image/svg+xmlA linguagem escrita para a produção de textos científico-acadêmicos na desconstrução rizomáticaRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16878 1 A LINGUAGEM ESCRITA PARA A PRODUÇÃO DE TEXTOS CIENTÍFICO-ACADÊMICOS NA DESCONSTRUÇÃO RIZOMÁTICA THE WRITTEN LANGUAGE FOR THE PRODUCTION OF SCIENTIFIC-ACADEMIC TEXTS IN RHIZOMATIC DECONSTRUCTION LA LENGUA ESCRITA PARA LA PRODUCCIÓN DE TEXTOS CIENTÍFICOS-ACADÉMICOS EN DECONSTRUCCIÓN RIZOMÁTICA Milagros Elena RODRÍGUEZ1Ivan FORTUNATO2JoséAnderson SANTOS CRUZ3RESUMO: Na presente investigação, como objetivo complexo, buscamos desconstruir a linguagem escrita para a produção de textos acadêmico-científicos, reconstruindo-a em estratégias complexas. Por meio da escrita rizomática, discutimos a decolonização do tradicionalismo da produção acadêmico-científica por meio da transmetodologia complexa. O artigo é apresentado em quatro rizomas nos quais se discute a desconstrução rizomática, a transmetodologia como avanço sobre o tradicionalismo da ciência, estratégias complexas de escrita e as contribuições dos rizomas para a produção acadêmico-científica como meio de melhor compreender a complexidade das coisas. PALAVRAS-CHAVE: Rizoma. Escrita. Transmetodologia. ABSTRACT: In the present investigation, as a complex objective, we seek to deconstruct the written language for the production of academic-scientific texts, reconstructing it in complex strategies. Through rhizomatic writing, we discuss the decolonization of the traditionalism academic-scientific production through complex transmethodology. The paper is presented in four rhizomes in which rhizomatic deconstruction is discussed, transmethodology as an advance on the traditional science complex writing strategies and the contributions of rhizomes for academic-scientific production as a means of better understanding the complexity of things. KEYWORDS: Rhizome. Writting. Transmethodology. 1Universidade de Oriente (UDO), Cumaná – Venezuela. Docente Pesquisadora Pós-Doutora Titular em regime de Dedicação Exclusiva do Departamento de Matemáticas. Pós-Doutora em Ciência da Educação (UNEFA). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0311-1705. E-mail: melenamate@hotmail.com 2Instituto Federal de São Paulo (IFSP), Itapetininga – SP – Brasil. Coordenadoria de Formação Pedagógica. Doutorado em Desenvolvimento Humano e Tecnologias (UNESP). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1870-7528. E-mail: ivanfrt@yahoo.com.br 3Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas (PECEGE) (ESALQ/USP MBAs), Piracicaba – SP – Brasil. Professor Associado. Doutor em Educação Escolar, (FCLAr/Unesp). Editor Adjunto e Executivo da RIAEE. Editor da Editora Ibero-Americana de Educação. Editor e Assessoria Técnica para periódicos. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5223-8078. E-mail: andersoncruz.unesp@gmail.com
image/svg+xmlMilagros Elena RODRÍGUEZ; Ivan FORTUNATO e José Anderson SANTOS CRUZRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16878 2 RESUMEN: En la presente investigación como objetivo complejo buscamos deconstruir la lengua escrita para la producción de textos académicos-científicos reconstruyendo en estrategias complejas. A través de la escritura rizomática, discutimos la decolonización de la producción académico-científica del tradicionalismo por medio de la transmetodología compleja. El artículo se presenta en cuatro rizomas en que se discute la desconstrución rizomática, la transmetodología como un avance sobre el tradicionalismo de la ciencia, las estratégias de escritura compleja y los aportes de los rizomas para la producción academica-científica como médio de comprender mejor la complejidad de las cuestiones. PALABRAS CLAVE: Rizoma. Escritura. Transmetodología. Rizoma de Introito. Desconstrução rizomática como transmétodo em textos acadêmicos e científicos Na presente investigação, como objetivo complexo, buscamos desconstruir a linguagem escrita para a produção de textos acadêmico-científicos, reconstruindo-a em estratégias complexas. Através da escrita rizomática discutimos a descolonização da produção acadêmico-científica do tradicionalismo através da transmetodologia complexa. Podem ser apresentados textos acadêmicos em: teses, relatórios, projetos científicos, monografias, ensaios, apresentações, parciais, trabalhos práticos, arquivos, revisões, notas de classe entre outros, e não é verdade que estes não são científicos, são sim, provenientes da ciência clássica, de acordo com o paradigma modernista-pós-moderno-colonial. Em vez disso, contradizem sua própria essência, que dita que o que é ciência é o que é feito em suas estruturas. Aqueles de nós que investigam a decolonialidade sabem que isso não é verdade. Contudo, isso não remove o rigor, a exigência, a convicção, a coerência e a profundidade em qualquer texto. Os elementos dos textos acadêmico-científicos são variáveis na medida em que dependem do nível de estudo, do paradigma metodológico e epistemológico, além, é claro, do contexto de produção e disseminação de seus resultados. Se é claro e notório que qualquer que seja a posição do pesquisador, os textos "não só têm que ser originais e fornecer novos conhecimentos científicos, mas também devemos fazer um esforço para garantir que eles estejam bem estruturados e escritos" (TORRES MORERA, 2013, p. 106). Ainda assim, devemos ser claros sob uma consciência ética sobre o que escrevemos, porque o que publicamos se torna disponível para a comunidade, que pode citar nossas declarações como verdades, o que nos deixa com uma grande responsabilidade. Por essa razão, nossa consciência libertadora e inclusiva deve estar cada vez melhor.
image/svg+xmlA linguagem escrita para a produção de textos científico-acadêmicos na desconstrução rizomáticaRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16878 3 A necessidade de uma ética que ocorra, "quando você se importa com o que acontece com o outro e com o seu comportamento; o outro como ser humano, como um ser que tem legitimidade em sua existência" (MATURANA, 2003, p. 137). É de se reconhecer que nesta fase de sentir a ética gera criatividade e criticidade, induz sabedoria com pensamento configuracional e, também, a inteligência sábia e complexa, por entender o verdadeiro escopo da espiritualidade humana e da sabedoria. É claro que, com a desconstrução das essências modernistas dos textos acadêmicos, que são textos científicos sob qualquer paradigma ou transparadigma, agora a ênfase, a linguagem subjetiva-objetiva e a responsabilidade são maiores em nós; não é essa complexidade que veio para deslegitimar a responsabilidade, a ética. As caracterizações desses textos serão carregadas com um alto nível de responsabilidade de uma essência ecosófica; considerando a arte de habitar o planeta; a responsabilidade do que fazemos e a intencionalidade com que fazemos isso. Estamos fazendo tudo isso desde o rizoma anterior com a desconstrução rizomática como transmétodo (RODRÍGUEZ, 2019a). Com a desconstrução rizomática, a linguagem escrita é inspecionada em textos acadêmico-científicos, ou seja, uma introspecção é realizada, não uma varredura na crise; e vai para uma reconstrução da linguagem escrita sob estratégias complexas. Com esse transmétodo, os autores estão sofrendo com a investigação e estão presentes com seus sentimentos e subjetividades (RODRÍGUEZ, 2019b). Com a desconstrução transmetódica, "vai-se à incisão das relações hierárquicas do poder, para a libertação da hegemonia e para a construção de uma sociedade antro-política fundada na solidariedade social, humana e profundamente antropoética; desconstruir é descolonizar" (RODRÍGUEZ, 2019c, p. 10). Logo, explicitamos com a desconstrução que é também uma forma de descolonizar discursos em textos acadêmicos e científicos. Acompanhados pelo transmétodo, devemos, nos textos, atender a uma essência que é a diatopia que "não só requer um tipo diferente de conhecimento, mas também um processo diferente de criação de conhecimento. Requer a criação de um conhecimento coletivo e participativo baseado em trocas cognitivas e emocionais iguais, conhecimento como emancipação, e não conhecimento como regulação" (SANTOS, 1998, p. 30). Assim, para alcançar o objetivo de desconstruir para reconstruir a produção de textos acadêmicos e científicos por meio de estratégias complexas, apresentamos este artigo em mais três rizomas. Eles são apresentados na seguinte ordem de escrita: o rizoma da transmetodologia, no qual buscamos revelar a transição transepistemológica desejada. Seguimos o principal rizoma do artigo, no qual discutimos estratégias complexas de escrita. Por fim, destacamos as
image/svg+xmlMilagros Elena RODRÍGUEZ; Ivan FORTUNATO e José Anderson SANTOS CRUZRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16878 4 considerações mais fundamentais desse processo de escrita, com o objetivo de ampliar as discussões necessárias sobre o que significa escrever academicamente e cientificamente. E tornar-se libertador e inclusivo do ser humano e da referida complexidade dos problemas sem contaminações. Rizoma transmetódico. Da escrita da tradição à transmetodologia A máxima da transmodernidade no sentido de seu escritório decolonial, como diz Enrique Dussel, é proteger as vítimas da modernidade; mas reconhecendo o positivo desta e integrar os separados e execrados em um diálogo de conhecimento. No livro "1492: O Encobrimento do Outro", Dussel (1994) mostra isso com maestria. Precisamente, o diálogo do conhecimento também salvaguarda o essencial da modernidade em termos de redação de artigos científicos; mas ao desvendar a evasão, ele consegue integrar a subjetividade, o sentimento dos autores que ampliam as investigações e as tornam mais complexas. Saindo então, em primeiro lugar, da forma como são apresentados à forma como é aprofundado e à relevância do que é fornecido sobre o assunto. Quanto aos métodos para as investigações, não é uma questão de tirar-se para colocar em mim, nunca; são visões transparadigmáticas e que deixam de lado o reducionismo. Queremos dizer que o qualitativo está entrelaçado com o quantitativo, com o sócio-crítico e isso não pode ser separado. Os topoicriados com pensamentos abismais do Ocidente nas palavras de Boaventura De Sousa. A história da humanidade e da ciência não pode ser apagada se desconstruir e procurar o melhor dela é nosso interesse para, assim, poder despertar consciências sobre ela e sobre a alta responsabilidade diante do planeta. Com a dúvida de que há uma crise mundial e ela pertence à humanidade. Os cientistas e aqueles de nós que investigam têm, então, uma significativa responsabilidade na busca de diferentes contribuições que abordam a complexidade da vida. Em tudo isso, os transmétodos: além dos métodos tradicionais, com eles os ampliando, tornando-os mais complexos com o sujeito investigativo; por exemplo, a hermenêutica ecosófica e diatópica abrangente (RODRÍGUEZ, 2020a) leva o melhor da hermenêutica clássica, vista como uma forma de investigar e com as categorias da ecosofia e da diatopia de Raimón Panikkar, Boaventura De Sousa, Rigoberto Pupo; entre outros. No caso do transmétodo, a hermenêutica fundiu a diatopia com a ecosofia e disso nasceu a hermenêutica, que segue os passos analíticos, empíricos e propositais de Boaventura. Qual é a diferença entre a hermenêutica tradicional, que é uma ciência e ela mesma quando usada como método? Em
image/svg+xmlA linguagem escrita para a produção de textos científico-acadêmicos na desconstrução rizomáticaRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16878 5 primeiro lugar, cabe assegurar que as subjetividades do investigado que intervém diretamente com sua voz nas investigações sejam salvaguardadas. Em segundo lugar, este movimento vai procurar transepistemes complexos e transdisciplinares. Assim, os transmétodos também participam ativamente da produção de textos acadêmicos e científicos, levando métodos tradicionais para outros lugares fora do paradigma que se acredita impor como investigar e chegar a supostas verdades, excluindo formas de ser e viver. Grande erro no meio de grande complexidade em todos os sentidos. Sabemos que os textos são caracterizados pelo fato de que devem ter um propósito, um público que vai lê-los e/ou revisá-los, uma linguagem que nem sempre será objetiva. Pois o objetivo puro não existe sem o subjetivo e o subjetivo está impregnado de objetividade. Objetividade-subjetividade, qualitativo-quantitativo, local-global, abstrato-concreto; todos são processos que não estão separados, mas que a imposição do paradigma dominante: o simplista imposto, são topoiseparados pelas convenientes imposições, bem como homem-mulher, branco-preto, Sul-Norte, Leste-Oeste; entre tantos outros que negam a natureza complexa da vida. Essas caracterizações tradicionais de textos acadêmicos: propósitos, ênfase, linguagem objetiva, endereçamento, atualmente são altamente discutidas no complexo transparadigmático, em que as conexões que minimizarão o pensamento ocidental abismal desses topoitendem a ser conjugadas com as subjetividades dos pesquisadores permeados com sua linguagem. E a linguagem em si que não é subjetiva não é uma língua como tal; porque a linguagem é carregada e permeia o ser humano e sua particularidade. Lembremo-nos de Humberto Maturana, que nos deixou um imenso legado; desenvolvido em plena modernidade, mas escapou de seus preceitos com categorias de excelência que os chamados textos acadêmicos permeiam: linguagem, subjetividade, sensibilidade; entre outros (RODRÍGUEZ; FORTUNATO, 2021). A sensibilidade conceituada em Humberto Maturana, categoria execrada pela modernidade-pós-modernidade-colonialidade é considerada como parte de nossas subjetividades na complexa concepção da vida; alertando o vagalume planetário, centésimo (100) anos de idade, Edgar Morín "qualquer conhecimento da realidade que não é animado e controlado pela complexidade está condenado a ser mutilado e, nesse sentido, tender a falta de realismo" (MORIN; KERN, 1993, p. 155). Nessa toada, em Humberto Maturana, a sensibilidade faz parte da cognição do ser humano, pois ao contrário do que tem sido considerado cognição, é uma experiência enraizada no desejo, nas emoções, na sensibilidade e no sentimento do ser humano que ocorre em um
image/svg+xmlMilagros Elena RODRÍGUEZ; Ivan FORTUNATO e José Anderson SANTOS CRUZRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16878 6 contexto histórico e é reproduzida como uma teoria a partir da "coincidência ininterrupta de nossa existência, nosso fazer e nosso conhecimento" (MATURANA; VARELA, 1995, p. 25). Sendo assim, a escrita, como sempre em qualquer atividade humana, precisa de recursos para cumprir os propósitos e alcançar o público que temos a intenção; tendo cuidado que, como existem publicações, o público não é decidido pelo escritor; certamente o público em uma revista de alto impacto ou outro espaço. Mas como está disponível como texto, pode atingir outro público. Gostaríamos de ser compreendidos em qualquer caso, mesmo que seja moderadamente e a linguagem seja muito técnica devido à especialização do caso? É claro. Deve-se notar, então, que "um artigo bom, mas mal escrito, atrasa ou pode até mesmo impedir seu processo de aceitação e publicação. Esta, é claro, não é uma lista completa, pois cada revista tem suas regras específicas que devem ser sempre consultadas e seguidas, mas pode ajudar quando queremos publicar o que fizemos" (TORRES, 2013, p. 105). E isso pode acontecer com aqueles de nós que fazem muitas tarefas e a escrita não é cuidadosamente revisada. Assim, podemos aprender que devemos rever, ter outra opinião, e não devemos estar com nossos escritos quando editores e a comunidade de banco de dados têm laços que permeiam o autor, e forçá-lo a escrever de modo tendencioso se ele quiser publicar. Esta revisão não é apenas sobre como escrevemos, mas sobre o que excluímos ao querer agradar às normas, para ficar bem em um sentido banal, para se encaixar com revistas e pesquisadores, para castrar pós-graduandos com questões fiscais e uma falsa realidade. Comenta-se como uma anedota que um dos transmétodos foi enviado para uma revista de prestígio, que foi aprovada, e se a comunicação ao autor foi modificada nos títulos dos rizomas, o que o autor não investigou é que a revista estava tão fechada que teve que ter a síndrome de Introdução, Desenvolvimento, Resultados e Conclusão. E ao mesmo tempo em que ele intitulou o artigo com rizomas, o editor decidiu colocar seções em cima dele com os referidos títulos que, naturalmente, era óbvio que não tinha sido o autor que fez tal contradição; finalmente, a desconstrução rizomática como transmétodo viaja o mundo com este artigo e, apesar disso, teve, para a glória de Deus, bons comentários e tem sido usada em várias investigações. Com muitos desgostos, e essa é a nossa primeira recomendação: que não importa quantos recursos bíblicos tenhamos, sempre seremos afetados negativamente; faz parte de exercícios de poder, de mal-entendido e da própria vida. No final, um texto bem valorizado sempre terá alguém que o valorize. Consideramos queos textos devem ser carregados de diálogos-dialéticas que despertam interesse e nos incitam a pensar profundamente, o desenvolvimento metacognitivo de alto nível que chamo de halterofilismo do pensamento (RODRÍGUEZ, 2020b) que coexiste com o conhecimento
image/svg+xmlA linguagem escrita para a produção de textos científico-acadêmicos na desconstrução rizomáticaRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16878 7 transdisciplinar; que as disciplinas vão além para alcançar essências em comunidades de aprendizagem que transcendem o que foi feito até agora. É nosso dever melhorar a cada dia, por isso, compartilhamos para seguir algumas estratégias de escrita. Reconstrução de rizoma. Estratégias complexas de escrita na produção de textos acadêmicos e científicos Para publicar uma produção acadêmica, temos dois caminhos iniciais: ser repetidores de métodos tradicionais, comportar-se discursivamente de acordo com o método, o que é imposto ao sistema, ou ir irreverentemente para redirecionar nosso pensamento e subverter-nos eticamente ao que é conveniente ou não à humanidade com a nossa contribuição; está na moda para respeitar; se não obedecermos, estamos fora. Qualquer mornidão é continuar colonizada no cone da modernidade/pós-modernidade que continua sendo exclusivo. Claro, existem múltiplas formas de pensar acadêmica e cientificamente, que se traduzem em diferentes e variadas maneiras de comunicar o pensamento através da escrita. O que fazemos como pesquisadores e como comunicamos nossa pesquisa é sempre uma opção; bem, como disse o pesquisador Rigoberto Lanz: as palavras não são neutras. Para que lado vamos? Como discutido no rizoma anterior, sabemos que somos vítimas do breve processo de formação, mas também formamos comunidades de mudanças e contribuições complexas. Conhecemos e desfrutamos das contribuições construídas na humanidade; mas também sabemos que a crise que estamos vivendo em qualquer sentido é a crise da humanidade. Edgar Morín percebe isso. A vida em crise dá conta disso. A (re)civilização também aguarda escrituras e investigações. Escrever que ignora e/ou rejeita a sensibilidade humana é a escrita preferida da própria crise da humanidade. Escrever e retirar-se do processo é a forma mais elementar de se alienar do próprio conhecimento, além de produzir conhecimento insensível à vida. Quando falamos em não ignorar a sensibilidade na escrita, estamos falando de combater o método tradicional de escrita acadêmica e científica secular. Todavia, a irreverência não significa que a excelência não seja promovida, que não seja incentivada; devemos ir como nas Escrituras Sagradas em busca da excelência como na utopia na práxis de Paulo Freire. Então, voltamos às estratégias complexas de escrita. Nas complexas estratégias de textos carregados de sensibilidade, a crise de nossas ações, da incompletude da consideração humana, é imperativo.
image/svg+xmlMilagros Elena RODRÍGUEZ; Ivan FORTUNATO e José Anderson SANTOS CRUZRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16878 8 achar que a sensibilidade é uma parte inerente ao tema e que a pedagogia deve considerá-la uma chave hermenêutica para ensinar sobre a vida, a partir de um ensino existencial transmitindo conhecimento a partir de um processo fundamentalmente intersubjetivo que leva ao reconhecimento de si mesmo como um sujeito sensível, capaz de articular mundos, ou visões de mundo, a partir da subjetividade, não como um artifício para produzir mundos fictícios ou artifícios, mas como instrumento de ressignificação de espaços enunciados que nunca deixam de articular representação e significado (HERNÁNDEZ CARMONA, 2014, p. 235, nossa tradução). Seria bom rever e esclarecer, e vamos ficar animados para saber o que é uma estratégia complexa? Com o que está relacionada? Para isso, a conscientização deve permear as estratégias; não há reconhecimento da complexidade e suposição dela se os textos não se refletirem sob a consciência de que "haveria necessidade de uma cidadania planetária, uma consciência cívica planetária, uma opinião intelectual e científica planetária, uma opinião política planetária" (MORÍN; KERN, 1993, p. 117). No sentido de que uma estratégia complexa requer: sistema, circularidade, dialógica, causalidade complexa, interações, (poli)círculos relacionais e religião (ARROYAVE, 2003; MORÍN; CIURANA; MOTTA, 2002). Então, achamos que esta é uma primeira estratégia dos textos, chamá-los de acadêmicos ou o que você quiser: eles devem estar carregados com um pertencimento e com seu sentimento, ou, pelo menos, alguns pesquisadores devem lidar com problemas básicos em toda a sua complexidade e não com soluções convenientes para poucos. Trata-se de uma estratégia de escrita digna de ser salvaguardada, como em muitos dos textos escritos em formato de ensaio: a essência da vida e suas vicissitudes. Isso ocorre porque a ciência não é absolutamente objetiva, concreta; mas sim uma produção humana carregada de sensações, sentimentos e ideias - não há neutralidade, mas subjetividade (FORTUNATO, 2017). A partir desta primeira estratégia de escrita, outras emergem e se ramificam. Tome-se, por exemplo, o famoso produtivismo acadêmico, evidenciado pela velha frase "publicar ou perecer". Bem, há muitas críticas a este modelo científico (PATRUS; DANTAS; SHIGAKI, 2015; SGUISSARD, 2010), mas as ações tendem a dizer que o produtivismo é mais do que respeitado, ou seja, o número de publicações continua aumentando a cada dia. Assim, a estratégia que podemos tirar dessa relação entre produzir conhecimento e tornar-se um pesquisador produtivista é a resposta para a seguinte pergunta: Temos algo fundamental para escrever, ou estamos simplesmente procurando dados aleatórios em nossa linha de pesquisa para alcançar os objetivos dos itens por período? Não é incomum ver nossos alunos, de qualquer nível, ou mesmo outros professores universitários expressando interesse em "escrever um artigo". Esse interesse precede o interesse
image/svg+xmlA linguagem escrita para a produção de textos científico-acadêmicos na desconstrução rizomáticaRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16878 9 pelo tema a ser investigado, sua importância para a comunidade acadêmica e a sociedade em geral. Você quer escrever artigos porque você tem a escrita como seu objetivo, não como resultado de pesquisas que buscam registrar seus resultados, hipóteses, ideias, etc. Assim, nomeamos o seguinte como uma estratégia complexa: vamos ter em mente que a redação de um artigo não é o objetivo do pesquisador, o objetivo é o resultado de seu trabalho de pesquisa. Seguindo essa estratégia, nos deparamos com outra problemática, que surge a partir da seguinte pergunta: o que fazemos com nossas ideias, teorias, teoremas, axiomas, hipóteses...? A pesquisa nem sempre é realizada através de experimentos controlados ou coleta de dados concretos, mas muitas vezes produz conhecimento à medida que algumas conexões (óbvias ou invisíveis) são percebidas na complexa teia de significados do mundo. É por isso que tomamos como válida a seguinte estratégia: escrever através de um formato de texto chamado "ensaio", através do qual se tem mais liberdade para expressar pensamentos, sentimentos e expectativas sobre a transformação e o desenvolvimento da humanidade. Liberdade, mas sem perder a coerência, o rigor e a profundidade necessários para qualificar o conhecimento. Aqui, queremos especificar algumas caracterizações dos ensaios que são, naturalmente, textos acadêmicos como uma insurreição à cogitação modernista dos artigos divididos em: Introdução, Desenvolvimento, Resultados e Conclusões. O ensaio é uma insurreição a esquemas estereotipados, onde a forma e o processo importam mais do que o que é comunicado. Tudo isso acontece, como em muitos casos, com o uso da tecnologia; importa mais como o instrumento é usado, como ele é marcante, isto é, as regras impostas, do que o que é comunicado com as tecnologias. O aprofundamento de um tema em qualquer escrita nunca será completo, nem terminado. O detalhe linear visto nos textos acadêmicos baseia-se em uma estrutura rígida, e sim no cumprimento de uma série de etapas. É bom assim falar sobre a profundidade do que é comunicado. Por que os ensaios muitas vezes comunicam melhor o que você quer dizer? E é que a essência da vida, conhecendo a subjetividade marcada no ensaio, libera o conhecimento profundo, além das estruturas rígidas mostradas, por exemplo, em Rodríguez e García (2015). E para quase concluir esse rizoma sobre estratégias complexas de escrita, afirmamos uma estratégia mais utilizada aqui neste ensaio: rizomas como elementos organizacionais da escrita de textos acadêmicos e científicos. Um termo emprestado da biologia (um caule na forma de uma raiz, que reserva nutrientes e gera novos ramos), torna-se uma metáfora importante para a escrita que toma a complexidade como um meio de decifrar o mundo. Assim, em vez da pesquisa visando a compreensão completa de um único elemento em sua totalidade, isolando-o da organicidade da vida, o que se busca é compreender o elemento
image/svg+xmlMilagros Elena RODRÍGUEZ; Ivan FORTUNATO e José Anderson SANTOS CRUZRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16878 10 em suas múltiplas e variadas conexões com vários outros elementos. Olha-se o que Fritjof Capra (1999) chamou de "Teia da Vida", muito diferente da simplificação cartesiana. Através dos rizomas, há sempre a esperança de que as coisas sejam explicadas com rigor e profundidade, enquanto as dúvidas flutuam no ar, gerando motivação para continuar investigando. Claro, não vamos esquecer uma estratégia complexa por excelência: pesquisar e escrever sob transmetódicos com transmétodos, em que um exemplo é a desconstrução rizomática que temos usado em nossa pesquisa e nos permeia com decolonialidade e responsabilidade. Outros transmétodos dos publicados são convidados a investigar e ampliar seus sentimentos e inclusões. Com isso, a hermenêutica abrangente, ecosófica e diatópica que temos falado merece atenção especial. Elencamos, então, as cinco (5) estratégias compartilhadas aqui; longe de serem os únicos, há alguns que usamos em nossa pesquisa em busca de mais significados da humanidade no universo acadêmico e científico: (1) os textos devem ser carregados com relevância; (2) a redação de um artigo não é o objetivo do pesquisador; (3) o ensaio é um formato mais livre, mas com rigor e profundidade; (4) os rizomas organizam um texto sem tornar sua estrutura muito rígida a ponto de trazer verdades absolutas, mas relativizar o conhecimento, permitindo identificar desenvolvimentos no complexo tecido da vida; e (5) investigar e escrever com o uso de transmetrias complexas, planetárias decoloniais, transdisciplinar e abordar a complexidade da vida em todos os sentidos com o pensamento. Rizoma (in) conclusivo. Considerações na construção de uma produção acadêmico-científica. A escrita é parte fundamental do trabalho acadêmico e científico; afinal, ela permite que a pesquisa seja organizada de forma que deixe claro para o próprio pesquisador os caminhos trilhados na pesquisa. Assim, permite reflexões e inflexões sobre os achados e também a tradução de preocupações em questões claras sobre lacunas de conhecimento, incentivando uma investigação mais aprofundada. A redação também permite a comunicação e a disseminação de resultados (sempre parciais e inconclusivos) tanto para a comunidade de pesquisa quanto para a sociedade em geral. Sem dúvida, os textos devem ter propósito comunicativo, coerência e coesão. Têm que integrar diferentes níveis: sintaxe, semântica e pragmática. Deixe-os chegar ao leitor. Escrevemos para alcançar e capturar a leitura; da mesma forma, quando falamos, sabemos que queremos ser
image/svg+xmlA linguagem escrita para a produção de textos científico-acadêmicos na desconstrução rizomáticaRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16878 11 ouvidos não com o tambor de ouvido que ouve, mas com o interesse de continuar ouvindo e discernindo sobre isso. Assim, voltamos à imersão das estratégias complexas que podem ser elucidadas em relação aos textos em qualquer uma de suas apresentações; para quem quer e está entusiasmado em torná-los únicos. Por mais que as regras sejam seguidas; se a escrita não aprofunda seu sentimento, manifesta-se com especial interesse e charme poético, com dor e alegria; então se estará dizendo, com ornamentos e citações, normas adequadas curvando-se à tradicionalidade, a mesma coisa que todo mundo quer ler. E já percebemos que os tempos são de crise, pandemia, fascismo, dominação, aculturação... seguimos o tradicional, as normas, as mesmas velhas regras? E que resultado é esse, se não mais progresso tecnológico e mais atraso para a humanidade? Isso foi gravado pelo escritor Russell Baker, em uma coluna para o New York Times em fevereiro de 1970: "Coisas terríveis que são feitas com a desculpa de que o progresso exige que não sejam realmente progresso, mas simplesmente coisas terríveis." (apud PETER, 1986, p. 111). Daí a indignação de Laurence Peter (1986, p. 10) que compartilhamos porque concordamos totalmente: "Como é possível que as coisas se desenvolvam de forma tão diferente do que o senso comum poderia esperar?" É por isso que não consideramos a escrita tão trivial e sempre tentamos respeitar as estratégias complexas que trouxemos à tona neste texto. Escrevemos sobre o que nos move e sobre as indignações da vida, mas não fazemos isso porque temos um objetivo ou porque somos cobrados como objetivo de trabalho produtivo. Continuamos ensaiando sobre educação, sobre a vida, sobre o progresso que não é progresso, sobre a colonização da cultura, da mente e das pessoas. Apresentamos nosso pensamento através de rizomas, porque a vida não é linear, mecânica, objetiva..., mas é literalmente um rizoma, onde cada parte contém o todo e o todo está em cada parte. E de cada parte surgem novos ramos, novas formas de vida e assim por diante, de uma forma complexa... AGRADECIMENTOS:O primeiro autor é grato, da única fonte de sabedoria: Deus nos permeia com seu Espírito Santo, assim como nas Escrituras Sagradas Deus declara "porque meus pensamentos não são seus pensamentos, nem seus caminhos meus caminhos", declara o Senhor. Pois como os céus são mais altos que a terra, meus caminhos são mais altos do que seus caminhos, e meus pensamentos são mais altos que seus pensamentos" (Isaías 55: 8-9, nossa
image/svg+xmlMilagros Elena RODRÍGUEZ; Ivan FORTUNATO e José Anderson SANTOS CRUZRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16878 12 tradução). Reconhecendo que a realização da sabedoria é um processo de profunda metamorfose: "sábio no coração e robusto em força, quem o desafiou sem danos?" (Jó 9: 4, nossa tradução). REFERÊNCIAS ARROYAVE, D. La revolución pedagógica precedida por la revolución del pensamiento: un encuentro entre el pensamiento moriniano y la pedagogía. In:ARROYAVE, D. (org.). Manual de iniciación pedagógica al pensamiento complejo. Ecuador: Publicaciones UNESCO, 2003. CAPRA, F. A teia da vida:uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. São Paulo: Cultrix, 1999 DUSSEL, E. 1492: El encubrimiento del otro: hacia el origen del mito de la modernidad. La Paz: UMSA, 1994. FORTUNATO, I. Cientificamente comprovado (?): Reflexões sobre o conhecimento científico. Holos, Natal, ano 33, v. 2, p. 436-441, 2017. Disponível em: https://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/view/4354. Acesso em: 13 mar. 2021. HERNÁNDEZ, B. A. R.; GARCÍA, L. B. V. Escritura de textos académicos: dificultades experimentadas por escritores noveles y sugerencias de apoyo. CPU-e, Revista de Investigación Educativa, v. 20, n. 1, p. 249-265, 2015. Disponível em: https://cpue.uv.mx/index.php/cpue/article/view/1332. Acesso em: 20 jun. 2021. HERNÁNDEZ CARMONA, L. J. La pedagogía de la sensibilidad y los acercamientos al sujeto descentrado. Educere,Mérida, v. 18, n. 60, p. 229-236, 2014. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/356/35631743012.pdf. Acesso em: 14 ago. 2020. MATURANA, H. Desde La Biología a la Psicología. Buenos Aires: Lumen, 2003. MATURANA, H.; VARELA, F. De máquinas y seres vivos. Santiago de Chile: Editorial Universitaria, 1995. MORIN, E.; CIURANA, E.; MOTTA, R. Educar en la era planetaria:El pensamiento complejo como método de aprendizaje en el error y la humana. Bogotá: UNESCO, 2002. MORIN, E.; KERN, A. Tierra Patria.Barcelona: Kairós, 1993. PATRUS, R.; DANTAS, D. C.; SHIGAKI, H. B. O produtivismo acadêmico e seus impactos na pós-graduação stricto sensu: Uma ameaça à solidariedade entre pares? Cad. EBAPE.BR, v. 13, n. 1, artigo 1, p. 1-15, 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cebape/a/HL7xXqvSVnf43TjFfQ4NVwt/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 20 set. 2021. PETER, L. J. A pirâmide de Peter. Rio de Janeiro: Editora Record, 1986.
image/svg+xmlA linguagem escrita para a produção de textos científico-acadêmicos na desconstrução rizomáticaRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16878 13 RODRÍGUEZ, M. E. Re-ligar como práctica emergente del pensamiento filosófico transmoderno. ORINOCO Pensamiento y Praxis, v. 7, n. 11, p. 13-30, 2019a. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/7798409.pdf. Acesso em: 15 nov. 2021. RODRÍGUEZ, M. E. Cohabitando con el conocimiento transdisciplinar: Estrategias para la convivencia de los saberes. Investigación Educativa Duranguense, Durango, v. 11, n. 19, p. 5-15, 2019b. Disponível em: http://www.upd.edu.mx/PDF/Revistas/InvestigacionEducativaDuranguense19.pdf. Acesso em: 02 jan. 2021. RODRÍGUEZ, M. E. Deconstrucción: Un transmétodo rizomático transcomplejo en la transmodernidad. Sinergias educativas, v. 4, n. 2, p.1-13, 2019c. Disponível em: http://portal.amelica.org/ameli/jatsRepo/382/3821582003/html/index.html. Acesso em: 27 dez. 2020. RODRÍGUEZ, M. E. La hermenéutica comprensiva, ecosófica y diatópica: Un transmétodo rizomático en la transmodernidad. Perspectivas Metodológicas, v. 20, e17-04,p. 1-15, 2020a. Disponível em: http://revistas.unla.edu.ar/epistemologia/article/view/2829. Acesso em: 12 fev. 2021. RODRÍGUEZ, M. E. La halterofilia del cerebro como esencia del re-ligar del pensamiento en la educación. Revista Internacional de Formação de Professores, v. 6, e021003, p. 1-22, 2020b. Disponível em: https://periodicoscientificos.itp.ifsp.edu.br/index.php/rifp/article/download/324/118/921. Acesso em: 5 maio 2021. RODRIGUEZ, M. E.; FORTUNATO, I. Humberto Maturana e a humanidade na formação de professores: Contribuições para um sentipensar na educação. Temas em educação e saúde Araraquara, v.17, e021020, p. 1-9, 2021. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/tes/article/view/15601. Acesso em: 11 ago. 2021. SANTOS, B. S. Por una concepción multicultural de los derechos humanos. Ciudad de México: Universidad nacional Autónoma de México, 1998. SGUISSARDI, V. Produtivismo acadêmico. In: OLIVEIRA, D. A.; DUARTE, A.; VIEIRA, L. (org.). Dicionário de trabalho, profissão e condição docente. Belo Horizonte: EdUFMG, 2010. TORRES MORERA, L. M. Errores comunes que se producen en la escritura de los artículos científicos. Rev Soc Esp Dolor,v.20, n. 3, p; 105-106, 2013. Disponível em: https://medes.com/publication/83788. Acesso em: 21 nov. 2020.
image/svg+xmlMilagros Elena RODRÍGUEZ; Ivan FORTUNATO e José Anderson SANTOS CRUZRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16878 14 Como referenciar este artigo RODRÍGUEZ, M. E.; FORTUNATO, I.; SANTOS CRUZ, J. A. A linguagem escrita para a produção de textos científico-acadêmicos na desconstrução rizomática. Rev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2447-3529. DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16878 Submetido em: 13/11/2021 Revisões requeridas em: 26/12/2021 Aprovado em: 09/02/2022 Publicado em: 30/03/2022
image/svg+xmlLa lengua escrita para la producción de textos científicos-académicos en deconstrucción rizomáticaRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, enero/dic. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16878 1 LA LENGUA ESCRITA PARA LA PRODUCCIÓN DE TEXTOS CIENTÍFICOS-ACADÉMICOS EN DECONSTRUCCIÓN RIZOMÁTICA A LINGUAGEM ESCRITA PARA A PRODUÇÃO DE TEXTOS CIENTÍFICO-ACADÊMICOS NA DESCONSTRUÇÃO RIZOMÁTICA THE WRITTEN LANGUAGE FOR THE PRODUCTION OF SCIENTIFIC-ACADEMIC TEXTS IN RHIZOMATIC DECONSTRUCTION Milagros Elena RODRÍGUEZ1Ivan FORTUNATO2José Anderson SANTOS CRUZ3RESUMEN: En la presente investigación como objetivo complejo buscamos deconstruir la lengua escrita para la producción de textos académicos-científicos reconstruyendo en estrategias complejas. A través de la escritura rizomática, discutimos la decolonización de la producción académico-científica del tradicionalismo por medio de la transmetodología compleja. El artículo se presenta en cuatro rizomas en que se discute la desconstrución rizomática, la transmetodología como un avance sobre el tradicionalismo de la ciencia, las estratégias de escritura compleja y los aportes de los rizomas para la producción academica-científica como médio de comprender mejor la complejidad de las cuestiones. PALABRAS CLAVE: Rizoma. Escritura. Transmetodología. RESUMO:Na presente investigação, como objetivo complexo, buscamos desconstruir a linguagem escrita para a produção de textos acadêmico-científicos, reconstruindo-a em estratégias complexas. Por meio da escrita rizomática, discutimos a decolonização do tradicionalismo da produção acadêmico-científica por meio da transmetodologia complexa. O artigo é apresentado em quatro rizomas nos quais se discute a desconstrução rizomática, a transmetodologia como avanço sobre o tradicionalismo da ciência, estratégias complexas de escrita e as contribuições dos rizomas para a produção acadêmico-científica como meio de melhor compreender a complexidade das coisas. PALAVRAS-CHAVE: Rizoma. Escrita. Transmetodologia. 1Universidad de Oriente (UDO), Cumaná – Venezuela. Docente Investigadora Postdoctoral Titular a Dedicación Exclusiva del Departamento de Matemáticas. Postdoctora en Ciencias de la Educación (UNEFA). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0311-1705. E-mail: melenamate@hotmail.com 2Instituto Federal de São Paulo (IFSP), Itapetininga – SP – Brasil. Coordinación de la formación pedagógica. Doctorado en Desarrollo Humano y Tecnologías (UNESP). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1870-7528. E-mail: ivanfrt@yahoo.com.br 3Programa de Formación Continua en Economía y Gestión Empresarial (PECEGE) (ESALQ/USP MBAs), Piracicaba – SP – Brasil. Profesor asociado. Doctorado en Educación Escolar, (FCLAr/Unesp). Adjunto y editor ejecutivo de la RIAEE. Editor de la Editora Ibero-Americana de Educação. Editor y asesor técnico de revistas. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5223-8078. E-mail: andersoncruz.unesp@gmail.com
image/svg+xmlMilagros Elena RODRÍGUEZ; Ivan FORTUNATO e José Anderson SANTOS CRUZ Rev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, enero/dic. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16878 2 ABSTRACT: In the present investigation, as a complex objective, we seek to deconstruct the written language for the production of academic-scientific texts, reconstructing it in complex strategies. Through rhizomatic writing, we discuss the decolonization of the traditionalism academic-scientific production through complex transmethodology. The paper is presented in four rhizomes in which rhizomatic deconstruction is discussed, transmethodology as an advance on the traditional science complex writing strategies and the contributions of rhizomes for academic-scientific production as a means of better understanding the complexity of things. KEYWORDS:Rhizome. Writting. Transmethodology. Rizoma Introito. La deconstrucción rizomática como transmétodo en los textos académicos y científicos En la presente investigación como objetivo complejo buscamos deconstruir la lengua escrita para la producción de textos académicos-científicos reconstruyendo en estrategias complejas. A través de la escritura rizomática discutimos la decolonización de la producción académico-científica del tradicionalismo por medio de la transmetodología compleja. Los textos académicos se pueden presentar en: tesis, informes, proyectos científicos, monografías, ensayos, ponencias, los parciales, trabajos prácticos, fichas, reseñas, apuntes de clases entre otras, y que no es cierto que estos no sean científicos, lo son, pues viniendo de la ciencia clásica, según el paradigma modernista-postmodernista-colonial lo son. Sino, contradicen su propia esencia, que dicta que lo que es ciencia es lo que se realiza en sus marcos. Sabemos los que investigamos en decolonialidad que ello no es cierto. Pero que esto no quita rigurosidad, exigencia, convencimiento, coherencia y profundidad en cualquier texto. Los elementos de los textos académicos-científicos son variables en tanto depende del nivel de estudio, del paradigma metodológico y epistemológico, además, por supuesto, del contexto de producción y difusión de sus resultados. Si es claro y notorio que cualquiera sea la postura del investigador los textos “no solo tienen que ser originales y aportar nuevos conocimientos científicos, sino que debemos esforzarnos en que estén bien estructurados y redactados” (TORRES MORERA, 2013, p. 106). Todavía, debemos de estar claro bajo una conciencia ética lo que escribimos, porque lo que publicamos pasa a estar disponible para la comunidad, que puede citar nuestras declaraciones como verdades, lo que nos deja con una gran responsabilidad. Y por ello, nuestra conciencia liberadora e inclusiva deber ser cada día más fina y de delicado calibre. La necesidad de una ética que ocurre, “cuando te importa lo que le pasa al otro con tu conducta; al otro como ser humano, como un ser que tiene legitimidad en su existencia” (MATURANA, 2003, p. 137). Es de reconocer que en este estadio de sentir la ética genera
image/svg+xmlLa lengua escrita para la producción de textos científicos-académicos en deconstrucción rizomáticaRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, enero/dic. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16878 3 creatividad, criticidad, induce a una sabiduría con un pensamiento configuracional, sabio e inteligencia compleja, al comprender el verdadero alcance de la espiritualidad humana y la sabiduría. Desde luego, con la deconstrucción de las esencias modernistas de los textos académicos, que son textos científicos bajo cualquier paradigma o transparadigma, ahora propósitos, énfasis, lenguaje subjetivo-objetivo, destinatario la responsabilidad es mayor en quienes trabajamos en ello; no es que la complejidad llego a deslegitimar la responsabilidad, la ética; no. Las caracterizaciones de dichos textos van a ser y estar cargadas de un alto nivel de responsabilidad de esencia ecosófica; si el arte de habitar en el planeta; la responsabilidad de los que hacemos y la intencionalidad con que lo hacemos. Todo ello lo vamos realizando desde el rizoma anterior con la deconstrucción rizomática como transmétodo (RODRÍGUEZ, 2019a). Con la deconstrucción rizomática se inspecciona la lengua escrita en los textos académicos-científicos, es decir realiza una introspección, no un barrido en la crisis; y va a una reconstrucción de la lengua escrita bajo estrategias complejas. Con dicho transmétodo los autores son dolientes de la indagación y están presentes con su sentipensar y subjetividades (RODRÍGUEZ, 2019b). Con la deconstrucción transmetódica, se “va a la incisión de las relaciones jerárquicas del poder, para la liberación de la hegemonía y la construcción de una sociedad antropolítica cimentada en la solidaridad social, humana y profundamente antropoética; deconstruir es descolonizar” (RODRÍGUEZ, 2019c, p. 10). Y dejamos explicitado con la deconstrucción que es también una forma de decolonizar los discursos en los textos académicos y científicos. Acompañado del transmétodo, en los textos debemos atender a una esencia que es la diatopía aquella que “no sólo requiere un tipo de conocimiento diferente, sino también un proceso diferente de creación de conocimiento. Requiere la creación de un saber colectivo y participativo basado en intercambios cognitivos y emotivos iguales, un conocimiento como emancipación, más que un conocimiento como regulación” (SANTOS, 1998, p. 30). Así, para lograr el objetivo de deconstruir para reconstruir la producción de textos académicos y científicos a través de estrategias complejas presentamos este artículo en tres rizomas más. Se presentan en el siguiente orden de escritura: el rizoma de la transmetodología, en el que buscamos revelar la deseada transición transepistemológica. Seguimos el rizoma principal del artículo, en el que discutimos estrategias de escritura complejas. Finalmente, destacamos las consideraciones más fundamentales de este proceso de escritura, con el único objetivo de ampliar las discusiones necesarias sobre lo que significa escribir académica y
image/svg+xmlMilagros Elena RODRÍGUEZ; Ivan FORTUNATO e José Anderson SANTOS CRUZ Rev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, enero/dic. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16878 4 científicamente. Y llegar a ser liberadores e inclusivos de lo humano y de dicha complejidad de los problemas sin contapisas. Rizoma transmetódico. De la escritura de la tradición a la transmetodología La máxima de la transmodernidad en el sentido de su oficio decolonial, como dice Enrique Dussel es salvaguardar las víctimas de la modernidad; pero reconociendo lo positivo de la modernidad e integrando en un dialogo de saberes lo separado y execrado. En el libro “1492: El encubrimiento del Otro”, Dussel (1994) lo muestra magistralmente. Justamente el dialogo de saberes salvaguardar también lo esencial de la modernidad en cuanto a la redacción de artículos científicos; pero al develar la soslayación logra integrar la subjetividad, los transmétodos, el sentipensar de los autores que engrandecen las investigaciones y las complejizan. Dejando entonces, en primer lugar, de cómo se presentan a como se profundiza y la pertinencia de lo que se aporta en la temática. En cuanto a los métodos para las indagaciones no se trata de un quítate tú para ponerme yo, jamás; son visiones transparadigmáticas y con esto dejando el reduccionismo. Queremos decir que lo cualitativo esta imbricado con lo cuantitativo, con lo sociocrítico y ello no se puede separar. Los topoicreados con pensamientos abismales de Occidente en palabras de Boaventura De Sousa. La historia de la humanidad y la cientificidad jamás se puede borrar si deconstruir y buscar lo mejor de ella, es nuestro interés poder despertar conciencias al respecto y la alta responsabilidad ante el planeta. Pus, sin duda hay una crisis mundial y es de la humanidad. Y los científicos y quienes investigamos tenemos una alta responsabilidad en la búsqueda de aportes diferentes que atiendan la complejidad de la vida. De la misma manera que tenemos un aporte a la crisis de alguna manera tenemos que buscar salidas para nos quedarnos en ella. En todo esto los transmétodos: más allá de los métodos tradicionales, con ellos engrandeciéndolos, complejizándolos con el sujeto investigador; por ejemplo la hermenéutica comprensiva ecosófica y diatópica (RODRÍGUEZ, 2020a) toma lo mejor de la hermenéutica clásica, visionada como manera de indagar y con las categorías ecosofía y diatopía de Raimón Panikkar, Boaventura De Sousa, Rigoberto Pupo; entre otros. En el caso del transmétodo la hermenéutica se fucsiono la diatopia con la ecosofía y nace dicha hermenéutica que sigue los pasos analíticos, empíricos y propositivos de Boaventura. ¿Cuál la diferencia con la hermenéutica tradicional, que es una ciencia y se usa como método? En primer lugar, que se salvaguarda a las subjetividades del sujeto investigador que interviene directamente con su voz en las indagaciones, en segundo lugar, se va a la búsqueda de transepistemes complejos y
image/svg+xmlLa lengua escrita para la producción de textos científicos-académicos en deconstrucción rizomáticaRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, enero/dic. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16878 5 transdisciplinares. Así, los transmétodos también participan activamente en la producción de textos académicos y científicos, llevando los métodos tradicionales a otros lugares fuera del paradigma que se ha creído rey para imponer como investigar y llegar a supuestas verdades excluyendo formas de ser y vivir. Error inmenso en medio de la gran complejidad en todo sentido. Sabemos que los textos se caracterizan por que deben tener un propósito, una audiencia que los va a leer y/o a revisar, un lenguaje que no siempre será objetivo. Pues lo objetivo puro no existe sin lo subjetivo y lo subjetivo se impregna de objetividad. Objetividad-subjetividad, cualitativo-cuantitativo, local-global, abstracto-concreto; todos son procesos que no se separan pero que la imposición del paradigma rey: el simplista impuso, son topoi separados por las imposiciones convenientes así como hombre-mujer, blanco-negro, Sur-Norte, Oriente-Occidente; entre tantos otros que niegan la naturaleza compleja de la vida. Estas caracterizaciones tradicionales de los textos académicos: propósitos, énfasis, lenguaje objetivo, destinatario es muy discutida actualmente en el transparadigma complejo, en donde las conexiones que van a minimizar el pensamiento abismal de Occidente de esos topoise propende conjugarlas con las subjetividades de los actores investigadores permeadas de su linguaje. Y el lenguaje por sí mismo que no es subjetivo no es un lenguaje como tal; pues lenguaje se carga y permea del ser humano y su particularidad. Recordemos a Humberto Maturana, quien nos dejó un legado inmenso; desarrollado en plena modernidad pero escapado de sus preceptos con categorías de excelencias que bien valdría la pena que los denominados textos académicos se permeen: el lenguaje, la subjetividad, la sensibilidad; entre otras (RODRÍGUEZ; FORTUNATO, 2021). La sensibilidad conceptualizada en Humberto Maturana, categoría execrada por la modernidad-postmodernidad-colonialidad es considerada como parte de nuestras subjetividades en la concepción compleja de la vida; advirtiendo la luciérnaga planetaria, cien (100) años de nacido, Edgar Morín “cualquier conocimiento de la realidad que no está animado y controlado por la complejidad está condenado a ser mutilado y, en este sentido, a carecer de realismo” (MORIN; KERN, 1993, p. 155). En este sentido, en Humberto Maturana la sensibilidad forma parte de la cognición del ser humano, porque contrario a lo que se venía considerando la cognición, es una experiencia arraigada en el deseo, en las emociones, a la sensibilidad y sentipensar del ser humano que se produce en un contexto histórico y se reproduce como teoría desde “la ininterrumpida coincidencia de nuestra existencia, nuestro hacer y nuestro saber” (MATURANA; VARELA, 1995, p. 25).
image/svg+xmlMilagros Elena RODRÍGUEZ; Ivan FORTUNATO e José Anderson SANTOS CRUZ Rev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, enero/dic. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16878 6 Siendo así, la escritura, como siempre en cualquier actividad humana necesita recursos para cumplir las finalidades y llegar a la audiencia que tenemos la intencionalidad; teniendo cuidado que al existir las publicaciones la audiencia no la decide quien escribe; seguramente público en una revista del alto impacto o otro espacio. Pero al estar como texto disponible pudiera llegar a otra audiencia. ¿Quisiéramos ser comprendidos en todo caso, aunque sea medianamente y el lenguaje es muy técnico por la especialización del caso? Desde luego que sí. Es de hacer notar entonces, que “un artículo bueno pero mal escrito retrasa o incluso puede impedir la aceptación y el proceso de publicación del mismo. Esto, por supuesto, no es una lista completa, porque cada revista tiene sus normas específicas que siempre hay que consultar y seguir, pero puede servir de ayuda cuando queremos publicar lo que hemos hecho” (TORRES, 2013, p. 105). Y eso nos puede pasar a los que hacemos muchas tareas y no se revisa detenidamente el escrito. Así podemos aprender que debemos revisar, tener otra opinión y no debemos estar con nuestros escritos cuando los editores y la comunidad de base datos tienen atadaduras que permean hasta el autor, y le obligan a escribir sesgado si quiere publicar. Esta revisión no es sólo de cómo escribimos, sino de lo que excluimos queriendo complacer a las normas, a la élite para quedar bien en un sentido banal para encuadrarse con revistas, investigadores, postgrados castradores con impuestos temas y una falsa realidad. Se comenta como anécdota que uno de los transmétodos se envió a una prestigiosa revista, que fue aprobado y si comunicarle a la autora se modificó en los titulosde de los rizomas, lo que la autora no investigo es que la revista era tan cerrada que tenía que tener el síndrome de Introducción, desarrollo, resultados y conclusión. Y al mismo tiempo que titulaba el artículo con rizomas, el editor decidió colocarle encima de ello secciones con dichos títulos que desde luego se notaba que no había sido la autora quien realizo tal contradicción; al fin la deconstrucción rizomática como transmétodo recorre el mundo con dicho artículo y pese a ello ha tenido, para la gloria de Dios buenos comentario y se ha usado en varias investigaciones. Con muchas aversiones, y esa es nuestra primera recomendación: que por muchos recursos escriturales que tengamos siempre vamos a ser adversados; forma parte de ejercicios de poder, de incomprensión y de la vida misma. Al fin, un texto bien valorado siempre conseguirá quien lo valore. Consideramos que los textos deben estar cargados de diálogos-dialécticos que despierten el interés y nos inciten al pensar profundo, el desarrollo metacognitivo de alto nivel al que denomino la halterofilia del pensamiento (RODRÍGUEZ, 2020b) que cohabite con el conocimiento transdisciplinar; que con las disciplinas se vaya más allá a conseguir en comunidades de aprendizaje esencias que
image/svg+xmlLa lengua escrita para la producción de textos científicos-académicos en deconstrucción rizomáticaRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, enero/dic. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16878 7 trasciendan lo hecho hasta ahora. Es nuestro deber mejorar cada día, por lo tanto, compartimos a seguir algunas estrategias de escritura. Rizoma reconstrucción. Estrategias complejas de escritura en la producción de textos académicos y científicos Para publicar una producción académica tenemos dos caminos iniciales: ser repetidores de los métodos tradicionales, comportarnos discursivamente de acuerdo con el método, lo impuesto en el sistema, o irreverentemente ir a re-ligar nuestro pensamiento y éticamente subvertirnos a lo que conviene o no a la humanidad con nuestro aporte; está de moda el acatar; si no acatamos estamos fuera. Cualquier tibieza es seguir colonizados en el cono de la modernidad, la postmodernidad que sigue siendo excluyente. Por supuesto que existen formas y formas de pensar académica y científicamente, que se traducen en diferentes y variadas formas de comunicar el pensamiento a través de la escritura. Lo que hacemos como investigadores y cómo comunicamos nuestra investigación es siempre una opción; pues como decía el investigador Rigoberto Lanz: las palabras no son neutras. ¿Qué camino tomamos?Como se discutió en el rizoma anterior, nos sabemos victimas del proceso escueto de formación, pero también conformamos comunidades de cambios y aportes complejos. Sabemos y disfrutamos de los aportes construidos en la humanidad; pero también sabemos que la crisis que vivimos en cualquier sentido es la crisis de la humanidad. Edgar Morín da cuenta de ello. La vida en crisis da cuenta de ello. La recivilización espera en las escrituras e investigaciones también. La escritura que ignora y/o rechaza la sensibilidad humana es la escritura preferida de la crisis de la humanidad misma. Escribir, apartarse del proceso, es la forma más elemental de alienarse del propio conocimiento, además de producir conocimientos insensibles a la vida. Cuando hablamos de no ignorar la sensibilidad en la escritura, estamos hablando de contrarrestar el centenário método tradicional de escritura académica y científica. Pero la irreverencia no significa que no se vaya a la excelencia, que no se promueva, que no se incentive; debemos ir como en la Sagradas Escrituras en búsqueda de la excelencia como en la utopía en la praxis de Paulo Freire. Así que volvemos a las complejas estrategias de escritura. En las estrategias complejas de los textos cargadas de sensibilidad la crisis de nuestras acciones, de la incompletitud de la consideración humana, imperativo es
image/svg+xmlMilagros Elena RODRÍGUEZ; Ivan FORTUNATO e José Anderson SANTOS CRUZ Rev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, enero/dic. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16878 8 pensar que la sensibilidad es parte consustancial del sujeto y que la pedagogía lo debe considerar una clave hermenéutica para enseñar en torno a la vida, a partir de una enseñanza existencial transmitir los conocimientos desde un proceso fundamentalmente intersubjetivo que conlleve a reconocerse como sujeto sensible, capaz de articular mundos, o visiones de mundo, a partir de la subjetividad, no como un artificio para producir mundos de ficción o artificio, sino como un instrumento de resignificación de espacios enunciativos que nunca dejan de articular representación y sentido (HERNÁNDEZ CARMONA, 2014, p. 235). Sería bueno revisar y dilucidar, y nos entusiasmemos en saber ¿qué es una estrategia compleja?, ¿de qué está cargada?Para ello, la concientización debe permear las estrategias; no hay reconocimiento de la complejidad asunción de ello si los textos no se plasman bajo la concientización que “habría necesidad de una ciudadanía planetaria, de una conciencia cívica planetaria, de una la opinión intelectual y científica planetaria, de una opinión política planetaria” (MORIN; KERN, 1993, p. 117). En el sentido que una estrategia compleja requiere: sistema, circularidad, dialógica, causalidad compleja, interacciones, círculos polirrelacionales y religación (ARROYAVE, 2003; MORIN; CIURANA; MOTTA, 2002). Entonces pensamos que esa es una primerísima estrategia de los textos llámense académicos o como se quiera: deben estar cargados de una pertenencia y de su sentipensrar,o por lo menos algunos investigadores deben ocuparse de los problemas de primera necesidad, en toda su complejidad y no con soluciones conveniente a unos pocos. He ahí una estrategia de escritura digna de ser salvaguardada como en muchos de los textos escritos con formato de ensayos: la esencia de la vida y sus avatares. Esto se debe a que la ciencia no es absolutamente objetiva, concreta; sino, más bien, una producción humana cargada de sensaciones, sentimientos e ideas – no hay neutralidade, no hay neutralidad, sino subjetividad (FORTUNATO, 2017). De esta primera estrategia de escritura surgen y se ramifican otras. Tomemos, por ejemplo, el famoso productivismo académico, evidenciado por la antigua frase “publicar o perecer”. Pues bien, hay muchas críticas a este modelo de ciência (PATRUS; DANTAS; SHIGAKI, 2015; SGUISSARDI, 2010), pero las acciones tienden a decir que el productivismo es más que respetado, es decir, el número de publicaciones sigue aumentando cada día que pasa. Así, la estrategia que podemos tomar de esta relación entre producir conocimiento y convertirse en investigador productivista es la respuesta para la siguiente duda: ¿Tenemos algo fundamental sobre lo que escribir, o simplemente estamos buscando datos aleatorios en nuestra línea de investigación para alcanzar los objetivos de los artículos por período?
image/svg+xmlLa lengua escrita para la producción de textos científicos-académicos en deconstrucción rizomáticaRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, enero/dic. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16878 9 No es raro ver a nuestros estudiantes, de cualquier nivel, o incluso a otros profesores universitarios expresando interés en "escribir un artículo". Este interés antecede al interés por el tema a investigar, su importancia para la comunidad académica y la sociedad en general. Quieres escribir artículos porque tienes la escritura como objetivo, no como resultado de una investigación que busca registrar tus resultados, hipótesis, ideas, etc. Así, nombramos como estrategia compleja la siguiente: tengamos en cuenta que la redacción de un artículo no es el objetivo del investigador, el objetivo es el resultado de su trabajo de investigación.Siguiendo esta estrategia, nos topamos con otra, que surge de la siguiente pregunta: ¿qué hacemos con nuestras ideas, teorías, teoremas, axiomas, hipótesis...?La investigación no siempre se lleva a cabo mediante experimentos controlados o la recopilación de datos concretos, pero a menudo producen conocimiento a medida que se perciben algunas conexiones (evidentes o invisibles) en la compleja red de significados del mundo. Por eso tomamos como válida la siguiente estrategia: escribir a través de un formato de texto que se llama “ensayo”, a través del cual uno tiene más libertad para expresar los pensamientos, sentimientos y expectativas de la transformación y el desarrollo de la humanidad. Libertad, pero sin perder la coherencia, el rigor y la profundidad necesarios para calificar el conocimiento, yendo más allá de las observaciones prosaicas sobre los fenómenos. Aqui, queremos precisar algunas caracterizaciones de los ensayos que desde luego son textos académicos como insurrección a la cogitación modernista de los artículos divididos en: Introducción, desarrollo, resultados y conclusiones. Es el ensayo un insurrección a los esquemas estereotipados, donde la forma y el cómo se hace importa más que el que se comunica. Todo ello pasa al igual que en muchos casos con el uso de la tecnología, importa más como se usa el instrumento, lo llamativo de él, las normas impuestas que lo que se comunica con las tecnologías. La profundización de un tema en cualquier escrito no estará completa jamás, ni acabada El detalle lineal visto sobre los textos académicos estriba en una estructura rígida, más bien la forma el cumplimiento de una serie de pasos. Es bueno así hablar de la profundidad de lo que se comunica. ¿Por qué los ensayos muchas veces comunican mejor lo que se quiere decir?Y es que la esencia de vida, el conocer la subjetividad marcada en el ensayo libera el conocer profundo, más allá de estructuras rígidas mostradas por ejemplo en Rodríguez e García (2015). Y para casi concluir este rizoma sobre estrategias de escritura complejas, declaramos una estrategia más utilizada aquí en este ensayo: los rizomas como elementos de organización de la escritura de textos académicos y científicos. Un término tomado de la biologia (un tallo
image/svg+xmlMilagros Elena RODRÍGUEZ; Ivan FORTUNATO e José Anderson SANTOS CRUZ Rev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, enero/dic. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16878 10 en forma de raíz, que reserva nutrientes y genera nuevas ramas), se convierte en una metáfora importante para la escritura que toma la complejidad como un medio para descifrar el mundo. Así, en lugar de que la investigación tenga como objetivo la comprensión completa de un solo elemento en su totalidad, aislándolo de la organicidad de la vida, lo que se busca es comprender el elemento en sus múltiples y variadas conexiones con varios otros elementos. Uno mira lo que Fritjof Capra (1999) llamó la “Trama de la Vida” (The Web of Life), muy diferente de la simplificación cartesiana. A través de los rizomas, siempre existe la esperanza de que las cosas se expliquen con rigor y profundidad, mientras las dudas flotan en el aire, generando motivación para seguir investigando. Desde luego, no nos olvidemos de una estrategia compleja por excelencia: investigar y escribir bajo transmetódicas con los transmétodos, donde un ejemplos ello es la deconstrucción rizomática que venimos usando en nuestra investigación y nos permea de decolonialidad y responsabilidad. Otros transmetódos de los publicados se invitan a investigar y engrandecer de su sentipensar e inclusiones. Con ello la hermenéutica comprensiva, ecosófica y diatópica de la que hemos venido hablando y que merece especial atención. Tocamos, entonces, las cinco (5) estrategias aquí compartidas; lejos de ser los únicos, son algunos que utilizamos en nuestra investigación en busca de más significados de humanidad en el universo académico y científico: (1) los textos deben estar cargados de una pertinência, (2) la redacción de un artículo no es el objetivo del investigador, (3) el ensayo es un formato más libre pero com rigor y profundidad, (4) los rizomas organizan um texto sin hacer su estructura demasiado rígida hasta el punto de traer verdades absolutas, pero de relativizar el conocimiento, permitiendo identificar desarrollos en la compleja trama de la vida y (5) investigar y escribir con el uso de los transmétodos que son complejos, decoloniales planetarios, transdisciplinares y atienden la complejidad de la vida en todo sentido con el sentipensar. Rizoma (in)conclusivo. Consideraciones en la construcción de una producción académica-científica. La escritura es parte fundamental del trabajo académico y científico; después de todo, la escritura permite que la investigación se organice de una manera que aclare al investigador mismo los caminos tomados en la investigación. Por lo tanto, permite reflexiones e inflexiones sobre los hallazgos y traducir las inquietudes en preguntas claras sobre las lagunas de conocimiento, lo que fomenta la investigación adicional.
image/svg+xmlLa lengua escrita para la producción de textos científicos-académicos en deconstrucción rizomáticaRev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022034, enero/dic. 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.16878 11 La escritura también permite la comunicación y difusión de resultados (siempre parciales y no concluyentes) tanto para la comunidad investigadora como para la sociedad en general. Sin duda, los textos deben tener finalidad comunicativa, la coherencia y la cohesión. Pues se ha de integrar diferentes niveles: la sintaxis, la semántica y la pragmática. Que lleguen al lector. Escribimos para llegar y capturar la lectura; al igual cuando hablamos sabemos que queremos ser escuchados no con el tímpano que oye sino con el interés para seguir escuchando y discernir al respecto. Así regresamos a la inmersión de las estrategias complejas que pueden dilucidarse hacia los textos en cualquiera de sus presentaciones; para quien quiera y se entusiasme por particularizarlas a ellos. Por mucho que se cumplan las normas; si el escrito no profundiza su sentir, manifiesta con especial interés y encanto poético, con dolor y alegría; con garras sus letras entonces estará diciendo con adornos y citas, normas adecuadas doblegándose a la tradicionalidad, diciendo lo mismo que todos quieren leer. Y ya nos hemos dado cuenta de que los tiempos son de crisis, pandemia, fascismo, dominación, aculturación ... ¿seguimos lo tradicional, las normas, las mismas reglas de siempre?¿Y qué resultado es este sino más progreso tecnológico y más retraso a la humanidad? Así lo registró el escritor Russell Baker, en una columna para el periódico New York Times, en febrero de 1970: “Las cosas terribles que se hacen con la excusa de que el progreso lo requiere no son realmente un progreso, sino simplemente cosas terribles” (apud