Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024023, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18800 1
ENSINO DE LÍNGUA INGLESA MEDIADO PELAS TDIC, SOB A UMBRELLA DA
AFETIVIDADE: UMA EXPERIÊNCIA NO PROGRAMA IDIOMAS SEM
FRONTEIRAS
1
ENSEÑANZA DEL IDIOMA INGLÉS MEDIADA POR TDIC, BAJO EL UMBRELLA
DE LA AFECTIVIDAD: UNA EXPERIENCIA EN EL PROGRAMA LENGUAS SIN
FRONTERAS
ENGLISH LANGUAGE TEACHING MEDIATED BY DICT, UNDER THE UMBRELLA
OF AFFECTIVITY: AN EXPERIENCE IN THE LANGUAGES WITHOUT BORDERS
PROGRAM
Raquel Rosa de SOUZA2
e-mail: desouzar@icloud.com
Ariovaldo Lopes PEREIRA3
e-mail: arylopes_br@yahoo.com
Como referenciar este artigo:
SOUZA, R. R. de; PEREIRA, A. L. Ensino de língua inglesa
mediado pelas TDIC, sob a Umbrella da afetividade: Uma
experiência no Programa Idiomas sem Fronteiras. Rev.
EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024023, 2024. e-
ISSN: 2447-3529. DOI:
https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18800
| Submetido em: 10/12/2023
| Revisões requeridas em: 23/04/2024
| Aprovado em: 17/05/2024
| Publicado em: 28/05/2024
Editora:
Profa. Dra. Rosangela Sanches da Silveira Gileno
Editor Adjunto Executivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Artigo elaborado com base em recorte de dissertação de mestrado apresentada à Universidade Estadual de
Goiás (Souza, 2018), com as devidas atualizações e adequações.
2
Universidade Estadual de Goiás (UEG), Anápolis GO Brasil. Mestra em Educação, Linguagem e
Tecnologias. Professora da rede privada de ensino.
3
Universidade Estadual de Goiás (UEG), Anápolis GO Brasil. Doutor em Linguística Aplicada pela
Unicamp; pós-doutor em Est. Ling. e Lit. em Inglês pela USP. Professor da Universidade Estadual de Goiás.
Ensino de língua inglesa mediado pelas TDIC, sob a Umbrella da afetividade: Uma experiência no Programa Idiomas sem Fronteiras
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024023, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18800 2
RESUMO: A investigação aqui reportada teve como objetivo analisar as práticas pedagógicas
de uma professora, mediadas por Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC),
sob o viés da afetividade, em aulas de língua inglesa do Programa Idiomas sem Fronteiras da
Universidade Estadual de Goiás, Brasil. A pesquisa seguiu os princípios de métodos
qualitativos interpretativistas, com observação participante. O estudo se fundamenta em
reflexões e discussões teórico-metodológicas acerca do uso de tecnologias digitais em
processos de ensino e aprendizagem de língua inglesa, com foco na afetividade. Os resultados
reforçam a importância do professor na construção de práticas pedagógicas mediadas pelas
TDIC e pautadas na afetividade, as quais podem ressignificar o ensino e a aprendizagem de
língua inglesa.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino de língua Inglesa. TDIC. Afetividade.
RESUMEN: La investigación aquí relatada tuvo como objetivo analizar las prácticas
pedagógicas de una docente, mediadas por las Tecnologías Digitales de la Información y la
Comunicación (TDIC), bajo el sesgo de la afectividad, en las clases de lengua inglesa del
Programa Lenguas sin Fronteras de la Universidad Estadual de Goiás, Brasil. La
investigación siguió los principios de los métodos cualitativos interpretativos, con
observación participante. El estudio se basa en reflexiones y discusiones teórico-
metodológicas sobre el uso de las tecnologías digitales en los procesos de enseñanza y
aprendizaje del idioma inglés, con enfoque en la afectividad. Los resultados refuerzan la
importancia del docente en la construcción de prácticas pedagógicas mediadas por las TDIC
y basadas en la afectividad, que puedan dar nuevos significados a la enseñanza y el
aprendizaje del idioma inglés.
PALABRAS CLAVE: Enseñanza del idioma inglés. TDIC. Afectividad.
ABSTRACT: This article reports an investigation whose aim was to analyze the pedagogical
practices of a teacher, mediated by Digital Information and Communication Technologies
(DICT), under the bias of affectivity, in English language classes of the Languages without
Borders Program at the State University of Goiás, Brazil. The research followed the
principles of interpretive qualitative methods, with participant observation. The study is
based on reflections and theoretical-methodological discussions about the use of digital
technologies in English language teaching and learning processes, with a focus on effectivity.
The results reinforce the importance of the teacher in constructing pedagogical practices
mediated by DICT and based on affectivity, which can give new meaning to teaching and
learning the English language.
KEYWORDS: English language teaching. DICT. Affectivity.
Raquel Rosa de SOUZA e Ariovaldo Lopes PEREIRA
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024023, 2024. e-ISSN: 2447-3529
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Introdução
O processo de globalização tem gerado, desde as últimas décadas do século passado,
importantes mudanças socioeconômicas, as quais afetam direta ou indiretamente a sociedade,
tanto no contexto educacional quanto no profissional, e na vida social como um todo. A
dinâmica proveniente desse processo, impulsionada pelos fundamentos do sistema capitalista,
gera demandas sociais e profissionais como a necessidade de domínio de uma ou mais línguas
estrangeiras/adicionais
4
, a fim de competir no mercado de trabalho com sucesso (Rajagopalan,
2003), juntando, assim, dois termos fundamentais dessa cultura: competição e sucesso. Um
dos reflexos dessa realidade, em nível institucional, se observa na educação superior
brasileira, onde presenciamos, por exemplo, a pressão (auto)imposta às universidades para se
internacionalizarem, com foco na mobilidade internacional e status político.
Como parte dessa problemática, as Tecnologias Digitais de Informação e
Comunicação (TDIC) se desenvolveram na sociedade e trouxeram como consequência a
acessibilidade aos meios para se comunicar, se informar, comprar, estudar, conectar-se a
pessoas de culturas distintas. Com essas mudanças, a aprendizagem de língua inglesa torna-se
parte da vida de muitos indivíduos que, para viver seu cotidiano no mundo globalizado,
posicionar-se no mercado de trabalho, enfim, ‘sobreviver’ nesse contexto socioeconômico,
veem a necessidade de dominar uma ou mais línguas alcançando a ‘proficiência’ nessa(s)
língua(s).
Nesse sentido, é importante destacar que, no processo de aquisição de uma língua
estrangeira/adicional, a subjetividade dos sujeitos interage no desenvolvimento de novas
habilidades, pois, como destaca Dias (2012, p. 296), “os alunos parecem se apropriar das
capacidades necessárias à sobrevivência cidadã no mundo contemporâneo”. Essa apropriação
para a sobrevivência se estabelece primeiramente no domínio afetivo, ou seja, para sobreviver
na era digital o indivíduo é motivado extrinsecamente pelas imposições da sociedade, mas
também intrinsecamente pelas emoções. Segundo Swerdloff (2016), a cada dia há menos
distinções entre a vida real e a virtual. É nesse sentido que consideramos a importância de
estudos sobre emoções em processos de ensino e aprendizagem de línguas, pois esses estudos
“podem auxiliar para que compreendamos quais emoções circulam nos contextos escolares e
4
Optamos por usar os termos língua estrangeira, língua adicional e segunda língua de forma intercambiável, ou
seja, referindo-nos a qualquer língua que não a materna, sem importar se o processo de aquisição/aprendizagem
é formal ou informal.
Ensino de língua inglesa mediado pelas TDIC, sob a Umbrella da afetividade: Uma experiência no Programa Idiomas sem Fronteiras
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como isso pode afetar a vida dos docentes e, consequentemente, do ensino (Benesh, 2012
apud Oliveira, 2021, p. 84).
Como afirma Morin (2007), entender a necessidade de conceber o aluno integralmente
e considerar suas capacidades e variações de aprendizagem é necessário para a assimilação
dos novos saberes. Portanto, repensar a educação é refletir constantemente sobre os métodos
pedagógicos, sobre o papel do professor e sobre a complexidade dos seres humanos
aprendizes e agentes do conhecimento. Nessa perspectiva, é necessário repensar o ensino de
língua inglesa a partir da desconstrução e reconstrução de crenças e pressupostos
estabelecidos e naturalizados, observando as mudanças na sociedade conduzidas pelas TDIC
como uma oportunidade de conectar o cotidiano ao ensino.
O estudo aqui relatado tem como base um recorte de dissertação de mestrado
apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação, Linguagem e Tecnologias da
Universidade Estadual de Goiás (UEG) (Souza, 2018), direcionando o olhar para a prática da
professora-pesquisadora. A referida pesquisa teve como objetivo central investigar como o
uso de ferramentas digitais, mais especificamente do Google Sala de Aula e do TED Talk,
contribuem para a aprendizagem de língua inglesa, sob o viés da afetividade. Em face desse
objetivo, surge uma pergunta à qual a pesquisa busca responder: quais aspectos devem ser
considerados para que o ensino de língua inglesa mediado pelas TDIC, com foco na
afetividade, possa ser significativo e motivador, alcançando alunos que, embora se encontrem
em um nível avançado de escolaridade, não desenvolveram proficiência mínima nessa língua?
Além desta introdução, este artigo conta com duas seções teóricas que abrangem,
respectivamente, a educação linguística com foco na afetividade e o ensino significativo de
língua inglesa por meio do uso de tecnologias digitais. A seção seguinte expõe os percursos
metodológicos e, na sequência, é apresentada uma seção com a análise dos dados da pesquisa
ora relatada. O texto é concluído com as considerações finais.
Educação linguística com foco na afetividade
Voigt e Macfarlane (2010) apontam que a influência das novas tecnologias digitais
tem moldado novos estilos de aprendizagem de sujeitos a elas expostos. Esses autores
sugerem que avaliar a capacidade das tecnologias em dar suporte na formação, articulação e
negociação dos valores dos indivíduos dentro da comunidade é um passo construtivo para
mudanças no ambiente educacional. Na busca de responder à pergunta explicitada na seção
Raquel Rosa de SOUZA e Ariovaldo Lopes PEREIRA
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anterior, pensamos ser fundamental considerar que a educação linguística é uma experiência
que está envolta nas nuances de nossa humanidade e mergulhada nos nossos sentidos e
sentimentos, nos contextos que nos cercam (Sousa Santos, 2019).
Assim, faz-se necessário nos posicionarmos como seres humanos afetivos,
constituídos na afetividade, reconhecendo nossa subjetividade, ou seja, compreendendo nosso
eu, os pensamentos e emoções conscientes e inconscientes que formam nossa concepção de
quem somos, como nos vemos e como vemos os outros e o mundo através dos discursos e das
culturas (Weedon, 1997; Woodward, 2000). Essa concepção se alinha ao que Fortes (2019, p.
73) entende por subjetividade: “os sentidos, as emoções, e os pensamentos que vivenciamos
em contextos sociais diversos e que, por sua vez, proporcionam significado, materializando
nossas realidades e nossas identidades”.
Em um estudo acerca do papel das emoções nas práticas de uma professora de inglês,
Oliveira (2021) propõe um olhar diferente para esse construto, ao considerar que as emoções
“são produzidas discursivamente e, portanto, não são internas e individuais, mas são
construídas no fazer, através das relações sociais” (Oliveira, 2021, p. 82). Voltando o olhar
especificamente para ensino de línguas, a autora entende que “ensinar uma língua estrangeira
envolve uma rede complexa de recursos cognitivos, relacionais e emocionais, pois apenas o
conhecimento teórico de ensinar uma língua não é suficiente para lidar com situações
complexas que a natureza de seu trabalho envolve” (Oliveira, 2021, p. 83).
É importante destacar que na pesquisa aqui reportada tratamos afetividade e
subjetividade como conceitos inseparáveis. Corroboramos a visão de Pennycook (2017), que
entende afetividade como a subjetividade dos indivíduos, ou seja, toda complexidade que
envolve as histórias, as memórias, a vida e a cultura locais. Portanto, neste trabalho, tomamos
afetividade como um espectro de sentimentos e emoções que nos envolve, estando arraigado
no âmago do nosso ser e influenciando como sentimos o mundo ao nosso redor (Jordão,
2019), e como algo que está imbricado em nossas experiências sociais e modulam as relações
internas e externas dos seres humanos (Aragão, 2011).
A afetividade é claramente envolta em sentimentos, emoções, construções identitárias
que só são possíveis de serem percebidas e discutidas em um processo de educação linguística
que leve em conta as complexidades que envolvem o sujeito cultural e politicamente situado
no mundo, afinal, “o outro não é uma pura identidade, nem uma mera diferença” (Skliar,
2003, p. 44). Consoante essa compreensão, não se pode falar em afetividade no ensino de
língua inglesa e desconsiderar a subjetividade dos sujeitos. De acordo com Mastrella-de-
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Andrade (2011, p. 12), fatores afetivos vão além de aspectos individuais, uma vez que
“ensinar e aprender uma nova ngua envolve uma complexidade de fatores que não podem
ser isolados em si mesmos, mas, que estão todos imbricados e atuam de forma diferente em
diferentes sujeitos, grupos e contextos.
Educação linguística com foco na afetividade constitui-se em uma renegociação de
espaços e representações que possibilitam ao aluno se representar na língua estudada. Na
visão de Pennycook (2017), trata-se de preparar o aprendiz para que seja capaz de escrever,
falar, ler, ouvir em contra-ataque, como autor e coautor de sua história. Nas palavras de
Tavares e Stella (2014, p. 87), “é permitir que o aluno utilize a língua como meio de
construção de conhecimento para si e para os outros”.
Após anos de negligenciamento das emoções na compreensão do que é língua e
educação linguística, e de uma supervalorização dos aspectos racionais e cognitivos nesse
processo (Barcelos, 2015), a partir dos anos 1990, os campos de estudos da Linguística
Aplicada passaram a adotar uma nova perspectiva. Seguindo o que Pavlenko (2013 apud
Oliveira, 2021, p. 88) denominou como “virada afetiva”, cujo objetivo era desafiar a
predominância de pesquisas sobre cognição, esses campos começaram a incentivar e
desenvolver estudos envolvendo as emoções e sua relação com o ensino e a aprendizagem de
línguas. Essa mudança veio na esteira de movimentos educacionais de perspectiva
sociocultural que entendem que “os acontecimentos sociais estão interligados com a sala de
aula e influenciam e são influenciados pelas emoções (Oliveira, 2021, p. 92).
As tecnologias digitais e o ensino significativo de língua inglesa
Apesar de todos os avanços tecnológicos, o professor é, junto com os aprendizes,
protagonista no processo de ensino e aprendizagem, com seu papel redefinido pelas mudanças
sociais trazidas pelas TDIC. Todavia, seu protagonismo não o faz o único ator na construção
do conhecimento, e sim um colaborador, um agente de mediação, capaz de mostrar aos alunos
a importância de fazerem a conexão entre os novos saberes e os saberes adquiridos,
levando, assim, à assimilação e integração do conhecimento (Morin, 2007). Desse modo, o
professor tem um papel fundamental nesse processo de mediação, pois a compreensão de que
o aluno é um ser multidimensional que aprende de diversas formas e que o aprender é um
processo complexo e integrado (Alves, 2015) leva a uma seleção intencional de práticas
pedagógicas que alcancem os alunos de forma integral.
Raquel Rosa de SOUZA e Ariovaldo Lopes PEREIRA
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Nesse sentido, entender o papel do professor de ngua inglesa e a relação das TDIC
com o repensar das práticas pedagógicas se faz cada vez mais necessário. Um dos efeitos da
globalização é o estabelecimento, pelas universidades, da internacionalização como meta a ser
alcançada a curto e médio prazos. O “principal fruto dessa busca foi o lançamento do
Programa Inglês sem Fronteiras (IsF)” (Sarmento; Abreu-e-Lima; Moraes Filho, 2017, p. 8),
mais tarde redefinido como Programa Idiomas sem Fronteiras. Através desse programa, foram
oferecidos cursos de língua inglesa na Universidade Estadual de Goiás (UEG) com o objetivo
de preparar os alunos para desenvolver suas habilidades naquela língua, tais como apresentar
seus trabalhos e representar a universidade dentro e fora do país.
É perceptível como os processos de aprendizagem têm sofrido mudanças significativas
com o advento das TDIC. Assim, não se pode ignorar as mudanças e transformações sociais e
culturais que influenciam o processo motivacional dos sujeitos que atuam nesses contextos.
De acordo com o entendimento de Gómez (2012) sobre o início da “tecnologização” dos
processos educativos, “há um reconhecimento do valor lúdico que o computador apresentava
despertando atração entre os discentes (p. 15). Hoje, mais de duas décadas depois, percebe-se
que não é apenas a inclusão do computador que gera motivação, mas todo o sistema
multimodal e multissemiótico no qual os cidadãos do mundo digital estão inseridos. Na visão
de Kenski (2012), essa configuração educacional tecnológica gera “novas aprendizagens” as
quais “reorientam todos os nossos processos de descobertas, relações, valores e
comportamentos” (p. 44). Trata-se, assim, de uma sinergia que permeia relacionamentos, a
vida cotidiana e os interesses pessoais.
Nesse sentido, observa-se que as TDIC não são apenas uma das mais efetivas
ferramentas de mediação no ensino, mas também um dos maiores motivadores. Segundo
Brooks e Shell (2006 apud Swerdloff, 2016), os processos de aprendizagem e memorização
estão associados às emoções e isso faz uma conjunção óbvia entre tecnologia e emoção
ligadas pela aprendizagem. Esses autores argumentam que, se for considerada a manipulação
do ambiente tecnológico, a emoção pode estar relacionada com a busca e a curiosidade e pode
também estar envolvida na ativação do foco, que muitas vezes é resumido sob o termo
motivação.
Na compreensão de Kenski (2012), as TDIC e o ciberespaço são um novo espaço
pedagógico que deve ser usado não apenas de forma instrumental, mas, também, como
interação social, criando novos significados. Isso mostra que para que as TDIC sejam usadas
de maneira significativa na mediação pedagógica, faz-se necessário não apenas um simples
Ensino de língua inglesa mediado pelas TDIC, sob a Umbrella da afetividade: Uma experiência no Programa Idiomas sem Fronteiras
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clique na resposta correta; o aprendiz precisa ter oportunidade de usar suas vivências sociais,
o que pode ser um grande motivador da aprendizagem. Um exemplo disso está no ensino de
línguas, visto que, conforme o entendimento de Paiva (2011), a participação mediada pela
língua alvo em práticas sociais é um dos meios mais efetivos para aquisição de segunda língua
ou língua estrangeira/adicional. Essa participação se torna possível hoje para os indivíduos da
sociedade que possuem acesso às TDIC. É importante assinalar que, no que tange à
democratização da informação, em sociedades marcadas por desigualdades sociais profundas,
como o Brasil, ainda não é possível alcançar o acesso universal a essas ferramentas digitais e,
em consequência, a produtos culturais, seja na língua materna ou em qualquer outra língua.
Um exemplo de acesso livre a informação e a conteúdos instrucionais são os MOOC
(Massive Open Online Courses), cursos abertos e gratuitos visando atender a uma população
ampla e diversa, o que representa uma nova configuração na educação digital a distância.
Outro exemplo é o próprio YouTube, que se tornou uma das plataformas de conexão de
interesses afins em que pessoas de diferentes partes do mundo podem receber instrução e
participar de lives nas quais os participantes fazem perguntas e interagem em tempo real,
criando um novo modelo de compartilhamento de conteúdo.
Aprender passa a ser visto como um processo de tornar-se membro de uma
determinada comunidade, a “metáfora da participação” pensada por Paiva (2011). Segundo
essa autora, a “aprendizagem da língua passa a ser usada como uso periférico legitimado da
língua em um processo dinâmico” (Paiva, 2011, p. 41). Tal processo vai além do cenário
cultural, entrando no âmbito da identidade do indivíduo como participante dessa comunidade
de fala.
Essa compreensão geral do papel das TDIC não limita seu potencial de influenciar a
aprendizagem, pois uma variação de acordo com as individualidades dos sujeitos, embora
as mediações sejam direcionadas ao grupo de forma geral. Isso é proposto por Cooper (2016),
que argumenta que as tecnologias permeiam a maioria das interações humanas. Nesse cenário,
tecnologia é mais efetiva em dar suporte para a aprendizagem onde um entendimento de
como a empatia funciona em relacionamentos e como as tecnologias podem ou não assistir à
aprendizagem.
Pode-se, assim, afirmar que as tecnologias o influenciadoras da afetividade na
aprendizagem; entretanto, não substituem o papel da empatia humana. Apesar dos grandes
avanços tecnológicos, nem os mais incríveis softwares conseguem substituir a empatia
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humana, o que reforça a importância do professor, que tem seu papel ressignificado como
“mediador, facilitador, incentivador e motivador da aprendizagem” (Masetto, 2013, p. 233).
Percurso metodológico
A pesquisa que relatamos neste artigo segue uma abordagem qualitativa
interpretativista, visto que, seguindo o que aponta Flick (2009), trata-se de uma investigação
que busca sua relevância no estudo das relações sociais, na análise de diferentes perspectivas
e nas reflexões dos pesquisadores como produção de conhecimento. As práticas pedagógicas
da professora pesquisadora/pesquisada foram investigadas com o objetivo de compreender
como o uso de ferramentas digitais como Google Sala de Aula e TED Talk podem contribuir
para o aprendizado de língua inglesa, sob o viés da afetividade.
Nessa perspectiva, a professora pesquisadora investigou sua própria prática, o que
caracteriza a pesquisa como de observação participante (Lüdke; André, 1986). Foi analisado o
uso de TDIC como mediadoras de práticas pedagógicas com foco na afetividade, nas aulas de
língua inglesa ministradas por ela no Programa Idiomas sem Fronteiras (IsF) da UEG, câmpus
Anápolis-GO no período de março a junho de 2018, em três cursos do IsF que foram
oferecidos sequencialmente, cada um com duração de 16 horas.
Para gerar os dados da investigação, foram usados instrumentos como rodas de
conversa entre a docente e os discentes, diário de campo da professora e questionários
aplicados aos alunos. As anotações foram reflexivas, contemplando conflitos, sentimentos,
ideias, impressões, certezas e descobertas. A geração de dados, bem como a definição de
instrumentos e sua aplicação, seguiram as normas éticas de pesquisa estabelecidas por comitês
de ética e outras instâncias.
As aulas nas quais o material empírico da pesquisa foi gerado foram planejadas sob o
viés da afetividade e isto definiu as práticas pedagógicas da professora, sempre com foco no
objetivo central do estudo. Além da professora, a sala de aula na qual foram gerados os dados
contava com 5 (cinco) alunos, todos participantes da pesquisa: uma graduanda, duas
mestrandas, uma doutoranda e um servidor técnico-administrativo da Universidade.
Ao planejar o curso de inglês no contexto do Programa Idiomas sem Fronteiras, a
professora pesquisadora estava convencida da necessidade de reconhecer as capacidades e
variações de aprendizagem dos aprendizes como pressuposto fundamental para a assimilação
de novos saberes (Morin, 2007) os quais passam a incorporar seus repertórios culturais,
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sociais e educacionais. Nessa perspectiva teórico-metodológica, o planejamento das aulas e as
propostas didáticas que serviram de base para a investigação foram construídos tendo em
mente sempre a subjetividade e o uso de práticas pedagógicas relevantes ao contexto dos
alunos da turma investigada. Assim, foi construída uma proposta didática sob o viés da
afetividade como um guarda-chuva que acompanhou as práticas pedagógicas da professora
pesquisadora durante o processo de geração de dados.
Na escolha das ferramentas tecnológicas digitais que mediariam as atividades
pedagógicas, a professora considerou, além dos objetivos, a individualidade dos aprendizes e
os processos afetivos e subjetivos que influenciam sua motivação nas aulas. No intuito de
conhecer o lugar em que cada aprendiz se encontrava e onde gostaria de chegar na sua jornada
de aprendizagem de língua inglesa, a professora escolheu diferentes ferramentas digitais,
como os aplicativos WhatsApp e Google Sala de Aula
5
, as quais serviam como apoio para as
aulas presenciais. Através desses aplicativos os alunos recebiam comunicados, postavam suas
tarefas e participavam de fóruns.
Após a aplicação de um questionário cuja finalidade era conhecer melhor cada
aprendiz e saber como tinha sido sua experiência no primeiro mês de aula, a professora
adicionou à proposta didática o uso do TED Talk
6
. Essa ferramenta a auxiliou a compreender
o que os alunos consideravam importante, quais construções sociais traziam em seus
discursos, como se viam diante dos outros sujeitos na sala, colegas e professora, e do meio
social em que vivem.
O uso de TDIC nas práticas pedagógicas da professora pesquisadora, com foco na
afetividade
Em todos os encontros (aulas) do curso, a professora reservou 15 minutos no final para
conversar com os alunos sobre sua jornada de aprendizagem de língua inglesa. Essa ação
docente foi adotada em função daquilo para o que Sousa Santos (2019) chama atenção, a
importância dos sentidos e sentimentos envolvidos nos contextos educacionais. As rodas de
conversa foram parte das práticas da professora pesquisadora, por entender que conhecer os
5
Google Sala de Aula permite criar um ambiente onde o professor possa compartilhar com os alunos materiais,
bem como criar e receber tarefas e trocar informações através de e-mail e mensagens instantâneas.
6
O TED é uma organização sem fins lucrativos dedicada à divulgação de ideias, geralmente na forma de
conversas curtas e poderosas (18 minutos ou menos). O TED começou em 1984 como uma conferência onde
tecnologia, entretenimento e design convergiram, e hoje cobre quase todos os tópicos - da ciência aos negócios e
às questões globais - em mais de 100 idiomas. (https://www.ted.com/about/our-organization. Acesso em: 22 set.
2018, tradução nossa - adaptado).
Raquel Rosa de SOUZA e Ariovaldo Lopes PEREIRA
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alunos é essencial para oferecer propostas didáticas relevantes e que levem em conta a
subjetividade e a visão de mundo dos sujeitos envolvidos nesse processo (Weedon, 1997;
Woodward, 2000; Fortes, 2019; Jordão, 2019).
Ao analisarmos a primeira roda de conversa, constatamos que todos os alunos sentiam
necessidade de aprender a língua inglesa. Porém, havia uma dicotomia: de um lado, essa
necessidade se dava por questões profissionais; de outro, por simpatia pela cultura e
comunidade de falantes. Considerando que, segundo a classificação de Brown (2000), todos
do grupo pesquisado eram aprendizes instrumentais intrínsecos, foram adotadas práticas
pedagógicas que auxiliassem a perceber como se sentiam usando as próprias vivências e o
cotidiano para aprender inglês. Assim, as aulas foram iniciadas com práticas pedagógicas que
agregavam o uso das TDIC em um ambiente colaborativo e propício para a aprendizagem,
dentro da perspectiva da afetividade que abarca o pensamento de Lago (2011, p. 81) segundo
o qual, “num objetivo mais modesto, de afetar apenas a vida acadêmica, cada professor deve
buscar as formas como essa sala de aula pode vir a constituir-se nesse ambiente promotor da
autoestima elevada”.
Todos os alunos participantes da pesquisa foram incluídos na Google Sala de Aula.
Foi informado aos estudantes que tudo que fizessem ali seria em língua inglesa e que a
participação seria parte da avaliação. A princípio, apenas dois alunos completaram a atividade
proposta. A professora notou, dessa forma, que a exigência de uso da ngua inglesa era uma
barreira para os alunos. Seguindo o alerta de Morin (2007) sobre a importância de atentar para
as capacidades e variações de aprendizagem no processo de assimilação de novos saberes,
durante a roda de conversa, a professora e os discentes conversaram sobre a necessidade de
quebrar paradigmas e barreiras com o uso da língua, tendo consciência dos limites de cada
um, aceitando esses limites e trabalhando para superá-los. A professora, ciente da
ressignificação do papel do docente, a partir dos avanços tecnológicos, como “mediador,
facilitador, incentivador e motivador da aprendizagem” (Masetto, 201, p. 23), desafiou os
alunos a mudarem a forma como viam as pessoas que não se comunicam de forma eficaz, ou
que têm dificuldade de se expressar, explicando que a maneira como eles se viam iria
possibilitar que avançassem ou determinar que estagnassem.
Para Gardner (2005) a cultura e o ambiente têm influência na aquisição de segunda
língua e podem direcionar a motivação (esforço, desejo e afeto) do indivíduo em aprendê-la.
Para Gardner (2005) a cultura e o ambiente têm influência na aquisição de segunda língua e
podem direcionar a motivação (esforço, desejo e afeto) do indivíduo em aprendê-la. O modelo
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sócio-educacional de Gardner (2005) sugere a necessidade de buscar estratégias que motivem
os estudantes, reforçando a importância do professor no processo de aquisição de uma
segunda língua. Esse modelo conduz a outro fator crucial: a interferência do que ocorre na
sala de aula, conhecida como “motivação integrativa” (Gardner, 2005, p. 15).
Dentro dessa perspectiva, a professora continuou a postar atividades no Google Sala
de Aula e, à medida que os alunos se conheciam melhor, sentiam-se mais confortáveis para
participar dos fóruns online e das conversações presenciais. A primeira leitura proposta foi de
um artigo postado no Google Sala de Aula intitulado How to successfully work across
countries, languages, and cultures (Como trabalhar com sucesso entre países, línguas e
culturas). Nesse texto, que é um excerto da revista online Harvard Business Review, o inglês é
apresentado como língua franca e como a solução para o desenvolvimento de uma
multinacional japonesa no mundo globalizado. Para que as filiais da empresa em diferentes
países pudessem compartilhar o que estava funcionando e assim poderem aprender umas com
as outras, foi decretado que não mais se usasse a língua oficial de cada país, tornando o uso da
língua inglesa obrigatório em todos os escritórios da empresa ao redor do mundo.
Após a leitura, os alunos foram convidados a compartilhar suas impressões sobre o
material lido. Constatamos que, mesmo realizando as atividades online e tendo a opção de
consultar dicionários e outras fontes online, a maioria se limitou a respostas simples e menos
elaboradas. Isso impulsionou um replanejamento das aulas, levando a professora a repensar
qual seria a maior necessidade dos alunos que não estava sendo contemplada nas atividades
desenvolvidas, na busca de compreender as emoções que circulavam naquele contexto e como
isso afetava o ensino e, consequentemente, a aprendizagem dos alunos (Benesh, 2012 apud
Oliveira, 2021).
Foi proposta, então, uma nova leitura, desta vez de um texto menor, um abstract de
um artigo que tratava da relação entre emoções, tecnologia e aprendizagem, cujo título é
Empathy, emotion, technology, and learning
7
(Empatia, emoção, tecnologia e aprendizagem).
O objetivo era ajudar os alunos a entender o que estavam vivendo como aprendizes, ao
mesmo tempo, em que faziam isso na língua alvo. Os estudantes foram convidados a explorar
suas emoções e compreender o processo que estavam vivendo como aprendizes, expressando-
se em inglês.
7
Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/B9780128006498000110. Acesso em: 22
set. 2018.
Raquel Rosa de SOUZA e Ariovaldo Lopes PEREIRA
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Ainda assim, observou-se grande resistência quanto ao uso da plataforma online
Google Sala de Aula, expressa nas tarefas que não eram postadas e nos discentes que
visitavam a sala de aula online, mas se mantinham invisíveis, sem participação em nenhuma
atividade. Isso foi intrigante, pois a professora o sabia se a reação era ao uso da plataforma
ou em função da dificuldade em expor seu pensamento em ngua inglesa. Quando nos
comunicamos em outra língua, muito mais que simplesmente proferir novos sons. De
acordo com Mastrella-de-Andrade (2011, p. 17), isso “implica um fazer, acompanhado de um
sentir e indissociável de um vir a ser, ou seja, um tornar-se, de maneiras distintas, no ambiente
da sala de aula”.
Na sequência, após o trabalho com atividades disponibilizados na plataforma Google
Sala de Aula, a aula foi direcionada a um tópico pelo qual os participantes demonstravam
grande interesse: conhecer mais sobre a cultura estadunidense. Assim, foram convidados a
ouvir a música Dear Mr. President (Prezado Sr. Presidente), da cantora e compositora
estadunidense Pink
8
, anteriormente postada na Google Sala de Aula, e a fazer uma reflexão
crítica sobre aspectos comuns entre Brasil e Estados Unidos. Nessa atividade, registrou-se a
maior participação nos fóruns até o momento.
Outra proposta apresentada ao grupo, com o intuito de diminuir a ansiedade e ajudar a
desenvolver estratégias de comunicação oral, foi o uso do TED Talk nas aulas. Como
mencionado anteriormente, o TED Talk é uma conferência onde comunicadores trazem suas
ideias em apresentações de menos de dezoito minutos. Essas palestras são gravadas em vídeo
e disponibilizadas gratuitamente no site do TED Talk através do YouTube. A proposta
didática era que cada aluno escolhesse um vídeo e preparasse um handout para que os colegas
acompanhassem sua apresentação. Eles teriam que compartilhar o vídeo escolhido no Google
Sala de Aula, assim, todos poderiam assistir com antecedência e fazer comentários na
plataforma.
No processo de execução dessa atividade, percebemos um engajamento maior no
Google Sala de Aula, com os alunos escolhendo, preparando e apresentando seus vídeos.
Após esse período, foi pedido que avaliassem, por intermédio de um questionário, como foi a
experiência com o uso do TED Talk. A maioria considerou a atividade positiva, com a
ressalva de que o tempo curto (menos de 18 minutos, conforme citado acima) limitou a
interação. Na avaliação da professora, ocorreram, naquele contexto, mediante uma nova
8
Disponível em: HTTPS:// www.youtube.com/watch?v=1oJ_f8SUavk. Acesso em: 22 set. 2018.
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configuração educacional tecnológica, “novas aprendizagens” que geraram nos alunos um
processo de “descobertas, relações, valores e comportamentos” (Kenski, 2012, p. 44).
Ao serem questionados se as práticas pedagógicas daquele mês facilitaram o
aprendizado, os estudantes também tiveram opiniões diferentes, o que mostra como as
pessoas são singulares em seu modo de ser e aprender, evidenciando a importância de se
atentar para a subjetividade das pessoas envolvidas nos processos educativos (Weedon, 1997;
Woodward, 2000). Assim, por exemplo, uma participante apontou que o uso do TED Talk por
um período prolongado não foi construtivo, visto que sentia necessidade de aprender através
da fala da professora, e não pela fala dos colegas que, segundo ela, não se comunicavam bem.
Na visão dessa aluna, portanto, o uso da ferramenta TED Talk por um período prolongado não
foi construtivo. Isto nos fez pensar que, embora seja excelente para promover letramento
crítico e trazer inovação para o ensino de línguas, a ferramenta pode funcionar melhor se
usada em conjunto com outros recursos, ou com foco em diferentes habilidades.
Isso indica que o trabalho com a realidade de cultura digital exige adaptabilidade, não
bastando conhecer novos recursos tecnológicos, que é parte fundamental da ação docente. É
preciso saber usá-los como instrumentos de mediação para a aprendizagem, a fim de motivar
os alunos a buscarem sua própria agência como sujeitos. Nota-se, assim, que o papel do
professor e as práticas docentes, mesmo em ambientes digitais, são aspectos essenciais da
aprendizagem, conforme assevera Masetto (2013, p. 152): “A mediação pedagógica coloca
em evidência o papel de sujeito do aprendiz e o fortalece como protagonista de atividades que
vão lhe permitir aprender e atingir seus objetivos”.
Na investigação para compreender se o Google Sala de Aula foi relevante para os
alunos, a professora solicitou que respondessem como se sentiram ao participar de atividades
usando aquela plataforma. As respostas foram variadas, entretanto, de modo geral, houve
consenso de que a plataforma facilitou a aprendizagem. Porém, uma aluna destacou a falta de
dinamismo dessa ferramenta, e os demais colegas concordaram com ela. Considerando que
hoje as pessoas estão em redes sociais, onde maior velocidade de informação, receber
notificações por e-mail faz com que haja um gap entre o envio, o recebimento e a resposta, ao
contrário do que ocorre com os aplicativos de mensagens instantâneas. Se o indivíduo não
estiver conectado à plataforma ou não tiver liberado seu dispositivo móvel para receber
notificações, pode ficar sem receber as mensagens do Google Sala de Aula, o que exige maior
comprometimento do aluno em entrar na sala de aula virtual diariamente.
Raquel Rosa de SOUZA e Ariovaldo Lopes PEREIRA
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Percebe-se, assim, que o avanço tecnológico digital faz com que a comunicação pelas
redes sociais, como nos grupos do Facebook, e por aplicativos de mensagem instantânea
como o WhatsApp tenham o mesmo potencial de compartilhamento de documentos e vídeos
que o Google Sala de Aula. Contudo, aqueles oferecem uma facilidade maior de acesso, pois
a maioria dos alunos tem os aplicativos em seus dispositivos móveis e faz uso da
plataforma em seu cotidiano. A diferença é que no Google Sala de Aula é possível verificar o
progresso dos alunos com maior facilidade, pois as atividades ficam organizadas em pastas
com indicação de tarefas concluídas e não concluídas. As conversas se mantêm organizadas
por assuntos, o que não é possível no WhatsApp, mas é possível no Facebook.
Ao final de mais uma etapa, os alunos foram convidados a compartilhar, em uma roda
de conversa, suas percepções gerais do curso. A razão de ouvir o aprendiz durante a jornada
de aprendizagem é para que se possa oferecer um ensino relevante. Alves (2015, p. 842)
assinala que “para ensinar, é necessário aprender como o outro aprende ou mesmo estabelecer
sinergia entre linguajares”. Nessa atividade, os participantes verbalizaram suas impressões,
sendo que um ponto marcante que se repetia nas falas era a ênfase no ambiente de ensino e
nas práticas pedagógicas por eles denominadas “diferentes” em comparação ao ensino
tradicional.
O que os estudantes chamaram de diferente é o que identificamos como práticas
pedagógicas embasadas na afetividade e na subjetividade; é usar a língua para além de
propósitos linguísticos, mas como meio de ação e interação com as práticas sociais; é refletir
sobre si mesmo e sobre o mundo. A discussão sobre educação linguística passa pela sua
relação direta com a identidade dos aprendizes, da cultura e dos construtos que se entrelaçam
nos discursos. O eu, o outro, as identidades sociais e culturais, de modo natural, estão
diretamente relacionadas com a afetividade e influenciam o processo de aprendizagem de
línguas.
Considerações finais
Vivemos em um mundo fortemente influenciado pelas tecnologias digitais. A maneira
como a sociedade é gerida por esses instrumentos influenciadores permite fazer uma
correlação das TDIC como motivadoras nos processos educacionais. Assim, podemos afirmar
que o uso das tecnologias digitais no ensino tem grande influência na afetividade, em função
da relação recíproca entre o digital e o real nesse contexto.
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Por meio desta pesquisa é possível inferir que as tecnologias digitais têm um papel
importante na educação em geral, e na educação linguística em especial, uma vez que podem
potencializar práticas relevantes de interação social. Ao mesmo tempo, não é plausível falar
em ensino de língua inglesa sem considerar o aprendiz como um ser multidimensional, pois é
esse entendimento que propicia a construção de propostas didáticas significativas. Isso é
percebido nas falas de alunos que consideraram a abordagem de ensino inovadora, como, por
exemplo, na constatação de que o foco da professora não era na avaliação, mas na
aprendizagem, diferentemente dos métodos tradicionais.
Entre os comentários e as respostas aos questionários, nota-se que os alunos passaram
por momentos de construção, reconstrução e reflexão sobre como foram ensinados antes de
chegarem ao Programa Idiomas sem Fronteiras, comparando as experiências anteriores com o
modo como ocorreu a aprendizagem nessa proposta didática. Essa reação mostra que a
aprendizagem não começa quando os alunos entram na sala de aula; ao contrário, é um
movimento constante de ressignificação de quem são como aprendizes, de como aprendem e
do que apreendem. A interação com a cultura digital vai além das habilidades em lidar com as
Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC). Ela exige uma mudança de
paradigma, permitindo que o aprendizado ocorra através dessas ferramentas e redescobrindo a
aprendizagem como um momento de manifestação não apenas de conhecimento, mas também
de emoções e sentimentos, evidenciando a afetividade que permeia esse processo.
A discussão apresentada neste artigo contribui significativamente para (re)pensar as
práticas pedagógicas em aulas de língua inglesa mediadas por TDIC. Por exemplo, o uso do
TED Talk permite discussões críticas sobre diversos temas, colaborando para uma educação
intercultural e promovendo ganhos complementares, como o aumento do repertório
linguístico e o desenvolvimento de habilidades de compreensão oral. Por outro lado, o Google
Sala de Aula se mostra uma ferramenta viável para o ensino de nguas, mas não atinge todos
os alunos com a mesma eficiência. Isso ocorre porque exige um e-mail do Google como base
de comunicação, o que geralmente é menos utilizado pelos alunos em comparação com redes
sociais e aplicativos de mensagens instantâneas.
Em suma, espera-se que este estudo tenha contribuído para a constatação de que o
ensino de línguas, sob o viés da afetividade, pode transformar o ambiente da sala de aula. Tal
abordagem empodera os alunos, tornando-os agentes de sua própria jornada de aprendizagem,
sem desconsiderar a importância da ação mediadora do professor. Acredita-se que isso
colabora significativamente para a aquisição de repertório linguístico, pressuposto essencial
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para a constituição de sujeitos autônomos e confiantes em suas práticas sociais e discursivas,
tanto na língua materna quanto em segunda língua, língua estrangeira ou língua adicional.
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CRediT Author Statement
Reconhecimentos: À Universidade Estadual de Goiás, pelo apoio à pesquisa.
Financiamento: Não aplicável.
Conflitos de interesse: Não há conflitos de interesse.
Aprovação ética: Os participantes assinaram um Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE) aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade
Estadual de Goiás.
Disponibilidade de dados e material: Os dados coletados estão em posse dos
pesquisadores.
Contribuições dos autores: Ambos os autores participaram colaborativamente na
construção do texto.
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024023, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18800 1
ENGLISH LANGUAGE TEACHING MEDIATED BY DICT, UNDER THE
UMBRELLA OF AFFECTIVITY: AN EXPERIENCE IN THE LANGUAGES
WITHOUT BORDERS PROGRAM
1
ENSINO DE LÍNGUA INGLESA MEDIADO PELAS TDIC, SOB A UMBRELLA DA
AFETIVIDADE: UMA EXPERIÊNCIA NO PROGRAMA IDIOMAS SEM
FRONTEIRAS
ENSEÑANZA DEL IDIOMA INGLÉS MEDIADA POR TDIC, BAJO EL UMBRELLA
DE LA AFECTIVIDAD: UNA EXPERIENCIA EN EL PROGRAMA LENGUAS SIN
FRONTERAS
Raquel Rosa de SOUZA2
e-mail: desouzar@icloud.com
Ariovaldo Lopes PEREIRA3
e-mail: arylopes_br@yahoo.com
How to reference this paper:
SOUZA, R. R. de; PEREIRA, A. L. English language teaching
mediated by DICT, under the Umbrella of affectivity: An
experience in the Languages without Borders Program. Rev.
EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024023, 2024. e-
ISSN: 2447-3529. DOI:
https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18800
| Submitted: 10/12/2023
| Revisions required: 23/04/2024
| Approved: 17/05/2024
| Published: 28/05/2024
Editor:
Prof. Dr. Rosangela Sanches da Silveira Gileno
Deputy Executive Editor:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
This article was prepared based on an excerpt from a master's dissertation presented at the State University of
Goiás (Souza, 2018), with the necessary updates and adjustments.
2
State University of Goiás (UEG), Anápolis GO Brazil. Master in Education, Language, and Technologies.
Professor in the private education sector.
3
State University of Goiás (UEG), Anápolis GO Brazil. Doctoral degree in Applied Linguistics from
Unicamp; Postdoctoral Fellow in English Language and Literature Studies from USP. Professor at the State
University of Goiás.
English language teaching mediated by DICT, under the Umbrella of affectivity: An experience in the Languages without Borders Program
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DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18800 2
ABSTRACT: This article reports an investigation whose aim was to analyze the pedagogical
practices of a teacher, mediated by Digital Information and Communication Technologies
(DICT), under the bias of affectivity, in English language classes of the Languages without
Borders Program at the State University of Goiás, Brazil. The research followed the principles
of interpretive qualitative methods, with participant observation. The study is based on
reflections and theoretical-methodological discussions about the use of digital technologies in
English language teaching and learning processes, with a focus on effectivity. The results
reinforce the importance of the teacher in constructing pedagogical practices mediated by
DICT and based on affectivity, which can give new meaning to teaching and learning the
English language.
KEYWORDS: English language teaching. DICT. Affectivity.
RESUMO: A investigação aqui reportada teve como objetivo analisar as práticas
pedagógicas de uma professora, mediadas por Tecnologias Digitais de Informação e
Comunicação (TDIC), sob o viés da afetividade, em aulas de língua inglesa do Programa
Idiomas sem Fronteiras da Universidade Estadual de Goiás, Brasil. A pesquisa seguiu os
princípios de métodos qualitativos interpretativistas, com observação participante. O estudo
se fundamenta em reflexões e discussões teórico-metodológicas acerca do uso de tecnologias
digitais em processos de ensino e aprendizagem de língua inglesa, com foco na afetividade.
Os resultados reforçam a importância do professor na construção de práticas pedagógicas
mediadas pelas TDIC e pautadas na afetividade, as quais podem ressignificar o ensino e a
aprendizagem de língua inglesa.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino de língua Inglesa. TDIC. Afetividade.
RESUMEN: La investigación aquí relatada tuvo como objetivo analizar las prácticas
pedagógicas de una docente, mediadas por las Tecnologías Digitales de la Información y la
Comunicación (TDIC), bajo el sesgo de la afectividad, en las clases de lengua inglesa del
Programa Lenguas sin Fronteras de la Universidad Estadual de Goiás, Brasil. La
investigación siguió los principios de los métodos cualitativos interpretativos, con
observación participante. El estudio se basa en reflexiones y discusiones teórico-
metodológicas sobre el uso de las tecnologías digitales en los procesos de enseñanza y
aprendizaje del idioma inglés, con enfoque en la afectividad. Los resultados refuerzan la
importancia del docente en la construcción de prácticas pedagógicas mediadas por las TDIC
y basadas en la afectividad, que puedan dar nuevos significados a la enseñanza y el
aprendizaje del idioma inglés.
PALABRAS CLAVE: Enseñanza del idioma inglés. TDIC. Afectividad.
Raquel Rosa de SOUZA and Ariovaldo Lopes PEREIRA
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. esp. 1, e024023, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10iesp.1.18800 3
Introduction
Globalization has generated significant socio-economic changes since the last decades
of the past century, which directly or indirectly affect society, both in the educational and
professional contexts, and in social life as a whole. The dynamics stemming from this
process, driven by the foundations of the capitalist system, generate social and professional
demands such as the need to master one or more foreign/additional
4
languages in order to
compete successfully in the job market (Rajagopalan, 2003), thus bringing together two
fundamental terms of this culture: competition and success. At the institutional level, one of
the reflections of this reality is observed in Brazilian higher education, where we witness, for
example, the (self)imposed pressure on universities to internationalize, focusing on
international mobility and political status.
As part of this issue, Digital Information and Communication Technologies (DICT)
have developed in society and have brought, as a consequence, accessibility to means to
communicate, inform, shop, study, and connect with people from different cultures. With
these changes, the learning of English has become part of the lives of many individuals who,
to live their daily lives in the globalized world, position themselves in the job market, and
ultimately 'survive' in this socio-economic context, see the need to master one or more
languages achieving 'proficiency' in these language(s).
In this sense, it is essential to highlight that, in the process of acquiring a
foreign/additional language, the subjectivity of individuals interacts in the development of
new skills, because, as Dias (2012, p. 296, our translation) emphasizes, "students seem to
appropriate the capacities necessary for citizenship survival in the contemporary world." This
appropriation for survival is established firstly in the affective domain, that is, to survive in
the digital age, the individual is motivated extrinsically by the impositions of society, but also
intrinsically by emotions. According to Swerdloff (2016), there are fewer and fewer
distinctions between real life and the virtual world every day. It is in this sense that we
consider the importance of studies on emotions in language teaching and learning processes,
as these studies "can help us understand which emotions circulate in school contexts and how
this can affect the lives of teachers and, consequently, teaching" (Benesh, 2012 apud Oliveira,
2021, p. 84, our translation).
4
We chose to use the terms foreign language, additional language and second language interchangeably, that is,
referring to any language other than the mother tongue, regardless of whether the acquisition/learning process is
formal or informal.
English language teaching mediated by DICT, under the Umbrella of affectivity: An experience in the Languages without Borders Program
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As Morin (2007) asserts, understanding the need to conceive the student holistically
and consider their capacities and variations in learning is necessary for the assimilation of
new knowledge. Therefore, rethinking education constantly reflects on pedagogical methods,
the role of the teacher, and the complexity of human beings as learners and agents of
knowledge. In this perspective, it is necessary to reconsider the teaching of the English
language from the deconstruction and reconstruction of already established and naturalized
beliefs and assumptions, observing changes in society driven by DICT as an opportunity to
connect everyday life to teaching.
The study reported here is based on a segment of a master's dissertation presented to
the Graduate Program in Education, Language, and Technologies at the State University of
Goiás (UEG) (Souza, 2018), directing the focus to the practice of the teacher-researcher. The
aforementioned research aimed to investigate how the use of digital tools, specifically Google
Classroom and TED Talk, contribute to the learning of the English language, from the
perspective of affectivity. In light of this objective, a question arises to which the research
seeks to respond: what aspects must be considered for English language teaching mediated by
DICT, focusing on affectivity, to be significant and motivating, reaching students who,
although they are at an advanced level of schooling, have not developed minimum proficiency
in this language?
In addition to this introduction, this article features two theoretical sections covering
linguistic education, focusing on affectivity and meaningful English language teaching
through the use of digital technologies. The following section outlines the methodological
paths, and subsequently, a section with the analysis of the data from the research reported here
is presented. The text concludes with final considerations.
Linguistic education focusing on affectivity
Voigt and Macfarlane (2010) point out that the influence of new digital technologies
has shaped new learning styles for subjects exposed to them. These authors suggest that
assessing the ability of technologies to support the formation, articulation, and negotiation of
individuals' values within the community is a constructive step for changes in the educational
environment. In seeking to answer the question outlined in the previous section, we believe it
is essential to consider that linguistic education is an experience surrounded by the nuances of
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our humanity and immersed in our senses and feelings, in the contexts that surround us (Sousa
Santos, 2019).
Therefore, it is necessary for us to position ourselves as effective human beings,
constituted in affectivity, recognizing our subjectivity, that is, understanding our self, the
conscious and unconscious thoughts, and emotions that shape our conception of who we are,
how we see ourselves and how we see others and the world through discourses and cultures
(Weedon, 1997; Woodward, 2000). This conception aligns with what Fortes (2019, p. 73, our
translation) understands as subjectivity: "the meanings, emotions, and thoughts that we
experience in various social contexts and that, in turn, provide meaning, materializing our
realities and our identities".
In a study on the role of emotions in the practices of an English teacher, Oliveira
(2021) proposes a different look at this construct, considering that emotions "are discursively
produced and, therefore, are not internal and individual, but are constructed in the doing,
through social relations" (Oliveira, 2021, p. 82, our translation). Turning the focus specifically
to language teaching, the author understands that "teaching a foreign language involves a
complex network of cognitive, relational, and emotional resources, as only theoretical
knowledge of teaching a language is not sufficient to deal with complex situations that the
nature of their work involves" (Oliveira, 2021, p. 83, our translation).
It is important to emphasize that in the research reported here, we treat affectivity and
subjectivity as inseparable concepts. We corroborate Pennycook's view (2017), which
understands affectivity as individuals' subjectivity, meaning all the complexity involving their
stories, memories, life, and local culture. Therefore, in this work, we take affectivity as a
spectrum of feelings and emotions that envelop us, rooted in the core of our being and
influencing how we perceive the world around us (Jordão, 2019), and as something that is
intertwined with our social experiences and modulates the internal and external relationships
of human beings (Aragão, 2011).
Affectivity is clearly enveloped in feelings, emotions, and identity constructions that
are only possible to be perceived and discussed in a process of linguistic education that takes
into account the complexities involving the culturally and politically situated subject in the
world, after all, "the other is not a pure identity, nor a mere difference" (Skliar, 2003, p. 44,
our translation). According to this understanding, one cannot speak of affectivity in English
language teaching and disregard the subjectivity of individuals. According to Mastrella-de-
Andrade (2011, p. 12, our translation), affective factors go beyond individual aspects since
English language teaching mediated by DICT, under the Umbrella of affectivity: An experience in the Languages without Borders Program
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"teaching and learning a new language involve a complexity of factors that cannot be isolated
in themselves, but are all intertwined and act differently in different subjects, groups, and
contexts".
Linguistic education focusing on affectivity constitutes a renegotiation of spaces and
representations that enable the students to represent themselves in the language studied.
Pennycook's view (2017) is about preparing the learner to be able to write, speak, read, and
listen in counter-attack as an author and co-author of their own story. In the words of Tavares
and Stella (2014, p. 87, our translation), "It is allowing the student to use the language as a
means of constructing knowledge for themselves and others".
After years of neglecting emotions in understanding what language and linguistic
education are, and an overvaluation of rational and cognitive aspects in this process (Barcelos,
2015), from the 1990s onwards, the fields of Applied Linguistics began to adopt a new
perspective. Following what Pavlenko (2013 apud Oliveira, 2021, p. 88, our translation)
called the "affective turn," aimed at challenging the predominance of research on cognition,
these fields began to encourage and develop studies involving emotions and their relation to
language teaching and learning. This change came in the wake of socio-cultural educational
movements that understand that "social events are interconnected with the classroom and
influence and are influenced by emotions" (Oliveira, 2021, p. 92, our translation).
Digital Technologies and Meaningful English Language Teaching
Despite all technological advancements, the teacher, along with the learners, remains a
protagonist in the teaching and learning process, with their role redefined by the social
changes brought about by ICTs. However, their protagonism does not make them the sole
actor in knowledge construction, but rather a collaborator, a mediation agent capable of
showing students the importance of making connections between new knowledge and
previously acquired knowledge, thereby leading to knowledge assimilation and integration
(Morin, 2007). Thus, the teacher plays a fundamental role in this mediation process, as the
understanding that the student is a multidimensional being who learns in various ways and
that learning is a complex and integrated process (Alves, 2015) leads to an intentional
selection of pedagogical practices that reach students holistically.
In this sense, understanding the role of the English language teacher and the
relationship of ICTs with rethinking pedagogical practices becomes increasingly necessary.
Raquel Rosa de SOUZA and Ariovaldo Lopes PEREIRA
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One of the effects of globalization is the establishment, by universities, of internationalization
as a goal to be achieved in the short and medium term. The "main result of this pursuit was
the launch of the English without Borders Program (IsF)" (Sarmento; Abreu-e-Lima; Moraes
Filho, 2017, p. 8, our translation), later redefined as the Languages without Borders Program.
Through this program, English language courses were offered at the State University of Goiás
(UEG) with the aim of preparing students to develop their skills in that language, such as
presenting their work and representing the university inside and outside the country.
It is noticeable how learning processes have undergone significant changes with the
advent of ICTs. Thus, one cannot ignore the social and cultural changes and transformations
that influence the motivational process of individuals operating in these contexts. According
to Gómez (2012), understanding the beginning of the "technologization" of educational
processes means "there is a recognition of the playful value that the computer presented,
arousing attraction among the students" (p. 15, our translation). Today, more than two
decades later, it is perceived that it is not only the inclusion of the computer that generates
motivation, but the entire multimodal and multisemiotic system in which citizens of the
digital world are inserted. In Kenski's view (2012), this technological educational
configuration generates "new learnings" that "reorient all our processes of discovery,
relationships, values, and behaviors" (p. 44, our translation). It is, therefore, a synergy that
permeates relationships, daily life, and personal interests.
In this sense, it is observed that ICTs are not only one of the most effective mediation
tools in teaching but also one of the greatest motivators. According to Brooks and Shell (2006
apud Swerdloff, 2016), learning and memorization processes are associated with emotions,
and this makes an apparent conjunction between technology and emotion linked by learning.
These authors argue that, if the manipulation of the technological environment is considered,
emotion can be related to search and curiosity and can also be involved in activating focus,
which is often summarized under the term motivation.
In Kenski's understanding (2012), ICTs and cyberspace are new pedagogical spaces
that should be used not only instrumentally but also as social interaction, creating new
meanings. This shows that for ICTs to be used meaningfully in pedagogical mediation, it is
necessary not just to click on the correct answer; the learner needs to have the opportunity to
use their social experiences, which can be a great motivator for learning. An example of this
is in language teaching, as understood by Paiva (2011), target language-mediated participation
in social practices is one of the most effective means of acquiring a second language or
English language teaching mediated by DICT, under the Umbrella of affectivity: An experience in the Languages without Borders Program
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additional foreign language. This participation becomes possible today for individuals in
society who have access to ICTs. It is important to note that, concerning the democratization
of information, in societies marked by deep social inequalities, such as Brazil, it is still not
possible to achieve universal access to these digital tools and, consequently, to cultural
products, whether in the native language or any other language.
An example of open access to information and instructional content is MOOCs
(Massive Open Online Courses), free courses aimed at serving a broad and diverse
population, representing a new configuration in distance digital education. Another example is
YouTube itself, which has become one of the platforms for connecting like-minded interests
where people from different parts of the world can receive instruction and participate in live
sessions where participants ask questions and interact in real-time, creating a new model of
content sharing.
Learning is increasingly seen as a process of becoming a member of a particular
community, the "participation metaphor" conceived by Paiva (2011). According to this
author, "language learning comes to be used as legitimate peripheral use of language in a
dynamic process" (Paiva, 2011, p. 41, our translation). Such a process goes beyond the
cultural scenario, entering the realm of the individual's identity as a participant in this speech
community.
This general understanding of ICTs' role does not limit their potential to influence
learning, as there is variation according to individuals' characteristics, although mediations are
directed at the group in general. Cooper (2016) proposes this, arguing that technologies
permeate most human interactions. In this scenario, technology is most effective in supporting
learning where there is an understanding of how empathy works in relationships and how
technologies can either assist or not assist learning.
It can thus be asserted that technologies influence affectivity in learning; however,
they do not replace the role of human empathy. Despite the great technological advances, not
even the most incredible software can replace human empathy, which reinforces the
importance of the teacher, whose role is redefined as a "mediator, facilitator, encourager, and
motivator of learning" (Masetto, 2013, p. 233, our translation).
Raquel Rosa de SOUZA and Ariovaldo Lopes PEREIRA
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Methodological Approach
The research reported in this article follows a qualitative interpretative approach, as it
seeks its relevance in the study of social relations, the analysis of different perspectives, and
the reflections of researchers as knowledge production, following what Flick (2009) points
out. The pedagogical practices of the teacher-researcher/subject were investigated with the
aim of understanding how the use of digital tools such as Google Classroom and TED Talk
can contribute to the learning of the English language, from the perspective of affectivity.
In this perspective, the teacher-researcher investigated her practice, which
characterizes the research as participant observation (Lüdke; André, 1986). The use of ICTs
as mediators of pedagogical practices focusing on affectivity was analyzed in English
language classes taught by her at the Languages without Borders Program (IsF) of UEG,
Anápolis-GO campus from March to June 2018, in three sequential courses offered by IsF,
each lasting 16 hours.
To generate research data, instruments such as conversation circles between the
teacher and the students, the teacher's field diary, and questionnaires administered to the
students were used. The notes were reflective, encompassing conflicts, feelings, ideas,
impressions, certainties, and discoveries. The generation of data, as well as the definition of
instruments and their application, followed the ethical research standards established by ethics
committees and other instances.
The classes in which the empirical material of the research was generated were
planned from the perspective of affectivity, which defined the teacher's pedagogical practices,
always focusing on the central objective of the study. In addition to the teacher, the classroom
where the data was generated had 5 (five) students, all participants in the research: one
undergraduate student, two master's students, one doctoral student, and one technical-
administrative staff member from the University.
When planning the English course within the context of the Languages without
Borders Program, the teacher-researcher was convinced of the need to recognize the learners'
capabilities and learning variations as a fundamental presupposition for the assimilation of
new knowledge (Morin, 2007), which integrates their cultural, social, and educational
repertoires. In this theoretical-methodological perspective, the lesson planning and didactic
proposals that served as the basis for the research were constructed with subjectivity and the
use of pedagogical practices relevant to the context of the students in the investigated class
English language teaching mediated by DICT, under the Umbrella of affectivity: An experience in the Languages without Borders Program
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always in mind. Thus, a didactic proposal was developed from the perspective of affectivity
as an umbrella that accompanied the pedagogical practices of the teacher-researcher during
the data generation process.
In selecting digital technological tools to mediate pedagogical activities, the teacher
considered, in addition to the objectives, the individuality of the learners and the affective and
subjective processes that influence their motivation in class. In order to understand where
each learner was and where they wanted to go on their journey of learning English, the
teacher chose different digital tools, such as WhatsApp and Google Classroom apps
5
, which
served as support for face-to-face classes. Through these applications, students received
announcements, posted their assignments, and participated in forums.
Following the administration of a questionnaire aimed at getting to know each learner
better and understanding their experience in the first month of class, the teacher added the use
of TED Talk
6
to the didactic proposal. This tool helped her understand what the students
considered important, what social constructions they brought into their discourse, how they
saw themselves in front of other subjects in the classroom, peers and teacher, and the social
environment in which they lived.
The use of ICT in the pedagogical practices of the teacher-researcher, with a focus on
affectivity
In all course meetings (classes), the teacher set aside 15 minutes at the end to talk with
the students about their journey of learning English. This teaching action was adopted in
response to what Sousa Santos (2019) draws attention to, which is the importance of the
senses and feelings involved in educational contexts. The conversations were part of the
practices of the teacher-researcher, as she understood that getting to know the students is
essential for offering relevant didactic proposals that take into account the subjectivity and
worldview of the individuals involved in this process (Weedon, 1997; Woodward, 2000;
Fortes, 2019; Jordão, 2019).
5
Google Classroom allows you to create an environment where the teacher can share materials with students, as
well as create and receive tasks and exchange information via email and instant messaging.
6
TED is a nonprofit organization dedicated to spreading ideas, usually in the form of short, powerful talks (18
minutes or less). TED began in 1984 as a conference where technology, entertainment and design converged,
and today it covers almost every topic - from science to business to global issues - in more than 100 languages
(https://www.ted.com/about/our-organization. Accessed on: September 22, 2018, our translation - adapted).
Raquel Rosa de SOUZA and Ariovaldo Lopes PEREIRA
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Upon analyzing the first conversation circle, we found that all students felt the need to
learn the English language. However, there was a dichotomy: on one side, this need stemmed
from professional reasons; on the other, from a liking for the culture and community of
English speakers. Considering that, according to Brown's classification (2000), all individuals
in the researched group were intrinsic, instrumental learners, pedagogical practices were
adopted to help them perceive how they felt using their experiences and daily life to learn
English. Thus, classes began with pedagogical practices that incorporated the use of ICTs in a
collaborative and conducive learning environment, within the perspective of affectivity that
encompasses the thinking of Lago (2011, p. 81, our translation) according to which, "in a
more modest objective, to affect only academic life, each teacher must seek ways in which
this classroom can become a promoter of high self-esteem".
All students participating in the research were included in Google Classroom. Students
were informed that everything they did there would be in English and that participation would
be part of the assessment. Initially, only two students completed the proposed activity. The
teacher noticed, thus, that the requirement to use English was a barrier for the students.
Following Morin's warning (2007) about the importance of paying attention to the capacities
and variations of learning in the process of assimilating new knowledge, during the
conversation circle, the teacher and the students discussed the need to break paradigms and
barriers with the use of language, being aware of each one's limits, accepting these limits, and
working to overcome them. The teacher, aware of the redefinition of the teacher's role, based
on technological advances, as a "mediator, facilitator, encourager, and motivator of learning"
(Masetto, 201, p. 23, our translation), challenged the students to change the way they viewed
people who do not communicate effectively or have difficulty expressing themselves,
explaining that how they saw themselves would enable them to advance or determine that
they stagnated.
According to Gardner (2005), culture and environment influence second language
acquisition and can direct an individual's motivation (effort, desire, and affection) to learn it.
Gardner (2005) suggests that the socio-educational model necessitates seeking strategies that
motivate students, reinforcing the importance of the teacher in the process of acquiring a
second language. This model leads to another crucial factor: the interference of what happens
in the classroom, known as "integrative motivation" (Gardner, 2005, p. 15, our translation).
Within this perspective, the teacher continued to post activities on Google Classroom,
and as the students got to know each other better, they felt more comfortable participating in
English language teaching mediated by DICT, under the Umbrella of affectivity: An experience in the Languages without Borders Program
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online forums and face-to-face conversations. The first reading proposed was an article posted
on Google Classroom entitled "How to successfully work across countries, languages, and
cultures." In this text, which is an excerpt from the Harvard Business Review online
magazine, English is presented as a lingua franca and as the solution for the development of a
Japanese multinational in the globalized world. In order for the company's branches in
different countries to share what was working and thus learn from each other, it was decreed
that the official language of each country would no longer be used, making the use of the
English language mandatory in all company offices worldwide.
After the reading, the students were invited to share their impressions about the
material read. We found that, even though they were completing the activities online and had
the option to consult dictionaries and other online sources, most of them limited themselves to
simple and less elaborate responses. This prompted a re-planning of the classes, leading the
teacher to rethink what would be the students' greatest need that was not being addressed in
the activities developed, in an effort to understand the emotions circulating in that context and
how it affected teaching and, consequently, student learning (Benesh, 2012 apud Oliveira,
2021).
A new reading was then proposed, this time of a shorter text, an abstract of an article
dealing with the relationship between emotions, technology, and learning, titled "Empathy,
Emotion, Technology, and Learning"
7
. The aim was to help the students understand what they
were experiencing as learners while doing so in the target language. Students were invited to
explore their emotions and understand the process they were going through as learners,
expressing themselves in English.
However, there was still significant resistance to the use of the Google Classroom
online platform, expressed in tasks that were not posted and in students who visited the online
classroom but remained invisible, not participating in any activities. This was intriguing
because the teacher did not know if the reaction was due to the use of the platform or due to
the difficulty in expressing their thoughts in English. When we communicate in another
language, there is much more than simply uttering new sounds. According to Mastrella-de-
Andrade (2011, p. 17, our translation this "implies a doing, accompanied by a feeling and
inseparable from a becoming, that is, a becoming, in different ways, in the classroom
environment".
7
Available at: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/B9780128006498000110. Accessed in: 22
sep. 2018.
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Subsequently, after working with activities available on the Google Classroom
platform, the class was directed towards a topic for which the participants showed great
interest: learning more about American culture. Thus, they were invited to listen to the song
"Dear Mr. President" by the American singer and songwriter Pink
8
, previously posted on
Google Classroom, and to critically reflect on common aspects between Brazil and the United
States. In this activity, the highest participation in the forums was recorded up to that moment.
Another proposal presented to the group, with the aim of reducing anxiety and helping
to develop oral communication strategies, was the use of TED Talks in the classes. As
mentioned earlier, TED Talks are conferences where speakers present their ideas in
presentations of less than eighteen minutes. These lectures are recorded on video and made
available for free on the TED Talk website through YouTube. The didactic proposal was for
each student to choose a video and prepare a handout for their classmates to follow along with
their presentation. They would have to share the chosen video on Google Classroom, so
everyone could watch it in advance and make comments on the platform.
In the process of carrying out this activity, we noticed increased engagement on
Google Classroom, with students choosing, preparing, and presenting their videos. After this
period, they were asked to evaluate, through a questionnaire, how their experience with the
use of TED Talks. The majority considered the activity positive, with the caveat that the short
time (less than 18 minutes, as mentioned above) limited interaction. In the teacher's
evaluation, in that context, within a new technological educational configuration, "new
learnings" occurred that generated in the students a process of "discoveries, relationships,
values, and behaviors" (Kenski, 2012, p. 44, our translation).
When asked whether the pedagogical practices of that month facilitated learning, the
students also had different opinions, which shows how people are unique in their ways of
being and learning, highlighting the importance of paying attention to the subjectivity of
individuals involved in educational processes (Weedon, 1997; Woodward, 2000). For
example, one participant pointed out that the prolonged use of TED Talks was not
constructive, as she felt the need to learn through the teacher's speech, not through the speech
of classmates who, according to her, did not communicate well. Therefore, in this student's
view, the prolonged use of the TED Talk tool was not constructive. This made us think that,
although excellent for promoting critical literacy and bringing innovation to language
8
Available at: HTTPS:// www.youtube.com/watch?v=1oJ_f8SUavk. Accessed on: 22 September. 2018.
English language teaching mediated by DICT, under the Umbrella of affectivity: An experience in the Languages without Borders Program
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teaching, the tool may work better if used in conjunction with other resources, or with a focus
on different skills.
This indicates that working with the reality of digital culture requires adaptability, not
just knowing new technological resources, which is a fundamental part of teaching action. It
is necessary to know how to use them as mediation tools for learning, in order to motivate
students to seek their agency as individuals. Thus, it is noted that the role of the teacher and
teaching practices, even in digital environments, are essential aspects of learning, as asserted
by Masetto (2013, p. 152, our translation): "Pedagogical mediation highlights the learner's
role as a subject and strengthens them as protagonists of activities that will allow them to
learn and achieve their goals".
In the investigation to understand if Google Classroom was relevant for the students,
the teacher requested that they respond to how they felt about participating in activities using
that platform. The responses varied; however, overall, there was a consensus that the platform
facilitated learning. However, one student highlighted the lack of dynamism of this tool, and
the other classmates agreed with her. Considering that people are now in social networks,
where there is a greater speed of information, receiving notifications via email creates a gap
between sending, receiving, and responding, unlike what happens with instant messaging
apps. If the individual is not connected to the platform or has not enabled their mobile device
to receive notifications, they may not receive messages from Google Classroom, which
requires more significant commitment from the student to enter the virtual classroom daily.
Thus, it is perceived that digital technological advancement means that
communication through social networks, such as Facebook groups, and instant messaging
apps like WhatsApp, have the same potential for sharing documents and videos as Google
Classroom. However, those offer greater ease of access, as most students already have the
apps on their mobile devices and already use the platform in their daily lives. The difference
is that in Google Classroom, it is possible to check students' progress more easily, as the
activities are organized in folders indicating completed and incomplete tasks. Conversations
remain organized by subjects, which is not possible on WhatsApp but is possible on
Facebook.
At the end of another stage, the students were invited to share their general perceptions
of the course in a group discussion. The reason for listening to the learner during the learning
journey is so that relevant teaching can be offered. Alves (2015, p. 842, our translation) points
out that "to teach, it is necessary to learn how the other learns or even to establish synergy
Raquel Rosa de SOUZA and Ariovaldo Lopes PEREIRA
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between language uses." In this activity, the participants verbalized their impressions, with a
striking point repeated in their speeches, which was the emphasis on the teaching environment
and pedagogical practices they termed "different" compared to traditional teaching.
What the students referred to as “different” is what we identify as pedagogical
practices based on affectivity and subjectivity; it involves using the language beyond
linguistic purposes, but as a means of action and interaction with social practices; it entails
reflecting on oneself and the world. The discussion about language education directly relates
to the learners’ identities, cultures, and the constructs that intertwine in discourses. The self,
the other, social and cultural identities are naturally and directly related to affectivity and
influence the language learning process.
Final considerations
We live in a world heavily influenced by digital technologies. The way society is
managed by these influential tools allows us to correlate TDICs (Information and
Communication Digital Technologies) as motivators in educational processes. Thus, we can
affirm that the use of digital technologies in teaching has a significant influence on affectivity,
due to the reciprocal relationship between the digital and the real in this context.
Through this research, it is possible to infer that digital technologies play an essential
role in education in general, and in language education in particular, as they can enhance
relevant practices of social interaction. At the same time, it is not plausible to talk about
English language teaching without considering the learner as a multidimensional being, as
this understanding facilitates the construction of meaningful didactic proposals. This is
evident in the comments from students who found the teaching approach innovative, such as
the observation that the teacher’s focus was not on evaluation, but on learning, which differs
from traditional methods.
Among the comments and responses to the questionnaires, it is evident that students
experienced moments of construction, reconstruction, and reflection on how they were taught
before joining the Idiomas sem Fronteiras Program, comparing previous experiences with the
learning process in this didactic proposal. This reaction shows that learning does not begin
when students enter the classroom; on the contrary, it is a constant movement of re-
signification of who they are as learners, how they learn, and what they apprehend. Interaction
with digital culture goes beyond skills in handling Information and Communication Digital
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Technologies (ICTs). It demands a paradigm shift, allowing learning to occur through these
tools and rediscovering learning as a moment of manifesting not only knowledge but also
emotions and feelings, highlighting the affectivity that permeates this process.
The discussion presented in this article significantly contributes to rethinking
pedagogical practices in English language classes mediated by ICTs. For example, the use of
TED Talks enables critical discussions on various topics, fostering intercultural education and
promoting complementary gains, such as increasing linguistic repertoire and developing oral
comprehension skills. On the other hand, Google Classroom proves to be a viable tool for
language teaching, but it does not reach all students with the same efficiency. This is because
it requires a Google email as a communication base, which students generally less use
compared to social networks and instant messaging applications.
In summary, it is hoped that this study has contributed to the realization that language
teaching can transform the classroom environment under the lens of affectivity. Such an
approach empowers students, making them agents of their learning journey, without
disregarding the importance of the teacher's mediating role. It is believed that this
significantly aids in the acquisition of linguistic repertoire, an essential prerequisite for the
development of autonomous and confident individuals in their social and discursive practices,
both in their native language and in a second, foreign, or additional language.
Raquel Rosa de SOUZA and Ariovaldo Lopes PEREIRA
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CRediT Author Statement
Acknowledgements: To the State University of Goiás, for supporting the research.
Funding: Not applicable.
Conflicts of interest: There are no conflicts of interest.
Ethical approval: The participants signed an Informed Consent Form approved by the
Research Ethics Committee of the State University of Goiás.
Data and material availability: The collected data are in the possession of the
researchers.
Author’s contributions: Both authors collaboratively contributed to the construction of
the text.
Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.
Proofreading, formatting, normalization and translation.