image/svg+xml
Políticas de internacionalização universitária na Argentina:
Mobilidade
de
estudan
tes
e produção científica
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576,
d
ic
. 202
0. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2556
POLÍTICAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO UNIVERSITÁRIA NA ARGENTINA:
MOBILIDADE DE ESTUDANTES E PRODUÇÃO CIENTÍFICA
LAS POLÍTICAS DE INTERNACIONALIZACIÓN UNIVERSITARIA EN LA
ARGENTINA: MOVILIDAD ESTUDIANTIL Y PRODUCCIÓN CIENTÍFICA
UNIVERSITY INTERNATIONALIZATION POLICIES IN ARGENTINA: STUDENT
MOBILITY AND SCIENTIFIC PRODUCTION
Marcelo
RABOSSI
1
Ariadna
GUAGLIANONE
2
RESUMO
:
A internacionalização do ensino superior oferece desafios e oportunidades para os
países em
processo de industrialização. Dentro de uma dinâmica de poder, as universidades das
nações centrais dominam o cenário para atrair estudantes de todo o mundo. Enquanto isso, a
América Latina se apresenta com capacidade limitada e principalmente regional de
convocação;
A Argentina não é exceção. O objetivo deste trabalho é indagar sobre os processos de
internacionalização em relação ao fluxo de estudantes e pesquisadores no setor universitário
argentino a partir de informações secundárias. Aborda
-
se aqui as m
últiplas definições do
conceito, expõe
-
se as principais políticas desenvolvidas pelos órgãos governamentais e analisa
-
se as dimensões relativas à mobilidade estudantil e à internacionalização da produção científica,
apresentando dados estatísticos que dão
conta dos fenômenos estudados.
PALAVRAS
-
CHAVE
:
Educação superior. Internacionalização. Mobilidade estudantil.
Produção científica. Argentina.
RESUMEN
:
La internacionalización de la educación superior ofrece desafíos y oportunidades
para los países en vías de industrialización. Dentro de una dinámica de poder, las
universidades de las naciones centrales dominan el escenario a la hora de atraer a estudiant
es
de todo el mundo. Mientras tanto, América Latina se presenta con capacidad de convocatoria
acotada y mayormente regional; Argentina no es la excepción. El objetivo de este trabajo es
indagar acerca de los procesos de internacionalización en relación al
flujo de estudiantes e
investigadores del sector universitario argentino a partir de información secundaria. Se realiza
aquí un acercamiento a las múltiples definiciones del concepto, se exponen las principales
políticas desarrolladas desde los organismos
gubernamentales y se analizan las dimensiones
vinculadas a la movilidad estudiantil y a la internacionalización de la producción científica,
presentando datos estadísticos que dan cuenta de los fenómenos estudiados.
PALABRAS CLAVE
:
Educación superior
.
I
nt
ernacionalización
.
Movilidad
estudiantil
.
Producción
científica
.
Argentina.
1
Universidad Torcuato Di Tella (UTDT), Buenos Aires
–
Argentina.
Professor em Tempo Integral
.
Doutorado em
Educação
(SUNY)
–
Albany. ORCID: https://orcid.org/0000
-
0002
-
3752
-
1489. E
-
mail:
mrabos
si@utdt.edu
2
Universidad Abierta Interamericana (UAI), Buenos Aires
–
Argentina.
Secretári
a
de Pesquisa
.
Doutorado em
Ciências Sociais
(FLACSO).
ORCID:
https://orcid.org/0000
-
0001
-
5278
-
2591
. E
-
mail:
ariadna.guaglianone@uai.edu.ar
image/svg+xml
Marcelo RABOSSI
e
Ariadna GUAGLIANONE
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576, d
ic
. 2020. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2557
ABSTRACT
:
The internationalization of higher education presents challenges and
opportunities for industrialized countries. Within the logic of power, universities in
central
nations dominate the scenario in attracting students from all over the world. Meanwhile, Latin
America shows itself with limited and mostly regional recruiting capacity; Argentina is not the
exception. Using secondary data, the objective of this wo
rk is to inquire about the
internationalization processes in Argentina in relation to the flow of students and researchers.
We first present an approach to the multiple definitions of the concept, to then describe the
main policies developed by governmenta
l agencies. Different dimensions linked to student
mobility and the internationalization of scientific production are analyzed through statistical
data that account for the phenomena under study.
KEYWORDS
:
Higher education
.
Internationalization.
Student
m
obility
.
Scientific
production
.
Argentina
.
Introdução
A internacionalização do ensino superior é um fenômeno de características crescentes
que não conhece fronteiras. No entanto, ainda são as nações industrializadas que atraem o maior
número de estudantes e cientistas de todo o mundo. Embora seja verdade que
cada nação tenha
universidades com características atraentes e únicas, também é verdade que elas são afetadas
por suas próprias realidades nacionais. O baixo financiamento disponível nos países em
desenvolvimento, por exemplo, os impede de ter infraestrutu
ra de acordo com um mundo
tecnologicamente complexo e sofisticado.
Da mesma forma, os meios pelos quais o
conhecimento produzido é distribuído no mundo são predominantemente monopolizados pelas
nações mais ricas. Em suma, é evidente que as instituições de
ensino superior interagem dentro
de um sistema estratificado onde a dinâmica "da periferia em desenvolvimento" e "para o centro
industrializado" estabelecem os padrões de mobilidade acadêmica em termos de fluxo de
estudantes e pesquisadores, e na direção o
posta à distribuição do conhecimento entre os países
(GUAGLIANONE; RABOSSI, 2018). Dentro de um panorama global que totaliza mais de 5
milhões de estudantes internacionais, a América Latina
tem uma
sub
-
representação
forte
se
compararmos com a Europa, um co
ntinente que atrai quase 50% dos estudantes estrangeiros
(OCDE, 2016). Quanto à Argentina, está presente apenas 80.000 estudantes não nativos, a
maioria deles de países vizinhos (SPU, 2017).
Na primeira parte deste trabalho, foi definido um referencial para ajudar a determinar o
que se entende pela internacionalização. Os fluxos de internacionalização, tanto na perspectiva
dos estudantes quanto da pesquisa, fazem parte desta seção. O Sistema U
niversitário Argentino
de acordo com estatísticas oficiais (SPU, 2017) é abordado na terceira seção, além de políticas
nacionais voltadas para a promoção da internacionalização no país. A terceira parte apresenta
image/svg+xml
Políticas de internacionalização universitária na Argentina:
Mobilidade
de
estudan
tes
e produção científica
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576,
d
ic
. 202
0. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2558
uma análise quantitativa da internalização
na Argentina em termos de seus alunos e produção
científica.
Discusiones y conclusiones cierran este trabajo.
Internacionalização do ensino superior: Significado e dimensões da análise
O termo internacionalização tem diferentes bordas e, portanto, nos
coloca diante de
diferentes dimensões em termos de sua análise, escopo e conteúdo. Da mesma forma, não é
uma palavra nova, mas tem sido usada anteriormente na ciência política, por exemplo, bem
como tem feito parte da linguagem que descreve a dinâmica que
atravessa as relações entre
governos. No entanto, quando nos referimos ao setor universitário, o fenômeno da
internacionalização começa a ganhar espaço apenas no final dos anos 80. Novos conceitos
surgem para descrever tanto os fluxos de estudantes que mig
ram temporariamente ou
permanentemente de um país para outro quanto para retratar as relações de intercâmbio de
pesquisadores e cooperação científica entre países (KNIGHT, 2004).
Dentro desse amplo
panorama, Knight (1997) o define como esse processo integr
ativo, sob uma perspectiva
internacional e intercultural, com o objetivo de oferecer ensino pós
-
secundário a estudantes de
diversas origens. Por sua vez, Scott (1998) propõe quatro dimensões para analisá
-
lo: 1.
intercâmbio de estudantes entre países; 2. fl
uxo de professores e pesquisadores entre
universidades além de suas próprias fronteiras geográficas; 3. colaboração interinstitucional
internacional; 4. fluxo de ideias que se cruzam entre países.
Com base na identificação e categorização feita por Yip (1995) sobre os elementos que
mobilizaram a crescente globalização de indústrias e empresas, Rama (2017) os transfere para
o campo educacional. Assim, reconhece seis fatores principais que promovem a
internacionalização:1. o mercado que demanda certificações globais; 2. a diminuição dos custos
de comunicação que facilitam as trocas; 3. políticas de abertura que, promovidas pelos países,
estimulem os fluxos de conhecimento; 4. questões de competitividad
e que tornam pouco
rentável oferecer educação apenas no mercado local; 5. o surgimento de novas tecnologias de
informação e comunicação que reduzam os custos de transação; 6. tecnologia de ponta que não
existe nos próprios países promove a mobilidade dos p
esquisadores aos centros
industrializados.
Por outro lado, Tyler; Kehm (2007) destaca diversos aspectos que promovem e
determinam o grau de internacionalização de um país. Por exemplo, a mobilidade dos alunos e
da equipe acadêmica sobre as quais eles impac
tam, positiva ou negativamente, questões
jurídicas que fazem o reconhecimento de graus entre os países, entre outros aspectos. Em
image/svg+xml
Marcelo RABOSSI
e
Ariadna GUAGLIANONE
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576, d
ic
. 2020. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2559
relação à mobilidade acadêmica, destaca
-
se o peso dos vínculos pessoais entre pesquisadores
como promotores de maior grau de i
nternacionalização (GARCÍA DE FANELLI
et al.,
2018).
Outro ponto importante esteve presente na "
extran
geirização
" dos currículos, no ensino de
línguas estrangeiras e no uso da bibliografia principalmente em inglês.
Esses fatores aumentam
o volume de intern
acionalização dos sistemas.
Sob essa mesma lógica, a transferência de
conhecimento é inscrita a partir da exportação de programas de estudo, da abertura de sede de
universidades estrangeiras em diversos países, e de graduados e pesquisadores que retornam
a
os seus locais de origem importando conhecimentos e conhecimentos adquiridos durante suas
estadias internacionais. Um ponto a ser em conta é a tensão que, como resultado da
internacionalização, é gerada entre os conceitos de cooperação e concorrência. Dada
a
necessidade de mais e melhores recursos, não apenas nacionais, mas internacionais, as
universidades tendem a se transformar em entidades competitivas em vez de manter seu status
como seres cooperativos (TYLER; KHEM, 2007).
A internacionalização dos al
unos
O intercâmbio de estudantes entre países tem se consolidado principalmente nas últimas
duas décadas. Dos cerca de 0,8 milhões de estudantes estrangeiros presentes em 1975, o número
dobrou no final de 1995. Essa rápida expansão fez com que, de meados
dos anos 2000 até 2015,
passou de 3 para mais de 5 milhões de estudantes internacionais (OCDE, 2016). De qualquer
forma, este é um fenômeno que ainda não atingiu seu limite. Na verdade, espera
-
se que chegue
a 8 milhões nos próximos 5 a 10 anos (OCDE, 2016;
MASLEN, 2012).
A distribuição de estudantes internacionais apresenta um forte viés que favorece os
países que fazem parte do G
-
20. Essas nações recrutam 83% do total. Por exemplo, juntamente
com os Estados Unidos da América, que atrai quase 20%, Grã
-
Bretanha, França, Ale
manha e
Austrália são responsáveis por quase metade do fluxo estudantil total entre os países. Quanto à
Argentina, apenas pouco mais de 1% a escolhe como destino (OCDE, 2016). Quanto à origem
do mesmo, da Ásia vem 53% enquanto a Europa contribui com 25%, Á
frica 8% e América
Latina com 5%.
Um ponto importante é que, embora as instituições de ensino superior reconheçam os
benefícios da internacionalização de seu corpo discente, debates recentes são cautelosos com o
crescimento ilimitado de, digamos, programa
s de língua inglesa para estrangeiros. Isso tem sido
questionado em países como Alemanha, Dinamarca e Holanda, por exemplo. Argumenta
-
se
que o uso do inglês tem impactado negativamente a qualidade dos cursos como resultado dos
image/svg+xml
Políticas de internacionalização universitária na Argentina:
Mobilidade
de
estudan
tes
e produção científica
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576,
d
ic
. 202
0. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2560
acadêmicos que são escolhidos
para o manuseio desta língua e não para o profundo
conhecimento da disciplina ensinada (ALTBACH; DE WIT, 2018).
Internacionalização da pesquisa
A produção científica internacional mostra crescimento exponencial. Embora no início
do século XX apenas uma dúzia de países tenha contribuído para esse fenômeno, estima
-
se que
atualmente cerca de 200 países produzem ciência (MIHAY; REIZ, 2017). De qualque
r forma,
as nações com os artigos mais publicados ainda são as pertencentes à OCDE, com exceção da
China e da Índia. Quanto à América Latina, a região é liderada pelo Brasil, seguida pelo México,
Argentina, Chile e Colômbia (SCIMAJO JOURNAL RANK, 2016).
E
mbora as universidades em países industrializadores, incluindo as chamadas elite,
estejam mais focadas no ensino do que na pesquisa de ponta, a parceria com instituições
pertencentes a nações desenvolvidas é decisiva e fundamental para alcançar o progresso
em
questões que fazem pesquisa científica e desenvolvimento nacional (YNALVEZ; SHRUM,
2011).
No entanto, o tipo de regulamentação que cada país ou instituição impõe para gerar
parcerias entre as universidades, pode dificultar ou promover a cooperação inte
rnacional entre
elas (CUMMINGS; KIESLER, 2005; FOX; MOHAPATRA, 2007). As relações interpessoais
entre colegas também desempenham um papel fundamental na geração e consolidação de
aspectos que fazem do empreendedorismo, desenvolvimento e consolidação futura
de um
projeto de pesquisa colaborativa entre países (GARCÍA DE FANELLI
et al.,
2018). No entanto,
apesar dos grandes benefícios observados, a internacionalização também tem sido identificada
com aspectos desfavoráveis. Por exemplo, a mercantilização do se
tor e a fuga de cérebros para
os países mais desenvolvidos (
JIBEEN; ASAD KHAN,
2015).
O Sistema Universitário Argentino
A universidade argentina foi, no contexto latino
-
americano, uma das primeiras
instituições a adotar o modelo napoleônico. A
reforma universitária, iniciada em Córdoba em
1918, deu características distintas, principalmente uma nova forma de governo.
3
E embora
predominasse o perfil profissional, dentro dele foram desenvolvidas iniciativas científicas e
3
O sistema de governo estabelecido nos estatutos de 1883 concedeu o controle das faculdades aos graduados que
faziam parte das Academias. Estes compõem os colegiados,
auto recrutados
, foram para a vida e nomearam seus
própr
ios membros.
image/svg+xml
Marcelo RABOSSI
e
Ariadna GUAGLIANONE
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576, d
ic
. 2020. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2561
tecnológicas. A Universida
de Nacional de La Plata, fundada em 1905, é um exemplo claro
disso.
Ao longo de sua história, a Universidade passou por períodos de repressão política, bem
como expansão e diversificação, semelhante ao que aconteceu no resto da América Latina. Suas
estrut
uras acadêmicas tradicionais, no entanto, permaneceram ao longo do tempo resistindo,
adaptando, refuncionalizando ou rejeitando demandas por reformas ou modernização
acadêmica (GUAGLIANONE, 2013).
Atualmente, o setor universitário argentino tem pouco mais
de dois milhões de
estudantes (aproximadamente 22% no setor privado), número que o coloca entre os países da
região com a maior Taxa Bruta de Matrículas de acordo com a população de 20 a 24 anos de
idade. Chega a 57% e chega a 85% se os 900.000 alunos que
fazem parte do setor terciário não
universitário forem adicionados. Em sua totalidade, o sistema conta com 130 universidades, 64
delas privadas (SPU, 2017).
Programa e atores da internacionalização na Argentina
A Secretaria de Políticas
Universitárias (SPU) é um ator central das políticas de
internacionalização por meio do Programa de Internacionalização do Ensino Superior e
Cooperação Internacional (PIESCI). No âmbito dele, atividades de cooperação são
desenvolvidas com outros países e p
romoção da universidade argentina no mundo. Essas
políticas permitem a concepção de programas e projetos específicos que tendem,
fundamentalmente, a aumentar o intercâmbio e a mobilidade de estudantes e professores de
graduação e pós
-
graduação (GUAGLIANONE
; RABOSSI, 2018)
.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação Produtiva e a Diretoria Nacional de
Cooperação e Integração Institucional constituem outro ator relevante no sistema. Participa de
atividades internacionais de cooperação técnica
relacionadas à ciência, tecnologia e inovação
produtiva. A colaboração é implementada por meio da realização de projetos de pesquisa
conjunto, organização de diferentes tipos de eventos, criação de centros binacionais e concessão
de bolsas de estudo para f
ormação (GUAGLIANONE; RABOSSI, 2018)
.
Aqui, a ênfase da
cooperação está em quatro áreas principais: 1. programas resultantes de um acordo com um
parceiro externo vinculado a uma instituição semelhante ao Ministério; 2. programas com a
União Europeia; 3. a
internacionalização de empresas de base tecnológica; e 4. a
Rede de
Pesquisadores e Cientistas Argentinos no Exterior
(
RAICES).
image/svg+xml
Políticas de internacionalização universitária na Argentina:
Mobilidade
de
estudan
tes
e produção científica
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576,
d
ic
. 202
0. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2562
A CONICET, como
principal organização dedicada à promoção da ciência e tecnologia
na Argentina, desenvolve atividades de
coopera
ção internacional por meio da assinatura de
convênios com instituições científicas internacionais e do financiamento de projetos de
pesquisa conjuntos baseados em chamadas bilaterais e multilaterais, com ênfase nas disciplinas
que compõem as ciências exata
s, biológico, médico, físico e químico. Quanto aos principais
parceiros internacionais dentro dos programas acima mencionados, destacam
-
se França,
Alemanha e América Latina. Há também uma cooperação ativa com os EUA
nas áreas de
engenharia, medicina e biol
ogia; enquanto, nos últimos tempos, foram feitos progressos na
abertura das relações com a Ásia e a região do Pacífico.
Por fim, a Cidade Autônoma de Buenos Aires se destaca como um dos principais atores
na promoção da internacionalização através da criaçã
o do Programa "
Study
Buenos Aires", a
fim de melhorar a experiência dos estudantes internacionais que chegam à Argentina. Entre
outras características significativas, Buenos Aires e seus subúrbios têm 61 universidades, das
quais 24 são públicas e gratuitas
. Uma peculiaridade deste último é que as condições de entrada
são relativamente gratuitas e sem um exame de admissão.
Em princípio, a liberdade de acesso,
especialmente em algumas carreiras como a medicina, aparece como um incentivo para aqueles
estudante
s que enfrentam cotas de entrada em seus países de origem. Em suma, levando em
conta as diferentes formas que caracterizam a internacionalização, a cidade recebe mais de
80.000 alunos anualmente, com um benefício econômico para 2017 equivalente a US$ 581
m
ilhões (CURCIO; LUNA, na imprensa).
A internacionalização do Ensino Superior na Argentina em números
Estudantes de graduação e pós
-
graduação
Na Argentina, e como tem acontecido nos diferentes sistemas de ensino superior do
mundo, o número de estudantes internacionais tem crescido a taxas crescentes. A maioria
realiza programas curtos, conhecidos como
“faculty
-
led
”
ou
“customized programmes
”,
enq
uanto um segundo grupo se concentra em
"programas de intercâmbio".
Neste último, eles
cursam disciplinas por um semestre, ou um ano de graduação, que têm a mesma validade que
os equivalentes em seus países de origem. Por fim, há o grupo daqueles que cursa
m graduação
ou pós
-
graduação em sua totalidade
.
As universidades argentinas têm um total de 74.013 estudantes estrangeiros,
representando apenas 3,4% dos estudantes do sistema. A Tabela 1 apresenta todos os
image/svg+xml
Marcelo RABOSSI
e
Ariadna GUAGLIANONE
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576, d
ic
. 2020. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2563
matriculados de acordo com o setor (público/priva
do) e nível (graduação e graduação/pós
-
graduação).
Tabela 1
–
Estudantes estrangeiros na Argentina por setor e nível (2017)
Público
Privado
Total
%
em relação a todo
o nível
Pré
-
graduação e
graduação
46.724
16.416
63.140
3,2
Pós
-
graduação
7.937
2.827
10.873
6,8
Total
54.661
19.243
74.013
3,4
Fonte:
SPU
(
2017
)
Como observado, 63.140 foram
cursadas
pré
-
graduação e graduação, enquanto 10.873
o fazem em nível de pós
-
graduação. No primeiro nível, 74% escolhem instituições de gestão
pública e 26% optam por instituições privadas de administração. Quanto à pós
-
graduação, 73%
e 27% respectivamente. Como particu
laridade, se você olhar apenas para estudantes
internacionais, o nível de graduação e graduação do setor privado captura 4 pontos percentuais
a mais do que o que consegue recrutar quando se leva em conta a totalidade dos alunos no
sistema (22% vs. 26%). Al
go semelhante acontece na pós
-
graduação (23% vs. 27%). De certa
forma, e levando em conta que a maioria dos estudantes estrangeiros na Argentina escolhe o
setor público, em termos relativos as universidades privadas são mais eficientes quando se trata
de a
trair estudantes internacionais em relação aos locais. Por outro lado, em termos percentuais
ou nível de internacionalização, a pós
-
graduação é mais bem sucedida. De fato, dobra o
percentual de estudantes observados no setor de
pré
-
graduação e graduação (3
,2% vs 6,8%).
Fica claro na análise realizada que os percentuais de internacionalização da Argentina
são baixos em relação aos países com maior capacidade de atrair estudantes estrangeiros, onde
a média dos pertencentes à OCDE é próxima de 6% e chega a até
18% nos casos da Austrália
e do Reino Unido, por exemplo (CHOUDAHA; HU, 2016). De qualquer forma, a Argentina
não se afasta dos padrões observados na maioria dos países latino
-
americanos, o de uma baixa
participação de estudantes internacionais.
Se levarmos em conta o local de origem, a maioria vem do continente americano,
principalmente da América Latina, seguido muito longe pelo europeu e praticamente zero a
incidência do resto do mundo (ver Tabela 2). Assim, de acordo com o local de origem dos
alunos da
pré
-
graduação e graduação, o Peru lidera a folha de pagamento com cerca de dois em
cada dez.
O Brasil contribui com
quase 15% seguido pelo
Paraguai
e
Bolívia
, com cerca de
image/svg+xml
Políticas de internacionalização universitária na Argentina:
Mobilidade
de
estudan
tes
e produção científica
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576,
d
ic
. 202
0. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2564
11% cada.
En definitiva, cuatro países explican más de la mitad de la totalidad de alumnos
internacionales en el sistema.
Tabela 2
–
Estudantes int
ernacionais em universidades argentinas em carreiras de
graduação e graduação por país de origem.
#
País
Porcentagem
Percentual cumulativo
1
Peru
20,8
20,8
2
Brasil
14,6
35,4
3
Paraguai
11,8
47,1
4
Bolívia
11,2
58,4
5
Colômbia
9,8
68,1
6
Chile
7,3
75,5
7
Estados Unidos
6,2
81,7
8
Uruguai
2,8
84,5
9
Equador
2,8
87,3
10
Venezuela
2,0
89,4
11
Espanha
1,3
90,7
12
China
1,0
91,7
13
Itália
0,9
92,7
14
Haiti
0,9
93,5
15
México
0,7
94,2
Fonte: SPU
(
2016
)
Quanto aos estudantes estrangeiros de pós
-
graduação, o ranking é liderado pela
Colômbia, com 3.355, o equivalente a 30,8% dos estudantes. Em seguida, o Equador, com 1.627
(15%), seguido pelo Brasil, com 1.131 (10%).
Uma peculiaridade do sistema é que a Ch
ina contribui com apenas um em cada 100
estudantes estrangeiros.
Dessa forma, como país, é absolutamente sub
-
representado, uma vez
que, em todo o mundo, estudantes dessa origem explicam 50% do total de internacionais. De
qualquer forma, a incapacidade de r
ecrutar estudantes chineses é uma fraqueza que percorre
toda a região. De fato, dos mais de 600.000 estudantes daquele país que se mudaram para o
exterior apenas em 2019, os destinos preferidos foram os Estados Unidos da América, seguidos
pelas universidad
es britânicas, as da Austrália, Canadá, Hong Kong, Alemanha e Japão (YUJIE,
2019).
Em relação às carreiras escolhidas, um alto percentual está inclinado para as ciências da
saúde. Nesse sentido, não há diferenciação público/privada no nível de
pré
-
graduação e
image/svg+xml
Marcelo RABOSSI
e
Ariadna GUAGLIANONE
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576, d
ic
. 2020. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2565
graduação. A Tabela 3 resume a distribuição de acordo com as carreiras mais esc
olhidas pelos
estudantes internacionais em cada setor.
Tabela 3
–
Distribuição de estudantes internacionais de graduação e graduação em
universidades argentinas por setor e tipo de carreira (2016)
Estudantes
Porcentagem
Percentual
Cumulativo
Universidades Públicas
Medicina
8.402
21,0
21,0
Enfermaria
3.545
8,9
29,9
Administração e Gestão de Empresas
2.571
6,4
36,3
Arquitetura e Urbanismo
1.626
4,1
40,4
Advocacia
1.589
4,0
44,4
Contador Público Nacional
1.513
3,8
48,2
Artes Audiovisuais
954
2,4
50,6
Universidades Privadas
Medicina
3.670
23,8
23,8
Administração e Gestão de Empresas
1.094
7,1
30,8
Enfermaria
1.045
6,8
37,6
Artes Audiovisuais
724
4,7
42,3
Psicologia
537
3,5
45,8
Advocacia
530
3,4
49,2
Comércio externo
493
3,2
52,4
Fonte:
SPU
(
2016
)
Como observado, em sete carreiras de um total de 146 no setor público e 102 no setor
privado que têm pelo menos um aluno de nacionalidade estrangeira, metade dos estudantes
internacionais estão concentrados. Destaca
-
se principalmente a da
M
edicina, que lid
era, como
foi dito, em ambos os setores. Por outro lado, quando os estudantes de
E
nfermagem são
adicionados a isso, os matriculados em carreiras relacionadas às
C
iências da
S
aúde explicam
30% de todos os estrangeiros do sistema universitário argentino. Mai
s uma vez, pode
-
se
especular que a forte demanda que existe para carreiras relacionadas a essa especialidade está
ligada às condições de admissão à universidade que, na Argentina, tendem a ser mais frouxas
do que em muitos países da região.
image/svg+xml
Políticas de internacionalização universitária na Argentina:
Mobilidade
de
estudan
tes
e produção científica
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576,
d
ic
. 202
0. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2566
O Sistema argentino de
I+D
em uma perspectiva internacional
Pesquisadores e bolsistas dedicados à pesquisa e desenvolvimento
(I+D)
na Argentina,
em 2017, foram 83.190, sendo distribuídos de acordo com o seguinte infográfico.
Infográfico 1
–
Pesquisadores
dedicados à
I+D
na Argentina por setor e sede
*
Nota: Dos 21.640 40 pesquisadores pertencentes à CONICET, 17.284 têm sede em universidades
públicas, 1.283 em organizações de Ciência e Tecnologia e assim por diante.
Fonte: MCyT (2018)
Nota
-
se que a maior proporção está concentrada nas universidades públicas (74%),
enquanto quase 7% desenvolvem suas atividades em universidades privadas. Essa distribuição
mostra que os recursos humanos em universidades privadas dedicadas à pesquisa são
re
lativamente sub
-
representados. Ou seja, do total que funciona em alguma universidade do
sistema, quase 92% o fazem no setor público. Aqui devemos ter em mente que, em termos de
tamanho, a esfera privada representa um quinto do público. No entanto, menos de
um em cada
dez realiza seu trabalho neste setor. Os 20% restantes estão distribuídos entre órgãos públicos
de ciência e tecnologia, entidades sem fins lucrativos, setor privado da indústria e o Conselho
Nacional de Pesquisa Científica e Técnica (CONICET),
principal órgão público do país
dedicado à promoção da ciência e tecnologia. Ressaltamos que um número significativo de
image/svg+xml
Marcelo RABOSSI
e
Ariadna GUAGLIANONE
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576, d
ic
. 2020. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2567
pesquisadores distribuídos entre os diferentes setores faz parte do CONICET.
No caso da
universidade pública, 17.284 fazem parte desse
órgão (28% do total). Quanto ao setor
universitário privado,
10% pertencem
ao CONICET (ver Infográfico 1). Assim, neste último
caso, é gerada uma transferência de recursos públicos para pesquisa para o setor privado, uma
vez que seu salário é pago principa
lmente pelo Estado.
Quanto à distribuição percentual por disciplinas, 43% dos pesquisadores do setor
público e 59% das universidades privadas estão vinculados às ciências sociais e humanas (Ver
Gráfico 1). Esses campos, em geral, são menos propensos a publ
icar trabalhos com cooperação
internacional, aspecto que, em muitos casos, está relacionado à epistemologia que os
representam. Acontece que nessas áreas do conhecimento há uma tendência de usar uma
linguagem um pouco menos universal do que nas ciências bá
sicas e naturais, por exemplo.
Quanto a este último, se somarmos a contribuição dos definidos como aplicados, no caso do
público representam 47% do total e apenas 25% nas privadas. As ciências médicas representam
10% e 16% dos setores público e privado, re
spectivamente.
Gráfico 1
–
Pesquisadores e companheiros de dicados para
I+D.
Distribuição
percentual de acordo com disciplinas de formação acadêmica e tipo de instituição.
Ano 2017
.
Fonte: Elaboração própria
Pode
-
se dizer que na Argentina os processos de avaliação da produção de pesquisa a
nível internacional explicam a forte
predominância das tradições que foram construídas na área
de Ciências Básicas, alinhamento que corresponde a um sistema internacional homogêneo,
image/svg+xml
Políticas de internacionalização universitária na Argentina:
Mobilidade
de
estudan
tes
e produção científica
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576,
d
ic
. 202
0. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2568
definido pelo desenvolvimento disciplinar realizado em países industrializados.
Nesse sentido,
é o centro que e
stabelece os padrões de pesquisa dos países que fazem parte da periferia no
processo de industrialização. Física, química, matemática e biologia tendem a gerar processos
universais de conhecimento de pesquisa e, assim, são avaliados. Diferente é o caso daq
ueles
associados ao estudo de realidades locais a partir de uma abordagem social e humana, e aqueles
ligados a áreas aplicadas, como engenharia, ciência da computação ou estatística, por exemplo.
No entanto, a preponderância dos critérios das ciências bási
cas, com o modelo dominante de
papers
(artigos científicos) publicados em revistas de referência internacionais, subordinados a
outros processos de transmissão do conhecimento.
A situação descrita pode ser vista na Tabela 4, que representa os percentuais de
distribuição de publicações predomi
nantemente internacionais em revistas de alto impacto.
Deve
-
se notar que, no SCI, cerca de 97% de seus periódicos são de língua inglesa, o que torna
um bom proxi determinar o grau de internacionalização de cada ciência (Liu, 2016).
Embora
seja verdade que
a predominância do básico e médico é evidente, o aumento nos últimos 2 anos
na produção de
papers
nas áreas de ciências sociais e humanidades eu sugeriria uma mudança
de paradigma.
No entanto, pode
-
se argumentar também que eles começam a partir de
percentu
ais relativos muito baixos e, nesse sentido, qualquer pequena mudança é perceptível.
Mesmo assim, poderia ser interpretado como um princípio para uma tendência que incorpora
um maior olhar internacional nessas disciplinas mais acostumadas a interagir com f
enômenos
locais.
Tabela 4
–
Produção argentina n
a
SCIENCE CITATION INDEX (SCI),
de acordo
com a disciplina científica. Anos 2011 a 2015
Disciplina
2011
2012
2013
2014
2015
Física, Química e Ciências da
Terra
27,0%
26,8%
26,0%
29,3%
25,6%
Ciências da Vida
25,7%
26,2%
24,3%
21,9%
23,2%
Agricultura, Biologia e Meio
Ambiente
18,3%
19,0%
18,5%
18,5%
17,0%
Medicina clínica
16,6%
15,6%
16,2%
14,1%
15,4%
Engenharia, Computação e
Tecnologia
6,8%
6,3%
7,1%
6,7%
7,4%
Ciências
Multidisciplinares
1,9%
3,0%
2,5%
2,6%
3,4%
Ciências Sociais e
Comportamentais
2,9%
2,4%
3,7%
4,2%
4,7%
Instrumentos*
0,5%
0,5%
0,5%
0,5%
0,6%
Artes e Humanidades
0,2%
0,3%
1,0%
2,1%
2,7%
Não
-
assinado
0,1%
0,0%
0,1%
0,0%
0,0%
Total
100,0%
100,0%
100,0%
100,0%
100,0%
image/svg+xml
Marcelo RABOSSI
e
Ariadna GUAGLIANONE
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576, d
ic
. 2020. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2569
*Nota: Refere
-
se a recursos na aplicação de instrumentos para observação, medição ou controle de
sistemas físicos e/ou químicos.
Fonte
: Elaboração própria
sobre dados da Thomson Reuters
-
Web of Science
A Tabela 5 lista os dez
países com os quais a Argentina tem a maior colaboração
científica internacional no período 2013
-
2015. Observa
-
se que a articulação mais significativa
na produção científica colaborativa entre pesquisadores é realizada com os EUA (18%), seguida
pela Espanh
a (11%) e Brasil (10%).
Tabela 5
–
Produção
argentina no Índice de CITAÇÃO CIENTÍFICA (SCI), segundo
país de colaboração. Anos de 2013 a 2015.
#
País
2013
2014
2015
1
EUA
1.481
1.704
1.772
2
Espanha
928
1.052
1.104
3
Brasil
753
886
963
4
Alemanha
542
744
759
5
França
532
635
733
6
Itália
459
567
600
7
Reino Unido
434
549
565
8
Chile
401
495
558
9
Canadá
416
465
481
10
Austrália
290
375
406
Fonte: elaboração própria sobre dados da Thomson Reuters
-
Web of Science
Apenas o Chile, juntamente com o último país, o Brasil, entra neste primeiro lote como
representante da região latino
-
americana. O restante pertence a nações fora da região e
com
perfil industrializado. Um caso interessante é que, com a Espanha, segundo em termos de
colaboração acadêmica internacional com a Argentina. De certa forma, pode
-
se dizer que a
afinidade cultural também teria algo a dizer quando se trata de cooperação
científica. É
interessante notar que a articulação mais forte está estabelecida com os Estados Unidos, sendo
que não existem programas nacionais, constituição de redes e associações que promovam a
relação entre as duas nações, como é o caso da França, Alem
anha, Espanha e América Latina,
em geral. Obviamente, a força científica dos Estados Unidos sozinho impulsiona a produção
científica bilateral entre os dois países.
Agora, se tomarmos como referência a base de informações elaborada pelo Scimago
Journal Ran
k (SJ), a Tabela 6 permite caracterizar a Argentina em termos de áreas de
conhecimento e o grau de internacionalização de cada uma delas.
4
Para a análise, as primeiras
4
Chamamos o grau de internacionalização da produção científica para aquelas publicações em que a filiação dos
pesquisadores envolvidos pertence a diferentes países.
image/svg+xml
Políticas de internacionalização universitária na Argentina:
Mobilidade
de
estudan
tes
e produção científica
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576,
d
ic
. 202
0. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2570
10 disciplinas foram tomadas como referência, de acordo com a categorização de SJ de um
total
de 27, em que o país possui o maior volume de produção.
Tabela 6
–
Produção científica na Argentina nas dez primeiras áreas do conhecimento
segundo quantidade e percentual de colaboração internacional (2016)
#
Ciência / Área
Quantidade
%
%
Acumulado
Colaboração
Internacional*
1
Medicina
3.183
15,0
15,0
47,1%
2
Biologia e Agricultura
2.884
13,6
28,7
41,4%
3
Bioquímica, Genética e
Biologia Molecular
1.798
8,5
37,2
53,0%
4
Física e Astronomia
1.474
7,0
44,1
60,8%
5
Engenharia
1.242
5,9
50,0
41,8%
6
Ciências terrestres e
planetárias
1.106
5,2
55,2
52,8%
7
Química
1.056
5,0
60,2
49,5%
8
Ciências Ambientais
984
4,7
64,9
45,2%
9
Ciências sociais
957
4,5
69,4
27,4%
10
Informática
913
4,3
73,7
38,8%
*Nota: Refere
-
se ao percentual de produção científica em que um documento é produzido por
pesquisadores com afiliações em diferentes países.
Fonte: Elaboração própria de dados do Scimago Journal Rank (2016)
Quanto aos trabalhos publicados, as cinco primeiras áreas explicam 50% do que a
Argentina produz na ciência. É evidente, como já dito, que os básicos dominam, seguidos dos
aplicados. Os sociais se afastaram, representando pouco menos de 5% do total produzi
do. Por
outro lado, quanto ao grau de internacionalização de cada um dos dez, confirma
-
se que as áreas
de ciências humanas e sociais têm um perfil menos globalizado do que as de exatas e naturais,
aplicadas e médicas. Esta é uma tendência internacional, po
r isso não surpreende que o grau de
internacionalização da produção científica em ciências sociais mal exceda 27%
(aproximadamente uma em cada quatro publicações é com colaboração internacional), o que
implica quase 34 pontos percentuais a menos do que o m
ais internacionalizado, neste caso física
e astronomia. Neste último caso, mais de 6 em cada 10 publicações são em parceria com
pesquisadores de outros países (SCIMAGO JOURNAL RANK, 2016).
Uma particularidade é evidente no Gráfico 2, que mostra a tendênci
a, ou o grau de
internacionalização, da produção científica argentina ao longo de um período de 20 anos (1996
-
2016). Houve um crescimento no nível de internacionalização, especialmente desde 2004,
durante o qual mais de quatro em cada 10
papers
publicado n
a Scopus tem a colaboração de
acadêmicos que residem além das fronteiras do país.
image/svg+xml
Marcelo RABOSSI
e
Ariadna GUAGLIANONE
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576, d
ic
. 2020. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2571
Figura 2
–
Percentual da produção acadêmica argentina com colaboração
internacional (1996
-
2006)
Fonte: Elaboração própria
Embora a produção científica total no país tenha apresentado crescimento durante o
período analisado, o percentual que incluiu colaboração internacional parece ter atingido um
certo nível de
amestramento
após um crescimento desde o final dos anos 90. Parte
dessa relativa
estabilidade poderia ser explicada pelo certo crescimento do trabalho de pesquisa no campo das
ciências sociais e humanas, áreas que, como dito, tendem a produzir escala local, pelo menos
em relação à medicina, exata e natural.
Conclusões
e discussão
A internacionalização do ensino superior, como tema na agenda de políticas
educacionais, está instalada na Argentina desde 2000 em um contexto nacional e internacional
com tendências que favorecem a integração e a cooperação entre as nações. No entanto, o
país,
como o resto da América Latina, está relativamente isolado desse processo, uma
vez que
apenas
3,4% do total de estudantes
é
internacional
. De qualquer forma,
e apesar dessas dificuldades,
há um padrão crescente em termos de promoção de programas bina
cionais e multilaterais de
desenvolvimento científico, bem como no caso de publicações que envolvem pesquisadores
argentinos com seus pares internacionais.
Embora a integração das instituições argentinas com o resto do mundo pareça estar
encontrando seu lugar dentro do universo do ensino superior para implantar suas
potencialidades particulares e vantagens competitivas, ainda surgem certas inconsistências,
34,1
33,9
31,6
32,4
44,6
42,3
45,4
41,2
42,4
42,6
44,6
25,0
30,0
35,0
40,0
45,0
50,0
1996
1998
2000
2002
2004
2006
2008
2010
2012
2014
2016
image/svg+xml
Políticas de internacionalização universitária na Argentina:
Mobilidade
de
estudan
tes
e produção científica
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576,
d
ic
. 202
0. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2572
ta
nto no nível micro institucional quanto em termos de políticas macrossistemas. Essas
limitações não permitiram amalgamar e, assim, integrar plenamente as virtudes das
universidades com as do resto do mundo. Por exemplo, a escassez de financiamento dificult
a
que a Argentina se conecte mais estreitamente com o mundo acadêmico internacional,
juntamente com o fraco domínio da língua inglesa por estudantes e professores, situação que
dificulta a cooperação internacional além dos países de língua espanhola. Da me
sma forma, há
falta de coordenação dentro e entre instituições e entre elas e órgãos estatais, somadas a uma
perspectiva preferencialmente periférica e local, especialmente nas ciências sociais e humanas,
disciplinas que ainda não miram os centros acadêmic
os dos países industrializados
(GUAGLIANONE; RABOSSI
,
2018). A lista conspira contra uma decolagem que permitiria à
Argentina aumentar sua participação no jogo global do ensino superior. De qualquer forma, a
participação em feiras universitárias internacio
nais, a construção de redes e, em menor grau,
dois graus, principalmente na pós
-
graduação, nos permite ter um certo otimismo para o futuro.
Quanto às organizações nacionais ligadas às políticas de ciência e tecnologia, há
importantes desenvolvimentos em pr
ojetos de pesquisa bilaterais e multilaterais com institutos
científicos internacionais. Em maior medida, as publicações internacionais de coautoria são
identificadas com predominância nas ciências básicas e médicas e com baixa incidência das
ciências soci
ais e humanas que, por si só, apresentam um perfil menos internacionalizado e
mais ligados aos problemas locais. Da mesma forma, há um início incipiente de ligação entre o
setor produtivo não acadêmico, em alguns casos estrangeiros, e o Estado. Trata
-
se de
questões
globais de preocupação para empresas privadas e para o próprio Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação Produtiva.
Por outro lado, e como tema a ser analisado em maior profundidade, independente do
setor, público ou privado, na última década,
em média, observa
-
se que as universidades
argentinas formalizaram suas políticas de internacionalização a partir de estruturas
organizacionais sob a forma de diretorias, áreas, secretarias ou departamentos e, em alguns
casos, com orçamentos independentes
(GUAGLIANONE; RABOSSI
,
2018). Com o tempo,
essas estruturas ganharam destaque dentro da hierarquia institucional, principalmente por meio
da promoção de programas de intercâmbio estudantil entre países e também como
representantes da instituição em congres
sos internacionais, a fim de colocar a universidade na
mira de potenciais estudantes estrangeiros. Embora isso esteja dentro da média observada,
também é verdade que certas universidades com pouco contato internacional têm dificuldade
em encontrar uma loca
lização no mapa acadêmico global.
image/svg+xml
Marcelo RABOSSI
e
Ariadna GUAGLIANONE
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576, d
ic
. 2020. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2573
De qualquer forma, enfrentamos um novo desafio para o ensino superior, e
particularmente para a internacionalização desde o surgimento do coronavírus globalmente. O
isolamento social e o fechamento de fronteiras, como pali
ativo para conter a pandemia, tiveram
impacto direto na mobilidade dos estudantes internacionais. Altbach
e
de Wit (2020)
argumentam que é provável que haja um aumento maior no ensino
-
aprendizagem online e no
recrutamento mais diversificado de estudantes i
nternacionais, com menos dependência da
China. Considera
-
se provável que, uma vez normalizadas as restrições impostas pelo
coronavírus, haverá uma reestruturação dos padrões de mobilidade estudantil. E embora ainda
não possamos avaliar com precisão o verda
deiro impacto que essa pandemia produzirá, haverá
muitas perguntas a serem respondidas vinculadas às novas formas que a internacionalização do
ensino superior assumirá em todo o mundo. No entanto, possivelmente, para muitos países que
ainda não surgiram co
mo grandes players, esta é uma oportunidade para ser aproveitada e,
assim, alcançar maior internacionalização de seus programas através do uso de plataformas
online. É claro que as agências de acreditação de programas remotos devem desempenhar um
papel ess
encial para garantir que as instituições de ensino superior mantenham a qualidade de
suas ofertas acadêmicas.
REFERÊNCIAS
ALTBACH, P.; DE WIT, H.
El impacto del coronavirus en la educación superior.
Nexos
,
2020.
Disponível em: https://educacion.nexos.co
m.mx/?p=2221. Acesso em: 26 mar. 2020
.
ALTBACH, P.; DE WIT, H. Are We Facing a Fundamental Challenge to Higher Education
Internationalization?
International Higher Education
, v. 2, n. 93, p. 2
-
4, 29
mar
. 2018
.
Disponível em:
https://ejournals.bc.edu/index.php/ihe/article/view/10414.Acceso em: 24 Mar.
2020.
CUMMINGS, J. N.; KIESLER, S. Collaborative Research Across Disciplinary and
Organizational Boundaries.
Social Studies of Science
,
v.
35, n.
5, p. 703
-
722, 2005.
Disponível
em:
https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/0306312705055535#articleCitationDownloadConta
iner.
Acesso em: 18 Mar. 2020.
CURCIO, J.; LUNA. M.F.
Impacto Económico de los Estudiantes Internacionales en la
Ciudad Autónoma de Buenos Aires
.
(en prensa).
CHOUDAHA, R.; HU, D. 2016.
Australian
higher education leads in attracting and retaining
international students
.
Forbes
, 2016.
Disponível em:
https://www.forbes.com/sites/rahuldi/2016/10/27/attracting
-
international
-
students
-
global
-
competition/#234f44349967. Acesso em: 3 abr. 2020.
image/svg+xml
Políticas de internacionalização universitária na Argentina:
Mobilidade
de
estudan
tes
e produção científica
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576,
d
ic
. 202
0. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2574
FULBRIGHT ARGENTINA.
Graduados
.
2018.
Disponible en:
http://fulbright.edu.ar/.Acceso en: 20
-
feb
-
2020.
GARCÍA DE FA
NELLI, A.; CORENGIA, A; RABOSSI, M; SALTO, D.
International
partnerships for collaborative research in Argentinian Universities.
In
:
GREGORUTTI, G.;
SVENSON
, N.
Innovative
north
-
south university research partnerships in latin america
and the caribbean
.
New York: Palgrave Macmillan Press, 2018.
GUAGLIANONE, A.
Políticas de evaluación y acreditación en las universidades
argentinas
.
1.
e
d. Buenos Aires: Teseo
-
UAI, 2013.
p. 208.
GUAGLIANONE, A.; RABOSSI, M. Claroscuros de la internacionalización de la edu
cación
superior en Argentina
.
Revista de Educación Superior en América Latina
, v
.
4, n
.
4, p. 2
-
5,
2018
.
Disponível em:
http://rcientificas.uninorte.edu.co/index.php/esal/article/viewFile/11277/214421442711.
Acesso em: 26 fev. 2020.
JIBEEN, T.; KHAN, A. Internationalization of Higher Education: Potential Benefits and
Costs.
International Journal of Evaluation and Research in Education (IJERE)
,
v
.
4, n.
4,
p. 196
-
199, dec.
2015
.
Disponível em: https://files.eric.ed.gov/fulltext/EJ10917
22.pdf.
Acesso em: 10 set. 2020.
KEHM, B.; TYLER, U. Research on internationalization in Higher Education.
Journal of
Studies in International Education
,
v
.
11, n.
3
-
4,
p. 260
-
273, sep
2017.
Disponível em:
https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/1028
315307303534. Acesso em: 26 mar. 2020.
KNIGHT, J.
Internationalization of Higher Education: A conceptual framework.
In
:
KNIGHT, J.; DE WIT, H
.
Internationalization of Higher Education in Asia Pacific
countries
. Amsterdam: European Association for
International Education, 1997.
KNIGHT, J. Internationalization remodeled
: definition, approaches
and rationales.
Journal of
Studies in Intercultural Education
,
p. 5
-
31,
v
.
8, n
.
1,
mar.
2004.
Disponível em:
https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/1028
315303260832.
Acesso em: 16 Mar. 2020
.
LIU, W. The changing role of non
‐
English papers in scholarly communication: Evidence
from Web of Science's three journal citation indexes.
Learned Publishing
, v
.
30, n. 2,
p. 115
-
123,
20
dic.
2016.
DOI
:
https://doi.org/10.1002/leap.1089
MASLEN, G. Worldwide student numbers forecast to double by 2025.
UniversityWorld
News
,
19 feb. 2012.
Disponível em:
http://www.universityworldnews.com/article.php?story=20120216105739999.
Acesso em: 20
fev. 2020.
MIHAI, I.; REISZ, R. STEM+
productivity, development, and wealth, 1900
-
2012.
In
:
POWELL, J; BAKER, D.; FERNANDEZ,
F.
The century of science
: the global triumph of
the research university
.
Bingley: Emerald Publishing Limited, 2017.
MINISTERIO DE CIENCIA Y TECNOLOGÍA.
Indicadores de
Ciencia y Tecnología
.
Argentina 2018.
Disponível em
https://www.argentina.gob.ar/ciencia/indicadorescti/argentina
-
2018.
Acesso em: 20 fev. 2020.
image/svg+xml
Marcelo RABOSSI
e
Ariadna GUAGLIANONE
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576, d
ic
. 2020. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2575
ARGENTINA.
Ministro de Educación, Cultura, Ciencia y Tecnología de la Nación
.
Anuario.
Estadísticas Universitarias Argentinas 2017
.
1
.
e
d. Ciudad Autónoma de Buenos Aires
,
2017
.
Disponível em https://www.argentina.gob.ar/sites/default/files/anuario
-
estadistico
-
datos
-
2017_final.pdf.
Acesso em: 18 fev. 2020
OECD
.
Education at a
glance
2016
:
OECD Indicators, OECD Publishing, Paris
, 2016
.
DOI:
http://dx.doi.org/10.187/eag
-
2016
-
en
RAMA, C.
La nueva fase de la universidad privada en América Latina
.
1.
e
d. Buenos
Aires: Teseo
-
UAI, 2017.
p. 498.
SCIMAGO JOURNAL RANK.
SIR
—
SCImago
Institutions Rankings, 2016.
Disponível em:
http://www.scimagoir.com/.
Acesso em: 18 fev. 2020.
SCOPUS Database
.
2018.
Disponível em: http://www.scopus.com/.
Acesso em: 18 fev. 2020.
SCOTT, S. Massification, internationalization and globalization. In: Scott. S.
The
globalization of Higher Education
. Maidenhead: Open University Press, 1998.
YIP, G.
Total global strategy
: managing for worldwide competitive advantage
. Englewood
Cliffs, NJ: Prentice Hall, 1992.
p. 285.
YNALVEZ, M.; SHRUM, W. Professional networks, scientific collaboration, and publication
productivity in resource
-
constrained research institutions in a developing country.
Research
Policy
, v
.
40, n
.
2,
p. 204
-
216,
mar.
2011.
Disponível em:
www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0048733310002131.
Acesso em: 16 Mar.
2020.
XUE
YUJIE
X.
More
Chinese prefer UK and Canada for study abroad
.
Report Says,
2019.
Disponível em: https://www.sixthtone.com/news/1003960/more
-
chinese
-
prefer
-
uk
-
and
-
canada
-
for
-
st
udy
-
abroad%2C
-
report
-
says.
Acesso em: 26 mar. 2020.
image/svg+xml
Políticas de internacionalização universitária na Argentina:
Mobilidade
de
estudan
tes
e produção científica
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576,
d
ic
. 202
0. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2576
Como referenciar este artigo
RABOSSI, M.
;
GUAGLIANONE, A. Las políticas de internacionalización universitaria en la
argentina:
Movilidad
estudiantil y producción científica.
Revista Ibero
-
Americana de
Estudos em Educação
, Araraquara,
v. 15, n. esp. 4, p.
2556
-
2576
, d
ic
. 2020.
e
-
ISSN: 1982
-
5587.
D
OI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
Enviado
em:
10/09/2019
Revisões
requeridas
em
:
10/01/2020
Aprovado em
:
30/04/2020
Publicado em
:
01/12/2020
image/svg+xml
Las políticas de internacionalización universitaria en la argentina: movilidad estudiantil y producción científica
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2556
LAS POLÍTICAS DE INTERNACIONALIZACIÓN UNIVERSITARIA EN LA
ARGENTINA: MOVILIDAD ESTUDIANTIL Y PRODUCCIÓN CIENTÍFICA
POLÍTICAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO UNIVERSITÁRIA NA ARGENTINA:
MOBILIDADE DE ESTUDANTES E PRODUÇÃO CIENTÍFICA
UNIVERSITY INTERNATIONALIZATION POLICIES IN ARGENTINA: STUDENT
MOBILITY AND SCIENTIFIC PRODUCTION
Marcelo RABOSSI
1
Ariadna GUAGLIANONE
2
RESUMEN
:
La internacionalización de la educación superior ofrece desafíos y oportunidades
para los países en vías de industrialización. Dentro de una dinámica de poder, las universidades
de las naciones centrales dominan el escenario a la hora de atraer a estudiantes de todo el
mundo. Mientras tanto, América Latina se presenta con capacidad de convocatoria acotada y
mayormente regional; Argentina no es la excepción. El objetivo de este trabajo es indagar
acerca de los procesos de internacionalización en relación al flujo de estudiantes e
investigadores del sector universitario argentino a partir de información secundaria. Se realiza
aquí un acercamiento a las múltiples definiciones del concepto, se exponen las principales
políticas desarrolladas desde los organismos gubernamentales y se analizan las dimensiones
vinculadas a la movilidad estudiantil y a la internacionalización de la producción científica,
presentando datos estadísticos que dan cuenta de los fenómenos estudiados.
PALABRAS CLAVE
:
Educación superior. Internacionalización. Movilidad estudiantil.
Producción científica. Argentina.
RESUMO
: A internacionalização do ensino superior oferece desafios e oportunidades para os
países em processo de industrialização. Dentro de uma dinâmica de poder, as universidades
das nações centrais dominam o cenário para atrair estudantes de todo o mundo. Enquanto isso,
a América Latina se apresenta com capacidade limitada e principalmente regional de
convocação; A Argentina não é exceção. O objetivo deste trabalho é indagar sobre os
processos de internacionalização em relação ao fluxo de estudantes e pesquisadores no setor
universitário argentino a partir de informações secundárias. Aborda-se aqui as múltiplas
definições do conceito, expõe-se as principais políticas desenvolvidas pelos órgãos
governamentais e analisa-se as dimensões relativas à mobilidade estudantil e à
internacionalização da produção científica, apresentando dados estatísticos que dão conta dos
fenômenos estudados.
1
Universidad Torcuato Di Tella (UTDT), Buenos Aires – Argentina. Profesor de Tiempo Completo. Doctorado
en Educación (SUNY) – Albany. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3752-1489. E-mail: mrabossi@utdt.edu
2
Universidad Abierta Interamericana (UAI), Buenos Aires – Argentina. Secretaria de Investigación. Doctorado
en Ciencias Sociales (FLACSO). ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5278-2591. E-mail:
ariadna.guaglianone@uai.edu.ar
image/svg+xml
Marcelo RABOSSI y Ariadna GUAGLIANONE
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2557
PALAVRAS-CHAVE
: Educação superior. Internacionalização. Mobilidade estudantil.
Produção científica. Argentina.
ABSTRACT
: The internationalization of higher education presents challenges and
opportunities for industrialized countries. Within the logic of power, universities in central
nations dominate the scenario in attracting students from all over the world. Meanwhile, Latin
America shows itself with limited and mostly regional recruiting capacity; Argentina is not the
exception. Using secondary data, the objective of this work is to inquire about the
internationalization processes in Argentina in relation to the flow of students and researchers.
We first present an approach to the multiple definitions of the concept, to then describe the
main policies developed by governmental agencies. Different dimensions linked to student
mobility and the internationalization of scientific production are analyzed through statistical
data that account for the phenomena under study.
KEYWORDS
: Higher education. Internationalization. Student mobility. Scientific production.
Argentina.
Introducción
La internacionalización de la educación superior es un fenómeno de características
crecientes que no conoce frontera alguna. Sin embargo, son aún las naciones industrializadas
aquellas que atraen al mayor número de alumnos y científicos de todo el mundo. Si bien es
cierto que cada nación cuenta con universidades de rasgos atractivos y únicos, es también
verdad que las mismas se ven afectadas por sus propias realidades nacionales. El bajo
financiamiento disponible en países en vías de desarrollo, por ejemplo, impide que éstas
cuenten con infraestructura acorde a un mundo tecnológicamente complejo y sofisticado.
Asimismo, los medios a través de los cuales el conocimiento producido se distribuye en el
mundo, son dominantemente monopolizados por las naciones más ricas. En definitiva, queda
en evidencia que las instituciones de educación superior interactúan dentro de un sistema
estratificado en donde la dinámica “desde la periferia en vías de desarrollo” y “hacia el centro
industrializado” establece los patrones de movilidad académica en cuanto al flujo de alumnos
e investigadores, y en dirección inversa en lo que respecta a la distribución del conocimiento
entre países (GUAGLIANONE; RABOSSI, 2018). Dentro de un panorama mundial que suma
más de 5 millones de estudiantes internacionales, América Latina se encuentra fuertemente sub-
representada si la comparamos con Europa, continente que atrae casi al 50% de los alumnos
extranjeros (OECD, 2016). En cuanto a la Argentina, se hace presente con solo 80.000 alumnos
no nativos, la mayoría provenientes de países limítrofes (SPU, 2017).
En la primera parte de este trabajo se ha definido un marco de referencia que ayude a
determinar qué se entiende por internacionalización. Los flujos de internacionalización, tanto
image/svg+xml
Las políticas de internacionalización universitaria en la argentina: movilidad estudiantil y producción científica
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2558
desde la perspectiva de los estudiantes como de los de investigación, forman parte de esta
sección. El Sistema Universitario Argentino según estadísticas oficiales (SPU, 2017) es
abordado en el tercer apartado, sumado a las políticas nacionales tendientes a promover la
internacionalización en el país. La tercera parte presenta un análisis cuantitativo de la
internalización en la Argentina en términos de sus estudiantes y producción científica.
Discusiones y conclusiones cierran este trabajo.
Internacionalización de la educación superior: Significado y dimensiones de análisis
El término internacionalización presenta distintas aristas y por lo tanto nos ubica ante
diversas dimensiones en lo referente a su análisis, alcance y contenido. Asimismo, no es un
vocablo nuevo, sino que ha sido empleado con anterioridad en las ciencias políticas, por
ejemplo, así como ha formado parte del lenguaje que describe las dinámicas que atraviesan las
relaciones entre gobiernos. Sin embargo, cuando nos referimos al sector universitario, el
fenómeno de la internacionalización comienza a ganar espacio recién a fines de los años ‘80.
Surgen nuevos conceptos para describir tanto los flujos de estudiantes que migran
temporalmente o definitivamente de un país a otro como para retratar las relaciones de
intercambio de investigadores y cooperación científica entre países (KNIGHT, 2004). Dentro
de este amplio panorama, Knight (1997) la define como aquel proceso integrativo, bajo una
mirada internacional e intercultural, con el objetivo de ofrecer educación pos-secundaria a
estudiantes de diversa procedencia. A su vez, Scott (1998) propone cuatro dimensiones para
analizarla: 1. intercambio de estudiantes entre países; 2. flujo de docentes e investigadores entre
universidades más allá de sus propias fronteras geográficas; 3. colaboración internacional
interinstitucional; 4. flujo de ideas que se entrecruza entre países.
A partir de la identificación y categorización hecha por Yip (1995) sobre los elementos
que han movilizado la creciente globalización de industrias y empresas, Rama (2017) los
traslada al ámbito educativo. Así, reconoce seis principales factores que fomentan la
internacionalización:1. el mercado que demanda certificaciones globales; 2. los costos
decrecientes de comunicación que facilitan los intercambios; 3. las políticas de apertura que,
promovidas por los países, estimulan los flujos de conocimiento; 4. las cuestiones de
competitividad que hacen que no sea rentable ofrecer educación solo en el mercado local; 5. la
irrupción de nuevas tecnologías de información y comunicación que reducen los costos de
transacción; 6. la tecnología de punta no existente en los propios países promueve la movilidad
de investigadores hacia los centros industrializados.
image/svg+xml
Marcelo RABOSSI y Ariadna GUAGLIANONE
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2559
Por otro lado, Tyler; Kehm (2007) destacan varios aspectos que promueven y
determinan el grado de internacionalización de un país. Por ejemplo, la movilidad de
estudiantes y personal académico sobre la cual impactan, positiva o negativamente, cuestiones
legales que hacen al reconocimiento de títulos entre países, entre otros aspectos. Respecto de la
movilidad académica, se destaca el peso de los vínculos personales entre los investigadores
como promotores de un mayor grado de internacionalización (GARCÍA DE FANELLI
et al.,
2018). Otro punto de importancia se haya presente en la “extranjerización” de los programas
de estudio, la enseñanza de idiomas extranjeros y la utilización de bibliografía mayormente en
inglés. Estos factores aumentan el volumen de internacionalización de los sistemas. Bajo esta
misma lógica, se inscribe la transferencia de conocimiento a partir de la exportación de
programas de estudio, la apertura de sedes de universidades extranjeras en diversos países, y
graduados e investigadores que retornan a sus lugares de origen importando saberes y
conocimientos adquiridos durante sus estadías internacionales. Un punto a tomar en cuenta es
la tensión que, producto de la internacionalización, se genera entre los conceptos de
cooperación y competencia. Dada la necesidad de contar con más y mejores recursos, no solo
nacionales sino internacionales, las universidades han tendido a transformarse en entidades
competitivas en lugar de mantener su condición de seres cooperativos (TYLER; KHEM, 2007).
La internacionalización de los estudiantes
El intercambio de estudiantes entre países se ha consolidado mayormente en las últimas
dos décadas. De los aproximadamente 0,8 millones de alumnos extranjeros presentes en 1975,
la cifra se duplica hacia fines de 1995. Esta rápida expansión provocó que desde mediados de
los años 2000 hasta 2015, se pase de 3 a más de 5 millones de alumnos internacionales (OECD,
2016). De cualquier manera, es éste un fenómeno que aún no ha llegado a su límite. De hecho,
se espera que alcance los 8 millones en los próximos 5 a 10 años (OECD, 2016; MASLEN,
2012).
La distribución de alumnos internacionales presenta un fuerte sesgo que favorece a los
países que son parte del G-20. Estas naciones reclutan al 83% de la totalidad. Por ejemplo, junto
a los Estados Unidos de América, país que atrae a casi el 20%, Gran Bretaña, Francia, Alemania
y Australia explican casi la mitad del flujo estudiantil total entre países. En cuanto a la
Argentina, solo un poco más del 1 % la elige como destino (OECD, 2016). Respecto del origen
de los mismos, de Asía proviene el 53 % mientras que Europa contribuye con el 25%, África el
8% y América Latina con el 5 %.
image/svg+xml
Las políticas de internacionalización universitaria en la argentina: movilidad estudiantil y producción científica
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2560
Un punto de importancia es que, si bien las instituciones de educación superior
reconocen los beneficios de la internacionalización de su cuerpo de estudiantes, recientes
debates recelan sobre el crecimiento sin límites de, por ejemplo, los programas en inglés para
extranjeros. Esto ha sido cuestionado en países como Alemania, Dinamarca y los Países Bajos,
por ejemplo. Se argumenta que el uso del inglés ha impactado negativamente en la calidad de
los cursos como consecuencia de académicos que son elegidos por el manejo de esta lengua
más que por el profundo conocimiento de la disciplina impartida (ALTBACH; DE WIT, 2018).
Internacionalización de la investigación
La producción científica internacional evidencia un crecimiento exponencial. Mientras
que a comienzos del Siglo XX solo una docena de países contribuía a este fenómeno, se calcula
que actualmente alrededor de 200 países producen ciencia (MIHAY; REIZ, 2017). De cualquier
manera, las naciones con mayor cantidad de artículos publicados siguen siendo aquellas
pertenecientes a la OECD, con excepción de China e India. En cuanto a América Latina, la
región es liderada por Brasil, seguida por México, Argentina, Chile y Colombia (SCIMAJO
JOURNAL RANK, 2016).
Si bien las universidades de países en vías de industrialización, inclusive aquellas
denominadas de elite, se encuentran más abocadas a la enseñanza que a la investigación de
punta, la asociación con instituciones pertenecientes a naciones desarrolladas resulta decisiva y
fundamental para lograr avances en temas que hacen a la investigación científica y al desarrollo
nacional (YNALVEZ; SHRUM, 2011). Sin embargo, el tipo de regulaciones que cada país o
institución imponepara generar asociaciones entre universidades, puede trabar o fomentar la
cooperación internacional entre las mismas (CUMMINGS; KIESLER, 2005; FOX;
MOHAPATRA, 2007). Las relaciones interpersonales entre colegas juegan asimismo un papel
fundamental al momento de generar y consolidar aspectos que hacen al emprendimiento,
desarrollo y futura consolidación de un proyecto de investigación colaborativo entre países
(GARCÍA DE FANELLI
et al.,
2018). No obstante, a pesar de los grandes beneficios
observados, también se ha identificado a la internacionalización con aspectos desfavorables.
Por ejemplo, la mercantilización del sector y la fuga de cerebros hacia los países más
desarrollados (JIBEEN; ASAD KHAN, 2015).
El Sistema Universitario Argentino
image/svg+xml
Marcelo RABOSSI y Ariadna GUAGLIANONE
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2561
La universidad argentina fue, en el contexto latinoamericano, una de las primeras
instituciones que adoptaron el modelo napoleónico. La reforma universitaria, iniciada en
Córdoba en 1918, le imprimió características distintivas, principalmente una nueva forma de
gobierno
3
. Y si bien predominó el perfil profesionalista, dentro de la misma se desarrollaron
iniciativas científicas y tecnológicas. La Universidad Nacional de la Plata, fundada en 1905, es
un claro ejemplo de lo dicho.
A lo largo de su historia, la Universidad ha pasado tanto por períodos de represión
política como de expansión y diversificación, similar a lo ocurrido en el resto de América
Latina. Sus tradicionales estructuras académicas, sin embargo, se mantuvieron en el tiempo
resistiendo, adaptándose, refuncionalizando o rechazando las demandas de reformas o de
modernización académica (GUAGLIANONE, 2013).
Actualmente el sector universitario argentino cuenta con un poco más de dos millones
de estudiantes (aproximadamente 22 por ciento en el sector privado), cifra que la ubica entre
los países de la región con mayor Tasa Bruta de Enrolamiento según población de 20 a 24 años
de edad. La misma alcanza el 57% y llega al 85% si se suman los 900.000 alumnos que forman
parte del sector terciario no universitario. En su totalidad, el sistema cuenta con 130
universidades, 64 de ellas privadas (SPU, 2017).
Programa y actores de la internacionalización en Argentina
La Secretaría de Políticas Universitarias (SPU) es un actor central de las políticas de
internacionalización a través del Programa de Internacionalización de la Educación Superior y
Cooperación Internacional (PIESCI). En el marco del mismo, se desarrollan actividades de
cooperación con otros países y promoción de la universidad argentina en el mundo. Estas
políticas permiten el diseño de programas y proyectos específicos que tienden,
fundamentalmente, a incrementar el intercambio y la movilidad de estudiantes y docentes de
grado y posgrado (GUAGLIANONE; RABOSSI, 2018).
El Ministerio de Ciencia, Tecnología e Innovación Productiva y la Dirección Nacional
de Cooperación e Integración Institucional constituye otro actor relevante del sistema. Participa
en actividades de cooperación técnica internacional que se relacionen con la ciencia, la
tecnología y la innovación productiva. La colaboración se implementa a través de la realización
3
El sistema de gobierno fijado en los estatutos de 1883 otorgaba el control de las facultades a graduados que
formaban parte de las Academias. Estos integraban los cuerpos colegiados, se autorreclutaban, eran vitalicios y
designaban a sus propios miembros.
image/svg+xml
Las políticas de internacionalización universitaria en la argentina: movilidad estudiantil y producción científica
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2562
de proyectos conjuntos de investigación, la organización de distintos tipos de eventos, la
creación de centros binacionales y el otorgamiento de becas para capacitación
(GUAGLIANONE; RABOSSI, 2018). Aquí, el énfasis de la cooperación se centra en cuatro
grandes áreas: 1. programas que resultan de un acuerdo con un socio en el exterior vinculados
a una institución semejante al Ministerio; 2. programas con la Unión Europea; 3. la
internacionalización de empresas con base tecnológica; y 4. el programa Red de Argentinos
Investigadores y Científicos en el Exterior
(RAICES).
El CONICET, como principal organismo dedicado a la promoción de la ciencia y la
tecnología en la Argentina, desarrolla actividades de cooperación internacional a través de la
firma de convenios con instituciones científicas internacionales y del financiamiento de
proyectos de investigación conjuntos a partir de convocatorias bilaterales y multilaterales, con
énfasis en las disciplinas que conforman las ciencias exactas, biológicas, medicina, física y
química. En cuanto a los principales socios internacionales dentro de los programas
mencionados, se destacan Francia, Alemania y América Latina. Asimismo, existe una activa
cooperación con los EE.UU en las áreas de ingeniería, medicina y biología; mientras que, en el
último tiempo, se ha avanzado en la apertura de relaciones con Asia y la región del Pacífico.
Finalmente, la Ciudad Autónoma de Buenos Aires se erige como un actor principal en
la promoción de la internacionalización a través de la creación del Programa “Study Buenos
Aires” con el objeto de mejorar la experiencia de los alumnos internacionales que llegan a la
Argentina. Entre otros rasgos significativos, Buenos Aires y sus suburbios cuenta con 61
universidades, 24 de las cuales son públicas y gratuitas. Un particularidad de estas últimas, es
que las condiciones de ingreso son relativamente libres y sin examen de admisión. En principio,
la libertad de acceso, sobre todo en algunas carreras como medicina, aparece como un incentivo
para aquellos estudiantes que enfrentan cupos de ingreso en sus países de origen. En definitiva,
tomando en cuenta las distintas formas que caracterizan la internacionalización, la ciudad recibe
anualmente más de 80.000 estudiantes, con un beneficio económico para el año 2017
equivalente a $581 millones de dólares estadounidenses (CURCIO; LUNA, en prensa).
La internacionalización de la Educación Superior en Argentina en cifras
Estudiantes de grado y posgrado
En Argentina, y como en general ha venido ocurriendo en los distintos sistemas de
educación superior del mundo, el número de estudiantes internacionales ha crecido a tasas
crecientes. La mayoría realiza programas cortos, conocidos como
“faculty-led
” o
“customized
image/svg+xml
Marcelo RABOSSI y Ariadna GUAGLIANONE
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2563
programmes
”, mientras que un segundo grupo se concentra en los
“programas de
intercambio”.
En estos últimos cursan asignaturas durante un semestre, o un año en carreras de
grado, que cuentan con la misma validez que las equivalentes en sus países de origen.
Finalmente existe el grupo de aquellos que cursan carreras de grado o posgrado en su totalidad
.
Las universidades argentinas cuentan con un total de 74.013 estudiantes extranjeros, lo
que representa solo un 3,4% de los alumnos del sistema. El cuadro 1 presenta la totalidad de
los enrolados según sector (publico / privado) y nivel (grado y pregrado / posgrado).
Cuadro 1
– Alumnos extranjeros en Argentina según sector y nivel (2017)
Público Privado Total
% en relación a la
totalidad del nivel
Pregrado y grado
46.724
16.416
63.140
3,2
Posgrado
7.937
2.827
10.873
6,8
Total
54.661
19.243
74.013
3,4
Fuente: SPU (2017)
Según se observa, 63.140 se hayan cursando carreras de grado y pregrado, mientras que
10.873 lo hacen a nivel de posgrado. En el primer nivel, el 74% elige instituciones de gestión
pública y el 26% se inclina por las de administración privada. En cuanto al posgrado, 73% y
27% respectivamente. Como particularidad, si se observa solo a los alumnos internacionales, el
nivel de pregrado y grado del sector privado captura 4 puntos porcentuales más que lo que logra
reclutar cuando se toma en cuenta la totalidad de estudiantes en el sistema (22% vs. 26%). En
el posgrado ocurre algo similar (23% vs. 27%). De alguna manera, y tomando en cuenta que
mayoritariamente los estudiantes extranjeros en Argentina elige el sector público, en términos
relativos las universidades privadas resultan más eficientes a la hora de atraer alumnos
internacionales en relación a los locales. Por otro lado, en términos porcentuales o nivel de
internacionalización, el posgrado resulta más exitoso. De hecho, duplica al porcentaje de
alumnos observado en el sector de pregrado y grado (3,2% vs 6,8%).
Se desprende, del análisis realizado, que los porcentajes de internacionalización de la
Argentina son bajos en relación a los países con mayor capacidad para atraer alumnos
extranjeros, en donde el promedio de los pertenecientes a la OECD se acerca al 6% y llega hasta
el 18% en los casos de Australia y el Reino Unido, por ejemplo (CHOUDAHA; HU, 2016). De
cualquier manera, Argentina no se aparta de los patrones observados en la mayoría de los países
de América Latina, aquel de una baja participación de alumnos internacionales.
image/svg+xml
Las políticas de internacionalización universitaria en la argentina: movilidad estudiantil y producción científica
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2564
Si tomamos en cuenta el lugar de procedencia, la mayoría proviene del continente
americano, mayormente de América Latina, seguido muy de lejos por el europeo y siendo
prácticamente nula la incidencia del resto del mundo (ver Cuadro 2). Así, según el lugar de
origen de los alumnos en pre-grado y grado, Perú lidera la nómina con cerca de dos de cada
diez.
Brasil aporta casi el 15% seguido por Paraguay y Bolivia
con alrededor del 11% cada uno.
En definitiva, cuatro países explican más de la mitad de la totalidad de alumnos internacionales
en el sistema.
Cuadro 2
– Alumnos internacionales en universidades argentinas en carreras de
pregrado y grado por país de origen. 2016
# País Porcentaje
Porcentaje acumulado
1 Perú 20,8
20,8
2 Brasil 14,6
35,4
3 Paraguay 11,8
47,1
4 Bolivia 11,2
58,4
5 Colombia 9,8
68,1
6 Chile 7,3
75,5
7 Estados Unidos 6,2
81,7
8 Uruguay 2,8
84,5
9 Ecuador 2,8
87,3
10 Venezuela 2,0
89,4
11 España 1,3
90,7
12 China 1,0
91,7
13 Italia 0,9
92,7
14 Haití 0,9
93,5
15 México 0,7
94,2
Fuente: SPU (2016)
En cuanto a los estudiantes extranjeros de posgrado, el ranking es encabezado por
Colombia con 3.355, equivalente al 30,8% de los estudiantes. Luego Ecuador con 1.627 (15%)
seguido por Brasil con 1.131 (10%).
Una particularidad del sistema es que China contribuye con solo uno de cada 100
alumnos extranjeros. De esta manera, como país se encuentra absolutamente sub-representado
dado que, a nivel mundial, los alumnos de dicho origen explican el 50% del total de
internacionales. De cualquier manera, la incapacidad para reclutar alumnos chinos es una
debilidad que atraviesa a toda la región toda. De hecho, de los más de 600.000 estudiantes de
ese país que se movilizaron hacia el exterior solo en 2019, los destinos preferido fueron los
image/svg+xml
Marcelo RABOSSI y Ariadna GUAGLIANONE
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2565
Estados Unidos de América, seguido por las universidades británicas, las de Australia, Canadá,
Hong Kong, Alemania y Japón (YUJIE, 2019).
Respecto de las carreras elegidas, un alto porcentaje se inclina por las ciencias de la
salud. En este sentido, no se advierte diferenciación público/privada a nivel de las de pregrado
y grado. El Cuadro 3 resume la distribución según las carreras más elegidas por los alumnos
internacionales en cada sector.
Cuadro 3
– Distribución de alumnos internacionales de pregrado y grado en
universidades argentinas por sector y tipo de carrera (2016)
Alumnos Porcentaje
Porcentaje
Acumulado
Universidades Públicas
Medicina
8.402
21,0
21,0
Enfermería
3.545
8,9
29,9
Gestión y Administración de Empresas
2.571
6,4
36,3
Arquitectura y Urbanismo
1.626
4,1
40,4
Abogacía
1.589
4,0
44,4
Contador Público Nacional
1.513
3,8
48,2
Artes Audiovisuales
954
2,4
50,6
Universidades Privadas
Medicina
3.670
23,8
23,8
Gestión y Administración de Empresas
1.094
7,1
30,8
Enfermería
1.045
6,8
37,6
Artes Audiovisuales
724
4,7
42,3
Psicología
537
3,5
45,8
Abogacía
530
3,4
49,2
Comercio Exterior
493
3,2
52,4
Fuente: SPU (2016)
Según lo observado, en siete carreras de un total de 146 en el sector público y 102 en el
privado que al menos cuentan con un alumno de nacionalidad extranjera, se concentra la mitad
de los alumnos internacionales. Se destaca principalmente la de medicina, que lidera, como fue
dicho, en ambos sectores. Por otro lado, cuando a ésta se le suman los estudiantes de enfermería,
los enrolados en las carreras relacionadas a las ciencias de la salud explican el 30% de la
totalidad de extranjeros en el sistema universitario argentino. Nuevamente, podría especularse
que la fuerte demanda que existe por carreras relacionadas a esta especialidad, se vincula con
las condiciones de ingreso a la universidad que, en la Argentina, tienden a ser más laxas que en
muchos países de la región.
image/svg+xml
Las políticas de internacionalización universitaria en la argentina: movilidad estudiantil y producción científica
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2566
El Sistema de I+D argentino en perspectiva internacional
Los investigadores y becarios dedicados a la investigación y desarrollo (I+D) en
Argentina, en el año 2017, ascendían a 83.190, hallándose distribuidos según la siguiente
infografía.
Infografía 1
– Investigadores dedicados a I+D en Argentina según sector y sede
*Nota: De los 21.640 cuarenta investigadores pertenecientes al CONICET, 17.284 tienen su sede de
trabajo en universidades públicas, 1.283 en organismos de Ciencia y Tecnología y así sucesivamente.
Fuente: MCyT (2018)
Se advierte que la mayor proporción se concentran en universidades públicas (74%),
mientras que casi un 7% desarrolla sus actividades en universidades de gestión privada. Esta
distribución evidencia que los recursos humanos en universidades privadas dedicados a
investigar se encuentran relativamente sub-representados. Dicho de otra manera, del total que
trabaja en alguna universidad del sistema, casi el 92% lo hace en el sector público. Aquí
debemos tener en cuenta que, en términos de tamaño, el ámbito privado representa una quinta
parte del público. Sin embargo, menos de uno de cada diez realiza sus labores en dicho sector.
El 20% restante se distribuye entre organismos públicos de Ciencia y Tecnología, entidades sin
fines de lucro, el sector privado de la industria y el Consejo Nacional de
Universidades
Públicas
61.437
Universidades
Privadas
5.475
Organismos
de CyT
7.589
Entidades sin fines de lucro
942
Empresas
5.643
CONICET
TOTAL
:
21.640
44.153
17.284
6.306
1.283
4.925
550
523
419
con sede CONICET
2.104
image/svg+xml
Marcelo RABOSSI y Ariadna GUAGLIANONE
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2567
InvestigacionesCientíficas y Técnicas (CONICET), principal organismo público en el país
dedicado a la promoción de la ciencia y la tecnología. Destacamos que un número importante
de investigadores distribuidos entre los distintos sectores son parte del CONICET. En el caso
de la universidad pública, 17.284forman parte de este organismo (28% del total). En cuanto al
sector privado universitario, el 10% pertenece a CONICET (ver Infografía 1). Así, en este
último caso, se genera una transferencia de recursos públicos para la investigación hacia al
sector privado, ya que el salario de los mismos es mayormente pagado por el Estado.
El cuanto a la distribución porcentual por disciplinas, el 43% de los investigadores en
el sector público y el 59% en universidades privadas se encuentra vinculado a las ciencias
sociales y humanidades (Ver Gráfico 1). Son estos campos, en general, menos propensos a
publicar trabajos con cooperación internacional, aspecto que en muchos casos se relaciona con
la epistemología que las representa. Ocurre que en estas áreas del conocimiento se tiende a
utilizar un lenguaje un tanto menos universal que en las ciencias básicas y naturales, por
ejemplo. En cuanto a estas últimas, si le sumamos el aporte de las definidas como aplicadas, en
el caso de las públicas representan el 47% del total y solo el 25% en las privadas. Las ciencias
médicas explican un 10% y un 16% en los sectores públicos y privados respectivamente.
Gráfico 1
– Investigadores y becarios de dicados a I+D. Distribución porcentual según
disciplinas de formación académica y tipo de institución. Año 2017.
Fuente: Elaboración propia
Se puede afirmar que en la Argentina los procesos de evaluación de la producción de
investigación a nivel internacionaldan cuenta del fuerte predominio de las tradiciones que se
19%
18%
10%10%
30%
13%
6%
15%
16%
4%
50%
9%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Ciencias Exactas
y Naturales
Ingeniería y
Tecnologías
Ciencias
Médicas
Ciencias
Agrícolas
Ciencias SocialesHumanidades
Universidades Públicas
Universidades Privadas
image/svg+xml
Las políticas de internacionalización universitaria en la argentina: movilidad estudiantil y producción científica
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2568
han ido construyendo en el área de las Ciencias Básicas, alineación que corresponde con un
sistema internacional homogéneo, definido por el desarrollo disciplinar llevado adelante en los
países industrializados. En ese sentido, es el centro quien establece los patrones de investigación
de los países que forman parte de la periferia en vías de industrialización. La física, la química,
la matemática y la biología tienden a generar procesos de conocimiento en materia de
investigación de carácter universal, y así son evaluadas. Diferente es el caso de las asociadas al
estudio de las realidades locales desde un acercamiento social y humano, y de aquellas
vinculadas a las áreas aplicadas, como las ingenierías, la informática o las estadísticas, por
ejemplo. Sin embargo, la preponderancia de los criterios de las ciencias básicas, con el modelo
dominante de papers (artículos científicos) publicados en revista de referato internacional,
subordinó a otros procesos de transmisión del conocimiento.
La situación descripta pude observarse en el Cuadro 4, que representa los porcentajes
de distribución de las publicaciones predominantemente internacionales en revistas de alto
impacto. Cabe aclarar que en el SCI, alrededor del 97% de sus revistas son de habla inglesa, lo
que lo convierte en un buen proxi para determinar el grado de internacionalización de cada
ciencia (Liu, 2016). Si bien es cierto que el predominio de las básicas y las médicas queda en
evidencia, el aumento en los últimos 2 años en la producción de papers en las áreas de ciencias
sociales y humanidades sugeriría un cambio de paradigma. Sin embargo, también podría
argumentarse que las mismas parten de porcentajes relativos muy bajos y en este sentido,
cualquier pequeño cambio resulta notorio. Aun así, podría interpretarse como un principio hacia
una tendencia que incorpore una mayor mirada internacional en aquellas disciplinas más
acostumbradas a interactuar con fenómenos locales.
Cuadro 4
– Producción argentina en el SCIENCE CITATION INDEX (SCI), según
disciplina científica. Años 2011 a 2015
Disciplina
2011
2012
2013
2014
2015
Física, Química y Ciencias de la
Tierra
27,0%
26,8%
26,0%
29,3%
25,6%
Ciencias de la vida
25,7%
26,2%
24,3%
21,9%
23,2%
Agricultura, Biología y Medio
ambiente
18,3%
19,0%
18,5%
18,5%
17,0%
Medicina clínica
16,6%
15,6%
16,2%
14,1%
15,4%
Ingeniería, Computación y
Tecnología
6,8%
6,3%
7,1%
6,7%
7,4%
Ciencias Multidisciplinarias
1,9%
3,0%
2,5%
2,6%
3,4%
Ciencias Sociales y del
Comportamiento
2,9%
2,4%
3,7%
4,2%
4,7%
Instrumentos*
0,5%
0,5%
0,5%
0,5%
0,6%
Artes y Humanidades
0,2%
0,3%
1,0%
2,1%
2,7%
image/svg+xml
Marcelo RABOSSI y Ariadna GUAGLIANONE
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2569
Sin asignar
0,1%
0,0%
0,1%
0,0%
0,0%
Total
100,0%
100,0%
100,0%
100,0%
100,0%
*Nota: Refiere a recursos sobre la aplicación de instrumentos para la observación, la medición o el
control de sistemas físicos y / o químicos.
Fuente: Elaboración propia sobre datos de Thomson Reuters – Web of Science
El Cuadro 5 registra los diez primeros países con los que la Argentina presenta mayor
colaboración científica internacional durante el período 2013-2015. Se observa que la
articulación más significativa en la producción científica colaborativa entre investigadores se
realiza con EEUU (18%), seguida de España (11%) y Brasil (10%).
Cuadro 5
– Producción argentina en el SCIENCE CITATION INDEX (SCI), según
país de colaboración. Años 2013 a 2015.
#
País
2013
2014
2015
1
EEUU
1.481
1.704
1.772
2
España
928
1.052
1.104
3
Brasil
753
886
963
4
Alemania
542
744
759
5
Francia
532
635
733
6
Italia
459
567
600
7
Reino Unido
434
549
565
8
Chile
401
495
558
9
Canadá
416
465
481
10
Australia
290
375
406
Fuente: elaboración propia sobre datos de Thomson Reuters – Web of Science
Solo Chile, junto a este último país, Brasil, ingresan en este primer lote como
representante de la región latinoamericana. El resto, pertenece a naciones por fuera de la región
y con perfil industrializado. Un caso interesante es el que se da con España, segundo en cuanto
a colaboración académica internacional con Argentina. De alguna manera, podría afirmarse que
la afinidad cultural también tendría algo que decir a la hora de cooperar científicamente. Es
interesante destacar que la articulación más fuerte se establece con EEUU, siendo que no
existen programas nacionales, constitución de redes y asociaciones que fomenten la relación
entre ambas naciones, como sí es el caso con Francia, Alemania, España y Latinoamérica, en
general. Evidentemente, la fortaleza científica de los EEUU tracciona por sí sola la producción
científica bilateral entre los dos países.
Ahora, si tomamos como referencia la base de información elaborada por Scimago
Journal Rank (SJ), el Cuadro 6 permite caracterizar a la Argentina en término de áreas del
image/svg+xml
Las políticas de internacionalización universitaria en la argentina: movilidad estudiantil y producción científica
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2570
conocimiento y el grado de internacionalización de cada una de ellas
4
. Para el análisis se
tomaron como referencia las primeras 10 disciplinas, según la categorización de SJ de un total
de 27, en la cual el país presenta el mayor volumen de producción.
Cuadro 6
– Producción científica en Argentina en las primeras diez áreas de
conocimiento según cantidad y porcentaje de colaboración internacional (2016)
#
Ciencia / Área
Cantidad
%
%
Acumulado
Colaboración
Internacional*
1
Medicina
3.183
15,0
15,0
47,1%
2
Biología y Agricultura
2.884
13,6
28,7
41,4%
3
Bioquímica, Genética y
Biología Molecular
1.798
8,5
37,2
53,0%
4
Física y Astronomía
1.474
7,0
44,1
60,8%
5
Ingeniería
1.242
5,9
50,0
41,8%
6
Ciencias de la tierra y
planetarias
1.106
5,2
55,2
52,8%
7
Química
1.056
5,0
60,2
49,5%
8
Ciencias ambientales
984
4,7
64,9
45,2%
9
Ciencias Sociales
957
4,5
69,4
27,4%
10
Ciencias de la Computación
913
4,3
73,7
38,8%
*Nota: Refiere al porcentaje de la producción científica en la cual un documento es producido por
investigadores con filiaciones en distintos países.
Fuente: Elaboración propia sobre datos de Scimago Journal Rank (2016)
En cuanto a trabajos publicados, las cinco primeras áreas explican el 50% de lo que
produce la Argentina en ciencias. Queda en evidencia, según lo ya dicho, que las básicas
dominan, seguidas por las aplicadas. La sociales se hayan lejos, explicando un poco menos del
5% del total producido. Por otro lado, en cuanto al grado de internacionalización de cada una
de las diez, se confirma que las áreas de humanidades y ciencias sociales presentan un perfil
menos globalizado que las de exactas y naturales, las aplicadas y las médicas. Es esto una
tendencia internacional, por lo que no es de extrañar que el grado de internacionalización de la
producción científica en ciencias sociales apenas supere el 27% (aproximadamente una de cada
cuatro publicaciones es con colaboración internacional), lo que implica casi 34 puntos
porcentuales menos que la más internacionalizada, en este caso física y astronomía. En este
último caso, más de 6 de cada 10 publicaciones son en asociación con investigadores de otros
países (SCIMAGO JOURNAL RANK, 2016).
4
Denominamos grado de internacionalización de la producción científica a aquellas publicaciones en la cual la
filiación de los investigadores involucrados pertenece a distintos países.
image/svg+xml
Marcelo RABOSSI y Ariadna GUAGLIANONE
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2571
Una particularidad se hace evidente en el Gráfico 2, el que muestra la tendencia, o el
grado de internacionalización, de la producción científica argentina a lo largo de un período de
20 años (1996-2016). Se observa un crecimiento en el nivel de internacionalización, sobre todo
a partir de 2004, año durante el cual más de cuatro de cada 10 papers publicados en Scopus
cuentan con colaboración de académicos que residen más allá de las fronteras del país.
Gráfico 2
– Porcentaje de producción académica argentina con colaboración
internacional (1996-2006)
Fuente: Elaboración propia
Si bien la producción científica total en el país evidenció un crecimiento durante el
período analizado,el porcentaje que incluyó colaboración internacional pareciera haber llegado
a un cierto nivel de amesetamiento luego de un crecimiento desde fines de la década del ‘90.
Parte de esta estabilidad relativa podría estar explicada por el cierto crecimiento de los trabajos
de investigación en el campo de las ciencias sociales y humanas, áreas que, como se dijo,
tienden a producir escala local, al menos en términos relativos a las médicas, exactas y
naturales.
Conclusiones y discusión
La internacionalización de la educación superior, como tema de agenda de políticas
educativas, se instala en Argentina a partir del año 2000 en un contexto nacional e internacional
con tendencias que favorecen la integración y la cooperación entre naciones. Sin embargo el
país, como el resto de América Latina, se encuentra relativamente aislado de este proceso ya
34,1
33,9
31,6
32,4
44,6
42,3
45,4
41,2
42,4
42,6
44,6
25,0
30,0
35,0
40,0
45,0
50,0
19961998200020022004200620082010201220142016
image/svg+xml
Las políticas de internacionalización universitaria en la argentina: movilidad estudiantil y producción científica
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2572
que solo un 3,4% del total de alumnos son internacionales. De cualquier manera, y a pesar de
estas dificultades, se evidencia un patrón creciente en lo referente al impulso de programas de
desarrollo científico binacionales y multilaterales como en lo atinente a publicaciones que
involucran a investigadores argentinos con sus pares internacionales.
Si bien la integración de las instituciones argentinas con el resto del mundo parece ir
encontrando su espacio dentro del universo de la educación superior para allí desplegar sus
potencialidades particulares y ventajas competitivas, surgen aun ciertas inconsistencias, tanto a
nivel micro institucional como en lo que hace a las políticas del macro sistema. Dichas
limitaciones no han permitido amalgamar y así integrar en su totalidad las virtudes de las
universidades con las del resto del mundo. Por ejemplo, la escasez de financiamiento dificulta
una mayor vinculación de la Argentina con el mundo académico internacional, sumado al
escaso manejo de la lengua inglesa por parte de estudiantes y profesores, situación que dificulta
la cooperación internacional más allá de los países de habla hispana. Asimismo, se observa una
falta de coordinación dentro y entre las instituciones y entre éstas y los organismos estatales,
sumado a una mirada preferentemente periférica y local, sobre todo en las ciencias sociales y
humanas, disciplinas que aún no posan sus ojos en los centros académicos de los países
industrializados (GUAGLIANONE; RABOSSI, 2018). Lo enumerado conspira contra un
despegue que le permitiría a la Argentina incrementar su participación en el juego global de la
educación superior. De cualquier manera, la participación en ferias internacionales de
universidades, la construcción de redes y en menor grado la doble titulación, principalmente en
las carreras de posgrado, permite tener un cierto optimismo de cara al futuro.
En cuanto a los organismos nacionales vinculados a las políticas en ciencia y tecnología,
se advierten importantes desarrollos de proyectos bilaterales y multilaterales de investigación
con institutos científicos internacionales. Se identifican, en mayor medida, las publicaciones de
coautoría internacional con predomino en las ciencias básicas y médicas y con una baja
incidencia de las ciencias sociales y humanidades que, per se, presentan un perfil menos
internacionalizado y más vinculado a las problemáticas locales. Asimismo, se observa, de
manera incipiente, un comienzo de vinculación entre el sector productivo no académico, en
algunos casos extranjeros, y el Estado. Se abordan así temas de carácter global que preocupan
a las empresas privadas y al propio Ministerio de Ciencia, Tecnología e Innovación Productiva.
Por otro lado, y como tema para ser analizado en mayor profundidad,
independiente del
sector, público o privado, en la última década, en promedio, se ha visto que las universidades
argentinas han formalizado sus políticas de internacionalización a partir de estructuras
organizativas en forma de direcciones, áreas, secretarías o departamentos y, en algunos casos,
image/svg+xml
Marcelo RABOSSI y Ariadna GUAGLIANONE
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2573
con presupuestos independientes (GUAGLIANONE; RABOSSI, 2018). Con el tiempo, dichas
estructuras han ganado protagonismo dentro de la jerarquía institucional, principalmente a
través de la promoción de programas de intercambio de estudiantes entre países y asimismo
como representantes de la institución en congresos internacionales con el objeto de ubicar a la
universidad en la mira de potenciales alumnos extranjeros. Si bien lo dicho ingresa dentro del
promedio observado, también es cierto que a ciertas universidades con escaso contacto
internacional, les resulta difícil encontrar una ubicación en el mapa académico global.
De cualquier manera, nos enfrentamos a un nuevo desafío para la educación superior, y
particularmente para la internacionalización a partir del surgimiento del coronavirus a nivel
mundial. El aislamiento social y el cierre de fronteras, como paliativo para contener la
pandemia, ha impactado de modo directo en la movilidad de los estudiantes internacionales.
Altbach y de Wit (2020) sostienen que, probablemente, se produzca un mayor incremento de la
enseñanza – aprendizaje en línea y un reclutamiento más diversos de estudiantes
internacionales, con una menor dependencia de China. Se considera probable que una vez que
se normalicen las restricciones impuestas por el coronavirus, se produzca una reestructuración
de los patrones de la movilidad estudiantil. Y si bien aún no podemos evaluar con exactitud el
verdadero impacto que producirá esta pandemia, quedarán muchas preguntas por responder
vinculadas a las nuevas formas que asumirá la internacionalización de la educación superior a
nivel mundial. Sin embargo, posiblemente, para muchos países que aún no surgen como
jugadores de peso, sea ésta una oportunidad a ser aprovechada y lograr así un mayor grado de
internacionalización de sus programas a través del uso de las plataformas on-line. Eso sí, las
agencias de acreditación de programas remotos deberán jugar un papel esencial para así lograr
que las instituciones de educación superior mantengan la calidad de sus ofertas académicas.
REFERENCIAS
ALTBACH, P.; DE WIT, H. El impacto del coronavirus en la educación superior.
Nexos
,
2020. Disponible en: https://educacion.nexos.com.mx/?p=2221. Acceso en: 26 mar. 2020.
ALTBACH, P.; DE WIT, H. Are We Facing a Fundamental Challenge to Higher Education
Internationalization?
International Higher Education
, v. 2, n. 93, p. 2-4, 29 mar. 2018.
Disponible en: https://ejournals.bc.edu/index.php/ihe/article/view/10414.Acceso en: 24 mar.
2020.
CUMMINGS, J. N.; KIESLER, S. Collaborative Research Across Disciplinary and
Organizational Boundaries.
Social Studies of Science
, v. 35, n. 5, p. 703-722, 2005.
Disponible en:
image/svg+xml
Las políticas de internacionalización universitaria en la argentina: movilidad estudiantil y producción científica
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2574
https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/0306312705055535#articleCitationDownloadConta
iner. Acceso en: 18 mar. 2020.
CURCIO, J.; LUNA. M.F.
Impacto Económico de los Estudiantes Internacionales en la
Ciudad Autónoma de Buenos Aires
.
(en prensa).
CHOUDAHA, R.; HU, D. 2016. Australian higher education leads in attracting and retaining
international students.
Forbes
, 2016. Disponible en:
https://www.forbes.com/sites/rahuldi/2016/10/27/attracting-international-students-global-
competition/#234f44349967. Acceso en: 3 abr. 2020.
FULBRIGHT ARGENTINA.
Graduados
. 2018. Disponible en:
http://fulbright.edu.ar/.Acceso en: 20-feb-2020.
GARCÍA DE FANELLI, A.; CORENGIA, A; RABOSSI, M; SALTO, D. International
partnerships for collaborative research in Argentinian Universities.
In
: GREGORUTTI, G.;
SVENSON, N.
Innovative north-south university research partnerships in latin america
and the caribbean
. New York: Palgrave Macmillan Press, 2018.
GUAGLIANONE, A.
Políticas de evaluación y acreditación en las universidades
argentinas
.
1. ed. Buenos Aires: Teseo- UAI, 2013. p. 208.
GUAGLIANONE, A.; RABOSSI, M. Claroscuros de la internacionalización de la educación
superior en Argentina.
Revista de Educación Superior en América Latina
, v. 4, n. 4, p. 2-5,
2018. Disponible en:
http://rcientificas.uninorte.edu.co/index.php/esal/article/viewFile/11277/214421442711.
Acceso en: 26 feb. 2020.
JIBEEN, T.; KHAN, A. Internationalization of Higher Education: Potential Benefits and
Costs.
International Journal of Evaluation and Research in Education (IJERE)
, v. 4, n.
4, p. 196-199, dec. 2015. Disponible en: https://files.eric.ed.gov/fulltext/EJ1091722.pdf.
Acceso en: 10 sep. 2020.
KEHM, B.; TYLER, U. Research on internationalization in Higher Education.
Journal of
Studies in International Education
,
v. 11, n. 3-4, p. 260-273, sep 2017. Disponible en:
https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/1028315307303534. Acceso en: 26 mar. 2020.
KNIGHT, J. Internationalization of Higher Education: A conceptual framework.
In
:
KNIGHT, J.; DE WIT, H.
Internationalization of Higher Education in Asia Pacific
countries
. Amsterdam: European Association for International Education, 1997.
KNIGHT, J. Internationalization remodeled: definition, approaches and rationales.
Journal of
Studies in Intercultural Education
, p. 5-31, v. 8, n
.
1, mar. 2004.Disponible en:
https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/1028315303260832. Acceso en: 16 mar. 2020.
LIU, W. The changing role of non
‐
English papers in scholarly communication: Evidence
from Web of Science's three journal citation indexes.
Learned Publishing
, v. 30, n. 2, p. 115-
123, 20 dic. 2016. DOI: https://doi.org/10.1002/leap.1089
image/svg+xml
Marcelo RABOSSI y Ariadna GUAGLIANONE
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2575
MASLEN, G. Worldwide student numbers forecast to double by 2025.
UniversityWorld
News
, 19 feb. 2012. Disponible en:
http://www.universityworldnews.com/article.php?story=20120216105739999. Acceso en: 20
feb. 2020.
MIHAI, I.; REISZ, R. STEM+ productivity, development, and wealth, 1900-2012.
In
:
POWELL, J; BAKER, D.; FERNANDEZ, F.
The century of science
: the global triumph of
the research university. Bingley: Emerald Publishing Limited, 2017.
MINISTERIO DE CIENCIA Y TECNOLOGÍA.
Indicadores de Ciencia y Tecnología
.
Argentina 2018. Disponible en https://www.argentina.gob.ar/ciencia/indicadorescti/argentina-
2018. Acceso en: 20 feb. 2020.
ARGENTINA. Ministro de Educación, Cultura, Ciencia y Tecnología de la Nación. Anuario.
Estadísticas Universitarias Argentinas 2017
. 1. ed. Ciudad Autónoma de Buenos Aires,
2017.Disponible en https://www.argentina.gob.ar/sites/default/files/anuario-estadistico-datos-
2017_final.pdf. Acceso en: 18 feb. 2020
OECD.
Education at a glance 2016
: OECD Indicators, OECD Publishing, Paris, 2016. DOI:
http://dx.doi.org/10.187/eag-2016-en
RAMA, C.
La nueva fase de la universidad privada en América Latina
. 1. ed. Buenos
Aires: Teseo- UAI, 2017. p. 498.
SCIMAGO JOURNAL RANK. SIR — SCImago Institutions Rankings, 2016. Disponible en:
http://www.scimagoir.com/. Acceso en: 18 feb. 2020.
SCOPUS Database. 2018. Disponible en: http://www.scopus.com/. Acceso en: 18 feb. 2020.
SCOTT, S. Massification, internationalization and globalization. In: Scott. S.
The
globalization of Higher Education
. Maidenhead: Open University Press, 1998.
YIP, G.
Total global strategy
: managing for worldwide competitive advantage. Englewood
Cliffs, NJ: Prentice Hall, 1992. p. 285.
YNALVEZ, M.; SHRUM, W. Professional networks, scientific collaboration, and publication
productivity in resource-constrained research institutions in a developing country.
Research
Policy
, v. 40, n.
2, p. 204-216, mar. 2011.Disponible en:
www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0048733310002131. Acceso en: 16 mar.
2020.
XUE YUJIE
X.
More Chinese prefer UK and Canada for study abroad
. Report Says,
2019.
Disponible en: https://www.sixthtone.com/news/1003960/more-chinese-prefer-uk-and-
canada-for-study-abroad%2C-report-says. Acceso en: 26 mar. 2020.
image/svg+xml
Las políticas de internacionalización universitaria en la argentina: movilidad estudiantil y producción científica
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2576
Cómo referenciar este artículo
RABOSSI, M. GUAGLIANONE, A. Las políticas de internacionalización universitaria en la
argentina: movilidad estudiantil y producción científica.
Revista Ibero-Americana de
Estudos em Educação
, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556-2576, dez., 2020. e-ISSN: 1982-
5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
Remitido el
: 10/09/2019
Revisiones requeridas el
: 10/01/2020
Aprobado el
: 30/04/2020
Publicado el
: 01/12/2020
image/svg+xml
University internationalization policies in Argentina:
Student
mobility and scientific production
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576,
Dec. 2020
. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2556
UNIVERSITY INTERNATIONALIZATION POLICIES IN ARGENTINA: STUDENT
MOBILITY AND SCIENTIFIC PRODUCTION
POLÍTICAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO UNIVERSITÁRIA NA ARGENTINA:
MOBILIDADE DE ESTUDANTES E PRODUÇÃO CIENTÍFICA
LAS POLÍTICAS DE
INTERNACIONALIZACIÓN UNIVERSITARIA EN LA
ARGENTINA: MOVILIDAD ESTUDIANTIL Y PRODUCCIÓN CIENTÍFICA
Marcelo
RABOSSI
1
Ariadna
GUAGLIANONE
2
ABSTRACT
:
The internationalization of higher education presents challenges and
opportunities for
industrialized countries. Within the logic of power, universities in central
nations dominate the scenario in attracting students from all over the world. Meanwhile, Latin
America shows itself with limited and mostly regional recruiting capacity; Argentina
is not the
exception. Using secondary data, the objective of this work is to inquire about the
internationalization processes in Argentina in relation to the flow of students and researchers.
We first present an approach to the multiple definitions of the
concept, to then describe the main
policies developed by governmental agencies. Different dimensions linked to student mobility
and the internationalization of scientific production are analyzed through statistical data that
account for the phenomena unde
r study.
KEYWORDS
:
Higher education. Internationalization. Student mobility.
Scientific production.
Argentina.
RESUMO
:
A internacionalização do ensino superior oferece desafios e oportunidades para os
países em processo de
industrialização. Dentro de uma dinâmica de poder, as universidades
das nações centrais dominam o cenário para atrair estudantes de todo o mundo. Enquanto isso,
a América Latina se apresenta com capacidade limitada e principalmente regional de
convocação;
A Argentina não é exceção. O objetivo deste trabalho é indagar sobre os
processos de internacionalização em relação ao fluxo de estudantes e pesquisadores no setor
universitário argentino a partir de informações secundárias. Aborda
-
se aqui as múltiplas
def
inições do conceito, expõe
-
se as principais políticas desenvolvidas pelos órgãos
governamentais e analisa
-
se as dimensões relativas à mobilidade estudantil e à
internacionalização da produção científica, apresentando dados estatísticos que dão conta dos
fe
nômenos estudados.
PALAVRAS
-
CHAVE
:
Educação superior. Internacionalização. Mobilidade estudantil.
Produção científica. Argentina.
1
Torcuato Di Tella
University
(UTDT), Buenos Aires
–
Argentina.
Full
-
time professor
.
PhD in Education
(SUNY)
–
Albany.
ORCID: https://orcid.org/0000
-
0002
-
3752
-
1489. E
-
mail:
mrabossi@utdt.edu
2
Interamerican
Open University
(UAI), Buenos Aires
–
Argentina.
Research Secretary
.
PhD in Social Sciences
(FLACSO). ORCID:
https://orcid.org/0000
-
0001
-
5278
-
2591
. E
-
mail:
ariadna.guaglianone@uai.edu.ar
image/svg+xml
Marcelo RABOSSI
and
Ariadna
GUAGLIANONE
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576,
Dec. 2020
. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2557
RESUMEN
:
La internacionalización de la educación superior ofrece desafíos y oportunidades
para los países en vías de indust
rialización. Dentro de una dinámica de poder, las
universidades de las naciones centrales dominan el escenario a la hora de atraer a estudiantes
de todo el mundo. Mientras tanto, América Latina se presenta con capacidad de convocatoria
acotada y mayormente
regional; Argentina no es la excepción. El objetivo de este trabajo es
indagar acerca de los procesos de internacionalización en relación al flujo de estudiantes e
investigadores del sector universitario argentino a partir de información secundaria. Se re
aliza
aquí un acercamiento a las múltiples definiciones del concepto, se exponen las principales
políticas desarrolladas desde los organismos gubernamentales y se analizan las dimensiones
vinculadas a la movilidad estudiantil y a la internacionalización de
la producción científica,
presentando datos estadísticos que dan cuenta de los fenómenos estudiados.
PALABRAS CLAVE
:
Educación superior
.
I
nternacionalización
.
Movilidad
estudiantil
.
Producción
científica
.
Argentina.
Introduction
The internationalization of higher education is a phenomenon of increasing
characteristics that knows no borders. However, it is still the industrialized nations that attract
the largest number of students and scientists from around the world. While it is
true that each
nation has universities with attractive and unique characteristics, it is also true that they are
affected by their own national realities. The low funding available in developing countries, for
example, prevents them from having infrastruct
ure according to a technologically complex and
sophisticated world.
Similarly, the means by which the knowledge produced is distributed in
the world are predominantly monopolized by the wealthiest nations. In a view, it is evident that
higher education ins
titutions interact within a stratified system where the dynamics "of the
developing periphery" and "to the industrialized center" establish the standards of academic
mobility in terms of the flow of students and researchers, and in the opposite direction t
o the
distribution of knowledge between countries (GUAGLIANONE; RABOSSI, 2018). Within a
global landscape totaling more than 5 million international students, Latin America has a strong
under
-
representation
compared to Europe, a continent that attracts a
lmost 50% of foreign
students (OECD, 2016). As for Argentina, there are only 80,000 non
-
native students, most of
them from neighboring countries (SPU, 2017).
In the first part of this work, a reference was defined to help determine what is meant
by interna
tionalization. The flows of internationalization, both from the perspective of students
and research, are part of this section. The Argentine University System according to official
statistics (SPU, 2017) is addressed in the third section, in addition to n
ational policies aimed at
promoting internationalization in the country. The third part presents a quantitative analysis of
image/svg+xml
University internationalization policies in Argentina:
Student
mobility and scientific production
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576,
Dec. 2020
. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2558
the internalization in Argentina in terms of its students and scientific production.
Discussions
and conclusions close this paper.
Internationalization of higher education: Meaning and dimensions of analysis
The term internationalization has different borders and therefore puts us before different
dimensions in terms of its analysis, scope and content. Similarly, it is not a new wor
d, but has
been used previously in political science, for example, as well as has been part of the language
that describes the dynamics that runs through relations between governments. However, when
we refer to the university sector, the phenomenon of inte
rnationalization begins to gain ground
only in the late 1980s. New concepts emerge to describe both the flows of students who migrate
temporarily or permanently from one country to another and to portray the relations of exchange
of researchers and scienti
fic cooperation between countries (KNIGHT, 2004).
Within this broad
panorama, Knight (1997) defines it as this integrative process, from an international and
intercultural perspective, with the objective of offering post
-
secondary education to students
fro
m diverse backgrounds. Scott (1998) proposes four dimensions to analyze it: 1. exchange of
students between countries; 2. flow of professors and researchers between universities beyond
their own geographical boundaries; 3. international interinstitutional
collaboration; 4. Flow of
ideas that intersect between countries.
Based on the identification and categorization made by Yip (1995) on the elements that
mobilized the growing globalization of industries and companies, Rama (2017) transfers them
to the edu
cational field. Thus, it recognizes six main factors that promote internationalization:1.
the market that demands global certifications; 2. the reduction of communication costs
facilitating exchanges; 3. policies of openness that, promoted by countries, st
imulate knowledge
flows; 4. competitiveness issues that make it unprofitable to offer education only in the local
market; 5. the emergence of new information and communication technologies that reduce
transaction costs; 6. State
-
of
-
the
-
art technology that
does not exist in the countries themselves
promotes the mobility of researchers to industrialized centers.
On the other hand, Tyler; Kehm (2007) highlights several aspects that promote and
determine the degree of internationalization of a country. For exam
ple, the mobility of students
and the academic team on which they impact, positively or negatively, legal issues that make
the recognition of degrees between countries, among other aspects. Regarding academic
mobility, the weight of personal ties between r
esearchers as promoters of a higher degree of
internationalization stands out (GARCÍA DE FANELLI
et al.,
2018). Another important point
image/svg+xml
Marcelo RABOSSI
and
Ariadna
GUAGLIANONE
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576,
Dec. 2020
. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2559
was present in the "
foreignization
" of curricula, in the teaching of foreign languages and in the
use of bibliography mainly in English.
These factors increase the volume of internationalization
of systems.
Under this same logic, the transfer of knowledge is inscribed from the export of
study programs, the opening of the registered base of foreign universities in several countries,
and graduates and researchers who return to their places of origin importing knowledge and
knowledge acquired during their international stays. One point to be
taken into account is the
tension that, as a result of internationalization, is generated between the concepts of cooperation
and competition. Given the need for more and better resources, not just national, but
international, universities tend to turn in
to competitive entities rather than maintain their status
as cooperative beings (TYLER; KHEM, 2007).
The internationalization of students
Student exchange between countries has been consolidated mainly in the last two
decades. Of the approximately 0.8 m
illion foreign students present in 1975, the number doubled
at the end of 1995. This rapid expansion has increased from the mid
-
2000s to 2015, from 3 to
more than 5 million international students (OECD, 2016). Anyway, this is a phenomenon that
has not yet
reached its limit. In fact, it is expected to reach 8 million in the next 5 to 10 years
(OECD, 2016; MASLEN, 2012).
The distribution of international students presents a strong bias that favors the countries
that are part of the G
-
20. These nations recruit 83% of the total. For example, along with the
United States of America, which attracts almost 20%, Britain, France,
Germany and Australia
account for almost half of the total student flow between countries. As for Argentina, only just
over 1% choose it as a destination (OECD, 2016). As for its origin, Asia comes 53% while
Europe contributes 25%, Africa 8% and Latin Ame
rica with 5%.
An important point is that while higher education institutions recognize the benefits of
internationalization of their student body, recent debates are wary of the unlimited growth of,
say, English language programs for foreigners. This has
been questioned in countries such as
Germany, Denmark and the Netherlands, for example. It is argued that the use of English has
negatively impacted the quality of the courses as a result of the academics who are chosen for
the handling of this language an
d not for the deep knowledge of the discipline taught
(ALTBACH; FROM WIT, 2018).
image/svg+xml
University internationalization policies in Argentina:
Student
mobility and scientific production
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576,
Dec. 2020
. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2560
Internationalization of research
International scientific production shows exponential growth. Although at the beginning
of the 20th century only a dozen countries contrib
uted to this phenomenon, it is estimated that
currently about 200 countries produce science (MIHAY; REIZ, 2017). In any case, the nations
with the most published articles are still those belonging to the OECD, with the exception of
China and India. As for
Latin America, the region is led by Brazil, followed by Mexico,
Argentina, Chile and Colombia (SCIMAJO JOURNAL RANK, 2016).
Although universities in industrializing countries, including so
-
called elite, are more
focused on teaching than on cutting
-
edge re
search, the partnership with institutions belonging
to developed nations is decisive and fundamental to achieve progress on issues that make
scientific research and national development (YNALVEZ; SHRUM, 2011). However, the type
of regulation that each coun
try or institution imposes to generate partnerships between
universities, can hinder or promote international cooperation between them (CUMMINGS;
KIESLER, 2005; Fox, Fox, MOHAPATRA, 2007). Interpersonal relationships between
colleagues also play a key role
in generating and consolidating aspects that make
entrepreneurship, development and future consolidation of a collaborative research project
between countries (GARCÍA DE FANELLI
et al.,
2018). However, despite the great benefits
observed, internationalization has also been identified with unfavorable aspects. For example,
the commodification of the sector and the brain drain to the most developed countries (
JIBEEN;
ASAD KHAN,
2015).
Th
e Argentine University System
The Argentine university was, in the Latin American context, one of the first institutions
to adopt the Napoleonic model. The university reform, begun in Córdoba in 1918, gave different
characteristics, mainly a new form of g
overnment
3
. And although the professional profile
predominated, scientific and technological initiatives were developed within it. The National
University of La Plata, founded in 1905, is a clear example of this.
Throughout its history, the University ha
s gone through periods of political repression,
as well as expansion and diversification, similar to what happened in the rest of Latin America.
Its traditional academic structures, however, have remained over time resisting, adapting,
3
The system of government established in the statutes of 1883 granted control of th
e faculties to graduates who
were part of the Academies. These make up the collegiates, self
-
recruited, went to life and appointed their own
members.
image/svg+xml
Marcelo RABOSSI
and
Ariadna
GUAGLIANONE
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576,
Dec. 2020
. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2561
refunctionalizing or
rejecting demands for reforms or academic modernization
(GUAGLIANONE, 2013).
Currently, the Argentine university sector has just over two million students
(approximately 22% in the private sector), a number that places it among the countries in the
region
with the highest Gross Enrollment Rate according to the population of 20 to 24 years of
age. It reaches 57% and reaches 85% if the 900,000 students who are part of the non
-
university
tertiary sector are added. In its entirety, the system has 130 universit
ies, 64 of them private
(SPU, 2017).
Program and internationalization actors in Argentina
The Secretariat for University Policies (SPU) is a central actor in internationalization
policies through the Program for the
Internationalization of Higher Education and International
Cooperation (PIESCI). Within the scope, cooperation activities are developed with other
countries and promotion of the Argentine university in the world. These policies allow the
design of specific
programs and projects that tend, fundamentally, to increase the exchange and
mobility of undergraduate and graduate students and teachers (GUAGLIANONE; RABOSSI,
2018)
.
The Ministry of Science, Technology and Productive Innovation and the National
Director
ate of Cooperation and Institutional Integration are another relevant player in the
system. Participates in international technical cooperation activities related to science,
technology and productive innovation. The collaboration is implemented through th
e
realization of joint research projects, organization of different types of events, creation of
binational centers and granting of scholarships for training (GUAGLIANONE; RABOSSI,
2018)
.
Here, the emphasis of cooperation is on four main areas: 1. program
s resulting from an
agreement with an external partner linked to an institution similar to the Ministry; 2.
programmes with the European Union; 3. the internationalization of technology
-
based
companies; and 4. the
Network of Argentine Researchers and Scien
tists Abroad
(
RAICES).
CONICET, as
the main organization dedicated to the promotion of science and
technology in Argentina, develops
international cooperation activities through the signing of
agreements with international scientific institutions and the financing of joint research projects
based on bilateral and multilateral calls, with emphasis on the disciplines that make up the exac
t
sciences, biological, medical, physical and chemical. As for the main international partners
within the above mentioned programs, France, Germany and Latin America stand out. There is
image/svg+xml
University internationalization policies in Argentina:
Student
mobility and scientific production
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576,
Dec. 2020
. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2562
also active cooperation with the U in the fields of engineering, medic
ine and biology; while
progress has been made in recent times in opening relations with Asia and the Pacific region.
Finally, the Autonomous City of Buenos Aires stands out as one of the main actors in
promoting internationalization through the creation of
the "
Study
Buenos Aires" Program, in
order to improve the experience of international students arriving in Argentina. Among other
significant features, Buenos Aires and its suburbs have 61 universities, of which 24 are public
and free. A peculiarity of th
e latter is that the conditions of entry are relatively free and without
an entrance exam. In principle, freedom of access, especially in some careers such as medicine,
appears as an incentive for those students facing entry quotas into their home countrie
s. In short,
taking into account the different forms that characterize internationalization, the city receives
more than 80,000 students annually, with an economic benefit for 2017 equivalent to US$ 581
million (CURCIO; LUNA, in the press).
The internati
onalization of Higher Education in Argentina in numbers
Undergraduate and graduate students
In Argentina, and as has happened in the different higher education systems of the world,
the number of international students has grown at increasing rates. Most
run short programs,
known as
faculty
-
led
or
"customized programs
", while a second group focuses on
"exchange
programs".
In the latter, they attend subjects for one semester, or one year of graduation, which
have the same validity as the equivalents in their countries of origin. Finally, there is the group
of those who attend undergraduate or graduate studies in their entir
ety
.
Argentine universities have a total of 74,013 foreign students, representing only 3.4%
of the system's students. Table 1 presents all those enrolled according to the sector
(public/private) and level (undergraduate and undergraduate/graduate).
image/svg+xml
Marcelo RABOSSI
and
Ariadna
GUAGLIANONE
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576,
Dec. 2020
. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2563
Table
1
–
Foreign students in Argentina by sector and level (2017)
Public
Private
Total
% Compared to the
entire level
Undergraduate and
undergraduate
46.724
16.416
63.140
3,2
Postgraduate studies
7.937
2.827
10.873
6,8
Total
54.661
19.243
74.013
3,4
Source:
SPU
(
2017
)
As observed, 63,140 were
pre
-
graduated
and graduated, while 10,873 did so at the
graduate level. At the first level, 74% choose public management institutions and 26% opt for
private management institutions. As for graduate studies, 73% and 27% respectively. As a
particularity, if you look only
at international students, the level of graduation and graduation
of the private sector captures 4 percentage points more than what you can recruit when taking
into account the totality of students in the system (22% vs. 26%). Something similar happens
in
graduate school (23% vs. 27%). In a way, and taking into account that the majority of foreign
students in Argentina choose the public sector, in terms relative to private universities are more
efficient when it comes to attracting international students i
n relation to localones. On the other
hand, in percentage terms or level of internationalization, graduate studies are more successful.
In fact, it doubles the percentage of students observed in
the undergraduate
and undergraduate
sector (3.2% vs. 6.8%).
I
t is clear from the analysis that argentina's internationalization percentages are low in
relation to countries with the highest capacity to attract foreign students, where the average of
OECD members is close to 6% and reaches up to 18% in the cases of Au
stralia and the United
Kingdom, for example (CHOUDAHA; HU, 2016). In any case, Argentina does not deviate
from the standards observed in most Latin American countries, that of a low participation of
international students.
If we take into account the place
of origin, most come from the American continent,
mainly from Latin America, followed very far by The European and practically zero the
incidence of the rest of the world (see Table 2). Thus, according to the place of origin of
undergraduate
and
undergrad
uate students, Peru leads the payroll with about two out of ten.
Brazil contributes
almost 15% followed by
Paraguay
and
Bolivia
, with about 11% each.
In
short, four countries account for more than half of all international students in the system
image/svg+xml
University internationalization policies in Argentina:
Student
mobility and scientific production
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576,
Dec. 2020
. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2564
Table 2
–
International students at Argentine universities in undergraduate and
undergraduate careers by country of origin.
#
Country
Percentage
Cumulative percentage
1
Peru
20,8
20,8
2
Brazil
14,6
35,4
3
Paraguay
11,8
47,1
4
Bolivia
11,2
58,4
5
Colombia
9,8
68,1
6
Chile
7,3
75,5
7
United States
6,2
81,7
8
Uruguay
2,8
84,5
9
Ecuador
2,8
87,3
10
Venezuela
2,0
89,4
11
Spain
1,3
90,7
12
China
1,0
91,7
13
Italy
0,9
92,7
14
Haiti
0,9
93,5
15
Mexico
0,7
94,2
Source: SPU
(
2016
)
As for foreign graduate students, the ranking is led by Colombia, with 3,355, equivalent
to 30.8% of students. Then, Ecuador, with 1,627 (15%), followed by Brazil, with 1,131 (10%).
One peculiarity of the system is that China contributes only one in 100 f
oreign students.
Thus, as a country, it is absolutely under
-
represented, since, worldwide, students of this origin
explain 50% of the total international. In any case, the inability to recruit Chinese students is a
weakness that runs throughout the region.
In fact, of the more than 600,000 students from that
country who moved abroad in 2019 alone, the preferred destinations were the United States of
America, followed by British universities, those from Australia, Canada, Hong Kong, Germany
and Japan (YUJIE,
2019).
In relation to the chosen careers, a high percentage is inclined towards the health
sciences. In this sense, there is no public/private differentiation at the
level
of
undergraduate
and undergraduate studies. Table 3 summarizes the distribution acc
ording to the careers most
chosen by international students in each sector.
image/svg+xml
Marcelo RABOSSI
and
Ariadna
GUAGLIANONE
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576,
Dec. 2020
. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2565
Table 3
–
Distribution of international undergraduate and undergraduate students in
Argentine universities by sector and career type (2016)
Students
Percentage
Cumulative
Percentage
Public Universities
Medicine
8.402
21,0
21,0
Infirmary
3.545
8,9
29,9
Business Administration and Management
2.571
6,4
36,3
Architecture and Urbanism
1.626
4,1
40,4
Advocacy
1.589
4,0
44,4
National Public Accountant
1.513
3,8
48,2
Audiovisual Arts
954
2,4
50,6
Private Universities
Medicine
3.670
23,8
23,8
Business Administration and Management
1.094
7,1
30,8
Infirmary
1.045
6,8
37,6
Audiovisual Arts
724
4,7
42,3
Psychology
537
3,5
45,8
Advocacy
530
3,4
49,2
Foreign trade
493
3,2
52,4
Source: SPU
(
2016
)
As noted, in seven careers out of a total of 146 in the public sector and 102 in the private
sector that have at least one student of foreign nationality, half of the international students are
concentrated. It stands out mainly that
of
Medicine
, which lea
ds, as it was said, in both sectors.
On the other hand, when
the students of
Nursery
are added to this, those enrolled in careers
related to the
Health Sciences
explain 30% of all foreigners of the Argentine university system.
Once again, it can be specula
ted that the strong demand that exists for careers related to this
specialty is linked to the conditions of admission to the university that, in Argentina, tend to be
looser than in many countries in the region.
The Argentine System of
I&D
in an international perspective
Researchers and fellows dedicated to research
and development (
I
+D) in Argentina, in
2017, were 83,190, being distributed according to the following infographic.
image/svg+xml
University internationalization policies in Argentina:
Student
mobility and scientific production
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576,
Dec. 2020
. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2566
Infographic 1
–
Researchers ded
icated to
I&D
in Argentina by sector and
*
Note: Of the 21,640 40 researchers belonging to CONICET, 17,284 are based in public universities,
1,283 in Science and Technology organizations and so on.
Source: MCyT (2018)
It is noted that the
highest proportion is concentrated in public universities (74%), while
almost 7% develop their activities in private universities. This distribution shows that human
resources in private universities dedicated to research are relatively underrepresented. T
hat is,
of the total that works in some university of the system, almost 92% do it in the public sector.
Here we must keep in mind that, in terms of size, the private sphere represents one fifth of the
public. However, less than one in ten does their job i
n this sector. The remaining 20% are
distributed among public science and technology agencies, non
-
profit entities, the private sector
of industry and the National Council for Scientific and Technical Research (CONICET), the
country's main public agency de
dicated to the promotion of science and technology. We
emphasize that a significant number of researchers distributed among the different sectors are
part of CONICET. In the case of the public university, 17,284 are part of this body (28% of the
total). As
for the private university sector, 10% belong to CONICET (see Infographic 1). Thus,
in the latter case, a transfer of public resources for research to the private sector is generated,
since its salary is paid mainly by the State.
Regarding the percentage
distribution by disciplines, 43% of public sector researchers
and 59% of private universities are linked to social and human sciences (see Graph 1). These
fields, in general, are less likely to publish works with international cooperation, an aspect that,
image/svg+xml
Marcelo RABOSSI
and
Ariadna
GUAGLIANONE
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576,
Dec. 2020
. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2567
in many cases, is related to the epistemology that represent them. It turns out that in these areas
of knowledge there is a tendency to use a language a little less universal than in the basic and
natural sciences, for example. As for the latter, if we add
the contribution of those defined as
applied, in the case of the public represent 47% of the total and only 25% in private. Medical
sciences represent 10% and 16% of the public and private sectors, respectively.
Graph 1
–
Researchers and fellow tips for
I
&D. Percentage distribution according to
academic training disciplines and type of institution.
Year 2017
.
Source: Own elaboration
It can be said that in Argentina the processes of evaluation of research production at
the
international level explain the strong predominance of traditions that were built in the area of
Basic Sciences, alignment that corresponds to a homogeneous international system, defined by
disciplinary development carried out in industrialized countri
es. In this sense, it is the center
that establishes the research standards of the countries that are part of the periphery in the
industrialization process. Physics, chemistry, mathematics and biology tend to generate
universal processes of research knowl
edge and are thus evaluated. Different is the case of those
associated with the study of local realities from a social and human approach, and those linked
to applied areas such as engineering, computer science or statistics, for example. However, the
prep
onderance of basic science criteria, with the
dominant model of papers
(scientific articles)
published in international reference journals, subordinated to other processes of knowledge
transmission.
image/svg+xml
University internationalization policies in Argentina:
Student
mobility and scientific production
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576,
Dec. 2020
. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2568
The situation described can be seen in Table 4, which rep
resents the percentages of
distribution of predominantly international publications in high
-
impact journals. It should be
noted that, in sci, about 97% of its journals are English
-
speaking, which makes it a good proxi
to determine the degree of internation
alization of each science (Liu, 2016). Although it is true
that the predominance of the basic and medical is evident, the increase in the last 2
years in the
production of papers in the areas of social sciences and humanities I would suggest a paradigm
shi
ft.
However, it can also be argued that they start from relative percentages very low and, in
that sense, any small change is noticeable. Even so, it could be interpreted as a principle for a
trend that incorporates a greater international look in these d
isciplines more accustomed to
interacting with local phenomena.
Table 4
–
Argentine production
in
SCIENCE CITATION INDEX (SCI),
according to
scientific discipline. Years 2011 to 2015
Discipline
2011
2012
2013
2014
2015
Physics, Chemistry and Earth
Sciences
27,0%
26,8%
26,0%
29,3%
25,6%
Life Sciences
25,7%
26,2%
24,3%
21,9%
23,2%
Agriculture, Biology and
environment
18,3%
19,0%
18,5%
18,5%
17,0%
Clinical medicine
16,6%
15,6%
16,2%
14,1%
15,4%
Engineering, Computing and
Technology
6,8%
6,3%
7,1%
6,7%
7,4%
Multidisciplinary Sciences
1,9%
3,0%
2,5%
2,6%
3,4%
Social and Behavioral Sciences
2,9%
2,4%
3,7%
4,2%
4,7%
Instruments*
0,5%
0,5%
0,5%
0,5%
0,6%
Arts and Humanities
0,2%
0,3%
1,0%
2,1%
2,7%
Unsigned
0,1%
0,0%
0,1%
0,0%
0,0%
Total
100,0%
100,0%
100,0%
100,0%
100,0%
*Note: Refers to resources in the application of instruments for observation, measurement or control of
physical and/or chemical systems.
Source
: Thomson
Reuters data development
-
Web of Science
Table 5 lists the
ten countries with which Argentina has the most international scientific
collaboration in the period 2013
-
2015. It is observed that the most significant articulation in
collaborative scientific production among researchers is performed with the USA (18%),
followed by Spain (11%) and Brazil (10%).
image/svg+xml
Marcelo RABOSSI
and
Ariadna
GUAGLIANONE
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576,
Dec. 2020
. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2569
Table 5
–
Argentine
production in the SCIENTIFIC CITATION Index (SCI), second
country of collaboration. Years 2013 to 2015.
#
Country
2013
2014
2015
1
USA
1.481
1.704
1.772
2
Spain
928
1.052
1.104
3
Brazil
753
886
963
4
Germany
542
744
759
5
France
532
635
733
6
Italy
459
567
600
7
United Kingdom
434
549
565
8
Chile
401
495
558
9
Canada
416
465
481
10
Australia
290
375
406
Source: own development on Thomson Reuters data
-
Web of Science
Only Chile, along with the last country, Brazil, enters this first batch as a representative
of the Latin American region. The rest belongs to nations outside the region and with an
industrialized profile. An interesting case is that with Spain, second in terms of international
academic collaboration with Argentina. In a way, it can be said that cultural affinity would also
have something to say when it comes to scientific cooperation
. It is interesting to note that the
strongest articulation is established with the United States, and there are no national programs,
networking and associations that promote the relationship between the two nations, such as
France, Germany, Spain and Lat
in America in general. Obviously, the scientific strength of the
United States alone drives bilateral scientific production between the two countries.
Now, if we take as reference the information base elaborated by Scimago Journal Rank
(SJ), Table 6 allows
us to characterize Argentina in terms of areas of knowledge and the degree
of internationalization of each of them. For the analysis, the first 10 disciplines were taken as
reference, according to the categorization of SJ of a total of 27, in which the co
untry has the
highest volume of production.
4
4
We call the degree of internationalization of scientific production for those publications in which the
affiliation
of the researchers involved belongs to different countries.
image/svg+xml
University internationalization policies in Argentina:
Student
mobility and scientific production
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576,
Dec. 2020
. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2570
Table 6
–
Scientific production in Argentina in the first ten areas of knowledge
according to quantity and percentage of international collaboration (2016)
#
Science / Area
Quantity
%
%
Accumulated
International
Collaboration*
1
Medicine
3.183
15,0
15,0
47,1%
2
Biology and Agriculture
2.884
13,6
28,7
41,4%
3
Biochemistry, Genetics and
Molecular Biology
1.798
8,5
37,2
53,0%
4
Physics and Astronomy
1.474
7,0
44,1
60,8%
5
Engineering
1.242
5,9
50,0
41,8%
6
Earth and planetary
sciences
1.106
5,2
55,2
52,8%
7
Chemistry
1.056
5,0
60,2
49,5%
8
Environmental Sciences
984
4,7
64,9
45,2%
9
Social sciences
957
4,5
69,4
27,4%
10
Computer science
913
4,3
73,7
38,8%
*Note:
Refers to the percentage of scientific production in which a document is produced by
researchers with affiliations in different countries.
Source: Scimago Journal Rank data preparation (2016)
As for the published works, the first five areas explain 50% of what Argentina produces
in science. It is clear, as already said, that the basics dominate, followed by those applied. The
social workers moved away, representing just under 5% of the total pr
oduced. On the other
hand, regarding the degree of internationalization of each of the ten, it is confirmed that the
areas of human and social sciences have a less globalized profile than those of exact and natural,
applied and medical. This is an internat
ional trend, so it is not surprising that the degree of
internationalization of scientific production in social sciences barely exceeds 27%
(approximately one in four publications is with international collaboration), which implies
almost 34 percentage poi
nts less than the most internationalized, in this case physics and
astronomy. In the latter case, more than 6 out of 10 publications are in partnership with
researchers from other countries (SCIMAGO JOURNAL RANK, 2016).
A particularity is evident in Graph
2, which shows the trend, or degree of
internationalization, of Argentine scientific production over a period of 20 years (1996
-
2016).
There has been a growth in the level of internationalization, especially since 2004, during which
more than four out of
10
papers published in Scopus have the collaboration of academics
residing beyond the country's borders.
image/svg+xml
Marcelo RABOSSI
and
Ariadna
GUAGLIANONE
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576,
Dec. 2020
. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2571
Figure 2
–
Percentage of Argentine academic production with international
collaboration (1996
-
2006)
Source: Own elaboration
Although total scientific production in the country increased during the reporting period,
the percentage that included international col
laboration seems to have reached
a certain level
of annual growth after growth
since
the late 1990s. Part of this relative stability could be
explained by the certain growth of research work in the field of social and human sciences,
areas that, as stated,
tend to produce local scale, at least in relation to medicine, exact and
natural.
Conclusions and discussion
The internationalization of higher education, as a theme on the educational policy
agenda, has been installed in Argentina since 2000 in a national and international context with
trends that favor integration and cooperation between nations. However, the c
ountry, like the
rest of Latin America, is relatively isolated from this process,
since only 3.4% of the total
number of students
is
international. In any case,
and despite these difficulties, there is a growing
pattern in terms of promoting binational and
multilateral scientific development programs, as
well as in the case of publications involving Argentine researchers with their international peers.
Although the integration of Argentine institutions with the rest of the world seems to be
finding its plac
e within the universe of higher education to implement their particular
potentialities and competitive advantages, there are still certain inconsistencies, both at the
micro institutional level and in terms of macrosystem policies. These limitations did no
t allow
34,1
33,9
31,6
32,4
44,6
42,3
45,4
41,2
42,4
42,6
44,6
25,0
30,0
35,0
40,0
45,0
50,0
1996
1998
2000
2002
2004
2006
2008
2010
2012
2014
2016
image/svg+xml
University internationalization policies in Argentina:
Student
mobility and scientific production
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576,
Dec. 2020
. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2572
amalgamation and thus fully integrate the virtues of universities with those of the rest of the
world. For example, the scarcity of funding makes it difficult for Argentina to connect more
closely with the international academic world, along with t
he weak mastery of the English
language by students and teachers, a situation that hinders international cooperation beyond
Spanish
-
speaking countries. Similarly, there is a lack of coordination within and between
institutions and between them and state ag
encies, added to a preferably peripheral and local
perspective, especially in the social and human sciences, disciplines that do not yet target the
academic centers of industrialized countries (GUAGLIANONE; RABOSSI
,
2018). The list
conspires against a take
off that would allow Argentina to increase its participation in the global
game of higher education. In any case, participation in international university fairs, the
construction of networks and, to a lesser extent, two degrees, especially in graduate sch
ool,
allows us to have a certain optimism for the future.
As for national organizations linked to science and technology policies, there are
important developments in bilateral and multilateral research projects with international
scientific institutes. T
o a greater extent, international co
-
authorship publications are identified
with predominance in basic and medical sciences and with low incidence of social and human
sciences, which alone have a less internationalized profile and more linked to local prob
lems.
Similarly, there is an incipient beginning of connection between the non
-
academic productive
sector, in some foreign cases, and the State. These are global issues of concern for private
companies and for the Ministry of Science, Technology and Produc
tive Innovation itself.
On the other hand, and as a theme to be analyzed in greater depth, regardless of the
sector, public or private, in the last decade, on average, it is observed that Argentine universities
have formalized their internationalization po
licies from organizational structures in the form of
boards, areas, secretariats or departments and, in some cases, with independent budgets
(GUAGLIANONE; RABOSSI
,
2018). Over time, these structures gained prominence within
the institutional hierarchy, mai
nly through the promotion of student exchange programs
between countries and also as representatives of the institution in international congresses, in
order to put the university in the crosshairs of potential foreign students. Although this is within
the
observed average, it is also true that certain universities with little international contact have
difficulty finding a location on the global academic map.
In any case, we face a new challenge for higher education, and particularly for
internationalizati
on since the emergence of coronavirus globally. Social isolation and border
closures, as a palliative to contain the pandemic, had a direct impact on the mobility of
international students. Altbach
and
De Wit (2020) argue that there is likely to be a great
er
image/svg+xml
Marcelo RABOSSI
and
Ariadna
GUAGLIANONE
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576,
Dec. 2020
. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2573
increase in online teaching
-
learning and in the more diverse recruitment of international
students, with less dependence on China. It is considered likely that, once the restrictions
imposed by the coronavirus are normalized, there will be a restructuri
ng of student mobility
standards. And while we cannot yet accurately assess the true impact that this pandemic will
have, there will be many questions to be answered linked to the new ways that the
internationalization of higher education will take on arou
nd the world. However, possibly for
many countries that have not yet emerged as major players, this is an opportunity to be taken
advantage of and thus achieve greater internationalization of their programs through the use of
online platforms. Of course, r
emote program accreditation agencies should play an essential
role in ensuring that higher education institutions maintain the quality of their academic
offerings.
REFERENCES
ALTBACH, P.; DE WIT, H.
El impacto del coronavirus en la educación superior.
Nexos
,
2020.
Available
: https://educacion.nexos.com.mx/?p=2221.
Access
: 26 mar. 2020
.
ALTBACH, P.; DE WIT, H. Are We Facing a Fundamental Challenge to Higher Education
Internationalization?
Internationa
l Higher Education
, v. 2, n. 93, p. 2
-
4, 29
mar
. 2018
.
Available
:
https://ejournals.bc.edu/index.php/ihe/article/view/10414
.
Access:
24 Mar. 2020.
CUMMINGS, J. N.; KIESLER, S. Collaborative Research Across Disciplinary and
Organizational
Boundaries.
Social Studies of Science
,
v.
35, n.
5, p. 703
-
722, 2005.
Available
:
https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/0306312705055535#articleCitationDownloadConta
iner.
Access
: 18 Mar. 2020.
CURCIO, J.; LUNA. M.F.
Impacto Económico de los Estudiantes Internacionales en la
Ciudad Autónoma de Buenos Aires
.
(en prensa).
CHOUDAHA,
R.; HU, D. 2016.
Australian
higher education leads in attracting and retaining
international students
.
Forbes
, 2016.
Available
:
https://www.forbes.com/sites/rahuldi/2016/10/27/attracting
-
international
-
students
-
global
-
competition/#234f44349967.
Access:
3 a
br. 2020.
FULBRIGHT ARGENTINA.
Graduados
.
2018.
Available
:
http://fulbright.edu.ar/
.
Acceso
en: 20
-
feb
-
2020.
GARCÍA DE FANELLI, A.; CORENGIA, A; RABOSSI, M; SALTO, D.
International
partnerships for collaborative research in Argentinian Universities.
In
:
GREGORUTTI, G.;
SVENSON
, N.
Innovative
north
-
south university research partnerships in latin america
and the caribbean
.
New York: Palgrave Macmillan Press, 2018.
image/svg+xml
University internationalization policies in Argentina:
Student
mobility and scientific production
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576,
Dec. 2020
. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2574
GUAGLIANONE, A.
Políticas de evaluación y acreditación en las universidades
argentinas
.
1.
e
d. Buenos Aires: Teseo
-
UAI, 2013.
p. 208.
GUAGLIANONE, A.; RABOSSI, M. Claroscuros de la internacionalización de la educación
superior en Argentina
.
Revista de Educación Superior en América Latina
, v
.
4, n
.
4, p. 2
-
5,
2018
.
Available
:
http://rcientificas.uninorte.edu.co/index.php/esal/article/viewFile/11277/214421442711.
Access:
26 fev. 2020.
JIBEEN, T.; KHAN, A. Internationalization of Higher Education: Potential Benefits and
Costs.
International Journal of Evaluation and Research in Education (IJERE)
,
v
.
4, n.
4,
p. 196
-
199, dec.
2015
.
Available
: https://files.eric.ed.gov/fulltext/EJ1091722.p
df.
Access:
10 set. 2020.
KEHM, B.; TYLER, U. Research on internationalization in Higher Education.
Journal of
Studies in International Education
,
v
.
11, n.
3
-
4,
p. 260
-
273, sep
2017.
Available
:
https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/1028315307303534.
Access:
26 mar. 2020.
KNIGHT, J.
Internationalization of Higher Education: A conceptual framework.
In
:
KNIGHT, J.; DE WIT, H
.
Internationalization of Higher Education in Asia Pacific
countri
es
. Amsterdam: European Association for International Education, 1997.
KNIGHT, J. Internationalization remodeled
: definition, approaches
and rationales.
Journal of
Studies in Intercultural Education
,
p. 5
-
31,
v
.
8, n
.
1,
mar.
2004.
Available
:
https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/1028315303260832.
Access:
16 Mar. 2020
.
LIU, W. The changing role of non
‐
English papers in scholarly communication: Evidence
from Web of Science's three journal citation indexes.
Learned Publishing
, v
.
30, n.
2,
p. 115
-
123,
20
dic.
2016.
DOI
:
https://doi.org/10.1002/leap.1089
MASLEN, G. Worldwide student numbers forecast to double by 2025.
UniversityWorld
News
,
19 feb. 2012.
Available
:
http://www.universityworldnews.com/article.php?story=20120216105739999.
Access:
20
fev. 2020.
MIHAI, I.; REISZ, R. STEM+ productivity, development, and wealth, 1900
-
2012.
In
:
POWELL, J; BAKER, D.; FERNANDEZ,
F.
The century of science
: the global
triumph of
the research university
.
Bingley: Emerald Publishing Limited, 2017.
MINISTERIO DE CIENCIA Y TECNOLOGÍA.
Indicadores de Ciencia y Tecnología
.
Argentina 2018.
Available
https://www.argentina.gob.ar/ciencia/indicadorescti/argentina
-
2018.
Access:
20 fev. 2020.
ARGENTINA.
Ministro de Educación, Cultura, Ciencia y Tecnología de la Nación
.
Anuario.
Estadísticas Universitarias Argentinas 2017
.
1
.
e
d. Ciudad Autónoma de Buenos Aires
,
2017
.
Available
https://www.argentina.gob.ar/sites/default/files/anuario
-
estadistico
-
datos
-
2017_final.pdf.
Access:
18 fev. 2020
OECD
.
Education at a
glance
2016
: OECD Indicators, OECD Publishing, Paris
, 2016
.
DOI:
http://dx.doi.org/10.187/eag
-
2016
-
en
image/svg+xml
Marcelo RABOSSI
and
Ariadna
GUAGLIANONE
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576,
Dec. 2020
. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2575
RAMA, C.
La nueva fase de la universidad privada en América Latina
.
1.
e
d. Buenos
Aires: Teseo
-
UAI, 2017.
p. 498.
SCIMAGO JOURNAL RANK.
SIR
—
SCImago Institutions Rankings, 2016.
Available
:
http://www.scimagoir.com/.
Access:
18 fev. 2020.
SCOPUS Database
.
2018.
Available
: http://www.scopus.com/.
Access:
18 fev. 2020.
SCOTT, S. Massification, internationalization and globalization. In: Scott. S.
The
globalization of Higher Education
. Maidenhead: Open University Press, 1998.
YIP, G.
Total global strategy
: managing for worldwide competitive advantage
. Englewood
Cliffs, N
J: Prentice Hall, 1992.
p. 285.
YNALVEZ, M.; SHRUM, W. Professional networks, scientific collaboration, and publication
productivity in resource
-
constrained research institutions in a developing country.
Research
Policy
, v
.
40, n
.
2,
p. 204
-
216, mar.
2011.
Available
:
www.sciencedirect.co
m/science/article/abs/pii/S0048733310002131.
Access:
16 Mar. 2020.
XUE
YUJIE
X.
More
Chinese prefer UK and Canada for study abroad
.
Report Says,
2019.
Available
: https://www.sixthtone.com/news/1003960/more
-
chinese
-
prefer
-
uk
-
and
-
canada
-
for
-
study
-
abroad%2C
-
report
-
says.
Access:
26 mar. 2020.
image/svg+xml
University internationalization policies in Argentina:
Student
mobility and scientific production
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2556
-
2576,
Dec. 2020
. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14504
2576
How to refer
ence
this article
RABOSSI, M. GUAGLIANONE, A.
University internationalization policies in Argentina:
Student
mobility and scientific production
.
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em
Educação
, Araraquara,
v. 15, n. esp. 4, p.
2556
-
2576
,
D
ec
. 2020.
e
-
ISSN: 1982
-
5587.
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee
.v15iesp4.14504
Submitted
:
10/09/2019
Revisions required
:
10/01/2020
Approved
:
30/04/2020
Published
:
01/12/2020