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Desenvolvimento das
competências
cognitivas
próprias
das artes cênicas
na
sala de aula
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2727
-
2740, dez. 2020. e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14520
2727
DESENVOLVIMENTO DAS COMPETÊNCIAS COGNITIVAS PRÓPRIAS
DAS ARTES CÊNICAS NA SALA DE AULA
DESARROLLO DE LAS HABILIDADES COGNITIVAS PROPIAS DE LAS
ARTES ESCÉNICAS EN EL AULA
DEVELOPMENT OF COGNITIVE SKILLS OF THE PERFORMING ARTS IN
THE
CLASSROOM
Marina BARBA DÁVALOS
1
RESUMO
:
A memória, a atenção, a escuta ativa e o trabalho em equipe são habilidades
exercidas em alto nível nas artes cênicas. Os dançarinos são capazes de lembrar coreografias,
seus movimentos, suas posições e
deslocamentos no espaço, ao mesmo tempo que ouvem e
acompanham a música e o resto do corpo de baile. Um músico memoriza ou lê a partitura,
previamente estudada, enquanto a executa, atendendo aos requisitos técnicos e expressivos: ele
está atento ao resto d
os membros da orquestra e ao maestro. Os atores expressam o significado
de um texto memorizado enquanto interagem com o resto do elenco, com os objetos
cenográficos e com o próprio espaço cênico. O objetivo deste artigo é, a partir da análise das
estratégi
as de aprendizagem e ação das diferentes disciplinas, projetar uma metodologia de
aplicação em sala de aula que permita o desenvolvimento dessas habilidades.
PALAVRAS
-
CHAVE
:
Música. Dança. Teatro. Habilidades cognitivas e não cognitivas.
Educação.
RESUM
EN
:
La memoria, la atención, la escucha activa y el trabajo en equipo son habilidades
que se desarrollan a un alto nivel en las artes escénicas. Los bailarines son capaces de recordar
coreografías, sus movimientos, sus posiciones y desplazamientos en el es
pacio, a la vez que
escuchan y siguen la música y al resto del cuerpo de baile. Un músico, tanto si memoriza como
si lee la partitura previamente estudiada, mientras la interpreta satisfaciendo las exigencias
técnicas y expresivas, está atento al resto de
los miembros de la orquesta y al director. Los
actores expresan el significado de un texto memorizado mientras interactúan con el resto del
elenco, con los objetos escenográficos y con el propio espacio escénico. El objetivo de esta
investigación es, a par
tir del análisis de las estrategias de aprendizaje y actuación de las
diferentes disciplinas, proyectar una metodología de aplicación en el aula que permita
desarrollar estas habilidades.
PALABRAS CLAVE
:
Música. Danza. Teatro. Habilidades cognitivas y no
cognitivas.
Educación.
1
Universidade de Alcalá
(UAH), Guadalajara
–
España.
Professor
a
Associad
a
do Departamento de Ciências
Educacionais
.
ORCID:
https://orcid.org/0000
-
0001
-
8370
-
3569
.
E
-
mail
: marina.barba@uah.es
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ABSTRACT
:
Memory, attention, active listening and teamwork are skills exercised at a high
level in the performing arts. Dancers are able to
remember choreographies, their movements,
their positions and displacements in space, while listening to and following the music and the
rest of the dance body.
A musician memorizes or reads the score, previously studied, while
executing it, meeting the t
echnical and expressive requirements: being attentive to the rest of
the orchestra members and the conductor.
The actors express the meaning of a memorized text
while interacting with the rest of the cast, the scenographic objects and the scenic space itse
lf.
The aim of this paper is, from the analysis of the learning and action strategies of different
disciplines, to design a methodology of classroom application that allows the development of
these skills.
KEYWORDS
:
Music. Dance. Theater. Cognitive and no
n
-
cognitive skills.
Education.
Introdução
A memorização de uma música, uma coreografia ou um texto dramático é apenas o
primeiro passo, a base a partir da qual a perfeição interpretativa é buscada para que o espectador
desfrute do show fora da
sucessão de notas, passos ou palavras que o compõem. Embora as
estratégias de aprendizagem sejam diferentes em cada disciplina, os tipos de memória e a forma
como as informações são armazenadas para automatizá
-
la são comuns para atores, músicos e
dançarino
s.
Os sete tipos de memória musical de acordo com (BARBACCI, 1965) são extensíveis
à dança e à arte dramática. A memória muscular em músicos e dançarinos é responsável por
automatizar movimentos discretos que respondem a demandas técnicas. No caso dos ator
es,
tem
-
se demonstrado que eles se lembram melhor de seu texto se relacionam suas intervenções
aos movimentos, que não têm que concordar literalmente com a palavra (NOICE; NOICE,
2001). A memória auditiva fornece ao artista dramático e musical a capacidade
de discernir e
estimar sua performance enquanto para o dançarino, ouvir a música sozinho pode lembrá
-
lo do
movimento. Devemos também considerar a importância da memória auditiva para os músicos
que "tocam de ouvido". A memória visual é comum para músicos
e atores quando se trata de
aprender a partitura ou texto, enquanto os dançarinos a usam para lembrar os movimentos do
coreógrafo. Músicos e dançarinos também compartilham a memória visual quando a usam para
lembrar posições no instrumento ou posições corp
orais que, no caso dos dançarinos, se
recuperam de sua imagem no espelho. A memória verbal armazena textos dramáticos com
precisão, bem como a terminologia concreta de um passo ou nota. A memória rítmica estrutura
e distribui os movimentos de músicos e dan
çarinos dentro de um determinado
ritmo
e está
subjacente à cadência de um texto especialmente se for versado. Os dançarinos são exaustivos
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próprias
das artes cênicas
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neste procedimento de memorização, pois contam os pulsos da música, distribuem
-
nos em
bares e atribuem a cada movimen
to um número dessa computação musical. A memória analítica
coleta as informações obtidas a partir da análise formal de uma partitura, um texto ou uma
coreografia. E, finalmente, a memória emocional, essencial nas três disciplinas, que reúne as
característi
cas e nuances interpretativas definidas, escolhidas e meditadas durante o estudo ou
ensaio.
A maneira de armazenar informações de acordo com padrões que são elaborados com o
conhecimento de uma competição, bem como a eficiência e velocidade dos
códigos de acesso
e a recuperação dessas informações a partir da memória de longo prazo, corresponde à Teoria
da Memória Especializada (WILLIAMON; EGNER, 2004). Os padrões em músicos e
dançarinos são uma associação som
-
motor, enquanto de acordo com (NOICE;
NOICE, 2001),
nos atores o processo é externo. Na análise do texto, as intenções dramáticas são distinguidas,
são atribuídas uma unidade de armazenamento e o trabalho é feito durante os ensaios em que o
ator deve estar envolvido motor e emocionalmente.
À
medida que o processo de memorização progride, seja no estudo individual ou nos
ensaios, ocorre uma abertura de atenção. Sem perder o foco na tarefa principal ao monitorá
-
la,
o intérprete presta atenção a mais de um estímulo ou atividade ao mesmo tempo. Os
atores
interagem com o resto do elenco, com os objetos cenográficos e com o próprio espaço cênico;
os músicos seguem o maestro e ouvem as diferentes vozes musicais sincronizando com eles; e
os dançarinos se tornam conscientes de suas posições e deslocamen
tos espaciais enquanto se
integram ao corpo de dança. A conscientização em grupo e o trabalho em equipe são essenciais
para alcançar a perfeição interpretativa.
Quando você chega ao palco, todos esses aspectos são tão internalizados tendo
trabalhado exaust
ivamente durante os ensaios que, os intérpretes estão preparados para resolver
qualquer falha humana que surja durante a performance sem que o público perceba qualquer
anomalia. A capacidade de processar informações de forma rápida e automática, bem como a
capacidade de adaptação às mudanças de situações são outras habilidades que são fomentadas
com dedicação às artes cênicas.
A proliferação nos últimos anos de pesquisas que a partir do prisma das neurociências
endossa o desenvolvimento do cérebro e das hab
ilidades cognitivas das artes cênicas,
especialmente da música, servem como argumento para defender sua inclusão na educação
(PEÑALBA, 2017). Somente no campo da música podemos encontrar estudos que relacionam
o aprendizado de um instrumento com o desenvol
vimento de habilidades como percepção
auditiva, memória visual, planejamento, velocidade de processamento ou flexibilidade
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cognitiva (HILLE; SCHUPP, 2015); compreensão verbal e fluência, cognição espacial,
flexibilidade cognitiva, velocidade perceptiva, ra
ciocínio, cognição numérica ou memória
(HELMBOLD; RAMMSAYER; ALTENMÜLLER, 2005). Em particular este último, a relação
entre desenvolvimento da memória e música tem despertado grande interesse entre os
pesquisadores: (HANSEN; WALLENTIN; VUUST, 2012), (JAKOB
SON; LEWYCKY;
KILGOUR; STOESZ, 2008), (LEE; LU; KO, 2007), (RIBEIRO; SANTOS, 2012).
Os exemplos de publicações neurocientíficas em que as habilidades cognitivas de
músicos e não músicos são comparadas são numerosas e, na minha opinião, generalistas em
term
os de definição de músicos em si, uma vez que abrange de crianças que assistiram a aulas
de algum instrumento, adultos que em algum momento em sua formação estudaram música,
estudantes do conservatório superior a músicos profissionais. Embora este tema pre
cise de uma
revisão cuidadosa, podemos encontrar uma análise quantitativa de pesquisas neurocientíficas
relacionadas à música publicada entre 2005 e 2010 em (PETERSON, 2011).
No presente trabalho não se pretende tanto justificar a presença das artes cênic
as na
educação para as habilidades cognitivas que desenvolvem, mas para disponibilizar aos
professores e alunos, uma série de atividades focadas na promoção dessas habilidades que, do
ponto de vista neurocientífico e da minha experiência nas artes cênicas,
são aprimoradas. O
germe de algumas dessas atividades vem das formações teatrais dirigidas por Hassane Kouyaté,
ator da companhia de Peter Brook, que posteriormente me adaptei ao ensino em sala de aula e
ensinei tanto em cursos de formação de professores
quanto na graduação em Ciências da
Educação. As propostas têm toques musicais, dança ou teatrais, sempre emoldurados em um
contexto lúdico.
Dez atividades são propostas e em cada uma delas é indicada para quais aspectos se
destina: memória (auditiva, visua
l), atenção (atenção focada, atenção dividida, inibição e
motorização), raciocínio (planejamento, velocidade de processamento, tempo de resposta e
flexibilidade cognitiva) percepção (percepção auditiva, reconhecimento, percepção visual,
digitalização visua
l e percepção espacial) e coordenação.
Para o bom funcionamento das atividades é aconselhável que o número de participantes
varie entre 8 e 12. Embora não haja limite de idade superior para desfrutar dessas propostas
porque elas são acessíveis a crianças,
jovens, adultos e idosos; a idade para começar, embora
sempre haja exceções e adaptações podem ser feitas, seria no mínimo aos 7 anos.
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Atividades
Atividade I
Atenção dividida, inibição, escuta ativa da equipe e resolução de problemas.
Os alunos ficam em uma fila, lado a lado, mas sem contato físico e o olhar para a frente.
Sem qualquer sinal eles têm que sair da linha dando um passo à frente um por um. Se mais de
um sair de cada vez todos voltam para a linha e iniciam a atividade novame
nte. Uma vez que
eles conseguiram sair da linha sem combinar, o jogo recomeça e desta vez eles têm que deixar
dois por dois. Progressivamente o número de pessoas que têm que sair ao mesmo tempo vai
aumentar, 3, 4, 5 ... até que eles consigam dar um passo e
m frente todos juntos. Com essa
atividade, a escuta em grupo é trabalhada e a premissa "Eu não quero, mas posso" é posta em
prática. Ou seja, para qualquer trabalho em equipe, decisões ou propostas não podem ser
impostas sem antes avaliar se o ambiente do
todo está de acordo com a proposta. Nesta
atividade, se a disposição dos camaradas não tiver sido previamente ouvida, a decisão unilateral
de dar o passo adiante não pode ser tomada.
Mas, ao mesmo tempo, você tem que ter a
flexibilidade e velocidade para a
gir de modo que quando, por exemplo, a diretriz é deixar três
por três e é observado com o olhar periférico que apenas dois saem da linha, para se juntar
rapidamente em favor da equipe e do jogo. Da mesma forma, você tem que ser capaz de inibir
a vontade d
e sair da linha se os participantes necessários já avançaram. Além disso, você tem
que ter a capacidade de tomar decisões e nem sempre esperar que os outros dêem o passo
adiante. Neste jogo, as diferentes funções que geralmente são adotadas nas equipes são
claramente delineadas: aqueles que estão sempre dispostos a colaborar para resolver uma
situação, aqueles que impõem suas opiniões sem ouvir o grupo, aqueles que nunca arriscam, os
líderes que quando tomam uma decisão sempre têm o apoio de todos e daquele
s que são capazes
de avaliar o momento ideal para lançar sua sugestão enquanto estão sempre dispostos para
colaborar para o bem do grupo.
Atividade II
Atenção dividida, inibição, escuta ativa da equipe, percepção espacial, digitalização
visual e
memória auditiva de curto prazo.
A primeira fase desta atividade é semelhante à anterior apenas que a distribuição dos
alunos varia. Todos os membros do grupo caminham pela sala de aula ocupando todo o espaço
e evitando a formação circular. Um por um e sem
coincidir, eles param até que não haja mais
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ninguém em movimento. Uma vez que todo o grupo esteja imóvel, sem qualquer aviso prévio,
eles retomam a marcha um a um e sem coincidir com outro participante. A esta atividade em
que retrabalhamos a atenção, a i
nibição e a escuta em grupo, adicionaremos memória auditiva
de curto prazo, digitalização e percepção espacial. O mecanismo é o mesmo: todo o grupo
caminha pela sala de aula e quando um a um eles param eles dizem objetos que estão na sala
de aula sem repet
ir. Ao retomar o movimento um a um, eles têm que
re
n
umerar
os objetos não
sendo capazes de mencionar o que eles disseram na sequência anterior.
Dessa forma, desenvolvem a varredura visual ao procurar objetos no ambiente, ampliam
a percepção visual tendo qu
e estar atentos aos movimentos de seus colegas de classe ao localizar
os objetos e ocupar todo o espaço da sala de aula evitando a tendência de andar em formação
circular, aumentam a escuta do grupo para não tomar a decisão de parar ou começar
unilateralme
nte sem levar em conta o resto dos membros,
eles aprendem a inibir ações
impulsivas que estão em detrimento da equipe e colocam em funcionamento a memória para
lembrar os objetos que foram citados tanto para não repeti
-
los quanto para nomeá
-
los
novamente a
o voltar ao movimento.
Esta atividade pode ser utilizada veicularmente para o aprendizado de conteúdos de
diferentes assuntos. Por exemplo, citando países sul
-
americanos durante a sequência em que
param e suas capitais quando retomam o movimento, impedindo
que a mesma pessoa diga a
capital do país que ele nomeou anteriormente. É aconselhável que o tema a ser discutido não
seja tão complicado que os alunos concentrem sua atenção no assunto e negligenciem o resto
dos aspectos, começando a andar em círculo, co
incidindo na parada com outras pessoas, ou
repetindo palavras que já foram citadas. Se isso acontecer, uma opção mais simples é tomada,
como citar palavras que começam com uma determinada letra ou listar objetos de um ambiente
conhecido, etc. É importante
que o tema escolhido seja comunicado a eles quando já estão
caminhando ou quando estão todos em repouso para que não tenham tempo de preparar sua
palavra, implicando assim na atividade a velocidade de processamento e o tempo de resposta.
Atividade III
P
ercepção auditiva, reconhecimento, atenção dividida, velocidade de processamento e
tempo de resposta.
Os participantes são colocados em círculo. Sem uma ordem específica, cada um deles
diz uma palavra sobre um determinado assunto, por exemplo, animais mamíferos. Como na
proposta anterior, os tópicos podem ser escolhidos de acordo com o conteúdo de outros
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a
ssuntos, mas sempre evitando que sua dificuldade cancele a realização da atividade. A série é
praticada várias vezes lembrando a ordem de intervenção de cada participante até que seja
realizada com certa fluidez e velocidade. Começamos então com uma nova s
érie sobre outro
tema, como tipos de frutas. Novamente, aleatoriamente, a ordem de intervenção é estabelecida
evitando a de coincidir com a da série anterior e a sequência é repetida até que uma certa
habilidade seja alcançada. Este é o momento em que a pr
imeira série é recuperada
simultaneamente para ambos. O objetivo é reconhecer o estímulo, ou seja, a palavra que precede
nossa intervenção, e continuar a série o mais rápido possível. Como há duas séries em jogo, a
atenção deve ser direcionada para dois es
tímulos diferentes. Uma vez que um certo conforto
tenha sido alcançado e as duas séries sejam mantidas por um período considerável de tempo
com agilidade, adicionamos um novo em um tema diferente. A atividade não tem um limite de
série, mas dependerá do ar
ranjo e características do grupo. Essa atividade, como o resto
proposto aqui, não é um objetivo final, mas um processo de aprendizagem. O objetivo não é
fazer o jogo direito na primeira vez ou julgar os participantes por seus erros, mas para conseguir
com
a prática e repetição das atividades que as performances estão melhorando. Na verdade,
uma vez que o jogo é feito confortavelmente ele deve ser descartado porque ele não tem mais
interesse. Dessa forma, voltando à atividade em questão, um grupo que a princ
ípio pode
apresentar certas dificuldades para manter duas séries simultaneamente, pode acabar
combinando cinco. Considere que à medida que o número de séries aumenta, também
envolvemos a memória tendo que lembrar cada vez mais palavras que agem como estímu
los à
nossa intervenção. É comum que quando a dificuldade aumenta, a tensão corporal seja gerada
nos participantes, o que é altamente contraproducente, uma vez que ocorre um bloqueio
instantaneamente que inibe qualquer habilidade. Você tem que controlar es
se efeito tentando
relaxar entre os jogos e criando um ambiente no qual a frustração e as opiniões entre os
participantes são evitadas. É preferível diminuir a dificuldade da atividade antes que o desânimo
invada a sala de aula.
Atividade IV
Percepção e
memória.
Esta atividade é feita em pares, um age como guia e o outro permanece o tempo todo
com os olhos fechados. O motorista caminha com seu parceiro segurando sua mão por toda a
sala e mostra
-
lhe objetos e pessoas que ele tem que reconhecer pelo toque.
Uma vez que o
passeio acabou, o participante que manteve os olhos fechados tem que listar as pessoas e objetos
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que ele
tenha apalpado
. É aconselhável que essa atividade seja realizada por um único casal de
cada vez para evitar acidentes e para o resto tes
temunhar os sucessos em reconhecimento. Uma
vez que todos os casais tenham gostado da experiência, os papéis são trocados. Com este jogo,
fomentamos a confiança entre os colegas ao ativar o reconhecimento tátil e exercitar a memória.
Atividade V
Percepção auditiva e discriminação, inibição e velocidade de processamento
.
Esta atividade é uma continuação da anterior, uma vez que o padrão de trabalho de dupla
é mantido onde um dos participantes não pode usar o sentido de visão. Cada um dos casais
esc
olherá um som que possa ser, vocal, corporal, proveniente de um objeto ou mesmo, se
disponível em sala de aula, um instrumento musical, aproveitando assim a atividade para
reconhecer e diferenciar diferentes timbres. Os participantes com os olhos fechados
são
colocados na linha de partida de um caminho linear que eles têm que completar. É preferível
que o deslocamento seja realizado rastejando no chão para evitar percalços. Cada um dos
participantes só poderá se mover quando o estímulo que ele já concordou
anteriormente com
seu parceiro soar. Os parceiros que emitirem o som não serão capazes de fazê
-
lo continuamente,
mas terão que produzir o estímulo de forma concisa e clara, certificando
-
se de que seu parceiro
está recebendo o sinal com precisão, enquanto e
les devem tomar a decisão apropriada de
continuar ou parar momentaneamente o estímulo para evitar que seu parceiro colida com outros
participantes. Para desenvolver a confiança em duplas, o motorista tem que assumir a
responsabilidade pelo bem
-
estar de seu
parceiro. Todos os casais jogam ao mesmo tempo e uma
vez que a turnê é concluída os papéis são trocados. Com este jogo desenvolveremos percepção
auditiva e discriminação enquanto o guia desenvolve sua velocidade de reação e inibição de
ações que não estão
de acordo com o que se espera quando se tem que se adaptar a um ambiente
em mudança.
Atividade VI
Velocidade de processamento e resposta, inibição, monitoramento, memória auditiva,
percepção, reconhecimento auditivo e discriminação, planejamento e flex
ibilidade cognitiva.
Seguindo a linha das duas atividades anteriormente propostas, o padrão de jogar em
pares com um dos participantes com os olhos fechados é mantido, mas desta vez a atividade é
realizada por um único casal em cada turno. Uma rota é const
ruída no chão com pequenos
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obstáculos a serem superados (passando sobre uma mochila ou sob uma mesa) e diferentes
direções que podem ser tomadas evitando que a trajetória seja linear. Cada dupla projeta um
código sonoro que responde a todos os movimentos q
ue devem ser feitos para completar a rota:
para frente, para trás, vire à esquerda, vire à direita, vire
-
se à direita sem se mover para a direita
e para a esquerda, levante uma perna para superar um obstáculo, avance lateralmente para a
direita e para a
es
querda, abaixe
-
se para passar sob um obstáculo, sentar
-
se ou parar
imediatamente.
A escolha do som a ser atribuído a cada movimento é essencial para executar
confortavelmente a rota. A fonte de som tem que ser fácil de diferenciar, a execução tem que
ser s
imples para ser precisa e o código completo tem que ser simples de memorizar para evitar
confusão tanto do remetente quanto do receptor. Cada dupla terá tempo para projetar,
memorizar e praticar o código e seus movimentos, primeiro com os olhos abertos e d
epois
fechados. Quando os participantes estiverem prontos, o receptor com os olhos fechados na
cabeceira da rota e o remetente em um ponto fixo na sala de aula que ele não poderá sair para
dar qualquer tipo de indicações.
Com essa atividade ambos estão des
envolvendo habilidades de planejamento e memória
auditiva. A pessoa que vai fazer a viagem com os olhos fechados aumentará sua percepção
auditiva tendo que reconhecer os códigos sonoros e responder com o movimento atribuído. Em
algumas ocasiões, o simples
fato de fechar os olhos e estar atento ao estímulo auditivo, faz com
que o participante fique desorientado, paralisado ou comece a confundir estímulos. Nesse
momento, a capacidade de reação do remetente é fundamental para resolver a situação e sua
velocida
de de processamento e resposta, sua capacidade de inibição e sua flexibilidade
cognitiva entrarão em jogo. Se o remetente perceber que o receptor confundiu um sinal com
outro, ele ou ela pode rapidamente variá
-
lo adaptando
-
se ao erro, ou instruí
-
lo a parar
imediatamente e continuar lentamente. De qualquer forma, toma
r
uma decisão e monitore
-
se
para detectar se o erro vem da sua emissão, pois também pode confundir os códigos. Para evitar
ficar bravos uns com os outros, culpando uns aos outros e em vez de resolver a confusão, antes
de iniciar a atividade deve
-
se ressalta
r que a resolução do conflito precisa de ambas as partes.
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Atividade VII
Memória, percepção e escaneamento visual.
Essa atividade é realizada individualmente pelos participantes. Todos, menos um, são
colocados em uma fileira. O parceiro que está
fora da formação tem que memorizar a posição
de cada um dos membros. Depois de alguns momentos e fora de vista do observador, eles
refazem a formação com outra ordem entre eles. A missão do participante que está jogando é
refazer a linha com a ordem origin
al. Se quisermos relacionar essa atividade com a arte, em vez
de formar uma linha, os personagens e suas posições dentro de uma determinada pintura seriam
reproduzidos. Da mesma forma, os personagens da pintura trocariam seus papéis e posições e
o particip
ante observador teria que realocá
-
los para seus posts originais. Em ambos os casos,
com a linha ou com a pintura, a percepção visual e a digitalização, bem como a memória visual
seriam trabalhadas. Uma vez que todos os alunos tenham experimentado a ativida
de, sua
dificuldade poderia ser aumentada por ter que reconstruir duas linhas. Eles são distribuídos na
primeira formação, o aluno que está fora memoriza, eles são reorganizados em uma segunda
fila que é memorizada novamente e eles constroem um terceiro co
m novas posições. O aluno
terá que reconstruir primeiro o primeiro treinamento e depois o segundo.
Atividade VIII
Atenção dividida e coordenação.
Nesta atividade eles têm que criar uma história entre todos enquanto realizam uma
sequência de quatro movim
entos: deitados no chão de costas, sentados, deitados de bruços e de
pé. Os movimentos da sequência podem ser variados para cada ocasião. Os participantes
formam um amplo círculo em que todos têm contato visual uns com os outros e com o mestre
de cerimônia
s, que é o papel que um dos alunos escolhidos aleatoriamente tem que
desempenhar e que outros colegas de classe se realizarão nas sucessivas histórias. Todo mundo
tem que seguir o mestre de cerimônias que mudará de posição à vontade. Enquanto isso, em um
c
erto ponto do círculo, começa a ser contada uma história que será transformada e criada à
medida que passa por todos os participantes. Em nenhum momento você pode parar
simultaneamente a história com os movimentos da sequência e muito menos na virada da
cr
iação da história.
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Desenvolvimento das
competências
cognitivas
próprias
das artes cênicas
na
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Americana de Estudos em Educação
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Atividade IX
Atenção e memória focadas.
Os participantes estão listados de um a dez e um ritmo de base corporal é estabelecido
para todo o conjunto: dois golpes nas pernas e dois tapas, ou seja, quatro pretos em uma bússola
quatro po
r quatro. É importante que o ritmo seja simples para que o pulso permaneça constante
e não acelere quando a atenção é diversificada. Os alunos se movem ao redor da sala, evitando
andar em círculo e realizar esse ritmo. Em um certo momento eles começam a se
r chamados
um a um com os números que foram previamente atribuídos da seguinte forma: o próprio
número é feito para coincidir com os golpes nas pernas e o número da pessoa que você quer
chamar é dito ao mesmo tempo que os tapas. Por exemplo, se o número 1
quiser ligar para o 7,
diria: "um, um, sete, sete." E o número chamado responderia chamando em turno outro: "sete,
sete, dois, dois" e assim por diante até que alguém negligencie sua atenção e falhe. A pessoa
que falhou é eliminada sem dizer qual número el
e tinha, forçando o resto dos participantes a
ficar atento e lembrar os números de todos os companheiros e, acima de tudo, aqueles que são
eliminados, já que se ao retomar o jogo um jogador eliminado é chamado de jogador que o
jogador também tem que deixar
o jogo. Como se pode ver, a dificuldade aumenta inversamente
proporcional ao número de participantes e novamente será necessário controlar o estado de
tensão corporal que se tornará evidente através de um aumento na velocidade e intensidade do
padrão rítm
ico. O aumento desses dois parâmetros complica a atividade porque, por um lado,
implica uma maior velocidade de resposta e, por outro, se o volume cresce excessivamente, os
alunos param de ouvir claramente quem estão chamando.
Atividade X
Atenção dividi
da, memória e percepção auditiva.
Esta atividade requer mais dois preparativos. Em primeiro lugar, trabalharemos na
capacidade de ouvir e atender a mais de uma conversa de cada vez. Um participante é colocado
no centro e de cada lado duas pessoas começam a
falar livremente. Após um máximo de um
minuto, o participante localizado no centro tem que contar tudo o que seus colegas têm contado.
Quando todos experimentaram duas conversas, o número de pessoas que falam
simultaneamente sem limite de conversadores é
progressivamente aumentado. Nesta atividade
estamos desenvolvendo atenção e memória divididas para poder reter as informações básicas
de cada um dos conversadores.
A segunda fase da atividade consiste em manter um diálogo rítmico em pares. Um dos
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dois propõe uma pequena sequência rítmica que o outro repete e vice
-
versa. Na próxima curva,
aquele que acaba de repetir propostas e seu parceiro imita. O resultado deve ser
um diálogo
contínuo sem pausas de duas pessoas propondo e repetindo ritmos.
Uma vez realizadas as duas fases anteriores, os participantes serão agrupados quatro por
quatro. É aconselhável que os quartetos se sigam e que não realizem a atividade ao mesmo
tempo. Dentro do grupo, um casal manterá um diálogo rítmico como já o praticou antes,
enquanto o objetivo do outro casal é interferir nessa comunicação falando sem interrupção cada
um livremente. Após um máximo de um minuto, o casal que manteve o diálogo r
ítmico tem
que ser capaz de relacionar o que seus outros dois companheiros estavam falando. Se é muito
difícil para os dois palestrantes falar ao mesmo tempo, primeiro pode ser feito com apenas um
para aumentar o número ao longo do tempo. Todos os particip
antes devem experimentar os
diferentes papéis para experimentar a diversidade de estímulos que receberão. Por um lado, os
rítmicos, que se lembrarão apenas do tempo necessário para reproduzi
-
los; e, por outro lado, as
informações dos conversadores que têm
que memorizar até que a atividade termine. Além disso,
eles têm que combinar essa diversidade de atenção e memorização, com a criação de um novo
ritmo cada vez que eles têm que propor no diálogo.
Considerações Finais
Atualmente na Espanha, as artes cêni
cas não fazem parte do currículo da Educação
Básica, por isso sua aprendizagem e
desfrute
estão ligadas a uma série de condições
socioeconômicas do ambiente do aluno: do interesse das famílias por essas atividades
extracurriculares, questões logísticas a aspectos econômicos que permitem investimento nos
materiais necessários para sua atuação.
As atividades propostas visam compartilhar através do play as próprias habilidades que
são desenvolvidas com a prática e aprendizado da dança, música ou teatro com toda a
comunidade educacional; ao mesmo tempo em que
potencializem
e reforçam essas habilid
ades
em crianças que estudam artes cênicas
extracurricularmente
.
A continuação em um futuro próximo deste trabalho seria implementar as atividades
que se refletiram aqui como uma experiência piloto em crianças em idade escolar. Chegar a
acordos com institu
ições públicas para realizar um estudo longitudinal para analisar o impacto
da intervenção comparando o desempenho cognitivo antes e depois da estimulação. Para isso,
todas as famílias e crianças das instituições identificadas seriam convidadas a participa
r,
estabelecendo aleatoriamente um grupo controle e um grupo de intervenção; e seria
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competências
cognitivas
próprias
das artes cênicas
na
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desenvolvida uma bateria de testes cognitivos que serviriam como instrumento de avaliação
antes e depois da intervenção.
Um resultado positivo debateria a eficácia da pro
posta, enquanto um negativo apoiaria
a necessidade da presença das artes cênicas na educação básica para o desenvolvimento de
determinadas habilidades cognitivas.
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Marina BARBA
DÁVALOS
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Revista Ibero
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Americana de Estudos em Educação
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2740, dez. 2020. e
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Desenvolvimento das competências cognitivas próprias das artes
cênicas na sala de aula
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, Araraquara, v.
15, n. esp. 4, p.
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2740, dez. 2020. e
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https://doi.org/10.21723/riaee.v15iesp4.14520
Publicado em
:
10/09/2019
Revisões
requeridas
em
:
01/10/2020
Aprovado em
:
30/04/2020
Publicado em
:
01/12/2020
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Desarrollo de las habilidades cognitivas propias de las artes escénicas en el aula
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2727-2740, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
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DESARROLLO DE LAS HABILIDADES COGNITIVAS PROPIAS DE LAS
ARTES ESCÉNICAS EN EL AULA
DESENVOLVIMENTO DAS COMPETÊNCIAS COGNITIVAS PRÓPRIAS DAS
ARTES CÊNICAS NA SALA DE AULA
DEVELOPMENT OF COGNITIVE SKILLS OF THE PERFORMING ARTS IN
THE CLASSROOM
Marina BARBA DÁVALOS
1
RESUMEN
:
La memoria, la atención, la escucha activa y el trabajo en equipo son habilidades
que se desarrollan a un alto nivel en las artes escénicas. Los bailarines son capaces de recordar
coreografías, sus movimientos, sus posiciones y desplazamientos en el espacio, a la vez que
escuchan y siguen la música y al resto del cuerpo de baile. Un músico, tanto si memoriza como
si lee la partitura previamente estudiada, mientras la interpreta satisfaciendo las exigencias
técnicas y expresivas, está atento al resto de los miembros de la orquesta y al director. Los
actores expresan el significado de un texto memorizado mientras interactúan con el resto del
elenco, con los objetos escenográficos y con el propio espacio escénico. El objetivo de esta
investigación es, a partir del análisis de las estrategias de aprendizaje y actuación de las
diferentes disciplinas, proyectar una metodología de aplicación en el aula que permita
desarrollar estas habilidades.
PALABRAS CLAVE
:
Música. Danza. Teatro. Habilidades cognitivas y no cognitivas.
Educación.
RESUMO
:
A memória, a atenção, a escuta ativa e o trabalho em equipe são habilidades
exercidas em alto nível nas artes cênicas. Os dançarinos são capazes de lembrar coreografias,
seus movimentos, suas posições e deslocamentos no espaço, ao mesmo tempo que ouvem e
acompanham a música e o resto do corpo de baile. Um músico memoriza ou lê a partitura,
previamente estudada, enquanto a executa, atendendo aos requisitos técnicos e expressivos:
ele está atento ao resto dos membros da orquestra e ao maestro. Os atores expressam o
significado de um texto memorizado enquanto interagem com o resto do elenco, com os objetos
cenográficos e com o próprio espaço cênico. O objetivo deste artigo é, a partir da análise das
estratégias de aprendizagem e ação das diferentes disciplinas, projetar uma metodologia de
aplicação em sala de aula que permita o desenvolvimento dessas habilidades.
PALAVRAS-CHAVE
:
Música. Dança. Teatro. Habilidades cognitivas e não cognitivas.
Educação.
ABSTRACT
: Memory, attention, active listening and teamwork are skills exercised at a high
level in the performing arts. Dancers are able to remember choreographies, their movements,
1
Universidad de Alcalá (UAH), Guadalajara – España. Profesora Asociada del Departamento de Ciencias de la
Educación. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8370-3569. E-mail: marina.barba@uah.es
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Marina BARBA DÁVALOS
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2727-2740, dez., 2020. e-ISSN: 1982-5587
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their positions and displacements in space, while listening to and following the music and the
rest of the dance body. A musician memorizes or reads the score, previously studied, while
executing it, meeting the technical and expressive requirements: being attentive to the rest of
the orchestra members and the conductor. The actors express the meaning of a memorized text
while interacting with the rest of the cast, the scenographic objects and the scenic space itself.
The aim of this paper is, from the analysis of the learning and action strategies of different
disciplines, to design a methodology of classroom application that allows the development of
these skills.
KEYWORDS
: Music. Dance. Theater. Cognitive and non-cognitive skills. Education.
Introducción
La memorización de una música, una coreografía o un texto dramático es tan sólo el
primer paso, la base a partir de la cual se busca la perfección interpretativa de manera que el
espectador disfrute del espectáculo ajeno a la sucesión de notas, pasos o palabras que lo
conforman. Aunque las estrategias de aprendizaje son distintas en cada disciplina, los tipos de
memoria y la forma de almacenar la información para automatizarla, son comunes para actores,
músicos y bailarines.
Los siete tipos de memoria musical según (BARBACCI, 1965) son extensibles a la
danza y al arte dramático. La memoria muscular en músicos y bailarines se encarga de
automatizar movimientos discretos que responden a exigencias técnicas. En el caso de los
actores se ha demostrado que recuerdan mejor su texto si relacionan sus intervenciones con
movimientos, que no han de concordar literalmente con la palabra (NOICE; NOICE, 2001). La
memoria auditiva proporciona al intérprete dramático y musical la capacidad de discernir y
estimar su ejecución mientras que para el bailarín, la sola escucha de la música puede recordarle
el movimiento. Asimismo, hay que considerar la importancia que presenta la memoria auditiva
para los músicos que “tocan de oído”. La memoria visual es común a músicos y actores en lo
que respecta al aprendizaje de la partitura o al texto, mientras que los bailarines la utilizan para
recordar los movimientos del coreógrafo. Músicos y bailarines comparten también la memoria
visual cuando la emplean para recordar posiciones en el instrumento o posiciones corporales
que, en el caso de los bailarines, recuperan de su imagen en el espejo. La memoria verbal
almacena los textos dramáticos con exactitud, así como la terminología concreta de un paso o
una nota. La memoria rítmica estructura y distribuye los movimientos de músicos y bailarines
dentro de un
tempo
determinado y es subyacente en la cadencia de un texto sobre todo si está
versificado. Los bailarines resultan exhaustivos en este procedimiento de memorización ya que
cuentan los pulsos de la música, los distribuyen en compases y asignan a cada movimiento un
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número de ese cómputo musical. La memoria analítica recaba la información que se obtiene del
análisis formal de una partitura, de un texto o de una coreografía. Y, por último, la memoria
emotiva, imprescindible en las tres disciplinas, que recoge las características y matices
interpretativos definidos, escogidos y meditados durante el estudio o ensayo.
La forma de almacenar la información según patrones que se van elaborando con el
conocimiento de una competencia así como la eficacia y rapidez de los códigos de acceso y
recuperación de esa información de la memoria a largo plazo, se corresponde con la Teoría de
la Memoria Experta (WILLIAMON; EGNER, 2004). Los patrones en músicos y bailarines son
una asociación sonoro-motora, mientras que según (NOICE; NOICE, 2001), en los actores el
proceso es externo. En el análisis del texto se distinguen intenciones dramáticas, se les asigna
una unidad de almacenamiento y se trabajan durante los ensayos en los que el actor debe
implicarse motora y emocionalmente.
A medida que progresa el proceso de memorización, bien sea en el estudio individual o
en los ensayos, se produce una apertura atencional. Sin perder la focalización en la tarea
principal monitorizándola, el intérprete presta atención a más de un estímulo o actividad al
mismo tiempo. Los actores interactúan con el resto del elenco, con los objetos escenográficos
y con el propio espacio escénico; los músicos siguen al director y escuchan las diferentes voces
musicales sincronizándose con ellas; y los bailarines toman conciencia de sus posiciones y
desplazamientos espaciales a la vez que se integran en el cuerpo de baile. La conciencia de
grupo y el trabajo en equipo resultan imprescindibles para alcanzar la perfección interpretativa.
Cuando se llega al escenario, todos estos aspectos están tan interiorizados al haberlos
trabajado exhaustivamente durante los ensayos que, los intérpretes están preparados para
solucionar cualquier fallo humano que surja durante la actuación sin que el público perciba
ninguna anomalía. La capacidad de procesar información de forma rápida y automática, así
como la capacidad de adaptación a situaciones cambiantes son otras de las habilidades que se
fomentan con la dedicación a las artes escénicas.
La proliferación en los últimos años de investigaciones que desde el prisma de las
neurociencias avalan el desarrollo del cerebro y de habilidades cognitivas a partir de las artes
escénicas, sobre todo la música, sirven de argumento para defender su inclusión en la educación
(PEÑALBA, 2017). Sólo en el campo de la música podemos encontrar estudios que relacionan
el aprendizaje de un instrumento con el desarrollo de habilidades como la percepción auditiva,
la memoria visual, la planificación, la velocidad de procesamiento o la flexibilidad cognitiva
(HILLE; SCHUPP, 2015); la comprensión y fluidez verbal, la cognición espacial, la flexibilidad
cognitiva, la velocidad perceptiva, el razonamiento, la cognición numérica o la memoria
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(HELMBOLD; RAMMSAYER; ALTENMÜLLER, 2005). En particular esta última, la
relación entre el desarrollo de la memoria y la música ha despertado gran interés entre los
investigadores: (HANSEN; WALLENTIN; VUUST, 2012), (JAKOBSON; LEWYCKY;
KILGOUR; STOESZ, 2008), (LEE; LU; KO, 2007), (RIBEIRO; SANTOS, 2012).
Los ejemplos de publicaciones neurocientíficas en los que se comparan habilidades
cognitivas de músicos y no músicos son numerosos y, en mi opinión, generalistas en cuanto a
la definición en sí de músicos ya que engloba desde niños que han asistido a clases de algún
instrumento, adultos que en algún momento de su formación estudiaron música, estudiantes de
conservatorio superior hasta músicos profesionales. Aunque este tema necesitaría una revisión
cuidadosa podemos encontrar un análisis cuantitativo de las investigaciones neurocientíficas
relacionadas con la música publicadas entre los años 2005 y 2010 en (PETERSON, 2011).
En el presente trabajo no se pretende tanto justificar la presencia de las artes escénicas
en la educación por las habilidades cognitivas que desarrollan, sino poner a disposición de
docentes y alumnado, una serie de actividades enfocadas a fomentar aquellas habilidades que
desde la perspectiva neurocientífica y desde mi experiencia en las artes escénicas, se realzan.
El germen de alguna de estas actividades proviene de los entrenamientos teatrales dirigidos por
Hassane Kouyaté, actor de la compañía de Peter Brook, que posteriormente he adaptado a la
docencia en el aula y he impartido tanto en cursos de formación de profesorado como en el
grado en Ciencias de la Educación. Las propuestas poseen pinceladas musicales, dancísticas o
teatrales enmarcadas siempre en un contexto lúdico.
Se proponen diez actividades y en cada una de ellas se indica para qué aspectos está
destinada: memoria (auditiva, visual), atención (atención focalizada, atención dividida,
inhibición y motorización), razonamiento (planificación, velocidad de procesamiento, tiempo
de respuesta y flexibilidad cognitiva) percepción (percepción auditiva, reconocimiento,
percepción visual, escaneo visual y percepción espacial) y coordinación.
Para el buen funcionamiento de las actividades es aconsejable que el número de
participantes oscile entre 8 y 12. Si bien no existe límite de edad superior para disfrutar de estas
propuestas porque resultan accesibles para niños, jóvenes, adultos y mayores; la edad para
empezar, aunque siempre hay excepciones y se pueden realizar adaptaciones, sería como pronto
a los 7 años.
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Actividades
Actividad I
Atención dividida, inhibición, escucha activa en equipo y resolución de problemas.
Los alumnos se sitúan en una fila, uno a lado de otro pero sin contacto físico y la mirada
al frente. Sin ninguna señal tienen que ir saliendo de la fila dando un paso al frente de uno en
uno. Si sale más de uno a la vez todos regresan a la fila y comienza de nuevo la actividad. Una
vez hayan conseguido salir todos de la fila sin coincidir se reanuda el juego y esta vez tienen
que ir saliendo de dos en dos. Progresivamente irá aumentando el número de personas que
tengan que salir a la vez, 3, 4, 5…hasta que consigan dar un paso al frente todos juntos. Con
esta actividad se trabaja la escucha en grupo y se pone en práctica la premisa “no es quiero sino
puedo”. Es decir, para cualquier trabajo en equipo las decisiones o propuestas no pueden
imponerse sin valorar previamente si el ambiente del conjunto es acorde con la proposición. En
esta actividad si no se ha escuchado previamente la disposición de los compañeros no se puede
tomar la decisión unilateral de dar el paso al frente. Pero, a su vez, hay que tener la flexibilidad
y la rapidez de actuar para que cuando, por ejemplo, la pauta es salir de tres en tres y se observa
con la mirada periférica que solamente salen dos de la fila, incorporarse rápidamente en favor
del equipo y el juego. De la misma manera hay que ser capaces de inhibir el impulso de salir
de la fila si ya se han adelantado los participantes requeridos. Asimismo, hay que tener la
capacidad de tomar decisiones y no esperar siempre a que otros den el paso adelante. En este
juego se perfilan claramente los distintos roles que se suelen adoptar en los equipos: los que
siempre están dispuestos a colaborar para resolver una situación, los que imponen sus opiniones
sin escuchar al grupo, los que nunca arriesgan, los líderes que cuando toman una decisión
cuentan siempre con el respaldo de todos y los que son capaces de evaluar el momento óptimo
para lanzar su sugerencia a la vez que están siempre dispuestos a colaborar por el bien grupal.
Actividad II
Atención dividida, inhibición, escucha activa en equipo, percepción espacial, escaneo
visual y memoria auditiva a corto plazo.
La primera fase de esta actividad es similar a la anterior solo que varía la distribución
de los alumnos. Todos los miembros del grupo caminan por el aula ocupando todo el espacio y
evitando la formación circular. De uno en uno y sin coincidir, se van deteniendo hasta que no
quede nadie en movimiento. Una vez que la totalidad del grupo está inmóvil, sin ningún tipo
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de aviso previo, van reanudando la marcha de nuevo de uno en uno y sin coincidir con otro
participante. A esta actividad en la que volvemos a trabajar la atención, la inhibición y la
escucha en grupo, vamos a añadir la memoria auditiva a corto plazo, el escaneo y la percepción
espacial. El mecanismo es el mismo: todo el grupo camina por el aula y cuando de uno en uno
se van parando van diciendo objetos que hay en el aula sin repetir. Al retomar el movimiento
de uno en uno, tienen que volver a enumerar los objetos no pudiendo mencionar el que ellos
hayan dicho en la secuencia anterior.
De esta forma desarrollan el escaneo visual al buscar objetos del entorno, amplían la
percepción visual al tener que estar atentos a los movimientos de sus compañeros a la vez que
localizan los objetos y ocupan todo el espacio del aula evitando la tendencia a caminar en
formación circular, incrementan la escucha del grupo para no tomar la decisión de detenerse o
ponerse en marcha unilateralmente sin tener en cuenta al resto de los integrantes, aprenden a
inhibir las acciones impulsivas que vayan en detrimento del equipo y ponen en funcionamiento
la memoria para recordar los objetos que se han citado tanto para no repetirlos como para
nombrarlos de nuevo al reincorporarse al movimiento.
Esta actividad se puede utilizar vehicularmente para el aprendizaje de contenidos de
diferentes asignaturas. Por ejemplo, citando países sudamericanos durante la secuencia en la
que se detienen y sus capitales cuando reanudan el movimiento, evitando que la misma persona
diga la capital del país que anteriormente ha nombrado. Es aconsejable que el tema que se vaya
a tratar no resulte tan complicado que los alumnos focalicen su atención en la materia y
descuiden el resto de los aspectos comenzando a caminar en círculo, coincidiendo en la parada
con otras personas, o repitiendo palabras que ya se han citado. Si esto ocurriera, se toma una
opción más sencilla como puede ser citar palabras que comiencen por una letra determinada o
enumerar objetos propios de un ambiente conocido, etc. Es importante que la temática escogida
se les comunique cuando ya están caminando o cuando están todos en reposo para que no tengan
tiempo de preparar su palabra, implicando así en la actividad la velocidad de procesamiento y
el tiempo de respuesta.
Actividad III
Percepción auditiva, reconocimiento, atención dividida, velocidad de procesamiento y
tiempo de respuesta.
Los participantes se sitúan en círculo. Sin un orden concreto cada uno de ellos va
diciendo una palabra sobre una temática determinada, por ejemplo, animales mamíferos. Como
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en la propuesta anterior las temáticas pueden elegirse conforme a contenidos de otras materias
pero siempre evitando que su dificultad anule el desempeño de la actividad. La serie se practica
varias veces recordando el orden de intervención de cada participante hasta que se efectúa con
cierta fluidez y velocidad. Comenzamos entonces con una nueva serie sobre otra temática, como
puede ser, tipos de frutas. De nuevo, aleatoriamente, se establece el orden de intervención
evitando que coincida con el de la serie anterior y se repite la secuencia hasta que se alcanza
cierta destreza. Este es el momento en el que se recupera la primera serie para simultanear
ambas. El objetivo es reconocer el estímulo, es decir, la palabra que precede nuestra
intervención, y continuar la serie con la mayor rapidez. Al haber dos series en juego la atención
ha de estar dirigida hacia dos estímulos distintos. Una vez que se ha alcanzado cierta comodidad
y las dos series se mantienen durante un periodo de tiempo considerable con agilidad, añadimos
otra nueva sobre otra temática diferente. La actividad no tiene un límite de series sino que
dependerá de la disposición y características del grupo. Esta actividad, como el resto que aquí
se plantean, no son un fin último sino un proceso de aprendizaje. El objetivo no es hacer el
juego bien a la primera o juzgar a los participantes por sus errores, sino conseguir con la práctica
y la repetición de las actividades que los rendimientos vayan mejorando. De hecho, una vez que
el juego se realiza con comodidad debe ser descartado porque ya carece de interés. De esta
manera, regresando a la actividad que nos ocupa, un grupo que al principio pueda presentar
ciertas dificultades para mantener dos series simultáneamente, puede terminar compaginando
cinco. Contémplese que según aumenta el número de series implicamos también la memoria al
tener que recordar cada vez más palabras que actúan como estímulos a nuestra intervención. Es
habitual que al aumentar la dificultad se genere tensión corporal en los participantes lo que
resulta altamente contraproducente ya que instantáneamente se produce un bloqueo que inhibe
cualquier destreza. Hay que controlar este efecto intentando relajar entre los juegos y creando
un ambiente en el que se evite la frustración y los dictámenes entre participantes. Es preferible
bajar la dificultad de la actividad antes de que el desánimo invada el aula.
Actividad IV
Percepción y memoria.
Esta actividad se realiza por parejas, uno actúa de guía y el otro permanece todo el
tiempo con los ojos cerrados. El conductor pasea a su compañero cogiéndole de la mano por
toda la sala y le va mostrando objetos y personas que tiene que reconocer por el tacto. Una vez
concluido el recorrido, el participante que ha mantenido los ojos cerrados tiene que enumerar
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las personas y objetos que ha palpado. Es aconsejable que esta actividad la realice una sola
pareja cada vez para evitar accidentes y para que el resto sea testigo de los aciertos en el
reconocimiento. Una vez que todas las parejas han disfrutado de la experiencia se intercambian
los roles. Con este juego fomentamos la confianza entre compañeros a la vez que activamos el
reconocimiento táctil y ejercitamos la memoria.
Actividad V
Percepción y discriminación auditiva, inhibición y velocidad de procesamiento
Esta actividad es continuación de la anterior ya que se mantiene la pauta de trabajo en
dúo donde uno de los participantes no puede utilizar el sentido de la vista. Cada una de las
parejas va a elegir un sonido que puede ser, vocal, corporal, proceder de algún objeto o incluso,
si se dispone en el aula, de algún instrumento musical, aprovechando así la actividad para
reconocer y diferenciar diferentes timbres. Los participantes con los ojos cerrados se sitúan en
la línea de salida de un trayecto lineal que tienen que completar. Es preferible que el
desplazamiento se realice arrastrándose por el suelo para evitar percances. Cada uno de los
participantes podrá moverse únicamente cuando suene el estímulo que anteriormente ha
acordado con su pareja. Los compañeros que emiten el sonido no podrán hacerlo de forma
continuada sino que tendrán que producir el estímulo de forma concisa y clara asegurándose en
todo momento de que su compañero está recibiendo con precisión la señal a la vez que deben
tomar la decisión adecuada de continuar o detener momentáneamente el estímulo para evitar
que su compañero pueda colisionar con otros participantes. Para desarrollar la confianza en los
dúos el conductor tiene que asumir la responsabilidad del bienestar de su compañero. Todas las
parejas juegan a la vez y una vez completado el recorrido se intercambian los papeles. Con este
juego vamos a desarrollar la percepción y discriminación auditiva a la vez que el guía desarrolla
su velocidad de reacción y la inhibición de acciones que no resultan acordes con lo esperado al
tener que adaptarse a un entorno cambiante.
Actividad VI
Velocidad de procesamiento y respuesta, inhibición, monitorización, memoria auditiva,
percepción, reconocimiento y discriminación auditiva, planificación y flexibilidad cognitiva.
Siguiendo la línea de las dos actividades anteriormente propuestas, se mantiene la pauta
de jugar por parejas con uno de los participantes con los ojos cerrados, pero esta vez la actividad
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la realiza una sola pareja en cada turno. Se construye un recorrido en el suelo con pequeños
obstáculos que sortear (pasar por encima de una mochila o por debajo de una mesa) y
direcciones diferentes que se puedan tomar evitando que la trayectoria sea lineal. Cada dúo
diseña un código sonoro que responda a todos los movimientos que se han de realizar para
completar el recorrido: avanzar, retroceder, girar a la izquierda, girar a la derecha, girar sobre
sí mismo sin desplazarse hacia la derecha y hacia la izquierda, levantar una pierna para sortear
un obstáculo, avanzar lateralmente hacia la derecha y hacia la izquierda, agacharse para pasar
por debajo de un obstáculo, incorporarse o detenerse inmediatamente.
La elección del sonido que se va a asignar a cada movimiento es fundamental para
realizar cómodamente el recorrido. La fuente de sonido tiene que ser fácil de diferenciar, la
ejecución ha de ser simple para que sea precisa y el código completo ha de ser sencillo de
memorizar para evitar confusiones tanto del emisor como del receptor. Cada dúo dispondrá de
un tiempo para diseñar, memorizar y practicar el código y sus movimientos, primero con los
ojos abiertos y luego cerrados. Cuando los participantes estén preparados se sitúa el receptor
con los ojos cerrados en el encabezado del recorrido y el emisor en un punto fijo del aula que
no podrá abandonar para dar ningún tipo de indicaciones.
Con esta actividad ambos están desarrollando la capacidad de planificación y la
memoria auditiva. La persona que va a realizar el recorrido con los ojos cerrados va a potenciar
su percepción auditiva al tener que reconocer los códigos sonoros y responder con el
movimiento asignado. En algunas ocasiones, el simple hecho de cerrar los ojos y estar atento al
estímulo auditivo, hace que el participante se desoriente, se paralice o empiece a confundir
estímulos. En ese momento es fundamental la capacidad de reacción del emisor para resolver
la situación y van a entrar en juego su velocidad de procesamiento y respuesta, su capacidad de
inhibición y su flexibilidad cognitiva. Si el emisor se da cuenta de que el receptor ha confundido
una señal con otra, podría variarla rápidamente adaptándose a la equivocación, o indicarle que
se detenga inmediatamente dejar que se calme y proseguir pausadamente. En cualquier caso,
tomar una decisión y monitorizarse para detectar si el error proviene de su emisión, ya que
también puede confundir los códigos. Para evitar que se enfaden entre ellos, se echen la culpa
uno a otro y en vez de solucionar aumenten la confusión, antes de empezar la actividad hay que
subrayar que la resolución del conflicto necesita las dos partes.
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Actividad VII
Memoria, percepción y escaneo visual.
Esta actividad la realizan los participantes individualmente. Todos menos uno se
colocan en una fila. El compañero que está fuera de la formación tiene que memorizar la
posición de cada uno de los integrantes. Pasados unos instantes y fuera de la vista del
observador, rehacen la formación con otro orden entre ellos. La misión del participante que está
jugando es rehacer la fila con el orden primigenio. Si queremos relacionar esta actividad con el
arte, en vez de formar una fila, se reproducirían los personajes y sus posiciones dentro de un
cuadro determinado. De la misma manera, los personajes del cuadro intercambiarían sus
papeles y posiciones y el participante observador tendría que recolocarlos es sus puesto
originales. En ambos casos, con la fila o con el cuadro, se estarían trabajando la percepción y
escaneo visual así como la memoria visual. Una vez que todos los alumnos hayan
experimentado la actividad se podría aumentar su dificultad teniendo que reconstruir dos filas.
Se distribuyen en la primera formación, el alumno que está fuera la memoriza, se reorganizan
en una segunda fila que vuelve a ser memorizada y construyen una tercera con nuevas
posiciones. El alumno tendrá que reconstruir primero la primera formación y a continuación la
segunda.
Actividad VIII
Atención dividida y coordinación.
En esta actividad tienen que crear un cuento entre todos a la vez que van realizando una
secuencia de cuatro movimientos: tumbados en el suelo boca arriba, sentados, tumbados boca
abajo y de pie. Los movimientos de la secuencia se pueden variar para cada ocasión. Los
participantes forman un círculo amplio en el que todos tengan contacto visual entre ellos y con
el maestro de ceremonias, que es el papel que tiene que desempeñar uno de los alumnos
escogido aleatoriamente y que irán acometiendo en las sucesivas historias otros compañeros.
Todos tienen que seguir al maestro de ceremonias que irá cambiando de posición a su voluntad.
Mientras, en un determinado punto del círculo se comienza a contar una historia que se irá
transformando y creando a medida que vaya pasando por todos los participantes. En ningún
momento se puede dejar de simultanear la historia con los movimientos de la secuencia y mucho
menos en el turno de crear la historia.
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Actividad IX
Atención focalizada y memoria.
Los participantes se enumeran del uno al diez y se establece un ritmo base corporal para
todo el conjunto: dos golpes en las piernas y dos palmadas, es decir, cuatro negras en un compás
de cuatro por cuatro. Es importante que el ritmo sea sencillo para que el pulso se mantenga
constante y no se acelere cuando se diversifique la atención. Los alumnos se desplazan por toda
la sala, evitando caminar formando un círculo y efectuando este ritmo. En un determinado
momento comienzan a llamarse de uno en uno con los números que previamente se han
asignado de la siguiente manera: el número propio se hace coincidir con los golpes en las
piernas y el número de la persona a la que se quiere llamar se dice a la vez que las palmadas.
Por ejemplo, si el número 1 quiere llamar al 7 diría: “uno, uno, siete, siete”. Y el número
llamado respondería llamando a su vez a otro: “siete, siete, dos, dos” y así sucesivamente hasta
que alguien descuide su atención y falle. La persona que ha fallado se elimina sin decir qué
número tenía, obligando al resto de los participantes a estar atentos y recordar los números de
todos los compañeros y, sobre todo, los que se eliminan, ya que si al reanudar el juego se llama
a un eliminado ese jugador también tiene que abandonar el juego. Como se puede contemplar,
la dificultad aumenta de manera inversamente proporcional al número de participantes y de
nuevo habrá que controlar el estado de tensión corporal que se hará evidente mediante un
incremento de la velocidad y la intensidad del patrón rítmico. El aumento de estos dos
parámetros complica a su vez la actividad porque, por una parte, supone una mayor velocidad
de respuesta y, por otra, si el volumen crece excesivamente los alumnos dejan de escuchar
claramente a quién están llamando.
Actividad X
Atención dividida, memoria y percepción auditiva.
Esta actividad requiere otras dos de preparación. En primer lugar vamos a trabajar la
capacidad de escuchar y atender a más de una conversación a la vez. Un participante se sitúa
en el centro y a cada lado dos personas empiezan a hablar libremente. Tras máximo un minuto,
el participante situado en el centro tiene que contar todo lo que han ido relatando sus
compañeros. Cuando todos han experimentado con dos conversaciones se va aumentando
progresivamente el número de personas que hablan simultáneamente sin límite de
conversadores. En esta actividad estamos desarrollando la atención dividida y la memoria para
poder retener la información básica de cada uno de los conversadores.
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La segunda fase de la actividad consiste en mantener un diálogo rítmico por parejas.
Uno de los dos propone una secuencia rítmica breve que el otro repite y a la inversa. En el
siguiente turno el que acaba de repetir propone y su pareja imita. El resultado ha de ser un
diálogo continuo sin pausas de dos personas proponiendo y repitiendo ritmos.
Una vez acometidas las dos fases anteriores los participantes se van a agrupar de cuatro
en cuatro. Es aconsejable que los cuartetos se vayan sucediendo y que no realicen la actividad
todos al mismo tiempo. Dentro del grupo, una pareja va a mantener un diálogo rítmico tal y
como lo ha practicado con anterioridad, mientras que el objetivo de la otra pareja es interferir
en esta comunicación hablando sin interrupción cada uno libremente. Tras máximo un minuto,
la pareja que mantenía el diálogo rítmico tiene que ser capaz de relatar de qué estaban hablando
sus otros dos compañeros. Si resulta muy complicado que hablen los dos oradores a la vez,
primeramente se puede hacer con uno solo para ir incrementando el número a lo largo del
tiempo. Todos los participantes han de probar los distintos roles para experimentar la diversidad
estímulos que van a recibir. Por un lado los rítmicos, que van a recordar solamente el tiempo
necesario para reproducirlos; y por otro lado la información de los conversadores que sí han de
memorizar hasta que la actividad concluya. Además, tienen que simultanear esta diversidad de
atención y memorización, con la creación de un nuevo ritmo cada vez que les toca proponer en
el diálogo.
Consideraciones finales
Actualmente en España las artes escénicas no forman parte del currículo de Educación
Primaria por lo que su aprendizaje y disfrute está ligado a una serie de condicionantes
socioeconómicos del entorno del alumno: desde el interés de las familias hacia estas actividades
extraescolares, cuestiones de índole logística hasta aspectos económicos que permitan la
inversión en los materiales requeridos para su desempeño.
Las actividades propuestas pretenden compartir a través del juego las habilidades
propias que se desarrollan con la práctica y aprendizaje de la danza, la música o el teatro con
toda la comunidad educativa; a la vez que potenciar y reforzar estas competencias en los niños
que sí cursan artes escénicas extraescolarmente.
La continuación en un futuro próximo de este trabajo sería implementar las actividades
que aquí se han plasmado como una experiencia piloto en niños en edad escolar. Alcanzar
acuerdos con instituciones públicas para realizar un estudio longitudinal que permita analizar
el impacto de la intervención comparando el desempeño cognitivo antes y después de la
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estimulación. Para ello se invitaría a participar a todas las familias y niños de las instituciones
determinadas estableciendo aleatoriamente un grupo de control y otro de intervención; y se
desarrollaría una batería de pruebas cognitivas que nos sirvieran como instrumento de
evaluación antes y después de la intervención.
Un resultado positivo abalaría la efectividad de la propuesta mientras que uno negativo
respaldaría la necesidad de la presencia de las artes escénicas en la educación primaria para el
desarrollo de ciertas habilidades cognitivas.
REFERENCIAS
BARBACCI, R.
Educación de la memoria musical
. Buenos Aires: Ricordi, 1965.
HANSEN, M.; WALLENTIN, M.; VUUST, P. Working memory and musical competence of
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, v. 41, n. 6, p. 779-793, 2012.
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abilities between musicians and non-musicians.
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Cognition
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PEÑALBA, A. La defensa de la educación musical desde las neurociencias.
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Electrónica Complutense de Investigación en Educación Musical
, n. 14, p. 109-127, 2017.
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en el aula.
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Remitido el
: 10/09/2019
Revisiones requeridas el
: 10/01/2020
Aprobado el
: 30/04/2020
Publicado el
: 01/12/2020
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Development of cognitive skills of the performing arts in the classroom
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DEVELOPMENT OF COGNITIVE SKILLS OF THE PERFORMING ARTS
IN THE CLASSROOM
DESENVOLVIMENTO DAS COMPETÊNCIAS COGNITIVAS PRÓPRIAS DAS
ARTES CÊNICAS NA SALA DE AULA
DESARROLLO DE LAS HABILIDADES COGNITIVAS PROPIAS DE LAS
ARTES
ESCÉNICAS EN EL AULA
Marina BARBA DÁVALOS
1
ABSTRACT
:
Memory, attention, active listening and teamwork are skills exercised at a high
level in the performing arts. Dancers are able to remember choreographies, their movements,
their positions and
displacements in space, while listening to and following the music and the
rest of the dance body.
A musician memorizes or reads the score, previously studied, while
executing it, meeting the technical and expressive requirements: being attentive to the re
st of
the orchestra members and the conductor.
The actors express the meaning of a memorized text
while interacting with the rest of the cast, the scenographic objects and the scenic space itself.
The aim of this paper is, from the analysis of the learning
and action strategies of different
disciplines, to design a methodology of classroom application that allows the development of
these skills.
KEYWORDS
:
Music. Dance. Theater. Cognitive and non
-
cognitive skills.
Education.
RESUMO
:
A memória, a atenção,
a escuta ativa e o trabalho em equipe são habilidades
exercidas em alto nível nas artes cênicas. Os dançarinos são capazes de lembrar coreografias,
seus movimentos, suas posições e deslocamentos no espaço, ao mesmo tempo que ouvem e
acompanham a música e o
resto do corpo de baile. Um músico memoriza ou lê a partitura,
previamente estudada, enquanto a executa, atendendo aos requisitos técnicos e expressivos:
ele está atento ao resto dos membros da orquestra e ao maestro. Os atores expressam o
significado de
um texto memorizado enquanto interagem com o resto do elenco, com os objetos
cenográficos e com o próprio espaço cênico. O objetivo deste artigo é, a partir da análise das
estratégias de aprendizagem e ação das diferentes disciplinas, projetar uma metodolo
gia de
aplicação em sala de aula que permita o desenvolvimento dessas habilidades.
PALAVRAS
-
CHAVE
:
Música. Dança. Teatro. Habilidades cognitivas e não cognitivas.
Educação.
1
University of
Alcalá
(UAH), Guadalajara
–
Spain
.
Associate Professor
of the Department of Educational
Sciences
. ORCID:
https://orcid.org/0000
-
0001
-
8370
-
3569
.
E
-
mail
: marina.barba@uah.es
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RESUMEN
:
La memoria, la atención, la escucha activa y el trabajo en
equipo son habilidades
que se desarrollan a un alto nivel en las artes escénicas. Los bailarines son capaces de recordar
coreografías, sus movimientos, sus posiciones y desplazamientos en el espacio, a la vez que
escuchan y siguen la música y al resto del
cuerpo de baile. Un músico, tanto si memoriza como
si lee la partitura previamente estudiada, mientras la interpreta satisfaciendo las exigencias
técnicas y expresivas, está atento al resto de los miembros de la orquesta y al director. Los
actores expresan
el significado de un texto memorizado mientras interactúan con el resto del
elenco, con los objetos escenográficos y con el propio espacio escénico. El objetivo de esta
investigación es, a partir del análisis de las estrategias de aprendizaje y actuación
de las
diferentes disciplinas, proyectar una metodología de aplicación en el aula que permita
desarrollar estas habilidades.
PALABRAS CLAVE
:
Música. Danza. Teatro. Habilidades cognitivas y no cognitivas.
Educación.
Introduction
The
memorization of a song, a choreography or a dramatic text is only the first step, the
basis from which interpretive perfection is sought for the viewer to enjoy the show outside the
succession of notes, steps or words that compose it. Although learning str
ategies are different
in each discipline, the types of memory and the way information is stored to automate it are
common for actors, musicians, and dancers.
The seven types of musical memory according to (BARBACCI, 1965) are extendable
to dance and dramat
ic art. Muscle memory in musicians and dancers is responsible for
automating discrete movements that respond to technical demands. In the case of the actors, it
has been shown that they remember better their text relate their interventions to movements,
wh
ich do not have to agree literally with the word (NOICE; NOICE, 2001). The auditory
memory provides the dramatic and musical artist with the ability to discern and cherish his
performance while for the dancer, listening to the music alone can remind him of
the movement.
We should also consider the importance of auditory memory for musicians who "play by ear".
Visual memory is common for musicians and actors when it comes to learning the score or text,
while dancers use it to remember the choreographer's mov
ements. Musicians and dancers also
share visual memory when they use it to remember positions in the instrument or body positions
that, in the case of dancers, recover from their image in the mirror. Verbal memory stores
dramatic texts accurately, as well
as concrete terminology of a step or note. Rhythmic memory
structure and distributes the movements of musicians and dancers within a certain
rhythm and
underlies the cadence of a text especially if it is versed. The dancers are exhausting in this
memorizat
ion procedure, because they count the pulses of music, distribute them in bars and
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attribute to each movement a number of this musical computation. Analytical memory collects
the information obtained from the formal analysis of a score, text or choreograph
y. And finally,
emotional memory, essential in the three disciplines, which brings together the characteristics
and interpretative nuances defined, chosen and meditated during the study or essay.
The way to store information according to standards that ar
e elaborated with the
knowledge of a competition, as well as the efficiency and speed of access codes and the retrieval
of this information from long
-
term memory, corresponds to the Specialized Memory Theory
(WILLIAMON; EGNER, 2004). Standards in musicians
and dancers are a sound
-
motor
association, while according to (NOICE; NOICE, 2001), in the actors the process is external.
In the analysis of the text, the dramatic intentions are distinguished, a storage unit is assigned
and the work is done during rehea
rsals in which the actor must be involved emotionally.
As the memorization process progresses, either in the individual study or in the trials,
an opening of attention occurs. Without losing focus on the main task when monitoring it, the
interpreter pays a
ttention to more than one stimulus or activity at the same time. The actors
interact with the rest of the cast, with the scenographic objects and with the scenic space itself;
the musicians follow the conductor and hear the different musical voices synchro
nizing with
them; and the dancers become aware of their positions and spatial displacements while
integrating into the dance body. Group awareness and teamwork are essential to achieving
interpretive perfection.
When you get to the stage, all these aspects
are so internalized having worked
exhaustively during rehearsals that, the performers are prepared to solve any human failure that
arises during the performance without the audience noticing any anomaly. The ability to process
information quickly and auto
matically, as well as the ability to adapt to changing situations are
other skills that are fostered with dedication to the performing arts.
The proliferation in recent years of research that from the perspective of neurosciences
endorses the development o
f the brain and cognitive abilities of the performing arts, especially
music, serve as an argument to defend its inclusion in education (PEÑALBA, 2017). Only in
the field of music can we find studies that relate the learning of an instrument with the
devel
opment of skills such as auditory perception, visual memory, planning, processing speed
or cognitive flexibility (HILLE; SCHUPP, 2015); verbal comprehension and fluency, spatial
cognition, cognitive flexibility, perceptual velocity, reasoning, numerical co
gnition or memory
(HELMBOLD; RAMMSAYER; ALTENMÜLLER, 2005). In particular, the relationship
between memory development and music has aroused great interest among researchers:
(HANSEN; WALLENTIN; VUUST, 2012), (JAKOBSON; LEWYCKY; KILGOUR;
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STOESZ, 2008), (LE
E; LU; KO, 2007), (RIBEIRO; SANTOS, 2012).
The examples of neuroscientific publications in which the cognitive abilities of
musicians and non
-
musicians are compared are numerous and, in my opinion, generalists in
terms of the definition of musicians themse
lves, since it covers from children who attended
classes of some instrument, adults who at some point in their training studied music, students
of the conservatory superior to professional musicians. Although this topic needs a careful
review, we can find
a quantitative analysis of neuroscientific research related to music
published between 2005 and 2010 in (PETERSON, 2011).
In the present work, it is not so much intended to justify the presence of the performing
arts in education for the cognitive skills
they develop, but to make available to teachers and
students, a series of activities focused on promoting these skills that, from the neuroscientific
point of view and my experience in the performing arts, are improved. The germ of some of
these activities
comes from the theatrical formations directed by Hassane Kouyaté, an actor in
the company of Peter Brook, who later adapted to teaching in the classroom and taught both in
teacher training courses and in the graduation in Educational Sciences. The proposa
ls have
musical, dance or theatrical touches, always framed in a playful context.
Ten activities are proposed and in each of them it is indicated for which aspects is
intended: memory (auditory, visual), attention (focused attention, divided attention, inh
ibition
and motorization), reasoning (planning, processing speed, response time and cognitive
flexibility) perception (auditory perception, recognition, visual perception, visual digitization
and spatial perception) and coordination.
For the proper
functioning of the activities, it is advisable that the number of participants
varies between 8 and 12. Although there is no upper age limit to enjoy these proposals because
they are accessible to children, young people, adults and the elderly; the age to
start, although
there are always exceptions and adaptations can be made, would be at least at 7 years.
Activities
Activity I
Divided attention, inhibition, active listening of the team and problem solving.
Students stand in a row, side by side, but wit
hout physical contact and look forward.
Without any sign they have to get off the line by taking a step forward one by one. If more than
one exit at a time everyone goes back to the line and starts the activity again. Once they managed
to get off the line
without matching, the game resumes and this time they have to leave two for
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two. Progressively the number of people who have to leave at the same time will increase, 3, 4,
5 ... until they can take a step forward all together. With this activity, group lis
tening is worked
and the premise "I don't want to, but I can" is put into practice. That is, for any teamwork,
decisions or proposals cannot be imposed without first assessing whether the environment of
the whole is in accordance with the proposal. In this
activity, if the disposition of the comrades
has not been previously heard, the unilateral decision to take the step forward cannot be taken.
But at the same time, you have to have the flexibility and speed to act so that when, for example,
the guideline
is to leave three by three and it is observed with the peripheral look that only two
leave the line, to quickly join in favor of the team and the game. Similarly, you have to be able
to inhibit the will to get out of line if the necessary participants have
already advanced. Also,
you have to have the ability to make decisions and not always expect others to take the step
forward. In this game, the different functions that are usually adopted in teams are clearly
outlined: those who are always willing to col
laborate to solve a situation, those who impose
their opinions without listening to the group, those who never risk, leaders who when they make
a decision always have the support of everyone and those who are able to evaluate the ideal
time to launch their
suggestion while they are always willing to collaborate for the sake of the
group.
Activity II
Divided attention, inhibition, active listening of the team, spatial perception, visual
scanning and short
-
term auditory memory.
The first phase of this act
ivity is similar to the previous one only that the distribution of
students varies. All members of the group walk through the classroom occupying the entire
space and avoiding circular formation. One by one and without matching, they stop until no
one else
is on the move. Once the whole group is still, without any prior notice, they resume
the march one by one and without coinciding with another participant. To this activity in which
we rework attention, inhibition and group listening, we will add short
-
ter
m auditory memory,
digitization and spatial perception. The mechanism is the same: the whole group walks through
the classroom and when one by one they stop they say objects that are in the classroom without
repeating. When resuming movement one by one, th
ey have to
renumber
the objects not being
able to mention what they said in the previous sequence.
Thus, they develop the visual scan when searching for objects in the environment,
expand the visual perception having to be attentive to the movements of their classmates when
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locating the objects and occupy the entire space of the classroom avoiding the t
endency to walk
in circular formation, increase the listening of the group so as not to make the decision to stop
or start unilaterally without taking into account the rest of the members, they learn to inhibit
impulsive actions that are to the detriment
of the team and put into operation the memory to
remember the objects that were cited both not to repeat them and to name them again when
returning to the movement.
This activity can be used to learn content from different subjects. For example, citing
So
uth American countries during the sequence in which they stop and their capitals when they
resume the movement, preventing the same person from saying the capital of the country he
previously named. It is advisable that the topic to be discussed is not so
complicated that
students focus their attention on the subject and neglect the rest of the aspects, starting to walk
in a circle, coinciding in the parade with other people, or repeating words that have already
been cited. If this happens, a simpler option
is made, such as quoting words that begin with a
certain letter or listing objects from a known environment, etc. It is important that the chosen
theme be communicated to them when they are already walking or when they are all at rest so
that they do not
have time to prepare their word, thus implying in the activity the processing
speed and response time.
Activity III
Auditory perception, recognition, divided attention, processing speed and response
time.
Participants are circled. Without a specific ord
er, each of them says a word about a
particular subject, for example, mammalian animals. As in the previous proposal, topics can be
chosen according to the content of other subjects, but always preventing your difficulty from
canceling the performance of t
he activity. The series is practiced several times remembering
the order of intervention of each participant until it is performed with a certain fluidity and
speed. We then start with a new series on another theme, such as fruit types. Again, randomly,
th
e work order is established avoiding that of matching that of the previous series, and the
sequence is repeated until a certain ability is achieved. This is the time when the first series is
retrieved simultaneously for both. The goal is to recognize the s
timulus, that is, the word that
precedes our intervention, and continue the series as soon as possible. As there are two series
at stake, attention should be directed to two different stimuli. Once a certain comfort has been
achieved and the two series are
maintained for a considerable period of time with agility, we
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add a new one in a different theme. The activity does not have a serial limit, but will depend on
the arrangement and characteristics of the group. This activity, like the rest proposed here, i
s
not a final goal, but a learning process. The goal is not to make the game right the first time or
judge the participants by their mistakes, but to achieve with the practice and repetition of the
activities that the performances are improving. In fact, o
nce the game is done comfortably it
should be discarded because it has no more interest. Thus, returning to the activity in question,
a group that at first may present certain difficulties to maintain two series simultaneously, can
end up combining five. C
onsider that as the number of series increases, we also involve memory
having to remember more and more words that act as stimuli to our intervention. It is common
that when the difficulty increases, body tension is generated in the participants, which is
highly
counterproductive, since an instantly blocking occurs that inhibits any ability. You have to
control this effect by trying to relax between games and creating an environment in which
frustration and opinions among participants are avoided. It is pre
ferable to decrease the
difficulty of the activity before discouragement instills the classroom.
Activity IV
Perception and memory.
This activity is done in pairs, one acts as a guide and the other remains all the time with
its eyes closed. The driver walks with his partner holding his hand across the room and shows
him objects and people he has to recognize by touch. Once the tour is
over, the participant who
kept his eyes closed has to list the people and objects
he has groped
. It is advisable that this
activity be carried out by a single couple at a time to avoid accidents and for the rest to witness
the successes in recognition. Onc
e all couples have enjoyed the experience, the roles are
exchanged. With this game, we foster trust among colleagues by activating tactile recognition
and exercising memory.
Activity V
Auditory perception and discrimination, inhibition and processing sp
eed
.
This activity is a continuation of the previous one, since the pattern of double work is
maintained where one of the participants cannot use the sense of vision. Each of the couples
will choose a sound that can be, vocal, body, coming from an object o
r even, if available in the
classroom, a musical instrument, thus taking advantage of the activity to recognize and
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differentiate different timbres. Participants with their eyes closed are placed at the starting line
of a linear path that they have to comp
lete. It is preferable that the displacement is carried out
by crawling on the floor to avoid mishaps. Each of the participants can only move when the
stimulus he has previously agreed to with his partner sounds. Partners who emit the sound will
not be abl
e to do so continuously, but will have to produce the stimulus concisely and clearly,
making sure that their partner is receiving the signal accurately, while they must make the
appropriate decision to continue or momentarily stop the stimulus to prevent t
heir partner from
colliding with other participants. To develop trust in pairs, the driver has to take responsibility
for the well
-
being of his partner. All couples play at the same time and once the tour is
completed the roles are exchanged. With this gam
e we will develop auditory perception and
discrimination while the guide develops its speed of reaction and inhibition of actions that are
not in accordance with what is expected when one has to adapt to a changing environment.
Activity VI
Speed of proc
essing and response, inhibition, monitoring, auditory memory, perception,
auditory recognition and discrimination, planning and cognitive flexibility.
Following the line of the two previously proposed activities, the pattern of playing in
pairs with one of
the participants with their eyes closed is maintained, but this time the activity
is performed by a single couple in each turn. A route is built on the ground with small obstacles
to overcome (passing over a backpack or under a table) and different direct
ions that can be
taken preventing the trajectory from being linear. Each pair projects a sound code that responds
to all the movements that must be made to complete the route: forward, backward, turn left,
turn right, turn right without moving to the right
and left, raise a leg to overcome an obstacle,
advance laterally to the right and left, get down to pass under an obstacle, sit or stop
immediately.
The choice of sound to be assigned to each movement is essential to comfortably execute
the route. The sou
nd source has to be easy to differentiate, execution has to be simple to be
precise and the complete code has to be simple to memorize to avoid confusion from both
sender and receiver. Each pair will have time to design, memorize and practice the code and
its
movements, first with their eyes open and then closed. When the participants are ready, the
receiver with his eyes closed at the head of the route and the sender at a fixed point in the
classroom that he will not be able to leave to give any kind of in
dications.
With this activity both are developing planning skills and auditory memory. The person
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who will make the trip with his eyes closed will increase his auditory perception by having to
recognize the sound codes and respond with the assigned movemen
t. On some occasions, the
simple fact of closing the eyes and being attentive to the auditory stimulus, causes the
participant to become disoriented, paralyzed or begin to confuse stimuli. At this point, the
sender's ability to react is critical to solving
the situation and its processing and response speed,
its inhibition ability and its cognitive flexibility will come into play. If the sender notices that
the receiver has confused one signal with another, he or she can quickly vary it by adapting to
the e
rror, or instruct him or her to stop immediately and continue slowly. In any case, make
a
decision and monitor yourself to detect if the error comes from its issuance, as it can also
confuse the codes. To avoid being angry with each other, blaming each oth
er and instead of
resolving the confusion, before starting the activity it should be emphasized that the resolution
of the conflict needs both parties.
Activity VII
Memory, perception and visual scan.
This activity is performed individually by the parti
cipants. All but one are placed in a
row. The partner who is out of training has to memorize the position of each of the members.
After a few moments and out of sight of the observer, they redo the formation with another
order between them. The mission of
the participant who is playing is to redo the line with the
original order. If we want to relate this activity to art, instead of forming a line, the characters
and their positions within a given painting would be reproduced. Similarly, the characters in
t
he painting would swap their roles and positions and the observer participant would have to
re
make
them to their original posts. In both cases, with the line or with the painting, visual
perception and scanning, as well as visual memory would be worked. On
ce all students have
experienced the activity, their difficulty could be increased by having to reconstruct two lines.
They are distributed in the first formation, the student who is out memorizes, they are
rearranged into a second row that is memorized ag
ain and they build a third with new positions.
The student will have to rebuild the first training first and then the second.
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Activity VIII
Divided attention and coordination.
In this activity they have to create a story among all while
performing a sequence of
four movements: lying on the floor on their backs, sitting, lying face down and standing.
Sequence movements can be varied for each occasion. The participants form a broad circle in
which everyone has eye contact with each other an
d with the master of ceremonies, which is
the role that one of the randomly chosen students has to play and which other classmates will
perform in the successive stories. Everyone has to follow the master of ceremonies who will
change position at will. Mea
nwhile, at a certain point in the circle, a story begins to be told that
will be transformed and created as it passes through all participants. In no time can you
simultaneously stop the story with the movements of the sequence let alone at the turn of the
creation of the story.
Activity IX
Attention and memory focused.
Participants are listed from one to ten and a body
-
based rhythm is established for the
whole set: two leg blows and two slaps, i.e., four blacks on a four
-
by
-
four compass. It is
important that the rhythm is simple so that the pulse remains constant and doe
s not accelerate
when attention is diversified. Students move around the room, avoiding walking in a circle and
performing this rhythm. At a certain point they begin to be called one by one with the numbers
that were previously assigned as follows: the num
ber itself is made to match the blows on the
legs and the number of the person you want to call is said at the same time as the tapas. For
example, if number 1 wants to call 7, it would say, "one, one, seven, seven." And the number
called would answer by c
alling in turn another: "seven, seven, two, two" and so on until
someone neglects your attention and fails. The person who failed is eliminated without saying
what number he had, forcing the rest of the participants to stay tuned and remember the numbers
o
f all teammates and, above all, those who are eliminated, since if when resuming the game, an
eliminated player is called the player that the player also has to leave the game. As can be seen,
the difficulty increases inversely proportional to the number o
f participants and again it will be
necessary to control the state of body tension that will become evident through an increase in
the speed and intensity of the rhythmic pattern. The increase in these two parameters
complicates the activity because, on th
e one hand, it implies a higher speed of response and, on
the other hand, if the volume grows excessively, students stop clearly hearing who they are
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calling.
Activity X
Divided attention, memory and auditory perception.
This activity requires two more
preparations. First, we will work on the ability to listen
to and serve more than one conversation at a time. One participant is placed in the center and
on each side two people begin to speak freely. After a maximum of one minute, the participant
located
in the center has to tell everything that his colleagues have told. When everyone has
experienced two conversations, the number of people who speak simultaneously without limit
of conversationrs is progressively increased. In this activity we are developin
g divided attention
and memory to be able to retain the basic information of each of the conversationalist.
The second phase of the activity consists of maintaining a rhythmic dialogue in pairs.
One of the two proposes a small rhythmic sequence that the ot
her repeats and vice versa. On
the next corner, the one who has just repeated proposals and his partner imitates. The result
should be a continuous dialogue without pauses of two people proposing and repeating rhythms.
Once the previous two phases have be
en carried out, the participants will be grouped
four by four. It is advisable that the quartets follow each other and that they do not perform the
activity at the same time. Within the group, a couple will maintain a rhythmic dialogue as they
have practic
ed before, while the other couple's goal is to interfere in this communication by
speaking without interruption each one freely. After a maximum of one minute, the couple who
maintained the rhythmic dialogue have to be able to relate what their other two c
ompanions
were talking about. If it is very difficult for the two speakers to speak at the same time, it can
first be done with only one to increase the number over time. All participants should experience
the different roles to experience the diversity of
stimuli they will receive. On the one hand,
rhythmic ones, who will remember only the time needed to reproduce them; and, on the other
hand, the information of the conversationars who have to memorize until the activity ends. In
addition, they have to com
bine this diversity of attention and memorization, with the creation
of a new rhythm every time they have to propose in dialogue.
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Final Considerations
Currently in Spain, the performing arts are not part of the Basic Education curriculum,
so their lear
ning and
enjoyment are
linked to a series of socioeconomic conditions of the
student's environment: from the interest of families for these extracurricular activities, logistical
issues to economic aspects that allow investment in the materials needed for
their performance.
The proposed activities aim to share through play the own skills that are developed with
the practice and learning of dance, music or theater with the entire educational community;
while enhancing and
enhancing these skills
in children
who study performing arts
in a
extracurricular way
.
The continuation in the near future of this work would be to implement the activities
that were reflected here as a pilot experience in school
-
age children. Reach agreements with
public institutions to co
nduct a longitudinal study to analyze the impact of the intervention
comparing cognitive performance before and after stimulation. For this, all families and
children from the identified institutions would be invited to participate, randomly establishing
a
control group and an intervention group; and a battery of cognitive tests would be developed
that would serve as an evaluation tool before and after the intervention.
A positive result would detest the effectiveness of the proposal, while a negative woul
d
support the need for the presence of the performing arts in basic education for the development
of certain cognitive abilities.
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his article
BARBA DÁVALOS, M
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:
10/09/2019
Revisions required
:
01/10/2020
Approved
:
30/04/2020
Published
:
01/12/2020