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A linguagem escrita para a produção de textos científico-acadêmicos na desconstrução rizomática
Rev. EntreLínguas,
Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16878
1
A LINGUAGEM ESCRITA PARA A PRODUÇÃO DE TEXTOS CIENTÍFICO-
ACADÊMICOS NA DESCONSTRUÇÃO RIZOMÁTICA
THE WRITTEN LANGUAGE FOR THE PRODUCTION OF SCIENTIFIC-ACADEMIC
TEXTS IN RHIZOMATIC DECONSTRUCTION
LA LENGUA ESCRITA PARA LA PRODUCCIÓN DE TEXTOS CIENTÍFICOS-
ACADÉMICOS EN DECONSTRUCCIÓN RIZOMÁTICA
Milagros Elena RODRÍGUEZ
1
Ivan FORTUNATO
2
José
Anderson SANTOS CRUZ
3
RESUMO
: Na presente investigação, como objetivo complexo, buscamos desconstruir a
linguagem escrita para a produção de textos acadêmico-científicos, reconstruindo-a em
estratégias complexas. Por meio da escrita rizomática, discutimos a decolonização do
tradicionalismo da produção acadêmico-científica por meio da transmetodologia complexa. O
artigo é apresentado em quatro rizomas nos quais se discute a desconstrução rizomática, a
transmetodologia como avanço sobre o tradicionalismo da ciência, estratégias complexas de
escrita e as contribuições dos rizomas para a produção acadêmico-científica como meio de
melhor compreender a complexidade das coisas.
PALAVRAS-CHAVE
: Rizoma. Escrita. Transmetodologia.
ABSTRACT
: In the present investigation, as a complex objective, we seek to deconstruct the
written language for the production of academic-scientific texts, reconstructing it in complex
strategies. Through rhizomatic writing, we discuss the decolonization of the traditionalism
academic-scientific production through complex transmethodology. The paper is presented in
four rhizomes in which rhizomatic deconstruction is discussed, transmethodology as an
advance on the traditional science complex writing strategies and the contributions of rhizomes
for academic-scientific production as a means of better understanding the complexity of things.
KEYWORDS
: Rhizome. Writting. Transmethodology.
1
Universidade de Oriente (UDO), Cumaná – Venezuela. Docente Pesquisadora Pós-Doutora Titular em regime
de Dedicação Exclusiva do Departamento de Matemáticas. Pós-Doutora em Ciência da Educação (UNEFA).
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0311-1705. E-mail: melenamate@hotmail.com
2
Instituto Federal de São Paulo (IFSP), Itapetininga – SP – Brasil. Coordenadoria de Formação Pedagógica.
Doutorado em Desenvolvimento Humano e Tecnologias (UNESP). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1870-
7528. E-mail: ivanfrt@yahoo.com.br
3
Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas (PECEGE) (ESALQ/USP MBAs),
Piracicaba – SP – Brasil. Professor Associado. Doutor em Educação Escolar, (FCLAr/Unesp). Editor Adjunto e
Executivo da RIAEE. Editor da Editora Ibero-Americana de Educação. Editor e Assessoria Técnica para
periódicos. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5223-8078. E-mail: andersoncruz.unesp@gmail.com
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Milagros Elena RODRÍGUEZ; Ivan FORTUNATO e José Anderson SANTOS CRUZ
Rev. EntreLínguas,
Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16878
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RESUMEN
: En la presente investigación como objetivo complejo buscamos deconstruir la
lengua escrita para la producción de textos académicos-científicos reconstruyendo en
estrategias complejas. A través de la escritura rizomática, discutimos la decolonización de la
producción académico-científica del tradicionalismo por medio de la transmetodología
compleja. El artículo se presenta en cuatro rizomas en que se discute la desconstrución
rizomática, la transmetodología como un avance sobre el tradicionalismo de la ciencia, las
estratégias de escritura compleja y los aportes de los rizomas para la producción academica-
científica como médio de comprender mejor la complejidad de las cuestiones.
PALABRAS CLAVE
: Rizoma. Escritura. Transmetodología.
Rizoma de Introito. Desconstrução rizomática como transmétodo em textos acadêmicos e
científicos
Na presente investigação, como objetivo complexo, buscamos desconstruir a linguagem
escrita para a produção de textos acadêmico-científicos, reconstruindo-a em estratégias
complexas. Através da escrita rizomática discutimos a descolonização da produção acadêmico-
científica do tradicionalismo através da transmetodologia complexa.
Podem ser apresentados textos acadêmicos em: teses, relatórios, projetos científicos,
monografias, ensaios, apresentações, parciais, trabalhos práticos, arquivos, revisões, notas de
classe entre outros, e não é verdade que estes não são científicos, são sim, provenientes da
ciência clássica, de acordo com o paradigma modernista-pós-moderno-colonial. Em vez disso,
contradizem sua própria essência, que dita que o que é ciência é o que é feito em suas estruturas.
Aqueles de nós que investigam a decolonialidade sabem que isso não é verdade. Contudo, isso
não remove o rigor, a exigência, a convicção, a coerência e a profundidade em qualquer texto.
Os elementos dos textos acadêmico-científicos são variáveis na medida em que
dependem do nível de estudo, do paradigma metodológico e epistemológico, além, é claro, do
contexto de produção e disseminação de seus resultados. Se é claro e notório que qualquer que
seja a posição do pesquisador, os textos "não só têm que ser originais e fornecer novos
conhecimentos científicos, mas também devemos fazer um esforço para garantir que eles
estejam bem estruturados e escritos" (TORRES MORERA, 2013, p. 106). Ainda assim,
devemos ser claros sob uma consciência ética sobre o que escrevemos, porque o que publicamos
se torna disponível para a comunidade, que pode citar nossas declarações como verdades, o que
nos deixa com uma grande responsabilidade. Por essa razão, nossa consciência libertadora e
inclusiva deve estar cada vez melhor.
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A linguagem escrita para a produção de textos científico-acadêmicos na desconstrução rizomática
Rev. EntreLínguas,
Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529
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A necessidade de uma ética que ocorra, "quando você se importa com o que acontece
com o outro e com o seu comportamento; o outro como ser humano, como um ser que tem
legitimidade em sua existência" (MATURANA, 2003, p. 137). É de se reconhecer que nesta
fase de sentir a ética gera criatividade e criticidade, induz sabedoria com pensamento
configuracional e, também, a inteligência sábia e complexa, por entender o verdadeiro escopo
da espiritualidade humana e da sabedoria.
É claro que, com a desconstrução das essências modernistas dos textos acadêmicos, que
são textos científicos sob qualquer paradigma ou transparadigma, agora a ênfase, a linguagem
subjetiva-objetiva e a responsabilidade são maiores em nós; não é essa complexidade que veio
para deslegitimar a responsabilidade, a ética. As caracterizações desses textos serão carregadas
com um alto nível de responsabilidade de uma essência ecosófica; considerando a arte de
habitar o planeta; a responsabilidade do que fazemos e a intencionalidade com que fazemos
isso. Estamos fazendo tudo isso desde o rizoma anterior com a desconstrução rizomática como
transmétodo (RODRÍGUEZ, 2019a).
Com a desconstrução rizomática, a linguagem escrita é inspecionada em textos
acadêmico-científicos, ou seja, uma introspecção é realizada, não uma varredura na crise; e vai
para uma reconstrução da linguagem escrita sob estratégias complexas. Com esse transmétodo,
os autores estão sofrendo com a investigação e estão presentes com seus sentimentos e
subjetividades (RODRÍGUEZ, 2019b).
Com a desconstrução transmetódica, "vai-se à incisão das relações hierárquicas do
poder, para a libertação da hegemonia e para a construção de uma sociedade antro-política
fundada na solidariedade social, humana e profundamente antropoética; desconstruir é
descolonizar" (RODRÍGUEZ, 2019c, p. 10). Logo, explicitamos com a desconstrução que é
também uma forma de descolonizar discursos em textos acadêmicos e científicos.
Acompanhados pelo transmétodo, devemos, nos textos, atender a uma essência que é a
diatopia que "não só requer um tipo diferente de conhecimento, mas também um processo
diferente de criação de conhecimento. Requer a criação de um conhecimento coletivo e
participativo baseado em trocas cognitivas e emocionais iguais, conhecimento como
emancipação, e não conhecimento como regulação" (SANTOS, 1998, p. 30).
Assim, para alcançar o objetivo de desconstruir para reconstruir a produção de textos
a
cadêmicos e científicos por meio de estratégias complexas, apresentamos este artigo em mais
três rizomas. Eles são apresentados na seguinte ordem de escrita: o rizoma da transmetodologia,
no qual buscamos revelar a transição transepistemológica desejada. Seguimos o principal
rizoma do artigo, no qual discutimos estratégias complexas de escrita. Por fim, destacamos as
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considerações mais fundamentais desse processo de escrita, com o objetivo de ampliar as
discussões necessárias sobre o que significa escrever academicamente e cientificamente. E
tornar-se libertador e inclusivo do ser humano e da referida complexidade dos problemas sem
contaminações.
Rizoma transmetódico. Da escrita da tradição à transmetodologia
A máxima da transmodernidade no sentido de seu escritório decolonial, como diz
Enrique Dussel, é proteger as vítimas da modernidade; mas reconhecendo o positivo desta e
integrar os separados e execrados em um diálogo de conhecimento. No livro "1492: O
Encobrimento do Outro", Dussel (1994) mostra isso com maestria. Precisamente, o diálogo do
conhecimento também salvaguarda o essencial da modernidade em termos de redação de artigos
científicos; mas ao desvendar a evasão, ele consegue integrar a subjetividade, o sentimento dos
autores que ampliam as investigações e as tornam mais complexas. Saindo então, em primeiro
lugar, da forma como são apresentados à forma como é aprofundado e à relevância do que é
fornecido sobre o assunto.
Quanto aos métodos para as investigações, não é uma questão de tirar-se para colocar
em mim, nunca; são visões transparadigmáticas e que deixam de lado o reducionismo.
Queremos dizer que o qualitativo está entrelaçado com o quantitativo, com o sócio-crítico e
isso não pode ser separado. Os
topoi
criados com pensamentos abismais do Ocidente nas
palavras de Boaventura De Sousa. A história da humanidade e da ciência não pode ser apagada
se desconstruir e procurar o melhor dela é nosso interesse para, assim, poder despertar
consciências sobre ela e sobre a alta responsabilidade diante do planeta. Com a dúvida de que
há uma crise mundial e ela pertence à humanidade. Os cientistas e aqueles de nós que
investigam têm, então, uma significativa responsabilidade na busca de diferentes contribuições
que abordam a complexidade da vida.
Em tudo isso, os transmé
todos: além dos métodos tradicionais, com eles os ampliando,
tornando-os mais complexos com o sujeito investigativo; por exemplo, a hermenêutica
ecosófica e diatópica abrangente (RODRÍGUEZ, 2020a) leva o melhor da hermenêutica
clássica, vista como uma forma de investigar e com as categorias da ecosofia e da diatopia de
Raimón Panikkar, Boaventura De Sousa, Rigoberto Pupo; entre outros. No caso do
transmétodo, a hermenêutica fundiu a diatopia com a ecosofia e disso nasceu a hermenêutica,
que segue os passos analíticos, empíricos e propositais de Boaventura. Qual é a diferença entre
a hermenêutica tradicional, que é uma ciência e ela mesma quando usada como método? Em
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primeiro lugar, cabe assegurar que as subjetividades do investigado que intervém diretamente
com sua voz nas investigações sejam salvaguardadas. Em segundo lugar, este movimento vai
procurar transepistemes complexos e transdisciplinares. Assim, os transmétodos também
participam ativamente da produção de textos acadêmicos e científicos, levando métodos
tradicionais para outros lugares fora do paradigma que se acredita impor como investigar e
chegar a supostas verdades, excluindo formas de ser e viver. Grande erro no meio de grande
complexidade em todos os sentidos.
Sabemos que os textos são caracterizados pelo fato de que devem ter um propósito, um
público que vai lê-los e/ou revisá-los, uma linguagem que nem sempre será objetiva. Pois o
objetivo puro não existe sem o subjetivo e o subjetivo está impregnado de objetividade.
Objetividade-subjetividade, qualitativo-quantitativo, local-global, abstrato-concreto; todos são
processos que não estão separados, mas que a imposição do paradigma dominante: o simplista
imposto, são
topoi
separados pelas convenientes imposições, bem como homem-mulher,
branco-preto, Sul-Norte, Leste-Oeste; entre tantos outros que negam a natureza complexa da
vida.
Essas caracterizações tradicionais de textos acadêmicos: propósitos, ênfase, linguagem
objetiva, endereçamento, atualmente são altamente discutidas no complexo transparadigmático,
em que as conexões que minimizarão o pensamento ocidental abismal desses
topoi
tendem a
ser conjugadas com as subjetividades dos pesquisadores permeados com sua linguagem. E a
linguagem em si que não é subjetiva não é uma língua como tal; porque a linguagem é carregada
e permeia o ser humano e sua particularidade. Lembremo-nos de Humberto Maturana, que nos
deixou um imenso legado; desenvolvido em plena modernidade, mas escapou de seus preceitos
com categorias de excelência que os chamados textos acadêmicos permeiam: linguagem,
subjetividade, sensibilidade; entre outros (RODRÍGUEZ; FORTUNATO, 2021).
A sensibilidade conceituada em Humberto Maturana, categoria execrada pela
modernidade-pós-modernidade-colonialidade é considerada como parte de nossas
subjetividades na complexa concepção da vida; alertando o vagalume planetário, centésimo
(100) anos de idade, Edgar Morín "qualquer conhecimento da realidade que não é animado e
controlado pela complexidade está condenado a ser mutilado e, nesse sentido, tender a falta de
realismo" (MORIN; KERN, 1993, p. 155).
Nessa toada, em Humberto Maturana, a sensibilidade faz parte da cognição do ser
hum
ano, pois ao contrário do que tem sido considerado cognição, é uma experiência enraizada
no desejo, nas emoções, na sensibilidade e no sentimento do ser humano que ocorre em um
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Milagros Elena RODRÍGUEZ; Ivan FORTUNATO e José Anderson SANTOS CRUZ
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contexto histórico e é reproduzida como uma teoria a partir da "coincidência ininterrupta de
nossa existência, nosso fazer e nosso conhecimento" (MATURANA; VARELA, 1995, p. 25).
Sendo assim, a escrita, como sempre em qualquer atividade humana, precisa de recursos
para cumprir os propósitos e alcançar o público que temos a intenção; tendo cuidado que, como
existem publicações, o público não é decidido pelo escritor; certamente o público em uma
revista de alto impacto ou outro espaço. Mas como está disponível como texto, pode atingir
outro público. Gostaríamos de ser compreendidos em qualquer caso, mesmo que seja
moderadamente e a linguagem seja muito técnica devido à especialização do caso? É claro.
Deve-se notar, então, que "um artigo bom, mas mal escrito, atrasa ou pode até mesmo
impedir seu processo de aceitação e publicação. Esta, é claro, não é uma lista completa, pois
cada revista tem suas regras específicas que devem ser sempre consultadas e seguidas, mas
pode ajudar quando queremos publicar o que fizemos" (TORRES, 2013, p. 105). E isso pode
acontecer com aqueles de nós que fazem muitas tarefas e a escrita não é cuidadosamente
revisada. Assim, podemos aprender que devemos rever, ter outra opinião, e não devemos estar
com nossos escritos quando editores e a comunidade de banco de dados têm laços que permeiam
o autor, e forçá-lo a escrever de modo tendencioso se ele quiser publicar.
Esta revisão não é apenas sobre como escrevemos, mas sobre o que excluímos ao querer
agradar às normas, para ficar bem em um sentido banal, para se encaixar com revistas e
pesquisadores, para castrar pós-graduandos com questões fiscais e uma falsa realidade.
Comenta-se como uma anedota que um dos transmétodos foi enviado para uma revista
de prestígio, que foi aprovada, e se a comunicação ao autor foi modificada nos títulos dos
rizomas, o que o autor não investigou é que a revista estava tão fechada que teve que ter a
síndrome de Introdução, Desenvolvimento, Resultados e Conclusão. E ao mesmo tempo em
que ele intitulou o artigo com rizomas, o editor decidiu colocar seções em cima dele com os
referidos títulos que, naturalmente, era óbvio que não tinha sido o autor que fez tal contradição;
finalmente, a desconstrução rizomática como transmétodo viaja o mundo com este artigo e,
apesar disso, teve, para a glória de Deus, bons comentários e tem sido usada em várias
investigações. Com muitos desgostos, e essa é a nossa primeira recomendação: que não importa
quantos recursos bíblicos tenhamos, sempre seremos afetados negativamente; faz parte de
exercícios de poder, de mal-entendido e da própria vida.
No final, um texto bem valorizado sempre terá alguém que o valorize. Consideramos
que
os textos devem ser carregados de diálogos-dialéticas que despertam interesse e nos incitam
a pensar profundamente, o desenvolvimento metacognitivo de alto nível que chamo de
halterofilismo do pensamento (RODRÍGUEZ, 2020b) que coexiste com o conhecimento
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transdisciplinar; que as disciplinas vão além para alcançar essências em comunidades de
aprendizagem que transcendem o que foi feito até agora. É nosso dever melhorar a cada dia,
por isso, compartilhamos para seguir algumas estratégias de escrita.
Reconstrução de rizoma. Estratégias complexas de escrita na produção de textos
acadêmicos e científicos
Para publicar uma produção acadêmica, temos dois caminhos iniciais: ser repetidores
de métodos tradicionais, comportar-se discursivamente de acordo com o método, o que é
imposto ao sistema, ou ir irreverentemente para redirecionar nosso pensamento e subverter-nos
eticamente ao que é conveniente ou não à humanidade com a nossa contribuição; está na moda
para respeitar; se não obedecermos, estamos fora. Qualquer mornidão é continuar colonizada
no cone da modernidade/pós-modernidade que continua sendo exclusivo.
Claro, existem múltiplas formas de pensar acadêmica e cientificamente, que se traduzem
em diferentes e variadas maneiras de comunicar o pensamento através da escrita. O que fazemos
como pesquisadores e como comunicamos nossa pesquisa é sempre uma opção; bem, como
disse o pesquisador Rigoberto Lanz: as palavras não são neutras. Para que lado vamos?
Como discutido no rizoma anterior, sabemos que somos vítimas do breve processo de
formação, mas também formamos comunidades de mudanças e contribuições complexas.
Conhecemos e desfrutamos das contribuições construídas na humanidade; mas também
sabemos que a crise que estamos vivendo em qualquer sentido é a crise da humanidade. Edgar
Morín percebe isso. A vida em crise dá conta disso. A (re)civilização também aguarda escrituras
e investigações.
Escrever que ignora e/ou rejeita a sensibilidade humana é a escrita preferida da própria
crise da humanidade. Escrever e retirar-se do processo é a forma mais elementar de se alienar
do próprio conhecimento, além de produzir conhecimento insensível à vida. Quando falamos
em não ignorar a sensibilidade na escrita, estamos falando de combater o método tradicional de
escrita acadêmica e científica secular. Todavia, a irreverência não significa que a excelência
não seja promovida, que não seja incentivada; devemos ir como nas Escrituras Sagradas em
busca da excelência como na utopia na práxis de Paulo Freire.
Então, voltamos às estratégias complexas de escrita. Nas complexas estratégias de textos
carregados de sensibilidade, a crise de nossas ações, da incompletude da consideração humana,
é imperativo.
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achar que a sensibilidade é uma parte inerente ao tema e que a pedagogia deve
considerá-la uma chave hermenêutica para ensinar sobre a vida, a partir de um
ensino existencial transmitindo conhecimento a partir de um processo
fundamentalmente intersubjetivo que leva ao reconhecimento de si mesmo
como um sujeito sensível, capaz de articular mundos, ou visões de mundo, a
partir da subjetividade, não como um artifício para produzir mundos fictícios
ou artifícios, mas como instrumento de ressignificação de espaços enunciados
que nunca deixam de articular representação e significado (HERNÁNDEZ
CARMONA, 2014, p. 235, nossa tradução).
Seria bom rever e esclarecer, e vamos ficar animados para saber o que é uma estratégia
complexa? Com o que está relacionada? Para isso, a conscientização deve permear as
estratégias; não há reconhecimento da complexidade e suposição dela se os textos não se
refletirem sob a consciência de que "haveria necessidade de uma cidadania planetária, uma
consciência cívica planetária, uma opinião intelectual e científica planetária, uma opinião
política planetária" (MORÍN; KERN, 1993, p. 117). No sentido de que uma estratégia complexa
requer: sistema, circularidade, dialógica, causalidade complexa, interações, (poli)círculos
relacionais e religião (ARROYAVE, 2003; MORÍN; CIURANA; MOTTA, 2002).
Então, achamos que esta é uma primeira estratégia dos textos, chamá-los de acadêmicos
ou o que você quiser: eles devem estar carregados com um pertencimento e com seu sentimento,
ou, pelo menos, alguns pesquisadores devem lidar com problemas básicos em toda a sua
complexidade e não com soluções convenientes para poucos. Trata-se de uma estratégia de
escrita digna de ser salvaguardada, como em muitos dos textos escritos em formato de ensaio:
a essência da vida e suas vicissitudes. Isso ocorre porque a ciência não é absolutamente objetiva,
concreta; mas sim uma produção humana carregada de sensações, sentimentos e ideias - não há
neutralidade, mas subjetividade (FORTUNATO, 2017).
A partir desta primeira estratégia de escrita, outras emergem e se ramificam. Tome-se,
por exemplo, o famoso produtivismo acadêmico, evidenciado pela velha frase "publicar ou
perecer". Bem, há muitas críticas a este modelo científico (PATRUS; DANTAS; SHIGAKI,
2015; SGUISSARD, 2010), mas as ações tendem a dizer que o produtivismo é mais do que
respeitado, ou seja, o número de publicações continua aumentando a cada dia. Assim, a
estratégia que podemos tirar dessa relação entre produzir conhecimento e tornar-se um
pesquisador produtivista é a resposta para a seguinte pergunta: Temos algo fundamental para
escrever, ou estamos simplesmente procurando dados aleatórios em nossa linha de pesquisa
para alcançar os objetivos dos itens por período?
Não é incomum ver nossos alunos, de qualquer nível, ou mesmo outros professores
u
niversitários expressando interesse em "escrever um artigo". Esse interesse precede o interesse
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pelo tema a ser investigado, sua importância para a comunidade acadêmica e a sociedade em
geral. Você quer escrever artigos porque você tem a escrita como seu objetivo, não como
resultado de pesquisas que buscam registrar seus resultados, hipóteses, ideias, etc. Assim,
nomeamos o seguinte como uma estratégia complexa: vamos ter em mente que a redação de
um artigo não é o objetivo do pesquisador, o objetivo é o resultado de seu trabalho de pesquisa.
Seguindo essa estratégia, nos deparamos com outra problemática, que surge a partir da
seguinte pergunta: o que fazemos com nossas ideias, teorias, teoremas, axiomas, hipóteses...?
A pesquisa nem sempre é realizada através de experimentos controlados ou coleta de dados
concretos, mas muitas vezes produz conhecimento à medida que algumas conexões (óbvias ou
invisíveis) são percebidas na complexa teia de significados do mundo. É por isso que tomamos
como válida a seguinte estratégia: escrever através de um formato de texto chamado "ensaio",
através do qual se tem mais liberdade para expressar pensamentos, sentimentos e expectativas
sobre a transformação e o desenvolvimento da humanidade. Liberdade, mas sem perder a
coerência, o rigor e a profundidade necessários para qualificar o conhecimento.
Aqui, queremos especificar algumas caracterizações dos ensaios que são, naturalmente,
textos acadêmicos como uma insurreição à cogitação modernista dos artigos divididos em:
Introdução, Desenvolvimento, Resultados e Conclusões. O ensaio é uma insurreição a
esquemas estereotipados, onde a forma e o processo importam mais do que o que é comunicado.
Tudo isso acontece, como em muitos casos, com o uso da tecnologia; importa mais como o
instrumento é usado, como ele é marcante, isto é, as regras impostas, do que o que é comunicado
com as tecnologias. O aprofundamento de um tema em qualquer escrita nunca será completo,
nem terminado.
O detalhe linear visto nos textos acadêmicos baseia-se em uma estrutura rígida, e sim
no cumprimento de uma série de etapas. É bom assim falar sobre a profundidade do que é
comunicado. Por que os ensaios muitas vezes comunicam melhor o que você quer dizer? E é
que a essência da vida, conhecendo a subjetividade marcada no ensaio, libera o conhecimento
profundo, além das estruturas rígidas mostradas, por exemplo, em Rodríguez e García (2015).
E para quase concluir esse rizoma sobre estratégias complexas de escrita, afirmamos
uma estratégia mais utilizada aqui neste ensaio: rizomas como elementos organizacionais da
escrita de textos acadêmicos e científicos. Um termo emprestado da biologia (um caule na
forma de uma raiz, que reserva nutrientes e gera novos ramos), torna-se uma metáfora
importante para a escrita que toma a complexidade como um meio de decifrar o mundo.
Assim, em vez da pesquisa visando a compreensão completa de um único elemento em
s
ua totalidade, isolando-o da organicidade da vida, o que se busca é compreender o elemento
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em suas múltiplas e variadas conexões com vários outros elementos. Olha-se o que Fritjof Capra
(1999) chamou de "Teia da Vida", muito diferente da simplificação cartesiana. Através dos
rizomas, há sempre a esperança de que as coisas sejam explicadas com rigor e profundidade,
enquanto as dúvidas flutuam no ar, gerando motivação para continuar investigando.
Claro, não vamos esquecer uma estratégia complexa por excelência: pesquisar e
escrever sob transmetódicos com transmétodos, em que um exemplo é a desconstrução
rizomática que temos usado em nossa pesquisa e nos permeia com decolonialidade e
responsabilidade. Outros transmétodos dos publicados são convidados a investigar e ampliar
seus sentimentos e inclusões. Com isso, a hermenêutica abrangente, ecosófica e diatópica que
temos falado merece atenção especial.
Elencamos, então, as cinco (5) estratégias compartilhadas aqui; longe de serem os
únicos, há alguns que usamos em nossa pesquisa em busca de mais significados da humanidade
no universo acadêmico e científico: (1) os textos devem ser carregados com relevância; (2) a
redação de um artigo não é o objetivo do pesquisador; (3) o ensaio é um formato mais livre,
mas com rigor e profundidade; (4) os rizomas organizam um texto sem tornar sua estrutura
muito rígida a ponto de trazer verdades absolutas, mas relativizar o conhecimento, permitindo
identificar desenvolvimentos no complexo tecido da vida; e (5) investigar e escrever com o uso
de transmetrias complexas, planetárias decoloniais, transdisciplinar e abordar a complexidade
da vida em todos os sentidos com o pensamento.
Rizoma (in) conclusivo. Considerações na construção de uma produção acadêmico-
científica.
A escrita é parte fundamental do trabalho acadêmico e científico; afinal, ela permite que
a pesquisa seja organizada de forma que deixe claro para o próprio pesquisador os caminhos
trilhados na pesquisa. Assim, permite reflexões e inflexões sobre os achados e também a
tradução de preocupações em questões claras sobre lacunas de conhecimento, incentivando uma
investigação mais aprofundada.
A redação também permite a comunicação e
a disseminação de resultados (sempre
parciais e inconclusivos) tanto para a comunidade de pesquisa quanto para a sociedade em geral.
Sem dúvida, os textos devem ter propósito comunicativo, coerência e coesão. Têm que integrar
diferentes níveis: sintaxe, semântica e pragmática. Deixe-os chegar ao leitor. Escrevemos para
alcançar e capturar a leitura; da mesma forma, quando falamos, sabemos que queremos ser
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ouvidos não com o tambor de ouvido que ouve, mas com o interesse de continuar ouvindo e
discernindo sobre isso.
Assim, voltamos à imersão das estratégias complexas que podem ser elucidadas em
relação aos textos em qualquer uma de suas apresentações; para quem quer e está entusiasmado
em torná-los únicos. Por mais que as regras sejam seguidas; se a escrita não aprofunda seu
sentimento, manifesta-se com especial interesse e charme poético, com dor e alegria; então se
estará dizendo, com ornamentos e citações, normas adequadas curvando-se à tradicionalidade,
a mesma coisa que todo mundo quer ler.
E já percebemos que os tempos são de crise, pandemia, fascismo, dominação,
aculturação... seguimos o tradicional, as normas, as mesmas velhas regras? E que resultado é
esse, se não mais progresso tecnológico e mais atraso para a humanidade? Isso foi gravado pelo
escritor Russell Baker, em uma coluna para o New York Times em fevereiro de 1970: "Coisas
terríveis que são feitas com a desculpa de que o progresso exige que não sejam realmente
progresso, mas simplesmente coisas terríveis." (apud PETER, 1986, p. 111). Daí a indignação
de Laurence Peter (1986, p. 10) que compartilhamos porque concordamos totalmente: "Como
é possível que as coisas se desenvolvam de forma tão diferente do que o senso comum poderia
esperar?"
É por isso que não consideramos a escrita tão trivial e sempre tentamos respeitar as
estratégias complexas que trouxemos à tona neste texto. Escrevemos sobre o que nos move e
sobre as indignações da vida, mas não fazemos isso porque temos um objetivo ou porque somos
cobrados como objetivo de trabalho produtivo. Continuamos ensaiando sobre educação, sobre
a vida, sobre o progresso que não é progresso, sobre a colonização da cultura, da mente e das
pessoas.
Apresentamos nosso pensamento através de rizomas, porque a vida não é linear,
mecânica, objetiva..., mas é literalmente um rizoma, onde cada parte contém o todo e o todo
está em cada parte. E de cada parte surgem novos ramos, novas formas de vida e assim por
diante, de uma forma complexa...
AGRADECIMENTOS
:
O primeiro autor é grato, da única fonte de sabedoria: Deus nos
permeia com seu Espírito Santo, assim como nas Escrituras Sagradas Deus declara "porque
meus pensamentos não são seus pensamentos, nem seus caminhos meus caminhos", declara o
Senhor. Pois como os céus são mais altos que a terra, meus caminhos são mais altos do que
seus caminhos, e meus pensamentos são mais altos que seus pensamentos" (Isaías 55: 8-9, nossa
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Milagros Elena RODRÍGUEZ; Ivan FORTUNATO e José Anderson SANTOS CRUZ
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tradução). Reconhecendo que a realização da sabedoria é um processo de profunda
metamorfose: "sábio no coração e robusto em força, quem o desafiou sem danos?" (Jó 9: 4,
nossa tradução).
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Milagros Elena RODRÍGUEZ; Ivan FORTUNATO e José Anderson SANTOS CRUZ
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Como referenciar este artigo
RODRÍGUEZ, M. E.; FORTUNATO, I.; SANTOS CRUZ, J. A. A linguagem escrita para a
produção de textos científico-acadêmicos na desconstrução rizomática.
Rev. EntreLínguas
,
Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529. DOI:
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Submetido em
: 13/11/2021
Revisões requeridas em
: 26/12/2021
Aprovado em
: 09/02/2022
Publicado em
: 30/03/2022
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La lengua escrita para la producción de textos científicos-académicos en deconstrucción rizomática
Rev. EntreLínguas,
Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, enero/dic. 2022. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16878 1
LA LENGUA ESCRITA PARA LA PRODUCCIÓN DE TEXTOS CIENTÍFICOS-
ACADÉMICOS EN DECONSTRUCCIÓN RIZOMÁTICA
A LINGUAGEM ESCRITA PARA A PRODUÇÃO DE TEXTOS CIENTÍFICO-
ACADÊMICOS NA DESCONSTRUÇÃO RIZOMÁTICA
THE WRITTEN LANGUAGE FOR THE PRODUCTION OF SCIENTIFIC-ACADEMIC
TEXTS IN RHIZOMATIC DECONSTRUCTION
Milagros Elena RODRÍGUEZ
1
Ivan FORTUNATO
2
José Anderson SANTOS CRUZ
3
RESUMEN
: En la presente investigación como objetivo complejo buscamos deconstruir la
lengua escrita para la producción de textos académicos-científicos reconstruyendo en
estrategias complejas. A través de la escritura rizomática, discutimos la decolonización de la
producción académico-científica del tradicionalismo por medio de la transmetodología
compleja. El artículo se presenta en cuatro rizomas en que se discute la desconstrución
rizomática, la transmetodología como un avance sobre el tradicionalismo de la ciencia, las
estratégias de escritura compleja y los aportes de los rizomas para la producción academica-
científica como médio de comprender mejor la complejidad de las cuestiones.
PALABRAS CLAVE
: Rizoma. Escritura. Transmetodología.
RESUMO
:
Na presente investigação, como objetivo complexo, buscamos desconstruir a
linguagem escrita para a produção de textos acadêmico-científicos, reconstruindo-a em
estratégias complexas. Por meio da escrita rizomática, discutimos a decolonização do
tradicionalismo da produção acadêmico-científica por meio da transmetodologia complexa. O
artigo é apresentado em quatro rizomas nos quais se discute a desconstrução rizomática, a
transmetodologia como avanço sobre o tradicionalismo da ciência, estratégias complexas de
escrita e as contribuições dos rizomas para a produção acadêmico-científica como meio de
melhor compreender a complexidade das coisas.
PALAVRAS-CHAVE
: Rizoma. Escrita. Transmetodologia.
1
Universidad de Oriente (UDO), Cumaná – Venezuela. Docente Investigadora Postdoctoral Titular a Dedicación
Exclusiva del Departamento de Matemáticas. Postdoctora en Ciencias de la Educación (UNEFA). ORCID:
https://orcid.org/0000-0002-0311-1705. E-mail: melenamate@hotmail.com
2
Instituto Federal de São Paulo (IFSP), Itapetininga – SP – Brasil. Coordinación de la formación pedagógica.
Doctorado en Desarrollo Humano y Tecnologías (UNESP). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1870-7528. E-
mail: ivanfrt@yahoo.com.br
3
Programa de Formación Continua en Economía y Gestión Empresarial (PECEGE) (ESALQ/USP MBAs),
Piracicaba – SP – Brasil. Profesor asociado. Doctorado en Educación Escolar, (FCLAr/Unesp). Adjunto y editor
ejecutivo de la RIAEE. Editor de la Editora Ibero-Americana de Educação. Editor y asesor técnico de revistas.
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5223-
8078. E-mail: andersoncruz.unesp@gmail.com
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Milagros Elena RODRÍGUEZ; Ivan FORTUNATO e José Anderson SANTOS CRUZ
Rev. EntreLínguas,
Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, enero/dic. 2022. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16878
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ABSTRACT
: In the present investigation, as a complex objective, we seek to deconstruct the
written language for the production of academic-scientific texts, reconstructing it in complex
strategies. Through rhizomatic writing, we discuss the decolonization of the traditionalism
academic-scientific production through complex transmethodology. The paper is presented in
four rhizomes in which rhizomatic deconstruction is discussed, transmethodology as an
advance on the traditional science complex writing strategies and the contributions of rhizomes
for academic-scientific production as a means of better understanding the complexity of things.
KEYWORDS
:
Rhizome. Writting. Transmethodology.
Rizoma Introito. La deconstrucción rizomática como transmétodo en los textos
académicos y científicos
En la presente investigación como objetivo complejo buscamos deconstruir la lengua
escrita para la producción de textos académicos-científicos reconstruyendo en estrategias
complejas. A través de la escritura rizomática discutimos la decolonización de la producción
académico-científica del tradicionalismo por medio de la transmetodología compleja.
Los textos académicos se pueden presentar en: tesis, informes, proyectos científicos,
monografías, ensayos, ponencias, los parciales, trabajos prácticos, fichas, reseñas, apuntes de
clases entre otras, y que no es cierto que estos no sean científicos, lo son, pues viniendo de la
ciencia clásica, según el paradigma modernista-postmodernista-colonial lo son. Sino,
contradicen su propia esencia, que dicta que lo que es ciencia es lo que se realiza en sus marcos.
Sabemos los que investigamos en decolonialidad que ello no es cierto. Pero que esto no quita
rigurosidad, exigencia, convencimiento, coherencia y profundidad en cualquier texto.
Los elementos de los textos académicos-científicos son variables en tanto depende del
nivel de estudio, del paradigma metodológico y epistemológico, además, por supuesto, del
contexto de producción y difusión de sus resultados. Si es claro y notorio que cualquiera sea la
postura del investigador los textos “no solo tienen que ser originales y aportar nuevos
conocimientos científicos, sino que debemos esforzarnos en que estén bien estructurados y
redactados” (TORRES MORERA, 2013, p. 106). Todavía, debemos de estar claro bajo una
conciencia ética lo que escribimos, porque lo que publicamos pasa a estar disponible para la
comunidad, que puede citar nuestras declaraciones como verdades, lo que nos deja con una gran
responsabilidad. Y por ello, nuestra conciencia liberadora e inclusiva deber ser cada día más
fina y de delicado calibre.
La necesidad de una ética que ocurre, “cuando te importa lo que le pasa al otro con tu
c
onducta; al otro como ser humano, como un ser que tiene legitimidad en su existencia”
(MATURANA, 2003, p. 137). Es de reconocer que en este estadio de sentir la ética genera
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creatividad, criticidad, induce a una sabiduría con un pensamiento configuracional, sabio e
inteligencia compleja, al comprender el verdadero alcance de la espiritualidad humana y la
sabiduría.
Desde luego, con la deconstrucción de las esencias modernistas de los textos
académicos, que son textos científicos bajo cualquier paradigma o transparadigma, ahora
propósitos, énfasis, lenguaje subjetivo-objetivo, destinatario la responsabilidad es mayor en
quienes trabajamos en ello; no es que la complejidad llego a deslegitimar la responsabilidad, la
ética; no. Las caracterizaciones de dichos textos van a ser y estar cargadas de un alto nivel de
responsabilidad de esencia ecosófica; si el arte de habitar en el planeta; la responsabilidad de
los que hacemos y la intencionalidad con que lo hacemos. Todo ello lo vamos realizando desde
el rizoma anterior con la deconstrucción rizomática como transmétodo (RODRÍGUEZ, 2019a).
Con la deconstrucción rizomática se inspecciona la lengua escrita en los textos
académicos-científicos, es decir realiza una introspección, no un barrido en la crisis; y va a una
reconstrucción de la lengua escrita bajo estrategias complejas. Con dicho transmétodo los
autores son dolientes de la indagación y están presentes con su sentipensar y subjetividades
(RODRÍGUEZ, 2019b).
Con la deconstrucción transmetódica, se “va a la incisión de las relaciones jerárquicas
del poder, para la liberación de la hegemonía y la construcción de una sociedad antropolítica
cimentada en la solidaridad social, humana y profundamente antropoética; deconstruir es
descolonizar” (RODRÍGUEZ, 2019c, p. 10). Y dejamos explicitado con la deconstrucción que
es también una forma de decolonizar los discursos en los textos académicos y científicos.
Acompañado del transmétodo, en los textos debemos atender a una esencia que es la
diatopía aquella que “no sólo requiere un tipo de conocimiento diferente, sino también un
proceso diferente de creación de conocimiento. Requiere la creación de un saber colectivo y
participativo basado en intercambios cognitivos y emotivos iguales, un conocimiento como
emancipación, más que un conocimiento como regulación” (SANTOS, 1998, p. 30).
Así, para lograr el objetivo de deconstruir pa
ra reconstruir la producción de textos
académicos y científicos a través de estrategias complejas presentamos este artículo en tres
rizomas más. Se presentan en el siguiente orden de escritura: el rizoma de la transmetodología,
en el que buscamos revelar la deseada transición transepistemológica. Seguimos el rizoma
principal del artículo, en el que discutimos estrategias de escritura complejas. Finalmente,
destacamos las consideraciones más fundamentales de este proceso de escritura, con el único
objetivo de ampliar las discusiones necesarias sobre lo que significa escribir académica y
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científicamente. Y llegar a ser liberadores e inclusivos de lo humano y de dicha complejidad de
los problemas sin contapisas.
Rizoma transmetódico. De la escritura de la tradición a la transmetodología
La máxima de la transmodernidad en el sentido de su oficio decolonial, como dice
Enrique Dussel es salvaguardar las víctimas de la modernidad; pero reconociendo lo positivo
de la modernidad e integrando en un dialogo de saberes lo separado y execrado. En el libro
“1492: El encubrimiento del Otro”, Dussel (1994) lo muestra magistralmente. Justamente el
dialogo de saberes salvaguardar también lo esencial de la modernidad en cuanto a la redacción
de artículos científicos; pero al develar la soslayación logra integrar la subjetividad, los
transmétodos, el sentipensar de los autores que engrandecen las investigaciones y las
complejizan. Dejando entonces, en primer lugar, de cómo se presentan a como se profundiza y
la pertinencia de lo que se aporta en la temática.
En cuanto a los métodos para las indagaciones no se trata de un quítate tú para ponerme
yo, jamás; son visiones transparadigmáticas y con esto dejando el reduccionismo. Queremos
decir que lo cualitativo esta imbricado con lo cuantitativo, con lo sociocrítico y ello no se puede
separar. Los
topoi
creados con pensamientos abismales de Occidente en palabras de Boaventura
De Sousa. La historia de la humanidad y la cientificidad jamás se puede borrar si deconstruir y
buscar lo mejor de ella, es nuestro interés poder despertar conciencias al respecto y la alta
responsabilidad ante el planeta. Pus, sin duda hay una crisis mundial y es de la humanidad. Y
los científicos y quienes investigamos tenemos una alta responsabilidad en la búsqueda de
aportes diferentes que atiendan la complejidad de la vida. De la misma manera que tenemos un
aporte a la crisis de alguna manera tenemos que buscar salidas para nos quedarnos en ella.
En todo esto los transmétodos: más allá de los m
étodos tradicionales, con ellos
engrandeciéndolos, complejizándolos con el sujeto investigador; por ejemplo la hermenéutica
comprensiva ecosófica y diatópica (RODRÍGUEZ, 2020a) toma lo mejor de la hermenéutica
clásica, visionada como manera de indagar y con las categorías ecosofía y diatopía de Raimón
Panikkar, Boaventura De Sousa, Rigoberto Pupo; entre otros. En el caso del transmétodo la
hermenéutica se fucsiono la diatopia con la ecosofía y nace dicha hermenéutica que sigue los
pasos analíticos, empíricos y propositivos de Boaventura. ¿
Cuál la diferencia con la
hermenéutica tradicional, que es una ciencia y se usa como método
? En primer lugar, que se
salvaguarda a las subjetividades del sujeto investigador que interviene directamente con su voz
en las indagaciones, en segundo lugar, se va a la búsqueda de transepistemes complejos y
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transdisciplinares. Así, los transmétodos también participan activamente en la producción de
textos académicos y científicos, llevando los métodos tradicionales a otros lugares fuera del
paradigma que se ha creído rey para imponer como investigar y llegar a supuestas verdades
excluyendo formas de ser y vivir. Error inmenso en medio de la gran complejidad en todo
sentido.
Sabemos que los textos se caracterizan por que deben tener un propósito, una audiencia
que los va a leer y/o a revisar, un lenguaje que no siempre será objetivo. Pues lo objetivo puro
no existe sin lo subjetivo y lo subjetivo se impregna de objetividad. Objetividad-subjetividad,
cualitativo-cuantitativo, local-global, abstracto-concreto; todos son procesos que no se separan
pero que la imposición del paradigma rey: el simplista impuso, son topoi separados por las
imposiciones convenientes así como hombre-mujer, blanco-negro, Sur-Norte, Oriente-
Occidente; entre tantos otros que niegan la naturaleza compleja de la vida.
Estas caracterizaciones tradicionales de los textos académicos: propósitos, énfasis,
lenguaje objetivo, destinatario es muy discutida actualmente en el transparadigma complejo, en
donde las conexiones que van a minimizar el pensamiento abismal de Occidente de esos
topoi
se propende conjugarlas con las subjetividades de los actores investigadores permeadas de su
linguaje. Y el lenguaje por sí mismo que no es subjetivo no es un lenguaje como tal; pues
lenguaje se carga y permea del ser humano y su particularidad. Recordemos a Humberto
Maturana, quien nos dejó un legado inmenso; desarrollado en plena modernidad pero escapado
de sus preceptos con categorías de excelencias que bien valdría la pena que los denominados
textos académicos se permeen: el lenguaje, la subjetividad, la sensibilidad; entre otras
(RODRÍGUEZ; FORTUNATO, 2021).
La sensibilidad conceptualizada en Humberto Maturana, categoría execrada por la
modernidad-postmodernidad-colonialidad es considerada como parte de nuestras
subjetividades en la concepción compleja de la vida; advirtiendo la luciérnaga planetaria, cien
(100) años de nacido, Edgar Morín “cualquier conocimiento de la realidad que no está animado
y controlado por la complejidad está condenado a ser mutilado y, en este sentido, a carecer de
realismo” (MORIN; KERN, 1993, p. 155).
En este sentido, en Humberto Maturana la sensibilidad forma parte de la cognición del
s
er humano, porque contrario a lo que se venía considerando la cognición, es una experiencia
arraigada en el deseo, en las emociones, a la sensibilidad y sentipensar del ser humano que se
produce en un contexto histórico y se reproduce como teoría desde “la ininterrumpida
coincidencia de nuestra existencia, nuestro hacer y nuestro saber” (MATURANA; VARELA,
1995, p. 25).
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Siendo así, la escritura, como siempre en cualquier actividad humana necesita recursos
para cumplir las finalidades y llegar a la audiencia que tenemos la intencionalidad; teniendo
cuidado que al existir las publicaciones la audiencia no la decide quien escribe; seguramente
público en una revista del alto impacto o otro espacio. Pero al estar como texto disponible
pudiera llegar a otra audiencia. ¿
Quisiéramos ser comprendidos en todo caso, aunque sea
medianamente y el lenguaje es muy técnico por la especialización del caso
? Desde luego que
sí.
Es de hacer notar entonces, que “un artículo bueno pero mal escrito retrasa o incluso
puede impedir la aceptación y el proceso de publicación del mismo. Esto, por supuesto, no es
una lista completa, porque cada revista tiene sus normas específicas que siempre hay que
consultar y seguir, pero puede servir de ayuda cuando queremos publicar lo que hemos hecho”
(TORRES, 2013, p. 105). Y eso nos puede pasar a los que hacemos muchas tareas y no se revisa
detenidamente el escrito. Así podemos aprender que debemos revisar, tener otra opinión y no
debemos estar con nuestros escritos cuando los editores y la comunidad de base datos tienen
atadaduras que permean hasta el autor, y le obligan a escribir sesgado si quiere publicar.
Esta revisión no es sólo de cómo escribimos, sino de lo que excluimos queriendo
complacer a las normas, a la élite para quedar bien en un sentido banal para encuadrarse con
revistas, investigadores, postgrados castradores con impuestos temas y una falsa realidad.
Se comenta como anécdota que uno de los transmétodos se envió a una prestigiosa
revista, que fue aprobado y si comunicarle a la autora se modificó en los titulosde de los
rizomas, lo que la autora no investigo es que la revista era tan cerrada que tenía que tener el
síndrome de Introducción, desarrollo, resultados y conclusión. Y al mismo tiempo que titulaba
el artículo con rizomas, el editor decidió colocarle encima de ello secciones con dichos títulos
que desde luego se notaba que no había sido la autora quien realizo tal contradicción; al fin la
deconstrucción rizomática como transmétodo recorre el mundo con dicho artículo y pese a ello
ha tenido, para la gloria de Dios buenos comentario y se ha usado en varias investigaciones.
Con muchas aversiones, y esa es nuestra primera recomendación: que por muchos recursos
escriturales que tengamos siempre vamos a ser adversados; forma parte de ejercicios de poder,
de incomprensión y de la vida misma.
Al fin, un texto bien valorado siempre conseguirá quien lo valore. Consideramos que
l
os textos deben estar cargados de diálogos-dialécticos que despierten el interés y nos inciten al
pensar profundo, el desarrollo metacognitivo de alto nivel al que denomino la halterofilia del
pensamiento (RODRÍGUEZ, 2020b) que cohabite con el conocimiento transdisciplinar; que
con las disciplinas se vaya más allá a conseguir en comunidades de aprendizaje esencias que
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La lengua escrita para la producción de textos científicos-académicos en deconstrucción rizomática
Rev. EntreLínguas,
Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, enero/dic. 2022. e-ISSN: 2447-3529
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trasciendan lo hecho hasta ahora. Es nuestro deber mejorar cada día, por lo tanto, compartimos
a seguir algunas estrategias de escritura.
Rizoma reconstrucción. Estrategias complejas de escritura en la producción de textos
académicos y científicos
Para publicar una producción académica tenemos dos caminos iniciales: ser repetidores
de los métodos tradicionales, comportarnos discursivamente de acuerdo con el método, lo
impuesto en el sistema, o irreverentemente ir a re-ligar nuestro pensamiento y éticamente
subvertirnos a lo que conviene o no a la humanidad con nuestro aporte; está de moda el acatar;
si no acatamos estamos fuera. Cualquier tibieza es seguir colonizados en el cono de la
modernidad, la postmodernidad que sigue siendo excluyente.
Por supuesto que existen formas y formas de pensar académica y científicamente, que
se traducen en diferentes y variadas formas de comunicar el pensamiento a través de la escritura.
Lo que hacemos como investigadores y cómo comunicamos nuestra investigación es siempre
una opción; pues como decía el investigador Rigoberto Lanz: las palabras no son neutras.
¿Qué
camino tomamos?
Como se discutió en el rizoma anterior, nos sabemos victimas del proceso escueto de
formación, pero también conformamos comunidades de cambios y aportes complejos. Sabemos
y disfrutamos de los aportes construidos en la humanidad; pero también sabemos que la crisis
que vivimos en cualquier sentido es la crisis de la humanidad. Edgar Morín da cuenta de ello.
La vida en crisis da cuenta de ello. La recivilización espera en las escrituras e investigaciones
también.
La escritura que ignora y/o rechaza la sensibilidad humana es la escritura preferida de
la crisis de la humanidad misma. Escribir, apartarse del proceso, es la forma más elemental de
alienarse del propio conocimiento, además de producir conocimientos insensibles a la vida.
Cuando hablamos de no ignorar la sensibilidad en la escritura, estamos hablando de
contrarrestar el centenário método tradicional de escritura académica y científica. Pero la
irreverencia no significa que no se vaya a la excelencia, que no se promueva, que no se
incentive; debemos ir como en la Sagradas Escrituras en búsqueda de la excelencia como en la
utopía en la praxis de Paulo Freire.
Así que volvemos a las complejas estrategias de escritura. En las estrategias comple
jas
de los textos cargadas de sensibilidad la crisis de nuestras acciones, de la incompletitud de la
consideración humana, imperativo es
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pensar que la sensibilidad es parte consustancial del sujeto y que la pedagogía
lo debe considerar una clave hermenéutica para enseñar en torno a la vida, a
partir de una enseñanza existencial transmitir los conocimientos desde un
proceso fundamentalmente intersubjetivo que conlleve a reconocerse como
sujeto sensible, capaz de articular mundos, o visiones de mundo, a partir de la
subjetividad, no como un artificio para producir mundos de ficción o artificio,
sino como un instrumento de resignificación de espacios enunciativos que
nunca dejan de articular representación y sentido (HERNÁNDEZ
CARMONA, 2014, p. 235).
Sería bueno revisar y dilucidar, y nos entusiasmemos en saber
¿qué es una estrategia
compleja?, ¿de qué está cargada?
Para ello, la concientización debe permear las estrategias;
no hay reconocimiento de la complejidad asunción de ello si los textos no se plasman bajo la
concientización que “habría necesidad de una ciudadanía planetaria, de una conciencia cívica
planetaria, de una la opinión intelectual y científica planetaria, de una opinión política
planetaria” (MORIN; KERN, 1993, p. 117). En el sentido que una estrategia compleja requiere:
sistema, circularidad, dialógica, causalidad compleja, interacciones, círculos polirrelacionales
y religación (ARROYAVE, 2003; MORIN; CIURANA; MOTTA, 2002).
Entonces pensamos que esa es una primerísima estrategia de los textos llámense
académicos o como se quiera:
deben estar cargados de una pertenencia y de su sentipensrar,
o
por lo menos algunos investigadores deben ocuparse de los problemas de primera necesidad,
en toda su complejidad y no con soluciones conveniente a unos pocos. He ahí una estrategia de
escritura digna de ser salvaguardada como en muchos de los textos escritos con formato de
ensayos: la esencia de la vida y sus avatares. Esto se debe a que la ciencia no es absolutamente
objetiva, concreta; sino, más bien, una producción humana cargada de sensaciones,
sentimientos e ideas – no hay neutralidade, no hay neutralidad, sino subjetividad
(FORTUNATO, 2017).
De esta primera estrategia de escritura surgen y se ramifican otras. T
omemos, por
ejemplo, el famoso productivismo académico, evidenciado por la antigua frase “publicar o
perecer”. Pues bien, hay muchas críticas a este modelo de ciência (PATRUS; DANTAS;
SHIGAKI, 2015; SGUISSARDI, 2010), pero las acciones tienden a decir que el productivismo
es más que respetado, es decir, el número de publicaciones sigue aumentando cada día que pasa.
Así, la estrategia que podemos tomar de esta relación entre producir conocimiento y convertirse
en investigador productivista es la respuesta para la siguiente duda: ¿Tenemos algo fundamental
sobre lo que escribir, o simplemente estamos buscando datos aleatorios en nuestra línea de
investigación para alcanzar los objetivos de los artículos por período?
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No es raro ver a nuestros estudiantes, de cualquier nivel, o incluso a otros profesores
universitarios expresando interés en "escribir un artículo". Este interés antecede al interés por
el tema a investigar, su importancia para la comunidad académica y la sociedad en general.
Quieres escribir artículos porque tienes la escritura como objetivo, no como resultado de una
investigación que busca registrar tus resultados, hipótesis, ideas, etc. Así, nombramos como
estrategia compleja la siguiente:
tengamos en cuenta que la redacción de un artículo no es el
objetivo del investigador, el objetivo es el resultado de su trabajo de investigación.
Siguiendo esta estrategia, nos topamos con otra, que surge de la siguiente pregunta:
¿qué
hacemos con nuestras ideas, teorías, teoremas, axiomas, hipótesis...?
La investigación no
siempre se lleva a cabo mediante experimentos controlados o la recopilación de datos concretos,
pero a menudo producen conocimiento a medida que se perciben algunas conexiones (evidentes
o invisibles) en la compleja red de significados del mundo. Por eso tomamos como válida la
siguiente estrategia:
escribir a través de un formato de texto que se llama “ensayo”
, a través
del cual uno tiene más libertad para expresar los pensamientos, sentimientos y expectativas de
la transformación y el desarrollo de la humanidad. Libertad, pero sin perder la coherencia, el
rigor y la profundidad necesarios para calificar el conocimiento, yendo más allá de las
observaciones prosaicas sobre los fenómenos.
Aqui, queremos precisar algunas caracterizaciones de los ensayos que desde luego son
textos académicos como insurrección a la cogitación modernista de los artículos divididos en:
Introducción, desarrollo, resultados y conclusiones. Es el ensayo un insurrección a los esquemas
estereotipados, donde la forma y el cómo se hace importa más que el que se comunica. Todo
ello pasa al igual que en muchos casos con el uso de la tecnología, importa más como se usa el
instrumento, lo llamativo de él, las normas impuestas que lo que se comunica con las
tecnologías. La profundización de un tema en cualquier escrito no estará completa jamás, ni
acabada
El detalle lineal visto sobre los textos académicos estriba en una estructura rígida, más
bien la forma el cumplimiento de una serie de pasos. Es bueno así hablar de la profundidad de
lo que se comunica.
¿Por qué los ensayos muchas veces comunican mejor lo que se quiere
decir?
Y es que la esencia de vida, el conocer la subjetividad marcada en el ensayo libera el
conocer profundo, más allá de estructuras rígidas mostradas por ejemplo en Rodríguez e García
(2015).
Y p
ara casi concluir este rizoma sobre estrategias de escritura complejas, declaramos
una estrategia más utilizada aquí en este ensayo:
los rizomas como elementos de organización
de la escritura de textos académicos y científicos
. Un término tomado de la biologia (un tallo
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en forma de raíz, que reserva nutrientes y genera nuevas ramas), se convierte en una metáfora
importante para la escritura que toma la complejidad como un medio para descifrar el mundo.
Así, en lugar de que la investigación tenga como objetivo la comprensión completa de
un solo elemento en su totalidad, aislándolo de la organicidad de la vida, lo que se busca es
comprender el elemento en sus múltiples y variadas conexiones con varios otros elementos.
Uno mira lo que Fritjof Capra (1999) llamó la “Trama de la Vida” (
The Web of Life)
, muy
diferente de la simplificación cartesiana. A través de los rizomas, siempre existe la esperanza
de que las cosas se expliquen con rigor y profundidad, mientras las dudas flotan en el aire,
generando motivación para seguir investigando.
Desde luego, no nos olvidemos de una estrategia compleja por excelencia: investigar y
escribir bajo transmetódicas con los transmétodos, donde un ejemplos ello es la deconstrucción
rizomática que venimos usando en nuestra investigación y nos permea de decolonialidad y
responsabilidad. Otros transmetódos de los publicados se invitan a investigar y engrandecer de
su sentipensar e inclusiones. Con ello la hermenéutica comprensiva, ecosófica y diatópica de la
que hemos venido hablando y que merece especial atención.
Tocamos, entonces, las cinco (5) estrategias aquí compartidas; lejos de ser los únicos,
son algunos que utilizamos en nuestra investigación en busca de más significados de humanidad
en el universo académico y científico: (1) los textos deben estar cargados de una pertinência,
(2) la redacción de un artículo no es el objetivo del investigador, (3) el ensayo es un formato
más libre pero com rigor y profundidad, (4) los rizomas organizan um texto sin hacer su
estructura demasiado rígida hasta el punto de traer verdades absolutas, pero de relativizar el
conocimiento, permitiendo identificar desarrollos en la compleja trama de la vida y (5)
investigar y escribir con el uso de los transmétodos que son complejos, decoloniales planetarios,
transdisciplinares y atienden la complejidad de la vida en todo sentido con el sentipensar.
Rizoma (in)conclusivo. Consideraciones en la construcción de una producción académica-
científica.
La escritura es parte fundamental del trabajo académico y científico; después de todo,
l
a escritura permite que la investigación se organice de una manera que aclare al investigador
mismo los caminos tomados en la investigación. Por lo tanto, permite reflexiones e inflexiones
sobre los hallazgos y traducir las inquietudes en preguntas claras sobre las lagunas de
conocimiento, lo que fomenta la investigación adicional.
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La escritura también permite la comunicación y difusión de resultados (siempre
parciales y no concluyentes) tanto para la comunidad investigadora como para la sociedad en
general. Sin duda, los textos deben tener finalidad comunicativa, la coherencia y la cohesión.
Pues se ha de integrar diferentes niveles: la sintaxis, la semántica y la pragmática. Que lleguen
al lector. Escribimos para llegar y capturar la lectura; al igual cuando hablamos sabemos que
queremos ser escuchados no con el tímpano que oye sino con el interés para seguir escuchando
y discernir al respecto.
Así regresamos a la inmersión de las estrategias complejas que pueden dilucidarse hacia
los textos en cualquiera de sus presentaciones; para quien quiera y se entusiasme por
particularizarlas a ellos. Por mucho que se cumplan las normas; si el escrito no profundiza su
sentir, manifiesta con especial interés y encanto poético, con dolor y alegría; con garras sus
letras entonces estará diciendo con adornos y citas, normas adecuadas doblegándose a la
tradicionalidad, diciendo lo mismo que todos quieren leer.
Y ya nos hemos dado cuenta de que los tiempos son de crisis, pandemia, fascismo,
dominación, aculturación ...
¿seguimos lo tradicional, las normas, las mismas reglas de
siempre?
¿Y qué resultado es este sino más progreso tecnológico y más retraso a la
humanidad?
Así lo registró el escritor Russell Baker, en una columna para el periódico New
York Times, en febrero de 1970: “Las cosas terribles que se hacen con la excusa de que el
progreso lo requiere no son realmente un progreso, sino simplemente cosas terribles” (apud
PETER, 1986, p. 111). De ahí la indignación de Laurence Peter (1986, p. 10) que compartimos
porque estamos totalmente de acuerdo: “¿Cómo es posible que las cosas se desarrollen de
manera tan diferente de lo que podría esperar el sentido común?”.
Por eso no tomamos la escritura como algo trivial y siempre tratamos de respetar las
complejas estrategias que hemos sacado a la luz en este texto. Escribimos sobre lo que nos
mueve y sobre las indignaciones de la vida, pero no lo hacemos porque tenemos una meta o
porque nos cobran como meta del trabajo productivo. Seguimos ensayando sobre la educación,
sobre la vida, sobre el progreso que no es progreso, sobre la colonización de la cultura, de la
mente y de las personas.
Presentamos nuestro pensamiento a través de rizomas, porque la vida no es lineal,
mecánica, objetiva ... sino que es literalmente un rizoma, donde cada parte contiene el todo y el
todo está en cada parte. Y de cada parte surgen nuevas ramas, nuevas formas de vida y así, de
manera compleja.
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Milagros Elena RODRÍGUEZ; Ivan FORTUNATO e José Anderson SANTOS CRUZ
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AGRADECIMENTOS
: La primera autora agradece, desde la única fuente de la sabiduría:
Dios nos permee con su Espíritu Santo, tal cual en las Sagradas Escrituras declara Dios “porque
mis pensamientos no son vuestros pensamientos, ni vuestros caminos mis caminos -declara el
Señor. Porque como los cielos son más altos que la tierra, así mis caminos son más altos que
vuestros caminos, y mis pensamientos más que vuestros pensamientos” (Isaías 55:8-9).
Reconociendo que el conseguir la sabiduría es un proceso de metamorfosis profundo: “sabio de
corazón y robusto de fuerzas, ¿quién le ha desafiado sin sufrir daño?” (Job 9:4).
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Milagros Elena RODRÍGUEZ; Ivan FORTUNATO e José Anderson SANTOS CRUZ
Rev. EntreLínguas,
Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, enero/dic. 2022. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16878
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Cómo hacer referencia a este artículo
RODRÍGUEZ, M. E.; FORTUNATO, I.; SANTOS CRUZ, J. A. La lengua escrita para la
producción de textos científicos-académicos en deconstrucción rizomática.
Rev.
EntreLínguas
, Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, enero/dic. 2022. e-ISSN: 2447-3529. DOI:
https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16878
Presentado en
: 13/11/2021
Exenciones requeridas
: 26/12/2021
Aprobado
: 09/02/2022
Publicado
: 30/
03/2022
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The written language for the production of scientific-academic texts in rhizomatic deconstruction
Rev. EntreLínguas,
Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16878
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THE WRITTEN LANGUAGE FOR THE PRODUCTION OF SCIENTIFIC-
ACADEMIC TEXTS IN RHIZOMATIC DECONSTRUCTION
LA LENGUA ESCRITA PARA LA PRODUCCIÓN DE TEXTOS CIENTÍFICOS-
ACADÉMICOS EN DECONSTRUCCIÓN RIZOMÁTICA
A LINGUAGEM ESCRITA PARA A PRODUÇÃO DE TEXTOS CIENTÍFICO-
ACADÊMICOS NA DESCONSTRUÇÃO RIZOMÁTICA
Milagros Elena RODRÍGUEZ
1
Ivan FORTUNATO
2
José
Anderson SANTOS CRUZ
3
ABSTRACT
: In the present investigation, as a complex objective, we seek to deconstruct the
written language for the production of academic-scientific texts, reconstructing it in complex
strategies. Through rhizomatic writing, we discuss the decolonization of the traditionalism
academic-scientific production through complex transmethodology. The paper is presented in
four rhizomes in which rhizomatic deconstruction is discussed, transmethodology as an
advance on the traditional science complex writing strategies and the contributions of
rhizomes for academic-scientific production as a means of better understanding the
complexity of things.
KEYWORDS
: Rhizome. Writting. Transmethodology.
RESUMEN
: En la presente investigación como objetivo complejo buscamos deconstruir la
lengua escrita para la producción de textos académicos-científicos reconstruyendo en
estrategias complejas. A través de la escritura rizomática, discutimos la decolonización de la
producción académico-científica del tradicionalismo por medio de la transmetodología
compleja. El artículo se presenta en cuatro rizomas en que se discute la desconstrución
rizomática, la transmetodología como un avance sobre el tradicionalismo de la ciencia, las
estratégias de escritura compleja y los aportes de los rizomas para la producción academica-
científica como médio de comprender mejor la complejidad de las cuestiones.
PALABRAS CLAVE
: Rizoma. Escritura. Transmetodología.
1
University of Oriente (UDO), Cumaná – Venezuela. Postdoctoral Research Professor at the Department of
Mathematics. Postdoctoral Researcher in Educational Sciences (UNEFA). ORCID: https://orci
d.org/0000-0002-
0311-1705. E-mail: melenamate@hotmail.com
2
Instituto Federal de São Paulo (IFSP), Itapetininga – SP – Brazil. Coordination of Pedagogical Education.
Doctorate in Human Development and Technologies (UNESP). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1870-7528.
E-mail: ivanfrt@yahoo.com.br
3
Continuing Education Program in Economics and Business Management (PECEGE) (ESALQ/USP MBAs),
Piracicaba – SP – Brazil. Associate Professor. Doctorate in School Education, (FCLAr/Unesp). Associate and
Executive Editor of RIAEE. Editor of Editora Ibero-Americana de Educação. Editor and Technical Advisor for
periodicals. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5223-8078. E-mail: andersoncruz.unesp@gmail.com
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Milagros Elena RODRÍGUEZ; Ivan FORTUNATO and José Anderson SANTOS CRUZ
Rev. EntreLínguas,
Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16878
2
RESUMO
:
Na presente investigação, como objetivo complexo, buscamos desconstruir a
linguagem escrita para a produção de textos acadêmico-científicos, reconstruindo-a em
estratégias complexas. Por meio da escrita rizomática, discutimos a decolonização do
tradicionalismo da produção acadêmico-científica por meio da transmetodologia complexa.
O artigo é apresentado em quatro rizomas nos quais se discute a desconstrução rizomática, a
transmetodologia como avanço sobre o tradicionalismo da ciência, estratégias complexas de
escrita e as contribuições dos rizomas para a produção acadêmico-científica como meio de
melhor compreender a complexidade das coisas.
PALAVRAS-CHAVE
: Rizoma. Escrita. Transmetodologia.
Introitus rhizome. Rhizomatic deconstruction as a transmethod in academic and
scientific texts
In the present investigation, as a complex objective, we seek to deconstruct the written
language for the production of academic-scientific texts, reconstructing it in complex
strategies. Through rhizomatic writing we discuss the decolonization of the academic-
scientific production of traditionalism through complex transmethodology.
Academic texts can be presented in: theses, reports, scientific projects, monographs,
essays, presentations, partials, practical work, files, reviews, class notes among others, and it
is not true that these are not scientific, they are well, coming from classical science, according
to the modernist-postmodern-colonial paradigm. Rather, they contradict their own essence,
which dictates that what is science is what is done in their frameworks. Those of us who
investigate decoloniality know that this is not true. But this does not remove rigor,
requirement, conviction, coherence, and depth in any text.
The elements of academic-scientific texts are variable insofar as they depend on the
level of study, the methodological and epistemological paradigm, in addition, of course, to the
context of production and dissemination of their results. If it is clear and notorious that
whatever the position of the researcher, the texts "not only have to be original and provide
new scientific knowledge, but we must also make an effort to ensure that they are well
structured and written" (TORRES MORERA, 2013, p. 106). Still, we must be clear under an
ethical conscience on what we write, because what we publish becomes available to the
community, which can cite our statements as truths, which leaves us with a great
responsibility. And for this reason, our liberating and inclusive conscience must be
increasingly fine and of a delicate caliber.
The need for an ethic that occurs, “when you care what happens to the other with your
be
havior; the other as a human being, as a being that has legitimacy in its existence”
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The written language for the production of scientific-academic texts in rhizomatic deconstruction
Rev. EntreLínguas,
Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 2447-3529
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(MATURANA, 2003, p. 137). It is to be recognized that in this stage of feeling ethics
generates creativity, criticality, induces wisdom with configurational thinking, wise and
complex intelligence, by understanding the true scope of human spirituality and wisdom.
Of course, with the deconstruction of the modernist essences of academic texts, which
are scientific texts under any paradigm or transparadigm, now purposes, emphasis, subjective-
objective language, recipient the responsibility is greater in those of us who work on it; it is
not that complexity came to delegitimize responsibility, ethics. The characterizations of these
texts will be loaded with a high level of responsibility of an ecosophic essence; if the art of
inhabiting the planet; the responsibility of what we do and the intentionality with which we do
it. We are doing all this from the previous rhizome with rhizomatic deconstruction as a
transmethod (RODRÍGUEZ, 2019a).
With rhizomatic deconstruction, the written language is inspected in academic-
scientific texts, that is, an introspection is carried out, not a sweep in the crisis; and goes to a
reconstruction of the written language under complex strategies. With this transmethod, the
authors are suffering from the investigation and are present with their feelings and
subjectivities (RODRÍGUEZ, 2019b).
With the transmethodic deconstruction, one “goes to the incision of the hierarchical
relations of power, for the liberation of hegemony and the construction of an anthro-political
society founded on social, human and deeply anthropoetic solidarity; to deconstruct is to
decolonize” (RODRÍGUEZ, 2019c, p. 10). And we make explicit with deconstruction that it
is also a way of decolonizing discourses in academic and scientific texts.
Accompanied by the transmethod, in the texts we must attend to an essence that is
diatopia that which “not only requires a different type of knowledge, but also a different
process of knowledge creation. It requires the creation of a collective and participatory
knowledge based on equal cognitive and emotional exchanges, knowledge as emancipation,
rather than knowledge as regulation” (SANTOS, 1998, p. 30).
Thus, to achieve the objective of deconstructing to reconstruct the production of
a
cademic and scientific texts through complex strategies, we present this article in three more
rhizomes. They are presented in the following order of writing: the rhizome of
transmethodology, in which we seek to reveal the desired transepistemological transition. We
follow the main rhizome of the article, in which we discuss complex writing strategies.
Finally, we highlight the most fundamental considerations of this writing process, with the
objective of expanding the necessary discussions about what it means to write academically
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Milagros Elena RODRÍGUEZ; Ivan FORTUNATO and José Anderson SANTOS CRUZ
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and scientifically. And to become liberating and inclusive of the human and of said
complexity of the problems without contaminations.
Transmethodic rhizome. From the writing of tradition to transmethodology
The maxim of transmodernity in the sense of its decolonial office, as Enrique Dussel
says, is to safeguard the victims of modernity; but recognizing the positive of modernity and
integrating the separate and execrated into a dialogue of knowledge. In the book "1492: The
Cover-Up of the Other", Dussel (1994) shows it masterfully. Precisely the dialogue of
knowledge also safeguards the essentials of modernity in terms of the writing of scientific
articles; but by unveiling the avoidance, he manages to integrate subjectivity, transmethods,
the sentiment of the authors that magnify the investigations and make them more complex.
Leaving then, in the first place, from how they are presented to how it is deepened and the
relevance of what is provided on the subject.
As for the methods for the inquiries, it is not a question of taking off yourself to put on
me, ever; they are transparadigmatic visions and with this leaving reductionism. We want to
say that the qualitative is intertwined with the quantitative, with the socio-critical and this
cannot be separated. The topoi created with abysmal thoughts of the West in the words of
Boaventura De Sousa. The history of humanity and scientificity can never be erased if
deconstructing and looking for the best of it, it is our interest to be able to awaken consciences
about it and the high responsibility before the planet. Withou a doubt there is a world crisis
and it belongs to humanity. And scientists and those of us who investigate have a high
responsibility in the search for different contributions that address the complexity of life.
In all
this, the transmethods: beyond the traditional methods, with them enlarging
them, making them more complex with the investigating subject; for example, the
comprehensive ecosophic and diatopic hermeneutics (RODRÍGUEZ, 2020a) takes the best of
classical hermeneutics, viewed as a way of investigating and with the ecosophy and diatopia
categories of Raimón Panikkar, Boaventura De Sousa, Rigoberto Pupo; among others. In the
case of the transmethod, the hermeneutics merged the diatopy with the ecosophy and said
hermeneutics was born, which follows the analytical, empirical, and purposeful steps of
Boaventura. What is the difference between traditional hermeneutics, which is a science and
itself when used as a method? In the first place, that the subjectivities of the investigating
subject who intervenes directly with his voice in the investigations are safeguarded, secondly,
it is going to search for complex and transdisciplinary transepistemes. Thus, transmethods
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Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 2447-3529
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also actively participate in the production of academic and scientific texts, taking traditional
methods to other places outside the paradigm that has been believed to impose how to
investigate and arrive at supposed truths excluding ways of being and living. Huge mistake in
the midst of great complexity in every sense.
We know that texts are characterized by the fact that they must have a purpose, an
audience that will read and/or review them, a language that will not always be objective. For
the pure objective does not exist without the subjective and the subjective is impregnated with
objectivity. Objectivity-subjectivity, qualitative-quantitative, local-global, abstract-concrete;
all are processes that are not separated but that the imposition of the ruling paradigm: the
simplistic imposed, they are topoi separated by the convenient impositions as well as man-
woman, white-black, South-North, East-West; among so many others who deny the complex
nature of life.
These traditional characterizations of academic texts: purposes, emphasis, objective
language, addressee, are currently highly discussed in the complex transparadigm, where the
connections that will minimize the abysmal Western thinking of these topoi tend to be
conjugated with the subjectivities of the researchers permeated with their language. And the
language itself that is not subjective is not a language as such; because language is loaded and
permeates the human being and its particularity. Let us remember Humberto Maturana, who
left us an immense legacy; developed in full modernity but escaped its precepts with
categories of excellence that would be well worth the so-called academic texts permeate:
language, subjectivity, sensitivity; among others (RODRÍGUEZ; FORTUNATO, 2021).
The sensitivity conceptualized in Humberto Maturana, a category execrated by
modernity-postmodernity-coloniality is considered as part of our subjectivities in the complex
conception of life; warning the planetary firefly, one hundred (100) years old, Edgar Morín
"any knowledge of reality that is not animated and controlled by complexity is condemned to
be mutilated and, in this sense, to lack realism" (MORIN; KERN, 1993, p. 155).
In this sense, in Humberto Maturana, sensitivity is part of the human being's cognition,
because contrary to what has been considered cognition, it is an experience rooted in desire, in
emotions, in the sensitivity and feeling of the human being that it occurs in a historical
context and is reproduced as a theory from "the uninterrupted coincidence of our existence,
our doing and our knowing" (MATURANA; VARELA, 1995, p. 25).
This being the case, writing, as always in any human activity, needs resources to fulfill
t
he purposes and reach the audience that we have the intention; taking care that since there are
publications, the audience is not decided by the writer; surely public in a high impact
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magazine or other space. But since it is available as a text, it could reach another audience.
Would we like to be understood in any case, even if it is moderately and the language is very
technical due to the specialization of the case? Of course.
It should be noted then, that “a good but poorly written article delays or can even
prevent its acceptance and publication process. This, of course, is not a complete list, because
each journal has its specific rules that must always be consulted and followed, but it can help
when we want to publish what we have done” (TORRES, 2013, p. 105). And that can happen
to those of us who do many tasks and the writing is not carefully reviewed. So, we can learn
that we should review, have another opinion, and should not be with our writings when
publishers and the database community have ties that permeate the author, and force him to
write biased if he wants to publish.
This review is not only about how we write, but about what we exclude wanting to
please the norms, the elite to look good in a banal sense to fit in with magazines, researchers,
castrating postgraduates with tax issues and a false reality.
It is commented as an anecdote that one of the transmethods was sent to a prestigious
journal, which was approved, and if communicating to the author it was modified in the titles
of the rhizomes, what the author did not investigate is that the journal was so closed that it
had to have the syndrome of Introduction, Development, Results and Conclusion. And at the
same time that he titled the article with rhizomes, the editor decided to place sections on top
of it with said titles that of course it was obvious that it had not been the author who made
such a contradiction; finally, the rhizomatic deconstruction as a transmethod travels the world
with this article and despite this it has had, for the glory of God, good comments and has been
used in several investigations. With many dislikes, and that's our first recommendation: that
no matter how many scriptural resources we have, we are always going to be adversely
affected; it is part of exercises of power, of misunderstanding, and of life itself.
In the end, a well-valued text will always get someone who values it. We consider that
the texts should be loaded with dialogues-dialectics that arouse interest and incite us to think
deeply, the high-level metacognitive development that I call the weightlifting of thought
(RODRÍGUEZ, 2020b) that coexists with transdisciplinary knowledge; that the disciplines go
further to achieve essences in learning communities that transcend what has been done so far.
It is our duty to improve every day, therefore, we share to follow some writing strategies.
Rhizome reconstruction. Complex writing strategies in the production of academic and
s
cientific texts
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To publish an academic production, we have two initial paths: to be repeaters of
traditional methods, to behave discursively in accordance with the method, what is imposed
on the system, or irreverently to go to re-link our thinking and ethically subvert ourselves to
what is convenient or not to humanity with our contribution; it is fashionable to abide; if we
do not comply, we are out. Any tepidity is to continue colonized in the cone of
modernity/postmodernity that continues to be exclusive.
Of course, there are forms and ways of thinking academically and scientifically, which
translate into different and varied ways of communicating thought through writing. What we
do as researchers and how we communicate our research is always an option; well, as the
researcher Rigoberto Lanz said: words are not neutral. Which way do we take?
As discussed in the previous rhizome, we know ourselves to be victims of the brief
formation process, but we also form communities of complex changes and contributions. We
know and enjoy the contributions built in humanity; but we also know that the crisis we are
experiencing in any sense is the crisis of humanity. Edgar Morín realizes it. Life in crisis
gives an account of it. (Re)civilization awaits deeds and investigations as well.
Writing that ignores and/or rejects human sensitivity is the preferred writing of the
crisis of humanity itself. Writing, withdrawing from the process, is the most elementary way
to alienate oneself from one's own knowledge, in addition to producing knowledge insensitive
to life. When we talk about not ignoring sensitivity in writing, we are talking about countering
the centuries-old traditional method of academic and scientific writing. But irreverence does
not mean that excellence is not promoted, that it is not promoted, that it is not encouraged; we
must go as in the Sacred Scriptures in search of excellence as in the utopia in the praxis of
Paulo Freire.
So, we go back to complex writing strategies. In the complex strategies of texts loaded
with sensitivity, the crisis of our actions, of the incompleteness of human consideration,
imperative is
think that sensitivity is an inherent part of the subject and that pedagogy
should consider it a hermeneutical key to teach about life, from an existential
teaching transmitting knowledge from a fundamentally intersubjective
process that leads to recognizing oneself as a sensitive subject, capable of
articulating worlds, or worldviews, from subjectivity, not as an artifice to
produce fictional or artifice worlds, but as an instrument for the
resignification of enunciative spaces that never cease to articulate
representation and meaning (HERNÁNDEZ CARMONA, 2014, p. 235, our
translation).
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It would be good to review and clarify, and let us get excited to know what is a
complex strategy? What is it loaded with? For this, awareness must permeate the strategies;
there is no recognition of the complexity and assumption of it if the texts are not reflected
under the awareness that "there would be a need for a planetary citizenship, a planetary civic
conscience, a planetary intellectual and scientific opinion, a planetary political opinion"
(MORÍN; KERN, 1993, p. 117). In the sense that a complex strategy requires: system,
circularity, dialogic, complex causality, interactions, (poly)relational circles and religion
(ARROYAVE, 2003; MORÍN; CIURANA; MOTTA, 2002).
So, we think that this is a very first strategy of the texts, call them academic or
whatever you want: they must be loaded with a belonging and their feeling, or at least some
researchers must deal with basic problems, in all their complexity and not with solutions
convenient to a few. This is a writing strategy worthy of being safeguarded as in many of the
texts written in essay format: the essence of life and its vicissitudes. This is because science is
not absolutely objective, concrete; but rather a human production loaded with sensations,
feelings and ideas - there is no neutrality; there is no neutrality, but subjectivity
(FORTUNATO, 2017).
From this first writing strategy others emerge and branch out. Take, for example, the
famous academic productivism, evidenced by the old phrase "publish or perish." Well, there
are many criticisms of this science model (PATRUS; DANTAS; SHIGAKI, 2015;
SGUISSARD, 2010), but the actions tend to say that productivism is more than respected,
that is, the number of publications continues to increase every day what's the matter. Thus, the
strategy that we can take from this relationship between producing knowledge and becoming
a productivist researcher is the answer to the following question: Do we have something
fundamental to write about, or are we simply looking for random data in our line of research
to achieve the objectives of items per period?
It is not uncommon to see our students, of any level, or even other university
professors expressing interest in "writing an article". This interest precedes the interest in the
subject to be investigated, its importance for the academic community and society in general.
You want to write articles because you have writing as your goal, not as a result of research
that seeks to record your results, hypotheses, ideas, etc. Thus, we name the following as a
complex strategy: let us bear in mind that the writing of an article is not the objective of the
researcher, the objective is the result of their research work.
Following this strategy, we come across an
other, which arises from the following
question: what do we do with our ideas, theories, theorems, axioms, hypotheses...? Research
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is not always carried out through controlled experiments or the collection of concrete data, but
it often produces knowledge as some connections (obvious or invisible) are perceived in the
complex web of meanings of the world. That is why we take the following strategy as valid:
writing through a text format called "essay", through which one has more freedom to express
thoughts, feelings, and expectations of the transformation and development of humanity.
Freedom, but without losing the coherence, rigor, and depth necessary to qualify knowledge,
Here, we want to specify some characterizations of the essays that are of course
academic texts as an insurrection to the modernist cogitation of the articles divided into:
Introduction, Development, Results, and Conclusions. The essay is an insurrection to
stereotyped schemes, where the form and how it is done matters more than what is
communicated. All this happens as in many cases with the use of technology, it matters more
how the instrument is used, how striking it is, the rules imposed than what is communicated
with the technologies. The deepening of a topic in any writing will never be complete, nor
finished.
The linear detail seen on academic texts is based on a rigid structure, rather the
fulfillment of a series of steps. It is good that way to talk about the depth of what is
communicated. Why do essays often communicate better what you want to say? And it is that
the essence of life, knowing the subjectivity marked in the essay frees deep knowing, beyond
the rigid structures shown for example in Rodríguez and García (2015).
And to almost conclude this rhizome on complex writing strategies, we state a strategy
most used here in this essay: rhizomes as organizational elements of writing academic and
scientific texts. A term borrowed from biology (a stem in the form of a root, which reserves
nutrients and generates new branches), becomes an important metaphor for writing that takes
complexity as a means of deciphering the world.
Thus, instead of the research aiming at the complete understanding of a single element
in its entirety, isolating it from the organicity of life, what is sought is to understand the
element in its multiple and varied connections with various other elements. One looks at what
Fritjof Capra (1999) called the "Web of Life", very different from the Cartesian
simplification. Through the rhizomes, there is always the hope that things will be explained
with rigor and depth, while doubts float in the air, generating motivation to continue
investigating.
Of course, let's not forget a complex strategy par excellence: researching and writing
unde
r transmethodics with transmethods, where one example is the rhizomatic deconstruction
that we have been using in our research and permeates us with decoloniality and
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responsibility. Other transmethods of those published are invited to investigate and magnify
their feelings and inclusions. With this, the comprehensive, ecosophic and diatopic
hermeneutics that we have been talking about and that deserves special attention.
We touch, then, the five (5) strategies shared here; far from being the only ones, there
are some that we use in our research in search of more meanings of humanity in the academic
and scientific universe: (1) the texts must be loaded with relevance; (2) the writing of an
article is not the objective of the researcher; (3) the essay is a freer format but with rigor and
depth; (4) the rhizomes organize a text without making its structure too rigid to the point of
bringing absolute truths, but relativizing knowledge, allowing to identify developments in the
complex fabric of life; and (5) investigate and write with the use of transmethods that are
complex, planetary decolonial, transdisciplinary and address the complexity of life in every
sense with thought.
Rhizome (in) conclusive. Considerations in the construction of an academic-scientific
production.
Writing is a fundamental part of academic and scientific work; after all, writing allows
research to be organized in a way that makes clear to the researcher himself the paths taken in
the research. Thus, it allows for reflections and inflections on the findings and translating
concerns into clear questions about knowledge gaps, encouraging further investigation.
Writing also allows the communication and dissemination of results (always partial
and inconclusive) both for the research community and for society in general. Without a
doubt, the texts must have communicative purpose, coherence, and cohesion. Well, it has to
integrate different levels: syntax, semantics, and pragmatics. Let them reach the reader. We
write to reach out and capture the reading; likewise, when we speak, we know that we want to
be heard not with the ear drum that hears but with the interest to continue listening and
discerning about it.
Thus, w
e return to the immersion of the complex strategies that can be elucidated
towards the texts in any of their presentations; for whoever wants and is enthusiastic about
making them unique. As much as the rules are followed; if the writing does not deepen its
feeling, it manifests with special interest and poetic charm, with pain and joy; with claws his
letters then he will be saying with ornaments and quotes, adequate norms bowing to the
traditionality, saying the same thing that everyone wants to read.
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And we have already realized that times are of crisis, pandemic, fascism, domination,
acculturation ... do we follow the traditional, the norms, the same old rules? And what result
is this if not more technological progress and more delay to humanity? This was recorded by
the writer Russell Baker, in a column for the New York Times in February 1970: "Terrible
things that are done with the excuse that progress requires it are not really progress, but
simply terrible things." (apud PETER, 1986, p. 111). Hence the outrage of Laurence Peter
(1986, p. 10) that we share because we totally agree: "How is it possible that things develop
so differently than what common sense might expect?"
That is why we do not take writing as trivial and we always try to respect the complex
strategies that we have brought to light in this text. We write about what moves us and about
the indignations of life, but we do not do it because we have a goal or because we are charged
as a goal of productive work. We continue rehearsing about education, about life, about
progress that is not progress, about the colonization of culture, mind and people.
We present our thinking through rhizomes, because life is not linear, mechanical,
objective... but it is literally a rhizome, where each part contains the whole and the whole is in
each part. And from each part arise new branches, new forms of life and so on, in a complex
way...
ACKNOWLEDGMENTS
: The first author is grateful, from the only source of wisdom: God
permeates us with his Holy Spirit, just as in the Holy Scriptures God declares “because my
thoughts are not your thoughts, nor are your ways my ways,” declares the Lord. For as the
heavens are higher than the earth, so my ways are higher than your ways, and my thoughts are
higher than your thoughts” (Isaiah 55: 8-9, our translation). Recognizing that the attainment
of wisdom is a process of profound metamorphosis: "wise in heart and robust in strength, who
has challenged him without harm?" (Job 9: 4, our translation).
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RODRÍGUEZ, M. E.; FORTUNATO, I.; SANTOS CRUZ, J. A. La lengua escrita para la
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Submitted
: 13/11/2021
Required revisions
: 26/12/2021
Approved
: 09/02/2022
Published
: 30/03/2022