Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024013, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18078 1
METODOLOGIAS E TECNOLOGIAS DE ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS
E DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES ENTRELAÇADAS EM INTERCÂMBIOS
VIRTUAIS
METODOLOGÍAS Y TECNOLOGÍAS DE ENSEÑANZA DE LENGUAS
EXTRANJERAS Y FORMACIÓN DOCENTE INTERRELACIONADAS EN
INTERCAMBIOS VIRTUALES
METHODOLOGIES AND TECHNOLOGIES IN FOREIGN LANGUAGE TEACHING
AND TEACHER TRAINING INTERLACED IN VIRTUAL EXCHANGE
Barbara Cortat SIMONELI1
e-mail: barbaracortatsimoneli@hotmail.com
Kyria Rebeca FINARDI2
e-mail: kyria.finardi@gmail.com
Como referenciar este artigo:
SIMONELI, B. C.; FINARDI, K. R. Metodologias e
tecnologias de ensino de línguas estrangeiras e de formação de
professores entrelaçadas em intercâmbios virtuais. Rev.
EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024013, 2024. e-
ISSN: 2447-3529. DOI:
https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18078
| Submetido em: 19/05/2023
| Revisões requeridas em: 07/03/2024
| Aprovado em: 11/04/2024
| Publicado em: 28/05/2024
Editora:
Profa. Dra. Rosangela Sanches da Silveira Gileno
Editor Adjunto Executivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Vitória ES Brasil. Licenciada em Letras Inglês e mestre em
Educação pela UFES.
2
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Vitória ES Brasil. Professora efetiva da Universidade Federal
do Espírito Santo (UFES) no Departamento de Linguagens, Cultura e Educação do Centro de Educação e membro
permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação na Linha de Educação e Linguagens (PPGE).
Metodologias e tecnologias de ensino de línguas estrangeiras e de formação de professores entrelaçadas em intercâmbios virtuais
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024013, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18078 2
RESUMO: O artigo visa refletir sobre a integração de tecnologias em metodologias de ensino
de línguas estrangeiras e na formação de professores. Com esse objetivo, o estudo analisa a
integração de tecnologias digitais em metodologias de ensino-aprendizagem e de formação de
professores de língua estrangeira, por meio da incorporação de intercâmbios virtuais em um
curso de formação de professores de inglês oferecido antes, durante e após a pandemia. A
metodologia empregada para analisar as experiências das duas professoras e pesquisadoras
envolvidas no estágio, onde os intercâmbios virtuais foram incorporados antes, durante e após
a pandemia, é a autoetnografia. De maneira geral, a análise sugere que a incorporação de
tecnologias na forma de intercâmbios virtuais na formação de professores enfrentou desafios
relacionados à falta de apoio institucional antes e após a pandemia da COVID-19.
PALAVRAS-CHAVE: Tecnologias. Metodologias. Ensino-aprendizagem. Formação de
professores de línguas. Línguas estrangeiras.
RESUMEN: El objetivo principal de este artículo es reflexionar sobre la integración de las
tecnologías en las metodologías de enseñanza de lenguas extranjeras y en la formación del
profesorado. Con este objetivo, el trabajo analiza la integración de las tecnologías digitales en
las metodologías de enseñanza-aprendizaje y en la formación de profesores de lenguas
extranjeras a través de la incorporación de intercambios virtuales en un curso de formación
de profesores de inglés ofrecido antes, durante y después de la pandemia. La metodología
utilizada para analizar las experiencias de los dos docentes/investigadores involucrados en la
disciplina de prácticas donde se incorporaron intercambios virtuales antes, durante y después
de la pandemia es auto-etnográfica. En general, el análisis sugiere que la incorporación de
tecnologías en forma de intercambios virtuales incorporados en la formación docente sufrió la
falta de apoyo institucional antes y después de la pandemia da COVID-19.
PALABRAS CLAVE: Tecnologías. Metodologías. Enseñanza-aprendizaje. Formación de
profesores de idiomas. Idiomas extranjeros.
ABSTRACT: The article focuses on the integration of technologies into foreign language
teaching methodologies and teacher education. With this aim, the paper analyzes the
incorporation of digital technologies in teaching-learning methodologies and foreign language
teacher education courses through the use of virtual exchanges in an English teacher education
course offered before, during, and after the pandemic. The methodology used to analyze the
experiences of the two teacher-researchers involved in the practicum course where virtual
exchange projects were integrated before, during, and after the pandemic is autoethnographic.
Overall, the analysis suggests that the incorporation of technologies in the form of virtual
exchange projects into teacher education suffered from the lack of institutional support both
before and after the COVID-19 pandemic.
KEYWORDS: Technologies. Methodologies. Teaching-learning. Language Teacher
Education. Foreign languages.
Barbara Cortat SIMONELI e Kyria Rebeca FINARDI
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024013, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18078 3
Introdução
A fim de superar os desafios do uso e ensino-aprendizado de línguas estrangeiras (LE)
na atualidade, a formação docente contemporânea deve estar alinhada às possibilidades e
desafios impostos pelo uso e integração de tecnologias digitais em metodologias de ensino-
aprendizado e na formação de professores (Rabello, 2021; Finardi, 2015). Este trabalho
representa uma contribuição nesse sentido ao se dedicar à análise da integração de tecnologias
digitais em metodologias de ensino-aprendizagem e de formação de professores de língua
estrangeira (LE) por meio da incorporação de intercâmbios virtuais (doravante IV) em
diferentes momentos de uma disciplina de formação de professores de inglês, antes, durante e
após a pandemia.
Neste trabalho, as práticas sociais são analisadas como sendo mediadas por diversas
tecnologias. As metodologias, por sua vez, mediam os processos de ensino e aprendizagem,
assim como a formação docente, áreas que, desde a pandemia da COVID-19, têm demonstrado
uma centralidade notável nos contextos pessoais, profissionais e pedagógicos (Rabello, 2021;
Vetromille-Castro; Kieling, 2022). Portanto, neste estudo, as tecnologias digitais são
compreendidas como tendo um papel crucial de mediação (Vygotsky, 1987, 1991), com foco
em seu impacto nas metodologias de ensino empregadas no processo de ensino-aprendizado de
línguas estrangeiras (LE) e na formação de professores de línguas.
Entre as diversas possibilidades de aplicação das tecnologias no ensino-aprendizado de
LE e na formação docente, a internet e as tecnologias de informação e comunicação (TICs)
possuem um potencial considerável. Estas tecnologias, ao serem incorporadas nas metodologias
de ensino e aprendizagem de línguas, podem enriquecer tanto o ensino-aprendizado de LE
quanto a formação de professores de línguas (Finardi; Porcino, 2014). Freeman (2001) sustenta
que a formação de professores constitui a soma das experiências adquiridas durante o processo
de aprendizagem de uma LE, ressaltando a importância da inclusão de tecnologias nas
metodologias de ensino de LE e na formação de professores de línguas.
A integração de projetos de intercâmbio virtual (IV) no ensino-aprendizado de línguas
estrangeiras (LE) e na formação de professores de LE tem o potencial de fomentar a
aprendizagem colaborativa, fundamentada na consciência intercultural e no conteúdo
interdisciplinar específico da disciplina. Por meio do fomento ao envolvimento entre alunos e
entre alunos e professores, o IV facilita o ensino e a aprendizagem ao conectar professores,
tutores e alunos geograficamente distantes, que são falantes de diferentes línguas maternas (L1),
Metodologias e tecnologias de ensino de línguas estrangeiras e de formação de professores entrelaçadas em intercâmbios virtuais
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em uma comunicação e colaboração autênticas através da mediação da LE e das tecnologias
digitais.
A incorporação de projetos de IV nas metodologias de ensino-aprendizado de LE e de
formação de professores é uma estratégia significativa de mediação e interação social
(Vygotsky, 1987, 1991). Nesse sentido, defende-se a criação de um currículo que ofereça
oportunidades, práticas e recursos social, cultural, histórica e institucionalmente situados, que
sejam relevantes para a comunidade envolvida.
Entende-se que o IV constitui uma abordagem pedagógica inovadora, que proporciona
aos estudantes e professores envolvidos oportunidades de aprendizagem contextualizada e o
uso da língua em contextos autênticos, por meio de múltiplas perspectivas de colaboração.
O uso de tecnologias no ensino-aprendizado de LE não é novidade. Abordagens como
a Aprendizagem de nguas Auxiliada por Computador [Computer Assisted Language
Learning CALL] (Rabello, 2021), a Aprendizagem Integrada de Língua e Conteúdo [Content
and Language Integrated Learning CLIL] (Finardi, 2015; Hildeblando Júnior; Finardi; El
Kadri, 2022), a oferta de Cursos Online Abertos Massivos [Massive Open Online Courses
MOOCs] (Tyler; Finardi, 2021), a Aprendizagem de Línguas Auxiliada pela Mobilidade
[Mobile Assisted Language Learning MALL] (Finardi; Leão; Amorim, 2016), a Sala de Aula
Invertida (Finardi; Prebianca; Schmitt, 2016), a Aprendizagem Internacional Online
Colaborativa [Collaborative Online International Learning COIL] (Hildeblando Júnior,
2019) e WebQuests (Porcino; Finardi, 2016), para dar alguns exemplos,pressupunham o
uso de tecnologias digitais no ensino-aprendizado de línguas.
Entretanto, foi depois da pandemia que essa integração de tecnologias em
metodologias de ensino-aprendizado de LE e na formação docente se tornou uma
realidade/necessidade para algumas instituições de ensino superior, devido ao seu uso
contingencial para a continuidade das aulas nas instituições, ainda que professores e alunos não
tenham sido formados para manusear as TICs como recursos educacionais (; Amorim;
Finardi, 2020; Finardi, 2015; Hildeblando Júnior; Finardi; El Kadri, 2022).
A fim de analisar o potencial de tecnologias usadas em metodologias de ensino de LE e
na formação de professores, este trabalho irá se debruçar na análise de intercâmbios virtuais
realizados como parte da metodologia usada na disciplina de formação docente Estágio
Supervisionado Curricular realizada antes, durante e após a pandemia. A disciplina na qual os
projetos de IV foram integrados no currículo de formação docente analisados aqui é ofertada
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nos últimos períodos do curso de Licenciatura em Letras-Inglês de uma universidade federal
do sudeste do Brasil.
Metodologia
Para realizar uma análise profunda e detalhada dos projetos de intercâmbio virtual (IV)
integrados na disciplina de Estágio Supervisionado de Inglês, adotou-se uma metodologia
autoetnográfica. Os instrumentos de coleta de dados utilizados incluíram diários e relatórios de
observação e auto-observação das professoras-pesquisadoras envolvidas nessa disciplina
(Pardo, 2019). A autoetnografia é uma abordagem de pesquisa caracterizada pela dualidade de
papéis do pesquisador, que atua tanto como sujeito quanto como objeto de estudo, analisando
sua própria experiência a partir de uma perspectiva interna, ou emic. Assim, a autoetnografia
envolve a realização de observações e auto-observações pelo pesquisador sobre si mesmo e
sobre o campo de pesquisa, acompanhadas de interpretações e reflexões meticulosas, que
buscam captar as complexidades das experiências e realidades vivenciadas (Pardo, 2019).
As pesquisadoras participantes da disciplina tiveram papéis entrelaçados na formação
docente e em pesquisas, com observações autoetnográficas significativas. A
pesquisadora/autora 1 esteve envolvida na disciplina de Estágio Supervisionado de 2019 a 2022
em diferentes capacidades: inicialmente como aluna, posteriormente como estagiária de
mestrado em docência e, finalmente, como pesquisadora em sua pesquisa de mestrado. A
pesquisadora/autora 2 acumulou funções como professora supervisora da disciplina de Estágio
Supervisionado e como orientadora de trabalhos de conclusão de curso e de mestrado da aluna-
pesquisadora-professora 1.
Neste trabalho, a metodologia autoetnográfica será utilizada para realizar uma análise
reflexiva sobre os projetos de IV integrados na metodologia de formação de professores de
inglês, especificamente na disciplina de Estágio Supervisionado, oferecida como parte do curso
de Letras Inglês de uma Universidade Federal do Sudeste. A análise ocorrerá em três momentos
distintos: (1) IV antes da pandemia (Brasil-Chile), (2) IV durante a pandemia (Brasil-Espanha)
e (3) IV após a pandemia (Brasil-Turquia). Com base nessas experiências, serão tecidas
observações sobre o papel das tecnologias na formação de professores e a integração dos
projetos de IV nas metodologias de ensino-aprendizado de LE e na formação docente. A seguir,
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será feita uma contextualização dos projetos de IV nesses três períodos antes de prosseguir para
a análise e discussão detalhada.
Contextualização
Durante o período de ensino presencial anterior à pandemia, a metodologia empregada
na disciplina de Estágio Supervisionado consistia em: (1) aulas presenciais na universidade e
encontros individuais e em grupos/equipes no campo de estágio; (2) discussão de textos de
leitura obrigatória em relação à prática vivenciada; (3) atividades de co-participação/co-
regência, desenvolvidas com o professor regente da educação básica e a professora supervisora
da disciplina na universidade, incluindo planejamento, elaboração de material didático e
docência; (4) apresentação de um relatório final do estágio, detalhando criticamente as
experiências vividas e as atividades desenvolvidas.
Durante a pandemia, as restrições impostas pelo distanciamento social, a dessincronia
entre os calendários acadêmicos da universidade e das escolas, além de muitas escolas não
funcionarem presencialmente nem aceitarem estagiários, impossibilitaram a realização de
atividades de campo. Assim, as aulas da disciplina de Estágio Supervisionado foram conduzidas
no formato de Ensino Emergencial Remoto (EARTE). A professora responsável pela disciplina
optou por incluir projetos de intercâmbio virtual (IV) como estratégia para aproximar os alunos
do contexto escolar (nesse caso, em outro país, dado que não era possível realizar no Brasil)
durante o EARTE. Antes da pandemia, a mesma professora havia oferecido aos alunos a
oportunidade de engajar-se em um projeto de IV, porém as interações foram limitadas a dois
encontros devido às restrições estruturais da universidade. Após a pandemia, e com o retorno
ao ensino presencial, a professora ofereceu novamente aos alunos a oportunidade de
participarem de um projeto de IV como atividade complementar, não integrando, portanto, a
carga horária oficial da disciplina.
As parcerias de IV foram estabelecidas com professores-formadores responsáveis por
disciplinas equivalentes em universidades estrangeiras parceiras, correspondentes aos locais de
campo dos alunos. Ao todo, quatro projetos de IV foram realizados com universidades
localizadas no Chile, Inglaterra, Espanha e Turquia, sendo um projeto antes da pandemia
(Chile), dois durante a pandemia (Inglaterra e Espanha) e um após a pandemia (Turquia).
Barbara Cortat SIMONELI e Kyria Rebeca FINARDI
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Nas seções seguintes, será descrito e discutido o papel das tecnologias na formação de
professores antes, durante e após a pandemia, com foco na integração dos projetos de IV na
metodologia da disciplina de Estágio Supervisionado.
Antes da pandemia (2019) - IV Brasil- Chile
Mesmo antes da pandemia, a professora responsável pela disciplina de Estágio
Supervisionado reconhecia a importância de integrar tecnologias e abordagens ativas na
formação de professores de nguas, tendo adotado métodos de ensino híbridos (Hildeblando
Júnior, 2019). Como estratégia para ampliar as possibilidades de interação e formação docente,
essa professora, em colaboração com alunos de mestrado em estágio docência na mesma
disciplina, decidiu integrar um projeto de intercâmbio virtual (IV) em parceria com professores
estrangeiros de inglês (e em formação) que compartilhassem o mesmo perfil dos professores
brasileiros em formação, ou seja, que fossem professores de inglês como segunda língua (L2),
tendo outra língua como língua materna (L1).
Essa experiência de IV, realizada antes da pandemia, ocorreu no contexto da disciplina
de estágio ou prática de ambas as universidades, no Brasil e no Chile (Hildeblando Júnior,
2019). As temáticas abordadas entre os participantes do IV focavam principalmente no ensino
de inglês em ambos os países, incluindo metodologias e experiências de ensino dos
participantes (professores em pré-serviço). Também foram discutidos programas locais que
promovem a internacionalização mediada pelo inglês, como o “Idiomas sem Fronteiras” (IsF)
no Brasil e Inglés Abre Puertasno Chile, destacando a relevância dessa língua no contexto
em que o IV ocorreu, sendo utilizada tanto como língua franca para comunicação entre os
participantes quanto como idioma a ser ensinado pelos futuros professores. As atividades
incluíam leituras de textos sobre as temáticas das aulas, discussões em sala de aula e interações
assíncronas e síncronas (apenas duas) entre os participantes para discussão e compartilhamento
de experiências relacionadas aos temas das aulas.
Os resultados dessa experiência sugerem que as tecnologias digitais podem promover a
interculturalidade na formação de professores de línguas ao conectar pessoas geograficamente
distantes que não têm a possibilidade de participar em mobilidades físicas acadêmicas
internacionais tradicionais. Além disso, as tecnologias digitais facilitaram o contato com
diferentes línguas, já que os participantes alternaram entre o português (L1 para os brasileiros),
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o espanhol (L1 para os chilenos) e o inglês (L2 para todos) durante as interações do projeto de
IV, embora a maior parte das interações tenha ocorrido em inglês, a única ngua franca do
grupo.
A mediação da tecnologia, nos contextos Brasil-Chile, possibilitou a interação e o
aprendizado compartilhado entre os participantes. No entanto, as limitações estruturais e
institucionais impactaram significativamente o planejamento de atividades online. Em 2019, a
universidade brasileira dispunha apenas de uma sala de videoconferência adequada para
interações online síncronas, mas esta sala era prioritariamente reservada para defesas de
dissertações e teses, com disponibilidade muito restrita para aulas. Além disso, o espaço era
limitado em termos de capacidade de acomodação de pessoas.
Devido à dificuldade de obter um espaço físico adequado para a conexão com a turma
do Chile, apenas dois encontros síncronos foram realizados entre as duas turmas. As demais
atividades tiveram que ser conduzidas em um formato assíncrono de Sala de Aula
Invertida
3
(Finardi; Prebianca; Schmitt, 2016) onde os alunos liam os textos em casa e se
preparavam para discuti-los de forma síncrona em sala de aula. As salas de aula regulares da
universidade não possuíam conexão de internet adequada para as interações planejadas.
Portanto, a mediação dos processos de ensino e aprendizagem por meio de tecnologias digitais
foi prejudicada por essa limitação de espaços e tecnologias disponíveis para sessões de
intercâmbio virtual, refletindo, de certa forma, uma deficiência de infraestrutura institucional
na universidade brasileira, especialmente em comparação com a infraestrutura disponível na
universidade chilena.
Durante a pandemia (2020-2021) IV Brasil Espanha
Nos semestres de 2020-2, 2021-1 e 2021-2, a disciplina foi oferecida no formato de
Ensino Emergencial Remoto (EARTE) com os seguintes objetivos: (a) vivenciar a
coparticipação da regência no ensino remoto da língua inglesa na educação básica; (b)
identificar metodologias de ensino e a relação teórico/prática em diversas realidades
educacionais afetadas pelo isolamento social; (c) acompanhar ações pedagógicas voltadas para
3
A sala de aula invertida (flipped classroom) é uma metodologia ativa de aprendizagem que inverte a ordem das
atividades do modelo tradicional de ensino. Os alunos assistem/leem conteúdos em casa e discutem/interagem em
sala de aula.
Barbara Cortat SIMONELI e Kyria Rebeca FINARDI
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o ensino da língua inglesa e seus desdobramentos durante o período de isolamento; (d)
identificar estratégias utilizadas para o ensino remoto da língua inglesa durante a pandemia; (e)
atuar na seleção, organização de conteúdos e produção de material didático para o ensino
remoto da ngua inglesa; (f) analisar criticamente os processos educativos e didáticos-
pedagógicos ocorridos durante o período de isolamento social e no formato EARTE.
Como estratégia pedagógica, diante das restrições impostas pela pandemia, cada
semestre de 2021 incorporou um projeto de intercâmbio virtual (IV) como parte integrante do
conteúdo da disciplina e dentro da carga horária estabelecida. O objetivo desses projetos de IV
era proporcionar aos professores em formação oportunidades de contato e troca de experiências
com outros educadores em situações semelhantes, considerando diferentes contextos de estágio
e a possibilidade de interação intercultural. Adicionalmente, buscou-se promover o
desenvolvimento de processos de internacionalização mais inclusivos, na forma de
Internacionalização em Casa (IeC) e Internacionalização do Currículo (IdC), diante dos
desafios apresentados pela pandemia.
Ademais, a integração de projetos de IV na disciplina durante a pandemia visava
proporcionar um ponto de contato com o campo de estágio, considerando que as escolas no
Brasil estavam fechadas ou incapazes de aceitar estagiários devido aos protocolos de segurança
da pandemia, e a falta de sincronia entre os calendários acadêmicos das escolas e da
universidade brasileira. Cada um dos projetos é descrito a seguir.
Período: 2021-1
O projeto de IV entre a universidade brasileira e a universidade inglesa teve como
objetivo promover a adoção de uma abordagem híbrida de sala de aula invertida (Finardi;
Prebianca; Schmitt, 2016) na formação de professores de inglês, enquanto proporcionava aos
participantes, em seus contextos locais, a oportunidade de se engajarem em uma comunidade
global de prática de ensino de inglês através de um MOOC (Tyler; Finardi, 2021). O projeto
também visou promover o desenvolvimento do letramento digital crítico e da competência
intercultural dos participantes (Dervin; Liddicoat, 2013) por meio de temas baseados na
abordagem de ensino baseada em tarefas (TBA Task-Based Approach) (Calvert; Sheen,
2015); (b) na aprendizagem integrada de conteúdos e língua (CLIL (Finardi, 2015); (c) no
desenvolvimento da competência comunicativa Intercultural (CCI) e (d) no uso do inglês como
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língua franca (Dervin; Liddicoat, 2013) entre os participantes. As atividades realizadas
incluíram interações e discussões colaborativas em grupos menores e com toda a turma, e a
realização de tarefas colaborativas sobre a temática em plataformas alternativas (Padlet, Kahoot
e Socrative) que facilitavam o engajamento e a troca de experiências entre os participantes.
No total, esse projeto contou com 29 participantes e durou cinco semanas, envolvendo
participantes de diferentes nacionalidades e usando o inglês como língua franca. Uma vez que
o projeto envolveu contextos institucionais diferentes, houve uma combinação dos formatos
híbridos (na Espanha) e EARTE (no Brasil), por meio da abordagem da Sala de Aula Invertida
(Finardi; Prebianca; Schmitt, 2016). Antes dos encontros síncronos, os participantes assistiam
mini-palestras sobre o conteúdo abordado e realizavam atividades do MOOC (Tyler; Finardi,
2021).
Os encontros síncronos ocorriam em inglês e eram realizados via plataforma Zoom, com
uso da funcionalidade de breakout rooms, permitindo interação com grupos menores
diferentemente de projetos anteriores, que não usavam plataformas com essa opção. Cada
encontro durava entre uma hora e uma hora e meia, sendo os primeiros vinte minutos dedicados
para exposição do tema. A segunda parte do encontro síncrono, durando cerca de trinta minutos,
acontecia nos grupos focais (por meio de breakout rooms) mediados por um tutor.
Durante essa segunda parte, os participantes realizavam alguma tarefa colaborativa,
delegada aos grupos em outras plataformas como Padlet, Kahoot e Socrative, possibilitando
maior engajamento dos membros e compartilhamento de suas experiências. A última parte de
cada encontro, com duração de cerca de trinta minutos, era dedicada à discussão coletiva das
temáticas, baseada no trabalho colaborativo em grupo. As ideias principais de cada turma eram
apresentadas por um representante, eleito em cada encontro, que deveria ser diferente a cada
sessão síncrona. Em seguida, ocorria a conclusão e o encerramento do encontro.
O projeto baseou-se em uma combinação de comunicação síncrona e assíncrona, num
formato de Sala de Aula Invertida (Finardi; Prebianca; Schmitt, 2016). O MOOC (Tyler;
Finardi, 2021) representou uma das principais ferramentas utilizadas pelos participantes durante
esse projeto. O curso se baseava em atividades que enfatizavam o desenvolvimento de
habilidades por meio da realização de tarefas em fóruns de discussões assíncronos. Do ponto
de vista pedagógico, a comunicação assíncrona baseada em texto proporcionou aos professores
de inglês em formação a oportunidade de revisar e refletir sobre conceitos-chave do ensino e
aprendizagem de inglês, além de outros temas relevantes à sua formação. A incorporação do
MOOC ao projeto também favoreceu a formação dos participantes e o desenvolvimento de uma
Barbara Cortat SIMONELI e Kyria Rebeca FINARDI
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comunidade de prática internacional, oferecendo oportunidades de aprendizado e discussões
com outros estudantes, professores e profissionais do ensino de inglês, transcendendo, em certo
sentido, as barreiras geográficas que separavam os participantes do curso.
O MOOC transformou os papéis dos instrutores e participantes durante o processo de
aprendizagem, desafiando as visões tradicionais de produtor/receptor de conhecimentos e
favorecendo uma abordagem centrada no aluno. Nesse formato, o papel do instrutor ou tutor
evoluiu de “provedor” de conhecimento para facilitador, incentivando os participantes a
explorarem e refletirem de maneira independente e autônoma sobre as questões propostas no
curso. Assim, os participantes passaram de uma aprendizagem passiva para uma exploração
ativa do conhecimento, facilitada pela mediação das tecnologias digitais, tanto em formatos
síncronos quanto assíncronos.
De maneira geral, alunos e equipe pedagógica envolvidos no projeto perceberam que o
IV contribuiu para o desenvolvimento intercultural dos participantes, embora tenham observado
que o tempo de interação nas breakout rooms foi insuficiente para desenvolver um contato mais
profundo com os participantes estrangeiros. Além disso, algumas dificuldades na mediação
foram notadas, como a desativação de câmeras e microfones por alguns participantes durante
as interações.
Período: 2021-2
Este projeto foi realizado entre a universidade brasileira e uma universidade espanhola
por meio da plataforma Teams, com o objetivo de trocar experiências de ensino e aprendizagem
nos dois contextos por meio de interação autêntica via internet e do inglês como língua franca.
Os temas discutidos incluíram o conceito de “tarefa” (Calvert; Sheen, 2015), CLIL (Finardi,
2015), multiletramentos, ensino e aprendizagem on-line, bem como o papel do inglês como
ELF/EFL no Brasil e na Espanha. O projeto envolveu 42 participantes e durou quatro semanas.
Entre as ferramentas digitais utilizadas estavam Padlet, Kahoot, Socrative e outros recursos da
plataforma Teams.
Os conteúdos eram disponibilizados na plataforma para acesso prévio aos encontros
síncronos, incluindo links para vídeos relacionados aos temas das aulas que serviam como
conteúdos complementares, visando construir conhecimento de forma colaborativa. Nessa
plataforma, também ocorriam discussões assíncronas (por meio de texto) dos conteúdos
Metodologias e tecnologias de ensino de línguas estrangeiras e de formação de professores entrelaçadas em intercâmbios virtuais
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propostos, o que enriquecia os processos de aprendizagem através de diferentes perspectivas
socioculturais.
Durante as interações síncronas na plataforma Teams, os professores de inglês em pré-
serviço desenvolveram uma compreensão mais aprofundada sobre os participantes de outras
culturas, particularmente em relação às suas atitudes, valores e formas de pensar. Esse
entendimento foi alcançado por meio de discussões, trocas de experiências e diálogos
relacionados aos temas das aulas, especialmente dentro dos breakout rooms. Adicionalmente,
os participantes refletiram sobre o uso e a apropriação da língua inglesa e sobre como a cultura
é abordada no ensino tradicional do inglês, com implicações diretas nas práticas pedagógicas.
Em cada encontro síncrono, os professores em pré-serviço engajaram-se em atividades
colaborativas nos breakout rooms, buscando ampliar suas habilidades de trabalho em equipe e
comunicação intercultural.
As atividades eram estruturadas da seguinte forma: os professores formadores
apresentavam perguntas escritas baseadas em conteúdos de textos que os participantes deveriam
ter lido previamente, relacionadas ao tema da aula, como multiletramentos, Task Based
Language Learning (TBLT), CLIL, entre outros. Os participantes, então, discutiam essas
perguntas dialogicamente nos breakout rooms, relacionando-as com suas próprias experiências.
Após a discussão, um dos participantes de cada grupo compartilhava um resumo do debatido
com a turma inteira. Posteriormente, os participantes registravam e refletiam interativamente
sobre as temáticas no Padlet.
Como exemplo, em uma das aulas, participantes de um grupo compararam suas
experiências de aprendizagem de inglês na Espanha e no Brasil com a proposta do TBLT.
Durante as discussões, criticaram o foco na gramática e na instrumentalidade do ensino, que
contradiz a ênfase do TBLT na comunicação e no significado da ngua. Enquanto discutiam,
os participantes formulavam perguntas entre si para aprofundar o entendimento sobre o tema
da aula e as experiências compartilhadas.
Para promover o engajamento dos participantes nas interações, algumas ferramentas
digitais, como Padlet, Kahoot e Socrative, foram utilizadas durante os encontros síncronos.
Essas ferramentas facilitaram a reflexão e compreensão dos conceitos-chave, além de contribuir
para o desenvolvimento do letramento digital dos participantes.
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Figura 1 - Padlet elaborado pelos participantes do IV
Fonte: acervo pessoal das autoras.
Além de outros aspectos mencionados aqui, o projeto de IV proporcionou aos
professores em pré-serviço oportunidades de aprendizagem colaborativa e prática linguística
em contexto autêntico, em interações síncronas e assíncronas, mediadas pelas tecnologias.
Após a pandemia (2022) Período: 2022-1 - IV Brasil -Turquia
Após o retorno às atividades presenciais na instituição que foi objeto deste estudo, a
professora optou por continuar as parcerias internacionais em projetos de IV nessa mesma
disciplina, mas dessa vez teve que ofertar o projeto de IV como atividade complementar, já que
a referida instituição não permitia mais a plena integração do ensino remoto às metodologias e
atividades curriculares após o retorno ao formato presencial. Assim, a docentes ofertou um
projeto de IV em parceria com uma universidade na Turquia como atividade complementar e
não obrigatória da disciplina. Dos 26 alunos matriculados na disciplina de Estágio
Supervisionado em 2022-1, apenas 4 participaram do projeto de IV com a Turquia.
A baixa adesão dos alunos pode ser interpretada como uma falta de compreensão dos
benefícios da participação em projetos de IV. No entanto, também pode refletir a dificuldade
dos estudantes em se envolverem em projetos nesse formato após o retorno às aulas presenciais,
uma vez que a universidade não oferece espaços para que os alunos possam se conectar de
forma síncrona e com privacidade durante os intervalos das aulas. Nesse contexto, os estudantes
teriam que trazer seus próprios equipamentos para a universidade ou se conectar quando
estivessem em casa, em horários nem sempre compatíveis com as atividades das universidades
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parceiras. Essa situação evidencia mais uma vez a falta de apoio e estrutura da Instituição A
para aproveitar os benefícios da mediação tecnológica, integrando projetos de IV ao currículo
das disciplinas, com o intuito de promover a IeC e a IdC.
O objetivo deste projeto de IV foi proporcionar aos professores de inglês em pré-serviço,
de ambas as instituições, uma experiência no uso de tecnologias para colaborar com outros
docentes no mesmo nível de instrução e formação. Para isso, as equipes turcas e brasileiras
trabalharam em conjunto para comparar e refletir sobre suas experiências de ensino e
aprendizagem de inglês como língua estrangeira em seus respectivos contextos, visando ao
desenvolvimento de habilidades interculturais, linguísticas e profissionais.
Os temas abordados durante a colaboração incluíram: (a) apresentação,
compartilhamento de informações pessoais e acadêmicas, bem como expectativas e objetivos
para a colaboração; (b) apresentação e discussão dos contextos acadêmicos dos participantes,
utilizando tecnologias digitais; (c) comparação das semelhanças e diferenças entre o ensino de
inglês no Brasil e na Turquia; e (d) reflexão e desenvolvimento de uma atividade ou tarefa
cultural. Para criar essas atividades, os participantes puderam empregar ferramentas digitais,
como AnswerGarden, Bamboozle Canva, entre outras.
O projeto envolveu um total de 29 participantes e teve duração de seis semanas, com as
interações ocorrendo em inglês como língua franca. Os integrantes foram divididos em quatro
grupos fixos, cada um mediado por um tutor, com quem também mantiveram contato
assíncrono por meio de grupos de WhatsApp. Além disso, foi disponibilizada uma plataforma
Moodle para que os alunos completassem as atividades semanais e enviassem suas reflexões
antes do encontro síncrono semanal. Essa plataforma permitia o compartilhamento de
conteúdos em formato de vídeo, áudio, imagem e texto.
Uma vez por semana, os participantes se reuniam para um encontro síncrono, com
duração entre uma hora e uma hora e meia, com o tutor responsável pelo grupo, para discutir o
tema da semana. Os horários desses encontros síncronos foram acordados entre o tutor e os
integrantes. Ademais, a escolha da plataforma para interação síncrona foi decidida
coletivamente pelo grupo, podendo ser Zoom, Google Meet ou Teams. Em média, os
participantes dedicaram quatro horas por semana para desenvolver as atividades síncronas e
assíncronas durante o projeto. Ao final, ocorreu uma sessão coletiva síncrona de encerramento,
com a participação de todos para compartilhar experiências e refletir sobre o projeto.
A plataforma Moodle utilizada no projeto foi alimentada com base no conceito de ensino
co-construído, em contraste com o processo tradicional de aquisição passiva de conhecimento.
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Além das tarefas que promoviam a discussão sobre as diferenças e similaridades no ensino de
inglês como língua estrangeira na Turquia e no Brasil, também foram realizadas tarefas
colaborativas de criação de materiais que promoviam o desenvolvimento da competência
comunicativa intercultural (CCI). Essas atividades incluíram três principais tarefas: (1)
Icebreaker, com o objetivo de os participantes se conhecerem por meio da produção de um
vídeo curto, possibilitando a troca de informações em inglês; (2) atividade de exploração da
CCI, para discutir as semelhanças e diferenças nos contextos de ensino de inglês como língua
estrangeira no Brasil e na Turquia, utilizando a língua inglesa; e (3) elaboração de uma atividade
cultural por meio do uso de ferramentas digitais, como Moodle, e-mail, Zoom, Quiz maker,
entre outros, estimulando a produção colaborativa entre os participantes.
Nas atividades propostas, os participantes cooperaram e construíram conhecimentos
com base em suas próprias experiências prévias, em um ambiente autônomo de aprendizagem.
Uma das principais vantagens do uso dessa plataforma foi a flexibilidade da multimodalidade,
ou seja, a utilização de diversas formas de interação por meio de vídeo, texto e imagem, e as
consequentes oportunidades de personalização e apropriação de conteúdos, de forma
contextualizada. Em um contexto de formação de professores de línguas, essa multimodalidade
foi significativa, no sentido de permitir uma interação cultural e contextual entre os
participantes.
As atividades síncronas foram realizadas nas plataformas Zoom, Google Meet e Teams.
Os professores em pré-serviço puderam: (a) tornar-se mais conscientes da complexa relação
entre cultura e língua; (b) desenvolver a compreensão de como diferentes contextos culturais
podem levar pessoas a verem e vivenciarem os mesmos eventos de forma diferente; (c)
envolver-se em discussões críticas sobre suas próprias normas, valores e crenças, comparando-
os com aqueles de seus colegas.
O objetivo de utilizar diferentes ferramentas digitais (AnswerGarden, Bamboozle,
Canva, etc.) para elaboração dos planos de aula foi de desenvolver o letramento digital e
permitir a mediação tecnológica, por meio da familiarização com diferentes ferramentas. Nesse
processo, os professores em pré-serviço também desenvolveram a CCI (Competência
Comunicativa Intercultural), entendida como a capacidade de se comunicar com participantes
de outras culturas, tanto por meio de ferramentas assíncronas (e-mail, Google Drive e
WhatsApp), quanto por meio de ferramentas síncronas como Zoom, Google Meet e Teams.
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Análise
Nesta seção, será realizada uma análise conjunta dos Intercâmbios Virtuais (IVs)
realizados em 2019 com uma universidade chilena (antes da pandemia), em 2021-1 (durante a
pandemia) com uma universidade espanhola e em 2022-1 (após a pandemia) com uma
universidade turca. De maneira geral, destaca-se que o maior desafio para a integração dos IVs
na formação docente antes da pandemia relaciona-se com a falta de infraestrutura e apoio para
sua realização ou para a incorporação de componentes online ou híbridos nos currículos. Isso
resultou na frustração da professora supervisora do estágio por não conseguir realizar mais
encontros síncronos online entre as turmas brasileira e chilena.
Em relação aos projetos de IV realizados durante a pandemia, observou-se uma
oportunidade única para a docente formadora e para os professores em pré-serviço participarem
de intercâmbios virtuais, tendo contato com professores e alunos de Língua Estrangeira de
outros países, em trocas culturais e linguísticas autênticas. Esse foi um momento importante e
ímpar de formação e reflexão sobre o papel das tecnologias no encurtamento das distâncias e
na promoção de trocas autênticas e interculturais, especialmente em um período no qual o
contato local e físico estava limitado pelas restrições impostas pela pandemia. Foi também uma
oportunidade única, já que não pôde ser repetida da mesma forma após a pandemia, de integrar
tecnologias em metodologias de ensino e aprendizado de línguas.
Durante o retorno ao ensino presencial pós-pandemia, os problemas relacionados à falta
de apoio e estrutura institucional para essa integração reapareceram. Parece que ao voltarmos
ao “velho normal”, não aprendemos nada com a pandemia, desperdiçando as lições aprendidas.
Isso foi evidenciado pelas dificuldades enfrentadas para manter o IV com a Turquia como parte
da metodologia de formação de professores durante o estágio. Diante dos desafios do retorno
ao ensino presencial e da integração de tecnologias em metodologias após a pandemia, será
realizada uma análise mais detalhada dos diários de campo deste período/IV.
A seguir, serão apresentados alguns dados do período pós-pandemia para ilustrar a
análise, utilizando os acrônimos P1 (professora formadora da instituição brasileira), P2
(professor formador da instituição espanhola), P3 (professora formadora da instituição turca),
M1 (monitora responsável pela redação dos diários e relatórios), A1 e A2 (dois dos
participantes-alunos brasileiros dos IVs), BR-TR (IV realizado entre as universidades brasileira
e turca) e BR-ES (IV realizado entre as universidades brasileira e espanhola). Além disso,
embora os termos “diário” e “relatório” sejam utilizados como sinônimos aqui, ambos estão
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sendo empregados para diferenciar a qual IV M1 está se referindo. Quando mencionamos
“diário”, estamos nos referindo aos diários de campo de M1 sobre o IV realizado com a
universidade espanhola, e quando falamos “relatório”, estamos nos referindo aos relatórios de
campo de M1 sobre o IV realizado com a universidade turca. Com isso esclarecido,
prosseguiremos com a análise.
Observou-se que, apesar da necessidade de atualizar o processo de ensino-aprendizagem
de Língua Estrangeira (LE) e a formação dos professores de línguas, os Intercâmbios Virtuais
(IVs) realizados durante as disciplinas de Estágio Supervisionado não receberam apoio
institucional adequado em relação ao planejamento, à disponibilização de recursos digitais e à
integração tecnológica completa durante o curso de formação de professores de inglês na
instituição brasileira, especialmente no caso do IV com a instituição turca (BR-TR), quando a
instituição de ensino brasileira não permitiu que o IV fosse incorporado diretamente na
disciplina devido ao fim do EARTE em 2022. Consequentemente, o IV BR-TR foi conduzido
fora da carga horária da disciplina de Estágio Supervisionado, tornando-se uma atividade
complementar com direito a um certificado válido para que os alunos participantes da
instituição brasileira acumulassem horas complementares exigidas pelo curso de Letras Inglês.
Isso resultou em apenas meia dúzia de alunos brasileiros participando, quando havia 20
vagas disponíveis para cada instituição (brasileira e turca), enquanto na Turquia, devido à
participação obrigatória devido à integração do IV à disciplina correspondente ao Estágio, a
participação foi unânime. No IV com a universidade espanhola (BR-ES), a participação dos
brasileiros foi unânime pelo mesmo motivo. No entanto, a falta de apoio institucional foi menos
perceptível devido à implementação do EARTE naquele momento e ao fato de que os recursos
digitais dependiam inteiramente dos alunos e professores, ao contrário do exemplo anterior do
IV com a universidade chilena.
Apesar da falta de suporte institucional, a professora formadora elaborou e ministrou
tanto as disciplinas de Estágio quanto os IVs, demonstrando estar ciente da importância da
integração das tecnologias digitais e dos IVs na formação de professores de línguas. Isso
possibilitou, de uma forma ou de outra, a incorporação crítica das tecnologias digitais que
viabilizaram os IVs, alinhando-se assim à formação docente contemporânea. Antes da
realização do IV BR-TR, a docente formadora da universidade brasileira (P1) promoveu uma
reunião com os alunos do Estágio e M1, que haviam participado do IV BR-ES no semestre
anterior dentro da disciplina de Estágio Supervisionado.
A reunião foi realizada oito dias antes do início do IV BR-TR para explicar e orientar
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esses alunos na inscrição e utilização da plataforma, uma vez que não havia outra forma dos
alunos conhecerem, que não existe disciplina específica no currículo que trate das
ferramentas e recursos digitais para ensino-aprendizagem de L2. É relevante destacar que a
reunião não era obrigatória conforme a programação do IV, sendo realizada por iniciativa e
discernimento de P1. Apenas cinco estudantes participaram da reunião e nem todos os cinco
participaram do IV BR-TR posteriormente, mesmo após terem se inscrito no IV durante a
reunião. P1 havia enviado e-mails para todos os alunos do estágio explicando como seria este
IV, destacando diferenças em vários aspectos em relação ao IV anterior (BR-ES).
Na reunião prévia ao IV BR-TR, P1 ressaltou pelo menos três vezes que era importante
que eles acessassem a plataforma juntos ali, “ao vivo”, para que pudessem tirar dúvidas na
mesma hora. Ela mostrou a plataforma e como se inscrever no IV por meio do
compartilhamento de tela. A plataforma (gratuita) utilizada para este IV foi o moodle,
aparentemente melhor do que o Teams, utilizado no IV anterior (BR-ES). P1 deixou que os
alunos explorassem a plataforma enquanto ela estava ali para tirar dúvidas que surgissem. “P1
ressalta que é rápido [se inscrever]: basta entrar, fazer o cadastro e se inscrever no curso VE2.1
(Relatório 1 de M1), diferentemente do que ocorreu com o Teams no IV anterior. Todos
conseguiram acessar e se inscrever.
Apesar de P1 ter conseguido guiar os alunos em suas inscrições e explorações pela
plataforma moodle nessa reunião, na reunião seguinte (minutos após a primeira) ela, seus
monitores e a outra professora formadora, da universidade na Turquia (P3), desabafaram. Eles
afirmaram que estavam com diversas dúvidas quanto ao uso da plataforma como editores,
algumas dúvidas eram específicas: como adicionar as tarefas na seção de tarefas e não de
assignments, o que cada seção no moodle significava, se era possível moldar o design de cada
tarefa, entre outros. A plataforma estava quase pronta, mas outra pessoa do grupo do IV havia
feito o trabalho de edição. Acontece que a plataforma era mais simples para os leitores e
usuários/alunos do que para os editores e usuários/professores/monitores, pois estes teriam que
editá-la também.
Após uma reunião de cerca de meia hora, ficou acordado que todos tentariam explorar
as tarefas e a plataforma, buscar tutoriais e criar uma conta como alunos para terem acesso à
interface visualizada pelos participantes-estudantes. No final das contas, outra pessoa com
maior conhecimento assumiu a responsabilidade de atualizar e editar a plataforma. Essas
dificuldades evidenciam a falta de uma formação específica sobre a implementação de
tecnologias no processo de ensino-aprendizagem para as professoras formadoras e seus
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monitores, que tiveram que aprender o básico na prática naquele momento. Sobre isso, M1, em
seu Diário 06 sobre o IV BR-ES, menciona que, apesar de já ter concluído a graduação, ainda
se sentia em processo de formação junto com os alunos do Estágio e os participantes do IV BR-
ES devido a essas dificuldades, acrescentando: “Tenho sacrificado os conteúdos das disciplinas
do mestrado para aprender as tecnologias”. Em seu diário, M1 expressa descontentamento e
frustração devido à falta de domínio das tecnologias digitais.
Apesar desses desafios iniciais no IV BR-TR, a plataforma se mostrou muito mais eficaz
do que o Teams, embora tenha sido necessário utilizar uma combinação de plataformas para
substituir ou desempenhar algumas funções que o Teams realizaria se fosse utilizado, uma vez
que o Moodle não permite videochamadas. Acredita-se que tenha sido utilizado o melhor de
cada plataforma: o Google Drive para armazenar textos, vídeos e áudios; o Moodle para postar
e responder atividades, compartilhar links de vídeos e apresentações em slides e comentar sobre
eles; o WhatsApp para encontros assíncronos; e o Zoom para encontros síncronos por
videochamada e para gravá-los. A diversidade de plataformas não reduziu a participação dos
alunos, pelo contrário, possibilitou uma participação mais ativa deles neste IV, ao contrário do
IV BR-ES.
Isso ocorreu porque, logo no primeiro dia do IV BR-ES, alguns alunos da instituição
brasileira enfrentaram dificuldades para se inscrever na plataforma Teams. Era necessário que
o professor formador da universidade espanhola (P2) liberasse o acesso para que os brasileiros
pudessem participar, já que a instituição espanhola havia assinado um pacote com o Teams e a
instituição brasileira não. Assim, P2 concedeu aos brasileiros o acesso à plataforma, que
posteriormente se mostrou limitado para alguns. Como a liberação do cadastro dependia de P2,
os brasileiros enviaram uma lista de e-mails que deveriam ser adicionados ao IV dentro da
plataforma Teams, mas por algum motivo desconhecido, o cadastro de alguns alunos não foi
liberado.
Na data do primeiro encontro, o tempo destinado à discussão dos textos e materiais entre
os brasileiros para o primeiro encontro IV BR-ES, realizado no Google Meet uma hora antes
da videochamada no Teams, foi completamente consumido por tentativas de resolver o
problema de cadastro e acesso. No final, nem todos os alunos brasileiros conseguiram participar
desse primeiro encontro do IV. Embora esse problema tenha se repetido de forma menos crítica
nos encontros subsequentes, ainda assim, uma parte significativa do tempo de discussão pré-IV
entre os brasileiros foi ocupada por essas questões tecnológicas e tentativas de resolvê-las.
O Teams também oferecia o recurso de fórum, onde os alunos (professores em pré-
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serviço de ambas as instituições) poderiam interagir sobre os textos e os encontros do IV. No
entanto, nem todos os alunos conseguiam acessar esse fórum, incluindo M1. Outro problema
recorrente de acesso ocorria durante as interações por videochamada, onde o chat não estava
disponível para todos os alunos brasileiros devido a algum erro na plataforma. Logo após o
término do primeiro encontro, os participantes-alunos brasileiros inundaram o grupo de
WhatsApp que tinham com os monitores brasileiros com mensagens, questionando se não seria
possível mudar para outra plataforma, como o Google Meet. No entanto, essa mudança não era
viável, pois a instituição espanhola não utilizava o Google Meet e não considerava a plataforma
confiável. Assim, relutantemente, eles continuaram utilizando o Teams.
Apesar desses contratempos, o IV com a Espanha não foi totalmente prejudicado, que
o Teams permitiu a realização das aulas, embora com algumas limitações. Suas funções
principais, como as videochamadas e o compartilhamento de tela para exibir os slides que
guiavam os professores em suas aulas, funcionavam, embora o áudio e o vídeo apresentassem
travamentos em notebooks mais antigos ou com menos memória RAM, assim como em
conexões de internet mais lentas.
Os momentos mais aguardados eram os breakout rooms, nos quais os participantes-
alunos e participantes-monitores podiam aprofundar as discussões sobre questões culturais (por
exemplo: pluriliteracias, aplicação do CLIL em diferentes países, a importância do ensino de
inglês na Espanha e no Brasil, experiências de intercâmbios físicos e virtuais, o uso das TICs
no ensino-aprendizagem de L2 em ambos países, entre outros) e o ensino de língua inglesa em
escolas regulares, trocando conhecimentos e experiências entre professores de inglês em
formação. Levava de 3 a 7 minutos para que os participantes fossem enviados para seus
breakout rooms, e M1 acreditava que isso ocorria devido à falta de domínio de P2 sobre essa
função específica da plataforma, além do atraso, alguns integrantes eram enviados para os
grupos errados. No entanto, aparentemente todos os participantes acabaram se adaptando a essa
situação e conseguiram desfrutar desse momento dentro das salas pequenas (breakout rooms).
M1 relata que esse momento de discussão entre os grupos pequenos deixava os
integrantes mais confortáveis para interagir e trocar experiências e conhecimento. Ela expressa
o efeito que essas discussões e interações mais privadas possibilitadas pelos breakout rooms
causavam na maioria dos participantes na aula 03 do IV: “Hoje as meninas [as participantes-
alunas da Espanha que faziam parte de seu grupo] e o A1 estão mais outgoing, falando mais e
com mais confiança, exceto a A2. Fico feliz, não me sinto uma mediadora” (Diário 07 de M1).
De acordo com M1, os participantes do IV BR-ES desejavam mais tempo dentro dos
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breakout rooms, pois 10 minutos não eram suficientes, e mesmo no dia em que puderam ficar
17 minutos, ela achou que as discussões e interações poderiam ocorrer por mais tempo. Após
os breakout rooms, os participantes tinham 1 minuto (cronometrado) para compartilhar com o
grupo maior o que foi discutido. M1 também acha que poderiam ter tido mais tempo nesse
momento de compartilhamento.
Apenas uma das integrantes do grupo de M1 no IV BR-ES (a participante A2) não
conseguia participar com frequência, pois, de acordo com M1, a aluna-participante tinha um
notebook que não suportava bem a plataforma Teams. Além do Teams, o WhatsApp também
foi muito utilizado para as trocas entre os grupos brasileiros e entre os demais grupos do IV
BR-ES, sendo este eficaz. M1 relata que em um dos encontros do IV BR-ES, seu microfone
não estava funcionando no Teams no breakout room; a solução foi utilizar o WhatsApp para
realizar a videochamada com a única integrante do grupo que apareceu naquele dia. Além
desses recursos digitais, o Padlet foi muito utilizado e eficaz para sintetizar aquilo que foi
discutido nos breakout rooms, e o Quiz-maker foi utilizado para a criação de um jogo/quiz sobre
um dos textos trabalhados em uma das aulas.
Em resumo, durante os IVs, durante os processos de ensino-aprendizagem e intercâmbio
de saberes e experiências, diversas ferramentas (hardwares e softwares) foram utilizadas para
a mediação das práticas sociais, como mencionado anteriormente, especialmente da
comunicação e do ensino-aprendizado. Essas ferramentas foram essenciais para as dinâmicas
das aulas, tanto para viabilizar sua realização (por exemplo: o uso do Meet, Zoom e Teams),
mostrando-se elementos centrais da formação docente, uma vez que sem elas, as
aulas/encontros síncronos que, no caso do IV BR-ES na disciplina de Estágio I, onde os
encontros/aulas eram obrigatórios, não seriam possíveis; também foram elementos centrais para
tornar as aulas/encontros síncronos mais dinâmicos e motivadores/interessantes (por exemplo:
Socrative, Kahoot, Quizmaker, etc.).
Em seu Relatório 03, M1 descreve a primeira atividade do IV BR-TR: elaborar e gravar
um vídeo curto e interagir com os demais participantes/colegas por meio dos comentários na
plataforma Moodle. A monitora ficou surpresa não apenas com o engajamento das alunas-
participantes na atividade, mas também com o desempenho na criação dos vídeos: “Todos os
vídeos me impressionaram de uma forma ou de outra: o conteúdo, a inteligibilidade da língua,
o entusiasmo, a edição, trilha sonora, fotos, entre outros” (Relatório 03 de M1).
No último relatório do IV BR-TR, o 05, uma “atividade reflexiva”, M1 respondeu à
pergunta “Como você define o seu processo de IV? Foi divertido, interessante, chato, ou
Metodologias e tecnologias de ensino de línguas estrangeiras e de formação de professores entrelaçadas em intercâmbios virtuais
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assustador?” De acordo com M1, sua experiência no IV BR-TR foi enriquecedora e interessante
no sentido de que foi possível compartilhar experiências e conhecimentos com as alunas da
instituição turca e aprender um pouco sobre sua cultura, desmistificando estereótipos. Além
disso, ela considera que conseguiu desenvolver sua autonomia e CCI. É possível afirmar que,
ao longo do IV BR-TR e do BR-ES, a língua inglesa e as tecnologias mediaram diversos
processos de aprendizado, especialmente aqueles referentes às questões culturais, formação de
professores de LE e ao ensino de LE nos três países (Brasil, Espanha e Turquia).
Ademais, M1 relata que, em ambos os IVs, os participantes de seus grupos e elas
conseguiram compartilhar experiências e conhecimentos sobre o ensino de inglês em seus
países (Brasil, Espanha e Turquia) através de vídeos, áudios, comentários escritos e
videochamadas. Ela observou muitas semelhanças entre os países: carga horária pequena,
crença de que não é possível aprender inglês em escolas públicas, foco excessivo na gramática
em detrimento das habilidades comunicativas, poucos recursos tecnológicos mal utilizados, e a
aula de inglês é pouco valorizada em relação às demais disciplinas, entre outros aspectos.
O Brasil pareceu ficar um pouco atrás dos outros países em quesitos como tempo de
aula (50 minutos) e falta de materiais escolares básicos (livro didático) e até mesmo tecnologias.
Segundo os participantes espanhóis, na Espanha são fornecidos tablets para os alunos, mas não
são bem explorados ou aproveitados. Em ambos os casos, o desinteresse dos alunos foi
ressaltado devido a isso. As participantes turcas e M1 abordaram um pouco o tema do
aprendizado de inglês por meio de jogos de videogame, algo que tem se tornado comum hoje,
principalmente entre as crianças.
Apesar dos obstáculos enfrentados na educação de língua inglesa nas escolas regulares
nos respectivos países, M1 observou, ao assistir aos vídeos das participantes turcas durante a
atividade do IV BR-TR, um entusiasmo palpável em relação ao seu futuro como professoras de
inglês. Ademais, notou-se a presença de ideais de ensino crítico, incluindo referências a Paulo
Freire. Embora não fossem o foco principal dos IVs, esses elementos enriquecem a formação
docente e estão alinhados com as diretrizes recomendadas pela instituição brasileira ao longo
do processo formativo, como a importância de boas condições de ensino-aprendizagem, a
contextualização do aprendizado em relação à relevância prática e a promoção da autonomia
dos alunos por meio do desenvolvimento das habilidades comunicativas na segunda língua
(L2), permitindo-lhes desempenhar um papel ativo na sala de aula.
Ademais, tanto no IV BR-TR quanto no BR-ES, os participantes ressaltaram a vontade
e a importância de focar nas habilidades produtivas/comunicativas da L2 voltados para a
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comunicação e participação ativa dos alunos em sala de aula, integrando o uso das tecnologias
digitais. Outros assuntos referentes à segurança ou insegurança ao aplicar metodologias e
abordagens de ensino foi discutida, especialmente no IV BR-ES, tais como o CLIL e TBLT, os
participantes-alunos demonstraram interesse, mas pouca segurança devido às limitações das
escolas públicas. Ainda no IV BR-ES, o papel do inglês como ngua franca e internacional sem
foco no padrão nativo, mas de acordo com o mundo contemporâneo, globalizado e tecnológico,
foi mais evidenciado é ressaltado do que no IV BR-TR.
Além de abordar metodologias e conteúdos, também foram compartilhadas e discutidas
experiências na construção de atividades voltadas para o ensino de inglês em escolas regulares.
Durante os encontros síncronos, foram discutidas possíveis atividades e recursos que poderiam
ser utilizados nas aulas de inglês, com foco no desenvolvimento das competências
comunicativas interculturais (ICC) e habilidades produtivas da L2. Foram sugeridos o uso de
vídeos, áudios e dispositivos móveis, inclusive para abordar aspectos culturais e a diversidade
de falantes de inglês ao redor do mundo. Os participantes concluíram que a incorporação das
tecnologias e das competências comunicativas interculturais nas escolas regulares seria mais
desafiadora do que no ensino superior e na formação de professores de inglês.
M1 relata, inclusive, durante seu encontro no IV BR-TR, que no Brasil a pandemia
trouxe mais benefícios nesse sentido (em relação às tecnologias e CCI) para a Educação
Superior do que para o Ensino Básico, onde as crianças não alcançaram o nível esperado de
alfabetização no tempo previsto. No entanto, ela acredita que, com pequenos passos, é possível
avançar, mas lamentavelmente isso depende muito mais dos esforços dos professores do que
das instituições. As participantes turcas relatam que, durante a pandemia, na Turquia, foram
utilizadas a televisão para transmitir conteúdos, atividades no Zoom e, nas universidades, os
próprios sites das instituições. Uma das participantes turcas menciona que atualmente está
aprendendo a utilizar mais tecnologia no ensino, além dos métodos tradicionais, do que
aprendeu nos anos anteriores. No IV BR-ES, as participantes espanholas mencionam que
utilizaram o Socrative, Quiz-maker, Kahoot, entre outras ferramentas digitais para realizar
atividades durante a graduação, e consideram esses métodos eficazes e interessantes para serem
aplicados no ensino regular.
Além disso, em seu último relatório do IV BR-TR, M1 responde a algumas questões
sobre o que o IV proporcionou em relação ao ensino de L2, comunicação e colaboração on-
line, e intercâmbios presenciais e virtuais. Ela relata que os IVs lhe proporcionaram
Metodologias e tecnologias de ensino de línguas estrangeiras e de formação de professores entrelaçadas em intercâmbios virtuais
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autoconfiança e autonomia e permitiram que ela se aventurasse com as tecnologias para se
comunicar dentro do IV.
M1 também relata ter aprendido a ser mais paciente e a explorar mais recursos para
tornar o ensino de LE mais dinâmico. Ela acredita também que o IV tem o potencial de preparar
seus alunos-participantes para projetos de mobilidade física e virtual, uma vez que os coloca
em contato com as culturas e conhecimentos formais das instituições estrangeiras, fazendo com
que os participantes se sintam mais confortáveis com a mobilidade.
Quanto ao IV BR-ES, M1 afirma que os monitores e alunos forneceram diversos
feedbacks que foram considerados por P1 na realização do próximo IV (o IV BR-TR), tais
como: o uso de outra plataforma (uma vez que o Teams era muito pesado e limitado para aqueles
que não têm assinatura paga); maior liberdade de participação e interação síncrona e assíncrona;
e um contato mais próximo com o grupo (apresentações individuais e compartilhamento de
experiências), algo que não foi feito no IV com a Espanha devido ao tempo limitado nos
breakout rooms).
Por fim, as sugestões apresentadas por M1 para a melhoria de futuros IVs, como o
realizado com a Turquia, são apenas duas, ao contrário das sugestões e reclamações levantadas
em relação ao IV BR-ES: “ter uma agenda mais 'concreta', que serviria melhor para os dois
países [Brasil e Turquia], e mais encontros síncronos em vídeo” (Relatório 05 de M1).
As experiências compartilhadas e relatadas dentro de ambos os IVs destacam o potencial
das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e da internet como mediadoras nas
metodologias de ensino-aprendizagem e na formação de professores de Língua Estrangeira
(LE). As tecnologias e metodologias observadas durante os projetos de IVs contribuíram para
as experiências que compõem a formação docente (Freeman, 2001), mostrando-se relevantes
para a incorporação nos currículos dos cursos de formação docente. Os IVs promoveram o
ensino-aprendizagem colaborativo, conectando estudantes e professores de locais distantes e
permitindo o uso de recursos e materiais digitais autênticos durante as trocas e práticas
autênticas da língua.
Nesse sentido, a pandemia proporcionou, mesmo que de forma forçada, a integração de
tecnologias em metodologias de ensino e formação de professores.
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Considerações finais
De forma geral, a análise conclui que as ferramentas digitais utilizadas nos IVs, quando
incorporadas ao curso de formação de professores, apoiaram o desenvolvimento de habilidades
importantes na formação de docentes de línguas, como pensamento crítico, comunicação
intercultural e letramento digital. Apesar dos resultados positivos descritos, é crucial destacar
que essa incorporação deve ser respaldada por currículos, metodologias e infraestrutura
institucional para ocorrer de maneira eficaz para todos os envolvidos.
Como mencionado anteriormente, aspectos relacionados à falta de apoio institucional
podem ajudar a explicar a baixa adesão dos alunos brasileiros. Considerando que o Estágio
Supervisionado possui a maior carga horária do curso (200 horas), requerendo que os alunos
estejam na universidade ou na escola durante a maior parte do tempo durante o retorno ao ensino
presencial, isso limitava, até certo ponto, a capacidade de se conectarem ou se engajarem em
projetos de IV além da disciplina obrigatória nos semestres em que os projetos de IV foram
integrados à disciplina de forma complementar (e não obrigatória).
Como observado no projeto de IV com o Chile antes da pandemia, havia apenas uma
sala de videoconferência na universidade brasileira (destinada a defesas de dissertação/tese), o
que limitava seu uso para aulas e projetos de IV. A dificuldade de integração de projetos dessa
natureza era estrutural, deixando como única possibilidade a integração de projetos de IV dentro
da carga horária da disciplina, o que não foi mais permitido durante o retorno ao ensino
presencial.
Após a pandemia (mesmo com o surgimento de mais opções de salas na universidade
brasileira), os professores dessa instituição (em geral) eram firmemente contrários ao ensino
híbrido ou on-line, optando por um retorno ao ensino presencial “tradicional” e ao “velho
normal”, como se nada tivesse mudado nos dois anos de pandemia e nas lições aprendidas
durante esse período. Qualquer sugestão de incorporar atividades, aulas ou conteúdos híbridos
(ou on-line) nas disciplinas era vista com desconfiança e rejeição pela comunidade docente
local, devido ao receio de precarização da educação. Assim, concluímos sugerindo a
incorporação crítica de tecnologias em metodologias de ensino-aprendizagem e de formação de
professores, compreendendo que os projetos de IV representam uma alternativa relevante para
isso.
Metodologias e tecnologias de ensino de línguas estrangeiras e de formação de professores entrelaçadas em intercâmbios virtuais
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Barbara Cortat SIMONELI e Kyria Rebeca FINARDI
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CRediT Author Statement
Reconhecimentos: A autora 1 agradece a Capes pela bolsa de mestrado. A autora 2
agradece FAPES e CNPQ por apoio a pesquisa na forma de Bolsa de Produtividade em
Pesquisa.
Financiamento: Não há, exceto as bolsas mencionadas acima.
Conflitos de interesse: Não há.
Aprovação ética: Não se aplica.
Disponibilidade de dados e material: Não se aplica.
Contribuições dos autores: Ambas as autoras contribuíram igualmente para a escrita do
texto.
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
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METHODOLOGIES AND TECHNOLOGIES IN FOREIGN LANGUAGE
TEACHING AND TEACHER TRAINING INTERLACED IN VIRTUAL EXCHANGE
METODOLOGIAS E TECNOLOGIAS DE ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS E
DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES ENTRELAÇADAS EM INTERCÂMBIOS
VIRTUAIS
METODOLOGÍAS Y TECNOLOGÍAS DE ENSEÑANZA DE LENGUAS
EXTRANJERAS Y FORMACIÓN DOCENTE INTERRELACIONADAS EN
INTERCAMBIOS VIRTUALES
Barbara Cortat SIMONELI1
e-mail: barbaracortatsimoneli@hotmail.com
Kyria Rebeca FINARDI2
e-mail: kyria.finardi@gmail.com
How to reference this paper:
SIMONELI, B. C.; FINARDI, K. R. Methodologies and
technologies in foreign language teaching and teacher training
interlaced in virtual exchange. Rev. EntreLinguas,
Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024013, 2024. e-ISSN: 2447-
3529. DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18078
| Submitted: 19/05/2023
| Revisions required: 07/03/2024
| Approved: 11/04/2024
| Published: 28/05/2024
Editor:
Prof. Dr. Rosangela Sanches da Silveira Gileno
Deputy Executive Editor:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
University of Espírito Santo (UFES), Vitória ES Brazil. Bachelor's degree in English Language and master's
degree in Education from UFES.
2
University of Espírito Santo (UFES), Vitória ES Brazil. Tenured Professor at the University of Espírito Santo
(UFES) in the Department of Languages, Culture, and Education at the Education Center, and permanent member
of the Graduate Program in Education, specializing in Education and Languages (PPGE).
Methodologies and technologies in foreign language teaching and teacher training interlaced in virtual exchange
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ABSTRACT: The article focuses on the integration of technologies into foreign language
teaching methodologies and teacher education. With this aim, the paper analyzes the
incorporation of digital technologies in teaching-learning methodologies and foreign language
teacher education courses through the use of virtual exchanges in an English teacher education
course offered before, during, and after the pandemic. The methodology used to analyze the
experiences of the two teacher-researchers involved in the practicum course where virtual
exchange projects were integrated before, during, and after the pandemic is autoethnographic.
Overall, the analysis suggests that the incorporation of technologies in the form of virtual
exchange projects into teacher education suffered from the lack of institutional support both
before and after the COVID-19 pandemic.
KEYWORDS: Technologies. Methodologies. Teaching-learning. Language Teacher
Education. Foreign languages.
RESUMO: O artigo visa refletir sobre a integração de tecnologias em metodologias de ensino
de línguas estrangeiras e na formação de professores. Com esse objetivo, o estudo analisa a
integração de tecnologias digitais em metodologias de ensino-aprendizagem e de formação de
professores de língua estrangeira, por meio da incorporação de intercâmbios virtuais em um
curso de formação de professores de inglês oferecido antes, durante e após a pandemia. A
metodologia empregada para analisar as experiências das duas professoras e pesquisadoras
envolvidas no estágio, onde os intercâmbios virtuais foram incorporados antes, durante e após
a pandemia, é a autoetnografia. De maneira geral, a análise sugere que a incorporação de
tecnologias na forma de intercâmbios virtuais na formação de professores enfrentou desafios
relacionados à falta de apoio institucional antes e após a pandemia da COVID-19.
PALAVRAS-CHAVE: Tecnologias. Metodologias. Ensino-aprendizagem. Formação de
professores de línguas. Línguas estrangeiras.
RESUMEN: El objetivo principal de este artículo es reflexionar sobre la integración de las
tecnologías en las metodologías de enseñanza de lenguas extranjeras y en la formación del
profesorado. Con este objetivo, el trabajo analiza la integración de las tecnologías digitales en
las metodologías de enseñanza-aprendizaje y en la formación de profesores de lenguas
extranjeras a través de la incorporación de intercambios virtuales en un curso de formación
de profesores de inglés ofrecido antes, durante y después de la pandemia. La metodología
utilizada para analizar las experiencias de los dos docentes/investigadores involucrados en la
disciplina de prácticas donde se incorporaron intercambios virtuales antes, durante y después
de la pandemia es auto-etnográfica. En general, el análisis sugiere que la incorporación de
tecnologías en forma de intercambios virtuales incorporados en la formación docente sufrió la
falta de apoyo institucional antes y después de la pandemia da COVID-19.
PALABRAS CLAVE: Tecnologías. Metodologías. Enseñanza-aprendizaje. Formación de
profesores de idiomas. Idiomas extranjeros.
Barbara Cortat SIMONELI and Kyria Rebeca FINARDI
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Introduction
In order to overcome the challenges of using and teaching foreign languages (FL) in
today's world, contemporary teacher training must align with the possibilities and challenges
posed by the use and integration of digital technologies in teaching-learning methodologies and
teacher education (Rabello, 2021; Finardi, 2015). This work represents a contribution in this
direction by dedicating itself to the analysis of the integration of digital technologies in
teaching-learning methodologies and foreign language teacher education through the
incorporation of virtual exchanges (hereinafter VE) at different moments of an English teacher
education course, before, during, and after the pandemic.
In this work, social practices are analyzed as being mediated by various technologies.
Methodologies, in turn, mediate teaching and learning processes, as well as teacher education,
areas that, since the COVID-19 pandemic, have shown remarkable centrality in personal,
professional, and pedagogical contexts (Rabello, 2021; Vetromille-Castro; Kieling, 2022).
Therefore, in this study, digital technologies are understood to have a crucial mediating role
(Vygotsky, 1987, 1991), focusing on their impact on the teaching methodologies employed in
the foreign language teaching-learning process and in language teacher education.
Among the various possibilities for applying technologies in FL teaching-learning and
teacher education, the internet and information and communication technologies (ICTs) have
considerable potential. These technologies, when incorporated into language teaching and
learning methodologies, can enrich both FL teaching-learning and language teacher education
(Finardi, Porcino, 2014). Freeman (2001) argues that teacher education constitutes the sum of
experiences acquired during the process of learning an FL, emphasizing the importance of
including technologies in FL teaching methodologies and language teacher education.
The integration of virtual exchange (VE) projects in FL teaching-learning and FL
teacher education has the potential to foster collaborative learning, grounded in intercultural
awareness and specific interdisciplinary content of the discipline. By promoting engagement
among students and between students and teachers, VE facilitates teaching and learning by
connecting geographically distant teachers, tutors, and students, who are speakers of different
native languages (L1), in authentic communication and collaboration through the mediation of
the FL and digital technologies.
The incorporation of IV projects into foreign language teaching and teacher training
methodologies is a significant strategy for mediation and social interaction (Vygotsky, 1987,
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1991). In this sense, there is advocacy for the creation of a curriculum that provides
opportunities, practices, and resources that are socially, culturally, historically, and
institutionally situated, and relevant to the community involved.
It is understood that IV constitutes an innovative pedagogical approach, providing
students and teachers with opportunities for contextualized learning and the use of language in
authentic contexts, through multiple perspectives of collaboration.
The use of technology in foreign language teaching and learning is not new. Approaches
such as Computer-Assisted Language Learning (CALL) (Rabello, 2021), Content and
Language Integrated Learning (CLIL) (Finardi, 2015; Hildeblando Júnior, Finardi, El Kadri,
2022), Massive Open Online Courses (MOOCs) (Tyler; Finardi, 2021), Mobile Assisted
Language Learning (MALL) (Finardi; Leão; Amorim, 2016), Flipped Classroom (Finardi;
Prebianca; Schmitt, 2016), Collaborative Online International Learning (COIL) (Hildeblando
Júnior, 2019), and WebQuests (Porcino; Finardi, 2016), to name a few examples, have already
presupposed the use of digital technologies in language teaching and learning.
However, it was only after the pandemic that this integration of technologies into foreign
language teaching and teacher training methodologies became a reality/necessity for some
higher education institutions due to their contingent use for the continuity of classes in
institutions, even though teachers and students had not been trained to handle ICTs as
educational resources (; Amorim; Finardi, 2020; Finardi, 2015; Hildeblando Júnior; Finardi;
El Kadri, 2022).
In order to analyze the potential of technologies used in foreign language teaching
methodologies and teacher training, this study will focus on the analysis of virtual exchanges
carried out as part of the methodology used in the Supervised Curricular Internship course
conducted before, during, and after the pandemic. The course in which IV projects were
integrated into the teacher training curriculum analyzed here is offered in the final periods of
the English Language Teaching degree program at a federal university in southeastern Brazil.
Barbara Cortat SIMONELI and Kyria Rebeca FINARDI
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Methodology
An autoethnographic methodology was adopted to conduct a thorough and detailed
analysis of the virtual exchange (IV) projects integrated into the English Supervised Internship
course. Data collection instruments included diaries and observation reports, as well as self-
observation by the teacher-researchers involved in this course (Pardo, 2019). Autoethnography
is a research approach characterized by the researcher's dual roles, acting both as subject and
object of study, analyzing their own experience from an internal perspective, or "emic". Thus,
autoethnography involves the researcher's observations and self-observations about themselves
and the research field, accompanied by meticulous interpretations and reflections, aiming to
capture the complexities of experienced realities (Pardo, 2019).
The participating researchers in the course had intertwined roles in teacher education
and research, with significant autoethnographic observations. Researcher/Author 1 was
involved in the Supervised Internship course from 2019 to 2022 in different capacities: initially
as a student, later as a master's internship trainee in teaching, and finally as a researcher in her
master's research. Researcher/Author 2 held roles as a supervising teacher in the Supervised
Internship course and as a supervisor for the graduation and master's theses of the student-
researcher-teacher 1.
In this work, the autoethnographic methodology will be used to conduct a reflective
analysis of the IV projects integrated into the English teacher education methodology,
specifically in the Supervised Internship course, offered as part of the English Language
program at a Federal University in the Southeast. The analysis will occur in three distinct
moments: (1) IV before the pandemic (Brazil-Chile), (2) IV during the pandemic (Brazil-
Spain), and (3) IV after the pandemic (Brazil-Turkey). Based on these experiences,
observations will be made regarding the role of technologies in teacher education and the
integration of IV projects into foreign language teaching and teacher training methodologies.
Subsequently, the IV projects will be contextualized in these three periods before proceeding
to a detailed analysis and discussion.
Methodologies and technologies in foreign language teaching and teacher training interlaced in virtual exchange
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Contextualization
During the period of face-to-face teaching prior to the pandemic, the methodology
employed in the Supervised Internship course consisted of: (1) face-to-face classes at the
university and individual and group/team meetings in the internship field; (2) discussion of
mandatory reading texts related to the experienced practice; (3) co-participation/co-teaching
activities, developed with the regular teacher in basic education and the supervising teacher of
the university course, including planning, preparation of teaching materials, and teaching; (4)
presentation of a final internship report, critically detailing the experiences lived and the
activities developed.
During the pandemic, restrictions imposed by social distancing, the asynchrony between
the academic calendars of the university and schools, and many schools not operating in-person
or accepting interns, hindered the conduct of field activities. Thus, the classes of the Supervised
Internship course were conducted in the format of Emergency Remote Teaching (ERT). The
professor responsible for the course chose to include virtual exchange (IV) projects as a strategy
to bring students closer to the school context (in this case, in another country, as it was not
possible to carry out within Brazil) during ERT. Before the pandemic, the same teacher had
already offered students the opportunity to engage in an IV project, but interactions were limited
to two meetings due to structural restrictions at the university. After the pandemic, and with the
return to face-to-face teaching, the teacher once again offered students the opportunity to
participate in an IV project as a supplementary activity, thus not integrating into the official
workload of the course.
IV partnerships were established with teacher educators responsible for equivalent
courses at partner foreign universities, corresponding to the students' field locations. In total,
four IV projects were carried out with universities located in Chile, England, Spain, and Turkey,
one project before the pandemic (Chile), two during the pandemic (England and Spain), and
one after the pandemic (Turkey).
In the following sections, the role of technologies in teacher education before, during,
and after the pandemic will be described and discussed, focusing on the integration of IV
projects into the methodology of the Supervised Internship course.
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Before the pandemic (2019) - IV Brazil-Chile
Even before the pandemic, the professor responsible for the Supervised Internship
course recognized the importance of integrating technologies and active approaches in language
teacher education, having adopted hybrid teaching methods (Hildeblando Júnior, 2019). As a
strategy to expand interaction possibilities and teacher education, this professor, in
collaboration with master's students in teaching internships in the same course, decided to
integrate a virtual exchange (IV) project in partnership with foreign English teachers (and in
training) who shared the same profile as the Brazilian teachers in training, i.e., they were
teachers of English as a second language (L2), having another language as their first language
(L1).
This IV experience, conducted before the pandemic, took place within the internship or
practice context of both universities, in Brazil and Chile (Hildeblando Júnior, 2019). The topics
addressed among the IV participants mainly focused on English teaching in both countries,
including the methodologies and teaching experiences of the participants (pre-service teachers).
Local programs promoting English-mediated internationalization, such as "Idiomas sem
Fronteiras" (Languages without Borders) in Brazil and "Inglés Abre Puertas" (English Opens
Doors) in Chile, were also discussed, highlighting the relevance of this language in the context
where the IV took place, being used both as a lingua franca for communication among
participants and as a language to be taught by future teachers. Activities included readings on
the topics of the classes, classroom discussions, and asynchronous and synchronous interactions
(only two) among participants for discussion and sharing of experiences related to the class
themes.
The results of this experience suggest that digital technologies can promote
interculturality in language teacher education by connecting geographically distant individuals
who do not have the possibility to participate in traditional international academic, physical
mobilities. Additionally, digital technologies facilitated contact with different languages, as
participants alternated between Portuguese (L1 for Brazilians), Spanish (L1 for Chileans), and
English (L2 for all) during the IV project interactions, although most interactions occurred in
English, the group's only lingua franca.
The mediation of technology, in the Brazil-Chile contexts, enabled interaction and
shared learning among participants. However, structural and institutional limitations
significantly impacted the planning of online activities. In 2019, the Brazilian university had
Methodologies and technologies in foreign language teaching and teacher training interlaced in virtual exchange
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only one video conferencing room suitable for synchronous online interactions, but this room
was primarily reserved for dissertation and thesis defenses, with very limited availability for
classes. Additionally, the space was limited in terms of seating capacity.
Due to the difficulty in obtaining a suitable physical space for connection with the
Chilean class, only two synchronous meetings were held between the two classes. The
remaining activities had to be conducted in an asynchronous Flipped Classroom
format
3
(Finardi, Prebianca, Schmitt, 2016) where students read texts at home and are prepared
to discuss them synchronously in class. The university's regular classrooms did not have
adequate internet connection for the planned interactions. Therefore, the mediation of teaching
and learning processes through digital technologies was hindered by this limitation of available
spaces and technologies for virtual exchange sessions, reflecting, to some extent, an
institutional infrastructure deficiency in the Brazilian university, especially compared to the
infrastructure available at the Chilean university.
During the pandemic (2020-2021) IV Brazil - Spain
In the semesters of 2020-2, 2021-1, and 2021-2, the course was offered in the format of
Emergency Remote Teaching (ERT) with the following objectives: (a) to experience co-
participation in the remote teaching of English in primary education; (b) to identify teaching
methodologies and the theoretical/practical relationship in various educational realities affected
by social isolation; (c) to monitor pedagogical actions aimed at teaching English and its
developments during the isolation period; (d) to identify strategies used for remote teaching of
English during the pandemic; (e) to participate in the selection, organization of content, and
production of teaching materials for remote English teaching; (f) to critically analyze the
educational and didactic-pedagogical processes that occurred during the period of social
isolation and in the EAR format.
As a pedagogical strategy, faced with the restrictions imposed by the pandemic, each
semester of 2021 incorporated a virtual exchange (IV) project as an integral part of the course
content and within the established workload. The objective of these IV projects was to provide
teachers in training with opportunities for contact and exchange of experiences with other
educators in similar situations, considering different internship contexts and the possibility of
3
The flipped classroom is an active learning methodology that reverses the order of activities from the traditional
teaching model. Students watch/read content at home and then discuss/interact in the classroom.
Barbara Cortat SIMONELI and Kyria Rebeca FINARDI
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intercultural interaction. Additionally, the aim was to promote the development of more
inclusive internationalization processes, in the form of Internationalization at Home (IaH) and
Internationalization of the Curriculum (IoC), considering the challenges presented by the
pandemic.
Furthermore, the integration of IV projects in the course during the pandemic aimed to
provide a point of contact with the internship field, considering that schools in Brazil were
closed or unable to accept interns due to pandemic safety protocols, and the lack of synchrony
between the academic calendars of schools and the Brazilian university. Each of the projects is
described below.
Period: 2021-1
The IV project between the Brazilian university and the English university aimed to
promote the adoption of a hybrid flipped classroom approach (Finardi; Prebianca; Schmitt,
2016) in English teacher education, while providing participants, in their local contexts, the
opportunity to engage in a global community of English teaching practice through a Massive
Open Online Course (MOOC) (Tyler, Finardi, 2021). The project also aimed to promote the
development of critical digital literacy and intercultural competence of the participants (Dervin,
Liddicoat, 2013) through themes based on the Task-Based Approach (TBA) (Calvert, Sheen,
2015); (b) Content and Language Integrated Learning (CLIL) (Finardi, 2015); (c) development
of Intercultural Communicative Competence (CCI); and (d) use of English as a lingua franca
(Dervin, Liddicoat, 2013) among participants. Activities included collaborative interactions and
discussions in smaller groups and with the entire class, as well as the completion of
collaborative tasks on the theme using alternative platforms (Padlet, Kahoot, and Socrative)
that facilitated engagement and exchange of experiences among participants.
In total, this project involved 29 participants and lasted for five weeks, engaging
participants from different nationalities and using English as a lingua franca. As the project
involved different institutional contexts, there was a combination of hybrid formats (in Spain)
and Emergency Remote Teaching (ERT) (in Brazil), through the Flipped Classroom approach
(Finardi; Prebianca; Schmitt, 2016). Before synchronous meetings, participants watched mini-
lectures on the covered content and completed activities from the Massive Open Online Course
(MOOC) (Tyler; Finardi, 2021).
Methodologies and technologies in foreign language teaching and teacher training interlaced in virtual exchange
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Synchronous meetings were conducted in English and held via the Zoom platform,
utilizing the breakout rooms functionality, allowing interaction with smaller groups unlike
previous projects that did not use platforms with this option. Each meeting lasted between one
and one and a half hours, with the first twenty minutes dedicated to the presentation of the topic.
The second part of the synchronous meeting, lasting about thirty minutes, took place in focus
groups (through breakout rooms) facilitated by a tutor.
During this second part, participants engaged in collaborative tasks assigned to the
groups on other platforms such as Padlet, Kahoot, and Socrative, enabling greater engagement
among members and sharing of their experiences. The last part of each meeting, lasting about
thirty minutes, was dedicated to a collective discussion of the themes based on collaborative
group work. The main ideas from each group were presented by a representative, elected at
each meeting, who should be different for each synchronous session. Subsequently, the meeting
concluded and was adjourned.
The project was based on a combination of synchronous and asynchronous
communication, in a Flipped Classroom format (Finardi; Prebianca; Schmitt, 2016). The
Massive Open Online Course (MOOC) (Tyler, Finardi, 2021) represented one of the main tools
used by participants during this project. The course was centered around activities that
emphasized skill development through the completion of tasks in asynchronous discussion
forums. Pedagogically, asynchronous text-based communication provided English teachers in
training with the opportunity to review and reflect on key concepts of English teaching and
learning, as well as other relevant topics in their education. The incorporation of the MOOC
into the project also facilitated the participants' training and the development of an international
community of practice, offering opportunities for learning and discussions with other students,
teachers, and professionals in English teaching, transcending, to some extent, the geographical
barriers that separated the course participants.
The MOOC transformed the roles of instructors and participants during the learning
process, challenging traditional views of knowledge producers/receivers and favoring a student-
centered approach. In this format, the role of the instructor or tutor evolved from a "knowledge
provider" to a facilitator, encouraging participants to explore and reflect independently and
autonomously on the course's proposed issues. Thus, participants transitioned from passive
learning to active knowledge exploration, facilitated by the mediation of digital technologies in
synchronous and asynchronous formats.
Barbara Cortat SIMONELI and Kyria Rebeca FINARDI
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Overall, students and pedagogical staff involved in the project perceived that the IV
contributed to the intercultural development of the participants, although they noted that the
interaction time in breakout rooms was insufficient to develop deeper contact with foreign
participants. Additionally, some mediation difficulties were noted, such as the deactivation of
cameras and microphones by some participants during interactions.
Period: 2021-2
This project was conducted between a Brazilian university and a Spanish university
through the Teams platform, with the aim of exchanging teaching and learning experiences in
both contexts through authentic internet interaction and English as a lingua franca. The topics
discussed included the concept of "task" (Calvert; Sheen, 2015), CLIL (Finardi, 2015),
multiliteracies, online teaching and learning, as well as the role of English as ELF/EFL in Brazil
and Spain. The project involved 42 participants and lasted for four weeks. Among the digital
tools used were Padlet, Kahoot, Socrative, and other resources from the Teams platform.
The content was made available on the platform for pre-access to synchronous meetings,
including links to videos related to the lesson topics that served as complementary content,
aiming to build knowledge collaboratively. In this platform, asynchronous discussions (via text)
of the proposed contents also took place, enriching the learning processes through different
sociocultural perspectives.
During synchronous interactions on the Teams platform, pre-service English teachers
developed a deeper understanding of participants from other cultures, particularly regarding
their attitudes, values, and ways of thinking. This understanding was achieved through
discussions, exchanges of experiences, and dialogues related to lesson topics, especially within
the breakout rooms. Additionally, participants reflected on the use and appropriation of the
English language and how culture is addressed in traditional English teaching, with direct
implications for pedagogical practices. In each synchronous meeting, pre-service teachers
engaged in collaborative activities in the breakout rooms, seeking to enhance their teamwork
skills and intercultural communication.
The activities were structured as follows: teacher trainers presented written questions
based on content from texts that participants should have previously read related to the lesson
topic, such as multiliteracies, Task-Based Language Learning (TBLT), and CLIL, among
others. Participants then discussed these questions dialogically in the breakout rooms, relating
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them to their own experiences. After the discussion, one participant from each group shared a
summary of the debate with the entire class. Subsequently, participants recorded and
interactively reflected on the themes in Padlet.
As an example, in one of the lessons, participants from a group compared their
experiences of learning English in Spain and Brazil with the TBLT proposal. During the
discussions, they criticized the focus on grammar and the instrumentality of teaching, which
contradicts the emphasis of TBLT on communication and the meaning of the language. While
discussing, participants formulated questions among themselves to deepen their understanding
of the lesson topic and the shared experiences.
To promote participant engagement in interactions, some digital tools, such as Padlet,
Kahoot, and Socrative, were used during synchronous meetings. These tools facilitated
reflection and understanding of key concepts, in addition to contributing to the development of
participants' digital literacy.
Figure 1 - Padlet created by IV participants
Source: Authors' personal collection.
In addition to other aspects already mentioned here, the IV project provided pre-service
teachers with opportunities for collaborative learning and linguistic practice in an authentic
context, through synchronous and asynchronous interactions mediated by technology.
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After the pandemic (2022) Period: 2022-1 - IV Brazil - Turkey
Following the return to in-person activities at the institution under study, the teacher
chose to continue international partnerships in IV projects in the same discipline. However, this
time, she had to offer the IV project as an additional activity, as the institution no longer allowed
the full integration of remote teaching into curricular methodologies and activities after the
return to the in-person format. Thus, the teacher offered an IV project in partnership with a
university in Turkey as an optional and non-mandatory activity of the discipline. Out of the 26
students enrolled in the Supervised Internship discipline in 2022-1, only 4 participated in the
IV project with Turkey.
The low student participation can be interpreted as a lack of understanding of the
benefits of participating in IV projects. However, it may also reflect students' difficulty in
engaging in projects in this format after returning to in-person classes, as the university does
not provide spaces for students to connect synchronously and privately during breaks between
classes. In this context, students would have to bring their equipment to the university or
connect when they were at home, at times not always compatible with the activities of partner
universities. This situation once again highlights the lack of support and structure from
Institution A to leverage the benefits of technological mediation, integrate IV projects into the
curriculum of disciplines, and aim to promote IeC and IdC.
The aim of this IV project was to provide pre-service English teachers from both
institutions with experience in using technology to collaborate with other educators at the same
level of instruction and training. To achieve this, the Turkish and Brazilian teams worked
together to compare and reflect on their experiences of teaching and learning English as a
foreign language in their respective contexts, aiming at the development of intercultural,
linguistic, and professional skills.
The topics addressed during the collaboration included: (a) introduction, sharing of
personal and academic information, as well as expectations and goals for the collaboration; (b)
presentation and discussion of the participants' academic contexts, using digital technologies;
(c) comparison of similarities and differences between English teaching in Brazil and Turkey;
and (d) reflection and development of a cultural activity or task. To create these activities,
participants could employ digital tools such as AnswerGarden and Bamboozle Canva, among
others.
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The project involved a total of 29 participants and lasted for six weeks, with interactions
taking place in English as a lingua franca. The members were divided into four fixed groups,
each mediated by a tutor, with whom they also maintained asynchronous contact through
WhatsApp groups. Additionally, a Moodle platform was provided for students to complete
weekly activities and submit their reflections before the weekly synchronous meeting. This
platform allowed for sharing content in video, audio, image, and text formats.
Once a week, participants gathered for a synchronous meeting, lasting between one and
one and a half hours, with the tutor responsible for the group, to discuss the theme of the week.
The timings of these synchronous meetings were agreed upon between the tutor and the
participants. Furthermore, the choice of platform for synchronous interaction was collectively
decided by the group, which could be Zoom, Google Meet, or Teams. On average, participants
dedicated four hours per week to develop synchronous and asynchronous activities during the
project. Finally, a collective synchronous closing session took place, with the participation of
all to share experiences and reflect on the project.
The Moodle platform used in the project was fueled by the concept of co-constructed
teaching, contrasting with the traditional process of passive knowledge acquisition. In addition
to tasks promoting discussion about differences and similarities in teaching English as a foreign
language in Turkey and Brazil, collaborative material creation tasks were also conducted to
promote the development of intercultural communicative competence (CCI). These activities
included three main tasks: (1) Icebreaker, aimed at participants getting to know each other
through the production of a short video, enabling information exchange in English; (2) CCI
exploration activity, to discuss similarities and differences in teaching contexts of English as a
foreign language in Brazil and Turkey, using the English language; and (3) development of
cultural activity through the use of digital tools such as Moodle, email, Zoom, Quiz maker,
among others, stimulating collaborative production among participants.
In the proposed activities, participants cooperated and constructed knowledge based on
their own previous experiences in an autonomous learning environment. One of the main
advantages of using this platform was the flexibility of multimodality, meaning the utilization
of various forms of interaction through video, text, and image, and the consequent opportunities
for customization and contextualized content appropriation. In a language teacher training
context, this multimodality was significant in allowing cultural and contextual interaction
among participants.
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Synchronous activities were conducted on Zoom, Google Meet, and Teams platforms.
Pre-service teachers were able to: (a) become more aware of the complex relationship between
culture and language; (b) develop an understanding of how different cultural contexts can lead
people to see and experience the same events differently; (c) engage in critical discussions about
their own norms, values, and beliefs, comparing them with those of their peers.
The goal of using different digital tools (AnswerGarden, Bamboozle, Canva, etc.) for
lesson planning was to develop digital literacy and enable technological mediation through
familiarity with various tools. In this process, pre-service teachers also developed CCI
(Intercultural Communicative Competence), understood as the ability to communicate with
participants from other cultures, both through asynchronous tools (email, Google Drive, and
WhatsApp), and through synchronous tools such as Zoom, Google Meet, and Teams.
Analysis
In this section, a joint analysis of the Virtual Exchanges (VEs) conducted in 2019 with
a Chilean university (pre-pandemic), in 2021-1 (during the pandemic) with a Spanish
university, and in 2022-1 (post-pandemic) with a Turkish university will be carried out. Overall,
the greatest challenge for integrating VEs into teacher education before the pandemic relates to
the lack of infrastructure and support for their implementation or for the incorporation of online
or hybrid components into curricula. This resulted in the internship supervisor's frustration for
being unable to hold more online synchronous meetings between the Brazilian and Chilean
groups.
Regarding the VE projects carried out during the pandemic, a unique opportunity was
observed for the training teacher and pre-service teachers to participate in virtual exchanges,
having contact with Foreign Language teachers and students from other countries, in authentic
cultural and linguistic exchanges. This was an important and unique moment of training and
reflection on the role of technologies in bridging distances and promoting authentic and
intercultural exchanges, especially in a period when local and physical contact was limited by
pandemic restrictions. It was also a unique opportunity, as it could not be repeated in the same
way after the pandemic, to integrate technologies into language teaching and learning
methodologies.
During the return to face-to-face teaching post-pandemic, problems related to the lack
of institutional support and structure for this integration reappeared. It seems that upon returning
Methodologies and technologies in foreign language teaching and teacher training interlaced in virtual exchange
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to the "old normal," we did not learn anything from the pandemic, wasting the lessons learned.
This was evidenced by the difficulties faced in maintaining the VE with Turkey as part of the
teacher training methodology during the internship. Faced with the challenges of returning to
face-to-face teaching and integrating technologies into methodologies after the pandemic, a
more detailed analysis of the field diaries from this period/VE will be carried out.
Next, some data from the post-pandemic period will be presented to illustrate the
analysis, using the acronyms P1 (training teacher from the Brazilian institution), P2 (training
teacher from the Spanish institution), P3 (training teacher from the Turkish institution), M1
(monitor responsible for writing the diaries and reports), A1 and A2 (two Brazilian participant-
students of the VEs), BR-TR (VE conducted between the Brazilian and Turkish universities),
and BR-ES (VE conducted between the Brazilian and Spanish universities). Additionally,
although the terms "diary" and "report" are used synonymously here, both are being employed
to differentiate which VE M1 is referring to. When we mention "diary," we are referring to
M1's field diaries about the VE conducted with the Spanish university, and when we say
"report," we are referring to M1's field reports about the VE conducted with the Turkish
university. With this clarified, we will proceed with the analysis.
It was observed that, despite the need to update the Foreign Language (FL) teaching-
learning process and language teacher education, the Virtual Exchanges (VEs) conducted
during the Supervised Internship courses did not receive adequate institutional support
regarding planning, the provision of digital resources, and full technological integration during
the English teacher education program at the Brazilian institution, especially in the case of the
VE with the Turkish institution (BR-TR), when the Brazilian educational institution did not
allow the VE to be directly incorporated into the discipline due to the end of EARTE in 2022.
Consequently, the BR-TR VE was conducted outside the workload of the Supervised Internship
course, becoming a complementary activity with the right to a valid certificate so that the
participating students from the Brazilian institution could accumulate complementary hours
required by the English Language program.
This resulted in only half a dozen Brazilian students participating when there were 20
vacancies available for each institution (Brazilian and Turkish), while in Turkey, due to
mandatory participation due to the integration of the VE into the corresponding Internship
discipline, participation was unanimous. In the VE with the Spanish university (BR-ES), the
participation of Brazilians was unanimous for the same reason. However, the lack of
institutional support was less noticeable due to the implementation of EARTE at that time and
Barbara Cortat SIMONELI and Kyria Rebeca FINARDI
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the fact that digital resources depended entirely on students and teachers, unlike the previous
example of the VE with the Chilean university.
Despite the lack of institutional support, the training teacher developed and taught both
the Internship courses and the VEs, demonstrating awareness of the importance of integrating
digital technologies and VEs into language teacher education. This enabled, in one way or
another, the critical incorporation of digital technologies that made the VEs feasible, thus
aligning with contemporary teacher education. Before conducting the BR-TR VE, the training
teacher from the Brazilian university (P1) held a meeting with the Internship students and M1,
who had already participated in the BR-ES VE in the previous semester within the Supervised
Internship discipline.
The meeting took place eight days before the start of the BR-TR VE to explain and
guide these students in the registration and use of the platform, as there was no other way for
the students to become acquainted with it, since there is no specific discipline in the curriculum
that addresses digital tools and resources for L2 teaching and learning. It is relevant to highlight
that the meeting was not mandatory according to the VE schedule, being held at the initiative
and discretion of P1. Only five students attended the conference, and not all five subsequently
participated in the BR-TR VE, even after registering for the VE during the meeting. P1 had
already sent emails to all internship students explaining how this VE would be conducted,
highlighting differences in various aspects compared to the previous VE (BR-ES).
In the meeting prior to the BR-TR VE, P1 emphasized at least three times that it was
vital for them to access the platform together with their "life" so that they could ask questions
immediately. She demonstrated the platform and how to register for the VE through screen
sharing. The (free) platform used for this VE was Moodle, apparently better than Teams, which
was used in the previous VE (BR-ES). P1 allowed the students to explore the platform while
she was there to address any questions that arose. "P1 emphasizes that it is quick [to register]:
just log in, register, and enroll in course VE2.1" (M1's Report 1), unlike what happened with
Teams in the previous VE. Everyone was able to access and enroll.
Although P1 was able to guide the students in their registrations and explorations of the
Moodle platform in this meeting, in the next meeting (minutes after the first one), she, her
monitors, and the other training teacher from the university in Turkey (P3) vented their
frustrations. They stated that they had various doubts about using the platform as editors; some
doubts were specific: how to add tasks in the task section and not in assignments, what each
section in Moodle meant, and whether it was possible to shape the design of each task, among
Methodologies and technologies in foreign language teaching and teacher training interlaced in virtual exchange
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others. The platform was almost ready, but someone else in the VE group had done the editing
work. It turns out that the platform was simpler for readers and users/students than editors and
users/teachers/monitors, as they would also have to edit it.
After a meeting of about half an hour, it was agreed that everyone would try to explore
the tasks and the platform, seek tutorials, and create an account as students to access the
interface viewed by student participants. In the end, someone with greater knowledge took on
the responsibility of updating and editing the platform. These difficulties highlight the lack of
specific training on the implementation of technologies in the teaching-learning process for the
training teachers and their monitors, who had to learn the basics in practice at that moment.
Regarding this, M1, in her Diary 06 about the BR-ES VE, mentions that, despite having already
completed her undergraduate degree, she still felt in the process of formation along with the
internship students and the participants of the BR-ES VE due to these difficulties, adding: "I
have sacrificed the contents of the master's degree courses to learn the technologies." M1
expresses dissatisfaction and frustration in her diary due to a lack of mastery of digital
technologies.
Despite these initial challenges in the BR-TR VE, the platform proved to be much more
effective than Teams, although it was necessary to use a combination of platforms to replace or
perform some functions that Teams would perform if used, since Moodle does not allow video
calls. It is believed that the best of each platform was used: Google Drive to store texts, videos,
and audio; Moodle to post and respond to activities, share video links and slide presentations,
and comment on them; WhatsApp for asynchronous meetings; and Zoom for synchronous
video calls and for recording them. The diversity of platforms did not reduce student
participation; on the contrary, it enabled them to participate more actively in this VE, unlike the
BR-ES VE.
This occurred because, on the first day of the BR-ES VE, some students from the
Brazilian institution faced difficulties in registering on the Teams platform. It was necessary
for the training teacher from the Spanish university (P2) to grant Brazilians access to participate,
as the Spanish institution had signed a package with Teams and the Brazilian institution had
not. Thus, P2 granted Brazilians access to the platform, which later proved limited for some.
As the registration release depended on P2, Brazilians sent a list of emails that should be added
to the VE within the Teams platform, but for some unknown reason, the registration of some
students was not released.
On the date of the first meeting, the time allotted for discussing texts and materials
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among the Brazilians for the first BR-ES VE meeting, held on Google Meet an hour before the
Teams video call, was completely consumed by attempts to resolve the registration and access
issue. In the end, not all Brazilian students were able to participate in this first VE meeting.
Although this problem recurred in a less critical manner in subsequent meetings, still, a
significant portion of pre-VE discussion time among Brazilians was occupied by these
technological issues and attempts to resolve them.
Teams also offered the forum feature, where students (pre-service teachers from both
institutions) could interact about the texts and VE meetings. However, not all students could
access this forum, including M1. Another recurring access problem occurred during video call
interactions, where the chat was not available to all Brazilian students due to some error in the
platform. Immediately after the first meeting ended, Brazilian student participants flooded the
WhatsApp group they had with the Brazilian monitors with messages, questioning whether it
would be possible to switch to another platform, such as Google Meet. However, this change
was not feasible as the Spanish institution did not use Google Meet and did not consider the
platform reliable. Thus, reluctantly, they continued to use Teams.
Despite these setbacks, the VE with Spain was not entirely hindered as Teams allowed
classes to be conducted, albeit with some limitations. Its main functions, such as video calls and
screen sharing to display the slides that guided the teachers in their classes, worked, although
audio and video experienced glitches on older laptops or those with less RAM, as well as on
slower internet connections.
The most anticipated moments were the breakout rooms, where student participants and
monitor participants could delve into discussions on cultural issues (e.g., multiliteracies, CLIL
implementation in different countries, the importance of English teaching in Spain and Brazil,
experiences of physical and virtual exchanges, the use of ICTs in L2 teaching and learning in
both countries, among others) and English language teaching in regular schools, exchanging
knowledge and experiences among pre-service English teachers. It took 3 to 7 minutes for
participants to be sent to their breakout rooms, and M1 believed this was due to P2's lack of
mastery over this specific function of the platform, and in addition to the delay, some
participants were sent to the wrong groups. However, apparently, all participants ended up
adapting to this situation and were able to enjoy this moment within the small rooms (breakout
rooms).
M1 reports that this moment of discussion among small groups made participants more
comfortable interacting and exchanging experiences and knowledge. She expresses the effect
Methodologies and technologies in foreign language teaching and teacher training interlaced in virtual exchange
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that these discussions and more private interactions facilitated by the breakout rooms had on
most participants in class 03 of the IV: "Today the girls [the Spanish female participants who
were part of her group] and A1 are more outgoing, speaking more and with more confidence,
except A2. I am happy, I don't feel like a mediator" (M1's Diary 07).
According to M1, participants in the BR-ES IV wished for more time within the
breakout rooms, as 10 minutes were not enough, and even on the day they were able to stay for
17 minutes, she felt that discussions and interactions could have lasted longer. After the
breakout rooms, participants had 1 minute (timed) to share with the larger group what was
discussed. M1 also thinks they could have had more time during this sharing moment.
Only one of the members of M1's group in the BR-ES IV (participant A2) was unable
to participate frequently, as, according to M1, the student participant had a notebook that did
not support the Teams platform well. In addition to Teams, WhatsApp was also widely used
for exchanges among Brazilian groups and the other groups of the BR-ES IV, being effective.
M1 reports that in one of the BR-ES IV meetings, her microphone was not working in Teams
in the breakout room; the solution was to use WhatsApp to video call the only member of the
group who showed up that day. In addition to these digital resources, Padlet was widely used
and effective for summarizing what was discussed in the breakout rooms, and Quiz-maker was
used to create a game/quiz about one of the texts worked on in one of the classes.
In summary, during the IVs, throughout the teaching-learning processes and the
exchange of knowledge and experiences, various tools (hardware and software) were used to
mediate social practices, as mentioned earlier, especially communication and teaching-learning.
These tools were essential for the dynamics of the classes, both to enable their realization (for
example: the use of Meet, Zoom, and Teams), proving to be central elements of teacher
education, since without them, the synchronous classes/meetings that, in the case of the BR-ES
IV in the Internship I discipline, where the conferences/classes were mandatory, would not be
possible; they were also central elements in making synchronous classes/meetings more
dynamic and motivating/interesting (for example: Socrative, Kahoot, Quizmaker, etc.).
In her Report 03, M1 describes the first activity of the BR-TR IV: elaborating and
recording a short video and interacting with other participants/colleagues through comments on
the Moodle platform. The monitor was surprised not only by the engagement of the student
participants in the activity but also by their performance in creating the videos: "All the videos
impressed me in one way or another: the content, the intelligibility of the language, the
enthusiasm, the editing, soundtrack, photos, among others" (M1's Report 03).
Barbara Cortat SIMONELI and Kyria Rebeca FINARDI
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In the last report of the BR-TR IV, the 05, a "reflective activity," M1 responded to the
question, "How do you define your IV process? Was it fun, interesting, boring, or scary?"
According to M1, her experience in the BR-TR IV was enriching and engaging in the sense that
it was possible to share experiences and knowledge with the students from the Turkish
institution and learn a little about their culture, debunking stereotypes. In addition, she considers
that she was able to develop her autonomy and ICC. Throughout the BR-TR and BR-ES IVs,
the English language and technologies mediated various learning processes, especially those
related to cultural issues, teacher education in ELT, and ELT in the three countries (Brazil,
Spain, and Turkey).
Furthermore, M1 reports that, in both IVs, the participants in her groups and herself
were able to share experiences and knowledge about English teaching in their countries (Brazil,
Spain, and Turkey) through videos, audio, written comments, and video calls. She observed
many similarities among the countries: short class hours, the belief that it is not possible to learn
English in public schools, excessive focus on grammar at the expense of communicative skills,
few poorly utilized technological resources, and English classes being undervalued compared
to other subjects, among other aspects.
Brazil seemed to lag behind other countries in aspects such as class time (50 minutes),
lack of basic school materials (textbooks), and even technologies. According to the Spanish
participants, tablets are provided to students in Spain, but they are not well explored or utilized.
In both cases, student disinterest was emphasized as a result. The Turkish participants and M1
briefly addressed the topic of learning English through video game playing, something that has
become common today, especially among children.
Despite the obstacles faced in English language education in regular schools in their
respective countries, M1 observed, while watching the Turkish participants' videos during the
BR-TR IV activity, a palpable enthusiasm regarding their future as English teachers.
Furthermore, the presence of ideals of critical teaching was noted, including references to Paulo
Freire. Although they were not the main focus of the IVs, these elements enrich teacher
education and are aligned with the guidelines recommended by the Brazilian institution
throughout the formative process, such as the importance of good teaching-learning conditions,
contextualization of learning in relation to practical relevance, and promotion of student
autonomy through the development of communicative skills in the second language (L2),
allowing them to play an active role in the classroom.
Methodologies and technologies in foreign language teaching and teacher training interlaced in virtual exchange
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Furthermore, both in the BR-TR and BR-ES IVs, participants emphasized the desire and
importance of focusing on the productive/communicative skills of L2 aimed at communication
and active participation of students in the classroom, integrating the use of digital technologies.
Other topics related to the security or insecurity in applying teaching methodologies and
approaches were discussed, especially in the BR-ES IV, such as CLIL and TBLT; student
participants showed interest but little confidence due to the limitations of public schools. Also,
in the BR-ES IV, the role of English as a lingua franca and international language without
focusing on native standards, but according to the contemporary, globalized, and technological
world, was more evident and emphasized than in the BR-TR IV.
In addition to addressing methodologies and content, experiences in developing
activities for teaching English in regular schools were also shared and discussed. During
synchronous meetings, possible activities and resources that could be used in English classes
were discussed, focusing on the development of intercultural communicative competencies
(ICC) and the productive skills of L2. The use of videos, audio, and mobile devices was
suggested, including addressing cultural aspects and the diversity of English speakers around
the world. Participants concluded that the incorporation of technologies and intercultural
communicative competencies in regular schools would be more challenging than in higher
education and English teacher training.
M1 also reports, during her participation in the BR-TR IV, that in Brazil, the pandemic
brought more benefits in this regard (regarding technologies and ICC) to Higher Education than
to Basic Education, where children did not reach the expected level of literacy within the
planned time. However, she believes that it is possible to progress with small steps, but
unfortunately, this depends much more on the efforts of teachers than on institutions. Turkish
participants report that during the pandemic in Turkey, television was used to broadcast content
and activities on Zoom and in universities, the institutions' websites themselves. One of the
Turkish participants mentioned that she is currently learning to use more technology in
teaching, beyond traditional methods, than she learned in previous years. In the BR-ES IV,
Spanish participants mention that they have already used Socrative, Quiz-maker, and Kahoot,
among other digital tools, to carry out activities during their undergraduate studies and consider
these methods effective and interesting to be applied in regular teaching.
Furthermore, in her final report on the IV BR-TR, M1 responds to some questions
regarding what the IV provided in terms of L2 teaching, online communication and
collaboration, and face-to-face and virtual exchanges. She reports that the IVs provided her
Barbara Cortat SIMONELI and Kyria Rebeca FINARDI
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with self-confidence and autonomy and allowed her to venture into technologies to
communicate within the IV.
M1 also reports learning to be more patient and explore more resources to make FL
teaching more dynamic. She also believes that the IV has the potential to prepare its participant
students for physical and virtual mobility projects, as it puts them in contact with the cultures
and formal knowledge of foreign institutions, making participants more comfortable with
mobility.
Regarding the IV BR-ES, M1 states that the monitors and students provided various
feedback that was considered by P1 in the realization of the next IV (the IV BR-TR), such as:
the use of another platform (since Teams was too heavy and limited for those who do not have
a paid subscription); greater freedom of participation and synchronous and asynchronous
interaction; and closer contact with the group (individual presentations and sharing of
experiences), something that was not done in the IV with Spain due to the limited time in
breakout rooms.
Finally, M1 presented only two suggestions for improving future IVs, such as the one
held with Turkey, unlike the suggestions and complaints raised regarding the IV BR-ES:
"having a more 'concrete' agenda, which would better serve both countries [Brazil and Turkey],
and more synchronous video meetings" (Report 05 by M1).
The experiences shared and reported within both IVs highlight the potential of
Information and Communication Technologies (ICTs) and the internet as mediators in teaching-
learning methodologies and Foreign Language (FL) teacher education. The technologies and
methodologies observed during the IV projects contributed to the experiences that make up
teacher education (Freeman, 2001), proving relevant for incorporation into the teacher
education curriculum. The IVs promoted collaborative teaching and learning, connecting
students and teachers from distant locations and allowing the use of authentic digital resources
and materials during language exchanges and authentic practices.
In this sense, the pandemic provided, even if forced, the integration of technologies into
teaching methodologies and teacher education.
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Final considerations
Overall, the analysis concludes that the digital tools used in the IVs, when incorporated
into teacher training courses, supported the development of essential skills in language teacher
education, such as critical thinking, intercultural communication, and digital literacy. Despite
the described positive results, it is crucial to highlight that this incorporation must be supported
by curricula, methodologies, and institutional infrastructure to occur effectively for all
involved.
As mentioned earlier, aspects related to lack of institutional support may help explain
the low participation of Brazilian students. Considering that the Supervised Internship has the
highest workload of the course (200 hours), requiring students to be at the university or school
for most of the time during the return to face-to-face teaching, this limited, to some extent, their
ability to connect or engage in IV projects beyond the mandatory discipline in the semesters
when IV projects were integrated into the curriculum as complementary (and not mandatory).
As observed in the IV project with Chile before the pandemic, the Brazilian university
had only one videoconferencing room (intended for thesis defenses), which limited its use for
classes and IV projects. The difficulty of integrating projects of this nature was structural,
leaving the integration of IV projects within the discipline's workload as the only possibility,
which was no longer allowed during the return to face-to-face teaching.
After the pandemic (even with the emergence of more options for rooms at the Brazilian
university), the teachers of this institution (in general) were firmly against hybrid or online
teaching, opting for a return to "traditional" face-to-face teaching and the "old normal," as if
nothing had changed in the two years of the pandemic and the lessons learned during that period.
Any suggestion to incorporate hybrid (or online) activities, classes, or content into the
disciplines was viewed with suspicion and rejection by the local teaching community, due to
fear of the commodification of education. Thus, we conclude by suggesting the critical
incorporation of technologies into teaching-learning methodologies and teacher training,
understanding that IV projects represent a relevant alternative for this purpose.
Barbara Cortat SIMONELI and Kyria Rebeca FINARDI
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CRediT Author Statement
Acknowledgements: Author 1 acknowledges Capes for the master's scholarship. Author 2
acknowledges FAPES and CNPQ for research support in the form of a Productivity
Scholarship in Research.
Funding: There is none, except for the scholarships mentioned above.
Conflicts of interest: There are none.
Ethical approval: Not applicable.
Data and material availability: Not applicable.
Author’s contributions: Both authors contributed equally to the writing of the text.
Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.
Proofreading, formatting, normalization and translation.