image/svg+xmlCátedraIsabel Muñoz Caravaca: Uma iniciativa para o estudo e promoção da igualdade entre homens e mulheresRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145152687CÁTEDRA ISABEL MUÑOZ CARAVACA: UMA INICIATIVA PARA O ESTUDO E PROMOÇÃO DA IGUALDADE ENTRE HOMENS E MULHERESLA CÁTEDRA ISABEL MUÑOZ CARAVACA: UNA INICIATIVA PARA EL ESTUDIO Y EL FOMENTO DE LA IGUALDAD ENTRE HOMBRES Y MUJERESISABEL MUÑOZ CARAVACA DISCIPLINE: AN INITIATIVE FOR THE STUDY AND PROMOTION OF EQUALITY BETWEEN MEN AND WOMENNieves HERNÁNDEZ-ROMERO1Concepción CARRASCO CARPIO2Soledad ANDRÉS GÓMEZ3RESUMO: A disciplina de pesquisa Isabel Muñoz Caravaca foi introduzida em junho de 2019 como resultado de um acordo entre a Universidade de Alcalá e o Instituto da Mulher de Castela-Mancha. O objetivo dessa disciplina é promover pesquisas sobre questões relacionadas à violência de gênero, igualdade e visibilidade da contribuição das mulheres ao longo da história. Com esse propósito, durante o primeiro ano serão realizadas atividades de PD&I (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) bem como a transferência e divulgação dos resultados de pesquisas relacionadas a estereótipos e preconceitos de gênero e sua percepção e experiência por adolescentes da região. Este trabalho expõe as bases que sustentam as primeiras atividades de pesquisa e divulgação da referida disciplina.PALAVRAS-CHAVE: Gênero. Pesquisa. Igualdade. Transferência de resultados. RESUMEN:El pasado mes de junio de 2019 ha sido presentada la Cátedra de investigación Isabel Muñoz Caravaca, fruto de un convenio entre la Universidad de Alcalá y el Instituto de la Mujer de Castilla-La Mancha. El objetivo de esta cátedra es promover la investigación en temas relacionados con la violencia de género, la igualdad y la visibilización de la contribución de las mujeres a lo largo de la historia. Con este propósito se realizarán durante el primer año actividades de I+D+I, así como la transferencia y divulgación de los resultados de investigaciones relacionadas con los estereotipos y prejuicios de género y su percepción y vivencia por adolescentes de la región. Este trabajo expone la fundamentación que sustenta las primeras actividades de investigación ydivulgación de dicha cátedra.PALABRAS CLAVE:Género.Investigación. Igualdad. Transferencia de resultados.1Universidade de Alcalá (UAH), Alcalá de HenaresEspaña.Professora ContratadadoDepartamento de Ciências Educacionais, Área da Música. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4371-157X. E-mail: nieves.hernandez@uah.es2Universidade de Alcalá (UAH), Alcalá de HenaresEspaña.Professora doDepartamento de Economia, Área de Sociologia. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-5605-4468.E-mail: concha.carrasco@uah.es3Universidade de Alcalá (UAH), Alcalá de HenaresEspaña.Professora Doutora Contratada, Departamento de Ciências Educacionais, Área de Psicologia Evolutiva e Educacional. ORCID:https://orcid.org/0000-0003-1187-9308. E-mail: soledad.andres@uah.es
image/svg+xmlNieves HERNÁNDEZ-ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO eSoledad ANDRÉS GÓMEZRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145152688ABSTRACT:The Isabel Muñoz Caravaca research discipline was introduced in June 2019 as a result ofan agreement between the University of Alcalá and the Castilla-Mancha Women's Institute. The purpose of this discipline is to promote research on issues related to gender-based violence, equality, and visibility of women's contributions throughout history. For this purpose, during the first year activities of RD&I (Research, Development and Innovation) will be carried out, as well as the transfer and dissemination of the results of research related to gender stereotypes and prejudices and their perception and experience by adolescents in the region. This work exposes the bases that support the first research activities and dissemination of this discipline.KEYWORDS:Gender. Research. Equality. Transfer of results.OrigemA ideia desta cátedrade pesquisa surge como resultado da promulgação da Lei da Igualdade de Castilla-La Mancha (Lei 12/2010, de 18 de novembro, sobre igualdade entre mulheres e homens de Castilla-La Mancha), que em seu artigo 16 estabelece a criação de um Centro de Estudos e Pesquisas sobre Igualdade de Gênero.1. O Instituto da Mulher de Castilla-La Mancha promoverá a criação de um Centro de Estudos e Pesquisas sobre Igualdade de Gênero.2. O Centro analisará e realizará estudos e pesquisas para tornar visível a discriminação de gênero, avaliar políticas de igualdade e promover estratégias e medidas para alcançar a verdadeira igualdade entre mulheres e homens (ESPANHA, 2010).Após um longo processo, em março de 2019 foi assinado o acordo de colaboração entre o Instituto da Mulher de Castilla-La Mancha e a Universidade de Alcalá para a criação desta cadeira. O principal objetivo é a promoção da igualdade entre mulheres e homens e a erradicação da violência de gênero. A apresentação oficial foi realizada no dia 21 de junho de 2019, em ato presidido pelo Sr. José Vicente Saz, reitor da Universidade de Alcalá, e a Senhora Araceli Martínez, diretora interina do Instituto de Mulheres de Castilla-La Mancha, com o auxílio de diferentes personalidades.
image/svg+xmlCátedraIsabel Muñoz Caravaca: Uma iniciativa para o estudo e promoção da igualdade entre homens e mulheresRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145152689Figura1Apresentação da CátedraFonte: Governo de Castilla-La Mancha (2019)Por que Isabel Muñoz CaravacaIsabel Muñoz Caravaca (1848-1915), nascida em Madri, obteve o título de Magistério. Ele havia estudado música com Manuel de la Mata, professor e secretário do Conservatório de Madrid, e também francês, como era habitual na época. Em 1874 casou-se com Ambrosio Moya de la Torre, um homem de grande formação e ideias progressistas, professor do Instituto de Matemática, e depois da universidade, já viúvo e com o dobro de sua idade.Três filhos nasceram para este casamento. Quando ficou viúva, em 1895, Isabel Muñoz Caravacadecidiu trabalhar como professora, obtendo em propriedade a praça da escola de Atienza, onde morava há quinze anos. Aparentemente ela passou por momentos difíceis, criticada em um ambiente que não parecia favoravelmente sobre sua independência e suas opiniões. Em 1902, ela renunciou ao cargo de professora, embora tenha continuado a viver na cidade até 1910, quando se mudou para Guadalajara. Desde então até sua morte, publicou com frequência e com nomes diferentes na imprensa local. Essa presença constante na imprensa e seu crescente compromisso com a esquerda social provocaram a inimizade dos setores mais conservadores da capital. Enquanto ela era professora em Atienza, ela também lecionou na Escola Noturna para adultos, e preparou algumas jovens mulheres para acessar a Escola Normal. Escreveu vários manuais de instrução: Princípios de Aritmética(Madrid: Librería de Hernando, 1899) para o ensino fundamental; Elementosda Teoria de Solfege(Madrid: Tipolitografía de R. Péant). Ele dedicou-se especialmente àastronomia, um assunto sobre o qual publicou vários artigos, colaborando por volta de 1905 com Camille Flammarion, famosa astrônoma, fundadora da Sociedade Astronômica Francesa, à qual Isabel Muñoz Caravaca pertencia.
image/svg+xmlNieves HERNÁNDEZ-ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO eSoledad ANDRÉS GÓMEZRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145152690Ele colaborou com os jornais progressistas de Guadalajara, embora a destruição de muitos deles tenha impedido que a maioria de seus escritos fossem conhecidos. Longe de se dedicar aos poucos temas que foram permitidos às poucas mulheres que publicaram na imprensa, Isabel Muñoz Caravaca opinousobre todos os tipos de questões. Ela era muito vingativa não só em relação à educação feminina, mas também à de toda a sociedade. Isabel Muñoz Caravaca defendeu fervorosamente a igualdade moral e intelectual de mulheres e homens, e declarou-se feminista,defensora do voto feminino e da absoluta igualdade de direitos civis e políticos.Ele não se importava apenas com as mulheres. defendia os direitos dos oprimidos, defendendo a melhoria das condições dos trabalhadores; foi contra a pena de morte. Ela também era uma defensora dos animais, realizando campanhas contra ritos e costumes em que eram maltratados. Publicou inúmeros artigos na imprensa progressista da província de Guadalajara. Um dos títulos em que mais participou foi Flores y Abejas, ligado aos círculos republicano e socialista, embora em seus primórdios ele se declarou estranho à política e manteve uma certa linha inconsequente. Ele também publicou em outros jornais como La Alcarria Obrera, La Juventud Obreraou La Alcarria Ilustrada.A defesa de suas ideias frequentemente a confrontava com os líderes mais conservadores da província e ela sofreu inúmeros ataques (CALERO, 2006). Sem dúvida, ele era uma figura que merece ser lembrada, e que melhor tributo do que instituir esta cadeira de pesquisa com seu nome. Figura2Retrato de Isabel Muñoz CaravacaFonte: Governo de Castilla-La ManchaO logotipo da cadeira quer ser uma homenagem a Isabel Muñoz Caravaca. Ele retrata o perfil da parte superior do corpo de uma mulher anônima, como muitos foram por séculos. A cor roxa tem um caráter vingativo. A assinatura é original de Isabel Muñoz Caravaca.
image/svg+xmlCátedraIsabel Muñoz Caravaca: Uma iniciativa para o estudo e promoção da igualdade entre homens e mulheresRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145152691Figura3Logotipo da Cadeira de Pesquisa Isabel Muñoz CaravacaFonte de Dados: Universidade de Alcalá (UAH) (2020)Quem somosO grupo que constitui essa cadeira é formado por professores de pesquisa da Universidade de Alcalá de diversas áreas do conhecimento, por estudantes da mesma instituição e alguns pesquisadores de fora dela. Da mesma forma, a tomada de decisão sobre as atividades da cadeira é gerida por uma comissão mista composta por funcionários do Instituto da Mulher de Castilla-La Mancha e da UAH.São todas pessoas relacionadas a estudos de gênero através de linhas de pesquisa muito variadas. Entre elas estão a prevenção da mutilação genital feminina em Castilla-La Mancha, música e mulheres, transmissão de estereótipos de gênero na música popular urbana, desenvolvimento psicossocial e gênero na adolescência, perspectiva de gênero na análise das relações interpessoais e do clima escolar, análise de textos escolares e linguagem inclusiva, avaliação dos serviços prestados pela Rede de Pontos Municipais do Observatório Regional da Violência de Gênero dea Comunidade de Madrid, análise de materiais de formação para a conscientização e prevenção da violência de gênero, empoderamento de mulheres imigrantes de segunda geração através da educação, violência degênero em contextos de pobreza, cognição social e gênero, história oral de atletas pioneiros durante o regime de Franco na Espanha, a construção da identidade dos atletas durante a adolescência e a idade adulta em contextos de lazer e alto desempenho,gênero e educação, violência contra as mulheres, sexismo e amor romântico, etc.
image/svg+xmlNieves HERNÁNDEZ-ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO eSoledad ANDRÉS GÓMEZRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145152692Primeiro projeto de pesquisa da CadeiraO acordo é dividido em várias fases. Na primeira, o projeto "Percepção de igualdade entre homens e mulheres na adolescência em Castilla-La Mancha" é desenvolvido entre março e novembro de 2019. O objetivo final é a promoção da igualdade entre mulheres e homens e a erradicação da violência de gênero. Para isso, este projeto tem como objetivo conhecer as atitudes e percepções dos adolescentes em Castilla-La Mancha sobre questões de igualdade entre mulheres e homens. São analisadas atitudes machistas, mitos do amor romântico, estereótipos de gênero e influência das redes sociais. Em uma primeira fase, analisou-se a situação, a bibliografia,o relatório jurídico sobre violência de gênero e a análise do contexto espanhol foram elaborados, o instrumento de coleta de informações (questionário) foi elaborado e a amostra foi selecionada. A seleção da amostra foi feita de acordo com vários critérios. Após avaliar diversos assuntos, decidiu-se realizar a pesquisa de alunos do 3º e 4º ano do ESO em institutos públicos de Castilla-La Mancha. Os questionários foram aplicados na segunda quinzena de setembro de 2019. Posteriormente, os dados serão processados e o relatório correspondente será elaborado com os resultados.Fundação teóricaO projeto é baseado na categoria de gênero, como construção social, histórica e cultural. Os processos de socialização da infância e da adolescência são marcados peladiferenciação de gênero, lançando as bases para a desigualdade de oportunidades em uma sociedade baseada no sistema sexo-gênero. "Não há igualdade se a igualdade em si não for a base da socialização" (VENEGAS, 2015, p.68). A desigualdade, por sua vez, implica discriminação e está ligada às atitudes de violência de gênero, que se manifesta de múltiplas formas. Há uma grande produção científica na Espanha que certifica as relações entre essas categorias e processos (AMURRIO et al.,2008; DEMIGUEL, 2015; DIAZ-AGUADO;CARVAJAL, 2011; DIAZ-AGUADO;MARTINEZ;MARTINEZ, 2013; TORRES;ROBLES DE MARCO, 2014; SUBIRATS, 2010; VENEGAS, 2011).Especificamente, uma das principais dimensões a serem analisadas é o sexismo. Isso pode ser definido como uma atitude em relação às pessoas com base em sua adesão em grupos baseados no sexo biológico, sejam homens ou mulheres. Qualquer avaliação feita de uma
image/svg+xmlCátedraIsabel Muñoz Caravaca: Uma iniciativa para o estudo e promoção da igualdade entre homens e mulheresRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145152693pessoa de acordo com a categoria sexual biológica pode ser rotulada como machista (EXPÓSITO;MOYA;GLICK, 1998). Para Rodríguez-Castro et al. (2010), o sexismo ocorre antes de qualquer avaliação que seja feita em uma pessoa com base nessa categoria sexual biológica. Segundo Ferrer, Bosch, Ramis e Navarro (2006), o sexismo é uma atitude negativa, uma avaliação que só inclui aspectos distorcidos das mulheres, mesmo que sejam encobertas de um tom positivo, aparentemente afetivo. Trabalhos anteriores com amostras de estudantes relatam que os homens manifestam mais sexismo do que as mulheres (RODRÍGUEZ-CASTRO;MAGALHÃES, 2013). De Lemus, Castillo, Moya, Padilla e Ryan (2008) apontaram que é previsível que os homens obtenham altas pontuações no sexismo, uma vez que isso contribui para a manutenção do poder e da dominação sexual, portanto, um dos aspectos que sepretende analisar com este projeto é a comparação entre homens e mulheres.Por outro lado, a socialização é o processo pelo qual as pessoas aprendem os comportamentos e normas do ambiente social (FERRER;BOSCH, 2013), por isso é um elemento-chave na reprodução da desigualdade entre mulheres e homens (LORENTE, 2007). Nesse processo, a identidade é moldada e os padrões culturais atribuídos a cada gênero são internalizados (MOSTEIRO;PORTO, 2017). Diferentes agentes educacionais participam da socialização diferencial: família, escola, mídia, religiões, literatura, música, etc. Nesse sentido, o sistema educacional tem um papel central na promoção e desenvolvimento de uma cultura igualitária (RODRÍGUEZ MARTÍNEZ, 2011; AZORÍN, 2017; HEREDERO DE PEDRO, 2017), portanto, a população em estudo é de estudantes do Ensino Médio. Nesse sentido, os professores são o agente ideal para refletir sobre a desigualdade de gênero e construir modelos alternativos de socialização que permitam a conquista de uma igualdade real e eficaz. Outro aspecto que queremos incluir na pesquisa é o que se relaciona com os mitos do amor romântico, definidos como o conjunto de crenças que são compartilhadas socialmente sobre a suposta natureza "verdadeira" do amor (YELA, 2003). Estes representam o imaginário social sobre o significado dado ao amor. Diversos estudos realizados na Espanha confirmam a validade do discurso romântico tanto na população em geral (BOSCH et al.,2008), quanto na população adolescente (RODRÍGUEZ-CASTRO et al.,2013).Sendoa população-alvo deste estudo os alunos do Ensino Médio, a análise da qualidade das relações no contexto de encontros presenciais, bem como nas redes sociais, adquire especial relevância. O uso da internet e dispositivos móveis por crianças e jovens na Espanha tem sido recentemente estudado no campo das ciências sociais. Hoje existem dados derivados de pesquisas longitudinais de diferentes áreas que fornecem informações relevantes sobre o
image/svg+xmlNieves HERNÁNDEZ-ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO eSoledad ANDRÉS GÓMEZRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145152694funcionamento de crianças e adolescentes em ambientes de interação virtual (por exemplo, Garmendia, Jiménez, Casado e Mascheroni, 2016; Instituto Nacional de Estatística, 2014).As mudanças nas formas de comunicação e relacionamento que todas as pessoas, mas especialmente as mais jovens, têm experimentado com o uso diário dos espaços virtuais são fatos admitidos. Em particular, casais adolescentes, engajados nas tarefas evolutivas do estágio -busca de identidade, autonomia, início de relacionamentos -, exploram novos vínculos afetivos com outras ou outras pessoas combinandointerações virtuais com interações presenciais e influenciando significativamente o primeiro aprendizado de amor e relacionamentos (SÁNCHEZ-JIMÉNEZ et al.,2017) Assim, pesquisas como as realizadas por Subrahmanyam e Smahel (2011) propõem modelos de análise que partem da ideia de que o mundo online e offline estão intimamente conectados, influenciando o desenvolvimento da intimidade, padrões de namoro (agora chamados de "cybercortejo"), engajamento de casal, etc. nestes estágios iniciais da vida. E, no sentido negativo, eles também podem aumentar ou promover sentimentos e comportamentos prejudiciais, como o ciúme ou o cyberbullying (DRAUCKER;MARTSOLF, 2010; ZWEIG;DANK;LACHMAN;YAHNER, 2013).Com o objetivo de fornecer conhecimento a um campo emergente, também uma causa de preocupação social, são analisados estudos recentes desenvolvidos por equipes de pesquisa no campo das ciências sociais, prestando especial atenção à influência da variável gênero para analisar as consequências de comportamentos abusivos e de vitimização nos namoros e relacionamentos de casais adolescentes (SÁNCHEZ-JIMÉNEZ et al., 2018; REED et al.,2017; SÁNCHEZ-JIMÉNEZ et al.,2015). Portanto, a partir da revisão de estudos anteriores com esse setor da população jovem, o objetivo é analisar esse tipo de cognições e comportamentos em uma amostra representativa de adolescentes de Castilla La Mancha. A análise dessa população poderia contribuir para diferentes agentes de socialização, responsáveis pela formação de adolescentes, ter conhecimento do estado da matéria nessa região onde poderia haver diferenças de acordo com o sexo, entre contextos rurais e urbanos, bem como com relação a outras variáveis que dificultam a efetiva igualdade.Em resumo, no estudo das relações entre adolescentes em contextos presenciais e virtuais, os pesquisadores analisaram quatro categorias principalmente: gênero, sexualidade, amor-afetividade e corpo. E os principais temas, que também abordaremos no estudo que projetamos, são: sexismo, estereótipos de gênero, mitos do amor romântico e a influência das redes sociais como espaço para a violência de gênero.
image/svg+xmlCátedraIsabel Muñoz Caravaca: Uma iniciativa para o estudo e promoção da igualdade entre homens e mulheresRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145152695Considerações FinaisEsta cátedra de pesquisa nasceu com o objetivo de pesquisar questões relacionadas à igualdade entre mulheres e homens. Há muitas formas de combater as desigualdades de gênero, mas fundamental é através da desconstrução de estereótipos gerados nos processosde socialização. Isso não é possível sem uma análise aprofundada dos fundamentos teóricos e empíricos da desigualdade. Uma sociedade democrática deve ser igualitária e, se não for, a democracia perde força e credibilidade. Pesquisas em conjunto com a transferência de conhecimentos e resultados que são produzidos, além da recuperação dos nomes (e ações) de mulheres anônimas, querem ser frutos desta cadeira. REFERÊNCIASAMURRIO, M. et al.Violencia de género en las relaciones de pareja adolescentes y jóvenes de Bilbao. Bilbao: Ayuntamiento de Bilbao y Universidad del País Vasco, 2008. AZORÍN, C. M. Actitudes hacia la igualdad de género en una muestra de estudiantes de Murcia. Revista Complutense de Educación, v. 28, n. 1,p. 45-60, 2017. BOSCH, E.; FERRER, M. V.; GARCÍA, M. E.; RAMIS, M. C.; MAS, M. C.; NAVARRO, C.; TORRENS, G. Del mito del amor romántico a la violencia contra las mujeres en la pareja. Madrid: Instituto de la Mujer, 2007. Disponível em: http://centreantigona.uab.cat/izquierda/amor%20romantico%20Esperanza%20Bosch.pdf.Acesso em: 1 jun. 2019.CALERO, J. J. Isabel Muñoz Caravaca (1848-1915). Mujer de un siglo que no ha llegado aún. Ciudad Real: Almud Ediciones, 2006.DE MIGUEL, V. Percepción de la violencia de género en la adolescencia y la juventud.Madrid: Ministerio de Sanidad, Política Social e Igualdad, 2015. DRAUCKER, C. B.; MARTSOLF, D. S. The role of electronic communication technology in adolescent dating violence. Journal of Child and Adolescent Psychiatric Nursing, v. 23, n. 3, p. 133-142, 2010. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1744-6171.2010.00235.xESPAÑA. Ley 12/2010, de 18 de noviembre. Igualdad entre mujeres y hombres de Castilla-La Mancha,2010.EXPÓSITO, F.; MOYA, M.; GLICK, P. Sexismo ambivalente: medición y correlatos. Revista de Psicología Social, v. 13, n. 2, p. 159-169, 1998.FERRER, V.; BOSCH, E. Del amor romántico a la violencia de género: Para una coeducación emocional en la agenda educativa. Profesorado: Revista de currículum y formación del profesorado, v. 17, n. 1, p. 107-122, 2013.
image/svg+xmlNieves HERNÁNDEZ-ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO eSoledad ANDRÉS GÓMEZRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145152696FERRER, V.; BOSCH, E.; RAMIS, M. C.; NAVARRO, C. Las creencias y las actitudes sobre la violencia contra las mujeres en la pareja: Determinantes sociodemográficos, familiares y formativos. Anales de Psicología, v. 22, n. 2, p. 251-259, 2006.GARMENDIA, M.; JIMÉNEZ, E.; CASADO, M. A.; MASCHERONI, G. Net children go mobile:riesgos y oportunidades en internet y el uso de dispositivos móviles entre menores españoles (2010-2015). Madrid: Red.es/Universidad del País Vasco/Euskal Herriko Unibertsitatea,2016.GOBIERNO DE CASTILLA-LA MANCHA. El Gobierno regional y la Universidad de Alcalá ponen en marcha la Cátedra de investigación de género ‘Isabel Muñoz Caravaca’.21 jun. 2019. Disponível em: https://www.castillalamancha.es/node/290739. Acesso em: 21 jun. 2019. GOBIERNO DE CASTILLA-LA MANCHA. Enciclopedia de mujeres “Olivia Sabuco”. Disponível em: https://www.castillalamancha.es/node/290739. Acesso em: 21 jun. 2019. Disponible en: https://institutomujer.castillalamancha.es/centro-de-documentacion-y-biblioteca-luisa-sigea/enciclopedia-de-mujeres-oliva-sabuco/mujeres/guadalajara. Acceso en: 25 jun. 2019. HEREDERO DE PEDRO, C. Género y coeducación. Madrid: CCOO Enseñanza, 2017.INSTITUTO NACIONAL DE ESTADÍSTICA. España en cifras 2014. Madrid, España: Autor, 2014.LEMUS, S.; CASTILLO, M.; MOYA, M.; PADILLA, J. L.; RYAN, E. Elaboración y validación del Inventario de Sexismo Ambivalente para adolescentes. International Journal of Clinical and Health Psychology, v. 8, n. 2, p. 537-562, 2008.LORENTE, M. Violencia de género, educación y socialización: acciones y reacciones. Revista de Educación, n. 342, p. 19-35, 2007. MOSTEIRO, M. J.; PORTO, A. M. Análisis de los estereotipos de género en alumnado de formación profesional: diferencias según sexo, edad ygrado. Revista de Investigación Educativa, v. 35, n. 1, p. 151-165, 2017.REED, L.; TOLMANB, R.; WARDC, M. Gender matters: Experiences and consequences of digitaldating abuse victimization in adolescent dating relationships. Journal of Adolescence, v. 59, p. 79-89, 2017. DOI: https://doi.org/10.1016/j.adolescence.2017.05.015RODRÍGUEZ CASTRO, Y.; MAGALHAES, M. J. El sexismo moderno en estudiantes universitarios/as portugueses/as. Revista Interdisciplinar de Ciencias Sociales y Humanas, v. 1, n. 2, p. 113-121, 2013.RODRÍGUEZ MARTÍNEZ, C. Género y cultura escolar. Madrid: Morata, 2011. RODRÍGUEZ-CASTRO, Y. et al. La fiabilidad y validez de la escala de mitos hacia el amor: las creencias de los y las adolescentes. Revista de Psicología Social, v. 28, n. 2, p. 157-168, 2013.
image/svg+xmlCátedraIsabel Muñoz Caravaca: Uma iniciativa para o estudo e promoção da igualdade entre homens e mulheresRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145152697SÁNCHEZ JIMÉNEZ, V.; MUÑOZ-FERNÁNDEZ, N.; LUCIO LÓPEZ, L. A.; ORTEGA-RUÍZ, R. Ciberagresión en parejas adolescentes: Un estudio transcultural España-México. Revista Mexicana de Psicología, v. 34, n. 1,p. 46-54, 2017.SÁNCHEZ JIMÉNEZ, V.; MUÑOZ-FERNÁNDEZ, N.; ORTEGA-RUIZ, R. “Cyberdating Q_A”: An instrument to assess the quality of adolescent dating relationships in social networks. Computer in Human Science, v. 48, p. 78-86, 2015.SÁNCHEZ-JIMÉNEZ, V.; MUÑOZ-FERNÁNDEZ,N.; ORTEGA-RIVERA, J. Efficacy evaluation of "Dat-e Adolescence": A dating violence prevention program in Spain. PLoS ONEv. 13, n. 10, 2018. DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0205802SUBIRATS, M. ¿Coeducación o escuela segregada? Un viejo y persistente debate. Revista de la Asociación de Sociología de la Educación (RASE), v. 3, n. 1, v. 143-158, 2010.TORRES, C.; ROBLES, J.M; DE MARCO, S. El ciberacoso como forma de ejercer la violencia de género en la juventud: un riesgo en la sociedad de la información y el conocimiento.Madrid: Ministerio de Sanidad, Política Social e Igualdad, 2014. VENEGAS, M. Un modelo sociológico para investigar las relaciones afectivo-sexuales. Revista Mexicana de Sociología, v. 73, n. 4, p. 559-589, 2011.YELA, C. La otra cara del amor: Mitos, paradojas y problemas. Encuentros en Psicología Social, v. 1, n. 2, p. 263-267, 2003. ZWEIG, J. M.; DANK, M.; LACHMAN, P.; YAHNER, J. Technology, teen dating violence and abuse, and bullying. Final report. Washington, DC, E.U.: Urban Institute, 2013. Disponível em: http://www.urban.org/research/publication/technology-teen-dating-violencea abuso e bullying.Acesso em: 21 jun. 2019.
image/svg+xmlNieves HERNÁNDEZ-ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO eSoledad ANDRÉS GÓMEZRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145152698Como referenciar este artigoHERNÁNDEZ-ROMERO, N.; CARRASCO CARPIO, C.; ANDRÉS GÓMEZ, S. Cátedra Isabel Muñoz Caravaca: Uma iniciativa para o estudo e promoção da igualdade entre homens e mulheres. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez. 2020. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515Publicado em: 10/09/2019Revisões requeridas em: 01/10/2020Aprovado em: 30/04/2020Publicado em: 01/12/2020
image/svg+xmlLa cátedra Isabel Muñoz Caravaca: una iniciativa para el estudio y el fomento de la igualdad entre hombres y mujeresRIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515 2687LA CÁTEDRA ISABEL MUÑOZ CARAVACA: UNA INICIATIVA PARA EL ESTUDIO Y EL FOMENTO DE LA IGUALDAD ENTRE HOMBRES Y MUJERES CÁTEDRA ISABEL MUÑOZ CARAVACA: UMA INICIATIVA PARA O ESTUDO E PROMOÇÃO DA IGUALDADE ENTRE HOMENS E MULHERES ISABEL MUÑOZ CARAVACA DISCIPLINE: AN INITIATIVE FOR THE STUDY AND PROMOTION OF EQUALITY BETWEEN MEN AND WOMEN Nieves HERNÁNDEZ-ROMERO1Concepción CARRASCO CARPIO2Soledad ANDRÉS GÓMEZ3RESUMEN: El pasado mes de junio de 2019 ha sido presentada la Cátedra de investigación Isabel Muñoz Caravaca, fruto de un convenio entre la Universidad de Alcalá y el Instituto de la Mujer de Castilla-La Mancha. El objetivo de esta cátedra es promover la investigación en temas relacionados con la violencia de género, la igualdad y la visibilización de la contribución de las mujeres a lo largo de la historia. Con este propósito se realizarán durante el primer año actividades de I+D+I, así como la transferencia y divulgación de los resultados de investigaciones relacionadas con los estereotipos y prejuicios de género y su percepción y vivencia por adolescentes de la región. Este trabajo expone la fundamentación que sustenta las primeras actividades de investigación y divulgación de dicha cátedra. PALABRAS CLAVE:Género.Investigación. Igualdad. Transferencia de resultados.RESUMO: A disciplina de pesquisa Isabel Muñoz Caravaca foi introduzida em junho de 2019 como resultado de um acordo entre a Universidade de Alcalá e o Instituto da Mulher de Castela-Mancha. O objetivo dessa disciplina é promover pesquisas sobre questões relacionadas à violência de gênero, igualdade e visibilidade da contribuição das mulheres ao longo da história. Com esse propósito, durante o primeiro ano serão realizadas atividades de PD&I (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) bem como a transferência e divulgação dos resultados de pesquisas relacionadas a estereótipos e preconceitos de gênero e sua percepção e experiência por adolescentes da região. Este trabalho expõe as bases que sustentam as primeiras atividades de pesquisa e divulgação da referida disciplina. PALAVRAS-CHAVE: Gênero. Pesquisa. Igualdade. Transferência de resultados. 1Universidad de Alcalá (UAH), Alcalá de Henares – España. Profesora Contratada del Departamento de Ciencias de la Educación, Área de Música. ORCID: http://orcid.org/0000-0002-4371-157X. E-mail: nieves.hernandez@uah.es 2Universidad de Alcalá (UAH), Alcalá de Henares – España. Profesora Titular del Departamento de Economía, Área de Sociología. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-5605-4468. E-mail: concha.carrasco@uah.es 3Universidad de Alcalá (UAH), Alcalá de Henares, España. Profesora Contratada Doctora, Departamento de Ciencias de la Educación, Área de Psicología Evolutiva y de la Educación. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1187-9308. E-mail: soledad.andres@uah.es
image/svg+xmlNieves HERNÁNDEZ-ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO y Soledad ANDRÉS GÓMEZRIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515 2688ABSTRACT: The Isabel Muñoz Caravaca research discipline was introduced in June 2019 as a result of an agreement between the University of Alcalá and the Castilla-Mancha Women's Institute. The purpose of this discipline is to promote research on issues related to gender-based violence, equality, and visibility of women's contributions throughout history. For this purpose, during the first year activities of RD&I (Research, Development and Innovation) will be carried out, as well as the transfer and dissemination of the results of research related to gender stereotypes and prejudices and their perception and experience by adolescents in the region. This work exposes the bases that support the first research activities and dissemination of this discipline. KEYWORDS: Gender. Research. Equality. Transfer of results. Origen La idea de esta cátedra de investigación surge a raíz de la promulgación de la Ley de Igualdad de Castilla-La Mancha (Ley 12/2010, de 18 de noviembre, de igualdad entre mujeres y hombres de Castilla-La Mancha), que en su artículo 16 establece la creación de un Centro de Estudios e Investigaciones de la Igualdad de Género. 1. El Instituto de la Mujer de Castilla-La Mancha impulsará la creación de un Centro de Estudios e Investigaciones de la Igualdad de Género. 2. El Centro deberá analizar y realizar estudios e investigaciones para hacer visibles las discriminaciones por razón de sexo, evaluará las políticas de igualdad y promoverá las estrategias y medidas para alcanzar la igualdad real entre mujeres y hombres (ESPAÑA, 2010). Después de un largo proceso, en marzo de 2019 se firmó el convenio de colaboración entre el Instituto de la Mujer de Castilla-La Mancha y la Universidad de Alcalá para la creación de esta cátedra. El objetivo principal es la promoción de la igualdad entre mujeres y hombres y la erradicación de la violencia de género. La presentación oficial se celebró el 21 de junio de 2019, en un acto presidido por D. José Vicente Saz, rector de la Universidad de Alcalá, y Dª Araceli Martínez, directora en funciones del Instituto de la Mujer de Castilla-La Mancha, con la asistencia de distintas personalidades.
image/svg+xmlLa cátedra Isabel Muñoz Caravaca: una iniciativa para el estudio y el fomento de la igualdad entre hombres y mujeresRIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515 2689Imagen 1– Presentación de la Cátedra Fuente: Gobierno de Castilla-La Mancha (2019) Por qué Isabel Muñoz Caravaca Isabel Muñoz Caravaca (1848-1915), nacida en Madrid, obtuvo el título de Magisterio. Había estudiado música con Manuel de la Mata, maestro y secretario del Conservatorio de Madrid, y también francés, como era habitual en la época. En 1874 contrajo matrimonio con Ambrosio Moya de la Torre, hombre de gran formación e ideas progresistas, catedrático de instituto de matemáticas, y después de universidad, ya viudo y que le doblaba la edad. De este matrimonio nacieron tres hijos. Al enviudar en 1895, Isabel Muñoz Caravaca decidió ejercer como maestra, obteniendo en propiedad la plaza de la escuela de niñas de Atienza, donde vivió quince años. Al parecer pasó momentos difíciles, criticada en un entorno que no veía con buenos ojos su independencia y sus opiniones. En 1902 renunció a la plaza de maestra, aunque siguió viviendo en el pueblo hasta 1910, fecha en que se trasladó a Guadalajara. Desde ese momento y hasta su muerte publicó frecuentemente y bajo diferentes nombres en la prensa local. Esta constante presencia en la prensa y su creciente compromiso con la izquierda social provocó la enemistad de los sectores más conservadores de la capital. Mientras fue maestra en Atienza también impartió clase en la Escuela nocturna para adultos, y preparaba a algunas jóvenes para acceder a la Escuela Normal. Escribió varios manuales para la instrucción: Principios de Aritmética(Madrid: Librería de Hernando, 1899) para la enseñanza primaria; Elementos de la Teoría del Solfeo(Madrid: Tipolitografía de R. Péant). Se dedicó especialmente a la astronomía, tema sobre el que publicó varios artículos, colaborando hacia 1905 con Camille Flammarion, famoso astrónomo, fundador de la Sociedad Astronómica Francesa, a la cual perteneció Isabel Muñoz Caravaca.
image/svg+xmlNieves HERNÁNDEZ-ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO y Soledad ANDRÉS GÓMEZRIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515 2690Colaboró con los periódicos progresistas de Guadalajara, aunque la destrucción de muchos de ellos ha impedido que se pueda conocer la mayoría de sus escritos. Lejos de dedicarse a los escasos temas que eran permitidos a las pocas mujeres que publicaban en prensa, Isabel Muñoz Caravaca opinaba sobre todo tipo de cuestiones. Se mostró muy reivindicativa no solo en lo referente a la instrucción femenina, sino a la de toda la sociedad. Isabel Muñoz Caravaca defendía fervientemente la igualdad moral e intelectual de mujeres y hombres, y se declaraba feminista, partidaria del voto femenino y de la igualdad absoluta de derechos civiles y políticos. No solo se preocupó de las mujeres; era defensora de los derechos de los oprimidos, defendiendo la mejora de las condiciones de los obreros; fue contraria a la pena de muerte. También fue defensora de los animales, emprendiendo campañas contra ritos y costumbres en los que eran maltratados. Publicó numerosos artículos en la prensa progresista de la provincia de Guadalajara. Uno de los títulos en los que participó con mayor asiduidad fue Flores y Abejas, vinculado a los círculos republicanos y socialistas, aunque en sus inicios se declaraba ajeno a la política y mantuvo una cierta línea intrascendente. También publicó en otros periódicos como La Alcarria Obrera, La Juventud Obrerao La Alcarria Ilustrada. La defensa de sus ideas la enfrentó con frecuencia a los dirigentes más conservadores de la provincia y sufrió numerosos ataques (CALERO, 2006). Sin duda fue una figura que merece ser recordada, y qué mejor homenaje que instituir esta cátedra de investigación con su nombre. Imagen 2– Retrato de Isabel Muñoz Caravaca Fuente: Gobierno de Castilla-La Mancha El logotipo de la cátedra quiere ser un homenaje a Isabel Muñoz Caravaca. En él se representa el perfil de la parte superior del cuerpo de una mujer anónima, como lo fueron tantas
image/svg+xmlLa cátedra Isabel Muñoz Caravaca: una iniciativa para el estudio y el fomento de la igualdad entre hombres y mujeresRIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515 2691durante siglos. El color morado tiene un carácter reivindicativo. La firma es la original de Isabel Muñoz Caravaca. Imagen 3– Logotipo de la Cátedra de investigación Isabel Muñoz Caravaca Fuente: Universidad de Alcalá (UAH) (2020) Quiénes somos El grupo que constituye esta cátedra está formado por profesorado investigador de la Universidad de Alcalá de diversas áreas de conocimiento, por alumnado de la misma institución y algunos investigadores externos a ella. Asimismo, la toma de decisiones sobre las actividades de la cátedra está gestionada por una comisión mixta compuesta por personal del Instituto de la Mujer de Castilla-La Mancha y de la UAH. Son todas ellas personas relacionadas con los estudios de género a través de líneas de investigación muy variadas. Entre ellas se pueden citar la prevención de la mutilación genital femenina en Castilla-La Mancha, música y mujeres, transmisión de estereotipos de género en músicas populares urbanas, desarrollo psicosocial y género en la adolescencia, perspectiva de género en el análisis de las relaciones interpersonales y el clima escolar, análisis de textos escolares y lenguaje inclusivo, evaluación de servicios prestados por la Red de Puntos Municipales del Observatorio Regional de la Violencia de Género de la Comunidad de Madrid, análisis de materiales formativos para la sensibilización y prevención de la violencia de género, empoderamiento de mujeres inmigrantes de segunda generación a través de la educación, violencia de género en contextos de pobreza, cognición social y género, historia oral de las pioneras deportistas durante el franquismo en España, la construcción de la identidad de las deportistas durante la adolescencia y la adultez en contextos de ocio y de alto rendimiento, género y educación, violencia contra las mujeres, sexismo y amor romántico, etc.
image/svg+xmlNieves HERNÁNDEZ-ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO y Soledad ANDRÉS GÓMEZRIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515 2692Primer proyecto de investigación de la Cátedra El convenio se articula en varias fases. En la primera se desarrolla el proyecto “Percepción de la igualdad entre hombres y mujeres en la adolescencia de Castilla-La Mancha”, entre marzo y noviembre de 2019. El objetivo final es la promoción de la igualdad entre mujeres y hombres y la erradicación de la violencia de género. Con este fin, este proyecto pretende conocer las actitudes y percepciones de los y las adolescentes de Castilla-La Mancha acerca de cuestiones de igualdad entre mujeres y hombres. Se analizan así actitudes sexistas, mitos del amor romántico, estereotipos de género e influencia de las redes sociales. En una primera fase se analizó la situación, se seleccionó bibliografía, se elaboró el informe jurídico sobre la violencia de género y un análisis del contexto español, se preparó el instrumento de recogida de información (cuestionario) y se seleccionó la muestra. La selección de la muestra se realizó atendiendo a varios criterios. Tras valorar diversas cuestiones, se decidió realizar la encuesta al alumnado de 3º y 4º de la ESO en institutos públicos de Castilla-La Mancha. Los cuestionarios se aplicaron la segunda quincena de septiembre de 2019. Posteriormente se procesarán los datos y se elaborará el informe correspondiente con los resultados. Fundamentación teórica El proyecto tiene su fundamento en la categoría de género, como construcción social, histórica y cultural. Los procesos de socialización de la infancia y la adolescencia están marcados por la diferenciación de género sentando las bases de la desigualdad de oportunidades en una sociedad basada en el sistema sexo-género. “No hay igualdad si la igualdad misma no es la base de la socialización” (VENEGAS, 2015, p. 68). La desigualdad a su vez supone discriminación y se vincula con las actitudes propias de la violencia de género, la cual se manifiesta de múltiples maneras. Es muy numerosa la producción científica en España que certifica las relaciones entre estas categorías y procesos (AMURRIO et al.,2008; DE MIGUEL, 2015; DÍAZ-AGUADO; CARVAJAL, 2011; DÍAZ-AGUADO; MARTÍNEZ; MARTÍNEZ, 2013; TORRES; ROBLES DE MARCO, 2014; SUBIRATS, 2010; VENEGAS, 2011). Específicamente, una de las principales dimensiones a analizar es el sexismo. Este puede ser definido como una actitud hacia las personas en función de su pertenencia a grupos basados en el sexo biológico, sean hombres o mujeres. Toda evaluación que se haga de una persona
image/svg+xmlLa cátedra Isabel Muñoz Caravaca: una iniciativa para el estudio y el fomento de la igualdad entre hombres y mujeresRIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515 2693atendiendo a la categoría sexual biológica puede ser etiquetada como sexista (EXPÓSITO; MOYA; GLICK, 1998). Para Rodríguez-Castro et al. (2010), el sexismo se produce ante cualquier evaluación que se realice sobre una persona en función de dicha categoría sexual biológica. Según Ferrer, Bosch, Ramis y Navarro (2006), el sexismo es una actitud negativa, una evaluación que solo incluye aspectos distorsionados de las mujeres, aunque sean encubiertos a partir de un tono positivo, aparentemente afectivo. Trabajos previos con muestras de estudiantes reportan que los hombres manifiestan más sexismo que las mujeres (RODRÍGUEZ-CASTRO; MAGALHAES, 2013). De Lemus, Castillo, Moya, Padilla y Ryan (2008) han señalado que es previsible que los hombres obtengan puntuaciones altas en el sexismo, ya que este contribuye a mantener el poder y la dominación sexual, de ahí que uno de los aspectos que se pretende analizar con este proyecto es la comparativa entre hombres y mujeres. Por otra parte, la socialización es el proceso mediante el cual las personas aprenden las conductas y normas del entorno social (FERRER; BOSCH, 2013), por lo que se trata de un elemento clave en la reproducción de la desigualdad entre mujeres y hombres (LORENTE, 2007). En este proceso se conforma la identidad y se interiorizan las pautas culturales asignadas a cada género (MOSTEIRO; PORTO, 2017). En la socialización diferencial participan diferentes agentes educativos: familia, escuela, medios de comunicación, religiones, literatura, música, etc. En este sentido, el sistema educativo tiene un papel central en el fomento y desarrollo de una cultura igualitaria (RODRÍGUEZ MARTÍNEZ, 2011; AZORÍN, 2017; HEREDERO DE PEDRO, 2017), de ahí que la población objeto de estudio sea estudiantes de Educación Secundaria. En este sentido, el profesorado es el agente idóneo para reflexionar sobre la desigualdad de género y construir modelos de socialización alternativos que permitan la consecución de una igualdad real y efectiva. Otro de los aspectos que se quiere incluir en la investigación es el que se relaciona con los mitos del amor romántico, definidos como el conjunto de creencias que se comparten socialmente sobre la supuesta “verdadera” naturaleza del amor (YELA, 2003). Estos representan el imaginario social sobre el significado que se le da al amor. Diversos estudios realizados en España confirman la vigencia del discurso romántico tanto en población general (BOSCH et al.,2008), como en población adolescente (RODRÍGUEZ-CASTRO et al.,2013). Siendo la población objeto del presente estudio el alumnado de Educación Secundaria, adquiere especial relevancia el análisis de la calidad de las relaciones en el contexto de los encuentros cara a cara, así como en las redes sociales. El uso de internet y dispositivos móviles por niños y niñas y jóvenes en España viene estudiándose recientemente en el campo de las
image/svg+xmlNieves HERNÁNDEZ-ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO y Soledad ANDRÉS GÓMEZRIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515 2694ciencias sociales. A día de hoy se cuenta con datos derivados de investigaciones de carácter longitudinal de distinto ámbito que aportan información relevante acerca del funcionamiento de niños y niñas, y jóvenes adolescentes, en los entornos virtuales de interacción (por ejemplo Garmendia, Jiménez, Casado, y Mascheroni, 2016; Instituto Nacional de Estadística, 2014). Los cambios en las formas de comunicación y relación que han experimentado todas las personas, pero especialmente las más jóvenes, con el uso cotidiano de los espacios virtuales son hechos admitidos. De manera particular, las parejas adolescentes, ocupadas en las tareas evolutivas propias de la etapa –búsqueda de identidad, autonomía, inicio de las relaciones-, exploran nuevas vinculaciones afectivas con otra u otras personas combinando las interacciones virtuales con las presenciales e influyendo de manera notable en los primeros aprendizajes del amor y de las relaciones de pareja (SÁNCHEZ-JIMÉNEZ et al.,2017) Así, investigaciones como las realizadas por Subrahmanyam y Smahel (2011) proponen modelos de análisis que parten de la idea de que el mundo en línea y fuera de línea están íntimamente conectados, influyendo en el desarrollo de la intimidad, los patrones de cortejo (ahora denominado “cibercortejo”), el compromiso de pareja, etc. en estas etapas tempranas de la vida. Y en sentido negativo, también pueden aumentar o promover sentimientos y conductas dañinas como los celos o el ciberacoso (DRAUCKER; MARTSOLF, 2010; ZWEIG; DANK; LACHMAN; YAHNER, 2013). Con el fin de aportar conocimiento a un campo emergente, motivo asimismo de preocupación social, se analizan los recientes estudios desarrollados por equipos de investigación del campo de las ciencias sociales, prestando especial atención a la influencia de la variable de género para analizar las consecuencias de las conductas de abuso y victimización en las citas y relaciones de parejas adolescentes (SÁNCHEZ-JIMÉNEZ et al.,2018; REED et al.,2017; SÁNCHEZ-JIMÉNEZ et al.,2015). Por lo tanto, a partir de la revisión de estudios previos con este sector de población joven, el objetivo es analizar este tipo de cogniciones y conductas en una muestra representativa de adolescentes de Castilla la Mancha. El análisis de esta población podría contribuir a que diferentes agentes de socialización, responsables en la educación de los y las adolescentes, tengan conocimiento del estado de la cuestión en esta región donde podría haber diferencias según el sexo, entre contextos rurales y urbanos, así como respecto a otras variables que dificulten una igualdad efectiva. En síntesis, en el estudio de las relaciones entre adolescentes en los contextos cara a cara y virtuales, los investigadores e investigadoras han analizado cuatro categorías principalmente: género, sexualidad, amor-afectividad y cuerpo. Y los temas principales, de los que asimismo
image/svg+xmlLa cátedra Isabel Muñoz Caravaca: una iniciativa para el estudio y el fomento de la igualdad entre hombres y mujeresRIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515 2695nos ocuparemos en el estudio que proyectamos, son: el sexismo, los estereotipos de género, los mitos del amor romántico y la influencia de las redes sociales como espacio para la violencia de género. Consideraciones finales Esta cátedra de investigación nace con el objetivo de investigar en temas relacionados con la igualdad de mujeres y hombres. Existen muchas formas de luchar contra las desigualdades de género, pero una fundamental es a través de la deconstrucción de los estereotipos generados en los procesos de socialización. Esto no es posible si no se analizan en profundidad los fundamentos, tanto teóricos como empíricos de la desigualdad. Una sociedad democrática debe ser igualitaria y si no lo es la democracia pierde fuerza y credibilidad. La investigación junto con la transferencia de los conocimientos y resultados que se vayan produciendo, además de la recuperación de los nombres (y acciones) de mujeres anónimas, quieren ser los frutos de esta cátedra. REFERENCIAS AMURRIO, M. et al.Violencia de género en las relaciones de pareja adolescentes y jóvenes de Bilbao. Bilbao: Ayuntamiento de Bilbao y Universidad del País Vasco, 2008. AZORÍN, C. M. Actitudes hacia la igualdad de género en una muestra de estudiantes de Murcia. Revista Complutense de Educación, v. 28, n. 1, p. 45-60, 2017. BOSCH, E.; FERRER, M. V.; GARCÍA, M. E.; RAMIS, M. C.; MAS, M. C.; NAVARRO, C.; TORRENS, G. Del mito del amor romántico a la violencia contra las mujeres en la pareja. Madrid: Instituto de la Mujer, 2007. Disponible en: http://centreantigona.uab.cat/izquierda/amor%20romantico%20Esperanza%20Bosch.pdf. Acceso en: 1 jun. 2019. CALERO, J. J. Isabel Muñoz Caravaca (1848-1915). Mujer de un siglo que no ha llegado aún. Ciudad Real: Almud Ediciones, 2006. DE MIGUEL, V. Percepción de la violencia de género en la adolescencia y la juventud.Madrid: Ministerio de Sanidad, Política Social e Igualdad, 2015. DRAUCKER, C. B.; MARTSOLF, D. S. The role of electronic communication technology in adolescent dating violence. Journal of Child and Adolescent Psychiatric Nursing, v. 23, n. 3, p. 133-142, 2010. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1744-6171.2010.00235.x ESPAÑA. Ley 12/2010, de 18 de noviembre. Igualdad entre mujeres y hombres de Castilla-La Mancha, 2010.
image/svg+xmlNieves HERNÁNDEZ-ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO y Soledad ANDRÉS GÓMEZRIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515 2696EXPÓSITO, F.; MOYA, M.; GLICK, P. Sexismo ambivalente: medición y correlatos. Revista de Psicología Social, v. 13, n. 2, p. 159-169, 1998. FERRER, V.; BOSCH, E. Del amor romántico a la violencia de género: Para una coeducación emocional en la agenda educativa. Profesorado: Revista de currículum y formación del profesorado, v. 17, n. 1, p. 107-122, 2013. FERRER, V.; BOSCH, E.; RAMIS, M. C.; NAVARRO, C. Las creencias y las actitudes sobre la violencia contra las mujeres en la pareja: Determinantes sociodemográficos, familiares y formativos. Anales de Psicología, v. 22, n. 2, p. 251-259, 2006. GARMENDIA, M.; JIMÉNEZ, E.; CASADO, M. A.; MASCHERONI, G. Net children go mobile: riesgos y oportunidades en internet y el uso de dispositivos móviles entre menores españoles (2010-2015). Madrid: Red.es/Universidad del País Vasco/Euskal Herriko Unibertsitatea,2016. GOBIERNO DE CASTILLA-LA MANCHA. El Gobierno regional y la Universidad de Alcalá ponen en marcha la Cátedra de investigación de género ‘Isabel Muñoz Caravaca’. 21 jun. 2019. Disponible en: https://www.castillalamancha.es/node/290739. Acceso en: 21 jun. 2019. GOBIERNO DE CASTILLA-LA MANCHA. Enciclopedia de mujeres “Olivia Sabuco”. Disponible en: https://institutomujer.castillalamancha.es/centro-de-documentacion-y-biblioteca-luisa-sigea/enciclopedia-de-mujeres-oliva-sabuco/mujeres/guadalajara. Acceso en: 25 jun. 2019. HEREDERO DE PEDRO, C. Género y coeducación. Madrid: CCOO Enseñanza, 2017. INSTITUTO NACIONAL DE ESTADÍSTICA. España en cifras 2014. Madrid, España: Autor, 2014. LEMUS, S.; CASTILLO, M.; MOYA, M.; PADILLA, J. L.; RYAN, E. Elaboración y validación del Inventario de Sexismo Ambivalente para adolescentes. International Journal of Clinical and Health Psychology, v. 8, n. 2, p. 537-562, 2008. LORENTE, M. Violencia de género, educación y socialización: acciones y reacciones. Revista de Educación, n. 342, p. 19-35, 2007. MOSTEIRO, M. J.; PORTO, A. M. Análisis de los estereotipos de género en alumnado de formación profesional: diferencias según sexo, edad y grado. Revista de Investigación Educativa, v. 35, n. 1, p. 151-165, 2017. REED, L.; TOLMANB, R.; WARDC, M. Gender matters: Experiences and consequences of digitaldating abuse victimization in adolescent dating relationships. Journal of Adolescence, v. 59, p. 79-89, 2017. DOI: https://doi.org/10.1016/j.adolescence.2017.05.015 RODRÍGUEZ CASTRO, Y.; MAGALHAES, M. J. El sexismo moderno en estudiantes universitarios/as portugueses/as. Revista Interdisciplinar de Ciencias Sociales y Humanas, v. 1, n. 2, p. 113-121, 2013.
image/svg+xmlLa cátedra Isabel Muñoz Caravaca: una iniciativa para el estudio y el fomento de la igualdad entre hombres y mujeresRIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515 2697RODRÍGUEZ MARTÍNEZ, C. Género y cultura escolar. Madrid: Morata, 2011. RODRÍGUEZ-CASTRO, Y. et al. La fiabilidad y validez de la escala de mitos hacia el amor: las creencias de los y las adolescentes. Revista de Psicología Social, v. 28, n. 2, p. 157-168, 2013. SÁNCHEZ JIMÉNEZ, V.; MUÑOZ-FERNÁNDEZ, N.; LUCIO LÓPEZ, L. A.; ORTEGA-RUÍZ, R. Ciberagresión en parejas adolescentes: Un estudio transcultural España-México. Revista Mexicana de Psicología, v. 34, n. 1, p. 46-54, 2017. SÁNCHEZ JIMÉNEZ, V.; MUÑOZ-FERNÁNDEZ, N.; ORTEGA-RUIZ, R. “Cyberdating Q_A”: An instrument to assess the quality of adolescent dating relationships in social networks. Computer in Human Science, v. 48, p. 78-86, 2015. SÁNCHEZ-JIMÉNEZ, V.; MUÑOZ-FERNÁNDEZ, N.; ORTEGA-RIVERA, J. Efficacy evaluation of "Dat-e Adolescence": A dating violence prevention program in Spain. PLoS ONEv. 13, n. 10, 2018. DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0205802 SUBIRATS, M. ¿Coeducación o escuela segregada? Un viejo y persistente debate. Revista de la Asociación de Sociología de la Educación (RASE), v. 3, n. 1, v. 143-158, 2010. TORRES, C.; ROBLES, J.M; DE MARCO, S. El ciberacoso como forma de ejercer la violencia de género en la juventud: un riesgo en la sociedad de la información y el conocimiento.Madrid: Ministerio de Sanidad, Política Social e Igualdad, 2014. VENEGAS, M. Un modelo sociológico para investigar las relaciones afectivo-sexuales. Revista Mexicana de Sociología, v. 73, n. 4, p. 559-589, 2011. YELA, C. La otra cara del amor: Mitos, paradojas y problemas. Encuentros en Psicología Social, v. 1, n. 2, p. 263-267, 2003. ZWEIG, J. M.; DANK, M.; LACHMAN, P.; YAHNER, J. Technology, teen dating violence and abuse, and bullying. Final report. Washington, DC, E.U.: Urban Institute, 2013. Disponible en: http://www.urban.org/research/publication/technology-teen-dating-violencea abuse-and-bullying. Acceso en: 21 jun. 2019.
image/svg+xmlNieves HERNÁNDEZ-ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO y Soledad ANDRÉS GÓMEZRIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515 2698Cómo referenciar este artículo HERNÁNDEZ-ROMERO, N.; CARRASCO CARPIO, C.; ANDRÉS GÓMEZ, S. La cátedra Isabel Muñoz Caravaca: una iniciativa para el estudio y el fomento de la igualdad entre hombres y mujeres. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515 Remitido el: 10/09/2019 Revisiones requeridas el: 10/01/2020 Aprobado el: 30/04/2020 Publicado el: 01/12/2020
image/svg+xmlIsabel Muñoz Caravaca discipline: An initiative for the study and promotion of equality between men and womenRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145152687ISABEL MUÑOZ CARAVACA DISCIPLINE: AN INITIATIVE FOR THE STUDY AND PROMOTION OF EQUALITY BETWEEN MEN AND WOMENCÁTEDRA ISABEL MUÑOZ CARAVACA: UMA INICIATIVA PARA O ESTUDO E PROMOÇÃO DA IGUALDADE ENTRE HOMENS E MULHERESLA CÁTEDRA ISABEL MUÑOZ CARAVACA: UNA INICIATIVA PARA EL ESTUDIO Y EL FOMENTO DE LA IGUALDAD ENTRE HOMBRES Y MUJERESNieves HERNÁNDEZ-ROMERO1Concepción CARRASCO CARPIO2Soledad ANDRÉS GÓMEZ3ABSTRACT:The Isabel Muñoz Caravacaresearch discipline was introduced in June 2019 as a result of an agreement between the University of Alcalá and the Castilla-Mancha Women's Institute. The purpose of this discipline is to promote research on issues related to gender-based violence, equality, and visibility of women's contributions throughout history. For this purpose, during the first-yearactivities of RD&I (Research, Development and Innovation) will be carried out, as well as the transfer and dissemination of the results of research related to gender stereotypes and prejudices and their perception and experience by adolescents in the region. This work exposes the bases that support the first research activities and dissemination of this discipline.KEYWORDS:Gender. Research. Equality. Transfer of results.RESUMO: A disciplina de pesquisa Isabel Muñoz Caravacafoi introduzida em junho de 2019 como resultado de um acordo entre a Universidade de Alcalá e o Instituto da Mulher de Castela-Mancha. O objetivo dessa disciplina é promover pesquisas sobre questões relacionadas à violência de gênero, igualdade e visibilidade da contribuição das mulheres ao longo da história. Com esse propósito, durante o primeiro ano serão realizadas atividades de PD&I (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) bem como a transferência e divulgação dos resultados de pesquisas relacionadas a estereótipos e preconceitos de gênero e sua percepção e experiência por adolescentes da região. Este trabalho expõe as bases que sustentam as primeiras atividades de pesquisa e divulgação da referida disciplina.PALAVRAS-CHAVE: Gênero. Pesquisa. Igualdade.Transferência de resultados. 1University of Alcalá (UAH), Alcalá de Henares Spain.Professor at the Department of Educational Sciences, Music Area. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4371-157X. E-mail: nieves.hernandez@uah.es2University of Alcalá (UAH), Alcalá de Henares Spain.Professor at the Department of Economics, Sociology Area. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-5605-4468. E-mail: concha.carrasco@uah.es3University of Alcalá (UAH), Alcalá de Henares Spain.Professor, Doctor, Department of Educational Sciences, Evolutionary Psychology and Educational Area. ORCID:https://orcid.org/0000-0003-1187-9308. E-mail: soledad.andres@uah.es
image/svg+xmlNieves HERNÁNDEZ-ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO andSoledad ANDRÉS GÓMEZRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara,v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145152688RESUMEN:El pasado mes de junio de 2019 ha sido presentada la Cátedra de investigación Isabel Muñoz Caravaca, fruto de un convenio entre la Universidad de Alcalá y el Instituto de la Mujer de Castilla-La Mancha. El objetivo de esta cátedra es promover la investigación en temas relacionados con la violencia de género, la igualdad y la visibilización de la contribución de las mujeres a lo largo de la historia. Con este propósito se realizarán durante el primer año actividades de I+D+I, así como la transferencia y divulgación de los resultados de investigaciones relacionadas con los estereotipos y prejuicios de género y su percepción y vivencia por adolescentes de la región. Este trabajo expone la fundamentación que sustenta las primeras actividades de investigación ydivulgación de dicha cátedra.PALABRAS CLAVE:Género.Investigación. Igualdad. Transferencia de resultados.OriginThe idea of this research processarisesas a result of the promulgation of the Castilla-La Mancha Equality Act (Law 12/2010, of November 18, on equality between women and men in Castilla-La Mancha), which in article 16 establishes the creation of a Center for Studies and Research on Gender Equality.1. The Castilla-La Mancha Women's Institute will promote the creation of a Center for Gender Equality Studies and Research.2. The Centre will analyze and conduct studies and research to make gender discrimination visible, assess equality policies and promote strategies and measures to achieve true equality between women and men (SPAIN, 2010).After a long process, in March 2019 was signed the collaboration agreement between the Institute of Women of Castilla-La Mancha and the University of Alcalá for the creation of this discipline. The main objective is to promote equality between women and men and the eradication of gender-based violence. The official presentation was held on June 21, 2019, in an act presided over by Mr. José Vicente Saz, rector of the University of Alcalá, and Ms. Araceli Martínez, acting director of the Castilla-La Mancha Women's Institute, with the help of different personalities.
image/svg+xmlIsabel Muñoz Caravaca discipline: An initiative for the study and promotion of equality between men and womenRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145152689Figure1Presentation of theAedhrraSource: Government of Castilla-La Mancha(2019)Why Isabel Muñoz CaravacaIsabel Muñoz Caravaca(1848-1915), born in Madrid, obtained the title of Magisterium. Shehad studied music with Manuel de la Mata, professor and secretary of the Conservatory of Madrid, and also French, as was customary at the time. In 1874 she married Ambrosio Moya de la Torre, a man of great background and progressive ideas, professor at the Institute of Mathematics, and after university, already widowed and twice herage.Three children were born for this marriage. When she became a widow in 1895, Isabel Muñoz Caravaca decided to work as a teacher, obtaining on property the school square of Atienza, where she had lived for fifteen years. Apparently,she went through difficult times, criticized in an environment that did not seem favorably about her independence and her opinions. In 1902, she resigned as a teacher, although she continued to live in the city until 1910, when she moved to Guadalajara. From then until herdeath, she published frequently and with different names in the local press. This constant presence in the press and its growing commitment to the social left have provoked the enmity of the most conservative sectors of the capital. While she was a teacher in Atienza, she also taught at the Adult Night School, and prepared some young women to accessthe Normal School. She wrote several instruction manuals: Principles of Aritmetics(Madrid: Librería de Hernando, 1899) for elementary school;Elementsof Solfege'sTheory (Madrid: Tipolithography of R. Péant). Shedevoted herselfespecially to astronomy,a subject on which she published several articles, collaborating around 1905 with Camille Flammarion, famous astronomer, founder of the French Astronomical Society, to which Isabel Muñoz Caravaca belonged.
image/svg+xmlNieves HERNÁNDEZ-ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO andSoledad ANDRÉS GÓMEZRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara,v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145152690She collaborated with Guadalajara’s progressive newspapers, although the destruction of many of them prevented most of herwritings from being known. Far from dedicating herself to the few topics that were allowed to the few women who published in the press,Isabel Muñoz Caravaca opined on all kinds of issues. She was very vindictive not only in relation to women's education, but also to that of society as a whole. Isabel Muñoz Caravaca fervently defended the moral and intellectual equality of women and men, and declared herself a feminist, defender of the female vote and absolute equality of civil and political rights.Shedidn't just care about women. defended the rights of the oppressed, advocating the improvement of workers' conditions; was against the death penalty. She was also an animal advocate, campaigning against rites and customs in which they were mistreated. Shehas published numerous articles in the progressive press of the province of Guadalajara. One of the titles she most participated in wasFlores y Abejas, linked to republican and socialist circles, although in herearly days she declared herselfstrange to politics and maintained a certain inconsequential line. She has also published in other newspapers such asLa Alcarria Obrera, La JuventudObreraor La Alcarria Ilustrada.Defending her ideas often confronted the province's most conservative leaders and she suffered numerous attacks (CALERO, 2006). Undoubtedly, she was a figure who deserves to be remembered, and what better tribute than instituting this researchdiscipline with hername. Figure2Portrait of Isabel Muñoz CaravacaSource: Government of Castilla-La ManchaThe logo of thediscipline wants to be a tribute to Isabel Muñoz Caravaca. It depicts the profile of the upper body of an anonymous woman, as many have been for centuries. The purple color has a vengeful character. The signature is original of Isabel Muñoz Caravaca.
image/svg+xmlIsabel Muñoz Caravaca discipline: An initiative for the study and promotion of equality between men and womenRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145152691Figure3Logo of theIsabel Muñoz Caravaca Research DisciplineData Source: University of Alcalá (UAH) (2020)Who we are?The group that constitutes thisdisciplineis formed by research professors from the University of Alcalá from various areas of knowledge, by students from the same institution and some researchers from outside it. Similarly, decision-making on the activities of the discipline ismanaged by a joint committee composed of officials from the Castilla-La Mancha Women's Institute and the UAH.They are all people related to gender studies through very varied lines of research. These include the prevention of female genital mutilation in Castilla-La Mancha, music and women, transmission of gender stereotypes in urban popular music, psychosocial development and gender in adolescence, gender perspective in the analysis of interpersonal relationships and school climate, analysis of school texts and inclusive language, evaluation of the services provided by the Network of Municipal Points of the Regional Observatory of Gender Violence of the Community of Madrid,analysis of training materials for the awareness and prevention of gender violence, empowerment of second generation immigrant women through education, gender violence in contexts of poverty, social cognition and gender, oral history of pioneer athletes during the Franco regime in Spain, the construction of the identity of athletes during adolescence and adulthood in leisure and high performance contexts, gender and education, violence against women, sexism and romantic love, etc.
image/svg+xmlNieves HERNÁNDEZ-ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO andSoledad ANDRÉS GÓMEZRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara,v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145152692First research project of the DisciplineThe agreement is divided into several phases. First, the project "Perception of equality between men and women in adolescence in Castilla-La Mancha" is developed between March and November 2019. The ultimate goal is to promote equality between women and men and eradicate gender-based violence. For this, this project aims to know the attitudes and perceptions of adolescents in Castilla-La Mancha on issues of equality between women and men. Sexist attitudes, romantic love myths, gender stereotypes and social media influences are analyzed. In a first phase, we analyzed the situation, the bibliography, the legal report on gender violence and the analysis of the Spanish context were elaborated, the information collection instrument (questionnaire) was elaborated and the sample was selected. The sample was selected according to several criteria. After evaluating several subjects, it was decided to conduct the research of students of the 3rd and 4th year of ESO in public institutes of Castilla-La Mancha. The questionnaires were applied in the second half of September 2019. Subsequently, the data will be processed and the corresponding report will be prepared with the results.Theoretical foundationThe project is based on the gender category, as social, historical and cultural construction. The socialization processes of childhood and adolescence are marked by gender differentiation, laying the foundations for inequality of opportunities in a society based on the sex-gender system. "There is no equality if equality itself is not the basis of socialization" (VENEGAS, 2015, p.68). Inequality, in turn, implies discrimination and is linked to attitudes of gender violence, which manifests itself in multiple ways. There is a large scientific production in Spain that certifies the relations between these categories and processes (AMURRIO et al.,2008; DEMIGUEL, 2015; DIAZ-AGUADO;CARVAJAL, 2011; DIAZ-AGUADO;MARTINEZ; MARTINEZ, 2013; TORRES;ROBLES DE MARCO, 2014; SUBIRATS, 2010; VENEGAS, 2011).Specifically, one of the main dimensions to be analyzed is sexism. This can be defined as an attitude towards people based on their participation in groups based on biological sex, whether men or women. Any assessment made of a person according to the biological sexual category can be labeled as sexist (EXPÓSITO;MOYA;GLICK, 1998). To Rodríguez-Castro et al. (2010), sexism occurs before any assessment that is made on a person based on this
image/svg+xmlIsabel Muñoz Caravaca discipline: An initiative for the study and promotion of equality between men and womenRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145152693biological sexual category. According to Ferrer, Bosch, Ramis and Navarro (2006), sexism is a negative attitude, an assessment that only includes distorted aspects of women, even if they are covered up in a positive, apparently affective tone. Previous studies with student samples report that men manifest more sexism than women (RODRÍGUEZ-CASTRO;MAGELLAN, 2013). De Lemus, Castillo, Moya, Padilla and Ryan (2008) pointed out that it is predictable that men will obtain high scores in sexism, since this contributes to the maintenance of power and sexual domination, so one of the aspects that is intended to analyze with this project is the comparison between men and women.On the other hand, socialization is the process by which people learn the behaviors and norms of the social environment (FERRER;BOSCH, 2013), so it is a key element in the reproduction of inequality between women and men (LORENTE, 2007). In this process, identity is shaped and the cultural patterns attributed to each gender are internalized (MOSTEIRO;PORTO, 2017). Different educational agents participate in differential socialization: family, school, media, religions, literature, music, etc. In this sense, the educational system plays a central role in promoting and developing an egalitarian culture (RODRÍGUEZ MARTÍNEZ, 2011; AZORÍN, 2017; HEREDERO DE PEDRO, 2017), therefore, the study population is high school students. In this sense, teachers are the ideal agent to reflect on gender inequality and to build alternative models of socialization that allow the achievement of real and effective equality. Another aspect that we want to include in research is what relates to the myths of romantic love, defined as the set of beliefs that are shared socially about the supposed "true" nature of love (YELA, 2003). These represent the social imaginary about the meaning given to love. Several studies conducted in Spain confirm the validity of romantic discourse both in the general population (BOSCH et al.,2008) and in the adolescent population (RODRÍGUEZ-CASTRO et al.,2013).Since high school students arethe target population of this study, the analysis of the quality of relationshipsin the context of face-to-face meetings, as well as in social networks, acquires special relevance. The use of the internet and mobile devices by children and young people in Spain has recently been studied in the field of social sciences. Today there aredata derived from longitudinal surveys of different areas that provide relevant information about the functioning of children and adolescents in virtual interaction environments (E.G., GARMENDIA, JIMÉNEZ, CASADO AND MASCHERONI, 2016; NATIONAL INSTITUTE OFSTATISTICS, 2014).
image/svg+xmlNieves HERNÁNDEZ-ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO andSoledad ANDRÉS GÓMEZRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara,v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145152694The changes in the forms of communication and relationship that all people, but especially the younger ones, have experienced with the daily use of virtual spaces are admitted facts. In particular, adolescent couples engaged in the evolutionary tasks of the internship -search for identity, autonomy, beginning of relationships -, explore new affective bonds with others or other people by combining virtual interactions with face-to-face interactions and significantly influencing the firstlearning of love and relationships (SÁNCHEZ-JIMÉNEZ et al.,2017) Thus, research by Subrahmanyam and Smahel (2011) proposes models of analysis that start from the idea that the online and offline world is closely connected, influencing the development of intimacy, dating patterns (now called "cyberdating"), couple engagement, etc. in these early stages of life. And in the negative sense, they can also increase or promote harmful feelings and behaviors, such as jealousy or cyberbullying (DRAUCKER;MARTSOLF,2010; ZWEIG;DANK;LACHMAN, 2010.YAHNER, 2013).In order to provide knowledge to an emerging field, also a cause of social concern, recent studies developed by research teams in the field of social sciences are analyzed, paying special attention to the influence of the gender variable to analyze the consequences of abusive behavior and victimization in the dating and relationships of adolescent couples (SÁNCHEZ-JIMÉNEZ et al., 2018; REED et al.,2017; SÁNCHEZ-JIMÉNEZ et al.,2015). Therefore, from the review of previous studies with this sector of the young population, the objective is to analyze this type of cognitions and behaviors in a representative sample of adolescents from Castilla La Mancha. The analysis of this population could contribute to different socialization agents, responsible for the formation of adolescents, to be aware of the state of matter in this region where there could be differences according to gender, between rural and urban contexts, as well as in relation to other variables that hinder effective equality.In summary, in the study of relationships between adolescents in face-to-face and virtual contexts, the researchers analyzed four categories mainly: gender, sexuality, love-affection and body. And the main themes, which we will also address in the study we project, are: sexism, gender stereotypes, romantic love myths and the influence of social networks as a space for gender violence.
image/svg+xmlIsabel Muñoz Caravaca discipline: An initiative for the study and promotion of equality between men and womenRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145152695Final ConsiderationsThisresearch centerwas born with the objective of researching issues related to equality between women and men. There are many ways to combat gender inequalities, but fundamental is through the deconstruction of stereotypes generated in socialization processes. This is not possible without an in-depth analysis of the theoretical and empirical foundations of inequality. A democratic society must be egalitarian and, if not, democracy loses strength and credibility. Finally, research together with the transfer of knowledge andresults that are produced, in addition to the recovery of the names (and actions) of anonymous women, want to be resultsof this discipline.REFERENCESAMURRIO, M. et al.Violencia de género en las relaciones de pareja adolescentes y jóvenes de Bilbao. Bilbao: Ayuntamiento de Bilbao y Universidad del País Vasco, 2008. AZORÍN, C. M. Actitudes hacia la igualdad de género en una muestra de estudiantes de Murcia. Revista Complutense de Educación, v. 28, n. 1, p. 45-60, 2017. BOSCH, E.; FERRER, M.V.; GARCÍA, M. E.; RAMIS, M. C.; MAS, M. C.; NAVARRO, C.; TORRENS, G. Del mito del amor romántico a la violencia contra las mujeres en la pareja. Madrid: Instituto de la Mujer, 2007. Available: http://centreantigona.uab.cat/izquierda/amor%20romantico%20Esperanza%20Bosch.pdf.Access: 1 June2019.CALERO, J. J. Isabel Muñoz Caravaca (1848-1915). Mujer de un siglo que no ha llegado aún. Ciudad Real: Almud Ediciones, 2006.DE MIGUEL, V. Percepción de la violencia de género en la adolescencia y la juventud.Madrid: Ministerio de Sanidad, Política Social e Igualdad, 2015. DRAUCKER, C. B.; MARTSOLF, D. S. The role of electronic communication technology in adolescent dating violence. Journal of Child and Adolescent Psychiatric Nursing, v. 23, n. 3, p. 133-142, 2010. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1744-6171.2010.00235.xESPAÑA. Ley 12/2010, de 18 de noviembre. Igualdad entre mujeres y hombres de Castilla-La Mancha,2010.EXPÓSITO, F.; MOYA, M.; GLICK, P. Sexismo ambivalente: medición y correlatos. Revista de Psicología Social, v. 13, n. 2, p. 159-169, 1998.FERRER, V.; BOSCH, E. Del amor romántico a la violencia de género: Para una coeducación emocional en la agenda educativa. Profesorado: Revista de currículum y formación del profesorado, v. 17, n. 1, p. 107-122, 2013.
image/svg+xmlNieves HERNÁNDEZ-ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO andSoledad ANDRÉS GÓMEZRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara,v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145152696FERRER, V.; BOSCH, E.; RAMIS, M. C.; NAVARRO, C. Las creencias y las actitudes sobre la violencia contra las mujeres en la pareja: Determinantes sociodemográficos, familiares y formativos. Anales de Psicología, v. 22, n. 2, p. 251-259, 2006.GARMENDIA, M.; JIMÉNEZ, E.; CASADO, M. A.; MASCHERONI, G. Net children go mobile:riesgos y oportunidades en internet y el uso de dispositivos móviles entre menores españoles (2010-2015). Madrid: Red.es/Universidad del País Vasco/Euskal Herriko Unibertsitatea,2016.GOBIERNO DE CASTILLA-LA MANCHA. El Gobierno regional y la Universidad de Alcalá ponen en marcha la Cátedra de investigación de género ‘Isabel Muñoz Caravaca’.21 jun. 2019. Available: https://www.castillalamancha.es/node/290739. Access: 21 June2019. GOBIERNO DE CASTILLA-LA MANCHA. Enciclopedia de mujeres “Olivia Sabuco”. Available: https://www.castillalamancha.es/node/290739. Access: 21 jun. 2019. Disponible en: https://institutomujer.castillalamancha.es/centro-de-documentacion-y-biblioteca-luisa-sigea/enciclopedia-de-mujeres-oliva-sabuco/mujeres/guadalajara. Access: 25 June2019. HEREDERO DE PEDRO, C. Género y coeducación. Madrid: CCOO Enseñanza, 2017.INSTITUTO NACIONAL DE ESTADÍSTICA. España en cifras 2014. Madrid, España: Autor, 2014.LEMUS, S.; CASTILLO, M.; MOYA, M.; PADILLA, J. L.; RYAN, E. Elaboración y validación del Inventario de Sexismo Ambivalente para adolescentes. International Journal of Clinical and Health Psychology, v. 8, n. 2, p. 537-562, 2008.LORENTE, M. Violencia de género, educación y socialización: acciones y reacciones. Revista de Educación, n. 342, p. 19-35, 2007. MOSTEIRO, M. J.; PORTO, A. M. Análisis de los estereotipos de género en alumnado de formación profesional: diferencias según sexo, edad y grado. Revista de Investigación Educativa, v. 35, n. 1, p. 151-165, 2017.REED, L.; TOLMANB, R.; WARDC, M. Gender matters: Experiences and consequences of digitaldating abuse victimization in adolescent dating relationships. Journal of Adolescence, v. 59, p. 79-89, 2017. DOI: https://doi.org/10.1016/j.adolescence.2017.05.015RODRÍGUEZ CASTRO, Y.; MAGALHAES, M. J. El sexismo moderno en estudiantes universitarios/as portugueses/as. Revista Interdisciplinar de Ciencias Sociales y Humanas, v. 1, n. 2, p. 113-121, 2013.RODRÍGUEZ MARTÍNEZ, C. Género y cultura escolar. Madrid: Morata, 2011. RODRÍGUEZ-CASTRO, Y. et al. La fiabilidad y validez de la escala de mitos hacia el amor: las creencias de los y las adolescentes. Revista de Psicología Social, v. 28, n. 2, p. 157-168, 2013.
image/svg+xmlIsabel Muñoz Caravaca discipline: An initiative for the study and promotion of equality between men and womenRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145152697SÁNCHEZ JIMÉNEZ, V.; MUÑOZ-FERNÁNDEZ, N.; LUCIO LÓPEZ, L. A.; ORTEGA-RUÍZ, R. Ciberagresión en parejas adolescentes: Un estudio transcultural España-México. Revista Mexicana de Psicología, v. 34, n. 1,p. 46-54, 2017.SÁNCHEZ JIMÉNEZ, V.; MUÑOZ-FERNÁNDEZ, N.; ORTEGA-RUIZ, R. “Cyberdating Q_A”: An instrument to assess the quality of adolescent dating relationships in social networks. Computer in Human Science, v. 48, p. 78-86, 2015.SÁNCHEZ-JIMÉNEZ, V.; MUÑOZ-FERNÁNDEZ, N.; ORTEGA-RIVERA, J. Efficacy evaluation of "Dat-e Adolescence": A dating violence prevention program in Spain. PLoS ONEv. 13, n. 10, 2018. DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0205802SUBIRATS, M. ¿Coeducación o escuela segregada?Un viejo y persistente debate. Revista de la Asociación de Sociología de la Educación (RASE), v. 3, n. 1, v. 143-158, 2010.TORRES, C.; ROBLES, J.M; DE MARCO, S. El ciberacoso como forma de ejercer la violencia de género en la juventud: un riesgo en la sociedad de la información y el conocimiento.Madrid: Ministerio de Sanidad, Política Social e Igualdad, 2014. VENEGAS, M. Un modelo sociológico para investigar las relaciones afectivo-sexuales. Revista Mexicana de Sociología, v. 73, n. 4, p. 559-589, 2011.YELA, C. La otra cara del amor: Mitos, paradojas y problemas. Encuentros en Psicología Social, v. 1, n. 2, p. 263-267, 2003. ZWEIG, J. M.; DANK, M.; LACHMAN, P.; YAHNER, J. Technology, teen dating violence and abuse, and bullying. Final report. Washington, DC, E.U.: Urban Institute, 2013. Available: http://www.urban.org/research/publication/technology-teen-dating-violencea abuso e bullying.Access: 21 June2019.
image/svg+xmlNieves HERNÁNDEZ-ROMERO; Concepción CARRASCO CARPIO andSoledad ANDRÉS GÓMEZRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara,v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.145152698How to refer to this articleHERNÁNDEZ-ROMERO, N.; CARRASCO CARPIO, C.; ANDRÉS GÓMEZ, S. Isabel Muñoz Caravaca discipline: An initiative for the study and promotion of equality between men and women. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2687-2698, Dec. 2020. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14515Submitted: 10/09/2019Revisions required: 01/10/2020Approved: 30/04/2020Published: 01/12/2020