HIPERLEXIA: QUE SÍNDROME É ESTA? REFLEXOS E REFLEXÕES DAS PRODUÇÕES LITERÁRIAS


¿HIPERLEXIA QUÉ SÍNDROME ES ESTA? REFLEJOS Y REFLEXIONES DE LAS PRODUCCIONES LITERARIAS


HYPERLEXIA WHAT SYNDROME IS THIS? REFLEX AND REFLECTIONS OF LITERARY PRODUCTIONS


Ana Paula Santos de OLIVEIRA1 Rosemeire de Araújo RANGNI2


RESUMO: A hiperlexia é uma síndrome caracterizada pela leitura precoce, apresenta outros sintomas e características diferentes, ao qual dificulta o diagnóstico que é comumente confundido com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Este artigo em forma de revisão sistemática, busca conhecer as produções acadêmicas em bancos de dados entre 1999 e 2019 que possam discutir a temática da hiperlexia, bem como, verificar se há uma conexão entre a leitura precoce dessa síndrome e a leitura precoce das altas capacidades. As palavras- chave utilizadas nas pesquisas foram: hyperlexia e high ability, e foram usadas separadas e de forma combinada utilizando o operador booleano and (hyperlexia and high ability). As bases de dados consultadas foram: Education Resources Information Center (ERIC) e ScienceDirect da editora Elsevier. Como resultado foram obtidas dez (10) produções, uma (01) no ERIC e nove (09) no ScienceDirect, que atenderam aos critérios de busca estabelecidos, cabe ressaltar que é um número baixo, levando em consideração o período de vinte (20) anos, e nenhum estudo foi encontrado que tratasse da hiperlexia e altas capacidades conjuntamente neste período.


PALAVRAS-CHAVE: Hiperlexia. Altas capacidades. Produções literárias.


RESUMEN: La Hiperlexia es un síndrome caracterizado por la lectura precoz, presenta otros síntomas y características diferentes, al cual perjudican el diagnóstico que comúnmente se confunde con el Trastorno del Espectro Autista (TEA). El presente artículo en forma de revisión sistemática busca conocer producciones académicas en bancos de datos entre los años de 1999 a 2019 que puedan desenmarañar el tema de la hiperlexia, así como verificar si existe una conexión de la precocidad en lectura de este síndrome con la precocidad en lectura en las altas capacidades. Las palabras clave utilizadas fueron: hyperlexia y high ability, en las búsquedas las palabras se utilizaron separadamente y combinadas utilizando el operador booleano and, (hyperlexia and high ability). Las bases de datos consultadas fueron: Education Resources Information Center (ERIC) y ScienceDirect de la editora Elsevier.



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1 Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), São Carlos – SP – Brasil. Estudiante de doctorado en el Programa de Postgrado en Educación Especial. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5881-2595. E-mail: annasantos_oliveira@hotmail.com

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2 Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), São Carlos – SP – Brasil. Profesor del Departamento de Educación Especiall. Doctorado en Educación Especial (UFSCAR). ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5881- 2595. E-mail: rose.rangni@uol.com.br

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Como resultados se obtuvo diez (10) producciones sobre la hiperlexia, una (01) en ERIC e nueve (09) en ScienceDirect, que atendía a los criterios de inclusión establecidas de búsqueda, cabe destacar que es un número bajo teniendo en cuenta el período de veinte (20) años, y ningún estudio fue encontrado que trataba de hiperlexia y las altas capacidades conjuntamente en este período.


PALABRAS CLAVE: Hiperlexia. Altas capacidades. Producciones literarias.


ABSTRACT: Hyperlexia is a syndrome characterized by early reading that also presents other symptoms and different characteristics, which damage the diagnosis that is commonly confused with the Autism Spectrum Disorder (ASD). The literature about this subject is very small and most of the works consist in isolated cases. This article, in form of a systematic review, seeks theoretical subsidies in data banks that can clarify the topic of hyperlexia, as well as verifying if there is a connection of the early reading of this syndrome, with the early reading in the high abilities. The descriptors used were hyperlexia and high ability, which were used separately and combined using the Boolean operator, and (hyperlexia and high ability). The databases consulted were Education Resources Information Center (ERIC) and ScienceDirect of the Publisher Elsevier. It was looked for studies conducted in the last twenty years, from 1999 to 2019. The criteria of inclusion of the works were two: the paper has to be completely available in the database and the second one is that the studies offered a discussion about hyperlexia only or concomitantly with the high abilities. As a result, was obtained a limited number of papers about hyperlexia that attend the inclusion criteria, considering the period covered that was the last twenty years and none paper was found that discussed hyperlexia with the high abilities.


KEYWORDS: Hyperlexia. High ability. Literature productions.


Introdução


O conceito de hiperlexia foi originalmente definido como um estilo incomum de aprendizagem no início dos anos 1960, quando se utilizou pela primeira vez pela Associação Americana de Hiperlexia e, já na década de 90, esta mesma Associação fixou quatro características básicas para identificar esta síndrome, são elas: capacidade precoce para ler – mais do que o esperado para a idade; uma intensa fascinação por letras e números; uma significativa dificuldade para compreender a língua falada; dificuldades em suas habilidades sociais (RIBEIRO; LEMOS; SANT’ANNA, 2009). Embora Ostrolenk et al. (2017) apontem que os casos de hiperlexia podem ser encontrados na literatura descrita já em 1918, com Hollingworth e Winford, e também em 1930, muito antes da introdução da nomenclatura/síndrome de hiperlexia e Transtorno do Espectro Autista (TEA).

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Nota-se que o conceito de hiperlexia tem sido utilizado de diferentes maneiras por diferentes autores, por vezes se define como uma alta habilidade leitora, um talento especial e,


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por outras, se define como uma deficiência, indicando uma compreensão leitora deficiente (ZUCCARELLO et al., 2015 apud GRIGORENKO et al., 2003).

Castles et al. (2010 apud GRIGORENKO et al., 2003; NATION, 1999) atentam que há um debate sobre esta síndrome, a qual deveria ser classificada como uma forma de dislexia ou não. Os autores sinalizam também que a palavra/nomenclatura “hiperlexia” sempre enfatiza a presença de uma leitura precoce ou avançada, e o déficit semântico de “ler sem sentido” é tipicamente o sintoma mais generalizado independentemente de seu nível de leitura.

A característica excepcional de leitura de forma precoce das crianças também está presente em crianças com altas capacidades, de acordo com Lamônica et al. (2013, p. 392), a precocidade do início da capacidade de leitura pode sugerir que a criança tenha uma capacidade intelectual superior". Para Renzulli (2013), estudantes mais capazes demonstram, ou têm o potencial de demonstrar, capacidade excepcionalmente alta em relação à capacidade de aprender, criar ou executar; ou capacidade cognitiva bem acima da média dentro de um domínio específico - acadêmico ou não acadêmico.

O presente artigo busca conhecer produções acadêmicas em bancos de dados com um recorte temporal dos últimos vinte anos (1999 a 2019) que podem esclarecer o tema da hiperlexia, bem como verificar se existe uma conexão da precocidade na leitura desta síndrome com a precocidade em leitura em altas capacidades. A abordagem metodológica foi a revisão sistemática que consiste em um sumário de evidências de estudos primário realizados para responder a uma questão específica de estudo (KOLLER; COUTO; HOHENDORFF, 2014). Foi adotado um processo de revisão profunda de literatura, imparcial e reproduzível que busca, avalia e sintetiza as evidências dos estudos científicos para obter resultados confiáveis (BRASIL, 2012).

As palavras-chave utilizadas foram: hyperlexia; high ability, as quais foram utilizadas separadamente e de forma combinada. As bases de dados consultadas foram: Education Resources Information Center – (ERIC) e ScienceDirect. O acesso a estes bancos de dados se deu, primeiramente, por meio do acesso ao Portal de Periódicos da Capes que possui um convênio com as Universidades, de modo que oferecem acesso gratuito a bancos de dados pagos. Utilizando o filtro de dados se buscou nas duas bases de dados estudos acerca da hiperlexia realizados nos últimos vinte (20) anos, de 1999 até março de 2019.

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Os critérios de inclusão dos estudos foram inicialmente a disponibilidade do trabalho completo na base de dados e que ofereciam uma discussão acerca da hiperlexia ou uma discussão conjunta da hiperlexia com altas capacidades. Foram excluídos os artigos que não

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RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 16, n. 3, p. 1918-1932, jul./sep. 2021. e-ISSN: 1982-5587

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continham novos dados, ou pelo menos uma breve descrição da síndrome; os estudos que não estavam disponíveis nas bases de dados; da mesma forma que os trabalhos repetidos foram descartados da revisão, resultando em dez (10) trabalhos que atendiam aos critérios de inclusão.


Figura 1 – Ilustração do caminho tomado aos bancos de dados


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Fonte: Elaboração própria


Resultados e discussão


A primeira seleção foi na própria base de dados que, inicialmente, buscou-se por todos os descritores, separados e combinados utilizando o operador booleano and, (ex: hyperlexia and high ability). Na primeira base, ScienceDirect, com o filtro de 20 anos e somente com a palavra hyperlexia, foram encontrados cento e noventa e um (191) resultados, incluindo artigos, capítulos de livros, ou index, que resultou na maioria, mas somente cento e quarenta e oito (148) trabalhos estavam disponíveis na base. Em seguida, a seleção foi pelo resumo, pelo qual, todos os index foram descartados, bem como aqueles trabalhos que não atendiam aos critérios de inclusão. A busca com as palavras hyperlexia and high ability com o operador booleano and, encontrou um total de cento e dez (11) trabalhos e a maioria eram trabalhos encontrados já anteriormente com a palavra hyperlexia, o eram index, ambos descartados e resultando em nenhum trabalho que discutisse altas capacidades juntamente com a hiperlexia.

Na base de dados ERIC, utilizando a palavra chave “Hyperlexia” foi encontrado um

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total de dezessete (17) resultados com o filtro de anos selecionado, e seguindo o critério de


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seleção da disponibilidade do trabalho completo na base de dados, obteve-se apenas um trabalho (Tabela 1). Utilizando o operador booleano and com as palavras hyperlexia and high ability se encontrou o mesmo trabalho anterior da palavra chave “Hyperlexia” sendo descartado do cálculo total de trabalhos encontrados. Nesta base de dados também não foi encontrado nenhum trabalho que discutisse a hiperlexia com altas capacidades.

Como mencionado anteriormente, seguindo os critérios de inclusão, foi encontrado um total de dez (10) trabalhos, ilustrados na Figura 2, que contemplaram aos requisitos e estão representados nas Tabelas 1 e 2.


Tabela 1 – Produções da base de dados ERIC


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Título Autores Ano Condição Associada Revista

Reading and

math achievement


X.,

WEI,

2015 TEA SRI International

profiles and longitudinal growth trajectories of

children with an Autism Spectrum Disorder

CHRISTIANO,

E. R. A., YU, J. W., WAGNER, M.; SPIKER, D.

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Fonte: Elaboração própria


O estudo de Wei et al. (2015) examinou os perfil de rendimento de leitura e matemática de cento e trinta (130) crianças de 6 a 9 anos diagnosticadas com TEA em um estudo longitudinal (de 2000-2004), contando com uma mostra representativa a nível nacional nos Estados Unidos. Como resultado se identificou quatro perfis: maior rendimento (39%), hiperlexia (9%), hipercalculia (20%) e baixo rendimento (32%).

Os resultados obtidos do banco de dados do ScienceDirect são agora apresentados na Tabela 2, seguidos por um breve resumo dos estudos encontrados e, em seguida, a análise e a discussão.


Tabela 2 – Produções da base de dados ScienceDirect


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Título Autores Ano Condição Associada Revista

Learning disability subtypes: classification of high functioning hyperlexia

RICHMAN, L. C.;

WOOD, K. M.

2002 Asma; diabetes; leucemia; nanismo; transtorno de déficit de atenção e hiperatividade; TEA; transtorno de conduta oposicionista desafiante

Brain and

Language

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Hyperlexia profiles KENNEDY, B. 2003 Tumor cerebral no

hemisfério direito, hidrocefalia; atraso na linguagem expressiva.

Brain and Language

The Neural Basis of TURKELTAUB, P. E.; 2004 Trastorno Generalizado Neuron

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Hyperlexic Reading: An fMRI Case Study


Hyperlexia in a 4-year-old boy with Autistic Spectrum Disorder


FLOWERS, D. L.; VERBALIS, A.;

MIRANDA, M.; GAREAU, L.; EDEN,

G. F.

ATKIN, K.; LORCH

M. P.


do Desenvolvimento; Hiperlexia.


2006 TEA Journal of Neurolinguistics

Developmental and

acquired dyslexia’s

TEMPLE. C. M. 2006 - Cortex

Hyperlexia in Spanish- speaking children: Report of

2 cases from Colombia, South America

GUTIERREZ, C. T. 2006 TEA; Déficit na

função motora.

Journal of the Neurological Sciences

Developmental dissociations between lexical reading and comprehension: Evidence from two cases of hyperlexia

CASTLES, A.; CRICHTON, A.; PRIOR, M.

2010 TEA Cortex

Early language learning profiles of young children with autism: Hyperlexia and its subtypes

LIN, C. S. 2014 TEA; surdez;

problemas de coordenação olho- mão

Research in Developmental Disabilities

Hyperlexia: Systematic review, neurocognitive modelling, and outcome


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Fonte: Elaboração própria

OSTROLENK, A.; D’ARC, B. F.; JELENIC, P.;

SAMSON, F.; MOTTRON, L.

2017 Neuroscience &

Biobehavioral Reviews


O primeiro artigo de Richman e Wood (2002) examinou trinta (30) crianças com padrões de leitura hiperléxicos e inteligência média para determinar se os subtipos estabelecidos de deficiência de aprendizagem poderiam ser aplicados a essas crianças com hiperlexia, e dois grupos surgiram: um tipo mostrou padrões de distúrbios de aprendizagem de línguas com boa memória visual e também uma alta porcentagem de erros fonéticos de palavras. O segundo grupo mostrou traços de distúrbio de aprendizagem não-verbal com déficit de espaço visual e memória visual prejudicada, este último subgrupo mostrou poucos erros fonéticos e mais erros na parte visual. Estas descobertas sugerem subtipos de hiperlexia de alto funcionamento, um mostrando déficits de linguagem característicos da disfasia e outro mostrando padrões semelhantes aos da dislexia.

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A pesquisa de Kennedy (2003) avaliou dois (2) indivíduos, um de quinze anos de idade, apresentando um tumor cerebral no hemisfério direito e hidrocefalia; os outros dezenove (19) anos de idade com atraso expressivo na linguagem com habilidades básicas de leitura, os resultados sugeriram caminhos distintos para habilidades mais elevadas de reconhecimento de palavras que podem ser descritas por um modelo contemporâneo de leitura qualificada, e aquisição diferencial de habilidades básicas. A capacidade superior de reconhecimento de palavras foi associada em ambos os casos ao desenvolvimento

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especializado em uma área básica: o processamento ortográfico. Os resultados mostraram que, em vez de se assimilar aos subtipos de patologia de leitura (dislexia), observou-se que a hiperlexia era acompanhada de ativos que estão ausentes nos perfis disléxicos.

Turkeltaub et al. (2004) propõem um estudo de caso com um menino de nove (9) anos, que lê seis (6) anos antes de sua idade, diagnosticado com TEA e hiperlexia. Ao utilizar imagens de ressonância magnética funcional para estudar as bases neuronais desta capacidade precoce de leitura, foi possível identificar maior atividade no córtex frontal inferior esquerdo e córtex temporal superior. Estas descobertas sugerem que a leitura precoce se produz ao recorrer simultaneamente aos sistemas fonológicos do hemisfério esquerdo e do sistema visual do hemisfério direito. Portanto, a leitura hiperléxica se associa com a hiperatividade do córtex temporal superior esquerdo, bem como a dislexia é associada à hipoatividade desta área.

O trabalho de Atkin e Lorch (2006) trata de um estudo de caso de um menino de quatro (4) anos com ASD com uma idade mental de aproximadamente um ano e meio (1/5) que demonstra um comportamento de leitura precoce e ausência de discurso espontâneo. Foram realizados testes de leitura com palavras regulares e irregulares, pseudo-palavras, frases simples e textos. O desempenho em uma variedade de tarefas de leitura demonstra a capacidade de usar correspondências grafemo-fonema e leitura de palavras inteiras para decodificar palavras simples. A leitura bem sucedida de alguns heterofones homográficos e a paráfrase semântica de textos indicam um nível de desenvolvimento lexical, sintático, semântico e pragmático muito além de sua idade mental ou cronológica, sugerindo a possibilidade de um caminho atípico para a aquisição da linguagem.

Temple (2006) discute a dislexia, propondo em seu estudo que a hiperlexia integra este conjunto junto com a dislexia profunda, a dislexia fonológica e a dislexia superficial, sugerindo que a capacidade de leitura na hiperlexia é como a dislexia superficial, apresentando uma boa leitura de palavras sem sentido e uma forte capacidade de leitura fonológica.

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Gutierrez (2006) apresenta um estudo longitudinal de oito (8) anos com dois casos de crianças diagnosticadas com ASD e hiperlexia, com avaliações neuropsicológicas de linguagem, habilidades motoras, percepção visual, atenção e comportamento. Ambas as crianças leram antes dos cinco anos de idade (5), mas com um mínimo de compreensão do que leram, também demonstraram um comportamento de leitura obsessivo e dificuldades em habilidades sociais e atenção. Os exames de tomografia computadorizada do cérebro foram normais e a hiperlexia foi associada à hiperativação do córtex temporal superior esquerdo,

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RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 16, n. 3, p. 1918-1932, jul./sep. 2021. e-ISSN: 1982-5587

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semelhante aos resultados encontrados por Turkeltaub et al. (2004), concluindo que o caminho ortográfico é um mecanismo provável para o desenvolvimento da hiperlexia.

Castles et al. (2010) se dedicaram a investigar a leitura e a compreensão em um conjunto de palavras irregulares especificamente selecionadas (substantivos, partes do corpo, nomes de animais e comidas). O estudo discute dois casos de hiperlexia, ambos os participantes são do sexo masculino, diagnosticados com TEA, com idade entre 8 e 10 anos, nos quais, presentavam níveis normais ou superiores na conversão de letra impressa à leitura/discurso, mas estavam muito deteriorados em compreender a escrita/significado das palavras.

Por sua vez, Lin (2014) utilizou uma ferramenta padronizada de avaliação de linguagem assistida por um computador para identificar características de aprendizagem precoce em crianças pequenas com autismo. A ferramenta consistiu em seis provas: decodificação, homógrafos, compreensão auditiva de vocabulário, compreensão visual de vocabulário, compreensão auditiva de frase e compreensão visual de frases. Participaram do estudo trinta e cinco crianças com TEA entre as idades de 4 a 6 anos. Quinze crianças (proporção menina/menino de 2:15) com TEA foram identificados como hiperléxicos e foram selecionados para uma análise adicional, aos quais resultaram em cinco subtipos de perfis hiperléxicos.

Em um último estudo encontrado de Ostrolenk et al. (2017), foi realizada uma revisão sistemática da literatura no banco de dados Pubmed, englobando estudos que tratassem de casos tanto individuais como os estudos grupais com indivíduos com hiperlexia. Como resultado se constatou um grande número de estudos correlacionando a hiperlexia com o TEA.

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A respeito das características encontradas nos estudos, Temple (2006) sinaliza que a hiperlexia é uma anomalia na leitura, mais comumente relatada na literatura em crianças com atraso mental e outras condições, mas com níveis de leitura significativamente mais altos. Lin (2014) em sua pesquisa cita que casos de hiperlexia associados à síndrome de Turner, síndrome de Tourette, Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade e Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade foram encontrados na literatura, e Zuccarello et al. (2015) também acrescentam descobertas de que a síndrome é comumente associada com DEA e Deficiência Intelectual. Assim, foi possível selecionar características que os autores revisitados consideram descritoras da hiperlexia, que estão dispostas na Tabela 3.



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Tabla 3 – Características da hiperlexia sinalizadas pelos estudos revisados


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Autores/Ano Características

RICHMAN Y WOOD (2002)

Capacidade de leitura precoce das palavras, geralmente antes dos 5 anos de idade, sem instrução formal prévia.

KENNEDY (2003) Leitura precoce; atração por símbolos alfabéticos; decodificação inesperadamente precoce; compreensão de leitura abaixo da capacidade de decodificação, e patologia associada.

TURKELTAUB et al.

(2004)


ATKIN Y LORCH (2006)

Presença de um distúrbio de desenvolvimento, mais comumente ASD; aquisição de habilidades de leitura antes dos cinco anos de idade sem instrução explícita; capacidade avançada de reconhecimento de palavras em relação à idade mental, com compreensão de leitura em igualdade com a habilidade verbal; comunicação oral desordenada

Decodificação de palavras acima da idade prevista; manifestação precoce da capacidade de decodificação antes dos 5 anos; início espontâneo da leitura sem instrução específica; compulsão à leitura, mas sem significado discriminado; má compreensão de leitura; desordem de desenvolvimento coexistente.

TEMPLE (2006) Falta de compreensão do significado do que está sendo lido; empobrecimento do conhecimento semântico das palavras; sistema de leitura léxico-semântico deficiente.

LIN (2014) Echolalia; dificuldade de uso da língua; dificuldade de compreensão da língua; preferências visuais; capacidade de leitura precoce antes dos 4 anos de idade.

WEI et al. (2015) Boa decodificação de palavras, mas má compreensão; velocidade excepcional de recuperação de letras da memória a longo prazo e produção de sons de palavras.

ZUCCARELLO et al.

(2015)


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Fonte: Elaboração própria

Capacidade de leitura avançada, mas dificuldade de compreensão; aquisição precoce da capacidade de leitura sem ensino explícito; forte interesse em material escrito (letras e números); geralmente tem um distúrbio neurodesenvolvimentista acompanhante.


Também foi observado na maioria dos estudos revisados que o ASD é a condição de neurodesenvolvimento mais comumente associada à hiperlexia, e mesmo em casos onde não há um diagnóstico claro da síndrome, as características comportamentais e o perfil cognitivo são claramente autistas (MOTTRON et al., 2013 apud ARAM; HEALY, 1988). Esta descoberta coincide com o preceito de Lin (2014 apud GRIGORENKO et al., 2002) que também sugerem que há uma maior frequência de hiperlexia entre crianças com distúrbios de desenvolvimento generalizado (PDD), que inclui ASD, do que outras condições ou deficiências, entretanto, na literatura ainda não está claro por que isto ocorre e muitas vezes ambas as condições ainda são confusas.

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Wei et al. (2015 apud JONES et al., 2009) mencionam sobre ASD que resultados de estudos em grupo podem mascarar diferentes padrões de aprendizagem de subgrupos de crianças com ASD e isto, por sua vez, torna difícil fornecer instrução individualizada adequada, ou apoio adequado para estes estudantes, mas isto também pode ser aplicado a


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estudantes com hiperlexia que apresentam características tão variadas, e talvez por esta razão sejam tão frequentemente confundidos com autismo.

Turkeltaub et al. (2004 apud YEARGIN-ALLSOPP et al., 2003) sugerem uma prevalência de 2,2 /10.000 para a hiperlexia na população em geral. Eles também observam que os resultados para habilidade verbal e QI são melhores para crianças com ASD e hiperlexia do que para outras crianças apenas com ASD (2004 apud BURD et al., 1986; FISHER et al., 1988), possivelmente porque a leitura fornece um caminho adicional para comunicação e socialização (2004 apud KISTNER et al., 1988).

Com relação a esta frequencia, Mottron et al. (2013) citam estudos que indicam percentuais de incidência da hiperlexia em crianças autistas: Burd e Kerbeshian (1985), com uma estimativa de 5-10%. Jones et al. (2009) adotando critérios menos rigorosos apontam uma estimativa superior a 10% da população, chegando aos 14%. Já Grigorenko et al. (2002) com critérios menos rigorosos ainda, aponta que se pode chegar a um total de 20%. Em resumo, como concluem Ostrolenk et al. (2017) e Lamônica et al. (2013) a prevalência informada de hiperlexia aumenta quando diminui o rigor dos critérios utilizados que varia de acordo com os critérios específicos adotados por cada autor. Além disso, os poucos estudos existentes se realizam por meio de casos clínicos isolados.

Uma informação pertinente encontrada nos estudos e que se faz necessário mencionar se trata da utilização de provas padronizadas apresentadas na Tabela 4, entre os dez (10) trabalhos encontrados, sete (7) deles recorreram às provas em seus estudos com o objetivo de medir ou ter informações importantes dos participantes acerca de seu desenvolvimento cognitivo e/ou habilidade leitora. Os mais utilizados foram três, a saber: Wechsler Intelligence Scale for Children-III (WISC-III); Comprehensive Test of Phonological Processing (CTOPP); Woodcock Reading Mastery Test (WRMT) e Peabody Picture Vocabulary Test (PPVT).


Tabela 4 – Provas aplicadas nos estudos


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Autores/Ano Provas

WEI et al. (2015) Woodcock Johnson III (WJ III; Woodcock et al., 2001); Comprehensive Test of Phonological Processing (CTOPP, Wagner et al., 1999)

RICHMAN; WOOD (2002)

Wechsler Intelligence Scale for Children-III (WISC-III, Wechsler, 1991); Wide Range Achievement Test-R (Jastak & Wilkinson, 1984); Standard Reading Inventory (McCracken, 1966); Neurosensory Center Examination for Aphasia (Spreen & Benton, 1979); Hiskey – Nebraska Test of Learning Aptitude (Hiskey, 1966); Sentence Repetition (Spreen & Benton, 1979); Visual Form Discrimination Test (Benton, Hamsher, Varney, & Spreen, 1983); Judgment of Line Orientation (Benton, Varney, & Hamsher, 1978); Bender Visual – Motor Gestalt Test (Koppitz, 1963); Grooved Pegboard (Rourke, Yanni, MacDonald, & Young, 1973); The Color Span Test (Richman & Lindgren, 1988)

KENNEDY (2003) Comprehensive Test of Phonological Processing (CTOPP, Wagner, Torgesen, & Rashotte, 1999); Test of Phonological Awareness (TOPA, Torgesen & Bryant, 1994);


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RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 16, n. 3, p. 1918-1932, jul./sep. 2021. e-ISSN: 1982-5587

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TURKELTAUB et al.

(2004)


Slingerland Pre-Reading Screening Procedures (Slingerland, 1995); The Jordan Left– Right Reversal Test (JLRRT, Jordan, 1990); Orthographic Choice I y Orthographic Choice II Hultquist (1997); Woodcock Reading Mastery Test (WRMT, Woodcock, 1998); Test of Word Reading Efficiency (TOWRE, Torgesen, Wagner, & Rashotte, 1999); Kaufman Test of Educational Achievement (KTEA, Kaufman & Kaufman, 1998); The Peabody Individual Achievement Test (PIAT, Markwardt, 1998); Gray Oral Reading Tests (GORT, Wiederholt & Bryant, 1992); Test of Reading Comprehension (TORC, Brown, Hammill, & Wiederholt, 1995); Wechsler Intelligence Scales for Children-III (WISC-III, Wechsler, 1991); Peabody Picture Vocabulary Test (PPVT, Dunn & Dunn, 1981); Leiter International Performance Scale (Roid & Miller, 1997)

Wechsler Intelligence Scale for Children-III (WISC-III, Wechsler, 1991); Rey - Osterrieth Complex Figure; Woodcock-Johnson III; Gray Oral Reading Test

GUTIERREZ (2006) Psycholinguistic Abilities (ITPA) – Spanish; Wechsler Intelligence Scale for Children- Revised (WISC-R); Rey - Osterrieth Complex Figure test; Myklebust/Johnson's Tests of Visualization (Analysis and Synthesis).

CASTLES, CRICHTON, PRIOR (2010)

Peabody Picture Vocabulary Test (PPVT); Wechsler Intelligence Scale for Children-III (WISC-III; Wechsler, 1991); Woodcock Reading Mastery Test E Revised (WRMT-R; Woodcock, 1987); Neale Analysis of Reading Ability-III (NARA-III; Neale, 1999).

LIN (2014) The Computer-Aided Language Assessment for Preschool Children with Autism (CALA) (Lin et al., 2013); The Hyperlexia Behavior Checklist (HBC); The Caregiver Questionnaire (CQ).

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Fonte: Elaboração própria


Gutierrez (2006) menciona características frequentes encontradas em outros estudos: os homens também se apresentam com DEA e com um histórico de alto risco pré-natal e perinatal, incluindo convulsões neonatais. E esta amostra de estudos também encontrou uma maior frequência de participantes masculinos, que é análoga à encontrada no ASD, onde a maioria da população afetada pela desordem é masculina (OSTROLENK et al., 2017). Os participantes dos estudos revisados tinham uma idade média entre 4 e 19 anos, mas a maioria dos estudos apresentou casos de crianças entre 4 e 9 anos, concordando com Lin et al. (2013) que também encontraram participantes com idades entre 6 e 12 anos em uma proporção maior da literatura em seus trabalhos. Entretanto, a hiperlexia também foi observada em crianças pré-escolares normais (LIN, 2014 apud PENNINGTON; JOHNSON; WELSH, 1987).

Castles et al. (2010) mencionam que os indivíduos hiperléxicos em desenvolvimento apresentam um padrão muito diferente de comportamento de leitura anormal, uma vez que eles têm um desempenho normal ou superior na conversão da impressão em fala, mas são muito deficientes em sua compreensão oral e escrita das palavras, ou seja, a habilidade de leitura parece bonita, mas sua compreensão do material impresso é revelada como muito deficiente.

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Lin (2014) detalha cinco tipos de hiperlexia em seu trabalho, eles são: Tipo I: protótipo é o subtipo mais comumente descrito na literatura como tendo desenvolvimento superior na decodificação, mas dificuldades na compreensão da linguagem; Tipo II: forte


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decodificação/homografia, caracterizada por desempenhos superiores à média nos sub-testes de decodificação e homografia, mas com pontuações inferiores à média nos sub-testes de compreensão do vocabulário visual e auditivo; Tipo III: Forte decodificação/homografia/ compreensão de vocabulário visual, neste subtipo o indivíduo apresenta melhor desenvolvimento na decodificação, homografias e sub-testes visuais de vocabulário do que os pares de idade; Tipo IV: Forte homografia/ vocabulário visual/ compreensão de frases, neste tipo os participantes apresentaram melhor desempenho no vocabulário visual e sub-teste visual de compreensão de frases. E finalmente, Tipo V: Forte desempenho em todos os sub- testes, neste tipo os indivíduos têm melhor desempenho nos sub-testes de compreensão visual e auditiva quando comparados com crianças de idade semelhante, mas ainda assim, os resultados mais significativos estão nos sub-testes visuais.

Neste artigo procuramos encontrar produções acadêmicas em bancos de dados com um horizonte temporal dos últimos vinte (20) anos (1999 a 2019) que possam esclarecer a questão da hiperlexia, assim como verificar se existe uma conexão entre a precocidade na leitura desta síndrome com a precocidade na leitura de altas habilidades. Como já foi observado, não houve resultados de pesquisa em relação à precocidade da hiperlexia com altas habilidades nos bancos de dados das pesquisas internacionais, deve-se observar que ela foi pesquisada por um longo período de tempo, o que pode nos levar a duas hipóteses: ou não há conexão entre as duas condições ou ainda é um tópico que não foi muito pesquisado.


Considerações finais


Os resultados da busca nas bases de dados concluem um escasso número de trabalhos sobre a hiperlexia, tendo em vista que o período abarcou os últimos vinte (20) anos. Mais escassos ainda são os resultados quando associamos a hiperlexia às altas capacidades, que não se encontrou nenhum trabalho que discutisse ambas as condições de forma conjunta. A maioria dos estudos disponíveis em uma base se repetiu em outra base de dados, ressaltando a limitação ainda mais acentuada de estudos com este tema. Cabe preponderar que ambas as bases de dados são bases internacionais e de grande importância e relevância acadêmica.

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A síndrome da hiperlexia ainda não é totalmente compreendida, como mencionado acima, e suas características variam consideravelmente, sendo algumas dessas discrepâncias devidas, em parte, à ausência de controle do sujeito e aos diferentes critérios de inclusão adotados pelos autores em seus estudos. E de acordo com o que a literatura reflete, a hiperlexia está sempre associada a outra condição, há necessidade de mais estudos que sejam


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capazes de explicar tal ocorrência, e de definir se a hiperlexia faz parte do quadro da CIA, uma vez observado que a hiperlexia é muito "próxima" da CIA, ou se a hiperlexia é uma síndrome específica, para que finalmente haja uma melhor compreensão de suas características, formas de identificação, resultando positivamente naqueles sujeitos acometidos por tal síndrome, recebendo então os cuidados educacionais adequados.

Outra conclusão que pode ser apresentada de acordo com os resultados alcançados é a necessidade de desenvolver mais estudos sobre hiperlexia e altas habilidades, uma vez que não foi encontrado nenhum trabalho nos bancos de dados investigados com ambas as condições concomitantes, permitindo explorar outras hipóteses para justificar uma leitura precoce tão alta quanto foi a proposta inicial deste estudo.

As duas avaliações neuropsicológicas aqui apresentadas expõem dados muito interessantes que se assemelham concluindo que há uma maior atividade no córtex superior temporal esquerdo, pelo qual é interessante realizar mais estudos que interpelem esta pauta. Se faz necessário também mais esclarecimentos ou especulações da teoria proposta em um dos estudos encontrados que a hiperlexia seria uma quarta categoria da dislexia.

Algumas limitações encontradas na realização deste estudo se destacam primeiramente devido à literatura limitada encontrada sobre o assunto; discussões pouco claras sobre as características e causas, por exemplo, "por que ocorre mais freqüentemente concomitantemente com o ASD", para o qual é indicada a replicação de estudos ou o desenvolvimento de novas pesquisas.


REFERÊNCIAS


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KOLLER, S. H.; COUTO, M. C. P. P.; HOHENDORFF, J. V. Manual de produção

científica. Porto Alegre, RS: Penso, 2014.


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RIBEIRO, I. F. A.; LEMOS, R. C. M.; SANT’ANNA, V. L. L. Hiperlexia: sua complexidade e características. Pedagogia em Ação, Belo Horizonte, v. 1, n. 1, p. 93-95, 2009. Disponible en: http://periodicos.pucminas.br/index.php/pedagogiacao/article/view/654. Accesso: 04 mar. 2019.



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Como referenciar este artigo


OLIVEIRA, A. P. S.; RANGNI, R. A. Hiperlexia: que síndrome é esta? Reflexos e reflexões das produções literárias. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 16, n. 3, p. 1918-1932, jul./sep. 2021. e-ISSN: 1982-5587. DOI:

https://doi.org/10.21723/riaee.v16i3.13372


Enviado el: 26/02/2020

Revisiones requeridas el: 31/03/2020

Aprobado el: 20/04/2020

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Publicado el: 01/07/2021


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¿HIPERLEXIA QUÉ SÍNDROME ES ESTA? REFLEJOS Y REFLEXIONES DE LAS PRODUCCIONES LITERARIAS


HIPERLEXIA QUE SÍNDROME É ESTA? REFLEXOS E REFLEXÕES DAS PRODUÇÕES LITERÁRIAS


HYPERLEXIA WHAT SYNDROME IS THIS? REFLEX AND REFLECTIONS OF LITERARY PRODUCTIONS


Ana Paula Santos de OLIVEIRA1 Rosemeire de Araújo RANGNI2


RESUMEN: La Hiperlexia es un síndrome caracterizado por la lectura precoz, presenta otros síntomas y características diferentes, al cual perjudican el diagnóstico que comúnmente se confunde con el Trastorno del Espectro Autista (TEA). El presente artículo en forma de revisión sistemática busca conocer producciones académicas en bancos de datos entre los años de 1999 a 2019 que puedan desenmarañar el tema de la hiperlexia, así como verificar si existe una conexión de la precocidad en lectura de este síndrome con la precocidad en lectura en las altas capacidades. Las palabras clave utilizadas fueron: hyperlexia y high ability, en las búsquedas las palabras se utilizaron separadamente y combinadas utilizando el operador booleano and, (hyperlexia and high ability). Las bases de datos consultadas fueron: Education Resources Information Center (ERIC) y ScienceDirect de la editora Elsevier. Como resultados se obtuvo diez (10) producciones sobre la hiperlexia, una (01) en ERIC e nueve

(09) en ScienceDirect, que atendía a los criterios de inclusión establecidas de búsqueda, cabe destacar que es un número bajo teniendo en cuenta el período de veinte (20) años, y ningún estudio fue encontrado que trataba de hiperlexia y las altas capacidades conjuntamente en este período.


PALABRAS CLAVE: Hiperlexia. Altas capacidades. Producciones literarias.


RESUMO: A hiperlexia é uma síndrome caracterizada pela leitura precoce, apresenta outros sintomas e características diferentes, ao qual dificulta o diagnóstico que é comumente confundido com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Este artigo em forma de revisão sistemática, busca conhecer as produções acadêmicas em bancos de dados entre 1999 e 2019 que possam discutir a temática da hiperlexia, bem como, verificar se há uma conexão entre a leitura precoce dessa síndrome e a leitura precoce das altas capacidades. As palavras-chave utilizadas nas pesquisas foram: hyperlexia e high ability, e foram usadas separadas e de forma combinada utilizando o operador booleano and (hyperlexia and high ability). As bases de dados consultadas foram: Education Resources Information Center (ERIC) e ScienceDirect da editora Elsevier. Como resultado foram obtidas dez (10)


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1 Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), São Carlos – SP – Brasil. Estudiante de doctorado en el Programa de Postgrado en Educación Especial. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5881-2595. E-mail: annasantos_oliveira@hotmail.com

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2 Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), São Carlos – SP – Brasil. Profesor del Departamento de Educación Especiall. Doctorado en Educación Especial (UFSCAR). ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5881- 2595. E-mail: rose.rangni@uol.com.br


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produções, uma (01) no ERIC e nove (09) no ScienceDirect, que atenderam aos critérios de busca estabelecidos, cabe ressaltar que é um número baixo, levando em consideração o período de vinte (20) anos, e nenhum estudo foi encontrado que tratasse da hiperlexia e altas capacidades conjuntamente neste período.


PALAVRAS-CHAVE: Hiperlexia. Altas capacidades. Produções literárias.


ABSTRACT: Hyperlexia is a syndrome characterized by early reading that also presents other symptoms and different characteristics, which damage the diagnosis that is commonly confused with the Autism Spectrum Disorder (ASD). The literature about this subject is very small and most of the works consist in isolated cases. This article, in form of a systematic review, seeks theoretical subsidies in data banks that can clarify the topic of hyperlexia, as well as verifying if there is a connection of the early reading of this syndrome, with the early reading in the high abilities. The descriptors used were hyperlexia and high ability, which were used separately and combined using the Boolean operator, and (hyperlexia and high ability). The databases consulted were Education Resources Information Center (ERIC) and ScienceDirect of the Publisher Elsevier. It was looked for studies conducted in the last twenty years, from 1999 to 2019. The criteria of inclusion of the works were two: the paper has to be completely available in the database and the second one is that the studies offered a discussion about hyperlexia only or concomitantly with the high abilities. As a result, was obtained a limited number of papers about hyperlexia that attend the inclusion criteria, considering the period covered that was the last twenty years and none paper was found that discussed hyperlexia with the high abilities.


KEYWORDS: Hyperlexia. High ability. Literature productions.


Introducción


El concepto de hiperlexia fue originalmente definido como un estilo inusual de aprendizaje en principio del 1960, cuando fue utilizado por primera vez por la Asociación Americana de Hiperlexia y ya en la década de los 90, esta misma Asociación fijó cuatro características básicas para identificar este síndrome, son ellas: capacidad precoz para leer - más de lo esperado para la edad; una intensa fascinación por letras y números; una significativa dificultad para comprender el lenguaje hablado; dificultades en sus habilidades sociales (RIBEIRO; LEMOS; SANT’ANNA, 2009). Aunque Ostrolenk et al. (2017) puntúan que se puede encontrar en la literatura casos de hiperlexia descritos ya en 1918, con Hollingworth y Winford, y en 1930 también, tiempo mucho antes de la introducción de la nomenclatura/síndrome de la hiperlexia y el Trastorno del Espectro Autista (TEA).

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Se ha notado que el concepto de hiperlexia se ha utilizado de diferentes maneras por diferentes autores, por veces es definida como una alta habilidad lectora, un talento especial, y


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por otras es definida como una discapacidad, indicando una comprensión lectora deficiente (ZUCCARELLO et al., 2015 apud GRIGORENKO et al., 2003).

Castles et al. (2010 apud GRIGORENKO et al., 2003; NATION, 1999) señalan que existe un debate sobre este síndrome, al cual se debería clasificar como una forma de dislexia o no. Los autores, señalan también que la palabra/nomenclatura "hiperlexia" siempre enfatiza la presencia de una lectura precoz o avanzada, y el déficit semántico de "leer sin sentido” es típicamente el síntoma más generalizado independientemente de su nivel de lectura.

La característica excepcional de leer precozmente de los niños hiperléxicos también está presente en los niños con altas capacidades, de acuerdo con Lamônica et al. (2013, p. 392), “la precocidad de la aparición la capacidad de lectura puede sugerir que el niño tenga habilidad intelectual superior". Para Renzulli (2013) estudiantes más capaces demuestran, o tienen potencial para demostrar, capacidad excepcionalmente elevada en relación a una habilidad de aprender, crear o ejecutar; o habilidad cognitiva muy superior a la media dentro de un dominio específico - académico o no académico.

El presente artículo busca conocer producciones académicas en bancos de datos con un recorte temporal de los último veinte años (1999 a 2019) que puedan aclarar el tema de la hiperlexia, así como verificar si existe una conexión de la precocidad en lectura de este síndrome con la precocidad en lectura en las altas capacidades. El diseño metodológico fue la revisión sistemática que consiste en un sumario de evidencias de estudios primarios realizados para responder a una cuestión específica de estudio (KOLLER; COUTO; HOHENDORFF, 2014). Se adopta un proceso de revisión profunda de la literatura, imparcial y reproducible, que busca, evalúa y sintetiza las evidencias de los estudios científicos para obtener resultados fiables (BRASIL, 2012).

Las palabras clave utilizadas fueron: hyperlexia; high ability, con lo cual se utilizaron separadamente y combinados. Las bases de datos consultadas fueron: Education Resources Information Center – (ERIC) y ScienceDirect. El acceso a estos bancos de datos, se dio primeramente a un acceso al Portal de Periódicos Capes que posee un convenio con las Universidades, de modo que ofrecen acceso gratuito a bancos de datos pagos. Utilizando el filtro de data se buscó en las dos bases de datos estudios acerca de la hiperlexia realizados en los últimos veinte (20) años, del 1999 hasta marzo del 2019.

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Los criterios de inclusión de los estudios fue inicialmente la disponibilidad del trabajo completo en la base de datos y que ofrecieran una discusión acerca de la hiperlexia o una discusión conjunta de la hiperlexia con altas capacidades. Se excluyeron los artículos que no contenían datos nuevos, o al menos una breve descripción del síndrome; los estudios que no


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estaban disponibles en las bases de datos; al igual que los trabajos repetidos fueron descartados de la revisión, resultando en diez (10) trabajos que atendían los criterios de inclusión.


Figura 1 – Ilustración del camino tomado a los bancos de datos


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Fuente: Elaboración propia


Resultados y discusión


La primera selección fue en la propia base de datos que inicialmente se buscó por los descriptores, separados y combinados utilizando el operador booleano and, (p. ej. hyperlexia and high ability). En la primera base, ScienceDirect, con el filtro de 20 años y solamente con la palabra hyperlexia, se encontraron ciento noventa y uno (191) resultados, inclusos, artículos, capítulos de libros, o index que resultó ser la mayoría, pero sólo ciento cuarenta y ocho (148) trabajos estaban disponibles en la base. En seguida la selección fue por el resumen, por lo cual, todos los index fueron descartados, así como aquellos trabajos que no atendían a los criterios de inclusión. La búsqueda con las palabras hyperlexia and high ability con el operador booleano and, se encontró un total de ciento diez (110) trabajos y la mayoría eran trabajos encontrados ya anteriormente con la palabra hyperlexia, o eran index, ambos descartados y resultando en ningún trabajo que discutiera altas capacidades juntamente con la hiperlexia.

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En la base de datos ERIC, utilizando la palabra clave “Hyperlexia” se encontró un total de diecisiete (17) resultados con el filtro de años seleccionado, y siguiendo el criterio de


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selección de la disponibilidad del trabajo completo en la base de datos, se obtuvo apenas un trabajo (Tabla 1). Utilizando el operador booleano and con las palabras hyperlexia and high ability se encontró el mismo trabajo anterior de la palabra clave “Hyperlexia” siendo descartado del cálculo total de trabajos encontrados. En esta base de datos también no se encontró ningún trabajo que discutiera la hiperlexia con las altas capacidades.

Como mencionado anteriormente, siguiendo los criterios de inclusión se encontró un total de diez (10) trabajos, ilustrados en la Figura 2, que contemplaron a los requisitos y están presentados en las Tablas 1 y 2.


Tabla 1 – Producciones de la base de datos ERIC


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Título Autores Año Condición Asociada Revista

Reading and math achievement


X.,

WEI,

2015 TEA SRI International

profiles and longitudinal growth trajectories of

children with an Autism Spectrum

Disorder

CHRISTIANO,

E. R. A., YU, J. W., WAGNER, M.; SPIKER, D.

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Fuente: Elaboración propia


El estudio de Wei et al. (2015) examinó los perfiles de rendimiento de lectura y matemática de ciento treinta (130) niños de 6 a 9 años diagnosticados con TEA en un estudio longitudinal (del 2000- 2004), contando con una muestra representativa a nivel nacional en los Estados Unidos. Como resultados se identificó cuatro perfiles: mayor rendimiento (39%), hiperlexia (9%), hipercalculia (20%) y bajo rendimiento (32%).

Ahora serán presentados en la Tabla 2 los resultados obtenidos en la base de datos ScienceDirect seguido de un breve resumen de los estudios encontrados para después partir para el análisis y discusión.


Tabla 2 – Producciones de la base de datos ScienceDirect


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Título Autores Año Condición Asociada Revista

Learning disability subtypes: classification of high functioning hyperlexia

RICHMAN, L. C.;

WOOD, K. M.

2002 Asma; diabetes; leucemia; nanismo; trastorno de déficit de

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atención e hiperactividad; TEA; trastorno de conducta oposicionista desafiante

Brain and Language

Hyperlexia profiles KENNEDY, B. 2003 Tumor cerebral en el

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hemisferio derecho, hidrocefalia; retraso en el lenguaje expresivo.

Brain and Language


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The Neural Basis of Hyperlexic Reading: An fMRI Case Study


TURKELTAUB, P. E.; FLOWERS, D. L.; VERBALIS, A.; MIRANDA, M.; GAREAU, L.; EDEN,

G. F.


2004 Trastorno Generalizado

del Desarrollo; Hiperlexia.


Neuron

Hyperlexia in a 4-year- old boy with Autistic Spectrum Disorder

ATKIN, K.; LORCH

M. P.

2006 TEA Journal of Neurolinguistics

Developmental and acquired dyslexia’s

TEMPLE. C. M. 2006 - Cortex

Hyperlexia in Spanish- speaking children: Report of 2 cases from Colombia, South America

GUTIERREZ, C. T. 2006 TEA; Déficits en la función motora.

Journal of the Neurological Sciences

Developmental dissociations between lexical reading and comprehension: Evidence from two cases of hyperlexia

CASTLES, A.; CRICHTON, A.; PRIOR, M.

2010 TEA Cortex

Early language learning profiles of young children with autism: Hyperlexia and its subtypes

LIN, C. S. 2014 TEA; sordez;

problemas de coordinación ojo- mano

Research in Developmental Disabilities

Hyperlexia: Systematic review, neurocognitive modelling, and outcome


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Fuente: Elaboración propia

OSTROLENK, A.; D’ARC, B.

F.; JELENIC, P.; SAMSON, F.; MOTTRON, L.

2017 Neuroscience &

Biobehavioral Reviews


El primer artículo de Richman y Wood (2002) examinó a treinta (30) niños con patrones hiperléxicos de lectura e inteligencia promedio para determinar si los subtipos de discapacidad de aprendizaje establecidos podrían aplicarse a estos niños con hiperlexia, y surgieron dos grupos: un tipo mostró patrones de desorden de aprendizaje de idiomas con buena memoria visual y también un alto porcentaje de errores fonéticos de palabras. El segundo grupo mostró rastros de trastorno del aprendizaje no verbal con deficiencias espacio visual y memoria visual deteriorada, este último subgrupo presentó pocos errores fonéticos manifestando más errores en la parte visual. Estos hallazgos sugieren subtipos de hiperlexia de alto funcionamiento, uno mostrando déficits de lenguaje característicos de la disfasia y uno que muestra patrones similares a dislexia.

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La investigación de Kennedy (2003) evaluó a dos (2) individuos, uno con quince años de edad, presentando un cuadro de tumor cerebral en el hemisferio derecho e hidrocefalia; el otro con diecinueve (19) años con retraso en el lenguaje expresivo con habilidades básicas de lectura, los resultados sugirieron vías distintas para las habilidades superiores de reconocimiento de palabras que se puede describir con un modelo contemporáneo de lectura hábil, y adquisición diferencial de habilidades básicas. La habilidad superior de


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reconocimiento de palabras se asoció en ambos casos con el desarrollo especializado en un área básica: del procesamiento ortográfico. Los resultados exhibieron que en lugar de asimilarse a los subtipos de patología de lectura (dislexia), se observó que la hiperlexia iba acompañada de activos que están ausentes en los perfiles disléxicos.

Turkeltaub et al. (2004) proponen un estudio de caso con un niño de nueve (9) años, que lee seis (6) años antes de su edad, diagnosticado con TEA e hiperlexia. Al utilizar imágenes de resonancia magnética funcional para estudiar las bases neuronales de esta capacidad precoz de lectura fue posible identificar mayor actividad en el córtex frontal inferior izquierdo y córtex temporal superior. Estos hallazgos sugieren que la lectura precoz se produce al recurrir simultáneamente a los sistemas fonológicos del hemisferio izquierdo y del sistema visual del hemisferio derecho. Por lo tanto, la lectura hiperléxica se asocia con la hiperactivación del córtex temporal superior izquierdo, así como la dislexia es asociada a la hipoactivación de esta área.

El trabajo de Atkin y Lorch (2006) tratan de un estudio de caso de un niño de cuatro

(4) años con TEA con una edad mental de aproximadamente un año y medio (1/5) que demuestra un comportamiento precoz de lectura y ausencia de habla espontánea. Se realizaron pruebas de lectura de palabras regulares e irregulares, pseudopalabras, oraciones simples y textos. El desempeño en una variedad de tareas de lectura demuestra una capacidad de usar correspondencias grafema-fonema y lectura de palabras completas para decodificar palabras simples. La lectura exitosa de algunos heterófonos homográficos y la paráfrasis semántica de textos indican un nivel de desarrollo léxico, sintáctico, semántico y pragmático que va mucho más allá de su edad mental o cronológica, que sugieren la posibilidad de una ruta atípica para la adquisición del lenguaje.

Temple (2006) discurre sobre las dislexias, proponiendo en su estudio que la hiperlexia integre este conjunto juntamente con la dislexia profunda, dislexia fonológica y la dislexia superficial, sugiriendo que la habilidad de lectura en la hiperlexia es como la dislexia superficial, presentando una buena lectura de palabras sin sentido y una fuerte capacidad fonológica de lectura.

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Gutierrez (2006) presenta un estudio longitudinal de ocho (8) años con dos casos de niños diagnosticados con TEA e hiperlexia, con evaluaciones neuropsicológicas del lenguaje, habilidades motoras, percepción visual, atención y comportamiento. Ambos niños leyeron antes de los cinco (5) años, pero con una mínima comprensión de lo que leían, exhibían también comportamiento lector obsesivo y dificultades en habilidades sociales y atención. Las tomografías computarizadas del cerebro eran normales y se ha asociado la hiperlexia con la


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hiperactivación del córtex temporal superior izquierdo, semejando-se a los resultados encontrados por Turkeltaub et al. (2004), concluyendo que la ruta ortográfica es un mecanismo probable para el desarrollo de la hiperlexia.

Castles et al. (2010) se pautaron en investigar la lectura y la comprensión en un conjunto de palabras irregulares específicamente seleccionadas (sustantivos, partes del cuerpo, nombres de animales y comidas). El estudio discute dos casos de hiperlexia, ambos los participantes son del sexo masculino, diagnosticados con TEA, con edad entre 8 y 10 años, en los cuales, presentaban niveles normales o superiores en la conversión de letra impresa a lectura/discurso, pero estaban muy deteriorados en comprender la escrita/significado de las palabras.

Por su vez, Lin (2014) utilizó una herramienta estandarizada de evaluación de lenguaje asistida por computadora para identificar características de aprendizaje precoz en niños pequeños con autismo. La herramienta consistió en seis sub pruebas: decodificación, homógrafos, comprensión auditiva de vocabulario, comprensión visual de vocabulario, comprensión auditiva de frase y comprensión visual de frases. Participaron del estudio treinta y cinco niños con TEA entre las edades de 4 a 6 años. Quince niños (proporción de niña/niño de 2:15) con TEA fueron identificados como hiperléxicos y se seleccionaron para un análisis adicional, a los cuales resultaron en cinco subtipos de perfiles hiperléxicos.

En último estudio encontrado, de Ostrolenk et al. (2017) realizó una revisión sistemática de la literatura en el banco de datos Pubmed, englobando estudios que tratasen de casos tanto individuales como los estudios grupales con individuos con hiperlexia. Como resultados se constató un gran número de estudios correlacionando la hiperlexia con el TEA.

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Con respeto a las características encontradas en los estudios Temple (2006) apunta que la hiperlexia es una anomalía en la lectura, más comúnmente relatada en la literatura en niños con retraso mental u otras condiciones, pero deteniendo niveles de lectura significativamente más altos. Lin (2014) en su pesquisa cita que en la literatura se ha encontrado casos de hiperlexia asociado a síndrome de Turner, síndrome de Tourette, Trastorno de Déficit de Atención e Hiperactividad, ya Zuccarello et al. (2015) adiciona también hallazgos de que comúnmente el síndrome es asociado al TEA y la Discapacidad Intelectual. Así siendo, fue posible seleccionar características que los autores revisados consideran descriptoras de la hiperlexia, que están dispuestas en la Tabla 3.


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Tabla 3 – Características de la hiperlexia señaladas por los estudios revisados


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Autores/Año Características

RICHMAN Y WOOD (2002)

Habilidad precoz para leer palabras, generalmente antes de los 5 años, sin instrucción formal previa.

KENNEDY (2003) Lectura precoz; atracción por símbolos alfabéticos; decodificación inesperadamente precoz; comprensión de lectura inferior a la habilidad de

decodificación, y patología asociada.

TURKELTAUB et al.

(2004)


ATKIN Y LORCH (2006)

Presencia de un trastorno del desarrollo, más comúnmente el TEA; adquisición de habilidades de lectura antes de los cinco años sin instrucción explícita; capacidad avanzada de reconocimiento de palabras en relación con la edad mental, con comprensión de lectura a la par con la

capacidad verbal; comunicación oral desordenada Decodificación de palabras superior a la predicha por edad;

manifestación precoz de habilidades de decodificación antes de los 5 años; inicio espontáneo de lectura sin instrucción específica; compulsión por la lectura, pero sin sentido discriminado; pobre comprensión lectora; trastorno del desarrollo coexistente.

TEMPLE (2006) Ausencia de una comprensión del significado de lo que se está

leyendo; conocimiento semántico de las palabras empobrecido; sistema de lectura léxico-semántico deteriorado.

LIN (2014) Ecolalia; dificultad en el uso del lenguaje; dificultad en la comprensión del lenguaje; preferencias visuales; habilidades de lectura

precoz antes de los 4 años.

WEI et al. (2015) Buena decodificación de palabras, pero poca comprensión; velocidad excepcional de recuperación de letras de la memoria a largo

plazo y la producción de sonidos de palabras.

ZUCCARELLO et al.

(2015)


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Fuente: Elaboración propia

Habilidades de lectura avanzadas, pero habilidades de comprensión deterioradas; adquisición temprana de habilidades de lectura

sin enseñanza explícita; fuerte interés por material escrito (letras y números); generalmente presenta un trastorno del desarrollo neurológico concomitantemente.


También se observó en la mayoría de los estudios analizados que el TEA es la condición en el desarrollo neurológico más comúnmente asociado con la hiperlexia, e incluso, en casos donde no hay un diagnóstico claro del síndrome, las características de comportamiento y perfil cognitivo son claramente autistas (MOTTRON et al., 2013 apud ARAM; HEALY, 1988). Este hallazgo coincide con el precepto de Lin (2014 apud GRIGORENKO et al., 2002) que también sugieren que hay una mayor frecuencia de hiperlexia entre los niños con trastornos generalizados del desarrollo (TGD), al que se incluye el TEA, que otras condiciones o discapacidades, sin embargo, en la literatura aún no queda claro porque esto ocurre y muchas veces ambas condiciones se confunden todavía.

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Wei et al. (2015 apud JONES et al., 2009) mencionan a cerca del TEA que resultados de estudios grupales pueden enmascarar diferentes patrones de aprendizaje de subgrupos de niños con TEA y esto por su vez dificulta la provisión de instrucción individualizada adecuada, o el apoyo adecuado para estos estudiantes, pero esto también lo podemos aplicar a


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los estudiantes con hiperlexia que presentan características tan variadas, y que talvez por esta razón sea tan confundida con el autismo.

Turkeltaub et al. (2004 apud YEARGIN-ALLSOPP et al., 2003) sugieren una prevalencia de 2.2 /10.000 para la hiperlexia en la población general. También destacan que los resultados para la capacidad verbal y el coeficiente intelectual son mejores para los niños con TEA y con hiperlexia que para los otros niños que solamente presentan el trastorno del TEA (2004 apud BURD et al., 1986; FISHER et al., 1988), posiblemente porque la lectura proporciona una ruta adicional para la comunicación y la socialización (2004 apud KISTNER et al., 1988).

A cerca de esta frecuencia Mottron et al. (2013) citan estudios que indican percentiles de incidencia de la hiperlexia en niños autistas: Burd y Kerbeshian (1985) con una estimativa de 5-10%. Jones et al. (2009) adoptando criterios menos rigorosos señala una estimativa superior al 10% de la población, llegando a los 14%. Ya Grigorenko et al. (2002) con criterios menos rigurosos todavía, señala que se puede llegar a un total de 20%. En resumen, como concluyen Ostrolenk et al. (2017) y Lamônica et al. (2013) la prevalencia informada de hiperlexia aumenta cuando disminuye el rigor de los criterios utilizados que varía de acuerdo con los criterios específicos adoptados por cada autor. Además, los pocos estudios existentes se realizan por medio de casos clínicos aislados.

Una información pertinente encontrada en los estudios y que se hace necesario ser mencionada son la utilización de pruebas estandarizadas presentadas en la Tabla 4, entre los diez (10) trabajos encontrados, siete (7) de ellos recurrieron a las pruebas en sus estudios con el objetivo de medir o tener informaciones importantes de los participantes a cerca de su desarrollo cognitivo y/o habilidad lectora. Los más utilizados fueron tres, a saber: Wechsler Intelligence Scale for Children-III (WISC-III); Comprehensive Test of Phonological Processing (CTOPP); Woodcock Reading Mastery Test (WRMT) y el Peabody Picture Vocabulary Test (PPVT).


Tabla 4 – Pruebas aplicadas en los estudios


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Autores/Año Pruebas

WEI et al. (2015) RICHMAN; WOOD (2002)

Woodcock Johnson III (WJ III; Woodcock et al., 2001); Comprehensive Test of Phonological Processing (CTOPP, Wagner et al., 1999)

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Wechsler Intelligence Scale for Children-III (WISC-III, Wechsler, 1991); Wide Range Achievement Test-R (Jastak & Wilkinson, 1984); Standard Reading Inventory (McCracken, 1966); Neurosensory Center Examination for Aphasia (Spreen & Benton, 1979); Hiskey – Nebraska Test of Learning Aptitude (Hiskey, 1966); Sentence Repetition (Spreen & Benton, 1979); Visual Form Discrimination Test (Benton, Hamsher, Varney, & Spreen, 1983); Judgment of Line Orientation (Benton, Varney, & Hamsher, 1978); Bender Visual – Motor Gestalt Test (Koppitz, 1963); Grooved Pegboard (Rourke, Yanni, MacDonald, & Young,


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1973); The Color Span Test (Richman & Lindgren, 1988)

KENNEDY (2003) Comprehensive Test of Phonological Processing (CTOPP, Wagner, Torgesen, & Rashotte, 1999); Test of Phonological Awareness (TOPA, Torgesen & Bryant, 1994); Slingerland Pre-Reading Screening Procedures (Slingerland, 1995); The Jordan Left–Right Reversal Test (JLRRT, Jordan, 1990); Orthographic Choice I y

Orthographic Choice II Hultquist (1997); Woodcock Reading Mastery Test (WRMT, Woodcock, 1998); Test of Word Reading Efficiency (TOWRE, Torgesen, Wagner, & Rashotte, 1999); Kaufman Test of Educational Achievement (KTEA, Kaufman & Kaufman, 1998); The Peabody Individual Achievement Test (PIAT, Markwardt, 1998); Gray Oral Reading Tests (GORT, Wiederholt & Bryant, 1992); Test of Reading Comprehension (TORC, Brown, Hammill, & Wiederholt, 1995); Wechsler Intelligence Scales for Children-III (WISC-III, Wechsler, 1991); Peabody Picture Vocabulary Test (PPVT, Dunn & Dunn, 1981); Leiter International Performance Scale (Roid & Miller, 1997)

TURKELTAUB et al. (2004)

Wechsler Intelligence Scale for Children-III (WISC-III, Wechsler, 1991); Rey - Osterrieth Complex Figure; Woodcock-Johnson III; Gray Oral Reading Test

GUTIERREZ (2006) Psycholinguistic Abilities (ITPA) – Spanish; Wechsler Intelligence Scale for

Children-Revised (WISC-R); Rey - Osterrieth Complex Figure test; Myklebust/Johnson's Tests of Visualization (Analysis and

Synthesis).

CASTLES, CRICHTON, PRIOR (2010)

Peabody Picture Vocabulary Test (PPVT); Wechsler Intelligence Scale for Children-III (WISC-III; Wechsler, 1991); Woodcock Reading Mastery Test E Revised (WRMT-R; Woodcock, 1987); Neale Analysis of Reading Ability-III

(NARA-III; Neale, 1999).

LIN (2014) The Computer-Aided Language Assessment for Preschool Children with Autism (CALA) (Lin et al., 2013); The Hyperlexia Behavior Checklist (HBC); The

Caregiver Questionnaire (CQ).

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Fuente: Elaboración propia


Gutierrez (2006) menciona características frecuentes encontradas en otros estudios: a los cuales son del sexo masculino presentando también un cuadro de TEA, y con antecedentes de alto riesgo prenatal y perinatal, incluyendo convulsiones neonatales. Y en esta amuestra de estudios también se verificó una mayor frecuencia de casos de participantes del sexo masculino, este dato es análogo al encontrado en el TEA donde la mayoría de la población acometida por el trastorno son del sexo masculino (OSTROLENK et al., 2017). Los participantes de los estudios revisados tenían una edad media entre 4 a 19 años, pero la mayoría de los estudios presentaron casos de niños entre los 4 a 9 años, concordando con Lin et al. (2013) que en sus trabajos también encontraron participantes con edad entre de 6 a 12 años en una mayor proporción en la literatura. Sin embargo, la hiperlexia también fue observada en niños de edad preescolar normales (LIN, 2014 apud PENNINGTON; JOHNSON; WELSH, 1987).

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Castles et al. (2010) mencionan que el desarrollo de los individuos hiperléxicos presentan un patrón muy diferente de comportamiento de lectura anormal, ya que se desempeñan a niveles normales o superiores al convertir la letra impresa en el habla, pero están muy deteriorados en su comprensión oral y escrita de las palabras, o sea, las habilidades de lectura se lucen preciosas pero su comprensión del material impreso se revela muy dañado.


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Lin (2014) detalla cinco tipos de hiperlexia en su trabajo, son ellos: el Tipo I: prototipo es el subtipo más comúnmente descrito en la literatura al cual se tiene un desarrollo superior en la decodificación, pero dificultades en la comprensión del lenguaje; Tipo II: Fuerte decodificación/homografía, se caracteriza por rendimientos más altos que el promedio en las subpruebas de decodificación y homografía, pero con puntajes más bajas que el promedio en las subpruebas de comprensión visual y auditiva del vocabulario; Tipo III: Fuerte decodificación/homografía/comprensión visual del vocabulario, en este subtipo el individuo presenta mejor desarrollo en la decodificación, homografías y subpruebas visuales de vocabulario que pares de misma edad; Tipo IV: Fuerte homografía/vocabulario visual/comprensión visual de frases, en este tipo los participantes presentaron un mejor desempeño en la subprueba de vocabulario visual y comprensión visual de frases. Y por fin, el Tipo V: Fuerte desempeño en todas las subpruebas, en este tipo los individuos presentan un desempeño visual mejor y en las subpruebas de comprensión auditiva cuando comparados con niños con desarrollo típico de edades similares, pero aún, los resultados más significativos son de las subpruebas visuales.

En este artículo buscó conocer producciones académicas en bancos de datos con un recorte temporal de los último veinte (20) años (1999 a 2019) que puedan aclarar el tema de la hiperlexia, así como verificar si existe una conexión de la precocidad en lectura de este síndrome con la precocidad en lectura de las altas capacidades. Como se ha notado, no hubo resultados de investigaciones en relación a la precocidad de la hiperlexia con las altas capacidades en los bancos de datos de internacionales pesquisados, cabe comentar que fue buscado un largo periodo de tiempo, lo que nos puede llevar a dos hipótesis: o no hay conexión entre las dos condiciones o todavía es un tema poco investigado.


Consideraciones finales


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Los resultados de la búsqueda en las bases de datos concluyen un escaso número de trabajos sobre la hiperlexia teniendo en cuenta que el período abarcó los últimos veinte (20) años. Más escasos todavía son los resultados cuando asociamos la hiperlexia con las altas capacidades, que no se encontró ningún trabajo que discutiera ambas condiciones de forma conjunta. La mayoría de los estudios disponibles en una base se repitió en otra base de datos, resaltando la limitación aún más acentuada de estudios con esta temática. Vale preponderar que ambas las bases de datos son bases internacionales y de gran importancia y relevancia académica.


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El síndrome de la hiperlexia no se entiende aun completamente como ya mencionado, sus características varían considerablemente, algunas de estas discrepancias se deben, en parte, por la ausencia del control de los sujetos y los diferentes criterios de inclusión adoptados por los autores en sus estudios. Y según lo que la literatura refleja, la hiperlexia está siempre asociada a otra condición, habiendo necesidad de más estudios que sean capaces de explicar tal ocurrencia, y definir si la hiperlexia es parte del cuadro del TEA, una vez que se observa que la hiperlexia está muy “próxima” al TEA, o si la hiperlexia es un síndrome específico, para que al fin haya una mejor comprensión de sus características, formas de identificación, resultando positivamente en aquellos sujetos acometidos por tal síndrome, entonces recibiendo el atendimiento educacional adecuado.

Otra conclusión que se puede presentar de acuerdo con los resultados logrados es la necesidad de desarrollar más estudios sobre la hiperlexia y las altas capacidades ya que no se encontró ningún trabajo en los bancos de datos investigados con ambas condiciones concomitantes, permitiendo explorar otras hipótesis para justificar la lectura precoz como las altas capacidades tal cual era la propuesta inicial de este estudio.

Las dos evaluaciones neuropsicológicas aquí presentadas exponen datos muy interesantes que se asemejan concluyendo que hay una mayor actividad en el córtex superior temporal izquierdo, por lo cual es interesante realizar más estudios que interpelasen esta pauta. Se hace necesario también más aclaraciones o especulaciones de la teoría propuesta en uno de los estudios encontrados que la hiperlexia sería una cuarta categoría de la dislexia.

Algunas limitaciones encontradas para la realización de este estudio se destacan primeramente por la poca literatura hallada a cerca de la temática; discusiones poco claras de las características y causas como, por ejemplo, ¿por qué ocurre en mayor frecuencia concomitantemente con el TEA?” a los cuales se indica la replicación de estudios o desarrollo de nuevas investigaciones.


REFERÊNCIAS


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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Ciência e Tecnologia. Diretrizes metodológicas elaboração de revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos randomizados. Brasília, DF, 2012. Disponible en:


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http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_metodologicas_elaboracao_sistematica. pdf. Accesso: 04 mar. 2019.


CASTLES, A.; CRICHTON, A.; PRIOR, M. Developmental dissociations between lexical reading and comprehension: Evidence from two cases of hyperlexia. Cortex, v. 46, n. 10, p. 1238-1247, 2010. Disponible en: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0010945210001887. Accesso: 04 mar.

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RIBEIRO, I. F. A.; LEMOS, R. C. M.; SANT’ANNA, V. L. L. Hiperlexia: sua complexidade e características. Pedagogia em Ação, Belo Horizonte, v. 1, n. 1, p. 93-95, 2009. Disponible en: http://periodicos.pucminas.br/index.php/pedagogiacao/article/view/654. Accesso: 04 mar. 2019.


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Como referenciar este artigo


OLIVEIRA, A. P. S.; RANGNI, R. A. ¿Hiperlexia qué síndrome es esta? Reflejos y reflexiones de las producciones literarias. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 16, n. 3, p. 1914-1928, jul./set. 2021. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v16i3.13372


Submetido em: 26/02/2020

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Revisões requeridas em: 31/03/2020 Aprovado em: 20/04/2020 Publicado em: 01/07/2021


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HYPERLEXIA WHAT SYNDROME IS THIS? REFLEX AND REFLECTIONS OF LITERARY PRODUCTIONS


HIPERLEXIA QUE SÍNDROME É ESTA? REFLEXOS E REFLEXÕES DAS PRODUÇÕES LITERÁRIAS


¿HIPERLEXIA QUÉ SÍNDROME ES ESTA? REFLEJOS Y REFLEXIONES DE LAS PRODUCCIONES LITERARIAS


Ana Paula Santos de OLIVEIRA1 Rosemeire de Araújo RANGNI2


ABSTRACT: Hyperlexia is a syndrome characterized by early reading that also presents other symptoms and different characteristics, which damage the diagnosis that is commonly confused with the Autism Spectrum Disorder (ASD). The literature about this subject is very small and most of the works consist in isolated cases. This article, in form of a systematic review, seeks theoretical subsidies in data banks that can clarify the topic of hyperlexia, as well as verifying if there is a connection of the early reading of this syndrome, with the early reading in the high abilities. The descriptors used were hyperlexia and high ability, which were used separately and combined using the Boolean operator, and (hyperlexia and high ability). The databases consulted were Education Resources Information Center (ERIC) and ScienceDirect of the Publisher Elsevier. It was looked for studies conducted in the last twenty years, from 1999 to 2019. The criteria of inclusion of the works were two: the paper has to be completely available in the database and the second one is that the studies offered a discussion about hyperlexia only or concomitantly with the high abilities. As a result, was obtained a limited number of papers about hyperlexia that attend the inclusion criteria, considering the period covered that was the last twenty years and none paper was found that discussed hyperlexia with the high abilities.


KEYWORDS: Hyperlexia. High ability. Literature productions.


RESUMO: A hiperlexia é uma síndrome caracterizada pela leitura precoce, apresenta outros sintomas e características diferentes, ao qual dificulta o diagnóstico que é comumente confundido com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Este artigo em forma de revisão sistemática, busca conhecer as produções acadêmicas em bancos de dados entre 1999 e 2019 que possam discutir a temática da hiperlexia, bem como, verificar se há uma conexão entre a leitura precoce dessa síndrome e a leitura precoce das altas capacidades. As palavras-chave utilizadas nas pesquisas foram: hyperlexia e high ability, e foram usadas separadas e de forma combinada utilizando o operador booleano and (hyperlexia and high



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1 Federal University of São Carlos (UFSCAR), São Carlos – SP – Brazil. PhD student in the Postgraduate Program in Special Education. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5881-2595. E-mail: annasantos_oliveira@hotmail.com

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2 Federal University of São Carlos (UFSCAR), São Carlos – SP – Brazil. Professor of the Department of Special Education. Doctorate in Special Education (UFSCAR). ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5881-2595. E-mail: rose.rangni@uol.com.br


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ability). As bases de dados consultadas foram: Education Resources Information Center (ERIC) e ScienceDirect da editora Elsevier. Como resultado foram obtidas dez (10) produções, uma (01) no ERIC e nove (09) no ScienceDirect, que atenderam aos critérios de busca estabelecidos, cabe ressaltar que é um número baixo, levando em consideração o período de vinte (20) anos, e nenhum estudo foi encontrado que tratasse da hiperlexia e altas capacidades conjuntamente neste período.


PALAVRAS-CHAVE: Hiperlexia. Altas capacidades. Produções literárias.


RESUMEN: La Hiperlexia es un síndrome caracterizado por la lectura precoz, presenta otros síntomas y características diferentes, al cual perjudican el diagnóstico que comúnmente se confunde con el Trastorno del Espectro Autista (TEA). El presente artículo en forma de revisión sistemática busca conocer producciones académicas en bancos de datos entre los años de 1999 a 2019 que puedan desenmarañar el tema de la hiperlexia, así como verificar si existe una conexión de la precocidad en lectura de este síndrome con la precocidad en lectura en las altas capacidades. Las palabras clave utilizadas fueron: hyperlexia y high ability, en las búsquedas las palabras se utilizaron separadamente y combinadas utilizando el operador booleano and, (hyperlexia and high ability). Las bases de datos consultadas fueron: Education Resources Information Center (ERIC) y ScienceDirect de la editora Elsevier. Como resultados se obtuvo diez (10) producciones sobre la hiperlexia, una (01) en ERIC e nueve (09) en ScienceDirect, que atendía a los criterios de inclusión establecidas de búsqueda, cabe destacar que es un número bajo teniendo en cuenta el período de veinte (20) años, y ningún estudio fue encontrado que trataba de hiperlexia y las altas capacidades conjuntamente en este período.


PALABRAS CLAVE: Hiperlexia. Altas capacidades. Producciones literarias.


Introduction


The concept of hyperlexia was originally defined as an unusual learning style in the early 1960s, when it was used for the first time by the American Hyperlexia Association and already in the 90s, this same Association established four basic characteristics to identify this syndrome; they are: early ability to read - more than expected for the age; an intense fascination with letters and numbers; a significant difficulty understanding spoken language; difficulties in their social skills (RIBEIRO; LEMOS; SANT’ANNA, 2009). Although Ostrolenk et al. (2017) point out that cases of hyperlexia described as early as 1918, with Hollingworth and Winford, and in 1930 also can be found in the literature, long before the introduction of the nomenclature/syndrome of hyperlexia and autism spectrum disorder (ASD).

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It has been noted that the concept of hyperlexia has been used in different ways by different authors, sometimes it is defined as a high reading ability, a special talent, and other


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times it is defined as a disability, indicating poor reading comprehension. (ZUCCARELLO et al., 2015 apud GRIGORENKO et al., 2003).

Castles et al. (2010 apud GRIGORENKO et al., 2003; NATION, 1999) point out that there is a debate about this syndrome, which should be classified as a form of dyslexia or not. The authors also point out that the word/nomenclature "hyperlexia" always emphasizes the presence of an early or advanced reading, and the semantic deficit of "nonsense reading" is typically the most generalized symptom regardless of reading level.

The exceptional characteristic of reading early in hyperlexic children is also present in children with high abilities, according to Lamônica et al. (2013, p. 392), “the early appearance of reading ability may suggest that the child has superior intellectual ability”. For Renzulli (2013) more capable students demonstrate, or have the potential to demonstrate, exceptionally high ability in relation to an ability to learn, create or execute, or cognitive ability far above average within a specific domain - academic or nonacademic.

This article seeks to know academic productions in databases with a temporal cut of the last twenty years (1999 to 2019) that can clarify the issue of hyperlexia, as well as verify if there is a connection between the early reading of this syndrome with the precocity in reading in high capacities. The methodological design was the systematic review that consists of a summary of evidence from primary studies carried out to answer a specific study question (KOLLER; COUTO; HOHENDORFF, 2014). A thorough, impartial and reproducible literature review process is adopted, which seeks, evaluates and synthesizes the evidence from scientific studies to obtain reliable results (BRASIL, 2012).

The keywords used were: hyperlexia; high ability, used separately and in combination. The databases consulted were: Education Resources Information Center - (ERIC) and ScienceDirect. Access to these data banks was first given through to the Capes Newspaper Portal, which has an agreement with the Universities, so that they offer free access to paid data banks. Using the data filter, the two databases were searched for studies about hyperlexia carried out in the last twenty (20) years, from 1999 to March 2019.

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The inclusion criteria of the studies was initially the availability of the complete work in the database and that they offered a discussion about hyperlexia or a joint discussion of hyperlexia with high abilities. Articles that did not contain new data, or at least a brief description of the syndrome were excluded; studies that were not available in the databases, like duplicate papers, were discarded from the review, resulting in ten (10) papers that met the inclusion criteria.


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Figure 1 – Illustration of the path taken to the data banks



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Final result: One (1) study

Final result: Nine (9) studies

Keyword: Hyperlexia; High Ability

Keyword: Hyperlexia; High Ability

Capes Publications

Portal

Source: Devised by the authors


Results and Discussion


The first selection was in the database itself, which was initially searched for descriptors, separated and combined using the Boolean operator and, (e.g. hyperlexia and high ability). In the first base, ScienceDirect, with the filter of 20 years and only with the word hyperlexia, one hundred and ninety-one (191) results were found, including articles, book chapters, or index, which turned out to be the majority, but only one hundred forty-eight

(148) works were available at the base. Then the selection was based on the abstract, for which all the indexes were discarded, as well as those works that did not meet the inclusion criteria. In the search with the words hyperlexia and high ability with the Boolean operator and, one hundred and ten (110) works were found, and most were works previously found with the word hyperlexia, or they were index, both discarded and resulting in no works that discussed high capacities together with hyperlexia.

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In the ERIC database, using the keyword "Hyperlexia" a total of seventeen (17) results were found with the selected years filter, and following the selection criteria of the availability of the complete work in the database, only one work was obtained (Table 1). Using the Boolean operator and with the words hyperlexia and high ability, the same previous work of the keyword “Hyperlexia” was found, being discarded from the total calculation of works


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found. In this database we also did not find any work that discussed hyperlexia with high abilities.

As mentioned above, following the inclusion criteria, a total of ten (10) works were found, illustrated in Figure 2, which contemplated the requirements and are presented in Tables 1 and 2.


Table 1 – Productions from the ERIC database


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Title Authors Year Associated Condition Journal

Reading and math achievement profiles and longitudinal growth trajectories of children with an Autism Spectrum Disorder

WEI, X., CHRISTIANO,

E. R. A., YU, J. W., WAGNER, M.; SPIKER, D.

2015 TEA SRI International

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Source: Devise by the authors


The study by Wei et al. (2015) examined the reading and mathematics performance profiles of one hundred thirty (130) children aged 6 to 9 years diagnosed with ASD in a longitudinal study (from 2000-2004), with a nationally representative sample in the United States. As results, four profiles were identified: higher performance (39%), hyperlexia (9%), hypercalculia (20%) and low performance (32%).

The results obtained in the ScienceDirect database will now be presented in Table 2, followed by a brief summary of the studies found, and then will be presented the analysis and discussion.


Table 2 – Productions from the ScienceDirect database


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Title Authors Years Associated Condition Journal

Learning disability subtypes: classification of high functioning hyperlexia

RICHMAN, L. C.;

WOOD, K. M.

2002 Asthma; diabetes; leukemia; nanism; attention deficit

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hyperactivity disorder; ASD; oppositional defiant behavior disorder

Brain and Language

Hyperlexia profiles KENNEDY, B. 2003 Brain tumor in the right

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hemisphere, hydrocephalus; delay in expressive language.

Brain and Language

The Neural Basis of Hyperlexic Reading: An fMRI Case Study

TURKELTAUB, P. E.; FLOWERS, D. L.; VERBALIS, A.; MIRANDA, M.; GAREAU, L.; EDEN, G. F.

2004 Generalized development issue;

Hyperlexia

Neuron

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Hyperlexia in a 4-year-old ATKIN, K.; LORCH M. 2006 ASD Journal of

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boy with Autistic Spectrum Disorder Developmental and acquired dyslexia’s

P. Neurolinguisti

cs

TEMPLE. C. M. 2006 - Cortex

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Hyperlexia in Spanish- speaking children: Report of 2 cases from Colombia, South America

GUTIERREZ, C. T. 2006 ASD; Motor function

deficits.

Journal of the Neurological Sciences

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Developmental dissociations between lexical reading and comprehension: Evidence from two cases of hyperlexia

CASTLES, A.; CRICHTON, A.; PRIOR, M.

2010 ASD Cortex

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Early language learning profiles of young children with autism: Hyperlexia and its subtypes

LIN, C. S. 2014 ASD; deafness; hand- eye coordination

problems

Research in Developmenta l Disabilities

Hyperlexia: Systematic review, neurocognitive modelling, and outcome

OSTROLENK, A.;

D’ARC, B. F.; JELENIC,

P.; SAMSON, F.; MOTTRON, L.

2017 Neuroscience

& Biobehavioral Reviews

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Source: Devised by the authors


The first article by Richman and Wood (2002) examined thirty (30) children with hyperlexic reading patterns and average intelligence to determine whether the established learning disability subtypes could apply to these children with hyperlexia, and two groups emerged: a type showed patterns of language learning disorder with good visual memory and also a high percentage of phonetic word errors. The second group showed traces of non-verbal learning disorder with visual space deficiencies and impaired visual memory, this last subgroup presented few phonetic errors manifesting more errors in the visual part. These findings suggest high-functioning hyperlexia subtypes, one showing language deficits characteristic of dysphasia and one showing dyslexia-like patterns.

Kennedy's research (2003) evaluated two (2) individuals, one fifteen years old, presenting with a brain tumor in the right hemisphere and hydrocephalus; the other nineteen

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(19) years old with delay in expressive language with basic reading skills, the results suggested different pathways to superior word recognition skills that can be described with a contemporary model of skillful reading, and differential acquisition of basic skills. Superior word recognition ability was associated in both cases with specialized development in a basic area: spelling processing. The results showed that instead of being assimilated to the subtypes of reading pathology (dyslexia), it was observed that hyperlexia was accompanied by assets that are absent in the dyslexic profiles.


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Turkeltaub et al. (2004) propose a case study with a nine (9) year old boy, who reads six (6) years before his age, diagnosed with ASD and hyperlexia. By using functional magnetic resonance imaging to study the neuronal bases of this early reading ability, it was possible to identify greater activity in the left inferior frontal cortex and superior temporal cortex. These findings suggest that early reading occurs by simultaneously using the phonological systems of the left hemisphere and the visual system of the right hemisphere. Therefore, hyperlexic reading is associated with hyperactivation of the left superior temporal cortex, just as dyslexia is associated with hypoactivation of this area.

The work by Atkin and Lorch (2006) deals with a case study of a four (4) year old boy with ASD with a mental age of approximately one and a half years (1/5) that demonstrates behaviors of early reading and absence of spontaneous speech. Reading tests of regular and irregular words, pseudowords, simple sentences and texts were carried out. Performance on a variety of reading tasks demonstrates an ability to use grapheme-phoneme correspondence and whole-word reading to decode simple words. The successful reading of some homographic heterophones and the semantic paraphrase of texts indicate a level of lexical, syntactic, semantic and pragmatic development that goes far beyond their mental or chronological age, suggesting the possibility of an atypical route for language acquisition.

Temple (2006) discusses dyslexias, proposing in his study that hyperlexia integrates this set together with deep dyslexia, phonological dyslexia and superficial dyslexia, suggesting that reading ability in hyperlexia is like superficial dyslexia, presenting a good nonsense word reading and strong phonological reading ability.

Gutierrez (2006) presents an eight (8) year longitudinal study with two cases of children diagnosed with ASD and hyperlexia, with neuropsychological evaluations of language, motor skills, visual perception, attention and behavior. Both children read before the age of five (5), but with minimal understanding of what they were reading, they also exhibited obsessive reading behavior and difficulties in social skills and attention. Computed tomography of the brain was normal and hyperlexia has been associated with hyperactivation of the left superior temporal cortex, similar to the results found by Turkeltaub et al. (2004), concluding that the orthographic route is a probable mechanism for the development of hyperlexia.

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Castles et al. (2010) focused on investigating reading and comprehension in a set of specifically selected irregular words (nouns, body parts, names of animals and foods). The study discusses two cases of hyperlexia, both the participants are male, diagnosed with ASD, aged between 8 and 10 years, in which, they presented normal or higher levels in the

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conversion of printed letter to reading/speech, but were very impaired in understanding the writing/meaning of words.

In turn, Lin (2014) used a standardized computer-assisted language assessment tool to identify early learning characteristics in young children with autism. The tool consisted of six subtests: decoding, homographs, vocabulary listening comprehension, vocabulary visual comprehension, sentence listening comprehension, and sentence visual comprehension. Thirty-five children with ASD between the ages of 4 to 6 participated in the study. Fifteen children (2:15 girl/boy ratio) with ASD were identified as hyperlexic and selected for further analysis, resulting in five subtypes of hyperlexic profiles.

In the latest study found, de Ostrolenk et al. (2017) carried out a systematic review of the literature in the Pubmed database, encompassing studies that dealt with both individual cases and group studies with individuals with hyperlexia. As results, a large number of studies were found correlating hyperlexia with ASD.

Regarding the characteristics found in the studies, Temple (2006) points out that hyperlexia is an abnormality in reading, more commonly reported in the literature in children with mental retardation or other conditions, but with significantly higher reading levels. Lin (2014) in her research cites that in the literature cases of hyperlexia associated with Turner syndrome, Tourette syndrome, Attention Deficit Disorder and Hyperactivity have been found, and Zuccarello et al. (2015) also add findings that the syndrome is commonly associated with ASD and Intellectual Disability. Thus, it was possible to select characteristics that the reviewed authors consider descriptors of hyperlexia, which are arranged in Table 3.


Table 3 – Characteristics of Hyperlexia Indicated by the Studies Reviewed


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Authors/Year Characteristics

RICHMAN Y WOOD (2002) Early ability to read words, generally before the age of 5, without prior

formal instruction.

KENNEDY (2003) Early reading; attraction to alphabetic symbols; unexpectedly early decoding; reading comprehension inferior to decoding ability, and associated

pathology.

TURKELTAUB et al. (2004) Presence of a developmental disorder, most commonly ASD; acquisition of

reading skills before age five without explicit instruction; advanced word recognition ability in relation to mental age, regarding comprehension along verbal ability; messy oral communication

ATKIN Y LORCH (2006) Word decoding higher than predicted by age; early manifestation of

decoding skills before the age of 5; spontaneous start of reading without specific instruction; compulsion to read, but without discriminated sense; poor reading comprehension; coexisting developmental disorder.

TEMPLE (2006) Lack of an understanding of the meaning of what is being read;

impoverished semantic knowledge of words; impaired lexical-semantic reading system.

LIN (2014) Echolalia; difficulty in using language; difficulty in understanding language;

visual preferences; early reading skills before age 4.


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RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 16, n. 3, p. 1907-1920, July/Sep. 2021. e-ISSN: 1982-5587

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WEI et al. (2015) Good word decoding, but poor understanding; Exceptional speed of

retrieving letters from long-term memory and producing word sounds.

ZUCCARELLO et al. (2015) Advanced reading skills, but impaired comprehension skills; early

acquisition of reading skills without explicit instruction; strong interest in written material (letters and numbers); usually has a concomitant neurodevelopmental disorder.

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Source: Devised by the authors


It was also observed in most of the studies analyzed that ASD is the neurodevelopmental condition most associated with hyperlexia, and even in cases where there is no clear diagnosis of the syndrome, the behavioral characteristics and cognitive profile are clearly autistic (MOTTRON et al., 2013 apud ARAM; HEALY, 1988). This finding coincides with the precept of Lin (2014 apud GRIGORENKO et al., 2002) that also suggests that there is a higher frequency of hyperlexia among children with pervasive developmental disorders (PDD), which includes ASD, and other conditions or disabilities, however, in the literature it is not yet clear why this occurs and many times both conditions are still confused.

Wei et al. (2015 apud JONES et al., 2009) mention about ASD that results of group studies can mask different learning patterns of subgroups of children with ASD and this in turn makes it difficult to provide adequate individualized instruction, or adequate support for these students, but we can also apply this to students with hyperlexia who present such varied characteristics, and who, perhaps for this reason, are so confused with autism.

Turkeltaub et al. (2004 apud YEARGIN-ALLSOPP et al., 2003) suggest a prevalence of 2.2/10,000 for hyperlexia in the general population. They also note that results for verbal ability and IQ are better for children with ASD and hyperlexia than for other children with only ASD disorder (2004 apud BURD et al., 1986; FISHER et al., 1988), possibly because reading provides an additional route for communication and socialization (2004 apud KISTNER et al., 1988).

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About this frequency Mottron et al. (2013) cite studies that indicate incidence percentiles of hyperlexia in autistic children: Burd and Kerbeshian (1985) with an estimate of 5-10%. Jones et al. (2009) adopting less rigorous criteria indicates an estimate higher than 10% of the population, reaching 14%. Already Grigorenko et al. (2002) with even less rigorous criteria, indicates that a total of 20% can be reached. In summary, as Ostrolenk et al. (2017) and Lamônica et al. (2013) the reported prevalence of hyperlexia increases when the rigor of the criteria used decreases, which varies according to the specific criteria adopted by each author. Furthermore, the few existing studies are carried out through isolated clinical cases.


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Relevant information found in the studies that needs to be mentioned is the use of standardized tests presented in Table 4, among the ten (10) works found, seven (7) of them resorted to these tests in their studies with the objective of measuring or obtaining valuable information from the participants about their cognitive development and/or reading ability. The most widely used were three, namely: Wechsler Intelligence Scale for Children-III (WISC-III); Comprehensive Test of Phonological Processing (CTOPP); Woodcock Reading Mastery Test (WRMT) and the Peabody Picture Vocabulary Test (PPVT).


Table 4 – Tests applied in studies


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Authors/Year Tests

WEI et al. (2015) RICHMAN; WOOD (2002)


KENNEDY (2003)


TURKELTAUB

et al. (2004) GUTIERREZ (2006)


CASTLES, CRICHTON, PRIOR (2010)

Woodcock Johnson III (WJ III; Woodcock et al., 2001); Comprehensive Test of Phonological Processing (CTOPP, Wagner et al., 1999)

Wechsler Intelligence Scale for Children-III (WISC-III, Wechsler, 1991); Wide Range Achievement Test-R (Jastak & Wilkinson, 1984); Standard Reading Inventory (McCracken, 1966); Neurosensory Center Examination for Aphasia (Spreen & Benton, 1979); Hiskey – Nebraska Test of Learning Aptitude (Hiskey, 1966); Sentence Repetition (Spreen & Benton, 1979); Visual Form Discrimination Test (Benton, Hamsher, Varney, & Spreen, 1983); Judgment of Line Orientation (Benton, Varney, & Hamsher, 1978); Bender Visual – Motor Gestalt Test (Koppitz, 1963); Grooved Pegboard (Rourke, Yanni, MacDonald, & Young, 1973); The Color Span Test (Richman & Lindgren, 1988)

Comprehensive Test of Phonological Processing (CTOPP, Wagner, Torgesen, & Rashotte, 1999); Test of Phonological Awareness (TOPA, Torgesen & Bryant, 1994); Slingerland Pre- Reading Screening Procedures (Slingerland, 1995); The Jordan Left–Right Reversal Test (JLRRT, Jordan, 1990); Orthographic Choice I y Orthographic Choice II Hultquist (1997); Woodcock Reading Mastery Test (WRMT, Woodcock, 1998); Test of Word Reading Efficiency (TOWRE, Torgesen, Wagner, & Rashotte, 1999); Kaufman Test of Educational Achievement (KTEA, Kaufman & Kaufman, 1998); The Peabody Individual Achievement Test (PIAT, Markwardt, 1998); Gray Oral Reading Tests (GORT, Wiederholt & Bryant, 1992); Test of Reading Comprehension (TORC, Brown, Hammill, & Wiederholt, 1995); Wechsler Intelligence Scales for Children-III (WISC-III, Wechsler, 1991); Peabody Picture Vocabulary Test (PPVT, Dunn & Dunn, 1981); Leiter International Performance Scale (Roid & Miller, 1997)

Wechsler Intelligence Scale for Children-III (WISC-III, Wechsler, 1991); Rey - Osterrieth Complex Figure; Woodcock-Johnson III; Gray Oral Reading Test

Psycholinguistic Abilities (ITPA) – Spanish; Wechsler Intelligence Scale for Children-Revised (WISC-R); Rey - Osterrieth Complex Figure test; Myklebust/Johnson's

Tests of Visualization (Analysis and

Synthesis).

Peabody Picture Vocabulary Test (PPVT); Wechsler Intelligence Scale for Children- III (WISC-III; Wechsler, 1991); Woodcock Reading Mastery Test E Revised (WRMT-R;

Woodcock, 1987); Neale Analysis of Reading Ability-III (NARA-III; Neale, 1999).

LIN (2014) The Computer-Aided Language Assessment for Preschool Children with Autism (CALA) (Lin et al., 2013); The Hyperlexia Behavior Checklist (HBC); The Caregiver

Questionnaire (CQ).

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Source: Devised by the authors


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Gutierrez (2006) mentions frequent characteristics found in other studies: as example being male, also presenting ASD, and with a history of high prenatal and perinatal risk, including neonatal seizures. And in this sample of studies a higher frequency of cases of male


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participants was also verified, this data is similar to that found in ASD where most of the population affected by the disorder are male (OSTROLENK et al., 2017). The participants of the reviewed studies had a mean age between 4 to 19 years, but most of the studies presented cases of children between 4 to 9 years, in agreement with Lin et al. (2013) who in their works also found participants aged between 6 and 12 years in a higher proportion in the literature. However, hyperlexia was also observed in normal preschool children (LIN, 2014 apud PENNINGTON; JOHNSON; WELSH, 1987).

Castles et al. (2010) mention that the development of hyperlexic individuals present a very different pattern of abnormal reading behavior, since they perform at normal or higher levels when converting the printed letter into speech, but are very deteriorated in their oral and written comprehension of words, that is, reading skills look great but their understanding of printed material is very damaged.

Lin (2014) details five types of hyperlexia in his work, they are: Type I: prototype is the subtype most commonly described in the literature to which there is a higher development in decoding, but difficulties in understanding language; Type II: Strong decoding/homography, characterized by higher than average performance on the decoding and homography subtests, but with lower than average scores on the visual and auditory comprehension of vocabulary subtests; Type III: Strong decoding/homography/visual comprehension of vocabulary, in this subtype the individual presents better development in decoding, homographies and visual vocabulary subtests than peers of the same age; Type IV: Strong homography/visual vocabulary/visual comprehension of sentences, in this type the participants presented a better performance in the visual vocabulary and visual comprehension of sentences subtest. And finally, Type V: Strong performance in all the subtests, in this type the individuals present a better visual performance and in the listening comprehension subtests when compared to children with typical development of similar ages, but still, the most significant results are from the visual subtests.

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This paper sought to know academic productions in databases with a time cut from the last twenty (20) years (1999 to 2019) that can clarify the issue of hyperlexia, as well as verify if there is a connection of the precociousness in reading of this syndrome with the precociousness in reading of the high capacities. As has been noted, there were no research results in relation to the precociousness of hyperlexia with high abilities in the international databases investigated, it should be noted that the search encompassed a long period, which can lead us to two hypotheses: either there is no connection between the two conditions or it is still a poorly researched topic.

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Final considerations


The results of the search in the databases conclude that there is a small number of works on hyperlexia, considering that the period covered the last twenty (20) years. The results are even scarcer when we associate hyperlexia with high abilities, that no work was found that discussed both conditions together. Most of the studies available in one database were repeated in another database, highlighting the even more marked limitation of studies with this topic. It is worth emphasizing that both the databases are international databases of great importance and academic relevance.

The hyperlexia syndrome is not yet fully understood as already mentioned, its characteristics vary considerably, some of these discrepancies are due, in part, to the lack of control of the subjects and the different inclusion criteria adopted by the authors in their studies. And according to what the literature reflects, hyperlexia is always associated with another condition, and there is a need for more studies that are capable of explaining such an occurrence, and defining whether hyperlexia is part of the ASD picture, once it is observed that hyperlexia is very "close" to ASD, or if hyperlexia is a specific syndrome, so that at last there is a better understanding of its characteristics, forms of identification, resulting in positive advances for those subjects affected by such syndrome, like the appropriate educational care.

Another conclusion that can be presented according to the results achieved is the need to develop more studies on hyperlexia and high capacities, since no work was found in the investigated databases with both concomitant conditions, allowing the exploration of other hypotheses to justify early reading and high abilities, as was the initial proposal of this study.

The two neuropsychological evaluations presented here present very interesting data that are similar, concluding that there is greater activity in the left superior temporal cortex, which is why it is interesting to carry out more studies that question this pattern. Further clarification or speculation is also necessary on the theory, proposed in one of the studies found, that hyperlexia would be a fourth category of dyslexia.

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Some limitations found for the realization of this study are highlighted firstly by the little literature found on the subject; unclear discussions of the characteristics and causes such as, for example, why does it occur more often concurrently with ASD? to which the replication of studies or development of new research is indicated.



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REFERENCES


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How to reference this article


OLIVEIRA, A. P. S.; RANGNI, R. A. Hyperlexia what syndrome is this? Reflex and reflections of literary productions. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 16, n. 3, p. 1907-1920, July/Sep. 2021. e-ISSN: 1982-5587. DOI:

https://doi.org/10.21723/riaee.v16i3.13372


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Submitted: 26/02/2020 Required revisions: 31/03/2020 Approved: 20/04/2020 Published: 01/07/2021


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