image/svg+xmlCursos de pedagogia: tecnologias digitais e justiça social RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14509 2611CURSOS DE PEDAGOGIA: TECNOLOGIAS DIGITAIS E JUSTIÇA SOCIAL CURSOS DE PEDAGOGÍA: TECNOLOGÍAS DIGITALES Y JUSTICIA SOCIALPEDAGOGY COURSES: DIGITAL TECHNOLOGIES AND SOCIAL JUSTICE Dayra Émile Guedes MARTÍNEZ1José Luís BIZELLI2Márcia Lopes REIS3RESUMO: A relevância social e econômica das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) incita que a educação básica as considere, sob a égide da justiça social, já que a escola é o local para o desenvolvimento pleno do indivíduo. Este trabalho tem por objetivo analisar os projetos político-pedagógico (PPP) dos cursos de Pedagogia da UNESP – campus Araraquara, UNICAMP e USP – campus São Paulo – destacando as referências e disciplinas sobre TDIC e justiça social. Foi possível verificar que a justiça social é considerada pelas instituições analisadas e que existe disponibilidade de disciplinas, em sua maioria, optativas sobre tecnologias digitais, porém, os projetos, que representam a intencionalidade da ação pedagógica, não apresentam evidências explícitas de que TDIC sejam utilizadas e estudadas na perspectiva da justiça social. PALAVRAS-CHAVE: Curso de pedagogia. Projeto político-pedagógico. Tecnologias digitais de informação e comunicação. Justiça social. RESUMEN: La relevancia social y económica de las tecnologías digitales de información y comunicación (TDIC) incita que la educación básica las considere, bajo los auspicios de la justicia social, ya que la escuela es el lugar para el pleno desarrollo del individuo. Este trabajo tiene como objetivo analizar los proyectos político-pedagógicos (PPP) de los cursos de Pedagogía de la UNESP – campus de Araraquara, UNICAMP y USP – campus de São Paulo – destacando las referencias y disciplinas sobre TDIC y justicia social. Se pudo verificar que las instituciones analizadas consideran la justicia social y que hay disponibilidad de disciplinas, la mayoría de ellas opcionales, sobre tecnologías digitales, sin embargo, los proyectos, que representan la intencionalidad de la acción pedagógica, no presentan evidencias explícitas de que las TDIC sean utilizadas y estudiadas desde la perspectiva de la justicia social. 1Universidade Estadual Paulista (UNESP), Araraquara – SP – Brasil. Doutoranda no Programa de Pós-graduação em Educação Escolar. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3054-5979. E-mail: dayraeg@yahoo.com.br 2Universidade Estadual Paulista (UNESP), Araraquara – SP – Brasil. Livre docente, Faculdade de Ciências e Letras (FCLAr/UNESP) – Brasil; Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar. Pesquisador Bolsista de Produtividade em Pesquisa 2 – CNPq. Coordenador Nacional FEPAE. ORCID: http://orcid.org/0000-0002-6634-1444. E-mail: jose.bizelli@unesp.br 3Universidade Estadual Paulista (UNESP), Araraquara – SP – Brasil. Professora Assistente no Departamento de Educação. Doutorado em Sociologia (UnB). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0520-506X. E-mail: marcia.reis@unesp.br
image/svg+xmlDayra Émile Guedes MARTÍNEZ; José Luís BIZELLI e Márcia Lopes REIS RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14509 2612PALABRAS CLAVE: Curso de pedagogía. Proyecto político pedagógico. Tecnologías digitales de información y comunicación. Justicia social. ABSTRACT: The social and economic relevance of digital information and communication technologies (DICT) encourages basic education to consider them, under the aegis of social justice, since school is the place for the full development of the individual. This work aims to analyze the political-pedagogical projects (PPP) of the Pedagogy courses at UNESP – Araraquara campus, UNICAMP and USP – São Paulo campus - highlighting the references and disciplines on DICT and social justice. It was possible to verify that social justice is considered by the analyzed institutions and that there is availability of subjects, in their majority, optative on digital technologies, however, the projects, which represent the intentionality of the pedagogical action, do not present explicit evidence that DICT is used and studied from the perspective of social justice.KEYWORDS: Pedagogy course. Political-pedagogical project. Digital information and communication technologies. Social justice. Introdução As tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) têm condicionado novas formas de relação com o saber e de exercício da cidadania, uma vez que, em rede, além de serviços e informações governamentais serem oferecidas à população por meio digital, este é um novo espaço de mobilização social. No entanto, existe um descompasso entre a escola e as TDIC que pode ser superado com uma formação docente inicial, orientada por valores democráticos, que faça uso e enfoque o estudo de TDIC para contribuir com a futura atuação escolar dos professores em formação. Considerando os efeitos sociais e econômicos que as tecnologias digitais têm, faz-se necessária uma abordagem dentro da justiça social que considere o potencial da tecnologia sob essa égide. Justiça é um conceito antigo, discutido desde Aristóteles, e qualificado e repaginado ao longo da história. Os princípios da justiça social abrangem a garantia de direitos de acesso à bens públicos – educação, saúde, paz, etc. – e de oportunidades – trabalho digno, moradia, etc. – para pessoas de diferentes origens socioeconômicas. Compreendemos que a responsabilidade da mudança social não é exclusividade da escola e depende de várias estâncias políticas, agentes sociais e condições econômicas. Considera-se o professor como figura essencial do processo de ensino e de aprendizagem, sendo sua formação inicial um dos fatores determinantes para a atuação escolar. Assim, ao promover a utilização e estudo de TDIC durante a graduação em
image/svg+xmlCursos de pedagogia: tecnologias digitais e justiça social RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14509 2613licenciatura, na perspectiva da justiça social, a universidade forma professores capazes de lidar com obras técnicas atuais. Este texto representa parte inicial de uma pesquisa de doutorado em andamento que investiga a formação docente inicial, em cursos de Pedagogia, no estado de São Paulo, com o uso e estudo de tecnologias digitais como ferramentas de promoção de justiça social. Entendendo que o fomento às práticas que resultam em uma educação de qualidade demandam uma organização do trabalho pedagógico diferenciada e que essa estrutura e seu funcionamento são apresentados nos projetos político-pedagógicos (PPP) das instituições de ensino superior, enquanto formadoras de professores para atuar na educação básica; deste modo, optou-se por utilizar esse recurso como objeto de análise. Assim, este trabalho tem por objetivo apresentar a análise dos PPP dos cursos de Pedagogia da UNESP – campus Araraquara, UNICAMP e USP – campus São Paulo destacando as referências a TDIC e justiça social e disciplinas voltadas a esses conteúdos. Fundamentação teórica As relações interpessoais, as formas de consumo, a produção e distribuição de informações e o acesso a serviços públicos são exemplos de ações modificadas pelo surgimento e popularização da rede. A rede, ou ciberespaço, é definida como o “espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial dos computadores e das memórias dos computadores” (LÉVY, 2010, p. 94) e tem sua própria cultura – modo de pensar, ser e agir – denominada de cibercultura. O meio digital é, então, tanto meio quanto cultura. Cada novo sistema de comunicação cria um grupo de excluídos, como Lévy (2010) compara, antes da invenção da escrita não haviam iletrados. Dessa forma, o ciberespaço é um novo fator que contribui para a exclusão de pessoas sem condições de acesso e, mesmo com o acesso, sem o conhecimento necessário para navegar por ele. Com o uso cada vez mais extensivo do mundo digital, inclusive pelo poder público, a exclusão da rede, de parte da população, é preocupante já que o meio digital tem a possibilidade de garantir direitos ‘tradicionais’ e invoca a criação e garantia de novos direitos (BIZELLI, 2013). Como o processo de escolarização é, institucionalmente, exclusivo para a formação e atuação na vida social, esse contexto tem a responsabilidade de abranger as tecnologias contemporâneas na educação sob a égide da democracia. Historicamente, a escola se configurou de diferentes formas quanto seus objetivos. A partir de primórdios elitistas, ainda persistem estruturas e práticas excludentes embora, na atualidade, constitucionalmente, a
image/svg+xmlDayra Émile Guedes MARTÍNEZ; José Luís BIZELLI e Márcia Lopes REIS RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14509 2614educação é direito de todos e tem como objetivo o “pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (BRASIL, 1988). A intencionalidade do trabalho pedagógico é objetivada em seu planejamento. A Lei 9.394 (BRASIL, 1996) prevê que os estabelecimentos de ensino elaborem e executem sua proposta pedagógica, no entanto, a variedade terminológica usada (proposta pedagógica, plano de trabalho e projeto pedagógico) pode gerar confusões conceituais e operacionais. Além desta lei, que inclui uma seção sobre os profissionais da educação e sua formação, a Resolução CNE/CP Nº 1 (BRASIL, 2006) institui diretrizes curriculares para o curso de Pedagogia em âmbito nacional. A perspectiva de Ball (2006), aqui adotada, de que políticas limitam ou modificam o campo de ações possíveis, não ditam exatamente o que fazer; sob seus constrangimentos, faz-se necessário uma “ação social criativa” no contexto de atuação. O projeto político-pedagógico (PPP) é um documento tanto quanto um processo vivenciado e a ser vivenciado dentro dos princípios democráticos. Segundo Veiga (2010), o PPP é a própria organização do trabalho pedagógico e sua construção se baseia nos princípios de igualdade, qualidade, liberdade, gestão democrática e valorização do magistério. Sob esses princípios, para a autora, o PPP representa resistência frente à fragmentação, homogeneidade e hierarquização do processo de ensino e apresenta os acordos e as divergências com o contexto social, cultural, político e econômico nos quais sua elaboração se insere. Compreende-se, então, que o PPP pode se constituir considerando a justiça social como um dos princípios norteadores que fundamentarão o conjunto de ações. A justiça social, como um princípio, se estrutura na igualdade de oportunidades, resguardo da liberdade e demais direitos e aquisição e manutenção do equilíbrio social (FONTOURA, 2017). A área educacional vem desenvolvendo práticas e teorias pedagógicas que incluem esses princípios, ainda que, como a própria abrangência do termo implica, de maneira diversificada. Assim, questões de gênero e etnia, direitos humanos, educação especial, escola inclusiva e democrática são exemplos de conceitos e práticas que dialogam com a justiça social pelo anseio de uma sociedade equitativa. Mesmo que a comunidade acadêmica use tecnologias digitais, sendo a colaboração, comunicação e compartilhamento de recursos os aspectos que mais motivam o uso do ambiente virtual e das redes sociais (ARSHAD; AKRAM, 2018), sua utilização instrumental não garante seu estudo crítico pelos professores em formação e não influencia na atuação escolar dos mesmos. No entanto, nota-se um descompasso entre as TDIC, em sua lógica de produção e socialização do conhecimento, e o ambiente escolar (ALONSO, 2008), contudo, para Kenski
image/svg+xmlCursos de pedagogia: tecnologias digitais e justiça social RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14509 2615(2012), com o ciberespaço, a atuação do professor, como ator essencial no processo de escolarização, se amplia ao invés de diminuir, já que uma de suas funções seria, precisamente, auxiliar os estudantes a analisar os conteúdos e situações proporcionadas pelas TDIC e a utilizar outras formas de “racionalidades”. Nesse sentido: [...] a escola contemporânea deve ser, acima de tudo, preparação para a vida num mundo em constante mudança, contexto no qual deve colocar em relevância a capacidade de entender o que ocorre ao redor de si e propor soluções inovadoras (REIS, 2001, p. 64). Compreende-se que as tecnologias digitais, como ferramentas da justiça social, enquanto mediadoras entre cidadãos e serviços e informações públicas, potencializadoras da capacidade de produção e distribuição midiática de grupos específicos não compreendidos nos meios de representação social tradicionais, espaço de mobilização social e de aprendizagem. A formação insuficiente para lidar com contextos diversos e a ausência de espaços reflexivos no exercício da profissão dificultam a atuação docente para a justiça social e contribuem para que professores desconsiderem seu papel enquanto agentes colaboradores para a superação das desigualdades no sistema educacional (VARGAS; SANHUEZA, 2018). Nesse sentido, a organização da formação inicial docente, em cursos de Pedagogia, é uma das vertentes que colabora para mudar esse cenário e, além de aproximar a escola e as TDIC, fazê-lo sob a perspectiva da justiça social. Percurso metodológicoA delimitação do universo de pesquisa foi realizada considerando as universidades públicas do estado de São Paulo que oferecem cursos de Licenciatura em Pedagogia: UNESP, UFSCar, USP e UNICAMP. Os cursos ofertados na modalidade a distância não foram incluídos, o que exclui, também, a UNIVESP, por conta das especificidades da modalidade que demandam uma conceituação e contextualização que não constituem o propósito da pesquisa. A amostragem considerada é formada pelos cursos oferecidos no campus de Araraquara da UNESP e o de São Paulo da USP, uma vez que as universidades ofertam o curso de Pedagogia em vários câmpus com projetos e currículos diferentes. Em primeiro momento, a UFSCar não será considerada por ser uma instituição federal, ao contrário das outras que são estaduais. Selecionadas as universidades participantes, foi realizada uma busca nos sites das mesmas para fazer o levantamento dos projetos dos cursos de Pedagogia. Todas as
image/svg+xmlDayra Émile Guedes MARTÍNEZ; José Luís BIZELLI e Márcia Lopes REIS RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14509 2616universidades disponibilizam seus projetos para livre acesso. Em caso de mais de um documento, foram selecionados os mais recentes, até o ano de 2018. Com o material selecionado, foi realizada a leitura e a busca de termos sobre TDIC e justiça social considerando-os como duas categorias: TDIC: tecnologia, tecnologias de informação e comunicação, TIC, TDIC, mídia, computador, informática, virtual; Justiça social: justa(o), justiça, ética, igualdade, desigualdade, diversidade, cidadania, democracia, direitos humanos. Conforme a leitura dos projetos, novos termos não indicados acima, mas que remetesse a essas categorias, foram considerados na análise. Por conta da brevidade deste trabalho, alguns pontos serão explorados futuramente na pesquisa. A infraestrutura das universidades, ou seja, as menções feitas a midiatecas ou salas de informática não serão mencionadas neste trabalho, embora se compreenda que a infraestrutura seja um fator condicionante da formação docente com/sobre o uso de TDIC como ferramenta de justiça social na educação. Questões raciais e de gênero também são consideradas como relativas à justiça social assim como a educação especial e a inclusiva, pois articulam o conhecimento dos e sobre grupos historicamente excluídos e sua inclusão e sucesso no processo de escolarização. Nem todos os projetos apresentam as ementas das disciplinas ou apresentam somente as ementas das disciplinas obrigatórias; a análise desse material também será realizada em momento futuro da pesquisa. Projetos político-pedagógico de cursos de Pedagogia: tecnologias digitais de informação e comunicação e justiça social A Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara (FCLAr) da UNESP tem um curso de Pedagogia que funciona desde 1959. O PPP mais recente, disponível em 2018, foi elaborado pelo Conselho de Curso, gestão de 2006/2007, com data, ao final do documento, de março de 2007, sendo que a este projeto foi adicionado um Termo de Adequação, em 2015, sobre novas deliberações diretrizes e uma nova Resolução, em 2016, sobre a estrutura curricular com modificação na carga horária em disciplinas optativas e a disciplina LIBRAS. Além das determinações legais externas que orientaram o desenvolvimento do projeto em questão, o texto ressalta a organização e dinâmica interna da instituição, as
image/svg+xmlCursos de pedagogia: tecnologias digitais e justiça social RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14509 2617potencialidades e limites do corpo docente (e a impossibilidade de novas contratações devido a limitações orçamentárias) e várias instâncias de discussão, como fóruns e congressos, que influenciaram nas novas organizações curriculares e no novo PPP. A UNESP de Araraquara compreende a escola como “referência social da difusão de conhecimento, tecnologia e cultura em suas diferentes formas”. Com a ampliação do acesso à educação básica, além do aumento quantitativo de alunos, a diversidade dos alunos é maior e eles buscam uma educação que “lhes permita incorporar-se ao desenvolvimento tecnológico e econômico, marcadamente globalizado, e, ao mesmo tempo, participar da vida democrática e exercitar a cidadania”. Além destas ocorrências dos termos relativos à TDIC e justiça social, são oferecidas as seguintes disciplinas optativas: “Informática”, “Novas Tecnologias Aplicadas ao Ensino” e “Mídia, Cultura e Educação”. Tanto o termo “novas tecnologias” e “mídia” podem abranger as tecnologias digitais. Já as disciplinas que podem abordar a justiça social de forma mais direta são: “Cidadania e ética: desafios para a Educação” e “Educação, Cultura e Cidadania”, ambas optativas. O curso de Pedagogia da UNICAMP entrou em funcionamento em 1974. O projeto apresenta as demandas para mudar o currículo em 2008. Entre os princípios orientadores da nova proposta curricular, elencados no PPP “Catálogo 2019”, está a “formação teórica sólida, interdisciplinar e articulada”, motivo pelo qual é apontado o posicionamento da instituição contra a formação acelerada e na modalidade à distância. Ao contrário da UNESP e da USP, a UNICAMP faz referências a autores da área da educação, os outros projetos apenas apresentam leis e eventos da área sem realizar essa articulação teórica. A UNICAMP tem uma disciplina obrigatória denominada “Educação e Tecnologias” cuja ementa, apresentada no PPP, indica a vivência de práticas de ensino e aprendizagem com tecnologias para que os alunos possam refletir, de forma crítica, sobre o uso de TIC na educação tendo uma abordagem interdisciplinar. Na disciplina obrigatória “Escola e Conhecimento em Ciências Naturais” faz-se menção da relação entre “Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente”. Além disso, o curso de Pedagogia da UNICAMP tem as seguintes disciplinas eletivas: “Comunicação, Educação e Tecnologias”, “Aprendizagem e Informática na Educação I”, “Aprendizagem e Informática na Educação II”, “Educação, Tecnologia e Sociedade”, “Ambientes Educacionais Virtuais”, “Seminários sobre Educação e Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs)” e “Ensinar, Aprender e Avaliar: As TICs em Salas de Aula”.
image/svg+xmlDayra Émile Guedes MARTÍNEZ; José Luís BIZELLI e Márcia Lopes REIS RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14509 2618Com relação às disciplinas que têm potencial para abordar diretamente e com profundidade a justiça social, encontraram-se as seguintes: “Educação, Democracia, Cidadania e Direitos Humanos”, “Educação e Cidadania”, “Educação e Transformação Social”, “Oficina sobre Direitos Humanos e Cidadania”, “Ética e Diversidade” e “Ética e Educação”. Todas optativas. Em 1933, foi instalado o Instituto de Educação que foi incorporado à USP, em 1939, foi promulgado o decreto que cria o curso de Pedagogia da USP e, por fim, a Faculdade de Educação da instituição passa a funcionar em 1970. O projeto da USP, campus São Paulo, aprovado em 2015, ao contrário da UNESP e UNICAMP, não indica as pessoas responsáveis pela elaboração do documento, apenas, ao final, indica a aprovação pela Congregação da Faculdade de Educação da universidade. O projeto ressalta a necessidade de formar profissionais aptos a lidar com as demandas educacionais “complexas e cambiantes” da sociedade podendo exercer a docência e outras funções na Educação Básica e atuar, também, em projetos educativos não escolares. Sobre o pedagogo a ser formado na USP, o PPP salienta que este deve compreender a escola enquanto organização e espaço social que contribua para a “construção de uma sociedade mais justa”. O projeto da USP de São Paulo é o único, entre os investigados, que faz uso do termo justa(o). Considerando que a instituição tem uma linha de pesquisa de “Educação e Participação, Democracia, Direitos Humanos, Justiça Social e Preservação do Meio Ambiente” inserida no Centro de Estudos e Pesquisas em Políticas Públicas de Educação, conclui-se que o trecho acima reproduzido é uma referência à justiça social decorrente da área de atuação dos envolvidos na linha de pesquisa mencionada. A USP tem as seguintes disciplinas optativas eletivas: “Mídia e Educação: Um Debate Contemporâneo”, “Cultura, Veículos de Comunicação e História da Educação” e “Produção Audiovisual e Multimídia para o Ensino de Ciência”. Considera-se que em “veículos de comunicação” estão inseridas tecnologias de informação e comunicação. No PPP do curso de Pedagogia da USP – São Paulo também constam as seguintes disciplinas optativas: "Política Educacional e Diversidade”, “Ética e Educação”, “Diversidades, Desigualdades e Educação: Aportes Teóricos e Estudos Contemporâneos”, “Filosofia da Educação: Educação, Ética, Política e Cidadania”, “Desigualdades e Diferenças nas Culturas e Educação” e “Multiculturalismo, Direitos Humanos e Educação: temas Contemporâneos”. Todos os projetos fazem menção à constituição (BRASIL, 1988) e seus princípios democráticos e cidadãos. Na Constituição Federal de 1988, a educação é compreendia como
image/svg+xmlCursos de pedagogia: tecnologias digitais e justiça social RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14509 2619um direito de todos e dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tendo por finalidade o pleno desenvolvimento do aluno, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o mundo do trabalho. O termo justiça social aparece na constituição uma vez quando da ordem econômica cujo fim estabelecido é a garantia da existência digna de todos segundo os “ditames da justiça social”. Os projetos também enfatizam a complexidade do trabalho docente por conta das diferentes demandas ao longo da história e pela extensão além da sala de aula para outras funções administrativas e de gestão na unidade escolar e para a atuação em ambientes não escolares em projetos educativos variados. Ainda que os projetos ressaltem especificidades do mundo moderno e da contemporaneidade, são feitas poucas menções à tecnologia na educação e nenhuma menção às tecnologias digitais enquanto ferramentas de justiça social. Poderia se considerar que, pela intenção geral apresentada nos projetos de orientar a ação pedagógica e a formação docente pelos princípios democráticos e constitucionais, todo processo de ensino – as metodologias e conteúdos – pretende alcançar a justiça social. Nesse sentido, o estudo e uso de TDIC seria sob essa égide. As fontes, no entanto, são insuficientes em termos explícitos para confirmar essa asserção. Especificamente a UNICAMP, ao se posicionar contra a educação a distância, parece conceber os métodos e ferramentas desse tipo de educação como inadequados ao processo de ensino e aprendizagem, ao menos da forma como são desenvolvidos atualmente: acelerados e superficiais. Ainda assim, é a instituição que mais tem disciplinas sobre tecnologias de informação e comunicação – e o projeto que mais tem ocorrências do termo tecnologia (onze vezes) – o que revela a importância atribuída à mediação humana, no caso, ao envolvimento e acompanhamento dos professores in loco no processo de aprendizagem. As disciplinas, com exceção da “Educação e Tecnologias” da UNICAMP, são optativas. Embora a oferta de disciplinas optativas possibilite aos alunos a construção de seu próprio percurso formativo além do que a instituição julga essencial, a maior carga horária e a obrigatoriedade de estudo colocam esses conteúdos em posição superior do que os outros conteúdos com menor carga horária e, que por serem optativos, consideram-se dispensáveis. Pode-se considerar que os núcleos curriculares dos cursos de Pedagogia analisados, elaborados dentro dos princípios democráticos constitucionais concebendo a escola também como espaço para vivência e aprendizagem da cidadania, e que, a partir desse núcleo, as temáticas são aprofundadas nas disciplinas não obrigatórias, a justiça social perpassa a formação, ainda que o termo não esteja especificado nos projetos.
image/svg+xmlDayra Émile Guedes MARTÍNEZ; José Luís BIZELLI e Márcia Lopes REIS RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14509 2620Ressalta-se, novamente, que os PPP sistematizam e representariam, em si, o resultado de atritos da instituição em questão com órgãos e demandas externas além de discussões internas. Os cursos de Pedagogia são ofertados com a articulação de vários departamentos com grupos de pesquisas e corpo docente que, obviamente, não compartilham das mesmas ideologias e assumem diferentes práticas. Assim, os projetos constituem um acordo entre essas dissidências. Considerações finais Esta pesquisa se desenvolve pela premissa, constitucional e ética, de que a escola pública, gratuita e de qualidade é um direito de todos e um dever do Estado como local de aprendizagem da democracia e aquisição de conhecimentos necessários à inclusão integral da pessoa na sociedade contemporânea. Neste sentido, a escola é uma das instituições responsáveis pela concretização da justiça social cabendo aos seus profissionais práticas condizentes com tais princípios; para tanto, faz-se necessária, além de condições estruturais e de valorização profissional, a formação condizente dos docentes que irão atuar na educação escolar. A justiça social não se concretiza somente com a organização da prática pedagógica, pelas instituições formadoras de professores, sob esse princípio. Esta é uma entre outras esferas sociais e políticas a se comprometerem com tal objetivo. Ainda que a pesquisa esteja em momento inicial, é possível verificar que a justiça social é um conceito considerado pelas instituições de ensino superior analisadas, enquanto formadoras de professores para atuar na educação básica. Assumindo que essa formação ocorra, sob outros princípios, orientada, também, pela justiça social por conta dos conceitos e disciplinas apresentadas, é de se concluir que as práticas de ensino ocorram sob essa égide, com o estudo e uso de tecnologias digitais de informação e comunicação enquanto ferramentas de justiça social. No entanto, essa afirmação carece de evidências explícitas e pode ser, inclusive, uma hipótese de pesquisa. O caráter optativo das disciplinas indica uma posição secundária e dispensável do conteúdo nelas estudado frente ao núcleo curricular obrigatório. Ainda que o uso de TDIC ocorra como ferramenta de uso pessoal e auxiliar na formação docente, a reflexão crítica a seu respeito não é garantida por essa utilização e, assim como a justiça social, requer intencionalidade manifesta enquanto garantia de responsabilização e realização. O conhecimento e o mínimo de domínio sobre TDIC são necessários para garantir que estas sejam usadas de forma mais justa do que somente usada de forma acrítica, consumista e
image/svg+xmlCursos de pedagogia: tecnologias digitais e justiça social RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14509 2621tecnocrata. Nesse sentido, as instituições de ensino superior, responsáveis pela formação de professores para atuar na educação básica, tem que ter intenção de ensinar esse tipo de conhecimento e proporcionar vivências com as tecnologias, não com o intuito de formar tecnólogos que irão atuar com tecnologias de ponta na escola, mas como uma das possibilidades de ação de promoção das condições de justiça social. REFERÊNCIAS ALONSO, K. M. Tecnologias da informação e comunicação e formação de professores: sobre rede e escolas. Educação & Sociedade, Campinas, v. 29, n. 104, p. 747-768, out. 2008. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0101-73302008000300006 ARSHAD, M.; AKRAM, M. S. Social media adoption by the academic community: theoretical insights and empirical evidence from developing countries. International Review of Research in Open and Distributed Learning, v. 19, n. 3, p. 243-262, jul. 2018. Disponível em: http://www.irrodl.org/index.php/irrodl/article/view/3500/4704. Acesso em: 23 out. 2018. BALL, S. Sociologia das políticas educacionais e pesquisa crítico-social: uma revisão pessoal das políticas educacionais e da pesquisa em política educacional. Currículo sem Fronteiras, v. 6, n. 2, p. 10-32, jul./dez. 2006. Disponível em: http://www.curriculosemfronteiras.org/vol6iss2articles/ball.pdf. Acesso em: 12 mar. 2019. BIZELLI, J. L. Inovação: limites e possibilidades para aprender na era do conhecimento. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2013. BRASIL. Conselho Nacional de Educação (CNE). Resolução CNE/CP n. 1, de 15 de maio de 2006. Institui diretrizes curriculares nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, Licenciatura. Diário Oficial da União: Seção 1, Brasília, DF, p. 11, 16 maio 2006. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Senado, 1988. BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União: Seção 1, Brasília, DF, n. 248, p. 27833, 23 dez. 1996. FACULDADE DE CIÊNCIAS E LETRAS DA UNESP ARARAQUARA. Projeto Pedagógico do Curso de Pedagogia da Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara/UNESP. Araraquara: FCLAr/UNESP, 2007. Disponível em: https://www.fclar.unesp.br/Home/Graduacao/PPP%20PEDAGOGIA.pdf. Acesso em: 5 dez. 2018. FACULDADE DE CIÊNCIAS E LETRAS DA UNESP ARARAQUARA. Resolução UNESP Nº 16, de 07 de março de 2016. Araraquara: FCLAr/UNESP, 2016. Disponível em: https://www.fclar.unesp.br/Home/Graduacao/resolucoes-16-2016---libras.pdf. Acesso em: 5 dez. 2018.
image/svg+xmlDayra Émile Guedes MARTÍNEZ; José Luís BIZELLI e Márcia Lopes REIS RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14509 2622FACULDADE DE CIÊNCIAS E LETRAS DA UNESP ARARAQUARA. Termo de adequação do Projeto Pedagógico do Curso de Pedagogia. Araraquara: FCLAr/UNESP, 2015. Disponível em: https://www.fclar.unesp.br/Home/Graduacao/proposta-de-adequacao-do-projeto-pedagogico-do-curso-de-pedagogia-da-fcl.pdf. Acesso em: 5 dez. 2018. FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA UNICAMP. Projeto Político Pedagógico– Curso de Pedagogia – Catálogo 2019. Campinas: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), 2019. Disponível em: https://www.fe.unicamp.br/pf-fe/pagina_basica/1200/projeto_pedagogico_pedagogia_-_catalogo_2019_0.pdf. Acesso em: 5 dez. 2018. FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA USP. Projeto Político Pedagógico do Curso de Licenciatura em Pedagogia. São Paulo: Universidade de São Paulo (USP), 2015. Disponível em: http://www4.fe.usp.br/wp-content/uploads/graduacao/ppppedagogiaversao.pdf. Acesso em: 05 dez. 2018. FONTOURA, H. A. Formação de Professores para a Justiça Social: uma reflexão sobre a docência na Residência Pedagógica. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v.12, n.1, p. 120-133, 2017. DOI: http://dx.doi.org/10.21723/riaee.v12.n1.7932 KENSKI, V. M. Tecnologias e ensino presencial e a distância. 9. ed. São Paulo: Papirus, 2012. LÉVY, P. Cibercultura. Trad. Carlos Irineu da Costa. 3. ed. São Paulo: Editora 34, 2010. REIS, M. L. Processos de inovação e políticas de ciência e tecnologia: um olhar sobre a função social da escola brasileira na contemporaneidade. Sociologias, Porto Alegre, n. 6, p. 52-69, dez., 2001. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1517-45222001000200004 VARGAS, F. J.; SANHUEZA, C. M. Diversidad, modelos de gestión y formación inicial docente: desafíos formativos desde una perspectiva de justicia social. Revista Brasileira de Educação, v. 23, 2018. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/s1413-24782018230005 VEIGA, I. P. A. Educação básica e educação superior: projeto político-pedagógico. 5. ed. Campinas: Papirus, 2010.
image/svg+xmlCursos de pedagogia: tecnologias digitais e justiça social RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14509 2623Como referenciar este artigo MARTÍNEZ, D. E. G.; BIZELLI, J. L.; REIS, M. L. Cursos de pedagogia: tecnologias digitais e justiça social. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14509 Submetido em:10/09/2019 Revisões requeridas:10/01/2020 Aprovado em: 30/04/2020 Publicado em: 01/12/2020
image/svg+xmlCursos de pedagogía: Tecnologías digitales y justicia socialRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, dic. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145092611CURSOS DE PEDAGOGÍA: TECNOLOGÍAS DIGITALES Y JUSTICIASOCIALCURSOS DE PEDAGOGIA: TECNOLOGIAS DIGITAIS E JUSTIÇA SOCIALPEDAGOGY COURSES: DIGITAL TECHNOLOGIES AND SOCIAL JUSTICEDayra Émile GuedesMARTÍNEZ1José Luís BIZELLI2Márcia Lopes REIS3RESUMEN: La relevancia social y económica de las tecnologías digitales de información y comunicación (TDIC) incita que la educación básica las considere, bajo los auspicios de la justicia social, ya que la escuela es el lugar para el pleno desarrollo del individuo. Este trabajo tiene como objetivo analizar los proyectos político-pedagógicos (PPP) de los cursos de Pedagogía de la UNESP campus de Araraquara, UNICAMP y USP campus de São Paulo destacando las referencias y disciplinas sobre TDICy justicia social. Se pudo verificar que las instituciones analizadas consideran la justicia social y que hay disponibilidad de disciplinas, la mayoría de ellas opcionales, sobre tecnologías digitales, sin embargo, los proyectos, que representan la intencionalidad de la acción pedagógica, no presentan evidencias explícitas de que las TDIC seanutilizadas y estudiadas desde la perspectiva de la justicia social.PALABRAS CLAVE: Curso de pedagogía. Proyecto político pedagógico.Tecnologías digitales de información y comunicación. Justicia social.RESUMO: A relevância social e econômica das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) incita que aeducação básica as considere, sob a égide da justiça social, já que a escola é o local para odesenvolvimento plenodo indivíduo.Este trabalho tem por objetivo analisar os projetos político-pedagógico (PPP) dos cursos de Pedagogia da UNESP campus Araraquara, UNICAMP e USP campus São Paulo destacando as referências e disciplinas sobre TDIC ejustiça social. Foi possível verificar que a justiçasocial é consideradapelas instituições analisadas e que existe disponibilidade de disciplinas, em sua maioria,optativas sobre tecnologias digitais, porém,os projetos, que representam a intencionalidade da ação pedagógica,nãoapresentam evidências explícitas de que TDIC sejam utilizadas e estudadas na perspectiva da justiça social.1Universidad Estatal Paulista (UNESP), Araraquara SP Brasil. Estudiante de doctorado en el Programa de Posgrado en Educación Escolar. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3054-5979. E-mail: dayraeg@yahoo.com.br2Universidad Estatal Paulista (UNESP), Araraquara SP Brasil. Docente, Facultad de Ciencias y Letras (FCLAr/UNESP) -Brasil; Programa de Posgrado en Educación Escolar. Beca de Productividad en Investigación Investigadora 2 CNPq. CoordinadorNacional FEPAE. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-6634-1444. E-mail: jose.bizelli@unesp.br3Universidad Estatal Paulista (UNESP), Araraquara SP Brasil. Profesor Ayudante en el Departamento de Educación. Doctorado en Sociología(UnB). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0520-506X. E-mail: marcia.reis@unesp.br
image/svg+xmlDayra Émile GuedesMARTÍNEZ; José Luís BIZELLI yMárcia Lopes REISRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, dic. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145092612PALAVRAS-CHAVE: Curso de pedagogia. Projeto político-pedagógico. Tecnologias digitais de informação e comunicação. Justiça social.ABSTRACT:The social and economic relevance of digital information and communication technologies (DICT) encourages basic education to consider them, under the aegis of social justice, since school is the place for the full development of the individual. This work aims to analyze the political-pedagogical projects (PPP) of the Pedagogy courses at UNESP Araraquara campus, UNICAMP and USP São Paulo campus -highlighting the references and disciplines on DICTand social justice. It was possible to verify that socialjustice is considered by the analyzed institutions and that there is availability of subjects, in their majority, optative on digital technologies, however, the projects, which represent the intentionality of the pedagogical action, do not present explicit evidence that DICTis used and studied from the perspective of social justice.KEYWORDS:Pedagogy course. Political-pedagogical project. Digital information and communication technologies. Social justice.IntroducciónTecnologías digitales de la información y la comunicación (TDIC) han condicionado nuevas formas de relación con el conocimiento y ejercicio de la ciudadanía, ya que, en red, además de que se ofrecen servicios gubernamentales e información a la población a través de medios digitales, este es un nuevo espacio de movilización social. Sin embargo, existe un paso en falso entre la escuela y el TDIC que se puede superar con una formación inicial del profesorado, guiada por valores democráticos, que haga uso y enfoque del estudio de TDIC contribuir al futuro rendimiento escolar de los docentes en formación.Teniendo en cuenta los efectos sociales y económicos que tienen las tecnologías digitales, es necesario un enfoque dentro de la justicia social que considere el potencial de la tecnología bajo esta égida. La justicia es un concepto antiguo, discutido desdeAristóteles, y calificado y rediseñado a lo largo de la historia. Los principios de justicia social abarcan la garantía de los derechos de acceso a los bienes públicos educación, salud, paz, etc.y a las oportunidades trabajo decente, vivienda, etc.para personas de diferentes entornos socioeconómicos.Entendemos que la responsabilidad del cambio social no es exclusiva de la escuela y depende de diversos centros políticos, agentes sociales y condiciones económicas.El profesor es considerado una figura esencial del proceso de enseñanza y aprendizaje, y su formación inicial es uno de los factores determinantes para el rendimiento escolar. Así, promoviendo el uso y estudio de TDIC durante la graduación, desde la perspectiva de la
image/svg+xmlCursos de pedagogía: Tecnologías digitales y justicia socialRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, dic. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145092613justicia social, la universidad forma profesores capaces de ocuparse de los trabajos técnicos actuales.Este texto representa una parte inicial de una investigación doctoral en curso que investiga la formación inicial docente en cursos de Pedagogía en el estado de São Paulo, con el uso y estudio de las tecnologías digitales como herramientas para promover la justicia social. Entendiendo que la promoción de prácticas que redunden en una educación de calidad demandan una organización diferenciada del trabajo pedagógico y que esta estructura y su funcionamiento se presentan en los proyectos político-pedagógicos (PPP) de las instituciones de educación superior, como formadores docentes para actuar en la educaciónbásica; por lo tanto, elegimos utilizar esta característica como objeto de análisis. Por lo tanto, este trabajo tiene como objetivo presentar el análisis de la APP de los cursos de Pedagogía de la UNESP -Campus Araraquara, UNICAMP y USP -Campus de São Paulo destacando las referencias al TDIC y la justicia social y disciplinas enfocadas en estos contenidos.Fundamento teóricoLas relaciones interpersonales, las formas de consumo, la producción y distribución de información y el acceso a los servicios públicos son ejemplos de acciones modificadas por la aparición y popularización de la red. La red, o ciberespacio, se define comoel "espacio de comunicación abierto por la interconexión mundial de ordenadores y memorias informáticas" (LÉVY, 2010, p. 94) y tiene su propia cultura -forma de pensar, ser y actuar-llamada cibercultura. El medio digital es entonces tanto medio como cultura.Cada nuevo sistema de comunicación crea un grupo de excluidos, como comparó Lévy (2010), antes de que la invención de la escritura no se hubiera iletrado. Así, el ciberespacio es un nuevo factor que contribuye a la exclusión de personas sin condiciones de acceso e, aún con acceso, sin los conocimientos necesarios para navegar por él. Con el uso cada vez más extenso del mundo digital, incluso por parte de las autoridades públicas, la exclusión de la red, parte de la población, es preocupante ya que el entorno digital tiene la posibilidad de garantizar derechos "tradicionales" e invoca la creación y garantía de nuevos derechos (BIZELLI, 2013).Como el proceso de escolarización es institucionalmente exclusivo de la formación y el desempeño en la vida social, este contexto tiene la responsabilidad de cubrir las tecnologías contemporáneas en la educación bajo la égida de la democracia. Históricamente, la escuela se ha configurado de diferentes maneras como sus objetivos. Desde sus inicios elitistas, aún
image/svg+xmlDayra Émile GuedesMARTÍNEZ; José Luís BIZELLI yMárcia Lopes REISRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, dic. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145092614persisten estructuras y prácticas excluyentes, aunque, en la actualidad, constitucionalmente, la educación es un derecho de todos y tiene comoobjetivo "el pleno desarrollo de la persona, su preparación para el ejercicio de la ciudadanía y su calificación para el trabajo" (BRASIL, 1988).La intencionalidad del trabajo pedagógico es objetiva en su planificación. La Ley 9.394 (BRASIL, 1996) establece que los establecimientos educacionales elaboran y ejecutan su propuesta pedagógica, sin embargo, la variedad terminológica utilizada (propuestapedagógica, plan de trabajo y proyecto pedagógico) puede generar confusión conceptual y operativa. Además deesta ley, que incluye una sección sobre los profesionales de la educación y su formación, la Resolución CNE/CP Nº 1 (BRASIL, 2006) establece los lineamientos curriculares para el curso de pedagogía a nivel nacional. La perspectiva de Ball (2006), adoptadaaquí, de que las políticas limitan o modifican el campo de posibles acciones, no dictan exactamente qué hacer; bajo sus limitaciones, es necesariauna "acción social creativa" en el contexto de la acción.El proyecto político-pedagógico (PPP) es un documento tanto como un proceso experimentado y que debe ser experimentado dentro de los principios democráticos. Según Veiga (2010), el PPP es la organización misma del trabajo pedagógico y su construcción se basa en los principios de igualdad, calidad, libertad, gestión democrática y la valorización del magisterio. Bajo estos principios, para el autor, el PPP representa la resistencia a la fragmentación, homogeneidad y jerarquía del proceso docente y presenta los acuerdos y divergencias con el contexto social, cultural, político y económico en el que se incluye su elaboración. Se entiende, entonces, que la APP puede constituir considerar la justicia social como uno de los principios rectores que sustentarán el conjunto de acciones.La justicia social, como principio, se estructura en la igualdad de oportunidades, la protección de la libertad y otros derechos y la adquisición y mantenimiento del equilibrio social (FONTOURA, 2017). El área educativa ha venido desarrollando prácticas y teorías pedagógicas que incluyen estos principios, aunque, como el propio alcance del término implica, de forma diversificada. Así, las cuestiones de género y etnicidad, los derechos humanos, la educación especial, la escolarización inclusiva y democráticason ejemplos de conceptos y prácticas que dialogan con la justicia social a través del anhelo de una sociedad equitativa.Aunque la comunidad académica utilice tecnologías digitales, la colaboración, la comunicación y el intercambio de recursos son los aspectos que más motivan el uso del entorno virtual y las redes sociales (ARSHAD; AKRAM, 2018), su uso instrumental no
image/svg+xmlCursos de pedagogía: Tecnologías digitales y justicia socialRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, dic. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145092615garantiza su estudio crítico por parte de docentes en formación y no influye en su rendimiento escolar.Sin embargo, existe un desajuste entre laTDIC, en su lógica de producción y socialización del conocimiento, y el entorno escolar (ALONSO, 2008), sin embargo, para Kenski (2012), con el ciberespacio, el desempeño del docente como actor esencial en el proceso escolar se expande en lugar de disminuir, ya que una de sus funciones sería precisamente ayudar a los estudiantes a analizar los contenidos y situaciones que proporciona el TDIC y utilizar otras formas de "racionalidades". En este sentido:[...] la escuela contemporánea debe ser, sobre todo, preparación para la vidaen un mundo en constante cambio, un contexto en el que debe poner en relevancia la capacidad de comprender lo que sucede a su alrededor y proponer soluciones innovadoras (REIS, 2001, p. 64).Se entiende que las tecnologías digitales, como herramientas dejusticia social, como mediadores entre los ciudadanos y los servicios públicos y la información, potencian la capacidad de producción y distribución mediática de grupos específicos no incluidos en la representación social tradicional, espacio de movilización social y aprendizaje. La insuficiente formación para abordar contextos diversos y la ausencia de espacios reflexivos en el ejercicio de la profesión dificultan el desempeño docente por la justicia social y contribuyen a que los docentes desconozcan su papel como agentes colaboradores para superar las desigualdades en el sistema educativo (VARGAS; SANHUEZA, 2018).En este sentido, la organización de la formación inicial del profesorado, en cursos de pedagogía, es uno de los aspectos que contribuye a cambiar este escenario y, además de acercar la escuela y la TDIC, hacerlo desde la perspectiva de la justicia social.Trayectoria metodológicaLa delimitación del universo de investigación se realizó considerando las universidades públicas del estado de SãoPaulo que ofrecen cursos de Pregrado en Pedagogía: UNESP, UFSCar, USP y UNICAMP. No se incluyeron los cursos ofrecidos en la modalidad a distancia, lo que también excluye a la UNIVESP, debido a las especificidades de la modalidad que requieren una conceptualización y contextualización que no constituyen el propósito de la investigación. El muestreo considerado está formado por los cursos ofrecidos en el Campus de Araraquara de la UNESP y el de São Paulo de la USP, ya que las universidades ofrecen el curso de pedagogía en varios campus con diferentes proyectos y planes de estudio. Al
image/svg+xmlDayra Émile GuedesMARTÍNEZ; José Luís BIZELLI yMárcia Lopes REISRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, dic. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145092616principio, la UFSCar no será considerada porque es una institución federal, a diferencia de las otras ese estado hijo.Una vez seleccionadas las universidades participantes, se realizó una búsqueda en sus páginas web para encuestar los proyectos de cursos de pedagogía. Todas las universidades ponen sus proyectos a disposición de acceso gratuito. En el caso de más de un documento, los más recientes fueron seleccionados para el año2018. Con el material seleccionado, la lectura y búsqueda de términos enTDIC y la justicia social considerándolos como dos categorías:TDIC: tecnología, tecnologías de la información y la comunicación, TIC, TDIC, medios de comunicación, computadora, computadora, virtual;Justicia social: justicia, ética, igualdad, desigualdad, diversidad, ciudadanía, democracia, derechos humanos.De acuerdo con la lectura de los proyectos, en el análisis se consideraron nuevos términos no indicados anteriormente, pero que se refieren a estas categorías.Debido a la brevedad de este trabajo, algunos puntos serán explorados en el futuro en la investigación. La infraestructura de las universidades, es decir, las menciones hechas a las mediatecas o salas de cómputo no serán mencionadas en este trabajo, aunque se entiende que la infraestructura es un factor condicionante de la formación docente con/sobreel uso de TDIC como herramienta de justicia social en la educación.Las cuestiones raciales y de género también se consideran relacionadas con la justicia social, así como con la educación especial e inclusiva, ya que articulan el conocimiento de y sobre los grupos históricamente excluidos y su inclusión y éxito en el proceso de escolarización. No todos los proyectos presentan los menús de las disciplinas o presentan solo los menús de las disciplinas obligatorias; el análisis de este material también se realizará en un momento futuro de la investigación.Proyectos político-pedagógicos de cursos de pedagogía: tecnologías digitales de la información y la comunicación y justicia socialLa Facultad de Ciencias y Letras de Araraquara (FCLAr) de la UNESP cuenta con un curso de pedagogía que funciona desde 1959. La PPP más reciente, disponible en 2018, fue elaborada por el Consejo del Curso, gestión de 2006/2007, con fecha, al final del documento, marzo de 2007, y a este proyecto se sumó un Término de Adecuación, en 2015, sobre nuevas
image/svg+xmlCursos de pedagogía: Tecnologías digitales y justicia socialRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, dic. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145092617directrices de deliberación y una nueva Resolución, en 2016, sobre la estructura curricular con cambio en la carga de trabajo en disciplinas optativas y la disciplina LIBRAS.Además de las determinaciones legales externas que guiaron el desarrollo del proyecto en cuestión, el texto destaca la organización y dinámica interna de la institución, las potencialidades y límites de la facultad (y la imposibilidad de nuevas contrataciones debido a limitaciones presupuestarias) y diversos órganos de discusión, como foros y congresos, que influyeron en las nuevas organizaciones curriculares y los nuevos PPP.UNESP de Araraquara entiende la escuela como "un referente social para la difusión del conocimiento, la tecnología y la cultura en sus diferentes formas". Con la ampliación del acceso a la educación básica, además del aumento cuantitativo de estudiantes, la diversidad de estudiantes es mayor y buscan una educación que "les permita incorporarse al desarrollo tecnológico y económico, marcadamente globalizado, y, al mismo tiempo, participar en la vida democrática y ejercer la ciudadanía". Además de estas ocurrencias de los términos relacionados con laTDIC y justicia social, se ofrecen las siguientes disciplinas electivas: "Informática", "Nuevas Tecnologías Aplicadas a la Enseñanza" y "Medios, Cultura y Educación". Tanto el término "nuevas tecnologías" como "medios" pueden abarcar las tecnologías digitales. Por otro lado, las disciplinas que pueden abordar la justicia social de manera más directa son: "Ciudadanía y ética: desafíos para la Educación" y "Educación, Cultura y Ciudadanía", ambas opcionales.El curso de Pedagogía de la UNICAMPse puso en marcha en 1974. El proyecto presenta las demandas para cambiar el plan de estudios en 2008. Entre los principios rectores de la nueva propuesta curricular, recogidos en el PPP "Catálogo 2019", se encuentra la "formación teórica sólida, interdisciplinaria y articulada", por lo que se señala la posición de la institución frente a la formación acelerada y a distancia.A diferencia de la UNESP y la USP, la UNICAMP hace referencias a autores en el área de la educación, los otros proyectos solo presentan leyes y eventos en el área sin realizar esta articulación teórica.La UNICAMP cuenta con una disciplina obligatoria denominada "Educación y Tecnologías" cuyo menú, presentado en el PPP, indica la experiencia de las prácticas de enseñanza y aprendizaje con tecnologías para que los estudiantes puedan reflexionar, de manera crítica, sobre el uso de las TIC en la educación con un enfoque interdisciplinario.En la disciplina obligatoria "Escuela y Conocimiento en Ciencias Naturales" se hace mención a la relación entre "Ciencia, Tecnología, Sociedad y Medio Ambiente". Además, el curso de Pedagogía de la unicamp cuenta con las siguientes asignaturas optativas:
image/svg+xmlDayra Émile GuedesMARTÍNEZ; José Luís BIZELLI yMárcia Lopes REISRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, dic. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145092618"Comunicación, Educación y Tecnologías", "Aprendizaje e Informática en la Educación I", "Aprendizaje e Informática en la Educación II", "Educación, Tecnología y Sociedad", "Entornos Educativos Virtuales", "Seminarios sobre Educación y Tecnologías de la Información y la Comunicación (TICs)" y "Enseñanza, Aprendizaje y Evaluación: TICS enlas Aulas".En cuanto a las disciplinas que tienen el potencial de abordar directa y profundamente la justicia social, se encontraron las siguientes: "Educación, Democracia, Ciudadanía y Derechos Humanos", "Educación y Ciudadanía", "Educación y Transformación Social","Taller sobre Derechos Humanos y Ciudadanía", "Ética y Diversidad" y "Ética y Educación". Todo opcional.En 1933 se instaló el Instituto de Educación que se incorporó a la USP, en 1939 se promulgó el decreto que crea el curso de pedagogía de la USP y, finalmente, comenzó a funcionar la Escuela de Educación de la institución en 1970. El proyecto de la USP, campus de São Paulo, aprobado en 2015, a diferencia de la UNESP y la UNICAMP, no indica las personas responsables de redactar el documento, solo, al final, indica la aprobación por parte de la Congregación de la Facultad de Educación de la universidad.El proyecto destaca la necesidad de formar profesionales capaces de hacer frente a las "complejas y cambiantes" demandas educativas de la sociedad y que puedan desempeñar funciones docentes y de otro tipo en educación Básica y también actuar en proyectos educativos no escolares. Sobre el pedagogo a egresar de la USP, el PPP destaca que debe entender la escuela como una organización y espacio social que contribuya a la "construcción de una sociedad más justa". El proyecto de la USP en São Paulo es el único, entre los investigados, que hace uso del término feria. Considerando que la institución cuenta con una línea de investigación de "Educación y Participación, Democracia, Derechos Humanos, Justicia Social y Preservación del Medio Ambiente" inserta en el Centro de Estudios e Investigación en Políticas de Educación Pública, se concluye que el extracto anterior es una referencia a la justicia social resultante del área de actividad de quienes participan en la mencionada línea de investigación.La USP tiene las siguientes disciplinas electivas optativas: "Medios y Educación: Un Debate Contemporáneo", "Cultura, Vehículos de Comunicación e Historia de la Educación" y "Producción Audiovisual y Multimedia para la Enseñanza de las Ciencias". Se considera que en los "vehículos de comunicación" se insertan las tecnologías de la información y la comunicación.
image/svg+xmlCursos de pedagogía: Tecnologías digitales y justicia socialRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, dic. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145092619El PPP del curso de Pedagogía de la USP São Paulo también incluye las siguientes disciplinas electivas: "Política Educativa y Diversidad", "Ética y Educación", "Diversidades, Desigualdades y Educación: Aportes Teóricos y Estudios Contemporáneos", "Filosofía de la Educación: Educación, Ética, Política y Ciudadanía", "Desigualdades y Diferencias en las Culturas y la Educación" y "Multiculturalismo, Derechos Humanos y Educación: Temas Contemporáneos".Todos los proyectos mencionan la constitución (BRASIL, 1988) y sus principios democráticos y ciudadanos. En laConstitución Federal de 1988, la educación se entiende como un derecho de todos y un deber de la familia y del Estado, inspirado en los principios de libertad y los ideales de solidaridad humana, con el objetivo del pleno desarrollo del estudiante, su preparación para el ejercicio de la ciudadanía y su cualificación para el mundo del trabajo. El término justicia social aparece en la constitución una vez cuando del orden económico cuyo fin establecido es la garantía de existencia digna de todos según los "dictados de la justicia social".Los proyectos también enfatizan la complejidad del trabajo docente debido a las diferentes demandas a lo largo de la historia y la extensión más allá del aula a otras funciones administrativas y de gestión en la unidad escolar y por actuar en entornos no escolares en proyectos educativos variados.Aunque los proyectos destacan las especificidades del mundo moderno y la contemporaneidad, se hacen pocas menciones a la tecnología en la educación y ninguna mención a las tecnologías digitales como herramientas de justicia social. Se podría considerar que, por la intención general presentada en los proyectos de orientar la acción pedagógica y la formación docente por principios democráticos y constitucionales, todo el proceso de enseñanza -metodologías y contenidos-tiene como objetivo lograr la justicia social. En este sentido, el estudio y uso de TDIC estaría bajo esta égida. Las fuentes, sin embargo, son insuficientes en términos explícitos para confirmar esta aserción.Específicamente, la UNICAMP, al posicionarse en contra de la educación a distancia, parece concebir los métodos y herramientas de este tipo de educación como inadecuados para el proceso de enseñanza y aprendizaje, al menos en la forma en que se desarrollanactualmente: acelerados y superficiales. Aún así, es la institución que más disciplinas tiene sobre tecnologías de la información y la comunicación -y el proyecto que más ocurrencias tiene del término tecnología (once veces)-lo que revela la importancia atribuida a la mediación humana, en este caso, a la implicación y seguimiento de los docentesin locoenel proceso de aprendizaje.
image/svg+xmlDayra Émile GuedesMARTÍNEZ; José Luís BIZELLI yMárcia Lopes REISRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, dic. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145092620Las disciplinas, con excepción de "Educación y Tecnologías" de la UNICAMP, son opcionales. Aunque la oferta de asignaturas optativas permite a los estudiantes construir su propio camino formativo más allá de lo que la institución considera esencial, la mayor carga de trabajo y la obligación de estudiar colocan estos contenidos en una posición más alta que los otros contenidos con menor carga de trabajo y, al ser opcionales, se consideran prescindibles. Se puede considerar que los núcleos curriculares de loscursos de pedagogía analizados, elaborados dentro de los principios democráticos constitucionales que conciben la escuela también como un espacio para la experiencia y el aprendizaje de la ciudadanía, y que, a partir de este núcleo, se profundizan los temas en disciplinas no obligatorias, la justicia social impregna la formación, aunque el término no se especifique en los proyectos.Se enfatiza, nuevamente, que elPPP sistematiza y representaría, en sí misma, el resultado de fricciones de la institución en cuestión con órganos externos y demandas además de discusiones internas. Los cursos de pedagogía se ofrecen con la articulación devarios departamentos con grupos de investigación y profesores que obviamente no comparten las mismas ideologías y asumen prácticas diferentes. Así, los proyectos constituyen un acuerdo entre estos disidentes.Consideraciones finalesEsta investigación se desarrolla bajo la premisa, constitucional y ética, de que la escuela pública, libre y de calidad es un derecho de todos y un deber del Estado como lugar de aprendizaje de la democracia y adquisición de los conocimientos necesarios para la inclusión integral de la persona en la sociedad contemporánea. En este sentido, la escuela es una de las instituciones responsables de la realización de la justicia social y sus profesionales son responsables de prácticas consistentes con estos principios; para ello, es necesario, además de las condiciones estructurales y la valorización profesional, la formación coherente con los docentes que actuarán en la educación escolar. La justicia social no sólo se realiza con la organización de la práctica pedagógica por parte de las instituciones de formación docente, bajo este principio. Esta es una de las otras esferas sociales y políticas que deben comprometerse con este objetivo.Aunque la investigación se encuentra en un momento inicial, es posible comprobar que la justicia social es un concepto considerado por las instituciones de educación superior analizadas, como formadores docentes para actuar en la educación básica. Asumiendo que esta formación se produce, bajo otros principios, también orientados por la justicia social
image/svg+xmlCursos de pedagogía: Tecnologías digitales y justicia socialRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, dic. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145092621debido a los conceptos y disciplinas presentadas, es de concluir que las prácticas docentes ocurren bajo esta égida, con el estudio y uso de las tecnologías digitales de la información y la comunicación como herramientas de justicia social. Sin embargo, esta afirmación carece de evidencia explícita e incluso puede ser una hipótesis de investigación.El carácter electivo de las disciplinas indica una posición secundaria y prescindible de los contenidos estudiados en las mismas frente al núcleo curricular obligatorio. Aunque el uso de TDIC se produce como una herramienta de uso personal y ayuda en la formación docente, la reflexión crítica sobre ella no está garantizada por este uso y, además de la justicia social, requiere de una intencionalidad manifiesta como garantía de rendición de cuentas y realización.Conocimiento y dominio mínimo de TDIC son necesarios para garantizar que se utilicen de manera más justa que sólo de manera acrítica, consumista y tecnocrática. En este sentido, las instituciones de educación superior, encargadas de la formación docente para actuar en la educación básica, tienen que tener la intención de enseñar este tipo de conocimientos y aportar experiencias con las tecnologías, no con el fin de formar tecnólogos que actuarán con tecnologías de vanguardia en la escuela, sino como una de las posibilidades de acción para promover las condiciones de justicia social.REFERENCIASALONSO, K.M. Tecnologias da informação e comunicação e formação de professores: sobre rede eescolas. Educação & Sociedade, Campinas, v. 29, n. 104, p. 747-768, out. 2008. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0101-73302008000300006ARSHAD, M.; AKRAM, M.S. Social media adoption by the academic community: theoretical insights and empirical evidence from developing countries. International Review of Research in Open and Distributed Learning, v. 19, n. 3, p. 243-262, jul.2018. Disponible en: http://www.irrodl.org/index.php/irrodl/article/view/3500/4704. Acceso: 23 oct.2018.BALL, S. Sociologia das políticas educacionaise pesquisa crítico-social: uma revisão pessoal das políticas educacionais e da pesquisa em política educacional. Currículo sem Fronteiras, v. 6, n. 2, p. 10-32, jul./dez.2006. Disponible en: http://www.curriculosemfronteiras.org/vol6iss2articles/ball.pdf. Acceso: 12 Mar. 2019.BIZELLI, J.L. Inovação: limites e possibilidadespara aprender na era do conhecimento. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2013.BRASIL. Conselho Nacional de Educação (CNE). Resolução CNE/CP n.1, de 15 de maiode 2006. Institui diretrizes curriculares nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, Licenciatura. Diário Oficial da União:Seção 1, Brasília, DF, p. 11, 16 maio 2006.
image/svg+xmlDayra Émile GuedesMARTÍNEZ; José Luís BIZELLI yMárcia Lopes REISRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, dic. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145092622BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF:Senado, 1988.BRASIL. Lein. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União: Seção 1, Brasília, DF, n. 248, p. 27833, 23 dez. 1996.FACULDADE DE CIÊNCIAS E LETRAS DA UNESP ARARAQUARA. Projeto Pedagógico do Curso de Pedagogia daFaculdade de Ciências e Letras de Araraquara/UNESP. Araraquara: FCLAr/UNESP, 2007. Disponible en: https://www.fclar.unesp.br/Home/Graduacao/PPP%20PEDAGOGIA.pdf. Acceso: 5 dic.2018.FACULDADE DE CIÊNCIAS E LETRAS DA UNESP ARARAQUARA. ResoluçãoUNESP Nº 16, de 07 de março de 2016. Araraquara: FCLAr/UNESP, 2016. Disponible en: https://www.fclar.unesp.br/Home/Graduacao/resolucoes-16-2016---libras.pdf. Acceso: 5 dic.2018.FACULDADE DE CIÊNCIAS E LETRAS DA UNESP ARARAQUARA. Termo de adequação do Projeto Pedagógico doCurso de Pedagogia. Araraquara: FCLAr/UNESP, 2015. Disponible en: https://www.fclar.unesp.br/Home/Graduacao/proposta-de-adequacao-do-projeto-pedagogico-do-curso-de-pedagogia-da-fcl.pdf. Acceso: 5 dic.2018.FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA UNICAMP. Projeto Político PedagógicoCurso de Pedagogia Catálogo 2019. Campinas: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), 2019.Disponible en: https://www.fe.unicamp.br/pf-fe/pagina_basica/1200/projeto_pedagogico_pedagogia_-_catalogo_2019_0.pdf. Acceso: 5dic.2018.FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA USP. Projeto Político Pedagógico do Curso de Licenciatura em Pedagogia. São Paulo: Universidade de São Paulo (USP), 2015. Disponible en: http://www4.fe.usp.br/wp-content/uploads/graduacao/ppppedagogiaversao.pdf. Acceso: 05 dic.2018.FONTOURA, H.A.Formação de Professores para a Justiça Social: uma reflexão sobre a docência na Residência Pedagógica. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v.12, n.1, p. 120-133, 2017. DOI: http://dx.doi.org/10.21723/riaee.v12.n1.7932KENSKI, V.M. Tecnologias e ensino presencial e a distância. 9.ed. São Paulo: Papirus, 2012.LÉVY, P. Cibercultura. Trad.Carlos Irineu da Costa. 3.ed. SãoPaulo: Editora 34, 2010.REIS, M.L.Processos de inovação e políticas de ciência e tecnologia: um olhar sobre a função social da escola brasileira na contemporaneidade. Sociologias, Porto Alegre, n. 6, p. 52-69, dez., 2001. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1517-45222001000200004VARGAS, F.J.; SANHUEZA, C.M. Diversidad, modelos de gestión y formación inicial docente: desafíos formativos desde una perspectiva de justicia social. Revista Brasileira de Educação, v. 23, 2018. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/s1413-24782018230005
image/svg+xmlCursos de pedagogía: Tecnologías digitales y justicia socialRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, dic. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145092623VEIGA, I.P.A. Educação básica e educação superior: projeto político-pedagógico. 5.ed. Campinas: Papirus, 2010.Cómo hacer referencia a este artículoMARTÍNEZ, D. E. G.; BIZELLI, J. L.;REIS, M. L. Cursos de pedagogía: Tecnologías digitales y justicia social. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, dic.2020. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14509Enviado: 10/09/2019Revisiones requeridas:10/01/2020Aprobadoen:30/04/2020Publicadoen:12/01/2020
image/svg+xmlPedagogy courses: Digital technologies and social justiceRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145092611PEDAGOGY COURSES: DIGITAL TECHNOLOGIES AND SOCIAL JUSTICECURSOS DE PEDAGOGIA: TECNOLOGIAS DIGITAIS E JUSTIÇA SOCIALCURSOS DE PEDAGOGÍA: TECNOLOGÍAS DIGITALES Y JUSTICIA SOCIALDayra Émile Guedes MARTÍNEZ1José Luís BIZELLI2Márcia Lopes REIS3ABSTRACT:The social and economic relevance of digital information and communication technologies (DICT) encourages basic education to consider them, under the aegis of social justice, since school is the place for the full development of the individual. This work aims to analyze the political-pedagogical projects (PPP) of the Pedagogy courses at UNESP Araraquara campus, UNICAMP and USP São Paulo campus -highlighting the references and disciplines on DICT and social justice. It was possible to verify that social justice is considered by the analyzed institutions and that there is availability of subjects, in their majority, optative on digital technologies, however, the projects, which represent the intentionality of the pedagogical action, do not present explicit evidence that DICT is used and studied from the perspective of social justice.KEYWORDS:Pedagogy course. Political-pedagogical project. Digital information and communication technologies. Social justice.RESUMO: A relevância social e econômica das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) incita que a educação básica as considere, sob a égide da justiça social, já que a escola é o local para o desenvolvimento pleno do indivíduo. Este trabalho tem por objetivo analisar os projetos político-pedagógico (PPP) dos cursos de Pedagogia da UNESP campus Araraquara, UNICAMP e USP campus São Paulo destacando as referências e disciplinas sobre TDIC e justiça social. Foi possível verificar que a justiça social é considerada pelas instituições analisadas e que existe disponibilidade de disciplinas, em sua maioria, optativas sobre tecnologias digitais, porém, os projetos, que representam a intencionalidade da ação pedagógica, não apresentam evidências explícitas de que TDIC sejam utilizadas e estudadas na perspectiva da justiça social.PALAVRAS-CHAVE: Curso de pedagogia. Projeto político-pedagógico. Tecnologias digitais de informação e comunicação. Justiça social.1São Paulo State University (UNESP), Araraquara SP Brazil. PhDstudent in the Graduate Program in School Education. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3054-5979. E-mail: dayraeg@yahoo.com.br2São Paulo State University (UNESP), Araraquara SP Brazil. Associateprofessor, Faculty of Sciences and Letters (FCLAr/UNESP) -Brazil; Post-GraduateProgram in School Education. Research Productivity Researcher 2 -CNPq. National Coordinator FEPAE. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-6634-1444. E-mail: jose.bizelli@unesp.br3São Paulo State University (UNESP), Araraquara SP Brazil. Assistant Professor in the Department of Education. PhDin Sociology(UnB). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0520-506X. E-mail: marcia.reis@unesp.br
image/svg+xmlDayra Émile Guedes MARTÍNEZ; José Luís BIZELLI andMárcia Lopes REISRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145092612RESUMEN: La relevancia social y económica de las tecnologías digitales de información y comunicación (TDIC) incita que la educación básica las considere, bajo los auspicios de la justicia social, ya que la escuela es el lugar para el pleno desarrollo del individuo. Este trabajo tiene como objetivo analizar los proyectos político-pedagógicos (PPP) de los cursos de Pedagogía de la UNESP campus de Araraquara, UNICAMP y USP campus de São Paulo destacando las referencias y disciplinas sobre TDIC y justicia social. Se pudo verificar que las instituciones analizadas consideran la justicia social y que hay disponibilidad de disciplinas, la mayoría de ellas opcionales, sobre tecnologías digitales, sin embargo, los proyectos, que representan la intencionalidad de la acción pedagógica, no presentan evidencias explícitas de que las TDIC sean utilizadas y estudiadas desde la perspectiva de la justicia social.PALABRAS CLAVE: Curso de pedagogía. Proyecto político pedagógico. Tecnologías digitales de información y comunicación. Justicia social.IntroductionDigital information and communication technologies (TDIC) have conditioned new forms of relationship with the knowledge and exercise of citizenship, since, in a network, in addition to government services and information being offered to the population through digital means, this is a new space for social mobilization. However, there is a misstep between the school and the TDIC that can be overcome with an initial teacher education, guided by democratic values, which makes use and focus the study of TDIC to contribute to the future school performance of teachers in training.Considering the social and economic effects that digital technologies have, it is necessary an approach within social justice that considers the potential of technology under this aegis. Justice is an ancient concept, discussed since Aristotle, and qualified and redesigned throughout history. The principles of social justice cover the guarantee of rights of access to public goods education, health, peace, etc. and opportunities decent work, housing, etc. for people from different socioeconomic backgrounds.We understand that the responsibility for social change is not exclusive to the school and depends on various political resorts, social agents and economic conditions.The teacher is considered an essential figure of the teaching and learning process, and his initial formation is one of the determining factors for school performance. Thus, by promoting the use and study of TDICduring undergraduate graduation, from the perspective of social justice, the university forms professors capable of dealing with current technical works.This text represents an initial part of an ongoing doctoral research that investigates initial teacher education in Pedagogy courses in the state of São Paulo, with the use and study of
image/svg+xmlPedagogy courses: Digital technologies and social justiceRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145092613digital technologies as tools to promote social justice. Understanding that the promotion of practices that result in a quality education demand a differentiated organization of pedagogical work and thatthis structure and its functioning are presented in the political-pedagogical projects (PPP) of higher education institutions, as teacher trainers to act in basic education; thus, we chose to use this feature as an object of analysis. Thus, this work aimsto present the analysis of the PPP of the Pedagogy courses of UNESP -Campus Araraquara, UNICAMP and USP -São Paulo campus highlighting the references to TDIC and social justice and disciplines focused on these contents.Theoretical rationaleInterpersonal relationships, forms of consumption, the production and distribution of information and access to public services are examples of actions modified by the emergence and popularization of the network. The network, or cyberspace, is defined as the "communication space opened by the worldwide interconnection of computers and computer memories" (LÉVY, 2010, p. 94) and has its own culture way of thinking, being and acting called cyberculture. The digital medium is then both medium and culture.Each new communication system creates a group of excluded, as Lévy (2010) compared, before the invention of writing had not illiterate. Thus, cyberspace is a new factor that contributes to the exclusion of people without access conditions and, even with access, without the necessary knowledge to navigate it. With the increasingly extensive use of the digital world, including by the public authorities, the exclusion of the network, part of the population, is worrying since the digital environment has the possibility of guaranteeing 'traditional' rights and invokes the creation and guarantee of new rights (BIZELLI, 2013).As the schooling process is institutionally exclusive to the formation and performance in social life, this context has the responsibility to cover contemporary technologies in education under the aegis of democracy. Historically, the school has configured itself in different ways as its objectives. From elitist beginnings, exclusionary structures and practices still persist, although, at present, constitutionally, education is everyone's right and aims at "the full development of the person, his preparation for the exercise of citizenship and his qualification for work" (BRASIL, 1988).The intentionality of pedagogical work is focusedin its planning. Law 9.394 (BRASIL, 1996) provides that educational establishments elaborate and execute their pedagogical proposal, however, the terminological variety used (pedagogical proposal, work plan and
image/svg+xmlDayra Émile Guedes MARTÍNEZ; José Luís BIZELLI andMárcia Lopes REISRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145092614pedagogical project) can generate conceptual and operational confusion. In addition to this law, which includes a section on education professionals and their training, CNE/CP Resolution No. 1 (BRASIL, 2006) establishes curricular guidelines for the pedagogy course at the national level. Ball's (2006) perspective, adopted here, that policies limit or modify the field of possible actions, do not dictate exactly what to do; under its constraints, it is necessary a "creative social action" in the context of action.The political-pedagogical project (PPP) is a document asmuch as a process experienced and to be experienced within democratic principles. According to Veiga (2010), the PPP is the very organization of pedagogical work and its construction is based on the principles of equality, quality, freedom, democratic management and the valorization of the magisterium. Under these principles, for the author, the PPP represents resistance to the fragmentation, homogeneity and hierarchy of the teaching process and presents the agreements and divergences with the social, cultural, political and economic context in which its elaboration is included. It is understood, then, that the PPP can constitute considering social justice as one of the guiding principles that will underpin the set of actions.Social justice, as a principle, is structured in equal opportunities, protection of freedom and other rights and acquisition and maintenance of social balance (FONTOURA, 2017). The educational area has been developing pedagogical practices and theories that include these principles, although, as the scope of the term itself implies, in a diversified way. Thus, issues of gender and ethnicity, human rights, special education, inclusive and democratic schooling are examples of concepts and practices that dialogue with social justice through the longing for an equitable society.Even if the academic community uses digital technologies, collaboration, communication and resource sharing are the aspects that most motivate the use of the virtual environment and social networks (ARSHAD; AKRAM, 2018), its instrumental use does not guarantee its critical study by teachers in training and does not influence their school performance.However, there is a mismatch between the TDIC, in his logic of production and socialization of knowledge, and the school environment (ALONSO, 2008), however, for Kenski (2012), with cyberspace, the teacher's performance as an essential actor in the schooling process expands rather than diminishes, since one of its functions would be precisely to help students analyze the contents and situations provided by the TDIC and to use other forms of "rationalities". In this sense:
image/svg+xmlPedagogy courses: Digital technologies and social justiceRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145092615[...] the contemporary school must be, above all, preparation for life in a world in constant change, a context in which it must place in relevance the ability to understand what happens around itself and propose innovative solutions (REIS, 2001, p. 64).It is understood that digital technologies, as tools of social justice, as mediators between citizens and public services and information, potentiating the capacity of production and media distribution of specific groups not included in traditional social representation, space for social mobilization and learning. Insufficient training to deal with diverse contexts and the absence of reflective spaces in the exercise of the profession hinder the teaching performance for social justice and contribute to teachers disregarding their role as collaborating agents to overcome inequalities in the educational system (VARGAS; SANHUEZA, 2018).In this sense, the organization of initial teacher training, in pedagogy courses, is one of the aspects that contributes to change this scenario and, in addition to bringing the school and the TDIC closer together, doing so from the perspective of social justice.Methodological pathThe delimitation of the research universe was carried out considering the public universities of the state of São Paulo that offer Undergraduate courses in Pedagogy: UNESP, UFSCar, USP and UNICAMP. The courses offered in the distance modality were not included, which also excludes the UNIVESP, due to the specificities of the modality that require a conceptualization and contextualization that do not constitute the purpose of the research. The sampling considered is formed by the coursesoffered at the Campus of Araraquara of UNESP and that of São Paulo of USP, since universities offer the pedagogy course in several campuses with different projects and curricula. At first, UFSCar will not be considered because it is a federal institution,unlike the others that are state.Once the participating universities were selected, a search was carried out on their websites to survey the projects of pedagogy courses. All universities make their projects available for free access. In the case of morethan one document, the most recent ones were selected by the year 2018. With the material selected, the reading and search for terms on TDICand social justice was performed considering them as two categories:TDIC: technology, information and communication technologies, TIC, TDIC, media, computer, computer, virtual;
image/svg+xmlDayra Émile Guedes MARTÍNEZ; José Luís BIZELLI andMárcia Lopes REISRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145092616Social justice: justice, ethics, equality, inequality, diversity, citizenship, democracy, human rights.According to the reading of the projects, new terms not indicated above, but referring to these categories, were considered in the analysis.Because of the brevity of this work, some points will be explored in the future in the research. The infrastructure of universities, that is, mentions made to media libraries or computer roomswill not be mentioned in this work, although it is understood that infrastructure is a conditioning factor of teacher training with/about the use of TDIC as a tool of social justice in education.Racial and gender issues are also considered as related to social justice as well as special and inclusive education, as they articulate the knowledge of and about historically excluded groups and their inclusion and success in the schooling process. Not all projects present the menus of the disciplines or presentonly the menus of the compulsory disciplines; the analysis of this material will also be performed at a future moment of the research.Political-pedagogical projects of pedagogy courses: digital information and communication technologies and social justiceThe Faculty of Sciences and Letters of Araraquara (FCLAr) of UNESP has a pedagogy course that has been operating since 1959. The most recent PPP, Available in2018, was prepared by the Course Council, management of 2006/2007, with date, at the end of the document, march 2007, and to this project was added a Term of Adequacy, in 2015, on new guidelines deliberations and a new Resolution, in 2016, on the curricular structure with change in the workload in optional disciplines and the discipline LIBRAS.In addition to the external legal determinations that guided the development of the project in question, the text highlights the organization and internal dynamics of the institution, the potentialities and limits of the faculty (and the impossibility of new hiring due to budgetary limitations) and various discussion bodies, such as forums and congresses, which influenced the new curricular organizations and the new PPP.UNESP fromAraraquara understands the school as "a social reference for the dissemination of knowledge, technology and culture in its different forms". With the expansion of access to basic education, in addition to the quantitative increase of students, the diversity of students is greater and they seek an education that "allows them to incorporate themselves into
image/svg+xmlPedagogy courses: Digital technologies and social justiceRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145092617technological and economic development, markedly globalized, and, at the same time, participate in democratic life and exercise citizenship". In addition to these occurrences of the terms related to TDIC and social justice, the following elective disciplines are offered: "Informatics", "New Technologies Applied to Teaching" and "Media, Culture and Education". Both the term "new technologies" and "media" can encompass digital technologies. On the other hand, the disciplines that can approach social justice more directly are: "Citizenship and ethics: challenges for Education" and "Education, Culture and Citizenship", both of which are optional.UNICAMP's Pedagogy course went live in 1974. The project presents the demands to change the curriculum in 2008. Among the guiding principles of the new curricular proposal, listed in the PPP "2019Catalog", is the "solid, interdisciplinary and articulated theoretical training", which is why the institution's position against accelerated training and distance training is pointed out.Unlike UNESP and USP, UNICAMP makes references to authors in the area of education, the other projects only present laws and events in the area without performing this theoretical articulation.UNICAMP has a mandatory discipline called "Education and Technologies" whose menu, presented in the PPP, indicates the experience of teaching and learning practices with technologies so that students can reflect, critically, on the use of ICT in education with an interdisciplinary approach.In the compulsory discipline "School and Knowledge in Natural Sciences" mention is made of the relationship between "Science, Technology, Society and Environment". In addition, UNICAMP's Pedagogy course has the following elective subjects: "Communication, Education and Technologies", "Learning and Informatics in Education I", "Learning and Informatics in Education II", "Education, Technology and Society", "Virtual Educational Environments", "Seminars on Education and Information and Communication Technologies (TICs)" and "Teaching, Learning and Evaluating: TICS in Classrooms".Regarding the disciplines that have the potential to directly and in-depth address social justice, the following were found: "Education, Democracy, Citizenship and Human Rights", "Education and Citizenship", "Education and Social Transformation", "Workshop on Human Rights and Citizenship", "Ethics and Diversity" and "Ethics and Education". All optional.In 1933, the Institute of Education was installed that was incorporated to USP, in 1939, the decree that creates the pedagogy course of USP was promulgated and, finally, the School of Education of the institution began operating in 1970. The USP project, São Paulo campus,
image/svg+xmlDayra Émile Guedes MARTÍNEZ; José Luís BIZELLI andMárcia Lopes REISRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145092618approved in 2015, unlike UNESP and UNICAMP, does not indicate the people responsible for drafting the document, only, at the end, indicates the approval by the Congregation of the Faculty of Education of the university.The project highlights the need to train professionals able to deal with the "complex and changing" educational demands of society and can perform teaching and other functions in Basic Education and also act in non-school educational projects. About the pedagogue to be graduated from USP, the PPP stresses that it must understand the school as an organization and social space that contributes to the "construction of a fairer society". The USP project in São Paulo is the only one, among those investigated, that makes use of the term fair. Considering that the institution has a research line of "Education and Participation, Democracy, Human Rights, Social Justice and Preservation of the Environment" inserted in the Center for Studies and Research in Public Education Policies, it is concluded that the above excerpt is a reference to social justiceresulting from the area of activity of those involved in the mentioned line of research.USP has the following elective disciplines: "Media and Education: A Contemporary Debate", "Culture, Communication Vehicles and History of Education" and "Audiovisual and Multimedia Production for Science Teaching". It is considered that in "communication vehicles" information and communication technologies are inserted.The PPP of the Pedagogy course at USP São Paulo also includes the following elective disciplines: "Educational Policy and Diversity", "Ethics and Education", "Diversities, Inequalities and Education: Theoretical Contributions and Contemporary Studies", "Philosophy of Education: Education, Ethics, Politics and Citizenship", "Inequalities and Differencesin Cultures and Education" and "Multiculturalism, Human Rights and Education: Contemporary Themes".All projects mention the constitution (BRASIL, 1988) and its democratic and citizens principles. In the Federal Constitution of 1988, education is understood as a right of all and duty of the family and the State, inspired by the principles of freedom and the ideals of human solidarity, with the aim of the full development of the student, his preparation for the exercise of citizenship and his qualification for the world of work. The term social justice appears in the constitution once when of the economic order whose established end is the guarantee of existence worthy of all according to the "dictates of social justice".The projects also emphasize the complexity of teaching work due to the different demands throughout history and the extension beyond the classroom to other administrative
image/svg+xmlPedagogy courses: Digital technologies and social justiceRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145092619and management functions in the school unit and for acting in non-school environments in varied educational projects.Although the projects highlight specificities of the modern world and contemporaneity, few mentions of technology in education are made and no mention of digital technologies as tools of social justice. It could be considered that, by the general intention presented in the projects to guide pedagogical action and teacher training by democratic and constitutional principles, the whole teaching process methodologies and contents aims to achieve social justice. In this sense, the study and use of TDICwould be under this aegis. The sources, however, are insufficient in explicit terms to confirm this affirmation.Specifically, UNICAMP, when positioning itself against distance education, seems to conceive the methods and tools of this type of education as inadequate to the teaching and learning process, at least in the way they are currently developed: accelerated and superficial. Still, it is the institution that has the most disciplines on information and communication technologies and the project that has the most occurrences of the term technology (eleven times) which reveals the importance attributed to human mediation, in this case, to the involvement and monitoring of teachers on site in the learning process.The disciplines, with the exception of UNICAMP's "Education and Technologies" are optional. Although the offer of elective subjects allows students to build their own formative path beyond what the institution deems essential, the higher workload and the obligation to study put these contents in a higher position than the other contents with lower workload and, because they are optional, consider themselves expendable. It can be considered that the curricular nuclei of the pedagogy courses analyzed, elaborated within the constitutional democratic principles conceiving the school also as a space for the experience and learning of citizenship, and that, from this nucleus, the themes are deepened in non-compulsory disciplines, social justice permeates the formation, even though the term is not specified in the projects.It is emphasized, again, that the PPP systematize and would represent, in itself, the result of frictions of the institution in question with external organs and demands in addition to internal discussions. Pedagogy courses are offered with the articulation of several departments with research groups and faculty that obviously do not share the same ideologies and assume different practices. Thus, the projects constitute an agreement between these dissents.
image/svg+xmlDayra Émile Guedes MARTÍNEZ; José Luís BIZELLI andMárcia Lopes REISRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145092620Final considerationsThis research is developed by the premise, constitutional and ethical, that the public school, free and quality is a right of all and a duty of the State as a place of learning democracy and acquisition of knowledge necessary for the integral inclusion of the person in contemporary society. In this sense, the school is one of the institutions responsible for the realization of social justice and its professionals are responsible for practical practices consistent with these principles; for this, it is necessary,in addition to structural conditions and professional valorization, the training consistent with teachers who will act in school education. Social justice is not only realized with the organization of pedagogical practice by teacher training institutions,under this principle. This is one among other social and political spheres to be committed to this goal.Although the research is at an initial moment, it is possible to verify that social justice is a concept considered by the higher education institutions analyzed, as teacher trainers to act in basic education. Assuming that this formation occurs, under other principles, also oriented by social justice due to the concepts and disciplines presented, it is to be concluded that teaching practices occur under this aegis, with the study and use of digital information and communication technologies as social justice tools. However, this statement lacks explicit evidence and may even be a research hypothesis.The elective character of the disciplines indicates asecondary and dispensable position of the content studied in them in front of the mandatory curricular nucleus. Although the use of TDICoccurs as a tool for personal use and assists in teacher education, critical reflection on it is not guaranteed by this use and, as well as social justice, requires manifest intentionality as a guarantee of accountability and accomplishment.Knowledge and minimal mastery of TDIC are necessary to ensure that they are used more fairly than only used in an uncritical, consumerist and technocratic manner. In this sense, higher education institutions, responsible for teacher training to act in basic education, have to have the intention of teaching this type of knowledge and provide experiences with technologies, not in order to train technologists who will act with cutting-edge technologies in school, but as one of the possibilities of action to promote the conditions of social justice.
image/svg+xmlPedagogy courses: Digital technologies and social justiceRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145092621REFERENCESALONSO, K.M. Tecnologias da informação e comunicação e formação de professores: sobre rede e escolas. Educação & Sociedade, Campinas, v. 29, n. 104, p. 747-768, out. 2008. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0101-73302008000300006ARSHAD, M.; AKRAM, M.S. Social mediaadoption by the academic community: theoretical insights and empirical evidence from developing countries. International Review of Research in Open and Distributed Learning, v. 19, n. 3, p. 243-262, jul. 2018. Available in: http://www.irrodl.org/index.php/irrodl/article/view/3500/4704. Access in: 23 Oct. 2018.BALL, S. Sociologia das políticas educacionais e pesquisa crítico-social: uma revisão pessoal das políticas educacionais e da pesquisa em política educacional. Currículo sem Fronteiras, v. 6, n. 2, p. 10-32, jul./dez.2006. Available in: http://www.curriculosemfronteiras.org/vol6iss2articles/ball.pdf. Access in: 12 Mar. 2019.BIZELLI, J.L. Inovação: limites e possibilidades para aprender na era do conhecimento. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2013.BRASIL. Conselho Nacional de Educação (CNE). Resolução CNE/CP n.1, de 15 de maio de 2006. Institui diretrizes curriculares nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, Licenciatura. Diário Oficial da União:Seção 1, Brasília, DF, p. 11, 16 maio 2006.BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF:Senado, 1988.BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União: Seção 1, Brasília, DF, n. 248, p. 27833, 23 dez. 1996.FACULDADE DE CIÊNCIAS E LETRAS DA UNESP ARARAQUARA. Projeto Pedagógico do Curso de Pedagogia da Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara/UNESP. Araraquara: FCLAr/UNESP, 2007. Available in: https://www.fclar.unesp.br/Home/Graduacao/PPP%20PEDAGOGIA.pdf. Access in: 5 Dec. 2018.FACULDADE DE CIÊNCIAS E LETRAS DA UNESP ARARAQUARA. Resolução UNESP Nº 16, de 07 de março de 2016. Araraquara: FCLAr/UNESP, 2016. Available in: https://www.fclar.unesp.br/Home/Graduacao/resolucoes-16-2016---libras.pdf. Access in: 5 Dec. 2018.FACULDADE DE CIÊNCIAS E LETRAS DA UNESP ARARAQUARA. Termo de adequação do Projeto Pedagógico do Curso de Pedagogia. Araraquara: FCLAr/UNESP, 2015. Available in: https://www.fclar.unesp.br/Home/Graduacao/proposta-de-adequacao-do-projeto-pedagogico-do-curso-de-pedagogia-da-fcl.pdf. Access in: 5 dez. 2018.FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA UNICAMP. Projeto Político PedagógicoCurso de Pedagogia Catálogo 2019. Campinas: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), 2019. Available in: https://www.fe.unicamp.br/pf-fe/pagina_basica/1200/projeto_pedagogico_pedagogia_-_catalogo_2019_0.pdf. Access in: 5 Dec. 2018.
image/svg+xmlDayra Émile Guedes MARTÍNEZ; José Luís BIZELLI andMárcia Lopes REISRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145092622FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA USP. Projeto Político Pedagógico do Curso de Licenciatura em Pedagogia. São Paulo: Universidade de São Paulo (USP), 2015. Available in: http://www4.fe.usp.br/wp-content/uploads/graduacao/ppppedagogiaversao.pdf. Access in: 05 Dec. 2018.FONTOURA, H.A.Formação de Professores para a Justiça Social: uma reflexão sobre a docência na Residência Pedagógica. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v.12, n.1, p. 120-133, 2017. DOI: http://dx.doi.org/10.21723/riaee.v12.n1.7932KENSKI, V.M. Tecnologias e ensino presencial e a distância. 9.ed. São Paulo: Papirus, 2012.LÉVY, P. Cibercultura. Trad.Carlos Irineu da Costa. 3. ed. São Paulo: Editora 34, 2010.REIS, M.L. Processos de inovação e políticas de ciência e tecnologia: um olhar sobre a função social da escola brasileira na contemporaneidade. Sociologias, Porto Alegre, n. 6, p. 52-69, dez., 2001. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1517-45222001000200004VARGAS, F.J.; SANHUEZA, C.M. Diversidad, modelos de gestión y formación inicial docente: desafíos formativos desde una perspectiva de justicia social. Revista Brasileira de Educação, v. 23, 2018. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/s1413-24782018230005VEIGA, I.P.A. Educação básica e educação superior: projeto político-pedagógico. 5. ed. Campinas: Papirus, 2010.
image/svg+xmlPedagogy courses: Digital technologies and social justiceRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145092623How to referencethis articleMARTÍNEZ, D. E. G.; BIZELLI, J. L.; REIS, M. L. Pedagogy courses: Digital technologies and social justice. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2611-2623, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14509Submitted:10/09/2019Revisions required:10/01/2020Approved: 30/04/2020Published: 01/12/2020