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Padrões da autocitação em artigos de alto impacto da
Revista
Nature
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 16, n. 1, p. 276
-
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1
. e
-
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DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v16i1.14207
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PADRÕES DA AUTOCITAÇÃO EM ARTIGOS DE ALTO IMPACTO DA REVISTA
NATURE
ESTÁNDARES DE AUTOCITACIÓN EN ARTÍCULOS DE ALTO IMPACTO DE LA
REVISTA NATURE
STANDARDS OF SELF
-
CITATION IN HIGH IMPACT ARTICLES OF NATURE
JOURNAL
Adriana
FISCHER
1
Camila GRIMES
2
Elis Regina KOSLOSKI
3
Mariana Aparecida VICENTINI
4
RESUMO
: Este trabalho tem por objetivo compreender padrões da autocitação em artigos
científicos de alto fator de impacto da revista
Nature
. A pesquisa é qualitativa e as discussões
são sustentadas
pela perspectiva sociocultural que compreende a escrita como prá
tica de
letramento situada contextualmente.
A partir de levantamentos realizados no
Google Scholar
,
selecionamos para análise os quatro artigos mais citados no periódico
Nature.
A partir das
análises, t
rês ocorrências são recorrentes nesses artigos em anál
ise: o alto índice de citação,
autocitação e coautoria. Quanto à autocitação,
analisamos o contexto de publicação desses
estudos, questões relacionadas à legitimidade, às relações de poder e de coautoria que marcam
a escrita acadêmico
-
científica.
Os padrõe
s de autocitação
indicam um enfoque heterogêneo na
escrita dos artigos desta revista, o qual marca convenções nesta área do conhecimento,
relações de poder manifestadas nas parcerias entre pesquisadores, o que implica legitimidade
na comunidade científica
das publicações referidas.
PALAVRAS
-
CHAVE
: Escrita acadêmico
-
científica. Práticas de letramentos. Autocitação.
Nature
.
RESUMEN
:
Esta investigación tiene como objetivo comprender los patrones de autocitación
en artículos científicos de alto impacto de la revista Nature. La investigación es cualitativa y
las discusiones están respaldadas por la perspectiva sociocultural que incluye l
a escritura
como una práctica de literacidad contextualizada. De las encuestas realizadas en Google
Scholar, seleccionamos para su análisis los cuatro artículos más citados de la revista Nature.
Del análisis, tres ocurrencias son recurrentes en es
tos artíc
ulos bajo análisis: el
alta tasa de
citación, autocitación y coautoría. En cuanto a la autocitación, analizamos el contexto de
1
Fundação Universidade Regional de Blumenau
(
FURB
),
Blumenau
–
SC
–
Brasil.
Docente no Centro de
Ciências da Educação, Artes e Letras
e n
o Programa de Pós
-
Graduação em Educação
.
Doutorado Ling
u
ística
(
UFSC
).
ORCID:
https://orcid.org/0000
-
0001
-
9787
-
2814
. E
-
mail:
adrfischer@furb.br
2
Fundação Universidade Regional de Blumenau
(
FURB
)
,
Blumenau
–
SC
–
Brasil.
Doutoranda no Programa de
Pós
-
graduação em Educação
. ORCID:
https://orcid.org/0000
-
0003
-
0105
-
4046
. E
-
mail:
cgrimes@furb.br
3
Fundação Universidade Regional de Blumenau
(
FURB
),
Blumenau
–
SC
–
Brasil. Mestranda
no Programa de
Pós
-
graduação em Educação
. ORCID:
https://orcid.org/0000
-
0002
-
6366
-
9444
. E
-
mail:
erkosloski@furb.br
4
Fundação Universidade Regional de Blumenau
(
FURB
),
Blumenau
–
SC
–
Brasil.
Doutoranda no Programa de
Pós
-
graduação em Educação
. ORCID:
htt
p
s
://orcid.org/0000
-
0001
-
6256
-
2904
. E
-
mail:
mvicentini@furb.br
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Adriana FISCHER
;
Camila GRIMES
;
Elis Regina KOSLOSKI
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Mariana Aparecida VICENTINI
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publicación de estos estudios, cuestiones relacionadas con la legitimidad, el poder y las
relaciones de coautoría que marcan la e
scritura académico
-
científica. Los patrones de
autocitación indican un enfoque heterogéneo en la redacción de los artículos de esta revista,
lo que marca convenciones en esta área del conocimiento, relaciones de poder manifestadas
en alianzas entre investi
gadores, lo que implica legitimidad en la comunidad científica de las
publicaciones mencionadas.
PALABRAS CLAVE
: Escritura académico
-
científica. Prácticas de literacidad. Autocitación.
Nature.
ABSTRACT
:
This investigation aims to understand self
-
citation patterns in scientific articles
with a high impact factor from the journal Nature. The research is qualitative and the
discussions are supported by the socio
-
cultural perspective that includes writing as
a
contextually situated literacy practice. From surveys carried out at Google Scholar, we
selected for analysis the four most cited articles in the journal Nature. From the analysis,
three occurrences are recurrent in these articles under analysis: the hig
h rate of citation, self
-
citation and co
-
authorship. As for self
-
citation, we analyzed the context of publication of
these studies, issues related to legitimacy, power and co
-
authorship relationships that mark
academic
-
scientific writing. The self
-
citation
patterns indicate a heterogeneous focus on the
writing of the articles in this journal, which marks conventions in this area of knowledge,
power relations manifested in partnerships between researchers, which implies legitimacy in
the scientific community
of the publications mentioned.
KEYWORDS
: Academic
-
scientific writing. Literacy practices.
Self
-
citation. Nature journal.
Introdução
A escrita acadêmico
-
científica em artigos com alto índice de citação, da Revista
Nature
, é o foco de atenção neste artigo. Com particular especificidade, padrões de
autocitação nesses artigos nos guiam, a fim de discutirmos regularidades que emergem ao
tra
tarmos esta ocorrência, com apoio de um enfoque social e discursivo (LEA
;
STREET,
1998, CORRÊA, 2004; BOCH
;
GROSSMAN, 2002
;
2015). Nesse sentido, consideramos
relevante destacar que, no decorrer deste artigo, optamos por utilizar o termo escrita
acadêmico
-
científica para caracterizar o modo como a escrita é concebida por nós, neste
estudo. Esta formulação está de acordo com o modelo dos letramentos acadêmicos, proposto
por Lea e Street (1998) que, a
o invés de se engajarem em debates sobre valoração da escri
ta,
propuseram conceituar, no plano epistemológico, a escrita em contextos acadêmicos
-
científicos, que tem relação com a produção de sentido, identidade, poder e autoridade e
coloca, em primeiro plano, a natureza institucional daquilo que conta como conhec
imento em
qualquer contexto acadêmico
-
científico (LEA; STREET; LILLIS, 2015).
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Padrões da autocitação em artigos de alto impacto da
Revista
Nature
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A opção pelo uso do termo escrita acadêmico
-
científica encontra apoio, ainda, em
Assis (2014), ao mencionar que as formas
écrit scientifique, écrit universitaire, écrit de
recherche
, em francês, e
academic writing ou scientific writing
, em inglês, são expr
essões
comuns na referência ao tipo de prática tomada em nossa discussão. Temos o conhecimento
de que existem diferenças entre as formas escrita acadêmica e escrita científica, instauradas,
principalmente, por uma organização hierárquica, relativamente às
práticas discursivas da
escrita, em que, num polo há o pesquisador reconhecido e, em outro, o pesquisador em
formação. Entretanto, no Brasil, embora se adotem os termos escrita científica e escrita
universitária, é mais frequente a ocorrência do temo escri
ta acadêmico
-
científica (ASSIS,
2014).
Considerando o enfoque em torno das práticas de letramentos (LEA
;
STREET, 1998),
que dão suporte à contextualização da escrita e da publicação científica dos artigos da Revista
Nature
, opomo
-
nos ao mito da homogeneid
ade do gênero discursivo artigo científico, o qual
se relaciona a abordagens comumente realizadas por manuais e por normas de redação
acadêmica (SILVA; RODRIGUES, 2019). Nossa afiliação encontra lugar na heterogeneidade
constitutiva da escrita (CORRÊA, 200
4), própria das disciplinas e comunidades científicas
(BOCH; GROSSMAN, 2015).
Para o pesquisador, seja ele iniciante ou
expert
, é exigência, segundo Hyland (2005) e
Assis, Bailly e Corrêa (2017), comprometer
-
se com práticas de escrita e divulgação na
comu
nidade científica. Mais propriamente em relação às demandas das normatizações nessas
práticas de escrita, um ponto em especial é a referência à voz do outro, como forma de
engajamento com os conhecimentos científicos em circulação na área específica do
con
hecimento.
O discurso do outro se materializa, explicitamente no texto, a partir das citações, que
contribuem para que o pesquisador ampare e legitime seus posicionamentos. Conforme Boch
e Grossmann (2015, p. 296), quando a citação “é incluída em um siste
ma de
autorreferenciamento, ela marca a vontade do escritor de se inscrever em uma continuidade de
pensamento, do mesmo modo valorizando, na passagem, inúmeros trabalhos já realizados”.
Assim, pode
-
se dizer que há padrões discursivos em torno da autocitaçã
o. Hyland (2003), em
um de seus trabalhos sobre escrita acadêmico
-
científica, faz uma abordagem sobre o uso da
autocitação, relacionando
-
a à automenção. Neste caso, além de fazer a autorreferência a
trabalhos já relacionados, o autor de um texto expõe, lin
guisticamente, a partir do uso da
primeira pessoa do discurso (plural ou singular), que é pesquisador/autor dos trabalhos
citados.
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Além dos elementos apresentados até o momento em torno da autocitação,
relacionados a ela estão, também, outros aspectos rel
evantes, como o fator de impacto e o
índice h, os quais auxiliam na compreensão desta ocorrência em artigos de alto impacto.
De
acordo com Barata (2010, p. 103), o fator de impacto “indica o número médio de citações que
os artigos de determinados periódico
s recebem em um dado ano. Este índice tem servido para
balizar a qualidade das publicações científicas e escolha de periódicos para os quais os autores
querem submeter seus trabalhos”. Contudo, em alguns casos, o fator de impacto pode estar
relacionado a d
iversos interesses além da qualidade científica (PINTO; ANDRADE, 1999),
tais como, as diferenças de impacto de publicações entre áreas de conhecimento e diferenças
entre pesquisadores iniciantes e
experts
.
O índice h foi desenvolvido, em 2005, por Jorge E.
Hirsch, da Universidade da
Califórnia (OLIVEIRA
et al.,
2015), avalia a produção científica e mensura a relevância de
publicações. Esse índice é um dos indicadores de destaque na literatura científica, que pode
integrar o cálculo do fator de impacto. É um
parâmetro avaliativo robusto, visto que considera
aspectos relativos à produção de artigos e o impacto de número de citações de forma
simultânea (SILVA; GRÁCIO, 2017). Além disso, “diversas bases de dados apresentam o
cálculo desse indicador, visto que el
e é utilizado tanto na avaliação do comportamento da
produção científica de pesquisadores como também é um critério avaliativo em diversas
agências de fomento” (SILVA; GRÁCIO, 2017, p. 199). Pesquisadores, artigos e periódicos
são avaliados por seu índice
h em diversas bases de dados, a exemplo da
Web of Science,
Scopus, Scielo e Google Scholar
.
Um periódico científico multidisciplinar britânico, de alto fator de impacto e de índice
h elevado é a
Nature.
Lançado em 1869, desempenha um importante papel na ci
rculação de
informações científicas para a academia internacional, bem como possui grande visibilidade
com a publicação de seus artigos nos meios de comunicação em todo o mundo (BARATA,
2010). Nesse sentido, a
Nature
constitui
-
se como um dos periódicos mai
s antigos, tradicionais
dentre os atuantes no mundo científico (BARATA, 2010; KRASILCHIK; SILVA; SILVA,
2015). Para os autores, este periódico, semanal, possui linguagem compreensível, avaliação
por pares, que confere credibilidade e base em um corpo edito
rial com pesquisadores de
renome no meio científico. Desta forma, confere grande valorização na mídia tanto
especializada quanto não especializada, bem como apresenta informações significativas e
legitimadas, oferecendo visibilidade e prestígio aos autores
que publicam no periódico.
A
Nature
tem como base diversas áreas do conhecimento, especialmente as intituladas
Hard Sciences
ou Ciências Duras. Para Barata (2010, p. 100), “o termo
hard science
se refere
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Padrões da autocitação em artigos de alto impacto da
Revista
Nature
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às áreas do conhecimento baseadas na observação em
pírica e em investigações realizadas a
partir do chamado método científico, nas quais estão a física, química, matemática e as
ciências biológicas”. As
Hard Sciences
realizam pesquisas pertinentes aos progressos
científicos, de alto fator de impacto e, des
te modo, têm norteado as demandas de produção
acadêmico
-
científica em outras áreas do conhecimento, em relação ao financiamento de
pesquisas e sua legitimidade, por exemplo (BARATA, 2010).
Nesse sentido, compreender os modos de escrita nas
Hard Sciences
, p
ode auxiliar,
também, na compreensão da dinâmica de produção científica em revistas de alto impacto. A
partir dessas delimitações, o objetivo
5
deste estudo é compreender padrões da autocitação em
artigos científicos de alto fator de impacto da revista
Nature
. Em consonância com as
explanações apresentadas até o momento em torno da ocorrência de autocitação em artigos de
alto impacto, na área das
Hard Sciences
, a seguir, apresentamos as principais escolhas
metodológicas que nortearam este estudo.
Percurso metodológico
Esta pesquisa, aprovada em comitê de ética sob o número 28740820.0.0000.5370,
caracteriza
-
se como qualitativa. Nessa vertente, o
s dados em torno da autocitação, em artigos
da Revista
Nature
, são analisados de forma indutiva e os sentidos em discussão são de
extrema importância ao estudo (BOGDAN; BIKLEN, 1994). Os artigos selecionados para o
presente estudo advêm de uma base de dado
s de livre acesso ao público.
As bases de dados, a exemplo da
Web of Science
,
Scientific Electronic Library Online
–
Scielo
,
Scopus
e
Google Scholar,
caracterizam
-
se em importantes mecanismos de
organização, classificação e condicionamento da circulação de
periódicos científicos de
distintas áreas de conhecimento
(CALDERÓN; MARTI
-
NOGUEIRA; FERNANDEZ
-
GODENZI, 2018).
Para iniciar o levantamento do corpus de pesquisa, a base selecionada para
esta investigação foi o
Google Scholar
, por possuir métricas que iden
tificam os principais
periódicos de todas as áreas, como o índice h. Além disso, o
Google Scholar
, por ser
plataforma de acesso gratuito, é de manuseio prático, apresenta informações acerca do fator
de impacto de periódicos, de artigos e
de autores, disponibilizando, por exemplo, os artigos
por ordem de maior número de citações, diferentemente das outras plataformas mencionadas.
5
Este objetivo é parte de dois projetos interinstitucionais em andamento, dos quais integramos o corpo de
pesquisadores:
"Escrita acadêmica/científica: das formas de presença do autor, do outr
o, das áreas de
conhecimento e seus domínios disciplinares" (CNPQ/Universal), liderado pela profa. Dra.
Juliana A. Assis
(PUC
-
MG); "Authorship in Different Fields of Knowledge" (CAPES PRINT UNESP), coordenado pela Profa.
Dra. Fabiana C. Komesu, UNESP
-
São
José do Rio Preto.
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A
Nature
foi selecionada para análise por se tratar do periódico mais citado dentre
todas as áreas de conhecime
nto, no
Google Scholar
e, também, por ser o periódico mais
citado dentro das
Hard Sciences
, levando em conta seu índice h, conforme Figura 1.
Figura 1
–
Principais publicações da base de dados
Google Scholar
Fonte:
Dados
da pesquisa (2020)
No
Google Scholar
, além da primeira posição geral dentre os periódicos, conforme
Figura 1, a
Nature
possui, também, a primeira posição nas categorias
Life Sciences & Earth
Sciences
e
Life Sciences & Earth Sciences (general).
Em acréscimo, o índice h5 é 368 e
a
Mediana é 546. O índice h5 é o indexador h dos artigos publicados nos últimos cinco anos
passados. Trata
-
se do maior número h de uma publicação, em que h artigos publicados de
2014 a 2018 tenham sido citados no mínimo h vezes cada. Já a mediana h5 de uma
publicação
consiste na média de citações para os artigos que compõem seu índice h5 (GOOGLE
SCHOLAR, 2020).
Na base de dados
Google Scholar
, existe uma classificação dos artigos mais citados
dentro do periódico de forma decrescente (Quadro 1), na qual pode
-
se identificar os artigos de
maior impacto, a partir do índice h. Deste modo, em pesquisa realizada no mês de fevereiro de
2020, foram selecionados, para a apresente investigação, os quatro artigos mais citados no
periódico
Nature
.
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Revista
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282
Quadro 1
–
Cla
ssificação dos quatro artigos mais citados no periódico
Nature
na base de
dados
Google Scholar
TÍTULO / AUTOR
CITADO
ANO
A1
-
Deep learning.
Y LeCun, Y Bengio, G
Hinton. Nature 521 (7553), 436
-
444.
16750
2015
A2
-
Human
-
level control through deep re
inforcement learning.
V Mnih, K Kavukcuoglu,
D Silver, AA Rusu, J Veness, MG Bellemare, ... Nature 518 (7540), 529
-
533.
6101
2015
A3
-
Mastering the game of Go wit
h deep neural networks and tree search.
D Silver, A
Huang, CJ Maddison, A Guez, L Sifre, J Schrittwieser, ... Nature 529 (7587), 484
-
489.
5212
2016
A4
-
Analysis of protein
-
coding genetic variation in 60,706 humans.
M Lek, KJ
Karczewski, EV Minikel, KE Samocha, E Banks, T Fennell, ... Nature 536 (7616
), 285
-
291.
4530
2016
Fonte:
Google Scholar
(2020)
Posteriormente à seleção dos artigos, realizamos a análise em torno dos seguintes
aspectos: i) o contexto de publicação desses estudos, ii) questões relacionadas à legitimidade e
relações de poder que perpassam a escrita acadêmico
-
científica e iii) especif
icidades em torno
da autocitação. Estes elementos são discutidos e aprofundados, a seguir, na seção que segue.
Resultados e discussões
A perspectiva em torno da escrita acadêmico
-
científica, entendida como uma prática
de letramento, dá apoio para que possamos compreender como funciona a dinâmica de
visibilidade que publicações acadêmico
-
científicas recebem em periódicos de alto fator de
i
mpacto. Nesse sentido, damos destaque a três ocorrências constantes nos artigos em análise,
do periódico
Nature:
o alto índice de citação, autocitação e coautoria. Outro aspecto que
merece atenção é a utilização, dentro do periódico, das normas
Vancouver
,
tipicamente
utilizadas por periódicos das
Hard Sciences
, especialmente por trazerem uma configuração
que é captada pelas grandes bases de dados internacionais, a exemplo da
Web of Science
e
Scopus
(CALDERÓN; MARTI
-
NOGUEIRA; FERNANDEZ
-
GODENZI, 2018).
Cabe
d
estacar, ainda, o fato de que a seção metodológica dos artigos em análise é apresentada após
as conclusões e referências, uma característica específica deste periódico.
Nossas constatações são sustentadas pelas discussões de Barata (2010), que define a
Nat
ure
como uma revista de alto fator de impacto reconhecida como um dos mais importantes
periódicos científicos do mundo, sendo responsável pela divulgação das descobertas
científicas mais relevantes e inéditas. A autora acrescenta que os pesquisadores que s
ubmetem
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seus trabalhos a esta revista compreendem a relevância de suas pesquisas, e que, deste modo,
na
Nature
terão grande visibilidade e divulgação.
Nessa direção, relações de poder necessariamente regulam o que conta como
conhecimento neste periódico ci
entífico (STREET
;
LEA
;
LILLIS, 2015). O posicionamento
desses três estudiosos, representantes dos estudos dos letramentos, vai ao encontro do que
postula Barata (2010), quando discute que, para a publicação na
Nature,
vários aspectos são
relevantes, tais c
omo: grande rigor científico no desenvolvimento do trabalho,
reenquadramento do formato por sugestão dos editores, linguagem adaptada e ajustada por
editores especializados, contato prévio com os editores antes da submissão do trabalho,
conhecimento prévio
dos editores em relação ao trabalho dos autores, parcerias com
pesquisadores estrangeiros e trabalhos multidisciplinares. Nesse sentido, tais aspectos
mencionados representam indícios de relações de poder em práticas de letramentos com a
escrita acadêmico
-
científica (STREET
;
LEA
;
LILLIS, 2015).
Ao partir do dado de que a Revista
Nature
divulga os artigos na língua inglesa, damos
voz a autores como Emiliozzi (2018) e Hyland
(2019), os quais problematizam esta
ocorrência. Em consonância com os autores,
Barata (2010) indica que o idioma e a condição
socioeconômica se apresentam como barreiras para pesquisadores de países de origem não
-
inglesa, refletindo que “[...] autores e a
rtigos de países periféricos ou pobres recebem um
tratamento diferenciado, a saber, mais rigoroso,
em relação a países do hemisfério Norte, ricos
ou desenvolvidos” (BARATA, 2010, p. 174). Essas discussões sustentam nossos dados ao
passo que os artigos anal
isados por nós são, em sua maioria, de autores que têm o inglês como
língua materna e, também, por terem sido produzidos, em grande parte, em contextos de
países desenvolvidos.
Outro ponto que merece destaque neste estudo é o fato de que uma análise pauta
da
pelos pressupostos das práticas de letramentos, dentre eles relações de poder, contexto,
condições de produção, ideologias, identidades e autoridade, permitem que analisemos os
sentidos da presença do outro nos artigos. Esta reflexão vai ao encontro do
que discute Gee
(2000), ao mencionar que a inserção de um sujeito em diferentes práticas de letramentos,
neste caso, com a escrita acadêmico
-
científica, exige sua
socialização com o que Gee (2001)
classifica como Discursos. Nos Discursos estão inseridas as
linguagens sociais que assumem
relevância e sentido por meio deles (AUTOR). Nesse sentido, os Discursos envolvem mais do
que a linguagem, integrando
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[...] modos de falar, ouvir, escrever, ler, agir, interagir, acreditar, valorizar,
sentir e usar vários
objetos, símbolos, imagens, ferramentas e tecnologias,
com a finalidade de ativar identidades e atividades significativas,
socialmente situadas (GEE, 2001, p. 719, tradução nossa).
Segundo Gee
(2001), a principal característica dos Discursos é a de que são
ideológicos, pois envolvem um conjunto de valores, pontos de vista sobre a relação entre as
pessoas, sobre a distribuição de bens sociais e indicam quem são os
insiders
em determinadas
prátic
as de letramentos.
A partir dessas reflexões, os autores que compõem o
corpus
do
presente estudo podem ser considerados i
nsiders
nas práticas de letramentos que envolvem o
percurso de escrita e publicação acadêmico
-
científica. Deste modo, o uso da autocita
ção foi
um dos elementos que emergiu dessas práticas, sendo, também, parte da dinâmica utilizada
por eles no engajamento com o Discurso científico.
O Quadro 2, a seguir, apresenta a organização dos dados dos artigos analisados, com
ênfase ao número de vez
es que foram citados por outros autores, número de autores,
referências e autocitações por referências.
Cabe ressaltar que, nos artigos analisados, cada
autocitação foi contabilizada apenas uma vez, independentemente do número de ocorrências
no texto.
Qu
adro 2
–
Dados dos artigos em relação ao número de vezes que foi citado por outros
autores, número de autores, referências e autocitações por referências
Artigo
Número de vezes citado por
outros autores
Número de
autores
Número de
referências
Número de autocitaçõ
es por
referência
A1
16750
3
103
55 (53,39%)
A2
6101
19
33
7 (21,21%)
A3
5212
20
61
12 (19,67%)
A4
4530
42
37
17 (45,94%)
Fonte: elaborado pelas autoras (2020)
A1 apresenta um padrão específico quando comparado aos demais artigos, tanto em
relação ao número de citações (16.750), que chega a ser três vezes maior do que os
subsequentes, quanto ao número de autores, que apresenta proporção extremamente reduzida
em c
omparação aos demais. Além disso, A1 é composto pelo maior índice de autocitação, que
representa em torno de 53% da quantidade de referências do artigo. A1, o único de revisão
bibliográfica dentre os artigos analisados, possui seus autores citados nas dema
is publicações
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Adriana FISCHER
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Camila GRIMES
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Elis Regina KOSLOSKI
e
Mariana Aparecida VICENTINI
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Revista Ibero
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Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 16, n. 1, p. 276
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DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v16i1.14207
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que integram o corpus de análise. Essas características específicas de A1 podem estar
relacionadas ao grande impacto desta publicação ou com a própria credibilidade dos autores.
Apesar de A1 ter sido escrito por apenas três autores, as refer
ências das autocitações
indicam que eles possuem uma grande rede colaborativa de estudos e produções acadêmico
-
científicas com outros autores. Isso se comprova a partir do número de referências dispostas
no Quadro 2, onde pode
-
se observar que A1 possui 103
referências, representando,
aproximadamente, o dobro em relação à A3 e, aproximadamente, o triplo em relação à A2 e
A4. Em contrapartida, os artigos A2, A3 e A4 apresentam um elevado número de autores,
respectivamente 19, 20 e 42.
O número elevado de pes
quisadores que produzem em coautoria é uma regularidade
que vem se estabelecendo nas
Hard Sciences
, atendendo às demandas sociais das áreas e de
publicação, a exemplo da internacionalização. Ao encontro deste posicionamento, Barata
(2010, p. 119) menciona que um ponto importante da construção do conhecimento científico
na
Nature
“é o aumento dos artigo
s escritos em co
-
autoria, cada vez mais comuns em áreas
em que as cooperações e consórcios internacionais se fazem presente (genética, climatologia e
física, são as áreas mais populares)”. A autora reflete que a co
-
autoria ganhou força após a
segunda Guerr
a Mundial, no período da denominada
big science
, devido aos grandes
investimentos em ciência e tecnologia, bem como a complexidade e competitividade dos
experimentos, sendo necessárias equipes multidisciplinares de diversas instituições e
nacionalidades. C
ontudo, a autora destaca que,
embora louvável e justificável, os artigos assinados em co
-
autoria (muitos
chegam facilmente a um total de várias dezenas de autores, chegando a
algumas centenas) não deixam claro as contribuições feitas por cada um e
levanta
m o questionamento sobre os limites impostos por uma demanda por
produtividade crescente
versus
a real contribuição individual. É fato que
hierarquias existentes nos laboratórios, grupos de pesquisa e até
departamentos suscitam a inclusão de autores merame
nte por seu papel de
autoridade científica, ou outros ainda por seu status acadêmico
–
como
cientistas de países desenvolvidos que são convidados a elaborar já pensando
na facilitação do processo de aceite em periódicos de maior impacto. Os
índices cientom
étricos atuais, no entanto, não discriminam artigos com um
ou muitos autores (BARATA, 2010, p. 120).
Essas discussões refletem importantes aspectos presentes em nossos dados, pois os
artigos em análise possuem um grande número de co
-
autoria, porém, não é
possível
identificarmos e mensurarmos a participação efetiva de todos os autores em cada trabalho.
Nesse sentido, Barata (2010), a partir de diálogos com autores da
Nature,
constatou que a
credibilidade de publicar neste periódico ultrapassa o fator de im
pacto e o número de citações
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Padrões da autocitação em artigos de alto impacto da
Revista
Nature
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Americana de Estudos em Educação
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Araraquara, v. 16, n. 1, p. 276
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que os artigos recebem, possuindo maior relação ao destaque em âmbito social e profissional.
A autora acrescenta que publicar na
Nature
“funciona como a entrada em uma rede
internacional com legitimidade para tornar o autor e s
ua pesquisa mais visível para que possa
ter o acesso a academia internacional e, muitas vezes, nacional, facilitado” (BARATA; 2010,
p. 184). A questão da legitimidade no meio acadêmico
-
científico, discutida anteriormente,
dialoga com Hyland (2003, p. 251,
tradução nossa), quando afirma que “o uso de autocitação
é uma das formas mais importantes que autores buscam para atingir a credibilidade no meio
científico”. Consideramos, portanto, que atingir esta credibilidade exige do pesquisador o
envolvimento e a c
ompreensão acerca de práticas de letramentos ditas dominantes (STREET,
1995; BARTON; HAMILTON, 2000), presentes e disseminadas em contextos socialmente
institucionalizados, como a universidade.
Conforme mostra o Quadro 2, os artigos analisados apresentaram
um alto índice de
autocitações por referência, sendo A1 com 55/103 (53,39%), A2 com 7/33 (21,21%), A3 com
12/61 (19,67%) e A4 com 17/37 (45,94%). Este padrão confirma as reflexões realizadas por
Hyland (2003), sobre artigos da grande área de Ciências Biol
ógicas, integrante das
Hard
Sciences
, que possuem um número elevado de autocitações, um padrão da própria área. De
acordo com Hyland e Jiang (2018, p. 372, tradução nossa),
“autores podem, portanto, ter boas
razões para citar seu próprio trabalho, pois ele
pode demonstrar pesquisa durante um período
extenso com estudos individuais construídos uns sobre os outros e referindo
-
se a seus
trabalhos anteriores”. Entretanto, Hyland e Jiang (2018) mencionam que estudos
cientométricos consideram que autocitações pod
em ser utilizadas artificialmente, como uma
estratégia para elevar o índice h ou fator de impacto dos autores.
Levando em consideração as
especificidades das
Hard Sciences
, os dados em análise podem indicar que as autocitações
têm sido
utilizadas, em nosso corpus, não como uma estratégia, mas como forma de divulgar
trabalhos de pesquisa que foram elaborados seguindo padrões da área. Essas discussões
podem ser percebidas a partir do Quadro 3, o qual apresenta o uso de autocitações de acor
do
com cada seção dos artigos analisados:
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Adriana FISCHER
;
Camila GRIMES
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Elis Regina KOSLOSKI
e
Mariana Aparecida VICENTINI
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Revista Ibero
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Quadro 3
–
Uso de autocitações por seção dos artigos
A1
A2
A3
A4
Resumo
0 (0,0%)
2 (11%)
0 (0,0%)
0 (0,0%)
Introdução
3 (4%)
2 (11%)
3 (15%)
4 (15%)
Aporte teórico
1 (1%)
1 (6%)
0 (0,0%)
0
(0,0%)
Resultados e
discussões
57 (83%)
5 (28%)
5 (25%)
18 (67%)
Conclusões
8 (12%)
2 (11%)
1 (5%)
3 (11%)
Métodos
Não se aplica
6
6 (33%)
11 (55%)
2 (7%)
Fonte: elaborado pelas autoras (2020)
As
Hard Sciences
, conforme o Quadro 3,
apresentam um padrão de distribuição de
autocitação por seção do artigo, sendo concentrada em resultados e discussões e métodos. As
seções de resumo, introdução, aporte teórico e conclusões apresentam baixos índices de
autocitação. A elevada ocorrência de
autocitação em determinadas seções pode estar
relacionada às exigências da comunidade científica, em que os autores estão inseridos
(HYLAND, 2011). Nesse sentido, no percurso de escrita acadêmico
-
científica há a
necessidade de referenciar o discurso do out
ro, porém, como os autores dos artigos analisados
são pesquisadores experientes e possuem uma trajetória de pesquisa consolidada, há, também,
a necessidade de referenciar estudos realizados por eles, o que implica no uso da autocitação.
Assim sendo, a part
ir das análises em relação às autocitações, parece haver uma
necessidade, por parte dos autores, de ressaltar a visibilidade da sua participação no
desenvolvimento das pesquisas autocitadas a partir do uso de automenções. Deste modo, a
automenção se aprese
nta como uma forma de presença explícita dos autores no texto, a partir
do uso de pronomes de primeira pessoa. Tal constatação pode ser observada em detrimento
das ocorrências de automenção, dentro das autocitações, encontradas em todos os artigos
analisad
os, conforme demonstrado a seguir:
A1: “When the RNN is given the ability to focus its attention on a different location
in the input image (middle and bottom; the lighter patches were given more
attention) as it generates each word (bold),
we found
86
that it exploits this to
achieve better
‘translation’ of images into captions”
(Seção de discussão).
A2: “
We tested
this agent on the challenging domain of classic Atari 2600 games
12
”
(Seção introdutória).
A3: “For the first stage of the training pipeline,
we build
on prior work on
predicting e
xpert moves in the game of Go using supervised learning”
13, 21
–
24
(Referencial teórico).
A4: “
We adjusted
the standard GATK variant site filtering
38
to increase the number
of singleton variants that pass this filter, while maintaining a singleton transmission
6
Por se tratar de um artigo de revisão bibliográfica, o estudo não apresenta seção metodológica.
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rate of 50.1%, very near the expected 50%, within sequenced trios”.
(Seção
metodológica).
Um padrão que pôde ser identificado em nossas anális
es foi que, ainda que
observada uma quantidade elevada de autocitações, o índice de automenções se demonstrou
relativamente baixo nos artigos. Além disso, apesar de haver a manifestação de automenções
em diferentes seções dos artigos analisados, conforme o
s excertos acima, a maior recorrência
de automenções aconteceu na seção metodológica.
Essas ponderações são bem marcadas por Hyland (2003), ao afirmar que nos artigos
das
Hard Sciences
, especificamente em Ciências Biológicas, quando realizada a automenção,
geralmente, acontece na explicação de procedimentos, nas seções metodológicas. De certa
forma, o
diálogo tecido entre automenção e autocitação demarca a participação e autoria nas
pesquisas referenciadas. Esta reflexão dialoga, também, com Hyland (2011) a
o afirmar que a
automenção assume uma função de destaque no engajamento entre os posicionamentos dos
autores e a comunidade científica.
Nesse sentido, “a auto
-
menção explícita aqui não enfatiza a
credibilidade pessoal por meio de competências procedimentai
s, mas destaca o papel único do
escritor na construção de uma interpretação plausível para um fenômeno” (HYLAND, 2003,
p. 258). Portanto, conforme proposto no objetivo deste artigo, uma outra especificidade que se
estabelece é a recorrência de automenções
relacionadas a autocitações dentro da seção de
procedimentos metodológicos.
Assim, conforme discussões de Hyland
(2003, p. 6, tradução nossa), “embora a
impessoalidade possa ser institucionalmente santificada e a autocitação desaprovada, essas
convenções são constantemente transgredidas à medida que os escritores são pressionados a
promover seus argumentos e a si pr
óprios”. Dessa forma, há indícios de que, apesar de
normas e regulações e do discurso de neutralidade e objetividade na escrita acadêmico
-
científica, elementos como comunidade científica, trajetória de pesquisa e a posição de
insiders
nesta prática, possib
ilitam e demandam a ruptura de determinados aspectos
estabelecidos socialmente, como a impessoalidade na escrita acadêmico
-
científica.
Considerações finais
A partir do objetivo de
compreender padrões da autocitações em artigos científicos de
alto fator
de impacto da revista
Nature
, interpretamos, pelas análises aqui encaminhadas, que
as principais especificidades que se apresentam em torno da autocitação estão relacionadas, ao
contexto de publicação, que se marca por relações de poder na produção em grup
os de
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coautores, o que os legitimam na comunidade científica. O recurso da automenção é notório
como parte das autocitações em análise. Estas características parecem, portanto, transgredir
convenções em torno das práticas de escrita acadêmico
-
científicas,
apresentando marcas de
heterogeneidade na escrita.
O contexto de publicação que envolve as
Hard Sciences
, especificamente no periódico
de alto fator de impacto
Nature
, assim como outros contextos de práticas de letramentos, é
perpassado por
relações de poder, como idioma, região,
status
dos autores e do tipo de
pesquisa. A publicação nesta revista também possibilita a legitimidade na comunidade
científica. A busca pelo reconhecimento pode se dar por meio de parcerias entre os
pesquisadores, g
rupos de pesquisa e instituições públicas e privadas, nacionais e
internacionais, implicando na coautoria e no elevado número de pesquisadores nos artigos.
Diante dessas constatações, abrem
-
se reflexões e notoriedade em torno de projetos
interinstitucionais, em distintas áreas do conhecimento, os quais viabilizam pesquisas em
profundidade, produções colaborativas na escrita acadêmico
-
científica, que podem
opo
rtunizar alcances maiores e mais qualitativos de publicação científica.
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Padrões da autocitação em artigos de alto impacto da
Revista
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Revista Ibero
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ISSN: 1982
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Adriana FISCHER
;
Camila GRIMES
;
Elis Regina KOSLOSKI
e
Mariana Aparecida VICENTINI
RIAEE
–
Revista Ibero
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Americana de Estudos em Educação
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Como referenciar este artigo
FISCHER
, A.
; GRIMES
, C.
; KOSLOSKI
, E. R.;
VICENTINI
, M. A
.
Padrões da autocitação
em artigos de alto impacto da Revista Nature
.
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em
Educação
,
Araraquara, v. 16, n. 1, p.
276
-
291
, jan./mar. 202
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ISSN: 1982
-
5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v16i1.14207
Submetido em
:
19/
09/2020
Aprovado em
:
23/11/2020
Publicado em
:
02/01/2021
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Padrões da autocitação em artigos de alto impacto da Revista Nature
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Revista Ibero
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Americana de Estudos em Educação
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Araraquara, v. 16, n. 1, p. 276
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ISSN: 1982
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DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v16i1.14207
276
ESTÁNDARES DE AUTOCITACIÓN EN ARTÍCULOS DE ALTO IMPACTO DE LA
REVISTA NATURE
PADRÕES DA AUTOCITAÇÃO EM ARTIGOS DE ALTO IMPACTO DA REVISTA
NATURE
STANDARDS OF SELF
-
CITATION IN HIGH IMPACT ARTICLES OF NATURE
JOURNAL
Adriana
FISCHER
1
Camila GRIMES
2
Elis Regina KOSLOSKI
3
Mariana Aparecida VICENTINI
4
RESUMEN
:
Esta investigación tiene como objetivo comprender los patrones de autocitación
en artículos científicos de alto impacto de la revista Nature. La investigación es cualitativa y
las discusiones están respaldadas por la perspectiva sociocultural que incluye l
a escritura
como una práctica de literacidad contextualizada. De las encuestas realizadas en Google
Scholar, seleccionamos para su análisis los cuatro artículos más citados de la revista Nature.
Del análisis, tres ocurrencias son recurrentes en estos artíc
ulos bajo análisis: el alta tasa de
citación, autocitación y coautoría. En cuanto a la autocitación, analizamos el contexto de
publicación de estos estudios, cuestiones relacionadas con la legitimidad, el poder y las
relaciones de coautoría que marcan la e
scritura académico
-
científica. Los patrones de
autocitación indican un enfoque heterogéneo en la redacción de los artículos de esta revista, lo
que marca convenciones en esta área del conocimiento, relaciones de poder manifestadas en
alianzas entre investi
gadores, lo que implica legitimidad en la comunidad científica de las
publicaciones mencionadas.
PALABRAS CLAVE
: Escritura académico
-
científica. Prácticas de literacidad.
Autocitación.
Nature.
RESUMO
: Este trabalho tem por objetivo compreender padrões da autocitação em artigos
científicos de alto fator de impacto da revista Nature. A pesquisa é qualitativa e as discussões
são sustentadas
pela perspectiva sociocultural que compreende a escrita como prá
tica de
letramento situada contextualmente.
A partir de levantamentos realizados no Google Scholar,
selecionamos para análise os quatro artigos mais citados no periódico Nature. A partir das
1
Fundação Universidade Regional de Blumenau
(
FURB
),
Blumenau
–
SC
–
Brasil.
Docente en el Centro de
Ciencias de la Educación, Artes y Letras y en el Programa de
Posgrado en Educación
.
Doctorado en
Lingüística
(UFSC).
ORCID:
https://orcid.org/0000
-
0001
-
9787
-
2814
. E
-
mail:
adrfischer@furb.br
2
Fundação Universidade Regional de Blumen
au
(
FURB
),
Blumenau
–
SC
–
Brasil.
Doctoranda en el Programa
de Posgrado en Educación. ORCID: https://orcid.org/0000
-
0003
-
0105
-
4046.
E
-
mail:
cgrimes@furb.br
3
Fundação Universidade Regional de Blumenau
(
FURB
),
Blumenau
–
SC
–
Brasil.
Estudiante de Maestría en el
Programa de Posgrado en Educación.
ORCID: https://orcid.org/0000
-
0002
-
6366
-
9444.
E
-
mail:
erkosloski@furb.br
4
Fundação Universidade Regional de Blumenau
(
FURB
),
Blumenau
–
SC
–
Brasil.
Doctoranda en el Programa
de Posgrado en E
ducación. ORCID: https://orcid.org/0000
-
0001
-
6256
-
2904.
E
-
mail:
mvicentini@furb.br
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Adriana FISCHER
;
Camila GRIMES
;
Elis Regina KOSLOSKI
e
Mariana Aparecida VICENTINI
RIAEE
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Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 16, n. 1, p. 276
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277
análises, t
rês ocorrências são recorrentes nesses artigos em anál
ise: o alto índice de citação,
autocitação e coautoria. Quanto à autocitação,
analisamos o contexto de publicação desses
estudos, questões relacionadas à legitimidade, às relações de poder e de coautoria que
marcam a escrita acadêmico
-
científica.
Os padrõe
s de autocitação
indicam um enfoque
heterogêneo na escrita dos artigos desta revista, o qual marca convenções nesta área do
conhecimento, relações de poder manifestadas nas parcerias entre pesquisadores, o que
implica legitimidade na comunidade científica
das publicações referidas.
PALAVRAS
-
CHAVE
: Escrita acadêmico
-
científica. Práticas de letramentos. Autocitação.
Nature.
ABSTRACT
:
This investigation aims to understand self
-
citation patterns in scientific articles
with a high impact factor from the
journal Nature. The research is qualitative and the
discussions are supported by the socio
-
cultural perspective that includes writing as a
contextually situated literacy practice. From surveys carried out at Google Scholar, we
selected for analysis the fou
r most cited articles in the journal Nature. From the analysis,
three occurrences are recurrent in these articles under analysis: the high rate of citation, self
-
citation and co
-
authorship. As for self
-
citation, we analyzed the context of publication of
th
ese studies, issues related to legitimacy, power and co
-
authorship relationships that mark
academic
-
scientific writing. The self
-
citation patterns indicate a heterogeneous focus on the
writing of the articles in this journal, which marks conventions in thi
s area of knowledge,
power relations manifested in partnerships between researchers, which implies legitimacy in
the scientific community of the publications mentioned.
KEYWORDS
: Academic
-
scientific writing. Literacy practices.
Self
-
citation. Nature journ
al.
Introducción
La escritura académico
-
científica
en
artículos con alto índice de citación, de la Revista
Nature
, es el enfoque de atención en este artículo. Con particular especificidad, estándares de
autocitación en estos artículos nos guían, con el fin de discutir regularidades que emergen al
intentar esta ocurrencia, con apoyo de un enfoque social y discursivo
(
LEA; STREET, 1998,
CORRÊA, 2004; BOCH; GROSSMAN, 2002; 2015).
En este sentido, consideramos relevante
destacar que, a lo largo de este artículo, optamos por utilizar el término escritura académico
-
científica para caracterizar el modo como la escritura se c
oncibe, en este estudio. Esta
formulación está acorde con el modelo de las literacidades
académicas, propuesto por Lea y
Street (1998)
que, a la vez de comprometerse en debates sobre valoración de la escritura,
propusieron conceptuar, en el plano epistemol
ógico, la escritura en contextos académicos
-
científicos, que tiene relación con la producción de sentido, identidad, poder y autoridad y
pone, en primer plan, la naturaleza institucional de lo que cuenta como conocimiento en
cualquier contexto académico
-
ci
entífico
(LEA; STREET; LILLIS, 2015).
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Revista Ibero
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Americana de Estudos em Educação
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La opción por el uso del t
érmino escritura académ
ico
-
científica encuentra apoyo
en
Assis (2014), al mencionar que las formas
écrit scientifique, écrit universitaire, écrit de
recherche
,
en francés, y
academic writing o
scientific writing
,
en inglés, son expresiones
comunes en la referencia al tipo de práctica tomada en nuestra discusión. Tenemos el
conocimiento de que hay diferencias entre las formas escritura académica y escritura
científica, instauradas, principalment
e, por una organización jerárquica, relativamente a las
prácticas discursivas de la escrit
ura
, en que, en un lado hay el investigador reconocido y, en
otro, el investigador en formación. Sin embargo, en Brasil, aunque se adopte los términos
escritura cient
ífica y escritura universitaria es más frecuent
e la ocurrencia del términ
o
escritura académico
-
científica
(ASSIS, 2014).
Consider
ando el enfoque acerca de las prácticas de literacidad
(LEA; STREET, 1998),
que dan soporte a la contextualización de la escrit
ura y de la publicación científica de los
artículos de la Revista
Nature
, nos oponemos al mito de la homogeneidad del género
discursivo artículo científico, el cual se relaciona a abordajes comúnmente realizadas por
manuales y por normas de redacción acadé
mica
(SILVA; RODRIGUES, 2019).
Nuestra
afiliación encuentra lugar en la heterogeneidad constitutiva de la escritura
(CORRÊA, 2004),
propia de las asignaturas y comunidades científicas
(BOCH; GROSSMAN, 2015).
Para el investigador, ya sea iniciante o experimentado, la exigencia, según
Hyland
(2005)
y Assis, Bailly y
Corrêa (2017),
se compromete con prácticas de escritura y
divulgación en la comunidad científica. Más propiamente con relación a las demandas de las
normalizaciones en estas prácticas de es
critura, un punto especial son
la referencias a la voz
del otro, como forma de comprometimiento con los conocimientos científicos en circulación
en el área específica del conocimiento.
El discurso del otro se mater
ializa, explícitamente en el texto, a partir de las citaciones,
que contribuyen para que el investigador ampare y legitime sus posicionamientos. Según
Boch y Grossmann (2015, p. 296), cuando la citación “se incluye en un sistema de
autorreferenciamiento
, e
lla marca las ganas del escritor de inscribirse en una continuidad de
pensamiento, del mismo modo valorando, en el pasaje, numerosos trabajos ya realizados”.
Así, se puede decir que hay estándares discursivos acerca de la autocitación.
Hyland
(2003),
en u
no de sus trabajos sobre la escritura académico
-
científica, hace un abordaje sobre
el uso de la autocitación, relacionándola a la automención. En ese caso, además de hacer la
autorreferencia a trabajos ya relacionados, el autor de un texto expone, lingüíst
icamente, a
partir del uso de la primera persona del discurso (plural o singular), que es investigador/autor
de los trabajos citados.
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Revista Ibero
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Además de los elementos presentados hasta el momento acerca de la autocitaci
ón,
están relacionados a ella, también otros
aspectos relevantes, como el factor de impacto y el
índice h, los cuales auxilian en la comprensión de esta ocurrencia en artículos de alto impacto.
Acorde con Barata (2010, p. 103),
el factor de impacto “señala el número medio de citaciones
que los artícu
los de determinados periódicos reciben en un determinado año. Este índice ha
servido para balizar la calidad de las publicaciones científicas y elección de periódicos para
los cuales los autores quieren someter sus trabajos”. Sin embargo, en algunos casos,
el factor
de impacto puede estar relacionado a diversos intereses
más allá
de la calidad científica
(PINTO; ANDRADE, 1999),
tales como, las diferencias de impacto de publicaciones entre
áreas de conocimiento y diferencias entre investigadores iniciantes y
experimentados.
El índice h se desarrolló, en 2005, con autoría de Jorge. E. Hirsch, de la Universidad
de California (OLIVEIRA
et al.,
2015), evalúa la producción científica y mide la relevancia
de publicaciones. Ese índice es uno de los indicadores de destaque en la literatura científica,
que puede integrar el cálculo del factor de impacto. Es un parámetro evaluativo robusto,
puesto que
considera aspectos relativos a la producción de artículos y el impacto de número
de citaciones de forma simultánea (SILVA; GRÁCIO, 2017). Además de eso, “diversas bases
de datos presentan el cálculo de ese indicador, puesto que él se utiliza tanto en la e
valuación
del comportamiento de la producción científica de investigadores como también es un criterio
evaluativo en diversas agencias de fomento” (SILVA; GRÁCIO, 2017, p. 199). El índice h
evalúa investigadores, artículos y periódicos en diversas bases de
datos, a ejemplo de la
Web
of Science, Scopus, Scielo y Google Scholar
.
Un periódico científico multidisciplinario británico, de alto factor de impacto y de
índice h elevado es la
Nature
.
Estrenado
en 1869, desarrolla un rol importante en la
circulación d
e informaciones científica
s
para la academia internacional, así como tiene gran
visibilidad con la publicación de sus artículos en sus medios de comunicación en todo el
mundo (BARATA, 2010). En ese sentido, la
Nature
se constituye como uno de los periódico
s
más antiguos, tradicionales entre los actuantes en el mundo cient
ífico. De ese modo, confiere
gran valorización en la prensa tanto especializada como no especializada, así como presenta
informaciones significativas y legitimadas, ofreciendo visibilidad y
prestigio a los autores que
publican en la revista científica.
La
Nature
tiene como base diversas áreas del conocimiento, especialmente las
tituladas
Hard Sciences
o Ciencias Duras. Para
Barata (2010, p. 100), “el término
hard
science
se refiere a las á
reas del conocimiento basadas en la obser
vación empírica y en
investigaciones realizadas a partir del dicho método científico, en las cuales están la física,
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química, matemática
s
y las ciencias biológicas”.
Las
Hard Sciences
realizan investigaciones
pertinentes a los programas científicos, de alto factor de impacto y, de este modo, han
orientado las demandas de producción académico
-
científica en otras áreas del conocimiento,
con relación al financiamiento de investigaciones y
su legitimidad, por ejemplo (BARATA,
2010).
En ese sentido,
comprender los modos de escritura
en las
Hard Sciences
, puede
auxiliar, también, en la comprensión de la dinámica de producción científica en revistas de
alto impacto. A partir de las delimitaci
ones, el objetivo
5
de este estudio es comprender
estándares
de autocitación en artículos científicos de alto factor de impacto de la revista
Nature
. En consonancia con las explanaciones presentadas hasta el momento acerca de la
ocurrencia de autocitación en artículos de alto impacto, en el área de las
Hard Sciences
, a
continuación, presentamos las principales elecciones metodológicas que orientan est
e estudio.
Recorrido metodológico
Esta investigación, aprobada en comit
é de ética bajo el número
28740820.0.0000.5370,
se caracteriza como cualitativa. En esta vertiente, los datos acerca de
la autocitación, en artículos de la Revista
Nature
, se analizan de forma inductiva y los
sentidos en discusión son de extrema importancia al estudio
(BOGDAN; BIKLEN, 1994).
Los artícu
los seleccionados para este estudio advienen de una base de datos de libre acceso al
público.
Las bases de datos, a ejemplo de la
Web of Science
,
Scientific Electronic Library
Online
–
Scielo
,
Scopus
y
Google Scholar,
se caracterizan en importantes mecani
smos de
organización, clasificación y condicionamiento de la circulación de periódicos científicos de
diferentes áreas del conocimiento
(CALDERÓN; MARTI
-
NOGUEIRA; FERNANDEZ
-
GODENZI, 2018).
Para iniciar el levantamiento del corpus de investigación, la base
seleccionada para esta investigación fue el
Google Scholar
,
por tener métricas que identifican
los principales periódicos de todas las áreas,
como el índice h. Además de eso, el
Google
Scholar
, por ser plataforma de acceso gratuito, es de manejo práctico, presenta informaciones
acerca del factor de impacto de periódicos, de artículos y de autores, disponiendo, por
5
Este objetivo se enmarca en dos proyectos interinstitucionales en curso, de los que formamos parte del cuerpo
de investigadores:
: "Escrita acadêmica/científica: das formas
de presença do autor, do outro, das áreas de
conhecimento e seus domínios disciplinares" (CNPQ/Universal), liderado
por la
profa.
Dra. Juliana A. Assis
(PUC
-
MG); "Authorship in Different Fields of Knowled
ge" (CAPES PRINT UNESP), coordin
ado
por la
Profa.
D
ra. Fabiana C. Komesu, UNESP
-
São José do Rio Preto.
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ejemplo, los artículos por orden de mayor número de citaciones, diferentemente de
las otras
plataformas mencionadas.
La
Nature
fue seleccionada para análisis
por tratarse de la revista científica más citada
entre todas las áreas de conocimiento, en el
Google Scholar
y, también, por ser el periódico
más citado dentro de las
Hard Scien
ces
, teniendo en cuenta su índice h, conforme Figura 1.
Figura 1
–
Principales publicaciones
d
e la base de dato
s
Google Scholar
F
ue
nte:
Dat
os
d
e l
a
investigación
(2020)
En el
Google Scholar
, además de la primera posici
ón general entre las revistas
científicas, según
la
Figura 1,
Nature
tiene también la primera posición en las categorías
categorias
Life Sciences & Earth Sciences
y
Life Sciences & Earth Sciences (general).
Adicionalmente, el índice h5 es 368 y la Mediana
es 546. El índice h5 es el indexador h de los
artículos publicados en los últimos cinco años. Se trata del mayor número h de una
publicación, en que h artículos publicados de 2014 a 2018 hayan sido citados como mínimo h
veces cada. Ya la mediana h5 de una
publicación consiste en la media de citaciones para los
artículos que componen su índice h5
(GOOGLE SCHOLAR, 2020).
En la base de datos
Google Scholar
, hay una clasificación de los artículos más citados
dentro de la revista científica de forma
decreciente
(Cuadro 1), en la cual se puede identificar
los artículos de mayor impacto, a partir del índice h. De este modo, en investigación realizada
en el mes
de febrero de 2020, se seleccionó, para esta investigación, los cuatro artículos más
citados en la revista científica
Nature
.
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282
C
uadro 1
–
Clasificación
d
e los c
uatro art
ículos más
citados en la revista científica
Nature
en
la base de dat
os
Google Scholar
TÍTULO / AUTOR
CITADO
AÑ
O
A1
-
Deep learning.
Y LeCun, Y Bengio, G
Hinton. Nature 521 (7553), 436
-
444.
16750
2015
A2
-
Human
-
level control through deep re
inforcement learning.
V Mnih, K Kavukcuoglu,
D Silver, AA Rusu, J Veness, MG Bellemare, ... Nature 518 (7540), 529
-
533.
6101
2015
A3
-
Mastering the game of Go wit
h deep neural networks and tree search.
D Silver, A
Huang, CJ Maddison, A Guez, L Sifre, J Schrittwieser, ... Nature 529 (7587), 484
-
489.
5212
2016
A4
-
Analysis of protein
-
coding genetic variation in 60,706 humans.
M Lek, KJ
Karczewski, EV Minikel, KE Samocha, E Banks, T Fennell, ... Nature 536 (761
6), 285
-
291.
4530
2016
Fue
nte:
Google Scholar
(2020)
Posteriormente a la selección de los artículos, realizamos el análisis acerca de los
siguientes aspectos: i) el contexto de publicación de estos estudios, ii)
cuestiones relacionadas
a la legitimidad y relaciones de
poder que atraviesan la escritura
académ
ico
-
científica y iii)
especificidades acerca de la autocitación. S
e discute y profundiza estos elementos, a
continuación en la sección que sigue.
Resultados
y discusione
s
La
perspectiva acerca de la escritura
acad
émico
-
científica, entendida como una
práctica de literacidad, da apoyo para que podamos comprender cómo funciona la dinámica
de visibilidad que publicaciones académico
-
científicas reciben en revistas científicas de alto
factor de impacto. En ese sentido, d
estacamos tres ocurrencias constantes en los artículos en
análisis, del periódico
Nature
: el alto índice de citación, autocitación y coautoría. Otro aspecto
que merece atención es la utilización, dentro del periódico, de las normas
Vancouver
,
típicamente u
tilizadas por periódicos de las
Hard Sciences
, especialmente por traer una
configuración que se capta por las grandes bases de datos internacionales, a ejemplo de la
Web of Science
y
Scopus
(CALDERÓN; MARTI
-
NOGUEIRA; FERNANDEZ
-
GODENZI,
2018).
Cabe destacar
, también, el hecho de que la sección metodológica de los artículos en
análisis se presenta tras las conclusiones y referencias, una característica específica de este
periódico.
Nuestras constataciones se sostienen por las discusiones de Barata (2010), qu
e define
la
Nature
como una revista de alto factor de impacto reconocida como uno de los más
importantes periódicos científicos del mundo, siendo responsable por la divulgación de las
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descubiertas científicas más relevantes e inéditas. La autora añade que
los investigadores que
someten sus trabajos a esta revista comprenden la relevancia de sus investigaciones y que, de
este modo, en la
Nature
tendrán gran visibilidad y divulgación.
En esta dirección, relaciones de poder necesariamente regulan lo que cuent
a como
conocimiento en este periódico científico
(
STREET; LEA; LILLIS, 2015).
El
posicionamiento de estos tres estudiosos, representantes de los estudios de las literacidades,
guarda relación con lo que postula Barata (2010), cuando discute que, para la pu
blicación en
la
Nature
, varios aspectos son relevantes, tales como: gran rigor científico en el desarrollo del
trabajo,
re
en
marcación
del formato por sugerencia de los editores, lenguaje adaptado y
ajustado por editores especializados, contacto previo con los editores antes de la sumisión del
trabajo, conocimiento previo de los editores con relación al trabajo de los autores,
colaboraci
ones con investigadores extranjeros y trabajos multidisciplinarios. En ese sentido,
tales aspectos mencionados representan indicios de relaciones de poder en prácticas de
literacidad con la escritura académico
-
científica (STREET; LEA; LILLIS, 2015).
A part
ir del dato de que la Revista
Nature
difunde los artículos en la lengua inglesa,
damos voz a autores como
Emiliozzi (2018) y
Hyland (2019),
los cuales problematizan esta
ocurrencia. Acorde con los autores, Barata (2010) indica que el idioma y la condición
socioeconómica se presentan como barreras para investigadores de países de origen no
-
inglesa, reflexionando que “[…] autores y artículos de países periféricos o pobres reciben un
tratamiento diferenciado, a saber, más riguroso, con relación a países del he
misferio Norte,
ricos o desarrollados”
(BARAT
A, 2010, p. 174). Esas discusiones sostienen nuestros datos
mientras que
nosotros analizamos
a los artículos que son, en la mayoría, de autores que
tienen el inglés como lengua materna y, también, por haber sid
o producidos, en gran parte, en
contextos de países desarrollados.
Otro punto que merece destaque en este estudio es el hecho que un análisis pautado
por los supuestos de las prácticas de literacidad, entre ellos relaciones de poder, contexto,
condiciones
de producción, ideologías, identidades y autoridad, permiten que analicemos los
sentidos de la presencia del otro en los artículos. Esta reflexión está acorde con lo que discute
Gee (2000), al mencionar que la inserción de un sujeto en diferentes práctica
s de literacidad,
en ese caso, con la
escritura
académico
-
científica, exige su socialización con lo que Gee
(2001) clasifica como Discursos. En los Discursos están insertados los lenguajes
sociales que
asumen relevancia y sentido por medio de ellos (AUTOR)
. En ese sentido, los Discursos
involucran más que el lenguaje, integrando
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[...] formas de hablar, escuchar, escribir, leer, actuar, interactuar, creer,
valorar, sentir y utilizar diversos objetos, símbolos, imágenes, herramientas y
tecnologías, con el fin de activar identidades socialmente situadas y
actividades significativas (GEE, 2001, p. 719, nuestra traducción).
Según Gee
(2001), la principal característica de los Discursos es la que son
ideol
ógicos, pues involucran un conjunto de valores, puntos de vista sobre la relación entre las
personas, sobre la distribución de bienes sociales y señalan quienes son los
insiders
en
de
terminadas prácticas de literacidad. A partir de esas reflexiones, los autores que componen
el
corpus
de este estudio se pueden considerar
insiders
en las prácticas de literacidad que
involucran el recurrido de escritura y publicación académico
-
científica.
De ese modo, el uso
de la autocitación fue uno de los elementos que emergió de esas prácticas, siendo también
parte de la dinámica utilizada por ellos en el comprometimiento con el Discurso científico.
El Cuadro 2, a continuación presenta la organizaci
ón
de los datos de los artículos
analizados, con énfasis al número de veces que se citó por otros autores, número de autores,
referencias y autocitaciones por referencias. Cabe señalar que, en los artículos analizados,
cada autocitación se contabilizó una so
la vez, independientemente del número de ocurrencias
en el texto.
C
uadro 2
–
Datos de los artículos en relación con el número de veces que fue citado por otros
autores, número de autores, referencias y autocita
cione
por referencias
Artículo
Número de veces citado
por o
tros autores
Número de
autores
Número de
refere
ncias
Número de autocita
cione
s
por refer
e
ncia
A1
16750
3
103
55 (53,39%)
A2
6101
19
33
7 (21,21%)
A3
5212
20
61
12 (19,67%)
A4
4530
42
37
17 (45,94%)
Fue
nte: elaborado
por las
autoras (2020)
A1 presenta un estándar específico cuando
comparado a los demás artículos, tanto con
relación al número de citaciones (
16.750),
que es tres veces mayor que los subsecuentes,
como a los números de autores, que presenta proporción extremamente reducida en
comparación a los demás. Además de eso, A1 e
s compuesto por el mayor índice de
autocitación, que representa cerca de 53% de la cantidad de referencias del artículo. A1, el
único de revisión bibliográfica entre los artículos ana
l
i
z
ados, tiene
sus autores citados en las
demás publicaciones que integran el corpus de análisis. Esas características específicas de A1
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pueden estar relacionadas al gran impacto de esta publicación o con la propia credibilidad de
los autores.
A pesar de A1 haber sido e
scrito por solo tres autores, las referencias de las
autocitaciones se
ñalan que ellos tienen una gran red colaborativa de estudios y producciones
académico
-
científicas con otros autores. Eso se comprueba a partir del número de referencias
dispuestas en el
Cuadro 2,
en el que
se puede observar que A1 tiene 103 referencias,
representando, aproximadamente, el doble con relación a A3 y, aproximadamente el triplo con
relación a A2 y A4. Por otro lado, los artículos A2, A3 y A4 presentan un elevado número de
auto
res, respectivamente 19, 20 y 42.
El número elevado de investigadores que producen en coautor
ía es una regularidad
que se ha establecido en las
Hard Sciences
, atendiendo a las demandas sociales de las áreas y
de publicación, a ejemplo de la internacionali
zación. Acorde con este posicionamiento, Barata
(2010, p. 199) menciona que un punto importante de la construcción del conocimiento
científico en la
Nature
“es el aumento de los artículos escritos en co
-
autoría, cada vez más
comunes en áreas en que las coo
peraciones y consorcios internacionales se hacen presente
(genética, climatología y física, con las áreas más populares)”. La autora reflexiona que la co
-
autoría ganó fuerza tras la Segunda Guerra Mundial, en el período de la denominada
big
science
,
debido
a los grandes investimentos en ciencia y tecnología, así como la complejidad
y competitividad de los experimentos, siendo necesarios equipos
multidisciplinarios
de
diversas instituciones y nacionalidades. Sin embargo, destaca la autora que,
Aunque loab
le y justificable, los artículos en coautoría (muchos alcanzan
fácilmente un total de varias docenas de autores, llegando a algunos cientos)
no dejan claras las contribuciones de cada uno y plantean cuestiones sobre
los límites impuestos por una creciente
demanda de productividad frente a la
contribución individual real. Es un hecho que las jerarquías existentes en los
laboratorios, los grupos de investigación e incluso los departamentos
plantean la inclusión de autores por su mera condición de autoridad
ci
entífica, u otros aún por su estatus académico
-
como científicos de países
desarrollados que son invitados a elaborar ya pensando en la facilitación del
proceso de aceptación en revistas de mayor impacto. Los índices científicos
actuales, sin embargo, no d
iscriminan los artículos con uno o varios autores
(BARATA, 2010, p. 120
, nuestra traducción
).
Esas discusiones reflejan importantes aspectos presentes en nuestros datos, pues los
art
ículos en análisis poseen un gran número de co
-
autoría, pero, no es posible identificar y
mensurar la participación efectiva de todos los autores en cada trabajo. En ese sentido, Barata
(2010)
a partir de diálogos con autores da la
Nature
, constató que la
credibilidad de publicar
en este periódico sobrepasa el factor de impacto y el número de citaciones que los artículos
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reciben, poseyendo mayor relación al destaque en ámbito social y profesional. La autora
añade que publicar en la
Nature
“funciona como la
entrada en una red internacional con
legitimidad para volver el autor y su investigación más visible para que pueda tener acceso a
la academia internacional y, muchas veces, nacional, facilitado”
(BARATA; 2010, p. 184).
La
cuestión de la legitimidad en el
medio académico
-
científico, discutida anteriormente, dialoga
con
Hyland (2003, p. 251,
nuestra traducción
)
, cuando afirma que “el uso de la autocitación es
una de las formas más importantes que los autores buscan para lograr la credibilidad en el
medio cie
ntífico”. Consideramos, por lo tanto, que lograr esta credibilidad exige del
investigador el envolvimiento y la comprensión acerca de prácticas de literacidad dichas
dominantes
(STREET, 1995; BARTON; HAMILTON, 2000),
presentes y diseminadas en
contextos so
cialmente institucionalizados, como la universidad.
Conforme muestra el Cuadro 2, los artículos analizados presentan un alto índice de
autocitaciones por referencia, siendo A1 con
55/103 (53,39%), A2
con 7/33 (21,21%), A3 con
12/61 (19,67%)
y A4 con 17/37
(45,94%).
Este estándar confirma las reflexiones realizadas
por
Hyland (2003), sobre artículos de la gran área de Ciencias Biol
ógicas, integrante de las
Hard Sciences
,
que poseen un número elevado de autocitaciones, un estándar de la propia
área. Acorde c
on
Hyland y Jiang (2018, p. 372, nuestra traducción), “autores pueden, por lo
tanto, tener buenas razones para citar su
prop
io trabajo,
pues él puede demostrar investigación
durante un período extenso con estudios individuales construidos unos sobre los demás y
refiriéndose a sus trabajos anteriores”. Sin embargo,
Hyland y Jiang (2018) mencionan que
estudios cientométricos considera
n que a
utocitaciones se pueden utilizar artificialmente, como
una estrategia para elevar el índice h o factor de impacto de los autores. Teniendo en cuenta
las especificidades de las
Hard Sciences
, los datos en an
álisis pueden señalar que las
autocitaciones se ha
n utilizado, en nuestro corpus, no como una estrategia, sino como forma
de difundir trabajos de investigación que fueron elaborados siguiendo estándares del área.
Esas discusiones se pueden percibir a partir del Cuadro 3, que presenta el uso de
autocitacio
nes acorde con cada sección de los artículos analizados:
C
uadro 3
–
Uso de autocita
ciones
por
sección de lo
s
artículos
A1
A2
A3
A4
Resum
en
0 (0,0%)
2 (11%)
0 (0,0%)
0 (0,0%)
Introducción
3 (4%)
2 (11%)
3 (15%)
4 (15%)
Aporte teórico
1 (1%)
1
(6%)
0 (0,0%)
0 (0,0%)
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Resultados
y
discusiones
57 (83%)
5 (28%)
5 (25%)
18 (67%)
Conclusiones
8 (12%)
2 (11%)
1 (5%)
3 (11%)
Métodos
N
o se aplica
6
6 (33%)
11 (55%)
2 (7%)
Fue
nte: elaborado
por las
autoras (2020)
Las
Hard Sciences
, seg
ún el Cuadro 3, presentan un estándar de distribución de
autocitación por sección del artículo, siendo concentrada en resultados y discusiones y
métodos. Las secciones de resumen, introducción, aporte teórico y conclusiones presentan
bajos índices de autoc
itación. La elevada ocurrencia de autocitación en determinadas
secciones puede estar relacionada a las exigencias de la comunidad científica, en que los
autores están insertados (HYLAND, 2011). En ese sentido, en el recurrido de escrita
académico
-
científi
ca hay la necesidad de referenciar el discurso del otro, pero, como los
autores de los artículos analizados son investigadores experimentados y poseen una
trayectoria de investigación consolidada, hay también, la necesidad de referenciar estudios
realizado
s por ellos, lo que implica en el uso de la autocitación.
Así, a partir de los análisis en relación a las autocitaciones, parece haber una
necesidad, por parte de los autores, de señalar la visibilidad de su participación en el
desarrollo de las investiga
ciones autocitadas a partir del uso de automenciones. De ese modo,
la automención se presenta como una forma de presencia explícita de los autores en el texto, a
partir del uso de pronombres de primera personas. Tal constatación se puede observar en
detrim
ento de las ocurrencias de automención, dentro de las autocitaciones, encontradas en
todos los artículos analizados, conforme demostrado a continuación:
A1: “When the RNN is given the ability to focus its attention on a different location
in the input image (middle and bottom; the lighter patches were given more
attention) as it generates each word (bold),
we found
86
that it exploits this to
achieve better
‘translation’ of images into captions”
(Sección de discusión
).
A2: “
We tested
this agent on the challenging domain of classic Atari 2600 games
12
”
(Sección
introdu
c
tória).
A3: “For the first stage of the training pipeline,
we build
on prior work on
predicting expert moves in the game of Go using supervised learning”
13, 21
–
24
(Referencial teórico).
A4: “
We adjusted
the standard GATK variant site filtering
38
to increase the nu
mber
of singleton variants that pass this filter, while maintaining a singleton transmission
rate of 50.1%, very near the expected 50%, within sequenced trios”.
(Sección
metodológica).
Un estándar que se puede identificar en nuestros an
álisis fue que, aunque observada
una cantidad elevada de autocitaciones, el índice de automenciones se demostró relativamente
6
Al tratarse de un artículo de revisión bibliográfica, el estudio no presenta un apartado metodológico.
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bajo en los artículos. Además de eso, a pesar de haber la manifiestación
de automenciones en
diferentes
secciones de los artículos
analizados, conforme los trechos anteriores, la mayor
recurrencia de automenciones ocurrió en la sección metodológica.
Esas ponderaciones son bien señaladas por
Hyland (2003),
al afirmar que
en los
artículos de las
Hard Sciences
,
específicamente en Cienc
ias Biológicas, cuando realizada la
automención, generalmente, ocurre en la explicación de procedimientos, en las secciones
metodológicas. De cierto modo, el diálogo establecido entre automención y autocitación
demarca la participación y autoría en las inv
estigaciones referenciadas. Esta reflexión dialoga,
también con
Hyland (2011) al afirmar que la automenci
ón asume una función de destaque en
el compromiso entre los posicionamientos de los autores y la comunidad científica. En ese
sentido, “la auto
-
mención
aquí explícita no enfatiza la credibilidad personal por medio de
competencias procedimentales, pero destaca el papel único del escritor en la construcción de
una interpretación plausible para un fenómeno”
(HYLAND, 2003, p. 258).
Por lo tanto,
conforme pro
puesto en el objetivo de este artículo, otra especificidad que se establece es la
recurrencia de automenciones relacionadas y autocitaciones dentro de la sección de
procedimientos metodológicos.
Así, según discusiones de
Hyland (2003, p. 6,
nuestra traducción), “
aunque la
impersonalidad esté institucionalmente santificada y la abnegación desaprobada, estas
convenciones se transgreden constantemente, ya que los escritores se ven presionados para
promover sus argumentos y a sí mismos
”. De ese
modo, hay indicios de que, a pesar de
normas y regulaciones y del discurso de neutralidad y objetividad en la escritura académico
-
científica, elementos como comunidad científica, trayectoria de investigación y la posición de
insiders
en esta práctica, posi
bilitan y demandan la ruptura de determinados aspectos
establecidos socialmente, como la impersonalidad en la
escritura
académico
-
científica.
Consideraciones finales
A partir del objetivo de comprender est
ándares de autocitaciones en artículos
científico de alto factor de impacto de la revista
Nature
, interpretamos, por los análisis aquí
encaminados, que las principales especificidades que se presentan acerca de la autocitación
están relacionadas, al contex
to de publicación, que se enmarca por relaciones de poder en la
producción en grupos de coautores, lo que los legitiman en la comunidad científica. El recurso
de la automención es notorio como parte de las autocitaciones en análisis. Estas características
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parecen, por lo tanto,
transgredir
convenciones acerca de las prácticas de escritura académico
-
científicas, presentando marcas de heterogeneidad en la escritura.
El contexto de publicación que involucra las
Hard Sciences
,
específicamente en la
revista cie
ntífica
de alto factor de impacto
Nature
, así como otros contextos de prácticas de
literacidad, es
atravesado
por relaciones de poder, como idioma, religión,
status
de los autores
y del tipo de investigación. La publicación en esta revista también posibili
ta la legitimidad en
la comunidad científica. La búsqueda por el reconocimiento puede ocurrir por medio de
colaboraciones entre los investigadores, grupos de investigación e instituciones públicas y
privadas, nacionales e internacionales, implicando en la
coautoría y en el elevado número de
investigadores en los artículos.
Frente a esas constataciones, se abren reflexiones y notoriedad acerca de proyectos
interinstitucionales, en distintas áreas del conocimiento, los cuales viabilizan investigaciones
en pr
ofundidad, producciones colaborativas en la escritura académico
-
científica, que pueden
proporcionar alcances mayores y más cualitativos de publicación científica.
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ISSN: 1982
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Adriana FISCHER
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Camila GRIMES
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Elis Regina KOSLOSKI
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Revista Ibero
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Estándares de
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Revista Ibero
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5587.
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Enviado el
:
19/09/2020
Apro
b
ado e
l
:
23/11/2020
Publicado el
:
02/01/2021
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Standards of self
-
citation in high impact articles of
Nature
journal
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Revista Ibero
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DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v16i1.14207
276
STANDARDS OF SELF
-
CITATION IN HIGH IMPACT ARTICLES OF NATURE
JOURNAL
PADRÕES DA AUTOCITAÇÃO EM ARTIGOS DE ALTO IMPACTO DA REVISTA
NATURE
ESTÁNDARES DE AUTOCITACIÓN EN ARTÍCULOS DE ALTO IMPACTO DE LA
REVISTA NATURE
Adriana
FISCHER
1
Camila GRIMES
2
Elis Regina KOSLOSKI
3
Mariana Aparecida VICENTINI
4
ABSTRACT
:
This investigation aims to understand self
-
citation patterns in scientific articles
with a high impact factor from the journal
Nature
. The research is qualitative and the
discussions are supported by the socio
-
cultural perspective that includes writing as
a
contextually situated literacy practice. From surveys carried out at
Google Scholar
database
,
we selected for analysis the four most cited articles in the journal
Nature
. From the analysis,
three occurrences are recurrent in these articles under analysis
: the high rate of citation, self
-
citation, and co
-
authorship. As for self
-
citation, we analyzed the context of publication of
these studies, issues related to legitimacy, power and co
-
authorship relationships that mark
academic
-
scientific writing. The sel
f
-
citation patterns indicate a heterogeneous focus on the
writing of the articles in this journal, which marks conventions in this area of knowledge,
power relations manifested in partnerships between researchers, which implies legitimacy in
the scientific
community of the publications mentioned.
KEYWORDS
: Academic
-
scientific writing. Literacy practices. Self
-
citation.
Nature
journal.
RESUMO
: Este trabalho tem por objetivo compreender padrões da autocitação em artigos
científicos de alto fator de impacto da revista
Nature
. A pesquisa é qualitativa e as discussões
são sustentadas
pela perspectiva sociocultural que compreende a escrita como prá
tica de
letramento situada contextualmente.
A partir de levantamentos realizados no Google Scholar,
selecionamos para análise os quatro artigos mais citados no periódico
Nature
. A partir das
análises, t
rês ocorrências são recorrentes nesses artigos em análise: o alto índice de citação,
1
Regional University Foundation of Blumenau
(FURB), Blumenau
–
SC
–
Brazil
.
Professor at the Center for
Educational Sciences, Arts and Letters and the Postgraduate Program in Education. Doctorate Linguistics
(UFSC). ORCID: https://orcid.org/0000
-
0001
-
9787
-
2814. E
-
mail: adrfischer@furb.br
2
Regional
University Foundation of Blumenau
(FURB), Blumenau
–
SC
–
Brazil
.
PhD student in the
Postgraduate Program in Education
. ORCID: https://orcid.org/0000
-
0003
-
0105
-
4046. E
-
mail: cgrimes@furb.br
3
Regional University Foundation of Blumenau
(FURB), Blumenau
–
SC
–
Brazil
.
Master's student in the
Postgraduate Program in Education
. ORCID: https://orcid.org/0000
-
0002
-
6366
-
9444. E
-
mail:
erkosloski@furb.br
4
Regional University Foundation of Blumenau
(FURB), Blumenau
–
SC
–
Brazil
.
PhD student in the
Postgraduate Program in Education
. ORCID: https://orcid.org/0000
-
0001
-
6256
-
2904. E
-
mail:
mvicentini@furb.br
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Camila GRIMES
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and
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Revista Ibero
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Americana de Estudos em Educação
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277
autocitação e coautoria. Quanto à autocitação,
analisamos o contexto de publicação desses
estudos, questões relacionadas à legitimidade, às relações de poder e de coautori
a que
marcam a escrita acadêmico
-
científica.
Os padrões de autocitação
indicam um enfoque
heterogêneo na escrita dos artigos desta revista, o qual marca convenções nesta área do
conhecimento, relações de poder manifestadas nas parcerias entre pesquisadores
, o que
implica legitimidade na comunidade científica das publicações referidas.
PALAVRAS
-
CHAVE
: Escrita acadêmico
-
científica. Práticas de letramentos. Autocitação.
Nature
.
RESUMEN
:
Esta investigación tiene como objetivo comprender los patrones de auto
citación
en artículos científicos de alto impacto de la revista
Nature
. La investigación es cualitativa y
las discusiones están respaldadas por la perspectiva sociocultural que incluye la escritura
como una práctica de literacidad contextualizada. De las e
ncuestas realizadas en Google
Scholar, seleccionamos para su análisis los cuatro artículos más citados de la revista
Nature
.
Del análisis, tres ocurrencias son recurrentes en es
tos artículos bajo análisis: el
alta tasa de
citación, autocitación y coautoría. En cuanto a la autocitación, analizamos el contexto de
publicación de estos estudios, cuestiones relacionadas con la legitimidad, el poder y las
relaciones de coautoría que marcan la escritura académico
-
cie
ntífica. Los patrones de
autocitación indican un enfoque heterogéneo en la redacción de los artículos de esta revista,
lo que marca convenciones en esta área del conocimiento, relaciones de poder manifestadas
en alianzas entre investigadores, lo que implic
a legitimidad en la comunidad científica de las
publicaciones mencionadas.
PALABRAS CLAVE
: Escritura académico
-
científica. Prácticas de literacidad. Autocitación.
Nature
.
Introdu
ction
Academic
-
scientific writing in articles with a high citation index, from
Nature
Journal,
is the focus of attention in this article. Specifically, self
-
citation patterns in these articles guide
us in in the discussion of the regularities that emerge when dealing with this occurrence, with
the support of a social and discursive approac
h (LEA; STREET, 1998, CORRÊA, 2004;
BOCH; GROSSMAN, 2002; 2015). In this sense, we consider it relevant to highlight that,
throughout this article, we chose to use the term academic
-
scientific writing to characterize
the way writing is conceived by us in t
his study. This formulation is in accordance with the
model of academic literacy, proposed by Lea and Street (1998) who, instead of engaging in
debates about the valuation of writing, proposed to conceptualize, in the epistemological
plane, writing in acad
emic
-
scientific contexts, which it is related to the production of
meaning, identity, power and authority and puts, in the foreground, the institutional nature of
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Standards of self
-
citation in high impact articles of
Nature
journal
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what counts as knowledge in any academic
-
scientific context (LEA; STREET; LILLIS,
2015).
The
option to use the term academic
-
scientific writing is also supported by Assis
(2014), when mentioning that the forms
écrit scientifique, écrit universitaire, écrit de
recherche
, in French, and academic writing or scientific writing, in English, are common
expressions about the type of practice used in our discussion. We are aware that there are
differences between the academic and scientific writing forms, established mainly by a
hierarchical organization, in relation to the discursive practices of writing,
in which, in one
pole there is the recognized researcher and, in another, the researcher in formation. However,
in Brazil, although the terms scientific writing and university writing are adopted, the term
academic
-
scientific writing is more frequent (ASS
IS, 2014).
Considering the focus around literacy practices (LEA; STREET, 1998), which support
the contextualization of the writing and scientific publication of articles in the
Nature
Journal,
we oppose the myth of the homogeneity of the discursive genre s
cientific article, which
relates to approaches commonly performed by manuals and by academic writing standards
(SILVA; RODRIGUES, 2019). Our affiliation finds place in the constitutive heterogeneity of
writing (CORRÊA, 2004), typical of scientific discipli
nes and communities (BOCH;
GROSSMAN, 2015).
For the researcher, whether a beginner or an expert, it is a requirement, according to
Hyland (2005) and Assis, Bailly and Corrêa (2017), to commit to writing and dissemination
practices in the scientific communi
ty. More specifically in relation to the demands of the
norms in these writing practices, one point in particular is the reference to the voice of the
other, as a way of engaging with the scientific knowledge in circulation in the specific area of
knowledg
e.
The other's discourse is materialized, explicitly in the text, from the citations, which
contribute for the researcher to support and legitimize his positions. According to Boch and
Grossmann (2015, p. 296
, our translation
), when the quote “is included
in a self
-
citation
system, it marks the writer's willingness to enroll in a continuity of thought, in the same way
valuing, in the passage, countless works already performed
”
. Thus, it can be said that there
are discursive patterns around self
-
citation. Hy
land (2003), in a work on academic
-
scientific
writing, approaches the use of self
-
quotation, relating it to self
-
mention. In this case, in
addition to making self
-
reference to works already related, the author of a text exposes,
linguistically, from the us
e of the first person of the speech (plural or singular), who is a
researcher/author of the works cited.
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Adriana FISCHER
;
Camila GRIMES
;
Elis Regina KOSLOSKI
and
Mariana Aparecida VICENTINI
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In addition to the elements presented so far around self
-
citation, related to it, there are
also other relevant aspects, such as the impact factor and
the h index, which help in
understanding this occurrence in high impact articles. According to Barata (2010, p. 103
, our
translation
), the impact factor “indicates the average number of citations that articles from
certain journals receive in a given year.
This index has served to guide the quality of scientific
publications and the choice of journals to which authors want to submit their work”.
However, in some cases, the impact factor may be related to several interests in addition to
scientific quality (
PINTO; ANDRADE, 1999), such as differences in the impact of
publications between areas of knowledge and differences between beginning and expert
researchers.
The h
-
index was developed in 2005 by Jorge E. Hirsch, from the University of
California (OLIVEIRA
et al
., 2015), and assesses scientific production and measures the
relevance of publications. This index is one of the prominent indicators in the scientific
literature, which can integrate the calculation of the impact factor. It is a robust evaluative
pa
rameter, since it considers aspects related to the production of articles and the impact of the
number of citations simultaneously (SILVA; GRÁCIO, 2017). In addition, “several databases
present the calculation of this indicator, since it is used both in th
e evaluation of the behavior
of researchers' scientific production and is also an evaluative criterion in several funding
agencies” (SILVA; GRÁCIO, 2017, p. 199
, our translation
). Researchers, articles and
journals are evaluated by their h index in several
databases, such as the Web of Science,
Scopus, Scielo and Google Scholar.
A British multidisciplinary scientific journal with a high impact factor and a high h
index is
Nature
. Launched in 1869, it plays an important role in the circulation of scientific
information for the international academy, as well as having great visibility with the
publication of its articles in the media around the world (BARATA, 2010). In this sense,
Nature
is one of the oldest, most traditional journals active in the scientific world (BARATA,
2010; KRASILCHIK; SILVA; SILVA, 2015). For the authors, this weekly journal has an
understandable language, peer review, which gives credibility and is based on
an editorial
board with renowned researchers in the scientific community. In this way, it gives great value
to both specialized and non
-
specialized media, as well as presenting meaningful and
legitimate information, offering visibility and prestige to auth
ors who publish in the journal.
Nature
is based on several areas of knowledge, especially those called Hard Sciences.
For Barata (2010, p. 100
, our translation
), “the term hard science refers to areas of knowledge
based on empirical observation and investi
gations carried out from the so
-
called scientific
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Standards of self
-
citation in high impact articles of
Nature
journal
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method, physics, chemistry, mathematics and biological sciences”. The Hard Sciences carry
out research relevant to scientific progress, with a high impact factor and, thus, have guided
the demands of academ
ic
-
scientific production in other areas of knowledge, in relation to
research funding and its legitimacy, for example (BARATA, 2010).
In this sense, understanding the ways of writing in the Hard Sciences can also help in
understanding the dynamics of scien
tific production in high impact journals. From these
delimitations, the
objective
5
of this study is to understand self
-
citation patterns in scientific
articles with a high impact factor from the journal
Nature
. In line with the explanations
presented so f
ar about the occurrence of self
-
citation in articles of high impact, in the area of
Hard Sciences, below, we present the main methodological choices that guided this study.
Methodological path
This research, approved by the ethics committee under number
28740820.0.0000.5370, is characterized as qualitative. In this regard, the data around self
-
citation, in articles in the journal
Nature
, are analyzed inductively and the meanings under
discussion
are extremely important to the study (BOGDAN; BIKLEN, 1994). The articles
selected for the present study come from a database with free access to the public.
The databases, such as the
Web of Science, Scientific Electronic Library Online
-
Scielo, Scopus
and Google Scholar
, are characterized by important mechanisms for
organizing, classifying and conditioning the circulation of scientific journals from different
areas of knowledge (CALDERÓN; MARTI
-
NOGUEIRA; FERNANDEZ
-
GODENZI, 2018).
To start the
survey of the research corpus, the base selected for this investigation was Google
Scholar, as it has metrics that identify the main journals in all areas, such as the h index. In
addition, Google Scholar, being a free access platform, is practical to hand
le, presents
information about the impact factor of journals, articles and authors, making available, for
example, articles in order of the highest number of citations, unlike the other platforms
mentioned.
5
This objective is part of two interinstitutional projects in progress, of which we integrate the group of
researchers:
“
Escrita acadêmica/científi
ca: das formas de presença do autor, do outro, das áreas de
conhecimento e seus domínios disciplinares
” (
Academic/scientific writing: the forms of presence of the author,
the other, the areas of knowledge and their disciplinary domains
)
(CNPQ/Universal), l
ed by prof. Dr. Juliana A.
Assis (PUC
-
MG); "Authorship in Different Fields of Knowledge" (CAPES PRINT UNESP), coordinated by
Prof. Dr. Fabiana C. Komesu, UNESP
-
São José do Rio Preto
.
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Nature
was selected for analysis because it is th
e most cited journal among all areas of
knowledge, on Google Scholar, and also because it is the most cited journal within Hard
Sciences, taking into account its h index, as shown in Figure 1.
Figur
e
1
–
Principais publicações da base de dados
Google Scho
lar
Source
:
Research data
(2020)
At Google Scholar, in addition to the first general position among the journals, as
shown in Figure 1,
Nature
also has the first position in the Life Sciences & Earth Sciences
and Life Sciences & Earth Sciences (general) categories. In addition, the h5 index is 368 and
the median is 546. The h5 index is the h index of articles published in the past five years. Th
is
is the largest number h of a publication, in which h articles published from 2014 to 2018 have
been cited at least h times each. The median h5 of a publication, on the other hand, consists of
the average number of citations for the articles that make up
its h5 index (GOOGLE
SCHOLAR, 2020).
In the Google Scholar database, there is a decreasing classification of the most cited
articles within the journal (Chart 1), in which the articles with the greatest impact can be
identified, based on the h index. Thus
, in a research carried out in February 2020, the four
most cited articles in the journal
Nature
were selected for the present investigation.
Chart
1
–
Classification of the four most cited articles in
Nature
in the Google Scholar
database
Title
/
Author
Cited
Year
A1
-
Deep learning.
Y LeCun, Y Bengio, G Hinton.
Nature
521 (7553), 436
-
444.
16750
2015
A2
-
Human
-
level control through deep re
inforcement learning.
V Mnih, K Kavukcuoglu,
D Silver, AA Rusu, J Veness, MG Bellemare, ...
Nature
518 (7540), 529
-
533.
6101
2015
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citation in high impact articles of
Nature
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282
A3
-
Mastering the game of Go with deep neural networks and tree search.
D Silver, A
Huang, CJ Maddison, A Guez, L Sifre, J Schrittwieser, ...
Nature
529 (
7587), 484
-
489.
5212
2016
A4
-
Analysis of protein
-
coding genetic variation in 60,706 humans.
M Lek, KJ
Karczewski, EV Minikel, KE Samocha, E Banks, T Fennell, .
..
Nature
536 (7616), 285
-
291.
4530
2016
Source
:
Google Scholar
(2020)
After the selection of the articles, we
carried out the analysis around the following
aspects: i) the context of publication of these studies, ii) issues related to the legitimacy and
power relationships that permeate academic
-
scientific writing and iii) specificities around
self
-
citation. These
elements are understood and discussed in detail in the section that follows.
Results
and discussion
The perspective around academic
-
scientific writing, understood as a literacy practice,
provides support so that we can understand how the dynamics of vi
sibility that academic
-
scientific publications receive in journals with a high impact factor work. In this sense, we
highlight three occurrences in the articles under analysis, from the journal
Nature
: the high
rate of citation, self
-
citation and co
-
author
ship. Another aspect that deserves attention is the
use, within the journal, of the Vancouver standards, typically used by Hard Sciences journals,
especially because they bring a configuration that is captured by the large international
databases, such as
the Web of Science and Scopus (CALDERÓN; MARTI
-
NOGUEIRA;
FERNANDEZ
-
GODENZI, 2018). It is also worth noting the fact that the methodological
section of the articles under analysis is presented after the conclusions and references, a
specific feature of this
journal.
Our findings are supported by discussions by Barata (2010), which defines
Nature
as a
high impact factor journal recognized as one of the most important scientific journals in the
world, being responsible for the dissemination of the most relevant and unprecedented
scientific discoveries. The author adds that the researchers who submi
t their work to this
journal understand the relevance of their research, and that, in this way, in
Nature
they will
have great visibility and dissemination.
In this sense, power relations necessarily regulate what counts as knowledge in this
scientific jou
rnal (STREET; LEA; LILLIS, 2015). The positioning of these three scholars,
representatives of literacy studies, is in line with what Barata (2010) postulates, when arguing
that, for publication in
Nature
, several aspects are relevant, such as: great scient
ific rigor in
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the development of the work, reframing the format at the suggestion of the editors, language
adapted and adjusted by specialized editors, prior contact with the editors before the
submission of the work, prior knowledge of the editors regardi
ng the work of the authors,
partnerships with foreign researchers and multidisciplinary works. In this sense, such aspects
mentioned represent evidence of power relationships in literacy practices with academic
-
scientific writing (STREET; LEA; LILLIS, 2015
).
Since the journal
Nature
publishes articles in the English language, we give voice to
authors such as Emiliozzi (2018) and Hyland (2019), who problematize this occurrence. In
line with the authors, Barata (2010) indicates that language and socioeconomic
conditions
present barriers for researchers from countries of non
-
English origin, reflecting that “[...]
authors and articles from peripheral or poor countries receive a differentiated treatment,
namely, more rigorous, in relation to countries in the Nort
hern Hemisphere, rich or
developed” (BARATA, 2010, p. 174
, our translation
). These discussions support our data
while the articles analyzed by us are, for the most part, by authors who have English as their
mother tongue and also because they were produced
, in large part, in developed country
contexts.
Another point that deserves to be highlighted in this study is the fact that an analysis
based on the assumptions of literacy practices, among them relations of power, context,
production conditions, ideologi
es, identities and authority, allow us to analyze the meanings
of the presence of the other in articles. This reflection is in line with what Gee (2000)
discusses, when mentioning that the insertion of a subject in different literacy practices, in this
cas
e, with academic
-
scientific writing, requires his socialization with what Gee (2001)
classifies as Discourses. In the Discourses are inserted the social languages that assume
relevance and meaning through them (AUTHOR). In this sense, Discourses involve mo
re than
language, integrating
[...] ways of speaking, listening, writing, reading, acting, interacting,
believing, valuing, feeling and using various objects, symbols, images, tools
and technologies, in order to activate meaningful identities and activiti
es,
socially situated
(GEE, 2001, p. 719,
our translation
).
According to Gee (2001), the main characteristic of Discourses is that they are
ideological, as they involve a set of values, points of view on the relationship between people,
on the distribution of social goods and indicate who are the insiders in certai
n literacy
practices. Based on these reflections, the authors that make up the corpus of the present study
can be considered insiders in literacy practices that involve the academic
-
scientific writing
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Nature
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and publication path. In this way, the use of self
-
cita
tion was one of the elements that
emerged from these practices, being also part of the dynamics used by them in engaging with
the Scientific Discourse.
Chart 2, below, shows the organization of the data of the analyzed articles, with
emphasis on the number
of times that were cited by other authors, number of authors,
references, and self
-
citations by references. It should be noted that, in the articles analyzed,
each self
-
citation was counted only once, regardless of the number of occurrences in the text.
Chart
2
–
Data of the articles in relation to the number of times that it was cited by other
authors, number of authors, references and self
-
citations
per
reference
Article
Number of times cited by
other authors
Number of
authors
Number of
references
Number of self
-
citations per
reference
A1
16750
3
103
55 (53,39%)
A2
6101
19
33
7 (21,21%)
A3
5212
20
61
12 (19,67%)
A4
4530
42
37
17 (45,94%)
Source
:
devised by the authors
(2020)
A1 presents a specific pattern when compared to the other
articles, both in relation to
the number of citations (16,750), which is up to three times greater than the subsequent ones,
and in the number of authors, since it presents a reduced proportion compared to the others. In
addition, A1 is composed of the hig
hest self
-
citation index, which represents around 53% of
the number of references in the article. A1, the only of bibliographic review nature among the
analyzed articles, has its authors cited in other publications that make up the corpus of
analysis. Thes
e specific characteristics of A1 may be related to the great impact of this
publication or to the authors' own credibility.
Although A1 was written by only three authors, the references in the self
-
citations
indicate that they have a large collaborative ne
twork of academic and scientific studies and
productions with other authors. This is confirmed by the number of references shown in Chart
2, where it can be seen that A1 has 103 references, representing approximately twice as much
in relation to A3 and app
roximately triple in relation to A2 and A4. In contrast, articles A2,
A3 and A4 have a high number of authors, 19, 20 and 42, respectively.
The high number of researchers who produce in co
-
authorship is a regularity that has
been establishing itself in the
Hard Sciences, meeting the social demands of the areas and
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publication, such as internationalization. In line with this positioning, Barata (2010, p. 119
,
our translation
) mentions that an important point in the construction of scientific knowledge
in
Nat
ure
“is the increase in articles written in co
-
authorship, which are increasingly common
in areas where international cooperation and consortia are present (genetics, climatology, and
physics, are the most popular areas)”. The author reflects that co
-
autho
rship gained strength
after the Second World War, in the period of the so
-
called big science, due to the large
investments in science and technology, as well as the complexity and competitiveness of the
experiments, requiring multidisciplinary teams from d
ifferent institutions and nationalities.
However, the author points out that,
although commendable and justifiable, the articles signed in co
-
authorship
(many easily reach a total of several dozen authors, reaching a few hundred)
do not make clear the con
tributions made by each one and raise the question
about the limits imposed by a demand for increasing productivity versus the
actual individual contribution. It is a fact that hierarchies existing in
laboratories, research groups and even departments rais
e the inclusion of
authors merely for their role as scientific authority, or others for their
academic status
-
such as scientists from developed countries who are invited
to elaborate a given article already thinking facilitation of the acceptance
process
in high impact journals. Current scientometric indices, however, do
not discriminate articles with one or many authors
(BARATA, 2010, p. 120
,
our translation
).
These discussions reflect important aspects present in our data, since the articles under
analysis have many co
-
authors, however, it is not possible to identify and measure the
effective participation of all authors in each work. In this sense, Barata (201
0), from dialogues
with authors from
Nature
, found that the credibility of publishing in this journal exceeds the
impact factor and the number of citations that the articles receive, having a greater relation to
the prominence in the social and professiona
l scope. The author adds that publishing in
Nature
“works as an entry into an international network with legitimacy to make the author
and his research more visible so that he can have access to the international and, often,
national academy, facilitated”
(BARATA; 2010, p. 184
, our translation
). The issue of
legitimacy in the academic
-
scientific environment, discussed earlier, dialogues with Hyland
(2003, p. 251, our translation), when he states that “the use of self
-
quotation is one of the
most important w
ays that authors seek to achieve credibility in the scientific environment".
We believe, therefore, that achieving this credibility requires the researcher to be involved and
understand the so
-
called dominant literacy practices (STREET, 1995; BARTON;
HAMIL
TON, 2000), present and disseminated in socially institutionalized contexts, such as
the university.
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Standards of self
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citation in high impact articles of
Nature
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Araraquara, v. 16, n. 1, p. 276
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As shown in Chart 2, the analyzed articles had a high rate of self
-
citations by
reference, being A1 with 55/103 (53.39%), A2 with 7/33 (21.21%), A3 with 12
/61 (19.67%)
and A4 with 17/37 (45.94%). This pattern confirms the reflections made by Hyland (2003) on
articles in the large area of
Biological Sciences, a member of the Hard Sciences, which have a
high number of self
-
citations, a pattern in the area it
self. According to Hyland and Jiang
(2018, p. 372, our translation), “authors may, therefore, have good reasons to cite their own
work, as they can demonstrate research over an extended period with individual studies built
on each other and referring to th
eir previous work”. However, Hyland and Jiang (2018)
mention that scientometric studies consider that self
-
citations can be used artificially, as a
strategy to raise the h index or impact factor of the authors. Taking into account the
specificities of the
Hard Sciences, the data under analysis may indicate that self
-
citations have
been used, in our corpus, not as a strategy, but as a way of disseminating research works that
were developed following standards in the area. These discussions can be seen from C
hart 3,
which shows the use of self
-
citations according to each section of the analyzed articles:
Chart
3
–
Use of self
-
citations by article section
A1
A2
A3
A4
Abstract
0 (0,0%)
2 (11%)
0 (0,0%)
0 (0,0%)
Introduction
3 (4%)
2 (11%)
3 (15%)
4
(15%)
Theoretical
Support
1 (1%)
1 (6%)
0 (0,0%)
0 (0,0%)
Results and
discussion
57 (83%)
5 (28%)
5 (25%)
18 (67%)
Conclusions
8 (12%)
2 (11%)
1 (5%)
3 (11%)
Methods
Do not apply
6
6 (33%)
11 (55%)
2 (7%)
Source
:
devised by the authors
(2020)
The Hard Sciences, according to Chart 3, present a pattern of distribution of self
-
citation by section of the article, being concentrated on results and discussions and methods.
The sections of summary, introduction, theoretical support and conclusions hav
e low rates of
self
-
citation. The high occurrence of self
-
citation in certain sections may be related to the
requirements of the scientific community, in which the authors are inserted (HYLAND,
2011). In this sense, in the course of academic
-
scientific wri
ting there is a need to reference
the discourse of the other, however, as the authors of the analyzed articles are experienced
6
As this is a bibliographic review article, the study does not have a m
ethodological section
.
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Adriana FISCHER
;
Camila GRIMES
;
Elis Regina KOSLOSKI
and
Mariana Aparecida VICENTINI
RIAEE
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Revista Ibero
-
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researchers and have a consolidated research trajectory, there is also the need to reference
studies carried out by them, which i
mplies the use of self
-
quotation.
Therefore, from the analysis in relation to self
-
citations, there seems to be a need, on
the part of the authors, to highlight the visibility of their participation in the development of
self
-
cited research based on the
use of self
-
mention. Thus, the self
-
mention is presented as a
form of explicit presence of the authors in the text, based on the use of first person pronouns.
Such finding can be observed to the detriment of occurrences of self
-
mention, within the self
-
cit
ations, found in all the analyzed articles, as shown below:
A1: “When the RNN is given the ability to focus its attention on a different location
in the input image (middle and bottom; the lighter patches were given more
attention) as it generates each wo
rd (bold),
we found
86
that it exploits this to
achieve better ‘translation’ of images into captions”
(
Discussion section
).
A2: “
We tested
this agent on the challenging domain of classic Atari 2600 games
12
”
(
Introductory section
).
A3: “For the first stage o
f the training pipeline,
we build
on prior work on
predicting expert moves in the game of Go using supervised learning”
13, 21
–
24
(
Theoretical Reference
).
A4: “
We adjusted
the standard GATK variant site filtering
38
to increase the number
of singleton variants that pass this filter, while maintaining a singleton transmission
rate of 50.1%, very near the expected 50%, within sequenced trios”.
(
Methodological section
).
A pattern that could be identified in our analyze
s was that, although a high number of
self
-
citations was observed, the self
-
mention index was relatively low in the articles. In
addition, despite the manifestation of self
-
mentions in different sections of the analyzed
articles, according to the excerpts
above, the greatest recurrence of self
-
mentions occurred in
the methodological section.
These considerations are well marked by Hyland (2003), when stating that in the Hard
Sciences articles, specifically in Biological Sciences, when self
-
mention is made,
it usually
happens in the explanation of procedures, in the methodological sections. In a way, the
dialogue woven between self
-
mention and self
-
quotation marks the participation and
authorship in the referenced researches. This reflection also dialogues wi
th Hyland (2011)
when stating that self
-
mention plays a prominent role in the engagement between the
positions of the authors and the scientific community. In this sense, “the explicit self
-
mention
does not emphasize personal credibility through procedural
skills but
highlights the writer's
unique role in building a plausible interpretation for a phenomenon” (HYLAND, 2003, p.
258
, our translation
). Therefore, as proposed in the objective of this article, another specificity
that is established is the
recurrence of self
-
mentions related to self
-
citations within the
methodological procedures section.
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Standards of self
-
citation in high impact articles of
Nature
journal
RIAEE
–
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,
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Thus, according to discussions by Hyland (2003, p. 6, our translation), “although
impersonality can be institutionally sanctified and self
-
citation disappro
ved, these conventions
are constantly transgressed as writers are pressured to promote their arguments and
themselves”. Thus, there is evidence that, despite rules and regulations and the discourse of
neutrality and objectivity in academic
-
scientific writi
ng, elements such as the scientific
community, research trajectory and the position of insiders in this practice, allow and demand
the rupture of certain aspects socially established, such as impersonality in academic
-
scientific writing.
Final considerat
ions
Based on the objective of understanding self
-
citation patterns in scientific articles with
a high impact factor from the journal
Nature
, we interpret, through the analyzes presented
here, that the main specificities that arise around self
-
citation are rela
ted to the publication
context, which is marked by power relations in production in groups of co
-
authors, which
legitimize them in the scientific community. The self
-
mention feature is notorious as part of
the self
-
citation under analysis. These characteri
stics, therefore, seem to transgress
conventions around academic
-
scientific writing practices, presenting marks of heterogeneity
in writing.
The publication context involving the Hard Sciences, specifically in the high impact
factor journal
Nature
, as
well as other contexts of literacy practices, is permeated by power
relations, such as language, region, status of authors and type of research. Publication in this
journal also allows legitimacy in the scientific community. The search for recognition can
take place through partnerships between researchers, research groups and public and private
institutions, national and international, implying co
-
authorship and the high number of
researchers in the articles.
Given these findings, reflections and notoriety
are opened around interinstitutional
projects, in different areas of knowledge, which enable in
-
depth research, collaborative
production in academic
-
scientific writing, which can provide greater and more qualitative
reaches of scientific publication.
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Adriana FISCHER
;
Camila GRIMES
;
Elis Regina KOSLOSKI
and
Mariana Aparecida VICENTINI
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Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
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Araraquara, v. 16, n. 1, p. 276
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Araraquara, v. 16, n. 1, p. 276
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FISCHER, A.; GRIMES, C.; KOSLOSKI, E. R.; VICENTINI, M. A
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Standards of self
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citation in high impact articles of Nature journal
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Revista Ibero
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Jan
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M
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-
ISSN: 1982
-
5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v16i1.14207
Submitted
:
19/09/2020
Approved
:
23/11/2020
Published
:
02/01/2021