image/svg+xmlPolíticas de internacionalização universitária na Argentina: Mobilidade de estudantese produção científicaRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dic. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042556POLÍTICAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO UNIVERSITÁRIA NA ARGENTINA: MOBILIDADE DE ESTUDANTES E PRODUÇÃO CIENTÍFICALAS POLÍTICAS DE INTERNACIONALIZACIÓN UNIVERSITARIA EN LA ARGENTINA: MOVILIDAD ESTUDIANTIL Y PRODUCCIÓN CIENTÍFICAUNIVERSITY INTERNATIONALIZATION POLICIES IN ARGENTINA: STUDENT MOBILITY AND SCIENTIFIC PRODUCTIONMarcelo RABOSSI1Ariadna GUAGLIANONE2RESUMO:A internacionalização do ensino superior oferece desafios e oportunidades para os países em processo de industrialização. Dentro de uma dinâmica de poder, as universidades das nações centrais dominam o cenário para atrair estudantes de todo o mundo. Enquanto isso, a América Latina se apresenta com capacidade limitada e principalmente regional de convocação; A Argentina não é exceção. O objetivo deste trabalho é indagar sobre os processos de internacionalização em relação ao fluxo de estudantes e pesquisadores no setor universitário argentino a partir de informações secundárias. Aborda-se aqui as múltiplas definições do conceito, expõe-se as principais políticas desenvolvidas pelos órgãos governamentais e analisa-se as dimensões relativas à mobilidade estudantil e à internacionalização da produção científica, apresentando dados estatísticos que dão conta dos fenômenos estudados.PALAVRAS-CHAVE:Educação superior. Internacionalização. Mobilidade estudantil. Produção científica. Argentina.RESUMEN:La internacionalización de la educación superior ofrece desafíos y oportunidades para los países en vías de industrialización. Dentro de una dinámica de poder, las universidades de las naciones centrales dominan el escenario a la hora de atraer a estudiantes de todo el mundo. Mientras tanto, América Latina se presenta con capacidad de convocatoria acotada y mayormente regional; Argentina no es la excepción. El objetivo de este trabajo es indagar acerca de los procesos de internacionalización en relación al flujo de estudiantes e investigadores del sector universitario argentino a partir de información secundaria. Se realiza aquí un acercamiento a las múltiples definiciones del concepto, se exponen las principales políticas desarrolladas desde los organismos gubernamentales y se analizan las dimensiones vinculadas a la movilidad estudiantil y a la internacionalización de la producción científica, presentando datos estadísticos que dan cuenta de los fenómenos estudiados.PALABRAS CLAVE:Educación superior.Internacionalización.Movilidad estudiantil.Producción científica.Argentina. 1Universidad Torcuato Di Tella (UTDT), Buenos Aires Argentina. Professor em Tempo Integral. Doutorado em Educação(SUNY) Albany. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3752-1489. E-mail: mrabossi@utdt.edu2Universidad Abierta Interamericana (UAI), Buenos Aires Argentina. Secretáriade Pesquisa. Doutorado em Ciências Sociais (FLACSO). ORCID:https://orcid.org/0000-0001-5278-2591. E-mail:ariadna.guaglianone@uai.edu.ar
image/svg+xmlMarcelo RABOSSI eAriadna GUAGLIANONERIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dic. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042557ABSTRACT: The internationalization of higher education presents challenges and opportunities for industrialized countries. Within the logic of power, universities in central nations dominate the scenario in attracting students from all over the world. Meanwhile, Latin America shows itself with limited and mostly regional recruiting capacity; Argentina is not the exception. Using secondary data, the objective of this work is to inquire about the internationalization processes in Argentina in relation to the flow of students and researchers. We first present an approach to the multiple definitions of the concept, to then describe the main policies developed by governmental agencies. Different dimensions linked to student mobility and the internationalization of scientific production are analyzed through statistical data that account for the phenomena under study.KEYWORDS:Higher education.Internationalization.Student mobility.Scientific production.Argentina.IntroduçãoA internacionalização do ensino superior é um fenômeno de características crescentes que não conhece fronteiras. No entanto, ainda são as nações industrializadas que atraem o maior número de estudantes e cientistas de todo o mundo. Embora seja verdade que cada nação tenha universidades com características atraentes e únicas, também é verdade que elas são afetadas por suas próprias realidades nacionais. O baixo financiamento disponível nos países em desenvolvimento, por exemplo, os impede de ter infraestrutura de acordo com um mundo tecnologicamente complexo e sofisticado. Da mesma forma, os meios pelos quais o conhecimento produzido é distribuído no mundo são predominantemente monopolizados pelas nações mais ricas. Em suma, é evidente que as instituições de ensino superior interagem dentro de um sistema estratificado onde a dinâmica "da periferia em desenvolvimento" e "para o centro industrializado" estabelecem os padrões de mobilidade acadêmica em termos de fluxo de estudantes e pesquisadores, e na direção oposta à distribuição do conhecimento entre os países (GUAGLIANONE; RABOSSI, 2018). Dentro de um panorama global que totaliza mais de 5 milhões de estudantes internacionais, a América Latina tem umasub-representaçãofortese compararmos com a Europa, um continente que atrai quase 50% dos estudantes estrangeiros (OCDE, 2016). Quanto à Argentina, está presente apenas 80.000 estudantes não nativos, a maioria deles de países vizinhos (SPU, 2017).Na primeira parte deste trabalho, foi definido um referencial para ajudar a determinar o que se entende pela internacionalização. Os fluxos de internacionalização, tanto na perspectiva dos estudantes quanto da pesquisa, fazem parte desta seção. O Sistema Universitário Argentino de acordo com estatísticas oficiais (SPU, 2017) é abordado na terceira seção, além de políticas nacionais voltadas para a promoção da internacionalização no país. A terceira parte apresenta
image/svg+xmlPolíticas de internacionalização universitária na Argentina: Mobilidade de estudantese produção científicaRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dic. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042558uma análise quantitativa da internalização na Argentina em termos de seus alunos e produção científica. Discusiones y conclusiones cierran este trabajo. Internacionalização do ensino superior: Significado e dimensões da análiseO termo internacionalização tem diferentes bordas e, portanto, nos coloca diante de diferentes dimensões em termos de sua análise, escopo e conteúdo. Da mesma forma, não é uma palavra nova, mas tem sido usada anteriormente na ciência política, por exemplo, bem como tem feito parte da linguagem que descreve a dinâmica que atravessa as relações entre governos. No entanto, quando nos referimos ao setor universitário, o fenômeno da internacionalização começa a ganhar espaço apenas no final dos anos 80. Novos conceitos surgem para descrever tanto os fluxos de estudantes que migram temporariamente ou permanentemente de um país para outro quanto para retratar as relações de intercâmbio de pesquisadores e cooperação científica entre países (KNIGHT, 2004). Dentro desse amplo panorama, Knight (1997) o define como esse processo integrativo, sob uma perspectiva internacional e intercultural, com o objetivo de oferecer ensino pós-secundário a estudantes de diversas origens. Por sua vez, Scott (1998) propõe quatro dimensões para analisá-lo: 1. intercâmbio de estudantes entre países; 2. fluxo de professores e pesquisadores entre universidades além de suas próprias fronteiras geográficas; 3. colaboração interinstitucional internacional; 4. fluxo de ideias que se cruzam entre países. Com base na identificação e categorização feita por Yip (1995) sobre os elementos que mobilizaram a crescente globalização de indústrias e empresas, Rama (2017) os transfere para o campo educacional. Assim, reconhece seis fatores principais que promovem a internacionalização:1. o mercado que demanda certificações globais; 2. a diminuição dos custos de comunicação que facilitam as trocas; 3. políticas de abertura que, promovidas pelos países, estimulem os fluxos de conhecimento; 4. questões de competitividade que tornam pouco rentável oferecer educação apenas no mercado local; 5. o surgimento de novas tecnologias de informação e comunicação que reduzam os custos de transação; 6. tecnologia de ponta que não existe nos próprios países promove a mobilidade dos pesquisadores aos centros industrializados.Por outro lado, Tyler; Kehm (2007) destaca diversos aspectos que promovem e determinam o grau de internacionalização de um país. Por exemplo, a mobilidade dos alunos e da equipe acadêmica sobre as quais eles impactam, positiva ou negativamente, questões jurídicas que fazem o reconhecimento de graus entre os países, entre outros aspectos. Em
image/svg+xmlMarcelo RABOSSI eAriadna GUAGLIANONERIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dic. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042559relação à mobilidade acadêmica, destaca-se o peso dos vínculos pessoais entre pesquisadores como promotores de maior grau de internacionalização (GARCÍA DE FANELLI et al.,2018). Outro ponto importante esteve presente na "extrangeirização" dos currículos, no ensino de línguas estrangeiras e no uso da bibliografia principalmente em inglês. Esses fatores aumentam o volume de internacionalização dos sistemas. Sob essa mesma lógica, a transferência de conhecimento é inscrita a partir da exportação de programas de estudo, da abertura de sede de universidades estrangeiras em diversos países, e de graduados e pesquisadores que retornam aos seus locais de origem importando conhecimentos e conhecimentos adquiridos durante suas estadias internacionais. Um ponto a ser em conta é a tensão que, como resultado da internacionalização, é gerada entre os conceitos de cooperação e concorrência. Dadaa necessidade de mais e melhores recursos, não apenas nacionais, mas internacionais, as universidades tendem a se transformar em entidades competitivas em vez de manter seu status como seres cooperativos (TYLER; KHEM, 2007).A internacionalização dos alunosO intercâmbio de estudantes entre países tem se consolidado principalmente nas últimas duas décadas. Dos cerca de 0,8 milhões de estudantes estrangeiros presentes em 1975, o número dobrou no final de 1995. Essa rápida expansão fez com que, de meados dos anos 2000 até 2015, passou de 3 para mais de 5 milhões de estudantes internacionais (OCDE, 2016). De qualquer forma, este é um fenômeno que ainda não atingiu seu limite. Na verdade, espera-se que chegue a 8 milhões nos próximos 5 a 10 anos (OCDE, 2016;MASLEN, 2012).A distribuição de estudantes internacionais apresenta um forte viés que favorece os países que fazem parte do G-20. Essas nações recrutam 83% do total. Por exemplo, juntamente com os Estados Unidos da América, que atrai quase 20%, Grã-Bretanha, França, Alemanha e Austrália são responsáveis por quase metade do fluxo estudantil total entre os países. Quanto à Argentina, apenas pouco mais de 1% a escolhe como destino (OCDE, 2016). Quanto à origem do mesmo, da Ásia vem 53% enquanto a Europa contribui com 25%, África 8% e América Latina com 5%. Um ponto importante é que, embora as instituições de ensino superior reconheçam os benefícios da internacionalização de seu corpo discente, debates recentes são cautelosos com o crescimento ilimitado de, digamos, programas de língua inglesa para estrangeiros. Isso tem sido questionado em países como Alemanha, Dinamarca e Holanda, por exemplo. Argumenta-se que o uso do inglês tem impactado negativamente a qualidade dos cursos como resultado dos
image/svg+xmlPolíticas de internacionalização universitária na Argentina: Mobilidade de estudantese produção científicaRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dic. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042560acadêmicos que são escolhidospara o manuseio desta língua e não para o profundo conhecimento da disciplina ensinada (ALTBACH; DE WIT, 2018).Internacionalização da pesquisaA produção científica internacional mostra crescimento exponencial. Embora no início do século XX apenas uma dúzia de países tenha contribuído para esse fenômeno, estima-se que atualmente cerca de 200 países produzem ciência (MIHAY; REIZ, 2017). De qualquer forma, as nações com os artigos mais publicados ainda são as pertencentes à OCDE, com exceção da China e da Índia. Quanto à América Latina, a região é liderada pelo Brasil, seguida pelo México, Argentina, Chile e Colômbia (SCIMAJO JOURNAL RANK, 2016). Embora as universidades em países industrializadores, incluindo as chamadas elite, estejam mais focadas no ensino do que na pesquisa de ponta, a parceria com instituições pertencentes a nações desenvolvidas é decisiva e fundamental para alcançar o progressoem questões que fazem pesquisa científica e desenvolvimento nacional (YNALVEZ; SHRUM, 2011). No entanto, o tipo de regulamentação que cada país ou instituição impõe para gerar parcerias entre as universidades, pode dificultar ou promover a cooperação internacional entre elas (CUMMINGS; KIESLER, 2005; FOX; MOHAPATRA, 2007). As relações interpessoais entre colegas também desempenham um papel fundamental na geração e consolidação de aspectos que fazem do empreendedorismo, desenvolvimento e consolidação futurade um projeto de pesquisa colaborativa entre países (GARCÍA DE FANELLI et al.,2018). No entanto, apesar dos grandes benefícios observados, a internacionalização também tem sido identificada com aspectos desfavoráveis. Por exemplo, a mercantilização do setor e a fuga de cérebros para os países mais desenvolvidos (JIBEEN; ASAD KHAN, 2015).O Sistema Universitário ArgentinoA universidade argentina foi, no contexto latino-americano, uma das primeiras instituições a adotar o modelo napoleônico. A reforma universitária, iniciada em Córdoba em 1918, deu características distintas, principalmente uma nova forma de governo.3E embora predominasse o perfil profissional, dentro dele foram desenvolvidas iniciativas científicas e 3O sistema de governo estabelecido nos estatutos de 1883 concedeu o controle das faculdades aos graduados que faziam parte das Academias. Estes compõem os colegiados, auto recrutados, foram para a vida e nomearam seus próprios membros.
image/svg+xmlMarcelo RABOSSI eAriadna GUAGLIANONERIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dic. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042561tecnológicas. A Universidade Nacional de La Plata, fundada em 1905, é um exemplo claro disso. Ao longo de sua história, a Universidade passou por períodos de repressão política, bem como expansão e diversificação, semelhante ao que aconteceu no resto da América Latina. Suas estruturas acadêmicas tradicionais, no entanto, permaneceram ao longo do tempo resistindo, adaptando, refuncionalizando ou rejeitando demandas por reformas ou modernização acadêmica (GUAGLIANONE, 2013).Atualmente, o setor universitário argentino tem pouco mais de dois milhões de estudantes (aproximadamente 22% no setor privado), número que o coloca entre os países da região com a maior Taxa Bruta de Matrículas de acordo com a população de 20 a 24 anos de idade. Chega a 57% e chega a 85% se os 900.000 alunos que fazem parte do setor terciário não universitário forem adicionados. Em sua totalidade, o sistema conta com 130 universidades, 64 delas privadas (SPU, 2017).Programa e atores da internacionalização na ArgentinaA Secretaria de Políticas Universitárias (SPU) é um ator central das políticas de internacionalização por meio do Programa de Internacionalização do Ensino Superior e Cooperação Internacional (PIESCI). No âmbito dele, atividades de cooperação são desenvolvidas com outros países e promoção da universidade argentina no mundo. Essas políticas permitem a concepção de programas e projetos específicos que tendem, fundamentalmente, a aumentar o intercâmbio e a mobilidade de estudantes e professores de graduação e pós-graduação (GUAGLIANONE; RABOSSI, 2018).O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação Produtiva e a Diretoria Nacional de Cooperação e Integração Institucional constituem outro ator relevante no sistema. Participa de atividades internacionais de cooperação técnica relacionadas à ciência, tecnologia e inovação produtiva. A colaboração é implementada por meio da realização de projetos de pesquisa conjunto, organização de diferentes tipos de eventos, criação de centros binacionais e concessão de bolsas de estudo para formação (GUAGLIANONE; RABOSSI, 2018).Aqui, a ênfase da cooperação está em quatro áreas principais: 1. programas resultantes de um acordo com um parceiro externo vinculado a uma instituição semelhante ao Ministério; 2. programas com a União Europeia; 3. a internacionalização de empresas de base tecnológica; e 4. a Rede de Pesquisadores e Cientistas Argentinos no Exterior(RAICES).
image/svg+xmlPolíticas de internacionalização universitária na Argentina: Mobilidade de estudantese produção científicaRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dic. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042562A CONICET, como principal organização dedicada à promoção da ciência e tecnologia na Argentina, desenvolve atividades de cooperação internacional por meio da assinatura de convênios com instituições científicas internacionais e do financiamento de projetos de pesquisa conjuntos baseados em chamadas bilaterais e multilaterais, com ênfase nas disciplinas que compõem as ciências exatas, biológico, médico, físico e químico. Quanto aos principais parceiros internacionais dentro dos programas acima mencionados, destacam-se França, Alemanha e América Latina. Há também uma cooperação ativa com os EUAnas áreas de engenharia, medicina e biologia; enquanto, nos últimos tempos, foram feitos progressos na abertura das relações com a Ásia e a região do Pacífico.Por fim, a Cidade Autônoma de Buenos Aires se destaca como um dos principais atores na promoção da internacionalização através da criação do Programa "StudyBuenos Aires", a fim de melhorar a experiência dos estudantes internacionais que chegam à Argentina. Entre outras características significativas, Buenos Aires e seus subúrbios têm 61 universidades, das quais 24 são públicas e gratuitas. Uma peculiaridade deste último é que as condições de entrada são relativamente gratuitas e sem um exame de admissão. Em princípio, a liberdade de acesso, especialmente em algumas carreiras como a medicina, aparece como um incentivo para aqueles estudantes que enfrentam cotas de entrada em seus países de origem. Em suma, levando em conta as diferentes formas que caracterizam a internacionalização, a cidade recebe mais de 80.000 alunos anualmente, com um benefício econômico para 2017 equivalente a US$ 581 milhões (CURCIO; LUNA, na imprensa).A internacionalização do Ensino Superior na Argentina em númerosEstudantes de graduação e pós-graduaçãoNa Argentina, e como tem acontecido nos diferentes sistemas de ensino superior do mundo, o número de estudantes internacionais tem crescido a taxas crescentes. A maioria realiza programas curtos, conhecidos como“faculty-ledou“customized programmes”, enquanto um segundo grupo se concentra em "programas de intercâmbio". Neste último, eles cursam disciplinas por um semestre, ou um ano de graduação, que têm a mesma validade que os equivalentes em seus países de origem. Por fim, há o grupo daqueles que cursam graduação ou pós-graduação em sua totalidade.As universidades argentinas têm um total de 74.013 estudantes estrangeiros, representando apenas 3,4% dos estudantes do sistema. A Tabela 1 apresenta todos os
image/svg+xmlMarcelo RABOSSI eAriadna GUAGLIANONERIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dic. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042563matriculados de acordo com o setor (público/privado) e nível (graduação e graduação/pós-graduação).Tabela 1Estudantes estrangeiros na Argentina por setor e nível (2017)PúblicoPrivadoTotal% em relação a todo o nívelPré-graduação e graduação46.724 16.416 63.140 3,2 Pós-graduação7.937 2.827 10.873 6,8 Total54.661 19.243 74.013 3,4 Fonte: SPU (2017)Como observado, 63.140 foram cursadaspré-graduação e graduação, enquanto 10.873 o fazem em nível de pós-graduação. No primeiro nível, 74% escolhem instituições de gestão pública e 26% optam por instituições privadas de administração. Quanto à pós-graduação, 73% e 27% respectivamente. Como particularidade, se você olhar apenas para estudantes internacionais, o nível de graduação e graduação do setor privado captura 4 pontos percentuais a mais do que o que consegue recrutar quando se leva em conta a totalidade dos alunos no sistema (22% vs. 26%). Algo semelhante acontece na pós-graduação (23% vs. 27%). De certa forma, e levando em conta que a maioria dos estudantes estrangeiros na Argentina escolhe o setor público, em termos relativos as universidades privadas são mais eficientes quando se trata de atrair estudantes internacionais em relação aos locais. Por outro lado, em termos percentuais ou nível de internacionalização, a pós-graduação é mais bem sucedida. De fato, dobra o percentual de estudantes observados no setor de pré-graduação e graduação (3,2% vs 6,8%).Fica claro na análise realizada que os percentuais de internacionalização da Argentina são baixos em relação aos países com maior capacidade de atrair estudantes estrangeiros, onde a média dos pertencentes à OCDE é próxima de 6% e chega a até18% nos casos da Austrália e do Reino Unido, por exemplo (CHOUDAHA; HU, 2016). De qualquer forma, a Argentina não se afasta dos padrões observados na maioria dos países latino-americanos, o de uma baixa participação de estudantes internacionais.Se levarmos em conta o local de origem, a maioria vem do continente americano, principalmente da América Latina, seguido muito longe pelo europeu e praticamente zero a incidência do resto do mundo (ver Tabela 2). Assim, de acordo com o local de origem dos alunos da pré-graduação e graduação, o Peru lidera a folha de pagamento com cerca de dois em cada dez. O Brasil contribui com quase 15% seguido pelo Paraguai e Bolívia, com cerca de
image/svg+xmlPolíticas de internacionalização universitária na Argentina: Mobilidade de estudantese produção científicaRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dic. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504256411% cada. En definitiva, cuatro países explican más de la mitad de la totalidad de alumnos internacionales en el sistema. Tabela 2Estudantes internacionais em universidades argentinas em carreiras de graduação e graduação por país de origem.#PaísPorcentagemPercentual cumulativo1Peru20,820,82Brasil 14,635,43Paraguai 11,847,14Bolívia 11,258,45Colômbia 9,868,16Chile 7,375,57Estados Unidos 6,281,78Uruguai 2,884,59Equador 2,887,310Venezuela 2,089,411Espanha 1,390,712China 1,091,713Itália 0,992,714Haiti0,993,515México 0,794,2Fonte: SPU (2016)Quanto aos estudantes estrangeiros de pós-graduação, o ranking é liderado pela Colômbia, com 3.355, o equivalente a 30,8% dos estudantes. Em seguida, o Equador, com 1.627 (15%), seguido pelo Brasil, com 1.131 (10%). Uma peculiaridade do sistema é que a China contribui com apenas um em cada 100 estudantes estrangeiros. Dessa forma, como país, é absolutamente sub-representado, uma vez que, em todo o mundo, estudantes dessa origem explicam 50% do total de internacionais. De qualquer forma, a incapacidade de recrutar estudantes chineses é uma fraqueza que percorre toda a região. De fato, dos mais de 600.000 estudantes daquele país que se mudaram para o exterior apenas em 2019, os destinos preferidos foram os Estados Unidos da América, seguidos pelas universidades britânicas, as da Austrália, Canadá, Hong Kong, Alemanha e Japão (YUJIE, 2019).Em relação às carreiras escolhidas, um alto percentual está inclinado para as ciências da saúde. Nesse sentido, não há diferenciação público/privada no nível de pré-graduação e
image/svg+xmlMarcelo RABOSSI eAriadna GUAGLIANONERIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dic. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042565graduação. A Tabela 3 resume a distribuição de acordo com as carreiras mais escolhidas pelos estudantes internacionais em cada setor.Tabela 3Distribuição de estudantes internacionais de graduação e graduação em universidades argentinas por setor e tipo de carreira (2016)EstudantesPorcentagemPercentual CumulativoUniversidades PúblicasMedicina8.402 21,021,0Enfermaria3.545 8,929,9Administração e Gestão de Empresas2.571 6,436,3Arquitetura e Urbanismo1.626 4,140,4Advocacia1.589 4,044,4Contador Público Nacional1.513 3,848,2Artes Audiovisuais954 2,450,6Universidades PrivadasMedicina3.670 23,823,8Administração e Gestão de Empresas1.094 7,130,8Enfermaria1.045 6,837,6Artes Audiovisuais724 4,742,3Psicologia537 3,545,8Advocacia530 3,449,2Comércio externo493 3,252,4Fonte:SPU (2016)Como observado, em sete carreiras de um total de 146 no setor público e 102 no setor privado que têm pelo menos um aluno de nacionalidade estrangeira, metade dos estudantes internacionais estão concentrados. Destaca-se principalmente a da Medicina, que lidera, como foi dito, em ambos os setores. Por outro lado, quando os estudantes de Enfermagem são adicionados a isso, os matriculados em carreiras relacionadas às Ciências da Saúde explicam 30% de todos os estrangeiros do sistema universitário argentino. Mais uma vez, pode-se especular que a forte demanda que existe para carreiras relacionadas a essa especialidade está ligada às condições de admissão à universidade que, na Argentina, tendem a ser mais frouxas do que em muitos países da região.
image/svg+xmlPolíticas de internacionalização universitária na Argentina: Mobilidade de estudantese produção científicaRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dic. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042566O Sistema argentino de I+Dem uma perspectiva internacionalPesquisadores e bolsistas dedicados à pesquisa e desenvolvimento (I+D) na Argentina, em 2017, foram 83.190, sendo distribuídos de acordo com o seguinte infográfico.Infográfico 1Pesquisadoresdedicados à I+Dna Argentina por setor e sede*Nota: Dos 21.640 40 pesquisadores pertencentes à CONICET, 17.284 têm sede em universidades públicas, 1.283 em organizações de Ciência e Tecnologia e assim por diante.Fonte: MCyT (2018)Nota-se que a maior proporção está concentrada nas universidades públicas (74%), enquanto quase 7% desenvolvem suas atividades em universidades privadas. Essa distribuição mostra que os recursos humanos em universidades privadas dedicadas à pesquisa são relativamente sub-representados. Ou seja, do total que funciona em alguma universidade do sistema, quase 92% o fazem no setor público. Aqui devemos ter em mente que, em termos de tamanho, a esfera privada representa um quinto do público. No entanto, menos deum em cada dez realiza seu trabalho neste setor. Os 20% restantes estão distribuídos entre órgãos públicos de ciência e tecnologia, entidades sem fins lucrativos, setor privado da indústria e o Conselho Nacional de Pesquisa Científica e Técnica (CONICET),principal órgão público do país dedicado à promoção da ciência e tecnologia. Ressaltamos que um número significativo de
image/svg+xmlMarcelo RABOSSI eAriadna GUAGLIANONERIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dic. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042567pesquisadores distribuídos entre os diferentes setores faz parte do CONICET.No caso da universidade pública, 17.284 fazem parte desse órgão (28% do total). Quanto ao setor universitário privado, 10% pertencemao CONICET (ver Infográfico 1). Assim, neste último caso, é gerada uma transferência de recursos públicos para pesquisa para o setor privado, uma vez que seu salário é pago principalmente pelo Estado.Quanto à distribuição percentual por disciplinas, 43% dos pesquisadores do setor público e 59% das universidades privadas estão vinculados às ciências sociais e humanas (Ver Gráfico 1). Esses campos, em geral, são menos propensos a publicar trabalhos com cooperação internacional, aspecto que, em muitos casos, está relacionado à epistemologia que os representam. Acontece que nessas áreas do conhecimento há uma tendência de usar uma linguagem um pouco menos universal do que nas ciências básicas e naturais, por exemplo. Quanto a este último, se somarmos a contribuição dos definidos como aplicados, no caso do público representam 47% do total e apenas 25% nas privadas. As ciências médicas representam 10% e 16% dos setores público e privado, respectivamente. Gráfico 1Pesquisadores e companheiros de dicados para I+D. Distribuição percentual de acordo com disciplinas de formação acadêmica e tipo de instituição. Ano 2017.Fonte: Elaboração própriaPode-se dizer que na Argentina os processos de avaliação da produção de pesquisa a nível internacional explicam a forte predominância das tradições que foram construídas na área de Ciências Básicas, alinhamento que corresponde a um sistema internacional homogêneo,
image/svg+xmlPolíticas de internacionalização universitária na Argentina: Mobilidade de estudantese produção científicaRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dic. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042568definido pelo desenvolvimento disciplinar realizado em países industrializados. Nesse sentido, é o centro que estabelece os padrões de pesquisa dos países que fazem parte da periferia no processo de industrialização. Física, química, matemática e biologia tendem a gerar processos universais de conhecimento de pesquisa e, assim, são avaliados. Diferente é o caso daqueles associados ao estudo de realidades locais a partir de uma abordagem social e humana, e aqueles ligados a áreas aplicadas, como engenharia, ciência da computação ou estatística, por exemplo. No entanto, a preponderância dos critérios das ciências básicas, com o modelo dominante de papers(artigos científicos) publicados em revistas de referência internacionais, subordinados a outros processos de transmissão do conhecimento.A situação descrita pode ser vista na Tabela 4, que representa os percentuais de distribuição de publicações predominantemente internacionais em revistas de alto impacto. Deve-se notar que, no SCI, cerca de 97% de seus periódicos são de língua inglesa, o que torna um bom proxi determinar o grau de internacionalização de cada ciência (Liu, 2016).Embora seja verdade que a predominância do básico e médico é evidente, o aumento nos últimos 2 anos na produção depapers nas áreas de ciências sociais e humanidades eu sugeriria uma mudança de paradigma. No entanto, pode-se argumentar também que eles começam a partir de percentuais relativos muito baixos e, nesse sentido, qualquer pequena mudança é perceptível. Mesmo assim, poderia ser interpretado como um princípio para uma tendência que incorpora um maior olhar internacional nessas disciplinas mais acostumadas a interagir com fenômenos locais.Tabela 4Produção argentina naSCIENCE CITATION INDEX (SCI), de acordo com a disciplina científica. Anos 2011 a 2015Disciplina20112012201320142015Física, Química e Ciências da Terra27,0%26,8%26,0%29,3%25,6%Ciências da Vida25,7%26,2%24,3%21,9%23,2%Agricultura, Biologia e Meio Ambiente18,3%19,0%18,5%18,5%17,0%Medicina clínica16,6%15,6%16,2%14,1%15,4%Engenharia, Computação e Tecnologia6,8%6,3%7,1%6,7%7,4%Ciências Multidisciplinares1,9%3,0%2,5%2,6%3,4%Ciências Sociais e Comportamentais2,9%2,4%3,7%4,2%4,7%Instrumentos*0,5%0,5%0,5%0,5%0,6%Artes e Humanidades0,2%0,3%1,0%2,1%2,7%Não-assinado0,1%0,0%0,1%0,0%0,0%Total100,0%100,0%100,0%100,0%100,0%
image/svg+xmlMarcelo RABOSSI eAriadna GUAGLIANONERIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dic. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042569*Nota: Refere-se a recursos na aplicação de instrumentos para observação, medição ou controle de sistemas físicos e/ou químicos.Fonte: Elaboração própria sobre dados da Thomson Reuters -Web of ScienceA Tabela 5 lista os dez países com os quais a Argentina tem a maior colaboração científica internacional no período 2013-2015. Observa-se que a articulação mais significativa na produção científica colaborativa entre pesquisadores é realizada com os EUA (18%), seguida pela Espanha (11%) e Brasil (10%).Tabela 5Produçãoargentina no Índice de CITAÇÃO CIENTÍFICA (SCI), segundo país de colaboração. Anos de 2013 a 2015.#País2013201420151EUA1.4811.7041.7722Espanha9281.0521.1043Brasil7538869634Alemanha5427447595França5326357336Itália4595676007Reino Unido4345495658Chile4014955589Canadá41646548110Austrália290375406Fonte: elaboração própria sobre dados da Thomson Reuters -Web of ScienceApenas o Chile, juntamente com o último país, o Brasil, entra neste primeiro lote como representante da região latino-americana. O restante pertence a nações fora da região e com perfil industrializado. Um caso interessante é que, com a Espanha, segundo em termos de colaboração acadêmica internacional com a Argentina. De certa forma, pode-se dizer que a afinidade cultural também teria algo a dizer quando se trata de cooperação científica. É interessante notar que a articulação mais forte está estabelecida com os Estados Unidos, sendo que não existem programas nacionais, constituição de redes e associações que promovam a relação entre as duas nações, como é o caso da França, Alemanha, Espanha e América Latina, em geral. Obviamente, a força científica dos Estados Unidos sozinho impulsiona a produção científica bilateral entre os dois países.Agora, se tomarmos como referência a base de informações elaborada pelo Scimago Journal Rank (SJ), a Tabela 6 permite caracterizar a Argentina em termos de áreas de conhecimento e o grau de internacionalização de cada uma delas.4Para a análise, as primeiras 4Chamamos o grau de internacionalização da produção científica para aquelas publicações em que a filiação dos pesquisadores envolvidos pertence a diferentes países.
image/svg+xmlPolíticas de internacionalização universitária na Argentina: Mobilidade de estudantese produção científicaRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dic. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504257010 disciplinas foram tomadas como referência, de acordo com a categorização de SJ de umtotal de 27, em que o país possui o maior volume de produção.Tabela 6Produção científica na Argentina nas dez primeiras áreas do conhecimento segundo quantidade e percentual de colaboração internacional (2016)#Ciência / ÁreaQuantidade%% AcumuladoColaboração Internacional*1Medicina3.18315,015,047,1%2Biologia e Agricultura2.88413,628,741,4%3Bioquímica, Genética e Biologia Molecular1.7988,537,253,0%4Física e Astronomia1.4747,044,160,8%5Engenharia1.2425,950,041,8%6Ciências terrestres e planetárias1.1065,255,252,8%7Química1.0565,060,249,5%8Ciências Ambientais9844,764,945,2%9Ciências sociais9574,569,427,4%10Informática9134,373,738,8%*Nota: Refere-se ao percentual de produção científica em que um documento é produzido por pesquisadores com afiliações em diferentes países.Fonte: Elaboração própria de dados do Scimago Journal Rank (2016)Quanto aos trabalhos publicados, as cinco primeiras áreas explicam 50% do que a Argentina produz na ciência. É evidente, como já dito, que os básicos dominam, seguidos dos aplicados. Os sociais se afastaram, representando pouco menos de 5% do total produzido. Por outro lado, quanto ao grau de internacionalização de cada um dos dez, confirma-se que as áreas de ciências humanas e sociais têm um perfil menos globalizado do que as de exatas e naturais, aplicadas e médicas. Esta é uma tendência internacional, por isso não surpreende que o grau de internacionalização da produção científica em ciências sociais mal exceda 27% (aproximadamente uma em cada quatro publicações é com colaboração internacional), o que implica quase 34 pontos percentuais a menos do que o mais internacionalizado, neste caso física e astronomia. Neste último caso, mais de 6 em cada 10 publicações são em parceria com pesquisadores de outros países (SCIMAGO JOURNAL RANK, 2016). Uma particularidade é evidente no Gráfico 2, que mostra a tendência, ou o grau de internacionalização, da produção científica argentina ao longo de um período de 20 anos (1996-2016). Houve um crescimento no nível de internacionalização, especialmente desde 2004, durante o qual mais de quatro em cada 10papers publicado na Scopus tem a colaboração de acadêmicos que residem além das fronteiras do país.
image/svg+xmlMarcelo RABOSSI eAriadna GUAGLIANONERIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dic. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042571Figura 2Percentual da produção acadêmica argentina com colaboração internacional (1996-2006)Fonte: Elaboração própriaEmbora a produção científica total no país tenha apresentado crescimento durante o período analisado, o percentual que incluiu colaboração internacional parece ter atingido um certo nível de amestramentoapós um crescimento desde o final dos anos 90. Partedessa relativa estabilidade poderia ser explicada pelo certo crescimento do trabalho de pesquisa no campo das ciências sociais e humanas, áreas que, como dito, tendem a produzir escala local, pelo menos em relação à medicina, exata e natural.Conclusõese discussãoA internacionalização do ensino superior, como tema na agenda de políticas educacionais, está instalada na Argentina desde 2000 em um contexto nacional e internacional com tendências que favorecem a integração e a cooperação entre as nações. No entanto, o país, como o resto da América Latina, está relativamente isolado desse processo, uma vez que apenas 3,4% do total de estudantes é internacional. De qualquer forma, e apesar dessas dificuldades, há um padrão crescente em termos de promoção de programas binacionais e multilaterais de desenvolvimento científico, bem como no caso de publicações que envolvem pesquisadores argentinos com seus pares internacionais.Embora a integração das instituições argentinas com o resto do mundo pareça estar encontrando seu lugar dentro do universo do ensino superior para implantar suas potencialidades particulares e vantagens competitivas, ainda surgem certas inconsistências, 34,133,931,632,444,642,345,441,242,442,644,625,030,035,040,045,050,019961998200020022004200620082010201220142016
image/svg+xmlPolíticas de internacionalização universitária na Argentina: Mobilidade de estudantese produção científicaRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dic. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042572tanto no nível micro institucional quanto em termos de políticas macrossistemas. Essas limitações não permitiram amalgamar e, assim, integrar plenamente as virtudes das universidades com as do resto do mundo. Por exemplo, a escassez de financiamento dificulta que a Argentina se conecte mais estreitamente com o mundo acadêmico internacional, juntamente com o fraco domínio da língua inglesa por estudantes e professores, situação que dificulta a cooperação internacional além dos países de língua espanhola. Da mesma forma, há falta de coordenação dentro e entre instituições e entre elas e órgãos estatais, somadas a uma perspectiva preferencialmente periférica e local, especialmente nas ciências sociais e humanas, disciplinas que ainda não miram os centros acadêmicos dos países industrializados (GUAGLIANONE; RABOSSI,2018). A lista conspira contra uma decolagem que permitiria à Argentina aumentar sua participação no jogo global do ensino superior. De qualquer forma, a participação em feiras universitárias internacionais, a construção de redes e, em menor grau, dois graus, principalmente na pós-graduação, nos permite ter um certo otimismo para o futuro.Quanto às organizações nacionais ligadas às políticas de ciência e tecnologia, há importantes desenvolvimentos em projetos de pesquisa bilaterais e multilaterais com institutos científicos internacionais. Em maior medida, as publicações internacionais de coautoria são identificadas com predominância nas ciências básicas e médicas e com baixa incidência das ciências sociais e humanas que, por si só, apresentam um perfil menos internacionalizado e mais ligados aos problemas locais. Da mesma forma, há um início incipiente de ligação entre o setor produtivo não acadêmico, em alguns casos estrangeiros, e o Estado. Trata-se dequestões globais de preocupação para empresas privadas e para o próprio Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação Produtiva.Por outro lado, e como tema a ser analisado em maior profundidade, independente do setor, público ou privado, na última década,em média, observa-se que as universidades argentinas formalizaram suas políticas de internacionalização a partir de estruturas organizacionais sob a forma de diretorias, áreas, secretarias ou departamentos e, em alguns casos, com orçamentos independentes (GUAGLIANONE; RABOSSI,2018). Com o tempo, essas estruturas ganharam destaque dentro da hierarquia institucional, principalmente por meio da promoção de programas de intercâmbio estudantil entre países e também como representantes da instituição em congressos internacionais, a fim de colocar a universidade na mira de potenciais estudantes estrangeiros. Embora isso esteja dentro da média observada, também é verdade que certas universidades com pouco contato internacional têm dificuldade em encontrar uma localização no mapa acadêmico global.
image/svg+xmlMarcelo RABOSSI eAriadna GUAGLIANONERIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dic. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042573De qualquer forma, enfrentamos um novo desafio para o ensino superior, e particularmente para a internacionalização desde o surgimento do coronavírus globalmente. O isolamento social e o fechamento de fronteiras, como paliativo para conter a pandemia, tiveram impacto direto na mobilidade dos estudantes internacionais. Altbachede Wit (2020) argumentam que é provável que haja um aumento maior no ensino-aprendizagem online e no recrutamento mais diversificado de estudantes internacionais, com menos dependência da China. Considera-se provável que, uma vez normalizadas as restrições impostas pelo coronavírus, haverá uma reestruturação dos padrões de mobilidade estudantil. E embora ainda não possamos avaliar com precisão o verdadeiro impacto que essa pandemia produzirá, haverá muitas perguntas a serem respondidas vinculadas às novas formas que a internacionalização do ensino superior assumirá em todo o mundo. No entanto, possivelmente, para muitos países que ainda não surgiram como grandes players, esta é uma oportunidade para ser aproveitada e, assim, alcançar maior internacionalização de seus programas através do uso de plataformas online. É claro que as agências de acreditação de programas remotos devem desempenhar um papel essencial para garantir que as instituições de ensino superior mantenham a qualidade de suas ofertas acadêmicas.REFERÊNCIASALTBACH, P.; DE WIT, H. El impacto del coronavirus en la educación superior. Nexos, 2020. Disponível em: https://educacion.nexos.com.mx/?p=2221. Acesso em: 26 mar. 2020.ALTBACH, P.; DE WIT, H. Are We Facing a Fundamental Challenge to Higher Education Internationalization?International Higher Education, v. 2, n. 93, p. 2-4, 29 mar. 2018. Disponível em: https://ejournals.bc.edu/index.php/ihe/article/view/10414.Acceso em: 24 Mar. 2020.CUMMINGS, J. N.; KIESLER, S. Collaborative Research Across Disciplinary and Organizational Boundaries.Social Studies of Science,v. 35, n.5, p. 703-722, 2005.Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/0306312705055535#articleCitationDownloadContainer. Acesso em: 18 Mar. 2020.CURCIO, J.; LUNA. M.F. Impacto Económico de los Estudiantes Internacionales en la Ciudad Autónoma de Buenos Aires. (en prensa).CHOUDAHA, R.; HU, D. 2016.Australian higher education leads in attracting and retaining international students.Forbes, 2016. Disponível em: https://www.forbes.com/sites/rahuldi/2016/10/27/attracting-international-students-global-competition/#234f44349967. Acesso em: 3 abr. 2020.
image/svg+xmlPolíticas de internacionalização universitária na Argentina: Mobilidade de estudantese produção científicaRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dic. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042574FULBRIGHT ARGENTINA. Graduados. 2018. Disponible en: http://fulbright.edu.ar/.Acceso en: 20-feb-2020.GARCÍA DE FANELLI, A.; CORENGIA, A; RABOSSI, M; SALTO, D. International partnerships for collaborative research in Argentinian Universities. In: GREGORUTTI, G.; SVENSON, N. Innovative north-south university research partnerships in latin america and the caribbean. New York: Palgrave Macmillan Press, 2018.GUAGLIANONE, A. Políticas de evaluación y acreditación en las universidades argentinas.1. ed. Buenos Aires: Teseo-UAI, 2013.p. 208.GUAGLIANONE, A.; RABOSSI, M. Claroscuros de la internacionalización de la educación superior en Argentina.Revista de Educación Superior en América Latina, v.4, n.4, p. 2-5, 2018. Disponível em: http://rcientificas.uninorte.edu.co/index.php/esal/article/viewFile/11277/214421442711. Acesso em: 26 fev. 2020.JIBEEN, T.; KHAN, A. Internationalization of Higher Education: Potential Benefits and Costs. International Journal of Evaluation and Research in Education (IJERE),v. 4, n.4, p. 196-199, dec.2015.Disponível em: https://files.eric.ed.gov/fulltext/EJ1091722.pdf. Acesso em: 10 set. 2020.KEHM, B.; TYLER, U. Research on internationalization in Higher Education. Journal of Studies in International Education, v.11, n.3-4, p. 260-273, sep2017.Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/1028315307303534. Acesso em: 26 mar. 2020.KNIGHT, J. Internationalization of Higher Education: A conceptual framework. In: KNIGHT, J.; DE WIT, H. Internationalization of Higher Education in Asia Pacific countries. Amsterdam: European Association for International Education, 1997.KNIGHT, J. Internationalization remodeled: definition, approaches and rationales. Journal of Studies in Intercultural Education, p. 5-31, v.8, n. 1, mar.2004.Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/1028315303260832. Acesso em: 16 Mar. 2020.LIU, W. The changing role of nonEnglish papers in scholarly communication: Evidence from Web of Science's three journal citation indexes. Learned Publishing, v.30, n. 2, p. 115-123, 20 dic.2016. DOI:https://doi.org/10.1002/leap.1089MASLEN, G. Worldwide student numbers forecast to double by 2025. UniversityWorld News,19 feb. 2012. Disponível em: http://www.universityworldnews.com/article.php?story=20120216105739999. Acesso em: 20 fev. 2020.MIHAI, I.; REISZ, R. STEM+ productivity, development, and wealth, 1900-2012. In: POWELL, J; BAKER, D.; FERNANDEZ,F.The century of science: the global triumph of the research university. Bingley: Emerald Publishing Limited, 2017. MINISTERIO DE CIENCIA Y TECNOLOGÍA. Indicadores de Ciencia y Tecnología. Argentina 2018. Disponível em https://www.argentina.gob.ar/ciencia/indicadorescti/argentina-2018. Acesso em: 20 fev. 2020.
image/svg+xmlMarcelo RABOSSI eAriadna GUAGLIANONERIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dic. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042575ARGENTINA. Ministro de Educación, Cultura, Ciencia y Tecnología de la Nación.Anuario. Estadísticas Universitarias Argentinas 2017.1. ed. Ciudad Autónoma de Buenos Aires, 2017.Disponível em https://www.argentina.gob.ar/sites/default/files/anuario-estadistico-datos-2017_final.pdf. Acesso em: 18 fev. 2020OECD.Education at a glance 2016: OECD Indicators, OECD Publishing, Paris, 2016. DOI: http://dx.doi.org/10.187/eag-2016-enRAMA, C. La nueva fase de la universidad privada en América Latina. 1. ed. Buenos Aires: Teseo-UAI, 2017.p. 498.SCIMAGO JOURNAL RANK. SIR SCImagoInstitutions Rankings, 2016. Disponível em: http://www.scimagoir.com/. Acesso em: 18 fev. 2020.SCOPUS Database.2018. Disponível em: http://www.scopus.com/. Acesso em: 18 fev. 2020.SCOTT, S. Massification, internationalization and globalization. In: Scott. S. The globalization of Higher Education. Maidenhead: Open University Press, 1998.YIP, G. Total global strategy: managing for worldwide competitive advantage. Englewood Cliffs, NJ: Prentice Hall, 1992.p. 285.YNALVEZ, M.; SHRUM, W. Professional networks, scientific collaboration, and publication productivity in resource-constrained research institutions in a developing country. Research Policy, v.40, n.2, p. 204-216, mar.2011.Disponível em: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0048733310002131. Acesso em: 16 Mar. 2020.XUEYUJIEX. More Chinese prefer UK and Canada for study abroad.Report Says, 2019. Disponível em: https://www.sixthtone.com/news/1003960/more-chinese-prefer-uk-and-canada-for-study-abroad%2C-report-says. Acesso em: 26 mar. 2020.
image/svg+xmlPolíticas de internacionalização universitária na Argentina: Mobilidade de estudantese produção científicaRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dic. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042576Como referenciar este artigoRABOSSI, M.;GUAGLIANONE, A. Las políticas de internacionalización universitaria en la argentina: Movilidad estudiantil y producción científica. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dic. 2020.e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504Enviado em: 10/09/2019Revisõesrequeridasem: 10/01/2020Aprovado em: 30/04/2020Publicado em:01/12/2020
image/svg+xmlLas políticas de internacionalización universitaria en la argentina: movilidad estudiantil y producción científica RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504 2556LAS POLÍTICAS DE INTERNACIONALIZACIÓN UNIVERSITARIA EN LA ARGENTINA: MOVILIDAD ESTUDIANTIL Y PRODUCCIÓN CIENTÍFICA POLÍTICAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO UNIVERSITÁRIA NA ARGENTINA: MOBILIDADE DE ESTUDANTES E PRODUÇÃO CIENTÍFICA UNIVERSITY INTERNATIONALIZATION POLICIES IN ARGENTINA: STUDENT MOBILITY AND SCIENTIFIC PRODUCTION Marcelo RABOSSI1Ariadna GUAGLIANONE2RESUMEN:La internacionalización de la educación superior ofrece desafíos y oportunidades para los países en vías de industrialización. Dentro de una dinámica de poder, las universidades de las naciones centrales dominan el escenario a la hora de atraer a estudiantes de todo el mundo. Mientras tanto, América Latina se presenta con capacidad de convocatoria acotada y mayormente regional; Argentina no es la excepción. El objetivo de este trabajo es indagar acerca de los procesos de internacionalización en relación al flujo de estudiantes e investigadores del sector universitario argentino a partir de información secundaria. Se realiza aquí un acercamiento a las múltiples definiciones del concepto, se exponen las principales políticas desarrolladas desde los organismos gubernamentales y se analizan las dimensiones vinculadas a la movilidad estudiantil y a la internacionalización de la producción científica, presentando datos estadísticos que dan cuenta de los fenómenos estudiados. PALABRAS CLAVE:Educación superior. Internacionalización. Movilidad estudiantil. Producción científica. Argentina. RESUMO: A internacionalização do ensino superior oferece desafios e oportunidades para os países em processo de industrialização. Dentro de uma dinâmica de poder, as universidades das nações centrais dominam o cenário para atrair estudantes de todo o mundo. Enquanto isso, a América Latina se apresenta com capacidade limitada e principalmente regional de convocação; A Argentina não é exceção. O objetivo deste trabalho é indagar sobre os processos de internacionalização em relação ao fluxo de estudantes e pesquisadores no setor universitário argentino a partir de informações secundárias. Aborda-se aqui as múltiplas definições do conceito, expõe-se as principais políticas desenvolvidas pelos órgãos governamentais e analisa-se as dimensões relativas à mobilidade estudantil e à internacionalização da produção científica, apresentando dados estatísticos que dão conta dos fenômenos estudados. 1Universidad Torcuato Di Tella (UTDT), Buenos Aires – Argentina. Profesor de Tiempo Completo. Doctorado en Educación (SUNY) – Albany. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3752-1489. E-mail: mrabossi@utdt.edu 2Universidad Abierta Interamericana (UAI), Buenos Aires – Argentina. Secretaria de Investigación. Doctorado en Ciencias Sociales (FLACSO). ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5278-2591. E-mail: ariadna.guaglianone@uai.edu.ar
image/svg+xmlMarcelo RABOSSI y Ariadna GUAGLIANONE RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504 2557PALAVRAS-CHAVE: Educação superior. Internacionalização. Mobilidade estudantil. Produção científica. Argentina. ABSTRACT: The internationalization of higher education presents challenges and opportunities for industrialized countries. Within the logic of power, universities in central nations dominate the scenario in attracting students from all over the world. Meanwhile, Latin America shows itself with limited and mostly regional recruiting capacity; Argentina is not the exception. Using secondary data, the objective of this work is to inquire about the internationalization processes in Argentina in relation to the flow of students and researchers. We first present an approach to the multiple definitions of the concept, to then describe the main policies developed by governmental agencies. Different dimensions linked to student mobility and the internationalization of scientific production are analyzed through statistical data that account for the phenomena under study. KEYWORDS: Higher education. Internationalization. Student mobility. Scientific production. Argentina. Introducción La internacionalización de la educación superior es un fenómeno de características crecientes que no conoce frontera alguna. Sin embargo, son aún las naciones industrializadas aquellas que atraen al mayor número de alumnos y científicos de todo el mundo. Si bien es cierto que cada nación cuenta con universidades de rasgos atractivos y únicos, es también verdad que las mismas se ven afectadas por sus propias realidades nacionales. El bajo financiamiento disponible en países en vías de desarrollo, por ejemplo, impide que éstas cuenten con infraestructura acorde a un mundo tecnológicamente complejo y sofisticado. Asimismo, los medios a través de los cuales el conocimiento producido se distribuye en el mundo, son dominantemente monopolizados por las naciones más ricas. En definitiva, queda en evidencia que las instituciones de educación superior interactúan dentro de un sistema estratificado en donde la dinámica “desde la periferia en vías de desarrollo” y “hacia el centro industrializado” establece los patrones de movilidad académica en cuanto al flujo de alumnos e investigadores, y en dirección inversa en lo que respecta a la distribución del conocimiento entre países (GUAGLIANONE; RABOSSI, 2018). Dentro de un panorama mundial que suma más de 5 millones de estudiantes internacionales, América Latina se encuentra fuertemente sub-representada si la comparamos con Europa, continente que atrae casi al 50% de los alumnos extranjeros (OECD, 2016). En cuanto a la Argentina, se hace presente con solo 80.000 alumnos no nativos, la mayoría provenientes de países limítrofes (SPU, 2017). En la primera parte de este trabajo se ha definido un marco de referencia que ayude a determinar qué se entiende por internacionalización. Los flujos de internacionalización, tanto
image/svg+xmlLas políticas de internacionalización universitaria en la argentina: movilidad estudiantil y producción científica RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504 2558desde la perspectiva de los estudiantes como de los de investigación, forman parte de esta sección. El Sistema Universitario Argentino según estadísticas oficiales (SPU, 2017) es abordado en el tercer apartado, sumado a las políticas nacionales tendientes a promover la internacionalización en el país. La tercera parte presenta un análisis cuantitativo de la internalización en la Argentina en términos de sus estudiantes y producción científica. Discusiones y conclusiones cierran este trabajo. Internacionalización de la educación superior: Significado y dimensiones de análisis El término internacionalización presenta distintas aristas y por lo tanto nos ubica ante diversas dimensiones en lo referente a su análisis, alcance y contenido. Asimismo, no es un vocablo nuevo, sino que ha sido empleado con anterioridad en las ciencias políticas, por ejemplo, así como ha formado parte del lenguaje que describe las dinámicas que atraviesan las relaciones entre gobiernos. Sin embargo, cuando nos referimos al sector universitario, el fenómeno de la internacionalización comienza a ganar espacio recién a fines de los años ‘80. Surgen nuevos conceptos para describir tanto los flujos de estudiantes que migran temporalmente o definitivamente de un país a otro como para retratar las relaciones de intercambio de investigadores y cooperación científica entre países (KNIGHT, 2004). Dentro de este amplio panorama, Knight (1997) la define como aquel proceso integrativo, bajo una mirada internacional e intercultural, con el objetivo de ofrecer educación pos-secundaria a estudiantes de diversa procedencia. A su vez, Scott (1998) propone cuatro dimensiones para analizarla: 1. intercambio de estudiantes entre países; 2. flujo de docentes e investigadores entre universidades más allá de sus propias fronteras geográficas; 3. colaboración internacional interinstitucional; 4. flujo de ideas que se entrecruza entre países. A partir de la identificación y categorización hecha por Yip (1995) sobre los elementos que han movilizado la creciente globalización de industrias y empresas, Rama (2017) los traslada al ámbito educativo. Así, reconoce seis principales factores que fomentan la internacionalización:1. el mercado que demanda certificaciones globales; 2. los costos decrecientes de comunicación que facilitan los intercambios; 3. las políticas de apertura que, promovidas por los países, estimulan los flujos de conocimiento; 4. las cuestiones de competitividad que hacen que no sea rentable ofrecer educación solo en el mercado local; 5. la irrupción de nuevas tecnologías de información y comunicación que reducen los costos de transacción; 6. la tecnología de punta no existente en los propios países promueve la movilidad de investigadores hacia los centros industrializados.
image/svg+xmlMarcelo RABOSSI y Ariadna GUAGLIANONE RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504 2559Por otro lado, Tyler; Kehm (2007) destacan varios aspectos que promueven y determinan el grado de internacionalización de un país. Por ejemplo, la movilidad de estudiantes y personal académico sobre la cual impactan, positiva o negativamente, cuestiones legales que hacen al reconocimiento de títulos entre países, entre otros aspectos. Respecto de la movilidad académica, se destaca el peso de los vínculos personales entre los investigadores como promotores de un mayor grado de internacionalización (GARCÍA DE FANELLI et al.,2018). Otro punto de importancia se haya presente en la “extranjerización” de los programas de estudio, la enseñanza de idiomas extranjeros y la utilización de bibliografía mayormente en inglés. Estos factores aumentan el volumen de internacionalización de los sistemas. Bajo esta misma lógica, se inscribe la transferencia de conocimiento a partir de la exportación de programas de estudio, la apertura de sedes de universidades extranjeras en diversos países, y graduados e investigadores que retornan a sus lugares de origen importando saberes y conocimientos adquiridos durante sus estadías internacionales. Un punto a tomar en cuenta es la tensión que, producto de la internacionalización, se genera entre los conceptos de cooperación y competencia. Dada la necesidad de contar con más y mejores recursos, no solo nacionales sino internacionales, las universidades han tendido a transformarse en entidades competitivas en lugar de mantener su condición de seres cooperativos (TYLER; KHEM, 2007). La internacionalización de los estudiantes El intercambio de estudiantes entre países se ha consolidado mayormente en las últimas dos décadas. De los aproximadamente 0,8 millones de alumnos extranjeros presentes en 1975, la cifra se duplica hacia fines de 1995. Esta rápida expansión provocó que desde mediados de los años 2000 hasta 2015, se pase de 3 a más de 5 millones de alumnos internacionales (OECD, 2016). De cualquier manera, es éste un fenómeno que aún no ha llegado a su límite. De hecho, se espera que alcance los 8 millones en los próximos 5 a 10 años (OECD, 2016; MASLEN, 2012). La distribución de alumnos internacionales presenta un fuerte sesgo que favorece a los países que son parte del G-20. Estas naciones reclutan al 83% de la totalidad. Por ejemplo, junto a los Estados Unidos de América, país que atrae a casi el 20%, Gran Bretaña, Francia, Alemania y Australia explican casi la mitad del flujo estudiantil total entre países. En cuanto a la Argentina, solo un poco más del 1 % la elige como destino (OECD, 2016). Respecto del origen de los mismos, de Asía proviene el 53 % mientras que Europa contribuye con el 25%, África el 8% y América Latina con el 5 %.
image/svg+xmlLas políticas de internacionalización universitaria en la argentina: movilidad estudiantil y producción científica RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504 2560Un punto de importancia es que, si bien las instituciones de educación superior reconocen los beneficios de la internacionalización de su cuerpo de estudiantes, recientes debates recelan sobre el crecimiento sin límites de, por ejemplo, los programas en inglés para extranjeros. Esto ha sido cuestionado en países como Alemania, Dinamarca y los Países Bajos, por ejemplo. Se argumenta que el uso del inglés ha impactado negativamente en la calidad de los cursos como consecuencia de académicos que son elegidos por el manejo de esta lengua más que por el profundo conocimiento de la disciplina impartida (ALTBACH; DE WIT, 2018). Internacionalización de la investigación La producción científica internacional evidencia un crecimiento exponencial. Mientras que a comienzos del Siglo XX solo una docena de países contribuía a este fenómeno, se calcula que actualmente alrededor de 200 países producen ciencia (MIHAY; REIZ, 2017). De cualquier manera, las naciones con mayor cantidad de artículos publicados siguen siendo aquellas pertenecientes a la OECD, con excepción de China e India. En cuanto a América Latina, la región es liderada por Brasil, seguida por México, Argentina, Chile y Colombia (SCIMAJO JOURNAL RANK, 2016). Si bien las universidades de países en vías de industrialización, inclusive aquellas denominadas de elite, se encuentran más abocadas a la enseñanza que a la investigación de punta, la asociación con instituciones pertenecientes a naciones desarrolladas resulta decisiva y fundamental para lograr avances en temas que hacen a la investigación científica y al desarrollo nacional (YNALVEZ; SHRUM, 2011). Sin embargo, el tipo de regulaciones que cada país o institución imponepara generar asociaciones entre universidades, puede trabar o fomentar la cooperación internacional entre las mismas (CUMMINGS; KIESLER, 2005; FOX; MOHAPATRA, 2007). Las relaciones interpersonales entre colegas juegan asimismo un papel fundamental al momento de generar y consolidar aspectos que hacen al emprendimiento, desarrollo y futura consolidación de un proyecto de investigación colaborativo entre países (GARCÍA DE FANELLI et al.,2018). No obstante, a pesar de los grandes beneficios observados, también se ha identificado a la internacionalización con aspectos desfavorables. Por ejemplo, la mercantilización del sector y la fuga de cerebros hacia los países más desarrollados (JIBEEN; ASAD KHAN, 2015). El Sistema Universitario Argentino
image/svg+xmlMarcelo RABOSSI y Ariadna GUAGLIANONE RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504 2561La universidad argentina fue, en el contexto latinoamericano, una de las primeras instituciones que adoptaron el modelo napoleónico. La reforma universitaria, iniciada en Córdoba en 1918, le imprimió características distintivas, principalmente una nueva forma de gobierno3. Y si bien predominó el perfil profesionalista, dentro de la misma se desarrollaron iniciativas científicas y tecnológicas. La Universidad Nacional de la Plata, fundada en 1905, es un claro ejemplo de lo dicho. A lo largo de su historia, la Universidad ha pasado tanto por períodos de represión política como de expansión y diversificación, similar a lo ocurrido en el resto de América Latina. Sus tradicionales estructuras académicas, sin embargo, se mantuvieron en el tiempo resistiendo, adaptándose, refuncionalizando o rechazando las demandas de reformas o de modernización académica (GUAGLIANONE, 2013). Actualmente el sector universitario argentino cuenta con un poco más de dos millones de estudiantes (aproximadamente 22 por ciento en el sector privado), cifra que la ubica entre los países de la región con mayor Tasa Bruta de Enrolamiento según población de 20 a 24 años de edad. La misma alcanza el 57% y llega al 85% si se suman los 900.000 alumnos que forman parte del sector terciario no universitario. En su totalidad, el sistema cuenta con 130 universidades, 64 de ellas privadas (SPU, 2017). Programa y actores de la internacionalización en Argentina La Secretaría de Políticas Universitarias (SPU) es un actor central de las políticas de internacionalización a través del Programa de Internacionalización de la Educación Superior y Cooperación Internacional (PIESCI). En el marco del mismo, se desarrollan actividades de cooperación con otros países y promoción de la universidad argentina en el mundo. Estas políticas permiten el diseño de programas y proyectos específicos que tienden, fundamentalmente, a incrementar el intercambio y la movilidad de estudiantes y docentes de grado y posgrado (GUAGLIANONE; RABOSSI, 2018). El Ministerio de Ciencia, Tecnología e Innovación Productiva y la Dirección Nacional de Cooperación e Integración Institucional constituye otro actor relevante del sistema. Participa en actividades de cooperación técnica internacional que se relacionen con la ciencia, la tecnología y la innovación productiva. La colaboración se implementa a través de la realización 3El sistema de gobierno fijado en los estatutos de 1883 otorgaba el control de las facultades a graduados que formaban parte de las Academias. Estos integraban los cuerpos colegiados, se autorreclutaban, eran vitalicios y designaban a sus propios miembros.
image/svg+xmlLas políticas de internacionalización universitaria en la argentina: movilidad estudiantil y producción científica RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504 2562de proyectos conjuntos de investigación, la organización de distintos tipos de eventos, la creación de centros binacionales y el otorgamiento de becas para capacitación (GUAGLIANONE; RABOSSI, 2018). Aquí, el énfasis de la cooperación se centra en cuatro grandes áreas: 1. programas que resultan de un acuerdo con un socio en el exterior vinculados a una institución semejante al Ministerio; 2. programas con la Unión Europea; 3. la internacionalización de empresas con base tecnológica; y 4. el programa Red de Argentinos Investigadores y Científicos en el Exterior(RAICES). El CONICET, como principal organismo dedicado a la promoción de la ciencia y la tecnología en la Argentina, desarrolla actividades de cooperación internacional a través de la firma de convenios con instituciones científicas internacionales y del financiamiento de proyectos de investigación conjuntos a partir de convocatorias bilaterales y multilaterales, con énfasis en las disciplinas que conforman las ciencias exactas, biológicas, medicina, física y química. En cuanto a los principales socios internacionales dentro de los programas mencionados, se destacan Francia, Alemania y América Latina. Asimismo, existe una activa cooperación con los EE.UU en las áreas de ingeniería, medicina y biología; mientras que, en el último tiempo, se ha avanzado en la apertura de relaciones con Asia y la región del Pacífico. Finalmente, la Ciudad Autónoma de Buenos Aires se erige como un actor principal en la promoción de la internacionalización a través de la creación del Programa “Study Buenos Aires” con el objeto de mejorar la experiencia de los alumnos internacionales que llegan a la Argentina. Entre otros rasgos significativos, Buenos Aires y sus suburbios cuenta con 61 universidades, 24 de las cuales son públicas y gratuitas. Un particularidad de estas últimas, es que las condiciones de ingreso son relativamente libres y sin examen de admisión. En principio, la libertad de acceso, sobre todo en algunas carreras como medicina, aparece como un incentivo para aquellos estudiantes que enfrentan cupos de ingreso en sus países de origen. En definitiva, tomando en cuenta las distintas formas que caracterizan la internacionalización, la ciudad recibe anualmente más de 80.000 estudiantes, con un beneficio económico para el año 2017 equivalente a $581 millones de dólares estadounidenses (CURCIO; LUNA, en prensa). La internacionalización de la Educación Superior en Argentina en cifras Estudiantes de grado y posgrado En Argentina, y como en general ha venido ocurriendo en los distintos sistemas de educación superior del mundo, el número de estudiantes internacionales ha crecido a tasas crecientes. La mayoría realiza programas cortos, conocidos como“faculty-led” o “customized
image/svg+xmlMarcelo RABOSSI y Ariadna GUAGLIANONE RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504 2563programmes”, mientras que un segundo grupo se concentra en los “programas de intercambio”. En estos últimos cursan asignaturas durante un semestre, o un año en carreras de grado, que cuentan con la misma validez que las equivalentes en sus países de origen. Finalmente existe el grupo de aquellos que cursan carreras de grado o posgrado en su totalidad.Las universidades argentinas cuentan con un total de 74.013 estudiantes extranjeros, lo que representa solo un 3,4% de los alumnos del sistema. El cuadro 1 presenta la totalidad de los enrolados según sector (publico / privado) y nivel (grado y pregrado / posgrado). Cuadro 1– Alumnos extranjeros en Argentina según sector y nivel (2017) Público Privado Total % en relación a la totalidad del nivel Pregrado y grado46.724 16.416 63.140 3,2 Posgrado7.937 2.827 10.873 6,8 Total54.661 19.243 74.013 3,4 Fuente: SPU (2017) Según se observa, 63.140 se hayan cursando carreras de grado y pregrado, mientras que 10.873 lo hacen a nivel de posgrado. En el primer nivel, el 74% elige instituciones de gestión pública y el 26% se inclina por las de administración privada. En cuanto al posgrado, 73% y 27% respectivamente. Como particularidad, si se observa solo a los alumnos internacionales, el nivel de pregrado y grado del sector privado captura 4 puntos porcentuales más que lo que logra reclutar cuando se toma en cuenta la totalidad de estudiantes en el sistema (22% vs. 26%). En el posgrado ocurre algo similar (23% vs. 27%). De alguna manera, y tomando en cuenta que mayoritariamente los estudiantes extranjeros en Argentina elige el sector público, en términos relativos las universidades privadas resultan más eficientes a la hora de atraer alumnos internacionales en relación a los locales. Por otro lado, en términos porcentuales o nivel de internacionalización, el posgrado resulta más exitoso. De hecho, duplica al porcentaje de alumnos observado en el sector de pregrado y grado (3,2% vs 6,8%). Se desprende, del análisis realizado, que los porcentajes de internacionalización de la Argentina son bajos en relación a los países con mayor capacidad para atraer alumnos extranjeros, en donde el promedio de los pertenecientes a la OECD se acerca al 6% y llega hasta el 18% en los casos de Australia y el Reino Unido, por ejemplo (CHOUDAHA; HU, 2016). De cualquier manera, Argentina no se aparta de los patrones observados en la mayoría de los países de América Latina, aquel de una baja participación de alumnos internacionales.
image/svg+xmlLas políticas de internacionalización universitaria en la argentina: movilidad estudiantil y producción científica RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504 2564Si tomamos en cuenta el lugar de procedencia, la mayoría proviene del continente americano, mayormente de América Latina, seguido muy de lejos por el europeo y siendo prácticamente nula la incidencia del resto del mundo (ver Cuadro 2). Así, según el lugar de origen de los alumnos en pre-grado y grado, Perú lidera la nómina con cerca de dos de cada diez. Brasil aporta casi el 15% seguido por Paraguay y Boliviacon alrededor del 11% cada uno. En definitiva, cuatro países explican más de la mitad de la totalidad de alumnos internacionales en el sistema. Cuadro 2– Alumnos internacionales en universidades argentinas en carreras de pregrado y grado por país de origen. 2016 # País Porcentaje Porcentaje acumulado1 Perú 20,8 20,82 Brasil 14,6 35,43 Paraguay 11,8 47,14 Bolivia 11,2 58,45 Colombia 9,8 68,16 Chile 7,3 75,57 Estados Unidos 6,2 81,78 Uruguay 2,8 84,59 Ecuador 2,8 87,310 Venezuela 2,0 89,411 España 1,3 90,712 China 1,0 91,713 Italia 0,9 92,714 Haití 0,9 93,515 México 0,7 94,2Fuente: SPU (2016) En cuanto a los estudiantes extranjeros de posgrado, el ranking es encabezado por Colombia con 3.355, equivalente al 30,8% de los estudiantes. Luego Ecuador con 1.627 (15%) seguido por Brasil con 1.131 (10%). Una particularidad del sistema es que China contribuye con solo uno de cada 100 alumnos extranjeros. De esta manera, como país se encuentra absolutamente sub-representado dado que, a nivel mundial, los alumnos de dicho origen explican el 50% del total de internacionales. De cualquier manera, la incapacidad para reclutar alumnos chinos es una debilidad que atraviesa a toda la región toda. De hecho, de los más de 600.000 estudiantes de ese país que se movilizaron hacia el exterior solo en 2019, los destinos preferido fueron los
image/svg+xmlMarcelo RABOSSI y Ariadna GUAGLIANONE RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504 2565Estados Unidos de América, seguido por las universidades británicas, las de Australia, Canadá, Hong Kong, Alemania y Japón (YUJIE, 2019). Respecto de las carreras elegidas, un alto porcentaje se inclina por las ciencias de la salud. En este sentido, no se advierte diferenciación público/privada a nivel de las de pregrado y grado. El Cuadro 3 resume la distribución según las carreras más elegidas por los alumnos internacionales en cada sector. Cuadro 3– Distribución de alumnos internacionales de pregrado y grado en universidades argentinas por sector y tipo de carrera (2016) Alumnos Porcentaje Porcentaje AcumuladoUniversidades PúblicasMedicina8.402 21,021,0Enfermería3.545 8,929,9Gestión y Administración de Empresas2.571 6,436,3Arquitectura y Urbanismo1.626 4,140,4Abogacía1.589 4,044,4Contador Público Nacional1.513 3,848,2Artes Audiovisuales954 2,450,6Universidades PrivadasMedicina3.670 23,823,8Gestión y Administración de Empresas1.094 7,130,8Enfermería1.045 6,837,6Artes Audiovisuales724 4,742,3Psicología537 3,545,8Abogacía530 3,449,2Comercio Exterior493 3,252,4Fuente: SPU (2016) Según lo observado, en siete carreras de un total de 146 en el sector público y 102 en el privado que al menos cuentan con un alumno de nacionalidad extranjera, se concentra la mitad de los alumnos internacionales. Se destaca principalmente la de medicina, que lidera, como fue dicho, en ambos sectores. Por otro lado, cuando a ésta se le suman los estudiantes de enfermería, los enrolados en las carreras relacionadas a las ciencias de la salud explican el 30% de la totalidad de extranjeros en el sistema universitario argentino. Nuevamente, podría especularse que la fuerte demanda que existe por carreras relacionadas a esta especialidad, se vincula con las condiciones de ingreso a la universidad que, en la Argentina, tienden a ser más laxas que en muchos países de la región.
image/svg+xmlLas políticas de internacionalización universitaria en la argentina: movilidad estudiantil y producción científica RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504 2566El Sistema de I+D argentino en perspectiva internacional Los investigadores y becarios dedicados a la investigación y desarrollo (I+D) en Argentina, en el año 2017, ascendían a 83.190, hallándose distribuidos según la siguiente infografía. Infografía 1– Investigadores dedicados a I+D en Argentina según sector y sede *Nota: De los 21.640 cuarenta investigadores pertenecientes al CONICET, 17.284 tienen su sede de trabajo en universidades públicas, 1.283 en organismos de Ciencia y Tecnología y así sucesivamente. Fuente: MCyT (2018) Se advierte que la mayor proporción se concentran en universidades públicas (74%), mientras que casi un 7% desarrolla sus actividades en universidades de gestión privada. Esta distribución evidencia que los recursos humanos en universidades privadas dedicados a investigar se encuentran relativamente sub-representados. Dicho de otra manera, del total que trabaja en alguna universidad del sistema, casi el 92% lo hace en el sector público. Aquí debemos tener en cuenta que, en términos de tamaño, el ámbito privado representa una quinta parte del público. Sin embargo, menos de uno de cada diez realiza sus labores en dicho sector. El 20% restante se distribuye entre organismos públicos de Ciencia y Tecnología, entidades sin fines de lucro, el sector privado de la industria y el Consejo Nacional de UniversidadesPúblicas61.437UniversidadesPrivadas5.475Organismosde CyT7.589Entidades sin fines de lucro942Empresas5.643CONICETTOTAL: 21.64044.15317.2846.3061.2834.925550523419con sede CONICET2.104
image/svg+xmlMarcelo RABOSSI y Ariadna GUAGLIANONE RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504 2567InvestigacionesCientíficas y Técnicas (CONICET), principal organismo público en el país dedicado a la promoción de la ciencia y la tecnología. Destacamos que un número importante de investigadores distribuidos entre los distintos sectores son parte del CONICET. En el caso de la universidad pública, 17.284forman parte de este organismo (28% del total). En cuanto al sector privado universitario, el 10% pertenece a CONICET (ver Infografía 1). Así, en este último caso, se genera una transferencia de recursos públicos para la investigación hacia al sector privado, ya que el salario de los mismos es mayormente pagado por el Estado. El cuanto a la distribución porcentual por disciplinas, el 43% de los investigadores en el sector público y el 59% en universidades privadas se encuentra vinculado a las ciencias sociales y humanidades (Ver Gráfico 1). Son estos campos, en general, menos propensos a publicar trabajos con cooperación internacional, aspecto que en muchos casos se relaciona con la epistemología que las representa. Ocurre que en estas áreas del conocimiento se tiende a utilizar un lenguaje un tanto menos universal que en las ciencias básicas y naturales, por ejemplo. En cuanto a estas últimas, si le sumamos el aporte de las definidas como aplicadas, en el caso de las públicas representan el 47% del total y solo el 25% en las privadas. Las ciencias médicas explican un 10% y un 16% en los sectores públicos y privados respectivamente. Gráfico 1– Investigadores y becarios de dicados a I+D. Distribución porcentual según disciplinas de formación académica y tipo de institución. Año 2017. Fuente: Elaboración propia Se puede afirmar que en la Argentina los procesos de evaluación de la producción de investigación a nivel internacionaldan cuenta del fuerte predominio de las tradiciones que se 19%18%10%10%30%13%6%15%16%4%50%9%0%10%20%30%40%50%60%Ciencias Exactasy NaturalesIngeniería yTecnologíasCienciasMédicasCienciasAgrícolasCiencias SocialesHumanidadesUniversidades PúblicasUniversidades Privadas
image/svg+xmlLas políticas de internacionalización universitaria en la argentina: movilidad estudiantil y producción científica RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504 2568han ido construyendo en el área de las Ciencias Básicas, alineación que corresponde con un sistema internacional homogéneo, definido por el desarrollo disciplinar llevado adelante en los países industrializados. En ese sentido, es el centro quien establece los patrones de investigación de los países que forman parte de la periferia en vías de industrialización. La física, la química, la matemática y la biología tienden a generar procesos de conocimiento en materia de investigación de carácter universal, y así son evaluadas. Diferente es el caso de las asociadas al estudio de las realidades locales desde un acercamiento social y humano, y de aquellas vinculadas a las áreas aplicadas, como las ingenierías, la informática o las estadísticas, por ejemplo. Sin embargo, la preponderancia de los criterios de las ciencias básicas, con el modelo dominante de papers (artículos científicos) publicados en revista de referato internacional, subordinó a otros procesos de transmisión del conocimiento. La situación descripta pude observarse en el Cuadro 4, que representa los porcentajes de distribución de las publicaciones predominantemente internacionales en revistas de alto impacto. Cabe aclarar que en el SCI, alrededor del 97% de sus revistas son de habla inglesa, lo que lo convierte en un buen proxi para determinar el grado de internacionalización de cada ciencia (Liu, 2016). Si bien es cierto que el predominio de las básicas y las médicas queda en evidencia, el aumento en los últimos 2 años en la producción de papers en las áreas de ciencias sociales y humanidades sugeriría un cambio de paradigma. Sin embargo, también podría argumentarse que las mismas parten de porcentajes relativos muy bajos y en este sentido, cualquier pequeño cambio resulta notorio. Aun así, podría interpretarse como un principio hacia una tendencia que incorpore una mayor mirada internacional en aquellas disciplinas más acostumbradas a interactuar con fenómenos locales. Cuadro 4– Producción argentina en el SCIENCE CITATION INDEX (SCI), según disciplina científica. Años 2011 a 2015 Disciplina20112012201320142015Física, Química y Ciencias de la Tierra27,0%26,8%26,0%29,3%25,6%Ciencias de la vida25,7%26,2%24,3%21,9%23,2%Agricultura, Biología y Medio ambiente18,3%19,0%18,5%18,5%17,0%Medicina clínica16,6%15,6%16,2%14,1%15,4%Ingeniería, Computación y Tecnología6,8%6,3%7,1%6,7%7,4%Ciencias Multidisciplinarias1,9%3,0%2,5%2,6%3,4%Ciencias Sociales y del Comportamiento2,9%2,4%3,7%4,2%4,7%Instrumentos*0,5%0,5%0,5%0,5%0,6%Artes y Humanidades0,2%0,3%1,0%2,1%2,7%
image/svg+xmlMarcelo RABOSSI y Ariadna GUAGLIANONE RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504 2569Sin asignar0,1%0,0%0,1%0,0%0,0%Total100,0%100,0%100,0%100,0%100,0%*Nota: Refiere a recursos sobre la aplicación de instrumentos para la observación, la medición o el control de sistemas físicos y / o químicos. Fuente: Elaboración propia sobre datos de Thomson Reuters – Web of Science El Cuadro 5 registra los diez primeros países con los que la Argentina presenta mayor colaboración científica internacional durante el período 2013-2015. Se observa que la articulación más significativa en la producción científica colaborativa entre investigadores se realiza con EEUU (18%), seguida de España (11%) y Brasil (10%). Cuadro 5– Producción argentina en el SCIENCE CITATION INDEX (SCI), según país de colaboración. Años 2013 a 2015. #País2013201420151EEUU1.4811.7041.7722España9281.0521.1043Brasil7538869634Alemania5427447595Francia5326357336Italia4595676007Reino Unido4345495658Chile4014955589Canadá41646548110Australia290375406Fuente: elaboración propia sobre datos de Thomson Reuters – Web of Science Solo Chile, junto a este último país, Brasil, ingresan en este primer lote como representante de la región latinoamericana. El resto, pertenece a naciones por fuera de la región y con perfil industrializado. Un caso interesante es el que se da con España, segundo en cuanto a colaboración académica internacional con Argentina. De alguna manera, podría afirmarse que la afinidad cultural también tendría algo que decir a la hora de cooperar científicamente. Es interesante destacar que la articulación más fuerte se establece con EEUU, siendo que no existen programas nacionales, constitución de redes y asociaciones que fomenten la relación entre ambas naciones, como sí es el caso con Francia, Alemania, España y Latinoamérica, en general. Evidentemente, la fortaleza científica de los EEUU tracciona por sí sola la producción científica bilateral entre los dos países. Ahora, si tomamos como referencia la base de información elaborada por Scimago Journal Rank (SJ), el Cuadro 6 permite caracterizar a la Argentina en término de áreas del
image/svg+xmlLas políticas de internacionalización universitaria en la argentina: movilidad estudiantil y producción científica RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504 2570conocimiento y el grado de internacionalización de cada una de ellas4. Para el análisis se tomaron como referencia las primeras 10 disciplinas, según la categorización de SJ de un total de 27, en la cual el país presenta el mayor volumen de producción. Cuadro 6– Producción científica en Argentina en las primeras diez áreas de conocimiento según cantidad y porcentaje de colaboración internacional (2016) #Ciencia / ÁreaCantidad%% Acumulado Colaboración Internacional*1Medicina3.18315,015,047,1%2Biología y Agricultura2.88413,628,741,4%3Bioquímica, Genética y Biología Molecular1.7988,537,253,0%4Física y Astronomía1.4747,044,160,8%5Ingeniería1.2425,950,041,8%6Ciencias de la tierra y planetarias1.1065,255,252,8%7Química1.0565,060,249,5%8Ciencias ambientales9844,764,945,2%9Ciencias Sociales9574,569,427,4%10Ciencias de la Computación9134,373,738,8%*Nota: Refiere al porcentaje de la producción científica en la cual un documento es producido por investigadores con filiaciones en distintos países. Fuente: Elaboración propia sobre datos de Scimago Journal Rank (2016) En cuanto a trabajos publicados, las cinco primeras áreas explican el 50% de lo que produce la Argentina en ciencias. Queda en evidencia, según lo ya dicho, que las básicas dominan, seguidas por las aplicadas. La sociales se hayan lejos, explicando un poco menos del 5% del total producido. Por otro lado, en cuanto al grado de internacionalización de cada una de las diez, se confirma que las áreas de humanidades y ciencias sociales presentan un perfil menos globalizado que las de exactas y naturales, las aplicadas y las médicas. Es esto una tendencia internacional, por lo que no es de extrañar que el grado de internacionalización de la producción científica en ciencias sociales apenas supere el 27% (aproximadamente una de cada cuatro publicaciones es con colaboración internacional), lo que implica casi 34 puntos porcentuales menos que la más internacionalizada, en este caso física y astronomía. En este último caso, más de 6 de cada 10 publicaciones son en asociación con investigadores de otros países (SCIMAGO JOURNAL RANK, 2016). 4Denominamos grado de internacionalización de la producción científica a aquellas publicaciones en la cual la filiación de los investigadores involucrados pertenece a distintos países.
image/svg+xmlMarcelo RABOSSI y Ariadna GUAGLIANONE RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504 2571Una particularidad se hace evidente en el Gráfico 2, el que muestra la tendencia, o el grado de internacionalización, de la producción científica argentina a lo largo de un período de 20 años (1996-2016). Se observa un crecimiento en el nivel de internacionalización, sobre todo a partir de 2004, año durante el cual más de cuatro de cada 10 papers publicados en Scopus cuentan con colaboración de académicos que residen más allá de las fronteras del país. Gráfico 2– Porcentaje de producción académica argentina con colaboración internacional (1996-2006) Fuente: Elaboración propia Si bien la producción científica total en el país evidenció un crecimiento durante el período analizado,el porcentaje que incluyó colaboración internacional pareciera haber llegado a un cierto nivel de amesetamiento luego de un crecimiento desde fines de la década del ‘90. Parte de esta estabilidad relativa podría estar explicada por el cierto crecimiento de los trabajos de investigación en el campo de las ciencias sociales y humanas, áreas que, como se dijo, tienden a producir escala local, al menos en términos relativos a las médicas, exactas y naturales. Conclusiones y discusión La internacionalización de la educación superior, como tema de agenda de políticas educativas, se instala en Argentina a partir del año 2000 en un contexto nacional e internacional con tendencias que favorecen la integración y la cooperación entre naciones. Sin embargo el país, como el resto de América Latina, se encuentra relativamente aislado de este proceso ya 34,133,931,632,444,642,345,441,242,442,644,625,030,035,040,045,050,019961998200020022004200620082010201220142016
image/svg+xmlLas políticas de internacionalización universitaria en la argentina: movilidad estudiantil y producción científica RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504 2572que solo un 3,4% del total de alumnos son internacionales. De cualquier manera, y a pesar de estas dificultades, se evidencia un patrón creciente en lo referente al impulso de programas de desarrollo científico binacionales y multilaterales como en lo atinente a publicaciones que involucran a investigadores argentinos con sus pares internacionales. Si bien la integración de las instituciones argentinas con el resto del mundo parece ir encontrando su espacio dentro del universo de la educación superior para allí desplegar sus potencialidades particulares y ventajas competitivas, surgen aun ciertas inconsistencias, tanto a nivel micro institucional como en lo que hace a las políticas del macro sistema. Dichas limitaciones no han permitido amalgamar y así integrar en su totalidad las virtudes de las universidades con las del resto del mundo. Por ejemplo, la escasez de financiamiento dificulta una mayor vinculación de la Argentina con el mundo académico internacional, sumado al escaso manejo de la lengua inglesa por parte de estudiantes y profesores, situación que dificulta la cooperación internacional más allá de los países de habla hispana. Asimismo, se observa una falta de coordinación dentro y entre las instituciones y entre éstas y los organismos estatales, sumado a una mirada preferentemente periférica y local, sobre todo en las ciencias sociales y humanas, disciplinas que aún no posan sus ojos en los centros académicos de los países industrializados (GUAGLIANONE; RABOSSI, 2018). Lo enumerado conspira contra un despegue que le permitiría a la Argentina incrementar su participación en el juego global de la educación superior. De cualquier manera, la participación en ferias internacionales de universidades, la construcción de redes y en menor grado la doble titulación, principalmente en las carreras de posgrado, permite tener un cierto optimismo de cara al futuro. En cuanto a los organismos nacionales vinculados a las políticas en ciencia y tecnología, se advierten importantes desarrollos de proyectos bilaterales y multilaterales de investigación con institutos científicos internacionales. Se identifican, en mayor medida, las publicaciones de coautoría internacional con predomino en las ciencias básicas y médicas y con una baja incidencia de las ciencias sociales y humanidades que, per se, presentan un perfil menos internacionalizado y más vinculado a las problemáticas locales. Asimismo, se observa, de manera incipiente, un comienzo de vinculación entre el sector productivo no académico, en algunos casos extranjeros, y el Estado. Se abordan así temas de carácter global que preocupan a las empresas privadas y al propio Ministerio de Ciencia, Tecnología e Innovación Productiva. Por otro lado, y como tema para ser analizado en mayor profundidad, independiente del sector, público o privado, en la última década, en promedio, se ha visto que las universidades argentinas han formalizado sus políticas de internacionalización a partir de estructuras organizativas en forma de direcciones, áreas, secretarías o departamentos y, en algunos casos,
image/svg+xmlMarcelo RABOSSI y Ariadna GUAGLIANONE RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504 2573con presupuestos independientes (GUAGLIANONE; RABOSSI, 2018). Con el tiempo, dichas estructuras han ganado protagonismo dentro de la jerarquía institucional, principalmente a través de la promoción de programas de intercambio de estudiantes entre países y asimismo como representantes de la institución en congresos internacionales con el objeto de ubicar a la universidad en la mira de potenciales alumnos extranjeros. Si bien lo dicho ingresa dentro del promedio observado, también es cierto que a ciertas universidades con escaso contacto internacional, les resulta difícil encontrar una ubicación en el mapa académico global. De cualquier manera, nos enfrentamos a un nuevo desafío para la educación superior, y particularmente para la internacionalización a partir del surgimiento del coronavirus a nivel mundial. El aislamiento social y el cierre de fronteras, como paliativo para contener la pandemia, ha impactado de modo directo en la movilidad de los estudiantes internacionales. Altbach y de Wit (2020) sostienen que, probablemente, se produzca un mayor incremento de la enseñanza – aprendizaje en línea y un reclutamiento más diversos de estudiantes internacionales, con una menor dependencia de China. Se considera probable que una vez que se normalicen las restricciones impuestas por el coronavirus, se produzca una reestructuración de los patrones de la movilidad estudiantil. Y si bien aún no podemos evaluar con exactitud el verdadero impacto que producirá esta pandemia, quedarán muchas preguntas por responder vinculadas a las nuevas formas que asumirá la internacionalización de la educación superior a nivel mundial. Sin embargo, posiblemente, para muchos países que aún no surgen como jugadores de peso, sea ésta una oportunidad a ser aprovechada y lograr así un mayor grado de internacionalización de sus programas a través del uso de las plataformas on-line. Eso sí, las agencias de acreditación de programas remotos deberán jugar un papel esencial para así lograr que las instituciones de educación superior mantengan la calidad de sus ofertas académicas. REFERENCIAS ALTBACH, P.; DE WIT, H. El impacto del coronavirus en la educación superior. Nexos, 2020. Disponible en: https://educacion.nexos.com.mx/?p=2221. Acceso en: 26 mar. 2020. ALTBACH, P.; DE WIT, H. Are We Facing a Fundamental Challenge to Higher Education Internationalization? International Higher Education, v. 2, n. 93, p. 2-4, 29 mar. 2018. Disponible en: https://ejournals.bc.edu/index.php/ihe/article/view/10414.Acceso en: 24 mar. 2020. CUMMINGS, J. N.; KIESLER, S. Collaborative Research Across Disciplinary and Organizational Boundaries. Social Studies of Science, v. 35, n. 5, p. 703-722, 2005. Disponible en:
image/svg+xmlLas políticas de internacionalización universitaria en la argentina: movilidad estudiantil y producción científica RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504 2574https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/0306312705055535#articleCitationDownloadContainer. Acceso en: 18 mar. 2020. CURCIO, J.; LUNA. M.F. Impacto Económico de los Estudiantes Internacionales en la Ciudad Autónoma de Buenos Aires. (en prensa). CHOUDAHA, R.; HU, D. 2016. Australian higher education leads in attracting and retaining international students.Forbes, 2016. Disponible en: https://www.forbes.com/sites/rahuldi/2016/10/27/attracting-international-students-global-competition/#234f44349967. Acceso en: 3 abr. 2020. FULBRIGHT ARGENTINA. Graduados. 2018. Disponible en: http://fulbright.edu.ar/.Acceso en: 20-feb-2020. GARCÍA DE FANELLI, A.; CORENGIA, A; RABOSSI, M; SALTO, D. International partnerships for collaborative research in Argentinian Universities. In: GREGORUTTI, G.; SVENSON, N. Innovative north-south university research partnerships in latin america and the caribbean. New York: Palgrave Macmillan Press, 2018. GUAGLIANONE, A. Políticas de evaluación y acreditación en las universidades argentinas.1. ed. Buenos Aires: Teseo- UAI, 2013. p. 208. GUAGLIANONE, A.; RABOSSI, M. Claroscuros de la internacionalización de la educación superior en Argentina.Revista de Educación Superior en América Latina, v. 4, n. 4, p. 2-5, 2018. Disponible en: http://rcientificas.uninorte.edu.co/index.php/esal/article/viewFile/11277/214421442711. Acceso en: 26 feb. 2020. JIBEEN, T.; KHAN, A. Internationalization of Higher Education: Potential Benefits and Costs. International Journal of Evaluation and Research in Education (IJERE), v. 4, n. 4, p. 196-199, dec. 2015. Disponible en: https://files.eric.ed.gov/fulltext/EJ1091722.pdf. Acceso en: 10 sep. 2020. KEHM, B.; TYLER, U. Research on internationalization in Higher Education. Journal of Studies in International Education, v. 11, n. 3-4, p. 260-273, sep 2017. Disponible en: https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/1028315307303534. Acceso en: 26 mar. 2020. KNIGHT, J. Internationalization of Higher Education: A conceptual framework. In: KNIGHT, J.; DE WIT, H. Internationalization of Higher Education in Asia Pacific countries. Amsterdam: European Association for International Education, 1997. KNIGHT, J. Internationalization remodeled: definition, approaches and rationales. Journal of Studies in Intercultural Education, p. 5-31, v. 8, n. 1, mar. 2004.Disponible en: https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/1028315303260832. Acceso en: 16 mar. 2020. LIU, W. The changing role of nonEnglish papers in scholarly communication: Evidence from Web of Science's three journal citation indexes. Learned Publishing, v. 30, n. 2, p. 115-123, 20 dic. 2016. DOI: https://doi.org/10.1002/leap.1089
image/svg+xmlMarcelo RABOSSI y Ariadna GUAGLIANONE RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504 2575MASLEN, G. Worldwide student numbers forecast to double by 2025. UniversityWorld News, 19 feb. 2012. Disponible en: http://www.universityworldnews.com/article.php?story=20120216105739999. Acceso en: 20 feb. 2020. MIHAI, I.; REISZ, R. STEM+ productivity, development, and wealth, 1900-2012. In: POWELL, J; BAKER, D.; FERNANDEZ, F.The century of science: the global triumph of the research university. Bingley: Emerald Publishing Limited, 2017. MINISTERIO DE CIENCIA Y TECNOLOGÍA. Indicadores de Ciencia y Tecnología. Argentina 2018. Disponible en https://www.argentina.gob.ar/ciencia/indicadorescti/argentina-2018. Acceso en: 20 feb. 2020. ARGENTINA. Ministro de Educación, Cultura, Ciencia y Tecnología de la Nación. Anuario. Estadísticas Universitarias Argentinas 2017. 1. ed. Ciudad Autónoma de Buenos Aires, 2017.Disponible en https://www.argentina.gob.ar/sites/default/files/anuario-estadistico-datos-2017_final.pdf. Acceso en: 18 feb. 2020 OECD. Education at a glance 2016: OECD Indicators, OECD Publishing, Paris, 2016. DOI: http://dx.doi.org/10.187/eag-2016-en RAMA, C. La nueva fase de la universidad privada en América Latina. 1. ed. Buenos Aires: Teseo- UAI, 2017. p. 498. SCIMAGO JOURNAL RANK. SIR — SCImago Institutions Rankings, 2016. Disponible en: http://www.scimagoir.com/. Acceso en: 18 feb. 2020. SCOPUS Database. 2018. Disponible en: http://www.scopus.com/. Acceso en: 18 feb. 2020. SCOTT, S. Massification, internationalization and globalization. In: Scott. S. The globalization of Higher Education. Maidenhead: Open University Press, 1998. YIP, G. Total global strategy: managing for worldwide competitive advantage. Englewood Cliffs, NJ: Prentice Hall, 1992. p. 285. YNALVEZ, M.; SHRUM, W. Professional networks, scientific collaboration, and publication productivity in resource-constrained research institutions in a developing country. Research Policy, v. 40, n.2, p. 204-216, mar. 2011.Disponible en: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0048733310002131. Acceso en: 16 mar. 2020. XUE YUJIEX. More Chinese prefer UK and Canada for study abroad. Report Says, 2019. Disponible en: https://www.sixthtone.com/news/1003960/more-chinese-prefer-uk-and-canada-for-study-abroad%2C-report-says. Acceso en: 26 mar. 2020.
image/svg+xmlLas políticas de internacionalización universitaria en la argentina: movilidad estudiantil y producción científica RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504 2576Cómo referenciar este artículo RABOSSI, M. GUAGLIANONE, A. Las políticas de internacionalización universitaria en la argentina: movilidad estudiantil y producción científica. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504 Remitido el: 10/09/2019 Revisiones requeridas el: 10/01/2020 Aprobado el: 30/04/2020 Publicado el: 01/12/2020
image/svg+xmlUniversity internationalization policies in Argentina: Student mobility and scientific productionRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042556UNIVERSITY INTERNATIONALIZATION POLICIES IN ARGENTINA: STUDENT MOBILITY AND SCIENTIFIC PRODUCTIONPOLÍTICAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO UNIVERSITÁRIA NA ARGENTINA: MOBILIDADE DE ESTUDANTES E PRODUÇÃO CIENTÍFICALAS POLÍTICAS DE INTERNACIONALIZACIÓN UNIVERSITARIA EN LA ARGENTINA: MOVILIDAD ESTUDIANTIL Y PRODUCCIÓN CIENTÍFICAMarcelo RABOSSI1Ariadna GUAGLIANONE2ABSTRACT: The internationalization of higher education presents challenges and opportunities for industrialized countries. Within the logic of power, universities in central nations dominate the scenario in attracting students from all over the world. Meanwhile, Latin America shows itself with limited and mostly regional recruiting capacity; Argentinais not the exception. Using secondary data, the objective of this work is to inquire about the internationalization processes in Argentina in relation to the flow of students and researchers. We first present an approach to the multiple definitions of theconcept, to then describe the main policies developed by governmental agencies. Different dimensions linked to student mobility and the internationalization of scientific production are analyzed through statistical data that account for the phenomena under study.KEYWORDS:Higher education. Internationalization. Student mobility. Scientific production. Argentina.RESUMO:A internacionalização do ensino superior oferece desafios e oportunidades para os países em processo de industrialização. Dentro de uma dinâmica de poder, as universidades das nações centrais dominam o cenário para atrair estudantes de todo o mundo. Enquanto isso, a América Latina se apresenta com capacidade limitada e principalmente regional de convocação; A Argentina não é exceção. O objetivo deste trabalho é indagar sobre os processos de internacionalização em relação ao fluxo de estudantes e pesquisadores no setor universitário argentino a partir de informações secundárias. Aborda-se aqui as múltiplas definições do conceito, expõe-se as principais políticas desenvolvidas pelos órgãos governamentais e analisa-se as dimensões relativas à mobilidade estudantil e à internacionalização da produção científica, apresentando dados estatísticos que dão conta dos fenômenos estudados.PALAVRAS-CHAVE:Educação superior. Internacionalização. Mobilidade estudantil. Produção científica. Argentina.1Torcuato Di TellaUniversity(UTDT), Buenos Aires Argentina. Full-time professor. PhD in Education(SUNY) Albany. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3752-1489. E-mail: mrabossi@utdt.edu2InteramericanOpen University(UAI), Buenos Aires Argentina. Research Secretary. PhD in Social Sciences(FLACSO). ORCID:https://orcid.org/0000-0001-5278-2591. E-mail:ariadna.guaglianone@uai.edu.ar
image/svg+xmlMarcelo RABOSSI andAriadna GUAGLIANONERIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042557RESUMEN:La internacionalización de la educación superior ofrece desafíos y oportunidades para los países en vías de industrialización. Dentro de una dinámica de poder, las universidades de las naciones centrales dominan el escenario a la hora de atraer a estudiantes de todo el mundo. Mientras tanto, América Latina se presenta con capacidad de convocatoria acotada y mayormenteregional; Argentina no es la excepción. El objetivo de este trabajo es indagar acerca de los procesos de internacionalización en relación al flujo de estudiantes e investigadores del sector universitario argentino a partir de información secundaria. Se realiza aquí un acercamiento a las múltiples definiciones del concepto, se exponen las principales políticas desarrolladas desde los organismos gubernamentales y se analizan las dimensiones vinculadas a la movilidad estudiantil y a la internacionalización dela producción científica, presentando datos estadísticos que dan cuenta de los fenómenos estudiados.PALABRAS CLAVE:Educación superior.Internacionalización.Movilidad estudiantil.Producción científica.Argentina. IntroductionThe internationalization of higher education is a phenomenon of increasing characteristics that knows no borders. However, it is still the industrialized nations that attract the largest number of students and scientists from around the world. While it is true that each nation has universities with attractive and unique characteristics, it is also true that they are affected by their own national realities. The low funding available in developing countries, for example, prevents them from having infrastructure according to a technologically complex and sophisticated world. Similarly, the means by which the knowledge produced is distributed in the world are predominantly monopolized by the wealthiest nations. In a view, it is evident that higher education institutions interact within a stratified system where the dynamics "of the developing periphery" and "to the industrialized center" establish the standards of academic mobility in terms of the flow of students and researchers, and in the opposite direction to the distribution of knowledge between countries (GUAGLIANONE; RABOSSI, 2018). Within a global landscape totaling more than 5 million international students, Latin America has a strong under-representationcompared to Europe, a continent that attracts almost 50% of foreign students (OECD, 2016). As for Argentina, there are only 80,000 non-native students, most of them from neighboring countries (SPU, 2017).In the first part of this work, a reference was defined to help determine what is meant by internationalization. The flows of internationalization, both from the perspective of students and research, are part of this section. The Argentine University System according to official statistics (SPU, 2017) is addressed in the third section, in addition to national policies aimed at promoting internationalization in the country. The third part presents a quantitative analysis of
image/svg+xmlUniversity internationalization policies in Argentina: Student mobility and scientific productionRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042558the internalization in Argentina in terms of its students and scientific production. Discussions and conclusions close this paper.Internationalization of higher education: Meaning and dimensions of analysisThe term internationalization has different borders and therefore puts us before different dimensions in terms of its analysis, scope and content. Similarly, it is not a new word, but has been used previously in political science, for example, as well as has been part of the language that describes the dynamics that runs through relations between governments. However, when we refer to the university sector, the phenomenon of internationalization begins to gain ground only in the late 1980s. New concepts emerge to describe both the flows of students who migrate temporarily or permanently from one country to another and to portray the relations of exchange of researchers and scientific cooperation between countries (KNIGHT, 2004). Within this broad panorama, Knight (1997) defines it as this integrative process, from an international and intercultural perspective, with the objective of offering post-secondary education to students from diverse backgrounds. Scott (1998) proposes four dimensions to analyze it: 1. exchange of students between countries; 2. flow of professors and researchers between universities beyond their own geographical boundaries; 3. international interinstitutional collaboration; 4. Flow of ideas that intersect between countries. Based on the identification and categorization made by Yip (1995) on the elements that mobilized the growing globalization of industries and companies, Rama (2017) transfers them to the educational field. Thus, it recognizes six main factors that promote internationalization:1. the market that demands global certifications; 2. the reduction of communication costs facilitating exchanges; 3. policies of openness that, promoted by countries, stimulate knowledge flows; 4. competitiveness issues that make it unprofitable to offer education only in the local market; 5. the emergence of new information and communication technologies that reduce transaction costs; 6. State-of-the-art technology that does not exist in the countries themselves promotes the mobility of researchers to industrialized centers.On the other hand, Tyler; Kehm (2007) highlights several aspects that promote and determine the degree of internationalization of a country. For example, the mobility of students and the academic team on which they impact, positively or negatively, legal issues that make the recognition of degrees between countries, among other aspects. Regarding academic mobility, the weight of personal ties between researchers as promoters of a higher degree of internationalization stands out (GARCÍA DE FANELLI et al.,2018). Another important point
image/svg+xmlMarcelo RABOSSI andAriadna GUAGLIANONERIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042559was present in the "foreignization" of curricula, in the teaching of foreign languages and in the use of bibliography mainly in English. These factors increase the volume of internationalization of systems. Under this same logic, the transfer of knowledge is inscribed from the export of study programs, the opening of the registered base of foreign universities in several countries, and graduates and researchers who return to their places of origin importing knowledge and knowledge acquired during their international stays. One point to betaken into account is the tension that, as a result of internationalization, is generated between the concepts of cooperation and competition. Given the need for more and better resources, not just national, but international, universities tend to turn into competitive entities rather than maintain their status as cooperative beings (TYLER; KHEM, 2007).The internationalization of studentsStudent exchange between countries has been consolidated mainly in the last two decades. Of the approximately 0.8 million foreign students present in 1975, the number doubled at the end of 1995. This rapid expansion has increased from the mid-2000s to 2015, from 3 to more than 5 million international students (OECD, 2016). Anyway, this is a phenomenon that has not yet reached its limit. In fact, it is expected to reach 8 million in the next 5 to 10 years (OECD, 2016; MASLEN, 2012).The distribution of international students presents a strong bias that favors the countries that are part of the G-20. These nations recruit 83% of the total. For example, along with the United States of America, which attracts almost 20%, Britain, France,Germany and Australia account for almost half of the total student flow between countries. As for Argentina, only just over 1% choose it as a destination (OECD, 2016). As for its origin, Asia comes 53% while Europe contributes 25%, Africa 8% and Latin America with 5%. An important point is that while higher education institutions recognize the benefits of internationalization of their student body, recent debates are wary of the unlimited growth of, say, English language programs for foreigners. This has been questioned in countries such as Germany, Denmark and the Netherlands, for example. It is argued that the use of English has negatively impacted the quality of the courses as a result of the academics who are chosen for the handling of this language and not for the deep knowledge of the discipline taught (ALTBACH; FROM WIT, 2018).
image/svg+xmlUniversity internationalization policies in Argentina: Student mobility and scientific productionRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042560Internationalization of researchInternational scientific production shows exponential growth. Although at the beginning of the 20th century only a dozen countries contributed to this phenomenon, it is estimated that currently about 200 countries produce science (MIHAY; REIZ, 2017). In any case, the nations with the most published articles are still those belonging to the OECD, with the exception of China and India. As for Latin America, the region is led by Brazil, followed by Mexico, Argentina, Chile and Colombia (SCIMAJO JOURNAL RANK, 2016). Although universities in industrializing countries, including so-called elite, are more focused on teaching than on cutting-edge research, the partnership with institutions belonging to developed nations is decisive and fundamental to achieve progress on issues that make scientific research and national development (YNALVEZ; SHRUM, 2011). However, the type of regulation that each country or institution imposes to generate partnerships between universities, can hinder or promote international cooperation between them (CUMMINGS; KIESLER, 2005; Fox, Fox, MOHAPATRA, 2007). Interpersonal relationships between colleagues also play a key rolein generating and consolidating aspects that make entrepreneurship, development and future consolidation of a collaborative research project between countries (GARCÍA DE FANELLI et al.,2018). However, despite the great benefits observed, internationalization has also been identified with unfavorable aspects. For example, the commodification of the sector and the brain drain to the most developed countries (JIBEEN; ASAD KHAN, 2015).The Argentine University SystemThe Argentine university was, in the Latin American context, one of the first institutions to adopt the Napoleonic model. The university reform, begun in Córdoba in 1918, gave different characteristics, mainly a new form of government3. And although the professional profile predominated, scientific and technological initiatives were developed within it. The National University of La Plata, founded in 1905, is a clear example of this. Throughout its history, the University has gone through periods of political repression, as well as expansion and diversification, similar to what happened in the rest of Latin America. Its traditional academic structures, however, have remained over time resisting, adapting, 3The system of government established in the statutes of 1883 granted control of the faculties to graduates who were part of the Academies. These make up the collegiates, self-recruited, went to life and appointed their own members.
image/svg+xmlMarcelo RABOSSI andAriadna GUAGLIANONERIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042561refunctionalizing orrejecting demands for reforms or academic modernization (GUAGLIANONE, 2013).Currently, the Argentine university sector has just over two million students (approximately 22% in the private sector), a number that places it among the countries in the regionwith the highest Gross Enrollment Rate according to the population of 20 to 24 years of age. It reaches 57% and reaches 85% if the 900,000 students who are part of the non-university tertiary sector are added. In its entirety, the system has 130 universities, 64 of them private (SPU, 2017).Program and internationalization actors in ArgentinaThe Secretariat for University Policies (SPU) is a central actor in internationalization policies through the Program for the Internationalization of Higher Education and International Cooperation (PIESCI). Within the scope, cooperation activities are developed with other countries and promotion of the Argentine university in the world. These policies allow the design of specificprograms and projects that tend, fundamentally, to increase the exchange and mobility of undergraduate and graduate students and teachers (GUAGLIANONE; RABOSSI, 2018).The Ministry of Science, Technology and Productive Innovation and the National Directorate of Cooperation and Institutional Integration are another relevant player in the system. Participates in international technical cooperation activities related to science, technology and productive innovation. The collaboration is implemented through the realization of joint research projects, organization of different types of events, creation of binational centers and granting of scholarships for training (GUAGLIANONE; RABOSSI, 2018). Here, the emphasis of cooperation is on four main areas: 1. programs resulting from an agreement with an external partner linked to an institution similar to the Ministry; 2. programmes with the European Union; 3. the internationalization of technology-based companies; and 4. the Network of Argentine Researchers and Scientists Abroad(RAICES).CONICET, as the main organization dedicated to the promotion of science and technology in Argentina, develops international cooperation activities through the signing of agreements with international scientific institutions and the financing of joint research projects based on bilateral and multilateral calls, with emphasis on the disciplines that make up the exact sciences, biological, medical, physical and chemical. As for the main international partners within the above mentioned programs, France, Germany and Latin America stand out. There is
image/svg+xmlUniversity internationalization policies in Argentina: Student mobility and scientific productionRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042562also active cooperation with the U in the fields of engineering, medicine and biology; while progress has been made in recent times in opening relations with Asia and the Pacific region.Finally, the Autonomous City of Buenos Aires stands out as one of the main actors in promoting internationalization through the creation ofthe "StudyBuenos Aires" Program, in order to improve the experience of international students arriving in Argentina. Among other significant features, Buenos Aires and its suburbs have 61 universities, of which 24 are public and free. A peculiarity of the latter is that the conditions of entry are relatively free and without an entrance exam. In principle, freedom of access, especially in some careers such as medicine, appears as an incentive for those students facing entry quotas into their home countries. In short, taking into account the different forms that characterize internationalization, the city receives more than 80,000 students annually, with an economic benefit for 2017 equivalent to US$ 581 million (CURCIO; LUNA, in the press).The internationalization of Higher Education in Argentina in numbersUndergraduate and graduate studentsIn Argentina, and as has happened in the different higher education systems of the world, the number of international students has grown at increasing rates. Mostrun short programs, known as faculty-ledor"customized programs", while a second group focuses on "exchange programs". In the latter, they attend subjects for one semester, or one year of graduation, which have the same validity as the equivalents in their countries of origin. Finally, there is the group of those who attend undergraduate or graduate studies in their entirety.Argentine universities have a total of 74,013 foreign students, representing only 3.4% of the system's students. Table 1 presents all those enrolled according to the sector (public/private) and level (undergraduate and undergraduate/graduate).
image/svg+xmlMarcelo RABOSSI andAriadna GUAGLIANONERIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042563Table1Foreign students in Argentina by sector and level (2017)PublicPrivateTotal% Compared to the entire levelUndergraduate and undergraduate46.724 16.416 63.140 3,2 Postgraduate studies7.937 2.827 10.873 6,8 Total54.661 19.243 74.013 3,4 Source: SPU (2017)As observed, 63,140 werepre-graduatedand graduated, while 10,873 did so at the graduate level. At the first level, 74% choose public management institutions and 26% opt for private management institutions. As for graduate studies, 73% and 27% respectively. As a particularity, if you look onlyat international students, the level of graduation and graduation of the private sector captures 4 percentage points more than what you can recruit when taking into account the totality of students in the system (22% vs. 26%). Something similar happens ingraduate school (23% vs. 27%). In a way, and taking into account that the majority of foreign students in Argentina choose the public sector, in terms relative to private universities are more efficient when it comes to attracting international students in relation to localones. On the other hand, in percentage terms or level of internationalization, graduate studies are more successful. In fact, it doubles the percentage of students observed in the undergraduateand undergraduate sector (3.2% vs. 6.8%).It is clear from the analysis that argentina's internationalization percentages are low in relation to countries with the highest capacity to attract foreign students, where the average of OECD members is close to 6% and reaches up to 18% in the cases of Australia and the United Kingdom, for example (CHOUDAHA; HU, 2016). In any case, Argentina does not deviate from the standards observed in most Latin American countries, that of a low participation of international students.If we take into account the placeof origin, most come from the American continent, mainly from Latin America, followed very far by The European and practically zero the incidence of the rest of the world (see Table 2). Thus, according to the place of origin of undergraduateandundergraduate students, Peru leads the payroll with about two out of ten. Brazil contributes almost 15% followed by Paraguay and Bolivia, with about 11% each. In short, four countries account for more than half of all international students in the system
image/svg+xmlUniversity internationalization policies in Argentina: Student mobility and scientific productionRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042564Table 2International students at Argentine universities in undergraduate and undergraduate careers by country of origin.#CountryPercentageCumulative percentage1Peru20,820,82Brazil 14,635,43Paraguay 11,847,14Bolivia 11,258,45Colombia 9,868,16Chile 7,375,57United States 6,281,78Uruguay 2,884,59Ecuador 2,887,310Venezuela 2,089,411Spain 1,390,712China 1,091,713Italy 0,992,714Haiti0,993,515Mexico 0,794,2Source: SPU (2016)As for foreign graduate students, the ranking is led by Colombia, with 3,355, equivalent to 30.8% of students. Then, Ecuador, with 1,627 (15%), followed by Brazil, with 1,131 (10%). One peculiarity of the system is that China contributes only one in 100 foreign students. Thus, as a country, it is absolutely under-represented, since, worldwide, students of this origin explain 50% of the total international. In any case, the inability to recruit Chinese students is a weakness that runs throughout the region.In fact, of the more than 600,000 students from that country who moved abroad in 2019 alone, the preferred destinations were the United States of America, followed by British universities, those from Australia, Canada, Hong Kong, Germany and Japan (YUJIE,2019).In relation to the chosen careers, a high percentage is inclined towards the health sciences. In this sense, there is no public/private differentiation at the levelofundergraduate and undergraduate studies. Table 3 summarizes the distribution according to the careers most chosen by international students in each sector.
image/svg+xmlMarcelo RABOSSI andAriadna GUAGLIANONERIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042565Table 3Distribution of international undergraduate and undergraduate students in Argentine universities by sector and career type (2016)StudentsPercentageCumulative PercentagePublic UniversitiesMedicine8.402 21,021,0Infirmary3.545 8,929,9Business Administration and Management2.571 6,436,3Architecture and Urbanism1.626 4,140,4Advocacy1.589 4,044,4National Public Accountant1.513 3,848,2Audiovisual Arts954 2,450,6Private UniversitiesMedicine3.670 23,823,8Business Administration and Management1.094 7,130,8Infirmary1.045 6,837,6Audiovisual Arts724 4,742,3Psychology537 3,545,8Advocacy530 3,449,2Foreign trade493 3,252,4Source: SPU (2016)As noted, in seven careers out of a total of 146 in the public sector and 102 in the private sector that have at least one student of foreign nationality, half of the international students are concentrated. It stands out mainly that of Medicine, which leads, as it was said, in both sectors. On the other hand, when the students of Nurseryare added to this, those enrolled in careers related to the Health Sciencesexplain 30% of all foreigners of the Argentine university system. Once again, it can be speculated that the strong demand that exists for careers related to this specialty is linked to the conditions of admission to the university that, in Argentina, tend to be looser than in many countries in the region. The Argentine System of I&Din an international perspectiveResearchers and fellows dedicated to research and development (I+D) in Argentina, in 2017, were 83,190, being distributed according to the following infographic.
image/svg+xmlUniversity internationalization policies in Argentina: Student mobility and scientific productionRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042566Infographic 1Researchers dedicated to I&Din Argentina by sector and*Note: Of the 21,640 40 researchers belonging to CONICET, 17,284 are based in public universities, 1,283 in Science and Technology organizations and so on.Source: MCyT (2018)It is noted that the highest proportion is concentrated in public universities (74%), while almost 7% develop their activities in private universities. This distribution shows that human resources in private universities dedicated to research are relatively underrepresented. That is, of the total that works in some university of the system, almost 92% do it in the public sector. Here we must keep in mind that, in terms of size, the private sphere represents one fifth of the public. However, less than one in ten does their job in this sector. The remaining 20% are distributed among public science and technology agencies, non-profit entities, the private sector of industry and the National Council for Scientific and Technical Research (CONICET), the country's main public agency dedicated to the promotion of science and technology. We emphasize that a significant number of researchers distributed among the different sectors are part of CONICET. In the case of the public university, 17,284 are part of this body (28% of the total). Asfor the private university sector, 10% belong to CONICET (see Infographic 1). Thus, in the latter case, a transfer of public resources for research to the private sector is generated, since its salary is paid mainly by the State.Regarding the percentage distribution by disciplines, 43% of public sector researchers and 59% of private universities are linked to social and human sciences (see Graph 1). These fields, in general, are less likely to publish works with international cooperation, an aspect that,
image/svg+xmlMarcelo RABOSSI andAriadna GUAGLIANONERIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042567in many cases, is related to the epistemology that represent them. It turns out that in these areas of knowledge there is a tendency to use a language a little less universal than in the basic and natural sciences, for example. As for the latter, if we addthe contribution of those defined as applied, in the case of the public represent 47% of the total and only 25% in private. Medical sciences represent 10% and 16% of the public and private sectors, respectively. Graph 1Researchers and fellow tips for I&D. Percentage distribution according to academic training disciplines and type of institution. Year 2017.Source: Own elaborationIt can be said that in Argentina the processes of evaluation of research production at the international level explain the strong predominance of traditions that were built in the area of Basic Sciences, alignment that corresponds to a homogeneous international system, defined by disciplinary development carried out in industrialized countries. In this sense, it is the center that establishes the research standards of the countries that are part of the periphery in the industrialization process. Physics, chemistry, mathematics and biology tend to generate universal processes of research knowledge and are thus evaluated. Different is the case of those associated with the study of local realities from a social and human approach, and those linked to applied areas such as engineering, computer science or statistics, for example. However, the preponderance of basic science criteria, with the dominant model of papers(scientific articles) published in international reference journals, subordinated to other processes of knowledge transmission.
image/svg+xmlUniversity internationalization policies in Argentina: Student mobility and scientific productionRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042568The situation described can be seen in Table 4, which represents the percentages of distribution of predominantly international publications in high-impact journals. It should be noted that, in sci, about 97% of its journals are English-speaking, which makes it a good proxi to determine the degree of internationalization of each science (Liu, 2016). Although it is true that the predominance of the basic and medical is evident, the increase in the last 2years in the production of papers in the areas of social sciences and humanities I would suggest a paradigm shift. However, it can also be argued that they start from relative percentages very low and, in that sense, any small change is noticeable. Even so, it could be interpreted as a principle for a trend that incorporates a greater international look in these disciplines more accustomed to interacting with local phenomena.Table 4Argentine production inSCIENCE CITATION INDEX (SCI), according to scientific discipline. Years 2011 to 2015Discipline20112012201320142015Physics, Chemistry and Earth Sciences27,0%26,8%26,0%29,3%25,6%Life Sciences25,7%26,2%24,3%21,9%23,2%Agriculture, Biology and environment18,3%19,0%18,5%18,5%17,0%Clinical medicine16,6%15,6%16,2%14,1%15,4%Engineering, Computing and Technology6,8%6,3%7,1%6,7%7,4%Multidisciplinary Sciences1,9%3,0%2,5%2,6%3,4%Social and Behavioral Sciences2,9%2,4%3,7%4,2%4,7%Instruments*0,5%0,5%0,5%0,5%0,6%Arts and Humanities0,2%0,3%1,0%2,1%2,7%Unsigned0,1%0,0%0,1%0,0%0,0%Total100,0%100,0%100,0%100,0%100,0%*Note: Refers to resources in the application of instruments for observation, measurement or control of physical and/or chemical systems.Source: Thomson Reuters data development -Web of ScienceTable 5 lists the ten countries with which Argentina has the most international scientific collaboration in the period 2013-2015. It is observed that the most significant articulation in collaborative scientific production among researchers is performed with the USA (18%), followed by Spain (11%) and Brazil (10%).
image/svg+xmlMarcelo RABOSSI andAriadna GUAGLIANONERIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042569Table 5Argentineproduction in the SCIENTIFIC CITATION Index (SCI), second country of collaboration. Years 2013 to 2015.#Country2013201420151USA1.4811.7041.7722Spain9281.0521.1043Brazil7538869634Germany5427447595France5326357336Italy4595676007United Kingdom4345495658Chile4014955589Canada41646548110Australia290375406Source: own development on Thomson Reuters data -Web of ScienceOnly Chile, along with the last country, Brazil, enters this first batch as a representative of the Latin American region. The rest belongs to nations outside the region and with an industrialized profile. An interesting case is that with Spain, second in terms of international academic collaboration with Argentina. In a way, it can be said that cultural affinity would also have something to say when it comes to scientific cooperation. It is interesting to note that the strongest articulation is established with the United States, and there are no national programs, networking and associations that promote the relationship between the two nations, such as France, Germany, Spain and Latin America in general. Obviously, the scientific strength of the United States alone drives bilateral scientific production between the two countries.Now, if we take as reference the information base elaborated by Scimago Journal Rank (SJ), Table 6 allowsus to characterize Argentina in terms of areas of knowledge and the degree of internationalization of each of them. For the analysis, the first 10 disciplines were taken as reference, according to the categorization of SJ of a total of 27, in which the country has the highest volume of production.44We call the degree of internationalization of scientific production for those publications in which the affiliation of the researchers involved belongs to different countries.
image/svg+xmlUniversity internationalization policies in Argentina: Student mobility and scientific productionRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042570Table 6Scientific production in Argentina in the first ten areas of knowledge according to quantity and percentage of international collaboration (2016)#Science / AreaQuantity%% AccumulatedInternational Collaboration*1Medicine3.18315,015,047,1%2Biology and Agriculture2.88413,628,741,4%3Biochemistry, Genetics and Molecular Biology1.7988,537,253,0%4Physics and Astronomy1.4747,044,160,8%5Engineering1.2425,950,041,8%6Earth and planetary sciences1.1065,255,252,8%7Chemistry1.0565,060,249,5%8Environmental Sciences9844,764,945,2%9Social sciences9574,569,427,4%10Computer science9134,373,738,8%*Note: Refers to the percentage of scientific production in which a document is produced by researchers with affiliations in different countries.Source: Scimago Journal Rank data preparation (2016)As for the published works, the first five areas explain 50% of what Argentina produces in science. It is clear, as already said, that the basics dominate, followed by those applied. The social workers moved away, representing just under 5% of the total produced. On the other hand, regarding the degree of internationalization of each of the ten, it is confirmed that the areas of human and social sciences have a less globalized profile than those of exact and natural, applied and medical. This is an international trend, so it is not surprising that the degree of internationalization of scientific production in social sciences barely exceeds 27% (approximately one in four publications is with international collaboration), which implies almost 34 percentage points less than the most internationalized, in this case physics and astronomy. In the latter case, more than 6 out of 10 publications are in partnership with researchers from other countries (SCIMAGO JOURNAL RANK, 2016). A particularity is evident in Graph2, which shows the trend, or degree of internationalization, of Argentine scientific production over a period of 20 years (1996-2016). There has been a growth in the level of internationalization, especially since 2004, during which more than four out of 10papers published in Scopus have the collaboration of academics residing beyond the country's borders.
image/svg+xmlMarcelo RABOSSI andAriadna GUAGLIANONERIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042571Figure 2Percentage of Argentine academic production with international collaboration (1996-2006)Source: Own elaborationAlthough total scientific production in the country increased during the reporting period, the percentage that included international collaboration seems to have reached a certain level of annual growth after growthsince the late 1990s. Part of this relative stability could be explained by the certain growth of research work in the field of social and human sciences, areas that, as stated,tend to produce local scale, at least in relation to medicine, exact and natural.Conclusions and discussionThe internationalization of higher education, as a theme on the educational policy agenda, has been installed in Argentina since 2000 in a national and international context with trends that favor integration and cooperation between nations. However, the country, like the rest of Latin America, is relatively isolated from this process, since only 3.4% of the total number of students is international. In any case, and despite these difficulties, there is a growing pattern in terms of promoting binational andmultilateral scientific development programs, as well as in the case of publications involving Argentine researchers with their international peers.Although the integration of Argentine institutions with the rest of the world seems to be finding its place within the universe of higher education to implement their particular potentialities and competitive advantages, there are still certain inconsistencies, both at the micro institutional level and in terms of macrosystem policies. These limitations did not allow 34,133,931,632,444,642,345,441,242,442,644,625,030,035,040,045,050,019961998200020022004200620082010201220142016
image/svg+xmlUniversity internationalization policies in Argentina: Student mobility and scientific productionRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042572amalgamation and thus fully integrate the virtues of universities with those of the rest of the world. For example, the scarcity of funding makes it difficult for Argentina to connect more closely with the international academic world, along with the weak mastery of the English language by students and teachers, a situation that hinders international cooperation beyond Spanish-speaking countries. Similarly, there is a lack of coordination within and between institutions and between them and state agencies, added to a preferably peripheral and local perspective, especially in the social and human sciences, disciplines that do not yet target the academic centers of industrialized countries (GUAGLIANONE; RABOSSI,2018). The list conspires against a takeoff that would allow Argentina to increase its participation in the global game of higher education. In any case, participation in international university fairs, the construction of networks and, to a lesser extent, two degrees, especially in graduate school, allows us to have a certain optimism for the future. As for national organizations linked to science and technology policies, there are important developments in bilateral and multilateral research projects with international scientific institutes. To a greater extent, international co-authorship publications are identified with predominance in basic and medical sciences and with low incidence of social and human sciences, which alone have a less internationalized profile and more linked to local problems. Similarly, there is an incipient beginning of connection between the non-academic productive sector, in some foreign cases, and the State. These are global issues of concern for private companies and for the Ministry of Science, Technology and Productive Innovation itself.On the other hand, and as a theme to be analyzed in greater depth, regardless of the sector, public or private, in the last decade, on average, it is observed that Argentine universities have formalized their internationalization policies from organizational structures in the form of boards, areas, secretariats or departments and, in some cases, with independent budgets (GUAGLIANONE; RABOSSI,2018). Over time, these structures gained prominence within the institutional hierarchy, mainly through the promotion of student exchange programs between countries and also as representatives of the institution in international congresses, in order to put the university in the crosshairs of potential foreign students. Although this is within theobserved average, it is also true that certain universities with little international contact have difficulty finding a location on the global academic map.In any case, we face a new challenge for higher education, and particularly for internationalization since the emergence of coronavirus globally. Social isolation and border closures, as a palliative to contain the pandemic, had a direct impact on the mobility of international students. AltbachandDe Wit (2020) argue that there is likely to be a greater
image/svg+xmlMarcelo RABOSSI andAriadna GUAGLIANONERIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042573increase in online teaching-learning and in the more diverse recruitment of international students, with less dependence on China. It is considered likely that, once the restrictions imposed by the coronavirus are normalized, there will be a restructuring of student mobility standards. And while we cannot yet accurately assess the true impact that this pandemic will have, there will be many questions to be answered linked to the new ways that the internationalization of higher education will take on around the world. However, possibly for many countries that have not yet emerged as major players, this is an opportunity to be taken advantage of and thus achieve greater internationalization of their programs through the use of online platforms. Of course, remote program accreditation agencies should play an essential role in ensuring that higher education institutions maintain the quality of their academic offerings.REFERENCESALTBACH, P.; DE WIT, H. El impacto del coronavirus en la educación superior. Nexos, 2020. Available: https://educacion.nexos.com.mx/?p=2221. Access: 26 mar. 2020.ALTBACH, P.; DE WIT, H. Are We Facing a Fundamental Challenge to Higher Education Internationalization?International Higher Education, v. 2, n. 93, p. 2-4, 29 mar. 2018. Available: https://ejournals.bc.edu/index.php/ihe/article/view/10414.Access:24 Mar. 2020.CUMMINGS, J. N.; KIESLER, S. Collaborative Research Across Disciplinary and Organizational Boundaries.Social Studies of Science,v. 35, n.5, p. 703-722, 2005.Available: https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/0306312705055535#articleCitationDownloadContainer. Access: 18 Mar. 2020.CURCIO, J.; LUNA. M.F. Impacto Económico de los Estudiantes Internacionales en la Ciudad Autónoma de Buenos Aires. (en prensa).CHOUDAHA,R.; HU, D. 2016.Australian higher education leads in attracting and retaining international students.Forbes, 2016. Available: https://www.forbes.com/sites/rahuldi/2016/10/27/attracting-international-students-global-competition/#234f44349967. Access:3 abr. 2020.FULBRIGHT ARGENTINA. Graduados. 2018. Available: http://fulbright.edu.ar/.Acceso en: 20-feb-2020.GARCÍA DE FANELLI, A.; CORENGIA, A; RABOSSI, M; SALTO, D. International partnerships for collaborative research in Argentinian Universities. In: GREGORUTTI, G.; SVENSON, N. Innovative north-south university research partnerships in latin america and the caribbean. New York: Palgrave Macmillan Press, 2018.
image/svg+xmlUniversity internationalization policies in Argentina: Student mobility and scientific productionRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042574GUAGLIANONE, A. Políticas de evaluación y acreditación en las universidades argentinas.1. ed. Buenos Aires: Teseo-UAI, 2013.p. 208.GUAGLIANONE, A.; RABOSSI, M. Claroscuros de la internacionalización de la educación superior en Argentina.Revista de Educación Superior en América Latina, v.4, n.4, p. 2-5, 2018. Available: http://rcientificas.uninorte.edu.co/index.php/esal/article/viewFile/11277/214421442711. Access:26 fev. 2020.JIBEEN, T.; KHAN, A. Internationalization of Higher Education: Potential Benefits and Costs. International Journal of Evaluation and Research in Education (IJERE),v. 4, n.4, p. 196-199, dec.2015.Available: https://files.eric.ed.gov/fulltext/EJ1091722.pdf. Access:10 set. 2020.KEHM, B.; TYLER, U. Research on internationalization in Higher Education. Journal of Studies in International Education, v.11, n.3-4, p. 260-273, sep2017.Available: https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/1028315307303534. Access:26 mar. 2020.KNIGHT, J. Internationalization of Higher Education: A conceptual framework. In: KNIGHT, J.; DE WIT, H. Internationalization of Higher Education in Asia Pacific countries. Amsterdam: European Association for International Education, 1997.KNIGHT, J. Internationalization remodeled: definition, approaches and rationales. Journal of Studies in Intercultural Education, p. 5-31, v.8, n. 1, mar.2004.Available: https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/1028315303260832. Access:16 Mar. 2020.LIU, W. The changing role of nonEnglish papers in scholarly communication: Evidence from Web of Science's three journal citation indexes. Learned Publishing, v.30, n.2, p. 115-123, 20 dic.2016. DOI:https://doi.org/10.1002/leap.1089MASLEN, G. Worldwide student numbers forecast to double by 2025. UniversityWorld News,19 feb. 2012. Available: http://www.universityworldnews.com/article.php?story=20120216105739999. Access:20 fev. 2020.MIHAI, I.; REISZ, R. STEM+ productivity, development, and wealth, 1900-2012. In: POWELL, J; BAKER, D.; FERNANDEZ,F.The century of science: the global triumph of the research university. Bingley: Emerald Publishing Limited, 2017. MINISTERIO DE CIENCIA Y TECNOLOGÍA. Indicadores de Ciencia y Tecnología. Argentina 2018. Availablehttps://www.argentina.gob.ar/ciencia/indicadorescti/argentina-2018. Access:20 fev. 2020.ARGENTINA. Ministro de Educación, Cultura, Ciencia y Tecnología de la Nación.Anuario. Estadísticas Universitarias Argentinas 2017.1. ed. Ciudad Autónoma de Buenos Aires, 2017.Availablehttps://www.argentina.gob.ar/sites/default/files/anuario-estadistico-datos-2017_final.pdf. Access:18 fev. 2020OECD.Education at a glance 2016: OECD Indicators, OECD Publishing, Paris, 2016. DOI: http://dx.doi.org/10.187/eag-2016-en
image/svg+xmlMarcelo RABOSSI andAriadna GUAGLIANONERIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042575RAMA, C. La nueva fase de la universidad privada en América Latina. 1. ed. Buenos Aires: Teseo-UAI, 2017.p. 498.SCIMAGO JOURNAL RANK. SIR SCImago Institutions Rankings, 2016. Available: http://www.scimagoir.com/.Access:18 fev. 2020.SCOPUS Database.2018. Available: http://www.scopus.com/. Access:18 fev. 2020.SCOTT, S. Massification, internationalization and globalization. In: Scott. S. The globalization of Higher Education. Maidenhead: Open University Press, 1998.YIP, G. Total global strategy: managing for worldwide competitive advantage. Englewood Cliffs, NJ: Prentice Hall, 1992.p. 285.YNALVEZ, M.; SHRUM, W. Professional networks, scientific collaboration, and publication productivity in resource-constrained research institutions in a developing country. Research Policy, v.40, n.2, p. 204-216, mar.2011.Available: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0048733310002131. Access:16 Mar. 2020.XUEYUJIEX. More Chinese prefer UK and Canada for study abroad.Report Says, 2019. Available: https://www.sixthtone.com/news/1003960/more-chinese-prefer-uk-and-canada-for-study-abroad%2C-report-says. Access:26 mar. 2020.
image/svg+xmlUniversity internationalization policies in Argentina: Student mobility and scientific productionRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145042576How to reference this articleRABOSSI, M. GUAGLIANONE, A. University internationalization policies in Argentina: Student mobility and scientific production. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, Dec. 2020.e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504Submitted: 10/09/2019Revisions required: 10/01/2020Approved: 30/04/2020Published:01/12/2020