Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 9, n. esp. 1, e023029, 2023. e-ISSN: 2447-3529
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O MÍNIMO PAREMIOLÓGICO PORTUGUÊS, UMA FERRAMENTA ÚTIL PARA
A FORMAÇÃO LINGUÍSTICA DO INTÉRPRETE
EL MÍNIMO PAREMIOLÓGICO PORTUGUÉS, UNA HERRAMIENTA ÚTIL PARA LA
FORMACIÓN LINGÜÍSTICA DEL INTÉRPRETE
THE PORTUGUESE PAREMIOLOGICAL MINIMUM, A USEFUL TOOL FOR
INTERPRETERS' LINGUISTIC TRAINING
Ana María Díaz FERRERO1
e-mail: anadiaz@ugr.es
Como referenciar este artigo:
FERRERO, A. M. D. O mínimo paremiológico português, uma
ferramenta útil para a formação linguística do intérprete. Rev.
EntreLinguas, Araraquara, v. 9, n. esp. 1, e023029, 2023. e-
ISSN: 2447-3529. DOI:
https://doi.org/10.29051/el.v9iesp.1.18644
| Submetido em: 07/10/2023
| Revisões requeridas em: 22/09/2023
| Aprovado em: 16/10/2023
| Publicado em: 20/11/2023
Editora:
Profa. Dra. Rosangela Sanches da Silveira Gileno
Editor Adjunto Executivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Universidade de Granada (UGR), Granada Espanha. Professora titular do Departamento de Tradução e
Interpretação da Universidade de Granada. Doutorado em Filologia Românica (UGR).
O mínimo paremiológico português, uma ferramenta útil para a formação linguística do intérprete
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 9, n. esp. 1, e023029, 2023. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v9iesp.1.18644 2
RESUMO: A tradução de unidades fraseológicas em um processo de interpretação pode ser
complicada devido ao imediatismo que caracteriza essa atividade. Para facilitar essa tarefa, é
essencial desenvolver o componente fraseológico da competência linguística do futuro
intérprete, o que lhe permitirá gerar automatismos frente às unidades fraseológicas e reduzir o
esforço cognitivo de compreensão e produção. Agora, como desenvolver esse componente
fraseológico e quais fraseologismos incluir na sala de aula de língua portuguesa (PLE)? Com
foco nas parémias, apresentamos neste artigo o projeto Paremiologia Mínima do Português,
uma base de dados que coleta as parêmias mais frequentes atualmente em português com suas
correspondências em espanhol. Devido à sua alta frequência de uso, essas parémias devem estar
presentes em programas de EPP no âmbito da formação de futuros tradutores e intérpretes na
combinação português-espanhol.
PALAVRAS-CHAVE: Fraseologia. Paremiologia. Mínimo paremiológico. Interpretação.
Português como Língua Estrangeira (PLE).
RESUMEN: La translación de unidades fraseológicas en un proceso de interpretación puede
resultar complicado debido a la inmediatez que caracteriza esta actividad. Para facilitar esta
labor es fundamental desarrollar el componente fraseológico de la competencia lingüística del
futuro intérprete, lo cual le permitirá generar automatismos ante unidades fraseológicas, y
reducir el esfuerzo cognitivo de comprensión y de producción. Ahora bien ¿cómo se puede
desarrollar este componente fraseológico?, y ¿qué fraseologismos incluir en el aula de lengua
portuguesa (PLE)? Centrándonos en las paremias, en este trabajo presentamos el proyecto
Mínimo Paremiológico del portugués, una base de datos que recoge las paremias más
frecuentes actualmente en portugués con sus correspondencias en español. Por su elevada
frecuencia de uso, estas paremias deberían estar presentes en los programas de PLE en el
marco de formación de futuros traductores e intérpretes en la combinación portugués-español.
PALABRAS CLAVE: Fraseología. Paremiología. Mínimo paremiológico. Interpretación.
Portugués como Lengua Extranjera (PLE).
ABSTRACT: The translation of phraseological units in an interpreting process can be
complicated due to the immediacy that characterizes this activity. To facilitate this task, it is
essential to develop the phraseological component of the future interpreter's linguistic
competence, which allows the generation of automatisms in phraseological units and reduces
the cognitive effort of comprehension and production. How can this phraseological component
be developed, and which phraseologies should be included in Portuguese as a Foreign
Language (PFL)? Focusing on paremias, in this paper, we present the Portuguese
paremiological minimum project, a database that collects the most frequent paremias currently
used in Portuguese with their correspondence in Spanish. Due to their high frequency of use,
these paremias should be present in PFL programs to train future translators and interpreters
in the Portuguese-Spanish combination.
KEYWORDS: Phraseology. Paremiology. Interpretation. Paremiological minimum.
Portuguese as a Foreign Language (PFL).
Ana María Díaz FERRERO
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 9, n. esp. 1, e023029, 2023. e-ISSN: 2447-3529
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Introdução
A formação de intérpretes inclui o desenvolvimento de diferentes competências
linguísticas e extralinguísticas, ou seja, conhecimentos linguísticos, culturais, temáticos,
capacidade de concentração, capacidade de oratória, boa memória, resistência ao stress etc.
Centrando-se na competência linguística, um bom conhecimento das línguas de trabalho é "um
pré-requisito que os alunos devem cumprir" (ALONSO; BAIGORRI, 2008, p. 5, tradução
nossa) para iniciar o treinamento em interpretação, uma vez que é óbvio que para realizar essa
atividade é necessário ter um excelente domínio tanto da língua de origem quanto da língua de
destino (GILE, 1985; LAMBERT, 1991; JIMÉNEZ IVARS; PINAZO CALATAYUD, 2002;
MAGALHÃES, 2007). Na opinião de Meng (2017, p. 15), o componente linguístico é o aspecto
mais importante que o intérprete deve desenvolver: Das habilidades requeridas para um
intérprete, a competência linguística é, de longe, o aspecto mais importante que desempenha o
papel central no auxílio à sua expressão de ideias, ou seja, a produção de informações; e a
Associação Internacional de Intérpretes de Conferência (AIIC) acredita que os intérpretes
devem ter um excelente domínio tanto da língua materna quanto das línguas estrangeiras: um
domínio polido de sua própria língua nativa sobre uma variedade de registros e domínios, um
domínio completo de suas línguas não-nativas (AIIC, 2016).
É unânime que o intérprete deve ter um elevado nível de competência linguística, mas
o que significa exatamente ter um conhecimento aprofundado da língua? Parece claro que, além
do conhecimento ortográfico, fonológico, gramatical e pragmático, os aspectos léxico-
semânticos desempenham um papel central, uma vez que são fundamentais na compreensão do
texto fonte e na recuperação do vocabulário preciso para a expressão do texto-alvo. A esse
respeito, o professor e intérprete Jean Herbert, pioneiro na análise da prática e da formação da
interpretação, indicou em seu Manual do Intérprete, publicado em 1952, que o intérprete deve
possuir uma boa quantidade de vocabulário, memória e agilidade mental para poder ativá-lo
(HERBERT, 1952, p. 5).
Dentro da competência lexical do intérprete, o componente fraseado-paremiológico
talvez seja o que tem recebido menos atenção dos pesquisadores, apesar de seu conhecimento
ser um fator fundamental da competência comunicativa, fornecer recursos que funcionam como
garantia para encontrar soluções e reduzir o estresse em um processo de interpretação. Um
estudo dos aspectos que definem a competência linguística do francês como língua A, B e C
dos intérpretes conclui, entre outros aspectos, que a língua B é caracterizada pela precisão no
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uso da ngua, e pela capacidade de compreender e produzir uma ampla variedade de
fraseologismos:
A língua B pode ser distinguida da língua C por um vocabulário maior e mais
preciso, a capacidade de compreender e produzir uma variedade de expressões
idiomáticas e colocações, bem como referências culturais e metáforas todas
as qualidades necessárias para tornar uma mensagem precisa e suave para o
ouvinte quando um retour é necessário (LOISEAU; DELGADO, 2021, p. 485,
tradução nossa).
Além disso, este estudo indica que a competência linguística do intérprete deve ser
colocada na esfera superior dos quadros de referência para a aquisição e domínio de línguas
estrangeiras: o Quadro Comum Europeu de Referência para Línguas (QCER) e os Padrões
para a Aprendizagem de Línguas Estrangeiras do Conselho Americano para o Ensino de
Línguas Estrangeiras (ACTFL):
Para os intérpretes (e, consequentemente, os candidatos a interpretação),
apenas a extremidade mais alta do espectro dos dois quadros aqui
apresentados, a saber, C2 no CEF e 'Avançado-Alto', 'Superior' e 'Distinguido'
de acordo com a ACTFL (2012a), fornece orientações relevantes (LOISEAU;
DELGADO, 2021, p. 472, tradução nossa).
Se analisarmos os descritores do Quadro Comum Europeu de Referência para as
Línguas: Aprendizagem, Ensino, Avaliação (QCER), volume suplementar (CONSEJO DE
EUROPA, 2021), observa-se que a partir do nível C1 o usuário possui um amplo repertório
lexical e conhece uma grande variedade de unidades fraseológicas (UF). No que diz respeito à
riqueza vocabular, referida no volume suplementar como "âmbito lexical", o QCER fornece a
seguinte descrição para os níveis C1 e C2:
Escopo Lexical
C2 Tem um bom domínio de um repertório lexical muito amplo, incluindo
expressões idiomáticas e coloquiais; mostra consciência dos níveis
conotativos de significado.
C1 Ele tem um bom domínio de um amplo repertório lexical que lhe permite
compensar suas deficiências com facilidade através de circunlocuções;
dificilmente se percebe que ele busca expressões ou que usa estratégias de
evitação. Selecione entre várias opções de vocabulário em quase todas as
situações usando sinônimos para palavras/sinais ainda menos comuns. Tem
um bom domínio de expressões idiomáticas e coloquiais frequentes; brinca
muito bem com palavras/sinais. Compreende e utiliza adequadamente a
variedade de vocabulário técnico e expressões idiomáticas típicas de sua área
de atuação (CONSEJO DE EUROPA, 2021, p. 145, tradução nossa).
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Deve-se notar que o vel C2 "não implica uma competência de falante nativo ou
próxima à de um falante nativo. O objetivo é caracterizar o grau de precisão, propriedade e
facilidade no uso da linguagem que tipifica a fala de alunos brilhantes" (CONSEJO DE
EUROPA, 2002, p. 39). De fato, no volume complementar do QCER (CONSEJO DE
EUROPA, 2021, p. 47) referem que os profissionais de interpretação simultânea das instituições
europeias e os tradutores profissionais excedem largamente o nível C2. North (2020), citando
Wilkins (1978), propõe incluir outro nível de competência, um sétimo nível, que seria o dos
tradutores e intérpretes profissionais:
Wilkins propôs sete níveis que incorporavam o Nível de Limiar e o ponto no
meio do caminho em direção a ele, Waystage, que também havia sido definido
em detalhes. Seu nível superior era chamado de "proficiência ambilíngüe", o
tipo de sofisticação que se associa a intérpretes e tradutores. O Grupo de
Trabalho Quadro assumiu mais tarde os seus primeiros seis níveis. (NORTH,
2020, p. 551, tradução nossa).
Em síntese, o componente lexical, juntamente com a fraseologia, ocupa um lugar
primordial nas habilidades linguísticas do intérprete e deve ser exercido de forma que o aluno
se conscientize da importância e da dificuldade envolvidas na sua transmissão, uma vez que
uma interpretação adequada implica a compreensão e transmissão da UF: A interpretação
adequada requer a compreensão de expressões idiomáticas comumente usadas que ocorrem
em linguagem natural (CREZEE; GRANT, 2013, p. 18, tradução nossa).
O componente frase-paremiológico da competência linguística
O termo UF engloba diferentes tipos de combinações de palavras mais ou menos
estáveis, como colocações (sair ileso; passar incólume; prestigio jornal); locuções (para
plantar batata-doce; ter macaquinhos no sótão), fórmulas de rotina (não estou nem ai; até mais
ver), marcadores de conversação (diga ; como assim?; também acho) comparações
estereotipadas (escuro como breu; surdo como uma porta) ou parêmias (o sujo falando do mal
falado; Deus escreve certo por linhas tortas; conheça-se a si mesmo). A descrição e
classificação dessas unidades tem sido um dos aspectos mais analisados pelos pesquisadores
(CASARES SÁNCHEZ, 1950; CORPAS, 1996; RUIZ GURILLO, 1997; VILELA, 2002;
OLÍMPIO DE OLIVEIRA SILVA, 2007; GARCÍA-PAGE, 2008; SEVILLA MUÑOZ;
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CRIDA ÁLVAREZ, 2013; MONTEIRO-PLANTIN, 2014; MARTINS, 2020). Para alguns
autores, todas essas UFs fazem parte do campo de estudo da fraseologia, outros, no entanto,
distinguem entre fraseologia e paremiologia. Como afirma Sevilla Muñoz (2012-2013, p. 3,
tradução nossa), "o primeiro é dedicado ao estudo de expressões estáveis ou fraseologismos,
incluindo alguns enunciados estáveis sem uma mensagem sentenciosa; a segunda, a declarações
estáveis, breves e sentenciosas, chamadas parêmias". Neste artigo, tratamos das parêmias,
termo utilizado como hiperônimo para designar essas afirmações.
Seguindo a classificação estabelecida por Sevilla Muñoz e Crida Álvarez (2013), as
parêmias são divididas em dois grupos: parêmias de origem anônima e uso popular, e por outro
lado, parêmias de origem conhecida e uso culto. Ao primeiro grupo pertencem ditos como filho
de peixe peixinho é ou quem não tem cão caça com gato, e frases ou frases proverbiais como
ninguém nasce sabendo ou colocar a carroça na frente dos bois. O segundo grupo inclui
provérbios como os últimos serão os primeiros, este é de origem bíblica, os aforismos de origem
literária, filosófico o político como errar é humano ou só sei que nada sei.
As dificuldades que um intérprete tem que superar ao estabelecer equivalências de UF
podem ser de diferentes tipos: associadas ao desconhecimento total ou parcial da UF na língua
original ou na língua-alvo, ou derivadas das características específicas de cada processo
interpretativo, como o idioleto do falante e a forma como a UF está inserida no discurso. bem
como o imediatismo da interpretação, ou seja, a falta de tempo para compreender e reformular
o discurso. Para lidar com essas dificuldades, é essencial que, durante sua formação linguística,
o intérprete desenvolva estratégias interpretativas acompanhadas de uma competência
fraseador-paremiológica que lhe permita compreender o maior número possível de UFs em um
discurso e ter possíveis correspondências automatizadas para dar respostas rápidas ao processo
interpretativo. Ter uma ampla rede de vocabulário agiliza o processo e permite um equilíbrio
na distribuição de esforços para concentrar energia na elaboração do discurso.
As parêmias estão presentes na comunicação dos falantes, por isso devem fazer parte da
programação de um curso de ensino de línguas. No entanto, dada a impossibilidade e ineficácia
de estudar todo o patrimônio paremiológico de uma língua, deve-se fazer uma seleção e aplicar
uma metodologia de acordo com as necessidades do grupo de aprendizes, o nível de
conhecimento e os objetivos de aprendizagem. Para um intérprete, ter um bom domínio da
paremiologia significa ser capaz de compreender as parêmias usadas em um discurso e
transferir a mensagem para a língua-alvo usando, se possível, as parêmias apropriadas ao
contexto. Dentro da competência paremiológica distinguimos entre competência ativa, passiva
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e latente. A competência passiva é a capacidade de reconhecer e compreender corretamente o
significado da fala; competência ativa é a capacidade de encontrar equivalência na língua-alvo
e inserir as parêmias correspondentes na elaboração do discurso, e competência latente,
conceito introduzido por Manuel Sevilla (2012), é a capacidade de intuir o significado de certas
parêmias por tê-las ouvido, lido ou mesmo usado ocasionalmente.
No caso do ensino de português a falantes de espanhol no domínio da formação de
futuros intérpretes, a metodologia para o desenvolvimento da componente paremiológica será
adaptada às necessidades destes alunos para a aquisição de competências que lhes permitam,
por exemplo, compreender, analisar e sintetizar discursos contendo parêmias, estabelecer
correspondências automatizadas do português para o espanhol e do espanhol para o português,
bem como aplicar as estratégias de interpretação adequadas, quando se deparam com parêmias
desconhecidas. Em relação à seleção de parêmias para aprendizagem, um aluno de EPP que vai
se dedicar à interpretação deve conhecer, pelo menos, aquelas que o muito usadas em
português juntamente com suas correspondências em espanhol. Para tanto, é muito útil o corpus
obtido como resultado do projeto de pesquisa O Mínimo Paremiológico do Português, base de
dados que reúne as parêmias mais conhecidas e utilizadas atualmente na língua portuguesa.
O Mínimo Paremiológico da Língua Portuguesa
O Mínimo Paremiológico faz parte de um projeto de pesquisa sobre paremiologia
multilíngue apoiado pelo Instituto Cervantes e coordenado pelas professoras Julia Sevilla
Muñoz e María Teresa Zurdo Ruiz-Ayúcar da Universidade Complutense de Madri. Esta
coleção paremiológica, cujos resultados estão publicados na Biblioteca Paremiológica e
Fraseológica do Centro Virtual Cervantes
2
, teve início com a obra O Mínimo Paremiológico:
Aspectos Teóricos e Metodológicos (ZURDO RUIZ-AYÚCAR; SEVILLA MUÑOZ, 2016, p.
17) e o Mínimo Paremiológico Espanhol (SEVILLA MUÑOZ; BARBADILLO DE LA
FUENTE, 2021), e está sendo completado com outras linguagens, em especial os presentes no
Provérbio Multilíngue (SEVILLA MUÑOZ; ZURDO RUIZ-AYÚCAR, 2009). Para poder
estabelecer o mínimo paremiológico, a fim de estabelecer o mínimo paremiológico em cada
língua com o maior grau de confiabilidade possível, diferentes cnicas de coleta e análise de
dados são aplicadas. Dessa forma, confirma-se sua presença em fontes documentais (imprensa,
literatura, ensaios etc.) e são realizadas pesquisas com informantes nativos para verificar o
2
https://cvc.cervantes.es/lengua/biblioteca_fraseologica/
O mínimo paremiológico português, uma ferramenta útil para a formação linguística do intérprete
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conhecimento e o uso ativo das parêmias. Conforme refletido no volume 1 da coleção
Mínimo paremiológico, o objetivo deste projeto é:
o desenvolvimento de um banco de dados representativo das parêmias que,
devido à frequência de sua ocorrência no discurso falado e escrito, pode hoje
ser considerado patrimônio cultural compartilhado em maior ou menor grau
pela comunidade sociolinguística (ZURDO RUIZ-AYÚCAR; SEVILLA
MUÑOZ, 2016, p. 17, tradução nossa).
Para a língua portuguesa, esta pesquisa inicia-se com a elaboração do Mínimo
Paremiológico do Português Europeu (DÍAZ FERRERO; SABIO PINILLA, no prelo) e o
Mínimo Paremiológico do Português Brasileiro está em processo de revisão.
Consequentemente, com esta pesquisa, obtêm-se parêmias específicas de uma determinada
comunidade, como é o caso do apressado come cru (Brasil) ou da Espanha nem bom vento nem
bom casamento (Portugal); Diferenças nas variantes em diferentes comunidades podem ser
analisadas em briga de marido e mulher não se mete a colher (Brasil); entre marido e mulher
não se mete a colher (Portugal); gato escaldado tem medo de água fria (Brasil); gato escaldado
de água fria tem medo (Portugal) ou trabalhar com as parêmias que são comuns e usadas em
toda a língua portuguesa: é pior a emenda que o soneto; quem ri por último ri melhor; olho por
olho, dente por dente; a união faz a força, etc.
As parêmias no Mínimo Paremiológico são apresentadas de diferentes maneiras para
que as informações possam ser úteis para diferentes propósitos. Assim, estão organizados em
ordem alfabética e em três grupos, da maior para a menor frequência de uso. Além disso, cada
parêmia é organizada em um arquivo seguindo o modelo estabelecido no Provérbio Multilíngue
(SEVILLA MUÑOZ; ZURDO RUIZ-AYÚCAR, 2009). Trata-se de uma folha descritiva com
nove seções que inclui informações relacionadas a cada parêmia: tradução literal, variantes,
ideias-chave, tipo de parêmia, significado, sinônimos, contextos, correspondência em espanhol
e observações. Exemplo:
Paremia Uma andorinha (só) não faz verão
Uma andorinha (só) não faz verão
Tradução literal: Una golondrina (sola) no hace verano.
Variantes: Uma andorinha sozinha não faz verão.
Ideias-chave: Colaboração Solidariedade Dedução Pista
Tipo de parêmia: Provérbio.
Significado: Geralmente é usado com uma intenção assertiva e persuasiva para indicar que se você quer atingir
determinados objetivos, você precisa trabalhar ou colaborar como uma equipe. Também pode ser usado para
Ana María Díaz FERRERO
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mostrar que um fato isolado não é válido para estabelecer uma determinada norma ou para julgar uma pessoa; É
necessário observar uma certa frequência ou regularidade para fazer um julgamento ou provar uma teoria.
Sinônimo: A união faz a força; uma mão lava a outra (e as duas lavam o rosto).
Contexto 1: Então, meus senhores, minhas senhoras, prezado José Wellington, muito obrigado por me ofertar
nesse momento esse microfone, que está falando com milhões de pessoas em todo o Brasil. Quiçá, alguns fora do
Brasil, porque esta oportunidade é ímpar. Demonstra que o senhor tem confiança em mim. E pode ter certeza,
também estou aqui porque respeito, e muito, Vossa Senhoria.
A todos, estamos juntos. Uma andorinha sozinha não faz verão, mas estas andorinhas todas juntas, o verão
chegou. Mais que esperança, eu tenho certeza de que lá na frente, quando eu deixar a Presidência, eu deixarei um
país muito, mas muito melhor, do que aquele que eu recebi em janeiro do ano passado. Porque eu tenho certeza de
que essa é a vontade de Deus. (Discurso do Presidente da República, Jair Bolsonaro, no Culto em Ação de Graças
pela vida do Pastor Wellington Bezerra da Costa, Presidente das Igrejas Evangélicas Assembleia de Deus do Brasil
-São Paulo/SP, 05-10-2020)
Contexto 2: O Papa Francisco iniciou no último domingo uma viagem histórica para os Emirados Árabes Unidos
O bispo Paul Hinder é o vigário apostólico do sul da Arábia. Como tal, o monge capuchinho suíço hospeda o Papa
em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Antes da visita do Papa Francisco, a ACN falou com Dom Hinder
sobre a tolerância na vida cotidiana; bem como sobre a falta de liberdade religiosa e expectativas para a visita
papal. Confira a seguir a entrevista na íntegra:
[...]
Para concluir, a visita papal pode resultar mais do que simplesmente uma xícara de café compartilhada e fotos
bonitas?
Dom Hinder: O que nos resta é saber se a visita deixará algum tipo de impressão duradoura. É como costumamos
dizer: uma andorinha não faz verão. Um diálogo com outra religião e seus representantes leva tempo e paciência;
e de fato os contratempos são inevitáveis. (ACN, 04-02-2019) Disponible en: https://www.acn.org.br/emirados-
arabes-abu-dhabi-eu-nunca-experimentei-animosidade/
Correspondência em espanhol: La unión hace la fuerza; una golondrina no hace verano; una mano lava la otra
(y ambas lavan la cara).
Observações: Parêmias uma o lava a outra//una mano lava la otra e a união faz a força//la unión hace la fuerza
São sinônimos parciais, pois transmitem apenas a ideia de solidariedade ou cooperação. Eles não são usados para
indicar que um caso isolado é insuficiente para estabelecer um padrão.
Fonte: Mínimo paremiológico do Português Brasileiro.
As aplicações da Paremiologia Mínima para a formação de futuros tradutores e
intérpretes são variadas: o ensino de Português como Língua Estrangeira (PLE), o ensino de
aspectos socioculturais ligados à visão de mundo veiculada pelas parêmias, e exercícios
específicos de tradução e interpretação. Como apontado por diferentes autores, as UFs podem
estar presentes desde os primeiros níveis de aprendizagem de língua estrangeira (ORTIZ
ÁLVAREZ, 2008; SARACHO ARNÁIZ, 2016; VALERO FERNÁNDEZ, 2021). No caso de
línguas relacionadas, é claramente viável trabalhar com parêmias desde o nível inicial, uma vez
que muitas delas são semelhantes tanto em forma quanto em significado em ambas as línguas.
Além disso, para facilitar a compreensão, nos níveis mais baixos você pode selecionar aqueles
que não têm um sentido metafórico (não faças aos outros o que não queres que te façam;) e
realizar exercícios para aquisição de vocabulário ou simplesmente atividades para trabalhar
algum aspecto gramatical ou discursivo, como regras plurais (para grandes males, grandes
remédios; os fins justificam os meios), a conjugação de verbos (se Maomé não vai à montanha,
a montanha vai a Maomé; todos os caminhos vão dar a Roma), frases comparativas (uma
imagem vale mais (do) que mil palavras; mais vale prevenir (do) que remediar) ou a pronúncia
O mínimo paremiológico português, uma ferramenta útil para a formação linguística do intérprete
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(pão, pão, queijo, queijo; o coração tem razões que a própria razão desconhece). Dessa forma,
o aluno entra em contato com as parêmias desde o início de sua formação linguística; como
afirmam Díaz Ferrero e Monteiro-Plantin (2020, p. 107, tradução nossa), "a frequência de uso
e a correspondência formal e semântica podem contribuir para o desenvolvimento da
competência fraseológica de forma natural". Trata-se de criar as condições adequadas para que
o aluno receba o contributo necessário que lhe permita familiarizar-se com as parêmias e
desenvolver a competência latente e a competência passiva até atingir a competência ativa.
Consiste em imitar, em certa medida, a exposição contínua às parêmias que um falante nativo
tem para fixá-las em seu léxico mental.
A partir do nível intermediário, exercícios de expressão ou compreensão com parêmias
mais complexas podem ser realizados. Um exercício muito produtivo é criar quadros
situacionais (GARCÍA BENITO, 2020) para utilizar as parêmias de acordo com sua função
pragmática e discursiva. Para desenvolver a expressão escrita, uma frase pode ser sugerida no
início ou no final de uma história; Por exemplo, escreva um texto em português que comece
com a frase: Diz o provérbio que Deus dá nozes a quem não tem dentes, e eu acredito porque...
ou escreva um texto em português que termine com a seguinte frase: É por isso que o povo diz
que a justiça tarda, mas não falha. Atividades de mediação oral ou escrita também podem ser
realizadas. Desde a edição de 2001, o QCER inclui a mediação como atividade linguística:
A competência linguística comunicativa do aprendente ou utilizador da língua
é posta em prática através da realização de diferentes atividades linguísticas
que incluem a compreensão, expressão, interação ou mediação (em particular,
interpretação ou tradução) (CONSEJO DE EUROPA, 2002, p. 14, tradução
nossa).
O volume acompanhante do QCER desenvolve atividades e estratégias de mediação em
que o usuário atua como intermediário entre os interlocutores para possibilitar a comunicação.
Essas atividades são organizadas em três grupos: mediação de textos, mediação de conceitos e
mediação da comunicação, e incluem tarefas como resumir textos, descrever informações
gráficas ou atuar como intermediário para facilitar a comunicação. Para alcançar a mediação, o
usuário terá que empregar diferentes estratégias e adaptá-las "às convenções, condições e
restrições do contexto comunicativo" (CONSEJO DE EUROPA, 2021, p. 130, tradução nossa).
Essas estratégias estão diretamente relacionadas à forma como a informação é transmitida ao
receptor e, portanto, têm muitos pontos em comum com as estratégias de interpretação. Nesse
Ana María Díaz FERRERO
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sentido, com os contextos do Mínimo Paremiológico, atividades pedagógicas de interpretação
podem ser realizadas para familiarizar o aluno com as parêmias e as estratégias interpretativas:
Paráfrase textual: Transmitir em espanhol a informação de um discurso em português
que contenha parêmias. Se não for possível usar uma parêmia equivalente no discurso
da língua-alvo, a mensagem será reformulada usando uma paráfrase. Nesses casos, o
processo de desverbalização da mensagem inerente à atividade interpretativa
desempenha papel fundamental.
Resumo de um texto: Transmitir em espanhol as informações fundamentais de um
discurso em português que contenha parêmias. Este exercício é especialmente útil para
se conscientizar da importância de compreender a ideia essencial de uma mensagem e
pode ser combinado com exercícios de anotação.
Finalmente, com alunos avançados, é possível trabalhar com textos ou discursos que
contenham parêmias truncadas (filho de peixe...; grão a grão...) ou desautomatizados, ou seja,
conscientemente alterados para adaptá-los ao discurso ou para causar algum efeito no receptor
da mensagem. É o caso deste exemplo de parêmia De grão em grão a galinha enche o papo:
É desta forma que podemos politicamente contribuir com a sociedade
araraquarense, mantendo conversações e apresentando reivindicações aos
parlamentares que têm a possibilidade de emendar o orçamento do governo
paulista, e desta forma carrear recursos de suma importância. Como diz o
ditado, de grão em grão..., que traduzo desta forma, de emendas em emendas
conquistaremos o necessário para equacionar os problemas surgidos no dia a
dia, afirma Lapena (Câmara Municipal de Araraquara, 04-10-2013, tradução
nossa).
Nesses casos, é necessário primeiro reconhecer a parêmia truncada ou desautomatizada,
o significado e a intenção pretendida de alterá-la, e escolher uma parêmia equivalente na língua-
alvo modificada (se possível) para alcançar um efeito semelhante sobre o destinatário.
Considerações finais
Como foi mostrado neste artigo, ter uma ampla rede de vocabulário e um bom domínio
da UF (incluindo parêmias) na língua estrangeira e suas possíveis correspondências na língua
materna amplia o leque de possibilidades na hora de encontrar soluções no processo de
interpretação, ou seja, permite que o intérprete tenha os recursos necessários para entender a
mensagem, bem como ter automatismos para transferi-la rapidamente ao idioma de destino.
O mínimo paremiológico português, uma ferramenta útil para a formação linguística do intérprete
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 9, n. esp. 1, e023029, 2023. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v9iesp.1.18644 12
Portanto, o ensino de EPP no campo da tradução e interpretação deve contemplar o
desenvolvimento da competência fraseo-paremiológica.
Um dos fatores que podem ser levados em conta na seleção das parêmias que devem
fazer parte da competência paremiológica do aluno de EPP é a frequência de uso. Nesse sentido,
apresentamos o projeto Paremiologia mínima do português, cujas parêmias são muito úteis para
o desenvolvimento da competência paremiológica dos futuros tradutores e intérpretes. Trata-se
de um corpus que reúne as parêmias mais utilizadas na língua portuguesa atual, por isso é muito
provável que sejam utilizadas em qualquer discurso ou documento que tenha de ser traduzido
ou interpretado.
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O mínimo paremiológico português, uma ferramenta útil para a formação linguística do intérprete
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 9, n. esp. 1, e023029, 2023. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v9iesp.1.18644 16
CRediT Author Statement
Reconhecimentos: Agradecimentos ao Instituto Cervantes, às professoras Julia Sevilla
Muñoz e María Teresa Zurdo Ruiz-Ayúcar, coordenadoras do projeto Mínimo
Paremiológico, ao professor José Antonio Sabio Pinilla, coautor de Mínimo paremiológico
del portugués de Portugal e Mínimo paremiológico del portugués de Brasil, e a todos os
entrevistados que participaram deste estudo.
Financiamento: Parte deste estudo foi financiado com subsídios do Plan Propio de
Investigación y Transferencia da Universidade de Granada.
Conflitos de interesse: Não há conflitos de interesse.
Aprovação ética: As pesquisas realizadas para determinar o Mínimo Paremiológico foram
feitas com o consentimento dos entrevistados.
Disponibilidade de Dados e Materiais: Os resultados do Mínimo Paremiológico estão
disponíveis na série "Mínimo Paremiológico" da Biblioteca Paremiológica y Fraseológica
do Centro Virtual Cervantes
(https://cvc.cervantes.es/lengua/biblioteca_fraseologica/minimo_paremiologico.htm).
Contribuição dos autores: Autoria única.
Processamento e edição: Editora Ibero-americana de Educação - EIAE.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 9, n. esp. 1, e023029, 2023. e-ISSN: 2447-3529
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EL MÍNIMO PAREMIOLÓGICO PORTUGUÉS, UNA HERRAMIENTA ÚTIL PARA
LA FORMACIÓN LINGÜÍSTICA DEL INTÉRPRETE
O MÍNIMO PAREMIOLÓGICO PORTUGUÊS, UMA FERRAMENTA ÚTIL PARA A
FORMAÇÃO LINGUÍSTICA DO INTÉRPRETE
THE PORTUGUESE PAREMIOLOGICAL MINIMUM, A USEFUL TOOL FOR
INTERPRETERS' LINGUISTIC TRAINING
Ana María Díaz FERRERO1
e-mail: anadiaz@ugr.es
Cómo hacer referencia a este artículo:
FERRERO, A. M. D. El mínimo paremiológico portugués, una
herramienta útil para la formación lingüística del intérprete.
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 9, n. esp. 1, e023029, 2023.
e-ISSN: 2447-3529. DOI:
https://doi.org/10.29051/el.v9iesp.1.18644
| Presentado en: 10/07/2023
| Revisiones requeridas en: 22/09/2023
| Aprobado en: 16/10/2023
| Publicado en: 20/11/2023
Editora:
Profa. Dra. Rosangela Sanches da Silveira Gileno
Editor Adjunto Ejecutivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Universidad de Granada (UGR), Granada España. Profesora titular del Departamento de Traducción e
Interpretación de la Universidad de Granada. Doctora en Filología Románica (UGR).
El mínimo paremiológico portugués, una herramienta útil para la formación lingüística del intérprete
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 9, n. esp. 1, e023029, 2023. e-ISSN: 2447-3529
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RESUMEN: La translación de unidades fraseológicas en un proceso de interpretación puede
resultar complicado debido a la inmediatez que caracteriza esta actividad. Para facilitar esta
labor es fundamental desarrollar el componente fraseológico de la competencia lingüística del
futuro intérprete, lo cual le permitirá generar automatismos ante unidades fraseológicas, y
reducir el esfuerzo cognitivo de comprensión y de producción. Ahora bien ¿cómo se puede
desarrollar este componente fraseológico?, y ¿qué fraseologismos incluir en el aula de lengua
portuguesa (PLE)? Centrándonos en las paremias, en este trabajo presentamos el proyecto
Mínimo Paremiológico del portugués, una base de datos que recoge las paremias más frecuentes
actualmente en portugués con sus correspondencias en español. Por su elevada frecuencia de
uso, estas paremias deberían estar presentes en los programas de PLE en el marco de formación
de futuros traductores e intérpretes en la combinación portugués-español.
PALABRAS CLAVE: Fraseología. Paremiología. Mínimo paremiológico. Interpretación.
Portugués como Lengua Extranjera (PLE).
RESUMO: A tradução de unidades fraseológicas num processo de interpretação pode ser
complicada devido ao imediatismo que caracteriza esta atividade. Para descomplicar esta
tarefa, é essencial desenvolver a componente fraseológica da competência linguística do futuro
intérprete, o que lhe permitirá gerar automatismos perante as unidades fraseológicas e reduzir
o esforço cognitivo de compreensão e produção. No entanto, como se pode desenvolver esta
componente fraseológica e que fraseologismos devem ser incluídos na aula de língua
portuguesa (PLE)? Centrando-nos nas parêmias, neste artigo apresentamos o projeto Mínimo
Paremiológico Português, uma base de dados que reúne as parêmias mais utilizadas
atualmente na ngua portuguesa acompanhadas de suas correspondências em espanhol.
Devido à sua elevada frequência de uso, estas parêmias deveriam estar presentes nos
programas de PLE na formação de futuros tradutores e intérpretes no par linguístico
português-espanhol.
PALAVRAS-CHAVE: Fraseologia. Paremiologia. Mínimo paremiológico. Interpretação.
Português como Língua Estrangeira (PLE).
ABSTRACT: The translation of phraseological units in an interpreting process can be
complicated due to the immediacy that characterizes this activity. To facilitate this task, it is
essential to develop the phraseological component of the future interpreter's linguistic
competence, which allows the generation of automatisms in phraseological units and reduces
the cognitive effort of comprehension and production. How can this phraseological component
be developed, and which phraseologies should be included in Portuguese as a Foreign
Language (PFL)? Focusing on paremias, in this paper, we present the Portuguese
paremiological minimum project, a database that collects the most frequent paremias currently
used in Portuguese with their correspondence in Spanish. Due to their high frequency of use,
these paremias should be present in PFL programs to train future translators and interpreters
in the Portuguese-Spanish combination.
KEYWORDS: Phraseology. Paremiology. Interpretation. Paremiological minimum.
Portuguese as a Foreign Language (PFL).
Ana María Díaz FERRERO
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 9, n. esp. 1, e023029, 2023. e-ISSN: 2447-3529
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Introducción
La formación de intérpretes incluye el desarrollo de diferentes competencias tanto
lingüísticas como extralingüísticas, es decir, conocimientos lingüísticos, culturales, temáticos,
capacidad de concentración, dotes de oratoria, buena memoria, resistencia al estrés, etc.
Centrándonos en la competencia lingüística, el buen conocimiento de los idiomas de trabajo es
“un requisito previo que han de cumplir los alumnos” (ALONSO; BAIGORRI, 2008, p. 5) para
comenzar la formación en interpretación, ya que es obvio que para el ejercicio de esta actividad
es necesario poseer un excelente dominio tanto de la lengua origen como de la lengua meta
(GILE, 1985; LAMBERT, 1991; JIMÉNEZ IVARS; PINAZO CALATAYUD, 2002;
MAGALHÃES JUNIOR, 2007). En opinión de Meng (2017, p. 15) el componente lingüístico
es el aspecto más importante que debe desarrollar el intérprete: Of the skills required for an
interpreter, linguistic competence is by far the most important aspect which plays the pivotal
role in aiding his or her expression of ideas, namely, the output of information; y la Asociación
Internacional de Intérpretes de Conferencia (AIIC) estima que los intérpretes deben poseer un
dominio excelente tanto de la lengua materna como de las lenguas extranjeras: a polished
command of their own native language over a range of registers and domains; a complete
mastery of their non-native languages (AIIC, 2016). Hay unanimidad en que el intérprete debe
poseer una elevada competencia lingüística, pero ¿qué significa exactamente tener un
conocimiento profundo de la lengua? Parece claro que, además de los conocimientos
ortográfico, fonológico, gramatical y pragmático, los aspectos léxico-semánticos juegan un
papel central, toda vez que son fundamentales en la comprensión del texto origen y la
recuperación del vocabulario preciso para la expresión del texto meta. A este respecto, el
profesor e intérprete Jean Herbert, pionero en el análisis de la práctica y formación de la
interpretación, indicaba en su Manuel de l’interprète, publicado en 1952, que el intérprete debe
poseer un buen caudal de vocabulario, así como memoria y agilidad mental para poder activarlo
(HERBERT, 1952, p. 5).
Dentro de la competencia léxica del intérprete el componente fraseo-paremiológico
quizá sea el que menos atención ha recibido por parte de los investigadores, a pesar de que su
conocimiento es un factor fundamental de la competencia comunicativa, proporciona recursos
que actúan como garantía para encontrar soluciones y reduce el estrés en un proceso de
interpretación. En un estudio sobre los aspectos que definen la competencia lingüística del
francés como lengua A, B y C de los intérpretes se llega a la conclusión, entre otros aspectos,
El mínimo paremiológico portugués, una herramienta útil para la formación lingüística del intérprete
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 9, n. esp. 1, e023029, 2023. e-ISSN: 2447-3529
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de que la lengua B se caracteriza por la precisión en el uso del lenguaje, y la capacidad para
comprender y producir una gran variedad de fraseologismos:
The B language can be distinguished from the C language by a greater and
more precise vocabulary, the ability to understand and produce a variety of
idiomatic expressions and collocations, as well as cultural references and
metaphors all qualities necessary to render a message accurately and
smoothly for the listener when a retour is needed (LOISEAU; DELGADO
LUCHNER, 2021, p. 485).
Además, en este estudio se indica que la competencia lingüística del intérprete debe
situarse en la esfera superior de los marcos de referencia para la adquisición y el dominio de
lenguas extranjeras: Marco Común Europeo de Referencia para las Lenguas (MCER) y los
Estándares para el Aprendizaje de Lenguas Extranjeras del Consejo Americano para la
Enseñanza de Lenguas Extranjeras (ACTFL):
For interpreters (and consequently interpreting candidates), only the highest
end of the spectrum of the two frameworks presented here, namely C2 in the
CEF and ‘Advanced-High’, ‘Superior’ and ‘Distinguished’ according to the
ACTFL (2012a), provides relevant guidance (LOISEAU; DELGADO
LUCHNER, 2021, p. 472).
Si analizamos los descriptores del Marco común europeo de referencia para las
lenguas: aprendizaje, enseñanza, evaluación (MCER), volumen complementario (CONSEJO
DE EUROPA, 2021), observamos que a partir del nivel C1 el usuario posee un amplio
repertorio léxico y conoce una amplia variedad de unidades fraseológicas (UF). Respecto a la
riqueza de vocabulario, denominado en el volumen complementario “alcance léxico”, el MCER
indica la siguiente descripción para los niveles C1 y C2:
Alcance léxico
C2 Tiene un buen dominio de un repertorio léxico muy amplio, que incluye
expresiones idiomáticas y coloquiales; muestra conciencia de los niveles
connotativos del significado.
C1 Tiene un buen dominio de un amplio repertorio léxico que le permite suplir
con soltura sus deficiencias mediante circunloquios; apenas se le nota que
busca expresiones o que utiliza estrategias de evitación. Selecciona entre
varias opciones de vocabulario en casi todas las situaciones utilizando
sinónimos incluso de palabras/signos menos habituales. Tiene buen dominio
de expresiones idiomáticas y coloquiales frecuentes; juega con las/los
palabras/signos bastante bien. Entiende y utiliza de forma adecuada la
variedad de vocabulario técnico y expresiones idiomáticas propia de su área
de especialidad (CONSEJO DE EUROPA, 2021, p. 145).
Ana María Díaz FERRERO
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 9, n. esp. 1, e023029, 2023. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v9iesp.1.18644 5
Conviene destacar que el nivel C2 “no implica una competencia de hablante nativo o
próxima a la de un nativo. Lo que pretende es caracterizar el grado de precisión, propiedad y
facilidad en el uso de la lengua que tipifica el habla de los alumnos brillantes” (CONSEJO DE
EUROPA, 2002, p. 39). De hecho, en el volumen complementario del MCER (CONSEJO DE
EUROPA, 2021, p. 47) informan de que los profesionales de interpretación simultánea de las
instituciones europeas y los traductores profesionales superan con creces el nivel C2. Ya North
(2020), citando a Wilkins (1978), propone incluir otro nivel de competencia, un séptimo nivel
que sería el de los traductores e intérpretes profesionales:
Wilkins proposed seven levels that incorporated The Threshold Level, and the
point halfway towards it, Waystage, which had also been defined in detail. His
top level was called ‘ambilingual proficiency,’ the sort of sophistication one
associates with interpreters and translators. The Framework Working Party
later took his first six levels (NORTH, 2020, p. 551).
En síntesis, el componente léxico junto con la fraseología ocupa un lugar
primordial en las habilidades lingüísticas del intérprete y se debe ejercitar de tal modo que el
estudiante tome consciencia de la importancia y dificultad que conlleva su transmisión, ya que
una interpretación adecuada implica la comprensión y transmisión de UF: Appropriate
interpretation requires understanding commonly used idiomatic expressions occurring in
natural language (CREZEE; GRANT, 2013, p. 18).
El componente fraseo-paremiológico de la competencia lingüística
El término UF engloba diferentes tipos de combinaciones de palabras más o menos
estables como pueden ser colocaciones (sair ileso; passar incólume; prestigiado jornal);
locuciones (mandar plantar batatas; ter macaquinhos no sótão), fórmulas rutinarias (não estou
nem ai; até mais ver), marcadores conversacionales (diga ; como assim?; também acho)
comparaciones estereotipadas (escuro como breu; surdo como uma porta) o paremias (o sujo
falando do mal falado; Deus escreve certo por linhas tortas; conhece-te a ti mesmo). La
descripción y clasificación de estas unidades ha sido uno de los aspectos más analizados por
los investigadores (CASARES SÁNCHEZ, 1950; CORPAS, 1996; RUIZ GURILLO, 1997;
VILELA, 2002; OLÍMPIO DE OLIVEIRA SILVA, 2007; GARCÍA-PAGE, 2008; SEVILLA
MUÑOZ; CRIDA ÁLVAREZ, 2013; MONTEIRO-PLANTIN, 2014; MARTINS, 2020). Para
algunos autores todas estas UF forman parte del ámbito de estudio de la fraseología, otros, sin
embargo, distinguen entre fraseología y paremiología. De acuerdo con Sevilla Muñoz (2012-
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2013, p. 3) la primera se dedica al estudio de las expresiones estables o fraseologismos,
incluidos algunos enunciados estables carentes de mensaje sentencioso; la segunda, a los
enunciados estables, breves y sentenciosos, denominados paremias”. En este artículo nos
ocupamos de las paremias, término que se emplea como hiperónimo para designar estos
enunciados. Siguiendo la clasificación establecida por Sevilla Muñoz y Crida Álvarez (2013)
las paremias se dividen en dos grupos: paremias de origen anónimo y uso popular, y, por otro
lado, paremias de origen conocido y uso culto. Al primer grupo pertenecen refranes como filho
de peixe peixinho é o quem não tem cão caça com gato, y frases o locuciones proverbiales como
ninguém nasce sabendo o colocar a carroça na frente dos bois. En el grupo segundo se incluyen
proverbios como os últimos serão os primeiros, éste de origen bíblico, o aforismo de origen
literario, filosófico o político como errar é humano o só sei que nada sei.
Las dificultades que tiene que solventar un intérprete a la hora de establecer
equivalencias de UF pueden ser de diferente índole: asociadas al desconocimiento total o parcial
de la UF en la lengua original o en la lengua meta, o derivadas de las características específicas
de cada proceso de interpretación como puede ser el idiolecto del orador y su modo de insertar
las UF en el discurso, acomo la inmediatez propia de la interpretación, es decir, falta de
tiempo para comprender y reformular el discurso. Para hacer frente a estas dificultades, es
fundamental que durante su formación lingüística el intérprete desarrolle estrategias de
interpretación acompañadas de una competencia fraseo-paremiológica que le permita
comprender el mayor número posible de UF en un discurso, y disponer de posibles
correspondencias automatizadas para dar respuestas rápidas en un proceso interpretativo.
Poseer una amplia red de vocabulario agiliza el proceso y permite un equilibrio en la
distribución de esfuerzos para centrar la energía en la elaboración del discurso.
Las paremias están presentes en la comunicación de los hablantes por lo que deben
formar parte de la programación de un curso de enseñanza de lengua. No obstante, dada la
imposibilidad e inoperancia de estudiar todo el acervo paremiológico de una lengua, se deberá
llevar a cabo una selección y aplicar una metodología de acuerdo con las necesidades del grupo
de aprendientes, del nivel de conocimiento y de los objetivos de aprendizaje. Para un intérprete,
poseer un buen dominio paremiológico supone ser capaz de comprender las paremias
empleadas en un discurso, y trasladar el mensaje a la lengua meta haciendo uso, si es posible,
de las paremias adecuadas al contexto. Dentro de la competencia paremiológica distinguimos
entre competencia activa, pasiva y latente. La competencia pasiva es la capacidad para
reconocer y entender correctamente el sentido del discurso; la competencia activa es la
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capacidad de encontrar la equivalencia en la lengua meta e insertar las paremias
correspondientes en la elaboración del discurso, y la competencia latente, concepto introducido
por Manuel Sevilla (2012), es la capacidad de intuir el significado de determinadas paremias
por haberlas oído, leído o incluso usado en alguna ocasión.
En el caso de la enseñanza del portugués para hispanohablantes en el ámbito de la
formación de futuros intérpretes, la metodología para el desarrollo del componente
paremiológico estará adaptada a las necesidades de estos aprendientes para la adquisición de
habilidades que les permitan, por ejemplo, comprender, analizar y sintetizar discursos que
contengan paremias, establecer correspondencias automatizadas del portugués al español y del
español al portugués, así como aplicar las estrategias de interpretación adecuadas, cuando
tengan que enfrentarse a paremias desconocidas. Respecto a la selección de las paremias para
su aprendizaje, un estudiante de PLE que se va a dedicar a la interpretación debería conocer, al
menos, aquellas que son de uso muy frecuente en portugués junto con sus correspondencias en
español. Para ello, resulta de gran utilidad el corpus obtenido como resultado del proyecto de
investigación El mínimo paremiológico del portugués; una base de datos que recoge las
paremias más conocidas y usadas actualmente en la lengua portuguesa.
El Mínimo paremiológico de la lengua portuguesa
El Mínimo Paremiológico forma parte de un proyecto de investigación sobre
paremiología multilingüe apoyado por el Instituto Cervantes y coordinado por las profesoras
Julia Sevilla Muñoz y María Teresa Zurdo Ruiz-Ayúcar de la Universidad Complutense de
Madrid. Esta colección paremiológica, cuyos resultados se publican en la Biblioteca
paremiológica y fraseológica del Centro Virtual Cervantes
2
, se inició con el trabajo El mínimo
paremiológico: aspectos teóricos y metodológicos (ZURDO RUIZ-AYÚCAR; SEVILLA
MUÑOZ, 2016, p. 17) y el Mínimo paremiológico español (SEVILLA MUÑOZ;
BARBADILLO DE LA FUENTE, 2021), y se está completando con otras lenguas, en particular
las presentes en el Refranero multilingüe (SEVILLA MUÑOZ; ZURDO RUIZ-AYÚCAR,
2009). Para poder establecer el mínimo paremiológico en cada lengua con el mayor grado de
fiabilidad posible se aplican diferentes técnicas de recogida y análisis de datos. De este modo,
se constata su presencia en fuentes documentales (prensa, literatura, ensayos...) y se realizan
encuestas a informantes nativos para verificar el conocimiento y el uso activo de las paremias.
2
https://cvc.cervantes.es/lengua/biblioteca_fraseologica/
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Como aparece reflejado en el volumen 1 de la colección «Mínimo paremiológico», el
objetivo de este proyecto es:
la elaboración de una base de datos representativa de las paremias que, por la
frecuencia de su aparición en el discurso hablado y escrito, pueden
considerarse hoy día patrimonio cultural compartido en mayor o menor
medida por la comunidad sociolingüística (ZURDO RUIZ-AYÚCAR;
SEVILLA MUÑOZ, 2016, p. 17).
Para la lengua portuguesa, esta investigación se inicia con la elaboración del Mínimo
Paremiológico del portugués europeo (DÍAZ FERRERO; SABIO PINILLA, en prensa) y ya
está en proceso de revisión el Mínimo paremiológico del portugués de Brasil. En consecuencia,
con esta investigación se obtienen paremias que son propias de una determinada comunidad,
como sucede con apressado come cru (Brasil) o de Espanha nem bom vento nem bom
casamento (Portugal); se pueden analizar las diferencias en las variantes de las distintas
comunidades em briga de marido e mulher não se mete a colher (Brasil); entre marido e mulher
não se mete a colher (Portugal); gato escaldado tem medo de água fria (Brasil); gato escaldado
de água fria tem medo (Portugal) o trabajar con las paremias que son comunes y se usan en
todo el ámbito de la lengua portuguesa: é pior a emenda que o soneto; quem ri por último ri
melhor; olho por olho, dente por dente; a união faz a força, etc.
Las paremias en el Mínimo paremiológico se presentan de distintas formas para que la
información pueda ser útil a diferentes propósitos. Así, se organizan por orden alfabético y en
tres grupos de mayor a menor frecuencia de uso. Además, cada paremia se dispone en una ficha
siguiendo el modelo establecido en el Refranero Multilingüe (SEVILLA MUÑOZ; ZURDO
RUIZ-AYÚCAR, 2009). Se trata de una ficha descriptiva con nueve apartados que incluye
información relativa a cada paremia: traducción literal, variantes, ideas clave, tipo de paremia,
significado, sinónimos, contextos, correspondencia en español y observaciones. Ejemplo:
Paremia Uma andorinha (só) não faz verão
Uma andorinha (só) não faz verão
Traducción literal: Una golondrina (sola) no hace verano.
Variantes: Uma andorinha sozinha não faz verão.
Ideas clave: Colaboración Solidaridad - Deducción - Indicio
Tipo de paremia: Refrán.
Significado: Se suele emplear con una intención asertiva y persuasiva para indicar que si se pretende conseguir
determinados objetivos es necesario trabajar o colaborar en equipo. Se puede usar también para mostrar que un
hecho aislado no es válido para establecer una determinada norma o para juzgar a una persona; es necesario
observar cierta frecuencia o regularidad para poder emitir un juicio o demostrar una teoría.
Sinónimos: A união faz a força; uma mão lava a outra (e as duas lavam o rosto).
Ana María Díaz FERRERO
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Contexto 1: Então, meus senhores, minhas senhoras, prezado José Wellington, muito obrigado por me ofertar
nesse momento esse microfone, que está falando com milhões de pessoas em todo o Brasil. Quiçá, alguns fora do
Brasil, porque esta oportunidade é ímpar. Demonstra que o senhor tem confiança em mim. E pode ter certeza,
também estou aqui porque respeito, e muito, Vossa Senhoria.
A todos, estamos juntos. Uma andorinha sozinha não faz verão, mas estas andorinhas todas juntas, o verão
chegou. Mais que esperança, eu tenho certeza de que lá na frente, quando eu deixar a Presidência, eu deixarei um
país muito, mas muito melhor, do que aquele que eu recebi em janeiro do ano passado. Porque eu tenho certeza de
que essa é a vontade de Deus. (Discurso do Presidente da República, Jair Bolsonaro, no Culto em Ação de Graças
pela vida do Pastor Wellington Bezerra da Costa, Presidente das Igrejas Evangélicas Assembleia de Deus do Brasil
-São Paulo/SP, 05-10-2020)
Contexto 2: O Papa Francisco iniciou no último domingo uma viagem histórica para os Emirados Árabes Unidos
O bispo Paul Hinder é o vigário apostólico do sul da Arábia. Como tal, o monge capuchinho suíço hospeda o Papa
em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Antes da visita do Papa Francisco, a ACN falou com Dom Hinder
sobre a tolerância na vida cotidiana; bem como sobre a falta de liberdade religiosa e expectativas para a visita
papal. Confira a seguir a entrevista na íntegra:
[...]
Para concluir, a visita papal pode resultar mais do que simplesmente uma xícara de café compartilhada e fotos
bonitas?
Dom Hinder: O que nos resta é saber se a visita deixará algum tipo de impressão duradoura. É como costumamos
dizer: uma andorinha não faz verão. Um diálogo com outra religião e seus representantes leva tempo e paciência;
e de fato os contratempos são inevitáveis. (ACN, 04-02-2019) Disponible en: https://www.acn.org.br/emirados-
arabes-abu-dhabi-eu-nunca-experimentei-animosidade/
Correspondencia en español: La unión hace la fuerza; una golondrina no hace verano; una mano lava la otra (y
ambas lavan la cara).
Observaciones: Las paremias uma mão lava a outra//una mano lava la otra y a união faz a força//la unión hace
la fuerza son sinónimos parciales, dado que transmiten solamente la idea de solidaridad o cooperación. No se usan
para indicar que un caso aislado es insuficiente para establecer una norma.
Fuente: Mínimo paremiológico del portugués de Brasil
Las aplicaciones del Mínimo paremiológico para la formación de futuros traductores e
intérpretes son variadas: la enseñanza del portugués lengua extranjera (PLE), la enseñanza de
aspectos socioculturales vinculados a la visión del mundo que transmiten las paremias, y
ejercicios específicos de traducción e interpretación. Como señalan diferentes autores, las UF
pueden estar presentes desde los primeros niveles de aprendizaje de la lengua extranjera
(ORTIZ ÁLVAREZ, 2008; SARACHO ARNÁIZ, 2016; VALERO FERNÁNDEZ, 2021). En
el caso de lenguas próximas es claramente factible trabajar con paremias desde el nivel inicial,
ya que muchas de ellas son semejantes tanto en la forma como en el significado en ambas
lenguas. Además, para facilitar su comprensión, en los niveles más bajos se pueden seleccionar
aquellas que no tengan un sentido metafórico (o faças aos outros o que não queres que te
façam;) y realizar ejercicios para la adquisición de vocabulario o simplemente actividades para
trabajar algún aspecto gramatical o discursivo como pueden ser las reglas de plural (para
grandes males, grandes remédios; os fins justificam os meios), la conjugación verbal (se
Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé; todos os caminhos vão dar a Roma),
frases comparativas (uma imagem vale mais (do) que mil palavras; mais vale prevenir (do) que
remediar) o la pronunciación (pão, pão, queijo, queijo; o coração tem razões que a própria
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razão desconhece). De este modo, el estudiante entra en contacto con las paremias desde el
inicio de su formación lingüística; como afirman Díaz Ferrero y Monteiro-Plantin (2020, p.
107) "si se seleccionan gradualmente, de acuerdo con la frecuencia de uso y la correspondencia
formal y semántica, pueden contribuir al desarrollo de la competencia fraseológica de manera
natural". Se trata de crear las condiciones adecuadas para que el estudiante reciba el input
necesario que le permita familiarizarse con las paremias e ir desarrollando la competencia
latente y la competencia pasiva hasta alcanzar la competencia activa. Consiste en imitar en
cierta medida la exposición continuada a las paremias que tiene un hablante nativo con el
objetivo de fijarlas en su lexicón mental.
A partir del nivel intermedio se pueden realizar ejercicios de expresión o comprensión
con paremias más complejas. Un ejercicio muy productivo es crear marcos situacionales
(GARCÍA BENITO, 2020) para usar las paremias según su función pragmática y discursiva.
Para desarrollar la expresión escrita se puede sugerir una frase de comienzo o final de una
historia; por ejemplo, redactar un texto en portugués que empiece con la frase: Diz o provérbio
que Deus nozes a quem não tem dentes, e eu acredito porque..., o escribir un texto en
portugués que termine con la siguiente frase: É por isso que o povo diz que a justiça tarda, mas
não falha. Pueden realizarse también actividades de mediación oral o escrita. El MCER incluía
desde la edición de 2001 la mediación como una actividad lingüística:
La competencia lingüística comunicativa que tiene el alumno o usuario de la
lengua se pone en funcionamiento con la realización de distintas actividades
de la lengua que comprenden la comprensión, la expresión, la interacción o la
mediación (en concreto, interpretando o traduciendo) (CONSEJO DE
EUROPA, 2002, p. 14).
El volumen complementario del MCER desarrolla las actividades y estrategias de
mediación en las que el usuario actúa como intermediario entre interlocutores para posibilitar
la comunicación. Estas actividades se organizan en tres grupos: mediar textos, mediar conceptos
y mediar la comunicación, e incluyen tareas como resumir textos, describir información gráfica
o actuar como intermediario para facilitar la comunicación. Para conseguir la mediación, el
usuario tendrá que emplear diferentes estrategias y adecuarlas “a las convenciones, condiciones
y restricciones del contexto comunicativo” (CONSEJO DE EUROPA, 2021, p. 130). Estas
estrategias están directamente relacionadas con la forma en que la información se transmite al
destinatario y por tanto tienen muchos puntos en común con las estrategias de interpretación.
En este sentido, con los contextos del Mínimo paremiológico se pueden llevar a cabo
Ana María Díaz FERRERO
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actividades de interpretación pedagógica para familiarizar al estudiante con las paremias y las
estrategias de interpretación:
Paráfrasis textual: Transmitir en español la información de un discurso en
portugués que contiene paremias. Si no se consigue emplear una paremia equivalente en el
discurso de la lengua meta, se reformulará el mensaje empleando una paráfrasis. En estos casos
juega un papel primordial el proceso de desverbalización del mensaje inherente a la actividad
interpretativa.
Resumen de un texto: Transmitir en español la información fundamental de un
discurso en portugués que contiene paremias. Este ejercicio es especialmente útil para tomar
consciencia de la importancia de captar la idea esencial de un mensaje y puede combinarse con
ejercicios de toma de notas.
Por último, con estudiantes de nivel avanzado se puede trabajar con textos o discursos
que contengan paremias truncadas (filho de peixe...; grão a grão...) o desautomatizadas, es
decir, alteradas de modo consciente para adaptarlas al discurso o para provocar algún efecto en
el receptor del mensaje. Es el caso de este ejemplo de la paremia De grão em grão a galinha
enche o papo:
É desta forma que podemos politicamente contribuir com a sociedade
araraquarense, mantendo conversações e apresentando reivindicações aos
parlamentares que têm a possibilidade de emendar o orçamento do governo
paulista, e desta forma carrear recursos de suma importância. Como diz o
ditado, de grão em grão..., que traduzo desta forma, de emendas em emendas
conquistaremos o necessário para equacionar os problemas surgidos no dia a
dia, afirma Lapena (Câmara Municipal de Araraquara, 04-10-2013).
En estos casos hay que reconocer en primer lugar la paremia truncada o
desautomatizada, el significado y la intención pretendida al alterarla, y escoger en la lengua
meta una paremia equivalente modificada (si es posible) para conseguir un efecto similar
en el destinatario.
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Consideraciones finales
Tal y como ha quedado de manifiesto en este artículo, poseer una amplia red de
vocabulario y un buen dominio de UF (incluidas las paremias) en la lengua extranjera y sus
posibles correspondencias en la lengua materna amplía el abanico de posibilidades a la hora de
encontrar soluciones en el proceso de interpretación, es decir, le permite al intérprete disponer
de recursos necesarios para comprender el mensaje, así como poseer automatismos para
trasladarlo con rapidez a la lengua meta. Por lo tanto, la enseñanza de PLE en el ámbito de la
traducción y la interpretación debe contemplar el desarrollo de la competencia fraseo-
paremiológica.
Unos de los factores que se pueden tener en cuenta a la hora de seleccionar las paremias
que deben formar parte de la competencia paremiológica del estudiante de PLE es la frecuencia
de uso. En este sentido, hemos presentado el proyecto Mínimo paremiológico del portugués,
cuyas paremias son de gran utilidad para el desarrollo de la competencia paremiológica de
futuros traductores e intérpretes. Se trata de un corpus que recoge las paremias de uso más
frecuente en la lengua portuguesa actual, por lo que es muy probable que sean empleadas en
cualquier discurso o documento que tenga que ser traducido o interpretado.
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Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 9, n. esp. 1, e023029, 2023. e-ISSN: 2447-3529
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El mínimo paremiológico portugués, una herramienta útil para la formación lingüística del intérprete
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 9, n. esp. 1, e023029, 2023. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v9iesp.1.18644 16
CRediT Author Statement
Reconocimientos: Un especial agradecimiento al Instituto Cervantes, a las profesoras Julia
Sevilla Muñoz y María Teresa Zurdo Ruiz-Ayúcar, coordinadoras del proyecto Mínimo
Paremiológico, al profesor José Antonio Sabio Pinilla, coautor del Mínimo paremiológico
del portugués de Portugal y del Mínimo paremiológico del portugués de Brasil y a todos los
informantes que han participado en este estudio.
Financiación: Parte de este estudio ha sido financiado con ayudas del Plan Propio de
Investigación y Transferencia de la Universidad de Granada.
Conflictos de intereses: No hay conflictos de intereses.
Aprobación ética: Las encuestas llevadas a cabo para determinar el Mínimo Paremiológico
han sido realizadas con el consentimiento de los informantes.
Disponibilidad de datos y material: Los resultados del Mínimo paremiológico se
encuentran disponibles en la la serie «Mínimo paremiológico» de la Biblioteca
Paremiológica y Fraseológica del Centro Virtual Cervantes
(https://cvc.cervantes.es/lengua/biblioteca_fraseologica/minimo_paremiologico.htm).
Contribuciones de los autores: Autoría única.
Procesamiento y edición: Editora Iberoamericana de Educación - EIAE.
Corrección, formateo, normalización y traducción.
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 9, n. esp. 1, e023029, 2023. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v9iesp.1.18644 1
THE PORTUGUESE PAREMIOLOGICAL MINIMUM, A USEFUL TOOL FOR
INTERPRETERS' LINGUISTIC TRAINING
O MÍNIMO PAREMIOLÓGICO PORTUGUÊS, UMA FERRAMENTA ÚTIL PARA A
FORMAÇÃO LINGUÍSTICA DO INTÉRPRETE
EL MÍNIMO PAREMIOLÓGICO PORTUGUÉS, UNA HERRAMIENTA ÚTIL PARA LA
FORMACIÓN LINGÜÍSTICA DEL INTÉRPRETE
Ana María Díaz FERRERO1
e-mail: anadiaz@ugr.es
How to reference this paper:
FERRERO, A. M. D. The Portuguese paremiological
minimum, a useful tool for interpreters' linguistic training. Rev.
EntreLinguas, Araraquara, v. 9, n. esp. 1, e023029, 2023. e-
ISSN: 2447-3529. DOI:
https://doi.org/10.29051/el.v9iesp.1.18644
| Submitted: 07/10/2023
| Revisions required: 22/09/2023
| Approved: 16/10/2023
| Published: 20/11/2023
Editor:
Prof. Dr. Rosangela Sanches da Silveira Gileno
Deputy Executive Editor:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
University of Granada (UGR), Granada Spain. Professor of the Department of Translation and Interpretation.
Doctoral degree in Romance Philology (UGR).
The Portuguese paremiological minimum, a useful tool for interpreters' linguistic training
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 9, n. esp. 1, e023029, 2023. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v9iesp.1.18644 2
ABSTRACT: The translation of phraseological units in an interpreting process can be
complicated due to the immediacy that characterizes this activity. To facilitate this task, it is
essential to develop the phraseological component of the future interpreter's linguistic
competence, which allows the generation of automatisms in phraseological units and reduces
the cognitive effort of comprehension and production. How can this phraseological component
be developed, and which phraseologies should be included in Portuguese as a Foreign Language
(PFL)? Focusing on paremias, in this paper, we present the Portuguese paremiological
minimum project, a database that collects the most frequent paremias currently used in
Portuguese with their correspondence in Spanish. Due to their high frequency of use, these
paremias should be present in PFL programs to train future translators and interpreters in the
Portuguese-Spanish combination.
KEYWORDS: Phraseology. Paremiology. Interpretation. Paremiological minimum.
Portuguese as a Foreign Language (PFL).
RESUMO: A tradução de unidades fraseológicas em um processo de interpretação pode ser
complicada devido ao imediatismo que caracteriza essa atividade. Para facilitar essa tarefa, é
essencial desenvolver o componente fraseológico da competência linguística do futuro
intérprete, o que lhe permitirá gerar automatismos frente às unidades fraseológicas e reduzir
o esforço cognitivo de compreensão e produção. Agora, como desenvolver esse componente
fraseológico e quais fraseologismos incluir na sala de aula de língua portuguesa (PLE)? Com
foco nas parémias, apresentamos neste artigo o projeto Paremiologia Mínima do Português,
uma base de dados que coleta as parêmias mais frequentes atualmente em português com suas
correspondências em espanhol. Devido à sua alta frequência de uso, essas parémias devem
estar presentes em programas de EPP no âmbito da formação de futuros tradutores e
intérpretes na combinação português-espanhol.
PALAVRAS-CHAVE: Fraseologia. Paremiologia. Mínimo paremiológico. Interpretação.
Português como Língua Estrangeira (PLE).
RESUMEN: La translación de unidades fraseológicas en un proceso de interpretación puede
resultar complicado debido a la inmediatez que caracteriza esta actividad. Para facilitar esta
labor es fundamental desarrollar el componente fraseológico de la competencia lingüística del
futuro intérprete, lo cual le permitirá generar automatismos ante unidades fraseológicas, y
reducir el esfuerzo cognitivo de comprensión y de producción. Ahora bien ¿cómo se puede
desarrollar este componente fraseológico?, y ¿qué fraseologismos incluir en el aula de lengua
portuguesa (PLE)? Centrándonos en las paremias, en este trabajo presentamos el proyecto
Mínimo Paremiológico del portugués, una base de datos que recoge las paremias más
frecuentes actualmente en portugués con sus correspondencias en español. Por su elevada
frecuencia de uso, estas paremias deberían estar presentes en los programas de PLE en el
marco de formación de futuros traductores e intérpretes en la combinación portugués-español.
PALABRAS CLAVE: Fraseología. Paremiología. Mínimo paremiológico. Interpretación.
Portugués como Lengua Extranjera (PLE).
Ana María Díaz FERRERO
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 9, n. esp. 1, e023029, 2023. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v9iesp.1.18644 3
Introduction
The training of interpreters encompasses the development of various linguistic and
extralinguistic competencies, including linguistic, cultural, and thematic knowledge,
concentration ability, oratory skills, good memory, stress resistance, etc. Focusing on linguistic
competence, a thorough understanding of the working languages is "a prerequisite that students
must fulfill" (ALONSO; BAIGORRI, 2008, p. 5, our translation) to commence interpreter
training. It is evident that to perform this activity, one must possess an excellent command of
both the source and target languages (GILE, 1985; LAMBERT, 1991; JIMÉNEZ IVARS;
PINAZO CALATAYUD, 2002; MAGALHÃES, 2007). According to Meng (2017, p. 15), the
linguistic component is the most crucial aspect interpreters must develop: "Of the skills required
for an interpreter, linguistic competence is by far the most important aspect that plays a central
role in aiding their expression of ideas, i.e., the production of information." The International
Association of Conference Interpreters (AIIC) believes that interpreters must have excellent
command of both their native language and foreign languages: a polished command of their
native language across various registers and domains and complete mastery of their non-native
languages (AIIC, 2016).
It is unanimous that interpreters must have a high level of linguistic competence, but
what exactly does having an in-depth knowledge of the language mean? In addition to
orthographic, phonological, grammatical, and pragmatic knowledge, lexical-semantic aspects
play a central role, as they are fundamental in understanding the source text and retrieving
precise vocabulary for the expression of the target text. In this regard, Professor and interpreter
Jean Herbert, a pioneer in the analysis of interpretation practice and training, stated in his
Interpreter's Manual, published in 1952, that interpreters must possess a substantial amount of
vocabulary, memory, and mental agility to activate it (HERBERT, 1952, p. 5).
Within the lexical competence of interpreters, the phraseological-proverbial component
may be the least attended to by researchers even though knowledge of it is a fundamental aspect
of communicative competence. It provides resources that serve as a guarantee to find solutions
and reduce stress in the interpretation process. A study of the factors defining the linguistic
competence of French as language A, B, and C for interpreters concludes, among other
elements, that language B is characterized by precision in language use and the ability to
understand and produce a wide variety of phraseological expressions:
The Portuguese paremiological minimum, a useful tool for interpreters' linguistic training
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Language B can be distinguished from language C by a larger and more
precise vocabulary, the ability to understand and produce a variety of
idiomatic expressions and collocations, as well as cultural references and
metaphorsall qualities necessary to make a message accurate and smooth
for the listener when a retour is required (LOISEAU; DELGADO, 2021, p.
485, our translation).
Furthermore, this study indicates that the linguistic competence of the interpreter should
be placed in the upper sphere of reference frameworks for the acquisition and mastery of foreign
languages: the Common European Framework of Reference for Languages (CEFR) and the
Standards for Foreign Language Learning of the American Council on the Teaching of Foreign
Languages (ACTFL):
For interpreters (and consequently, interpretation candidates), only the highest
end of the spectrum of the two frameworks presented here, namely C2 in the
CEFR and 'Advanced-High,' 'Superior,' and 'Distinguished' according to
ACTFL (2012a), provides relevant guidance (LOISEAU; DELGADO, 2021,
p. 472, our translation).
If we analyze the descriptors of the Common European Framework of Reference for
Languages: Learning, Teaching, Assessment (CEFR), supplementary volume (CONSEJO DE
EUROPA, 2021), it can be observed that from level C1, the user possesses a broad lexical
repertoire and knows a wide variety of phraseological units (PU). Regarding lexical richness,
referred to in the supplementary volume as "lexical range," the CEFR provides the following
description for levels C1 and C2:
Lexical Scope
C2 Has a good command of a very extensive lexical repertoire, including
idiomatic and colloquial expressions; shows awareness of connotative levels
of meaning.
C1 Has a good command of a broad lexical repertoire that allows
compensating for deficiencies quickly through circumlocutions, hardly
noticeable when seeking expressions or using avoidance strategies. Selects
from various vocabulary options in almost all situations, using synonyms for
even less common words/signs. Has a good command of frequent idiomatic
and colloquial expressions; plays very well with words/signs. Understands
and uses appropriately the variety of technical vocabulary and idiomatic
expressions typical of their field (CONSEJO DE EUROPA, 2021, p. 145, our
translation).
It should be noted that the C2 level "does not imply native speaker competence or near-
native competence. The goal is to characterize the degree of precision, propriety, and ease in
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language use typifying the speech of bright learners" (CONSEJO DE EUROPA, 2002, p. 39,
our translation). In fact, in the supplementary volume of the CEFR (CONSEJO DE EUROPA,
2021, p. 47), it is stated that simultaneous interpretation professionals at European institutions
and professional translators far exceed the C2 level. North (2020), citing Wilkins (1978),
proposes including another level of competence, a seventh level, which would be that of
professional translators and interpreters.
Wilkins proposed seven levels incorporating the Threshold Level and the
midpoint toward it, Waystage, which had also been detailed. His upper level
was called "bilingual proficiency," the sophistication associated with
interpreters and translators. The Framework Working Group later took on its
first six levels (NORTH, 2020, p. 551, our translation).
In summary, the lexical component, along with phraseology, occupies a crucial place in
the linguistic skills of the interpreter and should be exercised so that the student is aware of the
importance and difficulty involved in its transmission, as adequate interpretation implies
understanding and transmitting PU: Adequate interpretation requires understanding commonly
used idiomatic expressions that occur in natural language (CREZEE; GRANT, 2013, p. 18).
The phraseological-proverbial component of linguistic competence
The term PU encompasses different types of more or less stable word combinations,
such as collocations (come out unscathed; emerge unharmed; media prestige), phrases (to plant
sweet potatoes; to have bats in the belfry), routine formulas (I don't care; see you later),
conversation markers (say there; what do you mean?; I think so too), stereotyped comparisons
(dark as pitch; deaf as a door), or proverbs (the pot calling the kettle black; God writes straight
with crooked lines; know thyself). The description and classification of these units have been
one of the most analyzed aspects by researchers (CASARES SÁNCHEZ, 1950; CORPAS,
1996; RUIZ GURILLO, 1997; VILELA, 2002; OLÍMPIO DE OLIVEIRA SILVA, 2007;
GARCÍA-PAGE, 2008; SEVILLA MUÑOZ; CRIDA ÁLVAREZ, 2013; MONTEIRO-
PLANTIN, 2014; MARTINS, 2020). For some authors, all these PUs are part of the field of
study of phraseology; others, however, distinguish between phraseology and paremiology. As
Sevilla Muñoz (2012-2013, p. 3, our translation) states, "The first is dedicated to the study of
stable expressions or phraseologies, including some stable statements without a sententious
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message; the second to stable, brief, and sententious statements, called proverbs." In this article,
we focus on proverbs, a term used as a hyperonym to designate these statements.
Following the classification established by Sevilla Muñoz and Crida Álvarez (2013),
proverbs are divided into two groups: proverbs of anonymous origin and popular use and, on
the other hand, proverbs of known origin and cultured use. The first group includes sayings
such as The apple doesn't fall far from the tree or drowning man will clutch at a straw, and
phrases or proverbial expressions like No one is born knowing everything or Put the cart before
the horse. The second group includes proverbs such as the last shall be first, which has biblical
origins, and aphorisms of literary, philosophical, or political origin, such as To err is human or
I know that I know nothing.
The difficulties that an interpreter must overcome when establishing equivalences for
Proverbial Units (PUs) can be of various types: associated with the total or partial unfamiliarity
with PUs in the source language or target language or derived from the specific characteristics
of each interpretative process, such as the speaker's idiolect and how the PU is embedded in
discourse, as well as the immediacy of interpretation, i.e., the lack of time to comprehend and
reformulate the discourse fully. To address these challenges, it is essential that, during their
linguistic training, interpreters develop interpretative strategies accompanied by
phraseological-proverbial competence. This competence enables them to understand the
maximum number of PUs in a discourse and have automated correspondences for quick
responses in the interpretative process. Possessing an extensive vocabulary streamlines the
process and allows for a balanced distribution of efforts to concentrate energy on discourse
elaboration.
Proverbs are present in speakers' communication. Thus, they should be integrated into
language teaching curricula. However, given the impossibility and inefficiency of studying the
entire paremiological heritage of a language, a selection must be made, and a methodology must
be applied according to the needs of the learner group, their level of knowledge, and learning
objectives. For an interpreter, having a good command of paremiology means comprehending
the proverbs used in a discourse and transferring the message to the target language using
appropriate proverbs for the context. We distinguish between active, passive, and latent
competence within paremiological competence. Passive competence is the ability to recognize
and correctly understand the meaning of speech; active competence is the ability to find
equivalence in the target language and incorporate the corresponding proverbs into discourse
elaboration, and latent competence is a concept introduced by Manuel Sevilla (2012), is the
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ability to intuit the meaning of certain proverbs having heard, read, or even used them
occasionally.
In the case of teaching Portuguese to Spanish speakers in the context of training future
interpreters, the methodology for developing the paremiological component will be adapted to
the needs of these students for acquiring competencies that allow them, for example, to
comprehend, analyze, and synthesize discourses containing proverbs, establish automated
correspondences from Portuguese to Spanish and from Spanish to Portuguese, as well as apply
appropriate interpretation strategies when encountering unfamiliar proverbs. Regarding the
selection of sayings for learning, Portuguese for Spanish speakers (EPP) students dedicating
themselves to interpretation should be familiar with, at least, those widely used in Portuguese
and their Spanish counterparts. In this regard, the corpus obtained from the research project "O
Mínimo Paremiológico do Português," a database gathering the most well-known and currently
used proverbs in the Portuguese language, proves to be highly useful.
The Paremiological Minimum of the Portuguese Language
The Paremiological Minimum is part of a research project on multilingual paremiology
supported by the Instituto Cervantes and coordinated by professors Julia Sevilla Muñoz and
María Teresa Zurdo Ruiz-Ayúcar from the Complutense University of Madrid. This
paremiological collection, whose results are published in the Paremiological and Phraseological
Library of the Centro Virtual Cervantes
2
, began with the work The Paremiological Minimum:
Theoretical and Methodological Aspects (ZURDO RUIZ-AYÚCAR; SEVILLA MUÑOZ,
2016, p. 17) and the Spanish Paremiological Minimum (SEVILLA MUÑOZ; BARBADILLO
DE LA FUENTE, 2021), and is being expanded to include other languages, particularly those
present in the Multilingual Proverb (SEVILLA MUÑOZ; ZURDO RUIZ-AYÚCAR, 2009).
Different techniques for data collection and analysis are applied to establish the paremiological
minimum with the highest possible degree of reliability in each language. In this way, its
presence is confirmed in documentary sources (press, literature, essays, etc.), and research is
conducted with native informants to verify the knowledge and active use of the proverbs. As
reflected in volume no. 1 of the Paremiological Minimum collection, the objective of this
project is:
2
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The development of a representative database of proverbs that, due to the
frequency of their occurrence in spoken and written discourse, can now be
considered a cultural heritage shared to a greater or lesser extent by the
sociolinguistic community (ZURDO RUIZ-AYÚCAR; SEVILLA MUÑOZ,
2016, p. 17, our translation).
For the Portuguese language, this research begins with the development of the
Paremiological Minimum of European Portuguese (DÍAZ FERRERO; SABIO PINILLA, in
press), and the Paremiological Minimum of Brazilian Portuguese is currently undergoing the
revision process. Consequently, through this research, specific proverbs are obtained from a
particular community, such as the case of apressado come cru (Brasil) or da Espanha nem bom
vento nem bom casamento
3
(Portugal); Differences in variants across different communities can
be analyzed, as seen in em briga de marido e mulher não se mete a colher (Brasil); entre marido
e mulher não se mete a colher
4
(Portugal); gato escaldado tem medo de água fria (Brasil); gato
escaldado de água fria tem medo
5
(Portugal) or working with proverbs that are common and
used throughout the Portuguese language, such as: é pior a emenda que o soneto
6
; quem ri por
último ri melhor
7
; olho por olho, dente por dente
8
; a união faz a força
9
, etc.
The proverbs in the Paremiological Minimum are presented in different ways, so the
information can be helpful for various purposes. They are organized alphabetically into three
groups, from the most to the least frequently used. Additionally, each proverb is organized in a
file following the model established in the Multilingual Proverb (SEVILLA MUÑOZ; ZURDO
RUIZ-AYÚCAR, 2009). It is a descriptive sheet with nine sections that include information
related to each proverb: literal translation, variants, key ideas, type of proverb, meaning,
synonyms, contexts, correspondence in Spanish, and observations. Example:
Proverb (One) swallow doesn't make a summer
(One) swallow doesn't make a summer
Literal Translation: Una golondrina (sola) no hace verano.
Variants: One swallow doesn't make a summer
Key Ideas: Collaboration Solidarity Deduction Clue
Type of paremia: Proverb.
Meaning: Generally used with an assertive and persuasive intention to indicate that you need to work or
collaborate as a team if you want to achieve certain goals. It can also be used to show that an isolated fact is not
3
A similar saying in English is “Fools rush in where angels fear to tread”.
4
A similar saying in English is Let two fighting dogs alone”.
5
A similar saying in English is “A burnt child dreads the fire”.
6
A similar saying in English is The remedy is worse than the disease”.
7
A similar saying in English is “He who laughs last, laughs best”.
8
A similar saying in English is “An eye for an eye and a tooth for a tooth”.
9
A similar saying in English is “Many hands make light work”.
Ana María Díaz FERRERO
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valid for establishing a particular norm or judging a person; It is necessary to observe a certain frequency or
regularity to make a judgment or prove a theory.
Synonym: Unity is strength; one hand washes the other (and both wash the face).
Context 1: So, ladies and gentlemen, dear José Wellington, thank you very much for offering me this microphone,
which is speaking to millions of people throughout Brazil. Perhaps some outside Brazil because this opportunity
is unique. It demonstrates that you have confidence in me. And rest assured, I am also here because I very much
respect Your Lordship.
To all, we are together. A lone swallow does not make summer, but all these swallows together have already
arrived. More than hope, I am sure that down the road, when I leave the Presidency, I will leave a country much,
much better than the one I received in January of last year. Because I am sure that this is God's will. (Speech by
the President of the Republic, Jair Bolsonaro, at the Thanksgiving Service for the life of Pastor Wellington Bezerra
da Costa, President of the Assemblies of God Churches of Brazil - São Paulo/SP, 05-10-2020).
Context 2: Pope Francis began a historic trip to the United Arab Emirates last Sunday.
Bishop Paul Hinder is the apostolic vicar of southern Arabia. As such, the Swiss Capuchin monk hosts the Pope
in Abu Dhabi, United Arab Emirates. Before Pope Francis's visit, ACN spoke with Bishop Hinder about tolerance
in everyday life, the lack of religious freedom, and expectations for the papal visit. Check out the full interview
below:
[...]
In conclusion, can the papal visit result in more than a shared cup of coffee and beautiful photos?
Bishop Hinder: What remains to be seen is whether the visit will leave any lasting impression. As we usually say,
one swallow does not make summer. Dialogue with another religion and its representatives takes time and patience,
and setbacks are inevitable (ACN, 04-02-2019) Available at: https://www.acn.org.br/emirados-arabes-abu-dhabi-
eu-nunca-experimentei-animosidade/
Correspondence in Spanish: La unión hace la fuerza; una golondrina no hace verano; una mano lava la otra (y
ambas lavan la cara).
Observations: Proverbs ou scratch my back and I’ll scratch yours/una mano lava la otra and and many hands
make light work/la unión hace la fuerza are partial synonyms, as they convey only the idea of solidarity or
cooperation. They are not used to indicate that an isolated case is insufficient to establish a pattern.
Source: Paremiological Minimum of Brazilian Portuguese.
The applications of Minimal Paremiology for training future translators and interpreters
are diverse: teaching Portuguese as a Foreign Language (PLE), instructing on sociocultural
aspects related to the worldview conveyed by proverbs, and specific translation and
interpretation exercises. As pointed out by different authors, sayings can be present from the
early levels of foreign language learning (ORTIZ ÁLVAREZ, 2008; SARACHO ARNÁIZ,
2016; VALERO FERNÁNDEZ, 2021). In the case of related languages, it is clearly feasible to
work with proverbs from the initial level, as many of them are similar in form and meaning.
Moreover, to facilitate understanding at lower levels, one can select those proverbs that
do not have a metaphorical sense (não faças aos outros o que não queres que te façam
10
) and
carry out exercises for vocabulary acquisition or simply activities to work on some grammatical
or discursive aspect, such as plural rules (para grandes males, grandes remédios
11
; os fins
justificam os meios
12
), verb conjugation (se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a
10
Do unto others as you would have them do unto you.
11
Desperate times call for desperate measures.
12
The ends justify the means.
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Maomé
13
; todos os caminhos vão dar a Roma
14
), comparative phrases (uma imagem vale mais
(do) que mil palavras
15
; mais vale prevenir (do) que remediar
16
) or pronunciation (pão, pão,
queijo, queijo
17
; o coração tem razões que a própria razão desconhece
18
). This way, the student
comes into contact with proverbs from the beginning of their linguistic education; as Díaz
Ferrero and Monteiro-Plantin (2020, p. 107, our translation) state, the frequency of use and
formal and semantic correspondence can contribute to the development of phraseological
competence in a natural way.It involves creating the appropriate conditions for the student to
receive the necessary input to become familiar with proverbs and develop latent and passive
competence until reaching active competence. To some extent, it consists of mimicking the
continuous exposure to proverbs that a native speaker has to fix in their mental lexicon.
From the intermediate level onward, exercises in expression or comprehension with
more complex proverbs can be carried out. A productive exercise is creating situational frames
(GARCÍA BENITO, 2020) o use proverbs according to their pragmatic and discursive function.
To develop written expression, a sentence can be suggested at the beginning or end of a story;
for example, write a text in Portuguese that starts with the sentence: The proverb says that God
gives nuts to those who have no teeth, and I believe because... or write a text in Portuguese that
ends with the following sentence That's why people say that justice may be delayed, but it does
not fail. Oral or written mediation activities can also be conducted. Since the 2001 edition, the
CEFR has included mediation as a linguistic activity:
The communicative linguistic competence of the learner or language user is
put into practice through the performance of various language activities,
including comprehension, expression, interaction, or mediation (particularly,
interpretation or translation) (CONSEJO DE EUROPA, 2002, p. 14, our
translation).
The accompanying volume of the CEFR develops mediation activities and strategies in
which the user acts as an intermediary between interlocutors to enable communication. These
activities are organized into three groups: text mediation, concept mediation, and
communication mediation, and include tasks such as summarizing texts, describing graphic
information, or acting as an intermediary to facilitate communication. To achieve mediation,
13
If the mountain will not come to Mohammed, then Mohammed must go to the mountain.
14
All roads lead to Rome.
15
An image is worth a thousand words.
16
Better safe than sorry,
17
Clear and straightforward.
18
The heart have reasons that reason itself doesn't know.
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the user must employ different strategies and adapt them "to the conventions, conditions, and
constraints of the communicative context" (CONSEJO DE EUROPA, 2021, p. 130, our
translation). These strategies are directly related to how information is conveyed to the receiver
and, therefore, have many commonalities with interpretation strategies. In this sense, with the
contexts of the Paremiological Minimum, pedagogical interpretation activities can be carried
out to familiarize the student with proverbs and interpretative strategies:
Textual paraphrase: Convey the information from a Portuguese speech containing
proverbs in Spanish. If it is not possible to use an equivalent saying in the target
language discourse, the message will be reformulated using a paraphrase. In these cases,
the process of de-verbalization of the message inherent to the interpretative activity
plays a fundamental role.
Summary of a text: Convey the fundamental information from a Portuguese speech
containing proverbs in Spanish. This exercise is especially useful to raise awareness of
the importance of understanding the essential idea of a message and can be combined
with note-taking exercises.
Finally, with advanced students, it is possible to work with texts or speeches that contain
truncated proverbs (like father, like son...; little by little...) or de-automatized, meaning
consciously altered to adapt them to the discourse or to cause some effect on the message
receiver. This is the case with this example of the proverb: look after the pennies and the pounds
will look after themselves
This is how we can politically contribute to the Araraquara society, engaging
in conversations and presenting claims to the lawmakers who can amend the
budget of the São Paulo state government and thus channel resources of
paramount importance. As the saying goes, little by little..., which I translate
in this context as, step by step, through amendments, we will achieve what is
necessary to address the problems that arise in our daily lives, asserts Lapena
(Câmara Municipal de Araraquara, 04-10-2013, our translation).
In these cases, it is necessary first to recognize the truncated or de-automatized proverb,
its meaning, and the intended intention of altering it, and choose an equivalent saying in the
target language modified (if possible) to achieve a similar effect on the recipient.
The Portuguese paremiological minimum, a useful tool for interpreters' linguistic training
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 9, n. esp. 1, e023029, 2023. e-ISSN: 2447-3529
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Final considerations
As shown in this article, having a broad vocabulary and a good command of formulaic
language (including proverbs) in the foreign language and its possible correspondences in the
native language expands the range of possibilities when finding solutions in the interpretation
process. That is, it gives the interpreter the necessary resources to understand the message and
the automatism to transfer it quickly into the target language. Therefore, teaching formulaic
language and proverbs in translation and interpretation should encompass the development of
phrase-proverbial competence.
One of the factors that can be taken into account in selecting the proverbs that should
be part of the formulaic competence of translation and interpretation students is the frequency
of use. In this regard, we present the project Minimal Paremiology of Portuguese, whose
proverbs are very useful for the development of the paremiological competence of future
translators and interpreters. It is a corpus that combines the most commonly used proverbs in
contemporary Portuguese, making it highly likely that they will be used in any discourse or
document that needs to be translated or interpreted.
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CRediT Author Statement
Acknowledgements: Special thanks to the Instituto Cervantes, to Professors Julia Sevilla
Muñoz and María Teresa Zurdo Ruiz-Ayúcar, coordinators of the Mínimo Paremiológico
project, to Professor José Antonio Sabio Pinilla, co-author of Mínimo paremiológico del
portugués de Portugal and Mínimo paremiológico del portugués de Brasil, and to all the
informants who participated in this study.
Funding: Part of this study has been funded with grants from the Plan Propio de
Investigación y Transferencia of the University of Granada.
Conflicts of interest: There are no conflicts of interest.
Ethical approval: The surveys carried out to determine the Paremiological Minimum were
conducted with the consent of the informants.
Data and material availability: The results of the Paremiological Minimum are available
in the "Mínimo paremiológico" series of the Biblioteca Paremiológica y Fraseológica of the
Centro Virtual Cervantes
(https://cvc.cervantes.es/lengua/biblioteca_fraseologica/minimo_paremiologico.htm).
Authors' contributions: Single authorship.
Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.
Proofreading, formatting, normalization and translation.