ensino de BlumenauRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 1“QUANTO MAIS CONTATO COM A LÍNGUA INGLESA, MAIOR SERÁ A APRENDIZAGEM”: PERCEPÇÕES DE PROFESSORES DE LÍNGUA INGLESA ACERCA DA SUA FORMAÇÃO E DO ENSINO NO PROJETO PLURES NA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU “CUANTO MÁS CONTACTO CON LA LENGUA INGLESA, MEJOR SERÁ EL APRENDIZAJE”: PERCEPCIONES DE LOS MAESTROS DE IDIOMA INGLÉS SOBRE SU FORMACIÓN Y ENSEÑANZA EN EL PROYECTO PLURES EN LA RED MUNICIPAL DE EDUCACIÓN PÚBLICA DE BLUMENAU “THE MORE CONTACT WITH ENGLISH, THE BETTER”: ENGLISH LANGUAGE TEACHERS' PERCEPTIONS ABOUT THEIR EDUCATION AND TEACHING IN THE PLURES PROJECT IN THE MUNICIPAL PUBLIC EDUCATION NETWORK OF BLUMENAU Ana Paula Söthe WINKLER1Cyntia BAILER2Caique Fernando da Silva FISTAROL3RESUMO:Este artigo tem por objetivo investigar a formação docente de professores de língua inglesa (LI) e suas percepções acerca das práticas pedagógicas desenvolvidas pelos docentes que atuam nas Escolas de Educação Básica da Rede Pública Municipal de Ensino de Blumenau/SC, a partir da organização curricular Plures. Nessa organização, as Instituições de Ensino ofertam as línguas alemã e inglesa para os 4º e 5º anos. Este estudo de cunho qualitativo fez uso de questionário online, respondido por cinco professores, e entrevista semiestruturada, com três desses professores. Os resultados demonstram que se faz necessário fortalecer a formação inicial e continuada para trabalhar a LI com crianças bem como o conceito de inglês como língua franca em contraponto ao seu ensino como língua estrangeira. Em relação ao Plures, os discursos dos professores apontam que uma aula semanal não é suficiente para a exposição necessária à língua e as interações necessárias na língua para o desenvolvimento da proficiência linguística das crianças. PALAVRAS-CHAVE:Língua Inglesa. Inglês para anos iniciais. Inglês como língua franca. Formação docente. Plures. 1Secretaria Municipal de Educação (SEMED), Blumenau – SC – Brasil. Professora de anos iniciais. Pedagoga (FURB). ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8066-7785. E-mail: aninhasothe@gmail.com 2Universidade Regional de Blumenau (FURB), Blumenau – SC – Brasil. Docente nos cursos de Letras e no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE). Doutora em Estudos da Linguagem (UFSC). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9049-8003. E-mail: cbailer@furb.br 3Secretaria Municipal de Educação (SEMED), Blumenau – SC – Brasil. Coordenador de Línguas Estrangeiras – Línguas Alemã e Inglesa e do Ensino Bilíngue Municipal. Mestre em Educação (FURB). ORCID: https://orcid.org/0000-0001-7650-7324. E-mail: cfersf@gmail.com
image/svg+xmlAna Paula Söthe WINKLER; Cyntia BAILER e Caique Fernando da Silva FISTAROL Rev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 2RESUMEN: Este artículo científico tiene como objetivo investigar la formación docente de los maestros de lengua inglesa (LI) y sus percepciones sobre las prácticas pedagógicas desarrolladas por docentes que ejercen en las Escuelas de Educación Básica de la Red Municipal de Enseñanza Pública de Blumenau, Santa Catarina, Brasil, en la organización curricular Plures. Las instituciones educativas que cuentan con esta organización ofrecen alemán e inglés para el 4º y 5º año. Este estudio cualitativo utilizó un cuestionario sondeo en línea, respondido por cinco maestros, y una entrevista semiestructurada con tres de ellos. Los resultados demuestran que se hace necesario fortalecer la formación inicial y continua para trabajar la LI con niños, así como el concepto del inglés como lengua franca en contraposición a la enseñanza como lengua extranjera. Con respecto a la organización Plures, los discursos de los maestros indican que una clase semanal no es suficiente para la exposición necesaria al idioma y las interacciones necesarias en el idioma para el desarrollo de la competencia lingüística de los niños. PALABRAS CLAVE: Lengua Ingles. Inglés para los primeros años. Inglés como lengua franca. Formación de maestros. Plures. ABSTRACT:This article aims to investigate the teacher education of English language (EL) teachers and their perceptions about the pedagogical practices developed by teachers who work in Basic Education Schools of the Municipal Public Teaching Network of Blumenau, state of Santa Catarina, Brazil, in the curriculum organization called Plures. In this organization, schools offer German and English language classes to the 4th and 5th years. This qualitative study employed an online questionnaire, answered by five teachers, and a semi-structured interview with three of these teachers. Results demonstrate that it is necessary to strengthen initial and continuing education to teach EL to children, as well as to work with the concept of English as a lingua franca in contrast to teaching it as a foreign language. In relation to Plures, the teachers' discourses indicate that a weekly class is not enough for the necessary exposure to the language and the necessary interactions in the language for the development of children's language proficiency. KEYWORDS:English language. English for kids. English as a lingua franca. Teacher education. Plures. Introdução O bilinguismo, conforme Bialystok et al.(2009), deixou de ser exceção ou privilégio de poucos, para se tornar fenômeno mundial (GROSJEAN, 2012) e pode ser analisado a partir de variáveis como proficiência e uso, idade e forma de aquisição e até mesmo, motivação. Para Schwartz e Kroll (2006), para que um indivíduo possa se considerar bilíngue, é preciso que faça uso ativo de duas línguas com algum nível de proficiência, que apesar de raramente terem o mesmo nível de dominância, não se exclui a possibilidade de um equilíbrio das habilidades, a depender do uso. Na Europa, onde as fronteiras entre os países são mais fluidas, o bilinguismo é a regra. Mas e no Brasil, o que o bilinguismo tem haver com a
image/svg+xmlQuanto mais contato com a Língua Inglesa, maior será a aprendizagem”: Percepções de professores de Língua Inglesa acerca da sua formação e do ensino no Projeto Plures na Rede Pública Municipal de Ensino de BlumenauRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 3atualidade? O Brasil é um país continental, que vive sob o mito do monolinguismo enquanto é em sua essência plurilíngue (PISETTA, 2018), com mais de 300 línguas faladas, entre línguas indígenas, de surdos, de origem africana, de refugiados, línguas de fronteira e línguas de imigração. O boom das escolas bilíngues no Brasil (GARCÍA, 2019) revela o desejo por uma educação em que as crianças possam aprender línguas de prestígio, como o inglês e o alemão, na região de Blumenau, Santa Catarina. Diante disso, por que não oportunizar a aprendizagem de uma segunda língua (L2) já desde os anos iniciais? Um estudo realizado por Pliatsikas, Moschopoulou e Saddy (2015, p. 3-4, tradução nossa) revela que o “manuseio diário de mais de uma língua funciona como uma intensa estimulação cognitiva que beneficia estruturas cerebrais específicas relacionadas à linguagem”4. Entre um dos benefícios de ser bilíngue, independente da idade, está o controle cognitivo, que protege contra o declínio cognitivo relacionado à idade, podendo até adiar o início de sintomas de demência. Além de benefícios cognitivos, é importante ressaltar que o cérebro das crianças nasce preparado para aprender as línguas a que essas crianças estiverem expostas, o que as torna mais bem-sucedidas na aquisição de uma L2 do que adultos, por exemplo. Adultos exibem, principalmente, mais dificuldade de pronúncia (FROMKIN; RODMAN; HYAMS, 2011). Desta forma, adquirir uma L2 na infância é muito mais oportuno. Graddol (2006) defende que os fenômenos ‘globalização’ e ‘inglês global’ andam lado a lado. Em suas palavras, “se por um lado, a presença do inglês como língua mundial está acelerando o processo de globalização, por outro, a globalização está acelerando o uso do inglês.”5(GRADDOL, 2006, p. 22). No Brasil, as línguas oficiais são a língua portuguesa e a língua brasileira de sinais (Libras), e em decorrência da globalização, a própria Base Nacional Comum Curricular (BNCC) (BRASIL, 2018) sugere que a língua inglesa deva ser a nossa L2, e que, portanto, não cabe mais ser apresentada como língua estrangeira (LE), e sim como língua franca (ILF). O conceito ILF parte do pressuposto de uma língua desterritorializada em que falantes nativos e não nativos são usuários e proprietários da língua, como criadores das normas de uso na empregabilidade de suas próprias culturas e vivências, conforme apresenta Jordão (2014). Como consequência da globalização e de um incentivo ao bilinguismo, uma regulamentação acerca do ensino do ILF aos anos iniciais deve ser discutida, pois é 4Do original: “everyday handling of more than one language functions as an intensive cognitive stimulation that benefits specific language-related brain structures”. 5Do original: “On the one hand, the availability of English as a global language is accelerating globalization. On the other hand, the globalization is accelerating the use of English”.
image/svg+xmlAna Paula Söthe WINKLER; Cyntia BAILER e Caique Fernando da Silva FISTAROL Rev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 4perceptível a necessidade de acompanharmos as mudanças globais, visto que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), Lei n. 9.394/1996, em seu Art. 22 prevê que “a Educação Básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.” (BRASIL, 1996). A BNCC (BRASIL, 2018) traz a obrigatoriedade de oferta da língua inglesa (LI) a partir do 6º ano do Ensino Fundamental, deixando a cargo dos estados e municípios a organização do ensino do componente curricular com início antecipado e a oferta de outras línguas. O município de Blumenau/SC iniciou em 2002 o projeto piloto nomeado como Plures, Projeto de Política Lingüística para a Língua Alemã em Blumenau” (PROBST; FISTAROL; POTTMEIER, 2019, p. 153), mais tarde também ampliado para a LI. O projeto objetiva permitir o aprendizado continuado do alemão e inglês até o final do Ensino Fundamental, com início no primeiro ciclo, com vistas ao desenvolvimento global do educando numa perspectiva histórico-cultural. Quando ocorreu a instituição do Projeto Plures na Rede Municipal de Ensino de Blumenau, os marcos regulatórios eram os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) (BRASIL, 1998) e não havia grandes discussões sobre formação e ensino de línguas, com a criação de Políticas Linguísticas, em âmbito federal. O Projeto Plures é hoje uma organização curricular de ensino presente em onze Escolas da Rede Pública Municipal de Ensino de Blumenau, com aulas de línguas alemã e inglesa, iniciando no 4º ano do Ensino Fundamental. A pesquisa relatada neste artigo tem como foco o projeto Plures no componente curricular de LI. Dessa forma, esta pesquisa objetiva investigar a formação docente dos professores de língua inglesa (LI) que atuam nas escolas públicas da Rede Municipal de Ensino de Blumenau na organização curricular de ensino Plures e suas percepções acerca das práticas pedagógicas. Como objetivos específicos, temos: (1) analisar a partir de seus discursos como a formação inicial e continuada desses professores os preparou para atuar no ensino de LI para anos iniciais; (2) compreender, a partir da percepção desses professores, como a LI é ensinada no Plures. Como esta pesquisa foi realizada no contexto de pandemia de Covid-19, os discursos dos professores revelam suas percepções acerca das práticas pedagógicas neste período. Conforme Megale (2019), há poucas pesquisas sobre as iniciativas de ensino da LI aos anos iniciais nas escolas públicas municipais. Diante disso, é preciso conhecer esses contextos para compreendê-los, conversar com professores para conhecer sua formação, como trabalham a LI em suas práticas pedagógicas e suas necessidades, além de que bilinguismo
image/svg+xmlQuanto mais contato com a Língua Inglesa, maior será a aprendizagem”: Percepções de professores de Língua Inglesa acerca da sua formação e do ensino no Projeto Plures na Rede Pública Municipal de Ensino de BlumenauRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 5promovem em sala de aula. E para conhecermos os trabalhos defendidos sobre o tema, realizamos o estado da questão, que conforme Nóbrega-Therrien e Therrien (2004, p. 7), tem por finalidade “[...] levar o pesquisador a registrar, a partir de um rigoroso levantamento bibliográfico, como se encontra o tema ou o objeto de sua investigação no estado atual da ciência ao seu alcance”. Nessa direção, inicialmente foram selecionadas as seguintes palavras-chave: Língua Inglesa, Anos Iniciais, Inglês e Crenças para uma pesquisa na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD)6. As três primeiras palavras-chave estão diretamente ligadas aos objetivos da pesquisa e a quarta se justificadiante da crença da primeira autora relacionada à observação empírica de que quanto mais cedo uma criança é exposta à L2, melhor sua aprendizagem. Assim, encontramos, em outubro de 2020, um total de 190 títulos, que após análise individual dos títulos e resumos e eliminação de trabalhos repetidos e de trabalhos voltados a outras áreas, selecionamos quatro títulos, publicados entre 2005 e 2011, que poderiam ser utilizados como referência para esta pesquisa. Os trabalhos de Santos (2005, 2009), Rocha (2010) e Andrade (2011) concordam sobre a importância de se oportunizar o ensino da língua inglesa aos anos iniciais, no entanto, apontam para o uso do inglês como LE e nesse quesito, se distanciam do trabalho aqui apresentado, que apresenta a perspectiva do ILF. Este artigo está organizado da seguinte forma: após esta introdução, apresenta-se uma seção de revisão de literatura, que versa sobre a Oferta da LI na Educação Básica, formação docente e ILF. Na sequência, a seção Procedimentos Metodológicos detalha o tipo de pesquisa, o contexto investigado e os instrumentos e procedimentos para a coleta e análise dos dados. A seção Resultados e Discussãoreporta os resultados relacionados à formação e experiência profissional dos professores atuantes no Plures, as percepções dos professores do Plures, do trabalho com ILF e do ensino de LI durante a pandemia de Covid-19 no Plures. Por fim, são apresentadas as considerações finais. A oferta da LI na Educação Básica, formação docente e ILF Os estudos científicos sobre formação docente no Brasil são relativamente recentes, tendo seu início em 1980 (NÓVOA, 1995). Todavia, a oferta de língua inglesa (LI) como língua estrangeira (LE) dentro do currículo escolar iniciou-se no século XIX com a chegada 6Disponível em: https://bdtd.ibict.br/vufind/. Acesso em: 09 out. 2020.
image/svg+xmlAna Paula Söthe WINKLER; Cyntia BAILER e Caique Fernando da Silva FISTAROL Rev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 6da família real portuguesa e a necessidade de comunicação com Inglaterra e França, por questões comerciais, como aponta Oliveira (2009). Com o passar do tempo, a oferta da LE sofreu muitas mudanças, chegando até mesmo a ser excluída do currículo obrigatório durante a décadas de 1961 e 1971, pois “o pensamento nacionalista do regime militar tornava o ensino de línguas estrangeiras um instrumento a mais das classes favorecidas para manter privilégios” (PARANÁ, 2008, p. 45). A LE retornou ao currículo com caráter obrigatório apenas com a LDB (BRASIL, 1996) a partir da 5ª série, atual 6º ano, com orientações nos PCN (BRASIL, 1998), baseada nos princípios de transversalidade. Apesar de os PCN (BRASIL, 1998), indicarem que a escolha de LE seja voltada ao contexto histórico-cultural da comunidade escolar, a LI se tornou a opção de LE da maioria das escolas, por conta do seu caráter global e implicações relacionadas à economia, cultura e desenvolvimento social, já que o Brasil atrai mundialmente turistas e é destino de muitos imigrantes, conforme o Observatório de Migrações Internacionais (CAVALCANTI; OLIVEIRA; MACEDO, 2020). Todavia, o retorno da obrigatoriedade de oferta de LE excluiu a etapa dos anos iniciais (1º a 5º ano) do Ensino Fundamental. Assim, a formação inicial docente oferecida pelos cursos de graduação de Letras prepara seus profissionais para trabalhar com os Anos Finais e Ensino Médio, esses, que são segmentos obrigatórios previstos nos PCN (BRASIL, 1998), A formação em Letras não prepara o docente para lidar com o ensino para crianças, mas quando entendida a necessidade de adaptação às novas realidades e necessidades no ensino de LI, muitos currículos ofertam um componente relacionado ao ensino de língua inglesa para crianças (LIC), normalmente como uma disciplina eletiva num semestre (CRISTOVÃO; TONELLI, 2010). Dessa forma, concordamos com Cristovão e Tonelli (2010, p. 68) na defesa pela “[...] formação global e plural do profissional de LIC” através da “[...] inserção de programas para a formação desse professor” (p. 68). A formação inicial como decisiva para o conhecimento profissional e a prática da profissão docente e nesse contexto, os cursos de graduação das instituições de ensino superior seguem documentos normativos nacionais e precisam acompanhar as exigências do mercado de trabalho, mantendo seus currículos atualizados e se comprometendo a dialogar de perto com os contextos regionais e culturais em que se inserem. Como nesta pesquisa as professoras participantes são formadas em Letras pela Universidade Regional de Blumenau (FURB), lançou-se um olhar ao Projeto Pedagógico do Curso (PPC) de Letras para buscar compreender se a temática LIC é trabalhada durante o curso. O documento disponível no site da Instituição segue as diretrizes normativas de 2002
image/svg+xmlQuanto mais contato com a Língua Inglesa, maior será a aprendizagem”: Percepções de professores de Língua Inglesa acerca da sua formação e do ensino no Projeto Plures na Rede Pública Municipal de Ensino de BlumenauRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 7que compreendem a orientação do princípio metodológico geral, traduzido pela ação-reflexão-ação. Assim, o objetivo geral do curso é “Formar um profissional crítico, para compreender a sociedade em que vive, ser agente de transformações sociais comprometido com a disseminação cultural e humanística, dando-lhe instrumento teórico indispensável ao exercício de suas atividades profissionais” (PPC, 2005, p. 4). E para alcançar esse objetivo, a matriz curricular trabalha a formação interdisciplinar, que exige uma construção cotidiana e um profundo conhecimento de áreas específicas. A disciplina com potencial para trabalhar a LIC no PPC analisado aparece como disciplina optativa na 6ª fase do curso, intitulada Metodologia do Ensino de Língua Inglesa para Séries Iniciais, com 72 horas-aula teóricas. No entanto, o curso de Letras Inglês (PPC, 2019), criado na instituição para atender um edital da Secretaria de Estado da Educação apresenta na 3ª fase uma disciplina obrigatória chamada Inglês para Educação Infantil e Anos Iniciais, com 108 horas-aula teóricas e 36 horas-aula práticas com desenvolvimento de atividade de extensão, o que torna a induzir o profissional docente a procurar por formações específicas que se enquadram em formação continuada. Destarte, compreende-se formação continuada, segundo França (2018, p. 1), como “[...] um processo permanente e constante de aperfeiçoamento dos saberes necessários à atividade dos educadores”. Devido à uma formação inicial com indução à continuação, o profissional sente a necessidade de se atualizar e aperfeiçoar seus conhecimentos. A atuação profissional revela uma possível distância entre os conhecimentos construídos na formação inicial e a realidade, materializada na sala de aula diariamente. Essa distância corrobora a procura da formação continuada, dada a velocidade das mudanças em todos os âmbitos da vida em sociedade. Apesar de trabalhar aspectos da formação inicial com mais profundidade, a formação continuada não é um prolongamento da formação inicial ou mesmo sinônimo de compensação de estudos, mas sim, um conjunto de observações, análises e práticas que devem ser trabalhadas, pensadas e refletidas com as ações no dia a dia. A formação continuada pode acontecer, de acordo com Nóvoa numa entrevista concedida à Gentile (2001, p. 5), em “[...] seminários de observação mútua, espaços de prática reflexiva, laboratórios de análise coletiva das práticas e os dispositivos de supervisão dialógica, em que os supervisores são parceiros e interlocutores”. Questões como a distância entre formação inicial e realidade, as necessidades que são levantadas ao longo da docência diante das mudanças cotidianas, como considerar a necessidade em relação ao preparo e reconhecimento de que o docente não apenas conheça ou
image/svg+xmlAna Paula Söthe WINKLER; Cyntia BAILER e Caique Fernando da Silva FISTAROL Rev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 8domine a LI, mas saiba como ensiná-la e reflita sobre seu ensino e prática, num processo contínuo de desenvolvimento profissional docente, condescende com Rodrigues (2003) que percebe a formação continuada como promotora da reflexão ampliada sobre a prática docente, estabelecendo relações e aproximações entre teoria e prática. À frente da globalização, ensinar a LI como LE não reflete a interculturalidade que nos rodeia, logo, para que o ILF seja praticado em nossas salas de aulas, faz-se necessário que os professores já formados tenham oportunidades de participar de encontros de formação continuada que tratem mais a LI como ILF. Mas o que é esse ILF? O inglês como língua franca é a língua de comunicação global, com a função de favorecer a comunicação entre falantes de diferentes línguas maternas (SEIDLHOFER, 2005). Não apenas isso, o status de língua franca confere a todos os falantes a possibilidade de utilizar a língua para comunicação sem tanto apego às normas impostas por nativos, pois o foco recai na comunicação, na fluência, e não na acurácia (BAILER et al., 2021). Também, perde-se o foco em ater uma pronúncia próxima do falante nativo, já que os usuários da língua (JORDÃO, 2014) ao se apropriarem da língua, constituem sua própria variação do ILF (JENKINS; COGO; DEWEY, 2011). Assim, “[...] acolhem-se e legitimam-se os usos que falantes ao redor do globo fazem da língua, já que nativos e não-nativos estão no mesmo patamar como criadores das normas e usam a língua com autonomia” (KUROSKI, 2020, p. 44). Friedrich e Matsuda (2010) recomendam, numa tradução de Kuroski (2020, p. 43), que o ILF deve ser compreendido como “[...] um termo que descreve uma função que o inglês desempenha em contextos multilíngues”, ou seja, deve ser entendido como uma função de comunicação entre os falantes de diferentes línguas, com suas variações próprias, baseadas na bagagem cultural, tradições e necessidades eme deseus diferentes contextos. Corroborando a atualidade do termo, a BNCC (BRASIL, 2018) recomenda o uso do termo em detrimento do termo inglês como LE, conforme esclarece a citação a seguir: Aprender a língua inglesa propicia a criação de novas formas de engajamento e participação dos alunos em um mundo social cada vez mais globalizado e plural, em que as fronteiras entre países e interesses pessoais, locais, regionais, nacionais e transnacionais estão cada vez mais difusas e contraditórias. [...] Nessa proposta, a língua inglesa não é mais aquela do “estrangeiro”, oriundo de países hegemônicos, cujos falantes servem de modelo a ser seguido, nem tampouco trata-se de uma variante da língua inglesa. Nessa perspectiva, são acolhidos e legitimados os usos que dela fazem falantes espalhados no mundo inteiro, com diferentes repertórios linguísticos e culturais, o que possibilita, por exemplo, questionar a visão de que o único inglês
image/svg+xmlQuanto mais contato com a Língua Inglesa, maior será a aprendizagem”: Percepções de professores de Língua Inglesa acerca da sua formação e do ensino no Projeto Plures na Rede Pública Municipal de Ensino de BlumenauRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 9“correto” – e a ser ensinado – é aquele falado por estadunidenses ou britânicos (BRASIL, 2018, p. 241) A BNCC (BRASIL, 2018) apresenta de forma clara as implicações do uso do termo. De acordo com Rajagopalan (2010), o ILF é uma forma de variação do inglês como LE que entrou em estágio de nativação, a partir do uso e contato com a língua, tornando-se a partir da sua evolução e uso, a opção factível ao conceito de uma base comum, como propõe trazer a BNCC. Sendo o uso da língua uma prática social, a língua depende de seus falantes para existir e é adequada aos usos de seus usuários (PARK; WEE, 2011). Assim como a BNCC (BRASIL, 2018), as Diretrizes Curriculares do Município de Blumenau (BLUMENAU, 2012) reiteram a perspectiva de ensino de inglês como língua franca. Essa mudança de visão sobre a língua inglesa, de língua estrangeira para língua franca de comunicação global, impacta também a formação inicial de professores, e por conseguinte, a formação continuada. Tendo esses conceitos e discussões em mente, sobre formação inicial e formação continuada para o ensino de inglês para crianças, a oferta de língua inglesa para a Educação Básica e as implicações de se ensinar inglês como língua franca em oposição à língua estrangeira, podemos partir para o detalhamento metodológico da pesquisa aqui apresentada. Procedimentos metodológicos A pesquisa aqui reportada se classifica em relação ao objetivo como descritiva, que, segundo Vergara (2000, p. 47), “[...] expõe as características de determinada população ou fenômeno, estabelece correlações entre variáveis e define sua natureza”. Esse tipo de pesquisa não tem o compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação. Em relação à natureza dos dados, esta pesquisa é qualitativa. Nas palavras de Silva e Menezes (2000, p. 20) A pesquisa qualitativa considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e atribuição de significadossão básicos no processo qualitativo. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. O processo e seu significado são os focos principais de abordagem. Nessa perspectiva, ao investigarmos a formação docente dos professores de LI e suas percepções acerca das práticas pedagógicas no contexto da pandemia de Covid-19,
image/svg+xmlAna Paula Söthe WINKLER; Cyntia BAILER e Caique Fernando da Silva FISTAROL Rev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 10apresentamos interpretações qualitativas para os dados. Ainda, esta pesquisa se classifica quanto ao procedimento como pesquisa de campo, que segundo Gonsalves (2001, p. 67) [...] pretende buscar a informação diretamente com a população pesquisada. Ela exige do pesquisador um encontro mais direto. Nesse caso, o pesquisador precisa ir ao espaço onde o fenômeno ocorre, ou ocorreu e reunir um conjunto de informações a serem documentadas. A partir da caracterização da pesquisa, nos voltamos para o seu contexto. Por se tratar de uma pesquisa que objetiva investigar a formação e oferta de LIC, este trabalho tem como participantes professores de LI que trabalham com os 4º e 5º anos na rede municipal de ensino de Blumenau/SC em escolas com o Projeto Plures. No site da Prefeitura de Blumenau7estão listadas 46 escolas de ensino fundamental. Destas, vinte escolas estão incluídas no projeto Plures, que envolve o ensino da língua alemã e língua inglesa, e apenas onze fazem parte do projeto voltado à LI. Mapeamos as escolas conforme as quatro divisões administrativas da cidade, Margem Direita do Rio Itajaí-Açu, Distrito do Garcia, Margem Esquerda do Rio Itajaí-Açu e o Distrito da Vila Itoupava. A partir do mapeamento, foi possível perceber que apenas três das divisões administrativas são contempladas com o projeto Plures LI. A quarta divisão se refere ao distrito da Vila Itoupava, que carrega forte influência da cultura alemã, e por isso, neste distrito está presente apenas o projeto Plures voltado à língua alemã. Para a realização desta pesquisa, entramos em contato com a Secretaria Municipal de Educação (SEMED) em busca de autorização para a aplicação de questionário online via Microsoft Formsaos professores de LI das onze escolas participantes do projeto Plures LI. Segundo Gil (1999, p. 128), o questionário pode ser definido “[...] como a técnica de investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas etc.”. Devido à pandemia do Covid-19, o questionário, disposto no Apêndice A, foi organizado em quatro seções, a saber: (1) apresentação do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e coleta de informações pessoais dos participantes; (2) caracterização profissional com perguntas relativas à formação e experiência; (3) organização de ensino Plures a fim de identificar a compreensão dos participantes; e (4) rotina de sala de aula, com perguntas relativas à atuação em sala de aula, aos materiais utilizados e como está a resposta dos estudantes às aulas com a pandemia 7Disponível em: https://www.blumenau.sc.gov.br/governo/secretaria-de-educacao/pagina/enderecos-unidades-semed/escolas-semed. Acesso em: 02 abr. 2021.
image/svg+xmlQuanto mais contato com a Língua Inglesa, maior será a aprendizagem”: Percepções de professores de Língua Inglesa acerca da sua formação e do ensino no Projeto Plures na Rede Pública Municipal de Ensino de BlumenauRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 11de Covid-19. Inserimos o contexto da pandemia no questionário, pois é o momento atual, atípico, que impôs uma nova organização tanto em relação à sistematização e planejamento das aulas, quanto em relação à configuração de ensino, dividindo-se nos formatos remoto, em que o estudante recebe todo o material de forma impressa ou via plataforma virtual, e híbrido, em que o estudante tem semanas de aulas presenciais e remotas alternadas. O questionário é composto por 28 perguntas abertas e fechadas. Acredita-se que a organização do questionário em seções facilitou o processo de resposta dos participantes e auxiliou as pesquisadoras na identificação de regularidades, de divergências e semelhanças nas respostas dos professores. Recebemos respostas de cinco profissionais ao questionário em abril de 2021, que são identificadas como Eliane, Tata, Leandra, Isabella e Ana, pseudônimos escolhidos pelas próprias participantes. Essas professoras possuem idades entre 25 e 53 anos. Três professoras atuam há 11 anos ou mais como professoras de inglês na rede municipal, uma entre seis e dez anos e uma há dois anos, e coincidentemente, trabalham esse tempo no Plures. Das cinco professoras, duas não haviam lecionado LI para anos iniciais antes de trabalhar no Plures. Para que pudéssemos aprofundar as respostas/os temas com as participantes, solicitamos no questionário que indicassem seus números de celular para contato via aplicativo de mensagens caso estivessem à disposição das pesquisadoras. Das cinco respondentes, três permitiram o contato para realização de entrevista semiestruturada. Por fim, entrevistamos três professoras individualmente. De acordo com Bauer e Gaskel (2002, p. 65), a entrevista qualitativa pode desempenhar um papel vital na compreensão de contextos, combinada com outros métodos, já que busca “[...] uma compreensão detalhada sobre as crenças, atitudes, valores e motivações, em relação aos comportamentos das pessoas em contextos sociais específicos”. Optamos pela entrevista semiestruturada, pois dá flexibilidade e possibilita interações ricas entre participante e pesquisador, a partir dos pontos que são levantados pelo participante. Com a descrição dos procedimentos metodológicos, podemos partir para a apresentação dos resultados e nossa análise à luz da literatura. Resultados e discussãoEsta seção está subdividida em quatro para facilitar a apresentação e discussão dos resultados e responder ao objetivo geral de investigar a formação docente dos professores de LI que atuam nas escolas públicas da Rede Municipal de Ensino de Blumenau dentro da organização Plures e suas percepções acerca das práticas pedagógicas no contexto da
image/svg+xmlAna Paula Söthe WINKLER; Cyntia BAILER e Caique Fernando da Silva FISTAROL Rev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 12pandemia de Covid-19. De modo específico, a primeira e segunda seções, intituladas Formação e experiência profissionale O projeto Plures buscam responder ao objetivo específico de conhecer em que medida a formação inicial e continuada desses professores os preparou para atuar no ensino de LI para anos iniciais. A terceira e quarta seções, intituladas Inglês como língua francae Ensino de língua inglesa no Plures durante a pandemia de Covid-19, buscam responder ao objetivo específico de analisar, a partir da percepção desses professores, como a língua inglesa é ensinada no Plures durante a pandemia. Formação e experiência profissional Das cinco respondentes, todas possuem graduação em Letras Português/Inglês, licenciatura, concluídas entre 4 e 20 anos atrás, pela FURB, universidade pública municipal localizada em Blumenau, a cidade em que as profissionais atuam. Em relação à pós-graduação, três participantes possuem especialização em alguma área da educação não voltada para sua atuação docente atual, uma participante possui mestrado em Linguística e é atualmente doutoranda em um Programa de Pós-graduação em Linguística e uma professora não tem certificado de especialização, pós ou outros títulos comuns de formação acadêmica, mas possui ampla experiência com o processo de ensino e aprendizagem da LI, obtido em seus intercâmbios de estudos após formada, na Europa. Quando questionadas, durante a entrevista, sobre sua formação inicial em relação à preparação para atuar no ensino de LIC, duas das participantes que se formaram em Letras antes de 2011 responderam que não havia disciplina na matriz curricular do curso ou abordagem durante as aulas para ensiná-las a trabalhar com o público infantil – educação infantil e anos iniciais. Nas palavras de Ana, “Eu diria que não tive preparação. Minha formação foi direcionada para series finais e ensino médio. Até sair da faculdade, na verdade, nem imaginava dar aulas na escola regular para os menores” (Excerto 1, Ana, entrevista). E Tata revela que “Não tinha nada voltado aos anos iniciais. A formação era somente ao ensino fundamental final” (Excerto 2, Tata, entrevista). Apenas uma das profissionais, que se formou em 2017, relatou cursar durante sua formação inicial uma disciplina optativa que tratava exclusivamente do ensino de LIC. Ao ser questionada sobre essa oportunidade, relatou “[...] como eu comecei a trabalhar ano passado nesse contexto, eu posso dizer que me senti preparada sim, pois na graduação eu cursei a disciplina de metodologia de ensino de Inglês para os anos iniciais” (Excerto 3, Isabella, entrevista).
image/svg+xmlQuanto mais contato com a Língua Inglesa, maior será a aprendizagem”: Percepções de professores de Língua Inglesa acerca da sua formação e do ensino no Projeto Plures na Rede Pública Municipal de Ensino de BlumenauRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 13Todavia, as duas professoras que expressaram a falta de uma formação inicial que as apresentassem para o contexto de ensino dos anos iniciais relataram ter pesquisado sobre o assunto para sentirem-se mais aptas a trabalhar com esse público. “Lembro-me que fiz muitas pesquisas a este respeito. Para entender como as crianças aprendem, adequar minha linguagem e didática em sala de aula”(Excerto 4, Ana, entrevista). Neste excerto, a participante Ana, por exemplo, buscou informações que a ajudassem a entender o aprendizado de língua inglesa das crianças, a fim de adequar sua prática ao seu novo contexto de atuação, levando em consideração o fato de que em sua formação inicial não teve nenhum respaldo teórico ou prático sobre o contexto de ensino para crianças. Neste contexto, resgatamos Cristovão e Tonelli (2010), quanto à importância de documentos oficiais (diretrizes curriculares para cursos de graduação, diretrizes e orientações curriculares para a Educação Básica) que contemplem especificamente a perspectiva do ensino de LIC para os cursos de Letras, que ausentes, inviabilizam uma formação sólida nesses cursos. A partir da percepção deste cenário, é urgente se (re)pensar os documentos que subsidiam a formação dos profissionais de LIC, uma vez que, conforme aponta Graddol (2006), globalmente as crianças começam a aprender inglês cada vez mais cedo, caracterizando, portanto, uma tendência mundial, que deve ser observada para o ensino de LIC e, também, para a formulação de currículos adequados que enriqueçam a formação dos profissionais que atuarão nesse segmento. Em relação às oportunidades de formação continuada após terem aceitado trabalhar no projeto Plures que oferta LIC, duas participantes, formadas em Letras antes de 2011, revelaram que além de não terem recebido instrução sobre como trabalhar com esse público na sua formação inicial, também não foram preparadas posteriormente. Nas palavras de Tata, “Não tivemos formação nenhuma. Apenas recebíamos qual o conteúdo que deveria trabalhar e mais nada.” (Excerto 5, Tata, entrevista). A participante Ana explica que “As formações do município não são voltadas para especificamente os menores... No que se trata do 4º e 5º ano deveria ser ofertado mais.” (Excerto 6, Ana, entrevista). Já a participante Isabella, que revelou ter cursado uma disciplina sobre LIC na graduação, explicou que, em relação às oportunidades de formação continuada,“A secretaria fez orientações sobre o currículo de Blumenau e sobre a perspectiva teórica metodológica para o ensino de inglês na rede [...] Nessas formações ocorria a explanação teórica e prática com exemplos de experiências vivenciadas na rede. Esses exemplos envolviam principalmente os anos finais, mas também os anos iniciais.” (Excerto 7, Isabella, entrevista).
image/svg+xmlAna Paula Söthe WINKLER; Cyntia BAILER e Caique Fernando da Silva FISTAROL Rev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 14Os relatos das participantes evidenciam a necessidade de formação inicial e continuada para se trabalhar com LIC. Para tanto, é imprescindível haver um documento oficial que respalde o ensino de LIC e a formação docente dos profissionais voltados a esse contexto. Os excertos demonstram que as oportunidades de formação ofertadas pela rede municipal de ensino seguem direcionadas às disciplinas curriculares obrigatórias, que no caso da LI, se configura a partir do 6º ano do ensino fundamental. Em relação às formações pedagógicas, ofertadas de forma onlinee/ou presencial, quatro professoras declararam ter participado das formações ofertadas pela rede municipal, porém não recordam os títulos. Apenas uma delas reportou ter participado de atividades de formação fora da rede. Em relação às formações ofertadas pela rede, Leandra revelou que “As mais relevantes são as que tem troca de experiência, ou atividades possíveis de utilizar em sala de aula” (Excerto 8, Leandra, questionário) e Ana explicou que “[...] tivemos alguns encontros no ano anterior com a finalidade de discutir o novo currículo e neste ano temos encontros frequentes com o objetivo de discutir o continuum curricular. Os encontros são de extrema importância para os profissionais da rede alinhar suas atividades, conversar sobre suas dificuldades, expectativas, sobre o que está funcionando corretamente e o que precisa ser reavaliado” (Excerto 9, Ana, questionário). Nóvoa defende que “o aprender contínuo é essencial em nossa profissão” (GENTILE, 2001, p. 2) e que a conclusão do magistério ou graduação não é suficiente. Manter-se atualizado em relação aos métodos de ensino e aperfeiçoar práticas pedagógicas faz parte dos desafios de ser professor, que surgem a partir da reflexão desses profissionais em relação a si mesmos. Nas palavras de Nóvoa (GENTILE, 2001, p. 2) A formação é um ciclo que abrange a experiência do docente como aluno (educação de base), como aluno-mestre (graduação), como estagiário (práticas de supervisão), como iniciante (nos primeiros anos da profissão) e como titular (formação continuada). Esses momentos só serão formadores se forem objeto de um esforço de reflexão permanente. Dessa forma, a formação inicial e continuada é imprescindível para o fazer docente e indispensável para os profissionais de LIC. Partimos agora para a análise relacionada à percepção das professoras sobre o Plures.
image/svg+xmlQuanto mais contato com a Língua Inglesa, maior será a aprendizagem”: Percepções de professores de Língua Inglesa acerca da sua formação e do ensino no Projeto Plures na Rede Pública Municipal de Ensino de BlumenauRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 15O Projeto Plures No questionário, a pergunta “Com base nos documentos oficiais municipais que norteiam o Plures e sua experiência, descreva, em suas próprias palavras, o que é o projeto” revelou o seguinte: Proporcionar duas línguas estrangeirasesse é o objetivo” (Excerto 10, Eliane, questionário, grifo nosso) “O projeto Plures visa a interagir a criança no mundo da linguagem inglesa, relacionando com suas vivências de sua vida diária e interagindo a conhecer e ampliar mais os seus conhecimentos” (Excerto 11, Tata, questionário, grifo nosso) “Ensino de duas línguas estrangeirasa partir do 4o ano.” (Excerto 12, Leandra, questionário, grifo nosso) “O projeto Plures introduz na escola desde o 4o anodo Ensino Fundamental o aprendizado da língua inglesa e da língua alemã(Excerto 13, Isabella, questionário, grifo nosso) “O projeto visa ofertar o ensino de duas línguas estrangeirasa partir do 4º anodo Ensino Fundamental, a língua Alemão como forma de apropriação da cultura e da língua inglesa como língua franca(Excerto 14, Ana, questionário, grifo nosso) Quatro excertos revelam o caráter plurilíngue do projeto, três mencionam o 4º ano como seu ponto inicial e dois foram mais abrangentes relacionando cultura e vivências nas línguas. As pesquisadoras já imaginavam que a pergunta geraria respostas pontuais e questionaram as participantes sobre o que o projeto proporciona aos estudantes. As participantes relacionaram a aprendizagem das línguas no Plures com a ampliação do vocabulário dos estudantes para “compreender melhor as diversas palavras que diariamente estão inseridas em sua vida prática” (Excerto 15, Tata, questionário). Dessa forma, proporciona uma maior oportunidade de trabalhar de forma lúdica” (Excerto 16, Leandra, questionário). Já Isabella destaca a ampliação do repertório cultural dos estudantes, “ao introduzir práticas de letramento em outras línguas”(Excerto 17, Isabella, questionário). Já a professora Eliane utilizou o espaço para manifestar sua opinião ao escrever “Acho poucas aulas. Na minha opinião acho que deveria ter ou duas aulas de inglês ou duas aulas de alemão. Uma de cada é muito pouco” (Excerto 18, Eliane, questionário). Essa professora destacou no excerto 10 a natureza plurilíngue do projeto e nesta resposta parece preferir que o estudante escolha ou a escola ofereça mais aulas numa das línguas. Se o objetivo do Plures está relacionado à uma iniciação mais precoce dos estudantes à exposição à língua inglesa,
image/svg+xmlAna Paula Söthe WINKLER; Cyntia BAILER e Caique Fernando da Silva FISTAROL Rev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 16como língua franca de comunicação global, e à língua alemã, como língua de imigração, parece-nos necessário continuar ofertando as duas, porém com carga horária maior, para garantir maior tempo de exposição e contato com as línguas, para “ampliar o horizonte,levando-os a pensar em culturas diferentes e como cada língua está ligada a isso” (Excerto 19, Ana, questionário). Nessa esteira, quando questionadas durante a entrevista sobre o número de aulas semanais, professora Ana mencionou: “Na minha opinião, a quantidade de aulas é pouca... Prejudica muito a continuidade dos conteúdos” (Excerto 20, Ana, questionário). Professora Isabella destacou que “[...] deveria ter mais aulas, quanto mais contato com a língua inglesa maior será a aprendizagem. Muitas vezes para fazer uma atividade de produção uma aula é pouco. Sem falar que muitas vezes a aula cai em feriados, os alunos certamente se beneficiariam se houvesse mais aulas de inglês” (Excerto 21, Isabella, entrevista). Professora Tata também revelou descontentamento com o número de aulas: “Pena que o sistema de uma aula só é pouco. Sem contar que misturam inglês com alemão. As crianças trocam muito. O pior é que quem organiza os horários da escola não tem essa visão e acabam pondo aulas de alemão e inglês no mesmo dia para as crianças.[...] uma aula por semana é muito pouco. A secretaria deveria repensar na quantidade de aulas dadas. Bolar outra forma das quantidades de aula. Uma só de alemão e uma só de inglês por semana é muito pouco” (Excerto 22, Tata, entrevista). Refletindo sobre o ensino do ILF, por meio de práticas de oralidade, leitura e escrita em LI, pode-se afirmar que uma aula semanal é inviável, já que se objetiva que os estudantes aprendam ao longo de seu percurso formativo, desenvolvendo conhecimentos e habilidades para o uso da língua em seus diversos contextos de forma autônoma e confiante (FROMKIN; RODMAN; HYAMS; 2011; HARMER, 2001), visto que as aulas dessa língua podem ser a única oportunidade de exposição dos estudantes. E assim partimos para a análise relativa ao ILF na percepção das professoras. Inglês como Língua Franca (ILF) Conforme vimos, o Plures épercebido pelas professoras como espaço para ampliar o repertório cultural e linguístico dos estudantes, enriquecendo os conhecimentos construídos na Educação Básica. Professora Ana deixou claro no excerto 14 o termo inglês “como língua
image/svg+xmlQuanto mais contato com a Língua Inglesa, maior será a aprendizagem”: Percepções de professores de Língua Inglesa acerca da sua formação e do ensino no Projeto Plures na Rede Pública Municipal de Ensino de BlumenauRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 17franca” e por isso, questionamos todas as participantes, na entrevista, sobre o que entendem por ILF. A professora Tata revelou que “É a língua mais falada entre muitas pessoas numa forma mais simples e ágil de entender. Mais informal” (Excerto 23, Tata, entrevista), destacando a praticidade e alcance da LI. Já Ana explicou que Língua franca é quando todos os indivíduos, diferentes grupos (países) utilizam uma mesma língua para se comunicar. Uso o termo com meus alunos. Eu digo que através da língua inglesa eles podem conhecer o mundoalém também de ser a língua nos negócios, oportunidades variadas de emprego” (Excerto 24, Ana, entrevista, grifo nosso). A professora Ana coloca em prática, na sua percepção, o conceito conforme descrito na BNCC (BRASIL, 2018) e as oportunidades que seu conhecimento apresenta aos estudantes. Isabella mencionou o ILF como “Uma língua falada por pessoas do mundo todo... Em diversos países. Por isso sempre digo aos meus alunos que não há apenas o inglês americano e britânico, e sim variedades. Como inglês indiano, australiano, etc. E que todos são legítimos e são formas de comunicação(Excerto 25, Isabela, entrevista, grifo nosso). Ela destacou o alcance da LI e seu trabalho com as variedades, o que está de acordo com o que preconiza a BNCC (BRASIL, 2018) e o que trazem os autores Bailer et al.(2021). Dessa forma, as participantes demonstram, em sua percepção, uma compreensão acerca do conceito de ILF e seria interessante, nesse contexto, acompanhar suas aulas para observar o conceito sendo trabalhado na prática pedagógica. Dada a urgência de implementação da BNCC (BRASIL, 2018), as professoras se mostram alinhadas ao documento em seus discursos. Nesse contexto, espera-se que os estudantes desenvolvam ao longo da Educação Básica conhecimentos além da estrutura gramatical, e consigam compreender e serem compreendidos em inglês, ampliando as oportunidades de atuação em sociedade. Apesar de não haver um censo mundial que possa medir corretamente o número de falantes de inglês como primeira língua (muitos países) e como segunda língua (mundialmente), atualmente há mais falantes não nativos de inglês que nativos (HARMER, 2001). Portanto, falar inglês como não nativo seria a norma, e não a exceção. Diante disso, fizemos a seguinte pergunta às professoras, durante a entrevista: “A maneira como a língua inglesa se manifesta no mundo influencia seu método/maneira de ensinar?”. As três confirmam, destacando que é “[...] extremamente importante utilizar a língua da forma tal
image/svg+xmlAna Paula Söthe WINKLER; Cyntia BAILER e Caique Fernando da Silva FISTAROL Rev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 18qual é manifestada no mundo. De forma contextualizada” (Excerto 26, Ana, entrevista) e que é “[...]preciso estar sempre atenta aos usos da língua inglesa, a como ela é usada no dia a dia”(Excerto 27, Isabella, entrevista). Tata complementa que “[...] os alunos hoje, devido à internet e aos aplicativos muitas vezes conhecem melhor do que eu” (Excerto 28, Tata, entrevista), o que revela uma postura aberta de troca com os estudantes, de aprendizagem contínua e, também, revela a visão do professor como facilitador da aprendizagem e não como detentor de todos os conhecimentos (HARMER, 2001). Assim, partimos para a análise da percepção das participantes acerca do ensino de LI no Plures durante o período de pandemia em que vivemos. Ensino de língua inglesa no Plures durante a pandemia da Covid-19 Em março de 2020, entramos em estado de emergência nacional devido à pandemia mundial de Sars-Cov-2, popularmente conhecido como Covid-19, e nesse momento atípico as escolas foram fechadas. Posteriormente, as escolas reorganizaram suas atividades para acontecerem de forma totalmente remota. E assim que a educação foi considerada serviço essencial, uma nova organização híbrida foi adotada no Sistema Municipal de Ensino de Blumenau8e nele, em muitas instituições, para cumprir os protocolos de biossegurança, as aulas são intercaladas em semanas, sendo nomeadas como tempo casa e tempo escola. Apesar da disponibilidade do sistema híbrido, há a possibilidade de a família do estudante optar pelo ensino totalmente remoto. Os estudantes que optam pelo ensino híbrido, durante o tempo escola, encontram-se presencialmente com os professores para terem aula e no tempo casa, recebem material impresso e postado na plataforma virtual Google Classroompara dar continuidade aos estudos. Já os estudantes que optam pelo formato totalmente remoto têm suas atividades lançadas na plataforma virtual, podendo também optar por buscar na escola o material impresso, fazendo a devolução dos materiais respondidos uma semana após a retirada. Nesse contexto, consideramos pertinente questionar as participantes, professoras de LI dos 4º e 5º anos, se o projeto Plures realmente alcança o objetivo almejado, diferenciando os estudantes daqueles que têm o contato com a LI apenas a partir do 6º ano, e como isso acontece. A professora Ana revelou que “Uma vez que os alunos estão engajados em sala de 8Respaldada nas orientações do Conselho Nacional de Educação, Câmara de Educação Básica e regulamentada pela Resolução CME/Blumenau nº 004/2020 (BLUMENAU, 2020).
image/svg+xmlQuanto mais contato com a Língua Inglesa, maior será a aprendizagem”: Percepções de professores de Língua Inglesa acerca da sua formação e do ensino no Projeto Plures na Rede Pública Municipal de Ensino de BlumenauRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 19aula, eles irão levar isso para casa. […] Para alguns realmente é perceptível a diferença e se torna significativo” (Excerto 29, Ana, entrevista). E a professora Isabella expôs que “[…] Eu percebi é que os alunos do Plures têm bastante vocabulário básico assim. Com certeza sim! Os alunos e eu como professora nos empenhamos muito. Eu para possibilitar atividades que os auxiliassem a desenvolver a competência comunicativa na língua e eles realizando as atividades e produzindo. O projeto faz a diferença porque já incentiva um olhar para a multiculturalidade desde pequenos” (Excerto 30, Isabella, entrevista). As respostas despertaram a nossa curiosidade acerca do planejamento das aulas e das propostas pedagógicas para manter, num momento tão atípico com estudantes no formato totalmente remoto e outros no híbrido, o entusiasmo dos estudantes em relação à aprendizagem da LI. Descobrimos que os planejamentos das aulas da rede municipal são desenvolvidos semanalmente, de forma colaborativa entre os professores e a SEMED, o que possibilita organizar os objetivos, habilidades e atividades de maneira coletiva, apoiadas na experiência dos professores e nos documentos oficiais. Isabella revelou que “O trabalho é colaborativo durante esses planejamentos, anotamos as ideias, tomamos decisões em conjunto quanto aos objetivos de aprendizagem” (Excerto 31, Isabella, entrevista). Ana destacou que “[...] tenho um ótimo grupo de trabalho (4º e 5º Anos), as professoras são engajadas e comprometidas, sempre trazem ideias, discutimos sobre o que funcionou ou não, tentamos novas soluções. É um grupo pequeno, mas muito produtivo e colaborativo, todos tem sugestões para oferecer e qualificar o trabalho” (Excerto 32, Ana, entrevista). Dessa forma, nos parece que o processo de planejamento coletivo funciona como uma oportunidade de formação continuada (FRANÇA, 2018; GENTILI, 2001). Quando questionadas, na entrevista, sobre as propostas de sala de aula, é interessante apontar que, em sua maioria, as participantes têm a percepção de que trabalham a LI como língua franca, ultrapassando o método audiolingual, baseado em repetição, com foco na acurácia (HARMER, 2001). Nas palavras da professora Ana, Procuro sempre significar aquilo que ensino com a realidade e usar o máximo possível o que está sendo ensinado. Eu incentivo que peçam para ir ao banheiro, tomar água, licença, ajuda, por favor, chamada...em inglês, cumprimentar a professora, responder. Sempre pergunto como estão e eles devem o máximo possível responder em inglês... Eles podem misturar também...o que sabem em inglês e não sabem em português. Contextualizo através de texto, diálogos, dramatizações... Acho que fica mais fácil para que eles consigam aprender” (Excerto 33, Ana, entrevista).
image/svg+xmlAna Paula Söthe WINKLER; Cyntia BAILER e Caique Fernando da Silva FISTAROL Rev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 20A professora Isabella adiciona: Nos anos iniciais as explicações mais diretas envolvem a língua materna também, mas sempre incorporo palavras em inglês no máximo possível. Tento fazer code switching e negociação de significados. Por exemplo, falo pausadamente em inglês e depois pergunto que que eu disse em português(Excerto 34, Isabella, entrevista). As duas professoras revelam um trabalho cuidadoso de exposição dos estudantes à língua e de incentivo ao seu uso no cotidiano, no contexto escolar, permitindo um modo bilíngue, que faz uso do code switching e da negociação de significados mencionados pela professora Isabella. Também buscamos conhecer as dificuldades que as professoras enfrentaram e enfrentam durante a pandemia. A professora Ana revelou que Os alunos que têm acesso apenas ao material impresso... o maior obstáculo é a distância entre eles - escola/professor. Falando do ponto de vista da Língua Inglesa, infelizmente eles estão perdendo muito... Não estão tendo a oportunidade de aprender pronúncia, uma explicação mais adequada... Por mais que tentemos o máximo nos aproximar através de explicações e atividades mais práticas... Ainda há uma grande distância e tenho certeza, dificuldade por parte de pais e estudantes” (Excerto 35, Ana, entrevista, grifo nosso). A professora Isabella apontou que o maior obstáculo é “Atingir os estudantes que estão apenas na modalidade impressa, ou seja, que pegam as atividades impressas na escola, por mais que enquanto eu estava na sala de aula eu fornecia meu WhatsApp, muitos não entravam em contato quando tinham dúvidas” (Excerto 36, Isabella, entrevista, grifo nosso). E a professora Tata expôs que o maior obstáculo é “O medo de ler. Porque têm vergonha de falar errado. Muitos têm medo de ir ao quadro responder alguma coisa, com medo de errar. Outro obstáculo é realizar sozinho as atividades impressas. Os pais não ajudam e não dão importância para a disciplina de inglês” (Excerto 37, Tata, entrevista, grifo nosso). As três professoras citam, com suas palavras, a dificuldade de alcançar os estudantes que estão apenas em casa, realizando atividades impressas, o quanto esses estudantes estão perdendo, já que muitas vezes os pais não têm a possibilidade e/ou o conhecimento para ajudar/incentivar. Segaty e Bailer (2021), em seu relato de experiência de ensino de LI na pandemia, destacam a necessidade de envolvimento da família e da comunidade, além da escola, na aprendizagem dos estudantes. E a professora Tata frisa o medo e a vergonha de falar errado, que assombram os estudantes brasileiros há muito tempo, anterior à pandemia. Crenças relacionadas à língua inglesa e a necessidade de saber tudo para falar ou se sentir
image/svg+xmlQuanto mais contato com a Língua Inglesa, maior será a aprendizagem”: Percepções de professores de Língua Inglesa acerca da sua formação e do ensino no Projeto Plures na Rede Pública Municipal de Ensino de BlumenauRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 21apto a falar precisam ser ressignificadas (STARKE; BAILER, 2019). Dessa forma, todos os envolvidos na educação devem estar sempre em constante formação, já que “[...] a pandemia escancarou as dificuldades dos envolvidos em se adaptar ao modelo remoto, tornando mais evidentes sérios desafios da educação básica brasileira” (SEGATY; BAILER, 2021, p. 270). Considerações finais Este artigo reportou uma pesquisa cujo objetivo geral era investigar a formação docente dos professores LI que atuam nas escolas públicas da Rede Municipal de Ensino de Blumenau dentro da organização Plures e suas percepções acerca das práticas pedagógicas no contexto da pandemia de Covid-19. A partir da literatura, analisamos dados que nos permitiram conhecer em que medida a formação inicial e continuada desses professores os preparou para atuar no ensino de LI para anos iniciais e compreender, a partir da percepção desses professores, como a língua inglesa é ensinada no Plures durante a pandemia de Covid-19. Salientamos que a pesquisa foi realizada num momento atípico (2020/2021) que favoreceu mudanças antes não imaginadas no sistema educacional, como a oferta remota e híbrida das aulas e o desenvolvimento dos planejamentos de aula de maneira coletiva entre os professores da rede municipal de Blumenau. Entre os resultados, destacamos a necessidade de se (re)pensar a formação docente, inicial e continuada, dos professores da área de Letras que estão trabalhando com LIC. Não somente no quesito LIC, a formação, inicial e continuada, também precisa dar conta de esclarecer o que é o ILF em contraponto com o conceito de LI como LE e suas implicações. Em relação ao Plures, uma iniciativa louvável de se ofertar LI para crianças dos 4º e 5º anos, antes do ensino de LI obrigatório a partir do 6º ano, ressaltamos o empenho das professoras em expor os estudantes à LI na perspectiva do ILF. No entanto, concordamos com as participantes que uma aula semanal não é suficiente para que haja uma exposição suficiente à língua bem como o desenvolvimento da proficiência linguística das crianças, não somente durante o período de pandemia da Covid-19 (MEGALE, 2019). Para além do Plures, percebe-se que, com a BNCC (BRASIL, 2018), os movimentos das formações iniciais e continuadas estão passando por revitalização à luz do olhar das Políticas Públicas instauradas pelo Ministério da Educação (MEC), Conselho Nacional de Educação (CNE) e Câmara de Educação Básica (CEB), a partir de discussões e propostas de novas organizações de ensino numa perspectiva mais multicultural e plurilíngue, como a
image/svg+xmlAna Paula Söthe WINKLER; Cyntia BAILER e Caique Fernando da Silva FISTAROL Rev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 22Educação Bilíngue (MEGALE, 2019), tanto na rede pública municipal de ensino de Blumenau, como em outras redes. Por fim, destaca-se a relevância desta pesquisa para o contexto em que se insere, especialmente para a reflexão acerca da formação, inicial e continuada, dos professores bem como da oferta de LIC. E tendo em vista novas resoluções e criação de uma política linguística em âmbito nacional e por conseguinte, estadual e municipal, já há uma organização de ensino no município de Blumenau, que oferta carga horária maior e possibilita maior interação. Possivelmente, as organizações curriculares, os componentes de segundas línguas e as formações inicial e continuada de profissionais no Sistema Municipal de Ensino serão repensadas e adequadas. REFERÊNCIAS ANDRADE, M. E. Muito além da ribalta: Crenças de terceiros, segundos e primeiros agentes sobre o processo de ensino-aprendizagem de inglês para crianças. 2011. 160 f. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada) – Universidade de Brasília, Brasília, 2011. BAILER, C. et al. O inglês não é um só: Desenvolvimento do conceito de inglês como língua franca em um curso do Programa Idiomas sem Fronteiras.Letras, Santa Maria, n. 3, p. 271-289, 2021. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/48477/pdf. Acesso em: 17 abr. 2021. BAUER, M. W.; GASKELL, G. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: Um manual prático. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. BIALYSTOK, E. et al. Bilingual Minds. Psychological Science, Association for Psychological Science, v.10, n. 3, p. 89-129, 2009. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/full/10.1177/1529100610387084. Acesso em: 20 jun. 2021. BLUMENAU. Diretrizes curriculares municipais para educação básica: Ensino fundamental. Blumenau: SEMED, 2012. Disponível em: https://www.blumenau.sc.gov.br/governo/secretaria-de-educacao/pagina/diretrizes-curriculares-municipais. Acesso em: 01 jun. 2021. BRASIL. Lei n.9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: Presidência da República, 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 10 maio 2021. BRASIL.Parâmetros Curriculares Nacionais- Língua Estrangeira – 3 e 4 Ciclos do Ensino Fundamental. Brasília, DF: MEC; SEF, 1998. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/pcn_estrangeira.pdf. Acesso em: 18 maio 2021. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. Disponível em:
image/svg+xmlQuanto mais contato com a Língua Inglesa, maior será a aprendizagem”: Percepções de professores de Língua Inglesa acerca da sua formação e do ensino no Projeto Plures na Rede Pública Municipal de Ensino de BlumenauRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 23http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 10 maio 2021. CAVALCANTI, L.; OLIVEIRA, A. T.; MACEDO, M. F. R. Imigração e Refúgio no Brasil. Relatório Anual 2020.Brasília, DF: OBMigra, 2020. Disponível em https://portaldeimigracao.mj.gov.br/images/dados/relatorio-anual/2020/OBMigra_RELATÓRIO_ANUAL_2020.pdf. Acesso em: 01 jun. 2021. CRISTOVÃO, V. L. L.; TONELLI, J. R. Assunção. O papel dos cursos de Letras na formação de professores de inglês para crianças. Calidoscópio, v. 8, n. 1, p. 65-76, 2010. Disponível em: http://revistas.unisinos.br/index.php/calidoscopio/article/view/159. Acesso em: 24 jun. 2021. FRANÇA, L. A formação continuada e a sua importância para manter o corpo docente atualizado. Par Plataforma Educacional, 24 abril 2018. Disponível em: https://www.somospar.com.br/a-formacao-continuada-e-a-sua-importancia-para-manter-o-corpo-docente-atualizado/ Acesso em: 02 mar. 2021. FRIEDRICH, P.; MATSUDA, A.When Five Words Are Not Enough: A conceptual and terminological discussion of English as a lingua franca. International Multilingual Research Journal, v. 4, n. 1, p. 20-30, 2010. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/19313150903500978. Acesso em: 18 maio 2021. FROMKIN, V.; RODMAN, R.; HYAMS, N. An introduction to language. 9. ed. Canada: Wadsworth Cengage Learning, 2011. GARCÍA, O. Bilingual Education: Uma vista do Sul.In:MEGALE, A. (org.). Educação bilíngue no Brasil. São Paulo: Fundação Santillana, 2019. GENTILE, P. António Nóvoa: Professor se forma na escola. Revista Nova Escola, ed. 142, 2001. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/179/entrevista-formacao-antonio-novoa. Acesso em: 10 maio 2021. GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social.5. ed. São Paulo: Atlas, 1999. GONSALVES, E. P. Iniciação à pesquisa científica. Campinas, SP: Editora Alínea, 2001. GRADDOL, D. English Next. Plymouth: British Council, 2006. GROSJEAN, F. Bilingualism: A short introduction. In:GROSJEAN, F.; LI, P. (eds.). The psycholinguistics of bilingualism. Hoboken, NJ: John Wiley & Sons, 2012. HARMER, J. The practice of English language teaching. 3. ed. Essex, UK: Pearson Education, 2001. JENKINS, J.; COGO, A.; DEWEY, M. Review of developments in research into English as a Lingua Franca. Language Teaching, Cambridge, v. 44, n. 3, p. 218-315, 2011. Disponível em:
image/svg+xmlAna Paula Söthe WINKLER; Cyntia BAILER e Caique Fernando da Silva FISTAROL Rev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 24https://www.researchgate.net/publication/231790573_Review_of_developments_in_research_into_English_as_a_Lingua_Franca. Acesso em: 25 fev. 2021. JORDÃO, C. M. ILA – ILF – ILE – ILG: Quem dá conta? Revista Brasileira deLinguística Aplicada, Belo Horizonte, v. 14, n. 1, p. 13-40, 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbla/a/VBC45fDYvxV5BXwvmLVDh4m/abstract/?lang=pt. Acesso em: 21 jun. 2021. KUROSKI, A. P. B. Práticas de leitura na constituição de professores em formação no Programa Idiomas sem Fronteiras.2020. 127 f.Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Regional de Blumenau, FURB, Blumenau, 2020. MEGALE, A. Bilinguismo e educação bilíngue.In:MEGALE, A. (org.). Educação bilíngue no Brasil. São Paulo: Fundação Santillana, 2019. NOBREGA-THERRIEN, S. M.; THERRIEN J. Trabalhos científicos e o Estado da Questão: reflexões teórico-metodológicas. Estudos em Avaliação Educacional, v. 15, n. 30, p. 5-16, jul./dez. 2004. Disponível em: https://publicacoes.fcc.org.br/eae/article/view/2148/2105. Acesso em: 20 maio 2021. NÓVOA, A. Profissão professor. 2. ed. Porto: Porto, 1995. OLIVEIRA, L. A. Ensino de Língua Estrangeira para jovens e adultos na escola pública. In:LIMA, D. C. Ensino e Aprendizagem de Língua Inglesa:Conversas com Especialistas. São Paulo: Parábola Editorial, 2009. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Educação Física para os anos finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2008. Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/diretrizes/dce_edf.pdf. Acesso em: 20 abr. 2021. PARK, J. S. Y.; WEE, L. A practice-based critique of English as a lingua franca. World Englishes, Oxford, v. 30, n. 3, p. 360-374, Sep. 2011. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/j.1467-971X.2011.01704.x. Acesso: 3 abr. 2021. PISETTA, C. B. T. Línguas de imigração e o aprendizado de línguas adicionais: Atitudes de alunos da educação básica em um contexto bi/plurilíngue.2018.124 f.Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Regional de Blumenau, Blumenau, 2018. PLIATSIKAS, C.; MOSCHOPOULOU, E.; SADDY, J. D. The effects of bilingualism on the white matter structure of the brain. PNAS Early Edition, p. 1-4, 2015. Disponível em: www.pnas.org/cgi/doi/10.1073/pnas.1414183112. Acesso em: 20 out. 2020. PPC. Projeto Político Pedagógico do Curso de Letras. 80 p. Disponível em: https://www.furb.br/web/upl/graduacao/projeto_pedagogico/201710041741080.PPP_do_Curso_de_Letras.pdf. Acesso em: 22 maio 2021.
image/svg+xmlQuanto mais contato com a Língua Inglesa, maior será a aprendizagem”: Percepções de professores de Língua Inglesa acerca da sua formação e do ensino no Projeto Plures na Rede Pública Municipal de Ensino de BlumenauRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 25PPC. Projeto Pedagógico do Curso de Letras Inglês. 106 p. Disponível em: https://www.furb.br/web/upl/graduacao/projeto_pedagogico/202011240940290.PPC%20Letras%20Ingles.pdf. Acesso em: 22 maio 2021. PROBST, M.; FISTAROL, C. F. S.; POTTMEIER, S. Da nacionalização à escola bilíngue: Reflexões sobre a educação linguística em Blumenau/SC.Revista Entrelínguas, Araraquara, v. 5, n. 1, p. 142-161, jan./jun. 2019. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/entrelinguas/article/view/12791. Acesso em: 14 jun. 2021. RAJAGOPALAN, K.The English language, globalization and Latin America: Possible lessons from the ‘Outer Circle’. In:SAXENA, M.; OMONIYI, T. (eds.). Contending with globalization in World Englishes. Lêvedo: Multilingual Matters, 2010. ROCHA, C. H. Propostas para inglês no ensino fundamental I público: Plurilinguismo, transculturalidade e multiletramentos. 2010. 231 f. Tese (Doutorado em Linguística Aplicada) – Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem, Campinas, SP. RODRIGUES, L. A. D. Formação continuada em língua inglesa. In:CARVALHO, A. M. P. Formação continuada de professores:Uma releitura das áreas de conteúdo. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. Disponível em: https://core.ac.uk/download/pdf/37520273.pdf. Acesso em: 01 jun. 2021. SANTOS, L. I. S. Crenças acerca da inclusão da língua inglesa nas séries Iniciais: quanto antes melhor? 230p. Dissertação (Mestrado em Estudos de Linguagem) – Instituto de Linguagens da UFMT, Cuiabá, 2005. SANTOS, L. I. S. Língua inglesa em anos iniciais do ensino fundamental:fazer pedagógico e formação docente. 2009. 198 f. Tese (Doutorado em Estudos Linguísticos) – Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, 2009. SCHWARTZ, A. I.; KROLL, J. F. Bilingual lexical activation in sentence context. Journal of Memory and Language, v. 2, n. 55, p. 197-968, 2006. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0749596X06000222. Acesso em: 09 fev. 2021. SEGATY, K.; BAILER, C. O ensino de língua inglesa na educação básica em tempos de pandemia: Um relato de experiência em um programa bilíngue em implantação.Signo,Santa Cruz do Sul, v. 46, n. 85, p. 262- 271, jan. 2021. ISSN 1982-2014. Disponível em: https://online.unisc.br/seer/index.php/signo/article/view/1 5709. Acesso em: 12 jun. 2021. SILVA, E. L.; MENEZES, E. M. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. Florianópolis: Laboratório de Ensino a Distância da UFSC, 2000. STARKE, M. D. D. J.; BAILER, C. Práticas de letramentos acadêmicos de alunos do Pibid Interdisciplinar Linguagens-FURB.EntreLínguas, Araraquara, v. 5, n. 1, p. 195-209, jan./jun. 2019. e-ISSN: 2447-3529. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/entrelinguas/article/view/12795. Acesso em: 14 maio 2021. VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração.3. ed. Rio de Janeiro: Atlas, 2000.
image/svg+xmlAna Paula Söthe WINKLER; Cyntia BAILER e Caique Fernando da Silva FISTAROL Rev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 26Como referenciar este artigo WINKLER, A. P.; BAILER, C.; FISTAROL, C. F. S. Quanto mais contato com a Língua Inglesa, maior será a aprendizagem”: Percepções de professores de Língua Inglesa acerca da sua formação e do ensino no Projeto Plures na Rede Pública Municipal de Ensino de Blumenau. Rev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529. DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 Submetido em: 05/01/2022 Revisões requeridas em: 14/02/2022 Aprovado em: 16/03/2022Publicado em:30/03/2022
image/svg+xml“The more contact with English, the better”: English language teachers' perceptions about their education and teaching in the Plures project in the municipal public education network of BlumenauRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 1“THE MORE CONTACT WITH ENGLISH, THE BETTER”: ENGLISH LANGUAGE TEACHERS' PERCEPTIONS ABOUT THEIR EDUCATION AND TEACHING IN THE PLURES PROJECT IN THE MUNICIPAL PUBLIC EDUCATION NETWORK OF BLUMENAU “QUANTO MAIS CONTATO COM A LÍNGUA INGLESA, MAIOR SERÁ A APRENDIZAGEM”: PERCEPÇÕES DE PROFESSORES DE LÍNGUA INGLESA ACERCA DA SUA FORMAÇÃO E DO ENSINO NO PROJETO PLURES NA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE ENSINO DE BLUMENAU “CUANTO MÁS CONTACTO CON LA LENGUA INGLESA, MEJOR SERÁ EL APRENDIZAJE”: PERCEPCIONES DE LOS MAESTROS DE IDIOMA INGLÉS SOBRE SU FORMACIÓN Y ENSEÑANZA EN EL PROYECTO PLURES EN LA RED MUNICIPAL DE EDUCACIÓN PÚBLICA DE BLUMENAU Ana Paula Söthe WINKLER1Cyntia BAILER2Caique Fernando da Silva FISTAROL3ABSTRACT:This article aims to investigate the teacher education of English language (EL) teachers and their perceptions about the pedagogical practices developed by teachers who work in Basic Education Schools of the Municipal Public Teaching Network of Blumenau, state of Santa Catarina, Brazil, in the curriculum organization called Plures. In this organization, schools offer German and English language classes to the 4th and 5th years. This qualitative study employed an online questionnaire, answered by five teachers, and a semi-structured interview with three of these teachers. Results demonstrate that it is necessary to strengthen initial and continuing education to teach EL to children, as well as to work with the concept of English as a língua franca in contrast to teaching it as a foreign language. In relation to Plures, the teachers' discourses indicate that a weekly class is not enough for the necessary exposure to the language and the necessary interactions in the language for the development of children's language proficiency. KEYWORDS:English language. English for kids. English as a língua franca. Teacher education. Plures. 1Municipal Department of Education (SEMED), Blumenau – SC – Brazil. Teacher of early years. Pedagogue (FURB). ORCID:https://orcid.org/0000-0001-8066-7785. E-mail: aninhasothe@gmail.com 2Blumenau Regional University (FURB), Blumenau – SC – Brazil. Professor in the Courses of Letters and the Graduate Program in Education (PPGE). PhD in Language Studies (UFSC). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9049-8003. E-mail: cbailer@furb.br 3Municipal Department of Education (SEMED), Blumenau – SC – Brazil. Foreign Language Coordinator - German and English languages and Municipal Bilingual Education. Master in Education (FURB). ORCID: https://orcid.org/0000-0001-7650-7324. E-mail: cfersf@gmail.com
image/svg+xmlAna Paula Söthe WINKLER; Cyntia BAILER and Caique Fernando da Silva FISTAROL Rev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 2RESUMO:Este artigo tem por objetivo investigar a formação docente de professores de língua inglesa (LI) e suas percepções acerca das práticas pedagógicas desenvolvidas pelos docentes que atuam nas Escolas de Educação Básica da Rede Pública Municipal de Ensino de Blumenau/SC, a partir da organização curricular Plures. Nessa organização, as Instituições de Ensino ofertam as línguas alemã e inglesa para os 4º e 5º anos. Este estudo de cunho qualitativo fez uso de questionário online, respondido por cinco professores, e entrevista semiestruturada, com três desses professores. Os resultados demonstram que se faz necessário fortalecer a formação inicial e continuada para trabalhar a LI com crianças bem como o conceito de inglês como língua franca em contraponto ao seu ensino como língua estrangeira. Em relação ao Plures, os discursos dos professores apontam que uma aula semanal não é suficiente para a exposição necessária à língua e as interações necessárias na língua para o desenvolvimento da proficiência linguística das crianças. PALAVRAS-CHAVE:Língua Inglesa. Inglês para anos iniciais. Inglês como língua franca. Formação Docente. Plures. RESUMEN: Este artículo científico tiene como objetivo investigar la formación docente de los maestros de lengua inglesa (LI) y sus percepciones sobre las prácticas pedagógicas desarrolladas por docentes que ejercen en las Escuelas de Educación Básica de la Red Municipal de Enseñanza Pública de Blumenau, Santa Catarina, Brasil, en la organización curricular Plures. Las instituciones educativas que cuentan con esta organización ofrecen alemán e inglés para el 4º y 5º año. Este estudio cualitativo utilizó un cuestionario sondeo en línea, respondido por cinco maestros, y una entrevista semiestructurada con tres de ellos. Los resultados demuestran que se hace necesario fortalecer la formación inicial y continua para trabajar la LI con niños, así como el concepto del inglés como lengua franca en contraposición a la enseñanza como lengua extranjera. Con respecto a la organización Plures, los discursos de los maestros indican que una clase semanal no es suficiente para la exposición necesaria al idioma y las interacciones necesarias en el idioma para el desarrollo de la competencia lingüística de los niños. PALABRAS CLAVE: Lengua Ingles. Inglés para los primeros años. Inglés como lengua franca. Formación de maestros. Plures. Introduction Bilingualism, according to Bialystok et al.(2009), ceased to be an exception or privilege of the few, to become a worldwide phenomenon (GROSJEAN, 2012) and can be analyzed from variables such as proficiency and use, age and form of acquisition and even motivation. For Schwartz and Kroll (2006), in case of an individual being considered bilingual, it is necessary to make active use of two languages with some level of proficiency, which although rarely have the same level of dominance, the possibility of a balance of abilities is not excluded, depending on the use. In Europe, where the borders between countries are more
image/svg+xml“The more contact with English, the better”: English language teachers' perceptions about their education and teaching in the Plures project in the municipal public education network of BlumenauRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 3fluid, bilingualism is the rule. But, in Brazil, what does bilingualism have to do with the present day? Brazil is a continental country, living under the myth of monolingualism while it is in its multilingual essence (PISETTA, 2018), with more than 300 languages spoken, among indigenous languages, deaf language, of African origin, of refugees, border languages and immigration languages. The bilingual schools boom in Brazil (GARCÍA, 2019) reveals the desire for an education in which children can learn prestigious languages, such as English and German, in the Blumenau region, Santa Catarina. Given this, why not allow the learning of a second language (L2) since the early years? A study by Pliatsikas, Moschopoulou and Saddy (2015, p. 3-4, our translation) reveals that "daily handling of more than one language functions as an intense cognitive stimulation that benefits specific brain structures related to language."4One of the benefits of being bilingual, regardless of age, is cognitive control, which protects against age-related cognitive decline and may even delay the onset of dementia symptoms. In addition to cognitive benefits, it is important to emphasize that children's brains are born prepared to learn the languages to which these children are exposed, which makes them more successful in acquiring an L2 than adults, for example. Adults exhibit, mainly, more difficulty in pronunciation (FROMKIN; RODMAN; HYAMS, 2011). In this way, acquiring an L2 in childhood is much timelier. Graddol (2006) argues that the 'globalization' and 'global English' phenomena go hand in hand. In his words, "if on the one hand, the presence of English as a global language is accelerating the process of globalization, on the other hand, globalization is accelerating the use of English."5(GRADDOL, 2006, p. 22). In Brazil, the official languages are the Portuguese language and the Brazilian sign language (Libras), and as a result of globalization, the National Common Curriculum Base (BNCC) itself (BRASIL, 2018) suggests that the English language should be our L2, and that, therefore, it is no longer necessary to be presented as a foreign language (LE), but as a língua franca(ILF). The ILF concept is based on the assumption of a deterritorialized language in which native and non-native speakers are users and owners of the language, as creators of the rules of use in the employability of their own cultures and experiences, as presented by Jordão (2014). As a consequence of globalization and an incentive to bilingualism, a regulation on the teaching of the ILF in the early years should be discussed, because it is noticeable the need to 4From the original: “everyday handling of more than one language functions as an intensive cognitive stimulation that benefits specific language-related brain structures”. 5From the original: “On the one hand, the availability of English as a global language is accelerating globalization. On the other hand, the globalization is accelerating the use of English”.
image/svg+xmlAna Paula Söthe WINKLER; Cyntia BAILER and Caique Fernando da Silva FISTAROL Rev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 4follow the global changes, since the Law of Guidelines and Bases of Education (LDB), Law no. 9,394/1996, in its Art. 22 provides that "Basic Education aims to develop the learner, ensure that you are the common training that is indispensable for the exercise of citizenship and provide you with the means to progress at work and in further studies." (BRAZIL, 1996). BNCC (BRASIL, 2018) brings the mandatory offer of the English language (LI) from the 6th year of elementary school, leaving it up to the states and municipalities to organize the teaching of the curricular component with early beginning and the offer of other languages. The municipality of Blumenau/SC started in 2002 the pilot project named as Plures, "Project of Linguistic Policy for the German Language in Blumenau" (PROBST; FISTAROL; POTTMEIER, 2019, p. 153), later also expanded to LI. The project aims to allow the continued learning of German and English until the end of elementary school, beginning in the first cycle, with a view to the global development of the student in a historical-cultural perspective. When the Plures Project was created in the Blumenau Municipal Education Network, the regulatory frameworks were the National Curriculum Parameters (PCN) (BRASIL, 1998) and there were no major discussions on language training and teaching, with the creation of Language Policies, at the federal level. The Plures Project is today a curricular teaching organization present in eleven Schools of the Municipal Public-School Network of Blumenau, with German and English language classes, starting in the 4th year of elementary school. The research reported in this article focuses on the Plures project in the curricular component of LI. Thus, this research aims to investigate the teacher education of English language teachers (LI) who work in public schools of the Municipal School Network of Blumenau in the curricular organization of Plures teaching and their perceptions about pedagogical practices. As specific objectives, we have: (1) analyze from their discourses how the initial and continued formation of these teachers prepared them to work in the teaching of LI for early years; (2) to understand, from the perception of these teachers, how LI is taught in Plures. As this research was carried out in the context of the Covid-19 pandemic, the teachers' discourses reveal their perceptions about pedagogical practices in this period. According to Megale (2019), there is little research on the teaching initiatives of the L1 teaching in the early years in municipal public schools. Therefore, it is necessary to know these contexts to understand them, talk to teachers to know their training, how they work the LI in their pedagogical practices and their needs, besides what bilingualism they promote in the classroom. And to know the works defended on the subject, we carried out the state of the issue, which according to Nóbrega-Therrien and Therrien (2004, p. 7), aims "[...] to lead the
image/svg+xml“The more contact with English, the better”: English language teachers' perceptions about their education and teaching in the Plures project in the municipal public education network of BlumenauRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 5researcher to record, from a rigorous bibliographic survey, how the theme or object of his research is found in the current state of science at his/her fingertips." In this direction, initially the following keywords were selected: English Language, Early Years, English and Beliefs for research in the Brazilian Digital Library of Theses and Dissertations (BDTD)6. The first three keywords are directly linked to the research objectives and the fourth is justified in view of the first author's belief related to empirical observation that the earlier a child is exposed to L2, the better their learning. Thus, in October 2020, we found a total of 190 titles, which after individual analysis of titles and abstracts and elimination of repeated works and papers focused on other areas, we selected four titles, published between 2005 and 2011, that could be used as a reference for this research. The works of Santos (2005, 2009), Rocha (2010) and Andrade (2011) agree on the importance of opportunities to provide the teaching of the English language in the early years, however, point to the use of English as LE and in this item, they distance themselves from the work presented here, which presents the perspective of the ILF. This article is organized as follows: after this introduction, a literature review section is presented, which deals with the Offer of LI in Basic Education, teacher education and ILF. Next, the Methodological Procedures section details the type of research, the context investigated and the instruments and procedures for data collection and analysis. The Results and Discussion sectionreports the results related to the training and professional experience of teachers working in Plures, the perceptions of Plures teachers, work with ILF and teaching of LI during the Covid-19 pandemic in Plures. Finally, the final considerations are presented. LI's offer in Basic Education, Teacher Training and ILF Scientific studies on teacher education in Brazil are relatively recent, beginning in 1980 (NÓVOA, 1995). However, the offer of English language (LI) as a foreign language (LE) within the school curriculum began in the 19th century with the arrival of the Portuguese royal family and the need for communication with England and France, for commercial reasons, as Oliveira (2009) points out. Over time, the offer of LE has undergone many changes, even being excluded from the mandatory curriculum during the decades of 1961 and 1971, because "the nationalist thinking of the military regime made the teaching of foreign languages an instrument to more of the classes favored to maintain privileges" (PARANÁ, 2008, p. 45). The LE returned to the 6Available: https://bdtd.ibict.br/vufind/. Access: 09 Oct. 2020.
image/svg+xmlAna Paula Söthe WINKLER; Cyntia BAILER and Caique Fernando da Silva FISTAROL Rev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 6curriculum with a mandatory character only with the LDB (BRASIL, 1996) from the 5th grade, currently 6th year, with guidelines in the PCN (BRASIL, 1998), based on the principles of transversality. Although the PCN (BRASIL, 1998) indicate that the choice of LE is focused on the historical-cultural context of the school community, LI has become the choice of LE of most schools, due to its global character and implications related to the economy, culture and social development, since Brazil attracts tourists worldwide and is the destination of many immigrants, according to the Observatory of International Migrations (CAVALCANTI; OLIVEIRA; MACEDO, 2020). However, the return of the mandatory offer of LE excluded the stage of the initial years (1st to 5th year) of elementary school. Thus, the initial teacher training offered by the undergraduate courses of Letters prepares its professionals to work with the Final Years and High School, which are mandatory segments provided for in the PCN (BRASIL, 1998), the education in Letters does not prepare the teacher to deal with teaching for children, but when understood the need to adapt to the new realities and needs in the teaching of LI, many curricula offer a related component to English language teaching for children (LIC), usually as an elective subject in one semester (CHRISTOPHER; TONELLI, 2010). Thus, we agree with Cristovão and Tonelli (2010, p. 68) in defense by "[...] global and plural training of the LIC professional" through the "[...] insertion of programs for the formation of this teacher" (p. 68). Initial training as decisive for professional knowledge and the practice of the teaching profession and in this context, undergraduate courses of higher education institutions follow national normative documents and need to follow the demands of the labor market, keeping their curricula updated and committing themselves to dialogue closely with the regional and cultural contexts in which they are located. As in this research the participating professors are formed in Letters by the Regional University of Blumenau (FURB), a look was launched to the Pedagogical Project of the Course (PPC) of Letters to try to understand if the LIC theme is worked on during the course. The document available on the Institution's website follows the 2002 normative guidelines that include the orientation of the general methodological principle, translated by action-reflection-action. Thus, the general objective of the course is "To train a critical professional, to understand the society in which he lives, to be an agent of social transformations committed to cultural and humanistic dissemination, giving him a theoretical instrument indispensable to the exercise of his professional activities" (PPC, 2005, p. 4). And to achieve this goal, the curricular matrix works interdisciplinary training, which requires an everyday construction and a deep knowledge of specific areas.
image/svg+xml“The more contact with English, the better”: English language teachers' perceptions about their education and teaching in the Plures project in the municipal public education network of BlumenauRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 7The discipline with the potential to work LIC in the PPC analyzed appears as an optional discipline in the 6th phase of the course, entitled Methodology of English Language Teaching for Initial Series, with 72 theoretical class hours. However, the English Letters course (PPC, 2019), created at the institution to meet an edict of the Secretary of State for Education presents in the 3rd phase a mandatory discipline called English for Early Childhood Education and Early Years, with 108 theoretical class hours and 36 practical class-hours with development of extension activity, which again induces the teaching professional to look for specific training that fit in continuing training. Thus, continuing training is understood, according to France (2018, p. 1), as "[...] a permanent and constant process of improving the knowledge necessary for the activity of educators." Due to an initial training with induction to follow-up, the professional feels the need to update and improve their knowledge. Professional performance reveals a possible distance between the knowledge constructed in the initial formation and reality, materialized in the classroom daily. This distance corroborates the search for continuing education, given the speed of change in all areas of life in society. Despite working aspects of initial training in more depth, continuing education is not an extension of initial training or even synonymous with study compensation, but rather a set of observations, analyses and practices that should be worked on, thought and reflected with actions on a daily life. Continuing training can take place, according to Nóvoa in an interview with Gentile (2001, p. 5), in "[...] seminars on mutual observation, spaces of reflexive practice, laboratories for collective analysis of practices and the devices of dialogical supervision, in which supervisors are partners and interlocutors". Issues such as the distance between initial education and reality, the needs that are raised throughout teaching in the face of daily changes, such as considering the need in relation to the preparation and recognition that the teacher not only knows or dominates the LI, but knows how to teach it and reflect on its teaching and practice, in a continuous process of professional development of teachers, condescending to Rodrigues (2003) who perceives continued formation as a promoter of the expanded reflection on teaching practice, establishing relationships and approximations between theory and practice. Ahead of globalization, teaching LI as LE does not reflect the interculturality that surrounds us, so that the ILF is practiced in our classrooms, it is necessary that the teachers already trained have opportunities to participate in continuing education meetings that treat LI more as ILF. But what is this ILF?
image/svg+xmlAna Paula Söthe WINKLER; Cyntia BAILER and Caique Fernando da Silva FISTAROL Rev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 8English as a língua franca is the global communication language, with the function of favoring communication between speakers of different mother tongues (SEIDLHOFER, 2005). Not only that, língua franca status givesall speakers the possibility of using language for communication without so much attachment to the norms imposed by native speakers, because the focus is on communication, fluency, and not accuracy (BAILER et al., 2021). Also, the focus is lost to have a pronunciation close to the native speaker, since the users of the language (JORDÃO, 2014) when appropriating the language, constitute their own variation of the ILF (JENKINS; COGO; DEWEY, 2011). Thus, "[...] the uses that speakers around the globe make of the language are welcomed and legitimized, since natives and non-natives are on the same level as creators of norms and use the language with autonomy" (KUROSKI, 2020, p. 44). Friedrich and Matsuda (2010) recommend, in a translation by Kuroski (2020, p. 43), that the ILF should be understood as "[...] a term that describes a function that English plays in multilingual contexts", that is, it should be understood as a function of communication between speakers of different languages, with its own variations, based on cultural baggage, traditions and needs inand oftheir different contexts. Corroborating the actuality of the term, BNCC (BRASIL, 2018) recommends the use of the term to the detriment of the English term as LE, as clarified in the following citation: Learning the English language provides the creation of new forms of engagement and participation of students in an increasingly globalized and plural social world, in which the boundaries between countries and personal, local, regional, national and transnational interests are increasingly diffuse and contradictory. [...] In this proposal, the English language is no longer that of the "foreigner", originating from hegemonic countries, whose speakers serve as a model to be followed, nor is it a variant of the English language. In this perspective, the uses that make it widely accepted and legitimized, with different linguistic and cultural repertoires, which makes it possible, for example, to question the view that the only "correct" English – and to be taught – is that spoken by Americans or British (BRASIL, 2018, p. 241, our translation). The BNCC (BRASIL, 2018) clearly presents the implications of the use of the term. According to Rajagopalan (2010), the ILF is a form of variation of English as LE that entered the stage of nactivation, from the use and contact with the language, becoming from its evolution and use, the doable option to the concept of a common basis, as proposed to bring the BNCC. Since the use of language is a social practice, the language depends on its speakers to exist and is appropriate to the uses of its users (PARK; WEE, 2011).
image/svg+xml“The more contact with English, the better”: English language teachers' perceptions about their education and teaching in the Plures project in the municipal public education network of BlumenauRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 9Like the BNCC (BRASIL, 2018), the Curriculum Guidelines of the Municipality of Blumenau (BLUMENAU, 2012) reiterate the perspective of teaching English as a língua franca. This change of view on the English language, from foreign language to global communication língua franca, also impacts initial teacher training, and therefore continuing education. With these concepts and discussions in mind, about initial training and continuing education for the teaching of English for children, the offer of English language for Basic Education and the implications of teaching English as a língua franca as opposed to the foreign language, we can go to the methodological detailing of the research presented here. Methodological procedures The research reported here is classified concerning the objective as descriptive, which, according to Vergara (2000, p. 47), "[...] exposes the characteristics of a given population or phenomenon, establishes correlations between variables and defines their nature." This type of research is not committed to explaining the phenomena it describes, although it serves as the basis for such an explanation. Regarding the nature of the data, this research is qualitative. In the words of Silva e Menezes (2000, p. 20, our translation) Qualitative research considers that there is a dynamic relationship between the real world and the subject, that is, an inseparable link between the objective world and the subjectivity of the subject that cannot be translated into numbers. The interpretation of phenomena and attribution of meanings arebasic in the qualitative process. It does not require the use of statistical methods and techniques. The natural environment is the direct source for data collection and the researcher is the key instrument. The process and its meaning are the main focuses of approach. In this perspective, when investigating the teacher education of LI teachers and their perceptions about pedagogical practices in the context of the Covid-19 pandemic, we present qualitative interpretations for the data. Furthermore, this research is classified as field research, which according to Gonsalves (2001, p. 67, our translation) [...] seeks information directly from the population surveyed. It requires a more direct encounter from the researcher. In this case, the researcher needs to go to the space where the phenomenon occurs, or occurred and gather a set of information to be documented.
image/svg+xmlAna Paula Söthe WINKLER; Cyntia BAILER and Caique Fernando da Silva FISTAROL Rev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 10From the characterization of the research, we turn to its context. Because it is a research that aims to investigate the training and offer of LIC, this work has as participants LI teachers who work with the 4th and 5th years in the municipal school network of Blumenau / SC in schools with the Plures Project. On the Blumenau City Hall website7are listed 46 elementary schools. Of these, twenty schools are included in the Plures project, which involves the teaching of the German language and English language, and only eleven are part of the project aimed at LI. We mapped the schools according to the four administrative divisions of the city, Right margin of Itajaí-Açu River, District of Garcia, Left margin of Itajaí-Açu River and the District of Vila Itoupava. From the mapping, it was possible to notice that only three of the administrative divisions are contemplated with the Plures LI project. The fourth division refers to the district of Vila Itoupava, which carries a strong influence of German culture, and therefore, in this district is present only the Project Plures focused on the German language. To carry out this research, we contacted the Municipal Department of Education (SEMED) seeking authorization for the application of an online questionnaire via Microsoft Formsto the LI teachers of the eleven schools participating in the Plures LI project. According to Gil (1999, p. 128), the questionnaire can be defined "[...] as the research technique composed of a more or less high number of questions presented in writing to people, aiming at the knowledge of opinions, beliefs, feelings, interests, expectations, situations experienced, etc.". Due to the Covid-19 pandemic, the questionnaire, provided in Appendix A, was organized into four sections, including: (1) presentation of the Free and Informed Consent Form and collection of personal information from the participants; (2) professional characterization with questions relating to training and experience; (3) teaching organization Plures in order to identify the comprehension of the participants; and (4) classroom routine, with questions related to the work in the classroom, the materials used and how is the response of students to classes with the pandemic of Covid-19. We insert the context of the pandemic in the questionnaire, because it is the current, atypical moment, which imposed a new organization both in relation to the systematization and planning of classes, as well as in relation to the teaching configuration, dividing into remote formats, in which the student receives all the material in a printed form or via virtual platform, and hybrid, in which the student has weeks of alternate and remote face-to-face classes. The questionnaire consists of 28 open and closed questions. It is believed that the organization of 7Available: https://www.blumenau.sc.gov.br/governo/secretaria-de-educacao/pagina/enderecos-unidades-semed/escolas-semed. Access: April 2, 2021.
image/svg+xml“The more contact with English, the better”: English language teachers' perceptions about their education and teaching in the Plures project in the municipal public education network of BlumenauRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 11the questionnaire in sections facilitated the response process of the participants and assisted the researchers in identifying regularities, divergences and similarities in the teachers' answers. We received answers from five professionals to the questionnaire in April 2021, which are identified as Eliane, Tata, Leandra, Isabella and Ana, pseudonyms chosen by the participants themselves. These teachers are between 25 and 53 years old. Three teachers have been working for 11 years or more as English teachers in the municipal network, one between six and ten years and one for two years, and coincidentally, they work this time at Plures. Of the five teachers, two had not taught LI for early years before working at Plures. In order to deepen the answers/themes with the participants, we asked the questionnaire to indicate their mobile numbers for contact via the messaging application if they were available to the researchers. Of the five respondents, three allowed contacts for semi-structured interviews. Finally, we interviewed three teachers individually. According to Bauer and Gaskel (2002, p. 65), qualitative interviews can play a vital role in understanding contexts, combined with other methods, since it seeks "[...] a detailed understanding of beliefs, attitudes, values and motivations in relation to people's behaviors in specific social contexts." We chose the semi-structured interview, because it gives flexibility and allows rich interactions between participant and researcher, from the points that are raised by the participant. With the description of methodological procedures, we can leave for the presentation of the results and our analysis in the light of the literature. Results and discussionThis section is subdivided into four to facilitate the presentation and discussion of the results and respond to the general objective of investigating the teacher education of LI teachers working in the public schools of the Municipal School Network of Blumenau within the Plures organization and their perceptions about pedagogical practices in the context of the Covid-19 pandemic. In a specific way, the first and second sections, entitled Training and professional experienceand The Plures project seek torespond to the specific objective of knowing to what extent the initial and continuing training of these teachers prepared them to work in the teaching of LI for early years. The third and fourth sections, entitled English as a língua francaand English language teaching in Plures during the Covid-19pandemic, seek to respond to the specific objective of analyzing, from the perception of these teachers, how the English language is taught in Plures during the pandemic.
image/svg+xmlAna Paula Söthe WINKLER; Cyntia BAILER and Caique Fernando da Silva FISTAROL Rev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 12Training and professional experience Of the five respondents, all have a degree in Letters Portuguese/English, graduated between 4 and 20 years ago by FURB, a municipal public university located in Blumenau, the city in which the professionals work. Concerning graduate studies, three participants have specialization in some area of education not focused on their current teaching practice, one participant holds a Master's degree in Linguistics and is currently a PhD student in a Graduate Program in Linguistics and a teacher has no certificate of specialization, post or other common titles of academic training, but has extensive experience with the teaching and learning process of LI, obtained in their exchanges of studies after graduating in Europe. When questioned during the interview about their initial training concerning the preparation to work in the teaching of LIC, two of the participants who studied Letters before 2011 answered that there was no discipline in the curriculum matrix of the course or approach during classes to teach them to work with the child's public – early childhood education and early years. In Ana's words, "I would say I had no preparation. My training was directed to final series and high school. Until I left college, I didn't really imagine teaching regular school for minors" (Excerpt 1, Ana, interview). And Tata reveals that "There was nothing back in the early years. The training was only the final elementary school" (Excerpt 2, Tata, interview). Only one of the professionals, who graduated in 2017, reported attending during her initial training an optional discipline that dealt exclusively with the teaching of LIC. When asked about this opportunity, she reported "[...] as I started working last year in this context, I can say that I felt prepared yes, because in graduation I studied the discipline of English teaching methodology for the early years" (Excerpt 3, Isabella, interview). However, the two teachers who expressed the lack of initial training that presented them for the teaching context of the early years reported having researched the subject to feel better able to work with this audience. "I remember I've done a lot of research on this. To understand how children learn, adapt my language and didactics in the classroom"(Excerpt 4, Ana, interview). In this excerpt, the participant Ana, for example, sought information that would help her to understand the English language learning of children, in order to adapt her practice to her new context of action, taking into account the fact that in her initial education she had no theoretical or practical support on the context of teaching to children. In this context, we rescued Cristovão and Tonelli (2010), regarding the importance of official documents (curricular guidelines for undergraduate courses, guidelines and curricular
image/svg+xml“The more contact with English, the better”: English language teachers' perceptions about their education and teaching in the Plures project in the municipal public education network of BlumenauRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 13guidelines for Basic Education) that specifically address the perspective of LIC teaching for the courses of Letters, which are absent, which prevent a solid formation in these courses. From the perception of this scenario, it is urgent to (re)think the documents that support the training of LIC professionals, since, as Graddol (2006) points out, children globally begin to learn English earlier and earlier, thus characterizing a worldwide trend, which should be observed for the teaching of LIC and also for the formulation of adequate curricula that enrich the training of professionals who will work in this segment. Regarding the continuing training opportunities after having agreed to work on the Project Plures that LIC offer, two participants, formed in Letters before 2011, revealed that in addition to not having received instruction on how to work with this public in their initial training, they were also not prepared later. In Tata's words, "We had no training. We just received what content should work and nothing else." (Excerpt 5, Tata, interview). Participant Ana explains that "The formations of the municipality are not aimed at specifically the minors... When it comes to the 4th and 5th year, more should be offered." (Excerpt 6, Ana, interview). The participant Isabella, who revealed to have attended a discipline on LIC in undergraduate studies, explained that, in relation to the opportunities for continuing education,"The secretariat made guidance on the curriculum of Blumenau and on the theoretical methodological perspective for the teaching of English in the [...] In these formations, theoretical and practical explanation occurred with examples of experiences experienced in the network. These examples involved mainly the final years, but also the early years." (Excerpt 7, Isabella, interview). The participants' reports highlight the need for initial and continued training to work with LIC. Therefore, it is essential to have an official document that supports the teaching of LIC and the teacher training of professionals focused on this context. The excerpts show that the training opportunities offered by the municipal school system are directed to the compulsory curricular disciplines, which in the case of LI, is configured from the 6th year of elementary school. Concerning pedagogical training, offered online and/or face-to-face, four teachers reported having participated in the training offered by the municipal network, but do not recall the titles. Only one of them reported having participated in training activities outside the network. Regarding the formations offered by the network, Leandra revealed that "The most relevant are the ones that have an exchange of experience, or possible activities to use in the classroom" (Excerpt 8, Leandra, questionnaire) and Ana explained that "[...] we had some
image/svg+xmlAna Paula Söthe WINKLER; Cyntia BAILER and Caique Fernando da Silva FISTAROL Rev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 14meetings in the previous year with the purpose of discussing the new curriculum and this year we have frequent meetings with the aim of discussing the curriculum continuum. The meetings are extremely important for network professionals to align their activities, talk about their difficulties, expectations, about what is working properly and what needs to be reevaluated" (Excerpt 9, Ana, questionnaire). Nóvoa argues that "continuous learning is essential in our profession" (GENTILE, 2001, p. 2) and that the completion of teaching or graduation is not enough. Keeping up to date with teaching methods and improving pedagogical practices is part of the challenges of being a teacher, which arise from the reflection of these professionals about themselves. In the words of Nóvoa (GENTILE, 2001, p. 2, our translation) Training is a cycle that covers the experience of the teacher as a student (basic education), as a master student (undergraduate), as an intern (supervision practices), as a beginner (in the first years of the profession) and as a holder (continuing education). These moments will only be formators if they are the subject of a permanent reflection effort. Thus, initial and continued training is essential to make it teaching and indispensable for LIC professionals. We now leave for the analysis related to the perception of teachers about Plures. The Plures Project In the questionnaire, the question "Based on the official municipal documents that guide the Plures and its experience, describe, in your own words, what the project is" revealed the following: "Providing two foreign languagesis the goal" (Excerpt 10, Eliane, questionnaire, our highlights) "The Plures project aims to interact with the child in the world of theEnglish language, relating to their experiences of their daily life and interacting to know and expand their knowledgemore"(Excerpt 11, Tata, questionnaire, our highlights) "Teaching two foreign languagesfrom the 4thyear." (Excerpt 12, Leandra, questionnaire, our highlights) "The Plures project introduces in school since the 4thyear of elementary school the learning of the English language and the German language"(Excerpt 13, Isabella, questionnaire, highlights our)
image/svg+xml“The more contact with English, the better”: English language teachers' perceptions about their education and teaching in the Plures project in the municipal public education network of BlumenauRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 15"The project aims to offer the teaching of two foreign languagesfrom the 4th yearof elementary school, the German language as a way of appropriating culture and the English language as a língua franca"(Excerpt 14, Ana, questionnaire, our highlights) Four excerpts reveal the multilingual character of the project, three mention the 4th year as its starting point and two were more comprehensive relating culture and experiences in languages. The researchers already imagined that the question would generate specific answers and questioned the participants about what the project provides to the students. The participants related the learning of languages in Plures with the expansion of the students' vocabulary to "better understand the various words that are inserted daily in their practical life" (Excerpt 15, Tata, questionnaire). Thus, "it provides a greater opportunity to work in a playful way" (Excerpt 16, Leandra, questionnaire). Isabella, on the other hand, highlights the expansion of the students' cultural repertoire, "by introducing literacypractices in other languages"(Excerpt 17, Isabella, questionnaire). Professor Eliane used the space to express her opinion when writing "I find few classes. In my opinion I think i should take either two English classes or two German classes. One of each is very little" (Excerpt 18, Eliane, questionnaire). This teacher highlighted in excerpt 10 the multilingual nature of the project and in this answer seems to prefer that the student choose or the school offer more classes in one of the languages. If the objective of Plures is related to an earlier initiation of students to exposure to the English language, as a global communication language, and to the German language, as an immigration language, it seems necessary to continue offering the two, but with a larger workload, to ensure longer exposure time and contact with languages, to "broaden the horizon, leading them to think of different cultures and how each language is linked to it" (Excerpt 19, Ana, questionnaire). In this wake, when asked during the interview about the number of weekly classes, Professor Ana mentioned: "In my opinion, the number of classes is low... It greatly impairs the continuity ofthe contents" (Excerpt 20, Ana, questionnaire). Professor Isabella pointed out that "[...] shouldhave more classes, the more contact with the English language the greater the learning. Often to do a production activity a class is little. Not to mention that often the class falls on holidays, students would certainly benefit if there were more English classes" (Excerpt 21, Isabella, interview). Professor Tata also revealed discontent with the number of classes: "Too bad the system of aclass is only little. Not to mention that they mix English with German. Children trade a lot. The worst is that those who
image/svg+xmlAna Paula Söthe WINKLER; Cyntia BAILER and Caique Fernando da Silva FISTAROL Rev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 16organize school schedules do not have this vision and end up putting German and English classes on the same day for children. [...] one class a week is very little. The secretary should rethink the number of classes given. Come up with another form of class quantities. One of German and one of English per week is very little" (Excerpt 22, Tata, interview). Reflecting on the teaching of the ILF, through practices of orality, reading and writing in LI, it can be affirmed that a weekly class is unfeasible, since it is aimed at students learning along their formative path, developing knowledge and skills for the use of language in their various contexts in an autonomous and confident way (FROMKIN; RODMAN; HYAMS; 2011; HARMER, 2001), as classes in this language may be the only opportunity for students to be exhibited. And so, we start for the analysis related to the ILF in the perception of the teachers. English as a Língua Franca (ILF) As we have seen, Plures is perceived by teachers as a space to expand the cultural and linguistic repertoire of students, enriching the knowledge built in Basic Education. Professor Ana made clear in excerpt 14 the term English "as a língua franca" and therefore we questioned all participants in the interview about what they understand by ILF. Professor Tata revealed that "Itis the most spoken language among many people in a simpler and more agile way of understanding. More informal" (Excerpt 23, Tata, interview), highlighting the practicality and scope of LI. Ana explained that "Língua franca is when all individuals, different groups (countries) use the same language to communicate. I use the term with my students. I say that through the English language they can know the worldbesides being the language in business,varied job opportunities" (Excerpt 24, Ana, interview, our highlights). Professor Ana puts into practice, in her perception, the concept as described in BNCC (BRASIL, 2018) and the opportunities that her knowledge presents to students. Isabella mentioned the ILF as "A language spoken by people all over the world... In several countries. That's why I always tell my students that there's not just American and British English, there's varieties. As Indian English, Australian, etc. And that all are legitimate and are forms of communication" (Excerpt 25, Isabela, interview, our highlights). She highlighted the scope of LI and its work with varieties, which is in accordance with what the BNCC (BRASIL, 2018) and what the authors Baileret al bring(2021).
image/svg+xml“The more contact with English, the better”: English language teachers' perceptions about their education and teaching in the Plures project in the municipal public education network of BlumenauRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 17Thus, the participants demonstrate, in their perception, an understanding about the concept of ILF and it would be interesting, in this context, to follow their classes to observe the concept being worked on in pedagogical practice. Given the urgency of implementing the BNCC (BRASIL, 2018), the teachers are aligned with the document in their discourses. In this context, it is expected that students develop knowledge beyond the grammatical structure throughout Basic Education, and be able to understand and be understood in English, expanding the opportunities for action in society. Although there is no world census that can correctly measure the number of English speakers as a first language (many countries) and as a second language (worldwide), there are currently more non-native English speakers than native speakers (HARMER, 2001). Therefore, speaking English as a non-native would be the norm, not the exception. Therefore, we asked the following questions to the teachers during the interview: "Does the way the English language manifests itself in the world influence your method/way of teaching?". The three confirm, highlighting that it is "[...] extremelyimportant to use the language in the way it is manifested in the world. In a contextualized way" (Excerpt 26, Ana, interview) and that is "[...] I must always be attentive to the uses of the English language, to how it is used in everyday life"(Excerpt 27, Isabella, interview). Tata adds that "[...] students today, due to the internet and applications often know better than I do" (Excerpt 28, Tata, interview), which reveals an open posture of exchange with students, continuous learning and also reveals the teacher's vision as a facilitator of learning and not as holder of all knowledge (HARMER, 2001). Thus, we started to analyze the perception of the participants about the teaching of LI in the Plures during the pandemic period in which we live. English language teaching at Plures during the Covid-19 pandemic In March 2020, we entered a national state of emergency due to the global pandemic of Sars-Cov-2, popularly known as Covid-19, and at that atypical time schools were closed. Later, the schools reorganized their activities to take place in a totally remote way. And as soon as education was considered an essential service, a new hybrid organization was adopted in the Municipal Education System of Blumenau8and in it, in many institutions, to comply with biosecurity protocols, classes are interspersed in weeks, being named as home time and school time. Despite the availability of the hybrid system, there is the possibility of the 8Supported by the guidelines of the National Council of Education, Chamber of Basic Education and regulated by resolution CME /Blumenau No. 004/2020 (BLUMENAU, 2020).
image/svg+xmlAna Paula Söthe WINKLER; Cyntia BAILER and Caique Fernando da Silva FISTAROL Rev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 18student's family opting for totally remote teaching. Students who choose hybrid teaching during school time meet in person with teachers to take classes and at home time, receive printed material and posted on the virtual platform Google Classroom to continue their studies. On the other hand, students who chooses for the totally remote format have their activities launched on the virtual platform, and can also choose to search the school for the printed material, returning the materials answered one week after the withdrawal. In this context, we consider it pertinent to question the participants, teachers of LI of the 4th and 5th years, whether the Plures project really achieves the desired objective, differentiating the students from those who have contact with the LI only from the 6th year, and how it happens. Teacher Ana revealed that "Once the students are engaged in the classroom, they will take it home. [...] For some it is really noticeable the difference and becomes significant" (Excerpt 29, Ana, interview). And Professor Isabella explained that "[...] I realized is that Plures students have a lot of basic vocabulary like that. I'm sure you do! The students and I as a teacher put a lot of effort into it. I to enable activities that would help them develop communicative competence in the language and they performing the activities and producing. The project makes a difference because it already encourages a look at multiculturalism from a young age" (Excerpt 30, Isabella, interview). The answers aroused our curiosity about the planning of classes and pedagogical proposals to maintain, in such an atypical moment with students in the totally remote format and others in the hybrid, the enthusiasm of the students in relation to the learning of LI. We found that the planning of classes in the municipal network are developed weekly, collaboratively between teachers and SEMED, which makes it possible to organize the objectives, skills and activities collectively, supported by the experience of teachers and official documents. Isabella revealed that "The work is collaborative during these plannings, we write down the ideas, we make decisions together about the learning objectives" (Excerpt 31, Isabella, interview). Ana pointed out that "[...] I have a great working group (4th and 5th Years), teachers are engaged and committed, always bring ideas, discuss what worked or not, we try new solutions. It is a small group, but very productive and collaborative, everyone has suggestions to offer and qualify the work" (Excerpt 32, Ana, interview). Thus, it seems to us that the collective planning process functions as an opportunity for continuing education (FRANÇA, 2018; GENTILI, 2001).
image/svg+xml“The more contact with English, the better”: English language teachers' perceptions about their education and teaching in the Plures project in the municipal public education network of BlumenauRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 19When questioned in the interview about the classroom proposals, it is interesting to point out that, for the most part, the participants have the perception that li work as a língua franca, going beyond the audiolingual method, based on repetition, focusing on accuracy (HARMER, 2001). In the words of Professor Ana, "I always try to mean what I teach with reality and use as much as possible what is being taught. I encourage you to ask to go to the bathroom, have water, leave, help, please call... in English, greet the teacher, respond. I always ask how they are and they should respond as much as possible in English... They can mix too... what they know in English and do not know in Portuguese. I contextualize through text, dialogues, dramatizations... I think it's easier for them to learn" (Excerpt 33, Ana, interview). Professor Isabella adds: "In the early years the most direct explanations involve the mother tongue as well, but I always incorporate English words as much as possible. I try to do code switching and meaningful negotiation. For example, I speak paused in English and then ask what I said in Portuguese" (Excerpt 34, Isabella, interview). The two teachers reveal a careful work of exposing students to the language and encouraging its use in everyday life, in the school context, allowing a bilingual mode, which makes use of the code switchingand the negotiation of meanings mentioned by Professor Isabella. We also seek to know the difficulties that teachers faced and face during the pandemic. Professor Ana revealed that "Students who have access only to printed material... the biggest obstacle is the distance between them - school/teacher. Speaking of the English language point of view, unfortunately they are losing a lot... They are not having the opportunity to learn pronunciation, a more appropriate explanation... As much as we try our best to get closer through explanations and more practical activities... There is still a great distance and I am sure, difficulty on the part of parents and students" (Excerpt 35, Ana, interview, our highlights). Professor Isabella pointed out that the biggest obstacle is "Reaching students who are only in the printed mode, that is, who take the printed activities at school, especially since while I was in the classroom I provided my WhatsApp, many did not contact when they had doubts" (Excerpt 36, Isabella, interview, our highlights). And Professor Tata explained that the biggest obstacle is "The fear of reading. Because they're ashamed to say it wrong. Many are afraid to go to the board to answer something, afraid of making mistakes. Another
image/svg+xmlAna Paula Söthe WINKLER; Cyntia BAILER and Caique Fernando da Silva FISTAROL Rev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 20obstacle is to carry out the printed activities alone. Parents do not help and do not give importance to the discipline of English" (Excerpt 37, Tata, interview, our highlights). The three teachers cite, with their words, the difficulty of reaching students who are only at home, performing printed activities, how much these students are losing, since often parents do not have the possibility and/or knowledge to help/encourage. Segaty and Bailer (2021), in their report of experience of teaching LI in the pandemic, highlight the need for family and community involvement, in addition to school, in student learning. And Professor Tata stresses the fear and shame of speaking wrong, which have haunted Brazilian students for a long time before the pandemic. Beliefs related to the English language and the need to know everything to speak or feel able to speak need to be resignified (STARKE; BAILER, 2019). Thus, all those involved in education must always be in constant training, since "[...] the pandemic has made the difficulties of those involved in adapting to the remote model more evident, making serious challenges of Brazilian basic education more evident" (SEGATY; BAILER, 2021, p. 270). Final considerations This article reported research whose general objective was to investigate the teacher education of LI teachers working in public schools of the Blumenau Municipal Education Network within the Plures organization and their perceptions about pedagogical practices in the context of the Covid-19 pandemic. From the literature, we analyzed data that allowed us to know to what extent the initial and continued training of these teachers prepared them to act in the teaching of LI for early years and understand, from the perception of these teachers, how the English language is taught in The Plures during the Covid-19 pandemic. We emphasize that the research was carried out at an atypical moment (2020/2021) that favored previously unimagined changes in the educational system, such as the remote and hybrid offer of classes and the development of class plans collectively among teachers of the municipal network of Blumenau. Among the results, we highlight the need to (re)think about the initial and continuing teacher training of teachers in the area of Letters who are working with LIC. Not only in the LIC item, the initial and continuous formation also needs to account for clarifying what the ILF is in counterpoint to the concept of LI as LE and its implications. In relation to Plures, a laudable initiative to offer LI to 4th and 5th grade children, before compulsory LI education from the 6th grade, we emphasize the commitment of teachers to expose students to LI from
image/svg+xml“The more contact with English, the better”: English language teachers' perceptions about their education and teaching in the Plures project in the municipal public education network of BlumenauRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 21the perspective of the ILF. However, we agree with the participants that a weekly class is not enough for there to be sufficient exposure to the language as well as the development of children's language proficiency, not only during the Covid-19 pandemic period (MEGALE, 2019). In addition to Plures, it is perceived that, with the BNCC (BRASIL, 2018), the movements of the initial and continuous formations are undergoing revitalization in the light of the public policy perspective established by the Ministry of Education (MEC), the National Council of Education (CNE) and the Chamber of Basic Education (CEB), from discussions and proposals of new educational organizations in a more multicultural and multilingual perspective, bilingual education (MEGALE, 2019), both in Blumenau's municipal public school system and in other networks. Finally, we highlight the relevance of this research to the context in which it is included, especially for the reflection on the initial and continuing training of teachers as well as the offer of LIC. And given new resolutions and the creation of a linguistic policy at the national level and therefore, state and municipal, there is already a teaching organization in the municipality of Blumenau, which offers greater workload and allows greater interaction. Possibly, curricular organizations, the components of second languages and the initial and continuing training of professionals in the Municipal Education System will be rethought and appropriate. REFERENCES ANDRADE, M. E. Muito além da ribalta: Crenças de terceiros, segundos e primeiros agentes sobre o processo de ensino-aprendizagem de inglês para crianças. 2011. 160 f. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada) – Universidade de Brasília, Brasília, 2011. BAILER, C. et al. O inglês não é um só: Desenvolvimento do conceito de inglês como língua franca em um curso do Programa Idiomas sem Fronteiras.Letras, Santa Maria, n. 3, p. 271-289, 2021. Available: https://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/48477/pdf. Access: 17 Apr. 2021. BAUER, M. W.; GASKELL, G. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: Um manual prático. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. BIALYSTOK, E. et al. Bilingual Minds. Psychological Science, Association for Psychological Science, v.10, n. 3, p. 89-129, 2009. Available: https://journals.sagepub.com/doi/full/10.1177/1529100610387084. Access: 20 June 2021. BLUMENAU. Diretrizes curriculares municipais para educação básica: Ensino fundamental. Blumenau: SEMED, 2012.Available:
image/svg+xmlAna Paula Söthe WINKLER; Cyntia BAILER and Caique Fernando da Silva FISTAROL Rev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022048, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16087 22https://www.blumenau.sc.gov.br/governo/secretaria-de-educacao/pagina/diretrizes-curriculares-municipais. Access: 01 June 2021. BRASIL. Lei n.9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: Presidência da República, 1996. Available: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Access: 10 May 2021. BRASIL.Parâmetros Curriculares Nacionais- Língua Estrangeira – 3 e 4 Ciclos do Ensino Fundamental. Brasília, DF: MEC; SEF, 1998. Available: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/pcn_estrangeira.pdf. Access: 18 May 2021. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. Available: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Access: 10 May 2021. CAVALCANTI, L.; OLIVEIRA, A. T.; MACEDO, M. F. R. Imigração e Refúgio no Brasil. Relatório Anual 2020.Brasília, DF: OBMigra, 2020. Available https://portaldeimigracao.mj.gov.br/images/dados/relatorio-anual/2020/OBMigra_RELATÓRIO_ANUAL_2020.pdf. Access: 01 June 2021. CRISTOVÃO, V. L. L.; TONELLI, J. R. Assunção. O papel dos cursos de Letras na formação de professores de inglês para crianças. Calidoscópio, v. 8, n. 1, p. 65-76, 2010. Available: http://revistas.unisinos.br/index.php/calidoscopio/article/view/159. Access: 24 June 2021. FRANÇA, L. A formação continuada e a sua importância para manter o corpo docente atualizado. Par Plataforma Educacional, 24 abril 2018. Available: https://www.somospar.com.br/a-formacao-continuada-e-a-sua-importancia-para-manter-o-corpo-docente-atualizado/ Access: 02 Mar. 2021. FRIEDRICH, P.; MATSUDA, A.When Five Words Are Not Enough: A conceptual and terminological discussion of English as a língua franca. International Multilingual Research Journal, v. 4, n. 1, p. 20-30, 2010. Available: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/19313150903500978. Access: 18 May 2021. FROMKIN, V.; RODMAN, R.; HYAMS, N. An introduction to language. 9. ed. Canada: Wadsworth Cengage Learning, 2011. GARCÍA, O. Bilingual Education: Uma vista do Sul.In:MEGALE, A. (org.). Educação bilíngue no Brasil. São Paulo: Fundação Santillana, 2019. GENTILE, P. António Nóvoa: Professor se forma na escola. Revista Nova Escola, ed. 142, 2001. Available: https://novaescola.org.br/conteudo/179/entrevista-formacao-antonio-novoa. Access: 10 May 2021. GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social.5. ed. São Paulo: Atlas, 1999. GONSALVES, E. P. Iniciação à pesquisa científica. Campinas, SP: Editora Alínea, 2001.
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