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Transitividade do simbolismo estável da poesia Adigue (trabalhos de A. Keshokov)
Rev. EntreLínguas,
Araraquara, v. 8, n. esp. 1, e022017, mar. 2022. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8iesp.1.16928 1
TRANSITIVIDADE DO SIMBOLISMO ESTÁVEL DA POESIA ADIGUE
(TRABALHOS DE A. KESHOKOV)
TRANSITIVITY OF STABLE SYMBOLISM OF ADYGHE POETRY
(WORKS OF A. KESHOKOV)
TRANSITIVIDAD DEL SIMBOLISMO ESTABLE DE LA POESÍA ADYGHE
(OBRAS DE A. KESHOKOV)
Asiyat Ruslanovna BOROVA
1
Khamisha Tarkanovich TIMIZHEV
2
Naima Borisovna BOZIEVA
3
Mar'yam Khazhidautovna KHUL'CHAEVA
4
Marina Vladimirovna BITOKOVA
5
RESUMO
:
O objetivo do artigo é analisar as traduções do poeta cabardiano do ponto de vista
da preservação de informações de substrato em textos estrangeiros. A abordagem principal para
o estudo deste problema é o estudo da semântica do arquétipo étnico de natureza constitucional
geral e a consideração de exemplos concretos que comprovam que os motivos transversais do
pensamento cabardiano nacional, formado com base em padrões éticos e ideais específicos do
pessoas, não são levados em consideração nas traduções. A principal conclusão a que os autores
chegam é que a adequação das interpretações em língua estrangeira de obras poéticas deve
basear-se não apenas em notas de rodapé profundas e detalhadas, mas, antes de tudo, em um
estudo profundo das práticas de vida do grupo étnico, especialmente aqueles que moldaram
diretamente as normas comportamentais das pessoas no passado e continuam a manter seu
significado hoje.
PALAVRAS-CHAVE
:
Poesia norte-caucasiana (Kabardiana). Autenticidade. Imagem
nacional do mundo. Interpretação cultural estrangeira. Símbolo.
RESUMEN
:
El propósito del artículo es analizar las traducciones del poeta kabardiano desde
el punto de vista de la preservación de la información del sustrato en textos extranjeros. El
enfoque principal para el estudio de este problema es el estudio de la semántica del arquetipo
étnico de naturaleza constitucional general y la consideración de ejemplos concretos que
prueban que los motivos transversales del pensamiento nacional kabardiano, formados en base
a estándares éticos e ideales específicos de la personas, no se tienen en cuenta en las
1
Universidade Estadual Kabardino-Balkarian em homenagem ao H.M. Berbekov (KBSU), Nalchik – Rússia.
Professor. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0079-6956. E-mail: assbora@mail.ru
2
Universidade Estadual Kabardino-Balkarian em homenagem ao H.M. Berbekov (KBSU), Nalchik – Rússia.
Professor. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6776-8004. E-mail: timizhev.ha@mail.ru
3
Universidade Estadual Kabardino-Balkarian em homenagem ao H.M. Berbekov (KBSU), Nalchik – Rússia.
Professor Associado. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0767-2825. E-mail: naimabozieva@mail.ru
4
Universidade Estadual Kabardino-B
alkarian em homenagem ao H.M. Berbekov (KBSU), Nalchik – Rússia.
Professor Associado. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-9871-8202. E-mail: mariam.li.18@yandex.ru
5
Universidade Estadual Kabardino-Balkarian em homenagem ao H.M. Berbekov (KBSU), Nalchik – Rússia.
Professor Associado. O
RCID: https://orcid.org/0000-0001-6928-3115. E-mail: mariebitok@gmail.com
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Asiyat Ruslanovna BOROVA; Khamisha Tarkanovich TIMIZHEV; Naima Borisovna BOZIEVA; Mar'yam Khazhidautovna KHUL'CHAEVA
and Marina Vladimirovna BITOKOVA
Rev. EntreLínguas,
Araraquara, v. 8, n. esp. 1, e022017, mar. 2022. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8iesp.1.16928
2
traducciones. La principal conclusión a la que llegan los autores es que la adecuación de las
interpretaciones en lengua extranjera de obras poéticas debe basarse no sólo en notas a pie de
página profundas y detalladas sino, ante todo, en un estudio profundo de las prácticas de vida
de la etnia, especialmente aquellos que dieron forma directa a las normas de comportamiento
de las personas en el pasado y continúan conservando su importancia en la actualidad.
PALABRAS CLAVE
:
Poesía norcaucásica (Kabardiana). Autenticidad. Imagen nacional del
mundo. Interpretación cultural extranjera. Símbolo.
ABSTRACT
:
The purpose of the article – is to analyze the translations of the Kabardian poet
from the point of view of the preservation of substrate information in foreign texts. The leading
approach to the study of this problem is the study of the ethnic archetype semantics of a general
constitutional nature and the consideration of concrete examples proving that the cross-cutting
motives of national Kabardian thinking, formed based on specific ethical standards and ideals
of the people, are not taken into account in translations. The main conclusion that the authors
come to is that the adequacy of foreign-language interpretations of poetic works should be
based not only on profound and detailed footnotes but, first of all, on a deep study of the life
practices of the ethnic group, especially those that directly shaped the behavioral norms of the
people in the past and continue to retain their significance today.
KEYWORDS
: North caucasian (
Kabardian) poetry. Authenticity. National image of the world.
Foreign cultural interpretation. Symbol.
Introdução
A interpretação estrangeiro-cultural das obras dos poetas do Cáucaso do Norte, apesar
de muitos dos mais brilhantes e altamente profissionais intérpretes, cujo trabalho esteve
intimamente associado à região nos anos 60 - 70 do século passado, deixa muitas questões
abertas. E, claro, o principal deles é a completude semântica e a exatidão das transcrições,
embora não haja dúvida sobre a consistência estética e artística dos textos de Grebnev, Lipkin,
Kozlovsky (FEDOROV, 2002), e outros mestres da escola de tradução soviética.
Os praticantes da tradução poética na era soviética permaneceram dentro dos limites das
a
bordagens pré-revolucionárias devido à impressão da originalidade dos métodos de
interpretação russos, inicialmente focados na tradução livre do texto original. Sua essência é
melhor expressa pela famosa fórmula de Zhukovsky: "Um intérprete em prosa é um escravo;
um intérprete em verso é um rival" (ZHUKOVSKY, 1901, p. 833). Deve-se levar em conta que
o pensamento literário russo foi um dos primeiros a formar a consciência de que um texto
artístico deve preservar sua especificidade étnica quando traduzido da língua original. Os
autores russos, que até o final do primeiro trimestre do século XIX se sentiam elementos de um
sistema cultural periférico, não podiam ignorar as questões da identidade nacional e da
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Transitividade do simbolismo estável da poesia Adigue (trabalhos de A. Keshokov)
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Araraquara, v. 8, n. esp. 1, e022017, mar. 2022. e-ISSN: 2447-3529
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autenticidade das obras. A.S. Pushkin foi um dos primeiros na Rússia e na Europa a registrar e
saudar a saída da "tradução correcional", justamente acreditando que o significado estético de
um texto literário depende em grande parte da preservação de sua "própria espécie" e "roupas
folclóricas" (PUSHKIN, 1949, p. 137).
Esta pergunta não poderia deixar de preocupar os autores russos, pois em sua
compreensão do destino da cultura nacional desde a época de Pedro I e Catarina II, eles não
tinham perspectivas inequívocas e claras, e esta circunstância foi sentida bastante relevante por
Derzhavin (1872). Além disso, a preservação e o desenvolvimento da literatura russa em suas
formas autênticas foi entendido pelos autores como a mais antiga criação possível de
mecanismos fundamentais para a integração do espaço estético étnico ao pan-europeu. Assim,
o conteúdo nacional da obra poética foi visto pelos autores russos no estilo, na apresentação de
formas peculiares de protótipos nacionais. De qualquer forma, a definição de Pushkin – "esta
estranha virada retórica" (PUSHKIN, 1838, p. 216), caracterizando as figuras estáveis do
Alcorão, claramente remontando à experiência de vida direta dos árabes – é bastante inequívoca
e eloquente. Pushkin não estava preocupado com a transferência de informações recreativas
arquetípicas dessas expressões. Ele estava interessado em seu exotismo e nas possibilidades de
rotulagem cultural estrangeira do texto, e, mais importante – na aceitabilidade e na
acessibilidade das informações relevantes contidas neles para o leitor russo, bem como o mais
amplo – o europeu –. Tratava-se de criar uma ampla gama de representação poética e expressão
compatível com análogos europeus (BOROVA, 2021).
A seleção e formação de unidades de linguagem poética em condições de influência
significativa de outra cultura não foi um ato de inspiração, por exemplo, A.S. Pushkin,
entendendo claramente a insuficiência de certos setores da informação, exige sua reposição
proposital com léxicos autológicos russos no contexto do aparato conceitual da língua francesa:
"Algum dia devo dizer em voz alta que a língua metafísica russa ainda está em um estado
selvagem." Pushkin expressa-se muito claramente sobre as traduções do francês, tomando como
norma desejável a posição quando "os galicismos das palavras, sintáticos ou materiais, são
excluídos" e "os galicismos de conceitos, especulativos, são permitidos, porque já são
europeísmos" (VINOGRADOV, 1935, p. 239).
Falando em Galicismos "
sintáticos", Pushkin significava lexemas usados no discurso
cotidiano que tinham destinatários semânticos no ambiente real. Em geral, a atitude do grande
poeta russo às estruturas conceituais é mais claramente expressa não por si mesmo: nas
primeiras décadas do século anterior, as reais necessidades evolutivas da fala nacional forçaram
os escritores várias vezes a mudar suas opiniões sobre a nocividade e utilidade das barbáries.
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Asiyat Ruslanovna BOROVA; Khamisha Tarkanovich TIMIZHEV; Naima Borisovna BOZIEVA; Mar'yam Khazhidautovna KHUL'CHAEVA
and Marina Vladimirovna BITOKOVA
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Apenas uma distância temporária nos permitiu abstrair das flutuações aleatórias do pensamento
público russo neste assunto e expressar uma opinião mais ou menos integral:
[...] A luta contra a assimilação mecânica das peculiaridades da semântica
francesa não acarretou, como consequência inevitável, a negação das formas
estruturais da própria fala francesa. [...] Em [...] a organização estilística da
língua literária francesa, segundo Pushkin, as razões de sua força e fraqueza
estavam escondidas. A força estava na transparência e precisão das
expressões, no sistema desenvolvido de conceitos abstratos (VINOGRADOV,
1935, p. 239).
Finalmente, dentro dos limites da tradição literária clássica russa, um sistema de
tradução adequada de textos literários para línguas europeias (e quaisquer outras) foi totalmente
formado, porém, em geral, o horizonte de informações mais baixo deste sistema não se estendeu
além dos níveis denotativos da apercepção. A semântica de níveis mais profundos de
representações arquetípicas, espaciais, temporais e recreativas permaneceu além da apercepção
do intérprete, o que, estritamente falando, determina a metodologia de nossa pesquisa neste
artigo.
Métodos
A estrutura metodológica da pesquisa remonta não tanto às teorias e estudos literários,
como às disposições da história, filosofia, sociologia, etnografia e psicologia formuladas nas
obras de Foucault, Jung, Heidegger, Langle, Persons, Dawkins, Jaspers, e alguns outros
cientistas e filósofos. Nossa abordagem baseia-se na análise do texto poético, levando em conta
suas estruturas e modelos de informação estáveis de sua interação, a gênese e formação das
quais ocorrem na consciência nacional coletiva - arquétipos, mímicos culturais, emblemas e
símbolos, imperativos morais. Os esquemas de análise das informações do substrato dos textos
são desenvolvimentos originais do autor, ou vêm de alguns estudos específicos: "Família,
socialização e processo de interação" (PARSONS; BALES, 1955), "Pessoa. Teoria existencial-
analítica da personalidade" (LANGLE, 2005), "Gene Egoísta" (DAWKINS, 1978), "Ser e
Tempo" (HEIDEGGER, 2003), "Arquétipo e Símbolo" (JUNG, 1991), "Palavras e coisas.
Arqueologia das Humanidades" (FOUCAULT, 1966), "Linguagem//Filosofia da Linguagem e
Semiótica" (JASPERS, 1995).
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Transitividade do simbolismo estável da poesia Adigue (trabalhos de A. Keshokov)
Rev. EntreLínguas,
Araraquara, v. 8, n. esp. 1, e022017, mar. 2022. e-ISSN: 2447-3529
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Resultados e discussões
A teoria e a prática da tradução são um objeto de interesse de longa data tanto para
críticos literários, poetas e escritores de prosa. Como já mencionado, A.S. Pushkin mostrou
sério interesse neste assunto e lançou as bases para uma compreensão moderna das funções e
conteúdo da tradução. No entanto, com o surgimento de uma nova comunidade de tipos de
literatura do povo da URSS, descobriu-se que os métodos, a ontologia e as ferramentas da
tradução tradicional "russa" não são totalmente funcionais quando se trata da tradução de textos
literários de autores pertencentes aos chamados sistemas "recém-escritos" da literatura. Houve
uma situação em que a compreensão das questões teóricas estava visivelmente atrasada por trás
da prática real. Aconteceu, em primeiro lugar, porque a consciência dos autores, por exemplo,
do Cáucaso Norte, preservou completamente o conteúdo da informação relativa não apenas aos
tempos de etiqueta de classe ritual e normas altamente especializadas da moralidade militar,
mas foi exclusivamente afixada ao espaço do mito e dos
Epos
nacionais. O ensino soviético
sobre tradução estava interessado principalmente na "tecnologia" da transcrição entre línguas,
adaptada ao sistema existente. Priorizou-se as áreas de pesquisa científica que atribuíram os
momentos de comunhão de comutação de diferentes culturas e línguas. Portanto, mesmo na
presença de obras profundas e sutis sobre as peculiaridades do léxico (SHCHERBA, 1936, p.
129-142), sintático (CHUKOVSKY, 1941), até mesmo gramatical (STOLYAROV, 1939)
tradução de textos, e generalização de obras complexas (FEDOROV, 2002), questões de
interpretação cultural estrangeira de componentes semânticos de obras, transitividade que
estava em dúvida, permaneceram fora da área de interesse dos cientistas. Esta tentativa de
analisar a natureza das informações substratos dos poemas de Keshokov é um dos primeiros
exemplos desse tipo; sobre os trabalhos dos autores do Cáucaso do Norte e, em particular, dos
autores cabardianos (Adyghe), é, sem dúvida, o primeiro. Por muito tempo, a situação com
traduções de poetas caucasianos do Norte foi determinada pelo fato de que, embora o caminho
para correspondências semânticas ao campo apercepetivo russo para tipos recém-escritos de
literatura começou na década de 30 do século passado, a influência residual da tradição
estabelecida no século XIX fez da esfera da representação poética denotativa o setor preferido
da tradução. Para ser mais preciso, é a área de expressões simbólicas e poéticas "comuns",
construídas não mesmo por poetas nacionais, mas por autores russos ao longo dos séculos XIX
- XX. Aquelas obras cujas imagens foram inicialmente baseadas em universais estéticos deste
tipo mantêm sua semântica na maior extensão das versões russa e inglesa:
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Asiyat Ruslanovna BOROVA; Khamisha Tarkanovich TIMIZHEV; Naima Borisovna BOZIEVA; Mar'yam Khazhidautovna KHUL'CHAEVA
and Marina Vladimirovna BITOKOVA
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Poka zhivyom – na zemle (ne dolzhna) propast' chest'. ZHivyot chelovek v
mire slovom i hlebom
Tot, ch'i stihi dohodyat do serdca, I dolzhen ot prazdnogo gula vdali imeet
pravo na svoe slovo. Poet obladat' nezavisimym nebom,
Kto seet nam hleb – ne (dolzhen byt') lishen A pahar' – hot' malym nadelom
zemli.
svoej pashni,
(On) zerno vybiraet i otdaet tem, u kogo ego net. Kol' slovo drevnej ostal'nogo
na svete, I hleb vekovechen pod zhyoltoj lunoj,
U togo, kto delaet dobro, vsegda mnogo chesti. Lyuboj zemlepashec pred
polem v otvete,
Tot, ch'ej dushoj ovladelo lishnee (nepravednoe), Lyuboj stihotvorec – pred
celoj stranoj.
budet nakazan za svoyu nespravedlivost'. (KESHOKOV, 1982, p. 285).
Esli tebe dostalas' pashnya – bud' veren
vspahannoj toboj zemle.
Traduzido por Ya . Kozlovsky
Esli poet imeet pravo na slovo,
na nego nadeetsya ego zemlya (rodina) (KESHOKOV, 2004, p. 397).
Além de mudanças ideologicamente determinadas em certas nuances semânticas do
poema e a "retirada" de duas linhas do segundo verso, Ya. Kozlovsky nesta tradução preservou
quase completamente a semântica e a modalidade do original. No entanto, dada uma certa
conotação religiosa e mística dessas linhas marcadas, sua remoção também pode muito bem ser
explicada pela pressão de fatores extraliterários. A versão em inglês da obra também é o mais
adequada possível:
O mundo do homem é das palavras e do pão. Mir cheloveka – edinstvo (est')
slova i hleba.
O poeta, evita a alegria ociosa, Poeta, izbegayushchij prazdnogo vesel'ya,
Precisa de céu sem limites. Nuzhdaetsya v svobodnom nebe nad golovoj.
O lavrador precisa de um complô da terra. Pahar' nuzhdaetsya v uchastke
zemli.
A habilidade mais antiga da humanidade é o discurso Drevnejshee iskusstvo
cheloveka – eto rech'
E o pão está sempre em demanda. I hleb vsegda v sprose (bol'shom).
O lavrador responde ao seu campo, Pahar' otvechaet za svoyo pole,
O poeta – a sua terra natal. Poeta – za svoyu rodnuyu zemlyu (KESHOKOV,
1981, p. 231).
A única discrepância conceitualmente significativa entre o protótipo cabardiano e as
traduções é que Keshokov não sente a diferença de status entre um fazendeiro e um poeta,
enquanto Y. Kozlovsky e W. May enfatizam a posição social do poeta, a escala de sua
responsabilidade.
Na maioria de suas obras, A. Keshokov não se limitou a idiomáticas poéticas
c
ondicionais do tipo mediador, e a presença de arquétipos étnicos em seus textos imediatamente
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Transitividade do simbolismo estável da poesia Adigue (trabalhos de A. Keshokov)
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DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8iesp.1.16928 7
levanta a questão da correspondência significativa das traduções para os originais. Ao mesmo
tempo, não há comentários deste tipo sobre interpretações de língua russa e de língua inglesa.
As transcrições em inglês de Keshokov são completamente adequadas em comparação com
seus protótipos russos - os conjuntos dos objetos mencionados indicam que as versões em inglês
dos poemas do poeta cabardiano foram escritas principalmente a partir de traduções russas: de
forma alguma coincidindo com os originais, eles são muito precisos em transmitir a estrutura
expressiva das traduções russas:
A cor da alegria tem sido branca há muito tempo,
Como a flor de cerejeira na primavera.
E as cristas de Elbrus, e a altura irregular de Kazbek
Luz pura, branco impecável, para nos trazer.
O sino ecoa sobre minha querida clareira nativa
Para as andorinhas com seios brancos piscando.
No casamento, a noiva, toda de branco,
Está festejando entre convidados alegres[...] (KESHOKOV, 1981, p. 37).
Um reduto literal da versão em inglês mostra sua identidade completa do Ya. Versão de
Kozlovsky:
Cvet radosti vo vse veka (epohi) byl belyj, Cvet radosti belym schitalsya ot
veka,
Kak vishnyovyj cvet vesnoj. Kak veshchij chereshnevyj cvet,
I greben' El'brusa, i zubchataya vershina Kazbeka S vershiny El'brusa i
grebnya Kazbeka
CHistyj svet, bezuprechno belyj, nam dostavlyayut. Techyot nezapyatnannyj
svet.
Zvuki kolokol'chika nad dorogimi rodnymi polyanami - Zvenit kolokol'chik
nad otchim predelom,
(V) Lastochke s beloj sverkayushchej grud'yu. U lastochki v beloj grudi,
Vyhodyashchaya zamuzh nevesta, vsya v belom odeyanii, Na svad'be nevesta
piruet vsya v belom
Prazdnuet sredi vesyolyh gostej... (KESHOKOV, 1969, p. 21) Vesyolyh
gostej posredi... (KESHOKOV, 1982, p. 224).
E a mesma diferença indubitável com a fonte. Não é exagero dizer que a semelhança
entre a versão cabardiana (primária) e a final em inglês é bastante aproximada – o poema
dificilmente é reconhecível:
Idya navstrechu schastlivoj radosti,
Odevayut belosnezhnuyu burku.
Vote El'brus ili Kazbek
Odety contra Snezhnye Burki.
Esli nastupaet samaya temnaya noch',
– Ona ne lishena belogo siyaniya zvezdy,..
(Belym) okazyvayut peito ' vsadniku,
Osedlavshemu Konya.
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Asiyat Ruslanovna BOROVA; Khamisha Tarkanovich TIMIZHEV; Naima Borisovna BOZIEVA; Mar'yam Khazhidautovna KHUL'CHAEVA
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Araraquara, v. 8, n. esp. 1, e022017, mar. 2022. e-ISSN: 2447-3529
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Esli sitec ne budet belym.
Sama nevesta nedovol'na,
S nastupleniem vesny ni polya, ni ogorody
Ne cvetut bez belogo (KESHOKOV, 1969, p. 21).
É indiscutível que as habilidades de tradução de Walter May foram desperdiçadas neste
caso. A peça do poeta inglês sobre a consonância de "alegre" em seus dois significados ("cereja"
e "alegre"), talvez, trouxe algo à semântica da cor branca proposta por Keshokov, mas a própria
aparência de uma árvore florescente no texto é uma óbvia arbitrariedade artística de Kozlovsky.
E, claro, a "noiva festejando entre os convidados" na foto apresentada por este último não
coincide e não pode coincidir em nenhum dos segmentos emotivos, éticos e estéticos com a
imagem que Keshokov tinha em mente. Nesse sentido, a tradução em inglês é ainda mais
aceitável – a noiva Adyghe, na compreensão de maio, pelo menos vagamente "celebra entre os
convidados", e não "festas".
Vamos repetir: Aparentemente, muitas das traduções de Keshokov para o inglês foram
feitas a partir de textos russos. A maioria deles são transcrições completas desses protótipos
"secundários", demonstrando não apenas uma adesão exata à fonte, mas até mesmo uma
divulgação mais completa e esteticamente perfeita dos modelos líricos construídos por Ya.
Kozlovsky – nos permitimos limitar-nos aos textos deste tradutor:
Duas lâminas pertencentes a uma única adaga. Dva lezviya slivayutsya
(dlyatsya) v edinom kinzhale.
Afaste-se, para trás. Juntos, na fase, na espinha k. Vmeste delaya svoj oblik,
Um inimigo, um risco, um único perigo, Odin vrag (u nih), odin risk, edinaya
opasnost'
E compartilhar entre eles triunfo e desgraça. Eu dolya mezh nimi - triumf ili
pozor.
Por aqueles que sabiam os segredos do comércio, Lish' tem, kto znal tajny
remesla –
Tão costume governado, só os punhais feitos; Po obychayu – edinstvennyj,
kto delal kinzhal;
Um homem pode aprendê-los apenas de seu pai Muzhchina mog uznat' eto u
otca,
E ensiná-los ao filho dele e a nenhum outro. Eu nauchit 'etomu svoego syna i
nikogo drugogo.
O código da adaga não era um código escravizador; Zakon kinzhala - ne zakon
raba;
Seu voto não poderia ser quebrado, isso é certo. Ego obet ne mozhet
byt'narushen, esli on dan.
E ainda assim suas lâminas podem suportar manchas escuras: uma cortina. Eu
eshche ego lezviya mogut nosit'tyomnoe pyatno:
Selou a estrada remota e tortuosa do passado. Klejmo davno projdennoj i
izvilistoj dorogi.
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Transitividade do simbolismo estável da poesia Adigue (trabalhos de A. Keshokov)
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A adaga, quando com o tempo foi aperfeiçoada, Kinzhal, ostavshijsya vo
vremeni sovershennym,
Ajudou os homens a alcançar metas boas e más, Pomogal dobit'sya bozh'ej i
d'yavol'skoj celi,
E, usado pelo senhor e pelo plebeu, refletido eu, ispol'zuemyj bondom ili
obshchinnikom, otrazhaet
A base e os movimentos elevados da alma... Nizkoe ili vysokoe dvizhenie
dushi... (KESHOKOV, 2004, p. 33).
Comparando o texto de May com o original de Keshokov e a tradução de Ya Kozlovsky
vemos que o intérprete inglês, talvez, nem sequer estava familiarizado com a fonte e foi
completamente guiado pela versão russa, que ele, tendo completamente preservado a semântica,
sem dúvida melhorou, apesar da habilidade reconhecida do poeta soviético:
U odnogo kinzhala lezviya (dva) ne odinakovy: Dva lezviya kinzhala odnogo,
Odno bolee ostroe, drugoe tupoe, Oni spinoj obrashcheny droga k drugu.
Não, chto por ne sovershil kinzhal - I mezh soboyu delyat ottogo
Vina lezhit odinakovo na oboih lezviyah. Odin pozor ili odnu zaslugu.
Meu perenosim bezgranichnye trudnosti: Kovat' kinzhaly poluchal prava
Izdavna kinzhal delayut Lish' tot, kto oruzhejnikom rodilsya
Perezhivaya ne o svad'bah – I posvyashchen byl v tajnu masterstva, –
Malo li u nego neterpelivyh (vladel'cev)? V gorah obychaj etot sohranilsya.
Komu dostalas' rana ot kinzhala... Kinzhalu dan harakter ne raba,
Dumaesh', em zasluzhenno prolil krov'? Oboih lezvij klyatva nerushima,
Tot, u kogo bezvremenno pogib rodstvennik, No kto zaverit, chto
nepogreshima
Votação – do sih por derzhit traur. V vekah kinzhala tajnaya sud'ba?
Kogda kinzhal byl u carya, Dostigshij sovershennogo oblich'ya,On valil
vsekh, kto popadalsya na glaza. V ruke prostolyudina i pasha
Esli upryamyj natachivaet kinzhal, On otrazhal dushevnoe velich'e
Em ne blestit – (tak kak vladelec) hochet plohogo. Il'nizkoe padenie dushi.
Dva lezviya kinzhala derzhat'sya droga za druga, CHest' ne dvulika. Eu ne raz,
byvalo,
Eu schast'e oboih odinakovo. Kinzhal nadyozhno zashchishchal eyo.
Esli on (vladelec) byl umen i zashchishchal dobro, Ne potomu l' dva lezviya
kinzhala
Dobro i dlya nego sobirayut (dazhe) po krupicam. Edinoe slivaet ostriyo.
Podobno dvum lezviyam kinzhala, Mercaet stal' holodnaya surovo,
(Ya ne dayu) ne raskhodyatsya moi slova i chuvstva. Eu ya zhelayu bolee
vsego,
Ya odarivayu lyudej dobrom, Chtoby slivalis' istina i slovo,
Ya udelyayu vnimanie chelovecheskim mechtam. Kak lezviya kinzhala
odnogo.
(KESHOKOV, 2004, p. 228; KESHOKOV, 1982, p. 222).
Traduzido por Kozlovsky, que foi o principal autor russo que trabalhou com os textos
de A. Keshokov, demonstra um dos tipos de interpretação artística livre. Mas, sendo bastante
aceitável para o leitor que não conhece a semântica do protótipo de obra, ele, em princípio, nos
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apresenta um poema escrito: "baseado" no "Dagger" (Punhal), que absolutamente não leva em
conta o cronótopo lírico do poeta cabardiano.
O imperativo evolutivo e criativo da poesia de Keshokov em todas as fases é o desejo
de reflexão localizado em um espaço virtual claramente definido, no ambiente de uma ilusão
confiável. Ao atingir o nível necessário de habilidades de escrita, prefere um contínuo com as
características da realidade física mesmo fora das construções tipológicas expressas. Uma
expressão natural desse tipo de percepção será uma descrição "real", "materializada" dos
objetos.
Nós já nos referimos a este poema de Keshokov e afirmamos que, Ya. Kozlovsky
conseguiu transmitir a plenitude sensorial da adaga. No entanto, no segundo verso Kozlovsky
entra na esfera da moral e ética do objeto, por razões que não estão claras à primeira vista,
introduzindo na obra tanto "um armeiro nato", quanto "o costume de fazer uma adaga", e "o
segredo da habilidade". Nada disso está no original.
As dificuldades de percepção e a criação de uma sequência integral de imagens
perceptuais começam com o Ya. Kozlovsky desde a primeira apresentação da adaga como um
objeto isolado saturado com associatividade externa. Ele define a aparência da adaga, mas esta
é a personificação visível da lâmina- um símbolo que não é realizado na realidade. E, portanto,
a tradução é baseada na injeção adicional de denotações, expressões poéticas e universais de
qualidade conceitual.
Enquanto isso, a única razão para esses desvios semânticos é uma compreensão
incorreta do primeiro verso. O intérprete russo foi guiado por punhais replicados na zona de
fronteira, que representavam objetos isolados generalizados, todos os semânticos dos quais
estão localizados na zona de significados culturais universais. A adaga de Keshokov, esculpida
neste poema, é completamente real, no primeiro verso o poeta não nos aponta apenas um detalhe
particular de sua aparência (KAZHAROVA, 2014) – ele define o ambiente temporário e social
da "adaga", e sua definição inevitavelmente tira o objeto da esfera das expressões
convencionais.
"As lâminas (duas) de uma adaga não são as mesmas// Uma é mais nítida / a outra é
c
ontundente" não é uma imagem poética abstrata. Keshokov está falando sobre a chamada
"adaga negra" ("kama fytse"), cujos proprietários na vida cotidiana não eram principalmente
baluartes cabardianos, mas camponeses. Sendo muito maior do que seu parente aristocrático,
"kame fytse" foi usado não apenas em lutas, mas também no trabalho doméstico, e um lado
dele não foi aguçado tão bem quanto o lado de combate. Assim, Keshokov identifica totalmente
um objeto em tempo e espaço étnicos reais com um detalhe, ele descreve com precisão sua
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aparência com uma característica – se as armas Wark poderiam ser muito diferentes em
acabamento e tamanho, então os "punhais pretos" eram praticamente os mesmos.
Consequentemente, para um leitor étnico, mencionar a diferença no afiação das lâminas foi
equivalente a uma descrição direta de uma grande alça de chifre, metal escuro, bainha de couro
sem guarnição de prata, e assim por diante.
Como entendemos, neste caso podemos falar sobre a realização do objeto descrito em
vários campos culturais e de informação – a adaga de Keshokov está ligada ao ambiente real da
existência nacional cabardiana, a lâmina de Kozlovsky é movida para o campo das associações
culturais. Tal realocação inevitavelmente afeta a natureza da percepção do espaço: o nacional
tem especificidade perceptiva, como para o duplicado, podemos dizer que é completamente
condicional e não tem qualidade comunicativa, os objetos do texto traduzido estão interligados
apenas no nível de expressão denotativa. Deste ponto de vista, a expressão "as lâminas
pertencentes" por Walter May é muito mais informativa e, pelo menos, define os parâmetros do
contínuo virtual: as lâminas do poeta inglês não são apenas combinadas em uma única lâmina
– elas "duram" nela, se fundem longitudinalmente, estabelecendo uma forma completamente
visível e extensão linear.
Outro exemplo que demonstra a transferência da descrição do cronótopo lírico nacional
para o unificado "condicionalmente poético":
Nash narod ot svoego slova ne otstupalsya Slov na veter predki ne brosali,
Eu ne privyk k ruzh'yu pered ochagom. Eu ne strelyali v oblachnuyu vys'.
I esli oni (predki) vynimali svoj golyj kinzhal, I, celuya sin' kalyonoj stali,
– Gore tomu, iz-za kogo oni ego vynimali. Pered boem slovom ne klyalis'.
Esli oni ukorachivali stremena, eu glasila na síndico,
Para vstupali v boj – slova ih byli korotki. CHtob lihie pomnili muzhi:
Prishedshego gostya oni sravnivali s bogom «Iz nozhon ne vyrvi bez pechali,
Eu (provozhaya) pokazyvali emu vernyj put'. Eu bez eslavo v nozhny ne
vlozhi!»
Podumaj i skazhi, esli hochesh 'govorit', Gde dela ne v slove byli gromki,
I ne sadis', ne osmotrevshis' – Rech' vznuzdat' umeli, kak konya.
Na etih tradiciyah vospityvali rozhdayushchihsya detej, Vpryam' za
mnogoslovie potomki
I tot, kto byl s eti ne soglasen – lishalsya slova. Upreknut kogda-nibud'menya.
Ya mnogo raz govoril lishnie slova, Ne vsegda priderzhivalsya pravil
No ne schitajte menya lgunom, – Tekh ya, chto myatezhnyj chtil Kavkaz,
V moih knigah stihov net ni odnogo slova, No v stihah ne lgal i ne lukavil,
Ne vyshedshego iz serdca. Plakavshij nad vymyslom ne raz.
(KESHOKOV, 2004, p. 208; KESHOKOV, 1981, p. 58).
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Traduzido por Ya. Kozlovsky - e a versão em inglês dos primeiros versos da obra com
uma tradução literal:
De palavras que nossos ancestrais poupavam. Slova nashih predkov byli
skudny.
Eles não enviariam voleios pelos céus. Oni ne posylali zalpov vverh v nebo.
Beijando suas adagas antes de guerra, Celuya svoi kinzhaly pered bitvoj,
Eles nunca fariam gritos arrogantes. Oni nikogda ne izdavali hvastlivyh
krikov.
Eles eram fiéis à única inscrição Oni byli verny odnoj nadpisi
Em aço duro que não tinha nenhuma mancha de ferrugem: Na surovoj stali
bez pyatnyshka rzhavchiny:
"Não deixe sua bainha sem uma boa razão, "Ne pokidaj nozhny bez vazhnoj
prichiny,
Com glória ao ser empurrada de volta!” Vozvrashchajsya so slavoj, v etom
bud ' rezok!» (KESHOKOV, 1981, p. 59).
Não é difícil ver que eu sou. Kozlovsky encontra-se novamente em cativeiro não tanto
de representações poéticas "caucasianas" como das representações poéticas russas "fronteira",
desde as primeiras linhas de sua tradução, mergulhando neste fundo cultural, ele deve
desenvolvê-lo ainda mais, impondo ao leitor uma espécie de mundo "oriental" aproximado,
longe o suficiente das representações de Keshokov.
A declaração literal do autor cabardiano "se os ancestrais tiravam sua adaga // ai de
quem a causou", refletida na idiomática do povo como uma norma ética e comportamental
obrigatória, Ya. Kozlovsky interpreta em um sistema
pathos
completamente estranho para os
Adygs.
Seguindo esse caminho, o intérprete é forçado a continuar apresentando ao leitor uma
imagem generalizada do cavaleiro "oriental", saturando o texto com suas pinturas, longe da
realidade histórica dos
ethnos
. Os Adygs não sabiam tal ação ritual como beijar uma lâmina, e
o comportamento dos guerreiros baluartes antes da batalha era puramente "técnico", de natureza
preparatória – os juramentos eram desnecessários para eles, uma vez que as normas
disciplinares Adat eram extremamente rigorosas - o líder de uma campanha militar poderia
executar qualquer guerreiro, mesmo que ele pertencesse à propriedade principesca: "...
Kabardians... eleger o comandante-chefe dos duques não pela antiguidade da família, mas pela
bravura pessoal e confiança geral... No campo, ele tem o poder de executar pessoas
desobedientes até a morte sem julgamento e discriminação de pessoas, mas se abstém de tal
rigidez em relação às pessoas principescas, para evitar inimizade familiar e rixa de sangue"
(BRONEVSKY, 1823, p. 121).
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Em seguida, a "inscrição na adaga" aparece na tradução. Este detalhe também é estranho
às normas militares nacionais – mesmo os dizeres do Alcorão sobre as lâminas Adyghe não
eram permitidos, a atitude em relação a eles era tão cuidadosa que apenas sulcos eram forjados
sobre eles, acreditava-se que qualquer tipo de ornamentos e inscrições reduzissem a força das
armas. E. Astvatsaturyan observa que os nomes dos primeiros armeiros circassianos são
desconhecidos – as marcas dos fabricantes aparecem nas lâminas apenas a partir da segunda
metade do século XIX (ASTVATSATURYAN, 1995, p. 27), ela também escreve que sabres e
punhais eram frequentemente decorados com longos ditados e até desenhos.
Assim, houve outro movimento do cronótopo lírico "a Leste”. Na tradução em inglês,
isso levou a uma descrição indireta do ritual pré-combate peculiar às tribos celtas: "Eles nunca
fizeram gritos arrogantes antes da batalha" W. May notou no Ya. A interpretação de Kozlovsky
algo que o lembrava das normas do comportamento de combate ocidental em suas
especificidades arcaicas (para um inglês) – os cavaleiros europeus também não beijaram suas
lâminas desde as Cruzadas. Resumindo brevemente a análise comparativa dos textos
cabardianos de Keshokov e suas interpretações russas e inglesas, pode-se afirmar que a razão
para a inadequação da interpretação das obras foi a incapacidade de expressar na tradução as
características dos arquétipos nacionais registrados pelo poeta cabardiano na forma de detalhes
figurativos específicos.
Neste caso, estamos falando das camadas mais profundas da consciência, como o
pensamento espacial, ou a sistematização de imagens. Levando tudo em conta, não se pode
dizer que as características espaciais das obras de Keshokov "desistiram" de Ya. Kozlovsky é
de visão. Conhecemos muitos poemas em que o autor russo reproduz as construções contínuas
do poeta cabardiano, até a observância exata dos métodos processuais-vectoriais de formação
de um universo virtual. Não há necessidade de listá-los na íntegra, apenas notamos que o
princípio da estrutura "diagonal" do volume peculiar a Keshokov, bem como as peculiaridades
de sua percepção do espaço com a ajuda da direção da ação, são dadas em algumas traduções
tão acentuadas que não há dúvida sobre a profunda compreensão de Kozlovsky sobre eles. Seria
justo dizer que todos os tipos de modelos espaciais de Keshokov são refletidos nas traduções
de seus poemas. No entanto, via de regra, estes estão sempre tentando fixar o contínuo "físico",
sem sua atribuição cultural - uma tentativa de construir um espaço virtual no qual, sem levar
em conta a etnia do lírico "Eu", suas experiências e ações são registradas:
Izvechno zvezdy vestovye
Glyadyat na doly i hrebty,
Eu, kak reklamy svetovye,
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CHitayut sud'by s vysoty [...]
(KESHOKOV, 1982, p. 253).
o modelo "piramim" do espaço;
Mne slyshen zov minuvshih dnej,
CHto molodoj shumit listvoyu
Eu nad sedoyu golovoyu
Vdal' gonit oblachnyh konej [...]
(KESHOKOV, 1982, p 269).
"vetor-processual";
... Eu lyudi v nebo vglyadyvat sya stali,
Uslyshav zhuravlej izdaleka.
Strelyat' po ih klinoobraznoj stae
U gorca ne podnimetsya ruka [...]
(KESHOKOV, 1982, p. 270).
"diagonal", e uma série de exemplos podem ser continuados.
Todavia, não há universo étnico, espaço etnicamente consciente nas traduções russas (e,
consequentemente, em inglês). Referindo-se ao já citado exemplo de imagens nacionais - "se
encurtaram os estribos" - notamos que a razão de sua "retirada" de versões estrangeiras não era
uma simples ignorância da essência racional desta técnica de luta Adyghe, mas também uma
falta de compreensão da posição topológica do herói lírico. Kozlovsky simplesmente não sentiu
este segmento de espaço perceptivo, que é definido pela diferença na posição do piloto sentado
na sela e o piloto em pé em estribos encurtados para atacar. Este é o microcosmo da Adyg
delineado por sensações fisiológicas corporais, que não poderiam ser processadas pela
consciência do tradutor.
É um espaço de existência nacional concreta, histórica e existencialmente real, sua
mentalidade e práticas vitais e experiência recreativa. Como mostrado em muitos estudos, a
estruturação étnica do contínuo é diretamente determinada não apenas pela paisagem
circundante (TKHAGAZITOV; TOLGUROV, 2015, p. 274), mas também pelos métodos de
gestão (KUCHUKOVA, 2005, p. 109). Nas obras de KESHOKOV, ela se expressa, em regra,
em representações poéticas que carregam características evolutivamente alteradas, mas
reconhecíveis de arquétipos culturais étnicos. É preciso entender que, para o leitor nacional, as
imagens que remontam aos dominantes etno-estéticos básicos do épico cabardiano carregavam
toda a semântica de seu caminho evolutivo, incluindo as características inerentes ao espaço e
ao tempo, o volume cronotópico no qual essas imagens foram realizadas.
Para um destinatário cultural estrangeiro, tanto o significado específico dos detalhes
descritos quanto, claro, o contínuo que eles estabeleceram permaneceram incertos e os
tradutores profissionais, mesmo sentindo o potencial informativo de tais expressões, mudaram-
no de uma maneira que entendiam:
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Inogda nebo goluboe, na zerkalo pohozhe, Proslavlennyj vsadnik iz gorskogo
roda,
Inogda ono stanovitsya (delaetsya) ochen'sinim. Uvenchannyj zvan'em -
hranitel' ognya,
YA – starshij sredi chabanov na pastbishche Podderzhival plamya vblizi
nebosvoda
Eu razzhigayu ogon', esli em gasnet. Sred'polnochi chernoj i belogo dnya.
I esli moya iskra ne gasnet k (dostignet) nochi, Koster polyhal i s grozoj v
poedinke
Ona – zvezda (kak eshche odin osveshchennyj ob"ekt). Oderzhival verh i
osilival t'mu.
Eu esli putnik stanet moim gostem, I konnyh, i peshih po krucham tropinki
Em (mozhet) udivit'sya, chto (koster) ne gasnet. Iz dal'nih storon privodili k
nemu.
Odin li ya takoj? Eu kazhdyj podkladyval v plamya pri etom
Kazhdyj razzhigaet svoj ogon'. Suhie polen'ya, koleni sklonya.
Eu faço tekh por, poka ne nastanut dozhdlivye dni, Sedoj, ozarennyj
prorocheskim svetom,
Moj nebol'shoj ogon' dostigaet (sogrevaet) serdca. Sovetom daril vsekh
hranitel' ognya.
Em osveshchaet nam dorogu, K zemle obrashchennaya likom latunnym,
I ne dayot oshibit'sya nahodyashchemusya v tumane, Luna l' proplyvaet nad
grebnyami gor,
Poka on ne dojdet do konca (ne dogorit), Il' tuchi klubyatsya, mne v mire
podlunnom
Oblegchaet Gore. Vysokoj poezii viden kostyor.
U nas est' Tihonov – starshij sredi chabanov. Naezdniki, v syodla my prygaem
nyne,
Usy ego pohozhi na dve ognennye iskry. I v nebo lyuboj iz nas gonit konya,
Sedlajte, poety, esli (vashi) koni rezvy, Gde v zvyozdnom sosedstve na beloj
vershine
Speshite k zarechnym oblakam. ZHivyot sedoglavyj hranitel' ognya
(KESHOKOV, 2004, p. 226; KESHOKOV, 1982, p. 219).
A chave deste poema é a imagem que abre o enredo da empatia lírica – "Eu sou o mais
velho entre os pastores no pasto // E eu acendo o fogo se ele se apagar".
De acordo com Ya. Kozlovsky, este quadro é uma expressão simbólica que combina
inúmeras hipóteses de um herói cultural, até sua modificação ideológica. Todo o espaço cultural
europeu é permeado pelo motivo do herói civilizatório, e na tradução todo o conjunto desses
endereços da mais ampla gama, começando por Prometeu, é sentido. Deve-se notar que, ao
mesmo tempo, Kozlovsky não duvida da necessidade de manutenção constante do fogo – o
trem associativo dos heróis-obscurantistas pressupõe exatamente tal natureza das ações.
Keshokov escreve sobre o pastor mais velho, e seu "eu acendo o fogo se ele se apagar"
t
em exatamente o significado oposto – pelo menos nas coordenadas das práticas étnicas. O
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pastor sênior é uma figura muito real do coletivo dos pecuaristas, responsável, entre outras
coisas, pelo uso racional dos materiais necessários. Ele não deve queimar combustível
constantemente, ele deve salvá-lo, e devo dizer que, ao contrário de ilusões românticas sobre
isso, na realidade, combustível em pastos queimados por um tempo mínimo. Especificamente,
isso aconteceu à noite antes de ir para a cama no processo de assar pão e cozinhar para amanhã
e pela manhã, nos casos em que o alimento acabado foi aquecido, mas isso foi determinado por
considerações puramente racionais - a baixas temperaturas.
Assim, a ação do herói de Keshokov não é necessária, mas bastante incomum. Atua de
forma contrária às normas de práticas de produção estabelecidas há séculos, colocando razões
morais e éticas na vanguarda. Gorenje não só foca na singularidade de seu herói, mas também
concentra a atenção do leitor desta forma no próprio fato da continuidade da queima do fogo,
que descreve plenamente o modelo nacionalmente consciente dos topos. Embora Keshokov não
tenha menção a um
koshar
- um quarto para pecuaristas - no entanto, uma indicação dos
próximos "dias chuvosos" revela claramente a hora e o local de ação. Este é um pequeno espaço
de uma montanha Koshara, o volume isolado do qual é claro tanto em termos de suas dimensões
lineares quanto da gama de cores claras composta por semitons e cores de uma pequena sala
sem luz.
Kozlovsky não a tem, o que parece bastante natural – seu "guardião do fogo" cultural
generalizado é localizado muito aproximadamente ("perto do firmamento"), e a ontologia
estética dessa imagem é uma espécie de centro de atração para os outros – não para todos, mas,
na linguagem poética condicional do tradutor, "ajoelhado", "dotado com o conselho" e assim
por diante.
Muito esperado e naturalmente Kozlovsky viola a base arquetípica do texto cabardiano
original. Não há imagem de uma estrela na tradução, – apenas uma "luz profética" abstrata que
inicia um movimento centrípeto que não tem uma direção definida. Enquanto isso, a
semelhança do fogo com uma estrela - mesmo na forma vaga em que é observada na obra - é
uma conexão completamente confiável com o arquétipo tradicional do "cavaleiro solitário",
talvez o mais arcaico da consciência cabardiana. A "estrela" foi um dos componentes estáveis
do arquétipo cavaleiro-guerreiro, e no mundo poético cabardiano sempre foi associado com o
motivo do caminho. O complexo de todas as qualidades declaradas por Keshokov à imagem do
"pastor mais velho" – "uma estrela de fogueira insaciável", "estrada iluminada", "movimento
através da neblina" e assim por diante - é inequivocamente incorporado à imagem de um líder,
e em sua base duplica a imagem nacional estável de um líder guerreiro, o líder de um "zeko"
(ataque militar, campanha).
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E os resultados dos dois modelos de empatia lírica parecem completamente lógicos. A
tradução cria a imagem final de um mentor-patrono, uma espécie de centro de atração, um
mentor espiritual e um ideal espiritual - o movimento para o céu é, na interpretação de
Kozlovsky, um movimento para comparando os poetas-cavaleiros ao "guardião do fogo". No
texto do protótipo, a mensagem principal é um movimento direcional ordenado. Esta é uma
ação ativa, próxima a uma campanha militar, e o "pastor sênior" – N. Tikhonov, a quem o
poema é dedicado – atua em um papel atribuído de um líder guerreiro, um "cavaleiro solitário"
que não se reúne em torno de si mesmo, mas define a direção e serve como um exemplo
comportamental. Este sotaque semântico da imagem é indiscutível - o bigode de Tikhonov
"como duas faíscas ardentes" coincide completamente com os análogos folclóricos, enfatizando
a aristocracia e a natureza militar do proprietário.
Os principais resultados do estudo podem ser considerados em duas posições. Em
primeiro lugar, o estabelecimento do fato da participação ativa de informações não contextuais,
substrato-culturais na formação do modelo perceptivo do texto poético percebido com o papel
corretivo do autor; em segundo lugar, a identificação da estabilidade do conteúdo semântico
dos formantes tradicionais, implicando a preservação das camadas mais arcaicas de suas
informações e o acúmulo consistente de novos significados.
Uma das razões para negligenciar ou ignorar o substrato étnico-cultural foi o dogma
geral do realismo socialista. Desde o final dos anos 50 do século passado, os problemas da
tradução literária chegaram à vanguarda do mundo e do pensamento literário soviético. Isso
afetou até mesmo o número de estudos dedicados às questões de tradução e interpretação
interculturais: "[...] Em meados da década de 1960... o escopo das atividades de tradução ao
redor do mundo aumentou [...] Na década de 1958 a 1968, o número de livros e artigos sobre
todas as formas de tradução aumentou enormemente tanto em nosso país quanto em outros
países" (FEDOROV, 2002, p. 7-8). Contudo, a própria compreensão das questões
"tecnológicas" da interpretação de texto na União Soviética trazia uma marca tangível do plano
ideológico.
A filosofia tradicional do marxismo-le
ninismo, declarando sistematicamente a primazia
do material, não reconheceu a possibilidade de reconstrução literária de modelos de espaço que
possuíam qualidade perceptiva. Esta abordagem foi bastante preservada na década de 70 do
século XX. Em particular, um dos principais historiadores de arte da União Soviética, M.S.
Kagan, geralmente negou a uma obra literária a presença de um contínuo espacial. Ele fez isso
com base na sistematização dos tipos de artes que desenvolveu em "espacial" e "temporal"
(KAGAN, 1964, p. 54-56), e, trazendo sua hipótese à sua conclusão lógica, postulou a pura
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convencionalidade e ilusórias construções espaço-temporal na "esfera estética" (KAGAN,
1972, 275).
Visões mais moderadas sobre o contínuo virtual de uma obra literária também negaram
o sentido topológico de autossuficiência e um recurso de informação autônoma, reconhecendo-
o apenas como um começo emotivo e, em essência, reduzindo o universo cognitivo ao ritmo e
sequência das experiências descritas: "[...] Tempo real e espaço determinam a coexistência e
mudança de estados de objetos e processos reais [...] Quanto ao espaço e ao tempo perceptivos,
[...] é condição para a convivência e mudança das sensações humanas e outros atos mentais do
sujeito" (ZOBOV; MOSTEPANENKO, 1974, p. 11).
Havia outros pontos de vista, que se baseavam na ideia de que o espaço de uma obra de
arte é formado em um nível subconsciente e possui pelo menos dois níveis de cognição estética
- controlados, servindo para expressar figurativamente os movimentos mentais de um
indivíduo, e autônomo, fixando as relações de coordenação reais e deslocamentos básicos de
coordenadas do autor e do leitor. Entretanto, os defensores do universo coordenado em uma
obra literária em seus argumentos não vão além de negar as versões de seus oponentes, de uma
forma ou de outra provando a penetração das relações temporais em formas espaciais de arte,
contudo, sendo completamente despreparados para explicar a essência dos modelos contínuos
em um texto literário. Eles geralmente contornam essa questão com uma figura padrão
(RITMO, ESPAÇO E TEMPO NA LITERATURA E ARTE..., 1974, p. 85-102).
Conclusão.
O problema da adequação da tradução é visto por alguns especialistas
apenas na transmissão de alusões à esfera da cultura de apresentação, o que se deve à
compreensão da semântica da imagem – que é considerada como uma espécie de mensagem
textual, enobrecida e enriquecida com associações externas, embora vários estudos sugiram as
especificidades étnicas da própria estrutura de representações figurativas (TOLGUROV, 2004,
p. 273). No entanto, essa camada informativa de um texto literário nem sequer é levada em
conta quando é traduzida para outro ambiente linguístico, e a principal razão para o declínio do
nível artístico de tradução é entendida como ignorando o halo cultural associativo (GANIEV,
1964, p. 64). Ao mesmo tempo, deve-se ter em mente que extensões culturais e civilizacionais
da semântica de um objeto poético no processo perceptivo não são essencialmente nada mais
do que um ato sincrônico de comunicação intercultural. Eles não revelam as conexões
semânticas transversais que vão para as formas primitivas genéticas de representações poéticas
no âmbito de uma tradição verbal, ou seja, não revelam a carga de informações que fornece a
especificidade étnica das formas artísticas.
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Transitividade do simbolismo estável da poesia Adigue (trabalhos de A. Keshokov)
Rev. EntreLínguas,
Araraquara, v. 8, n. esp. 1, e022017, mar. 2022. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8iesp.1.16928 19
E essa abordagem metodológica foi fixada como a única possível na teoria da tradução
literária:
[...] O pertencimento das unidades em questão a um certo nível ou aspecto do
sistema linguístico não importa em nada; a comparação das unidades
linguísticas na teoria da tradução é feita apenas com base na comunalidade do
conteúdo expressa por elas, ou seja, o significado, ou seja, baseado na
comunidade semântica dessas unidades, independentemente de pertencer a um
ou diferentes níveis da hierarquia linguística (BARKHUDAROV, 1975, p.
27).
O interesse pela originalidade da expressão estética nacional se manifesta apenas no
nível glossário, o que, é inevitável em uma sociedade multicultural, cujas diferentes linguagens
são caracterizadas pelo desenvolvimento desigual e pela presença de numerosas lacunas
comunicativas na maioria delas. Porém aqui, também, a camada denotativa das estruturas
figurativas foi colocada como base para consideração, e o problema das chamadas unidades
"não equivalentes" foi visto como um obstáculo na correta tradução de interlínguas
(VERESHCHAGIN; KOSTOMAROV, 1973, p. 52-54). E devemos afirmar que nos anos 60
do século passado, na esfera da expressão poética, praticamente não havia vocabulário
equivalente no sentido literal da palavra na língua cabardiana. No entanto, as correspondências
russas ao simbolismo de Adyghe só podem ser chamadas de completas condicionalmente. Essas
correspondências são bastante hiponímicas, e em textos russos e cabardianos apenas camadas
racionais de semântica figurativa são idênticas, que não carregam especificidades materiais ou
conteúdo nacional tradicional e específico (VINOGRADOV, 1978, p. 102).
Por um lado, trata-se de um problema puramente "tecnológico" de fornecer ao intérprete
as quantidades necessárias de informações sobre as especificidades de certos objetos,
observações etnográficas e declarações. Deste ponto de vista, hoje não sabemos e, muito
provavelmente, não seremos capazes de estabelecer em que modo foram criadas traduções dos
poemas de Keshokov, quais foram as informações apoiadas pelo autor. "Tecnologicamente", a
criação de uma tradução, em qualquer caso, envolve familiaridade com o
substring
do autor.
Mas a imagem absolutamente clara da identidade dos textos russos e ingleses e a
aproximação de sua correspondência com o protótipo nacional não podem ser explicadas apenas
pelo fato de que o poeta inglês estava familiarizado apenas com versões russas. Os exemplos
acima confirmam que a barreira mais difícil na formação de imagens transitivas é a diferença
nas camadas mais arcaicas e básicas do arquétipo das culturas nacionais em geral, e sistemas
étnicos verbais em particular (BOROVA, 2021; HAKUASHEVA, 2007).
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Asiyat Ruslanovna BOROVA; Khamisha Tarkanovich TIMIZHEV; Naima Borisovna BOZIEVA; Mar'yam Khazhidautovna KHUL'CHAEVA
and Marina Vladimirovna BITOKOVA
Rev. EntreLínguas,
Araraquara, v. 8, n. esp. 1, e022017, mar. 2022. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8iesp.1.16928
20
Na década de 60, especialistas em tradução levantaram questões sobre a correta
transmissão das especificidades étnicas do texto, mas um componente essencial da etnia era
visto como um início individual de expressão poética. De qualquer forma, analisando a tradução
de uma das obras de B. Alykulov feitas por Y. Gordienko, V. Levik observou que "[...] Todo
esse indivíduo profundamente pessoal, individual e todo aquele nacional que torna um poema
vivo, sincero, faz dele um trabalho de poesia desaparecido" (LEVIK, 1964, p. 100-101).
Conclusões
Sem negar a significância e o papel do talento individual dos passionais, ainda notamos
que a transmissão de arquétipos nacionais transversais baseados em dominantes etno-estéticos
épicos depende do estado paradigmático da esfera das representações poéticas culturalmente
duplas. A. Keshokov, que atuou como o principal criador desta esfera do lado cabardiano, ao
longo de sua atividade criativa estava preocupado com a integração da consciência nacional no
espaço civilizacional russo e global no nível conceitual. Ele formou um sistema completo de
reflexão estética dentro dos limites do pensamento étnico – um sistema que se estendia em suas
capacidades reflexivas desde as matrizes básicas extra-espaciais e atemporais do mito e épicas
às especificidades sensoriais saturadas das representações materializadas. No entanto, do ponto
de vista da comunicação intercultural, Keshokov provavelmente realizou uma tarefa realizada,
em larga escala, mas limitada, que consistia em incorporar o pensamento poético cabardiano na
informação e no ambiente ideológico do Estado. Arquétipos institucionais da cultura étnica e
da visão de mundo em sua totalidade não foram necessários para o cumprimento dessas tarefas
adaptativas. E parece bastante natural que em interpretações em língua estrangeira os textos de
A. Keshokov foram percebidos pelos tradutores precisamente dentro dessas fronteiras
aperceptivas que foram designadas pelo próprio poeta cabardiano.
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and Marina Vladimirovna BITOKOVA
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Araraquara, v. 8, n. esp. 1, e022017, mar. 2022. e-ISSN: 2447-3529
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Transitividade do simbolismo estável da poesia Adigue (trabalhos de A. Keshokov)
Rev. EntreLínguas,
Araraquara, v. 8, n. esp. 1, e022017, mar. 2022. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8iesp.1.16928 23
Como referenciar este artigo
BOROVA, A. R.; TIMIZHEV, K. T.; BOZIEVA, N. B.; KHUL'CHAEVA, M. K.;
BITOKOVA, M. V. Transitividade do simbolismo estável da poesia Adigue (trabalhos de A.
Keshokov).
Rev. EntreLínguas
, Araraquara, v. 8, n. esp. 1, e022017, mar. 2022. e-ISSN: 2447-
3529. DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8iesp.1.16928
Submetido em
: 23/11/2021
Revisões requeridas em
: 16/01/2022
Aprovado em
: 27/02/2022
Publicado em
:
30/03/2022
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Transitivity of stable symbolism of adyghe poetry (works of A. Keshokov)
Rev. EntreLínguas,
Araraquara, v. 8, n. esp. 1, e022017, Mar. 2022. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8iesp.1.16928 1
TRANSITIVITY OF STABLE SYMBOLISM OF ADYGHE POETRY
(WORKS OF A. KESHOKOV)
TRANSITIVIDADE DO SIMBOLISMO ESTÁVEL DA POESIA ADIGUE
(TRABALHOS DE A. KESHOKOV)
TRANSITIVIDAD DEL SIMBOLISMO ESTABLE DE LA POESÍA ADYGHE
(OBRAS DE A. KESHOKOV)
Asiyat Ruslanovna BOROVA
1
Khamisha Tarkanovich TIMIZHEV
2
Naima Borisovna BOZIEVA
3
Mar'yam Khazhidautovna KHUL'CHAEVA
4
Marina Vladimirovna BITOKOVA
5
ABSTRACT
:
The purpose of the article
–
is to analyze the translations of the Kabardian poet
from the point of view of the preservation of substrate information in foreign texts. The
leading approach to the study of this problem is the study of the ethnic archetype semantics of
a general constitutional nature and the consideration of concrete examples proving that the
cross-cutting motives of national Kabardian thinking, formed based on specific ethical
standards and ideals of the people, are not taken into account in translations. The main
conclusion that the authors come to is that the adequacy of foreign-language interpretations of
poetic works should be based not only on profound and detailed footnotes but, first of all, on a
deep study of the life practices of the ethnic group, especially those that directly shaped the
behavioral norms of the people in the past and continue to retain their significance today.
KEYWORDS
: North caucasian (Kabardian) poetry. Authenticity. National image of the
world. Foreign cultural interpretation. Symbol.
RESUMO
:
O objetivo do artigo é analisar as traduções do poeta cabardiano do ponto de
vista da preservação de informações de substrato em textos estrangeiros. A abordagem
principal para o estudo deste problema é o estudo da semântica do arquétipo étnico de
natureza constitucional geral e a consideração de exemplos concretos que comprovam que os
motivos transversais do pensamento cabardiano nacional, formado com base em padrões
éticos e ideais específicos do pessoas, não são levados em consideração nas traduções. A
principal conclusão a que os autores chegam é que a adequação das interpretações em
1
Kabardino-Balkarian State University named after H.M. Berbekov (KBSU), Nalchik
–
Russia. Professor.
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0079-6956. E-mail: assbora@mail.ru
2
Kabardino-Balkarian State University named after H.M. Berbekov (KBSU), Nalchik
–
Russia. Professor.
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6776-8004. E-mail: timizhev.ha@mail.ru
3
Kabardino-Balkarian State University named after H.M. Berbekov (KBSU), Nalchik
–
Russia. Associate
Professor. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0767-2825. E-mail: naimabozieva@mail.ru
4
Kabardino-Balkarian State University named after H.M. Berbekov (KBSU), Nalchik
–
Russia. Associate
Professor. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-9871-8202. E-mail: mariam.li.18@yandex.ru
5
Kabardino-Balkarian State University named after H.M. Berbekov (KBSU), Nalchik
–
Russia. Associate
Professor. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6928-3115. E-mail: mariebitok@gmail.com
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Asiyat Ruslanovna BOROVA; Khamisha Tarkanovich TIMIZHEV; Naima Borisovna BOZIEVA; Mar'yam Khazhidautovna KHUL'CHAEVA
and Marina Vladimirovna BITOKOVA
Rev. EntreLínguas,
Araraquara, v. 8, n. esp. 1, e022017, Mar. 2022. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8iesp.1.16928
2
língua estrangeira de obras poéticas deve basear-se não apenas em notas de rodapé
profundas e detalhadas, mas, antes de tudo, em um estudo profundo das práticas de vida do
grupo étnico, especialmente aqueles que moldaram diretamente as normas comportamentais
das pessoas no passado e continuam a manter seu significado hoje.
PALAVRAS-CHAVE
:
Poesia norte-caucasiana (Kabardiana). Autenticidade. Imagem
nacional do mundo. Interpretação cultural estrangeira. Símbolo.
RESUMEN
:
El propósito del artículo es analizar las traducciones del poeta kabardiano
desde el punto de vista de la preservación de la información del sustrato en textos
extranjeros. El enfoque principal para el estudio de este problema es el estudio de la
semántica del arquetipo étnico de naturaleza constitucional general y la consideración de
ejemplos concretos que prueban que los motivos transversales del pensamiento nacional
kabardiano, formados en base a estándares éticos e ideales específicos de la personas, no se
tienen en cuenta en las traducciones. La principal conclusión a la que llegan los autores es
que la adecuación de las interpretaciones en lengua extranjera de obras poéticas debe
basarse no sólo en notas a pie de página profundas y detalladas sino, ante todo, en un estudio
profundo de las prácticas de vida de la etnia, especialmente aquellos que dieron forma
directa a las normas de comportamiento de las personas en el pasado y continúan
conservando su importancia en la actualidad.
PALABRAS CLAVE
:
Poesía norcaucásica (Kabardiana). Autenticidad. Imagen nacional del
mundo. Interpretación cultural extranjera. Símbolo.
Introduction
The foreign-cultural interpretation of the works of the poets of the North Caucasus,
despite a great many of the brightest and most highly professional interpreters, whose work
was closely associated with the region in the 60s - 70s of the last century, leaves many
questions open. And, of course, the main of them is the semantic completeness and accuracy
of the transcriptions, although there is no doubt about the aesthetic, artistic consistency of the
texts of Grebnev, Lipkin, Kozlovsky (FEDOROV, 2002), and other masters of the Soviet
school of translation.
The practitioners of poetic translation in the Soviet era remained within the boundaries
of pre-revolutionary approaches due to the imprint of the originality of Russian methods of
interpretation, initially focused on the free translation of the original text. Their essence is best
expressed by Zhukovsky's famous formula: "An interpreter in prose is a slave; an interpreter
in verse is a rival" (ZHUKOVSKY, 1901, p. 833). It should be taken into account that the
Russian literary thought was one of the first to form the awareness that an artistic text should
preserve its ethnic specificity when translated from the original language. Russian authors,
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Transitivity of stable symbolism of adyghe poetry (works of A. Keshokov)
Rev. EntreLínguas,
Araraquara, v. 8, n. esp. 1, e022017, Mar. 2022. e-ISSN: 2447-3529
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who until the end of the first quarter of the XIX century felt themselves to be elements of a
peripheral cultural system, could not ignore the issues of national identity and authenticity of
works. A.S. Pushkin was one of the first both in Russia and Europe to record and welcome the
departure from "correctional translation", rightly believing that the aesthetic significance of a
literary text largely depends on the preservation of its "own kind" and "folk clothes"
(PUSHKIN, 1949, p. 137).
This question could not but worry Russian authors, because in their understanding of
the fate of national culture since the time of Peter I and Catherine II, they had no
unambiguous and clear prospects, and this circumstance was felt quite relevant by Derzhavin
(1872). Moreover, the preservation and development of Russian literature in its authentic
forms was understood by the authors as the earliest possible creation of fundamental
mechanisms for the integration of ethnic aesthetic space into the pan-European one.
Therefore, the national content of the poetic work was seen by the Russian authors in the
style, in the presentation of peculiar forms of national prototypes. In any case, the definition
of Pushkin
–
"this strange rhetorical turn" (PUSHKIN, 1838, p. 216), characterizing the stable
figures of the Koran, clearly dating back to the direct life experience of the Arabs
–
in this
sense is rather unambiguous and eloquent. Pushkin was not concerned with the transfer of
recreational, archetypal information of these expressions. He was interested in their exoticism
and the possibilities of foreign cultural labeling of the text, and, most importantly
–
the
acceptability and accessibility of the relevant information contained in them for the Russian,
wider
–
European
–
reader. It was about creating a wide range of poetic representation and
expression compatible with European analogues (BOROVA, 2021).
The selection and formation of units of poetic language in conditions of the significant
influence of another culture was not an act of inspiration, for instance, A.S. Pushkin, clearly
understanding the insufficiency of certain information sectors, calls for their purposeful
replenishment with Russian autological lexemes in the context of the conceptual apparatus of
the French language: "Someday I must say out loud that the Russian metaphysical language is
still in a wild state." Pushkin expresses himself very clearly about translations from French,
taking as a desirable norm the position when "the Gallicisms of words, syntactic, or material,
are excluded" and "the Gallicisms of concepts, speculative, are allowed, because they are
already Europeanisms" (VINOGRADOV, 1935, p. 239).
Speaking of "syntactic" Gallicisms, Pushkin meant lexemes used in everyday speech
that had semantic addressees in the real environment. In general, the attitude of the great
Russian poet to conceptual structures is most clearly expressed not by himself: in the first
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Asiyat Ruslanovna BOROVA; Khamisha Tarkanovich TIMIZHEV; Naima Borisovna BOZIEVA; Mar'yam Khazhidautovna KHUL'CHAEVA
and Marina Vladimirovna BITOKOVA
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Araraquara, v. 8, n. esp. 1, e022017, Mar. 2022. e-ISSN: 2447-3529
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decades of the century before last, the actual evolutionary needs of national speech forced
writers several times to change their views on the harmfulness and usefulness of barbarisms.
Only a temporary distance allowed us to abstract from the random fluctuations of Russian
public thought in this matter and express a more or less integral opinion:
[...] The struggle against the mechanical assimilation of the peculiarities of
French semantics did not entail, as an inevitable consequence, the denial of
the structural forms of French speech itself. [...] In [...] the stylistic
organization of the French literary language, according to Pushkin, the
reasons for its strength and weakness were hidden. The strength was in the
transparency and accuracy of expressions, in the developed system of
abstract concepts (VINOGRADOV, 1935, p. 239).
Finally, within the boundaries of the Russian classical literary tradition, a system of
adequate translation of literary texts into European (and any other) languages was fully
formed, however, in general, the lower information horizon of this system did not extend
beyond the denotative levels of apperception. The semantics of deeper levels of archetypal,
spatial, temporal, and recreational representations remained beyond the interpreter's
perception, which, strictly speaking, determines the methodology of our research in this
article.
Methods
Methodological framework
of the research goes back not so much to literary theories
and studies, as to the provisions of history, philosophy, sociology, ethnography and
psychology formulated in the works of Foucault, Jung, Heidegger, Langle, Persons, Dawkins,
Jaspers, and some other scientists and philosophers. Our approach is based on the analysis of
the poetic text, taking into account its stable information structures and models of their
interaction, the genesis, and formation of which occur in the collective national consciousness
- archetypes, cultural mimes, emblems, and symbols, moral imperatives. The schemes for
analyzing the substrate information of texts are either original author's developments, or come
from some specific studies: "Family, socialization and interaction process" (PARSONS;
BALES, 1955), "Person. Existential-analytical theory of personality" (LANGLE, 2005),
"Selfish gene" (DAWKINS, 1978), "Being and Time" (HEIDEGGER, 2003), "Archetype and
Symbol" (JUNG, 1991), "Words and things. Archeology of the Humanities" (FOUCAULT,
1966), "Language//Philosophy of Language and Semiotics" (JASPERS, 1995).
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Transitivity of stable symbolism of adyghe poetry (works of A. Keshokov)
Rev. EntreLínguas,
Araraquara, v. 8, n. esp. 1, e022017, Mar. 2022. e-ISSN: 2447-3529
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Results and discussions
The theory and practice of translation is a long-standing object of interest for both
literary critics, poets, and prose writers. As already mentioned, A.S. Pushkin showed serious
interest in this subject and laid the foundations for a modern understanding of the functions
and content of translation. However, with the emergence of a new community of kinds of
literature of the USSR folks, it turned out that the methods, ontology, and tools of traditional
"Russian" translation are not fully functional when it comes to the translation of literary texts
of authors belonging to the so-called "new-written" systems of literature. There was a
situation when the comprehension of theoretical issues was noticeably lagging behind the
actual practice. It happened, first of all, because the consciousness of the authors, for example,
of the North Caucasus, completely preserved the information content relating not only to the
times of ritual class etiquette and highly specialized norms of military morality but was
uniquely affixed to the space of myth and national epos. The Soviet teaching on translation
was mainly interested in the "technology" of interlingual transcription, adapted to the existing
system. Priority was given to those areas of scientific research that attributed the moments of
commutation commonality of different cultures and languages. Therefore, even in the
presence of profound and subtle works on the peculiarities of the lexical (SHCHERBA, 1936,
p. 129-142), syntactic (CHUKOVSKY, 1941), even grammatical (STOLYAROV, 1939)
translation of texts, and generalizing complex works (FEDOROV, 2002), issues of foreign
cultural interpretation of semantic components of works, transitivity which was in doubt,
remained outside the area of interest of scientists. This attempt to analyze the nature of the
substrate information of Keshokov's poems is one of the first examples of this kind;
concerning the works of authors of the North Caucasus and, in particular, Kabardian
(Adyghe) authors, it is undoubtedly the first. For a long time, the situation with translations of
North Caucasian poets was determined by the fact that although the path to semantic
correspondences to the Russian apperceptive field for newly written kinds of literature began
in the 30s of the last century, the residual influence of the tradition established in the XIX
century made the sphere of denotative poetic representation the preferred sector of translation.
To be more precise, it is the area of "common" symbolic and poetic expressions, built not
even by national poets, but by Russian authors throughout the XIX - XX centuries. Those
works whose imagery was initially based on aesthetic universals of this type retain their
semantics to the greatest extent in Russian and English versions:
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Asiyat Ruslanovna BOROVA; Khamisha Tarkanovich TIMIZHEV; Naima Borisovna BOZIEVA; Mar'yam Khazhidautovna KHUL'CHAEVA
and Marina Vladimirovna BITOKOVA
Rev. EntreLínguas,
Araraquara, v. 8, n. esp. 1, e022017, Mar. 2022. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8iesp.1.16928
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Poka zhivyom
–
na zemle (ne dolzhna) propast' chest'. ZHivyot chelovek v
mire slovom i hlebom
Tot, ch'i stihi dohodyat do serdca, I dolzhen ot prazdnogo gula vdali imeet
pravo na svoe slovo. Poet obladat' nezavisimym nebom,
Kto seet nam hleb
–
ne (dolzhen byt') lishen A pahar'
–
hot' malym nadelom
zemli.
svoej pashni,
(On) zerno vybiraet i otdaet tem, u kogo ego net. Kol' slovo drevnej
ostal'nogo na svete, I hleb vekovechen pod zhyoltoj lunoj,
U togo, kto delaet dobro, vsegda mnogo chesti. Lyuboj zemlepashec pred
polem v otvete,
Tot, ch'ej dushoj ovladelo lishnee (nepravednoe), Lyuboj stihotvorec
–
pred
celoj stranoj.
budet nakazan za svoyu nespravedlivost'. (KESHOKOV, 1982, p. 285).
Esli tebe dostalas' pashnya
–
bud' veren
vspahannoj toboj zemle.
Translated by Ya . Kozlovsky
Esli poet imeet pravo na slovo,
na nego nadeetsya ego zemlya (rodina) (KESHOKOV, 2004, p. 397).
Apart from ideologically determined changes in certain semantic nuances of the poem
and the "withdrawal" of two lines of the second verse, Ya. Kozlovsky in this translation has
almost completely preserved the semantics and modality of the original. However, given a
certain religious and mystical connotation of these marked lines, their removal may also well
be explained by the pressure of extra-literary factors. The English version of the work is also
as adequate as possible:
Man’s world is one
of words and bread. Mir cheloveka
–
edinstvo (est')
slova i hleba.
The poet, shunning idle mirth, Poet, izbegayushchij prazdnogo vesel'ya,
Needs boundless heaven overhead. Nuzhdaetsya v svobodnom nebe nad
golovoj.
The ploughman needs a plot of earth. Pahar' nuzhdaetsya v uchastke zemli.
Mankin
d’s most ancient skill is speech
Drevnejshee iskusstvo cheloveka
–
eto rech'
And bread is ever in demand. I hleb vsegda v sprose (bol'shom).
The ploughman answers to his field, Pahar' otvechaet za svoyo pole,
The poet
–
to his native land. Poet
–
za svoyu rodnuyu zemlyu
(KESHOKOV, 1981, p. 231).
The only conceptually significant discrepancy between the Kabardian prototype and
the translations is that Keshokov does not feel the status difference between a farmer and a
poet, while Y. Kozlovsky and W. May emphasize the social position of the poet, the scale of
his responsibility.
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Transitivity of stable symbolism of adyghe poetry (works of A. Keshokov)
Rev. EntreLínguas,
Araraquara, v. 8, n. esp. 1, e022017, Mar. 2022. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8iesp.1.16928 7
In most of his works, A. Keshokov did not limit himself to conditional poetic
idiomatics of the mediator type, and the presence of ethnic archetypes in his texts immediately
raises the question of the meaningful correspondence of translations to the originals. At the
same time, there are no comments of this kind regarding Russian-speaking and English-
speaking interpretations. Keshokov's English-language transcriptions are completely adequate
in comparison with their Russian prototypes - the sets of the objects mentioned indicate that
the English versions of the Kabardian poet's poems were written mainly from Russian
translations: in no way coinciding with the originals, they are very accurate in conveying the
expressive structure of Russian translations:
The coloure of joy has for ages been white,
Like the cherry-tree blossom in spring.
And the crests of Elbrus,
and Kazbek’s jag
ged height
Pure light, spotless white, to us bring.
The bell echoes over my dear native glade
To the swallows with flashing white breasts.
At the wedding the bride, all in white arrayed,
Is feasting among merry guests[
…
] (KESHOKOV, 1981, p. 37).
A literal redub of the English version shows its complete identity of the Ya.
Kozlovsky's version.:
Cvet radosti vo vse veka (epohi) byl belyj, Cvet radosti belym schitalsya ot
veka,
Kak vishnyovyj cvet vesnoj. Kak veshchij chereshnevyj cvet,
I greben' El'brusa, i zubchataya vershina Kazbeka S vershiny El'brusa i
grebnya Kazbeka
CHistyj svet, bezuprechno belyj, nam dostavlyayut. Techyot nezapyatnannyj
svet.
Zvuki kolokol'chika nad dorogimi rodnymi polyanami
–
Zvenit kolokol'chik
nad otchim predelom,
(V) Lastochke s beloj sverkayushchej grud'yu. U lastochki v beloj grudi,
Vyhodyashchaya zamuzh nevesta, vsya v belom odeyanii, Na svad'be
nevesta piruet vsya v belom
Prazdnuet sredi vesyolyh gostej [
…
] (KESHOKOV, 1969, p. 21) Vesyolyh
gostej posredi…
(KESHOKOV, 1982, p. 224).
And the same undoubted difference with the source. It is not a stretch to say that the
similarity between the Kabardian (primary) version and the English final is quite approximate
–
the poem is hardly recognizable:
Idya navstrechu schastlivoj radosti,
Odevayut belosnezhnuyu burku.
Vot El'brus ili Kazbek
Odety v snezhnye burki.
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Asiyat Ruslanovna BOROVA; Khamisha Tarkanovich TIMIZHEV; Naima Borisovna BOZIEVA; Mar'yam Khazhidautovna KHUL'CHAEVA
and Marina Vladimirovna BITOKOVA
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Esli nastupaet samaya temnaya noch',
–
Ona ne lishena belogo siyaniya zvezdy,..
(Belym) okazyvayut chest' vsadniku,
Osedlavshemu konya.
Esli sitec ne budet belym.
Sama nevesta nedovol'na,
S nastupleniem vesny ni polya, ni ogorody
Ne cvetut bez belogo (KESHOKOV, 1969, p. 21).
It is indisputable that Walter May's translation skills were wasted in this case. The play
of the English poet on the consonance of "merry" in its two meanings ("cherry" and "merry"),
perhaps, brought something to the semantics of the white color proposed by Keshokov, but
the very appearance of a flowering tree in the text is an obvious artistic arbitrariness of
Kozlovsky. And, of course, the "bride feasting among the guests" in the picture presented by
the latter does not and cannot coincide in any of the emotive, ethical, and aesthetic segments
with the image that Keshokov had in mind. In this sense, the English translation is even more
acceptable
–
the Adyghe bride, in May's understanding, at least vaguely "celebrates among
the guests", and not "feasts".
Let's repeat: Apparently, many of Keshokov's translations into English were made
from Russian texts. The majority of them are full-fledged transcriptions of these "secondary"
prototypes, demonstrating not just an exact adherence to the source, but even a more complete
and aesthetically perfect disclosure of the lyrical models built by Ya. Kozlovsky
–
we have
allowed ourselves to limit ourselves to the texts of this translator:
Two blades belonging to a single dagger. Dva lezviya slivayutsya (dlyatsya)
v edinom kinzhale.
Stand back to back. Together do they fase, Spina k spine. Vmeste delaya
svoj oblik,
One enemy, one risk, a single danger, Odin vrag (u nih), odin risk, edinaya
opasnost'
And share between them triumph and disgrace. I dolya mezh nimi
–
triumf
ili pozor.
By those who knew the secrets of the trade, Lish' tem, kto znal tajny remesla
–
So custom ruled, alone the daggers made; Po obychayu
–
edinstvennyj, kto
delal kinzhal;
A man might learn them only of his father Muzhchina mog uznat' eto u otca,
And teach them to his son and to no other. I nauchit' etomu svoego syna i
nikogo drugogo.
The dag
ger’s code was not a slavi
sh code; Zakon kinzhala
–
ne zakon raba;
Its vow could not be broken, that is certain. Ego obet ne mozhet byt'
narushen, esli on dan.
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Transitivity of stable symbolism of adyghe poetry (works of A. Keshokov)
Rev. EntreLínguas,
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And yet its blades might bear dark stains: a curtain. I eshche ego lezviya
mogut nosit' tyomnoe pyatno:
Sealed off the pa
st’s remote and tortuous road.
Klejmo davno projdennoj i
izvilistoj dorogi.
The dagger, when in time it was perfected, Kinzhal, ostavshijsya vo vremeni
sovershennym,
Helped men attain both good and evil goals, Pomogal dobit'sya bozh'ej i
d'yavol'skoj celi,
And, used by lord and commoner, reflected I, ispol'zuemyj bondom ili
obshchinnikom, otrazhaet
The base and lofty mo
vements of the soul…
Nizkoe ili vysokoe dvizhenie
dushi [
…
] (KESHOKOV, 2004, p. 33).
Comparing May's text with Keshokov 's original and Ya Kozlovsky's translation we
see that the English interpreter, perhaps, was not even familiar with the source and was
completely guided by the Russian version, which he, having completely preserved the
semantics, undoubtedly improved, despite the recognized skill of the Soviet poet:
U odnogo kinzhala lezviya (dva) ne odinakovy: Dva lezviya kinzhala
odnogo,
Odno bolee ostroe, drugoe tupoe, Oni spinoj obrashcheny drug k drugu.
No, chto by ne sovershil kinzhal
–
I mezh soboyu delyat ottogo
Vina lezhit odinakovo na oboih lezviyah. Odin pozor ili odnu zaslugu.
My perenosim bezgranichnye trudnosti: Kovat' kinzhaly poluchal prava
Izdavna kinzhal delayut Lish' tot, kto oruzhejnikom rodilsya
Perezhivaya ne o svad'bah
–
I posvyashchen byl v tajnu masterstva,
–
Malo li u nego neterpelivyh (vladel'cev)? V gorah obychaj etot sohranilsya.
Komu dostalas' rana o
t kinzhala…
Kinzhalu dan harakter ne raba,
Dumaesh', on zasluzhenno prolil krov'? Oboih lezvij klyatva nerushima,
Tot, u kogo bezvremenno pogib rodstvennik, No kto zaverit, chto
nepogreshima
Vot
–
do sih por derzhit traur. V vekah kinzhala tajnaya sud'ba?
Kogda kinzhal byl u carya, Dostigshij sovershennogo oblich'ya,On valil
vsekh, kto popadalsya na glaza. V ruke prostolyudina i pasha
Esli upryamyj natachivaet kinzhal, On otrazhal dushevnoe velich'e
On ne blestit
–
(tak kak vladelec) hochet plohogo. Il' nizkoe padenie dushi.
Dva lezviya kinzhala derzhat'sya drug za druga, CHest' ne dvulika. I ne raz,
byvalo,
I schast'e oboih odinakovo. Kinzhal nadyozhno zashchishchal eyo.
Esli on (vladelec) byl umen i zashchishchal dobro, Ne potomu l' dva lezviya
kinzhala
Dobro i dlya nego sobirayut (dazhe) po krupicam. Edinoe slivaet ostriyo.
Podobno dvum lezviyam kinzhala, Mercaet stal' holodnaya surovo,
(Ya ne dayu) ne raskhodyatsya moi slova i chuvstva. I ya zhelayu bolee
vsego,
Ya odarivayu lyudej dobrom, Chtoby slivalis' istina i slovo,
Ya udelyayu vnimanie chelovecheskim mechtam. Kak lezviya kinzhala
odnogo.
(KESHOKOV, 2004, p. 228; KESHOKOV, 1982, p. 222).
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and Marina Vladimirovna BITOKOVA
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Translated by Kozlovsky, who was the main Russian author who worked with the
texts of A. Keshokov, demonstrates one of the types of free, artistic interpretation. But, being
quite acceptable to the reader who does not know the semantics of the prototype work, he, in
principle, presents us with a poem written: "based on" the "Dagger", which absolutely does
not take into account the lyrical chronotope of the Kabardian poet.
The evolutionary and creative imperative of Keshokov's poetry at all stages is the
desire for reflection localized in a clearly defined virtual space, in the environment of a
reliable illusion. Upon reaching the necessary level of writing skills, he prefers a continuum
with the characteristics of physical reality even outside of expressed typological
constructions. A natural expression of this type of apperception will be a "real",
"materialized" description of objects.
We have already referred to this poem by Keshokov and stated that, Ya. Kozlovsky
managed to convey the sensory fullness of the dagger. However, in the second verse
Kozlovsky goes into the sphere of moral and ethical
“
statuization
”
of the object, for reasons
that are unclear at first glance, introducing into the work both "a born gunsmith", and "the
custom of making a dagger", and "the secret of skill". None of this is in the original.
The difficulties of perception and the creation of an integral sequence of perceptual
pictures begin with the Ya. Kozlovsky from the first presentation of the dagger as an isolated
object saturated with external associativity. He sets the appearance of the dagger, but this is
the visible embodiment of the blade-a symbol that is not actualized in reality. And therefore,
the translation is based on the further injection of denotations, poetic idioms, and universals of
conceptual quality.
Meanwhile, the only reason for these semantic deviations is an incorrect understanding
of the first verse. The Russian interpreter was guided by daggers replicated in the frontier
zone, which represented generalized isolated objects, all the semantics of which are localized
in the zone of cultural universal meanings. The Keshokov's dagger, sculpted in this poem, is
completely real, in the first verse the poet does not just point out to us a particular detail of his
appearance (KAZHAROVA, 2014)
–
he sets the temporary and social environment of the
"dagger", and their definiteness inevitably takes the object out of the sphere of conventional
expressions.
"The blades (two) of one dagger are not the same// One is sharper / the other is blunt"
is not an abstract poetic image. Keshokov is talking about the so-called "black dagger"
("kama fytse"), whose owners in everyday life were mostly not Kabardian warks, but
peasants. Being much larger than its aristocratic kinsman, "kame fytse" was used not only in
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Transitivity of stable symbolism of adyghe poetry (works of A. Keshokov)
Rev. EntreLínguas,
Araraquara, v. 8, n. esp. 1, e022017, Mar. 2022. e-ISSN: 2447-3529
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fights but also in household work, and one side of it was not sharpened as thoroughly as the
combat side. Thus, Keshokov fully identifies an object in real ethnic time and space with one
detail, he accurately describes its appearance with one feature
–
if the Wark weapons could be
very different in finish and size, then the "black daggers" were practically the same.
Consequently, for an ethnic reader, mentioning the difference in the sharpening of the blades
was equivalent to a direct description of a large horn handle, dark metal, leather scabbard
without silver trim, and so on.
As we understand, in this case we can talk about the actualization of the described
object in various cultural and information fields
–
the Keshokov's dagger is tied to the real
environment of Kabardian national existence, the Kozlovsky's blade is moved to the field of
cultural associations. Such a relocation inevitably affects the nature of the perception of
space: the national has perceptual specificity, as for the duplicated one, we can say that it is
completely conditional and does not have a communicative quality, the objects of the
translated text are interconnected only at the denotative level of expression. From this point of
view, the expression "the blades belonging" by Walter May is much more informative and, at
least, sets the parameters of the virtual continuum: the English poet's blades are not just
combined in a single blade
–
they "last" in it, longitudinally merge, setting a completely
visible shape and linear extension.
Another example demonstrating the transfer of the description from the national
lyrical chronotope to the unified "conditionally poetic" one:
Nash narod ot svoego slova ne otstupalsya Slov na veter predki ne brosali,
I ne privyk k ruzh'yu pered ochagom. I ne strelyali v oblachnuyu vys'.
I esli oni (predki) vynimali svoj golyj kinzhal, I, celuya sin' kalyonoj stali,
–
Gore tomu, iz-za kogo oni ego vynimali. Pered boem slovom ne klyalis'.
Esli oni ukorachivali stremena, I glasila nadpis' na kinzhale,
To vstupali v boj
–
slova ih byli korotki. CHtob lihie pomnili muzhi:
Prishedshego gostya oni sravnivali s bogom «Iz nozhon ne vyrvi bez pechali,
I (provozhaya) pokazyvali emu vernyj put'. I bez slavy v nozhny ne vlozhi!»
Podumaj i skazhi, esli hochesh' govorit', Gde dela ne v slove byli gromki,
I ne sadis', ne osmotrevshis'
–
Rech' vznuzdat' umeli, kak konya.
Na etih tradiciyah vospityvali rozhdayushchihsya detej, Vpryam' za
mnogoslovie potomki
I tot, kto byl s eti ne soglasen
–
lishalsya slova. Upreknut kogda-nibud'
menya.
Ya mnogo raz govoril lishnie slova, Ne vsegda priderzhivalsya pravil
No ne schitajte menya lgunom,
–
Tekh ya, chto myatezhnyj chtil Kavkaz,
V moih knigah stihov net ni odnogo slova, No v stihah ne lgal i ne lukavil,
Ne vyshedshego iz serdca. Plakavshij nad vymyslom ne raz.
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and Marina Vladimirovna BITOKOVA
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Araraquara, v. 8, n. esp. 1, e022017, Mar. 2022. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8iesp.1.16928
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(KESHOKOV, 2004, P. 208; KESHOKOV, 1981, p. 58).
Translated by Ya. Kozlovsky - and the English version of the first verses of the work
with a literal translation:
Of words our ancestors were sparing. Slova nashih predkov byli skudny.
They would send no volleys up the skies. Oni ne posylali zalpov vverh v
nebo.
Kissing their daggers before warring, Celuya svoi kinzhaly pered bitvoj,
They would never utter boastful cries. Oni nikogda ne izdavali hvastlivyh
krikov.
They were true to the one inscription Oni byli verny odnoj nadpisi
On hard steel that bore no speck of rust: Na surovoj stali bez pyatnyshka
rzhavchiny:
“Do not leave your sheat
h without good reason, «Ne pokidaj nozhny bez
vazhnoj prichiny,
With glory bac
k in it be thrust!”
Vozvrashchajsya so slavoj, v etom bud'
rezok!» (KESHOKOV, 1981, p. 59).
It's not hard to see that I am. Kozlovsky finds himself again in captivity not so much of
"Caucasian" as of Russian "frontier" poetic representations, from the first lines of his
translation, plunging into this cultural background, he must further develop it, imposing on
the reader a kind of approximate "eastern" world, far enough from Keshokov's
representations.
The literal statement of the Kabardian author "if the ancestors took out their dagger //
woe to the one who caused it", reflected in the idiomatics of the people as an obligatory
ethical and behavioral norm, Ya. Kozlovsky interprets in a pathos system completely strange
to the Adygs.
Following this path, the interpreter is forced to continue presenting the reader a
generalized image of the "eastern" knight, saturating the text with his paintings, far from the
historical reality of the ethnos. The Adygs did not know such a ritual action as kissing a blade,
and the behavior of the wark warriors before the battle was purely "technical", preparatory in
nature
–
oaths were unnecessary for them since the adat disciplinary norms were extremely
strict - the leader of a military campaign could execute any warrior, even if he belonged to the
princely estate: "... Kabardians ... elect the chief commander from the dukes not by seniority
of the family, but by personal bravery and genera
l trust… I
n the field, he has the power to
execute disobedient persons to death without trial and discrimination of persons, but refrains
from such strictness regarding princely persons, to avoid family enmity and blood feud"
(BRONEVSKY, 1823, p. 121).
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Transitivity of stable symbolism of adyghe poetry (works of A. Keshokov)
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Araraquara, v. 8, n. esp. 1, e022017, Mar. 2022. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8iesp.1.16928 13
Then the "inscription on the dagger" appears in the translation. This detail is also alien
to national military norms
–
even sayings from the Koran on Adyghe blades were not
allowed, the attitude towards them was so careful that only furrows were forged on them, it
was believed that any kinds of ornaments and inscriptions reduce the strength of weapons. E.
Astvatsaturyan notes that the names of the early Circassian gunsmiths are unknown
–
the
brands of the manufacturers appear on the blades only from the second half of the XIX
century (ASTVATSATURYAN, 1995, p. 27), she also writes that Dagestan sabers and
daggers were often decorated with lengthy sayings and even drawings.
Thus, there was another movement of the lyrical chronotope "to the east". In the
English translation, this led to an indirect description of the pre-combat ritual peculiar to the
Celtic tribes: "They never made boastful cries before the battle" W. May noticed in the Ya.
Kozlovsky's interpretation something that reminded him of the norms of Western combat
behavior in their archaic (for an Englishman) specifics
–
the European knights also have not
kissed their blades since the Crusades. Briefly summarizing the comparative analysis of the
Kabardian texts of Keshokov and their Russian and English interpretations, it can be asserted
that the reason for the inadequacy of the interpretation of the works was the inability to
express in translation the features of the national archetypes recorded by the Kabardian poet
in the form of specific figurative details.
In this case, we are talking about the deepest layers of consciousness, such as spatial
thinking, or the systematization of retical pictures. Taking everything into account, it cannot
be said that the spatial characteristics of Keshokov's works "dropped out" Ya. Kozlovsky's of
sight. We know many poems in which the Russian author reproduces the continuum
constructions of the Kabardian poet, up to the exact observance of the procedural-vectorial
methods of forming a virtual universe. There is no need to list them in full, we only note that
the principle of the "diagonal" structure of the volume peculiar to Keshokov, as well as the
peculiarities of his perception of space with the help of the direction of action, are given in
some translations so accentuated that there is no doubt about Kozlovsky's deep understanding
of them. It would be fair to say that all types of Keshokov's spatial models are reflected in
translations of his poems. However, as a rule, these are always attempting to fix the
"physical" continuum, without its cultural attribution - an attempt to build a virtual space in
which, without taking into account the ethnicity of the lyrical "I", his experiences and actions
are recorded:
Izvechno zvezdy vestovye
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14
Glyadyat na doly i hrebty,
I, kak reklamy svetovye,
CHitayut sud'by s vysoty [
…
]
(KESHOKOV, 1982, p. 253).
the "pyramidal" model of space;
Mne slyshen zov minuvshih dnej,
CHto molodoj shumit listvoyu
I nad sedoyu golovoyu
Vdal' gonit oblachnyh konej [
…
]
(KESHOKOV, 1982, p. 269).
"vector-procedural";
…
I lyudi v nebo vglyadyvat'sya stali,
Uslyshav zhuravlej izdaleka.
Strelyat' po ih klinoobraznoj stae
U gorca ne podnimetsya ruka [
…
]
(KESHOKOV, 1982, p. 270).
"diagonal", and a number of examples can be continued.
However, there is no ethnic universe, ethnically conscious space in Russian
translations (and accordingly in English). Referring to the already cited example of national
imagery - "if they shortened the stirrups" - we note that the reason for its "withdrawal" from
foreign versions was not a simple ignorance of the rational essence of this Adyghe fighting
technique but also a lack of understanding of the topological position of the lyrical hero.
Kozlovsky simply did not feel this segment of perceptual space, which is set by the difference
in the position of the rider sitting in the saddle and the rider standing up on shortened stirrups
to strike. This is the Adyg's microcosm outlined by physiological bodily sensations, which
could not be processed by the translator's consciousness.
It is a space of concrete, historically and existentially real national existence, its
mentality and vital practices and recreational experience. As shown in many studies, the
ethnic structuring of the continuum is directly determined not only by the surrounding
landscape (TKHAGAZITOV; TOLGUROV, 2015, p. 274) but also by the methods of
management (KUCHUKOVA, 2005, p. 109). In KESHOKOV'S works, it is expressed, as a
rule, in poetic representations that carry evolutionarily changed, but recognizable features of
ethnic cultural archetypes. It is necessary to understand that for the national reader, the images
that went back to the basic ethno-aesthetic dominants of the Kabardian epic carried all the
semantics of their evolutionary path, including the inherent characteristics of space and time,
the chronotopic volume in which these images were realized.
For a foreign cultural recipient, both the specific meaning of the details described and,
of course, the continuum they set remained unclear and professional translators, even sensing
the informational potential of such expressions, changed it in a way they understood:
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Transitivity of stable symbolism of adyghe poetry (works of A. Keshokov)
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Inogda nebo goluboe, na zerkalo pohozhe, Proslavlennyj vsadnik iz
gorskogo roda,
Inogda ono stanovitsya (delaetsya) ochen' sinim. Uvenchannyj zvan'em
–
hranitel' ognya,
YA
–
starshij sredi chabanov na pastbishche Podderzhival plamya vblizi
nebosvoda
I razzhigayu ogon', esli on gasnet. Sred' polnochi chernoj i belogo dnya.
I esli moya iskra ne gasnet k (dostignet) nochi, Koster polyhal i s grozoj v
poedinke
Ona
–
zvezda (kak eshche odin osveshchennyj ob"ekt). Oderzhival verh i
osilival t'mu.
I esli putnik stanet moim gostem, I konnyh, i peshih po krucham tropinki
On (mozhet) udivit'sya, chto (koster) ne gasnet. Iz dal'nih storon privodili k
nemu.
Odin li ya takoj? I kazhdyj podkladyval v plamya pri etom
Kazhdyj razzhigaet svoj ogon'. Suhie polen'ya, koleni sklonya.
I do tekh por, poka ne nastanut dozhdlivye dni, Sedoj, ozarennyj
prorocheskim svetom,
Moj nebol'shoj ogon' dostigaet (sogrevaet) serdca. Sovetom daril vsekh
hranitel' ognya.
On osveshchaet nam dorogu, K zemle obrashchennaya likom latunnym,
I ne dayot oshibit'sya nahodyashchemusya v tumane, Luna l' proplyvaet nad
grebnyami gor,
Poka on ne dojdet do konca (ne dogorit), Il' tuchi klubyatsya, mne v mire
podlunnom
Oblegchaet gore. Vysokoj poezii viden kostyor.
U nas est' Tihonov
–
starshij sredi chabanov. Naezdniki, v syodla my
prygaem nyne,
Usy ego pohozhi na dve ognennye iskry. I v nebo lyuboj iz nas gonit konya,
Sedlajte, poety, esli (vashi) koni rezvy, Gde v zvyozdnom sosedstve na beloj
vershine
Speshite k zarechnym oblakam. ZHivyot sedoglavyj hranitel' ognya
(KESHOKOV, 2004, p. 226; KESHOKOV, 1982, p. 219).
The key in this poem is the image that opens the plot of lyrical empathy
–
"I am the
eldest among shepherds in the pasture // And I light the fire if it goes out."
According to Ya. Kozlovsky, this picture is a symbolic expression that combines
numerous hypostases of a cultural hero, up to his ideological modification. The whole
European cultural space is permeated with the motif of the civilizing hero, and in translation
the whole set of these addresses of the widest range, starting with Prometheus, is felt. It
should be noted that at the same time Kozlovsky does not doubt the necessity of constant
maintenance of fire
–
the associative train of the hero-obscurantists presupposes exactly such
a nature of actions.
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and Marina Vladimirovna BITOKOVA
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Keshokov writes about the elder shepherd, and his "I light the fire if it goes out" has
exactly the opposite meaning
–
at least in the coordinates of ethnic practices. The senior
shepherd is a very real figure of the cattle breeders' collective, responsible, among other
things, for the rational use of necessary consumables. He should not constantly burn fuel, he
should save it, and I must say that, unlike romantic illusions about this, in reality, fuel on
pastures burned for a minimum time. Specifically, this happened in the evening before going
to bed in the process of baking bread and cooking for tomorrow and in the morning, in cases
when the finished food was heated up, but this was determined by purely rational
considerations - at low temperatures.
Thus, the action of the Keshokov's hero is not necessary, but rather unusual. He acts
contrary to the norms of production practices established for centuries, putting moral and
ethical reasons at the forefront. Gorenje not only focuses on the uniqueness of his hero, but he
also concentrates the reader's attention in this way on the very fact of the continuity of the
burning of fire, which fully outlines the nationally conscious model of the topos. Although
Keshokov has no mention of a koshar - a room for cattle breeders - however, an indication of
the upcoming "rainy days" clearly reveals the time and place of action. This is a small space
of a mountain Koshara, the isolated volume of which is clear both in terms of its linear
dimensions and the light-color gamut consisting of semitones and muted colors of a small
unlit room.
Kozlovsky does not have it, which seems quite natural
–
his generalized cultural
"keeper of fire" is localized very approximately ("near the firmament"), and the aesthetic
ontology of this image is a kind of center of attraction for others
–
not everyone, but, in the
conditional poetic language of the translator, "kneeling", "gifted with the advice" and so on.
Quite expectedly and naturally Kozlovsky violates the archetypal base of the original
Kabardian text. There is no image of a star in translation,
–
only an abstract "prophetic light"
that initiates a centripetal movement that does not have a set direction. Meanwhile, the
likening of fire to a star - even in the vague form in which it is observed in the work - is a
completely reliable connection with the traditional archetype of the "lone horseman", perhaps
the most archaic in Kabardian consciousness. The "star" was one of the stable components of
the horseman-warrior archetype, and in the Kabardian poetic world it has always been
associated with the motif of the path. The complex of all qualities declared by Keshokov in
the image of the "elder shepherd"
–
"an unquenchable bonfire-star", "illuminated road",
"movement through fog" and so on - is unequivocally built into the image of a leader, and at
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Transitivity of stable symbolism of adyghe poetry (works of A. Keshokov)
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its base duplicates the stable national image of a warrior leader, the leader of a "zeko"
(military raid, campaign).
And the results of the two models of lyrical empathy look completely logical. The
translation creates the final image of a mentor-patron, a kind of center of attraction, a spiritual
mentor and a spiritual ideal - the movement to heaven is, in Kozlovsky's interpretation, a
movement to likening the poets-riders to the "keeper of fire". In the prototype text, the main
message is an orderly directional movement. This is an active action, close to a military
campaign, and the "senior shepherd"
–
N. Tikhonov, to whom the poem is dedicated - acts in
an attributed role of a warrior-leader, a reference "lone rider" who does not gather around
himself, but sets the direction and serves as a behavioral example. This semantic accent of the
image is indisputable - Tikhonov's mustache "like two fiery sparks" completely coincides
with folklore analogs, emphasizing the aristocracy and military nature of the owner.
The main results of the study
can be considered two positions. Firstly, the
establishment of the fact of the active participation of non-contextual, substratum-cultural
information in the formation of the perceptual model of the perceived poetic text with the
corrective role of the author; secondly, the identification of the stability of the semantic
content of traditional formants, implying the preservation of the most archaic layers of their
information and the consistent accumulation of new meanings.
One of the reasons for neglecting or ignoring the ethnic-cultural substratum was the
general dogma of socialist realism. Since the late 50s of the last century, the problems of
literary translation have come to the forefront of the world and Soviet literary thought. This
has even affected the number of studies devoted to the issues of intercultural translation and
interpretation: "[...] In the mid-1960s... the scope of translation activities around the world
increased [
…
] In the decade from 1958 to 1968, the number of books and articles on all forms
of translation has increased enormously both in our country and in other countries"
(FEDOROV, 2002, p. 7-8). But the very understanding of the "technological" issues of text
interpretation in the Soviet Union bore a tangible imprint of the ideological plan.
The traditional philosophy of Marxism-Leninism, systematically declaring the
primacy of the material, did not recognize the possibility of literary reconstruction of models
of space that possessed perceptual quality. This approach was quite preserved in the 70s of the
XX century. In particular, one of the leading art historians of the Soviet Union, M.S. Kagan,
generally denied a literary work the presence of a spatial continuum. He did it based on the
systematization of the types of arts he developed into "spatial" and "temporal" (KAGAN,
1964, p. 54-56), and, bringing his hypothesis to its logical conclusion, postulated the purely
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and Marina Vladimirovna BITOKOVA
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conventionality and illusory spatial-temporal constructions in the "aesthetic sphere"
(KAGAN, 1972, 275).
More moderate views on the virtual continuum of a literary work also denied the
topological sense of self-sufficiency and an autonomous information resource, recognizing it
only as an emotive beginning and, in essence, reducing the cognitive universe to the rhythm
and sequence of the described experiences: "[...] Real-time and space determine the
coexistence and change of states of real objects and processes [
…
] As for perceptual space
and time, [
…
] it is a condition for the coexistence and change of human sensations and other
mental acts of the subject" (ZOBOV; MOSTEPANENKO, 1974, p. 11).
There were other points of view, which were based on the idea that the space of a
work of art is formed on a subconscious level and has at least two levels of aesthetic cognition
- controlled, serving to figuratively express the mental movements of an individual, and
autonomous, fixing the real coordinate relationships and basic coordinate dislocations of the
author and reader. Nevertheless, the supporters of the coordinate universe in a literary work in
their arguments do not go further than denying the versions of their opponents, one way or
another proving the penetration of temporal relationships into spatial forms of art, however,
being completely unprepared to explain the essence of continuum models in a literary text.
They most often bypass this question with a default figure (RHYTHM, SPACE AND TIME
IN LITERATURE AND ART, 1974, p. 85-102).
Conclusion.
The problem of the adequacy of translation is seen by some experts only
in the transmission of allusions to the sphere of presentational culture, which is due to the
understanding of the semantics of the image
–
which is thought of as a kind of textual
message, ennobled, and enriched with external associations, although several studies suggest
the ethnic specifics of the very structure of figurative representations (TOLGUROV, 2004, p.
273). However, this informative layer of a literary text is not even taken into account when
being translated into another language environment, and the main reason for the decline in the
artistic level of translation is understood to be ignoring the associative cultural halo
(GANIEV, 1964, p. 64). At the same time, it should be borne in mind that cultural and
civilizational extensions of the semantics of a poetic object in the perceptual process are
essentially nothing more than a synchronic act of intercultural communication. They do not
reveal the cross-cutting semantic connections that go into the genetic primitive forms of
poetic representations within the framework of one verbal tradition, that is, they do not reveal
the information load that provides the ethnic specificity of artistic forms.
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Transitivity of stable symbolism of adyghe poetry (works of A. Keshokov)
Rev. EntreLínguas,
Araraquara, v. 8, n. esp. 1, e022017, Mar. 2022. e-ISSN: 2447-3529
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And this methodological approach was fixed as the only possible one in the theory of
literary translation:
[
…
] The belonging of the units in question to a certain level or aspect of the
language system does not matter at all; the comparison of language units in
the theory of translation is made only based on the commonality of the
content expressed by them, i.e. the meaning, in other words, based on the
semantic community of these units, regardless of their belonging to one or
different levels of the language hierarchy (BARKHUDAROV, 1975, p. 27).
Interest in the originality of aesthetic national expression is manifested only at the
glossary level, which, is inevitable in a multicultural society, whose different languages are
characterized by uneven development and the presence of numerous communicative lacunae
in most of them. But here, too, the denotative layer of figurative structures was put as the
basis for consideration, and the problem of so-called "non-equivalent" units was seen as a
stumbling block in correct interlanguage translation (VERESHCHAGIN; KOSTOMAROV,
1973, p. 52-54). And we must state that by the 60s of the last century, in the sphere of poetic
expression, there was practically no equivalent vocabulary in the literal sense of the word in
the Kabardian language. However, Russian correspondences to the Adyghe symbolism can
only be called complete conditionally. These correspondences are rather hyponymic, and in
Russian and Kabardian texts only rational layers of figurative semantics are identical, which
do not carry either material specifics or traditional and specific national content
(VINOGRADOV, 1978, p. 102).
On the one hand, this is a purely "technological" problem of providing the interpreter
with the necessary amounts of information on the specifics of certain objects, ethnographic
observations, and statements. From this point of view, today we do not know and, most likely,
will not be able to establish in what mode translations of Keshokov's poems were created,
what was the information supported from the author. "Technologically", the creation of a
translation, in any case, involves familiarity with the author's substring.
But the absolutely clear picture of the identity of Russian and English texts and the
approximation of their correspondence to the national prototype cannot be explained only by
the fact that the English poet was familiar only with Russian versions. The above examples
confirm that the most difficult barrier in the formation of transitive imagery is the difference
in the most archaic and basic layers of the archetype of national cultures in general, and verbal
ethnic systems in particular (BOROVA, 2021; HAKUASHEVA, 2007).
In the 60s, translation specialists raised questions about the correct transmission of the
ethnic specifics of the text, but an essential component of ethnicity was seen as an individual
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beginning of poetic expression. In any case, analyzing the translation of one of B. Alykulov's
works made by Y. Gordienko, V. Levik noted that
“
[
…
] All that deeply personal, individual,
and all that national that makes a poem alive, sincere, makes it a work of poetry has
disappeared" (LEVIK, 1964, p. 100-101).
Conclusions
Without denying the significance and role of individual talent of passionaries, we still
note that the transmission of cross-cutting national archetypes based on epic ethno-aesthetic
dominants depends on the paradigmatic state of the sphere of culturally dual poetic
representations. A. Keshokov, who acted as the main creator of this sphere from the
Kabardian side, throughout his creative activity was concerned with the integration of national
consciousness into the Russian and global civilizational space at the conceptual level. He
formed a full-fledged system of aesthetic reflection within the boundaries of ethnic thinking
–
a system that extended in its reflex capabilities from the basic extra-spatial and timeless
matrices of myth and epic to the sensory-saturated specifics of materialized representations.
However, from the point of view of intercultural communication, Keshokov probably
performed a realized, large-scale, but limited task, which consisted in embedding Kabardian
poetic thinking in the information and ideological environment of the state. Institutional
archetypes of ethnic culture and worldview in their entirety were not necessary for the
fulfillment of these adaptive tasks. And it seems quite natural that in foreign language
interpretations the texts of A. Keshokov were perceived by the translators precisely within
those apperceptive boundaries that were designated by the Kabardian poet himself.
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: 23/11/2021
Required revisions
: 16/01/2022
Approved
: 27/02/2022
Published
: 30/03/2022