image/svg+xmlCursos de curta duração no exterior: Aprendizagens obtidaspor estudantes de pós-graduação em educaçãoRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145052577CURSOS DE CURTA DURAÇÃO NO EXTERIOR: APRENDIZAGENS OBTIDAS POR ESTUDANTES DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃOCURSOS BREVES EN EL EXTRANJERO: APRENDIZAJES LOGRADOS POR ESTUDIANTES DE POSGRADO EN EDUCACIÓNSHORT COURSES ABROAD: LEARNINGS OBTAINED BY POSTGRADUATE STUDENTS IN EDUCATIONJosé Luis BONILLA ESQUIVEL1Melanie Elizabeth MONTES SILVA2RESUMO:A mobilidade acadêmica é uma estratégia para alcançar a internacionalização e ajuda a atender às demandas da globalização. Este trabalho relata os aprendizados alcançados por 31 estudantes mexicanos de um programa de mestrado profissionalizante, que fez umcurso curto de uma semana na Universidade de Salamanca e na Universidade de Coimbra. O método consistiu na realização da análise de conteúdo qualitativo ao trabalho final dos alunos, especificamente as seções reflexivas solicitadas. O resultado permite identificar aprendizados de natureza diferente: (1) conceitual, principalmente os do curso; (2) processual, pelo planejamento da viagem; (3) atitudes, como crescimento pessoal, experiência de valores e reprodução de estereótipos, e (4) socioafetiva, pela convivência. A conclusão estabelece a relevância e a significância das viagens de estudo desse tipo, que, apesar de sua brevidade, envolvem grandes aprendizados de natureza diferente.PALAVRAS-CHAVE:Internacionalização. Mobilidade estudantil. Estudante de pós-graduação. Aprendizagem.RESUMEN: La movilidad académica es una estrategia para lograr la internacionalización y contribuye a responder a las exigencias de la globalización. Este trabajo reporta los aprendizajes logrados por 31 estudiantes mexicanos de un programa profesionalizante de Maestría en Educación, quienes tomaron un curso breve, de una semana, en la Universidad de Salamanca y en la Universidad de Coímbra. El método consistió en realizar análisis de contenido cualitativo a los trabajos finalesde los estudiantes, específicamente a los apartados reflexivos que les fueron solicitados. El resultado permite identificar aprendizajes de naturaleza diversa: (1) conceptuales, principalmente los propios del curso; (2) procedimentales, por la planeación del viaje; (3) actitudinales, como crecimiento personal, vivencia de valores y reproducción de estereotipos, y (4) socioafectivos, por la convivencia. Como conclusión se establece la relevancia y significado de viajes de estudio de este tipo, que, a pesar de su brevedad, conllevan aprendizajes cuantiosos y de diversa naturaleza.PALABRAS CLAVE:Internacionalización. Movilidad estudiantil. Estudiante de Posgrado. Aprendizaje.1Centro de Ensino Técnico e Superior (CETYS),TijuanaBaja California México. Diretor da Faculdade de Ciências Sociais e Humanidadese coordenador acadêmico do Doutorado em Educação no nível do sistema. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1944-857X. E-mail: joseluis.bonilla@cetys.mx2Centro de Ensino Técnico e Superior (CETYS), Tijuana Baja California México. CoordenadoraAcadêmicado Doutorado em Educação. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0499-0537. E-mail: melanie.montes@cetys.mx
image/svg+xmlJosé Luis BONILLA ESQUIVEL eMelanie Elizabeth MONTES SILVARIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145052578ABSTRACT:Academic mobility is a strategy for achieving internationalization and helps to meet the demands of globalization. This paper reports the learning achieved by 31 Mexican students from a professional Master's program in Education, who took a short, one-weekcourse at the University of Salamanca and the University of Coimbra. The method consisted in performing qualitative content analysis of the students' final papers, specifically the reflective sections that were requested. The result allows identifying learning of diverse nature: (1) conceptual, mainly those of the course; (2) procedural, by the planning of the trip; (3) attitudinal, as personal growth, experience of values and reproduction of stereotypes, and (4) socio-affective, by the coexistence. As a conclusion, the relevance and meaning of study trips of this type is established, which, in spite of their brevity, entails substantial learning of diverse nature.KEYWORDS:Internationalization. Student mobility. Postgraduate student. Learning.Internacionalização e mobilidade estudantilAs instituições de ensino superior não podem se limitar ao nível local, por isso espera-se que adotem dimensões internacionais e interculturais para alcançar o diálogo e a interação do ensino, pesquisa e serviço (LANDINELLI, 2010). Nesse contexto, torna-se relevante falar sobre internacionalização e mobilidade acadêmica. Segundo Knight (2015), o termo internacionalização não é novo, mas deve ser claramente compreendido e reformulado para atender a várias dimensõesque caracterizam o século XXI. Para isso, o autor propõe a seguinte definição de trabalho para esse conceito: "A internacionalização nos níveis nacional, setorial e institucional é definida como o processo de integração de uma dimensão internacional, intercultural ou global no propósito, funções ou entrega do ensino pós-secundário" (KNIGHT, 2015, p. 2).A internacionalização também é uma forma de responder às demandas da globalização, de modo que as instituições de ensino superior a estabelecem como parte de seus planos de desenvolvimento (ALCÓN, 2011), embora deva ser observado que a internacionalização não deve ser considerada uma meta em si mesma (DE WIT, 2011), mas deve servir para que os alunos desenvolvam habilidades em aspectos globais, internacionale intercultural.Para que ela cumpra seu propósito, a internacionalização pode ser concretizada de diferentes formas nas instituições de ensino. Por exemplo, você pode falar sobre internacionalização em casa, que consiste em integrar intencionalmente o internacional e intercultural ao currículo, para que todos os alunos participem de ambientes de aprendizagem doméstica (BEELEN; JONES, 2015). Da mesma forma, há a internacionalização do currículo, em que as dimensões do intercultural, internacional e global estão integradas aos resultados do currículo, ou seja, aos resultados de aprendizagem, métodos de ensino, serviços de avaliação e
image/svg+xmlCursos de curta duração no exterior: Aprendizagens obtidaspor estudantes de pós-graduação em educaçãoRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145052579apoio, com o objetivo de que os alunos desenvolvam habilidades sociais e profissionais que lhes permitam funcionar em contextos internacionais e multiculturais (GREEN;MERTOVA, 2016; LEASK, 2015). Outra forma de promover a internacionalização é a mobilidade mais difundida, seja de estudantes, acadêmicos, pesquisadores, gestores ou funcionários administrativos (CHANTRAIN, 2010; FRANCO-LEAL;SOETANTO;CAMELO-ORDAZ, 2016; GARCIA, 2013).Especificamente na mobilidade estudantil,estudantes de graduação e pós-graduação realizam estágios, cursos de curta duração e residências acadêmicas fora de sua instituição. Se a estadia for cumprida em um país estrangeiro constitui um importante instrumento para a formação integral do futuro profissional, a oportunidade de aprender outra língua, conhecer e conviver com pessoas pertencentes a diferentes culturas.Da mesma forma, permite aproveitar a presença de estudantes estrangeiros ou de nacionais que retornam do exterior com diferentes experiências para enriquecer os alunos locais (ANUIES, [21--]).Este artigo apresenta a experiência de mobilidade estudantil vivenciada por um grupo de 31 alunos matriculados em um mestrado em Educação, oferecido na Universidade CETYS. O objetivo que se busca ser alcançado é identificar o aprendizado que os alunos adquiriram com sua experiência de internacionalização.Internacionalização na Universidade CETYS: curso de verão do Mestrado em EducaçãoA UniversidadeCETYS é uma instituição privada com três campi no noroeste do México. Oferece programas em diferentes áreas do conhecimento nos níveis preparatório, de graduação, pós-graduação e educação continuada. Para a instituição, a internacionalização éum dos elementos diferenciais e, como tal, é oferecida a estudantes de todos os níveis educacionais. O objetivo com esse elemento é alcançar a "internacionalização para todos" (GÁRATE;ROCHA, 2011, p. 42)através de diversas estratégias.No caso do Mestrado em Educação, que é um programa profissionalizador, uma das formas pelas quais a internacionalização é alcançada é por meio da mobilidade estudantil, especificamente com curtas estadias no exterior, que são oferecidas anualmente. Embora as curtas estadias sejam promovidas entre todos os alunos matriculados no programa, aqueles que são capazes e decidem fazê-lo participam. Isso implica fazer o pagamento da mensalidade e, além disso, absorver as despesas da viagem.O curso de verão de 2017 contou com a participação de 31 alunos. O papel da instituição perante os alunos é coordenar as atividades acadêmicas, bem como algumas atividades sociais e culturais complementares, que são de responsabilidade do professor designado como acompanhante. O professor responsável dá
image/svg+xmlJosé Luis BONILLA ESQUIVEL eMelanie Elizabeth MONTES SILVARIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145052580informações sobre o curso e a viagem, acompanha o processo de matrícula e viaja com os alunos para servir como guia, ligação e orientador. O tema do assunto muda anualmente, de acordo com as opções das instituições receptoras, mas é sempre equivalente a um assunto do programa, uma vez que o número de horas é semelhante e o tema está vinculado ao conteúdo do programa. Em 2017 foi oferecido o curso Neurociência em Educação, com duração de cinco sessões organizadas em uma semana. Geralmente o curso é feito em uma universidade na Espanha, mas graças a acordos institucionais e negociações, pela primeira vez houve duas instituições receptoras: a Universidade de Salamanca, na Espanha, onde o grupo participou de atividades por três dias, e a Universidade de Coimbra, em Portugal, onde os alunos realizaram atividades por dois dias. A dinâmica foi planejada de tal forma que os professores especialistas apresentaram sessões de palestras sobre os diversos aspectos do tema proposto. A frequência nas aulas e o cumprimento da solicitação nelas representaram 60% da nota do curso; os 40% restantes foram determinados com a nota atribuída a um trabalho final integrativo, no qual foram solicitados os seguintes elementos: (1) relatório dos temas abordados em cada uma das sessões; (2) recuperação, reflexão e identificação das principais lições aprendidas, e (3) uma seção opcional, como bônus, na qual poderiam compartilhar questões adicionais, porexemplo, suas experiências e os desafios que enfrentaram. MétodoPara conhecer a perspectiva dos participantes sobre os aprendizados que alcançaram com o curso internacional de verão, o trabalho que geraram foi analisado como relatório final. Especificamente nas duas seções que refletiram em seus aprendizados. Uma vez que o corpus foi formado pelos textos dos 30 alunos que entregaram o trabalho final, foi realizada uma análise de conteúdo qualitativo (MAYRING, 2014).No primeiro ciclo de codificação, utilizou-se uma análise do tipo dedutivo, o segundo foi do tipo indutivo (Saldaña, 2016).Ou seja, no início buscamos categorizar a aprendizagem de acordo com seu tipo de conteúdo: (1) conceitual, que são fatos ou conceitos; (2) processual, processual, processual ou técnica; (3) atitudinal, que são atitudes, valores ou normas, e (4) conteúdos socioafetivos, vinculados às habilidades sociais, afetivas e comportamentais (GALLEGO;SALVADOR, 2009, p. 144-145). Posteriormente, os dados foram novamente categorizados, em um segundo ciclo de codificação; desta vez, com base nas informações que surgiram no trabalho dos alunos.
image/svg+xmlCursos de curta duração no exterior: Aprendizagens obtidaspor estudantes de pós-graduação em educaçãoRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145052581A apresentação dos resultados será feita de forma descritiva, indicando os principais aspectos derivados da análise, e será enriquecida com a recuperação de fragmentos extraídos verbalmentedas obras preparadas pelos alunos.ResultadosOs trabalhos analisados refletem que os alunos do Mestrado em Educação que participaram do curso de verão no exterior têm uma avaliação positiva da experiência. Eles descrevem como "gratificante", apontam que isso despertou seu "espanto" e dizem que se sentem "satisfeitos". Quanto à instituição, eles reconhecem que tiveram acompanhamento durante o processo, desde "a primeira sessão informativa até o final da viagem"; também identificam que foram feitas "'pressões' para enviar todos os requisitos" e apreciamque o professor que acompanhava lhes deu conselhos de viagem, interagiu em um ambiente de "confiança para expressar dúvidas" e promoveu "excelente comunicação". Quanto à sua experiência pessoal, alguns valorizam que pela primeira vez viajaram para a Europa e há aqueles que ficaram impressionados, por exemplo, porque "Miguel de Cervantes Saavedra e Cristóbal Colón caminharam pelos corredores da Universidade de Salamanca", pela infraestrutura dos laboratórios e por terem "a oportunidade de conhecer uma das bibliotecas mais impressionantes do mundo". Há alunos que relatam apreciar a qualidade e o carinho do trabalho dos professores que os receberam, como mostra o trecho a seguir: "[um] aspecto que aprendi foi a humildade dos professores, a vontade de dar tempo de qualidade, não só no curso, mas ao convidar seus alunos para comer". Por outro lado, outros alunos comparam e apreciam o que é oferecido em sua própria universidade, como evidenciado pelo que é afirmado por um aluno: "Ouso dizer que vários de nossos professores superam em qualidade e conteúdo o que conseguimos viver no exterior". Além das experiências, um aspecto relevante é que todos os alunos consideram que alcançaram a aprendizagem. Os aprendizados identificados são então classificados, organizadosde acordo com o tipo de conteúdo a que correspondem.
image/svg+xmlJosé Luis BONILLA ESQUIVEL eMelanie Elizabeth MONTES SILVARIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145052582Aprendizagem deconteúdosconceituaisA aprendizagem conceitual é a que mais se destaca, pois os alunos fazem uma recuperação dos temas aprendidos, como neurociências, neuro-educação, dislexia, aprendizagem, entre outros. Além disso, eles aludem a frases textuais que foram mencionadas no curso e foram significativas para eles, como estas: "Não só você precisa de professores para ensinar, você também tem que fazer os alunos aprenderem" ou "As neurociências nos dizem que há tantas maneiras de aprender quanto há pessoas no mundo".Algo que se destaca é que, embora alguns aspectos do curso tenham sido significativos, relevantes e atraentes para alguns participantes, para outros foram confusos ou pouco atraentes, por exemplo, o tema do "cientismo" e a relação entre neurociências e educação. Essa percepção diferenciada dos conteúdos do curso se deve a três fatores principais. Em primeiro lugar, para o treinamento prévio dos alunos. Para aquelesque não tinham conhecimento prévio dos temas, o curso foi particularmente complicado; por outro lado, aqueles que tinham conhecimento prévio assimilaram melhor os temas, como aconteceu com um aluno do Mestrado em Educação que é médico e conseguiu "entender melhor as informações que os cientistas abordaram". Em segundo lugar, um fator importante foram seus interesses pessoais ou o gosto que cada um tem antes desses temas, como aconteceu com um aluno que aponta: "Pessoalmente, eu não sou fã da ciência e devomencionar que foi um pouco difícil para mim entendê-lo". Em terceiro lugar, pode ser apontado como fator para considerar sua motivação para participar da estadia, já que há aqueles que reconhecem o interesse pelo assunto, enquanto outros apontam outras motivações, como evidenciado pelo que foi relatado por um aluno: "Decidi fazer o curso de verão, em primeira instância e ser honesto, para evitar tirar um assunto e ter fins de semana de folga".Também é relevante que alguns identificaram possíveis formas detransferir sua aprendizagem, especialmente aqueles que são professores, enquanto há aqueles que veem uma aplicação mais ampla, uma vez que consideram que professores, instituições e autoridades correspondentes devem estar atentos à importância dos processos neurais, não apenas para poder transmitir conhecimento dentro da sala de aula, mas também para a gestão administrativa das mesmas entidades escolares, relações com outros professores e com a própria sociedade.Claro, houve também aprendizados conceituais de aspectos não acadêmicos, mas culturais. Por exemplo, um aluno aprendeu que "cervejas são chamadas ‘cañas’, para canudos ‘paja’, bancos são ‘totas’ e que as rotatórias são ‘rotondas’”.
image/svg+xmlCursos de curta duração no exterior: Aprendizagens obtidaspor estudantes de pós-graduação em educaçãoRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145052583Aprendendo conteúdosprocessuaisNão foi detectado conhecimento de procedimentos e técnicas relacionadas às questões acadêmicas, o que é compreensível porque as aulas eram eminentemente teóricas. No entanto, houve aprendizados processuais relacionados ao planejamento e desenvolvimento da viagem: logística dos locais para visitar antes ou depois do curso, economizando por um período de até sete meses para poder pagar a viagem, organizando a documentação necessária, cumprindo os requisitos nos horários estabelecidos, organizando trabalhos e questões familiares para poder fazer a viagem, usar transporte público de outro país. Além das questões ordinárias envolvidas em viagens internacionais, houve um caso extraordinário, como pode ser visto na seguinte descrição:Definitivamente, essa viagem e este curso deixaram aprendizados importantes em mim. Na primeira semana (sic.) na Espanha minha documentação e dinheiro foram roubados. No começo eu estava aterrorizado e queria voltar imediatamente para o México; no entanto,teria sido muito covarde se eu tivesse virado o problema e não confrontado. Foi difícil, já que eu estava sozinha [...], mas considero que meu cérebro desenvolveu novas estratégias, ou, a partir da necessidade, meu cérebro criou novas conexões para poder viver esse tempo.Duas questões se destacam do fragmento anterior. Por um lado, há uma identificação explícita da aprendizagem adquirida após a experiência, que pode ser classificada como processual. Por outro lado, há um esforço intencional por parte do aluno para utilizar os conceitos aprendidos no curso, e não foi o único caso, o mesmo acontece com outros participantes do curso, embora em contextos menos desafiadores.Aprendendo com conteúdo atitudinaisHá aprendizados de natureza pessoal, especialmente ligados à oportunidade de crescimento, autodescoberta e empoderamento, conforme ilustrado no seguinte fragmento: Eu tinha que ser mais organizado, aprender a confiar mais em mim mesmo e as decisões que tomo, da mesma forma, estar longe de casa me ajudaram a ser mais independente, saber ser econômico, cuidar de mim mesmo e perceber que posso fazer as coisas sozinho, que não preciso estar acompanhado de ninguém para arriscar.A experiência dos valores também é identificada, especialmente na interação com os pares. Isso é evidenciado quando os alunos apontaram em seu trabalho que eles precisavam ser respeitosos, generosos, tolerantes e pacientes, especialmente com seus pares.
image/svg+xmlJosé Luis BONILLA ESQUIVEL eMelanie Elizabeth MONTES SILVARIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145052584Os alunos também reforçaram atitudes e reproduziram estereótipos em relação aos habitantes das cidades que visitaram. Esse tipo de comentário foi repetitivo, por exemplo, em duas obras diferentes foram apresentadas as seguintes frases: "Descobri que não é um mito que os franceses cheiram feio ou que não tomam banho" e "Sem dúvida o choque cultural era mais perceptível com os espanhóis e sua eterna baixa autoestima". No mesmo trabalho do qual o último fragmento é extraído, uma série de frases que o aluno afirma ter recebido durante sua viagem pela Espanha são apresentadas, como esta: "Mas você não é negro, tem certeza que é mexicano?" Como você pode ver, estereótipos são reproduzidos em ambos os sentidos, como visto nas obras geradas pelos alunos.Aprendendo com conteúdo socioafetivoA aprendizagem socioafetiva é, após o aprendizado conceitual, as que mais identificam os alunos. Eles relatam ter aprendido a conviver com pessoas diferentes, com quem não teriam pensado em se relacionar, e fizeram isso tanto pelo planejamento quanto durante a viagem. O acima é ilustrado no seguinte comentário: conhecer novos amigos-companheiros de aventura, com todos os tipos de experiências, que apesar de ter idades muito diferentes, personalidades e não se conhecerem, a experiência por si só nos uniu e nos permitiu nos aproximar, conhecer e valorizar a nós mesmos como pessoas.Por meio do encerramentoA mobilidade internacional vivenciada por 31 alunos do Mestrado em Educação foi breve, apenas uma semana, apesar de os participantes relatarem ter obtido um amplo aprendizado de natureza diversificada. Isso inclui questões acadêmicas e profissionais, oportunidades de crescimento pessoal e experiências de vida. A experiência não foi a mesma para todos, cada aluno destacou em seu trabalho integrativo o que lhe era relevante e se tornou o oposto do que foi identificado por outro colega de classe. Há aqueles que até reforçaram estereótipos, o que não foi um objetivo da experiência. Apesar deste último, o mais relevante sobre a mobilidade internacional é que houve aprendizados identificados por todos os participantes, alguns que poderiam ser transferidos, outros que os alimentam intelectual ou pessoalmente. Por tudo isso, são recomendadas experiências internacionais de mobilidadeestudantil, tanto para estudantes quanto para instituições de ensino superior.
image/svg+xmlCursos de curta duração no exterior: Aprendizagens obtidaspor estudantes de pós-graduação em educaçãoRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145052585REFERÊNCIASALCÓN, E. La internacionalización de los estudiantes universitarios. La cuestión Universitaria, n. 7, p. 32-39, 2011.ANUIES. Movilidad estudiantil. [21--]. Disponível em:http://www.anuies.mx/programas-y-proyectos/cooperacion-academica-nacional-e-internacional/cooperacion-academica-internacional/movilidad-estudiantil.Acesso em: 10 set. 2020.BEELEN, J.;JONES, E. Redefining internationalization at home. In:CURAJ, A.;MATEI, L.;PRICOPIE, R.;SALMI, J.; SCOTT, P. (Eds.).The European higher education area. Between critical reflections and future policies. Springer, Cham, 2015.p. 59-72.DOI: https://link.springer.com/chapter/10.1007%2F978-3-319-20877-0_5CHANTRAIN, H. Mobility of students, academic and administrative staff: A basis for establishing a European Higher Education area. Folia Phoniatrica et Logopaedica, v. 62, n. 5, p. 234-237. DOI: https://doi.org/10.1159/000314786DE WIT, H. Globalización e internacionalización de la educación superior RUSC. Universities and Knowledge Society Journal, v. 8, n. 2, p. 77-84. Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=78018793007. Acesso em: 10 set. 2020.FRANCO-LEAL, N.; SOETANTO, D.; CAMELO-ORDAZ, C. Do they matter? The role of non-academics in the internationalization of academic spin-offs. Journal of International Entrepreneurship, v. 14, n. 3, p. 410-440, 2016.DOI: https://doi.org/10.1007/s10843-016-0184-xGALLEGO, J. L.; SALVADOR, F. Contenidos y competencias básicas en el proceso didáctico. In:MEDINA, A.;SALVADOR, F.(Eds.).Didáctica general. 2. ed. Madrid, España: Pearson Prentice Hall y UNED, 2009. p.139-166.GÁRATE, A.; ROCHA, J. (Eds.). Plan de desarrollo CETYS 2020. 2011. Disponível em:http://www.cetys.mx/wp-content/uploads/2017/02/PlanFINAL.pdf. Acesso em: 10 set. 2020.GARCÍA, J. J. Movilidad estudiantil internacional y cooperación educativa en el nivel superior de educación. Revista Iberoamericana de Educación, v. 61, p. 59-76, 2013. DOI: https://doi.org/10.35362/rie610600GREEN, W.;MERTOVA, P. Transformalists and transactionists: towards a more comprehensive understanding of academics’ engagement with “internationalisation of the curriculum”. Research in Comparative and International Education, v. 11, n. 3, p. 229-246, 2016.DOI: https://doi.org/10.1177/1745499916662372KNIGHT, J. Updating the definition of internationalization. International Higher Education, v. 33, n. 6, p. 2-3, 2015. DOI: https://doi.org/10.6017/ihe.2003.33.7391LANDINELLI, J. El sentido de la internacionalización universitaria en los procesos de integración regional. Boletin IESALC Informa de Educación Superior, n. 211, 2010. Disponível em: http://www.unesco.org.ve/index.php?option=com_content&view=article&id=2421%3Ael-
image/svg+xmlJosé Luis BONILLA ESQUIVEL eMelanie Elizabeth MONTES SILVARIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145052586sentido-de-la-internacionalizacion-universitaria-en-los-procesos-de-integracion-regional&catid=126%3Anoticias-pagina-nueva&Itemid=712&lang=es.Acesso em: 10 set. 2020.Leask, B. Internationalizing the curriculum. Estados Unidos: Routledge, 2015.MAYRING,P. Qualitative content analysis: theoretical foundation, basic procedures and software solution. Klagenfurt, Austria:Social Science Open Access Repository. Disponível em: http://nbn-resolving.de/urn:nbn:de:0168-ssoar-395173. Acesso em: 10 set. 2020.SALDAÑA, J. The coding manual for qualitative researchers. 3. ed. Londres, Inglaterra: SAGE, 2016.Como referenciar este artigoBONILLA ESQUIVEL, J. L.; MONTES SILVA, M. E. Cursos breves en el extranjero: Aprendizajes logrados por estudiantes de posgrado en educación. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, dez., 2020.e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14505Enviado em:10/09/2019Revisões em: 10/01/2020Aprovado em: 30/04/2020Publicadoem: 01/12/2020
image/svg+xmlCursos breves en el extranjero: aprendizajes logrados por estudiantes de posgrado en educaciónRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145052577CURSOS BREVES EN EL EXTRANJERO: APRENDIZAJES LOGRADOS POR ESTUDIANTES DE POSGRADO EN EDUCACIÓNCURSOS DE CURTA DURAÇÃO NO EXTERIOR: APRENDIZAGENS OBTIDAS POR ESTUDANTES DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃOSHORT COURSES ABROAD: LEARNINGS OBTAINED BY POSTGRADUATE STUDENTS IN EDUCATIONJosé Luis BONILLA ESQUIVEL1Melanie Elizabeth MONTES SILVA2RESUMEN: La movilidad académica es una estrategia para lograr la internacionalización y contribuye a responder a las exigencias de la globalización. Este trabajo reporta los aprendizajes logrados por 31 estudiantes mexicanos de un programa profesionalizante de Maestría en Educación, quienes tomaron un curso breve, de una semana, en la Universidad de Salamanca y en la Universidad de Coimbra. El método consistió en realizar análisis de contenido cualitativo a los trabajos finales de los estudiantes, específicamente a los apartados reflexivos que les fueron solicitados. El resultado permite identificar aprendizajes de naturaleza diversa: (1) conceptuales, principalmente los propios del curso; (2) procedimentales, por la planeación del viaje; (3) actitudinales, como crecimiento personal, vivencia de valores y reproducción de estereotipos, y (4) socioafectivos, por la convivencia. Como conclusión se establece la relevancia y significado de viajes de estudio de este tipo, que, a pesar de su brevedad, conllevan aprendizajes cuantiosos y de diversa naturaleza.PALABRAS CLAVE:Internacionalización. Movilidad estudiantil. Estudiantede Posgrado. Aprendizaje.RESUMO:A mobilidade acadêmica é uma estratégia para alcançar a internacionalização e ajuda a atender às demandas da globalização. Este trabalho relata os aprendizados alcançados por 31 estudantes mexicanos de um programa de mestrado profissionalizante, que fez um curso curto de uma semana na Universidade de Salamanca e na Universidade de Coimbra. O método consistiu na realização da análise de conteúdo qualitativo ao trabalho final dos alunos, especificamente as seções reflexivas solicitadas. O resultado permite identificar aprendizados de natureza diferente: (1) conceitual, principalmente os do curso; (2) processual, pelo planejamento da viagem; (3) atitudes, como crescimento pessoal, experiência de valores e reprodução de estereótipos, e (4) sociofetiva, pela convivência. A conclusão estabelece a relevância e a significância das viagens de estudo desse tipo, que, apesar de sua brevidade, envolvem grandes aprendizados de natureza diferente.1Centro de Enseñanza Técnica y Superior (CETYS),TijuanaBaja California México. Director del Colegio de Ciencias Sociales y Humanidades y coordinador académico del Doctorado en Educación a nivel sistema. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1944-857X. E-mail: joseluis.bonilla@cetys.mx2Centro de Enseñanza Técnica y Superior (CETYS), Tijuana Baja California México. Coordinadora académica del Doctorado en Educación. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0499-0537. E-mail: melanie.montes@cetys.mx
image/svg+xmlJosé Luis BONILLA ESQUIVEL yMelanie Elizabeth MONTES SILVARIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145052578PALAVRAS-CHAVE:Internacionalização. Mobilidade estudantil. Estudante de pós-graduação. Aprendizagem.ABSTRACT:Academic mobility is a strategy for achieving internationalization and helps to meet the demands of globalization. This paper reports the learning achieved by 31 Mexican students from a professional Master's program in Education, who took a short, one-week course at the University of Salamanca and the University of Coimbra. The method consisted in performing qualitative content analysis of the students' final papers, specifically the reflective sections that were requested. The result allows identifying learning of diverse nature: (1) conceptual, mainly those of the course; (2) procedural, by the planning of the trip; (3) attitudinal, as personal growth, experience of values and reproduction of stereotypes, and (4) socio-affective, by the coexistence. As a conclusion, the relevance and meaning of study trips of this type is established, which, in spite of their brevity, entails substantial learning of diverse nature.KEYWORDS:Internationalization. Student mobility. Postgraduate student. Learning.Internacionalización y movilidad estudiantilLas instituciones de Educación Superior no se pueden limitar al ámbito de lo local, por ello se espera que adopten dimensiones internacionales e interculturales para alcanzar el diálogo e interacción de la enseñanza, la investigación y el servicio (LANDINELLI, 2010). En este contexto se vuelve relevante hablar de la internacionalización y de la movilidad académica. De acuerdo con Knight (2015), el término internacionalización no es nuevo, pero sí debe ser claramente entendido y reformulado para atender diversas dimensiones que caracterizan el siglo XXI. Para tal efecto, la autora propone la siguiente definición de trabajo para este concepto: “La internacionalización a nivel nacional, sectorial e institucional se define como el proceso de integración de una dimensión internacional, intercultural o global en el propósito, las funciones o la entrega de la educación postsecundaria” (KNIGHT, 2015, p. 2). La internacionalización es, además, una forma de responder a las exigencias de la globalización, por lo que las instituciones de educación superior la establecen como parte de sus planes de desarrollo (ALCÓN, 2011), aunque cabe precisar que la internacionalización no debe ser considerada una meta en sí misma (DE WIT, 2011), sino que debe servir para que los estudiantes desarrollen competencias sobre aspectos globales, internacionales e interculturales.Para que cumpla su propósito, la internacionalización puede ser concretada de diferentes formas en las instituciones educativas. Por ejemplo, se puede hablar de la internacionalización en el hogar, que consiste en integrar, de manera intencional, lo internacional y lo intercultural al plande estudios, para que participen todos los estudiantes en entornos domésticos de
image/svg+xmlCursos breves en el extranjero: aprendizajes logrados por estudiantes de posgrado en educaciónRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145052579aprendizaje (BEELEN;JONES, 2015). Asimismo, existe la internacionalización del currículo, en la que se integran las dimensiones de lo intercultural, internacional y global alos resultados del currículo, esto es, a los resultados de aprendizaje, los métodos de enseñanza, la evaluación y los servicios de apoyo, con el propósito de que los estudiantes desarrollen habilidades sociales y profesionales que les permitan desenvolverse en contextos internacionales y multiculturales (GREEN;MERTOVA, 2016; LEASK, 2015). Otra forma de promover la internacionalización es la más ampliamente difundida, la movilidad, ya sea de estudiantes, académicos, investigadores, directivos o personal administrativo (CHANTRAIN, 2010; FRANCO-LEAL;SOETANTO;CAMELO-ORDAZ, 2016; GARCÍA, 2013). Específicamente en la movilidad estudiantil,los estudiantes de licenciatura y posgrado realizan prácticas, cursos cortos y residencias académicas fuera de su institución. Si la estancia se cumple en un país extranjero constituye un instrumento importante para la formación integral del futuro profesional, la oportunidad de que aprenda otro idioma, conozca y conviva con personas pertenecientes a culturas diferentes.Igualmente, permite aprovechar la presencia de estudiantes extranjeros o de los nacionales que regresan del extranjero con diversas experienciaspara enriquecer a los educandos locales (ANUIES, [21--]).En este trabajo se presenta la experiencia de movilidad estudiantil que vivió un grupo de 31 estudiantes inscritos en un programa de Maestría en Educación, ofrecido en CETYS Universidad. El objetivo que se busca alcanzar es identificar los aprendizajes que adquirieron los estudiantes con su experiencia de internacionalización.Internacionalización en CETYS Universidad: curso de verano de la Maestría en EducaciónCETYS Universidad es una institución privada que cuenta con tres campus en el Noroeste de México. Ofrece programas en diferentes áreas de conocimiento a nivel preparatoria, licenciatura, posgrado y educación continua. Para la institución, la internacionalización es uno de los elementos diferenciadores y, como tal, se ofrece a los estudiantes de todos los niveles educativos. La meta con este elemento es lograr la “internacionalización para todos” (GÁRATE;ROCHA, 2011, p. 42)mediante diversas estrategias.Enel caso de la Maestría en Educación, que es un programa profesionalizante, una de las formas en las que se logra la internacionalización es mediante la movilidad estudiantil, específicamente con estancias cortas en el extranjero, las cuales se ofrecen anualmente. Aunque
image/svg+xmlJosé Luis BONILLA ESQUIVEL yMelanie Elizabeth MONTES SILVARIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145052580las estancias cortas se promueven entre todos los estudiantes inscritos al programa, participan quienes están en condiciones y deciden hacerlo. Esto implica realizar el pago por la matrícula y, adicionalmente, absorber los gastos propios del viaje. Al curso de verano de 2017 asistieron 31 estudiantes. El papel de la institución ante los estudiantes es coordinar las actividades académicas, así como algunas actividades sociales y culturales complementarias, las cuales son responsabilidad de u profesor asignado como acompañante. El docente responsable da información sobre el curso y el viaje, da seguimiento al proceso de inscripción y viaja con los estudiantes para fungir como guía, enlace y asesor. La temática de la asignatura cambia anualmente, según las opciones de las instituciones receptoras, pero siempre se hace equivalente por una materia del programa, pues la cantidad de horas es similar y el tema se vincula con los contenidos del programa. En 2017 se ofreció el curso Neurociencia en la educación, con duración de cinco sesiones organizadas en una semana. Generalmente el curso se hace en una universidad de España, pero gracias a los convenios y negociaciones institucionales, por primera vez fueron dos las instituciones receptoras: la Universidad de Salamanca, en España, en donde el grupo participó en actividades durante tres días, y la Universidad de Coimbra, en Portugal, donde los estudiantes realizaron actividades por dos días. La dinámica se planeó de forma tal que los profesores expertos presentaran sesiones magistrales sobre los diversos aspectos de la temática propuesta. La asistencia a clases y el cumplimiento con lo solicitado en ellas representaba el 60% de la calificación del curso; el 40% restante se determinó con la calificaciónasignada a un trabajo final integrador, en el que se solicitaron los siguientes elementos: (1) reporte de los temas abordados en cada una de las sesiones; (2) recuperación, reflexión e identificación de los principales aprendizajes adquiridos, y (3) un apartado opcional, a manera de bono, en el que podían compartir cuestiones adicionales, por ejemplo, sus experiencias y los retos que enfrentaron. MétodoA fin de conocer la perspectiva de los participantes sobre los aprendizajes que lograron con el curso internacional de verano, se analizaron los trabajos que generaron como reporte final. Específicamente en las dos secciones que reflexionaban sobre sus aprendizajes. Una vez conformado el corpus por los textos de los 30 estudiantes que entregaron el trabajo final, se procedió a realizar un análisis de contenido cualitativo (MAYRING, 2014). En el primer ciclo de codificación se recurrió a un análisis de tipo deductivo, el segundo fue de
image/svg+xmlCursos breves en el extranjero: aprendizajes logrados por estudiantes de posgrado en educaciónRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145052581tipo inductivo (Saldaña, 2016). Esto es, en un primer momento se buscó categorizar los aprendizajes según su tipo de contenido: (1) conceptuales, que son hechos o conceptos; (2) procedimentales, vinculados con procedimientos o técnicas; (3) actitudinales, que son actitudes, valores o normas, y (4) contenidos socioafectivos, vinculados con las habilidades sociales, afectivas y comportamentales (GALLEGO;SALVADOR, 2009, p. 144-145). Posteriormente los datos fueron nuevamente categorizados, en un segundo ciclo de codificación; esta vez, con base en la información que emergió en los trabajos de los estudiantes.La presentación de los resultados se hará de forma descriptiva, señalando los principales aspectos derivados del análisis, y se enriquecerá con la recuperación de fragmentos extraídostextualmente de los trabajos elaborados por los estudiantes.ResultadosLos trabajos analizados reflejan que los estudiantes de la Maestría en Educación que participaron en el curso de verano en el extranjero tienen una valoración positiva de la experiencia. La describen como “gratificante”, señalan que despertó su “asombro” ymanifiestan sentirse “satisfechos”. En cuanto a la institución, reconocen que contaron con acompañamiento durante el proceso, desde “la primera sesión informativa hasta que finalizó el viaje”; también identifican que se les hizo “‘presión’ para el envío de todos los requisitos” y agradecen que el docente acompañante les diera consejos de viaje, interactuara en un ambiente de “confianza para expresar dudas” y promoviera una “excelente comunicación”. En cuanto a su experiencia personal, algunos valoran que por primera vez viajaron a Europa y hay quienes se manifestaron impresionados, por ejemplo, porque “por los pasillos de la Universidad de Salamanca se pasearon Miguel de Cervantes Saavedra y Cristóbal Colón”, por la infraestructura de los laboratorios y portener “la oportunidad de conocer una de las bibliotecas más impresionantes en el mundo”. Hay estudiantes que señalan apreciar la calidad y calidez del trabajo de los docentes que los recibieron, como se muestra en el siguiente fragmento: “[un] aspecto que aprendí fue la humildad de los maestros, la disposición para dar tiempo de calidad, no solamente en el curso, sino al invitar a sus alumnos a comer”. En cambio, otros estudiantes comparan y aprecian lo que se ofrece en su propia universidad, como se evidencia en lo expuesto por un estudiante: “me atrevo a decir que varios de nuestros maestros superan en calidad y contenido a lo que pudimos vivir en el extranjero”.
image/svg+xmlJosé Luis BONILLA ESQUIVEL yMelanie Elizabeth MONTES SILVARIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145052582Además de las experiencias, un aspecto relevante es que todos los estudiantes consideran que lograron aprendizajes. Enseguida se clasifican los aprendizajes identificados, organizados según el tipo de contenido al que corresponden. Aprendizajes de contenidos conceptualesLos aprendizajes de tipo conceptual son los que más destacan, pues los estudiantes hacen una recuperación de los temas aprendidos, como neurociencias, neuroeducación, dislexia, aprendizaje, entre otros. Además, hacen alusión a frases textuales que se mencionaron en el curso y fueron significativas para ellos, como estas: “No solo se necesitan profesores que enseñen, también hay que lograr que los alumnos aprendan” o “Las neurociencias nos dicen que hay tantas formas de aprender como personas hay en el mundo”.Algo que destaca es que, mientras algunos aspectos del curso fueron significativos, relevantes y atractivos para algunos participantes, para otros resultaron confusos o poco atractivos, por ejemplo, el tema del “cientificismo” y la relación entre neurociencias y educación. Esta percepción diferenciada de los contenidosdel curso se debe a tres factores principales. En primer lugar, a la formación previa de los estudiantes. A quienes no tenían conocimientos previos sobre los temas el curso les resultó particularmente complicado; en cambio, quienes sí tenían conocimientosprevios asimilaron los temas de mejor manera, como ocurrió con un estudiante de la Maestría en Educación que es médico y pudo “comprender mejor la información que abordaban los científicos”. En segundo lugar, un factor importante fueron sus intereses personales o el gusto que cada quien tiene ante ese tipo de temas, como ocurrió con una estudiante quien señala: “En lo personal no soy fan de la ciencia y debo mencionar que sí se me dificultó un poco entenderla”. En tercer lugar, se puede señalar como factora considerar su motivación para participar en la estancia, pues hay quienes reconocen interés por la temática, mientras que otros señalan otras motivaciones, como evidencia lo reportado por una estudiante: “decidí tomar el curso de verano, en primera instancia y siendo honesta, para evitar tomar una materia y tener fines de semana libres”.También es relevante que algunos identificaron posibles formas de transferir sus aprendizajes, sobre todo quienes son docentes, mientras que hay quien ve una aplicación más amplia, pues considera que los docentes, las instituciones y autoridades correspondientes deben tener consciencia de la importancia de los procesos neuronales, no solo para poder trasmitir conocimiento dentro del aula, sino también para
image/svg+xmlCursos breves en el extranjero: aprendizajes logrados por estudiantes de posgrado en educaciónRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145052583el manejo administrativo de las mismas entidades escolares, las relaciones con otros profesores y con la sociedad misma.Por supuesto que también hubo aprendizajes conceptuales de aspectos no académicos, pero sí culturales. Por ejemplo, un estudiante aprendió que “a las cervezas se les llaman ‘cañas’, a los popotes ‘paja’, los bancos son ‘totas’ y que las glorietas son ‘rotondas’”.Aprendizajes de contenidos procedimentalesNo se detectaron aprendizajes de procedimientos y técnicas vinculados con cuestiones académicas, lo cual es entendible porque las clases fueron eminentemente teóricas. No obstante, sí hubo aprendizajes procedimentales vinculados con la planeación y el desarrollo del viaje: logística de los lugares a visitar antes o después del curso, ahorrar por un lapso de hasta siete meses para poder costear el viaje, organizar la documentación necesaria, cumplir con los requisitos en los tiempos establecidos, organizar cuestiones laborales y familiares para poder realizar el viaje, usar el transporte público deotro país. Además de las cuestiones ordinarias que implica un viaje internacional, se dio un caso extraordinario, como se aprecia en la siguiente descripción:Definitivamente, este viaje y este curso dejaron importantes aprendizajes en mí. En la primer semana (sic.) en España fueron robados mi documentación y mi dinero. Al inicio me atemoricé y quise regresar de inmediato a México; sin embargo, hubiera sido muy cobarde si le hubiera sacado la vuelta al problema y no lo hubiera enfrentado. Fue difícil, ya que estaba solo […], pero considero que mi cerebro desarrolló nuevas estrategias, o bien, a partir de la necesidad, mi cerebro creó nuevas conexiones para poder vivir ese tiempo.Del fragmento anterior destacan dos cuestiones. Por un lado, hay una identificación explícita de aprendizajes adquiridos luego de la experiencia, los cuales pueden ser clasificados como de tipo procedimental. Por otro lado, se aprecia un esfuerzo intencionado de parte del estudiante por usar los conceptos aprendidos en el curso, y no fue el único caso, ocurre lo mismo con otros participantes del curso, aunque en contextos menos desafiantes.Aprendizajes de contenidos actitudinalesHay aprendizajes de índole personal, sobre todo vinculadas con la oportunidad de crecimiento, autodescubrimiento y empoderamiento, como se ilustra en el siguiente fragmento:
image/svg+xmlJosé Luis BONILLA ESQUIVEL yMelanie Elizabeth MONTES SILVARIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145052584Tuve que ser más organizada, aprender a confiar más en mí y en las decisiones que tomo, así mismo, el estar lejos de mi casa me ayudó a ser más independiente, saber serahorrativa, cuidarme y darme cuenta de que sí puedo hacer las cosas sola, que no necesito estar acompañada de nadie para arriesgarme.También se identifica la vivencia de valores, sobre todo en la interacción con los compañeros. Esto se evidencia en los cuando los estudiantes señalaron en sus trabajos que requirieron ser respetuosos, generosos, tolerantes y pacientes, especialmente con sus compañeros. Asimismo, los estudiantes reforzaron actitudes y reprodujeron estereotipos con respecto a los habitantesde las ciudades que visitaron. Este tipo de comentarios fueron reiterativos, por ejemplo, en dos trabajos diferentes se presentaron las siguientes frases: “comprobé que no es un mito que los franceses huelen feo o que no se bañan” y “Sin duda el choque cultural fue más notorio con los españoles y su eterna baja autoestima”. En el mismo trabajo del que se extrae el último fragmento se presentan una serie de frases que el estudiante afirma haber recibido durante su viaje por España, como esta: “Pero tú no estás negra, ¿segura que eres mexicana?”. Como se puede ver, los estereotipos se reproducen en ambos sentidos, según se vio en los trabajos generados por los estudiantes.Aprendizajes de contenidos socioafectivosLos aprendizajes de tipo socioafectivo son, después de los aprendizajes conceptuales, los que más identifican los estudiantes. Señalan haber aprendido a convivir con personas diferentes, con las que no hubieran pensado relacionarse, y lo hicieron tanto desde la planeación, como durante el viaje. Lo anterior se ilustra en el siguiente comentario: conocer nuevos amigos-compañeros de aventura, con toda clase de experiencias, que a pesar de tener muy distintas edades, personalidades y de no conocernos, la experiencia por sí misma nos unió y permitió acercarnos, conocernos y valorarnos como personas.A manera de cierreLa movilidad internacional que vivieron 31 estudiantes de la Maestría en Educación fue breve, de apenas una semana, a pesar de lo cual los participantes señalan haber obtenido aprendizajes cuantiosos y de diversa naturaleza. Esto incluye cuestiones académicas y profesionales, oportunidades de crecimiento personal y experiencias de vida. La experiencia no
image/svg+xmlCursos breves en el extranjero: aprendizajes logrados por estudiantes de posgrado en educaciónRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145052585fue igual para todos, cada estudiante destacó en su trabajo integrador aquello que le resultó relevante y llegó a ser opuesto a lo identificado por otro compañero. Hay quienes incluso reforzaron estereotipos, lo cual no era una meta de la experiencia. A pesar de esto último, lo más relevante de la movilidad internacional es que hubo aprendizajes identificados por todos los participantes, algunos que se podrían transferir, otros que los nutren intelectual o personalmente. Por todo esto, las experiencias de movilidad estudiantil internacional son recomendables, tanto para los estudiantes como para las instituciones de educación superior. REFERENCIASALCÓN, E. La internacionalización de los estudiantes universitarios. La cuestión Universitaria, n. 7, p. 32-39, 2011.ANUIES. Movilidad estudiantil. [21--]. Disponible en:http://www.anuies.mx/programas-y-proyectos/cooperacion-academica-nacional-e-internacional/cooperacion-academica-internacional/movilidad-estudiantil. Acceso en: 10 sep. 2020.BEELEN, J.;JONES, E. Redefining internationalization at home. In:CURAJ, A.;MATEI, L.;PRICOPIE, R.;SALMI, J.; SCOTT, P. (Eds.).The European higher education area. Between critical reflections and future policies. Springer, Cham, 2015.p. 59-72.DOI: https://link.springer.com/chapter/10.1007%2F978-3-319-20877-0_5CHANTRAIN, H. Mobility of students, academic and administrative staff: A basis for establishing a European Higher Education area. Folia Phoniatrica et Logopaedica, v. 62, n. 5, p. 234-237. DOI: https://doi.org/10.1159/000314786DE WIT, H. Globalización e internacionalización de la educación superior RUSC. Universities and Knowledge Society Journal, v. 8, n. 2, p. 77-84. Disponible en:https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=78018793007. Acceso en: 10 sep. 2020.FRANCO-LEAL, N.;SOETANTO, D.;CAMELO-ORDAZ, C. Do they matter? The role of non-academics in the internationalization of academic spin-offs. Journal of International Entrepreneurship, v. 14, n. 3, p. 410-440, 2016.DOI: https://doi.org/10.1007/s10843-016-0184-xGALLEGO, J. L.;SALVADOR, F. Contenidos y competencias básicas en el proceso didáctico. In:MEDINA, A.;SALVADOR, F.(Eds.).Didáctica general. 2. ed. Madrid, España: Pearson Prentice Hall y UNED, 2009.p.139-166.GÁRATE, A.;ROCHA, J. (Eds.). Plan de desarrollo CETYS 2020. 2011. Disponible em:http://www.cetys.mx/wp-content/uploads/2017/02/PlanFINAL.pdf. Acceso en: 10 sep. 2020.GARCÍA, J. J. Movilidad estudiantil internacional y cooperación educativa en el nivel superior deeducación. Revista Iberoamericana de Educación, v. 61, p. 59-76, 2013. DOI: https://doi.org/10.35362/rie610600
image/svg+xmlJosé Luis BONILLA ESQUIVEL yMelanie Elizabeth MONTES SILVARIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145052586GREEN, W.;MERTOVA, P. Transformalists and transactionists: towards a more comprehensive understanding of academics’ engagement with “internationalisation of the curriculum”. Research in Comparative and International Education, v. 11, n. 3, p. 229-246, 2016.DOI: https://doi.org/10.1177/1745499916662372KNIGHT, J. Updating the definition of internationalization. International Higher Education, v. 33, n. 6, p. 2-3, 2015. DOI: https://doi.org/10.6017/ihe.2003.33.7391LANDINELLI, J. El sentido de la internacionalización universitaria en los procesos de integración regional. Boletin IESALC Informa de Educación Superior, n. 211, 2010. Disponible en:http://www.unesco.org.ve/index.php?option=com_content&view=article&id=2421%3Ael-sentido-de-la-internacionalizacion-universitaria-en-los-procesos-de-integracion-regional&catid=126%3Anoticias-pagina-nueva&Itemid=712&lang=es. Acceso em: 10 sep. 2020.Leask, B. Internationalizing the curriculum. Estados Unidos: Routledge, 2015.MAYRING, P. Qualitative content analysis: theoretical foundation, basic procedures and software solution. Klagenfurt, Austria:Social Science Open Access Repository. Disponible en: http://nbn-resolving.de/urn:nbn:de:0168-ssoar-395173. Acceso em: 10 sep. 2020.SALDAÑA, J. The coding manual for qualitative researchers. 3. ed. Londres, Inglaterra: SAGE, 2016.Cómo referenciar este artículoBONILLA ESQUIVEL, J. L.;MONTES SILVA, M. E. Cursos breves en el extranjero: aprendizajes logrados por estudiantes de posgrado en educación. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, dez., 2020.e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14505Remitido el: 10/09/2019Revisiones requeridas el: 10/01/2020Aprobado el: 30/04/2020Publicado el: 01/12/2020
image/svg+xmlShort courses abroad: Learnings obtained by postgraduate students in educationRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145052577SHORT COURSES ABROAD: LEARNINGS OBTAINED BY POSTGRADUATE STUDENTS IN EDUCATIONCURSOS DE CURTA DURAÇÃO NO EXTERIOR: APRENDIZAGENS OBTIDAS POR ESTUDANTES DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃOCURSOS BREVES EN EL EXTRANJERO: APRENDIZAJES LOGRADOS POR ESTUDIANTES DE POSGRADO EN EDUCACIÓNJosé Luis BONILLA ESQUIVEL1Melanie Elizabeth MONTES SILVA2ABSTRACT:Academic mobility is a strategy for achieving internationalization and helps to meet the demands of globalization. This paper reports the learning achieved by 31 Mexican students from a professional Master's program in Education, who took a short, one-week course at the University of Salamanca and the University of Coimbra. The method consisted in performing qualitative content analysis of the students' final papers, specifically the reflective sections that were requested. The result allows identifying learning of diverse nature: (1) conceptual, mainly those of the course; (2) procedural, by the planningof the trip; (3) attitudinal, as personal growth, experience of values and reproduction of stereotypes, and (4) socio-affective, by the coexistence. As a conclusion, the relevance and meaning of study trips of this type is established, which, in spite of their brevity, entails substantial learning of diverse nature.KEYWORDS:Internationalization. Student mobility. Postgraduate student. Learning.RESUMO:A mobilidade acadêmica é uma estratégia para alcançar a internacionalização e ajuda a atender às demandas da globalização. Este trabalho relata os aprendizados alcançados por 31 estudantes mexicanos de um programa de mestrado profissionalizante, que fez um curso curto de uma semana na Universidade de Salamanca e na Universidade de Coimbra. O método consistiu na realização da análise de conteúdo qualitativo ao trabalho final dos alunos, especificamente as seções reflexivas solicitadas. O resultado permite identificar aprendizados de natureza diferente: (1) conceitual, principalmente os do curso; (2) processual, pelo planejamento da viagem; (3) atitudes, como crescimento pessoal, experiência de valores e reprodução de estereótipos, e (4) socioafetiva, pela convivência. A conclusão estabelece a relevância e a significância das viagens de estudo desse tipo, que, apesar de sua brevidade, envolvem grandes aprendizados de natureza diferente.PALAVRAS-CHAVE:Internacionalização. Mobilidade estudantil. Estudante de pós-graduação. Aprendizagem.1Center for Technical and Higher Education (CETYS), Tijuana Baja California Mexico. Director of the Faculty of Social Sciences and Humanitiesand academic coordinator of the PhD in Education at the system level. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1944-857X. E-mail: joseluis.bonilla@cetys.mx2Center for Technical and Higher Education (CETYS), Tijuana -Baja California -Mexico. Academic Coordinator in thePhD program in Education. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0499-0537. E-mail: melanie.montes@cetys.mx
image/svg+xmlJosé Luis BONILLA ESQUIVEL andMelanie Elizabeth MONTES SILVARIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145052578RESUMEN: La movilidad académica es una estrategia para lograr la internacionalización y contribuye a responder a las exigencias de la globalización. Este trabajo reporta los aprendizajes logrados por 31 estudiantes mexicanos de un programa profesionalizante de Maestría en Educación, quienes tomaron un curso breve, de una semana, en la Universidad de Salamanca y en la Universidad de Coímbra. El método consistió en realizar análisis de contenido cualitativo a los trabajos finales de los estudiantes, específicamente a los apartados reflexivos que les fueron solicitados. El resultado permite identificar aprendizajes de naturaleza diversa: (1) conceptuales, principalmente los propios del curso; (2) procedimentales, por la planeación del viaje; (3) actitudinales, como crecimiento personal, vivencia de valores y reproducción de estereotipos, y (4) socioafectivos, por la convivencia. Como conclusión se establece la relevancia y significado de viajes de estudio de este tipo, que, a pesar de su brevedad, conllevan aprendizajes cuantiosos y de diversa naturaleza.PALABRAS CLAVE:Internacionalización. Movilidad estudiantil. Estudiante de Posgrado. Aprendizaje.Internationalization and student mobilityHigher education institutions cannot be limited at the local level, so they are expected to take international and intercultural dimensions to achieve dialogue and interaction of teaching, research and service (LANDINELLI, 2010). In this context, it is relevant to talk about internationalization and academic mobility. According to Knight (2015), the term internationalization is not new, but must be clearly understood and reformulated to meet the various dimensions that characterize the 21st century. For this, the author proposes the following definition of work for thisconcept: "Internationalization at the national, sectoral and institutional levels is defined as the process of integrating an international, intercultural or global dimension into the purpose, functions or delivery of post-secondary education" (KNIGHT, 2015, p. 2)." Internationalization is also a way of responding to the demands of globalization, so higher education institutions establish it as part of their development plans (ALCÓN, 2011), although it should be noted that internationalization should not be considered a goal in itself (DE WIT, 2011), but should serve for students to develop skills in global aspects, international and intercultural.In order to fulfill its purpose, internationalization can be achieved in different ways in educational institutions. For example, you can talk about internationalization at home, which consists of intentionally integrating the international and intercultural curriculum, so that all students participate in home learning environments (BEELEN; JONES, 2015). Similarly, there is the internationalization of the curriculum, in which the dimensions of intercultural, international and global are integrated with the results of the curriculum, that is, to learning
image/svg+xmlShort courses abroad: Learnings obtained by postgraduate students in educationRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145052579outcomes, teaching methods, evaluation and support services, with the objective of students developing social and professional skills that allow them to function in international and multicultural contexts (GREEN;MERTOVA, 2016; LEASK, 2015). Another way to promote internationalization is the most widespread mobility, whether students, academics, researchers, managers or administrative staff (CHANTRAIN, 2010; FRANCO-LOYAL;SOETANTO;CAMELO-ORDAZ, 2016; GARCIA, 2013).Specifically in student mobility,undergraduate and graduate students conduct internships, short courses and academic residencies outside their institution. If the stay is fulfilled in a foreign country is an important instrument for the integral training of the professional future, the opportunity to learn another language, meet and live with people belonging to different cultures.Likewise, it allows to take advantage of the presence of foreign students or nationals returning from abroad with different experiences to enrich local students (ANUIES, [21--],our translation).This article presents the experience of student mobility experienced by a group of 31 students enrolled in a Master's degree in Education, offered at CETYS University. The objective that is sought to be achieved is to identify the learning that students have acquired with their experience of internationalization.Internationalization at CETYS University: summer course of the Master's degree in EducationThe UniversageCETYS is a private institution with three campuses in northwestern Mexico. It offers programs in different areas of knowledge at the preparatory, undergraduate, graduate and continuing education levels. For the institution, internationalization is one of the differential elements and, as such, is offered to students of all educational levels. The goal with this element is to achieve "internationalization for all" (GÁRATE;ROCHA, 2011, p. 42)through several strategies.In the case of the Master's degree in Education, which is a vocational program, one of the ways in which internationalization is achieved is through student mobility, specifically with short stays abroad, which are offered annually. Although short stays are promoted among all students enrolled in the program, those who are able and decide to do so participate. This implies making the monthly payment and, in addition, absorbing the expenses of the trip. The 2017 summer course was attended by 31 students. Theinstitution's role before students is to coordinate academic activities, as well as some complementary social and cultural activities, which are the responsibility of the teacher designated as a companion. The teacher in charge
image/svg+xmlJosé Luis BONILLA ESQUIVEL andMelanie Elizabeth MONTES SILVARIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145052580gives information about thecourse and the trip, follows the enrollment process, and travels with students to serve as a guide, liaison, and advisor. The subject change annually, according to the options of the receiving institutions, but it is always equivalent to a program subject, since the number of hours is similar and the theme is linked to the program content. In 2017, the Neuroscience in Education course wasoffered, lasting five sessions organized in one week. Usually, the course is done at a university in Spain, but thanksto institutional agreements and negotiations, for the first time there were two receiving institutions: the University of Salamanca in Spain, where the group participated in activities for three days, and the University of Coimbra in Portugal, where students carried out activities for two days. The dynamics were planned in such a way that the expert teachers presented lecture sessions on the various aspects of the proposed theme. Attendance in classes and the fulfillment of the request in them represented60% of the course grade; the remaining 40% were determined with the score attributed to an integrative final work, in which the following elements were requested: (1) report of the topics addressed in each of the sessions; (2) recovery, reflection and identification of the main lessons learned, and (3) an optional section, as a bonus, in which they could share additional questions, for example, their experiences and the challenges they faced. MethodTo know the perspective of the participants about thelearning they achieved with the international summer course, the work they generated was analyzed as a final report. Specifically in the two sections that reflected on their learnings. Once the corpus was formed by the texts of the 30 students who delivered the final work, a qualitative content analysis was performed (MAYRING, 2014).In the first coding cycle, a deductive type analysis was used, the second was of the inductive type (Saldaña, 2016).That is, in the beginning we seek to categorize learning according to its type of content: (1) conceptual, which are facts or concepts; (2) procedural, procedural, procedural or technical; (3) attitudinal, which are attitudes, values or norms, and (4) socioaffective contents, linked to social, affective and behavioral skills (GALLEGO;SALVADOR, 2009, p. 144-145). Subsequently, the data were again categorized in a second coding cycle; this time, based on the information that emerged in the students' work.
image/svg+xmlShort courses abroad: Learnings obtained by postgraduate students in educationRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145052581The presentation of the results will be made descriptively, indicating the main aspects derived from the analysis, and will be enriched with the recovery of fragments verbally extractedfrom the works prepared by the students.FindingsThe studies analyzed reflect that the students of the Master's degree in Education who participated in the summer course abroad have a positive evaluation of the experience. They describe it as "gratifying", pointing out that this has aroused their "astonishment" and say they feel "satisfied". As for the institution, they recognize that they had follow-up during the process, from "the first information session until the end of the trip"; they also identify that "'pressures' were made to send all the requirements" and appreciate that the accompanying teacher gave them travel advice, interacted in an environment of "confidence to express doubts" and promoted "excellent communication". As for their personal experience, some value that for the first time they traveled to Europe and there are those who were impressed, for example, because "Miguel de Cervantes Saavedra and Cristóbal Colón walked the corridors of the University of Salamanca", through the infrastructure of the laboratories and for having "the opportunity to know one of the most impressive libraries in the world". There are students who report appreciate the quality and affection of the work of the teachers who received them, as shown in the following excerpt: "[one] aspect I learned was the humility of the teachers, the desire to give quality time, not only in the course, but by inviting their students to eat". On the other hand, other students likely, other students like that, and appreciate what is offered in their own university, as evidenced by what is stated by one student: "I dare say that several of our teachers outperform in quality and content what we can live abroad." In addition to experiences, one relevant aspect is that all students consider that they have achieved learning. The identified learnings are then classified, organized according to the type of content they correspond to. Learning conceptual contentsConceptual learning is the one that stands out the most, because students make a recovery of learned themes, such as neurosciences, neuro-education, dyslexia, learning, among others. In addition, they allude to textual phrases that were mentioned in the course and were
image/svg+xmlJosé Luis BONILLA ESQUIVEL andMelanie Elizabeth MONTES SILVARIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145052582significant to them, such as these: "Not only do you need teachers to teach, you also have to make students learn" or "Neurosciences tell us that there are as many ways to learn as there are people in the world."Something that stands out is that, although some aspects of the course were significant, relevant and attractive to some participants, for others were confusing or unattractive, for example, the theme of "scientism" and the relationship between neurosciences and education. This differentiated perception of the course contents is due to three main factors. First, for the prior training of students. For those who had no prior knowledge of the topics, the course was particularly complicated; on the other hand, those who had previous knowledge assimilated the themes better, as happened with a student of the Master's degree in Education who is a doctor and was able to "better understand the information that scientists approached". Secondly, an important factor was their personal interests or the taste that each has before these topics, as happened to a student who points out: "Personally, I'm not a fan of science and I should mention that it was a bit difficult for me to understand it." Thirdly, it can be pointed out as a factor to consider their motivation to participate in the stay, since there are those who recognize the interest in the subject, while others point to other motivations, as evidenced by what was reported by a student: "I decided to take the summer course in the first instance and be honest, to avoid taking a subject and having weekends off".It is also relevant that some have identified possible ways to transfer their learning, especially those who are teachers, while there are those who see a broader application, since they consider that teachers, institutions and corresponding authorities should be aware of the importance of neural processes, not only to be able to transmit knowledge within the classroom, but also for the administrative management of the same school entities, relationships with other teachers and with society itself.Of course, there were also conceptual learnings of non-academic but cultural aspects. For example, one student learned that "beers are called 'cañas', for 'paja' canudos, benches are 'totas' and that roundabouts are 'rotondas'".
image/svg+xmlShort courses abroad: Learnings obtained by postgraduate students in educationRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145052583Learning processual contentsKnowledge of procedures and techniques related to academic issues was not detected, which is understandable because the classes were eminently theoretical. However, there were procedural learnings related to the planning and development of the trip: logistics of the places to visit before or after the course, saving for a period of up to seven months to be able to pay for the trip, organizing the necessary documentation, fulfilling the requirements at the established times, organizing work and family issuesto be able to make the trip, use public transport from another country. In addition to the ordinary issues involved in international travel, there was an extraordinary case, as can be seen in the following description:Definitely, this trip and this course left important learnings in me. In the first week (sic.) in Spain my documentation and money were stolen. At first, I was terrified and wanted to return immediately to Mexico; however, it would have been very cowardly if I had turned the problem andnot confronted. It was difficult, since I was alone [...], but I consider that my brain developed new strategies, or, from necessity, my brain created new connections to be able to live this time(our translation).Two questions stand out from the previous fragment. On the one hand, there is an explicit identification of the learning gained after experience, which can be classified as procedural. On the other hand, there is an intentional effort on the part of the student to use the concepts learned in the course, and it was not the only case, the same happens with other participants of the course, although in less challenging contexts.Learning from attitudinal contentsThere are learnings of a personal nature, especially linked to the opportunity for growth, self-discovery and empowerment, as illustrated in the following fragment: I had to be more organized, learn to trust myself more and the decisions I make, likewise, being away from home helped me to be more independent, know how to be economical,take care of myself and realize that I can do things myself, that I don't need to be accompanied by anyoneto risk (our translation).The experience of values is also identified, especially in the interaction with peers. This is evidenced when students pointed out in their work that they needed to be respectful, generous, tolerant and patient, especially with their peers.
image/svg+xmlJosé Luis BONILLA ESQUIVEL andMelanie Elizabeth MONTES SILVARIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145052584The students also reinforced attitudes and reproduced stereotypes about the inhabitants of the cities they visited. This type of comment was repetitive, for example, in two different works were presented the following sentences: "I found that it is not a myth that the French smell ugly or do not bathe" and "Undoubtedly the cultural shock was more noticeable with the Spaniards and their eternal low self-esteem". In the same work from which the last fragment is extracted, a series of phrases that the student claims to have received during his trip through Spain are presented, like this: "But you are not black, are you sure you are Mexican?"As you can see, stereotypes are reproduced in both directions, as seen in the works generated by the students.Learning from socioaffective contentsSocioaffective learning is, after conceptual learning, the ones that most identify students. They report having learned to live with different people, with whom they would not have thought of relating, and did so both by planning and during the trip. The above is illustrated in the following comment: to know new friends-companions of adventure, with all kinds of experiences, that despite having very different ages, personalities and not knowing each other, the experience alone united us and allowed us to approach, know and value ourselvesas people (our translation).Final thoughtsThe international mobility experienced by 31 students of the Master's Degree in Education was brief, only one week, although the participants reported having obtained a broad learning of a diversified nature. This includes academic and professional issues, opportunities for personal growth, and life experiences. The experience was not the same for everyone, each student highlighted in his integrative work what was relevant to him and became the opposite of what was identified by another classmate. There are those who have even reinforced stereotypes, which was not an objective of experience. Despite the latter, the most relevant thing about international mobility is that there were learnings identified by all participants, some that could be transferred, others that feed them intellectually or personally. For all this, international experiences of student mobility are recommended, both for students and for higher education institutions.
image/svg+xmlShort courses abroad: Learnings obtained by postgraduate students in educationRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145052585REFERENCESALCÓN, E. La internacionalización de los estudiantes universitarios. La cuestión Universitaria, n. 7, p. 32-39, 2011.ANUIES. Movilidad estudiantil. [21--]. Available: http://www.anuies.mx/programas-y-proyectos/cooperacion-academica-nacional-e-internacional/cooperacion-academica-internacional/movilidad-estudiantil. Access: 10 set. 2020.BEELEN, J.;JONES, E. Redefining internationalization at home. In:CURAJ, A.;MATEI, L.;PRICOPIE, R.;SALMI, J.; SCOTT, P. (Eds.).The European higher education area. Between critical reflections and future policies. Springer, Cham, 2015.p. 59-72.DOI: https://link.springer.com/chapter/10.1007%2F978-3-319-20877-0_5CHANTRAIN, H. Mobility of students, academic and administrative staff: A basis for establishing a European Higher Education area. Folia Phoniatrica et Logopaedica, v. 62, n. 5, p. 234-237. DOI: https://doi.org/10.1159/000314786DE WIT, H. Globalización e internacionalización de la educación superior RUSC. Universities and Knowledge Society Journal, v. 8, n. 2, p. 77-84. Available: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=78018793007. Access: 10 set. 2020.FRANCO-LEAL, N.; SOETANTO, D.; CAMELO-ORDAZ, C. Do they matter? The role of non-academics in the internationalization of academic spin-offs. Journal of International Entrepreneurship, v. 14, n. 3, p. 410-440, 2016.DOI: https://doi.org/10.1007/s10843-016-0184-xGALLEGO, J. L.; SALVADOR, F. Contenidos y competencias básicas en el proceso didáctico. In:MEDINA, A.;SALVADOR, F.(Eds.).Didáctica general. 2. ed. Madrid, España: Pearson Prentice Hall y UNED, 2009. p.139-166.GÁRATE, A.; ROCHA, J. (Eds.). Plan de desarrollo CETYS 2020. 2011. Available: http://www.cetys.mx/wp-content/uploads/2017/02/PlanFINAL.pdf. Access: 10 set. 2020.GARCÍA, J. J. Movilidad estudiantil internacional y cooperación educativa en el nivel superior de educación. Revista Iberoamericana de Educación, v. 61, p. 59-76, 2013. DOI: https://doi.org/10.35362/rie610600GREEN, W.;MERTOVA, P. Transformalists and transactionists: towards a more comprehensive understanding of academics’ engagement with “internationalisation of the curriculum”. Research in Comparative and International Education, v. 11, n. 3, p. 229-246, 2016.DOI: https://doi.org/10.1177/1745499916662372KNIGHT, J. Updating the definition of internationalization. International Higher Education, v. 33, n. 6, p. 2-3, 2015. DOI: https://doi.org/10.6017/ihe.2003.33.7391LANDINELLI, J. El sentido de la internacionalización universitaria en los procesos de integración regional. Boletin IESALC Informa de Educación Superior, n. 211, 2010. Available: http://www.unesco.org.ve/index.php?option=com_content&view=article&id=2421%3Ael-
image/svg+xmlJosé Luis BONILLA ESQUIVEL andMelanie Elizabeth MONTES SILVARIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145052586sentido-de-la-internacionalizacion-universitaria-en-los-procesos-de-integracion-regional&catid=126%3Anoticias-pagina-nueva&Itemid=712&lang=es. Access: 10 set. 2020.Leask, B.Internationalizing the curriculum. Estados Unidos: Routledge, 2015.MAYRING, P. Qualitative content analysis: theoretical foundation, basic procedures and software solution. Klagenfurt, Austria:Social Science Open Access Repository. Available: http://nbn-resolving.de/urn:nbn:de:0168-ssoar-395173. Access: 10 set. 2020.SALDAÑA, J. The coding manual for qualitative researchers. 3. ed. Londres, Inglaterra: SAGE, 2016.How to reference this articleBONILLA ESQUIVEL, J. L.; MONTES SILVA, M. E. Short courses abroad: Learnings obtained by postgraduate students in education. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, Dec.2020.e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14505Submitted:10/09/2019Revisions required: 10/01/2020Approved: 30/04/2020Published: 01/12/2020