image/svg+xml
Cátedra
Isabel Muñoz Caravaca:
Uma
iniciativa para o estudo e promoção da igualdade entre homens e
mulheres
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687
-
2698, dez. 2020. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2687
CÁTEDRA ISABEL MUÑOZ CARAVACA: UMA INICIATIVA PARA O ESTUDO E
PROMOÇÃO DA IGUALDADE ENTRE HOMENS E MULHERES
LA CÁTEDRA ISABEL MUÑOZ CARAVACA: UNA INICIATIVA PARA EL ESTUDIO
Y EL FOMENTO DE LA IGUALDAD ENTRE HOMBRES Y MUJERES
ISABEL
MUÑOZ CARAVACA DISCIPLINE: AN INITIATIVE FOR THE STUDY AND
PROMOTION OF EQUALITY BETWEEN MEN AND WOMEN
Nieves HERNÁNDEZ
-
ROMERO
1
Concepción CARRASCO CARPIO
2
Soledad ANDRÉS GÓMEZ
3
RE
S
U
M
O
: A disciplina de pesquisa Isabel Muñoz Caravaca foi introduzida em junho de 2019
como resultado de um acordo entre a Universidade de Alcalá e o Instituto da Mulher de Castela
-
Mancha. O objetivo dessa disciplina é promover pesquisas sobre questões relacion
adas à
violência de gênero, igualdade e visibilidade da contribuição das mulheres ao longo da história.
Com esse propósito, durante o primeiro ano serão realizadas atividades de PD&I (Pesquisa,
Desenvolvimento e Inovação) bem como a transferência e divulga
ção dos resultados de
pesquisas relacionadas a estereótipos e preconceitos de gênero e sua percepção e experiência
por adolescentes da região. Este trabalho expõe as bases que sustentam as primeiras atividades
de pesquisa e divulgação da referida disciplin
a.
P
ALA
V
R
A
S
-
CHA
V
E
: Gênero. Pesquisa. Igualdade. Transferência de resultados.
RESUMEN
:
El pasado mes de junio de 2019 ha sido presentada la Cátedra de investigación
Isabel Muñoz Caravaca, fruto de un convenio entre la Universidad de Alcalá y el Instituto de
la Mujer de Castilla
-
La Mancha. El objetivo de esta cátedra es promover la investiga
ción en
temas relacionados con la violencia de género, la igualdad y la visibilización de la contribución
de las mujeres a lo largo de la historia. Con este propósito se realizarán durante el primer año
actividades de I+D+I, así como la transferencia y div
ulgación de los resultados de
investigaciones relacionadas con los estereotipos y prejuicios de género y su percepción y
vivencia por adolescentes de la región.
Este trabajo expone la fundamentación que sustenta las primeras actividades de investigación
y
divulgación de dicha cátedra.
PALABRAS CLAVE
:
Género.
Investigación. Igualdad.
Transferencia de resultados.
1
Universidade de Alcalá
(UAH), Alcalá de Henares
–
España.
Professora Contratada
do
Departamento de Ciências
Educacionais
, Área da Música
.
ORCID:
http
s
://orcid.org/0000
-
0002
-
4371
-
157X
. E
-
mail:
nieves.hernandez@uah.es
2
Universidade de Alcalá
(UAH), Alcalá de Henares
–
España.
Professora do
Departamento de Economia
, Área
de Sociologia
.
OR
CID:
https://orcid.org/0000
-
0002
-
5605
-
4468
.
E
-
mail: concha.carrasco@uah.es
3
Universidade de Alcalá
(UAH), Alcalá de Henares
–
España.
Professora
Doutora
Contratada
, Departamento de
Ciências Educacionais
, Área de Psicologia Evolutiva e
Educacional
.
ORCID:
https://orcid.org/0000
-
0003
-
1187
-
9308
.
E
-
mail: soledad.andres@uah.es
image/svg+xml
Nieves HERNÁNDEZ
-
ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO
e
Soledad ANDRÉS GÓMEZ
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687
-
2698, dez. 2020. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2688
ABSTRACT
:
The Isabel Muñoz Caravaca research discipline was introduced in June 2019 as
a result of
an agreement between the University of Alcalá and the Castilla
-
Mancha Women's
Institute. The purpose of this discipline is to promote research on issues related to gender
-
based violence, equality, and visibility of women's contributions throughout history
. For this
purpose, during the first year activities of RD&I (Research, Development and Innovation) will
be carried out, as well as the transfer and dissemination of the results of research related to
gender stereotypes and prejudices and their perception
and experience by adolescents in the
region. This work exposes the bases that support the first research activities and dissemination
of this discipline.
KEYWORDS
:
Gender. Research. Equality. Transfer of results.
Origem
A ideia desta c
átedra
de pesqui
sa surge como resultado da promulgação da Lei da
Igualdade de Castilla
-
La Mancha (Lei 12/2010, de 18 de novembro, sobre igualdade entre
mulheres e homens de Castilla
-
La Mancha), que em seu artigo 16 estabelece a criação de um
Centro de Estudos e Pesquisas
sobre Igualdade de Gênero.
1. O Instituto da Mulher de Castilla
-
La Mancha promoverá a criação de um
Centro de Estudos e Pesquisas sobre Igualdade de Gênero.
2. O Centro analisará e realizará estudos e pesquisas para tornar visível a
discriminação de gênero, avaliar políticas de igualdade e promover estratégias
e medidas para alcançar a verdadeira igualdade entre mulheres e homens
(ESPANHA, 2010).
Após um longo processo, em março de 2019 foi assinado o acordo de colaboração entre
o In
stituto da Mulher de Castilla
-
La Mancha e a Universidade de Alcalá para a criação desta
cadeira. O principal objetivo é a promoção da igualdade entre mulheres e homens e a
erradicação da violência de gênero.
A apresentação oficial foi realizada no dia 21 de junho de 2019, em ato presidido pelo
Sr. José Vicente Saz, reitor da Universidade de Alcalá, e a Senhora Araceli Martínez, diretora
interina do Instituto de Mulheres de Castilla
-
La Mancha, com o auxílio de
diferentes
personalidades.
image/svg+xml
Cátedra
Isabel Muñoz Caravaca:
Uma
iniciativa para o estudo e promoção da igualdade entre homens e
mulheres
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687
-
2698, dez. 2020. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2689
Figura
1
–
Apresentação da Cátedra
Fonte: Governo de Castilla
-
La Mancha (2019)
Por que Isabel Muñoz Caravaca
Isabel Muñoz Caravaca (1848
-
1915), nascida em Madri, obteve o título de Magistério.
Ele havia estudado música c
om Manuel de la Mata, professor e secretário do Conservatório de
Madrid, e também francês, como era habitual na época.
Em 1874 casou
-
se com Ambrosio Moya de la Torre, um homem de grande formação e
ideias progressistas, professor do Instituto de Matemática
, e depois da universidade, já viúvo e
com o dobro de sua idade.
Três filhos nasceram para este casamento.
Quando ficou viúva, em 1895, Isabel Muñoz Caravaca
decidiu trabalhar como
professora, obtendo em propriedade a praça da escola de Atienza, onde morava há quinze anos.
Aparentemente ela passou por momentos difíceis, criticada em um ambiente que não parecia
favoravelmente sobre sua independência e suas opin
iões. Em 1902, ela renunciou ao cargo de
professora, embora tenha continuado a viver na cidade até 1910, quando se mudou para
Guadalajara. Desde então até sua morte, publicou com frequência e com nomes diferentes na
imprensa local. Essa presença constante
na imprensa e seu crescente compromisso com a
esquerda social provocaram a inimizade dos setores mais conservadores da capital.
Enquanto ela era professora em Atienza, ela também lecionou na Escola Noturna para
adultos, e preparou algumas jovens mulheres
para acessar a Escola Normal. Escreveu vários
manuais de instrução:
Princípios de Aritmética
(Madrid: Librería de Hernando, 1899) para o
ensino fundamental;
Elementos
da Teoria de Solfege
(Madrid: Tipolitografía de R. Péant). Ele
dedicou
-
se especialmente à
astronomia, um assunto sobre o qual publicou vários artigos,
colaborando por volta de 1905 com Camille Flammarion, famosa astrônoma, fundadora da
Sociedade Astronômica Francesa, à qual Isabel Muñoz Caravaca pertencia.
image/svg+xml
Nieves HERNÁNDEZ
-
ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO
e
Soledad ANDRÉS GÓMEZ
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687
-
2698, dez. 2020. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2690
Ele colaborou com os jornais progress
istas de Guadalajara, embora a destruição de
muitos deles tenha impedido que a maioria de seus escritos fossem conhecidos. Longe de se
dedicar aos poucos temas que foram permitidos às poucas mulheres que publicaram na
imprensa, Isabel Muñoz Caravaca opinou
sobre todos os tipos de questões. Ela era muito
vingativa não só em relação à educação feminina, mas também à de toda a sociedade. Isabel
Muñoz Caravaca defendeu fervorosamente a igualdade moral e intelectual de mulheres e
homens, e declarou
-
se feminista,
defensora do voto feminino e da absoluta igualdade de direitos
civis e políticos.
Ele não se importava apenas com as mulheres. defendia os direitos dos oprimidos,
defendendo a melhoria das condições dos trabalhadores; foi contra a pena de morte. Ela també
m
era uma defensora dos animais, realizando campanhas contra ritos e costumes em que eram
maltratados. Publicou inúmeros artigos na imprensa progressista da província de Guadalajara.
Um dos títulos em que mais participou foi
Flores y Abejas
, ligado aos cír
culos republicano e
socialista, embora em seus primórdios ele se declarou estranho à política e manteve uma certa
linha inconsequente. Ele também publicou em outros jornais como
La Alcarria Obrera
,
La
Juventud Obrera
ou
La Alcarria Ilustrada
.
A defesa de
suas ideias frequentemente a confrontava com os líderes mais
conservadores da província e ela sofreu inúmeros ataques (CALERO, 2006).
Sem dúvida, ele era uma figura que merece ser lembrada, e que melhor tributo do que
instituir esta cadeira de pesquisa co
m seu nome.
Figura
2
–
Retrato de Isabel Muñoz Caravaca
Fonte: Governo de Castilla
-
La Mancha
O logotipo da cadeira quer ser uma homenagem a Isabel Muñoz Caravaca
. Ele retrata o
perfil da parte superior do corpo de uma mulher anônima, como muitos foram por séculos. A
cor roxa tem um caráter vingativo. A assinatura é original de Isabel Muñoz Caravaca.
image/svg+xml
Cátedra
Isabel Muñoz Caravaca:
Uma
iniciativa para o estudo e promoção da igualdade entre homens e
mulheres
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687
-
2698, dez. 2020. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2691
Figura
3
–
Logotipo da Cadeira de Pesquisa Isabel Muñoz Caravac
a
Fonte de Dados: Universidade de Alcalá (UAH) (2020)
Quem somos
O grupo que constitui essa cadeira é formado por professores de pesquisa da
Universidade de Alcalá de diversas áreas do conhecimento, por estudantes da mesma instituição
e alguns pesquisadores de fora dela. Da mesma forma, a tomada de decisão sobre as ativ
idades
da cadeira é gerida por uma comissão mista composta por funcionários do Instituto da Mulher
de Castilla
-
La Mancha e da UAH.
São todas pessoas relacionadas a estudos de gênero através de linhas de pesquisa muito
variadas. Entre elas estão a prevenção da mutilação genital feminina em Castilla
-
La Mancha,
música e mulheres, transmissão de estereótipos de gênero na música popular ur
bana,
desenvolvimento psicossocial e gênero na adolescência, perspectiva de gênero na análise das
relações interpessoais e do clima escolar, análise de textos escolares e linguagem inclusiva,
avaliação dos serviços prestados pela Rede de Pontos Municipais
do Observatório Regional da
Violência de Gênero de
a Comunidade de Madrid, análise de materiais de formação para a
conscientização e prevenção da violência de gênero, empoderamento de mulheres imigrantes
de segunda geração através da educação, violência de
gênero em contextos de pobreza,
cognição social e gênero, história oral de atletas pioneiros durante o regime de Franco na
Espanha, a construção da identidade dos atletas durante a adolescência e a idade adulta em
contextos de lazer e alto desempenho,
gên
ero e educação, violência contra as mulheres, sexismo
e amor romântico, etc.
image/svg+xml
Nieves HERNÁNDEZ
-
ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO
e
Soledad ANDRÉS GÓMEZ
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687
-
2698, dez. 2020. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2692
Primeiro projeto de pesquisa da Cadeira
O acordo é dividido em várias fases. Na primeira, o projeto "Percepção de igualdade
entre homens e mulheres na adolescência em Castilla
-
La Mancha" é desenvolvido entre março
e novembro de 2019.
O objetivo final é a promoção da igualdade entre mulheres e homens e a erradicação da
violência de gênero. Para isso, este projeto tem como objetivo conhecer as atitudes e percepções
dos adolescen
tes em Castilla
-
La Mancha sobre questões de igualdade entre mulheres e homens.
São analisadas atitudes machistas, mitos do amor romântico, estereótipos de gênero e influência
das redes sociais.
Em uma primeira fase, analisou
-
se a situação, a bibliografia,
o relatório jurídico sobre
violência de gênero e a análise do contexto espanhol foram elaborados, o instrumento de coleta
de informações (questionário) foi elaborado e a amostra foi selecionada.
A seleção da amostra foi feita de acordo com vários critéri
os. Após avaliar diversos
assuntos, decidiu
-
se realizar a pesquisa de alunos do 3º e 4º ano do ESO em institutos públicos
de Castilla
-
La Mancha.
Os questionários foram aplicados na segunda quinzena de setembro de 2019.
Posteriormente, os dados serão proce
ssados e o relatório correspondente será elaborado com os
resultados.
Fundação teórica
O projeto é baseado na categoria de gênero, como construção social, histórica e cultural.
Os processos de socialização da infância e da adolescência são marcados pela
diferenciação de
gênero, lançando as bases para a desigualdade de oportunidades em uma sociedade baseada no
sistema sexo
-
gênero. "Não há igualdade se a igualdade em si não for a base da socialização"
(VENEGAS, 2015, p.
68). A desigualdade, por sua vez, im
plica discriminação e está ligada às
atitudes de violência de gênero, que se manifesta de múltiplas formas. Há uma grande produção
científica na Espanha que certifica as relações entre essas categorias e processos (AMURRIO
et al.,
2008;
DE
MIGUEL, 2015; DI
AZ
-
AGUADO;
CARVAJAL, 2011; DIAZ
-
AGUADO;
MARTINEZ;
MARTINEZ, 2013; TORRES;
ROBLES DE MARCO, 2014; SUBIRATS, 2010;
VENEGAS, 2011).
Especificamente, uma das principais dimensões a serem analisadas é o sexismo. Isso
pode ser definido como uma atitude em relaçã
o às pessoas com base em sua adesão em grupos
baseados no sexo biológico, sejam homens ou mulheres. Qualquer avaliação feita de uma
image/svg+xml
Cátedra
Isabel Muñoz Caravaca:
Uma
iniciativa para o estudo e promoção da igualdade entre homens e
mulheres
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687
-
2698, dez. 2020. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2693
pessoa de acordo com a categoria sexual biológica pode ser rotulada como machista
(
EXPÓSITO;
MOYA
;
GLICK, 1998). Para Rodríguez
-
Castro
et al
. (2010), o sexismo ocorre
antes de qualquer avaliação que seja feita em uma pessoa com base nessa categoria sexual
biológica. Segundo Ferrer, Bosch, Ramis e Navarro (2006), o sexismo é uma atitude negativa,
uma ava
liação que só inclui aspectos distorcidos das mulheres, mesmo que sejam encobertas
de um tom positivo, aparentemente afetivo. Trabalhos anteriores com amostras de estudantes
relatam que os homens manifestam mais sexismo do que as mulheres (RODRÍGUEZ
-
CASTRO
;
MAGALHÃES
, 2013). De Lemus, Castillo, Moya, Padilla e Ryan (2008) apontaram
que é previsível que os homens obtenham altas pontuações no sexismo, uma vez que isso
contribui para a manutenção do poder e da dominação sexual, portanto, um dos aspectos que se
pretende analisar com este projeto é a comparação entre homens e mulheres.
Por outro lado, a socialização é o processo pelo qual as pessoas aprendem os
comportamentos e normas do ambiente social (FERRER;
BOSCH, 2013), por isso é um
elemento
-
chave na repro
dução da desigualdade entre mulheres e homens (LORENTE, 2007).
Nesse processo, a identidade é moldada e os padrões culturais atribuídos a cada gênero são
internalizados (MOSTEIRO;
PORTO, 2017). Diferentes agentes educacionais participam da
socialização dif
erencial: família, escola, mídia, religiões, literatura, música, etc. Nesse sentido,
o sistema educacional tem um papel central na promoção e desenvolvimento de uma cultura
igualitária (RODRÍGUEZ MARTÍNEZ, 2011; AZORÍN, 2017; HEREDERO DE PEDRO,
2017), port
anto, a população em estudo é de estudantes do Ensino Médio. Nesse sentido, os
professores são o agente ideal para refletir sobre a desigualdade de gênero e construir modelos
alternativos de socialização que permitam a conquista de uma igualdade real e efi
caz.
Outro aspecto que queremos incluir na pesquisa é o que se relaciona com os mitos do
amor romântico, definidos como o conjunto de crenças que são compartilhadas socialmente
sobre a suposta natureza "verdadeira" do amor (YELA, 2003). Estes representam
o imaginário
social sobre o significado dado ao amor. Diversos estudos realizados na Espanha confirmam a
validade do discurso romântico tanto na população em geral (BOSCH
et al.,
2008), quanto na
população adolescente (RODRÍGUEZ
-
CASTRO
et al.,
2013).
Sendo
a população
-
alvo deste estudo os alunos do Ensino Médio, a análise da qualidade
das relações no contexto de encontros presenciais, bem como nas redes sociais, adquire especial
relevância. O uso da internet e dispositivos móveis por crianças e jovens na Es
panha tem sido
recentemente estudado no campo das ciências sociais. Hoje existem dados derivados de
pesquisas longitudinais de diferentes áreas que fornecem informações relevantes sobre o
image/svg+xml
Nieves HERNÁNDEZ
-
ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO
e
Soledad ANDRÉS GÓMEZ
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687
-
2698, dez. 2020. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2694
funcionamento de crianças e adolescentes em ambientes de interação v
irtual (por exemplo,
Garmendia, Jiménez, Casado e Mascheroni, 2016; Instituto Nacional de Estatística, 2014).
As mudanças nas formas de comunicação e relacionamento que todas as pessoas, mas
especialmente as mais jovens, têm experimentado com o uso diário
dos espaços virtuais são
fatos admitidos. Em particular, casais adolescentes, engajados nas tarefas evolutivas do estágio
-
busca de identidade, autonomia, início de relacionamentos
-
, exploram novos vínculos afetivos
com outras ou outras pessoas combinando
interações virtuais com interações presenciais e
influenciando significativamente o primeiro aprendizado de amor e relacionamentos
(SÁNCHEZ
-
JIMÉNEZ
et al.,
2017) Assim, pesquisas como as realizadas por Subrahmanyam
e Smahel (2011) propõem modelos de análi
se que partem da ideia de que o mundo online e
offline estão intimamente conectados, influenciando o desenvolvimento da intimidade, padrões
de namoro (agora chamados de "
cyber
cortejo
"), engajamento de casal, etc. nestes estágios
iniciais da vida. E, no
sentido negativo, eles também podem aumentar ou promover sentimentos
e comportamentos prejudiciais, como o ciúme ou o cyberbullying (
DRAUCKER;
MARTSOLF
, 2010;
ZWEIG;
DANK
;
LACHMAN;
YAHNER, 2013).
Com o objetivo de fornecer conhecimento a um campo emergente
, também uma causa
de preocupação social, são analisados estudos recentes desenvolvidos por equipes de pesquisa
no campo das ciências sociais, prestando especial atenção à influência da variável gênero para
analisar as consequências de comportamentos abusi
vos e de vitimização nos namoros e
relacionamentos de casais adolescentes (SÁNCHEZ
-
JIMÉNEZ
et al.,
2018; REED
et al.,
2017;
SÁNCHEZ
-
JIMÉNEZ
et al.,
2015).
Portanto, a partir da revisão de estudos anteriores com esse setor da população jovem,
o objetivo é
analisar esse tipo de cognições e comportamentos em uma amostra representativa
de adolescentes de Castilla La Mancha. A análise dessa população poderia contribuir para
diferentes agentes de socialização, responsáveis pela formação de adolescentes, ter
conh
ecimento do estado da matéria nessa região onde poderia haver diferenças de acordo com
o sexo, entre contextos rurais e urbanos, bem como com relação a outras variáveis que
dificultam a efetiva igualdade.
Em resumo, no estudo das relações entre adolescente
s em contextos presenciais e
virtuais, os pesquisadores analisaram quatro categorias principalmente: gênero, sexualidade,
amor
-
afetividade e corpo. E os principais temas, que também abordaremos no estudo que
projetamos, são: sexismo, estereótipos de gênero
, mitos do amor romântico e a influência das
redes sociais como espaço para a violência de gênero.
image/svg+xml
Cátedra
Isabel Muñoz Caravaca:
Uma
iniciativa para o estudo e promoção da igualdade entre homens e
mulheres
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687
-
2698, dez. 2020. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2695
Considerações Finais
Esta cátedra de pesquisa nasceu com o objetivo de pesquisar questões relacionadas à
igualdade entre mulheres e homens. Há muitas formas de combater as desigualdades de gênero,
mas fundamental é através da desconstrução de estereótipos gerados nos processos
de
socialização. Isso não é possível sem uma análise aprofundada dos fundamentos teóricos e
empíricos da desigualdade. Uma sociedade democrática deve ser igualitária e, se não for, a
democracia perde força e credibilidade.
Pesquisas em conjunto com a transferência de conhecimentos e resultados que são
produzidos, além da recuperação dos nomes (e ações) de mulheres anônimas, querem ser frutos
desta cadeira.
REFERÊNCIAS
AMURRIO, M.
et al.
Violencia de género en las relacio
nes de pareja adolescentes y
jóvenes de Bilbao
. Bilbao: Ayuntamiento de Bilbao y Universidad del País Vasco, 2008.
AZORÍN, C. M. Actitudes hacia la igualdad de género en una muestra de estudiantes de
Murcia.
Revista Complutense de Educación
, v. 28, n. 1,
p. 45
-
60, 2017.
BOSCH, E.; FERRER, M. V.; GARCÍA, M. E.; RAMIS, M. C.; MAS, M. C.; NAVARRO,
C.; TORRENS, G.
Del mito del amor romántico a la violencia contra las mujeres en la
pareja
. Madrid: Instituto de la Mujer, 2007.
Disponível em:
http://centreanti
gona.uab.cat/izquierda/amor%20romantico%20Esperanza%20Bosch.pdf.
Acesso em: 1
jun
. 2019.
CALERO, J. J.
Isabel Muñoz Caravaca (1848
-
1915
). Mujer de un siglo que no ha llegado
aún
. Ciudad Real: Almud Ediciones, 2006.
DE MIGUEL, V.
Percepción de la
violencia de género en la adolescencia y la juventud
.
Madrid: Ministerio de Sanidad, Política Social e Igualdad, 2015.
DRAUCKER, C. B.; MARTSOLF, D. S. The role of electronic communication technology in
adolescent dating violence.
Journal of Child and Ad
olescent Psychiatric Nursing
, v. 23, n.
3, p. 133
-
142, 2010.
DOI: https://doi.org/10.1111/j.1744
-
6171.2010.00235.x
ESPAÑA.
Ley 12/2010, de 18 de noviembre
. Igualdad entre mujeres y hombres de Castilla
-
La Mancha,
2010.
EXPÓSITO, F.; MOYA, M.; GLICK, P. Sexismo ambivalente: medición y correlatos.
Revista de Psicología Social
, v. 13, n. 2, p. 159
-
169, 1998.
FERRER, V.; BOSCH, E. Del amor romántico a la violencia de género: Para una coeducación
emocional en la agenda educa
tiva.
Profesorado: Revista de currículum y formación del
profesorado
, v. 17, n. 1, p. 107
-
122, 2013.
image/svg+xml
Nieves HERNÁNDEZ
-
ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO
e
Soledad ANDRÉS GÓMEZ
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687
-
2698, dez. 2020. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2696
FERRER, V.; BOSCH, E.; RAMIS, M. C.; NAVARRO, C. Las creencias y las actitudes
sobre la violencia contra las mujeres en la pareja: Determinantes sociodemográficos,
familiares y formativos.
Anales de Psicología
,
v.
22
, n. 2, p. 251
-
259, 2006.
GARMENDIA, M.
; JIMÉNEZ, E.; CASADO, M. A.; MASCHERONI, G.
Net children go
mobile
:
riesgos y oportunidades en internet y el uso de dispositivos móviles entre menores
españoles (2010
-
2015). Madrid: Red.es/Universidad del País Vasco/Euskal Herriko
Unibertsitatea,
2016.
GOBIERNO DE CASTILLA
-
LA MANCHA.
El Gobierno regional y la Universidad de
Alcalá ponen en marcha la Cátedra de investigación de género ‘Isabel Muñoz
Caravaca’
.
21 jun. 2019.
Disponível em: https://www.castillalamancha.es/node/290739.
Acesso em: 21 jun. 2019
.
GOBIERNO DE CASTILLA
-
LA MANCHA.
Enciclopedia de mujeres “Olivia Sabuco”
.
Disponível em: https://www.castillalamancha.es/node/290739. Acesso em: 21 jun. 2019.
Disponible en: https://institutomujer.castillalamancha.es/centro
-
de
-
documentacion
-
y
-
bibliotec
a
-
luisa
-
sigea/enciclopedia
-
de
-
mujeres
-
oliva
-
sabuco/mujeres/guadalajara. Acceso en:
25 jun. 2019.
HEREDERO DE PEDRO, C.
Género y coeducación
.
Madrid: CCOO Enseñanza, 2017.
INSTITUTO NACIONAL DE ESTADÍSTICA.
España en cifras 2014
. Madrid, España:
Autor, 2
014.
LEMUS, S.; CASTILLO, M.; MOYA, M.; PADILLA, J. L.; RYAN, E. Elaboración y
validación del Inventario de Sexismo Ambivalente para adolescentes.
International Journal
of Clinical and Health Psychology
,
v.
8, n. 2, p. 537
-
562, 2008.
LORENTE, M.
Violencia de género, educación y socialización: acciones y reacciones.
Revista de Educación
, n. 342, p. 19
-
35, 2007.
MOSTEIRO, M. J.; PORTO, A. M. Análisis de los estereotipos de género en alumnado de
formación profesional: diferencias según sexo, edad y
grado.
Revista de Investigación
Educativa
,
v.
35
, n. 1, p. 151
-
165, 2017.
REED, L.; TOLMANB, R.; WARDC, M. Gender matters: Experiences and consequences of
digitaldating abuse victimization in adolescent dating relationships.
Journal of Adolescence
,
v. 59
, p. 79
-
89, 2017. DOI: https://doi.org/10.1016/j.adolescence.2017.05.015
RODRÍGUEZ CASTRO, Y.; MAGALHAES, M. J. El sexismo moderno en estudiantes
universitarios/as portugueses/as.
Revista Interdisciplinar de Ciencias Sociales y Humanas
,
v. 1
, n. 2, p. 113
-
121, 2013.
RODRÍGUEZ MARTÍNEZ, C.
Género y cultura escolar
.
Madrid: Morata, 2011.
RODRÍGUEZ
-
CASTRO, Y.
et al
. La fiabilidad y validez de la escala de mitos hacia el amor:
las creencias de los y las adolescentes.
Revista de Psicología Social
,
v.
28, n. 2, p. 157
-
168,
2013.
image/svg+xml
Cátedra
Isabel Muñoz Caravaca:
Uma
iniciativa para o estudo e promoção da igualdade entre homens e
mulheres
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687
-
2698, dez. 2020. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2697
SÁNCHEZ JIMÉNEZ, V.; MUÑOZ
-
FERNÁNDEZ, N.; LUCIO LÓPEZ, L. A.; ORTEGA
-
RUÍZ, R. Ciberagresió
n en parejas adolescentes: Un estudio transcultural España
-
México.
Revista Mexicana de Psicología
, v. 34
, n. 1,
p. 46
-
54, 2017.
SÁNCHEZ JIMÉNEZ, V.; MUÑOZ
-
FERNÁNDEZ, N.; ORTEGA
-
RUIZ, R. “Cyberdating
Q_A”: An instrument to assess the quality of adolescent dating relationships in social
networks.
Computer in Human Science
,
v.
48, p. 78
-
86, 2015.
SÁNCHEZ
-
JIMÉNEZ, V.; MUÑOZ
-
FERNÁNDEZ,
N.; ORTEGA
-
RIVERA, J. Efficacy
evaluation of "Dat
-
e Adolescence": A dating violence prevention program in Spain.
PLoS
ONE
v. 13, n. 10, 2018. DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0205802
SUBIRATS, M. ¿Coeducación o escuela segregada? Un viejo y pers
istente debate.
Revista
de la Asociación de Sociología de la Educación (RASE)
,
v.
3, n. 1, v. 143
-
158, 2010.
TORRES, C.; ROBLES, J.M; DE MARCO, S.
El ciberacoso como forma de ejercer la
violencia de género en la juventud
: un riesgo en la sociedad de la in
formación y el
conocimiento
.
Madrid: Ministerio de Sanidad, Política Social e Igualdad, 2014.
VENEGAS, M. Un modelo sociológico para investigar las relaciones afectivo
-
sexuales.
Revista Mexicana de Sociología
, v. 73, n. 4, p. 559
-
589, 2011.
YELA, C. La otra cara del amor: Mitos, paradojas y problemas.
Encuentros en Psicología
Social
, v. 1, n. 2, p
. 263
-
267, 2003.
ZWEIG, J. M.; DANK, M.; LACHMAN, P.; YAHNER, J.
Technology, teen dating violence
and abuse, and bullying. Final report
. Washington, DC, E.U.: Urban Institute, 2013.
Disponível em: http://www.urban.org/research/publication/technology
-
teen
-
dating
-
violencea
abuso e bullying
.
Acesso em: 21 jun. 2019.
image/svg+xml
Nieves HERNÁNDEZ
-
ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO
e
Soledad ANDRÉS GÓMEZ
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687
-
2698, dez. 2020. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2698
Como referenciar este artigo
HERNÁNDEZ
-
ROMERO, N.; CARRASCO CARPIO, C.; ANDRÉS GÓMEZ, S.
Cátedra
Isabel Muñoz Caravaca: Uma iniciativa para o estudo e promoção da
igualdade entre homens
e mulheres
.
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
, Araraquara, v. 15, n. esp. 4,
p. 2687
-
2698, dez. 2020. e
-
ISSN: 1982
-
5587.
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
Publicado em
:
10/09/2019
Revisões
requeridas em
:
01/10/2020
Aprovado em
:
30/04/2020
Publicado em
:
01/12/2020
image/svg+xml
La cátedra Isabel Muñoz Caravaca: una iniciativa para el estudio y el fomento de la igualdad entre hombres y mujeres
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2687
LA CÁTEDRA ISABEL MUÑOZ CARAVACA: UNA INICIATIVA PARA EL
ESTUDIO Y EL FOMENTO DE LA IGUALDAD ENTRE HOMBRES Y MUJERES
CÁTEDRA ISABEL MUÑOZ CARAVACA: UMA INICIATIVA PARA O ESTUDO E
PROMOÇÃO DA IGUALDADE ENTRE HOMENS E MULHERES
ISABEL MUÑOZ CARAVACA DISCIPLINE: AN INITIATIVE FOR THE STUDY AND
PROMOTION OF EQUALITY BETWEEN MEN AND WOMEN
Nieves HERNÁNDEZ-ROMERO
1
Concepción CARRASCO CARPIO
2
Soledad ANDRÉS GÓMEZ
3
RESUMEN
: El pasado mes de junio de 2019 ha sido presentada la Cátedra de investigación
Isabel Muñoz Caravaca, fruto de un convenio entre la Universidad de Alcalá y el Instituto de la
Mujer de Castilla-La Mancha. El objetivo de esta cátedra es promover la investigación en temas
relacionados con la violencia de género, la igualdad y la visibilización de la contribución de las
mujeres a lo largo de la historia. Con este propósito se realizarán durante el primer año
actividades de I+D+I, así como la transferencia y divulgación de los resultados de
investigaciones relacionadas con los estereotipos y prejuicios de género y su percepción y
vivencia por adolescentes de la región.
Este trabajo expone la fundamentación que sustenta las primeras actividades de investigación
y divulgación de dicha cátedra.
PALABRAS CLAVE
:
Género.
Investigación. Igualdad. Transferencia de resultados.
RESUMO
: A disciplina de pesquisa Isabel Muñoz Caravaca foi introduzida em junho de 2019
como resultado de um acordo entre a Universidade de Alcalá e o Instituto da Mulher de
Castela-Mancha. O objetivo dessa disciplina é promover pesquisas sobre questões
relacionadas à violência de gênero, igualdade e visibilidade da contribuição das mulheres ao
longo da história. Com esse propósito, durante o primeiro ano serão realizadas atividades de
PD&I (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) bem como a transferência e divulgação dos
resultados de pesquisas relacionadas a estereótipos e preconceitos de gênero e sua percepção
e experiência por adolescentes da região. Este trabalho expõe as bases que sustentam as
primeiras atividades de pesquisa e divulgação da referida disciplina.
PALAVRAS-CHAVE
: Gênero. Pesquisa. Igualdade. Transferência de resultados.
1
Universidad de Alcalá (UAH), Alcalá de Henares – España. Profesora Contratada del Departamento de Ciencias
de la Educación, Área de Música. ORCID: http://orcid.org/0000-0002-4371-157X. E-mail:
nieves.hernandez@uah.es
2
Universidad de Alcalá (UAH), Alcalá de Henares – España. Profesora Titular del Departamento de Economía,
Área de Sociología. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-5605-4468.
E-mail: concha.carrasco@uah.es
3
Universidad de Alcalá (UAH), Alcalá de Henares, España. Profesora Contratada Doctora, Departamento de
Ciencias de la Educación, Área de Psicología Evolutiva y de la Educación. ORCID:
https://orcid.org/0000-0003-
1187-9308. E-mail: soledad.andres@uah.es
image/svg+xml
Nieves HERNÁNDEZ-ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO y Soledad ANDRÉS GÓMEZ
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2688
ABSTRACT
: The Isabel Muñoz Caravaca research discipline was introduced in June 2019 as
a result of an agreement between the University of Alcalá and the Castilla-Mancha Women's
Institute. The purpose of this discipline is to promote research on issues related to gender-
based violence, equality, and visibility of women's contributions throughout history. For this
purpose, during the first year activities of RD&I (Research, Development and Innovation) will
be carried out, as well as the transfer and dissemination of the results of research related to
gender stereotypes and prejudices and their perception and experience by adolescents in the
region. This work exposes the bases that support the first research activities and dissemination
of this discipline.
KEYWORDS
: Gender. Research. Equality. Transfer of results.
Origen
La idea de esta cátedra de investigación surge a raíz de la promulgación de la Ley de
Igualdad de Castilla-La Mancha (Ley 12/2010, de 18 de noviembre, de igualdad entre mujeres
y hombres de Castilla-La Mancha), que en su artículo 16 establece la creación de un Centro de
Estudios e Investigaciones de la Igualdad de Género.
1. El Instituto de la Mujer de Castilla-La Mancha impulsará la creación de
un Centro de Estudios e Investigaciones de la Igualdad de Género.
2. El Centro deberá analizar y realizar estudios e investigaciones para hacer
visibles las discriminaciones por razón de sexo, evaluará las políticas de
igualdad y promoverá las estrategias y medidas para alcanzar la igualdad real
entre mujeres y hombres (ESPAÑA, 2010).
Después de un largo proceso, en marzo de 2019 se firmó el convenio de colaboración
entre el Instituto de la Mujer de Castilla-La Mancha y la Universidad de Alcalá para la creación
de esta cátedra. El objetivo principal es la promoción de la igualdad entre mujeres y hombres y
la erradicación de la violencia de género.
La presentación oficial se celebró el 21 de junio de 2019, en un acto presidido por D.
José Vicente Saz, rector de la Universidad de Alcalá, y Dª Araceli Martínez, directora en
funciones del Instituto de la Mujer de Castilla-La Mancha, con la asistencia de distintas
personalidades.
image/svg+xml
La cátedra Isabel Muñoz Caravaca: una iniciativa para el estudio y el fomento de la igualdad entre hombres y mujeres
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2689
Imagen 1
– Presentación de la Cátedra
Fuente: Gobierno de Castilla-La Mancha (2019)
Por qué Isabel Muñoz Caravaca
Isabel Muñoz Caravaca (1848-1915), nacida en Madrid, obtuvo el título de Magisterio.
Había estudiado música con Manuel de la Mata, maestro y secretario del Conservatorio de
Madrid, y también francés, como era habitual en la época.
En 1874 contrajo matrimonio con Ambrosio Moya de la Torre, hombre de gran
formación e ideas progresistas, catedrático de instituto de matemáticas, y después de
universidad, ya viudo y que le doblaba la edad. De este matrimonio nacieron tres hijos.
Al enviudar en 1895, Isabel Muñoz Caravaca decidió ejercer como maestra, obteniendo
en propiedad la plaza de la escuela de niñas de Atienza, donde vivió quince años. Al parecer
pasó momentos difíciles, criticada en un entorno que no veía con buenos ojos su independencia
y sus opiniones. En 1902 renunció a la plaza de maestra, aunque siguió viviendo en el pueblo
hasta 1910, fecha en que se trasladó a Guadalajara. Desde ese momento y hasta su muerte
publicó frecuentemente y bajo diferentes nombres en la prensa local. Esta constante presencia
en la prensa y su creciente compromiso con la izquierda social provocó la enemistad de los
sectores más conservadores de la capital.
Mientras fue maestra en Atienza también impartió clase en la Escuela nocturna para
adultos, y preparaba a algunas jóvenes para acceder a la Escuela Normal. Escribió varios
manuales para la instrucción:
Principios de Aritmética
(Madrid: Librería de Hernando, 1899)
para la enseñanza primaria;
Elementos de la Teoría del Solfeo
(Madrid: Tipolitografía de R.
Péant). Se dedicó especialmente a la astronomía, tema sobre el que publicó varios artículos,
colaborando hacia 1905 con Camille Flammarion, famoso astrónomo, fundador de la Sociedad
Astronómica Francesa, a la cual perteneció Isabel Muñoz Caravaca.
image/svg+xml
Nieves HERNÁNDEZ-ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO y Soledad ANDRÉS GÓMEZ
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2690
Colaboró con los periódicos progresistas de Guadalajara, aunque la destrucción de
muchos de ellos ha impedido que se pueda conocer la mayoría de sus escritos. Lejos de
dedicarse a los escasos temas que eran permitidos a las pocas mujeres que publicaban en prensa,
Isabel Muñoz Caravaca opinaba sobre todo tipo de cuestiones. Se mostró muy reivindicativa
no solo en lo referente a la instrucción femenina, sino a la de toda la sociedad. Isabel Muñoz
Caravaca defendía fervientemente la igualdad moral e intelectual de mujeres y hombres, y se
declaraba feminista, partidaria del voto femenino y de la igualdad absoluta de derechos civiles
y políticos.
No solo se preocupó de las mujeres; era defensora de los derechos de los oprimidos,
defendiendo la mejora de las condiciones de los obreros; fue contraria a la pena de muerte.
También fue defensora de los animales, emprendiendo campañas contra ritos y costumbres en
los que eran maltratados. Publicó numerosos artículos en la prensa progresista de la provincia
de Guadalajara. Uno de los títulos en los que participó con mayor asiduidad fue
Flores y Abejas
,
vinculado a los círculos republicanos y socialistas, aunque en sus inicios se declaraba ajeno a
la política y mantuvo una cierta línea intrascendente. También publicó en otros periódicos como
La Alcarria Obrera
,
La Juventud Obrera
o
La Alcarria Ilustrada
.
La defensa de sus ideas la enfrentó con frecuencia a los dirigentes más conservadores
de la provincia y sufrió numerosos ataques (CALERO, 2006).
Sin duda fue una figura que merece ser recordada, y qué mejor homenaje que instituir
esta cátedra de investigación con su nombre.
Imagen 2
– Retrato de Isabel Muñoz Caravaca
Fuente: Gobierno de Castilla-La Mancha
El logotipo de la cátedra quiere ser un homenaje a Isabel Muñoz Caravaca. En él se
representa el perfil de la parte superior del cuerpo de una mujer anónima, como lo fueron tantas
image/svg+xml
La cátedra Isabel Muñoz Caravaca: una iniciativa para el estudio y el fomento de la igualdad entre hombres y mujeres
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2691
durante siglos. El color morado tiene un carácter reivindicativo. La firma es la original de Isabel
Muñoz Caravaca.
Imagen 3
– Logotipo de la Cátedra de investigación Isabel Muñoz Caravaca
Fuente: Universidad de Alcalá (UAH) (2020)
Quiénes somos
El grupo que constituye esta cátedra está formado por profesorado investigador de la
Universidad de Alcalá de diversas áreas de conocimiento, por alumnado de la misma institución
y algunos investigadores externos a ella. Asimismo, la toma de decisiones sobre las actividades
de la cátedra está gestionada por una comisión mixta compuesta por personal del Instituto de la
Mujer de Castilla-La Mancha y de la UAH.
Son todas ellas personas relacionadas con los estudios de género a través de líneas de
investigación muy variadas. Entre ellas se pueden citar la prevención de la mutilación genital
femenina en Castilla-La Mancha, música y mujeres, transmisión de estereotipos de género en
músicas populares urbanas, desarrollo psicosocial y género en la adolescencia, perspectiva de
género en el análisis de las relaciones interpersonales y el clima escolar, análisis de textos
escolares y lenguaje inclusivo, evaluación de servicios prestados por la Red de Puntos
Municipales del Observatorio Regional de la Violencia de Género de la Comunidad de Madrid,
análisis de materiales formativos para la sensibilización y prevención de la violencia de género,
empoderamiento de mujeres inmigrantes de segunda generación a través de la educación,
violencia de género en contextos de pobreza, cognición social y género, historia oral de las
pioneras deportistas durante el franquismo en España, la construcción de la identidad de las
deportistas durante la adolescencia y la adultez en contextos de ocio y de alto rendimiento,
género y educación, violencia contra las mujeres, sexismo y amor romántico, etc.
image/svg+xml
Nieves HERNÁNDEZ-ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO y Soledad ANDRÉS GÓMEZ
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2692
Primer proyecto de investigación de la Cátedra
El convenio se articula en varias fases. En la primera se desarrolla el proyecto
“Percepción de la igualdad entre hombres y mujeres en la adolescencia de Castilla-La Mancha”,
entre marzo y noviembre de 2019.
El objetivo final es la promoción de la igualdad entre mujeres y hombres y la
erradicación de la violencia de género. Con este fin, este proyecto pretende conocer las actitudes
y percepciones de los y las adolescentes de Castilla-La Mancha acerca de cuestiones de igualdad
entre mujeres y hombres. Se analizan así actitudes sexistas, mitos del amor romántico,
estereotipos de género e influencia de las redes sociales.
En una primera fase se analizó la situación, se seleccionó bibliografía, se elaboró el
informe jurídico sobre la violencia de género y un análisis del contexto español, se preparó el
instrumento de recogida de información (cuestionario) y se seleccionó la muestra.
La selección de la muestra se realizó atendiendo a varios criterios. Tras valorar diversas
cuestiones, se decidió realizar la encuesta al alumnado de 3º y 4º de la ESO en institutos
públicos de Castilla-La Mancha.
Los cuestionarios se aplicaron la segunda quincena de septiembre de 2019.
Posteriormente se procesarán los datos y se elaborará el informe correspondiente con los
resultados.
Fundamentación teórica
El proyecto tiene su fundamento en la categoría de género, como construcción social,
histórica y cultural. Los procesos de socialización de la infancia y la adolescencia están
marcados por la diferenciación de género sentando las bases de la desigualdad de oportunidades
en una sociedad basada en el sistema sexo-género. “No hay igualdad si la igualdad misma no
es la base de la socialización” (VENEGAS, 2015, p. 68). La desigualdad a su vez supone
discriminación y se vincula con las actitudes propias de la violencia de género, la cual se
manifiesta de múltiples maneras. Es muy numerosa la producción científica en España que
certifica las relaciones entre estas categorías y procesos (AMURRIO
et al.,
2008; DE MIGUEL,
2015; DÍAZ-AGUADO; CARVAJAL, 2011; DÍAZ-AGUADO; MARTÍNEZ; MARTÍNEZ,
2013; TORRES; ROBLES DE MARCO, 2014; SUBIRATS, 2010; VENEGAS, 2011).
Específicamente, una de las principales dimensiones a analizar es el sexismo. Este puede
ser definido como una actitud hacia las personas en función de su pertenencia a grupos basados
en el sexo biológico, sean hombres o mujeres. Toda evaluación que se haga de una persona
image/svg+xml
La cátedra Isabel Muñoz Caravaca: una iniciativa para el estudio y el fomento de la igualdad entre hombres y mujeres
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2693
atendiendo a la categoría sexual biológica puede ser etiquetada como sexista (EXPÓSITO;
MOYA; GLICK, 1998). Para Rodríguez-Castro
et al
. (2010), el sexismo se produce ante
cualquier evaluación que se realice sobre una persona en función de dicha categoría sexual
biológica. Según Ferrer, Bosch, Ramis y Navarro (2006), el sexismo es una actitud negativa,
una evaluación que solo incluye aspectos distorsionados de las mujeres, aunque sean
encubiertos a partir de un tono positivo, aparentemente afectivo. Trabajos previos con muestras
de estudiantes reportan que los hombres manifiestan más sexismo que las mujeres
(RODRÍGUEZ-CASTRO; MAGALHAES, 2013). De Lemus, Castillo, Moya, Padilla y Ryan
(2008) han señalado que es previsible que los hombres obtengan puntuaciones altas en el
sexismo, ya que este contribuye a mantener el poder y la dominación sexual, de ahí que uno de
los aspectos que se pretende analizar con este proyecto es la comparativa entre hombres y
mujeres.
Por otra parte, la socialización es el proceso mediante el cual las personas aprenden las
conductas y normas del entorno social (FERRER; BOSCH, 2013), por lo que se trata de un
elemento clave en la reproducción de la desigualdad entre mujeres y hombres (LORENTE,
2007). En este proceso se conforma la identidad y se interiorizan las pautas culturales asignadas
a cada género (MOSTEIRO; PORTO, 2017). En la socialización diferencial participan
diferentes agentes educativos: familia, escuela, medios de comunicación, religiones, literatura,
música, etc. En este sentido, el sistema educativo tiene un papel central en el fomento y
desarrollo de una cultura igualitaria (RODRÍGUEZ MARTÍNEZ, 2011; AZORÍN, 2017;
HEREDERO DE PEDRO, 2017), de ahí que la población objeto de estudio sea estudiantes de
Educación Secundaria. En este sentido, el profesorado es el agente idóneo para reflexionar
sobre la desigualdad de género y construir modelos de socialización alternativos que permitan
la consecución de una igualdad real y efectiva.
Otro de los aspectos que se quiere incluir en la investigación es el que se relaciona con
los mitos del amor romántico, definidos como el conjunto de creencias que se comparten
socialmente sobre la supuesta “verdadera” naturaleza del amor (YELA, 2003). Estos
representan el imaginario social sobre el significado que se le da al amor. Diversos estudios
realizados en España confirman la vigencia del discurso romántico tanto en población general
(BOSCH
et al.,
2008), como en población adolescente (RODRÍGUEZ-CASTRO
et al.,
2013).
Siendo la población objeto del presente estudio el alumnado de Educación Secundaria,
adquiere especial relevancia el análisis de la calidad de las relaciones en el contexto de los
encuentros cara a cara, así como en las redes sociales. El uso de internet y dispositivos móviles
por niños y niñas y jóvenes en España viene estudiándose recientemente en el campo de las
image/svg+xml
Nieves HERNÁNDEZ-ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO y Soledad ANDRÉS GÓMEZ
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2694
ciencias sociales. A día de hoy se cuenta con datos derivados de investigaciones de carácter
longitudinal de distinto ámbito que aportan información relevante acerca del funcionamiento
de niños y niñas, y jóvenes adolescentes, en los entornos virtuales de interacción (por ejemplo
Garmendia, Jiménez, Casado, y Mascheroni, 2016; Instituto Nacional de Estadística, 2014).
Los cambios en las formas de comunicación y relación que han experimentado todas las
personas, pero especialmente las más jóvenes, con el uso cotidiano de los espacios virtuales son
hechos admitidos. De manera particular, las parejas adolescentes, ocupadas en las tareas
evolutivas propias de la etapa –búsqueda de identidad, autonomía, inicio de las relaciones-,
exploran nuevas vinculaciones afectivas con otra u otras personas combinando las interacciones
virtuales con las presenciales e influyendo de manera notable en los primeros aprendizajes del
amor y de las relaciones de pareja (SÁNCHEZ-JIMÉNEZ
et al.,
2017) Así, investigaciones
como las realizadas por Subrahmanyam y Smahel (2011) proponen modelos de análisis que
parten de la idea de que el mundo en línea y fuera de línea están íntimamente conectados,
influyendo en el desarrollo de la intimidad, los patrones de cortejo (ahora denominado
“cibercortejo”), el compromiso de pareja, etc. en estas etapas tempranas de la vida. Y en sentido
negativo, también pueden aumentar o promover sentimientos y conductas dañinas como los
celos o el ciberacoso (DRAUCKER; MARTSOLF, 2010; ZWEIG; DANK; LACHMAN;
YAHNER, 2013).
Con el fin de aportar conocimiento a un campo emergente, motivo asimismo de
preocupación social, se analizan los recientes estudios desarrollados por equipos de
investigación del campo de las ciencias sociales, prestando especial atención a la influencia de
la variable de género para analizar las consecuencias de las conductas de abuso y victimización
en las citas y relaciones de parejas adolescentes (SÁNCHEZ-JIMÉNEZ
et al.,
2018; REED
et
al.,
2017; SÁNCHEZ-JIMÉNEZ
et al.,
2015).
Por lo tanto, a partir de la revisión de estudios previos con este sector de población
joven, el objetivo es analizar este tipo de cogniciones y conductas en una muestra representativa
de adolescentes de Castilla la Mancha. El análisis de esta población podría contribuir a que
diferentes agentes de socialización, responsables en la educación de los y las adolescentes,
tengan conocimiento del estado de la cuestión en esta región donde podría haber diferencias
según el sexo, entre contextos rurales y urbanos, así como respecto a otras variables que
dificulten una igualdad efectiva.
En síntesis, en el estudio de las relaciones entre adolescentes en los contextos cara a cara
y virtuales, los investigadores e investigadoras han analizado cuatro categorías principalmente:
género, sexualidad, amor-afectividad y cuerpo. Y los temas principales, de los que asimismo
image/svg+xml
La cátedra Isabel Muñoz Caravaca: una iniciativa para el estudio y el fomento de la igualdad entre hombres y mujeres
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2695
nos ocuparemos en el estudio que proyectamos, son: el sexismo, los estereotipos de género, los
mitos del amor romántico y la influencia de las redes sociales como espacio para la violencia
de género.
Consideraciones finales
Esta cátedra de investigación nace con el objetivo de investigar en temas relacionados
con la igualdad de mujeres y hombres. Existen muchas formas de luchar contra las
desigualdades de género, pero una fundamental es a través de la deconstrucción de los
estereotipos generados en los procesos de socialización. Esto no es posible si no se analizan en
profundidad los fundamentos, tanto teóricos como empíricos de la desigualdad. Una sociedad
democrática debe ser igualitaria y si no lo es la democracia pierde fuerza y credibilidad.
La investigación junto con la transferencia de los conocimientos y resultados que se vayan
produciendo, además de la recuperación de los nombres (y acciones) de mujeres anónimas,
quieren ser los frutos de esta cátedra.
REFERENCIAS
AMURRIO, M.
et al.
Violencia de género en las relaciones de pareja adolescentes y
jóvenes de Bilbao
. Bilbao: Ayuntamiento de Bilbao y Universidad del País Vasco, 2008.
AZORÍN, C. M. Actitudes hacia la igualdad de género en una muestra de estudiantes de
Murcia.
Revista Complutense de Educación
, v. 28, n. 1, p. 45-60, 2017.
BOSCH, E.; FERRER, M. V.; GARCÍA, M. E.; RAMIS, M. C.; MAS, M. C.; NAVARRO,
C.; TORRENS, G.
Del mito del amor romántico a la violencia contra las mujeres en la
pareja
. Madrid: Instituto de la Mujer, 2007. Disponible en:
http://centreantigona.uab.cat/izquierda/amor%20romantico%20Esperanza%20Bosch.pdf.
Acceso en: 1 jun. 2019.
CALERO, J. J.
Isabel Muñoz Caravaca (1848-1915
). Mujer de un siglo que no ha llegado
aún. Ciudad Real: Almud Ediciones, 2006.
DE MIGUEL, V.
Percepción de la violencia de género en la adolescencia y la juventud
.
Madrid: Ministerio de Sanidad, Política Social e Igualdad, 2015.
DRAUCKER, C. B.; MARTSOLF, D. S. The role of electronic communication technology in
adolescent dating violence.
Journal of Child and Adolescent Psychiatric Nursing
, v. 23, n.
3, p. 133-142, 2010. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1744-6171.2010.00235.x
ESPAÑA.
Ley 12/2010, de 18 de noviembre
. Igualdad entre mujeres y hombres de Castilla-
La Mancha, 2010.
image/svg+xml
Nieves HERNÁNDEZ-ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO y Soledad ANDRÉS GÓMEZ
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2696
EXPÓSITO, F.; MOYA, M.; GLICK, P. Sexismo ambivalente: medición y correlatos.
Revista de Psicología Social
, v. 13, n. 2, p. 159-169, 1998.
FERRER, V.; BOSCH, E. Del amor romántico a la violencia de género: Para una coeducación
emocional en la agenda educativa.
Profesorado: Revista de currículum y formación del
profesorado
, v. 17, n. 1, p. 107-122, 2013.
FERRER, V.; BOSCH, E.; RAMIS, M. C.; NAVARRO, C. Las creencias y las actitudes
sobre la violencia contra las mujeres en la pareja: Determinantes sociodemográficos,
familiares y formativos.
Anales de Psicología
,
v. 22, n. 2, p. 251-259, 2006.
GARMENDIA, M.; JIMÉNEZ, E.; CASADO, M. A.; MASCHERONI, G.
Net children go
mobile
: riesgos y oportunidades en internet y el uso de dispositivos móviles entre menores
españoles (2010-2015). Madrid: Red.es/Universidad del País Vasco/Euskal Herriko
Unibertsitatea,
2016.
GOBIERNO DE CASTILLA-LA MANCHA.
El Gobierno regional y la Universidad de
Alcalá ponen en marcha la Cátedra de investigación de género ‘Isabel Muñoz
Caravaca’
. 21 jun. 2019. Disponible en: https://www.castillalamancha.es/node/290739.
Acceso en: 21 jun. 2019.
GOBIERNO DE CASTILLA-LA MANCHA.
Enciclopedia de mujeres “Olivia Sabuco”
.
Disponible en: https://institutomujer.castillalamancha.es/centro-de-documentacion-y-
biblioteca-luisa-sigea/enciclopedia-de-mujeres-oliva-sabuco/mujeres/guadalajara. Acceso en:
25 jun. 2019.
HEREDERO DE PEDRO, C.
Género y coeducación
.
Madrid: CCOO Enseñanza, 2017.
INSTITUTO NACIONAL DE ESTADÍSTICA.
España en cifras 2014
. Madrid, España:
Autor, 2014.
LEMUS, S.; CASTILLO, M.; MOYA, M.; PADILLA, J. L.; RYAN, E. Elaboración y
validación del Inventario de Sexismo Ambivalente para adolescentes.
International Journal
of Clinical and Health Psychology
,
v. 8, n. 2, p. 537-562, 2008.
LORENTE, M. Violencia de género, educación y socialización: acciones y reacciones.
Revista de Educación
, n. 342, p. 19-35, 2007.
MOSTEIRO, M. J.; PORTO, A. M. Análisis de los estereotipos de género en alumnado de
formación profesional: diferencias según sexo, edad y grado.
Revista de Investigación
Educativa
,
v. 35, n. 1, p. 151-165, 2017.
REED, L.; TOLMANB, R.; WARDC, M. Gender matters: Experiences and consequences of
digitaldating abuse victimization in adolescent dating relationships.
Journal of Adolescence
,
v. 59, p. 79-89, 2017. DOI: https://doi.org/10.1016/j.adolescence.2017.05.015
RODRÍGUEZ CASTRO, Y.; MAGALHAES, M. J. El sexismo moderno en estudiantes
universitarios/as portugueses/as.
Revista Interdisciplinar de Ciencias Sociales y Humanas
,
v. 1, n. 2, p. 113-121, 2013.
image/svg+xml
La cátedra Isabel Muñoz Caravaca: una iniciativa para el estudio y el fomento de la igualdad entre hombres y mujeres
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2697
RODRÍGUEZ MARTÍNEZ, C.
Género y cultura escolar
.
Madrid: Morata, 2011.
RODRÍGUEZ-CASTRO, Y.
et al
. La fiabilidad y validez de la escala de mitos hacia el amor:
las creencias de los y las adolescentes.
Revista de Psicología Social
,
v. 28, n. 2, p. 157-168,
2013.
SÁNCHEZ JIMÉNEZ, V.; MUÑOZ-FERNÁNDEZ, N.; LUCIO LÓPEZ, L. A.; ORTEGA-
RUÍZ, R. Ciberagresión en parejas adolescentes: Un estudio transcultural España-México.
Revista Mexicana de Psicología
, v. 34, n. 1, p. 46-54, 2017.
SÁNCHEZ JIMÉNEZ, V.; MUÑOZ-FERNÁNDEZ, N.; ORTEGA-RUIZ, R. “Cyberdating
Q_A”: An instrument to assess the quality of adolescent dating relationships in social
networks.
Computer in Human Science
,
v. 48, p. 78-86, 2015.
SÁNCHEZ-JIMÉNEZ, V.; MUÑOZ-FERNÁNDEZ, N.; ORTEGA-RIVERA, J. Efficacy
evaluation of "Dat-e Adolescence": A dating violence prevention program in Spain.
PLoS
ONE
v. 13, n. 10, 2018. DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0205802
SUBIRATS, M. ¿Coeducación o escuela segregada? Un viejo y persistente debate.
Revista
de la Asociación de Sociología de la Educación (RASE)
,
v. 3, n. 1, v. 143-158, 2010.
TORRES, C.; ROBLES, J.M; DE MARCO, S.
El ciberacoso como forma de ejercer la
violencia de género en la juventud
: un riesgo en la sociedad de la información y el
conocimiento
.
Madrid: Ministerio de Sanidad, Política Social e Igualdad, 2014.
VENEGAS, M. Un modelo sociológico para investigar las relaciones afectivo-sexuales.
Revista Mexicana de Sociología
, v. 73, n. 4, p. 559-589, 2011.
YELA, C. La otra cara del amor: Mitos, paradojas y problemas.
Encuentros en Psicología
Social
, v. 1, n. 2, p. 263-267, 2003.
ZWEIG, J. M.; DANK, M.; LACHMAN, P.; YAHNER, J.
Technology, teen dating violence
and abuse, and bullying. Final report
. Washington, DC, E.U.: Urban Institute, 2013.
Disponible en: http://www.urban.org/research/publication/technology-teen-dating-violencea
abuse-and-bullying. Acceso en: 21 jun. 2019.
image/svg+xml
Nieves HERNÁNDEZ-ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO y Soledad ANDRÉS GÓMEZ
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2698
Cómo referenciar este artículo
HERNÁNDEZ-ROMERO, N.; CARRASCO CARPIO, C.; ANDRÉS GÓMEZ, S. La cátedra
Isabel Muñoz Caravaca: una iniciativa para el estudio y el fomento de la igualdad entre hombres
y mujeres.
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação
, Araraquara, v. 15, n. esp. 4,
p. 2687-2698, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
Remitido el
: 10/09/2019
Revisiones requeridas el
: 10/01/2020
Aprobado el
: 30/04/2020
Publicado el
: 01/12/2020
image/svg+xml
Isabel Muñoz Caravaca discipline:
An
initiative for the study and promotion of equality between men and women
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687
-
2698,
Dec. 2020
. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2687
ISABEL MUÑOZ CARAVACA DISCIPLINE: AN INITIATIVE FOR THE STUDY
AND PROMOTION OF EQUALITY BETWEEN MEN AND WOMEN
CÁTEDRA ISABEL MUÑOZ CARAVACA: UMA INICIATIVA PARA O ESTUDO E
PROMOÇÃO DA IGUALDADE ENTRE HOMENS E MULHERES
LA CÁTEDRA
ISABEL MUÑOZ CARAVACA: UNA INICIATIVA PARA EL ESTUDIO
Y EL FOMENTO DE LA IGUALDAD ENTRE HOMBRES Y MUJERES
Nieves HERNÁNDEZ
-
ROMERO
1
Concepción CARRASCO CARPIO
2
Soledad ANDRÉS GÓMEZ
3
ABSTRACT
:
The Isabel Muñoz Caravaca
research discipline was introduced in June 2019 as
a result of an agreement between the University of Alcalá and the Castilla
-
Mancha Women's
Institute. The purpose of this discipline is to promote research on issues related to gender
-
based
violence, equal
ity, and visibility of women's contributions throughout history. For this purpose,
during the
first
-
year
activities of RD&I (Research, Development and Innovation) will be carried
out, as well as the transfer and dissemination of the results of research rel
ated to gender
stereotypes and prejudices and their perception and experience by adolescents in the region.
This work exposes the bases that support the first research activities and dissemination of this
discipline.
KEYWORDS
:
Gender. Research. Equality.
Transfer of results.
RE
S
U
M
O
: A disciplina de pesquisa Isabel Muñoz Caravaca
foi introduzida em junho de 2019
como resultado de um acordo entre a Universidade de Alcalá e o Instituto da Mulher de
Castela
-
Mancha. O objetivo dessa disciplina é promover pesquisas sobre questões
relacionadas à violência de gênero, igualdade e visibili
dade da contribuição das mulheres ao
longo da história. Com esse propósito, durante o primeiro ano serão realizadas atividades de
PD&I (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) bem como a transferência e divulgação dos
resultados de pesquisas relacionadas a e
stereótipos e preconceitos de gênero e sua percepção
e experiência por adolescentes da região. Este trabalho expõe as bases que sustentam as
primeiras atividades de pesquisa e divulgação da referida disciplina.
P
ALA
V
R
A
S
-
CHA
V
E
: Gênero. Pesquisa. Igualdade.
Transferência de resultados.
1
University of Alcalá (UAH), Alcalá de Henares
–
Spain.
Professor at the Department
of Educational Sciences,
Music Area
.
ORCID:
http
s
://orcid.org/0000
-
0002
-
4371
-
157X
. E
-
mail: nieves.hernandez@uah.es
2
University of Alcalá (UAH), Alcalá de Henares
–
Spain.
Professor at the Department of Economics, Sociology
Area
.
ORCID:
https://orcid.org/0000
-
0002
-
5605
-
4468
. E
-
mail: concha.carrasco@uah.es
3
University of Alcalá (UAH), Alcalá de Henares
–
Spain.
Professor
, Doctor, Department of Educational Sciences,
Evolutionary Psychology and Educational Area
.
ORCID:
https://orcid.org/000
0
-
0003
-
1187
-
9308
.
E
-
mail:
soledad.andres@uah.es
image/svg+xml
Nieves HERNÁNDEZ
-
ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO
and
Soledad ANDRÉS GÓMEZ
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 15, n. esp. 4, p. 2687
-
2698,
Dec. 2020
. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2688
RESUMEN
:
El pasado mes de junio de 2019 ha sido presentada la Cátedra de investigación
Isabel Muñoz Caravaca, fruto de un convenio entre la Universidad de Alcalá y el Instituto de
la Mujer de Castilla
-
La Mancha. El objetivo de esta cátedra es promover la investiga
ción en
temas relacionados con la violencia de género, la igualdad y la visibilización de la contribución
de las mujeres a lo largo de la historia. Con este propósito se realizarán durante el primer año
actividades de I+D+I, así como la transferencia y div
ulgación de los resultados de
investigaciones relacionadas con los estereotipos y prejuicios de género y su percepción y
vivencia por adolescentes de la región.
Este trabajo expone la fundamentación que sustenta las primeras actividades de investigación
y
divulgación de dicha cátedra.
PALABRAS CLAVE
:
Género.
Investigación. Igualdad.
Transferencia de resultados.
Origin
The idea of this research process
arises
as a result of the promulgation of the Castilla
-
La Mancha Equality Act (Law 12/2010, of November 18, on equality between women and men
in Castilla
-
La Mancha), which in article 16 establishes the creation of a Center for Studies and
Research on Gender Equa
lity.
1. The Castilla
-
La Mancha Women's Institute will promote the creation of a
Center for Gender Equality Studies and Research.
2. The Centre will analyze and conduct studies and research to make gender
discrimination visible, assess equality policies and promote strategies and
measures to achieve true equality between women
and men (
SPAIN
, 2010).
After a long process, in March 20
19 was signed the collaboration agreement between
the Institute of Women of Castilla
-
La Mancha and the University of Alcalá for the creation of
this
discipline
. The main objective is to promote equality between women and men and the
eradication of gender
-
b
ased violence.
The official presentation was held on June 21, 2019, in an act presided over by Mr. José
Vicente Saz, rector of the University of Alcalá, and Ms. Araceli Martínez, acting director of the
Castilla
-
La Mancha Women's Institute, with the help o
f different personalities.
image/svg+xml
Isabel Muñoz Caravaca discipline:
An
initiative for the study and promotion of equality between men and women
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687
-
2698,
Dec. 2020
. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2689
Figure
1
–
Presentation of the
Aedhrra
Source:
Government of Castilla
-
La Mancha
(
2019)
Why Isabel Muñoz Caravaca
Isabel Muñoz Caravaca
(1848
-
1915), born in Madrid, obtained the title of Magisterium.
She
had studied music with Manuel de la Mata, professor and secretary of the Conservatory of
Madrid, and also French, as was customary at the time.
In 1874
s
he married Ambrosio Moya de la To
rre, a man of great background and
progressive ideas, professor at the Institute of Mathematics, and after university, already
widowed and twice
her
age.
Three children were born for this marriage.
When she became a widow in 1895, Isabel Muñoz
Caravaca decided to work as a
teacher, obtaining on property the school square of
A
tienza, where she had lived for fifteen
years.
Apparently,
she went through difficult times, criticized in an environment that did not
seem favorably about her independence
and her opinions. In 1902, she resigned as a teacher,
although she continued to live in the city until 1910, when she moved to Guadalajara. From
then until
her
death,
s
he published frequently and with different names in the local press. This
constant prese
nce in the press and its growing commitment to the social left have provoked the
enmity of the most conservative sectors of the capital.
While she was a teacher in Atienza, she also taught at the Adult Night School, and
prepared some young women to access
the Normal School.
Sh
e wrote several instruction
manuals:
Principles of Aritmetics
(Madrid: Librería de Hernando, 1899) for elementary school;
Elements
of Solfege's
Theory (Madrid: Tipolithography of R. Péant).
She
devoted
herself
especially to astronomy,
a subject on which
s
he published several articles, collaborating around
1905 with Camille Flammarion, famous astronomer, founder of the French Astronomical
Society, to which Isabel Muñoz Caravaca belonged.
image/svg+xml
Nieves HERNÁNDEZ
-
ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO
and
Soledad ANDRÉS GÓMEZ
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 15, n. esp. 4, p. 2687
-
2698,
Dec. 2020
. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2690
Sh
e collaborated with Guadalajara’s progressive newspapers, although the destruction
of many of them prevented most of
her
writings from being known. Far from dedicating herself
to the few topics that were allowed to the few women who published in the press,
Isabel Muñoz
Caravaca opined on all kinds of issues. She was very vindictive not only in relation to women's
education, but also to that of society as a whole. Isabel Muñoz Caravaca fervently defended the
moral and intellectual equality of women and men,
and declared herself a feminist, defender of
the female vote and absolute equality of civil and political rights.
She
didn't just care about women. defended the rights of the oppressed, advocating the
improvement of workers' conditions; was against the dea
th penalty. She was also an animal
advocate, campaigning against rites and customs in which they were mistreated.
She
has
published numerous articles in the progressive press of the province of Guadalajara. One of the
titles
s
he most participated
in was
Fl
ores y Abejas
, linked to republican and socialist circles,
although in
her
early days
she
declared
herself
strange to politics and maintained a certain
inconsequential line.
Sh
e has also published in other newspapers such
as
La Alcarria Obrera
,
La Juventud
Obrera
or
La Alcarria Ilustrada
.
Defending her ideas often confronted the province's most conservative leaders and she
suffered numerous attacks (CALERO, 2006).
Undoubtedly,
s
he was a figure who deserves to be remembered, and what better tribute
than instituting
this research
discipline with
her
name.
Figure
2
–
Portrait of Isabel Muñoz Caravaca
Source: Government of Castilla
-
La Mancha
The logo of
the
discipline wants to
be a tribute to Isabel Muñoz Caravaca. It depicts the
profile of the upper body of an anonymous woman, as many have been for centuries. The purple
color has a vengeful character. The signature is original of Isabel Muñoz Caravaca.
image/svg+xml
Isabel Muñoz Caravaca discipline:
An
initiative for the study and promotion of equality between men and women
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687
-
2698,
Dec. 2020
. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2691
Figure
3
–
Logo of
the
Isabel Muñoz Caravaca Research Discipline
Data Source: University of Alcalá (UAH) (2020)
Who we are?
The group that constitutes t
his
discipline
is formed by research professors from the
University of Alcalá from various areas of knowledg
e, by students from the same institution
and some researchers from outside it. Similarly, decision
-
making on the activities of the
discipline
is
managed by a
joint committee composed of officials from the Castilla
-
La Mancha
Women's Institute and the
UAH.
They are all people related to gender studies through very varied lines of research. These
include the prevention of female genital mutilation in Castilla
-
La Mancha, music and women,
transmission of gender stereotypes in urban popular music, psychosoc
ial development and
gender in adolescence, gender perspective in the analysis of interpersonal relationships and
school climate, analysis of school texts and inclusive language, evaluation of the services
provided by the Network of Municipal Points of the
Regional Observatory of Gender Violence
of the Community of Madrid,
analysis of training materials for the awareness and prevention
of gender violence, empowerment of second generation immigrant women through education,
gender violence in contexts of pover
ty, social cognition and gender, oral history of pioneer
athletes during the Franco regime in Spain, the construction of the identity of athletes during
adolescence and adulthood in leisure and high performance contexts, gender and education,
violence agai
nst women, sexism and romantic love, etc.
image/svg+xml
Nieves HERNÁNDEZ
-
ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO
and
Soledad ANDRÉS GÓMEZ
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 15, n. esp. 4, p. 2687
-
2698,
Dec. 2020
. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2692
First research project of the
Discipline
The agreement is divided into several phases.
First
, the project "Perception of equality
between men and women in adolescence in Castilla
-
La Mancha" is developed between March
and November 2019.
The ultimate goal is to promote equality between women and men and eradicate gender
-
based violence. For this, t
his project aims to know the attitudes and perceptions of adolescents
in Castilla
-
La Mancha on issues of equality between women and men. Sexist attitudes, romantic
love myths, gender stereotypes and social media influences are analyzed.
In a first phase,
we analyzed the situation, the bibliography, the legal report on gender
violence and the analysis of the Spanish context were elaborated, the information collection
instrument (questionnaire) was elaborated and the sample was selected.
The sample was sele
cted according to several criteria. After evaluating several subjects,
it was decided to conduct the research of students of the 3rd and 4th year of ESO in public
institutes of Castilla
-
La Mancha.
The questionnaires were applied in the second half of Sept
ember 2019. Subsequently,
the data will be processed and the corresponding report will be prepared with the results.
Theoretical foundation
The project is based on the gender category, as social, historical and cultural
construction. The socialization p
rocesses of childhood and adolescence are marked by gender
differentiation, laying the foundations for inequality of opportunities in a society based on the
sex
-
gender system. "There is no equality if equality itself is not the basis of socialization"
(VEN
EGAS, 2015
, p.
68). Inequality, in turn, implies discrimination and is linked to attitudes
of gender violence, which manifests itself in multiple ways. There is a large scientific
production in Spain that certifies the relations between these categories an
d processes
(AMURRIO
et al.,
2008;
DE
MIGUEL, 2015; DIAZ
-
AGUADO;
CARVAJAL, 2011; DIAZ
-
AGUADO;
MARTINEZ; MARTINEZ, 2013; TORRES;
ROBLES DE MARCO, 2014;
SUBIRATS, 2010; VENEGAS, 2011).
Specifically, one of the main dimensions to be analyzed is sexism.
This can be defined
as an attitude towards people based on their participation in groups based on biological sex,
whether men or women. Any assessment made of a person according to the biological sexual
category can be labeled as sexist (EXPÓSITO
;
MOYA
;
GL
ICK, 1998). To Rodríguez
-
Castro
et al
. (2010), sexism occurs before any assessment that is made on a person based on this
image/svg+xml
Isabel Muñoz Caravaca discipline:
An
initiative for the study and promotion of equality between men and women
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687
-
2698,
Dec. 2020
. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2693
biological sexual category. According to Ferrer, Bosch, Ramis and Navarro (2006), sexism is a
negative attitude, an assessment that on
ly includes distorted aspects of women, even if they are
covered up in a positive, apparently affective tone. Previous studies with student samples report
that men manifest more sexism than women (RODRÍGUEZ
-
CASTRO
;
MAGELLAN, 2013).
De Lemus, Castillo, Moya
, Padilla and Ryan (2008) pointed out that it is predictable that men
will obtain high scores in sexism, since this contributes to the maintenance of power and sexual
domination, so one of the aspects that is intended to analyze with this project is the co
mparison
between men and women.
On the other hand, socialization is the process by which people learn the behaviors and
norms of the social environment (FERRER
;
BOSCH, 2013), so it is a key element in the
reproduction of inequality between women and men (L
ORENTE, 2007). In this process,
identity is shaped and the cultural patterns attributed to each gender are internalized
(MOSTEIRO
;
PORTO, 2017). Different educational agents participate in differential
socialization: family, school, media, religions, liter
ature, music, etc. In this sense, the
educational system plays a central role in promoting and developing an egalitarian culture
(RODRÍGUEZ MARTÍNEZ, 2011; AZORÍN, 2017; HEREDERO DE PEDRO, 2017),
therefore, the study population is high school students. In
this sense, teachers are the ideal agent
to reflect on gender inequality and to build alternative models of socialization that allow the
achievement of real and effective equality.
Another aspect that we want to include in research is what relates to the
myths of
romantic love, defined as the set of beliefs that are shared socially about the supposed "true"
nature of love (YELA, 2003). These represent the social imaginary about the meaning given to
love. Several studies
conducted in Spain confirm the valid
ity of romantic discourse both in the
general population (BOSCH
et al.,
2008) and in the adolescent population (RODRÍGUEZ
-
CASTRO
et al.,
2013).
Since high school students are
the target population of this study, the analysis of the
quality of relationships
in the context of face
-
to
-
face meetings, as well as in social networks,
acquires special relevance. The use of the internet and mobile devices by children and young
people in Spain has recently been studied in the field of social sciences. Today there are
data
derived from longitudinal surveys of different areas that provide relevant information about the
functioning of children and adolescents in virtual interaction environments (E.G.,
GARMENDIA, JIMÉNEZ, CASADO AND MASCHERONI, 2016; NATIONAL INSTITUTE
OF
STATISTICS, 2014).
image/svg+xml
Nieves HERNÁNDEZ
-
ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO
and
Soledad ANDRÉS GÓMEZ
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 15, n. esp. 4, p. 2687
-
2698,
Dec. 2020
. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2694
The changes in the forms of communication and relationship that all people, but
especially the younger ones, have experienced with the daily use of virtual spaces are admitted
facts. In particular, adolescent couples engaged in the evol
utionary tasks of the internship
-
search for identity, autonomy, beginning of relationships
-
, explore new affective bonds with
others or other people by combining virtual interactions with face
-
to
-
face interactions and
significantly influencing the first
learning of love and relationships (SÁNCHEZ
-
JIMÉNEZ
et
al.,
2017) Thus, research by Subrahmanyam and Smahel (2011) proposes models of analysis
that start from the idea that the online and offline world is closely connected, influencing the
development of
intimacy, dating patterns (now called "
cyberdating
"), couple engagement, etc.
in these early stages of life. And in the negative sense, they can also increase or promote harmful
feelings and behaviors, such as jealousy or cyberbullying (DRAUCKER
;
MARTSOLF,
2010;
ZWEIG
;
DANK
;
LACHMAN
, 2010.
YAHNER, 2013).
In order to provide knowledge to an emerging field, also a cause of social concern,
recent studies developed by research teams in the field of social sciences are analyzed, paying
special attention to the influence of the gender variable to analyze the con
sequences of abusive
behavior and victimization in the dating and relationships of adolescent couples (SÁNCHEZ
-
JIMÉNEZ
et al., 2018
; REED
et al.,
2017; SÁNCHEZ
-
JIMÉNEZ
et al.,
2015).
Therefore, from the review of previous studies with this sector of the y
oung population,
the objective is to analyze this type of cognitions and behaviors in a representative sample of
adolescents from Castilla
L
a Mancha. The analysis of this population could contribute to
different socialization agents, responsible for the fo
rmation of adolescents, to be aware of the
state of matter in this region where there could be differences according to gender, between
rural and urban contexts, as well as in relation to other variables that hinder effective equality.
In summary, in the s
tudy of relationships between adolescents in face
-
to
-
face and virtual
contexts, the researchers analyzed four categories mainly: gender, sexuality, love
-
affection and
body. And the main themes, which we will also address in the study we project, are: sexis
m,
gender stereotypes, romantic love myths and the influence of social networks as a space for
gender violence.
image/svg+xml
Isabel Muñoz Caravaca discipline:
An
initiative for the study and promotion of equality between men and women
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687
-
2698,
Dec. 2020
. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2695
Final Considerations
This
research center
was born with the objective of researching issues related to equality
between women and men. There are many ways to combat gender inequalities, but fundamental
is through the deconstruction of stereotypes generated in socialization processes. This is not
possible without an in
-
depth analysis of the theoretical and empirical foundations of inequality.
A democratic society must be egalitarian and, if not, democracy loses strength and credibility.
Finally, r
esearch together with the transfer of knowledge and
results that are produced, in
addition to the recovery of the names (and actions) of anonymous women, want to be
results
of
this
discipline
.
REFERENCES
AMURRIO, M.
et al.
Violencia de género en las relaciones de pareja adolescentes y
jóvenes de
Bilbao
. Bilbao: Ayuntamiento de Bilbao y Universidad del País Vasco, 2008.
AZORÍN, C. M. Actitudes hacia la igualdad de género en una muestra de estudiantes de
Murcia.
Revista Complutense de Educación
, v. 28, n. 1, p. 45
-
60, 2017.
BOSCH, E.; FERRER, M.
V.; GARCÍA, M. E.; RAMIS, M. C.; MAS, M. C.; NAVARRO,
C.; TORRENS, G.
Del mito del amor romántico a la violencia contra las mujeres en la
pareja
. Madrid: Instituto de la Mujer, 2007.
Available
:
http://centreantigona.uab.cat/izquierda/amor%20romantico%20Esperanza%20Bosch.pdf.
Access
: 1
Jun
e
2019
.
CALERO, J. J.
Isabel Muñoz Caravaca (1848
-
1915
). Mujer de un siglo que no ha llegado
aún
. Ciudad Real: Almud Ediciones, 2006.
DE MIGUEL, V.
Percepción
de la violencia de género en la adolescencia y la juventud
.
Madrid: Ministerio de Sanidad, Política Social e Igualdad, 2015.
DRAUCKER, C. B.; MARTSOLF, D. S. The role of electronic communication technology in
adolescent dating violence.
Journal of Child and Adolescent Psychiatric Nursing
, v. 23, n.
3, p. 133
-
142, 2010.
DOI: https://doi.org/10.1111/j.1744
-
6171.2010.00235.x
ESPAÑ
A.
Ley 12/2010, de 18 de noviembre
. Igualdad entre mujeres y hombres de Castilla
-
La Mancha,
2010.
EXPÓSITO, F.; MOYA, M.; GLICK, P. Sexismo ambivalente: medición y correlatos.
Revista de Psicología Social
, v. 13, n. 2, p. 159
-
169, 1998.
FERRER, V.; BOSCH
, E. Del amor romántico a la violencia de género: Para una coeducación
emocional en la agenda educativa.
Profesorado: Revista de currículum y formación del
profesorado
, v. 17, n. 1, p. 107
-
122, 2013.
image/svg+xml
Nieves HERNÁNDEZ
-
ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO
and
Soledad ANDRÉS GÓMEZ
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 15, n. esp. 4, p. 2687
-
2698,
Dec. 2020
. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2696
FERRER, V.; BOSCH, E.; RAMIS, M. C.; NAVARRO, C. Las creencias y las actitudes
sobre la violencia contra las mujeres en la pareja: Determinantes sociodemográficos,
familiares y formativos.
Anales de Psicología
,
v.
22
, n. 2, p. 251
-
259, 2006.
GARMENDIA, M.
; JIMÉNEZ, E.; CASADO, M. A.; MASCHERONI, G.
Net children go
mobile
:
riesgos y oportunidades en internet y el uso de dispositivos móviles entre menores
españoles (2010
-
2015). Madrid: Red.es/Universidad del País Vasco/Euskal Herriko
Unibertsitatea,
2016.
G
OBIERNO DE CASTILLA
-
LA MANCHA.
El Gobierno regional y la Universidad de
Alcalá ponen en marcha la Cátedra de investigación de género ‘Isabel Muñoz
Caravaca’
.
21 jun. 2019.
Available
: https://www.castillalamancha.es/node/290739.
Access
:
21
Jun
e
2019
.
GOBIERNO DE CASTILLA
-
LA MANCHA.
Enciclopedia de mujeres “Olivia Sabuco”
.
Available
: https://www.castillalamancha.es/node/290739.
Access
: 21 jun. 2019.
Disponible en:
https://institutom
ujer.castillalamancha.es/centro
-
de
-
documentacion
-
y
-
biblioteca
-
luisa
-
sigea/enciclopedia
-
de
-
mujeres
-
oliva
-
sabuco/mujeres/guadalajara.
Access
: 25
Jun
e
2019
.
HEREDERO DE PEDRO, C.
Género y coeducación
.
Madrid: CCOO Enseñanza, 2017.
INSTITUTO NACIONAL DE ESTADÍSTICA.
España en cifras 2014
. Madrid, España:
Autor, 2014.
LEMUS, S.; CASTILLO, M.; MOYA, M.; PADILLA, J. L.; RYAN, E. Elaboración y
validación del Inventario de Sexismo Ambivalente para adolescentes.
International Journal
of C
linical and Health Psychology
,
v.
8, n. 2, p. 537
-
562, 2008.
LORENTE, M.
Violencia de género, educación y socialización: acciones y reacciones.
Revista de Educación
, n. 342, p. 19
-
35, 2007.
MOSTEIRO, M. J.; PORTO, A. M. Análisis de los estereotipos de g
énero en alumnado de
formación profesional: diferencias según sexo, edad y grado.
Revista de Investigación
Educativa
,
v.
35
, n. 1, p. 151
-
165, 2017.
REED, L.; TOLMANB, R.; WARDC, M. Gender matters: Experiences and consequences of
digitaldating abuse victimization in adolescent dating relationships.
Journal of Adolescence
,
v. 59, p. 79
-
89, 2017. DOI:
https://doi.org/10.1016/j.adolescence.2017.05.015
RO
DRÍGUEZ CASTRO, Y.; MAGALHAES, M. J. El sexismo moderno en estudiantes
universitarios/as portugueses/as.
Revista Interdisciplinar de Ciencias Sociales y Humanas
,
v. 1
, n. 2, p. 113
-
121, 2013.
RODRÍGUEZ MARTÍNEZ, C.
Género y cultura escolar
.
Madrid: Morata, 2011.
RODRÍGUEZ
-
CASTRO, Y.
et al
. La fiabilidad y validez de la escala de mitos hacia el amor:
las creencias de los y las adolescentes.
Revista de Psicología Social
,
v.
28, n. 2, p. 157
-
168,
2013.
image/svg+xml
Isabel Muñoz Caravaca discipline:
An
initiative for the study and promotion of equality between men and women
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687
-
2698,
Dec. 2020
. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2697
SÁNCHEZ JIMÉNEZ, V.; MUÑOZ
-
FERNÁNDEZ, N.
; LUCIO LÓPEZ, L. A.; ORTEGA
-
RUÍZ, R. Ciberagresión en parejas adolescentes: Un estudio transcultural España
-
México.
Revista Mexicana de Psicología
, v. 34
, n. 1,
p. 46
-
54, 2017.
SÁNCHEZ JIMÉNEZ, V.; MUÑOZ
-
FERNÁNDEZ, N.; ORTEGA
-
RUIZ, R. “Cyberdating
Q_A”: An instrument to assess the quality of adolescent dating relationships in social
networks.
Computer in Human Science
,
v.
48, p. 78
-
86, 2015.
SÁNCHEZ
-
JIMÉNEZ, V.;
MUÑOZ
-
FERNÁNDEZ, N.; ORTEGA
-
RIVERA, J. Efficacy
evaluation of "Dat
-
e Adolescence": A dating violence prevention program in Spain.
PLoS
ONE
v. 13, n. 10, 2018. DOI:
https://doi.org/10.1371/journal.pone.0205802
SUBIRATS, M. ¿Coeducación o escuela segregada?
Un viejo y persistente debate.
Revista
de la Asociación de Sociología de la Educación (RASE)
,
v.
3, n. 1, v. 143
-
158, 2010.
TORRES, C.; ROBLES, J.M; DE MARCO, S.
El ciberacoso como forma de ejercer la
violencia de género en la juventud
: un riesgo en la s
ociedad de la información y el
conocimiento
.
Madrid: Ministerio de Sanidad, Política Social e Igualdad, 2014.
VENEGAS, M. Un modelo sociológico para investigar las relaciones afectivo
-
sexuales.
Revista Mexicana de Sociología
, v. 73, n. 4, p. 559
-
589, 201
1.
YELA, C. La otra cara del amor: Mitos, paradojas y problemas.
Encuentros en Psicología
Social
, v. 1, n. 2, p. 263
-
267, 2003.
ZWEIG, J. M.; DANK, M.; LACHMAN, P.; YAHNER, J.
Technology, teen dating violence
and abuse, and bullying. Final report
. Washington, DC, E.U.: Urban Institute, 2013.
Available
:
http://www.urban.org/research/publication/technology
-
teen
-
dating
-
violencea abuso
e bullying
.
Access
: 21
Jun
e
2019.
image/svg+xml
Nieves HERNÁNDEZ
-
ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO
and
Soledad ANDRÉS GÓMEZ
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 15, n. esp. 4, p. 2687
-
2698,
Dec. 2020
. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
2698
How to refer to t
his article
HERNÁNDEZ
-
ROMERO, N.; CARRASCO CARPIO, C.; ANDRÉS GÓMEZ, S.
Isabel
Muñoz Caravaca discipline: An initiative for the study and promotion of equality between men
and women
.
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
, Araraquara, v. 15, n. esp.
4, p.
2687
-
2698
,
Dec
. 2020. e
-
ISSN: 1982
-
5587.
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515
Submitted
:
10/09/2019
Revis
ions required
:
01/10/2020
Ap
proved
:
30/04/2020
Publi
shed
:
01/12/2020