Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 1
RECURSOS DIGITAIS EM UM CURSO DE INGLÊS PARA FINS ESPECÍFICOS NO
IDIOMAS SEM FRONTEIRAS
RECURSOS DIGITALES EN UN CURSO DE INGLÉS PARA FINES ESPECÍFICOS
EN IDIOMAS SIN FRONTERAS
DIGITAL RESOURCES IN AN ENGLISH COURSE FOR SPECIFIC PURPOSES IN
LANGUAGES WITHOUT BORDERS
Debora CRISTOFOLINI1
e-mail: debcristofolini@furb.br
Cyntia BAILER2
e-mail: cbailer@furb.br
Como referenciar este artigo:
CRISTOFOLINI, D.; BAILER, C. Recursos digitais em um
curso de inglês para fins específicos no Idiomas sem Fronteiras.
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022,
2024. e-ISSN: 2447-3529. DOI:
https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797
| Submetido em: 10/12/2023
| Revisões requeridas em: 25/03/2024
| Aprovado em: 11/04/2024
| Publicado em: 28/05/2024
Editora:
Profa. Dra. Rosangela Sanches da Silveira Gileno
Editor Adjunto Executivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Universidade Regional de Blumenau (FURB), Blumenau SC Brasil. Licenciada em Pedagogia (Centro
Universitário Leonardo da Vinci, 2010), em Letras Português e Inglês (FURB). Mestre no Programa de Pós-
graduação em Educação da FURB e professora de Língua Inglesa na Rede Municipal de Ensino de Indaial/SC.
2
Universidade Regional de Blumenau (FURB), Blumenau SC Brasil. Licenciada em Letras Português e Inglês
(FURB). Mestre em Letras (Inglês e Literatura correspondente) pela UFSC (2011). Doutora em Estudos da
Linguagem. Professora no Departamento de Letras e no Programa de Pós-graduação em Educação da FURB.
Recursos digitais em um curso de inglês para fins específicos no Idiomas sem Fronteiras
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 2
RESUMO: Recursos digitais ganharam proeminência diante da pandemia da COVID-19,
substituindo rapidamente as aulas presenciais por ambientes on-line e híbridos. Este estudo tem
por contexto o “Idiomas sem Fronteiras” (IsF), que oferta cursos de línguas para fins específicos
à comunidade universitária visando desenvolver e capacitar sua proficiência linguística, assim
como formar professores de línguas para internacionalização. Este artigo apresenta um recorte
de uma dissertação, e aqui objetivamos identificar recursos digitais utilizados por professores
em formação no IsF em aulas de inglês para fins específicos. Os dados, de natureza qualitativa,
originam-se da observação participante em encontros de formação pedagógica e cursos
ministrados por professores em formação, bem como de anotações em diário de campo. A
partir das observações, foi possível identificar os recursos utilizados no curso, compreender o
uso dessas ferramentas e as habilidades que foram desenvolvidas com o seu uso no decorrer
das aulas.
PALAVRAS-CHAVE: Idiomas sem Fronteiras. Recursos Digitais. Speaking e Listening.
RESUMEN: Los recursos digitales ganaron prominencia durante la pandemia de Covid-19,
sustituyendo rápidamente las clases presenciales por entornos online e híbridos. Este estudio
tiene como contexto el Idiomas sin Fronteras (IsF), que ofrece cursos de idiomas específicos
para la comunidad universitaria, con el propósito de desarrollar habilidades lingüísticas y
formar profesores para la internacionalización. Este artículo presenta un recorte de una
disertación, y aquí pretendemos identificar los recursos digitales utilizados por profesores en
formación del IsF en las clases de inglés con fines específicos. De naturaleza cualitativa, los
datos provienen de observación participante en encuentros de formación pedagógica y cursos
dirigidos por profesores en formación, así como de anotaciones en un diario de campo. A partir
de las observaciones fue posible identificar los recursos utilizados en el curso, comprender el
uso de estas herramientas y las habilidades que se desarrollaron a través de su uso durante las
clases.
PALABRAS CLAVE: Idiomas sin Fronteras. Recursos digitales. Habla y escucha.
ABSTRACT: Digital resources gained prominence during the COVID-19 pandemic, swiftly
replacing face-to-face classes with online and hybrid environments. This study is set within the
context of “Idiomas sem Fronteiras” (Languages without Borders, IsF), which offers language
courses for specific purposes to the university community aimed at developing and enhancing
their linguistic proficiency, as well as training language teachers for internationalization. This
article presents a segment of a dissertation, aiming to identify digital resources used by
teachers in training at IsF in English for Specific Purposes (ESP) classes. The data, of a
qualitative nature, originate from participant observation in pedagogical training meetings and
courses taught by teachers in training, as well as from field diary notes. From the observations,
it was possible to identify the resources used in the course, understand the use of these tools,
and the skills that were developed through their use during the classes.
KEYWORDS: Languages without Borders. Digital Resources. Speaking and Listening.
Debora CRISTOFOLINI e Cyntia BAILER
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 3
Introdução
Os recursos tecnológicos têm desempenhado um papel relevante na educação e diante
da pandemia da COVID-19, permitiram que as aulas fossem adaptadas, em virtude da
necessidade de distanciamento social, das práticas presenciais para ambientes online e híbridos.
Com o crescimento rápido no uso de recursos tecnológicos na educação, surgiram também
novos desafios.
Com a globalização e a internacionalização do ensino superior das universidades
(Sarmento et al., 2016), o interesse em aprimorar a proficiência linguística se tornou mais
evidente no cenário educacional brasileiro. O IsF visa desenvolver e capacitar a proficiência
linguística da comunidade acadêmica, assim como formar professores de línguas para
internacionalização. Nesse contexto, este artigo apresenta um recorte de uma dissertação de
mestrado defendida em março de 2023, e aqui objetivamos identificar recursos digitais adotados
por professores em formação no Idiomas sem Fronteiras (IsF) em aulas de língua inglesa para
fins específicos na Universidade Regional de Blumenau (FURB).
O FURB IsF iniciou suas atividades no segundo semestre de 2017 (Kuroski, 2020). Tem
especialista credenciada à rede e, devido ao apoio institucional, não interrompeu suas atividades
durante a pandemia. Em março de 2020, a FURB parou por três dias e passou a oferecer as
aulas mediadas por tecnologias. E desde 2022, os cursos do IsF são ofertados no modelo Onlife
(Moreira; Schlemmer, 2020), ou seja, com aulas presenciais e via Microsoft Teams, ficando à
escolha do estudante participar presencial ou remotamente.
Cada curso IsF tem ementa de acordo com objetivos específicos para o desenvolvimento
das quatro habilidades linguísticas: listening, speaking, reading e writing. Os participantes são
agrupados em dois grandes níveis de proficiência: Essentials, representa o nível básico, estágio
inicial de aprendizagem (A1 e A2), e Expansion, nível intermediário (B1 e B2) e avançado (C1
e C2), que indicam um uso mais independente da língua (Council Of Europe, 2020).
De natureza qualitativa (Flick, 2009), esta investigação observa de forma aprofundada
um contexto específico (Bogdan; Biklen, 1994), o FURB IsF. Utilizamos dados provenientes
da observação participante com notas em diário de campo de encontros de formação pedagógica
semanal e de curso de inglês para fins específicos intitulado Listening & Speaking: como
sobreviver à vida acadêmica”, ministrado no modelo Onlife. Buscamos identificar recursos
tecnológicos utilizados por professores em formação no IsF nas aulas do curso, categorizando-
os conforme Manning e Johnson (2011) (a ser detalhado na seção subsequente).
Recursos digitais em um curso de inglês para fins específicos no Idiomas sem Fronteiras
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 4
Neste trabalho, ressaltamos o uso de recursos digitais no ensino de línguas,
especificamente para o desenvolvimento do speaking e listening, pois recursos tecnológicos
podem auxiliar tanto o docente em suas práticas pedagógicas quanto o discente no processo de
aprendizagem. Feita essa breve introdução, apresentamos o referencial teórico que embasou a
análise dos dados gerados nesta investigação. Na sequência, expomos brevemente os resultados
e os discutimos à luz da literatura, e ao final, tecemos considerações.
Referencial teórico
Os recursos tecnológicos fazem parte do nosso cotidiano em diversas práticas sociais.
Com a pandemia da COVID-19, seu uso ficou mais visível, que as atividades educacionais,
para respeitar as demandas sanitárias, foram adaptadas. Nas palavras de Có, Amorim e Finardi
(2020, p. 116),
O distanciamento social promovido pela pandemia fez com que o processo de
ensinar a ensinar e de aprender a aprender, com apoio das tecnologias, fosse
acelerado e descentralizado, quebrando os muros (e autoridades) das
instituições de ensino responsáveis por essa formação. Assim, o que antes era
uma proposta hipotética ou até mesmo rejeitada de ensino virtual ou híbrido,
tornou-se uma realidade, assim como nossa realidade também se hibridizou
numa realidade/virtualidade.
Esse panorama escancarou ainda mais fragilidades na educação brasileira, sendo
necessário desencadear processos educativos destinados a melhorar e a desenvolver a
qualidade profissional dos professores que, claramente, neste momento, foram apanhados de
surpresa” (Moreira; Schlemmer, 2020, p. 28). Assim, uma urgência por políticas públicas
que se voltem para a formação inicial e continuada para que professores desenvolvam e
implementem práticas pedagógicas apropriadas à inserção tecnológica com qualidade no
processo de ensino e aprendizagem. Nesse sentido, a Base Nacional Comum Curricular (Brasil,
2018, p. 9) destaca, na quinta competência geral, a necessidade de o estudante
Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e
comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas
práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e
disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e
exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
Debora CRISTOFOLINI e Cyntia BAILER
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 5
Nesse contexto, escolher e ter à disposição recursos adequados tornou-se um grande
desafio para os professores. A inclusão das tecnologias digitais não pode implicar na simples
troca do quadro pela tela, na mera transmissão de conteúdos centrada no professor (Moreira;
Schlemmer, 2020). Compreendemos que a inserção de recursos tecnológicos deve envolver o
desenvolvimento de práticas educativas significativas para os estudantes, centro do processo
educacional. E para isso destacamos o papel dos educadores como mediadores e curadores de
todo o material disponível virtualmente (Garcia; Secone; Santos, 2021).
Com o intuito de auxiliar professores na seleção de recursos tecnológicos apropriados,
Manning e Johnson (2011) sugerem uma classificação, para fins educacionais, em cinco
categorias: (1) ‘Ferramentas para ajudar e manter-se organizado’; (2) ‘Ferramentas para
comunicar e colaborar’; (3) ‘Ferramentas para apresentar conteúdo’; (4) ‘Ferramentas para
ajudar na avaliação da aprendizagem’; e (5) ‘Ferramentas para ajudar a transformar sua
identidade’. Para os fins deste trabalho, nos concentramos nas categorias 2, 3 e 4.
Ferramentas para comunicar e colaborar atuam como um apoio às discussões em sala,
permitindo que docentes e discentes possam dialogar e contribuir coletivamente para a
construção e o enriquecimento do conhecimento. As tecnologias têm revolucionado a forma
como e quando nos expressamos e esses recursos buscam evitar que os sujeitos se sintam
isolados e solitários no âmbito nos ambientes virtuais.
Como aprender envolve atenção e memória (Tokuhama-Espinosa, 2014) e cada
indivíduo é único, com seus conhecimentos prévios e experiências, as informações podem ser
apresentadas de diferentes formas, a partir de textos escritos para ler, textos orais para ouvir,
atividades para manipular objetos e recursos. Nesse sentido, Ferramentas para apresentar
conteúdo oportunizam a explanação do tema da aula, do conteúdo do curso de diferentes
maneiras, por exemplo, por meio de textos, imagens, áudio e vídeo. Essas ferramentas podem
atender estudantes com necessidades específicas, como deficiência visual ou auditiva, bem
como aqueles que apresentam dificuldades no processo de aprendizagem.
Na categoria Ferramentas para ajudar na avaliação da aprendizagem, como o próprio
nome diz, estão recursos que auxiliam o educador na avaliação da aprendizagem dos seus
estudantes. Manning e Johnson (2011) sustentam que avaliações devem ser concebidas de
acordo com as metas e objetivos do curso e o resultado precisa ser algo mensurável e visível.
Manning e Johnson (2011) citam exemplos de uma variedade de recursos tecnológicos
e ressaltam seu uso adequado na prática docente. Para cada ferramenta, apresentam
questionamentos que auxiliam na análise de qual recurso tecnológico poderá ajudar a alcançar
Recursos digitais em um curso de inglês para fins específicos no Idiomas sem Fronteiras
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 6
os resultados desejados. Os autores apresentam as ferramentas, sua finalidade e como são
utilizadas; expõem o problema que poderá ser solucionado; mencionam o público-alvo; indicam
o nível dos recursos; apontam se demandam a utilização de algum equipamento especial;
destacam a importância de ler as instruções cuidadosamente acerca da segurança/proteção;
verificam a acessibilidade tecnológica dos estudantes; identificam vocábulos desconhecidos;
socializam um exemplo de prática educativa com o instrumento digital no contexto do ensino
fundamental I e no ensino superior; e indicam suporte online caso haja necessidade.
Para escolher quais recursos utilizar, docentes devem levar em conta seu conhecimento
em relação aos alunos, suas capacidades e atitudes, bem como ter clareza quanto aos problemas
a resolver e objetivos a alcançar com a utilização dos recursos. Conforme Manning e Johnson
(2011), ao resolver um problema utilizando recursos tecnológicos, começamos a adequar a
ferramenta à nossa abordagem pedagógica. Por exemplo, ao ensinar um aluno a ler, o docente
pode utilizar textos como ferramentas. Ao longo dos anos as ferramentas têm evoluído, mas
não a prática em adequar a pedagogia com relação ao processo de ensino e aprendizagem.
Nesse contexto, é válido ressaltar que as tecnologias sempre fizeram parte dos espaços
educacionais com o intuito de facilitar os processos pedagógicos, como a lousa, o giz e o livro
didático. Moran (2003, p. 153) esclarece que
[...] são os meios, os apoios, as ferramentas que utilizamos para que os alunos
aprendam. A forma como organizamos em grupo, em salas, em outros
espaços: isso também é tecnologia. O giz que escreve na lousa é tecnologia de
comunicação, e uma boa organização de escrita facilita muito a
aprendizagem. A forma de falar, gesticular, de falar com os outros: isso
também é tecnologia. O livro, a revista, o jornal, o gravador, o retroprojetor,
a televisão, o vídeo são tecnologias importantes e também muito mal
utilizadas, em geral.
Entretanto, a utilização de recursos tecnológicos digitais se tornou um grande desafio,
escancarado na pandemia, que muitos professores não se sentiam preparados para tal
demanda. Assim, é imperativo que os recursos disponíveis nos ambientes escolares não sejam
negligenciados, e sim utilizados para oportunizar a construção de conhecimento dos estudantes.
Almeja-se a superação por parte dos educadores das antigas práticas adaptando às atuais,
alcançando os objetivos impostos pela educação moderna a curto prazo. Assim, neste trabalho,
o enfoque recai sobre o uso de recursos digitais e sua inserção no ambiente educacional
pesquisado, aliadas ao processo de aprendizagem da língua inglesa. A seguir, apresentamos
brevemente os resultados e os analisamos à luz da literatura.
Debora CRISTOFOLINI e Cyntia BAILER
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 7
Resultados e análise
Em relação à categoria Ferramentas para comunicar e colaborar, notamos o uso da
plataforma Microsoft Teams, do ambiente virtual de aprendizagem da FURB AVA3,
customizado a partir do Moodle, e do WhatsApp. No Teams, é possível estabelecer grupos e
ambientes educacionais que congregam alunos e professores em um único local,
simultaneamente, apesar da distância física entre eles. Este recurso possibilita lecionar aulas
síncronas, gravar e realizar upload de vídeos, interagir por meio do chat, editar documentos,
organizar materiais por turmas e disciplinas, conferir a presença de todos os alunos, promover
acessibilidade a partir de recursos de tradução de mensagens, entre outros.
Esse recurso foi utilizado pela universidade e pelo IsF para transmitir as aulas em tempo
real e proporcionar interação entre professor e estudante por meio de áudio, de vídeo e do chat.
Em 2022, o IsF optou por ministrar as aulas no modelo Onlife, continua usufruindo deste
recurso tecnológico para a condução dos cursos, o que permite o desenvolvimento das
habilidades linguísticas e os estudantes podem optar, pela forma que desejam participar,
presencial ou remotamente. Ainda, realiza-se a gravação das aulas, permitindo que os
estudantes acessem, revejam ou assistam à aula em caso de não comparecimento em tempo real.
O excerto 1, advindo do diário de campo, demonstra que o recurso de gravação disponível no
aplicativo, também, é empregado para a prática da pronúncia, neste caso de palavras.
Para os estudantes que faltaram, deverão assistir à gravação da aula e gravar um áudio via Whatsapp
focando na pronúncia das palavras que não conheciam dos slides das silent letterse enviar para a
professora.
Excerto 1 - diário de campo (12.03.2022).
Na aula em questão, a professora em formação explicou sobre os processos de escuta
processes in listeningcom exemplos de situações do cotidiano, como, ouvir música, assistir
vídeos, escutar uma piada ou até mesmo palestras, bem como foram dadas algumas dicas
referentes a esse processo. Em seguida, foram apresentadas as silent letters com vários
exemplos de palavras, frases e a pronúncia de cada uma delas. A atividade de pronúncia foi
realizada de forma que todos tinham que repetir em voz alta após terem ouvido o docente. No
caso dos estudantes que não puderam estar presentes em tempo real, tiveram a oportunidade de
assistir à aula posteriormente e ainda gravar sua fala para feedback posterior do docente. Nas
palavras de Rael (2020, p. 39), “Essa atividade pode ser feita individualmente ou em pequenos
grupos, e auxilia na percepção de desvios tanto de pronúncia como de outras estruturas da
Recursos digitais em um curso de inglês para fins específicos no Idiomas sem Fronteiras
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 8
língua”. Inclusive, pode ser sugerido aos estudantes como um exercício fora do ambiente
educativo para terem percepção da sua própria pronúncia e busquem aprimorá-la.
Em relação à categoria Ferramentas para apresentar conteúdo, observamos o uso do
software PowerPoint para exibição de conteúdos e atividades do curso; de dicionários
monolíngues e bilíngues online (Lexico, Linguee, Macmillan), para pesquisa de vocábulos
desconhecidos, exemplos de frases com o uso da palavra e averiguação de pronúncia; do
website Google Imagens para pesquisar conteúdo de imagem; do website American English
para pesquisar materiais para desenvolver as quatro habilidades, e das plataformas Youtube e
TED Talks, para aprender com vídeos e palestras (com ou sem legenda).
O programa Microsoft PowerPoint oferece acesso à ferramenta para criação e edição de
apresentações gráficas, com a finalidade de exibir um determinado tema, na qual é possível usar
imagens, sons, textos e vídeos, assim como inserir animações de diversas formas. O recurso,
também, disponibiliza modelos de apresentação, vários objetos gráficos e inúmeros efeitos e
combinações de slides. Logo, este é um instrumento bastante utilizado pelos professores em
sala de aula, tornando-se um diferencial, com o intuito de atrair a atenção dos alunos.
Durante a observação dos momentos de formação pedagógica realizados com a
coordenadora e os professores em formação, responsáveis pela condução dos cursos, foi
possível o acompanhamento dos planejamentos das aulas. Assim, os docentes criavam suas
apresentações acerca dos conteúdos e das atividades semanalmente usufruindo do software
PowerPoint e de todos os seus recursos, pensando sempre em proporcionar aulas mais
interessantes para que os alunos se sentissem estimulados e abertos para participar e aprender.
No processo de aprendizagem de uma língua, ao utilizar um dicionário bilíngue, o
aprendiz emprega a competência da sua língua materna para buscar a informação no dicionário,
ele conhece os significados e usos dos vocábulos de sua própria língua, não precisa de
determinadas informações sobre ela, mas necessitará sempre de maiores informações sobre a
língua estrangeira” (Carvalho, 2003, p.1), tendo como exemplo o Linguee que disponibiliza a
pesquisa em diversas línguas. os monolíngues oferecem a oportunidade de aprender novas
palavras por meio da própria língua, como é o caso do Lexico e Macmillan que estão em inglês.
Os três serviços online foram apresentados aos estudantes como excelentes ferramentas de
busca que permitem encontrar significados, pronúncias, sinônimos, colocações, expressões
idiomáticas e até imagens, vídeos e efeitos sonoros. Além disso, houve o acesso a esses sites
em alguns momentos da aula para sanar dúvidas que surgiam durante a explicação do conteúdo
Debora CRISTOFOLINI e Cyntia BAILER
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 9
e a realização das atividades, bem como a explicação de como realizar a pesquisa e a exibição
de todos os recursos existentes.
O serviço de pesquisa Google Imagens, também, foi bastante acessado durante as aulas
com o propósito de pesquisar por conteúdos de imagem, visto que são textos e representam
eventos de comunicação que desenvolvem suas funções no processo de ensino e aprendizagem.
Nas palavras de Colet (2019, p. 52), “[...] a cultura visual para a construção da aprendizagem
de LI pode configurar-se como possibilidade para que as aulas se aproximem do contexto do
aluno e sejam mais críticas e criativas”. Além dos dicionários online, o Google Imagens também
foi utilizado para sanar dúvidas de vocábulos. A título de exemplo, o excerto 2, do diário de
campo, apresenta um episódio em que os estudantes estavam realizando uma warm up
3
,
atividade de aquecimento, sobre pratos que eram possíveis fazer com alimentos sorteados como
ingrediente. Um aluno postou a lista dos pratos em que a carrot (cenoura) foi sorteada como
ingrediente e na sua lista havia carrot burgers (hambúrguers de cenoura), e como muitos não
conheciam, o Google Imagens foi acessado para averiguar.
O curso iniciou com a warm up “Things you can do with potato ... carrot”, na qual os alunos tiveram
dois minutos para fazer listas de pratos tendo esses alimentos como ingredientes. Após a postagem da
lista no chat, cada estudante realizou a leitura das suas palavras. Esta atividade proporcionou um
momento de diálogo, pois os alunos fizeram vários comentários durante a leitura e a professora fez
alguns questionamentos. Com o uso do dicionário online Lexico
https://www.lexico.com/en/definition/gnocchi foi possível tirar algumas dúvidas sobre pronúncia e
aprender novos vocábulos. Assim como, foi utilizado o Google Imagens
https://www.feiticeirafit.com.br/receita/hamburguer-saudavel-de-cenoura e o YouTube para conhecer
alguns pratos à base desses vegetais.
Excerto 2, diário de campo (26.03.2022).
O website American English também foi utilizado no planejamento dos professores, pois
proporciona uma diversidade de materiais e recursos para o desenvolvimento profissional
docente e discente, além de disponibilizar formas de praticar o idioma desenvolvendo as quatro
habilidades e explorar mais sobre os Estados Unidos. No excerto 3, apresentamos um trecho do
diário de campo no qual é possível visualizar o contexto ao usufruir os materiais e recursos do
site para explicar sobre fonética e fonologia.
3
Atividades de warm-up são atividades tradicionalmente usadas nas aulas de língua inglesa para ‘quebrar o gelo’,
para engajar os estudantes em um determinado propósito. Essas atividades baixam o filtro afetivo dos estudantes,
ativam conhecimentos prévios e envolvem os estudantes em interações com propósitos específicos (Kuroski, 2020,
p. 81).
Recursos digitais em um curso de inglês para fins específicos no Idiomas sem Fronteiras
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 10
Foi apresentado os tipos de “berriescom o auxílio do Google Imagens quando foi mostrada a palavra
raspberry”. A professora aproveitou o momento para explicar sobre fonética quando apareceu a
transcrição fonética da palavra Arkansas, em especial word stress (tonicidade) da palavra. Explicou a
palavra desert que pode ser pronunciada de duas formas de acordo com seu significado, como o
substantivo “deserto” e o verbo “desertar”, exemplos retirados do site https://americanenglish.state.gov/.
Assim como as palavras photograph, photographer e photographic, que são palavras com mais sílabas,
mais longas.
Excerto 3, diário de campo (19.03.2022).
Fonte: dado coletado do PowerPoint, material utilizado pela professora em formação no curso.
Observamos na aula o enfoque em algo desafiador aos aprendizes da língua inglesa, já
que Pronunciar uma língua estrangeira pode ser um desafio que envolve muito mais do que
apenas saber onde colocar sua língua
4
(Godoy et al., 2006, p. 17, tradução nossa). Ao
proporcionar momentos cujo foco está no Alfabeto Fonético Internacional (AFI), na transcrição
fonética das palavras e word stress (tonicidade), o auxílio do material visual e da explicação do
professor facilita o entendimento de como aprender a pronunciar melhor as palavras em inglês,
bem como a manusear corretamente os dicionários.
Ainda como Ferramentas para apresentar conteúdo, as plataformas Youtube e TED
Talks foram utilizadas pelos professores em formação como atividades complementares nas
aulas do IsF com a finalidade de aprimorar as habilidades, especialmente, de listening dos
estudantes. No Youtube é possível assistir, criar e divulgar conteúdos audiovisuais por meio do
acesso à internet, assim como não é preciso baixar os vídeos publicados para assisti-los e sim,
estar conectado.
Já na plataforma TED Talks, são disponibilizadas palestras curtas de grande relevância
na área de tecnologia, educação e design (TED), que foram traduzidas para vários idiomas.
Pessoas que se destacam em suas áreas de atuação são convidadas para discorrer sobre suas
ideias. As duas plataformas digitais disponibilizam o recurso de transcrição do vídeo no qual é
possível escolher o uso de legendas, o idioma e a velocidade da reprodução, facilitando o
entendimento de uma conversa. O excerto 4, do diário de campo, apresenta uma situação em
4
Do original: Pronouncing a foreign language can be a challenge that involves a lot more than just knowing
where to put your tongue.”
Debora CRISTOFOLINI e Cyntia BAILER
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 11
que o uso de um vídeo do canal TED Talk foi incentivado para a realização de uma tarefa, na
qual os estudantes tinham que assisti-lo e tomar notas sobre elementos que achavam relevantes
para socializar no próximo encontro. A professora em formação aproveitou o momento para
explicar sobre o recurso de legenda e a possibilidade de escolher a velocidade do áudio de
acordo com o nível de proficiência do aluno.
A professora retomou o vídeo TED Talk The power of listening”, pois ficou como tarefa assistir ao
vídeo e realizar anotações importantes. Explicou que é possível assistir aos vídeos do TED Talks com
legenda em inglês e português e escolher a velocidade do áudio, formas de assistir conforme a
proficiência da pessoa. “Esta palestra foi dada num evento TEDx local, produzido independentemente
das Conferências TED. William Ury explica como escutar é essencial, e geralmente negligenciado,
como metade de comunicação. Suas histórias de conversas sinceras com presidentes e líderes
empresariais nos fornecem lições impactantes, tais como entender o poder da mente humana ao se
abrir. William Ury, cofundador do Programa de Harvard em Negociação, é um dos especialistas em
negociação mais conhecidos e influentes do mundo. Ele é coautor de "Como chegar ao sim", o livro
sobre negociação mais vendido do mundo; ele ensinou negociação a milhares de pessoas, prestou
serviços de consultoria para dezenas de grandes empresas e foi consultor para a Casa Branca”.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=saXfavo1OQo. Acesso em 19 mar. 2022.
Excerto 4, diário de campo (19.03.2022).
Ao acionar este recurso, o estudante de qualquer idioma pode ver, ouvir e ler ao mesmo
tempo, desenvolvendo simultaneamente três habilidades específicas. O uso de vídeos dessas
plataformas tem sua relevância nos contextos de ensino da língua inglesa, pois são materiais
autênticos interessantes para o desenvolvimento da comunicação oral, colocando o aluno em
contato real com o idioma (Silva; Pinto, 2021). Do mesmo modo, por meio das atividades
audiovisuais, é possível tornar um ambiente de aprendizagem significativo e motivador ao
aprendiz.
Em relação à categoria Ferramentas para ajudar na avaliação da aprendizagem, foi
observada a utilização do Microsoft Office Forms para a criação de questionários e de
formulários de registro; do website Lyrics Training, para a prática das habilidades de listening,
writing e reading de forma lúdica e motivadora por meio de músicas; do website Mentimeter,
para coletar respostas e gerar nuvens de palavras; e do website Learnhip Story Cards, para
possibilitar a prática oral de narração de histórias utilizando imagens.
Com o Microsoft Forms, é possível criar testes e quizzes, formulários de pesquisas,
questionários e votação, além de ser de fácil acesso, via link, para as pessoas responderem
usando um navegador da Web ou aparelho móvel. É possível aprimorá-los adicionando uma
imagem ou logotipo no cabeçalho, exibir imagens ou vídeos ao lado de cada questão, escolher
os tipos de questões, discursivas ou optativas, entre outras funções. Os resultados podem ser
Recursos digitais em um curso de inglês para fins específicos no Idiomas sem Fronteiras
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 12
conferidos em tempo real conforme são enviados, visualizados em formato de gráficos e
exportados para o Excel, com a possibilidade de verificar o tempo de realização da atividade.
Durante a observação de encontros de formação pedagógica e aulas, constatou-se que,
nos cursos do IsF, o processo avaliativo é contínuo e seu foco não se restringe à atribuição de
notas classificatórias, mas visa à construção de conhecimento significativo que contribua para
o desenvolvimento humano e autônomo dos estudantes. Assim, as atividades avaliativas são
percebidas pelos professores como oportunidades de reflexão sobre a eficácia da prática
pedagógica adotada, servindo para apoiar o progresso e o crescimento do aluno em sua
capacidade de viver autonomamente em sociedade. Na primeira aula do curso observado, a
professora em formação apresentou os objetivos do IsF e do curso em questão, detalhando a
ementa, a organização das aulas, o calendário e os métodos de avaliação.
O enfoque do curso recaiu sobre o desenvolvimento das habilidades de listening e
speaking e a ementa contemplou os objetivos de compreender e desenvolver a produção oral de
comunicações acadêmicas, como se comportar diante de uma apresentação de trabalho em
eventos acadêmicos internacionais, palestras e aulas. Dessa forma, um dos conteúdos abordados
foram os processos de escuta processes in listening que integra a explicação das silent letters
from A-Z, que são letras silenciosas que aparecem na escrita, mas quando pronunciamos a
palavra, elas não têm som. Também, estratégias de compreensão auditiva, as Listening
comprehension strategies, foram abordadas, com foco no Note Taking, uma estratégia de
organização de informações com os seguintes tópicos: cue, notes e summary, que pode ser usada
durante uma aula, uma palestra ou ao assistir um vídeo. O excerto 5 exemplifica como a
primeira avaliação foi elaborada pelos professores em formação ao optarem pelo uso do
Microsoft Forms e seus recursos.
Em seguida, foi perguntado aos alunos What do you remember about our listening classes?”. Foi
realizada a revisão do conteúdo visto até o momento para prosseguir com o quiz. A professora explicou
cada questão da avaliação e tirou as dúvidas dos alunos. A avaliação foi elaborada com a ferramenta
Office Forms e continha vinte questões, dentre elas, questões objetivas, discursivas e questões de
listening com o uso de áudio. O tempo estimado para a realização foi de uma hora, das 9h30 às 10h30.
Excerto 5, diário de campo (26.03.2022).
A avaliação foi elaborada com seções no formato quiz com quatro perguntas de múltipla
escolha sobre os processes in listening, seis de preenchimento com respostas curtas sobre as
silent letters, duas de múltipla escolha e uma discursiva após assistir a um vídeo acerca da
estratégia de Note Taking e cinco de múltipla escolha referente à seção de listening com a
Debora CRISTOFOLINI e Cyntia BAILER
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 13
inserção de um áudio no quiz. Acreditamos que esse recurso tecnológico permitiu elaborar um
instrumento avaliativo interativo, condizente com a prática pedagógica dos professores em
formação.
Outra ferramenta utilizada no curso para ajudar na avaliação da aprendizagem foi o
Lyrics Training, que apresenta atividades a partir de videoclipes do Youtube para aprimorar de
forma divertida a prática de habilidades linguísticas em diversos idiomas. Há, também, a
possibilidade de o aprendiz escolher a atividade de acordo com o nível de dificuldade (iniciante,
intermediário, avançado e expert). O Lyrics Training, por ser interligado com música, pode
estimular o aprendizado por promover a memorização de maneira natural e que faz parte do dia
a dia das pessoas, e em contextos de ensino de línguas, pode tornar o aprendizado mais fácil,
leve e divertido. A inserção de atividades com músicas nos planejamentos dos cursos do IsF
visa melhorar a audição, expandir a gramática, ampliar o vocabulário e aperfeiçoar a pronúncia,
bem como tornar o espaço mais prazeroso, motivando os estudantes a participarem das
atividades propostas. Um exemplo dessa prática pode ser observado no excerto 6:
Durante a explicação houve a realização de uma atividade de karaokê com a música “Mamma Mia” do
grupo ABBA. Foi utilizado o site lyricstraining”(ABBA - Mamma Mia | Music Video, Song Lyrics
and Karaoke (lyricstraining.com) na qual é possível aprender inglês e outras línguas de uma forma
divertida com o intuito de motivar os alunos.
Excerto 6, diário de campo (12.03.2023).
Outro recurso utilizado para engajar os alunos durante a aula foi o Mentimeter, que
possibilita a criação de apresentações que permitem a interação com o público em tempo real
por meio de quizzes, enquetes, perguntas e respostas e nuvens de palavras. Durante
apresentações presenciais ou remotas, a audiência pode interagir apenas com um código de
acesso utilizando o seu próprio dispositivo móvel, smartphone ou navegador, sem precisar
realizar o login ou cadastro na plataforma.
De acordo com o excerto 7, foi utilizado para fazer um levantamento das ferramentas
que os estudantes mais utilizavam para apresentar seus trabalhos acadêmicos. A professora em
formação utilizou a função Word Clouds, nuvem de palavras, que são representações visuais
dos vocábulos que foram mais mencionados durante a enquete. A visualização das respostas
acontece simultaneamente e, com agilidade, é possível ter acesso aos dados realçados pela
frequência. Este recurso é também utilizado para quebrar o gelo, realizar brainstorming, coletar
ideias e promover reflexões em equipe.
Recursos digitais em um curso de inglês para fins específicos no Idiomas sem Fronteiras
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 14
Seguidamente, a professora continuou a explicar o conteúdo sobre apresentação de trabalhos, tais como
informações que devem ser colocadas no material visual, imagens de apresentações que devem ser
evitadas e estrutura de uma boa apresentação. Ela fez alguns questionamentos sobre os exemplos
expostos oportunizando os estudantes expressarem seus conhecimentos prévios sobre o assunto. Neste
momento, utilizou o site www.menti.com para conhecer as ferramentas de apresentação que os alunos
mais utilizam. O recurso digital Power Point foi a palavra em destaque na nuvem de palavras. Logo,
socializou uma lista com o nome de outros recursos interessantes que podem ser utilizados para
apresentar trabalhos, assim como Canva, Slidesgo, Prezi, Powtoon, Mentimeter e Jamboard. Com a
finalidade de que os alunos se preparem para apresentar trabalhos, tanto no curso atual como proposta
de atividade quanto na sua vida acadêmica, Thayana explicou um esquema de estrutura de apresentação
oral. Assim como, informou cada um dos tópicos (introdução, corpo, conclusão e perguntas e respostas)
dando ideias de informações importantes para cada um deles.
Excerto 7, diário de campo (02.04.2022).
Na prática descrita no excerto 7, a palavra que teve mais destaque na nuvem foi o recurso
PowerPoint, porém, outras ferramentas como Canva, Slidesgo, Prezi, Powtoon, Mentimeter e
Jamboard também foram citadas. Na sequência, houve um momento de socialização acerca
desses outros recursos visuais que podem ser relevantes e tornar as exibições mais criativas.
Esse diálogo potencializou a explicação da professora em formação acerca da estrutura de
apresentação oral de trabalhos acadêmicos, que estava sendo abordado naquela aula. E além
disso, como proposta para a conclusão do curso, os estudantes precisam, individualmente,
apresentar uma comunicação acadêmica utilizando diferentes ferramentas de apresentação.
O website Learnhip Story Cards foi utilizado no curso. Nele, oito imagens aleatórias
são sorteadas e os estudantes têm a tarefa de criar uma história oral de forma coesa, utilizando
todas as gravuras. Em nossa observação, essa atividade possibilitou promover aquisição de
vocabulário para o desenvolvimento tanto da habilidade de speaking, pois o aluno tinha que
pensar rápido e elaborar uma história verbalmente de acordo com as imagens, quanto de
listening ao ouvir e entender a narração dos colegas. Foi um momento de interação e
participação entre os envolvidos. O engajamento do aluno está relacionado com a estratégia
utilizada pelo professor que, durante o seu planejamento, estuda, reflete e pensa em práticas
que têm o potencial de tornar suas aulas mais divertidas, e acima de tudo, obter um resultado
positivo na aprendizagem (Tokuhama-Espinosa, 2014).
Dessa forma, identificamos os recursos digitais utilizados pelos professores em
formação no IsF em aulas de inglês para fins específicos e partimos para as considerações finais.
Debora CRISTOFOLINI e Cyntia BAILER
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 15
Considerações finais
Ao analisar e classificar os recursos digitais de acordo com a taxonomia de Manning e
Johnson (2011), observamos o uso de ferramentas para comunicar e colaborar, como o
Microsoft Teams, o ambiente virtual de aprendizagem e o WhatsApp; de ferramentas para
apresentar conteúdo, como o Powerpoint, dicionários bilíngues e monolíngues online (Lexico,
Linguee, Macmillan), Google Imagens, American English, Youtube e TED Talks; e de
ferramentas para ajudar na avaliação da aprendizagem, como o OfficeForms, Lyricstraining,
Mentimeter e Learnhip Story Cards. Cada recurso foi utilizado de forma informada e coerente
com os objetivos do curso.
Inserir esses recursos nas aulas proporcionou aos estudantes um processo de ensino e
aprendizagem mais interativo e dinâmico, na qual tiveram vários momentos para a prática das
quatro habilidades linguísticas tanto de speaking e listening como também de reading e writing.
Os desafios referentes à interação social nos cursos ofertados no modelo Onlife mostram que é
possível promover interação docente e discentes por meio de recursos digitais, pois quando o
aprendiz se sente seguro, encorajado e motivado para aprender, ele vai participar do processo
em conjunto com o educador por meio do diálogo e da descoberta.
O contexto do FURB IsF tem se mostrado peça fundamental para o incentivo e preparo
da comunidade acadêmica para os processos de internacionalização por meio da oferta de
cursos de inglês. Oportuniza, ainda, formação inicial complementar aos futuros docentes,
acadêmicos do curso de Letras da própria instituição. Estas ações, entre outras, vêm sendo
realizadas dentro da universidade com o intuito de fortalecer os processos de
internacionalização tão importantes e necessários diante da globalização, melhorando, assim, a
qualidade do ensino e da pesquisa, refletindo na construção da identidade do indivíduo.
AGRADECIMENTOS: A primeira autora agradece à Secretaria Estadual de Educação de
Santa Catarina pela bolsa UNIEDU e à FURB, pela bolsa gratuidade para execução da pesquisa
aqui apresentada.
Recursos digitais em um curso de inglês para fins específicos no Idiomas sem Fronteiras
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 16
REFERÊNCIAS
BOGDAN, R.; BIKLEN, S. Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria
e aos métodos. Portugal: Porto, 1994.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.
Disponível em
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
Acesso em: 15 jul. 2023.
CARVALHO, O. L. S. Dicionário monolíngue de aprendizagem e português do Brasil. In:
Gelne - II ECLAE: Encontro Nacional de Ciências da Linguagem Aplicadas ao Ensino. João
Pessoa, 2003. Disponível em:
http://www.leffa.pro.br/tela4/Textos/Textos/Anais/ECLAE_II/dicionario%20monolingue/prin
cipal.htm. Acesso em: 15 jul. 2023.
CÓ, E. P.; AMORIM, G. B.; FINARDI, K. R. Ensino de línguas em tempos de pandemia:
experiências com tecnologias em ambientes virtuais. Revista Docência e Cibercultura, [S.
l.], v. 4, n. 3, p. 112140, 2020. DOI: 10.12957/redoc.2020.53173. Disponível em:
https://www.e-publicacoes.uerj.br/re-doc/article/view/53173. Acesso em: 15 jul. 2023.
COLET, A. R. R. Língua Inglesa: A Prática Pedagógica em Sala de Aula. Curitiba: Appris,
2019.
COUNCIL OF EUROPE. Common European Framework of Reference for Languages:
Learning, teaching, assessment Companion volume. Council of Europe Publishing,
Strasbourg, 2020. Disponível em: www.coe.int/lang-cefr. Acesso em: 15 jul. 2023.
FLICK, U. Introdução à pesquisa qualitativa. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
GARCIA, D. N. M.; SECONE, I. H.; SANTOS, D. C. Curso on-line de japonês da Unesp:
Desbravando caminhos em prol do ensino/aprendizagem. In: Idiomas sem Fronteiras:
multilinguismo, política linguística e internacionalização. Belo Horizonte: Editora UFMG,
2021. p. 347-367.
GODOY, S.; GONTOW, C.; MARCELINO, M. English Pronunciation for Brazilians. São
Paulo: Disal, 2006.
KUROSKI, A. P. B. Práticas de leitura na constituição de professores em formação no
Programa Idiomas sem Fronteiras. 2020. 127 f. Dissertação (Mestrado em Educação)
Universidade Regional de Blumenau, FURB, Blumenau, 2020.
MANNING, S.; JOHNSON, K. E. The technology toolbelt for teaching. Indianapolis: John
Wiley & Sons, 2011.
MORAN, J. M. Gestão inovadora da escola com tecnologias. In: VIEIRA, A. T. (org.).
Gestão educacional e tecnologia. São Paulo: Avercamp, 2003. p. 151-164.
Debora CRISTOFOLINI e Cyntia BAILER
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 17
MOREIRA, J. A.; SCHLEMMER, E. Por um novo conceito e paradigma de educação digital
onlife. Revista UFG, Goiânia, v. 20, n. 26, 2020. DOI: 10.5216/REVUFG.V20.63438.
Disponível em: https://revistas.ufg.br/revistaufg/article/view/63438. Acesso em: 03 jan. 2023.
RAEL, E. C. Ensino e aprendizagem da pronúncia do inglês para aprendizes brasileiros:
foco no acento primário. 2020. 101 f., il. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada)
Universidade de Brasília, Brasília, 2020.
SARMENTO, S.; DUTRA, D. P.; BARBOSA, M. V.; MORAES FILHO, W. ISF e
Internacionalização: da teoria à prática. In: SARMENTO, S.; ABREU-E-LIMA, D. M.;
MORAES, W. M. (org.). Do Inglês sem Fronteiras ao Idiomas sem Fronteiras: a
construção de uma política linguística para a internacionalização. Belo Horizonte: Editora
UFMG, 2016. p. 77-104.
SILVA, L. F.; PINTO, P. T. As Ted talks no curso de compreensão oral em língua inglesa do
IsF. In: Idiomas sem Fronteiras: internacionalização da educação superior e formação de
professores de língua estrangeira. 1ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2021. p. 179 195.
TOKUHAMA-ESPINOSA, T. Making classrooms better: 50 practical applications of Mind,
Brain, and Education Science. New York: W. W. Norton & Company, 2014.
Recursos digitais em um curso de inglês para fins específicos no Idiomas sem Fronteiras
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 18
CRediT Author Statement
Reconhecimentos: Agradecemos ao financiamento da primeira autora pela SED/SC, bolsa
UNIEDU e FURB (bolsa gratuidade).
Financiamento: A primeira autora teve bolsa UNIEDU/SC e gratuidade FURB ao longo
dos dois anos de mestrado.
Conflitos de interesse: As autoras não possuem conflitos de interesse.
Aprovação ética: Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética da Unidade Central de Educação
FAEM Faculdade (UCEFF) de Chapecó, Santa Catarina em 20 de dezembro de 2021, sob
parecer número 5.179.353.
Disponibilidade de dados e material: Dados estão guardados na sala do grupo de pesquisa
Plurilinguismo na Educação.
Contribuições dos autores: As duas autoras conceberam e desenharam o estudo. A
primeira autora revisou a literatura, coletou os dados e os analisou, interpretando-os à luz
da literatura, elaborou a primeira versão do manuscrito, que foi revisado pela segunda autora
e o aprovou para submissão à esta revista.
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 1
DIGITAL RESOURCES IN AN ENGLISH COURSE FOR SPECIFIC PURPOSES IN
LANGUAGES WITHOUT BORDERS
RECURSOS DIGITAIS EM UM CURSO DE INGLÊS PARA FINS ESPECÍFICOS NO
IDIOMAS SEM FRONTEIRAS
RECURSOS DIGITALES EN UN CURSO DE INGLÉS PARA FINES ESPECÍFICOS
EN IDIOMAS SIN FRONTERAS
Debora CRISTOFOLINI1
e-mail: debcristofolini@furb.br
Cyntia BAILER2
e-mail: cbailer@furb.br
How to reference this paper:
CRISTOFOLINI, D.; BAILER, C. Digital resources in an
English course for specific purposes in languages without
borders. Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1,
e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529. DOI:
https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797
| Submitted: 10/12/2023
| Revisions required: 25/03/2024
| Approved: 11/04/2024
| Published: 28/05/2024
Editor:
Prof. Dr. Rosangela Sanches da Silveira Gileno
Deputy Executive Editor:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Regional University of Blumenau (FURB), Blumenau SC Brazil. egree in Pedagogy (Centro Universitário
Leonardo da Vinci, 2010), and in Portuguese and English Languages (FURB). Master in the Postgraduate Program
in Education at FURB and an English Language teacher in the Municipal Education Network of Indaial/SC.
2
Regional University of Blumenau (FURB), Blumenau SC Brazil. Degree in Portuguese and English
Languages (FURB). Master in Letters (English and Corresponding Literature) from UFSC (2011). Doctoral degree
in Language Studies. Professor in the Department of Letters and in the Postgraduate Program in Education at
FURB.
Digital resources in an English course for specific purposes in languages without borders
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 2
ABSTRACT: Digital resources gained prominence during the COVID-19 pandemic, swiftly
replacing face-to-face classes with online and hybrid environments. This study is set within the
context of “Idiomas sem Fronteiras” (Languages without Borders, IsF), which offers language
courses for specific purposes to the university community aimed at developing and enhancing
their linguistic proficiency, as well as training language teachers for internationalization. This
article presents a segment of a dissertation, aiming to identify digital resources used by teachers
in training at IsF in English for Specific Purposes (ESP) classes. The data, of a qualitative
nature, originate from participant observation in pedagogical training meetings and courses
taught by teachers in training, as well as from field diary notes. From the observations, it was
possible to identify the resources used in the course, understand the use of these tools, and the
skills that were developed through their use during the classes.
KEYWORDS: Languages without Borders. Digital Resources. Speaking and Listening.
RESUMO: Recursos digitais ganharam proeminência diante da pandemia da COVID-19,
substituindo rapidamente as aulas presenciais por ambientes on-line e híbridos. Este estudo
tem por contexto o “Idiomas sem Fronteiras” (IsF), que oferta cursos de línguas para fins
específicos à comunidade universitária visando desenvolver e capacitar sua proficiência
linguística, assim como formar professores de línguas para internacionalização. Este artigo
apresenta um recorte de uma dissertação, e aqui objetivamos identificar recursos digitais
utilizados por professores em formação no IsF em aulas de inglês para fins específicos. Os
dados, de natureza qualitativa, originam-se da observação participante em encontros de
formação pedagógica e cursos ministrados por professores em formação, bem como de
anotações em diário de campo. A partir das observações, foi possível identificar os recursos
utilizados no curso, compreender o uso dessas ferramentas e as habilidades que foram
desenvolvidas com o seu uso no decorrer das aulas.
PALAVRAS-CHAVE: Idiomas sem Fronteiras. Recursos Digitais. Speaking e Listening.
RESUMEN: Los recursos digitales ganaron prominencia durante la pandemia de Covid-19,
sustituyendo rápidamente las clases presenciales por entornos online e híbridos. Este estudio
tiene como contexto el Idiomas sin Fronteras (IsF), que ofrece cursos de idiomas específicos
para la comunidad universitaria, con el propósito de desarrollar habilidades lingüísticas y
formar profesores para la internacionalización. Este artículo presenta un recorte de una
disertación, y aquí pretendemos identificar los recursos digitales utilizados por profesores en
formación del IsF en las clases de inglés con fines específicos. De naturaleza cualitativa, los
datos provienen de observación participante en encuentros de formación pedagógica y cursos
dirigidos por profesores en formación, así como de anotaciones en un diario de campo. A partir
de las observaciones fue posible identificar los recursos utilizados en el curso, comprender el
uso de estas herramientas y las habilidades que se desarrollaron a través de su uso durante las
clases.
PALABRAS CLAVE: Idiomas sin Fronteras. Recursos digitales. Habla y escucha.
Debora CRISTOFOLINI and Cyntia BAILER
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 3
Introduction
Technological resources have played a significant role in education, and amid the
COVID-19 pandemic, they have enabled the adaptation of classes from in-person practices to
online and hybrid environments due to the need for social distancing. With the rapid increase
in the use of technological resources in education, new challenges have also emerged.
With the globalization and internationalization of higher education at universities
(Sarmento et al., 2016), the interest in enhancing linguistic proficiency has become more
pronounced in the Brazilian educational landscape. The "Idiomas sem Fronteiras" (IsF)
program aims to develop and enhance the linguistic proficiency of the academic community, as
well as to train language teachers for internationalization. In this context, this article presents
an excerpt from a master's thesis defended in March 2023, and here, we aim to identify digital
resources adopted by trainee teachers in the IsF's English language classes for specific purposes
at the Regional University of Blumenau (FURB).
The FURB IsF began its activities in the second semester of 2017 (Kuroski, 2020). It
has a specialist accredited to the network and, due to institutional support, did not interrupt its
activities during the pandemic. In March 2020, FURB paused for three days and began offering
classes mediated by technology. Since 2022, IsF courses have been offered in the Onlife model
(Moreira, Schlemmer, 2020), meaning classes are available both in-person and via Microsoft
Teams, allowing students to choose whether to participate in-person or remotely.
Each IsF course has a syllabus according to specific objectives for developing the four
linguistic skills: listening, speaking, reading, and writing. Participants are grouped into two
major proficiency levels: Essentials, representing the basic level, initial learning stage (A1 and
A2), and Expansion, intermediate (B1 and B2) and advanced (C1 and C2) levels, which indicate
a more independent use of the language (Council Of Europe, 2020).
This qualitative study (Flick, 2009) the FURB IsF. We use data from participant
observation with field diary notes from weekly pedagogical training meetings and an English
course for specific purposes titled Listening & Speaking: como sobreviver à vida acadêmica”,
taught in the Onlife model. We aim to identify technological resources used by trainee teachers
in the IsF during the course classes, categorizing them according to Manning and Johnson
(2011) (to be detailed in the subsequent section).
In this paper, we emphasize the use of digital resources in language teaching,
specifically for the development of speaking and listening skills, as technological tools can
Digital resources in an English course for specific purposes in languages without borders
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 4
assist both the teacher in their pedagogical practices and the student in the learning process.
Having made this brief introduction, we present the theoretical framework that underpinned the
analysis of the data generated in this investigation. Subsequently, we briefly present the results
and discuss them in light of the literature, and finally, we offer some considerations.
Theoretical Framework
Technological resources are part of our everyday life in various social practices. With
the COVID-19 pandemic, their use became more apparent as educational activities, in order to
meet health demands, were adapted. In the words of Có, Amorim, and Finardi (2020, p. 116,
our translation),
The social distancing promoted by the pandemic has accelerated and
decentralized the process of teaching to teach and learning to learn, with the
support of technologies, breaking down the walls (and authorities) of
educational institutions responsible for this training. Thus, what was
previously a hypothetical proposal or even rejected for virtual or hybrid
teaching has become a reality, just as our reality has also hybridized into a
reality/virtuality.
This scenario has further exposed weaknesses in Brazilian education, necessitating "the
initiation of educational processes aimed at improving and developing the professional quality
of teachers who, clearly, at this moment, were caught off guard" (Moreira, Schlemmer, 2020,
p. 28, our translation). Thus, there is an urgency for public policies that focus on initial and
continuing education so that teachers can develop and implement pedagogical practices suitable
for quality technological integration in the teaching and learning process. In this regard, the
National Common Curricular Base (Brasil, 2018, p. 9, our translation) highlights, in the fifth
general competence, the need for the student to:
Understand, use, and create digital information and communication
technologies in a critical, meaningful, reflective, and ethical manner across
various social practices (including school ones) to communicate, access, and
disseminate information, produce knowledge, solve problems, and exercise
agency and authorship in personal and collective life.
In this context, choosing and having access to suitable resources has become a
significant challenge for teachers. The inclusion of digital technologies should not merely
replace the blackboard with a screen or entail mere content delivery centered on the teacher
Debora CRISTOFOLINI and Cyntia BAILER
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 5
(Moreira; Schlemmer, 2020). We understand that the integration of technological resources
must involve the development of meaningful educational practices for students, who are at the
heart of the educational process. To this end, we highlight the role of educators as mediators
and curators of all available virtual material (Garcia; Secone; Santos, 2021).
To assist teachers in selecting appropriate technological resources, Manning and
Johnson (2011) suggest a classification for educational purposes into five categories: (1) ‘Tools
to assist and stay organized’; (2) Tools to communicate and collaborate’; (3) Tools to present
content’; (4) Tools to aid in assessing learning’; and (5) Tools to help transform your identity’.
For the purposes of this paper, we focus on categories 2, 3, and 4.
Tools to communicate and collaborate serve as support for classroom discussions,
allowing teachers and students to dialogue and collectively contribute to the construction and
enrichment of knowledge. Technologies have revolutionized the way we express ourselves and
the timing of these expressions, and these resources aim to prevent individuals from feeling
isolated and lonely in virtual environments.
Since learning involves attention and memory (Tokuhama-Espinosa, 2014) and each
individual is unique, with their own prior knowledge and experiences, information can be
presented in various forms, from written texts to read, oral texts to listen to, and activities
involving the manipulation of objects and resources. In this regard, Tools to present content
provide opportunities to explain the lesson’s theme or the course content in different ways, for
example, through texts, images, audio, and video. These tools can cater to students with specific
needs, such as visual or hearing impairments, as well as those who experience difficulties in the
learning process.
As the name suggests, the category Tools to Help in Assessing Learning includes
resources that assist educators in evaluating their students' learning. Manning and Johnson
(2011) argue that assessments should be designed according to the course goals and objectives,
and the outcome needs to be measurable and visible.
Manning and Johnson (2011) cite examples of a variety of technological resources and
emphasize their proper use in teaching practice. For each tool, they pose questions that aid in
analyzing which technological resource can help achieve the desired results. The authors
present the tools, their purpose, and how they are used; they describe the problem that can be
solved; mention the target audience; indicate the level of the resources; point out if special
equipment is required; emphasize the importance of carefully reading the instructions regarding
safety/protection; check the technological accessibility of the students; identify unfamiliar
Digital resources in an English course for specific purposes in languages without borders
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 6
vocabulary; share an example of educational practice with the digital tool in the context of
elementary education and higher education; and indicate online support if needed.
To choose which resources to use, educators should take into account their knowledge
of the students, their abilities and attitudes, and be clear about the problems to be solved and
goals to be achieved using the resources. According to Manning and Johnson (2011), by solving
a problem using technological resources, we begin to adapt the tool to our pedagogical
approach. For example, the educator might use texts as tools to teach a student to read. Over
the years, tools have evolved, but not the practice of aligning pedagogy with the teaching and
learning process.
In this context, it is worth noting that technologies have always been part of educational
spaces with the aim of facilitating pedagogical processes, such as the blackboard, chalk, and
the textbook. Moran (2003, p. 153, our translation) clarifies that
[...] the means, the supports, the tools that we use so that students learn. The
way we organize into groups, in classrooms, and other spaces is also
technology. The chalk that is written on the blackboard is a communication
technology, and a good organization of writing greatly facilitates learning. The
way of speaking, gesturing, and interacting with others: this, too, is
technology. The book, the magazine, the newspaper, the recorder, the
overhead projector, the television, the video are important technologies and
also generally very poorly utilized.
However, the use of digital technological resources has become a significant challenge,
highlighted during the pandemic, as many teachers did not feel prepared for such demands.
Therefore, the resources available in educational environments must not be neglected but used
to facilitate students' knowledge construction. Educators are expected to overcome old practices
by adapting to current ones, achieving the goals set by modern education in the short term.
Thus, this paper focuses on the use of digital resources and their integration into the educational
environment under study, alongside the process of learning English. Below, we briefly present
the results and analyze them in light of the literature.
Debora CRISTOFOLINI and Cyntia BAILER
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 7
Results and Analysis
In relation to the category "Tools for Communication and Collaboration," we observed
the use of the Microsoft Teams platform, the FURB Virtual Learning Environment (AVA3),
customized from Moodle, and WhatsApp. Teams enable the creation of groups and educational
settings that bring together students and teachers in one place simultaneously, despite the
physical distance between them. This resource allows for the teaching of synchronous classes,
the recording and uploading videos, interaction via chat, editing of documents, organization of
materials by classes and subjects, checking the attendance of all students, and promoting
accessibility with message translation features, among others.
The university and IsF utilized this resource to deliver classes in real-time and facilitate
interaction between teachers and students through audio, video, and chat. In 2022, IsF opted to
teach classes in the Onlife model and continues to make use of this technological resource for
conducting courses, allowing for the development of linguistic skills where students can choose
how they wish to participate, either in person or remotely. Additionally, class recordings are
made available, allowing students to access, review, or watch the class if they were unable to
attend in real-time. Excerpt 1, from the field diary, shows that the recording feature available
in the app is also employed for pronunciation practice, in this case, of words.
Students who missed class will need to watch the class recording and record an audio message via
WhatsApp focusing on the pronunciation of unfamiliar words from the "silent letters" slides and send it
to the teacher.
Excerpt 1 - field diary (12.03.2022).
In the class in question, the trainee teacher explained the "processes in listening" with
examples from everyday situations, such as listening to music, watching videos, hearing a joke,
or even attending lectures. Tips related to this process were also provided. Then, "silent letters"
were introduced with various examples of words, phrases, and their pronunciations. The
pronunciation activity was conducted in such a way that everyone had to repeat aloud after
hearing the instructor. For those students who could not be present in real-time, they had the
opportunity to watch the class later and record their speech for later feedback from the teacher.
According to Rael (2020, p. 39, our translation), "This activity can be done individually or in
small groups and helps in perceiving deviations both in pronunciation and other language
structures." It can also be suggested to students that as an exercise outside the educational
environment, they should become aware of their pronunciation and seek to improve it.
Digital resources in an English course for specific purposes in languages without borders
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 8
Regarding the category Tools for Presenting Content, we observed the use of
PowerPoint software for displaying course content and activities; online monolingual and
bilingual dictionaries (Lexico, Linguee, Macmillan), for researching unknown vocabulary,
examples of sentences using the word, and checking pronunciation; Google Images website for
researching image content; the American English website for searching materials to develop
the four language skills, and platforms like YouTube and TED Talks, to learn from videos and
lectures (with or without subtitles).
The Microsoft PowerPoint program provides access to a tool for creating and editing
graphic presentations, aimed at displaying a particular topic. It allows the inclusion of images,
sounds, texts, and videos, as well as the insertion of animations in various forms. The resource
also offers presentation templates, various graphic objects, and numerous slide effects and
combinations. Consequently, this tool is widely used by teachers in the classroom, becoming a
distinguishing feature intended to capture the students' attention.
During the observation of pedagogical training sessions conducted with the coordinator
and the trainee teachers responsible for leading the courses, it was possible to monitor class
planning. Thus, the educators created their presentations about the content and activities on a
weekly basis using PowerPoint software and all its features, always aiming to provide more
engaging classes to stimulate students and encourage their participation and learning.
In the language learning process, when using a bilingual dictionary, the learner employs
the competence of their mother tongue to search for information in the dictionary, "they are
already familiar with the meanings and uses of the words in their language, do not need certain
information about it, but will always require more information about the foreign language"
(Carvalho, 2003, p. 1, our translation), with Linguee as an example that allows searches in
various languages. Meanwhile, monolingual dictionaries offer the opportunity to learn new
words through the target language, as is the case with Lexico and Macmillan, which are in
English. These three online services were presented to students as excellent search tools that
allow them to find meanings, pronunciations, synonyms, collocations, idiomatic expressions,
and even images, videos, and sound effects. Additionally, access to these sites was provided at
specific points in the class to resolve queries that arose during the explanation of the content
and the performance of activities, along with instructions on how to conduct searches and
demonstrations of all available features.
The Google Images search service was frequently accessed during classes for the
purpose of searching for image content, as these images are texts and represent communication
Debora CRISTOFOLINI and Cyntia BAILER
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 9
events that fulfill roles in the teaching and learning process. As Colet (2019, p. 52, our
translation) states, "[...] visual culture in the construction of second language learning can be
seen as an opportunity for classes to relate more closely to the student's context and to be more
critical and creative." In addition to online dictionaries, Google Images was also used to clarify
vocabulary doubts. For example, excerpt 2 from the field diary describes an instance where
students were engaging in a warm-up
3
activity about dishes that could be made with randomly
selected ingredients. One student posted a list of dishes with 'carrot' as the chosen ingredient,
including 'carrot burgers,' which many were unfamiliar with, leading to the use of Google
Images to verify.
The course began with the warm-up "Things you can do with potato... carrot," in which the students had
two minutes to list dishes using these foods as ingredients. After posting the list in the chat, each student
read their words aloud. This activity facilitated a moment of dialogue, as the students made various
comments during the readings, and the teacher posed some questions. With the use of the online
dictionary Lexico at https://www.lexico.com/en/definition/gnocchi some pronunciation doubts were
cleared, and new vocabulary was learned. Similarly, Google Images at
https://www.feiticeirafit.com.br/receita/hamburguer-saudavel-de-cenoura to explore some dishes made
from these vegetables.
Excerpt 2, field diary (03.26.2022).
The American English website was also utilized in teacher planning, as it provides a
variety of materials and resources for both teacher and student professional development, as
well as opportunities to practice the language by developing the four skills and learning more
about the United States. In excerpt 3, we present a section from the field diary in which it is
possible to visualize the context of using the materials and resources from the site to explain
phonetics and phonology.
3
Warm-up activities are traditionally used in English language classes to 'break the ice' and engage students toward
a specific purpose. These activities lower students' affective filter, activate prior knowledge, and involve students
in interactions with specific objectives (Kuroski, 2020, p. 81).
Digital resources in an English course for specific purposes in languages without borders
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 10
Types of "berries" were presented using Google Images when the word "raspberry" was shown. The
teacher took this opportunity to explain phonetics, highlighting the phonetic transcription of the word
Arkansas, especially the word stress (tonicity) of the word. She explained the word "desert," which can
be pronounced in two ways depending on its meaning, as the noun "desert" and the verb "to desert,"
examples taken from the site https://americanenglish.state.gov/. This was also done with the words
photograph, photographer, and photographic, which are longer, multisyllabic words.
Excerpt 3, field diary (03.19.2022).
Source: data collected from PowerPoint, material used by the teacher in training during the course.
We observed in the class a focus on something challenging for English language
learners, as Pronouncing a foreign language can be a challenge that involves a lot more than
just knowing where to put your tongue(Godoy et al., 2006, p. 17). By providing moments
focused on the International Phonetic Alphabet (IPA), the phonetic transcription of words, and
word stress, the aid of visual material and the teacher's explanation facilitates the understanding
of how to better pronounce English words and how to properly use dictionaries.
As tools for presenting content, platforms like YouTube and TED Talks were utilized
by the teachers in training as complementary activities in IsF classes to enhance the students'
listening skills. On YouTube, it is possible to watch, create, and share audiovisual content
through internet access, and there is no need to download published videos to view them, just
be connected.
On the TED Talks platform, short yet highly impactful lectures in the fields of
technology, education, and design (TED) are available, translated into several languages.
Prominent individuals in their respective fields are invited to share their ideas. Both digital
platforms offer video transcription features where users can select subtitles, language, and
playback speed, making it easier to follow a conversation. Excerpt 4 from the field diary
describes a scenario where a video from the TED Talk channel was used for an assignment,
requiring students to watch it and take notes on elements they found relevant to share at the
next meeting. The instructor took this opportunity to explain subtitle features and the option to
adjust audio speed based on the student’s proficiency level.
Debora CRISTOFOLINI and Cyntia BAILER
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 11
The instructor revisited the TED Talk video “The power of listening,” as it was assigned for students to
watch and take important notes. She explained that it is possible to watch TED Talks videos with
subtitles in English and Portuguese and to choose the audio speed, tailored to the viewer’s proficiency.
“This talk was given at a local TEDx event, produced independently of the TED Conferences. William
Ury explains how listening is essential and often overlooked as half of communication. His stories of
candid conversations with presidents and business leaders provide impactful lessons, such as
understanding the power of the human mind when it opens up. William Ury, co-founder of the Harvard
Program on Negotiation, is one of the world’s best-known and most influential negotiation experts. He
co-authored ‘Getting to Yes,’ the world’s bestselling book on negotiation; he has taught negotiation to
thousands, consulted for dozens of major companies, and advised the White House.” Available at:
https://www.youtube.com/watch?v=saXfavo1OQo. Accessed on March 19, 2022.
Excerpt 4, field diary (19.03.2022).
By activating this feature, students of any language can watch, listen, and read
simultaneously, developing three specific skills at once. The use of videos from these platforms
is significant in the context of English language teaching, as they are authentic materials
beneficial for developing oral communication skills and providing students with real contact
with the language (Silva; Pinto, 2021). Similarly, through audiovisual activities, a meaningful
and motivating learning environment can be created for learners.
Regarding the category Tools to Aid in Learning Assessment, the use of Microsoft Office
Forms for creating surveys and registration forms was observed; the website Lyrics Training,
for practicing listening, writing, and reading skills in a fun and motivating way through music;
the website Mentimeter, for collecting responses and generating word clouds; and the website
Learnhip Story Cards, to enable the oral practice of storytelling using images.
With Microsoft Forms, it is possible to create tests and quizzes, survey forms,
questionnaires, and polls, and it is easily accessible via a link for respondents to use on a web
browser or mobile device. These forms can be enhanced by adding an image or logo in the
header, displaying images or videos alongside each question, and choosing the type of
questions, open-ended or multiple-choice, among other functions. Results can be checked in
real-time as they are submitted, viewed in graph format, and exported to Excel, with the option
to monitor the time taken to complete the activity.
During observations of pedagogical training meetings and classes, it was noted that in
the IsF courses, the assessment process is continuous, and its focus is not limited to assigning
grading scores but aims at building meaningful knowledge that contributes to the human and
autonomous development of students. Thus, assessment activities are perceived by teachers as
opportunities to reflect on the effectiveness of the pedagogical practice adopted, serving to
support the progress and growth of the students in their ability to live autonomously in society.
Digital resources in an English course for specific purposes in languages without borders
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 12
In the first class of the observed course, the instructor in training presented the objectives of IsF
and the specific course, detailing the syllabus, the organization of classes, the calendar, and the
methods of assessment.
The course focused on the development of listening and speaking skills, and the syllabus
included objectives to understand and develop oral production for academic communications,
such as conducting oneself during a presentation at international academic events, lectures, and
classes. Thus, one of the topics covered was the "processes in listening," which includes the
explanation of silent letters from A-Z, that was letters that appear in writing but are not sounded
when the word is pronounced. Additionally, listening comprehension strategies were addressed,
focusing on Note Taking, an information organization strategy with the following elements:
cue, notes, and summary, which can be used during a class, a lecture, or while watching a video.
Excerpt 5 illustrates how the first assessment was created by the instructors in training using
Microsoft Forms and its features.
Subsequently, the students were asked, "What do you remember about our listening classes?" A review
of the content covered so far was conducted to proceed with the quiz. The teacher explained each
question of the assessment and clarified the students' doubts. The assessment was created using Office
Forms and included twenty questions, among them objective questions, open-ended questions, and
listening questions using audio. The estimated time for completion was one hour, from 9:30 am to 10:30
am.
Excerpt 5, field diary (26.03.2022).
The assessment was designed with quiz sections including four multiple-choice
questions about the processes in listening, six fill-in-the-blank questions about silent letters,
two multiple-choice and one open-ended question after watching a video on the Note Taking
strategy, and five multiple-choice questions related to the listening section with audio inserted
into the quiz. We believe this technological tool allowed the creation of an interactive
assessment instrument that is consistent with the pedagogical practice of teachers in training.
Another tool utilized in the course to assist in the assessment of learning was Lyrics
Training, which features activities based on YouTube music videos to enhance the practice of
linguistic skills in various languages in an enjoyable manner. There is also the option for
learners to choose activities according to their difficulty level (beginner, intermediate,
advanced, and expert). Lyrics Training, being linked with music, can stimulate learning by
promoting natural memorization that is part of everyday life. In language teaching contexts, it
can make learning easier, lighter, and more enjoyable. Integrating activities with music into the
Debora CRISTOFOLINI and Cyntia BAILER
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 13
IsF course plans aims to improve listening, expand grammar, enlarge vocabulary, and refine
pronunciation, as well as make the space more enjoyable, motivating students to participate in
the activities proposed. An example of this practice can be observed in excerpt 6:
During the explanation, a karaoke activity was carried out with the song “Mamma Mia” by ABBA. The
website "lyricstraining" (ABBA - Mamma Mia | Music Video, Song Lyrics and Karaoke
(lyricstraining.com)) was used, which allows learning English and other languages in a fun way intended
to motivate the students.
Excerpt 6, field diary (12.03.2023).
Another resource used to engage students during the class was Mentimeter, which
allows the creation of presentations that enable real-time audience interaction through quizzes,
polls, Q&A sessions, and word clouds. During both in-person and remote presentations, the
audience can interact using an access code on their mobile device, smartphone, or web browser,
without needing to log in or register on the platform.
According to excerpt 7, it was used to survey the tools students most commonly utilized
to present their academic work. The instructor in training used the Word Cloud function, which
is a visual representation of the words that were mentioned most frequently during the poll. The
visualization of responses occurs simultaneously and, with agility, it is possible to access data
highlighted by frequency. This feature is also used to break the ice, conduct brainstorming
sessions, collect ideas, and promote team reflections.
Subsequently, the instructor continued to explain the content of the presenting work, such as the
information that should be included in the visual material, images of presentations that should be
avoided, and the structure of a good presentation. She posed some questions about the examples shown,
giving the students an opportunity to express their prior knowledge on the subject. At this point, she
used the website www.menti.com to learn about the presentation tools the students use most. The digital
resource PowerPoint was highlighted in the word cloud. Consequently, she shared a list with the names
of other interesting resources that can be used for presenting work, such as Canva, Slidesgo, Prezi,
Powtoon, Mentimeter, and Jamboard. To prepare the students for presenting assignments, both as a
current course activity and in their academic life, Thayana explained the structure of an oral presentation.
She also detailed each of the topics (introduction, body, conclusion, and question-and-answer),
providing ideas for important information for each.
Excerpt 7, field diary (04.02.2022).
In the practice described in excerpt 7, the word that stood out most in the cloud was
PowerPoint; however, other tools such as Canva, Slidesgo, Prezi, Powtoon, Mentimeter, and
Jamboard were also mentioned. This was followed by a socialization session about these other
visual resources, which can be relevant and make presentations more creative. This dialogue
Digital resources in an English course for specific purposes in languages without borders
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 14
enhanced the explanation given by the instructor in training regarding the structure of the oral
presentation of academic work, which was being addressed in that lesson. Moreover, as a
proposal for the conclusion of the course, the students need to individually present an academic
communication using different presentation tools.
The Learnhip Story Cards website was used in the course. It draws eight random images,
and the students are tasked with creating a cohesive oral story using all the pictures. In our
observation, this activity enabled vocabulary acquisition for developing both speaking skills
as the student had to think quickly and verbally elaborate a story based on the imagesand
listening skills, as they had to listen to and understand their peers' narrations. It was a moment
of interaction and participation among the participants. Student engagement is related to the
strategy used by the instructor who, during their planning, studies, reflects, and thinks about
practices that have the potential to make their classes more enjoyable and, above all, achieve a
positive outcome in learning (Tokuhama-Espinosa, 2014).
Thus, we identified the digital resources used by instructors in training in the IsF in
English for Specific Purposes classes and proceeded to the final considerations.
Final considerations
Upon analyzing and categorizing digital resources according to Manning and Johnson's
taxonomy (2011), we observed the use of tools for communication and collaboration, such as
Microsoft Teams, the virtual learning environment, and WhatsApp; tools for presenting
content, such as PowerPoint, online bilingual and monolingual dictionaries (Lexico, Linguee,
Macmillan), Google Images, American English, YouTube, and TED Talks; and tools to aid in
learning assessment, such as OfficeForms, LyricsTraining, Mentimeter, and Learnhip Story
Cards. Each resource was used in an informed and coherent manner that aligned with the course
objectives.
Incorporating these resources into the classes provided students with a more interactive
and dynamic teaching and learning process, in which they had numerous opportunities to
practice the four linguistic skills of speaking, listening, reading, and writing. Challenges related
to social interaction in courses offered in the Onlife model show that it is possible to promote
teacher-student interaction through digital resources, as when learners feel secure, encouraged,
and motivated to learn, they will participate in the process together with the educator through
dialogue and discovery.
Debora CRISTOFOLINI and Cyntia BAILER
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 15
The context of the FURB IsF has proven to be a fundamental piece in encouraging and
preparing the academic community for internationalization processes through the offering of
English courses. It provides complimentary initial training to future teachers and scholars
through the institution's language course. These actions, among others, have been carried out
within the university with the aim of strengthening the internationalization processes that are
so important and necessary in the face of globalization, thereby improving the quality of
teaching and research, reflecting on the construction of the individual's identity.
ACKNOWLEDGMENTS: The first author would like to thank the State Secretary of
Education of Santa Catarina for the UNIEDU scholarship and FURB, for the scholarship that
allowed the research presented here to be carried out.
REFERENCES
BOGDAN, R.; BIKLEN, S. Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria
e aos métodos. Portugal: Porto, 1994.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.
Available at
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
Accessed in: 15 July 2023.
CARVALHO, O. L. S. Dicionário monolíngue de aprendizagem e português do Brasil. In:
Gelne - II ECLAE: Encontro Nacional de Ciências da Linguagem Aplicadas ao Ensino. João
Pessoa, 2003. Available at:
http://www.leffa.pro.br/tela4/Textos/Textos/Anais/ECLAE_II/dicionario%20monolingue/prin
cipal.htm. Accessed in: 15 July 2023.
CÓ, E. P.; AMORIM, G. B.; FINARDI, K. R. Ensino de línguas em tempos de pandemia:
experiências com tecnologias em ambientes virtuais. Revista Docência e Cibercultura, [S.
l.], v. 4, n. 3, p. 112140, 2020. DOI: 10.12957/redoc.2020.53173. Available at:
https://www.e-publicacoes.uerj.br/re-doc/article/view/53173. Accessed in: 15 July 2023.
COLET, A. R. R. Língua Inglesa: A Prática Pedagógica em Sala de Aula. Curitiba: Appris,
2019.
COUNCIL OF EUROPE. Common European Framework of Reference for Languages:
Learning, teaching, assessment Companion volume. Council of Europe Publishing,
Strasbourg, 2020. Available at: www.coe.int/lang-cefr. Accessed in: 15 July 2023.
FLICK, U. Introdução à pesquisa qualitativa. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
Digital resources in an English course for specific purposes in languages without borders
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 16
GARCIA, D. N. M.; SECONE, I. H.; SANTOS, D. C. Curso on-line de japonês da Unesp:
Desbravando caminhos em prol do ensino/aprendizagem. In: Idiomas sem Fronteiras:
multilinguismo, política linguística e internacionalização. Belo Horizonte: Editora UFMG,
2021. p. 347-367.
GODOY, S.; GONTOW, C.; MARCELINO, M. English Pronunciation for Brazilians. São
Paulo: Disal, 2006.
KUROSKI, A. P. B. Práticas de leitura na constituição de professores em formação no
Programa Idiomas sem Fronteiras. 2020. 127 f. Dissertação (Mestrado em Educação)
Universidade Regional de Blumenau, FURB, Blumenau, 2020.
MANNING, S.; JOHNSON, K. E. The technology toolbelt for teaching. Indianapolis: John
Wiley & Sons, 2011.
MORAN, J. M. Gestão inovadora da escola com tecnologias. In: VIEIRA, A. T. (org.).
Gestão educacional e tecnologia. São Paulo: Avercamp, 2003. p. 151-164.
MOREIRA, J. A.; SCHLEMMER, E. Por um novo conceito e paradigma de educação digital
onlife. Revista UFG, Goiânia, v. 20, n. 26, 2020. DOI: 10.5216/REVUFG.V20.63438.
Available at: https://revistas.ufg.br/revistaufg/article/view/63438. Accessed in: 03 Jan. 2023.
RAEL, E. C. Ensino e aprendizagem da pronúncia do inglês para aprendizes brasileiros:
foco no acento primário. 2020. 101 f., il. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada)
Universidade de Brasília, Brasília, 2020.
SARMENTO, S.; DUTRA, D. P.; BARBOSA, M. V.; MORAES FILHO, W. ISF e
Internacionalização: da teoria à prática. In: SARMENTO, S.; ABREU-E-LIMA, D. M.;
MORAES, W. M. (org.). Do Inglês sem Fronteiras ao Idiomas sem Fronteiras: a
construção de uma política linguística para a internacionalização. Belo Horizonte: Editora
UFMG, 2016. p. 77-104.
SILVA, L. F.; PINTO, P. T. As Ted talks no curso de compreensão oral em língua inglesa do
IsF. In: Idiomas sem Fronteiras: internacionalização da educação superior e formação de
professores de língua estrangeira. 1ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2021. p. 179 195.
TOKUHAMA-ESPINOSA, T. Making classrooms better: 50 practical applications of Mind,
Brain, and Education Science. New York: W. W. Norton & Company, 2014.
Debora CRISTOFOLINI and Cyntia BAILER
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024022, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18797 17
CRediT Author Statement
Acknowledgements: We would like to thank the funding provided by SED/SC, the
UNIEDU scholarship, and FURB (tuition waiver scholarship).
Funding: The first author received the UNIEDU/SC scholarship and a tuition waiver from
FURB during her two years of master's studies.
Conflicts of interest: The authors declare no conflicts of interest.
Ethical approval: This research was approved by the Ethics Committee of the Central
Education Unit FAEM Faculty (UCEFF) in Chapecó, Santa Catarina, on December 20,
2021, under opinion number 5.179.353.
Data and material availability: Data are stored in the Plurilingualism in Education
research group room.
Author’s contributions: Both authors conceived and designed the study. The first author
reviewed the literature, collected and analyzed the data, interpreted them in light of the
literature, and drafted the first version of the manuscript, which was revised by the second
author and approved for submission to this journal.
Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.
Proofreading, formatting, normalization and translation.