Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 1
ESTRUTURAS E CARACTERÍSTICAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA: UMA ANÁLISE
COMPARADA DOS SISTEMAS EDUCACIONAIS ALEMÃO, BRASILEIRO E
ITALIANO
ESTRUCTURAS Y CARACTERÍSTICAS DE LA EDUCACIÓN BÁSICA: UN ANÁLISIS
COMPARATIVO DE LOS SISTEMAS EDUCATIVOS ALEMÁN, BRASILEÑO E
ITALIANO
STRUCTURES AND CHARACTERISTICS IN BASIC EDUCATION: A COMPARATIVE
ANALYSIS OF GERMAN, BRAZILIAN AND ITALIAN EDUCATIONAL SYSTEMS
Caique Fernando da Silva FISTAROL1
e-mail: cfsfistarol@gmail.com
Isabela Vieira BARBOSA2
e-mail: miss.vieira@gmail.com
James DADAM3
e-mail: jamesd@furb.br
Marcia Regina Selpa HEINZLE4
e-mail: selpa@furb.br
Como referenciar este artigo:
FISTAROL, C. F. da S.; BARBOSA, I. V.; DADAM J.;
HEINZLE, M. R. S. Explorando as estruturas e características
da educação básica: Uma análise comparada dos sistemas
educacionais alemão, brasileiro e italiano. Rev. EntreLinguas,
Araraquara, v. 9, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529.
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822
| Submetido em: 05/09/2024
| Revisões requeridas em: 13/09/2024
| Aprovado em: 25/10/2024
| Publicado em: 14/11/2024
Editora:
Profa. Dra. Rosangela Sanches da Silveira Gileno
Editor Adjunto Executivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB), Blumenau SC Brasil. Doutorando do Programa de
Pós-graduação em Educação. Bolsista CNPq.
2
Escola Barão do Rio Branco, Blumenau SC Brasil. Professora. Doutora em Educação pelo Programa de Pós-
graduação em Educação pela Fundação Universidade Regional de Blumenau.
3
Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB), Blumenau SC Brasil. Professor - Departamento de
Comunicação/Programa de Pós-graduação em Educação.
4
Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB), Blumenau SC Brasil. Professora Departamento de
Educação/Programa de Pós-graduação em Educação.
Explorando as estruturas e características na educação básica: Uma análise comparada do sistema educacional alemão, brasileiro e
italiano
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 2
RESUMO: Este artigo tem por objetivo analisar a estrutura dos sistemas educacionais alemão,
brasileiro e italiano na Educação Básica. Os referenciais teóricos são os documentos oficiais
desses países. Os procedimentos metodológicos se baseiam na Educação Comparada e a análise
de dados é realizada a partir dos aspectos da organização hierárquica, financiamentos e desafios.
Essas divergências podem ser compreendidas à luz das realidades políticas, históricas,
econômicas e sociais de cada nação. Os dados apontam o inegável direito constitucional à
educação como um aspecto comum. No entanto, é necessário destacar que o estabelecimento
desse direito nas Constituições não garante a qualidade e a efetividade do sistema educacional.
Por fim, é necessário reconhecer que, apesar dessas similaridades e objetivos constitucionais, a
efetividade na implementação e realização desses objetivos pode variar devido a fatores como
recursos disponíveis, desigualdades sociais e desafios estruturais em cada país.
PALAVRAS-CHAVE: Educação comparada. Sistema educacional. Educação básica.
RESUMEN: Este artículo tiene como objetivo analizar la estructura de los sistemas educativos
alemán, brasileño e italiano en Educación Básica. Las referencias son los documentos oficiales
de estos países. La metodología se basa en la Educación Comparada y el análisis de datos se
realiza con base en aspectos de organización jerárquica, financiamiento y desafíos. Estas
divergencias pueden entenderse a partir de las realidades políticas, históricas, económicas y
sociales de cada nación. Los datos señalan el innegable derecho constitucional a la educación
como un aspecto común. Sin embargo, es necesario resaltar que el establecimiento de este
derecho en las Constituciones no garantiza la calidad y eficacia del sistema educativo.
Finalmente, es necesario reconocer que, a pesar de estas similitudes y objetivos
constitucionales, la efectividad en la implementación y el logro de estos objetivos puede variar,
debido a factores como recursos disponibles, desigualdades sociales y desafíos estructurales
en cada contexto nacional.
PALABRAS CLAVE: Educación comparada. Sistema educativo. Educación básica.
ABSTRACT: This paper aims to analyze the structure of the German, Brazilian, and Italian
educational systems in Basic Education. The theoretical references used are the official
documents of these countries. The methodological procedures are based on Comparative
Education, and data analysis is carried out from aspects of hierarchical organization, funding,
and challenges. These divergences can be understood by considering each nation's political,
historical, economic, and social realities. The data point to the undeniable constitutional right
to education as a common aspect. However, it is necessary to emphasize that the establishment
of this right in the Constitution does not guarantee the quality and effectiveness of the
educational system. As a final consideration, it is necessary to recognize that, despite these
similarities and constitutional objectives, the effectiveness in implementing and achieving these
objectives may vary due to factors such as available resources, social inequalities, and
structural challenges in each national context.
KEYWORDS: Comparative education. Educational system. Basic Education.
Caique Fernando da Silva FISTAROL; Isabela Vieira BARBOSA; James DADAM; Marcia Regina Selpa HEINZLE
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 3
Introdução
Historicamente, tem-se reconhecido o papel fundamental da educação no
desenvolvimento humano e na construção de sociedades mais justas e sustentáveis. A educação
é responsável por promover o acesso ao conhecimento, desenvolvimento de habilidades e
competências (Brasil, 2018), além de promover a formação de valores éticos e cidadãos. No
entanto, a globalização tem causado impactos significativos no sistema educacional por trazer
consigo desafios e oportunidades para a educação, com a necessidade de preparar os indivíduos
para um mundo cada vez mais complexo e interdependente.
Se por um lado uma maior oferta de recursos educacionais e informações de
diferentes partes do mundo, expandindo as possibilidades de aprendizado, por outro um
aumento de desigualdades e pressões para a homogeneização dos sistemas educacionais,
privilegiando certos conhecimentos e valores em detrimento de outros. A pressão exercida por
organismos internacionais, como Banco Mundial, Unesco, FMI, entre outros, busca orientar
nações e seus políticos a adotarem certas agendas que são de interesse dessas agências e das
pessoas e grupos que as dirigem. A criação de avaliações internacionais, como o PISA, produz
um ranqueamento dos países participantes, demonstrando que certos sistemas funcionariam
melhor que outros, de forma que nações com resultados inferiores tentariam (ou deveriam
tentar) imitar àquelas mais bem sucedidas, muitas vezes sem sucesso.
Além disso, tem-se observado transformações socioeconômicas e culturais, exigindo
uma reavaliação dos objetivos e práticas educacionais, a fim de que os indivíduos possam
desenvolver as competências necessárias para superar os desafios e vivenciar as oportunidades
desse contexto, tornando-se um cidadão global.
O conceito de cidadania global tem como objetivo constituir um cidadão que tenha uma
postura crítica, uma consciência das diferentes realidades mundiais e uma maior consciência
relacionada a aspectos culturais, sociais e éticos (Morosini, 2018). É um cidadão consciente de
que pertence a um mundo interligado, mas com uma identidade multifacetada, influenciada por
aspectos locais, regionais e globais, e que sabe transitar por diferentes ambientes e culturas,
compreendendo que elas são diferentes e precisam ser respeitadas, sem que sejam consideradas
inferiores ou superiores.
Nesse contexto, é fundamental compreender o funcionamento do sistema escolar, tanto
em níveis macro quanto micro, como condição indispensável para a promoção de uma educação
efetiva e de qualidade. Ao compreender os mecanismos e estruturas que permeiam o sistema
Explorando as estruturas e características na educação básica: Uma análise comparada do sistema educacional alemão, brasileiro e
italiano
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 4
educacional, é possível identificar suas potencialidades, desafios e limitações, bem como
desenvolver estratégias e políticas educacionais mais adequadas e eficazes. Isso envolve
analisar os aspectos organizacionais, administrativos, curriculares, pedagógicos e sociais que
influenciam a prática educativa. Além disso, compreender o sistema escolar também implica
reconhecer a diversidade de contextos e realidades presentes nas escolas, considerando as
características específicas dos estudantes, suas necessidades individuais, bem como as questões
sociais, culturais e econômicas que impactam seu processo de aprendizagem.
Com o intuito de aprofundar o conhecimento sobre a organização curricular e
hierárquica no campo da educação, optou-se por realizar um estudo comparativo dos sistemas
educacionais do Brasil, Alemanha e Itália, focando na Educação Básica. O objetivo é analisar
a estrutura desses sistemas e tentar identificar, a partir de documentos oficiais, elementos
semelhantes e diferentes que ajudem a compreender como a estrutura hierárquica e o
financiamento estão determinando certos aspectos da educação.
Delimitações do estudo
Para se obter uma compreensão abrangente das diversas facetas dos sistemas
educacionais em análise, é crucial considerar os contextos em que eles estão inseridos. É
fundamental compreender como a estrutura governamental de um país está organizada, a fim
de identificar quais órgãos do Estado o responsáveis pela educação e quais são suas
respectivas atribuições.
Faz-se necessário, inicialmente, esclarecer que a escolha dos países deste estudo deu-
se, principalmente, por causa da organização do sistema escolar na região de atuação dos
pesquisadores, intrinsecamente relacionada a sua história. O Médio Vale do Itajaí, onde está
situada a Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB), foi colonizado por
imigrantes de diferentes países europeus, principalmente Alemanha e Itália. As cidades de
Blumenau e Pomerode foram predominantemente colonizadas por imigrantes alemães e
promovem, em algumas unidades de suas redes municipais de educação, o ensino bilíngue em
língua alemã, enquanto em outras oferecem esse idioma como língua estrangeira. os
municípios de Rodeio e Ascurra, com significativa presença de descendentes de imigrantes
italianos, principalmente da região de Trento, oferecem a língua italiana como língua
estrangeira em algumas escolas municipais e possuem projetos para o ensino bilíngue
português/italiano. Além disso, um intenso intercâmbio cultural entre essas cidades e
Caique Fernando da Silva FISTAROL; Isabela Vieira BARBOSA; James DADAM; Marcia Regina Selpa HEINZLE
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 5
municípios na Alemanha e na Itália. Assim, compreender os sistemas educacionais desses
países e compará-los ao brasileiro revela-se relevante para aprofundar pesquisas e repensar as
políticas públicas locais.
Tendo em vista a complexidade dos sistemas envolvidos nesta análise, o primeiro
desafio foi o de determinar quais aspectos considerar, uma vez que esses três sistemas são
regulamentados e organizados de forma bastante distinta. Diante disso, decidimos realizar uma
análise detalhada dos anos equivalentes na Alemanha e Itália ao ensino fundamental brasileiro,
do ao 9º ano. Durante o desenvolvimento da pesquisa, contudo, alguns aspectos da Educação
Infantil e do Ensino Médio tiveram que ser levados em consideração para que o Ensino
Fundamental dos países analisados pudesse ser melhor compreendido, tendo em vista que são
etapas anteriores e posteriores ao objeto desta pesquisa e que acabam influenciando o sistema
de forma abrangente.
Adicionalmente, vale ressaltar que alguns dos dados fornecidos pelos governos
mencionados não estão discriminados por ano. Por exemplo, informações sobre financiamento
destinado às escolas consideram o sistema educativo como um todo, não especificando a
distribuição para os diferentes ciclos escolares.
Os estudos comparados possibilitam compreender as diversas abordagens e práticas
educacionais adotadas em diferentes países e contextos. Por meio da análise comparativa, é
possível identificar semelhanças, diferenças e padrões nos sistemas educacionais, políticas,
estruturas curriculares, métodos de ensino e resultados de aprendizagem. Essa abordagem
permite uma avaliação mais crítica e contextualizada das políticas e práticas educacionais,
fornecendo percepções valiosas para a formulação de políticas educacionais mais informadas e
eficazes. Além disso, os estudos comparados contribuem para o enriquecimento teórico e
metodológico da área de educação, fornecendo um quadro mais amplo para a compreensão dos
desafios e oportunidades enfrentados pelos sistemas educacionais em todo o mundo.
Assim, os estudos comparados contribuem para a promoção do intercâmbio de
conhecimentos, no aprimoramento das políticas educacionais e na busca por uma educação de
qualidade e equitativa em escala global. De acordo com Franco (1992), é por meio de um
processo comparativo que diferenças e semelhanças podem ser percebidas, possibilitando
compreender “o outro a partir dele mesmo e, por exclusão, se perceber na diferença” (Franco,
1992, p. 14).
Marshall (2019) explica que, ao longo dos anos, diversos estudiosos têm debatido se a
educação comparada deve ser considerada uma disciplina, um campo de estudo, uma
Explorando as estruturas e características na educação básica: Uma análise comparada do sistema educacional alemão, brasileiro e
italiano
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 6
abordagem ou um método. No entanto, conclui-se que não um método único aplicado à
educação comparada.
Para a autora, muitos estudiosos concordam que a educação comparada é um subcampo
dos Estudos da Educação, uma vez que o campo explora uma vasta gama de questões, e é
utilizado por muitas disciplinas. A principal vantagem do campo é a sua abordagem
multidisciplinar e a variedade de quadros teóricos utilizados na investigação (Marshall, 2019).
Neste sentido, nos alicerçamos na visão de Epstein (1992, p. 409) que define a educação
comparada como “um campo de estudo que aplica teorias e métodos científicos sociais às
questões internacionais de educação”. Para Marshall (2019), o principal objetivo da educação
comparada é ainda, aprender com as realizações e erros de outros e observar as questões
educacionais de uma perspectiva global e não etnocêntrica.
Ao revisar a evolução dos estudos comparados, Carvalho (2014) aponta que as
diferentes teorias, métodos e enfoques que ao longo dos anos caracterizaram os estudos
comparados podem ser agrupados em dois segmentos: um com foco microanalítico, que busca
entender a educação por meio de uma abordagem intranacional, e outro macroanalítico, que
aborda o tema sob uma perspectiva transnacional, global ou internacional, com ênfase na
influência que política e economia exercem na educação. A partir desses agrupamentos, a autora
propõe a adoção de uma perspectiva dialética nos estudos comparados, evitando a adoção de
uma postura unidimensional e identificando fatores particulares e próprios de cada sistema de
educação, mas também aqueles comuns e globais que perpassam a educação como um todo.
Neste estudo, buscamos identificar semelhanças e diferenças entre os sistemas,
considerando os aspectos intranacionais, mas também aqueles transnacionais, como, por
exemplo, a influência da União Europeia e de outros mecanismos internacionais nos sistemas
de educação de Alemanha e Itália, mas também do Brasil.
Organização Hierárquica
O Quadro 1 apresenta uma versão simplificada, mas precisa, da hierarquia
governamental responsável pela educação nos três países analisados. Destaca-se que essa
representação visa oferecer uma visão geral do sistema, sem refletir toda a complexidade da
estrutura governamental de cada país.
Caique Fernando da Silva FISTAROL; Isabela Vieira BARBOSA; James DADAM; Marcia Regina Selpa HEINZLE
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 7
Quadro 1 Organização hierárquica dos sistemas educacionais
Alemanha
Brasil
Itália
Bundesministerium für
Bildung und Forschung:
jurisdição/responsabilidades
reguladoras e de controle.
Ministério da Educação:
organiza a estrutura e o
plano curricular. É
responsável pela rede
federal de ensino.
Ministero dell’Istruzione
e del Merito: executa as
funções e atividades do
Estado sobre a educação
escolar, plano curricular,
objetivos formativos, entre
outros.
Ministérios da Educação e
Assuntos Culturais
(Bildungsministerien):
soberania cultural dos 16
estados (Kultur Hoheit).
Secretaria Estadual da
Educação: é responsável
pela rede estadual de
ensino. As escolas públicas
dessa rede são governadas
por autoridades estatais.
As regiões têm poderes
legislativos concorrentes
em matéria de educação
(tanto o Estado como as
Regiões) e poderes
legislativos exclusivos em
matéria de educação e
formação profissional.
Distritos da Autoridade
Local (Município):
fornecem o enquadramento
exterior → o edifício escolar
e as necessidades de pessoal
de suporte (não docente).
Secretaria Municipal da
Educação: é responsável
pela rede municipal de
ensino. As escolas públicas
dessa rede são governadas
pelas autoridades
municipais.
Municípios e províncias
possuem a tarefa de manter
a infraestrutura e serviços
de apoio, como transporte
e alimentação. As
províncias têm
competência com relação
ao Ensino Médio e os
municípios com a
Educação Infantil e Ensino
Fundamental.
Implementam as diretrizes
dadas pelo Estado nos
currículos.
Diretor: as escolas são
administradas pelos
diretores eleitos pela
comunidade ou indicados
pelo poder executivo. Os
diretores administram as
escolas através de um
plano de trabalho com o
município.
As instituições públicas de
ensino têm autonomia
educativa, organizacional
e de investigação,
experimentação e
desenvolvimento.
Fonte: Elaboração dos autores (2024).
Um aspecto relevante a ser destacado é que a Itália, diferentemente do Brasil e da
Alemanha, que possuem divisões políticas com níveis federal, estadual e municipal, apresenta
uma estrutura administrativa distinta por não ser uma república federal. Conforme os artigos
114 e 116 da Constituição Italiana, a Itália possui um governo central nacional e 20 governos
regionais, que se subdividem, exceto no caso da região Valle d’Aosta, em cidades
metropolitanas e províncias. Estas, por sua vez, são divididas em comunas, equivalentes aos
municípios no Brasil. Dentre as regiões, cinco possuem estatuto especial, que prevê condições
específicas de autonomia. A região Trentino-Alto Adige/Südtirol, por exemplo, é composta por
duas províncias autônomas com estatuto especial (Itália, 2023a). Essa estrutura política precisa
Explorando as estruturas e características na educação básica: Uma análise comparada do sistema educacional alemão, brasileiro e
italiano
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 8
ser considerada para uma compreensão adequada da organização do sistema educacional
italiano.
Nesse sentido, destaca-se a necessidade de uma análise criteriosa ao realizar um estudo
de caso, considerando não apenas os objetivos estabelecidos, mas também as estruturas
organizacionais que os sustentam. Desta forma, é possível identificar semelhanças
significativas entre os três países em diversos aspectos, mas também distinções marcantes.
Essas divergências podem ser compreendidas à luz das realidades políticas, históricas,
econômicas e sociais de cada nação.
Ao examinarmos os sistemas educacionais em questão, é necessária atenção aos
contextos específicos nos quais eles se desenvolvem. As políticas educacionais são moldadas
por fatores intrínsecos a cada país, como suas estruturas governamentais, experiências
históricas e desafios socioeconômicos. Esses elementos são cruciais na definição das
abordagens adotadas pelos sistemas educacionais e na forma como são implementadas.
Portanto, ao analisar as semelhanças e diferenças entre os sistemas educacionais do
Brasil, Alemanha e Itália, é essencial considerar as nuances contextuais que influenciam a
educação em cada país. Isso nos permite compreender de forma mais abrangente as
complexidades e particularidades de cada sistema, proporcionando uma visão mais completa e
informada das dinâmicas educacionais em estudo.
No Brasil, em nível federal, o Ministério da Educação é o órgão responsável pela
organização da estrutura e do plano curricular do país. Nesse contexto, destaca-se a existência
e a importância da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), um documento de alcance
nacional que deve ser seguido por todos os estados e municípios (Brasil, 2018).
A BNCC é responsável por estabelecer o currículo mínimo a ser adotado pelas escolas,
abrangendo desde a educação infantil até o fim do ciclo básico da educação, ou seja, o ensino
médio. Ela busca orientar os conteúdos, habilidades e competências que devem ser trabalhados
ao longo da trajetória educacional dos estudantes. Embora a BNCC represente um esforço para
padronizar e estabelecer diretrizes comuns para a educação no país, é importante reconhecer
que sua implementação e efetividade enfrentam desafios significativos. A diversidade de
realidades sociais, econômicas e culturais entre os diferentes estados e municípios do Brasil
pode dificultar a aplicação uniforme do currículo proposto.
Além disso, a BNCC é apenas um dos elementos que compõem o panorama educacional
brasileiro. outros fatores que influenciam o ensino, como a formação de professores, a
infraestrutura das escolas, a disponibilidade de recursos educacionais e as políticas locais. Esses
Caique Fernando da Silva FISTAROL; Isabela Vieira BARBOSA; James DADAM; Marcia Regina Selpa HEINZLE
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 9
aspectos devem ser considerados para uma análise crítica mais ampla da situação educacional
do país. Portanto, embora a BNCC seja relevante na definição do currículo mínimo no Brasil,
é essencial reconhecer que sua implementação e impacto são influenciados por uma série de
fatores contextuais e desafios práticos que podem afetar sua eficácia e abrangência em todo o
território nacional.
Em nível estadual, a educação escolar no Brasil é organizada pelas Secretarias de
Educação. Os estados são responsáveis, conforme o inciso VI do artigo 10 da Lei de Diretrizes
e Bases da Educação (LDB), entre outras atribuições, por assegurar o ensino fundamental e
oferecer, com prioridade, o ensino médio a todos que o demandarem (Brasil, 1996). As
Secretarias de Educação administram as escolas estaduais e também são responsáveis pela
supervisão das escolas privadas que oferecem ensino básico e secundário.
Com relação ao nível local, cada cidade tem também o seu representante, notadamente
o Secretário da Educação. Nos municípios, conforme o inciso V do artigo 11 da LDB, as escolas
públicas devem oferecer a Educação Infantil e, prioritariamente, o Ensino Fundamental. Da
mesma forma que as autoridades estaduais, as locais são também responsáveis pela supervisão
das escolas privadas, mas em nível local. Elas devem assegurar as regras sobre a educação
infantil e o ensino fundamental.
No Brasil, cada unidade escolar possui um diretor responsável pela sua gestão. Nas
escolas públicas, em algumas redes, esses diretores são eleitos pela comunidade escolar,
composta por pais, alunos e funcionários. Em outras redes, esse cargo é uma indicação do chefe
do poder executivo, ou do Secretário da Educação. ainda a investidura no cargo por concurso
público (Assis, Marconi, 2021; Paro, 2011). Os diretores atuam em uma posição relevante na
administração das escolas, trabalhando em conjunto com o município ou estado e seguindo as
diretrizes estabelecidas no plano nacional.
Os diretores das escolas públicas são encarregados de desenvolver um plano de trabalho
que orienta as atividades e o funcionamento da instituição. Esse plano é elaborado levando em
consideração as necessidades específicas da comunidade escolar, bem como os objetivos e
diretrizes estabelecidos pelo município e pelo plano nacional de educação. Essa autonomia
concedida aos diretores visa promover uma gestão participativa e envolver a comunidade
escolar nas decisões relacionadas ao processo educacional. Além das questões pedagógicas e
didáticas, o diretor também é responsável pela administração de todos os processos, pela
infraestrutura e pela condução dos trabalhos de toda a equipe, seja ela docente, técnica ou de
apoio ao interno da unidade escolar (Paro, 2015).
Explorando as estruturas e características na educação básica: Uma análise comparada do sistema educacional alemão, brasileiro e
italiano
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 10
Através da eleição direta, busca-se garantir que os diretores sejam representantes
legítimos da comunidade, capazes de compreender as demandas e necessidades locais, o que
não significa, contudo, que a gestão será exitosa. Porém, a eleição aponta a vontade da
comunidade e não apenas os interesses políticos e muitas vezes eleitoreiros do poder executivo
(Assis; Marconi, 2021; Paro, 2011). No entanto, a efetividade da gestão escolar pode variar
amplamente, de acordo com a disponibilidade de recursos, a capacitação dos diretores e as
condições socioeconômicas da região.
Além disso, o apoio e o acompanhamento do município são cruciais para garantir que
os diretores tenham o suporte necessário para implementar suas propostas de trabalho de forma
eficaz. Em resumo, os diretores das escolas públicas no Brasil desempenham uma função
primordial na gestão educacional, trabalhando em parceria com o município e o estado e
seguindo as diretrizes nacionais.
Na Alemanha, pode-se observar diferenças quanto à organização hierárquica das
funções administrativas. As principais responsabilidades para estabelecer padrões educacionais
encontram-se dentro dos estados, os Bundesländer (Deutschland, 2013, 2023a). A autoridade
do governo federal da Alemanha, o Bundesministerium für Bildung und Forschung encontra-
se dentro das responsabilidades reguladoras e de controle. Isto é substanciado pela soberania
cultural, a Kultur Hoheit, de cada um dos 16 estados, o que resulta em cada estado ter seu
próprio Ministério da Educação e Assuntos Culturais. Para assegurar a comparabilidade da
educação em toda a Alemanha, os ministros reúnem-se quatro vezes por ano na conferência dos
ministros da educação intitulada Kultusministerkonferenz.
Apesar dessa tentativa de tentar manter uma certa homogeneidade entre os estados
alemães, existem algumas diferenças que precisam ser consideradas. Em geral, o ensino alemão
é formado por uma escola primária (Grundschule) com duração de quatro anos, mas os estados
de Berlim e Brandeburgo optam por uma duração de seis anos. Um ponto de grande polêmica
ao se analisar o sistema alemão de ensino ocorre justamente ao final da escola primária, quando
os estudantes possuem em média 10 anos de idade. Eles são divididos em três grupos, conforme
o desempenho que tiveram nos primeiros anos de escola (Deutschland, 2021).
Aqueles com desempenho inferior são direcionados para a escola secundária inferior
(Hauptschule), com duração que varia de cinco a seis anos. A formação nesse tipo de escola
tem por objetivo orientar o estudante para o mercado de trabalho e formá-lo para a admissão ao
ensino profissionalizante. É uma escola fornecedora de mão de obra para as indústrias do país.
Caique Fernando da Silva FISTAROL; Isabela Vieira BARBOSA; James DADAM; Marcia Regina Selpa HEINZLE
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 11
Os estudantes com desempenho médio são direcionados para a chamada Realschule, na
qual ocorre uma mistura entre ensino técnico e científico. A duração geralmente é de seis anos
e ao final do percurso o aluno consegue um certificado que permite seguir para uma instituição
de ensino profissionalizante, ou pode seguir para os anos equivalentes ao ensino médio e estudar
mais três anos no Gymnasium (Deutschland, 2021).
os estudantes com melhor desempenho acadêmico seguem para o Gymnasium, que
dura normalmente oito ou nove anos e busca uma formação completa do estudante, preparando-
o para o ensino superior. Ao final do percurso, os estudantes do Gymnasium precisam realizar
um exame, chamado Abitur, que pode ser realizado apenas uma única vez e cuja nota será
utilizada para o acesso à universidade.
A decisão sobre quem irá para cada tipo de escola varia de estado para estado, mas
geralmente trata-se de uma indicação do professor aos pais do estudante, que tendem a seguir
a opinião do docente. Nos estados sulistas de Bayern e de Baden-Württemberg, contudo, a
decisão é exclusiva dos professores. Em todos os casos, há muita controvérsia, principalmente
pelo fato de a separação ser realizada em idade considerada precoce e, porque pode considerar
fatores subjetivos ou preconceitos na decisão. E embora existam formas de transição de uma
escola para outra, os dados apontam que a migração é mínima (Deutschland, 2021).
Enquanto os estados absorvem a maior parte das responsabilidades no campo
educacional na Alemanha, os distritos municipais fornecem a infraestrutura necessária para a
educação. Isso significa que eles são responsáveis por garantir a disponibilidade de prédios
escolares adequados às necessidades dos estudantes, bem como do pessoal necessário para o
bom funcionamento das escolas, como porteiros, por exemplo. No entanto, os professores são
contratados pelo Estado como funcionários públicos. As escolas na Alemanha têm a obrigação
de implementar as diretrizes estabelecidas pelo Estado em seus currículos. Além disso, elas
trabalham em planos de desenvolvimento escolar, conhecidos como Schulentwicklungspläne
(Deutschland, 2023b). Esses planos visam ao planejamento de longo prazo para o
desenvolvimento dos serviços educacionais de acordo com a demanda.
Na Itália, o Ministero dell’Istruzione e del Merito (MIM) desempenha a função central
na governança do sistema educacional. Ele é o órgão governamental responsável pela definição
de políticas e pela execução das tarefas relacionadas à educação, abrangendo desde a educação
escolar até o ensino superior.
O MIM assume a responsabilidade de estabelecer diretrizes e regulamentações que
orientam as práticas educacionais no país. Além disso, o ministério é encarregado de promover
Explorando as estruturas e características na educação básica: Uma análise comparada do sistema educacional alemão, brasileiro e
italiano
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 12
a qualidade do ensino, desenvolver programas curriculares, supervisionar as escolas e as
instituições de ensino superior e coordenar a pesquisa científica e tecnológica. Através do MIM,
o governo italiano busca garantir o acesso equitativo à educação, promover a igualdade de
oportunidades e elevar os padrões de qualidade em todo o sistema educacional. O ministério
atua como protagonista na formulação de políticas educacionais que visam fortalecer a
aprendizagem, apoiar o desenvolvimento de habilidades e competências dos estudantes e
impulsionar a inovação no campo da pesquisa (Comissione Europea, 2022).
No nível da educação básica, a atividade do MIM destina-se principalmente à definição
de regulamentos, currículos, indicações e orientações nacionais, como quadro de referência para
o planejamento curricular das instituições escolares no sistema nacional de educação e
formação (Genzone, 2022).
Dentre suas principais funções, destacam-se: i) a organização geral do ensino escolar,
ao estatuto jurídico do pessoal escolar, à formação de gestores escolares, pessoal docente,
educativo e administrativo, técnico e auxiliar escolar; à definição de critérios e parâmetros para
a implementação de intervenções sociais nas escolas, de intervenções de apoio às zonas
deprimidas para o reequilíbrio territorial da qualidade da escola e dos serviços educativos; ii) a
investigação e experimentação de inovações funcionais à formação; ao reconhecimento de
qualificações e certificações nas esferas europeia e internacional e a implementação de políticas
educativas comuns aos países da União Europeia; iii) a definição de diretrizes para o Sistema
Nacional de Avaliação; iv) a identificação de objetivos e normas e cursos de formação no
domínio do ensino superior e da formação técnica superior e ao tratamento das relações com os
sistemas de formação das regiões; v) a definição de diretrizes para escolas paritárias e escolas
e cursos não estatais; vi) a gestão de atividades relacionadas com associações de estudantes e
pais; vii) o direito de estudar e serviços familiares, a promoção do estatuto de estudante, estudo
e orientação profissional; viii) a gestão das relações internacionais, em contextos bilaterais e
multilaterais, a promoção da internacionalização do sistema de educação e formação (Itália,
2023b).
É importante ressaltar que o MIM trabalha em estreita colaboração com outros atores
do sistema educacional italiano, como as regiões, as províncias autônomas e as escolas, a fim
de garantir uma implementação efetiva das políticas educacionais em todo o país. As regiões
têm poderes legislativos concomitantes na educação, ou seja, a região não pode decidir sozinha,
mas o Estado deve ser envolvido nas decisões. Além disso, as regiões têm poderes legislativos
exclusivos em matéria de educação e formação profissional. Por outro lado, cada escola na Itália
Caique Fernando da Silva FISTAROL; Isabela Vieira BARBOSA; James DADAM; Marcia Regina Selpa HEINZLE
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 13
é autônoma. As instituições educativas têm autonomia educativa, organizacional e de
investigação, experimentação e desenvolvimento (Itália, 2023c).
O artigo 33 da Constituição Italiana estabelece dois princípios fundamentais: a
obrigação do Estado de proporcionar um sistema escolar estatal a todos os jovens, e o direito
das pessoas singulares e coletivas de estabelecerem escolas e estabelecimentos de ensino sem
custos para o Estado (Itália, 2023a). Graças a este artigo constitucional, as escolas na Itália
podem ser de diferentes tipos: escolas estatais ou escolas não estatais (escolas paritárias, não
paritárias e estrangeiras).
As escolas paritárias, em maioria escolas católicas, podem ser privadas ou geridas por
entidades locais. Elas estão autorizadas a emitir qualificações com o mesmo valor legal que as
das escolas estatais correspondentes. Estas escolas ainda têm plena liberdade no que diz respeito
à orientação cultural e direção pedagógico-didática e gozam de um tratamento fiscal mais
favorável se não tiverem fins lucrativos (Itália, 2000).
Escolas não paritárias são instituições privadas registradas em listas regionais, as quais
são atualizadas anualmente. A frequência regular nessas escolas cumpre a obrigação de
educação, contudo, elas não têm permissão para emitir qualificações com valor legal, nem
certificados intermediários ou finais com valor de certificação legal. Assim, os alunos devem
realizar um teste de aptidão ao final de cada curso escolar ou caso desejem ser transferidos para
uma escola estatal ou paritária (Itália, 2006).
Existem ainda na Itália as escolas estrangeiras ou internacionais, as quais seguem um
programa didático do país de origem, com língua de instrução do país de origem da escola, e
não a língua italiana. Estas escolas, embora estejam sediadas na Itália, não pertencem ao sistema
educacional italiano. Contudo, algumas delas são reconhecidas devido a acordos bilaterais,
multilaterais ou ao interno da União Europeia, com destaque particular para a Convenção sobre
o Reconhecimento de Qualificações, relativas ao Ensino Superior na Região Europa, de 1997.
As escolas estrangeiras não abrangidas nos acordos de cooperação são consideradas escolas
privadas não paritárias e os certificados por elas expedidos não são válidos no território italiano
(Lantero; Finocchietti; Gitto, 2021).
O fato de a educação básica ser obrigatória nesses três países e gratuita nas escolas
públicas gera consequentemente elevadas taxas de matrícula. No ensino básico, as escolas
estatais são responsáveis por acolher mais de 96% dos estudantes. No entanto, as idades
obrigatórias de frequência escolar diferem. No Brasil, a obrigatoriedade começa aos 4 anos e
se estende até os 17 anos (Brasil, 2013). Na Alemanha, começa no primeiro ano do ensino
Explorando as estruturas e características na educação básica: Uma análise comparada do sistema educacional alemão, brasileiro e
italiano
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 14
básico, aos 6 anos, e é obrigatória durante os 9 anos de escolaridade (Deutschland, 2021). Na
Itália, semelhanças com a Alemanha, iniciando aos 6 anos, mas com uma duração de 10 anos
(Itália, 2023c).
Em todos esses sistemas educacionais, a frequência dos estudantes nas aulas é
obrigatória, porém, a obrigatoriedade da presença não garante a qualidade da educação. No
Brasil e na Itália, por exemplo, é estabelecida uma taxa mínima de frequência de 75%, mas é
fundamental questionar se essa métrica é suficiente para garantir um efetivo aprendizado. Além
disso, a quantidade de dias letivos também varia entre os países, sendo oficialmente estipulados
200 dias no Brasil, aproximadamente 190-210 dias na Alemanha e 33 semanas ou 230 dias na
Itália. No entanto, é necessário ir além do número de dias e considerar a qualidade das
atividades pedagógicas e o engajamento dos estudantes durante esse período. A simples
contagem de dias não reflete necessariamente a efetividade do processo de ensino-
aprendizagem em cada país.
Além disso, a carga horária semanal é um aspecto que deve ser considerado. No Brasil,
a carga horária mínima definida por lei é de 800 horas anuais, o que equivale a 20 horas
semanais (Brasil, 1996). Na Itália, os primeiros cinco anos do ensino fundamental podem ter
uma carga horária mínima de 24, 27 ou 30 horas semanais nas escolas de tempo parcial, ou 40
horas na modalidade integral (Itália, 2009). Na Alemanha, as escolas de tempo parcial variam
entre 20 e 29 horas semanais, enquanto as escolas integrais podem alcançar até 36 horas
semanais (Parente, 2020). Essas variações na carga horária entre os países, bem como
internamente, podem explicar, em parte, diferenças de desempenho. No entanto, é essencial
uma análise crítica e aprofundada dos diversos fatores que influenciam a qualidade e a eficácia
do sistema educacional, considerando a frequência e a duração do ano letivo.
Os dados apresentados demonstram que o direito constitucional à educação é um
aspecto fundamental que esses três países têm em comum. No entanto, é necessário destacar
que o mero estabelecimento desse direito nas Constituições não garante automaticamente a
qualidade e a efetividade do sistema educacional. Embora seja louvável que os objetivos do
ensino fundamental incluam o desenvolvimento da personalidade dos estudantes e sua
preparação para a participação na comunidade, é crucial questionar se esses objetivos estão
sendo plenamente alcançados na prática.
A implementação desses objetivos depende de uma série de fatores, como o
investimento adequado em recursos educacionais, a formação qualificada e contínua dos
professores, a estruturação de currículos alinhados às necessidades e demandas dos estudantes,
Caique Fernando da Silva FISTAROL; Isabela Vieira BARBOSA; James DADAM; Marcia Regina Selpa HEINZLE
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 15
entre outros. Infelizmente, muitas vezes esses aspectos não recebem a devida atenção e
investimento por parte dos governos, resultando em lacunas e desafios na concretização dos
objetivos educacionais estabelecidos.
Além disso, a educação não deve se limitar apenas à transmissão de conhecimentos e
habilidades, mas também deve promover a reflexão crítica, a valorização da diversidade, o
respeito aos direitos humanos e a preparação dos estudantes para enfrentar os desafios do
mundo contemporâneo. Portanto, a mera inclusão desses objetivos nos documentos não é
suficiente. É necessário um compromisso efetivo por parte dos governos, das instituições
educacionais e da sociedade para garantir que esses princípios sejam efetivamente traduzidos
em práticas educacionais que promovam o pleno desenvolvimento dos estudantes e os preparem
para uma participação ativa e crítica na sociedade.
É necessário reconhecer, entretanto, que, apesar das similaridades e dos objetivos
constitucionais compartilhados, a efetividade na implementação e alcance desses objetivos
pode variar entre os três países. Isso ocorre devido a fatores como a disponibilidade de recursos,
desigualdades sociais e desafios estruturais presentes em cada contexto nacional, bem como
aspectos relacionados à formação histórica de cada nação. No Brasil, a extensão territorial
continental, a presença de povos originários e a alta concentração de renda são fatores
determinantes; na Itália, destacam-se as tensões históricas em regiões de fronteira com a
presença de minorias étnicas e linguísticas, a integração de crianças imigrantes e descendentes
de imigrantes, as fortes diferenças culturais regionais e as desigualdades entre o norte e o sul
do país. Na Alemanha, a superação da histórica divisão entre as Alemanhas oriental e ocidental,
as variações culturais e organizacionais entre os estados, a intensa imigração e o aumento de
casos de xenofobia e racismo são aspectos que também precisam ser considerados. Esses fatores
são essenciais na busca de um modelo educacional que contemple a diversidade presente nas
escolas públicas desses países.
Explorando as estruturas e características na educação básica: Uma análise comparada do sistema educacional alemão, brasileiro e
italiano
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 16
Financiamento e Desafios
Os sistemas educativos são mecanismos muito complexos que requerem manutenção
constante, investimentos, renovações, e precisam estar sempre atualizados e prontos para o
atendimento à comunidade escolar. Sem o correto apoio econômico às escolas, seria quase
impossível que os sistemas funcionassem corretamente.
No Brasil, o financiamento da escolarização provém de três fontes principais: o governo
federal, os governos estaduais e os municípios. Conforme o artigo 212 da Constituição
brasileira, o governo federal deve destinar, no mínimo, 18% de suas receitas fiscais para a
Educação, enquanto os estados e municípios têm a obrigação de alocar pelo menos 25% de suas
receitas fiscais para essa área (Brasil, 2022).
Este dinheiro é responsável pelo financiamento das escolas e universidades públicas
com despesas patronais, materiais e serviços alimentares. Os estudantes das escolas públicas
não são responsáveis pelas despesas, estando abertas a todas as crianças do país, sem
pagamentos adicionais.
Na Alemanha, quase três quartos de todas as despesas educacionais são feitas pelos
estados. Estas despesas são na sua maioria financiadas por impostos, mas uma pequena parte é
também financiada por doações privadas. O estado federal alemão gasta apenas uma pequena
parte (em 2017: 10,6 bilhões de um total de 133,4 bilhões de euros). Isto é justificado pela
soberania cultural de cada estado. A segunda maior parte das despesas educacionais é assumida
pelas comunidades. Em 2017, elas responderam por 28,5 bilhões de um total de 133 bilhões de
euros (Deutschland, 2021).
As unidades de educação infantil públicas são mantidas pelas autoridades locais e
financiadas por elas e pelos estados, que são responsáveis pelas despesas de pessoal e materiais.
As escolas também podem receber contribuições dos pais dos estudantes. As privadas, geridas
por igrejas ou por iniciativa dos pais, entre outros, possuem o mesmo tipo de financiamento que
as públicas, além do financiamento próprio das organizações que as mantêm. No ensino
fundamental, as autoridades locais são responsáveis por financiar o pessoal não docente e os
materiais, e os estados respondem pela folha de pagamento do corpo docente. Outras despesas,
como o custo do transporte escolar, são pagas pelas autoridades locais, mas podem ser
reembolsadas pelos estados, que também contribuem com verbas para obras nos prédios
escolares e outras despesas de manutenção. O governo federal, mais recentemente, passou a
fornecer subsídios financeiros em certas áreas, como fundos para a digitalização das escolas.
Caique Fernando da Silva FISTAROL; Isabela Vieira BARBOSA; James DADAM; Marcia Regina Selpa HEINZLE
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 17
O financiamento do sistema educacional é integralmente realizado pelo governo,
principalmente com base em impostos, complementado, em parte, por doações privadas.
Crianças, jovens e adultos em situação de necessidade têm o direito legal de acessar benefícios
educacionais e de participar do pacote educativo. Este pacote abrange despesas adicionais,
como alimentação escolar, apoio suplementar à aprendizagem (por exemplo, aulas
particulares), e um montante anual de 150 euros (divididos em duas parcelas) para atender às
necessidades escolares pessoais, como mochilas, materiais de escrita, cálculo e desenho. Além
disso, o pacote cobre despesas com viagens escolares, que podem durar um ou mais dias, e
custos de transporte escolar (Deutschland, 2021).
Na Itália, o ensino obrigatório é gratuito e oferecido pelo Estado. O financiamento
necessário para o funcionamento adequado e abrangente do sistema educacional é realizado
com recursos provenientes dos impostos pagos pelos contribuintes. Além das instituições
públicas de ensino, o Estado também se dedica a garantir que a educação seja acessível a todos
os cidadãos. Esse compromisso se reflete em políticas e medidas voltadas para a inclusão e a
igualdade de oportunidades educacionais (Itália, 1994, 2013).
Através do financiamento público, o governo italiano busca assegurar que todas as
crianças e jovens tenham acesso à educação de qualidade, independentemente de sua origem
socioeconômica. Esse investimento no sistema educacional é fundamental para promover a
equidade e a justiça social. Faz-se necessário destacar que o financiamento público não se limita
apenas às instituições de ensino públicas, mas também pode ser destinado a escolas privadas
que atendam a certos critérios e requisitos estabelecidos pelo Estado. Dessa forma, a Itália
demonstra o compromisso de fornecer um ensino gratuito e acessível a todos os cidadãos, por
meio de um sistema de financiamento público que visa garantir a qualidade e a igualdade de
oportunidades educacionais em todo o país (Itália, 1994, 2013).
Para os estudantes que frequentam escolas primárias, os livros são gratuitos e pagos
pelos municípios. Para os estudantes que frequentam escolas secundárias, os livros são pagos
pelas próprias famílias. Ao apresentar um certificado de declaração de impostos, aquelas mais
pobres podem obter livros gratuitamente ou pagar apenas uma parte (na proporção do seu
rendimento). Para todas as escolas, o serviço de almoço é opcional. Se os estudantes tirarem
partido dele, os pais ou responsáveis precisam pagar por ele. Como no caso anterior, as famílias
podem apresentar o documento de declaração de impostos para não o pagarem ou para pagarem
apenas uma parte (Itália, 1994, 2013).
Explorando as estruturas e características na educação básica: Uma análise comparada do sistema educacional alemão, brasileiro e
italiano
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 18
Como entidades autônomas, as escolas têm a possibilidade de buscar ou receber recursos
provenientes de diversas fontes. O artigo 2º do Decreto n.º 129/2018 estabelece que as unidades
escolares podem solicitar recursos da União Europeia, do Estado Italiano, das regiões, de
entidades locais ou públicas, bem como de entidades e sujeitos privados. Além disso, as escolas
podem gerar suas próprias receitas, como as contribuições espontâneas das famílias, que, no
entanto, devem ser destinadas exclusivamente a fins didáticos (Itália, 2018). As escolas têm
acesso a financiamentos como o Fundo Social Europeu (FSE) ou o Fundo Europeu para o
Desenvolvimento Regional (FSER), destinados à execução de projetos nas áreas sociais ou de
infraestruturas. Também podem recorrer ao Plano Nacional de Escolas Digitais (PNSD), que
visa à inovação do ensino e das práticas escolares. Além disso, as escolas têm a possibilidade
de aceitar doações, contrair empréstimos, receber patrocínios e gerar rendimentos provenientes
de obras intelectuais e direitos de propriedade industrial, entre outras fontes.
As diferenças na forma como o financiamento da educação são regulamentadas nos
países analisados contribuem para a compreensão de certas disparidades. No Brasil, o
financiamento abrange não apenas o pessoal e a infraestrutura das escolas, mas também os
materiais didáticos e as refeições. Os recursos financeiros provêm dos governos federal,
estadual e municipal. Quando a escola é pública, ela é completamente gratuita, e os estudantes
não precisam pagar nenhum valor adicional pelos serviços educacionais recebidos. Na
Alemanha e na Itália, o financiamento também tem origem nas mesmas fontes governamentais,
mas os materiais escolares não são integralmente fornecidos pelo Estado. Na Alemanha, o
governo estadual é responsável pela distribuição dos livros utilizados nas escolas, e os
estudantes em situação de vulnerabilidade podem solicitar apoio financeiro para a aquisição de
outros materiais. Na Itália, os estudantes devem adquirir seus próprios materiais, mas, caso
apresentem necessidade, podem solicitar auxílio financeiro ao governo.
Por outro lado, a contratação de professores na Alemanha e na Itália ocorre de forma
centralizada para todas as escolas desses países, com salários iguais, independentemente de qual
estado ou cidade os docentes atuem. No Brasil, cada rede seleciona e contrata os professores, o
que acarreta desigualdades e às vezes migração de docentes de uma rede para outra em busca
de melhores condições salariais e de trabalho, o que pode causar interrupção de serviços e danos
para a comunidade escolar pela rotatividade de professores.
Caique Fernando da Silva FISTAROL; Isabela Vieira BARBOSA; James DADAM; Marcia Regina Selpa HEINZLE
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 19
Considerações finais
O objetivo desse estudo era compreender, por meio de uma análise comparativa, como
são estruturados os sistemas de educação da Alemanha, Brasil e Itália, principalmente no que
se refere à organização curricular e hierárquica, além do financiamento da educação básica. Ao
analisar os sistemas, constatou-se, a partir de documentos oficiais, diferenças e similaridades
que ajudam a compreender como as decisões de cada país influenciam determinados aspectos
da educação.
Os resultados apontam que Brasil, Alemanha e Itália compartilham algumas
semelhanças, mas também apresentam diferenças significativas em aspectos-chave. Um desses
aspectos é a organização hierárquica dos sistemas educacionais. No Brasil e na Itália, o sistema
educativo é centralizado, enquanto na Alemanha os estados são responsáveis pelos currículos,
e as autoridades locais são responsáveis pela estrutura física das escolas e outros serviços. Os
três países compartilham a gratuidade e a obrigatoriedade do ensino, o que resulta em altas taxas
de matrícula. No entanto, a duração da obrigatoriedade e a organização dos anos ou séries
variam entre eles, assim como a idade de frequência obrigatória dos estudantes.
Além de fatores estruturais e de financiamento, outros aspectos precisam ser
considerados para compreender o porquê do sucesso ou do falimento de algumas experiências.
Não se pode esquecer que a escola pública é responsável por acolher uma comunidade
heterogênea e complexa, formada por estudantes e famílias que vivem dilemas particulares e
sociais nesses três países. O tema educação é complexo e, embora existam experiências
exitosas, observar as crises desses sistemas pode contribuir para a superação das dificuldades e
a construção de uma escola mais bem preparada para os desafios contemporâneos.
Portanto, é fundamental analisar criticamente esses aspectos compartilhados e
identificar as nuances e desafios específicos enfrentados por esses países, a fim de compreender
plenamente as características e o impacto dos sistemas na educação do Brasil, Alemanha e
Itália. Os resultados apresentados fornecem indícios para o aprofundamento de novos estudos
que busquem indagar aspectos mais específicos da educação nesses países.
Explorando as estruturas e características na educação básica: Uma análise comparada do sistema educacional alemão, brasileiro e
italiano
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 20
REFERÊNCIAS
ASSIS, B. S.; MARCONI, N. Efeito das políticas de provimento ao cargo de diretor na gestão
escolar. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, v. 55, n. 4, p. 881-992, 2021.
DOI: https://doi.org/10.1590/0034-761220190470. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rap/a/L75ZHgWjkBhkjCgM4f7sGyc/?lang=pt. Acesso em: 18 jul.
2024.
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, ano 134, n. 248, p. 27833,
23 dez. 1996. PL 1258/1988.
BRASIL. Lei n. 12.796, de 4 de abril de 2013. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de
1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para dispor sobre a formação
dos profissionais da educação e dar outras providências. Diário Oficial da União: seção 1,
Brasília, DF, ano 150, n. 65, p. 1, 05 abr. 2013. PLC 280/2009.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018.
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil: texto
constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, compilado até a Emenda Constitucional
nº 128/2022. Brasília, DF: Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2022.
CARVALHO, E. J. G. Estudos comparados em educação: novos enfoques teórico-
metodológicos. Acta Scientiarum, Maringá, v. 36, n. 1, p. 129-141, Jan.-June, 2014.
COMISSIONE EUROPEA. Eurydice. Istruzione Primaria, s. p., nov, 2022. Disponível em:
https://eurydice.eacea.ec.europa.eu/it/national-education-systems/italy/istruzione-primaria.
Acesso em: 14 jul. 2023.
DEUTSCHLAND. Bundeszentrale für politische Bildung. Wie der Staat das Bildungswesen
prägt, 2013. Disponível em: https://www.bpb.de/themen/bildung/dossier-
bildung/145238/wie-der-staat-das-bildungswesen-praegt/. Acesso em: 06 jul. 2023.
DEUTSCHLAND. Kultusminiter Konferenz. The Education System in the Federal
Republic of Germany 2019/2020: a description of the responsibilities, structures and
developments in education policy for the exchange of information in Europe. Berlin:
Secretariat of the Standing Conference of the Ministers of Education and Cultural Affairs of
the Länder in the Federal Republic of Germany, 2021. Disponível em:
https://www.kmk.org/fileadmin/Dateien/pdf/Eurydice/Bildungswesen-engl-
pdfs/dossier_en_ebook.pdf. Acesso em: 06 jul. 2023.
DEUTSCHLAND. Kultusminister Konferenz. Bildungswege und Abschlüsse, 2023a.
Disponível em:
https://www.kmk.org/themen/allgemeinbildende-schulen/bildungswege-undabschluesse.html
Acesso em: 06 jul. 2023.
DEUTSCHLAND. Bundesministerium für Bildung und Forschung. Zusammenarbeit von
Bund und Ländern, 2023b. Disponível em:
Caique Fernando da Silva FISTAROL; Isabela Vieira BARBOSA; James DADAM; Marcia Regina Selpa HEINZLE
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 21
https://www.bmbf.de/bmbf/de/bildung/zusammenarbeitvon-bund-und-
laendern/zusammenarbeit-von-bund-und-laendern_node.html Acesso em: 06 jul. 2023.
EPSTEIN, E. H. The Problematic Meaning of ‘Comparison’ in Comparative Education. In
SCHRIEWER, J.; HOLMES, B. (org). Theories and Methods in Comparative Education.
Frankfurt-am-Main: Peter Lang, 1992. p. 3-23.
FRANCO, M. C. Estudos comparados em educação na América Latina, uma discussão
teórico-metodológica a partir da questão do outro. In: FRANCO, M. A. C. (Org.). Estudos
Comparados e Educação na América Latina. São Paulo: Cortez, 1992. p. 13-35.
GENZONE, A. Sistemi educativi europei a confronto: quali sono i più virtuosi? Lenius, s. p.,
nov. 2022. Disponível em: https://www.lenius.it/sistemi-educativieuropei/ Acesso em: 06 jul.
2023.
ITÁLIA. Decreto Legislativo n. 297, de 16 de abril de 1994. Approvazione del testo unico
delle disposizioni legislative vigenti in materia di istruzione, relative alle scuole di ogni ordine
e grado. Roma, 1994. Disponível em:
https://www.miur.gov.it/documents/20182/21192/Decreto+legislativo+297+del+1994/377c57
1e-be98-44c6-8b19-8ff786f4c92b?version=1.0. Acesso em: 09 jul. 2023.
ITÁLIA. Lei n. 62, de 10 de março de 2000. Norme per la parità scolastica e disposizioni sul
diritto allo studio e all'istruzione. Roma, 2000. Disponível em:
https://www.miur.gov.it/web/guest/cos-e-la-scuola-non-statale. Acesso em: 18 jul. 2024.
ITÁLIA. Lei n. 27, de 3 de fevereiro de 2006. Norme in materia di scuole non statali. Roma,
2006. Disponível em: https://www.miur.gov.it/web/guest/cos-e-la-scuola-non-statale. Acesso
em: 18 jul. 2024.
ITÁLIA. Decreto n. 89, de 20 de março de 2009. Revisione dell'assetto ordinamentale,
organizzativo e didattico della scuola dell'infanzia e del primo ciclo di istruzione ai sensi
dell'articolo 64, comma 4, del decreto-legge 25 giugno 2008, n. 112, convertito, con
modificazioni, dalla legge 6 agosto 2008, n. 133. (09G0099). Roma, 2009. Disponível em:
https://www.normattiva.it/uri-
res/N2Ls?urn:nir:stato:decreto.del.presidente.della.repubblica:2009-03-20;89!vig=2020-12-
30. Acesso em: 18 jul. 2024.
ITÁLIA. Ministero dell’Istruzione, dell’Università e della Ricerca. Il sistema educativo
italiano. I quaderni di Eurydice, 29. Firenze: Indire, Unità Italiana di Eurydice, 2013.
Disponível em: https://eurydice.indire.it/wp-content/uploads/2016/06/Quaderno_29.pdf.
Acesso em: 21 jul. 2023.
ITÁLIA. Decreto n. 129, de 28 de agosto de 2018. Regolamento recante istruzioni generali
sulla gestione amministrativo-contabile delle istituzioni scolastiche, ai sensi dell'articolo 1,
comma 143, della legge 13 luglio 2015, n. 107. (18G00155). Roma, 2018. Disponível em:
https://www.normattiva.it/uri-
res/N2Ls?urn:nir:ministero.istruzione.universita.e.ricerca:decreto:2018-08-28;129!vig.
Acesso em: 21 jul. 2023.
Explorando as estruturas e características na educação básica: Uma análise comparada do sistema educacional alemão, brasileiro e
italiano
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 22
ITÁLIA. [Constituição (1948)]. Costituzione della Repubblica Italiana di 1948. Roma:
Camera dei deputati, 2023a. Disponível em:
https://giovani.camera.it/public/documenti/Costituzione_della_Repubblica_Italiana_SITO.pdf
Acesso em: 15 jul. 2024.
ITÁLIA. Ministero dell’Istruzione e del Merito. Missione e funzione, 2023b. Disponível em:
https://www.miur.gov.it/web/guest/sistema-educativo-di-istruzione-e-formazione. Acesso em:
21 jul. 2023.
ITÁLIA. Ministero dell’Istruzione e del Merito. Sistema educativo di istruzione e di
formazione, 2023c. Disponível em: https://www.miur.gov.it/web/guest/missione-e-funzione.
Acesso em: 21 jul. 2023.
LANTERO, L; FINOCCHIETTI, C., GITTO, E. Scuole Estere in Italia e Scuole Italiane
all’Estero: normativa, caratteristiche e riconoscimento dei titoli di studio. Doc Cimea, n. 134.
Roma: Associazione CIMEA Centro Informazioni Mobilità Equivalenza Accademiche,
2021. Disponível em: https://www.cimea.it/pagina-documenti-cimea. Acesso em: 20 jul.
2024.
MARSHALL, J. Introduction to Comparative and International Education. 2. ed.
Universidade de Derby: Reino Unido, 2019.
MOROSINI, M. C. Internacionalização do currículo: produção em organismos multilaterais.
Roteiro, Joaçaba, v. 43, n. 1, p. 115-132, jan./abr. 2018. Disponível em:
http://educa.fcc.org.br/scielo.php?pid=S2177-60592018000100007&script=sci_abstract.
Acesso em: 15 jul. 2024.
PARENTE, C. M. D. Análise comparada da jornada escolar em países da União Europeia.
Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 50, n. 175, p. 78-95, jan./mar. 2020. DOI:
10.1590/198053146760.
PARO, V. H. Escolha e formação do diretor escolar. Cadernos de Pesquisa Pensamento
Educacional, v. 6, n. 14, p. 36-50, 2011. Disponível em: https://www.vitorparo.com.br/wp-
content/uploads/2019/10/Escolha-e-formacao-de-diretores.pdf. Acesso em: 18 jul. 2024.
PARO, V. H. Diretor Escolar: educador ou gerente? São Paulo, SP: Cortez Editora, 2015.
Caique Fernando da Silva FISTAROL; Isabela Vieira BARBOSA; James DADAM; Marcia Regina Selpa HEINZLE
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 23
CRediT Author Statement
Reconhecimentos: Não há.
Financiamento: CAPES e CNPq.
Conflitos de interesse: Não tem.
Aprovação ética: Certificado de Apresentação para Apreciação Ética
47415021.0.0000.5370.
Disponibilidade de dados e material: Arquivos públicos.
Contribuições dos autores: Caique Fernando da Silva Fistarol análise e interpretação
dos dados; Isabela Vieira Barbosa geração de dados e análise e interpretação dos dados;
James Dadam elaboração do artigo e análise e interpretação dos dados; Marcia Regina
Selpa Heinzle elaboração do artigo e análise e interpretação dos dados.
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 1
STRUCTURES AND CHARACTERISTICS IN BASIC EDUCATION: A
COMPARATIVE ANALYSIS OF GERMAN, BRAZILIAN AND ITALIAN
EDUCATIONAL SYSTEMS
ESTRUTURAS E CARACTERÍSTICAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA: UMA ANÁLISE
COMPARADA DOS SISTEMAS EDUCACIONAIS ALEMÃO, BRASILEIRO E
ITALIANO
ESTRUCTURAS Y CARACTERÍSTICAS DE LA EDUCACIÓN BÁSICA: UN ANÁLISIS
COMPARATIVO DE LOS SISTEMAS EDUCATIVOS ALEMÁN, BRASILEÑO E
ITALIANO
Caique Fernando da Silva FISTAROL1
e-mail: cfsfistarol@gmail.com
Isabela Vieira BARBOSA2
e-mail: miss.vieira@gmail.com
James DADAM3
e-mail: jamesd@furb.br
Marcia Regina Selpa HEINZLE4
e-mail: selpa@furb.br
How to reference this paper:
FISTAROL, C. F. da S.; BARBOSA, I. V.; DADAM J.;
HEINZLE, M. R. S. Structures and characteristics in basic
education: a comparative analysis of German, Brazilian and
Italian educational systems. Rev. EntreLinguas, Araraquara,
v. 9, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529. DOI:
https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822
| Submitted: 05/09/2024
| Revisions required: 13/09/2024
| Approved: 25/10/2024
| Published: 14/11/2024
Editors:
Prof. Dr. Rosangela Sanches da Silveira Gileno
Deputy Executive Editor:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Regional University Foundation of Blumenau (FURB), Blumenau SC Brazil. Doctoral degree candidate in the Graduate Program in
Education. CNPq Scholarship holder.
2
Barão do Rio Branco School, Blumenau Santa Catarina (SC) Brazil. Professor. Doctoral degree in Education from the Graduate Program
in Education at the Regional University Foundation of Blumenau.
3
Regional University Foundation of Blumenau (FURB), Blumenau SC Brazil. Professor - Department of Communication/Graduate
Program in Education.
4
Regional University Foundation of Blumenau (FURB), Blumenau SC Brazil. Professor - Department of Education/Graduate Program in
Education.
Structures and characteristics in basic education: a comparative analysis of German, Brazilian and Italian educational systems
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 2
ABSTRACT: This paper aims to analyze the structure of the German, Brazilian, and Italian
educational systems in Basic Education. The theoretical references used are the official
documents of these countries. The methodological procedures are based on Comparative
Education, and data analysis is carried out from aspects of hierarchical organization, funding,
and challenges. These divergences can be understood by considering each nation's political,
historical, economic, and social realities. The data point to the undeniable constitutional right
to education as a common aspect. However, it is necessary to emphasize that the establishment
of this right in the Constitution does not guarantee the quality and effectiveness of the
educational system. As a final consideration, it is necessary to recognize that, despite these
similarities and constitutional objectives, the effectiveness in implementing and achieving these
objectives may vary due to factors such as available resources, social inequalities, and structural
challenges in each national context.
KEYWORDS: Comparative education. Educational system. Basic Education.
RESUMO: Este artigo tem por objetivo analisar a estrutura dos sistemas educacionais alemão,
brasileiro e italiano na Educação Básica. Os referenciais teóricos são os documentos oficiais
desses países. Os procedimentos metodológicos se baseiam na Educação Comparada e a
análise de dados é realizada a partir dos aspectos da organização hierárquica, financiamentos
e desafios. Essas divergências podem ser compreendidas à luz das realidades políticas,
históricas, econômicas e sociais de cada nação. Os dados apontam o inegável direito
constitucional à educação como um aspecto comum. No entanto, é necessário destacar que o
estabelecimento desse direito nas Constituições não garante a qualidade e a efetividade do
sistema educacional. Por fim, é necessário reconhecer que, apesar dessas similaridades e
objetivos constitucionais, a efetividade na implementação e realização desses objetivos pode
variar devido a fatores como recursos disponíveis, desigualdades sociais e desafios estruturais
em cada país.
PALAVRAS-CHAVE: Educação comparada. Sistema educacional. Educação básica.
RESUMEN: Este artículo tiene como objetivo analizar la estructura de los sistemas educativos
alemán, brasileño e italiano en Educación Básica. Las referencias son los documentos oficiales
de estos países. La metodología se basa en la Educación Comparada y el análisis de datos se
realiza con base en aspectos de organización jerárquica, financiamiento y desafíos. Estas
divergencias pueden entenderse a partir de las realidades políticas, históricas, económicas y
sociales de cada nación. Los datos señalan el innegable derecho constitucional a la educación
como un aspecto común. Sin embargo, es necesario resaltar que el establecimiento de este
derecho en las Constituciones no garantiza la calidad y eficacia del sistema educativo.
Finalmente, es necesario reconocer que, a pesar de estas similitudes y objetivos
constitucionales, la efectividad en la implementación y el logro de estos objetivos puede variar,
debido a factores como recursos disponibles, desigualdades sociales y desafíos estructurales
en cada contexto nacional.
PALABRAS CLAVE: Educación comparada. Sistema educativo. Educación básica.
Caique Fernando da Silva FISTAROL; Isabela Vieira BARBOSA; James DADAM; Marcia Regina Selpa HEINZLE
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 3
Introduction
Historically, the fundamental role of education in human development and the
construction of more just and sustainable societies has been recognized. Education is
responsible for promoting access to knowledge, developing skills and competencies (Brazil,
2018), and fostering the formation of ethical and civic values. However, globalization has had
significant impacts on the educational system, as it brings both challenges and opportunities for
education, with the need to prepare individuals for an increasingly complex and interdependent
world.
On the one hand, there is a greater availability of educational resources and information
from different parts of the world, expanding learning possibilities. On the other hand, there is
an increase in inequalities and pressures for the homogenization of educational systems,
privileging certain knowledge and values over others. The pressure exerted by international
organizations, such as the World Bank, UNESCO, and the IMF, among others, aims to guide
nations and their policymakers to adopt agendas that are of interest to these agencies and the
people and groups that lead them. The creation of international assessments, such as PISA,
produces a ranking of participating countries, demonstrating that certain systems perform better
than others, so that nations with lower results would try (or should try) to imitate those that are
more successful, often without success.
In addition, socio-economic and cultural transformations have been observed, requiring
a re-evaluation of educational objectives and practices so that individuals can develop the
necessary competencies to overcome the challenges and seize the opportunities of this context,
becoming global citizens.
The concept of global citizenship aims to form a citizen who has a critical stance, an
awareness of different global realities, and a greater awareness of cultural, social, and ethical
aspects (Morosini, 2018). It is a citizen who recognizes that they belong to an interconnected
world, but with a multifaceted identity influenced by local, regional, and global aspects, and
who knows how to navigate different environments and cultures, understanding that these are
different and must be respected, without being considered inferior or superior.
In this context, it is essential to understand how the educational system functions at the
macro and micro levels as a prerequisite for promoting effective and quality education. By
understanding the mechanisms and structures that permeate the educational system, it is
possible to identify its potential, challenges, and limitations and develop more appropriate and
Structures and characteristics in basic education: a comparative analysis of German, Brazilian and Italian educational systems
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 4
effective educational strategies and policies. This involves analyzing the organizational,
administrative, curricular, pedagogical, and social aspects that influence educational practices.
Additionally, understanding the school system also implies recognizing the diversity of
contexts and realities present in schools, considering the specific characteristics of students,
their individual needs, as well as the social, cultural, and economic issues that impact their
learning process.
To deepen the knowledge about the curricular and hierarchical organization in the field
of education, a comparative study of the educational systems of Brazil, Germany, and Italy was
conducted, focusing on Basic Education. The goal is to analyze the structure of these systems
and attempt to identify similar and different elements from official documents that help to
understand how the hierarchical structure and financing determine certain aspects of education.
Delimitations of the Study
To achieve a comprehensive understanding of the various facets of the educational
systems under analysis, it is crucial to consider the contexts in which they are embedded. It is
fundamental to understand how a country’s governmental structure is organized in order to
identify which state bodies are responsible for education and their respective roles.
It is necessary to clarify that the selection of the countries for this study was primarily
based on the school system’s organization in the region where the researchers are based, which
is intrinsically linked to its history. The Médio Vale do Itajaí, where the Regional University
Foundation of Blumenau (FURB) is located, was colonized by immigrants from various
European countries, particularly Germany and Italy. German immigrants predominantly settled
in the cities of Blumenau and Pomerode, and some units of their municipal education systems
offer bilingual education in German, while in others, the language is taught as a foreign
language. The municipalities of Rodeio and Ascurra, with a significant presence of descendants
of Italian immigrants, particularly from the Trentino region, offer Italian as a foreign language
in some municipal schools and have projects for bilingual education in Portuguese and Italian.
Additionally, there is a significant cultural exchange between these cities and municipalities in
Germany and Italy. Thus, understanding the educational systems of these countries and
comparing them to Brazil’s is important for deepening research and rethinking local public
policies.
Caique Fernando da Silva FISTAROL; Isabela Vieira BARBOSA; James DADAM; Marcia Regina Selpa HEINZLE
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 5
Given the complexity of the systems involved in this analysis, the first challenge was
determining which aspects to consider, as these three systems are regulated and organized in
distinct ways. Therefore, a detailed analysis of the years equivalent to Brazil’s elementary
education (from 1st to 9th grade) in Germany and Italy was decided upon. However, during the
development of the research, aspects of early childhood education and high school had to be
considered in order to better understand the elementary education systems of the countries
analyzed, as these are the stages preceding and following the object of this research and, thus,
influence the system in a broader way.
Additionally, it is important to highlight that some of the data provided by the
aforementioned governments are not broken down by year. For example, information on
funding allocated to schools considers the entire educational system without specifying the
distribution for different school cycles.
Comparative studies allow for an understanding of the diverse educational approaches
and practices adopted in different countries and contexts. Through comparative analysis, it is
possible to identify similarities, differences, and patterns in educational systems, policies,
curricular structures, teaching methods, and learning outcomes. This approach enables a more
critical and contextualized evaluation of academic policies and practices, providing valuable
insights for the development of more informed and effective educational policies. Furthermore,
comparative studies contribute to the theoretical and methodological enrichment of the field of
education, offering a broader framework for understanding the challenges and opportunities
faced by educational systems worldwide.
Thus, comparative studies contribute to the promotion of knowledge exchange, the
improvement of educational policies, and the pursuit of quality and equitable education on a
global scale. According to Franco (1992), it is through a comparative process that differences
and similarities can be perceived, allowing one to understand “the other from within itself and,
by exclusion, to perceive oneself in the difference” (Franco, 1992, p. 14, our translation).
Marshall (2019) explains that, over the years, several scholars have debated whether
comparative education should be considered a discipline, a field of study, an approach, or a
method. However, it is concluded that there is no single method applied to comparative
education.
According to the author, many scholars agree that comparative education is a subfield
of Education Studies, as it explores a wide range of issues and is utilized by many disciplines.
Structures and characteristics in basic education: a comparative analysis of German, Brazilian and Italian educational systems
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 6
The main advantage of the field lies in its multidisciplinary approach and the variety of
theoretical frameworks used in research (Marshall, 2019).
In this sense, we base our understanding on Epstein's (1992, p. 409) definition, which
describes comparative education as "a field of study that applies theories and social scientific
methods to international education issues". For Marshall (2019), the primary objective of
comparative education is still to learn from the achievements and mistakes of others and to
examine educational issues from a global, rather than ethnocentric, perspective.
In reviewing the evolution of comparative studies, Carvalho (2014) points out that the
different theories, methods, and approaches that have characterized comparative studies over
the years can be grouped into two segments: one with a micro-analytical focus, aiming to
understand education through an intranational approach, and another with a macro-analytical
focus, addressing the subject from a transnational, global, or international perspective,
emphasizing the influence of politics and economics on education. Based on these groupings,
the author proposes the adoption of a dialectical perspective in comparative studies, avoiding a
one-dimensional stance and identifying both the specific factors unique to each education
system as well as those common and global factors that permeate education as a whole.
In this study, we seek to identify similarities and differences between the systems,
considering both intranational aspects as well as transnational factors, such as the influence of
the European Union and other international mechanisms on the education systems of Germany,
Italy, and Brazil.
Hierarchical Organization
Table 1 presents a simplified, yet accurate, version of the government hierarchy
responsible for education in the three countries analyzed. It is important to note that this
representation aims to provide an overview of the system without reflecting the full complexity
of each country's governmental structure.
Caique Fernando da Silva FISTAROL; Isabela Vieira BARBOSA; James DADAM; Marcia Regina Selpa HEINZLE
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 7
Table 1 Hierarchical Organization of Educational Systems
Germany
Brazil
Italy
Bundesministerium für
Bildung und Forschung”:
regulatory and control
jurisdiction/responsibilities.
Ministry of Education:
organizes the structure and
curriculum. It is
responsible for the federal
education system.
Ministero dell’Istruzione
e del Merito”: executes the
functions and activities of
the State regarding school
education, curriculum,
training objectives, among
others.
Ministries of Education and
Cultural Affairs
(“Bildungsministerien”):
cultural sovereignty of the
16 states (“Kultur Hoheit”).
State Department of
Education: is responsible
for the state education
system. The public schools
in this system are governed
by state authorities.
The regions have
concurrent legislative
powers in matters of
education (both the State
and the Regions) and
exclusive legislative
powers in matters of
education and vocational
training.
Local Authority Districts
(Municipality): provide the
external framework the
school building and the
support staff requirements
(non-teaching staff).
Municipal Department of
Education: is responsible
for the municipal
education system. The
public schools in this
system are governed by
municipal authorities.
Municipalities and
provinces are responsible
for maintaining
infrastructure and support
services, such as
transportation and food.
Provinces are responsible
for secondary education,
and municipalities are
responsible for early
childhood education and
primary education.
Implement the guidelines
given by the state in the
curricula.
Principal: the schools are
administered by principals
elected by the community
or appointed by the
executive branch. The
principals administer the
schools through a work
plan with the municipality.
Public educational
institutions have
educational,
organizational, research,
experimentation, and
development autonomy.
Source: Authors' elaboration (2024).
An important aspect to highlight is that Italy, unlike Brazil and Germany, which have
political divisions at federal, state, and municipal levels, has a distinct administrative structure
as it is not a federal republic. According to Articles 114 and 116 of the Italian Constitution,
Italy has a central national government and 20 regional governments, which are subdivided,
except in the case of the region of Valle d'Aosta, into metropolitan cities and provinces. These,
in turn, are divided into comunas, equivalent to municipalities in Brazil. Among the regions,
five have special status, providing specific conditions for autonomy. For example, the Trentino-
Alto Adige/Südtirol region consists of two autonomous provinces with special status (Itália,
Structures and characteristics in basic education: a comparative analysis of German, Brazilian and Italian educational systems
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 8
2023a). This political structure must be considered for a proper understanding of the
organization of the Italian educational system.
In this regard, it is essential to emphasize the need for a thorough analysis when
conducting a case study, considering the established objectives and the organizational structures
that support them. This approach allows for the identification of significant similarities among
the three countries in various aspects, as well as marked distinctions. These differences can be
understood in light of the political, historical, economic, and social realities of each nation.
When examining the educational systems in question, it is necessary to pay attention to
the specific contexts in which they develop. Educational policies are shaped by intrinsic factors
in each country, such as their governmental structures, historical experiences, and
socioeconomic challenges. These elements are crucial in defining the approaches adopted by
the educational systems and how they are implemented.
Therefore, when analyzing the similarities and differences between the educational
systems of Brazil, Germany, and Italy, it is essential to consider the contextual nuances that
influence education in each country. This allows for a more comprehensive understanding of
the complexities and particularities of each system, providing a more complete and informed
view of the educational dynamics under study.
In Brazil, at the federal level, the Ministry of Education is responsible for organizing
the country's educational structure and curriculum plan. In this context, the existence and
importance of the National Common Curricular Base (BNCC) stand out, a national document
that must be followed by all states and municipalities (Brasil, 2018).
The BNCC is responsible for establishing the minimum curriculum to be adopted by
schools, covering from early childhood education to the end of primary education, i.e., high
school. It aims to guide the contents, skills, and competencies that must be addressed throughout
the students' educational journey. Although the BNCC represents an effort to standardize and
establish common guidelines for education in the country, it is essential to recognize that its
implementation and effectiveness face significant challenges. The diversity of social, economic,
and cultural realities across different states and municipalities in Brazil can hinder the uniform
application of the proposed curriculum.
Furthermore, the BNCC is just one of the elements that make up the Brazilian
educational landscape. Other factors influencing education, such as teacher training, school
infrastructure, availability of educational resources, and local policies, must be considered for
a broader, more critical analysis of the country's educational situation. Therefore, while the
Caique Fernando da Silva FISTAROL; Isabela Vieira BARBOSA; James DADAM; Marcia Regina Selpa HEINZLE
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 9
BNCC is relevant in defining the minimum curriculum in Brazil, it is essential to acknowledge
that its implementation and impact are influenced by a range of contextual factors and practical
challenges that may affect its effectiveness and scope throughout the entire country.
At the state level, school education in Brazil is organized by the State Education
Departments. According to item VI of Article 10 of the Law of Guidelines and Bases of
Education (LDB), among other responsibilities, states are tasked with "ensuring elementary
education and offering, as a priority, secondary education to all who demand it" (Brasil, 1996,
our translation). The State Education Departments manage the state schools and are also
responsible for supervising private schools that offer primary and secondary education.
At the local level, each municipality has its representative, notably the Secretary of
Education. According to item V of Article 11 of the LDB, public schools at the local level must
offer early childhood education and, as a priority, elementary education. Similar to state
authorities, local authorities are also responsible for overseeing private schools, but at the local
level. They are required to ensure compliance with regulations regarding early childhood
education and elementary education.
In Brazil, each school has a principal responsible for its management. In public schools,
in some networks, these principals are elected by the school community, which includes
parents, students, and staff. In other networks, the position is appointed by the head of the
executive branch or the Secretary of Education. There are also positions filled through public
competition (Assis, Marconi, 2021; Paro, 2011). Principals hold a crucial role in school
administration, working alongside the municipality or state and following the guidelines
established in the national education plan.
Public school principals are tasked with developing a work plan that guides the activities
and functioning of the institution. This plan is created taking into account the specific needs of
the school community, as well as the objectives and guidelines set by the municipality and the
national education plan. This autonomy granted to the principals aims to promote participatory
management and engage the school community in decisions related to the educational process.
In addition to pedagogical and didactic matters, the principal is also responsible for managing
all processes and infrastructure and overseeing the work of the entire staff, whether teaching,
technical, or support personnel within the school unit (Paro, 2015).
Through direct election, the goal is to ensure that principals are legitimate
representatives of the community, capable of understanding local demands and needs.
However, this does not necessarily mean that the management will be successful. The election
Structures and characteristics in basic education: a comparative analysis of German, Brazilian and Italian educational systems
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 10
reflects the community's will, not merely the executive branch's political and often electoral
interests (Assis; Marconi, 2021; Paro, 2011). Nevertheless, the effectiveness of school
management can vary widely, depending on the availability of resources, the training of
principals, and the socioeconomic conditions of the region.
Additionally, the support and monitoring provided by the municipality are crucial to
ensure that principals have the necessary support to effectively implement their work plans. In
summary, public-school principals in Brazil play a fundamental role in educational
management, collaborating with the municipality and state while following national guidelines.
In Germany, differences can be observed regarding the hierarchical organization of
administrative functions. The primary responsibilities for establishing educational standards lie
within the states, known as the Bundesländer (Deutschland, 2013, 2023a). The authority of the
German federal government, the Bundesministerium für Bildung und Forschung is primarily
regulatory and control-based. The cultural sovereignty substantiates this, or Kultur Hoheit, of
each of the 16 states, which results in each state having its own Ministry of Education and
Cultural Affairs. To ensure the comparability of education across Germany, the ministers meet
four times a year at the Conference of Education Ministers, known as the
Kultusministerkonferenz.
Despite this effort to maintain a certain level of homogeneity between the German
states, some differences must be considered. Generally, the German education system consists
of an elementary school (Grundschule) lasting four years, although the states of Berlin and
Brandenburg opt for a six-year duration. A point of significant controversy when analyzing the
German education system arises at the end of elementary school, when students are typically
around 10 years old. They are divided into three groups based on their performance during the
early school years (Deutschland, 2021).
Those with lower academic performance are directed to the lower secondary school
(Hauptschule), which lasts between five and six years. The goal of education at this type of
school is to prepare students for the labor market and to equip them for admission to vocational
education. It serves as a workforce provider for the country’s industries.
Students with average performance are directed to Realschule, which blends technical
and scientific education. The program typically lasts six years, and upon completion, students
obtain a certificate that allows them to either continue in a vocational education institution or
proceed to the equivalent of high school by studying an additional three years at the Gymnasium
(Deutschland, 2021).
Caique Fernando da Silva FISTAROL; Isabela Vieira BARBOSA; James DADAM; Marcia Regina Selpa HEINZLE
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 11
Students with better academic performance are directed to the Gymnasium, which
typically lasts eight or nine years and aims to provide a comprehensive education, preparing
students for higher education. Upon completion, Gymnasium students must take an exam,
known as the Abitur, which can only be taken once and whose score will be used for university
admission.
The decision regarding which type of school a student will attend varies from state to
state, but it is generally based on a recommendation from the teacher to the parents, who tend
to follow the teacher’s advice. However, in the southern states of Bavaria and Baden-
Württemberg, the decision is solely the responsibility of the teachers. In all cases, there is
significant controversy, especially given that the separation occurs at a relatively young age and
because it may involve subjective factors or biases in the decision-making process. While there
are pathways for transitioning from one school to another, data shows that such migration is
minimal (Deutschland, 2021).
While the states assume most of the educational responsibilities in Germany, the
municipal districts provide the necessary infrastructure for education. This means that they are
responsible for ensuring the availability of school buildings that meet the needs of students, as
well as providing the necessary personnel for the proper functioning of schools, such as janitors,
for example. However, teachers are employed by the state as public servants. Schools in
Germany are required to implement the guidelines established by the state within their curricula.
Furthermore, they work on school development plans, known as Schulentwicklungspläne
(Deutschland, 2023b). These plans aim to develop educational services according to demand in
the long term.
In Italy, the Ministero dell’Istruzione e del Merito (MIM) plays a central role in the
governance of the educational system. It is the governmental body responsible for defining
policies and carrying out tasks related to education, ranging from school education to higher
education.
The MIM is responsible for establishing guidelines and regulations that direct
educational practices in the country. Additionally, the ministry is tasked with promoting the
quality of education, developing curricula, overseeing schools and higher education institutions,
and coordinating scientific and technological research. Through the MIM, the Italian
government seeks to ensure equitable access to education, promote equal opportunities, and
raise standards of quality across the educational system. The ministry plays a leading role in
formulating educational policies aimed at strengthening learning, supporting the development
Structures and characteristics in basic education: a comparative analysis of German, Brazilian and Italian educational systems
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 12
of students’ skills and competencies, and fostering innovation in the field of research
(Comissione Europea, 2022).
At the primary education level, the MIM’s activities mainly involve defining
regulations, curricula, national guidelines, and recommendations as a framework for the
curricular planning of educational institutions within the national education and training system
(Genzone, 2022).
Among its key functions, the ministry is responsible for: i) the overall organization of
school education, the legal status of school personnel, the training of school leaders, teaching
staff, educational and administrative personnel, as well as technical and support staff; defining
criteria and parameters for implementing social interventions in schools, and interventions to
support disadvantaged areas for territorial rebalancing in terms of school quality and
educational services; ii) research and experimentation of innovations related to education;
recognition of qualifications and certifications in both the European and international spheres,
and the implementation of common educational policies among European Union countries; iii)
defining guidelines for the National Assessment System; iv) identifying objectives, standards,
and training courses in higher education and advanced technical training, as well as managing
relations with the training systems of the regions; v) defining guidelines for private schools and
non-state schools and courses; vi) managing activities related to student and parent associations;
vii) promoting students’ rights and services for families, the promotion of student status, study,
and career guidance; viii) managing international relations in bilateral and multilateral contexts,
and promoting the internationalization of the education and training system (Itália, 2023b).
It is essential to highlight that the Ministero dell'Istruzione e del Merito (MIM) works
in close collaboration with other stakeholders in the Italian educational system, such as regions,
autonomous provinces, and schools, to ensure the effective implementation of academic
policies across the country. The regions hold concurrent legislative powers in education,
meaning that a region cannot make decisions unilaterally; the state must be involved in the
decision-making process. Additionally, the regions have exclusive legislative powers in the
field of education and vocational training. On the other hand, each school in Italy is
autonomous. Educational institutions enjoy educational, organizational, and research
autonomy, as well as autonomy in experimentation and development (Itália, 2023c).
Article 33 of the Italian Constitution establishes two fundamental principles: the
obligation of the state to provide a public school system for all young people, and the right of
individuals and legal entities to establish schools and educational institutions at no cost to the
Caique Fernando da Silva FISTAROL; Isabela Vieira BARBOSA; James DADAM; Marcia Regina Selpa HEINZLE
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 13
state (Italia, 2023a). Thanks to this constitutional article, schools in Italy can be of different
types: state schools or non-state schools (parity schools, non-parity schools, and foreign
schools).
Parity schools, mostly Catholic institutions, may be private or managed by local entities.
These schools are authorized to issue qualifications with the same legal value as those of
corresponding state schools. They also enjoy full freedom regarding cultural orientation and
pedagogical direction and benefit from more favorable tax treatment if they are non-profit
(Italia, 2000).
Non-parity schools are private institutions registered in regional lists, which are updated
annually. Regular attendance at these schools fulfills the educational obligation; however, they
are not authorized to issue legally recognized qualifications, nor intermediate or final
certificates with legal certification value. Consequently, students must take an aptitude test at
the end of each school year or if they wish to transfer to a state or parity school (Itália, 2006).
There are also foreign or international schools in Italy, which follow a curriculum from
their country of origin, with the language of instruction being that of the school's home country,
rather than Italian. Although these schools are located in Italy, they do not belong to the Italian
educational system. However, some of them are recognized due to bilateral, multilateral
agreements or within the European Union, particularly through the 1997 Convention on the
Recognition of Qualifications concerning Higher Education in the European Region. Foreign
schools not covered by cooperation agreements are considered private non-parity schools, and
the certificates issued by them are not valid within the Italian territory (Lantero; Finocchietti;
Gitto, 2021).
The fact that basic education is compulsory in these three countries and free in public
schools results in high enrollment rates. In primary education, state schools are responsible for
enrolling more than 96% of students. However, the mandatory school age differs between
countries. In Brazil, compulsory education begins at 4 years old and extends to 17 years old
(Brasil, 2013). In Germany, it begins in the first year of primary education, at 6 years old, and
is compulsory for 9 years (Deutschland, 2021). In Italy, it starts at 6 years old, similar to
Germany, but lasts for 10 years (Itália, 2023c).
In all these educational systems, student attendance in classes is mandatory; however,
the requirement for attendance does not guarantee the quality of education. In Brazil and Italy,
for example, a minimum attendance rate of 75% is set, but it is essential to question whether
this metric is sufficient to ensure effective learning. Moreover, the number of school days also
Structures and characteristics in basic education: a comparative analysis of German, Brazilian and Italian educational systems
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 14
varies between countries, with 200 days officially stipulated in Brazil, approximately 190-210
days in Germany, and 33 weeks or 230 days in Italy. However, it is necessary to go beyond the
number of days and consider the quality of pedagogical activities and student engagement
during this period. Merely counting days does not necessarily reflect the effectiveness of the
teaching-learning process in each country.
Furthermore, the weekly workload is an aspect that must be considered. In Brazil, the
minimum workload defined by law is 800 hours annually, which amounts to 20 hours per week
(Brasil, 1996). In Italy, the first five years of primary education can have a minimum weekly
workload of 24, 27, or 30 hours in part-time schools, or 40 hours in full-time schools (Italia,
2009). In Germany, part-time schools vary between 20 and 29 hours per week, while full-time
schools can reach up to 36 hours weekly (Parente, 2020). These variations in workload among
countries, as well as internally, can partly explain performance differences. However, a critical
and in-depth analysis of the various factors influencing the quality and effectiveness of the
educational system is essential, taking into account attendance and the length of the school year.
The data presented demonstrate that the constitutional right to education is a
fundamental aspect shared by these three countries. However, it is necessary to emphasize that
the mere establishment of this right in Constitutions does not automatically guarantee the
quality and effectiveness of the educational system. Although it is commendable that the
objectives of primary education include students' personality development and their preparation
for community participation, it is crucial to question whether these objectives are being fully
achieved in practice.
The implementation of these objectives depends on various factors, such as adequate
investment in educational resources, qualified and ongoing teacher training, and the structuring
of curricula aligned with the needs and demands of students, among others. Unfortunately, these
aspects often do not receive the attention and investment they require from governments,
resulting in gaps and challenges in achieving the established educational objectives.
Moreover, education should not be limited merely to the transmission of knowledge and
skills; it should also foster critical thinking, appreciation of diversity, respect for human rights,
and preparation of students to face the challenges of the contemporary world. Therefore, the
mere inclusion of these objectives in policy documents is insufficient. Governments,
educational institutions, and society must make an effective commitment to ensure that these
principles are genuinely translated into educational practices that promote students' holistic
development and prepare them for active and critical participation in society.
Caique Fernando da Silva FISTAROL; Isabela Vieira BARBOSA; James DADAM; Marcia Regina Selpa HEINZLE
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 15
It is essential to recognize, however, that despite the similarities and shared
constitutional objectives, the effectiveness of implementing and achieving these objectives may
vary among the three countries. This variance is due to factors such as resource availability,
social inequalities, structural challenges present in each national context, and aspects related to
each nation's historical formation. In Brazil, the continental territorial expanse, the presence of
Indigenous peoples, and high-income concentration are determining factors; in Italy, historical
tensions in border regions with ethnic and linguistic minorities, the integration of immigrant
children and descendants, big regional cultural differences, and north-south disparities stand
out. In Germany, the overcoming of the historical division between East and West Germany,
cultural and organizational variations among states, intense immigration, and the rise of
xenophobia and racism are aspects that also need to be considered. These factors are essential
in pursuing an educational model that accommodates the diversity present in the public schools
of these countries.
Funding and Challenges
Educational systems are highly complex mechanisms that require constant maintenance,
investment, renewal, and must be continuously updated and ready to serve the school
community. Without proper financial support, it would be nearly impossible for these systems
to function effectively.
In Brazil, funding for education comes from three main sources: the federal government,
state governments, and municipalities. According to Article 212 of the Brazilian Constitution,
the federal government is required to allocate at least 18% of its tax revenues to education,
while states and municipalities are obligated to allocate at least 25% of their tax revenues to
this sector (Brasil, 2022).
These funds are responsible for financing public schools and universities, covering
expenses such as staffing, materials, and food services. Public school students bear no
educational expenses, as schools are open to all children in the country without additional fees.
In Germany, nearly three-quarters of all educational expenditures are borne by the
states. These expenditures are primarily financed by taxes, with a small portion also supported
by private donations. The German federal government contributes only a minor share (in 2017:
10.6 billion out of a total of 133.4 billion euros), which is justified by each state's cultural
Structures and characteristics in basic education: a comparative analysis of German, Brazilian and Italian educational systems
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 16
sovereignty. The second-largest portion of educational spending is borne by local communities,
which in 2017 contributed 28.5 billion of the total 133 billion euros (Deutschland, 2021).
Public early childhood education units are maintained by local authorities and funded
by them and the states, which are responsible for personnel and material expenses. Schools may
also receive contributions from students' parents. Private schools, managed by churches, parent
initiatives, or other organizations, receive similar funding as public institutions, along with
additional financing from the organizations that operate them. In primary education, local
authorities are responsible for funding non-teaching staff and materials, while states cover the
payroll for teaching staff. Other expenses, such as school transportation costs, are covered by
local authorities but may be reimbursed by the states, which also contribute funds for building
maintenance and other operational costs. More recently, the federal government has begun
providing financial subsidies in specific areas, such as funding for the digitalization of schools.
The educational system's funding is fully provided by the government, primarily
through taxes, and is partly supplemented by private donations. Children, youth, and adults in
need have a legal right to access educational benefits and to participate in the education support
package. This package covers additional expenses such as school meals, supplemental learning
support (e.g., tutoring), and an annual allowance of 150 euros (distributed in two installments)
to meet personal school-related needs, such as backpacks, writing materials, calculators, and
drawing supplies. Additionally, the package covers expenses for school trips, which may last
one or more days, and school transportation costs (Deutschland, 2021).
In Italy, compulsory education is free and provided by the State. The necessary funding
to ensure the effective and comprehensive functioning of the educational system comes from
taxpayer resources. In addition to public educational institutions, the State is committed to
making education accessible to all citizens. This commitment is evident in policies and
measures aimed at promoting inclusivity and equal educational opportunities (Itália, 1994,
2013).
Through public funding, the Italian government strives to ensure that all children and
young people have access to quality education, regardless of their socioeconomic background.
This investment in the educational system is essential for promoting equity and social justice.
It is important to highlight that public funding is not limited solely to public educational
institutions but can also extend to private schools that meet specific criteria and requirements
set by the State. In this way, Italy demonstrates its commitment to providing free and accessible
Caique Fernando da Silva FISTAROL; Isabela Vieira BARBOSA; James DADAM; Marcia Regina Selpa HEINZLE
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 17
education to all citizens through a public funding system designed to guarantee quality and
equal educational opportunities nationwide (Itália, 1994, 2013).
For students attending primary schools, textbooks are provided free of charge and paid
for by the municipalities. For students in secondary schools, textbooks are paid for by families
themselves. However, by presenting an income declaration certificate, low-income families
may obtain textbooks for free or at a reduced cost (proportional to their income). Lunch services
are optional for all schools. If students make use of this service, parents or guardians are
required to pay for it. Similarly, families may submit an income declaration document to either
avoid these costs or pay only a portion (Itália, 1994, 2013).
As autonomous entities, schools have the opportunity to seek or receive funding from
various sources. Article 2 of Decree No. 129/2018 establishes that school units may apply for
resources from the European Union, the Italian State, regions, local or public entities, as well
as from private entities and individuals. Additionally, schools can generate revenue through
voluntary contributions from families, which must be used exclusively for educational purposes
(Itália, 2018). Schools have access to funds such as the European Social Fund (ESF) or the
European Regional Development Fund (ERDF) for the implementation of projects in social or
infrastructure areas. They may also benefit from the National Digital School Plan (PNSD),
which is aimed at innovating teaching methods and school practices. Furthermore, schools may
accept donations, take out loans, receive sponsorships, and generate income from intellectual
property works and industrial property rights, among other sources.
Differences in the regulation of educational funding across the countries analyzed
contribute to understanding certain disparities. In Brazil, funding covers not only school
personnel and infrastructure but also instructional materials and meals. Financial resources are
sourced from the federal, State, and municipal governments. When a school is public, it is
entirely free, and students are not required to pay any additional fees for the educational services
they receive. In Germany and Italy, funding similarly comes from governmental sources, but
the State does not fully provide school supplies. In Germany, the state government is
responsible for distributing textbooks used in schools, and students in vulnerable situations may
apply for financial support to obtain additional materials. In Italy, students must purchase their
supplies, but those in need may request financial assistance from the government.
On the other hand, teacher hiring in Germany and Italy is conducted centrally for all
schools within these countries, with equal salaries regardless of the state or city in which
teachers work. In Brazil, each school network selects and hires its teachers, leading to
Structures and characteristics in basic education: a comparative analysis of German, Brazilian and Italian educational systems
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 18
disparities and, at times, teacher migration from one network to another in search of better
salaries and working conditions. This situation can disrupt services and harm the school
community due to high teacher turnover.
Final considerations
This study aimed to understand, through a comparative analysis, how the education
systems in Germany, Brazil, and Italy are structured, particularly regarding curriculum and
hierarchical organization, as well as basic education funding. By examining the systems,
official documents revealed differences and similarities that help clarify how each country’s
decisions impact specific aspects of education.
The results indicate that Brazil, Germany, and Italy share some commonalities but also
exhibit significant differences in key aspects. One of these aspects is the hierarchical
organization of educational systems. In Brazil and Italy, the educational system is centralized,
whereas in Germany, states are responsible for curricula, and local authorities oversee school
infrastructure and other services. The three countries share free and compulsory education,
resulting in high enrollment rates. However, the length of compulsory schooling, the
organization of grades, and the age range for mandatory attendance vary among them.
Beyond structural and financial factors, other aspects need to be considered to
understand the success or failure of certain educational experiences. It is essential to remember
that public schools are responsible for serving a heterogeneous and complex community,
composed of students and families facing unique and social challenges across these three
countries. Education is a complex topic, and although there are successful initiatives, examining
the crises in these systems can contribute to overcoming difficulties and building a school better
prepared for contemporary challenges.
Therefore, it is essential to critically analyze these shared aspects and identify the
specific nuances and challenges these countries face to fully understand the characteristics and
impact of the educational systems in Brazil, Germany, and Italy. The findings provide a basis
for further studies aimed at investigating more specific aspects of education in these countries.
Caique Fernando da Silva FISTAROL; Isabela Vieira BARBOSA; James DADAM; Marcia Regina Selpa HEINZLE
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 19
REFERENCES
ASSIS, B. S.; MARCONI, N. Efeito das políticas de provimento ao cargo de diretor na gestão
escolar. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, v. 55, n. 4, p. 881-992, 2021.
DOI: https://doi.org/10.1590/0034-761220190470. Available at:
https://www.scielo.br/j/rap/a/L75ZHgWjkBhkjCgM4f7sGyc/?lang=pt. Accessed in: 18 July
2024.
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, ano 134, n. 248, p. 27833,
23 dez. 1996. PL 1258/1988.
BRASIL. Lei n. 12.796, de 4 de abril de 2013. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de
1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para dispor sobre a formação
dos profissionais da educação e dar outras providências. Diário Oficial da União: seção 1,
Brasília, DF, ano 150, n. 65, p. 1, 05 abr. 2013. PLC 280/2009.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018.
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil: texto
constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, compilado até a Emenda Constitucional
nº 128/2022. Brasília, DF: Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2022.
CARVALHO, E. J. G. Estudos comparados em educação: novos enfoques teórico-
metodológicos. Acta Scientiarum, Maringá, v. 36, n. 1, p. 129-141, Jan.-June, 2014.
COMISSIONE EUROPEA. Eurydice. Istruzione Primaria, s. p., nov, 2022. Available at:
https://eurydice.eacea.ec.europa.eu/it/national-education-systems/italy/istruzione-primaria.
Accessed in: 14 July 2023.
DEUTSCHLAND. Bundeszentrale für politische Bildung. Wie der Staat das Bildungswesen
prägt, 2013. Available at: https://www.bpb.de/themen/bildung/dossier-bildung/145238/wie-
der-staat-das-bildungswesen-praegt/. Accessed in: 06 July 2023.
DEUTSCHLAND. Kultusminiter Konferenz. The Education System in the Federal
Republic of Germany 2019/2020: a description of the responsibilities, structures and
developments in education policy for the exchange of information in Europe. Berlin:
Secretariat of the Standing Conference of the Ministers of Education and Cultural Affairs of
the Länder in the Federal Republic of Germany, 2021. Available at:
https://www.kmk.org/fileadmin/Dateien/pdf/Eurydice/Bildungswesen-engl-
pdfs/dossier_en_ebook.pdf. Accessed in: 06 July 2023.
DEUTSCHLAND. Kultusminister Konferenz. Bildungswege und Abschlüsse, 2023a.
Available at:
https://www.kmk.org/themen/allgemeinbildende-schulen/bildungswege-undabschluesse.html
Accessed in: 06 July 2023.
DEUTSCHLAND. Bundesministerium für Bildung und Forschung. Zusammenarbeit von
Bund und Ländern, 2023b. Available at:
Structures and characteristics in basic education: a comparative analysis of German, Brazilian and Italian educational systems
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 20
https://www.bmbf.de/bmbf/de/bildung/zusammenarbeitvon-bund-und-
laendern/zusammenarbeit-von-bund-und-laendern_node.html Accessed in: 06 July 2023.
EPSTEIN, E. H. The Problematic Meaning of ‘Comparison’ in Comparative Education. In
SCHRIEWER, J.; HOLMES, B. (org). Theories and Methods in Comparative Education.
Frankfurt-am-Main: Peter Lang, 1992. p. 3-23.
FRANCO, M. C. Estudos comparados em educação na América Latina, uma discussão
teórico-metodológica a partir da questão do outro. In: FRANCO, M. A. C. (Org.). Estudos
Comparados e Educação na América Latina. São Paulo: Cortez, 1992. p. 13-35.
GENZONE, A. Sistemi educativi europei a confronto: quali sono i più virtuosi? Lenius, s. p.,
nov. 2022. Available at: https://www.lenius.it/sistemi-educativieuropei/ Accessed in: 06 July
2023.
ITÁLIA. Decreto Legislativo n. 297, de 16 de abril de 1994. Approvazione del testo unico
delle disposizioni legislative vigenti in materia di istruzione, relative alle scuole di ogni ordine
e grado. Roma, 1994. Available at:
https://www.miur.gov.it/documents/20182/21192/Decreto+legislativo+297+del+1994/377c57
1e-be98-44c6-8b19-8ff786f4c92b?version=1.0. Accessed in: 09 July 2023.
ITÁLIA. Lei n. 62, de 10 de março de 2000. Norme per la parità scolastica e disposizioni sul
diritto allo studio e all'istruzione. Roma, 2000. Available at:
https://www.miur.gov.it/web/guest/cos-e-la-scuola-non-statale. Accessed in: 18 July 2024.
ITÁLIA. Lei n. 27, de 3 de fevereiro de 2006. Norme in materia di scuole non statali. Roma,
2006. Available at: https://www.miur.gov.it/web/guest/cos-e-la-scuola-non-statale. Accessed
in: 18 July 2024.
ITÁLIA. Decreto n. 89, de 20 de março de 2009. Revisione dell'assetto ordinamentale,
organizzativo e didattico della scuola dell'infanzia e del primo ciclo di istruzione ai sensi
dell'articolo 64, comma 4, del decreto-legge 25 giugno 2008, n. 112, convertito, con
modificazioni, dalla legge 6 agosto 2008, n. 133. (09G0099). Roma, 2009. Available at:
https://www.normattiva.it/uri-
res/N2Ls?urn:nir:stato:decreto.del.presidente.della.repubblica:2009-03-20;89!vig=2020-12-
30. Accessed in: 18 July 2024.
ITÁLIA. Ministero dell’Istruzione, dell’Università e della Ricerca. Il sistema educativo
italiano. I quaderni di Eurydice, 29. Firenze: Indire, Unità Italiana di Eurydice, 2013.
Available at: https://eurydice.indire.it/wp-content/uploads/2016/06/Quaderno_29.pdf.
Accessed in: 21 July 2023.
ITÁLIA. Decreto n. 129, de 28 de agosto de 2018. Regolamento recante istruzioni generali
sulla gestione amministrativo-contabile delle istituzioni scolastiche, ai sensi dell'articolo 1,
comma 143, della legge 13 luglio 2015, n. 107. (18G00155). Roma, 2018. Available at:
https://www.normattiva.it/uri-
res/N2Ls?urn:nir:ministero.istruzione.universita.e.ricerca:decreto:2018-08-28;129!vig.
Accessed in: 21 July 2023.
Caique Fernando da Silva FISTAROL; Isabela Vieira BARBOSA; James DADAM; Marcia Regina Selpa HEINZLE
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 21
ITÁLIA. [Constituição (1948)]. Costituzione della Repubblica Italiana di 1948. Roma:
Camera dei deputati, 2023a. Available at:
https://giovani.camera.it/public/documenti/Costituzione_della_Repubblica_Italiana_SITO.pdf
Accessed in: 15 July 2024.
ITÁLIA. Ministero dell’Istruzione e del Merito. Missione e funzione, 2023b. Available at:
https://www.miur.gov.it/web/guest/sistema-educativo-di-istruzione-e-formazione. Accessed
in: 21 July 2023.
ITÁLIA. Ministero dell’Istruzione e del Merito. Sistema educativo di istruzione e di
formazione, 2023c. Available at: https://www.miur.gov.it/web/guest/missione-e-funzione.
Accessed in: 21 July 2023.
LANTERO, L; FINOCCHIETTI, C., GITTO, E. Scuole Estere in Italia e Scuole Italiane
all’Estero: normativa, caratteristiche e riconoscimento dei titoli di studio. Doc Cimea, n. 134.
Roma: Associazione CIMEA Centro Informazioni Mobilità Equivalenza Accademiche,
2021. Available at: https://www.cimea.it/pagina-documenti-cimea. Accessed in: 20 July 2024.
MARSHALL, J. Introduction to Comparative and International Education. 2. ed.
Universidade de Derby: Reino Unido, 2019.
MOROSINI, M. C. Internacionalização do currículo: produção em organismos multilaterais.
Roteiro, Joaçaba, v. 43, n. 1, p. 115-132, jan./abr. 2018. Available at:
http://educa.fcc.org.br/scielo.php?pid=S2177-60592018000100007&script=sci_abstract.
Accessed in: 15 July 2024.
PARENTE, C. M. D. Análise comparada da jornada escolar em países da União Europeia.
Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 50, n. 175, p. 78-95, jan./mar. 2020. DOI:
10.1590/198053146760.
PARO, V. H. Escolha e formação do diretor escolar. Cadernos de Pesquisa Pensamento
Educacional, v. 6, n. 14, p. 36-50, 2011. Available at: https://www.vitorparo.com.br/wp-
content/uploads/2019/10/Escolha-e-formacao-de-diretores.pdf. Accessed in: 18 July 2024.
PARO, V. H. Diretor Escolar: educador ou gerente? São Paulo, SP: Cortez Editora, 2015.
Structures and characteristics in basic education: a comparative analysis of German, Brazilian and Italian educational systems
Rev. EntreLinguas, Araraquara, v. 10, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 2447-3529
DOI: https://doi.org/10.29051/el.v10i00.19822 22
CRediT Author Statement
Acknowledgements: None.
Funding: CAPES and CNPq.
Conflicts of interest: None declared.
Ethical approval: Ethical Approval Certificate 47415021.0.0000.5370.
Availability of data and material: Public files.
Author contributions: Caique Fernando da Silva Fistarol data analysis and
interpretation; Isabela Vieira Barbosa data generation, analysis, and interpretation; James
Dadam article drafting, data analysis, and interpretation; Marcia Regina Selpa Heinzle
article drafting, data analysis, and interpretation.
Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.
Proofreading, formatting, normalization and translation.