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Linguística moderna:
Questões
da construção de uma imagem linguística colorida e o funciona
mento dos lexemas coloridos
Rev. EntreLínguas,
Araraquara, v.
8
, n.
esp. 1,
e022018
,
mar
.
20
22
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ISSN: 2447
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DOI:
https://doi.org/10.29051/el.v8iesp.1.16929
1
LINGUÍSTICA MODERNA: QUESTÕES DA CONSTRUÇÃO DE UMA IMAGEM
LINGUÍSTICA COLORIDA E O FUNCIONAMENTO DOS LEXEMAS COLORIDOS
MODERN LINGUISTICS: ISSUES OF CONSTRUCTING A LINGUISTIC COLOR
PICTURE AND THE FUNCTIONING OF COLOR LEXEMES
LINGÜÍSTICA MODERNA: PROBLEMAS DE LA CONSTRUCCIÓN DE UNA
IMAGEN LINGÜÍSTICA EN COLOR Y EL FUNCIONAMIENTO DE LOS LEXEMAS
DE COLOR
Larisa Khanbievna
KHARAEVA
1
Musadin Latifovich
KARDANOV
2
Madina Yurievna
EZAOVA
3
Lena Khabilovna
KHEZHEVA
4
Juleta
Khabasovna
SHUGUSHEVA
5
RESUMO:
O discurso artístico é entendido como um sistema de comunicação, que é uma
síntese de formas linguísticas específicas, informações sobre a realidade, refletidas em um texto
que se distingue por seu conteúdo pragmático. O nível pragmático do discurso artíst
ico é
representado por um conjunto individual de meios linguísticos característicos. O objeto da
pesquisa são as unidades linguísticas que denotam cor, funcionamento na língua, mitopoética,
parêmias e literatura na língua Adyghe. O tema da pesquisa são as
peculiaridades da
manifestação e funcionamento da pintura a cores na linguagem e na literatura Adyghe, bem
como a identificação das especificidades da incorporação colorística das imagens nas obras de
autores Adyghe. O material da pesquisa baseia
-
se nas re
presentações linguísticas dos desenhos
de cores que formam a tríade “preto
-
branco
-
vermelho”.
PALAVRAS
-
CHAVE:
Colorística. Discurso artístico. Categorização de cores. Imagem do
mundo língua
-
cor.
Evolução dos nomes das cores.
1
Universidade Estadual de
Kabardino
-
Balkarian
em
homenagem a
H.M. Berbekov
(KBSU)
, Nalchik
–
Rússia
.
Departamento de Filologia Alemã
e Germânica
.
Professor.
ORCID
:
https://orcid.org/0000
-
0002
-
8993
-
164X
.
E
-
mail:
larisa_haraeva@rambler.ru
2
Universidade Estadual de
Kabardino
-
Balkarian em
homenagem a
H.M. Berbekov (KBSU), Nalchik
–
Rússia
.
Depar
tamento da Língua
Kabardino
-
Circassiana
.
Professor Associado
.
Candidato do P
rograma de Filologia
.
ORCID
:
https://orcid.org/0000
-
0002
-
3393
-
549X
.
E
-
mail:
musadin07@mail.ru
3
Universidade Estadual de
Kabardino
-
Balkarian em
homenagem a
H.M. Berbekov (KBSU), Nalchik
–
Rússia
.
Departamento da Língua
e Literatura
Kabardino
-
Circassiana. Professor
.
ORCID
:
0000
-
0003
-
4369
-
181X.
E
-
mail:
m.yu.ezaova@mail.ru
4
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Kabardino
-
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homenagem a
H.M. Berbekov (KBSU), Nalchik
–
Rússia
.
Departamento da Língua
e Literatura
Kabardino
-
Circassiana.
Professor
Associado
.
ORCID
:
https://orcid.org/0000
-
0001
-
6480
-
9819
.
E
-
mail:
lenakhezheva@mail.ru
5
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Kabardino
-
Balkarian em
homenagem a
H.M. Berbekov (KBSU), Nalchik
–
Rússia
.
Departamento da Língua
e Literatura
Kabardino
-
Circassiana.
Professor
Associado
.
ORCID
:
https://orcid.org/0000
-
0001
-
7162
-
5057
.
E
-
mail:
shugushd@mail.ru
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Larisa Khanbievna KHARAEVA; Musadin Latifovich KARDANOV; Madina Yurievna EZAOVA; Lena Khabilovna KHEZHEVA e Juleta
Khabasovna SHUGUSHEVA
Rev. EntreLínguas,
Araraquara, v. 8, n. esp. 1, e022018,
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. 2022.
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ISSN: 2447
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3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8iesp.1.16929
2
RESUMEN:
El discurso artístico se entiende como un sistema de comunicación, que es una
síntesis de formas lingüísticas específicas, información sobre la realidad, reflejada en un texto
que se distingue por su contenido pragmático. El nivel pragmático del discurso a
rtístico está
representado por un conjunto individual de medios lingüísticos característicos. El objeto de la
investigación son las unidades lingüísticas que denotan color, funcionamiento en la lengua,
mitopoética, paremias y literatura en lengua adyghé. E
l tema de la investigación son las
peculiaridades de la manifestación y el funcionamiento de la pintura en color en el idioma
Adyghe y la literatura Adyghe, así como la identificación de los detalles de la encarnación
colorística de las imágenes en las obr
as de los autores Adyghe. El material de la investigación
se basa en las representaciones lingüísticas de los diseños de color que forman la tríada
"negro
-
blanco
-
rojo".
PALABRAS CLAVE:
Colorónimo.
Discurso
artístico
.
Categorización
del color
.
Imagen
lingu
a
-
color del mundo
.
Evolución
de los nombres de los colores.
ABSTRACT
:
Artistic discourse is understood as a communication system, which is a synthesis
of specific linguistic forms, information about reality, reflected in a text that is distinguished by
its pragmatic content. The pragmatic level of artistic discourse is repre
sented by an individual
set of characteristic linguistic means. The object of the research is the linguistic units denoting
color, functioning in the language, mythopoetics, paremias, and literature in the Adyghe
language. The subject of the research is th
e peculiarities of the manifestation and functioning
of color painting in the Adyghe language and Adyghe literature, as well as the identification of
the specifics of the coloristic embodiment of images in the works of Adyghe authors. The
material of the r
esearch is based on the linguistic representations of color designations that
form the "black
-
white
-
red" triad
.
KEYWORDS
: Coloronym. Artistic discourse. Color categorization. Lingua
-
color picture of
the world.
The evolution of color names.
Introdução
Duas abordagens se distinguem no estudo dos léxicos coloridos: relativismo cultural e
universalismo linguístico. De acordo com a primeira abordagem, o processo de definição de
cores em diferentes idiomas é arbitrário, implicando a ausência de l
imites claros nos
significados das designações de cores. A segunda abordagem deve
-
se à compreensão da cor
como um universal semântico com três características interrelacionadas
-
matiz, brilho,
saturação. A unidade base é o termo de cor primária que atende
aos seguintes critérios. A
designação de cores tem várias características estruturais e formais, ou seja, pode ser
transmitida por um monolexema ou uma palavra de raiz única, dotada de um significado
diferencial e a capacidade de objetificar vários itens.
A designação de cores deve ser
reconhecível no fluxo de fala; assim, a palavra com o significado da cor deve ser geral e referir
-
se ao vocabulário básico da língua (
GATAULLINA, 2005
). A categoria de cor é um centro
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contínuo de interesses
científicos devido às suas características visuais e à presença de posição
de cor ambiental, o que naturalmente requer verbalização, bem como a possibilidade de destacar
lexemas de cor em um determinado aglomerado verbal disponível para análise linguística
em
diversos aspectos.
Fundo histórico
O estudo das léxicas coloridas baseia
-
se na percepção universal da cor humana, a
existência objetiva da imagem de cor nas línguas do mundo estão em constante
desenvolvimento, complicação e refinamento, logo, detalh
ar o espectro de cores requer
verbalização. Na resolução desses problemas, duas direções principais se distinguem: a hipótese
da relatividade linguística por Sapir
-
Whorf e a teoria de Berlim e Kay. De acordo com a
hipótese de Sapir
-
Whorf, percebemos o mund
o filtrado através das categorias semânticas de
nossa língua nativa, e a denominação de cores em diferentes línguas é formada por fatores
universais e específicos da linguagem. A teoria de Berlim e Kay postula a natureza universal
da evolução da cor denomi
nada como universais semânticas. Um dos problemas da imagem
colorida do mundo é a questão da possível categorização da cor (
BERLIM; KAY, 1969
). Os
cientistas concluem a possibilidade do estudo de cores categóricas, incluindo a seleção e análise
de todo o e
spectro: cores primárias e tons. A categoria de cor é universal, pois é determinada
pela percepção geral da cor, pela presença do espaço colorido e, como consequência, pela
existência da imagem colorida mundial, como segmento da imagem ingênua do mundo, e
se
considerarmos a cor no quadro da teoria conceitual, como segmento da imagem conceitual do
mundo (
KHARAEVA, 2017
, p. 133). O problema da categorização do espaço colorido segue
logicamente a hipótese de Sapir
-
Whorf da relatividade linguística, que se resu
me à ideia
principal de que a possibilidade de diferentes categorizações da realidade se deve à relação
entre as línguas, sua influência no comportamento da fala. A teoria em consideração postula a
influência da língua nativa em vários traços étnicos de co
mportamento, de pensamento e da
vida de uma comunidade humana separada. Apesar da universalidade do pensamento humano
e da divisão linguística do mundo, em diferentes línguas, o espaço colorido tem sua
especificidade nacionalmente colorida da designação de
cores, que é consistente com os
princípios da antropocentricidade da atividade linguística.
A novidade científica
deste trabalho é determinada pelas questões da descrição da
imagem linguística do mundo, seu segmento de cores linguísticas, percepção cultur
al da cor, a
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Khabasovna SHUGUSHEVA
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importância das colorações na literatura e designações de cores na obra de escritores e poetas
Adyghe, bem como o papel e o lugar de cor denominados na construção de imagens artísticas
.
Métodos
O trabalho utiliza métodos tradicionais
-
campo descritivo, semântico
-
estilístico,
semântico e abordagens modernas para a pesquisa linguística
-
cognitivo, linguocultural e
antropocêntrico. A pesquisa é baseada em trabalhos científicos de cientistas como E
.N.
Basovskaya (2004), Vezhbitskaya (1997), Zhanturina (2012), Kudaeva (2008), Frumkina
(1984), Fedorov (1988), Turner (1983), Kharaeva (2017), etc.
A principal fonte de material experimental é a denominação de cores na língua Adyghe
ao nível da mitopoétic
a e autores individuais usados no texto literário
.
Resultados e discussão
A formação de sistemas de cores na cultura de diferentes povos ocorre simultaneamente
com o surgimento dos primeiros símbolos cosmogônicos, os primeiros ritos mágicos e rituais...
Estudos de culturas antigas, bem como trabalhos sobre semântica teórica, mostram que já na
Idade da Pedra, as pessoas apontaram três cores básicas: branco, vermelho e preto. O confronto
entre Deus e o Diabo como o conceito central do cristianismo determin
ou a natureza binária
das representações colorísticas e foi posteriormente projetado para as camadas axiológicas da
percepção. Todavia, a consciência confessional só fortaleceu a oposição já existente às
colorações. A oposição de cores mais estável e frequ
ente "branca"
-
"negra"
-
remonta ao antigo
protótipo "luz"
-
"escuridão", que por sua vez é uma modernização estética do conflito filosófico
"Caos"
-
"Universum", no qual o último termo é entendido como "ordenando" (
FEDOROV,
1988,
p. 581
-
582). A conclusão
sobre a oposição de cores contrastantes
-
preto e branco
-
em
quase todas as características avaliativas, sensoriais e emocionais parece bastante previsível. A
segunda etapa é caracterizada pelo aparecimento do vermelho na percepção universal da cor
human
a. V. Turner foi o primeiro a destacar esse padrão, que afirma a primazia e a
universalidade, bem como o valor notável da tríade "branco
-
preto
-
vermelho" (TURNER, 1972,
p. 76). A maioria dos pesquisadores concorda com essa opinião. Ao mesmo tempo, alguns
ci
entistas argumentam que na tríade universal branco
-
preto
-
vermelho, a última cor é vermelha,
se destacou primeiro no desenvolvimento cultural e linguístico do espaço colorido, a
importância da vida das pessoas em um estágio inicial do desenvolvimento humano
é uma vez
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que essa designação de cor corresponde à cor do sangue e do fogo (
SHEMYAKIN, 1960,
p. 29,
48).
A identificação da cor vermelha deve
-
se a diferentes grupos étnicos, o que se deve às
especificidades da vida e do habitat.
Tendo
identificado um grupo de designações de cores "básicas", Berlim e Kay
investigaram ainda a natureza da aparência de vários conceitos de cores. Assim, a evolução das
designações de cores também é universal, o que, em nossa opinião, é consequência de inúmero
s
fatores de natureza linguística e extralinguística, bem como uma consequência do uso
generalizado de contrônimos para fins artísticos como meios expressivos mais importantes, a
tradição de usar que remonta ao passado distante (KHARAEVA, 2017, p. 134).
Ta
mbém podemos falar sobre as características étnicas da imagem colorida do mundo,
as especificidades de sua segmentação, devido ao habitat e à cultura material e espiritual
tradicional da comunidade linguística (
VASILEVICH, 2003,
p. 13).
Segundo Vezhbitskay
a (1997, p. 286) as designações de cores são resultado da
influência de fatores perceptivo
-
conceituais na formação de categorias linguísticas e sua
correlação com a realidade.
Cada cor que escreve Zhanturina
está associada a denotações prototípicas
-
portadoras
de cor padrão. Entretanto, os termos de cor não refletem todo o campo de cor, o que leva à
necessidade do surgimento de nomeações de cores secundárias usando uma variedade de
recursos linguísticos. No
entanto, sem dúvida, há também a existência da cor como categoria
linguocultural, fixada nas mentes dos falantes nativos, que no processo de seu desenvolvimento
está em processo de hierarquização na cultura (
ZHANTURINA, 2012
, p. 68). Uma linguagem
pode exp
ressar a ideia de cor, apelando para a modalidade visual de percepção, ou seja, o
simbolismo da cor é transmitido por léxicos de cores, palavras na estrutura semântica da qual
há um significado de cor ou denotando uma certa realidade associada a qualquer c
or. Os
processos de formação de designações de cores por psicolinguistas são explicados no âmbito
da teoria dos protótipos, que postula a formação da maioria dos léxicos coloridos a partir dos
nomes de objetos que possuem uma determinada cor (
RODIONOVA, 20
07
). Assim, a ideia da
capacidade de objetificação da cor é confirmada, a conexão dessas palavras e seus significados
com objetos para os quais uma de suas principais características é a cor é comprovada.
Consequentemente, podemos falar sobre a motivação d
esses léxicos de cor, que a base da
atividade nominativa é a característica motivacional da cor. Denominações de cores motivadas
são de particular interesse devido à sua grande associatividade, o que facilita o esclarecimento
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das preferências de cores de r
epresentantes de diferentes culturas linguísticas na escolha da
motivação de cores (
KHARAEVA, 2017,
p. 136
-
138).
A motivação dos léxicos de cores, que remontam às denotações prototípicas, é mais
claramente manifestada na consciência linguística ingênua, é
refletida em mitopoética e
folclore, portanto é lógico prefácio da análise de denominados coloridos na imagem adyghe do
mundo com notas sobre o simbolismo da cor no sistema de representações mitopoéticas de
Adyghe.
As designações de cores na imagem de Adyg
he do mundo estão repletas de profundo
significado simbólico e conteúdo semântico, representando tanto o mundo material quanto os
princípios e fundamentos morais, éticos e estéticos étnicos. A imagem de Adygeyan do mundo
distingue vários conceitos na obra
do escritor (pelo exemplo de A.P. Keshokov) ligados às
peculiaridades do estudo de sua visão de mundo artística, parece especialmente relevante sobre
o material linguístico fraseológico, no qual o "espírito do povo" é mais claramente manifestado.
Estes são
os conceitos
gu
"coração",
psè
"soul",
zèman
"time", etc. (
SHUGUSHEVA, 2017
).
Entre os conceitos de formação de cores, as cores semioticamente significativas são vermelho,
preto e branco. Tradições etnoculturais bem conhecidas descrevem a realidade visíve
l nas
oposições, começando pelas universais, que desenvolvem oposições binárias mais complexas
mais tarde. Designações de cores também formam códigos culturais que são inerentes aos seres
humanos e são universais. Além disso, sua verbalização em uma cultur
a separada, na qual são
realizadas, é nacionalmente determinada (EZAOVA, 2017). A imagem de cores universais do
mundo marca tudo de positivo com branco e negativo com preto. Contudo, no quadro universal
do mundo, há também tendências mutuamente exclusivas
que demonstram a polissão dos
coloronímos. Por exemplo, como Z.Zh. Kudaeva, nas lendas e rituais de Adyghe, implicações
favoráveis estão associadas ao branco, mas nas paremias, o simbolismo do branco revela
tendências contraditórias.
Šym i l"ak"uiplIri l"
ak"uèhumè, ug"ursyzŝ, žaIèrt
. "Se um cavalo
tem as quatro pernas brancas, então é malicioso, eles disseram".
Na mitologia e folclore de Adyghe, atributos de vários deuses pagãos estão associados
a flores brancas e negras. O complexo mito
-
ritual regulava a
cor branca dos animais
sacrificados. Animais de cor branca estão associados à díade "branca e de mãos brancas" da
floresta Mazitha. Animais de cor negra foram sacrificados a Šible
-
o deus do trovão e do
relâmpago, bem como ao deus Ahyn, o santo padroeiro
do gado, a quem um búfalo negro foi
sacrificado na primavera antes de semear. Ahyn também corresponde à água, elementos do mar.
Como sabe, Ahyn era chamado de Mar Negro. A natureza icônica do simbolismo preto e branco
no complexo mitológico
-
ritual de Adyg
he revela uma conexão simbólica do preto com o
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elemento da chuva, e de forma mais ampla, com o mundo
chthônico
, que é característico de
muitas tradições etnoculturais (
KUMAKHOV; KUMAKHOVA, 1998, p.
96
-
98).
No épico nacional, o vermelho está associado à ju
staposição dos sexos, em que o branco
corresponde ao princípio feminino, e vermelho
-
ao princípio masculino (
PROKOFIEVA,
2004
).
Vermelho é a cor da fertilidade, da prosperidade e da abundância.
Nartyhu pl"yž"
dyhèpsèmè, g"avèr bèv mèh"u, žaIèrt.
"Se você
plantar milho vermelho junto com grãos,
haverá uma colheita abundante, eles disseram."
G"ath"èm âpèu h'èndyrabg"uè pl"yž′ pl"ag"unu
fIyŝ, žaIèrt
. "Na primavera, ver uma borboleta vermelha pela primeira vez é bom, eles
disseram."
žèm l"huag"aŝIèm i kIèm h
"ydan pl"yž' kIèraŝIèrt, nè temyhuèn ŝh'èkIè.
"Um pano
vermelho foi amarrado à cauda de uma vaca de parto para que não fosse amaldiçoado." Nos
presságios das regras, o simbolismo vermelho tem uma motivação sagrada pronunciada e uma
avaliação inequivocamen
te positiva. Vermelho é a cor do princípio da vida, portanto, roupas
vermelhas são inaceitáveis no cemitério, por isso vermelho, simbolizando a vida e a
prosperidade, não é compatível com o território da morte. Aqui a dicotomia "vida"
-
"morte",
"este mund
o"
-
"esse mundo".
Ŝ
yg"yn pl"yž′ pŝyg"yu kh"èm udyh'ènu fIyk"ym, žaIèrt
. "Não é
bom ir ao cemitério com roupas vermelhas, eles disseram" (
KUMAKHOV; KUMAKHOVA,
1998, p. 97
).
Os estados psicoemocionais de uma pessoa estão associados a denotações prototípicas
universais de cor, ou seja, as cores estão associadas a certas emoções. Associação cor
-
emocional se deve à fisiologia da experiência emocional. As associações que surgem são
baseadas no pensamento metonímico e metafórico, a percepção de cor cria reações e
mocionais
específicas, e os termos de cor e emoção têm a mesma estrutura de conotação na linguagem. O
campo de cores não se limita apenas aos valores de cores primitivas, mas é complementado por
nomes matinais ou secundários que apareceram no processo de n
omeação secundária a partir
dos nomes de vários objetos da realidade circundante no curso de transferências metonímicas e
metafóricas. O papel decisivo da realidade circundante na formação do estado psicoemocional
de uma pessoa, que exerce sua influência n
a percepção da cor, é inegável e é reconhecido pela
maioria dos pesquisadores (
KHARAEVA, 2017,
p. 136
-
138).
A conotação é definida como um conjunto de aspectos semânticos de uma palavra que
vão além de sua simples designação ou referência. O significado em
ocional parece ser mediado
pela associação de termos de cor com situações ou objetos na vida real onde essa coloração está
presente. Esta pode ser a coloração de coisas naturais (vermelho sangue, verde gramado, azul
celeste) ou artefatos culturais (roupas
de luto pretas, luzes vermelhas de alarme, garotinhas
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Khabasovna SHUGUSHEVA
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vestidas de rosa), ambas podem levar à conotação dos termos de cor (mais ou menos
padronizados) e até mesmo a simbologia de cores sancionadas culturalmente. Mesmo que uma
conotação de cor dependa, em úl
tima análise, de associações em inexperiência das quais são as
mesmas para todas as pessoas, o valor específico dessa conotação pode variar de linguagem
para linguagem, da cultura para a cultura, e até mesmo de pessoa para pessoa. Todavia, E.N.
Basovskaya
em seu estudo experimental mostra que os nomes de cores, representando um grupo
bastante fechado, apesar da mobilidade do sistema léxico e sua dependência da realidade
extralinguística, o componente emocional do campo associativo das palavras do fundo léxi
co
principal, que inclui designações de cores, é altamente estável (
BASOVSKAYA, 2004,
p. 205).
As designações de cores, que compõem um fragmento da imagem linguocultural do mundo,
além da expressão explícita de cor na língua, incluem amplas camadas implíci
tas isoladas no
curso da análise linguística do componente emocional da palavra expressando cor. Associações
de cores são construídas com base em memórias, emoções experimentadas, imagens sensoriais,
estados mentais (
PROKOFIEVA, 2004
, p. 237).
A cor é um c
onceito, uma vez que seu significado não se limita ao significado denotativo
consagrado nos dicionários. Além do estável, comum para a maioria, reações a uma
determinada combinação de cores ou cores, há também reações individuais para diferentes
personalid
ades linguísticas e até mesmo para a mesma pessoa em diferentes estágios de seu
desenvolvimento. Isso faz parte do conceito de cor, que depende da visão de mundo,
experiência e estado emocional do indivíduo; pode ser isolado no processo de trabalho
interpr
etativo com textos específicos, bem como com ficção, obras de natureza autobiográfica.
Esses trabalhos fornecem material rico para análise conceitual, pois mostrar a imagem real do
mundo do ponto de vista da personalidade faz parte da tarefa da autora no p
rocesso de formação,
na reflexão de suas fantasias, vontade, experiência e emoções. Falando sobre cor como
conceito, consideramos seu significado primitivo, bem como todo o sistema de conceitos,
conotações que formam um campo semântico específico que refle
te toda a paleta de tons de
uma cor neutra, que é o conceito de uma cor particular. A expansão e complicação da nomeação
de cores ocorrem resultando na criação e formação de sinônimos estilísticos, a expansão da
estrutura semântica de designações de cores
comumente utilizadas com base em associações
individuais de autores de cor que adquirem significado estético em um texto literário
(
KHARAEVA, 2017, p.
134). A refração criativa da imagem colorida do mundo nas obras de
qualquer autor se deve à impossibilid
ade
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Linguística moderna:
Questões
da construção de uma imagem linguística colorida e o funciona
mento dos lexemas coloridos
Rev. EntreLínguas,
Araraquara, v.
8
, n.
esp. 1,
e022018
,
mar
.
20
22
.
e
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ISSN: 2447
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DOI:
https://doi.org/10.29051/el.v8iesp.1.16929
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para falar sobre a imagem colorida do mundo isoladamente do indivíduo que
o percebe. Para cada falante nativo, a percepção de uma cor ou outra está
associada à experiência de vida, o estado psicofísico é determinado por vários
fatores
objetivos e subjetivos, portanto, é bastante individual e faz parte de
uma imagem ingênua do mundo (
FRUMKINA, 1984,
p. 30).
O preto é a cor mais escura, e na realidade, é a negação da cor em si. A vida termina
além desse limite absoluto. Black expressa a
ideia de não
-
ser, extinção. Preto não é o contrário
do branco. Preto e branco são os dois extremos, o começo e o fim. Preto como negação
simboliza renúncia, rejeição completa; tem uma forte influência sobre qualquer cor que esteja
no mesmo grupo com ela, e
nfatizando e aprimorando suas características. "Com a ajuda do
negro, o ódio, a inimizade é expressa:
Ŝ
Iy fIycIèm ihun
–
Esprema a luz (aceso. expulse da terra negra)
Ŝ
Iy fIycIèm ŝIèg"èl"èdèn
–
Enterrar no chão; espremer da luz (iluminado.
Bij fIycIè
–
Ini
migo (iluminado. inimigo negro);
Džèdu fIycIè âku dèžaŝ
–
Brigada (lite. um gato preto correu entre eles);
Džèdu fIycIè uiIènu fIyk"ym, žaIèrt
.
–
Não é bom ter um gato preto, disseram eles.
O preto é frequentemente o ápice do simbolismo de muitas emoções n
egativas,
experiências, condições, infortúnio, tormento:
Symadžèm i nègur k"yzèIyh'aŝ, i napŝIèhèr ezyr
-
ezyru zèhèufèžaŝ, pšè fIycIè ž'auè
k"itriŝIam huèdèu
.
–
O rosto do paciente ficou sombrio, as pálpebras sagged por si mesmas
como se as nuvens negras ti
vessem lançado uma sombra.
Ŝ
Iy fIycIèm ŝIyh'ami k"èg"uèt
–
Um abismo, encontre
-
o mesmo sob o solo (literalmente:
encontre
-
o mesmo que tenha ido sob a terra negra);
Ièl fIycIèu k"yzèkIuèkIaŝ
–
Muito irritado (iluminado. transformado em um selvagem
negro);
H
'èkIašè k"yŝIoh'èž, pšè fIycIèm huèdèu zyk"yzèŝIiŝIauè.
–
Hakyasho entrou, soprando
como uma nuvem negra.
Si gur ufIycIaŝ
–
Exaustão (iluminada. meu coração ficou preto).
Ŝ
Iy fIycIèž'ym eg"èIèn
–
Burden (aceso. fazê
-
lo puxar a velha terra negra);
Ž'èn fIyc
Iè siŝIaŝ
–
Retirado, torturado (iluminado)
O preto reflete um extremo grau de atitude de rejeição:
Dzè fIycIèm huèdè
–
Como uma horda (iluminada. parece um exército negro).
Vyndym huèdèu fIycIèŝ
–
Muito preto (iluminado. preto como uma torre).
Ŝ
aj fIycIèž' iuasèk"ym
–
Não vale um centavo (aceso. não vale um centavo preto).
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Larisa Khanbievna KHARAEVA; Musadin Latifovich KARDANOV; Madina Yurievna EZAOVA; Lena Khabilovna KHEZHEVA e Juleta
Khabasovna SHUGUSHEVA
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Com a ajuda do negro, uma caracterização pouco lisonjeira é dada, uma avaliação moral
em comparação com animais que causam em
oções negativas.
Bèdž fIycIèm huèdèŝ
–
Como uma aranha negra; perigosa.
Zi šèrèz bzadžèr blè fIycIèŝ
–
Afiada na língua como uma cobra; calúnia (literalmente:
quem tem uma picada astuta, aquela cobra negra).
O preto está presente em declarações de aviso co
municativo, tais como:
Fyz fIycIè naŝh"uè uèri k"yumyšè, fIyuè pl"ag"umi k"yumyg"ašè.
(
GUTOVA, 2006,
p.
8)
–
Não case com uma mulher negra com olhos grisalhos, e não deixe seu amigo se casar com
um assim.
Fyz fIycIè nè k"uèlèn ui dzyh′ jomyg"èz.
(
GUTOVA, 2006,
p. 9)
–
Não confie em uma
mulher de olhos castanhos escuros.
Nestes avisos encontra expressão, em nossa opinião, a conexão arquetípica entre preto
e escuridão, escuridão, infortúnio.
O preto na imagem adyghe do mundo é polifônico, pois tem ca
racterísticas negativas e
positivas. Em nossa opinião, isso ocorre porque qualquer qualidade pode ser transformada em
o oposto, em condições adequadas. O preto pode, assim, representar força, poder, boa
qualidade, alto grau de qualidade e, claro, beleza fí
sica:
LIy fIycIè g"uŝIynè
–
forte, corajoso (iluminado. um homem negro como o aço);
Ŝ
Ialè fIycIè nèkIufIè, ah"šè fIycIè gufIakIè
–
Um cara sombrio, bem
-
humorado, cheio
de dinheiro (literalmente: um negro com um rosto feliz, um seio com dinheiro negro);
Byr
tIym ež'èu ŝytt Laucè kIèstum fIycIè dahè ŝyŝitIèg"auè.
–
Liautsa, vestida com um
lindo terno preto, estava esperando por Byrtyma.
I tepl"èkIè Musèrbij ŝIalè zèkIužŝ, ŝh'èc fIycIè nabdzè fIycIèŝ, i nè pIaŝitIym nuryr
k'yŝIeh.
–
Musarbij parece um cara sóli
do, cabelo preto, sobrancelhas pretas e olhos grandes
brilham.
Eu paŝIè fIycIèm Iè dil"auè
.
–
Acariciando seu bigode preto.
Nè fIycIè pIaŝèhèr k"yzèpl"mè.
-
Grandes olhos negros estão olhando para mim.
MèčrèIil ith'èk"uat nè fIycIè lydym.
–
Mačrail ficou h
ipnotizado pelos olhos pretos
brilhantes.
GufIèg"uèr i nè fIycèšhuitIym k"aŝIolydykI, nèkIuŝh'itIym ŝonèhu, pIyrypI Iupèpl"hèm
ŝyzoŝè
.
–
Alegria irradia de seus grandes olhos negros, suas bochechas brilham, elas são visíveis
em seus lábios vermelhos e fisa
lis.
Šh'èg"ubžèm teg"èŝIauè ŝytyhu k"eŝètèha ŝh'èc nal"è fIycIèhèr zyŝiIètyžym iredzèkIyž,
arŝh'èkIè adrej ŝh'èc ŝIyl"ènyk"uèr zèkIèŝIol"èl"ri ŝh'èg"ubžaŝh'èm tez mèh"u.
–
Subindo, ela
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escovou uma mecha de cabelo preto que havia escorregado enquanto ela es
tava encostada na
janela, mas o resto do cabelo caiu e caiu sobre o parapeito da janela.
O rosto, que tem três cores
-
preto, branco e vermelho, está associado à beleza, harmonia
e saúde e em muitas culturas é considerado um padrão universal de beleza.
Uni
dades de comunicação que refletem a experiência de comunicação com as pessoas,
alertam contra o viés, a superfície dos julgamentos tem conotações positivas.
I fèr fIycIè ŝh'èkIè, i kIuècIyr dag"èŝ
–
Preto por fora, mas oleoso por dentro; não julgue
pela ap
arência (iluminada. embora a pele seja preta, por dentro é oleosa).
Ezyr fIycIèmi i kIuècIyr k"abzèŝ
–
não julgue pela aparência (literalmente: embora ele
seja negro, tudo está limpo por dentro).
H'è huž'ri h'èŝ, h'è fIycIèri h'èŝ
–
Um cão branco é um cach
orro, um cão preto é um
cachorro.
O negro tem um grande impacto emocional em descrever a natureza.
Tafèr ŝh"uantIag"èm âmyŝtè ŝIykIè, g"athè vakIuèlIym kolhoz gubg"uèr uIèg"è
fIycIèkIè zèŝIeŝtè, uafèg"uag"uè uèšhyr vag"uè Iègu uŝIahèm irekIutè, nartyhu h'è
dzè pIaŝèu
.
–
Até que o campo esteja coberto de brotos verdes, o arado de primavera cobre um grande
campo com feridas pretas, uma chuva de tempestade cai em suas palmas abertas, na forma de
grandes grãos de milho.
Uèzdyg"ènèfyr unkIyfIypaŝ, ŝh'èteph"uè fIy
cIèkIè žèŝym h"ureâg"yr iufyh'aŝ.
–
O fumo
saiu completamente; a noite cobriu tudo ao redor como se fosse um lenço preto.
Ŝ
ihu l"agèhèm ŝIakIuè fIycIèm eŝh'u nybž' âdzyrt
.
–
Os álamos altos davam sombra
como mantos pretos.
A percepção de cor de Adyghe do mundo é caracterizada por uma conexão associativa
entre o ambiente hídrico e a cor preta, que remonta à adoração do deus pagão do trovão e do
relâmpago Shible, como mencionado acima.
Aby el"ag"u Bešto Iuaŝh'èšhuèm ufafèu k"y
ŝ
h'èŝytadžè pšè fIycIè guèrènhèr.
–
Ele vê
um aglomerado de nuvens negras balançando sobre Beshto Hill.
ZèkIèl"ypytu uafèh"uèpskIyr mèlydri i mafIè šabzèhèmkIè pšè fIycIè fènd abrag"uèr
zèpheupŝIykI.
–
Relâmpago após um raio brilha e rompe grandes nuvens n
egras infladas com
suas flechas ardentes.
Se a cor preta evoca principalmente emoções negativas, a cor branca efetiva o
significado de neutralidade, indiferença. O simbolismo linguístico do branco nos circassianos,
como em quase todas as linguoculturas con
hecidas, reflete o sistema de valores éticos, como
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nobreza, pureza espiritual, honestidade, honra, dignidade, amor, que encontrou sua refração em
provérbios e provérbios expressando os princípios étnicos de moralidade e moralidade:
Zi psal"è nahuèm i napèr
huž'ŝ
–
Com uma alma pura (literalmente: quem tem palavras
claras e verdadeiras, seu rosto é branco);
Uèsym huèdèu huž'ŝ
–
Pura como neve branca;
Napè huž'kIè
-
Com a consciência limpa (iluminada. com um rosto branco);
K"uarg"rè pèt, i šyrym «huž' cIykIuk
Iè jodžè».
–
Amar o próprio (literalmente: até o
corvo chama seu filho de "pequeno branco");
Ari pèžŝ, šak"è huž'yrŝ uè nèh" uk"èzycIèlènur.
E a verdade é que você estará mais
manchado de tinta branca.
Huž' zaŝIynu â gug"èžu.
–
Tentando ser limpo (branco);
PcIyr Iudanè huž'kIè daŝ
–
A mentira se tornará aparente (acesa.
As relações status
-
papel em muitas tradições culturais nacionais são marcadas com a
cor antinomia "branco
-
preto".
K"upŝh'è huž'
–
Conheça o osso branco. Na m
ente popular, o branco assume o
significado negativo oposto de preguiça, ociosidade.
Ièpè huž'
-
ŝh'èh myŝIè
-
Uma mulher de mãos brancas que não conhece a fadiga.
Branco pode ser uma metáfora para raça, inusitação, singularidade.
Šym i natIèm huž'yšhuè is
mè, natIè g"udžèŝ, huž′ maŝIè ismè, natIè vag"uèŝ.
(crenças
supersticiosas)
–
Se o cavalo tem uma grande mancha branca, é uma testa espelhada, e se a
mancha branca é pequena, é uma testa com uma estrela.
K"uarg" huž'
–
como um corvo branco, diferente do re
sto.
O papel do branco é significativo em denotar a beleza de uma pessoa, de toda a sua
aparência. Uma mulher bonita é chamada de " èryk " uè pŝèhu
–
pomba de peito branco,
нцкIуцуу
–
de cara branca.
Syt huèdizrè k"edèhèŝIa, syt huèdizrè k"eŝèbèkIa lèž'yg"
è kuèdym ažmyž vèg"u ŝIiŝIykIa
a Ièšhuèr H"anguaŝè i ŝIyfè huž'ym!
–
Quantas vezes essas mãos grandes, endurecidas do
trabalho, foram acariciadas, quanto tempo foram macias para a pele branca do Hanguasho.
Si pŝèm pIaŝIèu irešèkI Iè huž'itIyr
.
–
Apressadam
ente envolve seus braços brancos em
volta do meu pescoço.
Uèsu bostej huž'ybzèm džèdynèu h"urej fIycIè cIykIuhèr hèph"auè ŝyg"t
.
–
Ela estava
vestida com um vestido branco
-
neve, repleto de preto, como olhos de galinha, pontos.
A presença do branco na descr
ição das realidades circundantes, o ambiente sujeito
-
espacial é explicado pelo impacto do ambiente natural. Como regra geral, o branco na descrição
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dos fenômenos naturais tem uma conotação positiva, pois está simbolicamente associado à
pureza.
DènèkIè upl"
èmi uès huž′ dahèr Ui tafè g"uabžèhèm k"ytoh′è; Čèsej huž' džanèhèr di
h'èsèm
.
–
Onde quer que você olhe, a neve branca pura deita no chão; Como camisas brancas
no jardim.
Nyšèdibè k"ènžalyr huž'u nèhu k"ekIaŝ, arŝh'èkIè k"ul"šyk"u h"uhukIè tekIyžaŝ
.
–
Pel
a
manhã o telhado estava branco, mas às dez horas da manhã tudo derreteu.
K"uažèm psydzè k"yŝIèua huèdèu, dènèkIi g"azè, psy inar uèramhèm dèzt, žyghèri,
unèhèri, uafè ŝh"uantIè, pšè huž' Ièramèhèri ŝyzèryzeh'èu k"iŝu.
–
É como uma inundação na
aldeia, poç
as são visíveis em todos os lugares, onde árvores, casas, o céu é azul, nuvens brancas.
Mes, šè l"èdij huž'hèr zyr zym kIèl"ykIuèu uèru pègunym jol"adè.
–
Aqui, os respingos
de leite branco, um por um, são enviados para o balde.
Mazèr Iè huž'kIè bgym tol"a
ŝ
Iè.
–
A lua está acariciando as montanhas com as mãos
brancas.
Mysh'ud i gug"è hihyžypat my dunejm zy huž'ag" il"èg"užyn imygug"èu
.
–
Myshud
perdeu toda a esperança de que um dia veria algo leve (literalmente, brancura, ou seja, a beleza
do mundo) neste
mundo.
Branco pode significar excitação extrema, emoção negativa, nostalgia.
Aphuèdèurè i
fèr huž'ybzè h"uat, psèumi lIami umyŝIèu.
–
Ele ficou pálido, era impossível determinar se ele
estava vivo ou morto.
Além disso, no discurso dos
circassianos, declarações alegóricas e tabu usando
designações de cores são usadas, projetadas para esconder os traços de caráter negativo da
geração mais velha, por exemplo: afinal, o respeito à idade é tão fortemente tecida na imagem
do mundo que formou
tabus tornou
-
se a norma da vida (
EZAOVA; KARDANOV;
SHUGUSHEVA, 2019)
.
Ž'akIèr huž′ h"umè, fIycIè h"užk"ym
–
что процло, того не вернуть (iluminado. se a
barba ficou branca (ficou cinza), então ela não vai mais ficar preta).
Uma das cores dominantes é o ver
melho. Vermelho, como um dos componentes da
tríade universal, personifica paixão, agressão, amor, alegria, luta, um desafio ao destino, raiva,
inspiração, irritação, rejeição, energia, prazer, movimento, calor, sexualidade, tensão, atenção,
perigo. A sensa
ção sensorial da sede corresponde a ela, e seu conteúdo emocional é o desejo.
Na imagem de Adyghe do mundo, vermelho é um indicador de fortes emoções, na maioria das
vezes vergonha ou, pelo contrário, orgulho, alegria.
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Larisa Khanbievna KHARAEVA; Musadin Latifovich KARDANOV; Madina Yurievna EZAOVA; Lena Khabilovna KHEZHEVA e Juleta
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MaskIèm huèdèu k"yzèŝIènèn
–
blush (iluminado. blush como carvão vermelho, carvão
quente);
CIypl"u k"yzèŝIènèn
–
blush;
I nèr Iudanè pl"yž'kIè k"èdyh'aŝ
–
olhos avermelhados (olhos acesos com fio vermelho);
PcIy iups pètrè pl"yž′ h"uk"ym
–
mente e não cora.
Zamirèt nèh" pl"yž'yž k"
èh"uaŝ.
–
Zamirat corou ainda mais.
A psor zèrig"èzahuèu, iŝIènur imyŝIèžu zèm pl"yž′, zèm huž′ h"uuè ŝyst Zamirèt,
psal"èmak"ri zèhimyhyu.
–
Ponderando tudo isso, sem saber o que fazer, Zamirat senta
-
se agora
corando, agora ficando branco, sem ouvir a con
versa.
Sofât zèuè pl"yž′ mèh"uri i ŝh'èr eg"èl"ah"šè, i napIèhèr ireh'èh.
–
Sophiat
imediatamente corou e baixou a cabeça, baixando os olhos.
Aružan pl"yž'u k"yzyŝIènat, i nèkIum pŝIèntIèps k"ekIuat, gušhuag"èkIè i gur zel"atèrt,
guhèh"uè inkIè i nitIyr l
ydyrt
.
–
Aružan corou, seu rosto ficou suado, mas seu coração tremulava
de orgulho, seus olhos brilhavam de alegria.
Vermelho está associado com raiva, perigo, doença física.
Hyv bostej pl"yž" il"èg"ua huèdè
–
furioso; fique muito irritado (literalmente: p
arece
um touro que vê um vestido vermelho);
Dèp pl"yž'u k k"yzèŝIènaŝ
–
fique com raiva (aceso. ficou vermelho como carvão
quente);
Šè pl"yž′ k"yraph"yh.
–
balas vermelhas (vermelhas) estão chovendo.
Eu pl"yrž'èrag"ri nèh' maŝIè h'uaŝ
.
–
A vermelhidão e o
calor são menores.
Mas, em geral, o vermelho tem um simbolismo que afirma a vida, detalhando em
imagens que expressam beleza, brilho, elegância, festividade.
Myr sytu thyl" pl"yž′ kuèd!
–
Quantos livros vermelhos!
Pèžu, ar pl"yž′ ig"uèdžèk"ym
–
nèkIuŝh'è
pl" zèkIužŝ, por exemplo"èleâuè fè lej
zèrih'èrk"ym, i pk"ym jokIuž.
–
Verdade, não muito vermelho
–
o blush é bonito, e não muito
gorduroso, bonito à sua maneira.
Musè k"uè k"yhual"huati kh"uejpl"yž'kIèryŝIè imyŝIu idak"ym.
–
Musa tinha um filho,
e em h
omenagem a isso ele insistiu no jogo de "queijo vermelho pendurado".
Sof'ât i nitIyr k"yzètreh erag"kIè, pIèm k"otIysh'èri, šhyIèn pl"yž' hèdykIar l"ènyk"uèkIè
iredzèkI
.
–
Sofyat mal abre os olhos, senta na cama e joga de lado o cobertor vermelho bordado.
Mes, kh"uèŝynyŝh'è th"uèpl"hèr nèh"ri zèŝIeg"anè, žyg Ièdijhèm dyŝèps ârekIyh,
«Zor'kèm» i bg"uèŝIyr zèrypl"yž'ym i lejuè dèp ž'èraž'è eŝI, šyg"uègu h'èsè bg"ufIèhèri zèŝIeŝtè
—
psori mèth"uèpl", guapèu zèŝosykI.
–
Aqui, as telhas vermelhas se espremem, ai
nda mais, as
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árvores estão cobertas de ouro, apesar da vermelhidão a inclinação do "Amanhecer" se torna
vermelha ardente, abraçando caminhos largos
–
tudo fica vermelho, brilhando lindamente.
O vermelho é dinâmico, ambivalente porque pode simbolizar tanto
um princípio
afirmativo da vida e destruição, doença, morte, destruição, que é uma continuação da tradição
mitopoética.
Conclusões.
O vocabulário denotador de cores é estudado a partir de duas posições
mutuamente exclusivas: percepção humana de cor (ontol
ogia e pragmática) e a estrutura de
significados de cores específicos (semântica e semiótica de cor).
Ao criar uma imagem holística do mundo, a percepção de cores desempenha um papel
importante como parte da informação visual. Unidades de texto com semânti
ca de cores criam
não apenas uma imagem visual; eles carregam informações adicionais e certos tons
emocionalmente expressivos.
O problema global da imagem colorida do mundo é o problema da possível
categorização de cores. Ao descrever denominações de cor n
a linguística, os pesquisadores
enfrentam principalmente o problema de classificar adjetivos de cor. Na área de codificação de
cores, o conceito de um protótipo é usado. Um protótipo é membro de uma categoria que
incorpora plenamente as propriedades e cara
cterísticas de uma determinada categoria, portanto,
os valores de cor podem ser qualificados de acordo com o princípio da correlação com um
protótipo de cor.
Os denominados de cor de uma determinada língua têm uma especificidade nacional e
cultural pronunc
iada e são elementos significativos para a construção de um fragmento da
imagem nacional do mundo da comunidade linguocultural correspondente. Com base nos dados
sobre os nomes das cores na língua, pode
-
se julgar seu desenvolvimento histórico e cultural, s
e
entendermos por esse desenvolvimento a ordem de aparência na linguagem de certos nomes
das flores
.
Conclusões
O mundo universal é refratado na imagem colorida de Adyghe
do mundo. Em geral, a
imagem mítica da cor e as imagens colorísticas do autor individual não vão além da conhecida
estrutura da visão de mundo, originalmente estabelecida na tríade preto
-
branco
-
vermelho,
permanecendo no contexto da pintura colorida tradic
ional. Ao mesmo tempo, a percepção de
cor nacional de Adyghe sobre o mundo dentro dos denominados de cores analisadas é
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Larisa Khanbievna KHARAEVA; Musadin Latifovich KARDANOV; Madina Yurievna EZAOVA; Lena Khabilovna KHEZHEVA e Juleta
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distinguida pelo brilho, alto grau de monocromia e integridade, que reflete ideias étnicas sobre
princípios morais e o significado da vi
da
.
REFERÊNCIAS
BASOVSKAYA, E. N.
Associative field of adjectives
-
color meanings in the Russian
language picture of the world (according to the linguistic experiment)
. Kazan: Kazan
University, 2004.
BERLIN, B.; KAY, R.
Basic Color Terms
: Their Univer
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California Press, 1969.
EZAOVA, M. YU.
Linguistic cultural codes in the lexical and semantic field of kinship of
the Kabardino
-
Circassian language
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-
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image/svg+xml
Linguística moderna:
Questões
da construção de uma imagem linguística colorida e o funciona
mento dos lexemas coloridos
Rev. EntreLínguas,
Araraquara, v.
8
, n.
esp. 1,
e022018
,
mar
.
20
22
.
e
-
ISSN: 2447
-
3529
DOI:
https://doi.org/10.29051/el.v8iesp.1.16929
17
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Como referenciar este artigo
KHARAEVA, L. K.; KARDANOV, M. L.; EZAOVA, M. Y.; KHEZHEVA, L. K.;
SHUGUSHEVA, J. K.
Linguística moderna:
Q
uestões da construção de uma imagem
linguística colorida e o funcionamento dos
lexemas coloridos
.
Rev. EntreLínguas
, Araraquara,
v. 8, n. esp. 1, e022018,
mar
. 2022. e
-
ISSN: 2447
-
3529. DOI:
https://doi.org/10.29051/el.v8iesp.1.16929
Submetido em
:
04/12/2021
Revisões requeridas em
:
28/01/2022
Aprovado em
:
06/03/2022
Publicado em
:
30/03/2022
image/svg+xml
Modern l
inguistics:
I
ssues of co
nstruct
ing a linguistic color picture
and the functioning of color lexemes
Rev. EntreLínguas,
Araraquara
, v.
8
, n.
esp. 1,
e022018
,
M
a
r
.
20
22
.
e
-
ISSN:
2447
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3529
D
OI:
https://doi.org/10.29051/el.v8iesp.1
.16
929
1
MODERN LINGUISTICS: ISSUES OF CONSTRUCTING A LINGUISTIC COLOR
PICTURE AND THE FUNCTIONING OF COLOR LEXEMES
LINGUÍSTICA MODERNA: QUESTÕES DA CONSTRUÇÃO DE UM
A IMAGEM
LINGUÍSTICA COLORIDA E O FUNCIONAMENTO DOS LEXEMAS COLORIDOS
LINGÜÍSTICA MODERNA: PROBLEM
AS DE LA CONSTRUCCIÓN DE UNA
IMAGEN LINGÜÍSTICA EN COLOR Y EL FUNCIONAMIENTO DE LOS LEXEMAS
DE COLOR
Larisa Khanbievna
KHARAEVA
1
Musadin Latifovich
KARDANOV
2
Madina Yurievna
EZAOVA
3
Lena Khabilovna
KHEZHEVA
4
Juleta Khabasovna
SHUGUSHEVA
5
ABSTRACT
:
A
rtistic discourse is understood as a communication system, which is a
synthesis of specific linguistic forms, information about reality, reflected in a text that is
distinguished by its pragmatic content. The prag
matic level of artistic discourse is repr
e
s
ented
by an individual set of characteristic linguistic means. The object of the research is the
linguistic units denoting color, functioning in the language, mythopoetics, paremias, and
literature in the Adyghe l
anguage. The subject of the research is t
h
e
peculiarities of the
manifestation and functioning of color painting in the Adyghe language and Adyghe
literature, as well as the identification of the specifics of the coloristic embodiment of images
in the work
s of Adyghe authors. The material of the
r
e
search is based on the linguistic
representations of color designations that form the "black
-
white
-
red" triad
.
KEYWORDS
:
Coloronym
.
Artistic
discourse
.
Color
categorization
.
Lingua
-
c
olor
picture of
the world
.
The
evolution of color names.
1
Kabardi
no
-
Balkarian State University named after H.M. Berbeko
v
(KBSU)
, Na
lchik
–
R
ussi
a
.
Department
of
German and Romance Philology
.
Professor
.
ORCID
:
https://orcid.org/0000
-
0002
-
8993
-
164X
.
E
-
mail:
larisa_haraeva@ram
ble
r.
ru
2
Kabardino
-
Balkarian Stat
e Univ
ersity
named after H.M. Berbekov
(KBSU)
, Nalchik
–
Russ
ia
.
Department of
Kabardino
-
Circassian Language
.
Associate Professor
.
Candidate of Philological
.
ORCID
:
https://orcid.org/0000
-
0002
-
3393
-
549X
.
E
-
mail:
musadin07@
mai
l.
ru
3
Kabardino
-
Balkarian Stat
e Univ
ersity
named after H.M. Berbekov
(KBSU)
,
Nalchik
–
Russ
ia
.
Department of
the Kabardino
-
Circassian Language and Literature
.
Professor
.
ORCID
:
0000
-
000
3
-
4369
-
181X
.
E
-
mail:
m.yu.ezaova@mail.ru
4
Kabardino
-
Balkarian Stat
e U
ni
versity named after H.M
. Berbekov
(
KBSU)
,
Nalchik
–
Russi
a
.
Department of
the Kabardino
-
Circassian Langu
age and Literatu
re
.
Associate Professor
.
ORCID
:
https://orcid.org/0000
-
0001
-
6480
-
9819
.
E
-
mail:
lenakhezheva@mail.ru
5
Kabardino
-
Balkarian State Uni
ver
si
ty named after H.
M. Berbekov
(KBSU)
, Nalch
ik
–
Russia
.
Department of
the Kabardino
-
Circas
sian Language and Literature
.
Associate Professor
.
ORCID
:
https://orcid.org/0000
-
0001
-
7162
-
5057
.
E
-
mail:
shugushd@mail
.ru
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Larisa Khanbievna KHARAEVA
;
Mu
sadin Latifovich KARDANOV
;
Madina Yurievna EZAOVA
;
Lena Khabilovna KHEZHEVA
and
Juleta
Khabasovna SHUGUSHEVA
Rev. EntreLínguas,
Araraquara
, v.
8
, n
.
esp. 1,
e022018
,
M
a
r
.
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22
.
e
-
ISSN:
2447
-
3529
D
OI:
https://doi.org/10.29051/el.v8iesp.1.16929
2
RESUMO:
O disc
u
rso artístico é entendido como um sistema de comunicação, que é uma
síntese de formas linguísticas específicas, informações sobre a realidade, refletidas em um
texto que se distingue por seu conteúdo pragmático. O nível pragmático do discurs
o artístico
é
r
epresentado por um conjunto individual de meios linguísticos característicos. O objeto da
pesquisa são as unidades linguísticas que denotam cor, funcionamento na língua,
mitopoética, parêmias e literatura na língua
A
dyghe. O tema da pesquisa
são as
peculi
a
ridades da manifestação e funcionamento da pintura a cores na linguagem e na
literatura
A
dyghe, bem como a identificação das especificidades da incorporação colorística
das imagens nas obras de autores
A
dyghe. O material da pesquisa baseia
-
s
e nas
represen
t
ações linguísticas dos desenhos de cores que formam a tríade “preto
-
branco
-
vermelho”.
PALAVRAS
-
CHAVE:
Colorística
.
Discurso
artístico
.
Categorização
de
cores
.
Imagem
d
o
mundo língua
-
cor
.
Evolução
dos
nomes das cores
.
RESUMEN:
El discurso artístico se e
n
ti
ende como un sistema de comunicación, que es una
síntesis de formas lingüísticas específi
cas, información sobre la realidad, reflejada en un
texto que se distingue por su contenido pragmático. El nivel pragmático del discurso artístico
está representado
po
r un conjunto individual de medios lingüísticos característicos. El objeto
de la investig
ación son las unidades lingüísticas que denotan color, funcionamiento en la
lengua, mitopoética, paremias y literatura en lengua adyghé. El tema de la investigación
so
n
las peculiaridades de la manifestación y el funcionamiento de la pintura en color en el
idioma
Adyghe y la literatura Adyghe, así como la identificación de los detalles de la encarnación
colorística de las imágenes en las obras de los autores Adyghe.
E
l
material de la
investigación se basa en las representaciones lingüísticas de los diseños
de color que forman
la tríada "negro
-
blanco
-
rojo".
PALABRAS CLAVE:
Colorónimo
.
Discurso
artístico
.
Categorización
del color
.
Imagen
lingua
-
color del mundo
.
Evoluci
ón
de los nombres de los colores.
Introduction
Two approaches are distinguished in the study of color lexemes: cultural relativism
and linguistic universalism. According to the first appro
ach, the process of color definition in
different languages is a
rb
itrary,
implying the absence of cle
ar boun
daries
in the meanings of
color designations. The second approach is due to the understanding of color as a semantic
universal with three interrelat
ed features
-
hue, brightness, saturation. The base unit is the
pr
imary co
lor term that meets the fol
lowing
criteri
a. The color designation has several
structural and formal features, namely, it can be conveyed by a monolexeme or a single
-
root
word, endowe
d with a differential meaning and the ability to objectify vario
us
items.
The
color designation must
be reco
gnizabl
e in the speech stream;
thus,
the word with the color
meaning must be general and refer to the basic vocabulary of the language
(
GATAULLINA
,
image/svg+xml
Modern l
inguistics:
I
ssues of co
nstruct
ing a linguistic color picture
and the functioning of color lexemes
Rev. EntreLínguas,
Araraquara
, v.
8
, n.
esp. 1,
e022018
,
M
a
r
.
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22
.
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-
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2447
-
3529
D
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https://doi.org/10.29051/el.v8iesp.1
.16
929
3
2
005
)
. The colo
r category is a continuous center of scientific i
n
t
erests b
ecause of its visual
featur
es
and the pre
s
ence of
environmental color position, which naturally requires
verbalization, as well as the possibility of highlighting the color lexemes in a certain ver
bal
cluster available for linguistic analysis in
va
rious as
pects.
Historical backgroun
d
The study of
color
lexemes is based on the universal perception of human color, the
objective existence of the lingua
-
color picture of the world, which is in constant
development,
complication, and refinement, deta
iling
the col
or spectrum requiring verb
alization. In s
olving
these problems, two main directions are distinguished: the hypothesis of linguistic relativity
by Sapir
-
Whorf and the theory of Berlin and Kay. Acco
rding to the Sapir
–
Whorf hypothesis,
we perceiv
e the
world f
iltered through the semant
ic categories o
f our n
ative language, and
color denomination in different languages is formed by both universal and language
-
specific
factors. The Berlin and Kay theory p
ostulates the universal nature of the evolution
of c
olor
den
ominates as semantic unive
rsals. One of t
he prob
lems of the color picture of the world is
the
issue
of the possible categorization of the color
(
BERLIN
;
KAY
,
1969
)
. Scientists
conclude the possibility of the c
ategorical color study, including
the s
electi
on and analysis of
the ent
ire spectrum: p
rimary colors a
nd shad
es. The category of color is universal, since it is
determined by the general perception of color, the presence of color space, and, as a
consequenc
e, the existence of the world colo
r pic
ture,
as a segment of the naive
picture of the
world, and if w
e consi
der color in the framework of the concept theory, as a segment of the
conceptual picture of the world
(
KHARAEVA
,
2017
,
p. 1
3
3
)
. The problem of categorization
of
the color space direc
tly l
ogical
ly follows the Sapir
-
Whorf
hypothesis of
linguistic
relativity, whic
h comes
down to the main idea that the possibility of different categorization
of reality is due to the relationship between the
languages
, its influence o
n speech behavior.
The
theo
ry und
er consideration postulate
s the influence
of the native language on
various
ethnic traits of behavior, thinking, and life of a separate human community. Despite the
universality of human thinking and the linguistic division
of the world, in diff
erent
langu
ages,
the color space has
its
nationally
colored
specificity of colo
r desig
nation, which is consistent
with the principles of anthropocentricity of linguistic activity.
The scientific novelty
of this work is determined by
the issues of the lingu
isti
c pict
ure
description
of the wor
ld, its linguis
tic color segment, cultural
percep
tion of color, the
importance of color lexemes in literature, and color designations in the work of Adyghe
image/svg+xml
Larisa Khanbievna KHARAEVA
;
Mu
sadin Latifovich KARDANOV
;
Madina Yurievna EZAOVA
;
Lena Khabilovna KHEZHEVA
and
Juleta
Khabasovna SHUGUSHEVA
Rev. EntreLínguas,
Araraquara
, v.
8
, n
.
esp. 1,
e022018
,
M
a
r
.
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22
.
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-
ISSN:
2447
-
3529
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https://doi.org/10.29051/el.v8iesp.1.16929
4
writers and poets, as well as the role an
d place of color denomi
nate
s in t
he construction of
artisti
c images
.
M
eth
ods
The work uses traditional methods
-
descriptive, semantic
-
stylistic, semantic field, and
modern approaches to linguistic research
-
cognitive, linguacultural, and anthropocentric. The
research is bas
ed on
scient
ific works of sc
ientists such as E.N.
Bas
ovskaya
(
2004
),
Vezhbitskaya
(
1997
),
Zhanturina
(
2012
),
Kudaeva
(
2008
),
Frumkina
(
1984
),
Fedorov
(
1988
),
Turner
(
1983
),
Kharaeva
(
2017),
etc.
The main source of experimental m
ateria
l is the
color
d
eno
min
at
ion
in the Adyghe
language at the level of mythopoetics and individual authors used in the literary text
.
Results and discussion
The formation of color systems in the culture of different peoples occurs
simultaneously with th
e emerg
ence of the firs
t
c
osmogoni
c symbol
s, the
first magical rites,
and
rituals... Studies of ancient cultures, as well as works on theoretical semantics, show that
already in the Stone Age, people singled out three basic colors: white, red, and black. T
he
conf
rontation betwee
n
G
od and t
he Devil
as th
e central concept of Chri
stianity determined the
binary nature of coloristic representations and was subsequently projected onto the axiological
tiers of perception. However, the confessional consciousness on
ly stre
ngthened the alr
e
ad
y
existi
ng oppos
ition
to colorations. The most
stable and frequent color opposition "white"
-
"black"
-
goes back to the ancient prototype "light"
-
"darkness", which in turn is an aesthetic
modernization of the philosophical conf
lict "C
haos"
-
"Univers
u
m"
, in whi
ch the l
ast te
rm is
understood as "orde
ring
"
(
FEDOROV
,
1988
,
p. 581
-
582
)
. The conclusion about the
opposition of contrasting colors
-
black and white
-
in almost all evaluative, sensory and
emotional characteristics looks
quite p
redictable. The
sec
ond stag
e is cha
ra
cter
ized by the
appearance of red in th
e universal human color perception. V. Turner was the first to single
out this pattern, who asserts the primacy and universality, as well as the outstanding value of
the tri
ad "whi
te
-
black
-
red"
(
T
URN
ER
,
1972
,
p. 76
)
.
Most
rese
archers
agree with this opinion.
At
the
same time, some scientists argue that in the universal triad white
-
black
-
red, the last
color is red, stood out first in the cultural and linguistic development of
the col
or space, the
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Modern l
inguistics:
I
ssues of co
nstruct
ing a linguistic color picture
and the functioning of color lexemes
Rev. EntreLínguas,
Araraquara
, v.
8
, n.
esp. 1,
e022018
,
M
a
r
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-
3529
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https://doi.org/10.29051/el.v8iesp.1
.16
929
5
im
por
tance of which i
n
the
life
of people at an early stage of human de
velopment is since this
color designation corresponds to the color of blood and fire
(
SHEMYAKIN
,
1960
,
p. 29, 48
)
.
Identification of the red color is due to differ
ent eth
nic groups, whic
h is
due to the
spe
cifics
of life
and habit
at.
Having identified a group of "basic
" color designations, Berlin and Kay further
investigated the stadial nature of the appearance of various color concepts. Thus, the evolution
of color
designa
tions is also un
iver
sal, which, in
our op
inion, i
s a conseq
uence of numerous
factors of a linguist
ic and
extra linguistic
nature, as well as a consequence of the widespread
use of contronyms for artistic purposes as the most important expressive mea
ns, the
tradition
of us
ing
which goes back
to th
e distan
t past
(
KHARAEVA
,
2017
,
p. 134
)
.
We can also talk about the
ethnic features of the color picture of the world, the
specifics of its segmentation, due to the habitat and the traditional material and sp
iritual
culture of the
ling
uistic communit
y
(
VAS
ILEVICH
,
2003
,
p. 1
3)
.
According
to
Vezh
bitskaya
(1997
,
p
. 286)
color designations are the re
sult of the
influence of perceptual
-
conceptual factors on the formation of linguistic categories and their
correlation with re
ality
.
Each
colo
r
writes
Zhanturina is associated with prototyp
ical denot
ations
-
standard
carriers of color.
Ho
wever
, color terms do not reflect the entire field of color, which leads to
the need for the emergence of sec
ondary
color nominations usi
ng a variety o
f ling
uis
tic
resources.
Nevertheless
, undoubtedly, there
is also t
he existence of color as a
linguacultur
al
category, fixed in the minds of native speakers, which in the process of its development is in
the process
of hie
rarchization in cultu
re
(
ZHANTURINA
,
2012
, p
. 68
)
. A language can
express the idea of color, appealing to
the visual
modality of perception, that is, the
s
ymbolism of color is conveyed by color lexemes, words in the semantic structure of which
there
is a c
olor meaning or denot
ing a certain
realit
y a
ssociated with any color. The processes
of formation of color
designatio
ns by psycholinguists are explained wit
hin the framework of
the theory of prototypes, which postulates the formation of most color le
xemes f
rom the
names of obje
cts that have
a cert
ain
color
(
RODIONOVA
,
2007
)
. Thus, the idea of the ability
of color to objecti
fy is conf
irmed, the connection of these words an
d their meanings with
objects for which one of their main characteristics is colo
r is su
bstantiated. Conseque
ntly, we
can t
alk ab
out
the motivation of these color lexemes, that the basis of nominative activi
ty is
the
motivational feature of color. Motivate
d color denominates are of particular interest due to
their great associativity,
which m
akes it easier to cla
rify the color
prefe
ren
ces of
image/svg+xml
Larisa Khanbievna KHARAEVA
;
Mu
sadin Latifovich KARDANOV
;
Madina Yurievna EZAOVA
;
Lena Khabilovna KHEZHEVA
and
Juleta
Khabasovna SHUGUSHEVA
Rev. EntreLínguas,
Araraquara
, v.
8
, n
.
esp. 1,
e022018
,
M
a
r
.
20
22
.
e
-
ISSN:
2447
-
3529
D
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https://doi.org/10.29051/el.v8iesp.1.16929
6
representatives of different linguistic cultures in the choice of co
lor motiva
tion
(
KHARAEVA
,
2017
,
p. 136
-
138
)
.
The motivation
of color lexemes, which goes back to protopic denotations, is most
cle
arly ma
nifested in naive lin
guistic consci
ousnes
s,
is reflected in mythopoetics and folklore,
therefore it is logical to preface the anal
ysis of co
lor denominates in the Adyghe picture o
f the
world with notes on the symbolism of color in the system of Adyg
he myth
opoetic
representatio
ns.
Color desi
gnatio
ns
in the Adyghe picture of the world are filled with deep symbolic
meaning and semantic
content, r
epresenting both the material world and
ethnic moral, ethical
and aesthetic principles and foundations. The A
dygeyan
picture of the world
distinguishes
sever
al
concepts in the writer's work (by the example of A.P. Keshokov) connected to the
pecul
iarities s
tudy of his artistic worldview, it seem
s especially relevant on the phraseological
linguistic material, in wh
ich the
"spirit of the peopl
e" is most cle
arly m
ani
fested.
These are
the concepts
gu
"heart
",
psè
"
soul"
,
zèman
"time",
etc.
(
SHUGUSHEVA
,
2017
)
.
Among the
color
-
forming concepts, the semiotically significant colors are red, black, and white. Well
-
known eth
nocultu
ral traditions descri
be visible rea
lity i
n o
ppositions, sta
rting with universal
ones,
which
develop
more comp
lex binary oppositions l
ater
. Color de
signations also form
cultural codes that are inherent in humans and are universal.
Moreover,
their ver
balizat
ion in a
separate cul
ture, in which
they
are
realized, is n
ationally determined
(
EZAOVA
,
2017
)
. The
universal color picture of the world marks every
thing posi
tive with white and negative with
black.
However,
in the universal picture of the world, th
ere are
also mutually exclus
ive
tendencies
that
dem
onstrate the polysemy of c
oloronyms. For example, as Z.Zh. Kudaeva, in
the Adyghe legends and rituals, f
avorable i
mplications are associated with white, but in the
paremias, the symbolism of white reveals
contrad
ictory tendencies.
Šy
m i l″ak″uiplI
ri
l″ak″u
èhumè, ug
″ursyzŝ, žaIèrt
.
«If a horse has all four legs white, then it is malicious, they
said».
In Adyghe mythology and folklore, attributes of various pagan gods are associated
with white and black flowers. The myth
-
ritual compl
ex
regulated the white co
lor of the
sacrificed anim
als. Animals of white color are associated with the "white
-
bodied and white
-
handed" deity of the Mazitha forest. Animals of black color were sacrificed to Šible
-
the god
of thunder and lightning, as well
as
to the god Ahyn, the p
atron saint of cattle, to
whom a
black buffalo was sacrificed in the spring before sowing. Ahyn also corresponds to the water,
sea elements. As you know, Ahyn was called the Black Sea. The iconic nature of black and
white symbolism
i
n the Adyghe mythologic
al
-
ritual complex reveals
a symbolic connection
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inguistics:
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ssues of co
nstruct
ing a linguistic color picture
and the functioning of color lexemes
Rev. EntreLínguas,
Araraquara
, v.
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of black with the element of rain, and more broadly, with the chthonic world, which
is
characteristic of many ethnocultural traditions
(
KUMAKHOV
;
KUMAKHOVA
,
1998
,
p.
96
-
98
)
.
In the n
at
ional epic, red is ass
oc
iated with the juxtaposition of the sexes, in which
white corresponds to the feminine principle, and red
-
to the masculine principle
(
PROKOFIEVA
,
2004
)
.
Red is the color of fertility, prosperity, and abundance.
Nartyhu pl″y
ž″ dyhèpsèmè
,
g″avèr bèv mèh″u, žaIèrt.
"If
you plant red corn along with grain, there will be a bountiful
harvest, they said."
G″ath″èm âpèu h′èndyrabg″uè pl″yž′ pl″ag″unu fIyŝ, žaIèrt
. "In the spring,
to see a red butterfly for the first time
is good, the
y said."
žèm l″huag″aŝIèm i kIèm h″ydan
pl″y
ž′ kIèraŝIèrt, nè temyhuèn ŝh′èkIè.
"A red rag was tied to the tail of a calving cow so that
it would not be jinxed." In the rules
-
omens, the red symbolism has a pronounced sacred
motivation and an un
ambiguously
positive assessment. Red is the color of the
life principle,
therefore red clothing is unacceptable in the cemetery, so red, symbolizing life and prosperity,
is not compatible with the territory of death. Here the dichotomy "life"
-
"death", "t
his world"
-
"that world".
Ŝ
yg″yn pl″yž′ pŝyg″yu kh″èm u
dyh′ènu fIyk″ym, žaIèrt
. "It's not good to go to
the cemetery in red clothes, they said
"
(
KUMAKHOV
;
KUMAKHOVA
,
1998
,
p. 97
)
.
Psycho
-
emotional states of a person are associated with universal prototypical
denotations of color, t
hat is, colors are asso
ciated with certain emotions.
Color
-
emotional
association is due to the physiology of emotional experience. Associations that arise are based
on metonymic and metaphorical thinking, color perception creates specific emotional
reactio
ns, and color and emoti
on terms have the same connot
ative structure in the language.
The color field is not limited only to primitive color values but is supplemented by tint or
secondary names that appeared in the process of secondary nomination from the
names of
various object
s of the surrounding reality
in the course of metonymic and metaphorical
transfers. The decisive role of the surrounding reality in the formation of the psychoemotional
state of a person, which exerts its influence on the perception
of color, is undeniable
and is
recognized by most re
searchers
(
KHARAEVA
,
2017
,
p. 136
-
138
)
.
Connotation is defined as a set of semantic aspects of a word that go beyond its simple
designation or reference. The emotional meaning seems to be mediated by the
association of
color terms with sit
uations or objects in real li
fe where this coloring is present. This can be the
coloration of natural things (blood red, grassy green, sky blue) or cultural artifacts (black
mourning clothes, red alarm lights, little girl
s dressed in pink), both of which c
an lead to
connotation. color
terms (more or less standardized) and even culturally sanctioned color
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Larisa Khanbievna KHARAEVA
;
Mu
sadin Latifovich KARDANOV
;
Madina Yurievna EZAOVA
;
Lena Khabilovna KHEZHEVA
and
Juleta
Khabasovna SHUGUSHEVA
Rev. EntreLínguas,
Araraquara
, v.
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symbology. Even if a color connotation ultimately depends on associations in inexperience of
which are the same for all
people, the specific value of that
connotation can vary from
lan
guage to language, from culture to culture, and even from person to person. Nevertheless,
E.N. Basovskaya in her experimental study shows that color names, representing a rather
closed group,
despite the mobility of the lexical
system and its dependence on
extralinguistic
reality, the emotional component of the associative field of words of the main lexical fund,
which includes color designations, is highly stable
(
BASOVSKAYA
,
2004
,
p. 205
)
.
Co
lor
designations, making up a fragment of the ling
uocultural picture of the wor
ld, in addition to
the explicit expression of color in the language, include wide implicit layers that are isolated
in the course of linguistic analysis of the emotional compone
nt of the word expressing color.
Color association
s are built based on memories
, experienced emotions, sensory images,
mental states
(
PROKOFIEVA
,
2004
, p. 237
)
.
Color is a concept since its meaning is not limited to the denotative meaning enshrined
in dict
ionaries. In addition to the stable, common for most, reactions
to a particular color or
colo
r combination, there are also individual reactions for different linguistic personalities and
even for the same person at different stages of his development. This
is part of the concept of
color, which depends on the worldview
, experience, and emotional s
tate of the individual; it
can be isolated in the process of interpretive work with specific texts, as well as with fiction,
works of an autobiographical nature. T
hese works provide rich material for conceptual
analysis, since
showing the real picture of t
he world from the point of view of the personality
is part of the author's task in the process of formation, the reflection of her fantasies, will,
experience and
emotions. Speaking about color as a concept, we consider its pri
mitive
meaning, as well as th
e entire system of concepts, connotations that form a specific semantic
field that reflects the entire palette of shades of one neutral color, which is the concept
of a
particular color. The expansion and complication of the co
lor nomination occur resultin
g in
the creation and formation of stylistic synonyms, the expansion of the semantic structure of
commonly used color designations based on color individual author
's associations that acquire
aesthetic significance in a literar
y text
(
KHARAEVA
,
2017
, p.
134
)
. The crea
tive refraction
of the color picture of the world in the works of any author is due to the impossibility
to talk about the color picture of the worl
d
in isolation from the individual
who perceives it. For every native speaker, the percept
ion of one color
or
another is associated with life experience, the psychophysical state is
determined by several objective and subjective factors, therefore, it is q
u
i
te
individual and is part of a naive picture of the world
(
FRUMKINA
,
1984
,
p.
30
)
.
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inguistics:
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nstruct
ing a linguistic color picture
and the functioning of color lexemes
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Black is the da
rkest color, and
in reality, it is the negation of color itself.
Life ends
beyond this absolute limit
. Black expresses the idea of non
-
being, extinction.
Bl
a
ck is no as
opposed to white yes. Black and white are the two extremes, the beginning, and the end.
Black as denial
symbolizes renunciation, complete
rejection;
it has a strong influence on any
color that is in the same group with it, emphasizing and e
n
ha
n
cing its characteristics. "
With
the help of black, hatred, enmity is expressed:
Ŝ
Iy fIycIèm ihun
–
S
que
eze out of the light (lit.
drive out from the black earth)
Ŝ
Iy fIycIèm ŝIèg″èl″èdèn
–
B
ury in the ground; sq
ueeze from the light (lit.
put under
black earth);
Bij fIycIè
–
E
nemy (lit.
black enemy);
Džèdu fIycIè âku dèžaŝ
–
Q
uarreled
(lite.
a black cat
ran between them);
Džèdu fIycIè uiIènu fIyk″ym, žaIèrt
.
–
It's not good to have a black cat, they said.
Black is often the culmination of the symbolism of many negative emotions,
experiences, conditions, misfortune, torment:
Symadžèm i n
ègur k″yzèIyh′aŝ, i
napŝIèhèr ezyr
-
ezy
ru zèhèufèžaŝ, pšè fIycIè ž′auè
k″itriŝIam huèdèu
.
–
The patient's face became gloomy, the eyelids sagged by themselves as if
black clouds had cast a shadow.
Ŝ
Iy fIycIèm ŝIyh′ami k″èg″uèt
–
A
n abyss, find
it even under
the g
round
(literally: find
it even if it has gone under the black earth);
Ièl fIycIèu k″yzèkIuèkIaŝ
–
V
ery angry (lit.
changed into a black savage);
H′èkIašè k″yŝIoh′èž, pšè fIycIèm huèdèu zyk″yzèŝIiŝIauè.
–
Hakyasho entered, p
uffing
up like a bl
ack clo
u
d.
Si gur ufIycIaŝ
–
E
xhaustion (lit.
my heart turned black).
Ŝ
Iy fIycIèž′ym eg″èIèn
–
B
urden (lit.
make him pull the old black earth);
Ž′èn fIycIè siŝIaŝ
–
P
ulled out, tortured (lit.
made my lungs black).
Black reflects an extre
me degree of reject
ion att
i
tude:
Dzè fIycIèm huèdè
–
L
ike a horde (lit.
looks like a black army).
Vyndym huèdèu fIycIèŝ
–
V
ery black (lit.
black as a rook).
Ŝ
aj fIycIèž′ iuasèk″ym
–
N
ot worth a penny (lit.
not worth a black penny).
With the help of black,
an unflattering cha
racteri
z
ation is given, a moral assessment by
comparison with animals that cause negative emotions.
Bèdž fIycIèm huèdèŝ
–
L
ike a black spider; dangerous.
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Larisa Khanbievna KHARAEVA
;
Mu
sadin Latifovich KARDANOV
;
Madina Yurievna EZAOVA
;
Lena Khabilovna KHEZHEVA
and
Juleta
Khabasovna SHUGUSHEVA
Rev. EntreLínguas,
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Zi šèrèz bzadžèr blè fIycIèŝ
–
S
harp on the tongue like a snake; slander (literally
:
whoever has a cun
ning st
i
ng, that black snake).
Black is present in communicative warning statements such as:
Fyz fIycIè naŝh″uè uèri k″yumyšè, fIyuè pl″ag″umi k″yumyg″ašè.
(
G
UTOVA
,
200
6
,
p.
8
)
–
Do not
marry a black woman with gray eyes, and
do not
let your friend
marry one like
tha
t.
Fyz fIycIè nè k″uèlèn ui dzyh′ jomyg″èz.
(
G
UTOVA
,
200
6
,
p. 9
)
–
Do not
trust a dark
brown
-
eyed woman.
In these warnings finds expression, in our opinion, the archetypal connection between
black and darkness, darkness, misfortune.
Black in the Ad
yghe
picture of the
world is polyphonic, as it has both negative and
positive features. In our opinion,
this is because
any quality can
be transformed into the
opposite
, under appropriate conditions
. Black can thus represent strength, power, good
quality,
a hi
g
h degree of qu
ality, and of course physical beauty:
LIy fIycIè g″uŝIynè
–
strong, courageous (lit.
a black man like steel);
Ŝ
Ialè fIycIè nèkIufIè, ah″šè fIycIè gufIakIè
–
A
dark, good
-
natured guy, full of money
(literally: a black guy with a happy face, a bosom with black money);
ByrtIym ež′èu ŝytt Laucè kI
èstum fIycIè dahè ŝyŝitIèg″auè.
–
Liautsa, dressed in a
beautiful black suit, was waiting for Byrtyma.
I tepl″èkIè Musèrbij ŝIalè zèkIužŝ, ŝh′èc fIycIè nabdzè fIycIèŝ, i nè pIaŝitIym nuryr
k′yŝIeh.
–
Musarbij looks like a solid guy
, black hair, black eyebr
ows, and big eyes shine.
I paŝIè fIycIèm Iè dil″auè
.
–
S
troking his black mustache.
Nè fIycIè pIaŝèhèr k″yzèpl″mè.
–
Big black eyes are looking at me.
MèčrèIil ith′èk″uat nè fIycIè lydym.
–
Mačrai
l was mesmerized by the shiny black
eyes.
GufIèg″uèr i nè fI
ycèšhuitIym k″aŝIo
lydykI, nèkIuŝh′itIym ŝonèhu, pIyrypI Iupèpl″hèm
ŝyzoŝè
.
–
Joy radiates from his large black eyes, his cheeks glow, they are visible on his red,
physalis lips.
Šh′èg″
ubžèm teg″èŝIauè ŝytyhu k″eŝètèha ŝh′èc nal″è fIycIèhèr zyŝiIètyžym ired
zèkIyž,
arŝh′èkIè adrej ŝh′èc ŝIyl″ènyk″uèr zèkIèŝIol″èl″ri ŝh′èg″ubžaŝh
′èm tez mèh″u.
–
Rising, she
brushed off a lock of black hair that had slipped while she was leaning
against the window,
but the rest of the hair fell apart and fell on the windowsill.
The face, which has three colors
-
B
lack, white, and red, is associated with beauty,
harmony, and health and in many cultures is considered a universal standard of beauty.
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ing a linguistic color picture
and the functioning of color lexemes
Rev. EntreLínguas,
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Communication units that reflect the experience of communicating with people, warn
against bias, the surface of judgments has positive connotations.
I fèr fIycIè ŝh′èkIè, i kIuècIyr dag″èŝ
–
A
lthough black on the outside, but oily inside;
do
not judge by appearance (lit.
although the skin is black, inside is oily).
Ezyr fIycIèmi i kIuècIyr k″abzèŝ
–
do not judge by appearance (literally: although he is
black himself, everything is clean inside).
H′è huž′ri h′èŝ, h′è fIycIèri h′èŝ
–
A
white dog is a dog, a black dog is a dog.
Black has a great emotional impact in describing nature.
Tafèr ŝh″uantIag″èm âmyŝtè ŝIykIè, g″athè vakIuèlIym kolhoz gubg″uè inhèr
uIèg″è
fIycIèkIè zèŝIeŝtè, uafèg″uag″uè uèšhyr vag″uè Iègu uŝIahèm irekIutè, nartyhu h′èdzè pIaŝèu
.
–
Until the field is covered with green shoots, the spring plowman covers a large field with
black wounds, a thunderstorm rain falls on his op
en palms, in
the form of large corn grains.
Uèzdyg″ènèfyr unkIyfIypaŝ, ŝh′èteph″uè fIycIèkIè žèŝym h″ureâg″yr iufyh′aŝ.
–
The
smokehouse went out
completely;
the night covered everything around as if with a black
handkerchief.
Ŝ
ihu l″agèhèm ŝIa
kIuè fIycIèm eŝh′u nybž′
âdzyrt
.
–
Tall poplars gave shade like black
cloaks.
The Adyghe color perception of the world is characterized by an associative
connection between the water environment and black color, dating back to the worship of the
pagan god of thunder and lightning
Shible, as mentioned above.
Aby el″ag″u Bešto Iuaŝh′èšhuèm ufafèu k″yŝh′èŝytadžè pšè fIycIè guèrènhèr.
–
He sees
a cluster of black clouds swaying looming over Beshto Hill.
ZèkIèl″ypytu uafèh″uèpskIyr mèlydr
i i mafIè šabzèhèmkIè pšè fIycIè fènd abrag″uèr
z
èpheupŝIykI.
–
Lightning aft
er lightning shines and breaks through large inflated black
clouds with its fiery arrows.
If black color mainly evokes negative emotions, white color actualizes the
meaning of
neutrality, indifference. The linguistic symbolism o
f white in the Circassians,
as in almost all
known linguocultures, reflects the system of ethical values, such as nobility, spiritual purity,
honesty, honor, dignity, love, which found its refr
action in proverbs and sayings expressing
the ethnic principles
of morality and morality:
Z
i psal″è nahuèm i napèr huž′ŝ
–
W
ith a pure soul (literally: whoever has clear,
truthful words, his face is white);
Uèsym huèdèu huž′ŝ
–
P
ure as white snow;
Napè huž′kIè
-
W
ith a clear conscience (
lit
.
with a white face);
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Larisa Khanbievna KHARAEVA
;
Mu
sadin Latifovich KARDANOV
;
Madina Yurievna EZAOVA
;
Lena Khabilovna KHEZHEVA
and
Juleta
Khabasovna SHUGUSHEVA
Rev. EntreLínguas,
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K″uarg″rè pèt, i šyrym «huž′ cIyk
I
ukIè jodžè».
–
T
o love one's own (literally: even the
raven calls its child "little white");
Ari pèžŝ, šak″è huž′yrŝ uè nèh″ uk″èzycIèlènur.
–
And the truth is, you will be more
stained with white ink.
Huž′ zaŝIynu â gug″èžu.
–
T
ry
ing to be clean (white);
PcIyr Iudanè huž′kIè daŝ
–
T
h
e lie will become apparent (lit.
the lie is sewn with white
thread).
Status
-
role relationships in many national cultural traditions are marked with the color
antinomy "white
-
black".
K″upŝh′è huž′
–
K
n
ow white bone. In the po
p
ular mind, white takes on the opposite
negative meaning of laziness, idleness.
Ièpè huž′
-
ŝh′èh myŝIè
–
A
white
-
handed woman who does not know fatigue.
White can be a metaphor for breed, uncommonness, singularity.
Šym i natIèm huž
′yšhuè ismè, natIè g″udž
è
ŝ
, huž′ maŝIè ismè, nat
Iè
vag″uèŝ.
(
superstitious beliefs
)
–
If the horse has a large white spot, it is a mirrored forehead,
and if the white spot is small, it is a forehead with a star.
K″uarg″ huž
′
–
like a white crow, different
from the rest.
The role
o
f white is significant in denoting the beauty of a person, of his entire
appearance. A beautiful woman is called the ″ èryk ″ uè pŝèhu
–
white
-
breasted dove,
нэк
I
уху
–
white
-
faced.
Syt huèdizrè k″edèhèŝIa, syt huèdizrè k″eŝèbèkIa
lèž′yg″è kuèdym ažmyž vè
g
″
u
ŝIiŝIykIa a Ièšhuèr
H″anguaŝè i ŝIyfè huž′ym!
–
How many times have these large hands,
hardened from work, been stroked, how long were soft for the white skin of the Hanguasho.
Si pŝèm pIaŝIèu irešèkI Iè huž′itIyr
.
–
Hastily wraps her white arms around
m
y neck.
Uèsu bostej huž′ybzèm džèdynèu h″urej fIycIè cIykIuhèr hèph″auè ŝyg″t
.
–
She was
dressed in a snow
-
white dress, strewn with black, like chicken eyes, dots.
The presence of white in the
description of the surrounding realities, subject
-
spatial
env
i
r
onment is explained by the impact of the natural environment. As a rule, white in the
description of natural phenomena has a positive connotation, as it is symbolically associated
with purity.
DènèkIè up
l″èmi uès huž′ dahèr Ui tafè g″uabžèhèm k″ytoh′è; Č
è
s
ej huž′ džanèhèr di
h′èsèm
.
–
Wherever you look, pure white snow Lays on the ground; Like white shirts in the
garden.
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ing a linguistic color picture
and the functioning of color lexemes
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Nyšèdibè k″ènžalyr huž′u nèhu k″ekIaŝ, arŝh′èkIè k″ul″šyk″u h″uhukIè tekI
yžaŝ
.
–
In
the morning the roof was white, but by ten o'clock i
n
the morning everything melted.
K″uažèm psydzè k″yŝIèua huèdèu, dènèkIi g″azè, psy inar uèramhèm dèzt, žyghèri,
unèhèri, uafè ŝh″uantIè, pšè huž′ Ièramèhèri ŝyzèryzeh′èu k″iŝu.
–
It is
like a flood in the
village, puddles are visible everywhere, where tre
e
s
, houses, the sky is blue, white clouds.
Mes, šè l″èdij huž′hèr zyr zym kIèl″ykIuèu uèru pègunym jol″adè.
–
Here, the white
milk splashes, one by one, are se
nt into the bucket.
Mazèr Iè huž′kIè bgym tol″aŝIè.
–
The moon is stroking the mountains with whi
t
e
hands.
Mysh′ud i gug″è hihyžypat my dunejm zy huž′ag″ il″èg″užyn imygug″èu
.
–
Myshud lost
all hope that he would someday see somethin
g light (literally, whiteness, that is, the beauty of
the world) in this world.
White can mean extreme excitement, negat
i
v
e emotion, nostalgia.
Aphuèdèurè i fèr
huž′ybzè h″uat, psèumi lIami umyŝIèu.
–
He turned pale, it was impossible to determi
ne
whether he was alive or dead.
In addition, in the speech of the Circassians, allegorical, taboo statements using color
designati
o
n
s are used, designed to hide the negative character traits of the older generation,
for example: after all, respect for age
is so tightly woven into the people's picture of the world
that formed taboos have become the norm of life
(
EZAOVA
;
KARDANOV
;
SHUG
U
S
HEVA
,
20
19
)
.
Ž′akIèr huž′ h″umè, fIycIè h″užk″ym
–
что
прошло
,
того
не
вернуть
(
lit
.
if the beard
has turned white (turned gray), then it will no longer turn black
).
One of the dominant colors is red. Red, as one of the components of the universal
triad, personifies pa
ssion, aggression, love, joy, struggle, a challenge to fate, rage, inspiration,
irritation, rejection, energy, delight, movement, warmth, sexuality, tension, attention, danger.
The sensory sensation of thirst corresponds to it, and its emotional content is
desire. In the
Adyghe picture of the world, red is an indicator of strong emotions, most often shame or, on
the contrary, pride, joy.
MaskIèm huèdèu k″yzèŝIènèn
–
blush (lit.
blush like red coals, hot coal);
CIypl″u k″yzèŝIènèn
–
blush;
I nèr Iudanè pl″yž
′kIè k″èdyh′aŝ
–
reddened eyes (lit.
eyes trimmed with red thread);
PcIy iups pètrè pl″yž′ h″uk″ym
–
lies and does not blush.
Zamirèt n
èh″ pl″yž′yž k″èh″uaŝ.
–
Zamirat blushed even more.
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Larisa Khanbievna KHARAEVA
;
Mu
sadin Latifovich KARDANOV
;
Madina Yurievna EZAOVA
;
Lena Khabilovna KHEZHEVA
and
Juleta
Khabasovna SHUGUSHEVA
Rev. EntreLínguas,
Araraquara
, v.
8
, n
.
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e022018
,
M
a
r
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A psor zèrig″èzahuèu, iŝIènur imyŝIèžu zèm pl″yž′, zèm huž′ h″uuè ŝys
t Zamirèt,
psal″èmak″ri zèhimyhyu.
–
Pondering all this, not knowing what to do, Zamirat sits now
blushing, now
turning white, not hear
ing the conversation.
Sofât zèuè pl″yž′ mèh″uri i ŝh′èr eg″èl″ah″šè, i napIèhèr ireh′èh.
–
Sophiat
immediately blushed an
d lowered her head, lowering her eyes.
Aružan pl″yž′u k″yzyŝIènat, i nèkIum pŝIèntIèps k″ekIuat, gu
šhuag″èkIè i gur zel″atèrt,
guhèh″uè
inkIè i nitIyr lydyrt
.
–
Aružan blushed, her face became sweaty, but her heart
fluttered with pride, her eyes shone with
joy.
Red is associated with anger, danger, physical ailment.
Hyv bostej pl″yž″ il″èg″u
a huèdè
–
furious; get angry very much (literall
y: looks like a
bull who sees a red dress);
Dèp pl″yž′u k″yzèŝIènaŝ
–
get angry (lit.
turned red like hot coal);
Šè pl″yž
′ k″yraph″yh.
–
red
-
hot (red) bullets are raining down.
I pl″yrž′èrag″ri nè
h′ maŝIè h′uaŝ
.
–
The redness and heat are less.
But in gene
ral, red has a life
-
affirming symbolism, detailing in images that express
beauty, brightness, elegance, festivity.
Myr sy
tu thyl″ pl″yž′ kuèd!
–
How many red books!
Pèžu, ar
pl″yž′ ig″uèdžèk″ym
–
nèkIuŝh′èpl″ zèkIužŝ, eg″èleâuè fè lej zèrih′èrk″ym, i
pk″ym
jokIuž.
–
True, not too red
-
the blush is beautiful, and not too plump, beautiful in its
own way.
Musè k″uè k″yhual″hua
ti kh″uejpl″yž′kIèryŝIè imyŝIu idak″ym.
–
Musa had a son, and
in honor of this he insisted on the game of "hanging red cheese."
Sof′ât
i nitIy
r k″yzètreh erag″kIè, pIèm k″otIysh′èri, šhyIèn pl″yž′ hèdykIar
l″ènyk″uèkIè iredzèkI
.
–
Sofyat barely opens her e
y
es, sits down on
the bed, and throws aside
the embroidered red blanket.
Mes, kh″uèŝynyŝh′è th″uèpl″hèr nèh″ri zèŝIeg″anè, žyg Ièdijhèm
dyŝèps ârekIyh,
«Zor′kèm» i bg″uèŝIyr zèrypl″yž′ym i lejuè dèp
ž′èraž′è eŝI, šyg″uègu h′èsè bg″ufIèhèri
zèŝIeŝtè
—
psori
mèth″uèpl″, guap
èu zèŝosykI.
–
Here, the red tiles flare
-
up, even more, the
trees are covered with gold, despite the redness the slope
of the "Dawn" becomes fiery red,
embracing wide paths
-
everything turns red, glowing beautifully.
Red is dynamic, ambiv
a
lent
because it can symbolize both a life
-
affirming principle
and destruction, illness, death, destruction, which is a continuation of
the mythopoetic
tradition.
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Modern l
inguistics:
I
ssues of co
nstruct
ing a linguistic color picture
and the functioning of color lexemes
Rev. EntreLínguas,
Araraquara
, v.
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, n.
esp. 1,
e022018
,
M
a
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Conclusions.
Color
-
denoting vocabulary is studied from two mutually exclusive
positions: huma
n
perc
eption of color (ontology and pragmatics) and the structure of specific
color meanings (semantics and semiotics of color).
In cre
a
ting a holistic picture of the world, color perception plays an important role as
part of visual information. Text units
with
color semantics create not only a visual
image;
they
carry additional information and certain emotionally expressive shades.
The
g
lobal problem of the color picture of the world is the problem of possible color
categorization. When describing color d
e
nomin
ates in linguistics, researchers are faced
primarily with the problem of classifying color adjectives. In the area of color
-
codin
g
, the
concept of a prototype is used. A prototype is a member of a category that fully emb
odies the
properties and chara
c
teristics characteristic of a given category, therefore, color values can be
qualified according to the principle of correlation with
a
color prototype.
The color denominates of a particular language have a pronounced nationa
l and
cultural specificity and
are significant elements for building a fragment of the national picture
of the world of the corresponding
linguacultural
community. B
a
sed on the data on the names
of colors in the language, one can judge its historical and c
ultural development, if we
und
e
rstand by this development the order of appearance in the language of certain names of
flowers
.
Conclusion
s
T
he universal world is
re
f
racted in the Adyghe color picture of the world. In general,
the mythopoetic picture of color and the individual a
utho
r'
s
coloristic images do not go
beyond the well
-
known framework of the worldview, originally laid down in the black
-
white
-
red triad, re
ma
i
ning in the context of traditional color painting. At the same time, the Adyghe
national color perception of the w
orld
w
i
thin the analyzed color denominates is distinguished
by brightness, a high degree of monochrome, and integrity, which reflects ethni
c
i
deas about
moral principles and the meaning of life
.
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Larisa Khanbievna KHARAEVA
;
Mu
sadin Latifovich KARDANOV
;
Madina Yurievna EZAOVA
;
Lena Khabilovna KHEZHEVA
and
Juleta
Khabasovna SHUGUSHEVA
Rev. EntreLínguas,
Araraquara
, v.
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e022018
,
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ed
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6
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022
Published
:
30/03/2022