image/svg+xmlReprodução da modalidade intersemiótica na adaptação cinematográfica do romance "Harry Potter e a Pedra Filosofal"Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 1 REPRODUÇÃO DA MODALIDADE INTERSEMIÓTICA NA ADAPTAÇÃO CINEMATOGRÁFICA DO ROMANCE "HARRY POTTER E A PEDRA FILOSOFAL" REPRODUCCIÓN DE LA MODALIDAD INTERSEMIÓTICA EN LA ADAPTACIÓN CINEMATOGRÁFICA DE LA NOVELA "HARRY POTTER Y LA PIEDRA FILOSOFAL" REPRODUCTION OF INTERSEMIOTIC MODALITY IN THE FILM ADAPTATION OF THE NOVEL “HARRY POTTER AND THE PHILOSOPHER'S STONE” Nataliia HOLUBENKO 1RESUMO: O artigo centra-se na formulação da estratégia de reprodução das palavras modais em tradução intersemiótica sobre a adaptação cinematográfica de "Harry Potter e a Pedra Filosofal" de J. K. Rowling. Visa-se, aqui, descrever as estratégias adaptativas da reprodução de palavras modais em tradução intersemiótica durante a adaptação de obra literária, que pode ser expressa em representação, gestos, movimentos e planos. Esta abordagem permite refletir elementos como fenômenos naturais, edifícios, objetos móveis e imóveis. Explorou-se a utilização de estratégias adaptativas nas duas semioses, bem como a modalidade do autor, e apresentou-se a comparação dos diálogos das obras. Foi estabelecido que, nas obras literárias, as palavras modais são frequentemente encontradas nas palavras do autor e nas reflexões dos personagens, ou seja, nos segmentos susceptíveis à corrosão durante tradução intersemiótica. Portanto, a fim de manter intencionalidade autoral, os tradutores recorrem a certas estratégias. Assim, neste artigo, essas estratégias foram identificadas no exemplo estudado. PALAVRAS-CHAVE: Tradução. Tradução intersemiótica. Modalidade. Adaptação cinematográfica. Harry Potter. RESUMEN: El artículo se centra en la cuestión de la formulación de la estrategia de reproducción de palabras modales en la traducción intersemiótica sobre el ejemplo de la adaptación cinematográfica de la novela "Harry Potter y la piedra filosofal" de J. K. Rowling. Este artículo tiene como objetivo describir las estrategias de adaptación de la reproducción de palabras modales en la traducción intersemiótica llevada a cabo durante la adaptación cinematográfica de una obra literaria, que pueden expresarse en la actuación, los gestos y los movimientos, así como en los respectivos planos. Este enfoque permite reflejar elementos como los fenómenos naturales, los edificios y los objetos móviles e inmóviles. Se exploró el uso de estrategias de adaptación tanto en la novela como en la adaptación cinematográfica, así como la modalidad del autor, y se presentó la comparación de los diálogos del libro y de la adaptación cinematográfica que contienen la modalidad. Se estableció que en las obras literarias, las palabras modales se encuentran con mayor frecuencia en las palabras del autor y en las reflexiones de los personajes, es decir, en los segmentos más susceptibles de corrosión durante la traducción intersemiótica. Por ello, para 1Universidade Nacional de Linguística de Kyiv (KNLU), Kyiv – Ucrânia. Professor Associado, Korunets Departamento de Filologia e Tradução Inglesa e Alemã Korunets. Doutorado em Filologia. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4850-721X. E-mail: n.irgovtsiy@gmail.com
image/svg+xmlNataliia HOLUBENKO Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 2 mantener la intención del autor, los traductores recurren a ciertas estrategias de adaptación. Por lo tanto, en este artículo se han identificado las principales estrategias de reproducción de palabras modales en la traducción intersemiótica a partir del ejemplo de la novela "Harry Potter y la piedra filosofal". PALABRAS CLAVE: Traducción. Traducción intersemiótica. Modalidade. Adaptación cinematográfica. Harry Potter. ABSTRACT: The article focuses on the formulation of the strategy of reproduction of modal words in intersemiotic translation of the film adaptation of "Harry Potter and the Philosopher's Stone" by J. K. Rowling. This article aims to describe the adaptive strategies carried out during the adaptation of the literary work, which can be expressed in acting, gestures, movements, and shots. Such approach allows to reflect elements as natural phenomena, buildings, movable and immovable objects. The use of adaptive strategies in both productions as well as the author's modality were explored, and the comparison of dialogues was presented. It was established that in literary works, modal words are frequently found in the author's words and in the characters’ reflections, i.e., in those segments that are susceptible to corrosion during intersemiotic translation. Therefore, to maintain the author's intention, translators’ resort to certain adaptive strategies, and the main strategies were identified on the example. KEYWORDS: Translation. Intersemiotic translation. Modality. Film adaptation. Harry Potter. Introdução A tradução intersemiótica, que pode ser definida como a interpretação de sinais verbais através de sistemas de sinais não verbais, tem, até agora, ganhado considerável significado. As fontes literárias são musicadas e reproduzidas na forma de desenhos animados, séries de televisão, quadrinhos, etc. Tais reproduções convencem o crescente número de pessoas a ler tanto a fonte original quanto a obra adaptada (BRANCO; SANTOS, 2017, p. 204). Por exemplo, alguns leitores podem estar dispostos a assistir à adaptação cinematográfica, enquanto o público que prefere assistir a filmes pode decidir ler o livro. Assim, a tradução intersemiótica promove o crescimento cultural e ajuda a construir a conexão entre a obra artística e o leitor/espectador, o que é especialmente relevante para best-sellers mundiais como, por exemplo, as obras de J. K. Rowling sobre o bruxo Harry Potter. No entanto, a tradução intersemiótica está, na maioria dos casos, associada a certas dificuldades, uma vez que a tradução de sinais verbais em imagens e outros sistemas não verbais provoca a perda de uma certa parte do significado implícito pelo autor da fonte original. Ocorre frequentemente que novos significados que estão ausentes no texto do autor
image/svg+xmlReprodução da modalidade intersemiótica na adaptação cinematográfica do romance "Harry Potter e a Pedra Filosofal"Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 3 são introduzidos na adaptação cinematográfica. Tais questões são mais comumente encontradas durante a tradução de certos meios lexicais e gramaticais que constituem o estilo individual e único do autor, em particular, os meios de modalidade (ANDERSON, 1993). O objetivodo artigo é estudar as estratégias adaptativas de reprodução de palavras modais da língua inglesa em tradução intersemiótica a exemplo da adaptação cinematográfica do mundialmente famoso romance de J. K. Rowling "Harry Potter e a Pedra Filosofal". O objeto de pesquisa é a tradução intersemiótica como um dos tipos do processo de tradução. O objetodo estudo são as estratégias adaptativas utilizadas durante a tradução intersemiótica de palavras modais na adaptação cinematográfica do romance "Harry Potter e a Pedra Filosofal", de J. K. Rowling. Metodologia do Modelo de Pesquisa de Estudo Modelo de pesquisa Os seguintes métodos linguísticos foram utilizados no estudo: 1) experimento associativo - demonstração da conexão entre objetos separados e os fenômenos correspondentes da realidade apresentados na literatura e em diversas adaptações cinematográficas; 2) método descritivo, que permitiu sistematizar os conceitos e abordagens para a definição das noções de "tradução intersemiótica" e "palavras modais"; 3) o método de modelagem em combinação com os métodos de análise definitiva e etimológica, que foi utilizado para identificar com base no material analisado as estratégias adaptativas utilizadas para reproduzir palavras modais durante a adaptação cinematográfica do romance "Harry Potter e a Pedra Filosofal"; 4) o método de cálculos quantitativos e elementos de análise estatística, o que facilitou o processo de processamento do material empírico coletado. O estudo também utilizou métodos científicos gerais, como análise, síntese, indução, dedução e generalização. Usando os métodos de indução, dedução e observação, o material linguístico de J.K Rowling em "Harry Potter e a Pedra Filosofal" e sua adaptação cinematográfica foram analisados, e as principais descobertas da pesquisa foram formuladas. Amostra do estudo
image/svg+xmlNataliia HOLUBENKO Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 4 A questão da tradução intersemiótica já foi estudada anteriormente por linguistas como Algeo (1987), Jakobson (1959), Kaźmierczak(2018) e outros pesquisadores. A questão da modalidade tem sido estudada por cientistas como Vold (2006), Holubenko e Demetskaya (2020), entre outros.
image/svg+xmlReprodução da modalidade intersemiótica na adaptação cinematográfica do romance "Harry Potter e a Pedra Filosofal"Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 5 Método de coleta e análise dos dados No curso da tradução intersemiótica de palavras modais durante a adaptação cinematográfica, a perda parcial do significado investido pelo autor da fonte original na obra é inevitável. Para minimizar as deficiências de tradução, certas estratégias adaptativas são usadas. O estudo é dedicado à análise das estratégias utilizadas pelo diretor da adaptação cinematográfica do romance "Harry Potter e a Pedra Filosofal", considerando o substancial valor literário e educacional do filme. Resultados No romance "Harry Potter e a Pedra Filosofal", de J.K. Rowling, foram utilizadas diferentes estratégias de reprodução de palavras modais, o que é atribuído à especificidade dos meios peculiares à indústria cinematográfica. Tradução intersemiótica durante a adaptação cinematográfica Tradução intersemiótica e seu lugar entre outros tipos de tradução Jakobson (1959, p. 233) identificou três tipos de tradução: interlinguística, intralinguística e intersemiótica. O tipo de tradução interlinguística significa tradução em seu sentido direto, ou seja, a transferência dos sinais produzidos de uma língua com a ajuda de outra língua. A tradução interlinguística é usada diariamente por tradutores de todo o mundo, uma vez que, no ambiente globalizado moderno, a necessidade de transmitir informações orais ou escritas de uma língua estrangeira para a língua nativa do destinatário é de importância urgente e vital. A tradução intralinguística, também conhecida como renomeação, envolve a interpretação de alguns sinais verbais usando outros sinais da mesma língua. É amplamente utilizado por profissionais como, por exemplo, médicos ou professores quando é necessário esclarecer uma definição ou termo pouco claro usando paráfrases ou palavras sinônimas. Desta forma, quando um sinônimo é considerado pela maioria mais bem sucedido do que o termo básico, neologismos às vezes podem ser formados. A tradução intersemiótica envolve a interpretação de sinais verbais através de sistemas de sinais não verbais. Em outras palavras, a tradução intersemiótica é a transferência de conteúdo não por meio da mesma ou de outra linguagem natural (ou verbal), mas por meio de
image/svg+xmlNataliia HOLUBENKO Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 6 um sistema semiótico não verbal, como coreografia, música, etc., por um lado, e linguagem lógico-informacional, por outro (KAŹMIERCZAK, 2018).A principal característica da tradução intersemiótica é que ela conecta dois ou mais sistemas de sinais, como linguagem e música, dança, arte, etc. Em outras palavras, uma obra literária é transmitida através de uma composição musical, performance teatral, balé, folclore ou outra dança, ou é retratada em pinturas, fotografias, etc. Portanto, quando William Shakespeare produziu a peça "Romeu e Julieta" baseada em um poema de A. Brooke, de fato, ele fez uma tradução intersemiótica. Por sua vez, traduções intersemióticas da peça de Shakespeare foram feitas por Tchaikovsky e S. Prokofiev, quando o primeiro criou uma fantasia de abertura, e o segundo compôs um balé. Adaptação para as telas, um tipoespecialde tradução intersemiótica Um dos tipos de tradução intersemiótica é a adaptação cinematográfica de uma obra literária e artística. Neste caso, o papel de tradutor é desempenhado por um diretor, que tenta incorporar as ideias do autor no filme. Um diretor deve inerentemente levar em conta a inevitabilidade das perdas, desenvolver uma estratégia de tradução específica e decidir quais componentes do texto podem ser sacrificados para transmitir as informações que podem ser consideradas as mais importantes (HOLUBENKO; DEMETSKAYA, 2020, p. 305). Durante a adaptação cinematográfica, parte do texto de origem permanece no mesmo sistema semiótico (ou seja, na forma de linguagem) e, portanto, o componente verbal do texto da obra original é parcialmente transferido. A parte restante é traduzida para a linguagem de outros sistemas. Consequentemente, os significados são realocados e depois recombinados, formando um macro-significado de um novo trabalho holístico - um longa-metragem. No entanto, seria irrelevante focar no isomorfismo (correspondência mútua-inequívoca) ou homomorfismo (correspondência monodirecional inequívoca de elementos) dos sistemas estudados. É importante ressaltar que uma adaptação cinematográfica não é um modelo ou uma marca da obra original, uma vez que o autor de um longa-metragem sempre introduz elementos individuais, estruturando e combinando os significados do texto original de uma maneira diferente (NUYTS, 2001, p. 22). Os principais elementos do filme que ajudam o diretor-intérprete no processo de tradução incluem cor, narração, diálogo, música, gestos e expressões faciais, entonação e tom das vozes dos personagens, bem como vários efeitos especiais.
image/svg+xmlReprodução da modalidade intersemiótica na adaptação cinematográfica do romance "Harry Potter e a Pedra Filosofal"Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 7 Likhodkina (2017) sugere a seguinte classificação de adaptações cinematográficas de textos literários: 1) adaptação cinematográfica baseada em uma obra de ficção. Nesse caso, alguns elementos são alterados pelo diretor-intérprete, enquanto a correspondência entre o original e o enredo permanece inalterada; 2) adaptação cinematográfica direta (tradução literal). Trabalhando com tais adaptações, o diretor-intérprete se esforça para transmitir com precisão o conteúdo da obra e as imagens dos personagens com o máximo de detalhes possível; 3) adaptação cinematográfica. O principal objetivo desse tipo de adaptação é criar, por meio da tradução intersemiótica e com base na fonte original, um trabalho completamente novo, que seria semelhante ao original (LIKHODKINA, 2017, p. 129). Problema da omissão parcial da ideia do autor da obra original durante a adaptação cinematográfica A omissão de alguns significados e sub-significados embutidos na obra do autor - a perda da chamada "voz", estilo e visão do mundo em que os personagens da fonte original vivem e agem - tem sido e continua sendo o problema fundamental da tradução intersemiótica. A principal diferença entre cinema e literatura é que as obras literárias são registradas por escrito, enquanto a descrição do enredo nos filmes é baseada no som na forma de música ou linguagem oral, ou seja, a diferença se reflete nas formas que a palavra assume - escrita ou oral. Normalmente, pouco espaço é dado às palavras do autor, enquanto a descrição de um objeto, sujeito ou ação é feita por meios não verbais. Além disso, o autor do filme é estritamente limitado pelo tempo do filme, enquanto a percepção do leitor sobre a fonte literária não é limitada no tempo (o que é especialmente o caso de best-sellers mundiais, como a série de obras de J.K. Rowling sobre Harry Potter), e pode se estender por algumas semanas; além disso, o leitor pode a qualquer momento retornar à obra e relê-la, buscando novos significados, enquanto o espectador geralmente é privado de tal oportunidade (embora atualmente, graças à tecnologia moderna, um filme também possa ser visto intermitente e repetidamente). Como sugerido por Christopher Keane, um famoso roteirista americano, um roteiro ideal deve conter de cento a cento e vinte páginas, com uma página correspondente a aproximadamente um minuto do filme. Segundo ele, o restante deve ser atribuído à incompetência do roteirista, pois não está incluído na versão final do filme nem é exibido na tela (KEANE, 1998, p. 1). 71).
image/svg+xmlNataliia HOLUBENKO Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 8 Problemas de tradução intersemiótica de palavras modais durante a adaptação cinematográfica O conceito e as características das palavras modais Os problemas da tradução intersemiótica surgem mais agudamente durante a reprodução de meios lexicais e gramaticais de modalidade por meios cinematográficos, uma vez que as palavras modais expressam: 1) afirmação do autor a respeito de momentos particulares da obra. Isto é conseguido usando palavras como certainly, of course, indeed, surely, decidedly, really, definitely, naturally, no doubt,etc. “My dear Professor, surelya sensible person like yourself can call him by his name?”2(ROWLING, 2017, p. 100-101). 2) suposições do autor, que podem ser feitas para diferentes propósitos, por exemplo, para refletir a hesitação dos personagens, para fazer com que o leitor se interesse pelos motivos do comportamento de um personagem, etc. Isso é conseguido por meio de palavras modais, como perhaps, maybe, probably, obviously, possibly, evidently, apparentlyetc. Perhapsit had something to do with living in a dark cupboard, but Harry had always been small and skinny for his age”3(ROWLING, 2017, p. 28). Obviously he thought nobody stood a chance of reaching them here in a storm to deliver mail”4(ROWLING, 2017, p. 2). 55). 3) avaliação de uma declaração particular de um herói ou do autor do texto em termos de desejabilidade: luckily, fortunately, happily, unfortunately, unluckilyetc. “Filch found them trying to force their way through a door that unluckily turned out to be the entrance to the out-of-bounds corridor on the third floor”5(ROWLING, 2017, p. 68-69). O componente categórico do significado das palavras modais – particularmente, a atitude subjetiva do falante em relação ao destinatário – é inerente a todas as palavras modais. A característica pragmática das palavras modais na fala pessoal é que as palavras modais são portadoras de informações sobre as atitudes pragmáticas do falante, sua atitude em relação à situação e intenções de comunicação adicional. As palavras modais podem ser consideradas como dispositivos retóricos locais que, juntamente com o significado explícito, contêm significados ocultos que indicam as intenções do falante. 2"Meu querido Professor, certamente uma pessoa sensata como você pode chamá-lo pelo seu nome? " 3"Talvez tivesse algo a ver com viver em um armário escuro, mas Harry sempre foi pequeno e magro para sua idade" 4"Obviamente, ele achava que ninguém tinha chance de alcançá-los aqui em uma tempestade para entregar correspondência" 5"Filch encontrou-os tentando forçar o caminho através de uma porta que, infelizmente, acabou por ser a entrada para o corredor fora dos limites no terceiro andar"
image/svg+xmlReprodução da modalidade intersemiótica na adaptação cinematográfica do romance "Harry Potter e a Pedra Filosofal"Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 9 O estudo baseia-se na classificação de expressões modais de R. Quirk, S. Greenbaum, J. Leech, J. Swartwick, que inclui 5 tipos: 1) verbos modais (can, could, may, might, must, shall, should, will, would), 2) verbos modais marginais (dare, need, ought to, used to), 3) expressões idiomáticas modais (had better, would rather, would sooner, be to, have got to); 4) verbos semi-auxiliares (have to, be about to, be able to, be apt to, be meant to, be bound to, be going to, be obliged to, be supposed to, be willing to, be due to, be likely to, be allowed to), 5) verbos catenatives(appear to, happen to, seem to, get to, start out to, come to, turn out to, tend to, manage to, fail to + infinitive, keep, keep on, go on, carry on + gerund , get + 'ed' participle) (QUIRK, 1985, p. 33). As palavras modais também incluem palavras (frases) de acordo e objeção, que expressam concordância ou objeção de uma pergunta. Neste caso, eles podem servir como sentenças inteiras: - Are the rumors true, Albus? - I'm afraid so, professor.6Nas obras literárias, as palavras modais são encontradas principalmente nas palavras do autor e nas reflexões dos personagens, ou seja, nas partes mais suscetíveis à corrosão durante a tradução intersemiótica. Portanto, para preservar a intenção do autor, é necessário recorrer a certas estratégias adaptativas. Tipos de estratégias adaptativas utilizadas na tradução de palavras modais Os seguintes elementos podem ser distinguidos em longas-metragens: diálogos entre os personagens, suas expressões faciais, gestos e movimentos, narração (opcional), acompanhamento musical, iluminação, escolha de cores, сlose-up, geral e longo plano, perspectiva, tom e entonação da voz, efeitos especiais, etc. Notavelmente, alguns dos problemas associados à tradução intersemiótica de palavras modais podem ser resolvidos usando os gestos dos caracteres indicativos de sua determinação ou, inversamente, incerteza (coçar a parte de trás da cabeça, dentes cerrados, sobrancelhas franzidas de testa, voz fraca ou, ao contrário, gritos, etc.). Além disso, algumas palavras modais podem ser usadas nos 6— Os rumores são verdadeiros, Alvo? — Temo que sim, professor.
image/svg+xmlNataliia HOLUBENKO Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 10 diálogos entre os personagens, de modo a criar maior tensão emocional do que na fonte original, onde tal tensão foi refletida através das observações do autor. Estratégias adaptativas utilizadas na adaptação cinematográfica do romance "Harry Potter e a Pedra Filosofal" Visão geral do uso de palavras modais em"Harry Potter e a Pedra Filosofal" por Rowling e na adaptação cinematográfica O filme “Harry Potter e a Pedra Filosofal" é, sem dúvida, uma adaptação cinematográfica. Embora o enredo seja quase semelhante ao romance de J.K. Rowling, ainda assim, os eventos apresentados neste filme são consideravelmente diferentes: muitos episódios do romance são excluídos (por exemplo, o primeiro capítulo sobre a vida da família Dursley antes de conhecer Harry Potter), enquanto alguns são substancialmente alterados (por exemplo, a cena do encontro com o Professor McGonagall na Rua dos Alfeneiros é encurtada e ligeiramente modificada, a fim de informar rapidamente o leitor. sobre o que está acontecendo na tela; quase não há semelhança entre as linhas dos personagens e a fonte original). Em seu romance "Harry Potter e a Pedra Filosofal", Joan Kathleen Rowling faz amplo uso de palavras modais. Tal abordagem é bastante óbvia, uma vez que, em um conto de fadas infantil, é vital refletir o mundo interior dos personagens, o que pode ser alcançado através de certas categorias de avaliação aplicadas a cada personagem que o leitor encontra ao ler o romance. Portanto, a primeira impressão, que é de importância substancial, é similarmente criada usando palavras modais. No romance "Harry Potter e a Pedra Filosofal", as palavras modais aparecem com a seguinte frequência: 1)palavras modais afirmativas: - certainly - 10 vezes; - of course - 35 vezes; - really - 73 vezes; - indeed - 10 vezes; - surely - 3 vezes; - definitely - 3 vezes; - naturally - 1 vez;
image/svg+xmlReprodução da modalidade intersemiótica na adaptação cinematográfica do romance "Harry Potter e a Pedra Filosofal"Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 11 - no doubt - 4 vezes. 2)palavras modais de suposição: - perhaps - 18 vezes; - maybe - 19 vezes; - probably - 11 vezes; - obviously - 13 vezes. 3)palavras modais que avaliam a afirmação em termos de desejabilidade: - unluckily - 1 vez (“luckily” – não foi usado); - fortunately - 1 vez (unfortunately - 4 vezes); - happily - 5 vezes (“unhappily” – não foi usado). Assim, fica evidente que Rowling evita o uso de palavras modais que caracterizam a desejabilidade de uma afirmação. Isso coincide com a afirmação da escritora que ela repetidamente fez em entrevistas de que ela não quer impor seu próprio ponto de vista aos leitores, mas espera que eles tirem suas conclusões individuais (ROWLING; KAY, 2017). Na adaptação cinematográfica de 2001, as palavras modais usadas por J.K. Rowling, aparecem com a seguinte frequência: 1)palavras modais afirmativas: - certainly – não foi usado; - of course - 7 vezes; - really - 14 vezes; - indeed – não encontrado; - surely - não encontrado; - definitely - 1 vez; - naturally - 1 vez; - no doubt - 1 vez.
image/svg+xmlNataliia HOLUBENKO Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 12 2) palavras modais de suposição: - perhaps - 3 vezes; - maybe - 2 vezes; - probably - 1 vez; - obviously –não foi usado. 2)palavras modais que avaliam a afirmação em termos de desejabilidade: - unluckily and luckily – não foi usado; - fortunately –não foi usado (unfortunately - 1 vez); - happily and unhappily – não foi usado. Portanto, é evidente que o número de palavras modais no filme é menor em comparação com a fonte original. 3.3.2. Uso de afirmações modais, pressupostos e julgamentos avaliativos nos diálogos como estratégia adaptativa. As palavras do autor, que é a principal fonte de palavras modais, estão praticamente ausentes no filme. Portanto, o filme quase não contém palavras modais que avaliem a declaração em termos de desejabilidade. Em vez disso, as palavras modais de afirmação estão prevalecendo: “No problems, I trust, Hagrid?” “Albus, do you reallythink it's safe, leaving him with these people?” “Our job is to make sure that you don't get bloodied up too bad. Can't make any promises, of course.” “It should bea lovely day at the zoo. I'm reallylooking forward to it.” “What happened down in the dungeons between you and Professor Quirrell is a complete secret. So, naturally, the whole school knows.”7No livro, palavras modais de suposição aparecem principalmente nas reflexões de Harry Potter ou em seus diálogos com outros personagens. Ele é um menino com um destino 7"Sem problemas, eu confio, Hagrid? " "Albus, você realmente acha que é seguro, deixá-lo com essas pessoas? " "Nosso trabalho é garantir que você não fique ensanguentado tão mal. Não posso fazer promessas, é claro. " "Deve ser um lindo dia no zoológico. Estou realmente ansioso por isso. " "O que aconteceu nas masmorras entre você e o professor Quirrell éum segredo completo. Então, naturalmente, toda a escola sabe. "
image/svg+xmlReprodução da modalidade intersemiótica na adaptação cinematográfica do romance "Harry Potter e a Pedra Filosofal"Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 13 difícil que, de acordo com o autor, foi até proibido de fazer perguntas, e é por isso que não é surpreendente que ele questione o que o rodeia, mas não pode saber com certeza se o mundo é como ele o vê. Uma das palavras modais que são mais frequentemente usadas em suas reflexões é "maybe": “he could only hear Quirrell's terrible shrieks and Voldemort's yells of, “KILL HIM! KILL HIM!” and other voices, maybein Harry's own head, crying, “Harry! Harry!” Yet sometimes he thought (or maybehoped) that strangers in the street seemed to know him”8(ROWLING, 2017, p. 220). Geralmente, quase todas as palavras modais "talvez" no texto do romance referem-se a Harry Potter, seus pensamentos ou suas observações do mundo. No filme, a palavra modal "maybe" aparece duas vezes: durante a observação mordaz do professor Snape sobre as habilidades intelectuais dos alunos ((“Then again, maybesome of you have come to Hogwarts in possession of abilities so formidable that you feel confident enough not to pay attention”9) e a observação irônica de Rony sobre a fuga de três estudantes de Cerberus. Quando a menina perguntou se Rony notou o que Cerberus estava de pé, o menino respondeu: “I wasn't looking at its feet! I was a bit preoccupied with its heads. Or maybeyou didn't notice. There were three!”10Assim, no filme, Harry é retratado como um personagem muito mais decisivo do que no livro original. O diretor investe em suas linhas palavras modais mais decisivas, por exemplo: “Ron, Ron, you've really gottasee this! Ron, you've gottasee this! There's something you've got to see”11. Primeiro, isso é atribuído à quantidade de tempo de tela (e, respectivamente, à aceleração dos eventos na tela em comparação com o livro) e, segundo, ao fato de que as hesitações de Harry são expressas principalmente através da atuação. Além disso, o protagonista do filme normalmente tem que ser mais convincente para o espectador do que o protagonista do livro, uma vez que o leitor pode se associar ao personagem, percebendo o mundo "em primeira pessoa", ou seja, do ângulo de vista do personagem, não tendo assim necessidade de visualização adicional. Uma vez que no filme, o protagonista é interpretado por um ator, a associação deve ser baseada em outros fundamentos psicológicos, em particular, a confiança do protagonista em suas próprias ações. 8"ele só podia ouvir os gritos terríveis de Quirrell e os gritos de Voldemort de: "MATE-O! MATE-O! " e outras vozes, talvez na própria cabeça de Harry, gritando: "Harry! Harry! "No entanto, às vezes ele pensava (ou talvez esperava) que estranhos na rua pareciam conhecê-lo" 9"Então, novamente, talvez alguns de vocês tenham vindo a Hogwarts em posse de habilidades tão formidáveis que se sentem confiantes o suficiente para não prestar atenção") 10"Eu não estava olhando para os pés dele! Eu estava um pouco preocupado com suas cabeças. Ou talvez você não tenha notado. Eram três! " 11"Rony, Rony, você realmente tem que ver isso! Rony, você tem que ver isso! Há algo que você tem que ver".
image/svg+xmlNataliia HOLUBENKO Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 14 Além de Rony Weasley, outros personagens também às vezes expressam suposições: “Tain't no safer place, not one. Except perhapsHogwarts” (Hagrid). “If Harry and Ron hadn't come and found me, I'd probably be dead” (Hermione). “Excuse me, professor, perhapsI heard you wrong” (Draco Malfoy).12As expressões faciais do personagem são, em quase todos os casos, de importância significativa, uma vez que também transmitem ao espectador a informação que não é expressa por palavras: Hagrid está orgulhoso de sua inviolabilidade diante de Gringotes, Hermione está realmente convencida de que ela teria morrido sem a ajuda de Harry e Rony, e Draco Malfoy não pode acreditar em seus próprios ouvidos porque ele estava esperando um resultado completamente diferente. Como já foi mencionado, palavras modais que avaliam afirmações em termos de desejabilidade, estão praticamente ausentes no filme em comparação com o livro. Essa modalidade é quase inteiramente criada pela aprovação ou desaprovação de exclamações de personagens, suas expressões faciais, movimentos, comportamento geral, etc. No entanto, o Professor Quirrell (que é uma espécie de avatar do principal antagonista da história, Lorde Voldemort, tanto no filme quanto no livro), ainda usa uma vez a palavra "unfortunately", dizendo: “Snape, unfortunately, wasn't fooled. While everyone else was running about dungeon, he went to the third floor to head me off. He, of course, never trusted me again.”13Nesta cena, o personagem expressa raiva da pessoa que ele não conseguiu enganar e faz o espectador entender que essa ação naturalmente causou consequências indesejáveis para o Professor Quirrell através do uso quase imediato da frase modal "é claro”, ou, em inglês, “of course”. Desta forma, o espectador se torna mais consciente da raiva de Quirrell em relação a Snape. Os diálogos do filme também são simplificados até certo ponto em comparação com o livro. Considerando que se espera que o filme seja mais dinâmico que o livro, os personagens usam relativamente poucas palavras modais, dando preferência a linhas curtas que explicam ao espectador a essência do que está acontecendo na tela. Ao mesmo tempo, o diretor recorreu ao processamento criativo de diálogos do texto da autora para cortar as cenas. Por exemplo, a cena em que Hagrid diz a Harry Potter que ele é um mágico é bastante demorada no livro e 12"Não é um lugar mais seguro, nem um. Exceto, talvez, Hogwarts" (Hagrid). "Se Harry e Rony não tivessem vindo e me encontrado, eu provavelmente estaria morta" (Hermione). "Desculpe-me, professor, talvez eu tenha ouvido você errado" (Draco Malfoy). 13"Snape, infelizmente, não foi enganado. Enquanto todo mundo estava correndo sobre masmorra, ele foi para o terceiro andar para me expulsar. Ele, é claro, nunca mais confiou em mim. "
image/svg+xmlReprodução da modalidade intersemiótica na adaptação cinematográfica do romance "Harry Potter e a Pedra Filosofal"Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 15 contém muitos diálogos, pois o leitor é convidado a ver não apenas a hesitação e a desconfiança de Harry em relação às palavras do estranho, mas também a revelar os motivos da família Dursley, que não estava disposta a dizer a verdade ao menino. No filme, os eventos ocorrem muito mais rapidamente, e as palavras modais juntamente com as expressões faciais dos personagens complementam a imagem, permitindo que o espectador entenda o que os participantes da discussão realmente sentem: Harry Potter: Excuse me, who are you? Rubeus Hagrid: Rubeus Hagrid, Keeper of Keys and Grounds at Hogwarts. Of course, you know all about Hogwarts. Harry Potter: Sorry, no. Rubeus Hagrid: No? Blimey, Harry, didn't you ever wonder where your mum and dad learned it all? Harry Potter: Learnt what? Rubeus Hagrid: You're a wizard, Harry. Harry Potter: I'm a what? Rubeus Hagrid: A wizard. And a thumping good one, I'd wager, once you're trained up little. Harry Potter: No, you've made a mistake. I mean... l can't be a wizard. I mean, I'm just Harry. Just Harry. Rubeus Hagrid: Well, Just Harry, did you ever make anything happen? Anything you couldn't explain, when you were angry or scared?14(ROWLING, 2017, p. 303-307). Essencialmente, neste ponto, o diálogo com Harry termina, quando o menino relembra alguns momentos do passado e desenvolve confiança em Hagrid. Neste caso, quero dizer, serve como um reflexo do ponto de vista de Harry, e as expressões faciais do ator adicionam modalidade a essa frase na forma de desconfiança e dúvida. Isso contrasta com a confiança de Hagrid e, em última análise, cria o efeito implícito pelo diretor. Deve-se notar que, no livro, 14Harry Potter: Com licença, quem é você? Rubeus Hagrid: Rubeus Hagrid, Guardião de Chaves e Terrenos em Hogwarts. Claro, você sabe tudo sobre Hogwarts. Harry Potter: Desculpe, não. Rúbeo Hagrid: Não? Blimey, Harry, você nunca se perguntou onde sua mãe e seu pai aprenderam tudo? Harry Potter: Aprendeu o quê? Rúbeo Hagrid: Você é um bruxo, Harry. Harry Potter: Eu sou um quê? Rúbeo Hagrid: Um mago. E uma boa batida, eu apostaria, uma vez que você está treinado pouco. Harry Potter: Não, você cometeu um erro. Quer dizer ... Eu não posso ser um assistente. Quero dizer, eu sou apenas Harry. Apenas Harry. Rubeus Hagrid: Bem, apenas Harry, você já fez alguma coisa acontecer? Alguma coisa que você não conseguia explicar, quando estava com raiva ou com medo?
image/svg+xmlNataliia HOLUBENKO Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 16 Harry também recorre à hesitação (embora demore muito mais), e o tio e a tia de Harry participam ativamente do diálogo, tentando explicar que ainda era muito cedo para o menino aprender alguma coisa. No filme, Hagrid tem uma conversa com os Dursleys após o diálogo com Harry – relativamente curto, mas incluindo um número significativo de palavras modais, que são mais comumente usadas quando Harry pergunta se os Dursleys sabiam que ele era um bruxo: Harry Potter: You knew? You knew all along and you never told me? Mrs. Dursley: Of coursewe knew. How could younot be? My perfect sister being who she was. My mother and father were so proud the day she got her letter. “We have a witch in the family. Isn't it wonderful?” I was the only one to see her for what she was. A freak! Then she met that Potter, and then she had you ... and I knew you would bethe same. Just as strange, just as abnormal. And then, if you please, she went and got herself blown up! And we got landed with you. Harry Potter: Blown up? You told me my parents died in a car crash. Rubeus Hagrid: A car crash? A car crash killed Lily and James Potter? Mrs. Dursley: We had to say something. Rubeus Hagrid: It's an outrage! It's a scandal! Mr. Dursley: He’ll not be going. Rubeus Hagrid: Oh, and I supposea great Muggle like yourself's going to stop him, are you?15(ROWLING, 2017, p. 195-198). Neste caso, palavras modais são usadas para dar ao espectador informações adicionais sobre como os personagens se relacionam uns com os outros e com Lily e James Potter. O sarcasmo da Sra. Dursley demonstra seu caráter e antipatia por sua irmã (e, ao mesmo tempo, explica ao espectador que pode não estar familiarizado com o livro por que a família Dursley não gosta tanto de Harry Potter e comete todas as ações abordadas nos episódios anteriores). A determinação de Dursley é um tanto demonstrativa: suas expressões faciais permitem que o 15Harry Potter: Você sabia? Você sabia o tempo todo e nunca me contou? Sra. Dursley: Claro que sabíamos. Como você poderia não ser? Minha irmã perfeita sendo quem ela era. Minha mãe e meu pai ficaram tão orgulhosos no dia em que ela recebeu sua carta. "Temos uma bruxa na família. Não é maravilhoso? " Eu fui o único a vê-la pelo que ela era. Uma aberração! Então ela conheceu aquele Oleiro, e então ela teve você ... e eu sabia que você seria o mesmo. Tão estranho, tão anormal quanto. E então, se você quiser, ela foi e se explodiu! E nós aterrissamos com você. Harry Potter: Explodiu? Você me disse que meus pais morreram em um acidente de carro. Rúbeo Hagrid: Um acidente de carro? Um acidente de carro matou Lily e James Potter? Sra. Dursley: Tínhamos que dizer alguma coisa. Rúbeo Hagrid: É um ultraje! É um escândalo! Sr. Dursley: Ele não vai. Rúbeus Hagrid: Ah, e eu suponho que um grande trouxa como você vai detê-lo, não é?
image/svg+xmlReprodução da modalidade intersemiótica na adaptação cinematográfica do romance "Harry Potter e a Pedra Filosofal"Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 17 espectador afirme com confiança que ele tem medo de Hagrid e não quer entrar em conflito abertamente com ele, sendo forçado a fazê-lo. Assim, Hagrid provoca abertamente o tio Vernon em conflito, usando palavras modais apropriadas que demonstram desprezo e incitam uma resposta agressiva. Estratégias adaptativas não verbais de reprodução de palavras modais no filme Outro meio de reprodução de palavras modais usadas no filme é a atuação. Por exemplo, quando Alvo Dumbledore, diretor de Hogwarts, aparece na Rua dos Alfeneiros, a escritora usa a expressão modal seemquatro vezes: “Albus Dumbledore didn’t seem torealize that he had just arrived in a street where everything from his name to his boots was unwelcome. He was busy rummaging in his cloak, looking for something. But he did seem torealize he was being watched, because he looked up suddenly at the cat, which was still staring at him from the other end of the street. For some reason, the sight of the cat seemed toamuse him /.../ He had found what he was looking for in his inside pocket. It seemed tobe a silver cigarette lighter. He flicked it open, held it up in the air and clicked it. The nearest street lamp went out with a little pop. He clicked it again - the next lamp flickered into darkness”16(ROWLING, 2017, p. 200). No filme, isso é percebido devido ao fato de que a primeira música misteriosa, que sintoniza o espectador com um milagre, pode ser ouvida; em seguida, uma coruja decola da placa de sinalização e voa para a floresta, de onde aparece um velho com uma longa barba, fazendo com que o espectador perceba que ele é um mágico. O velho puxa um objeto estranho, que se assemelha a um isqueiro, e começa a acumular a luz das lanternas - assim, algo mágico está acontecendo. Esta cena foi testemunhada por um gato, que posteriormente se transforma em uma bruxa. Assim, a modalidade, ou seja, a atitude do diretor perante os eventos que ocorrem como algo estranho e inédito (pelo menos, inédito em Rua dos Alfeneiros) é alcançada através do acompanhamento musical, demonstrando na cena as criaturas que geralmente são associadas à magia (corujas, gatos), bem como a figura de um homem de vestido longo e com 16"Alvo Dumbledore não parecia perceber que ele tinha acabado de chegar em uma rua onde tudo, desde seu nome até suas botas, não era bem-vindo. Ele estava ocupado vasculhando seu manto, procurando por algo. Mas ele percebeu que estava sendo observado, porque ele olhou de repente para o gato, que ainda estava olhando para ele do outro lado da rua. Por alguma razão, a visão do gato parecia diverti-lo /.../ Ele tinha encontrado o que estava procurando em seu bolso interno. Parecia ser um isqueiro de prata. Ele a abriu, a ergueu no ar e a clicou. A lâmpada de rua mais próxima se apagou com um pequeno estalo. Ele clicou nela novamente - a próxima lâmpada piscou na escuridão"
image/svg+xmlNataliia HOLUBENKO Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 18 uma longa barba grisalha, que o espectador médio deve associar imediatamente à figura arquetípica de um velho mago. Outro exemplo é a cena em que os alunos chegam a Hogwarts de barco, já que no livro, palavras modais foram usadas da mesma forma: “And the fleet of little boats moved off all at once, gliding across the lake, which was as smooth as glass. Everyone was silent, staring up at the great castle overhead. It towered over them as they sailed nearer and nearer to the cliff on which it stood. ‘Heads down!’ Yelled Hagrid as the first boats reached the cliff; they all bent their heads and the little boats carried them through a curtain of ivy which hid a wide opening in the cliff face. They were carried along a dark tunnel, which seemed to betaking them right underneaththe castle, until they reached a kind of underground harbor, where they clambered out on to rocks and pebbles”17(ROWLING, 2017, p. 357). Como se vê, nessa cena, a escritora usa palavras modais para transmitir fascínio pelo que estava acontecendo diante dos olhos dos personagens. Para este fim, a música solene e perturbadora é usada, e os rostos espantados das crianças alternam com close-ups do majestoso castelo que emerge da névoa. Ao usar tal técnica, o diretor consegue transmitir por vídeo e música a modalidade que a autora expressou usando palavras modais. Discussão Não obstante o amplo escopo de pesquisas realizadas sobre traduções intersemióticas e o valor significativo das obras de J.K. Rowling para a cultura mundial, a tradução intersemiótica de suas obras e as palavras modais que elas contêm não foram estudadas antes, o que justifica o significado e a novidade dos achados deste estudo. 17"E a frota de pequenos barcos se afastou de uma só vez, deslizando pelo lago, que era tão liso quanto o vidro. Todos ficaram em silêncio, olhando para o grande castelo acima. Elevou-se sobre eles enquanto navegavam cada vez mais perto do penhasco em que se encontrava. 'Cabeça baixa!' Gritou Hagrid quando os primeiros barcos chegaram ao penhasco; todos eles dobraram a cabeça e os pequenos barcos os carregaram através de uma cortina de hera que escondia uma ampla abertura na face do penhasco. Eles foram carregados ao longo de um túnel escuro, que parecia levá-los bem debaixo do castelo, até chegarem a uma espécie de porto subterrâneo, onde subiram em rochas e seixos"
image/svg+xmlReprodução da modalidade intersemiótica na adaptação cinematográfica do romance "Harry Potter e a Pedra Filosofal"Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 19 Conclusão A reprodução de palavras modais na tradução intersemiótica durante a adaptação cinematográfica é acompanhada pela perda parcial do significado investido na obra pelo autor da fonte original. Tal resultado é quase inevitável, uma vez que, em uma obra literária, as palavras modais demonstram principalmente a atitude do autor ou personagem / personagens para uma determinada virada da trama, outros personagens ou a situação em geral, sendo assim bastante comumente encontradas nas palavras do autor, nas reflexões do herói ou na descrição do que ele ou ela vê ao redor. As filmagens só podem reproduzir parcialmente tais elementos. As estratégias adaptativas de reprodução de palavras modais na tradução intersemiótica realizadas durante a adaptação cinematográfica de uma obra literária sempre incluem um constituinte não verbal. Pode ser expresso em atuação, gestos e movimentos, bem como em tomadas apropriadas que retratam fenômenos naturais, edifícios, objetos móveis e imóveis, etc. Notavelmente, as palavras modais podem ser usadas tanto na fala dos personagens quanto completamente ausentes. Nesse caso, a modalidade será alcançada por meio de atuação e vídeo e/ou música. O diretor de “Harry Potter e a Pedra Filosofal" usou ambas as estratégias, tendo assim criado seu trabalho individual. O filme está intimamente inter-relacionado com a fonte original e reflete de forma credível o seu fascínio com a magia e as aventuras do personagem principal no mundo mágico, mas há uma diferença substancial entre os dois. Essencialmente, o autor do filme manteve o espírito da fonte original, mas sacrificou parte das cenas e reduziu e recombinou significativamente outras, tendo introduzido algumas descobertas individuais. Assim, ele conseguiu reter parte da modalidade do autor usando sistemas de signos não verbais peculiares ao cinema (música de bastidores, atuação, alternância de close-ups, etc.). REFERÊNCIASALGEO, J. A Comprehensive Grammar of the English Language. By Randolph Quirk, Sidney Greenbaum, Geoffrey Leech, and Jan Svartvik. London: Longman. 1985. x + 1779. Journal of English Linguistics, v. 20, n. 1, p. 122-136, Apr. 1987. DOI: 10.1177/007542428702000108. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/007542428702000108. Acesso em: 2 abr. 2022. ANDERSON, S. R. Linguistic expression and its relation to modality. In: ANDERSON, S. R. Current Issues in ASL Phonology. Elsevier, 1993. p. 273-290. ISBN 9780121932701. DOI:
image/svg+xmlNataliia HOLUBENKO Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 20 10.1016/B978-0-12-193270-1.50018-2. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/B9780121932701500182?via%3Dihub. Acesso em: 2 Abr. 2022. BRANCO, S. O.; SANTOS, L. S. O uso de atividades de tradução intersemiótica e interlingual em uma sala de aula de língua inglesa como LE. Revista EntreLinguas, Araraquara, v. 3, n. 2, p. 203-226, Dec. 2017. DOI: 10.29051/rel.v3.n2.2017.9229. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/entrelinguas/article/view/9229/6966. Acesso em: 2 abr. 2022. CAMERON, D. Language, Gender, and Sexuality: Current Issues and New Directions. Applied Linguistics, v. 26, n. 4, p. 482-502, Dec. 2005. DOI: 10.1093/applin/ami027. Disponível em: https://academic.oup.com/applij/article-abstract/26/4/482/145308?redirectedFrom=fulltext. Acesso em: 2 abr. 2022. HERRING, S.; JOHNSON, D.; DIBENEDETTO, T. Participation in electronic discourse in a “feminist” field. In: COATES, Jennifer; PICHLER, Pia. Language and gender: A reader. 2. ed. Wiley-Blackwell, 2011. p. 171-182. HOLUBENKO, N.; DEMETSKAYA, V. Category of Modality Through the Prism of Multipole Approaches in the Modern Translation Theory. Journal of History Culture and Art Research, v. 9, n. 2, p. 303, June 2020. DOI: 10.7596/taksad.v9i2.2500. Disponível em: http://kutaksam.karabuk.edu.tr/index.php/ilk/article/view/2500. Acesso em: 2 abr. 2022. JAKOBSON, R. On linguistic aspects of translation. In: On translation. Harvard University Press, 1959. p. 232-239. KAŹMIERCZAK, M. From Intersemiotic Translation to Intersemiotic Aspects of Translation. Przekładaniec, v. 34-35, p. 7-35, 2018. DOI: 10.4467/16891864epc.18.009.9831. Disponível em: https://www.ejournals.eu/Przekladaniec/English-issues/Special-Issue-Word-and-Image-in-Translation/art/13048/. Acesso em: 2 abr. 2022. KEANE, C. How to write a selling screenplay: A step-by-step approach to developing your story and writing your screenplay by one of today's most successful screenwriters and teachers. New York: Broadway Books, 1998. 308 p. ISBN 0767900715. LIKHODKINA, I. A. (Reflection of literary images in cinema or features of intersemiotic translation. Philological sciences. Questions of theory and practice, v. 3-3, n. 69, p. 128-130, 2017. Disponível em: https://elibrary.ru/item.asp?id=28831784. Acesso em: 2 abr. 2022. MONEY, J. Hermaphroditism, gender and precocity in hyperadrenocorticism: Psychologic findings. Bulletin of the Johns Hopkins Hospital, v. 96, n. 6, p. 253-264,1955. NIKONOVA, V.; BOYKO, Y. Gender-specific emotivity of Victorian female prose from a multidimensional perspective. Lege artis. Language yesterday, today, tomorrow, v. 4, n. 1, p. 47-82, 2019. NUYTS, Jan. Epistemic modality, language, and conceptualization: A cognitive-pragmatic perspective. John Benjamins Publishing, 2001.
image/svg+xmlReprodução da modalidade intersemiótica na adaptação cinematográfica do romance "Harry Potter e a Pedra Filosofal"Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 21 O'BARR, W. M. Linguistic evidence: Language, power, and strategy in the courtroom. Elsevier, 2014. ROWLING, J.; KAY, J. Harry Potter and the philosopher's stone. Bloomsbury, 2017. VOLD, E. T. Epistemic modality markers in research articles: a cross-linguistic and cross-disciplinary study. International Journal of Applied Linguistics, v. 16, n. 1, p. 61-87, Mar. 2006. DOI: 10.1111/j.1473-4192.2006.00106.x. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1473-4192.2006.00106.x. Acesso em: 2 abr. 2022. Como referenciar este artigo HOLUBENKO, N. Reprodução da modalidade intersemiótica na adaptação cinematográfica do romance "Harry Potter e a Pedra Filosofal". Rev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529. DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 Submetido em: 10/08/2022 Revisões requeridas em: 17/09/2022 Aprovado em: 22/10/2022 Publicado em: 30/12/2022 Processamento e publicação pela Editora Ibero-Americana de Educação. Correção, formatação, padronização e tradução.
image/svg+xmlReproduction of intersemiotic modality in the film adaptation of the novel “Harry Potter and the Philosopher's Stone”Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 1 REPRODUCTION OF INTERSEMIOTIC MODALITY IN THE FILM ADAPTATION OF THE NOVEL “HARRY POTTER AND THE PHILOSOPHER'S STONE” REPRODUÇÃO DA MODALIDADE INTERSEMIÓTICA NA ADAPTAÇÃO CINEMATOGRÁFICA DO ROMANCE "HARRY POTTER E A PEDRA FILOSOFAL" REPRODUCCIÓN DE LA MODALIDAD INTERSEMIÓTICA EN LA ADAPTACIÓN CINEMATOGRÁFICA DE LA NOVELA "HARRY POTTER Y LA PIEDRA FILOSOFAL" Nataliia HOLUBENKO 1ABSTRACT: The article focuses on the formulation of the strategy of reproduction of modal words in intersemiotic translation of the film adaptation of "Harry Potter and the Philosopher's Stone" by J. K. Rowling. This article aims to describe the adaptive strategies carried out during the adaptation of the literary work, which can be expressed in acting, gestures, movements, and shots. Such approach allows to reflect elements as natural phenomena, buildings, movable and immovable objects. The use of adaptive strategies in both productions as well as the author's modality were explored, and the comparison of dialogues was presented. It was established that in literary works, modal words are frequently found in the author's words and in the characters’ reflections, i.e., in those segments that are susceptible to corrosion during intersemiotic translation. Therefore, to maintain the author's intention, translators’ resort to certain adaptive strategies, and the main strategies were identified on the example. KEYWORDS: Translation. Intersemiotic translation. Modality. Film adaptation. Harry Potter. RESUMO: O artigo centra-se na formulação da estratégia de reprodução das palavras modais em tradução intersemiótica sobre a adaptação cinematográfica de "Harry Potter e a Pedra Filosofal" de J. K. Rowling. Visa-se, aqui, descrever as estratégias adaptativas da reprodução de palavras modais em tradução intersemiótica durante a adaptação de obra literária, que pode ser expressa em representação, gestos, movimentos e planos. Esta abordagem permite refletir elementos como fenômenos naturais, edifícios, objetos móveis e imóveis. Explorou-se a utilização de estratégias adaptativas nas duas semioses, bem como a modalidade do autor, e apresentou-se a comparação dos diálogos das obras. Foi estabelecido que, nas obras literárias, as palavras modais são frequentemente encontradas nas palavras do autor e nas reflexões dos personagens, ou seja, nos segmentos susceptíveis à corrosão durante tradução intersemiótica. Portanto, a fim de manter intencionalidade autoral, os tradutores recorrem a certas estratégias. Assim, neste artigo, essas estratégias foram identificadas no exemplo estudado. 1Kyiv National Linguistic University (KNLU), Kyiv – Ukraine. Associate Professor, Korunets Department of English and German Philology and Translation. PhD in Philology. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4850-721X. E-mail: n.irgovtsiy@gmail.com
image/svg+xmlNataliia HOLUBENKO Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 2 PALAVRAS-CHAVE: Tradução. Tradução intersemiótica. Modalidade. Adaptação cinematográfica. Harry Potter. RESUMEN: El artículo se centra en la cuestión de la formulación de la estrategia de reproducción de palabras modales en la traducción intersemiótica sobre el ejemplo de la adaptación cinematográfica de la novela "Harry Potter y la piedra filosofal" de J. K. Rowling. Este artículo tiene como objetivo describir las estrategias de adaptación de la reproducción de palabras modales en la traducción intersemiótica llevada a cabo durante la adaptación cinematográfica de una obra literaria, que pueden expresarse en la actuación, los gestos y los movimientos, así como en los respectivos planos. Este enfoque permite reflejar elementos como los fenómenos naturales, los edificios y los objetos móviles e inmóviles. Se exploró el uso de estrategias de adaptación tanto en la novela como en la adaptación cinematográfica, así como la modalidad del autor, y se presentó la comparación de los diálogos del libro y de la adaptación cinematográfica que contienen la modalidad. Se estableció que en las obras literarias, las palabras modales se encuentran con mayor frecuencia en las palabras del autor y en las reflexiones de los personajes, es decir, en los segmentos más susceptibles de corrosión durante la traducción intersemiótica. Por ello, para mantener la intención del autor, los traductores recurren a ciertas estrategias de adaptación. Por lo tanto, en este artículo se han identificado las principales estrategias de reproducción de palabras modales en la traducción intersemiótica a partir del ejemplo de la novela "Harry Potter y la piedra filosofal". PALABRAS CLAVE: Traducción. Traducción intersemiótica. Modalidade. Adaptación cinematográfica. Harry Potter. Introduction Intersemiotic translation, which can be defined as the interpretation of verbal signs through nonverbal sign systems, has, so far, gained considerable significance. Literary sources are set to music and reproduced in the form of cartoons, various screenplays, comics, etc. Such reproductions convince the increasing number of people to read both the original source and the work created on its basis (BRANCO; SANTOS, 2017, p. 204). For instance, some readers might be willing to watch the film adaptation, while the audience that prefers watching movies might decide to read the book. Hence, intersemiotic translation promotes cultural growth and helps to build connection between the artistic work and the reader/viewer, which is especially relevant for such world bestsellers as, for example, the works of J.K. Rowling about the wizard Harry Potter. Nevertheless, intersemiotic translation is, in most cases, associated with certain difficulties, since the translation of verbal signs into images and other nonverbal systems causes the loss of a certain part of the meaning implied by the author of the original source. It frequently occurs that new meanings that are absent in the author's text are introduced in the
image/svg+xmlReproduction of intersemiotic modality in the film adaptation of the novel “Harry Potter and the Philosopher's Stone”Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 3 film adaptation. Such issues are most commonly encountered during the translation of certain lexical and grammatical means that constitute the individual and unique author's style, in particular, the means of modality (ANDERSON, 1993). The aimof the article is to study the adaptive strategies of reproduction of modal words in intersemiotic translation on the example of the film adaptation of the world-famous novel by J. K. Rowling “Harry Potter and the Philosopher's Stone”. The objectof research is intersemiotic translation as one of the types of the translation process. The subjectof the study is the adaptive strategies used during the intersemiotic translation of modal words in the film adaptation of the novel “Harry Potter and the Philosopher's Stone” by J. K. Rowling. Methodology of the Study Research Model Research model The following linguistic methods were used in the study: 1) associative experiment - demonstration of the connection between separate objects and the corresponding phenomena of reality presented in the literature and various film adaptations; 2) descriptive method, which allowed to systematize the concepts and approaches to the definition of the notions of “intersemiotic translation” and “modal words”; 3) the method of modeling in combination with the methods of definitive and etymological analysis, which was used to identify based on the analyzed material the adaptive strategies used to reproduce modal words during the film adaptation of the novel “Harry Potter and the Philosopher's Stone”; 4) the method of quantitative calculations and elements of statistical analysis, which facilitated the process of processing the collected empirical material. The study also used general scientific methods, such as analysis, synthesis, induction, deduction, and generalization. Using the methods of induction, deduction and observation, the linguistic material of J.K. Rowling's work “Harry Potter and the Philosopher's Stone” and its film adaptation were analyzed, and the key findings of the research were formulated. Sample of the study
image/svg+xmlNataliia HOLUBENKO Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 4 The issue of intersemiotic translation has been previously studied by such linguists as Algeo (1987), Jakobson (1959), Kaźmierczak(2018) and other researchers. The issue of modality has been studied by such scientists as Vold (2006), Holubenko and Demetskaya (2020), and others. Data collection and analysis method In the course of intersemiotic translation of modal words during the film adaptation, partial loss of the meaning invested by the author of the original source into the work is unavoidable. To minimize translation deficiencies, certain adaptive strategies are used. The study is devoted to the analysis of the strategies used by the director of the film adaptation of the novel “Harry Potter and the Philosopher's Stone”, considering the substantial literary and educational value of the film. Findings In the novel "Harry Potter and the Philosopher's Stone"by JK Rowling, different strategies for reproducing modal words were used, which is attributed to the specificity of the means peculiar to the film industry. Intersemiotic translation during film adaptation Intersemiotic translation and its place among other types of translation Jakobson (1959, p. 233) identified three types of translation: interlingual, intralingual and intersemiotic. Interlingual type of translation means translation in its direct sense, i.e. the transfer of the produced signs of one language with the help of another language. Interlingual translation is used on a daily basis by translators across the world, since in the modern globalized environment, the need to convey oral or written information from a foreign language to the recipient's native language is of urgent and vital importance. Intralingual translation, also referred to as renaming, involves the interpretation of some verbal signs using other signs of the same language. It is widely used by such professionals as, for example, doctors or teachers when it is necessary to clarify an unclear definition or term using paraphrases or synonymous words. In this way, when a synonym is
image/svg+xmlReproduction of intersemiotic modality in the film adaptation of the novel “Harry Potter and the Philosopher's Stone”Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 5 considered by the majority more successful than the basic term, neologisms can sometimes be formed. Intersemiotic translation entails the interpretation of verbal signs through nonverbal sign systems. In other words, intersemiotic translation is the transfer of content not by means of the same or another natural (or verbal) language, but by means of a non-verbal semiotic system, such as choreography, music, etc., on the one hand, and information-logical language, on the other (KAŹMIERCZAK, 2018).The key feature of intersemiotic translation is that it connects two or more sign systems, such as language and music, dance, art, etc. In other words, a literary work is conveyed through a musical composition, theatrical performance, ballet, folk or other dance, or is depicted in paintings, photographs, etc. Therefore, when W. Shakespeare produced the play “Romeo and Juliet” based on a poem by A. Brooke, in fact, he made an intersemiotic translation. In turn, intersemiotic translations of Shakespeare's play were made by Tchaikovsky and S. Prokofiev, when the former created an overture-fantasy, and the latter composed a ballet. Screening, as a special type of intersemiotic translation One of the types of intersemiotic translation is film adaptation of a literary and artistic work. In this case, the role of translator is performed by a director, who attempts to embody the author's ideas in the film. A director should inherently take into account the inevitability of losses, develop a specific translation strategy and decide which components of the text can be sacrificed to convey the information that can be considered the most important (HOLUBENKO; DEMETSKAYA, 2020, p. 305). During the film adaptation, part of the source text remains in the same semiotic system (i.e. in the form of language), and therefore, the verbal component of the text of the original work is partially transferred. The remaining part is translated into the language of other systems. Consequently, the meanings are reallocated and then re-combined, forming a macro-meaning of a new holistic work - a feature film. Yet, it would be irrelevant to focus on isomorphism (mutual-unambiguous correspondence) or homomorphism (monodirectional unambiguous correspondence of elements) of the studied systems. Importantly, a film adaptation is not a model or an imprint of the original work, since the author of a feature film always introduces individual elements, structuring and combining the meanings of the original text in a different way (NUYTS, 2001, p. 22).
image/svg+xmlNataliia HOLUBENKO Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 6 The main elements of the film that help the director-interpreter in the translation process include color, voice-over, dialogue, music, gestures and facial expressions, intonation and tone of the characters' voices, as well as various special effects. Likhodkina (2017) suggests the following classification of film adaptations of literary texts: 1) film adaptation based on a work of fiction. In this case, some elements are changed by the director-interpreter, while the correspondence between the original and the plot remains unchanged; 2) direct film adaptation (literal translation). Working with such adaptations, the director-interpreter makes efforts to convey precisely the content of the work and the images of the characters in as much detail as possible; 3) film adaptation. The main objective of this type of adaptations is to create by means of intersemiotic translation and based on the original source a completely new work, which would be similar to the original (LIKHODKINA, 2017, p. 129). Problem of the partial omission of the idea of the original work author during the film adaptation Omission of some meanings and sub-meanings embedded in the work by the author - the loss of the so-called author's “voice”, style, and view of the world in which the characters of the original source live and act – has been and remains the fundamental problem of intersemiotic translation. The main difference between cinema and literature is that literary works are recorded in writing, while the description of the plot in films is based on sound in the form of music or oral language, i.e. the difference is reflected in the forms which the word takes - written or oral. Normally, little space is given to the author's words, while the description of an object, subject or action is done by non-verbal means. Additionally, the author of the film is strictly limited by the film timing, while the reader's perception of the literary source is not limited in time (which is especially the case for world bestsellers, such as the series of works by J.K. Rowling about Harry Potter), and may extend over a few weeks; furthermore, the reader can anytime return to the work and re-read it, searching for new meanings, while the viewer is usually deprived of such an opportunity (although currently, thanks to modern technology, a film can also be viewed intermittently and repeatedly). As suggested by Christopher Keane, a famous American screenwriter, an ideal screenplay should contain from one hundred to one hundred and twenty pages, with one page corresponding to approximately one minute of the film. According to him, the remainder
image/svg+xmlReproduction of intersemiotic modality in the film adaptation of the novel “Harry Potter and the Philosopher's Stone”Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 7 should be attributed to the incompetence of the screenwriter because it is neither included in the final version of the film nor shown on the screen (KEANE, 1998, p. 71). Problems of intersemiotic translation of modal words during film adaptation The concept and characteristics of modal words The problems of intersemiotic translation arise most acutely during the reproduction of lexical and grammatical means of modality by cinematic means, since modal words express: 1) author's affirmation regarding particular moments in the work. This is achieved by using such words as certainly, of course, indeed, surely, decidedly, really, definitely, naturally, no doubt etc. “My dear Professor, surelya sensible person like yourself can call him by his name?” (ROWLING, 2017, p. 100-101). 2) author's assumptions, which can be made for different purposes, for instance, to reflect characters’ hesitation, to make the reader interested in the motives of a character's behavior, etc. This is achieved through modal words, such as perhaps, maybe, probably, obviously, possibly, evidently, apparently etc. “Perhapsit had something to do with living in a dark cupboard, but Harry had always been small and skinny for his age” (ROWLING, 2017, p. 28). “Obviously he thought nobody stood a chance of reaching them here in a storm to deliver mail” (ROWLING, 2017, p. 55). 3) evaluation of a particular statement of a hero or the author of the text in terms of desirability or undesirability: luckily, fortunately, happily, unfortunately, unluckily etc. “Filch found them trying to force their way through a door that unluckily turned out to be the entrance to the out-of-bounds corridor on the third floor” (ROWLING, 2017, p. 68-69). The categorical component of the meaning of modal words – particularly, the subjective attitude of the speaker to the recipient – is inherent in all modal words. The pragmatic feature of modal words in personal speech is that modal words are carriers of information about the pragmatic attitudes of the speaker, his attitude to the situation, and intentions for further communication. Modal words can be considered as local rhetorical devices that, along with explicit meaning, contain hidden meanings indicating the intentions of the speaker. The study is based on the classification of modal expressions by R. Quirk, S. Greenbaum, J. Leech, J. Swartwick, which includes 5 types:
image/svg+xmlNataliia HOLUBENKO Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 8 1) modal verbs (can, could, may, might, must, shall, should, will, would), 2) marginal modal verbs (dare, need, ought to, used to), 3) modal idioms (had better, would rather, would sooner, be to, have got to); 4) semi-auxiliary verbs (have to, be about to, be able to, be apt to, be meant to, be bound to, be going to, be obliged to, be supposed to, be willing to, be due to, be likely to, be allowed to), 5) catenative verbs (appear to, happen to, seem to, get to, start out to, come to, turn out to, tend to, manage to, fail to + infinitive, keep, keep on, go on, carry on + gerund , get + 'ed' participle) (QUIRK, 1985, p. 33). Modal words also include words (phrases) of agreement and objection, which express agreement with or objection of a question. In this case, they can serve as entire sentences: - Are the rumors true, Albus? - I'm afraid so, professor. In literary works, modal words are majorly found in the author's words and in the characters’ reflections, i.e., in those parts that are most susceptible to corrosion during intersemiotic translation. Therefore, in order to preserve the author's intention, it is necessary to resort to certain adaptive strategies. Types of adaptive strategies used in the translation of modal words The following elements can be distinguished in feature films: dialogues between the characters, their facial expressions, gestures and movements, voice-over (optional), musical accompaniment, illumination, choice of colors, сlose-up, general and long shot, perspective, tone and intonation of the voice, special effects, etc. Notably, some of the problems associated with the intersemiotic translation of modal words can be solved using the gestures of the characters indicative of their determination or, conversely, uncertainty (scratching the back of the head, clenched teeth, frowning eyebrows, weak voice or, contrarily, screaming, etc.). Additionally, some modal words can be used in the dialogues between the characters so as to create greater emotional tension than in the original source, where such tension was reflected through the author's remarks.
image/svg+xmlReproduction of intersemiotic modality in the film adaptation of the novel “Harry Potter and the Philosopher's Stone”Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 9 Adaptive strategies used in the film adaptation of the novel “Harry Potter and the Philosopher's Stone” Overview of the use of modal words in“Harry Potter and the Philosopher's Stone” by Rowling and in the film adaptation The film “Harry Potter and the Philosopher's Stone” is undoubtedly a film adaptation. Although the plot is almost similar to the novel by JK Rowling, still, the events presented in this film are considerably different: many episodes of the novel are excluded (for example, the first chapter about the life of the Dursley family before meeting Harry Potter), while some are substantially altered (for example, the scene of the meeting with Professor McGonagall on Privet Drive is shortened and slightly modified in order to quickly inform the reader about what is going on the screen; there is almost no similarity between the characters' lines and the original source). In her novel “Harry Potter and the Philosopher's Stone”, Joan Kathleen Rowling makes wide use of modal words. Such approach is quite obvious since in a children's fairy tale, it is vital to reflect the inner world of characters, which can be achieved through certain evaluation categories applied to each character that the reader encounters while reading the novel. Therefore, the first impression, which is of substantial importance, is similarly created by using modal words. In the novel “Harry Potter and the Philosopher's Stone”, modal words appear with the following frequency: 1)affirmative modal words: - certainly - 10 times; - of course - 35 times; - really - 73 times; - indeed - 10 times; - surely - 3 times; - definitely - 3 times; - naturally - 1 time; - no doubt - 4 times.
image/svg+xmlNataliia HOLUBENKO Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 10 2) modal words of assumption: - perhaps - 18 times; - maybe - 19 times; - probably - 11 times; - obviously - 13 times. 2)modal words that evaluate the statement in terms of desirability or undesirability: - unluckily - 1 time (“luckily” – not used); - fortunately - 1 time (unfortunately - 4 times); - happily - 5 times (“unhappily” – not used). Thus, it is evident that Rowling avoids the use of modal words that characterize the desirability or undesirability of a statement. This coincides with the writer's assertion she has repeatedly made in interviews that she does not want to impose her own point of view on readers, but instead expects them to draw their individual conclusions (ROWLING; KAY, 2017). In the 2001 film adaptation, the modal words used by J.K. Rowling, appear with the following frequency: 1)affirmative modal words: - certainly –not used; - of course - 7 times; - really - 14 times; - indeed - not found; - surely - not found; - definitely - 1 time; - naturally - 1 time; - no doubt - 1 time.
image/svg+xmlReproduction of intersemiotic modality in the film adaptation of the novel “Harry Potter and the Philosopher's Stone”Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 11 2) modal words of assumption: - perhaps - 3 times; - maybe - 2 times; - probably - 1 time; - obviously –not used. 2)modal words that evaluate the statement in terms of desirability or undesirability: - unluckily and luckily – not used; - fortunately –not used (unfortunately - 1 time); - happily and unhappily – not used. Therefore, it is evident that the number of modal words in the film is smaller as compared to the original source. 3.3.2. Use of modal affirmations, assumptions and evaluative judgments in dialogues as an adaptive strategy Author's words, which is the main source of modal words, is practically absent in the film. Therefore, the film barely contains any modal words that evaluate the statement in terms of desirability or undesirability. Instead, modal words of affirmation are prevailing: “No problems, I trust, Hagrid?” “Albus, do you reallythink it's safe, leaving him with these people?” “Our job is to make sure that you don't get bloodied up too bad. Can't make any promises, of course.” “It should bea lovely day at the zoo. I'm reallylooking forward to it.” “What happened down in the dungeons between you and Professor Quirrell is a complete secret. So, naturally, the whole school knows.” In the book, modal words of assumption mostly appear in the reflections of Harry Potter or in his dialogues with other characters. He is a boy with a difficult destiny who, according to the author, was even forbidden to ask questions, which is why it is not surprising that he questions what surrounds him but cannot know for sure whether the world is as he sees it. One of the modal words that are most frequently used in his reflections is “maybe’: “he could only hear Quirrell's terrible shrieks and Voldemort's yells of, “KILL HIM! KILL HIM!” and other voices, maybein Harry's own head, crying, “Harry! Harry!” Yet sometimes
image/svg+xmlNataliia HOLUBENKO Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 12 he thought (or maybehoped) that strangers in the street seemed to know him” (ROWLING, 2017, p. 220). Generally, almost all modal words “maybe” in the text of the novel refer to Harry Potter, his thoughts or his observations of the world. In the film, the modal word “maybe” appears twice: during Professor Snape's scathing remark about students' intellectual abilities (“Then again, maybesome of you have come to Hogwarts in possession of abilities so formidable that you feel confident enough not to pay attention”) and Ron's ironic remark about the escape of three students from Cerberus. When the girl asked if Ron noticed what Cerberus was standing on, the boy answered: “I wasn't looking at its feet! I was a bit preoccupied with its heads. Or maybeyou didn't notice. There were three!” Thus, in the film, Harry is depicted as a much more decisive character than in the original book. The director invests in his lines more decisive modal words, for example: “Ron, Ron, you've really gottasee this! Ron, you've gottasee this! There's something you've got to see”. First, this is attributed to the amount of screen time (and, respectively, to the acceleration of events on the screen as compared to the book), and second, to the fact that Harry's hesitations are majorly expressed through acting. In addition, the protagonist of the film normally has to be more convincing to the viewer than the protagonist of the book since the reader can associate himself with the character, perceiving the world “in the first person", i.e. from the angle of the character’s view, thus having no need for additional visualization. Since in the film, the protagonist is played by an actor, the association should be based on other psychological grounds, in particular, the protagonist's confidence in his own actions. Apart from Ron Weasley, other characters also sometimes express assumptions: “Tain't no safer place, not one. Except perhapsHogwarts” (Hagrid). “If Harry and Ron hadn't come and found me, I'd probably be dead” (Hermione). “Excuse me, professor, perhapsI heard you wrong” (Draco Malfoy). Facial expressions of the character are in almost all cases of significant importance since they additionally convey to the viewer the information that is not expressed by words: Hagrid is proud of his inviolability before Gringotts, Hermione is actually convinced that she would have died without the help of Harry and Ron, and Draco Malfoy can't believe his own ears because he was expecting a completely different outcome. As it has already been mentioned, modal words that evaluate statements in terms of desirability or undesirability are practically absent in the film as compared to the book. This modality is almost entirely created by approving or disapproving exclamations of characters, their facial expressions, movements, general behavior, etc. However, Professor Quirrell (who
image/svg+xmlReproduction of intersemiotic modality in the film adaptation of the novel “Harry Potter and the Philosopher's Stone”Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 13 is a kind of avatar of the main antagonist of the story, Lord Voldemort, in both the film and the book), still uses once the word “unfortunately’, saying: “Snape, unfortunately, wasn't fooled. While everyone else was running about dungeon, he went to the third floor to head me off. He, of course, never trusted me again.” In this scene, the character expresses anger at the person who he failed to deceive and makes the viewer understand that this action naturally caused undesirable consequences for Professor Quirrell through the almost immediate use of the modal phrase “of course”. In this way, the viewer becomes more aware of Quirrell's anger towards Snape. The dialogues in the film are also simplified to some extent as compared to the book. Considering that the film is expected to be more dynamic than the book, the characters use relatively few modal words, giving preference to short lines that explain to the viewer the essence of what is happening on the screen. At the same time, the director resorted to the creative processing of dialogues from the author's text in order to cut the scenes. For example, the scene where Hagrid tells Harry Potter that he is a magician is quite time consuming in the book and contains many dialogues, as the reader is invited to see not only Harry's hesitation and distrust of the stranger's words, but also to reveal the motives of the Dursley family, who were unwilling to tell the boy the truth. In the film, the events occur much faster, and the modal words together with the facial expressions of the characters complement the picture, allowing the viewer to understand what the participants of the discussion indeed feel: Harry Potter: Excuse me, who are you? Rubeus Hagrid: Rubeus Hagrid, Keeper of Keys and Grounds at Hogwarts. Of course, you know all about Hogwarts. Harry Potter: Sorry, no. Rubeus Hagrid: No? Blimey, Harry, didn't you ever wonder where your mum and dad learned it all? Harry Potter: Learnt what? Rubeus Hagrid: You're a wizard, Harry. Harry Potter: I'm a what? Rubeus Hagrid: A wizard. And a thumping good one, I'd wager, once you're trained up little. Harry Potter: No, you've made a mistake. I mean... l can't be a wizard. I mean, I'm just Harry. Just Harry. Rubeus Hagrid: Well, Just Harry, did you ever make anything happen? Anything you couldn't explain, when you were angry or scared? (ROWLING, 2017, p. 303-307).
image/svg+xmlNataliia HOLUBENKO Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 14 Essentially, at this point, the dialogue with Harry ends, as the boy recalls some moments from the past and develops trust to Hagrid. In this case, I mean serves as a reflection of Harry's point of view, and the actor's facial expressions add modality to this phrase in the form of mistrust and doubt. This contrasts with Hagrid's confidence and ultimately creates the effect implied by the director. It should be noted that in the book, Harry similarly resorts to hesitation (although it takes much longer), and Harry's uncle and aunt take an active part in the dialogue, trying to explain that it was still too early for the boy to learn anything. In the movie, Hagrid has a conversation with the Dursleys after the dialogue with Harry – a relatively short one, yet inclusive of a significant number of modal words, which are most commonly used when Harry asks whether the Dursleys knew he was a wizard: Harry Potter: You knew? You knew all along and you never told me? Mrs. Dursley: Of coursewe knew. How could younot be? My perfect sister being who she was. My mother and father were so proud the day she got her letter. “We have a witch in the family. Isn't it wonderful?” I was the only one to see her for what she was. A freak! Then she met that Potter, and then she had you ... and I knew you would bethe same. Just as strange, just as abnormal. And then, if you please, she went and got herself blown up! And we got landed with you. Harry Potter: Blown up? You told me my parents died in a car crash. Rubeus Hagrid: A car crash? A car crash killed Lily and James Potter? Mrs. Dursley: We had to say something. Rubeus Hagrid: It's an outrage! It's a scandal! Mr. Dursley: He’ll not be going. Rubeus Hagrid: Oh, and I supposea great Muggle like yourself's going to stop him, are you? (ROWLING, 2017, p. 195-198). In this case, modal words are used to give the viewer additional information about how the characters relate to each other and to Lily and James Potter. Mrs. Dursley's sarcasm demonstrates her character and dislike of her sister (and at the same time explains to the viewer who might be unfamiliar with the book why the Dursley family dislikes Harry Potter so much and committs all the actions covered in previous episodes). Mr. Dursley's determination is somewhat demonstrative: his facial expressions allow the viewer to confidently assert that he is afraid of Hagrid and does not want to conflict openly with him, being forced do so. Thus, Hagrid openly provokes Uncle Vernon into conflict, using appropriate modal words that demonstrate contempt and incite an aggressive response.
image/svg+xmlReproduction of intersemiotic modality in the film adaptation of the novel “Harry Potter and the Philosopher's Stone”Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 15 Nonverbal adaptive strategies of reproducing modal words in the film Another means of the reproduction of modal words used in the film is acting. For example, when Albus Dumbledore, Headmaster of Hogwarts, appears on Privet Drive, the writer uses the modal expression seem to four times: “Albus Dumbledore didn’t seem torealize that he had just arrived in a street where everything from his name to his boots was unwelcome. He was busy rummaging in his cloak, looking for something. But he did seem torealize he was being watched, because he looked up suddenly at the cat, which was still staring at him from the other end of the street. For some reason, the sight of the cat seemed toamuse him /.../ He had found what he was looking for in his inside pocket. It seemed tobe a silver cigarette lighter. He flicked it open, held it up in the air and clicked it. The nearest street lamp went out with a little pop. He clicked it again - the next lamp flickered into darkness” (ROWLING, 2017, p. 200). In the film, this is realized due to the fact that first, mysterious music, which tunes the viewer in to a miracle, can be heard; then, an owl takes off from the signpost and flies into the woods, where an old man with a long beard appears from, making the viewer realize that he is a magician. The old man pulls out a strange object, which resembles a lighter, and it starts accumulating the light from the lanterns - thus, something magical is happening. This scene was witnessed by a cat, which subsequently turns into a witch. Thus, modality, i.e., the director's attitude to the occurring events as something strange and previously unseen (at least, unseen on Privet Drive) is achieved through musical accompaniment, demonstrating in the shot the creatures that are usually associated with magic (owls, cats), as well as the figure of a man in a long dress and with a long gray beard, which the average viewer should immediately associate with the archetypal figure of an old wizard. Another example is the scene where students reach Hogwarts by boat since in the book, modal words were similarly used: “And the fleet of little boats moved off all at once, gliding across the lake, which was as smooth as glass. Everyone was silent, staring up at the great castle overhead. It towered over them as they sailed nearer and nearer to the cliff on which it stood. ‘Heads down!’ Yelled Hagrid as the first boats reached the cliff; they all bent their heads and the little boats carried them through a curtain of ivy which hid a wide opening in the cliff face. They were carried along a dark tunnel, which seemed to betaking them right underneaththe castle, until they reached a kind of underground harbor, where they clambered out on to rocks and pebbles” (ROWLING, 2017, p. 357). As can be seen, in this scene, the writer uses modal
image/svg+xmlNataliia HOLUBENKO Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 16 words to convey fascination with what was happeningin front of the characters’ eyes. For this purpose, solemn and disturbing music is used, and the amazed faces of children alternate with close-ups of the majestic castle that emerges from the mist. By using such technique, the director manages to convey by video and music the modality which the writer expressed by using modal words. Discussion Notwithstanding the wide scope of research done on intersemiotic translations and the significant value of J.K. Rowling's works for the world culture, the intersemiotic translation of her works and the modal words they contain have not been studied before, which justifies the significance and novelty of the findings of this study. Conclusion Reproduction of modal words in the intersemiotic translation during the film adaptation is accompanied by the partial loss of the meaning invested in the work by the author of the original source. Such outcome is almost inevitablesince in a literary work, modal words primarily demonstrate the attitude of the author or character / characters to a particular turn of the plot, other characters, or the situation in general, thus being quite commonly encountered in the author's words, hero’s reflections or the description of what he or she sees around. Filming can only partially reproduce such elements. Adaptive strategies of the reproduction of modal words in intersemiotic translation performed during the film adaptation of a literary work always include a nonverbal constituent. It can be expressed in acting, gestures and movements, as well as in appropriate shots depicting natural phenomena, buildings, movable and immovable objects, etc. Notably, modal words can be both used in the speech of the characters and completely absent. In such case, modality will be achieved through acting and video and/or music. The director of “Harry Potter and the Philosopher's Stone” used both strategies, thus having created his individual work. The film is closely interrelated with the original source and credibly reflects its fascination with the magic and the main character's adventures in the magical world, yet there are substantial difference between the two. Essentially, the author of the film maintained the spirit of the original source but sacrificed part of the scenes and significantly reduced and recombined others, having introduced some individual findings.
image/svg+xmlReproduction of intersemiotic modality in the film adaptation of the novel “Harry Potter and the Philosopher's Stone”Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 17 Thus, he managed to retain part of the author's modality by using non-verbal sign systems peculiar to cinema (behind-the-scenes music, acting, alternation of close-ups, etc). REFERENCESALGEO, J. A Comprehensive Grammar of the English Language. By Randolph Quirk, Sidney Greenbaum, Geoffrey Leech, and Jan Svartvik. London: Longman. 1985. x + 1779. Journal of English Linguistics, v. 20, n. 1, p. 122-136, Apr. 1987. DOI: 10.1177/007542428702000108. Available: https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/007542428702000108. Access: 2 Apr. 2022. ANDERSON, S. R. Linguistic expression and its relation to modality. In: ANDERSON, S. R. Current Issues in ASL Phonology. Elsevier, 1993. p. 273-290. ISBN 9780121932701. DOI: 10.1016/B978-0-12-193270-1.50018-2. Available: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/B9780121932701500182?via%3Dihub. Access: 2 Apr. 2022. BRANCO, S. O.; SANTOS, L. S. O uso de atividades de tradução intersemiótica e interlingual em uma sala de aula de língua inglesa como LE. Revista EntreLinguas, Araraquara, v. 3, n. 2, p. 203-226, Dec. 2017. DOI: 10.29051/rel.v3.n2.2017.9229. Available: https://periodicos.fclar.unesp.br/entrelinguas/article/view/9229/6966. Access: 2 Apr. 2022. CAMERON, D. Language, Gender, and Sexuality: Current Issues and New Directions. Applied Linguistics, v. 26, n. 4, p. 482-502, Dec. 2005. DOI: 10.1093/applin/ami027. Available: https://academic.oup.com/applij/article-abstract/26/4/482/145308?redirectedFrom=fulltext. Access: 2 Apr. 2022. HERRING, S.; JOHNSON, D.; DIBENEDETTO, T. Participation in electronic discourse in a “feminist” field. In: COATES, Jennifer; PICHLER, Pia. Language and gender: A reader. 2. ed. Wiley-Blackwell, 2011. p. 171-182. HOLUBENKO, N.; DEMETSKAYA, V. Category of Modality Through the Prism of Multipole Approaches in the Modern Translation Theory. Journal of History Culture and Art Research, v. 9, n. 2, p. 303, June 2020. DOI: 10.7596/taksad.v9i2.2500. Available: http://kutaksam.karabuk.edu.tr/index.php/ilk/article/view/2500. Access: 2 Apr. 2022. JAKOBSON, R. On linguistic aspects of translation. In: On translation. Harvard University Press, 1959. p. 232-239. KAŹMIERCZAK, M. From Intersemiotic Translation to Intersemiotic Aspects of Translation.Przekładaniec, v. 34-35, p. 7-35, 2018. DOI: 10.4467/16891864epc.18.009.9831. Available: https://www.ejournals.eu/Przekladaniec/English-issues/Special-Issue-Word-and-Image-in-Translation/art/13048/. Access: 2 Apr. 2022. KEANE, C. How to write a selling screenplay: A step-by-step approach to developing your story and writing your screenplay by one of today's most successful screenwriters and teachers. New York: Broadway Books, 1998. 308 p. ISBN 0767900715.
image/svg+xmlNataliia HOLUBENKO Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 18 LIKHODKINA, I. A. (Reflection of literary images in cinema or features of intersemiotic translation. Philological sciences. Questions of theory and practice, v. 3-3, n. 69, p. 128-130, 2017. Available: https://elibrary.ru/item.asp?id=28831784. Access: 2 Apr. 2022. MONEY, J. Hermaphroditism, gender and precocity in hyperadrenocorticism: Psychologic findings. Bulletin of the Johns Hopkins Hospital, v. 96, n. 6, p. 253-264,1955. NIKONOVA, V.; BOYKO, Y. Gender-specific emotivity of Victorian female prose from a multidimensional perspective. Lege artis. Language yesterday, today, tomorrow, v. 4, n. 1, p. 47-82, 2019. NUYTS, Jan. Epistemic modality, language, and conceptualization: A cognitive-pragmatic perspective. John Benjamins Publishing, 2001. O'BARR, W. M. Linguistic evidence: Language, power, and strategy in the courtroom. Elsevier, 2014. ROWLING, J.; KAY, J. Harry Potter and the philosopher's stone. Bloomsbury, 2017. VOLD, E. T. Epistemic modality markers in research articles: a cross-linguistic and cross-disciplinary study. International Journal of Applied Linguistics, v. 16, n. 1, p. 61-87, Mar. 2006. DOI: 10.1111/j.1473-4192.2006.00106.x. Available: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1473-4192.2006.00106.x. Access: 2 Apr. 2022.
image/svg+xmlReproduction of intersemiotic modality in the film adaptation of the novel “Harry Potter and the Philosopher's Stone”Rev. EntreLínguas,Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529 DOI:https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 19 How to reference this article HOLUBENKO, N. Reproduction of intersemiotic modality in the film adaptation of the novel “Harry Potter and the Philosopher's Stone”. Rev. EntreLínguas, Araraquara, v. 8, n. 00, e022070, 2022. e-ISSN: 2447-3529. DOI: https://doi.org/10.29051/el.v8i00.17592 Submitted: 10/08/2022 Required revisions: 17/09/2022 Approved: 22/10/2022 Published: 30/12/2022 Processing and publication by the Editora Ibero-Americana de Educação. Correction, formatting, standardization and translation.