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Cursos de curta duração no exterior:
Aprendizagens
obtidas
por estudantes de pós
-
graduação em educação
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577
-
2586, dez., 2020. e
-
ISSN: 1982
-
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CURSOS DE CURTA DURAÇÃO NO EXTERIOR: APRENDIZAGENS OBTIDAS
POR ESTUDANTES DE PÓS
-
GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
CURSOS BREVES EN EL EXTRANJERO: APRENDIZAJES LOGRADOS POR
ESTUDIANTES DE POSGRADO EN EDUCACIÓN
SHORT COURSES ABROAD:
LEARNINGS OBTAINED BY POSTGRADUATE
STUDENTS IN EDUCATION
José Luis BONILLA ESQUIVEL
1
Melanie Elizabeth MONTES SILVA
2
RESUMO
:
A mobilidade acadêmica é uma estratégia para alcançar a internacionalização e
ajuda a atender às demandas da globalização. Este trabalho relata os aprendizados alcançados
por 31 estudantes mexicanos de um programa de mestrado profissionalizante, que fez um
curso
curto de uma semana na Universidade de Salamanca e na Universidade de Coimbra. O método
consistiu na realização da análise de conteúdo qualitativo ao trabalho final dos alunos,
especificamente as seções reflexivas solicitadas. O resultado permite id
entificar aprendizados
de natureza diferente: (1) conceitual, principalmente os do curso; (2) processual, pelo
planejamento da viagem; (3) atitudes, como crescimento pessoal, experiência de valores e
reprodução de estereótipos, e (4)
socioafetiva
, pela con
vivência. A conclusão estabelece a
relevância e a significância das viagens de estudo desse tipo, que, apesar de sua brevidade,
envolvem grandes aprendizados de natureza diferente.
PALAVRAS
-
CHAVE
:
Internacionalização. Mobilidade estudantil. Estudante de p
ós
-
graduação. Aprendizagem.
RESUMEN
: La movilidad académica es una estrategia para lograr la internacionalización y
contribuye a responder a las exigencias de la globalización. Este trabajo reporta los
aprendizajes logrados por 31 estudiantes mexicanos d
e un programa profesionalizante de
Maestría en Educación, quienes tomaron un curso breve, de una semana, en la Universidad de
Salamanca y en la Universidad de
Coímbra
. El método consistió en realizar análisis de
contenido cualitativo a los trabajos finales
de los estudiantes, específicamente a los apartados
reflexivos que les fueron solicitados. El resultado permite identificar aprendizajes de
naturaleza diversa: (1) conceptuales, principalmente los propios del curso; (2)
procedimentales, por la planeación
del viaje; (3) actitudinales, como crecimiento personal,
vivencia de valores y reproducción de estereotipos, y (4) socioafectivos, por la convivencia.
Como conclusión se establece la relevancia y significado de viajes de estudio de este tipo, que,
a pesar
de su brevedad, conllevan aprendizajes cuantiosos y de diversa naturaleza.
PALABRAS CLAVE
:
Internacionalización. Movilidad estudiantil.
Estudiante de Posgrado.
Aprendizaje.
1
Centro de Ensino Técnico e Superior
(
CETYS
),
Tijuana
–
Baja California
–
México.
Diretor da Faculdade de
Ciências Sociais e Humanidades
e coordenador acadêmico do Doutorado em Educação no nível do sistema
.
ORCID:
https://orcid.org/0000
-
0003
-
1944
-
857X
. E
-
mail:
joseluis.bonilla@cetys.mx
2
Centro de Ensino Técnico e Superior
(CETYS), Tijuana
–
Baja California
–
México
.
Coordenador
a
Acadêmic
a
do Doutorado em Educação
.
ORCID: https://orcid.org/0000
-
0002
-
0499
-
0537.
E
-
mai
l:
melanie.montes@cetys.mx
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José Luis BONILLA ESQUIVEL
e
Melanie Elizabeth MONTES SILVA
RIAEE
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Revista Ibero
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Americana de Estudos em Educação
,
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ABSTRACT
:
Academic mobility is a strategy for achieving internationalization and helps to
meet the demands of globalization. This paper reports the learning achieved by 31 Mexican
students from a professional Master's program in Education, who took a short, one
-
week
course
at the University of Salamanca and the University of Coimbra. The method consisted in
performing qualitative content analysis of the students' final papers, specifically the reflective
sections that were requested. The result allows identifying lea
rning of diverse nature: (1)
conceptual, mainly those of the course; (2) procedural, by the planning of the trip; (3)
attitudinal, as personal growth, experience of values and reproduction of stereotypes, and (4)
socio
-
affective, by the coexistence. As a c
onclusion, the relevance and meaning of study trips
of this type is established, which, in spite of their brevity, entails substantial learning of diverse
nature.
KEYWORDS
:
Internationalization. Student mobility. Postgraduate student.
Learning.
Interna
cionalização e mobilidade estudantil
As instituições de ensino superior não podem se limitar ao nível local, por isso espera
-
se que adotem dimensões internacionais e interculturais para alcançar o diálogo e a interação
do ensino, pesquisa e serviço (
LANDINELLI
, 2010). Nesse contexto, torna
-
se relevante falar
sobre internacionalização e mobilidade acadêmica.
Segundo Knight (2015), o termo internacionalização não é novo, mas deve ser
claramente compreendido e reformulado para atender a várias dimensões
que caracterizam o
século XXI
. Para isso, o autor propõe a seguinte definição de trabalho para esse conceito: "
A
internacionalização nos níveis nacional, setorial e institucional é definida como o processo de
integração de uma dimensão internacional, inte
rcultural ou global no propósito, funções ou
entrega do ensino pós
-
secundário"
(KNIGHT, 2015, p. 2).
A internacionalização também é uma
forma de responder às demandas da globalização, de modo que as instituições de ensino
superior a estabelecem como parte
de seus planos de desenvolvimento
(ALCÓN, 2011), embora
deva ser observado que a internacionalização não deve ser considerada uma meta em si mesma
(DE WIT, 2011), mas deve servir para que os alunos desenvolvam habilidades em aspectos
globais, internacional
e intercultural
.
Para que ela cumpra seu propósito, a
internacionalização pode ser concretizada de
diferentes formas nas instituições de ensino. Por exemplo, você pode falar sobre
internacionalização em casa,
que consiste em integrar intencionalmente o in
ternacional e
intercultural ao currículo, para que todos os alunos participem de ambientes de aprendizagem
doméstica (BEELEN; JONES, 2015).
Da mesma forma, há a
internacionalização do currículo
,
em que as dimensões do intercultural, internacional e global
estão integradas aos resultados do
currículo, ou seja, aos resultados de aprendizagem, métodos de ensino, serviços de avaliação e
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Cursos de curta duração no exterior:
Aprendizagens
obtidas
por estudantes de pós
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apoio, com o objetivo de que os alunos desenvolvam habilidades sociais e profissionais que
lhes permitam funcionar em contexto
s internacionais e multiculturais (
GREEN
;
MERTOVA,
2016;
LEASK
, 2015). Outra forma de promover a internacionalização é a mobilidade mais
difundida, seja de estudantes, acadêmicos, pesquisadores, gestores ou funcionários
administrativos
(CHANTRAIN, 2010; FRANCO
-
LEAL
;
SOETANTO
;
CAMELO
-
ORDAZ,
2016; GARCIA, 2013).
Especi
ficamente na mobilidade estudantil,
estudantes de graduação e pós
-
graduação realizam estágios, cursos de curta
duração e residências acadêmicas fora de sua instituição. Se a estadia for
cumprida em um país estrangeiro constitui um importante
instrumento para a
formação integral do futuro profissional, a oportunidade de aprender outra
língua, conhecer e conviver com pessoas pertencentes a diferentes culturas.
Da mesma forma, permite aproveitar a presença de estudantes estrangeiros
–
ou de nacio
nais que retornam do exterior com diferentes experiências
–
para
enriquecer os alunos locais (ANUIES,
[21
--
]
).
Este artigo apresenta a experiência de mobilidade estudantil vivenciada por um grupo
de 31 alunos matriculados em um mestrado em Educação, ofere
cido na Universidade CETYS.
O objetivo que se busca ser alcançado é identificar o aprendizado que os alunos adquiriram com
sua experiência de internacionalização.
Internacionalização na Universidade CETYS: curso de verão do Mestrado em Educação
A
Univers
idade
CETYS é uma instituição privada com três campi no noroeste do
México. Oferece programas em diferentes áreas do conhecimento nos níveis preparatório, de
graduação, pós
-
graduação e educação continuada. Para a instituição, a internacionalização é
um
dos elementos diferenciais e, como tal, é oferecida a estudantes de todos os níveis educacionais.
O objetivo com esse elemento é alcançar a "internacionalização para todos"
(GÁRATE
;
ROCHA, 2011,
p
. 42)
através de diversas estratégias.
No caso do Mestra
do em Educação, que é um programa profissionalizador, uma das
formas pelas quais a internacionalização é alcançada é por meio da mobilidade estudantil,
especificamente com curtas estadias no exterior, que são oferecidas anualmente. Embora as
curtas estadia
s sejam promovidas entre todos os alunos matriculados no programa, aqueles que
são capazes e decidem fazê
-
lo participam. Isso implica fazer o pagamento da mensalidade e,
além disso, absorver as despesas da viagem.
O curso de verão de 2017 contou com a
part
icipação de 31 alunos. O papel da instituição perante os alunos é coordenar as atividades
acadêmicas, bem como algumas atividades sociais e culturais complementares, que são de
responsabilidade do professor designado como acompanhante. O professor responsá
vel dá
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informações sobre o curso e a viagem, acompanha o processo de matrícula e viaja com os alunos
para servir como guia, ligação e orientador.
O tema do assunto muda anualmente, de acordo com as opções das instituições
receptoras, mas é sempre equivale
nte a um assunto do programa, uma vez que o número de
horas é semelhante e o tema está vinculado ao conteúdo do programa. Em 2017 foi oferecido o
curso
Neurociência em Educação
, com duração de cinco sessões organizadas em uma semana.
Geralmente o curso é feito em uma universidade na Espanha, mas graças a acordos
institucionais e negociações, pela primeira vez houve duas instituições receptoras: a
Universidade de Salamanca, na Es
panha, onde o grupo participou de atividades por três dias, e
a Universidade de Coimbra, em Portugal, onde os alunos realizaram atividades por dois dias.
A dinâmica foi planejada de tal forma que os professores especialistas apresentaram
sessões de palest
ras sobre os diversos aspectos do tema proposto. A frequência nas aulas e o
cumprimento da solicitação nelas representaram 60% da nota do curso; os 40% restantes foram
determinados com a nota atribuída a um trabalho final integrativo, no qual foram solicit
ados os
seguintes elementos: (1) relatório dos temas abordados em cada uma das sessões; (2)
recuperação, reflexão e identificação das principais lições aprendidas, e (3) uma seção opcional,
como bônus, na qual poderiam compartilhar questões adicionais, por
exemplo, suas
experiências e os desafios que enfrentaram.
Método
Para conhecer a perspectiva dos participantes sobre os aprendizados que alcançaram
com o curso internacional de verão, o trabalho que geraram foi analisado como relatório final.
Especificamente nas duas seções que refletiram em seus aprendizados.
Uma vez
que o corpus foi formado pelos textos dos 30 alunos que entregaram o trabalho
final, foi realizada uma análise de conteúdo qualitativo
(MAYRING, 2014).
No primeiro ciclo
de codificação, utilizou
-
se uma análise do tipo dedutivo, o segundo foi do tipo indutivo
(Saldaña, 2016).
Ou seja, no início buscamos categorizar a aprendizagem de acordo com seu
tipo de conteúdo: (1) conceitual, que são fatos ou conceito
s; (2) processual, processual,
processual ou técnica; (3) atitudinal, que são atitudes, valores ou normas, e (4) conteúdos
socioafetivos
, vinculados às habilidades sociais, afetivas e comportamentais
(GALLEGO
;
SALVADOR, 2009, p. 144
-
145)
. Posteriormente, o
s dados foram novamente categorizados,
em um segundo ciclo de codificação; desta vez, com base nas informações que surgiram no
trabalho dos alunos.
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A apresentação dos resultados será feita de forma descritiva, indicando os principais
aspectos derivados da
análise, e será enriquecida com a recuperação de fragmentos extraídos
verbalmente
das obras preparadas pelos alunos.
Resultados
Os trabalhos analisados refletem que os alunos do Mestrado em Educação que
participaram do curso de verão no exterior têm uma avaliação positiva da experiência. Eles
descrevem como "gratificante", apontam que isso despertou seu "espanto" e dizem que se
sen
tem "satisfeitos". Quanto à instituição, eles reconhecem que tiveram acompanhamento
durante o processo, desde "a primeira sessão informativa até o final da viagem"; também
identificam que foram
feitas "'pressões' para enviar todos os requisitos" e apreciam
que o
professor que acompanhava lhes deu conselhos de viagem, interagiu em um ambiente de
"confiança para expressar dúvidas" e promoveu "excelente comunicação". Quanto à sua
experiência pessoal, alguns valorizam que pela primeira vez viajaram para a Europ
a e há
aqueles que ficaram impressionados, por exemplo, porque "Miguel de Cervantes Saavedra e
Cristóbal Colón caminharam pelos corredores da Universidade de Salamanca", pela
infraestrutura dos laboratórios e por terem "a oportunidade de conhecer uma das b
ibliotecas
mais impressionantes do mundo".
Há alunos que relatam apreciar a qualidade e o carinho do trabalho dos professores que
os receberam, como mostra o trecho a seguir: "[um] aspecto que aprendi foi a humildade dos
professores, a vontade de dar temp
o de qualidade, não só no curso, mas ao convidar seus alunos
para comer". Por outro lado, outros alunos comparam e apreciam o que é oferecido em sua
própria universidade, como evidenciado pelo que é afirmado por um aluno: "Ouso dizer que
vários de nossos p
rofessores superam em qualidade e conteúdo o que conseguimos viver no
exterior".
Além das experiências, um aspecto relevante é que todos os alunos
consideram que
alcançaram a aprendizagem. Os aprendizados identificados são então classificados, organizados
de acordo com o tipo de conteúdo a que correspondem.
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José Luis BONILLA ESQUIVEL
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Aprend
izagem de
conteúdo
s
conceitua
is
A aprendizagem conceitual é a que mais se destaca, pois os alunos fazem uma
recuperação dos temas aprendidos, como neurociências, neuro
-
educação,
dislexia,
aprendizagem, entre outros. Além disso, eles aludem a frases textuais que foram mencionadas
no curso e foram significativas para eles, como estas: "Não só você precisa de professores para
ensinar, você também tem que fazer os alunos aprenderem" o
u "As neurociências nos dizem
que há tantas maneiras de aprender quanto há pessoas no mundo".
Algo que se destaca é que, embora alguns aspectos do curso tenham sido significativos,
relevantes e atraentes para alguns participantes, para outros foram confuso
s ou pouco atraentes,
por exemplo, o tema do "cientismo" e a relação entre neurociências e educação. Essa percepção
diferenciada dos conteúdos do curso se deve a três fatores principais. Em primeiro lugar, para
o treinamento prévio dos alunos. Para aqueles
que não tinham conhecimento prévio dos temas,
o curso foi particularmente complicado; por outro lado, aqueles que tinham conhecimento
prévio assimilaram melhor os temas, como aconteceu com um aluno do Mestrado em Educação
que é médico e conseguiu "entende
r melhor as informações que os cientistas abordaram". Em
segundo lugar, um fator importante foram seus interesses pessoais ou o gosto que cada um tem
antes desses temas, como aconteceu com um aluno que aponta: "Pessoalmente, eu não sou fã
da ciência e devo
mencionar que foi um pouco difícil para mim entendê
-
lo". Em terceiro lugar,
pode ser apontado como fator para considerar sua motivação para participar da estadia, já que
há aqueles que reconhecem o interesse pelo assunto, enquanto outros apontam outras
mo
tivações, como evidenciado pelo que foi relatado por um aluno: "Decidi fazer o curso de
verão, em primeira instância e ser honesto, para evitar tirar um assunto e ter fins de semana de
folga".
Também é relevante que alguns identificaram possíveis formas de
transferir sua
aprendizagem, especialmente aqueles que são professores, enquanto há aqueles que veem uma
aplicação mais ampla, uma vez que consideram que
professores, instituições e autoridades correspondentes devem estar
atentos à
importância dos processos neurais, não apenas para poder
transmitir conhecimento dentro da sala de aula, mas também para a
gestão administrativa das mesmas entidades escolares, relações com
outros professores e com a própria sociedade.
Claro, houve também aprendizados conceituais de aspectos não acadêmicos, mas
culturais. Por exemplo, um aluno aprendeu que "cervejas são chamadas
‘cañas’,
para canudos
‘paja’,
bancos são
‘totas’
e que as rotatórias são
‘rotondas’”.
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Aprendendo conteúdo
s
p
rocessu
ais
Não foi detectado conhecimento de procedimentos e técnicas relacionadas às questões
acadêmicas, o que é compreensível porque as aulas eram eminentemente teóricas. No entanto,
houve aprendizados processuais relacionados ao planejamento e desenvo
lvimento da viagem:
logística dos locais para visitar antes ou depois do curso, economizando por um período de até
sete meses para poder pagar a viagem, organizando a documentação necessária, cumprindo os
requisitos nos horários estabelecidos, organizando
trabalhos e questões familiares para poder
fazer a viagem, usar transporte público de outro país.
Além das questões ordinárias envolvidas em viagens internacionais, houve um caso
extraordinário, como pode ser visto na seguinte descrição:
Definitivamente, essa viagem e este curso deixaram aprendizados importantes
em mim. Na primeira semana (sic.) na Espanha minha documentação e
dinheiro foram roubados. No começo eu estava aterrorizado e queria voltar
imediatamente para o México; no entanto,
teria sido muito covarde se eu
tivesse virado o problema e não confrontado. Foi difícil, já que eu estava
sozinha [...], mas considero que meu cérebro desenvolveu novas estratégias,
ou, a partir da necessidade, meu cérebro criou novas conexões para poder
viver esse tempo.
Duas questões se destacam do fragmento anterior. Por um lado, há uma identificação
explícita da aprendizagem adquirida após a experiência, que pode ser classificada como
processual. Por outro lado, há um esforço intencional por parte do
aluno para utilizar os
conceitos aprendidos no curso, e não foi o único caso, o mesmo acontece com outros
participantes do curso, embora em contextos menos desafiadores.
Aprendendo com conteúdo atitudina
is
Há aprendizados de natureza pessoal, especialmente ligados à oportunidade de
crescimento, autodescoberta e empoderamento, conforme ilustrado no seguinte fragmento:
Eu tinha que ser mais organizado, aprender a confiar mais em mim mesmo e
as
decisões que tomo, da mesma forma, estar longe de casa me ajudaram a
ser mais independente, saber ser econômico, cuidar de mim mesmo e perceber
que posso fazer as coisas sozinho, que não preciso estar acompanhado de
ninguém para arriscar.
A experiência do
s valores também é identificada, especialmente na interação com os
pares. Isso é evidenciado quando os alunos apontaram em seu trabalho que eles precisavam ser
respeitosos, generosos, tolerantes e pacientes, especialmente com seus pares.
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Os alunos também
reforçaram atitudes e reproduziram estereótipos em relação aos
habitantes das cidades que visitaram. Esse tipo de comentário foi repetitivo, por exemplo, em
duas obras diferentes foram apresentadas as seguintes frases: "Descobri que não é um mito que
os fr
anceses cheiram feio ou que não tomam banho" e "Sem dúvida o choque cultural era mais
perceptível com os espanhóis e sua eterna baixa autoestima". No mesmo trabalho do qual o
último fragmento é extraído, uma série de frases que o aluno afirma ter recebido
durante sua
viagem pela Espanha são apresentadas, como esta: "Mas você não é negro, tem certeza que é
mexicano?" Como você pode ver, estereótipos são reproduzidos em ambos os sentidos, como
visto nas obras geradas pelos alunos.
Aprendendo com conteúdo so
cioafetivo
A aprendizagem socioafetiva é, após o aprendizado conceitual, as que mais identificam
os alunos. Eles relatam ter aprendido a conviver com pessoas diferentes, com quem não teriam
pensado em se relacionar, e fizeram isso tanto pelo planejamento
quanto durante a viagem. O
acima é ilustrado no seguinte comentário:
conhecer novos amigos
-
companheiros de aventura, com todos os tipos de
experiências, que apesar de ter idades muito diferentes, personalidades e não
se conhecerem, a
experiência por si só nos uniu e nos permitiu nos aproximar,
conhecer e valorizar a nós mesmos como pessoas.
Por meio do encerramento
A mobilidade internacional vivenciada por 31 alunos do Mestrado em Educação foi
breve, apenas uma semana, apesar de os
participantes relatarem ter obtido um amplo
aprendizado de natureza diversificada. Isso inclui questões acadêmicas e profissionais,
oportunidades de crescimento pessoal e experiências de vida. A experiência não foi a mesma
para todos, cada aluno destacou e
m seu trabalho integrativo o que lhe era relevante e se tornou
o oposto do que foi identificado por outro colega de classe. Há aqueles que até reforçaram
estereótipos, o que não foi um objetivo da experiência. Apesar deste último, o mais relevante
sobre a
mobilidade internacional é que houve aprendizados identificados por todos os
participantes, alguns que poderiam ser transferidos, outros que os alimentam intelectual ou
pessoalmente. Por tudo isso, são recomendadas experiências internacionais de mobilidade
estudantil, tanto para estudantes quanto para instituições de ensino superior.
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José Luis BONILLA ESQUIVEL
e
Melanie Elizabeth MONTES SILVA
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Revista Ibero
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Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577
-
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ISSN: 1982
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DOI:
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2586
sentido
-
de
-
la
-
internacionalizacion
-
universitaria
-
en
-
los
-
procesos
-
de
-
integracion
-
regional&catid=126%3Anoticias
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Como referenciar este artigo
BONILLA ESQUIVEL, J. L.; MONTES SILVA, M. E. Cursos breves en el extranjero:
A
prendizajes logrados por estudiantes de posgrado en educación.
Revista Ibero
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Americana
de Estudos em Educação
, Araraquara,
v. 15, n. esp. 4, p.
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86
, dez., 2020.
e
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ISSN: 1982
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5587.
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14505
Enviado
em
:
10/09/2019
Revisões em
:
10/01/2020
Aprovado em
:
30/04/2020
Publicado
em
:
01/12/2020
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Cursos breves en el extranjero: aprendizajes logrados por estudiantes de posgrado en educación
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CURSOS BREVES EN EL EXTRANJERO: APRENDIZAJES LOGRADOS POR
ESTUDIANTES DE POSGRADO EN EDUCACIÓN
CURSOS DE CURTA DURAÇÃO NO EXTERIOR: APRENDIZAGENS OBTIDAS POR
ESTUDANTES DE PÓS
-
GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
SHORT COURSES ABROAD:
LEARNINGS OBTAINED BY POSTGRADUATE
STUDENTS IN EDUCATION
José Luis BONILLA ESQUIVEL
1
Melanie Elizabeth MONTES SILVA
2
RESUMEN
:
La movilidad académica es una estrategia para lograr la internacionalización y
contribuye a responder a las
exigencias de la globalización. Este trabajo reporta los aprendizajes
logrados por 31 estudiantes mexicanos de un programa profesionalizante de Maestría en
Educación, quienes tomaron un curso breve, de una semana, en la Universidad de Salamanca y
en la Uni
versidad de Coimbra. El método consistió en realizar análisis de contenido cualitativo
a los trabajos finales de los estudiantes, específicamente a los apartados reflexivos que les
fueron solicitados. El resultado permite identificar aprendizajes de natura
leza diversa: (1)
conceptuales, principalmente los propios del curso; (2) procedimentales, por la planeación del
viaje; (3) actitudinales, como crecimiento personal, vivencia de valores y reproducción de
estereotipos, y (4) socioafectivos, por la convivenc
ia. Como conclusión se establece la
relevancia y significado de viajes de estudio de este tipo, que, a pesar de su brevedad, conllevan
aprendizajes cuantiosos y de diversa naturaleza.
PALABRAS CLAVE
:
Internacionalización. Movilidad estudiantil. Estudiante
de Posgrado.
Aprendizaje.
RESUMO
:
A mobilidade acadêmica é uma estratégia para alcançar a internacionalização e
ajuda a atender às demandas da globalização. Este trabalho relata os aprendizados
alcançados por 31 estudantes mexicanos de um programa de me
strado profissionalizante, que
fez um curso curto de uma semana na Universidade de Salamanca e na Universidade de
Coimbra. O método consistiu na realização da análise de conteúdo qualitativo ao trabalho
final dos alunos, especificamente as seções reflexiva
s solicitadas. O resultado permite
identificar aprendizados de natureza diferente: (1) conceitual, principalmente os do curso; (2)
processual, pelo planejamento da viagem; (3) atitudes, como crescimento pessoal, experiência
de valores e reprodução de ester
eótipos, e (4) sociofetiva, pela convivência. A conclusão
estabelece a relevância e a significância das viagens de estudo desse tipo, que, apesar de sua
brevidade, envolvem grandes aprendizados de natureza diferente.
1
Centro de Enseñanza Técnica y Superior
(
CETYS
),
Tijuana
–
Baja California
–
México. Director del Colegio de
Ciencias Sociales y Humanidades y coordinador académico del Doctorado en Educación a nivel sistema.
ORCID:
https://orcid.org/0000
-
0003
-
1944
-
857X
. E
-
mail:
joseluis.bonilla@cetys.mx
2
Centro de Enseñanza Té
cnica y Superior
(CETYS), Tijuana
–
Baja California
–
México
. Coordinadora académica
del Doctorado en Educación.
ORCID: https://orcid.org/0000
-
0002
-
0499
-
0537
. E
-
mail:
melanie.montes@cetys.mx
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PALAVRAS
-
CHAVE
:
Internacionalização. M
obilidade estudantil. Estudante de pós
-
graduação. Aprendizagem.
ABSTRACT
:
Academic mobility is a strategy for achieving internationalization and helps to
meet the demands of globalization. This paper reports the learning achieved by 31 Mexican
students f
rom a professional Master's program in Education, who took a short, one
-
week course
at the University of Salamanca and the University of Coimbra. The method consisted in
performing qualitative content analysis of the students' final papers, specifically th
e reflective
sections that were requested. The result allows identifying learning of diverse nature: (1)
conceptual, mainly those of the course; (2) procedural, by the planning of the trip; (3)
attitudinal, as personal growth, experience of values and repr
oduction of stereotypes, and (4)
socio
-
affective, by the coexistence. As a conclusion, the relevance and meaning of study trips
of this type is established, which, in spite of their brevity, entails substantial learning of diverse
nature.
KEYWORDS
:
Internationalization. Student mobility. Postgraduate student. Learning.
Internacionalización y movilidad estudiantil
Las instituciones de Educación Superior no se pueden limitar al ámbito de lo local, por
ello se espera que adopten dimensiones internac
ionales e interculturales para alcanzar el diálogo
e interacción de la enseñanza, la investigación y el servicio (
LANDINELLI
, 2010). En este
contexto se vuelve relevante hablar de la internacionalización y de la movilidad académica.
De acuerdo con Knight
(2015), el término internacionalización no es nuevo, pero sí debe
ser claramente entendido y reformulado para atender diversas dimensiones que caracterizan el
siglo XXI
. Para tal efecto, la autora propone la siguiente definición de trabajo para este
concep
to: “
La internacionalización a nivel nacional, sectorial e institucional se define como el
proceso de integración de una dimensión internacional, intercultural o global en el propósito,
las funciones o la entrega de la educación postsecundaria”
(
KNIGHT
, 2015, p. 2)
.
La
internacionalización es, además, una forma de responder a las exigencias de la globalización,
por lo que las instituciones de educación superior la establecen como parte de sus planes de
desarrollo
(
ALCÓN
, 2011), aunque cabe precisa
r que la internacionalización no debe ser
considerada una meta en sí misma (
DE WIT
, 2011), sino que debe servir para que los
estudiantes desarrollen competencias sobre aspectos globales, internacionales e interculturales
.
Para que cumpla su propósito, la
i
nternacionalización puede ser concretada de diferentes
formas en las instituciones educativas. Por ejemplo, se puede hablar de la
internacionalización
en el hogar,
que consiste en integrar, de manera intencional, lo internacional y lo intercultural
al plan
de estudios, para que participen todos los estudiantes en entornos domésticos de
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aprendizaje
(BEELEN
;
JONES,
2015). Asimismo, existe la
internacionalización del currículo
,
en la que se integran las dimensiones de lo intercultural, internacional y global a
los resultados
del currículo, esto es, a los resultados de aprendizaje, los métodos de enseñanza, la evaluación
y los servicios de apoyo, con el propósito de que los estudiantes desarrollen habilidades sociales
y profesionales que les permitan desenvolver
se en contextos internacionales y multiculturales
(
GREEN
;
MERTOVA,
2016;
LEASK
, 2015). Otra forma de promover la internacionalización
es la más ampliamente difundida, la movilidad, ya sea de estudiantes, académicos,
investigadores, directivos o personal ad
ministrativo
(
CHANTRAIN, 2010; FRANCO
-
LEAL
;
SOETANTO
;
CAMELO
-
ORDAZ, 2016; GARCÍA, 20
13)
. Específicamente en la movilidad
estudiantil,
los estudiantes de licenciatura y posgrado realizan prácticas, cursos cortos y
residencias académicas fuera de su
institución. Si la estancia se cumple en un
país extranjero constituye un instrumento importante para la formación
integral del futuro profesional, la oportunidad de que aprenda otro idioma,
conozca y conviva con personas pertenecientes a culturas diferent
es.
Igualmente, permite aprovechar la presencia de estudiantes extranjeros
–
o de
los nacionales que regresan del extranjero con diversas experiencias
–
para
enriquecer a los educandos locales (ANUIES,
[21
--
]
).
En este trabajo se presenta la experiencia de
movilidad estudiantil que vivió un grupo
de 31 estudiantes inscritos en un programa de Maestría en Educación, ofrecido en CETYS
Universidad. El objetivo que se busca alcanzar es identificar los aprendizajes que adquirieron
los estudiantes con su experienci
a de internacionalización.
Internacionalización en CETYS Universidad: curso de verano de la Maestría en
Educación
CETYS Universidad es una institución privada que cuenta con tres campus en el
Noroeste de México. Ofrece programas en diferentes áreas de conocimiento a nivel
preparatoria, licenciatura, posgrado y educación continua. Para la institución, la
internacionali
zación es uno de los elementos diferenciadores y, como tal, se ofrece a los
estudiantes de todos los niveles educativos. La meta con este elemento es lograr la
“internacionalización para todos”
(
GÁRATE
;
ROCHA, 2011,
p
. 42
)
mediante diversas
estrategias.
En
el caso de la Maestría en Educación, que es un programa profesionalizante, una de
las formas en las que se logra la internacionalización es mediante la movilidad estudiantil,
específicamente con estancias cortas en el extranjero, las cuales se ofrecen anu
almente. Aunque
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las estancias cortas se promueven entre todos los estudiantes inscritos al programa, participan
quienes están en condiciones y deciden hacerlo. Esto implica realizar el pago por la matrícula
y, adicionalmente, absorber los gastos propios de
l viaje. Al curso de verano de 2017 asistieron
31 estudiantes. El papel de la institución ante los estudiantes es coordinar las actividades
académicas, así como algunas actividades sociales y culturales complementarias, las cuales son
responsabilidad de u
profesor asignado como acompañante. El docente responsable da
información sobre el curso y el viaje, da seguimiento al proceso de inscripción y viaja con los
estudiantes para fungir como guía, enlace y asesor.
La temática de la asignatura cambia anualment
e, según las opciones de las instituciones
receptoras, pero siempre se hace equivalente por una materia del programa, pues la cantidad de
horas es similar y el tema se vincula con los contenidos del programa. En 2017 se ofreció el
curso
Neurociencia en la
educación
, con duración de cinco sesiones organizadas en una
semana. Generalmente el curso se hace en una universidad de España, pero gracias a los
convenios y negociaciones institucionales, por primera vez fueron dos las instituciones
receptoras: la Unive
rsidad de Salamanca, en España, en donde el grupo participó en actividades
durante tres días, y la Universidad de Coimbra, en Portugal, donde los estudiantes realizaron
actividades por dos días.
La dinámica se planeó de forma tal que los profesores expert
os presentaran sesiones
magistrales sobre los diversos aspectos de la temática propuesta. La asistencia a clases y el
cumplimiento con lo solicitado en ellas representaba el 60% de la calificación del curso; el 40%
restante se determinó con la calificación
asignada a un trabajo final integrador, en el que se
solicitaron los siguientes elementos: (1) reporte de los temas abordados en cada una de las
sesiones; (2) recuperación, reflexión e identificación de los principales aprendizajes adquiridos,
y (3) un ap
artado opcional, a manera de bono, en el que podían compartir cuestiones
adicionales, por ejemplo, sus experiencias y los retos que enfrentaron.
Método
A fin de conocer la perspectiva de los participantes sobre los aprendizajes que lograron
con el curs
o internacional de verano, se analizaron los trabajos que generaron como reporte
final. Específicamente en las dos secciones que reflexionaban sobre sus aprendizajes.
Una vez conformado el corpus por los textos de los 30 estudiantes que entregaron el
trab
ajo final, se procedió a realizar un análisis de contenido cualitativo
(
MAYRING
, 2014)
. En
el primer ciclo de codificación se recurrió a un análisis de tipo deductivo, el segundo fue de
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tipo inductivo
(Saldaña, 2016)
. Esto es, en un primer momento se buscó categorizar los
aprendizajes según su tipo de contenido: (1) conceptuales, que son hechos o conceptos; (2)
procedimentales, vinculados con procedimientos o técnicas; (3) actitudinales, que son actitudes,
valores o n
ormas, y (4) contenidos socioafectivos, vinculados con las habilidades sociales,
afectivas y comportamentales
(
GALLEGO
;
SALVADOR
, 2009, p. 144
-
145)
. Posteriormente
los datos fueron nuevamente categorizados, en un segundo ciclo de codificación; esta vez, co
n
base en la información que emergió en los trabajos de los estudiantes.
La presentación de los resultados se hará de forma descriptiva, señalando los principales
aspectos derivados del análisis, y se enriquecerá con la recuperación de fragmentos extraídos
textualmente de los trabajos elaborados por los estudiantes.
Resultados
Los trabajos analizados reflejan que los estudiantes de la Maestría en Educación que
participaron en el curso de verano en el extranjero tienen una valoración positiva de la
experiencia. La describen como “gratificante”, señalan que despertó su “asombro” y
manifiestan sentirse “satisfechos”. En cuanto a la institución, reconocen que contaron con
acompañamiento durante el proceso, desde “la primera sesión informativa hasta que finalizó el
viaje”; también identifican que se les hizo
“‘presión’ para el envío d
e todos los requisitos” y
agradecen que el docente acompañante les diera consejos de viaje, interactuara en un ambiente
de “confianza para expresar dudas” y promoviera una “excelente comunicación”. En cuanto a
su experiencia personal, algunos valoran que p
or primera vez viajaron a Europa y hay quienes
se manifestaron impresionados, por ejemplo, porque “por los pasillos de la Universidad de
Salamanca se pasearon Miguel de Cervantes Saavedra y Cristóbal Colón”, por la infraestructura
de los laboratorios y por
tener “la oportunidad de conocer una de las bibliotecas más
impresionantes en el mundo”.
Hay estudiantes que señalan apreciar la calidad y calidez del trabajo de los docentes que
los recibieron, como se muestra en el siguiente fragmento: “[un] aspecto qu
e aprendí fue la
humildad de los maestros, la disposición para dar tiempo de calidad, no solamente en el curso,
sino al invitar a sus alumnos a comer”. En cambio, otros estudiantes comparan y aprecian lo
que se ofrece en su propia universidad, como se evid
encia en lo expuesto por un estudiante:
“me atrevo a decir que varios de nuestros maestros superan en calidad y contenido a lo que
pudimos vivir en el extranjero”.
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Además de las experiencias, un aspecto relevante es que todos los estudiantes
consideran qu
e lograron aprendizajes. Enseguida se clasifican los aprendizajes identificados,
organizados según el tipo de contenido al que corresponden.
Aprendizajes de contenidos conceptuales
Los aprendizajes de tipo conceptual son los que más destacan, pues
los estudiantes
hacen una recuperación de los temas aprendidos, como neurociencias, neuroeducación,
dislexia, aprendizaje, entre otros. Además, hacen alusión a frases textuales que se mencionaron
en el curso y fueron significativas para ellos, como estas:
“No solo se necesitan profesores que
enseñen, también hay que lograr que los alumnos aprendan” o “Las neurociencias nos dicen
que hay tantas formas de aprender como personas hay en el mundo”.
Algo que destaca es que, mientras algunos aspectos del curso fue
ron significativos,
relevantes y atractivos para algunos participantes, para otros resultaron confusos o poco
atractivos, por ejemplo, el tema del “cientificismo” y la relación entre neurociencias y
educación. Esta percepción diferenciada de los contenidos
del curso se debe a tres factores
principales. En primer lugar, a la formación previa de los estudiantes. A quienes no tenían
conocimientos previos sobre los temas el curso les resultó particularmente complicado; en
cambio, quienes sí tenían conocimientos
previos asimilaron los temas de mejor manera, como
ocurrió con un estudiante de la Maestría en Educación que es médico y pudo “comprender
mejor la información que abordaban los científicos”. En segundo lugar, un factor importante
fueron sus intereses pers
onales o el gusto que cada quien tiene ante ese tipo de temas, como
ocurrió con una estudiante quien señala: “En lo personal no soy fan de la ciencia y debo
mencionar que sí se me dificultó un poco entenderla”. En tercer lugar, se puede señalar como
factor
a considerar su motivación para participar en la estancia, pues hay quienes reconocen
interés por la temática, mientras que otros señalan otras motivaciones, como evidencia lo
reportado por una estudiante: “decidí tomar el curso de verano, en primera inst
ancia y siendo
honesta, para evitar tomar una materia y tener fines de semana libres”.
También es relevante que algunos identificaron posibles formas de transferir sus
aprendizajes, sobre todo quienes son docentes, mientras que hay quien ve una aplicación
más
amplia, pues considera que
los docentes, las instituciones y autoridades correspondientes deben
tener consciencia de la importancia de los procesos neuronales, no solo
para poder trasmitir conocimiento dentro del aula, sino también para
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el manejo adm
inistrativo de las mismas entidades escolares, las
relaciones con otros profesores y con la sociedad misma.
Por supuesto que también hubo aprendizajes conceptuales de aspectos no académicos,
pero sí culturales. Por ejemplo, un estudiante aprendió que “a
las cervezas se les llaman ‘cañas’,
a los popotes ‘paja’, los bancos son ‘totas’ y que las glorietas son ‘rotondas’”.
Aprendizajes de contenidos procedimentales
No se detectaron aprendizajes de procedimientos y técnicas vinculados con cuestiones
académi
cas, lo cual es entendible porque las clases fueron eminentemente teóricas. No obstante,
sí hubo aprendizajes procedimentales vinculados con la planeación y el desarrollo del viaje:
logística de los lugares a visitar antes o después del curso, ahorrar por
un lapso de hasta siete
meses para poder costear el viaje, organizar la documentación necesaria, cumplir con los
requisitos en los tiempos establecidos, organizar cuestiones laborales y familiares para poder
realizar el viaje, usar el transporte público de
otro país.
Además de las cuestiones ordinarias que implica un viaje internacional, se dio un caso
extraordinario, como se aprecia en la siguiente descripción:
Definitivamente, este viaje y este curso dejaron importantes aprendizajes en
mí. En la
primer semana (sic.) en España fueron robados mi documentación
y mi dinero. Al inicio me atemoricé y quise regresar de inmediato a México;
sin embargo, hubiera sido muy cobarde si le hubiera sacado la vuelta al
problema y no lo hubiera enfrentado. Fue difí
cil, ya que estaba solo […], pero
considero que mi cerebro desarrolló nuevas estrategias, o bien, a partir de la
necesidad, mi cerebro creó nuevas conexiones para poder vivir ese tiempo.
Del fragmento anterior destacan dos cuestiones. Por un lado, hay
una identificación
explícita de aprendizajes adquiridos luego de la experiencia, los cuales pueden ser clasificados
como de tipo procedimental. Por otro lado, se aprecia un esfuerzo intencionado de parte del
estudiante por usar los conceptos aprendidos en
el curso, y no fue el único caso, ocurre lo mismo
con otros participantes del curso, aunque en contextos menos desafiantes.
Aprendizajes de contenidos actitudinales
Hay aprendizajes de índole personal, sobre todo vinculadas con la oportunidad de
crecimi
ento, autodescubrimiento y empoderamiento, como se ilustra en el siguiente fragmento:
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Tuve que ser más organizada, aprender a confiar más en mí y en las
decisiones que tomo, así mismo, el estar lejos de mi casa me ayudó a ser más
independiente, saber ser
ahorrativa, cuidarme y darme cuenta de que sí puedo
hacer las cosas sola, que no necesito estar acompañada de nadie para
arriesgarme.
También se identifica la vivencia de valores, sobre todo en la interacción con los
compañeros. Esto se evidencia en los
cuando los estudiantes señalaron en sus trabajos que
requirieron ser respetuosos, generosos, tolerantes y pacientes, especialmente con sus
compañeros.
Asimismo, los estudiantes reforzaron actitudes y reprodujeron estereotipos con respecto
a los habitantes
de las ciudades que visitaron. Este tipo de comentarios fueron reiterativos, por
ejemplo, en dos trabajos diferentes se presentaron las siguientes frases: “comprobé que no es
un mito que los franceses huelen feo o que no se bañan” y “Sin duda el choque cu
ltural fue más
notorio con los españoles y su eterna baja autoestima”. En el mismo trabajo del que se extrae
el último fragmento se presentan una serie de frases que el estudiante afirma haber recibido
durante su viaje por España, como esta: “Pero tú no es
tás negra, ¿segura que eres mexicana?”.
Como se puede ver, los estereotipos se reproducen en ambos sentidos, según se vio en los
trabajos generados por los estudiantes.
Aprendizajes de contenidos socioafectivos
Los aprendizajes de tipo socioafectivo son, después de los aprendizajes conceptuales,
los que más identifican los estudiantes. Señalan haber aprendido a convivir con personas
diferentes, con las que no hubieran pensado relacionarse, y lo hicieron tanto des
de la
planeación, como durante el viaje. Lo anterior se ilustra en el siguiente comentario:
conocer nuevos amigos
-
compañeros de aventura, con toda clase de
experiencias, que a pesar de tener muy distintas edades, personalidades y de
no conocernos, la exp
eriencia por sí misma nos unió y permitió acercarnos,
conocernos y valorarnos como personas.
A manera de cierre
La movilidad internacional que vivieron 31 estudiantes de la Maestría en Educación fue
breve, de apenas una semana, a pesar de lo cual los participantes señalan haber obtenido
aprendizajes cuantiosos y de diversa naturaleza. Esto incluye cuestiones académi
cas y
profesionales, oportunidades de crecimiento personal y experiencias de vida. La experiencia no
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fue igual para todos, cada estudiante destacó en su trabajo integrador aquello que le resultó
relevante y llegó a ser opuesto a lo identificado por otro co
mpañero. Hay quienes incluso
reforzaron estereotipos, lo cual no era una meta de la experiencia. A pesar de esto último, lo
más relevante de la movilidad internacional es que hubo aprendizajes identificados por todos
los participantes, algunos que se podrí
an transferir, otros que los nutren intelectual o
personalmente. Por todo esto, las experiencias de movilidad estudiantil internacional son
recomendables, tanto para los estudiantes como para las instituciones de educación superior.
REFERENCIAS
ALCÓN,
E. La internacionalización de los estudiantes universitarios.
La cuestión
Universitaria
,
n.
7,
p.
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José Luis BONILLA ESQUIVEL
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Melanie Elizabeth MONTES SILVA
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Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577
-
2586, dez., 2020. e
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ISSN: 1982
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Cursos breves en el extranjero:
aprendizajes logrados por
estudiantes de posgrado en educación
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Revista Ibero
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Americana de
Estudos em Educação
, Araraquara,
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ISSN: 1982
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5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.
14505
Remitido el
:
10/09/2019
Revisiones requeridas el
:
10/01/2020
Aprobado el
:
30/04/2020
Publicado el
:
01/12/2020
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Short courses abroad:
Learnings
obtained by postgraduate students in education
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ISSN: 1982
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DOI:
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2577
SHORT COURSES ABROAD: LEARNINGS OBTAINED BY POSTGRADUATE
STUDENTS IN EDUCATION
CURSOS DE CURTA DURAÇÃO NO EXTERIOR: APRENDIZAGENS OBTIDAS POR
ESTUDANTES DE PÓS
-
GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
CURSOS BREVES EN EL EXTRANJERO:
APRENDIZAJES LOGRADOS POR
ESTUDIANTES DE POSGRADO EN EDUCACIÓN
José Luis BONILLA ESQUIVEL
1
Melanie Elizabeth MONTES SILVA
2
ABSTRACT
:
Academic mobility is a strategy for achieving internationalization and helps to
meet the demands of
globalization. This paper reports the learning achieved by 31 Mexican
students from a professional Master's program in Education, who took a short, one
-
week course
at the University of Salamanca and the University of Coimbra. The method consisted in
perfor
ming qualitative content analysis of the students' final papers, specifically the reflective
sections that were requested. The result allows identifying learning of diverse nature: (1)
conceptual, mainly those of the course; (2) procedural, by the planning
of the trip; (3)
attitudinal, as personal growth, experience of values and reproduction of stereotypes, and (4)
socio
-
affective, by the coexistence. As a conclusion, the relevance and meaning of study trips
of this type is established, which, in spite of
their brevity, entails substantial learning of diverse
nature.
KEYWORDS
:
Internationalization. Student mobility. Postgraduate student.
Learning.
RESUMO
:
A mobilidade acadêmica é uma estratégia para alcançar a internacionalização e
ajuda a atender às dem
andas da globalização. Este trabalho relata os aprendizados
alcançados por 31 estudantes mexicanos de um programa de mestrado profissionalizante, que
fez um curso curto de uma semana na Universidade de Salamanca e na Universidade de
Coimbra. O método consi
stiu na realização da análise de conteúdo qualitativo ao trabalho
final dos alunos, especificamente as seções reflexivas solicitadas. O resultado permite
identificar aprendizados de natureza diferente: (1) conceitual, principalmente os do curso; (2)
proces
sual, pelo planejamento da viagem; (3) atitudes, como crescimento pessoal, experiência
de valores e reprodução de estereótipos, e (4)
socioafetiva
, pela convivência. A conclusão
estabelece a relevância e a significância das viagens de estudo desse tipo, qu
e, apesar de sua
brevidade, envolvem grandes aprendizados de natureza diferente.
PALAVRAS
-
CHAVE
:
Internacionalização. Mobilidade estudantil. Estudante de pós
-
graduação. Aprendizagem.
1
Center for Technical and Higher Education (CETYS), Tijuana
–
Baja California
–
Mexico. Director of the Faculty
of Social Sciences and Humanities
and academic coordinator of the PhD in
Education at the system level
.
ORCID:
https://orcid.org/0000
-
0003
-
1944
-
857X
. E
-
mail:
joseluis.bonilla@cetys.mx
2
Center for Technical and Higher Education
(CETYS), Tijuana
-
Baja California
-
Mexico.
Academic Coordinator
in the
PhD
program
in
Education
.
ORCID: https://orcid.org/0000
-
0002
-
0499
-
0537.
E
-
mail:
melanie.montes@cetys.mx
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José Luis BONILLA ESQUIVEL
and
Melanie Elizabeth MONTES SILVA
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,
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RESUMEN
: La movilidad académica es una estrategia para lograr la internacionalización y
contribuye a responder a las exigencias de la globalización. Este trabajo reporta los
aprendizajes logrados por 31 estudiantes mexicanos de un programa profesionalizante de
Ma
estría en Educación, quienes tomaron un curso breve, de una semana, en la Universidad de
Salamanca y en la Universidad de
Coímbra
. El método consistió en realizar análisis de
contenido cualitativo a los trabajos finales de los estudiantes, específicamente
a los apartados
reflexivos que les fueron solicitados. El resultado permite identificar aprendizajes de
naturaleza diversa: (1) conceptuales, principalmente los propios del curso; (2)
procedimentales, por la planeación del viaje; (3) actitudinales, como cr
ecimiento personal,
vivencia de valores y reproducción de estereotipos, y (4) socioafectivos, por la convivencia.
Como conclusión se establece la relevancia y significado de viajes de estudio de este tipo, que,
a pesar de su brevedad, conllevan aprendizaje
s cuantiosos y de diversa naturaleza.
PALABRAS CLAVE
:
Internacionalización. Movilidad estudiantil.
Estudiante de Posgrado.
Aprendizaje.
Internationalization and student mobility
Higher education institutions cannot be limited at the local level, so
they are expected
to take international and intercultural dimensions to achieve dialogue and interaction of
teaching, research and service (
LANDINELLI
, 2010). In this context, it is relevant to talk about
internationalization and academic mobility.
According to Knight (2015), the term internationalization is not new, but must be clearly
understood and reformulated to meet the various dimensions that characterize the 21st century
.
For this, the author proposes the following definition of work for this
concept:
"
Internationalization at the national, sectoral and institutional levels is defined as the process of
integrating an international, intercultural or global dimension into the purpose, functions or
delivery of post
-
secondary education"
(KNIGHT, 20
15, p. 2).
" Internationalization is also a
way of responding to the demands of globalization, so higher education institutions establish it
as part of their development
plans (ALCÓN, 2011), although it should be noted that
internationalization should not
be considered a goal in itself (DE WIT, 2011), but should serve
for students to develop skills in global aspects, international and intercultural.
In order to fulfill its purpose,
internationalization can be achieved in different ways in
educational instit
utions. For example, you can talk about
internationalization at home,
which
consists of intentionally integrating the international and intercultural curriculum, so that all
students participate in home learning environments (BEELEN; JONES, 2015).
Similarl
y, there
is the
internationalization of the curriculum
, in which the dimensions of intercultural,
international and global are integrated with the results of the curriculum, that is, to learning
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Short courses abroad:
Learnings
obtained by postgraduate students in education
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outcomes, teaching methods, evaluation and support services,
with the objective of students
developing social and professional skills that allow them to function in international and
multicultural contexts (
GREEN
;
MERTOVA, 2016;
LEASK
, 2015). Another way to promote
internationalization is the most widespread mobilit
y, whether students, academics, researchers,
managers or administrative staff
(CHANTRAIN, 2010; FRANCO
-
LOYAL
;
SOETANTO
;
CAMEL
O
-
ORDAZ, 2016; GARCIA, 2013).
Specifically in student mobility,
undergraduate and graduate students conduct internships, short co
urses and
academic residencies outside their institution. If the stay is fulfilled in a
foreign country is an important instrument for the integral training of the
professional future, the opportunity to learn another language, meet and live
with people be
longing to different cultures.
Likewise, it allows to take advantage of the presence of foreign students
–
or
nationals returning from abroad with different experiences
–
to enrich local
students (ANUIES,
[21
--
]
,
our translation
).
This article presents the experience of student mobilit
y experienced by a group of 31
students enrolled in a Master's degree in Education, offered at CETYS University. The objective
that is sought to be achieved is to identify the learning that students have acquired with their
experience of internationalizati
on.
Internationalization at CETYS University: summer course of the Master's degree in
Education
The Univers
age
CETYS is a private institution with three campuses in northwestern
Mexico. It offers programs in different areas of knowledge at the preparato
ry, undergraduate,
graduate and continuing education levels. For the institution, internationalization is one of the
differential elements and, as such, is offered to students of all educational levels. The goal with
this element is to achieve "internation
alization for all"
(GÁRATE
;
ROCHA, 2011,
p
. 42)
through several strategies.
In the case of the Master's degree in Education, which is a vocational program, one of
the ways in which internationalization is achieved is through student mobility, specifically with
short stays abroad, which are offered annually. Although short stays ar
e promoted among all
students enrolled in the program, those who are able and decide to do so participate. This
implies making the monthly payment and, in addition, absorbing the expenses of the trip. The
2017 summer course was attended by 31 students. The
institution's role before students is to
coordinate academic activities, as well as some complementary social and cultural activities,
which are the responsibility of the teacher designated as a companion. The teacher in charge
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José Luis BONILLA ESQUIVEL
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Melanie Elizabeth MONTES SILVA
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gives information about the
course and the trip, follows the enrollment process, and travels with
students to serve as a guide, liaison, and advisor.
The subject change annually, according to the options of the receiving institutions, but
it is always equivalent to a program subjec
t, since the number of hours is similar and the theme
is linked to the program content. In 2017, the Neuroscience
in Education course was
offered,
lasting five sessions organized in one week. Usually, the course is done at a university in Spain,
but thanks
to institutional agreements and negotiations, for the first time there were two
receiving institutions: the University of Salamanca in Spain, where the group participated in
activities for three days, and the University of Coimbra in Portugal, where stude
nts carried out
activities for two days.
The dynamics were planned in such a way that the expert teachers presented lecture
sessions on the various aspects of the proposed theme. Attendance in classes and the fulfillment
of the request in them represented
60% of the course grade; the remaining 40% were determined
with the score attributed to an integrative final work, in which the following elements were
requested: (1) report of the topics addressed in each of the sessions; (2) recovery, reflection and
ide
ntification of the main lessons learned, and (3) an optional section, as a bonus, in which they
could share additional questions, for example, their experiences and the challenges they faced.
Method
To know the perspective of the participants about the
learning they achieved with the
international summer course, the work they generated was analyzed as a final report.
Specifically in the two sections that reflected on their learnings.
Once the corpus was formed by the texts of the 30 students who delivered the final work,
a qualitative content analysis
was performed (MAYRING, 2014).
In the first coding cycle, a
deductive type analysis was used, the second was of the inductive type
(Sal
daña, 2016).
That
is, in the beginning we seek to categorize learning according to its type of content: (1)
conceptual, which are facts or concepts; (2) procedural, procedural, procedural or technical; (3)
attitudinal
, which are attitudes, values or norms
, and (4) socioaffective contents, linked to
social, affective and behavioral skills
(GALLEGO
;
SALVADOR, 2009, p. 144
-
145)
.
Subsequently, the data were again categorized in a second coding cycle; this time, based on the
information that emerged in the stud
ents' work.
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Learnings
obtained by postgraduate students in education
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The presentation of the results will be made descriptively, indicating the main aspects
derived from the analysis, and will be enriched with the
recovery of fragments verbally
extracted
from the works prepared by the students.
Findings
The studies analy
zed reflect that the students of the Master's degree in Education who
participated in the summer course abroad have a positive evaluation of the experience. They
describe it as "gratifying", pointing out that this has aroused their "astonishment" and say t
hey
feel "satisfied". As for the institution, they recognize that they had follow
-
up during the process,
from "the first information session until the end of the trip"; they also identify that
"'pressures'
were made to send all the requirements" and apprec
iate that the accompanying teacher gave
them travel advice, interacted in an environment of "confidence to express doubts" and
promoted "excellent communication". As for their personal experience, some value that for the
first time they traveled to Europe
and there are those who were impressed, for example, because
"Miguel de Cervantes Saavedra and Cristóbal Colón walked the corridors of the University of
Salamanca", through the infrastructure of the laboratories and for having "the opportunity to
know one
of the most impressive libraries in the world".
There are students who report appreciate the quality and affection of the work of the
teachers who received them, as shown in the following excerpt: "[one] aspect I learned was the
humility of the teachers,
the desire to give quality time, not only in the course, but by inviting
their students to eat". On the other hand, other students likely, other students like that, and
appreciate what is offered in their own university, as evidenced by what is stated by o
ne student:
"I dare say that several of our teachers outperform in quality and content what we can live
abroad."
In addition to experiences, one relevant aspect is that all
students consider that they have
achieved learning. The identified learnings are t
hen classified, organized according to the type
of content they correspond to.
Learning conceptual contents
Conceptual learning is the one that stands out the most, because students make a
recovery of learned themes, such as neurosciences,
neuro
-
educat
ion
, dyslexia, learning, among
others. In addition, they allude to textual phrases that were mentioned in the course and were
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significant to them, such as these: "Not only do you need teachers to teach, you also have to
make students learn" or "Neuroscienc
es tell us that there are as many ways to learn as there are
people in the world."
Something that stands out is that, although some aspects of the course were significant,
relevant and attractive to some participants, for others were confusing or unattract
ive, for
example, the theme of "scientism" and the relationship between neurosciences and education.
This differentiated perception of the course contents is due to three main factors. First, for the
prior training of students. For those who had no prior k
nowledge of the topics, the course was
particularly complicated; on the other hand, those who had previous knowledge assimilated the
themes better, as happened with a student of the Master's degree in Education who is a doctor
and was able to "better under
stand the information that scientists approached". Secondly, an
important factor was their personal interests or the taste that each has before these topics, as
happened to a student who points out: "Personally, I'm not a fan of science and I should mentio
n
that it was a bit difficult for me to understand it." Thirdly, it can be pointed out as a factor to
consider their motivation to participate in the stay, since there are those who recognize the
interest in the subject, while others point to other motivat
ions, as evidenced by what was
reported by a student: "I decided to take the summer course in the first instance and be honest,
to avoid taking a subject and having weekends off".
It is also relevant that some have identified possible ways to transfer thei
r learning,
especially those who are teachers, while there are those who see a broader application, since
they consider that
teachers, institutions and corresponding authorities should be aware of
the importance of neural processes, not only to be
able to transmit
knowledge within the classroom, but also for the administrative
management of the same school entities, relationships with other
teachers and with society itself.
Of course, there were also conceptual learnings of non
-
academic but cultura
l aspects.
For example, one student learned that "beers are called
'cañas', for 'paja' canudos, benches are
'totas' and that roundabouts are 'rotondas'".
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Learning
processual contents
Knowledge of procedures and techniques related to academic issues was not detected,
which is understandable because the classes were eminently theoretical. However, there were
procedural learnings related to the planning and development of the trip: logist
ics of the places
to visit before or after the course, saving for a period of up to seven months to be able to pay
for the trip, organizing the necessary documentation, fulfilling the requirements at the
established times, organizing work and family issues
to be able to make the trip, use public
transport from another country.
In addition to the ordinary issues involved in international travel, there was an
extraordinary case, as can be seen in the following description:
Definitely, this trip and this
course left important learnings in me. In the first
week (sic.) in Spain my documentation and money were stolen. At first, I was
terrified and wanted to return immediately to Mexico; however, it would have
been very cowardly if I had turned the problem and
not confronted. It was
difficult, since I was alone [...], but I consider that my brain developed new
strategies, or, from necessity, my brain created new connections to be able to
live this time
(our translation)
.
Two questions stand out from the previo
us fragment. On the one hand, there is an
explicit identification of the learning gained after experience, which can be classified as
procedural. On the other hand, there is an intentional effort on the part of the student to use the
concepts learned in th
e course, and it was not the only case, the same happens with other
participants of the course, although in less challenging contexts.
Learning
from attitudinal contents
There are learnings of a personal nature, especially linked to the opportunity for
growth,
self
-
discovery and empowerment, as illustrated in the following fragment:
I had to be more organized, learn to trust myself more and the decisions I
make, likewise, being away from home helped me to be more independent,
know how to be economical,
take care of myself and realize that I can do
things myself, that I don't need to be accompanied by anyone
to risk (our
translation)
.
The experience of values is also identified, especially in the interaction with peers. This
is evidenced when students p
ointed out in their work that they needed to be respectful, generous,
tolerant and patient, especially with their peers.
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-
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DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14
505
2584
The students also reinforced attitudes and reproduced stereotypes about the inhabitants
of the cities they visited. This type of comme
nt was repetitive, for example, in two different
works were presented the following sentences: "I found that it is not a myth that the French
smell ugly or do not bathe" and "Undoubtedly the cultural shock was more noticeable with the
Spaniards and their e
ternal low self
-
esteem". In the same work from which the last fragment is
extracted, a series of phrases that the student claims to have received during his trip through
Spain are presented, like this: "But you are not black, are you sure you are Mexican?"
As you
can see, stereotypes are reproduced in both directions, as seen in the works generated by the
students.
Learning from socioaffective content
s
Socioaffective learning is, after conceptual learning, the ones that most identify
students. They repor
t having learned to live with different people, with whom they would not
have thought of relating, and did so both by planning and during the trip. The above is illustrated
in the following comment:
to know new friends
-
companions of adventure, with
all kinds of experiences,
that despite having very different ages, personalities and not knowing each
other, the experience alone united us and allowed us to approach, know and
value ourselves
as people (our translation)
.
Final thoughts
The internationa
l mobility experienced by 31 students of the Master's Degree in
Education was brief, only one week, although the participants reported having obtained a broad
learning of a diversified nature. This includes academic and professional issues, opportunities
f
or personal growth, and life experiences. The experience was not the same for everyone, each
student highlighted in his integrative work what was relevant to him and became the opposite
of what was identified by another classmate. There are those who have
even reinforced
stereotypes, which was not an objective of experience. Despite the latter, the most relevant thing
about international mobility is that there were learnings identified by all participants, some that
could be transferred, others that feed th
em intellectually or personally. For all this, international
experiences of student mobility are recommended, both for students and for higher education
institutions.
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