RESPONSABILIDAD SOCIAL UNIVERSITARIA EN TIEMPOS DE PANDEMIA: MIRADA DESDE LA FUNCIÓN DOCENTE (UNIVERSIDAD DE ANTOFAGASTA – CHILE)
UNIVERSITY SOCIAL RESPONSIBILITY IN TIMES OF PANDEMIC: VIEW FROM THE TEACHING FUNCTION (UNIVERSITY OF ANTOFAGASTA – CHILE)
Oscar ROJAS1 Marlenis MARTÍNEZ2
Amely VIVAS3
RESUMEN: El presente artículo tiene como objetivo analizar la responsabilidad social universitaria en tiempos de pandemia, mirada desde la función docente en la promoción del autocuidado de los estudiantes. Para ello se utilizó un enfoque cuantitativo y diseño no experimental transeccional-descriptivo. Los participantes fueron 85 docentes de la carrera de pedagogía en educación básica de la Universidad de Antofagasta. Se aplicó muestreo
probabilístico intencional y se utilizó cuestionario con escalamiento tipo Likert. Los resultados demostraron que los docentes manejan la responsabilidad social universitaria en tiempos de pandemia, sin embargo, necesitan fortalecer la promoción del autocuidado en los estudiantes y el manejo del conocimiento sobre pandemia con herramientas poderosas de cuidado, protección y resguardo para la vida. Los hallazgos encontrados permitieron concluir que los docentes deben promover estrategias de promoción del autocuidado, tales como el uso de podcast, vodcast, videos y cápsulas educativas que acceden a la comprensión de la pandemia COVID-19.
PALABRAS CLAVE: Responsabilidad social. Tiempo. Pandemia. Docente.
ABSTRACT: The This article aims to analyze university social responsibility in times of pandemic, viewed from the teaching role in promoting student self-care. For this, a quantitative approach and a non-experimental transectional-descriptive design were used. The participants were 85 teachers from the basic education pedagogy at the University of Antofagasta. Intentional probability sampling was applied and a Likert-type questionnaire was used. The results showed that teachers handle university social responsibility in times of pandemic, however, they need to strengthen the promotion of self-care in students and the management of knowledge about pandemic with powerful tools for care, protection and safeguarding of life. The findings found allowed to conclude that teachers should promote self-care promotion strategies, such as the use of podcasts, vodcasts, videos and educational capsules that access the understanding of the COVID-19 pandemic.
KEYWORDS: Social responsibility. Weather. Pandemic. Teacher.
A educação está recebendo influências de diferentes organizações, instituições e outros entes, com o propósito de proporcionar respostas às exigências da globalização. A mesma é reforçada e impulsionada estritamente pelos avanços tecnológicos nas comunicações, no transporte e nos meios de transmissão de informação (GARBANZO, 2015). Trata-se de avançar, a partir do âmbito individual, em direção a contexto de responsabilidade, reflexão e produção, semeados na edificação coletiva de práticas epistemológicas do pensamento em cenários multireferenciais, enquadrados na formação de uma ética da razão que possibilite articular nos diferentes saberes de forma não reducionista.
Do mesmo modo, dá lugar à promoção da cosmovisão da humanidade em articulação com novas ideias, diálogos e vinculadas com a responsabilidade de criar um futuro mais solidário.
É desse modo que países da Ibero-América, tal como se apresentou no Congresso Ibero-americano de Educação no ano 2010, visualizam as diferentes experiências de participação na América Latina, assumindo que a colaboração vai além das salas de aula, em outras palavras, o espaço social permite desenvolver situações democráticas participativas
(ARANCIBIA; QUINTERO, 2010). No entanto, a pesar de tais evidências, a contribuição social na educação constitui um campo em construção abarrotado de práticas que não conseguem se normalizar e acessar a complementação por meio de construtos teóricos para analisar a participação social na educação como um fenômeno complexo.
Com efeito, a educação como instrumento para chegar a sociedades com uma democracia mais firme requer que a sociedade busque se fazer mais equivalente ou igualitária no compartilhamento de bens, na qual exista uma conexão com o social, educacional, político, econômico, se superem os obstáculos e se firmem comportamentos proativos, efetivos e eficazes no desenvolvimento humano.
Por conta disso, grandes pesquisadores, em diversos países do mundo, têm se debruçado e realizado estudos sobre a responsabilidade e em cada uma delas, em maior ou menor proporção, propondo linhas ou estratégias em função de dar cumprimento às mesmas (SEVERINO; MEDINA; PUJOL, 2018). No entanto, é importante delimitar que, possivelmente, o que mais afeta a aplicação da responsabilidade em qualquer empresa ou instituição, desde o ponto de vista interno e externo, é representado por fatores econômicos, sociais, culturais, ambientais, políticos, tecnológicos, entre outros.
A gênese do conceito de RS (responsabilidade social) não está exatamente precisa, ou seja, os estudiosos, pesquisadores e especialistas não acordaram muito bem em seu princípio, mais especificamente relacionado a quando e onde se originou (PÉREZ; ESPINOZA; PERALTA, 2016). É possível que isso se deva a diferentes correntes de conhecimento de fontes econômicas, políticas, sociais ou filosóficas que tem influenciado no progresso e exposição sobre este tema no devir da história. No entanto, existe um grande número que considera que a responsabilidade social se origina acerca do âmbito empresarial.
Por tanto, o mais próximo da definição de RS é representado na maneira de firmar compromissos nos quais se tenha em conta a relevância social, ambiental, econômica e política de uma instituição; integrando princípios e valores nos trabalhadores, comunidades e no entorno no qual se encontra imersa (MONTAÑEZ; GUTIÉRREZ, 2015).
Desse modo, a Responsabilidade Social (RS), forma uma prática fundamental na gestão do procedimento moral e diáfano em qualquer instituição (GÓMEZ; ALVARADO; PUJOLS, 2018). Deve ser um princípio obrigatório para as organizações educacionais, sejam de caráter público ou privado, razão pela qual se requer processos complexos de incorporação de tudo relacionado aos âmbitos acadêmicos, convivência, autocuidado, entre outros.
A RS está em voga, não somente no mundo empresarial, mas também a nível universitário. É um termo bastante novo e uma complexa de delimitar, razão pela qual
envolve muitos atores de diferentes horizontes e interesses. Teve seu início nas empresas, a mesma começa a se expandir até os anos sessenta, especificamente em países de língua inglesa como Estados Unidos, Canadá e Reino Unido. A RS empresarial “é como a forma de fazer negócios gerando impactos positivos para a sociedade e o meio” (SEPÚLVEDA; URRUTIA, 2013, p. 9). Em outras palavras, é a maneira como uma empresa se projeta na sociedade e o entorno na qual se encontra ancorada e, consequentemente, representa a suposição moral ou filosófica através de um gestor, companhia, instituição ou sujeito que tem a responsabilidade de melhorar o destino da humanidade.
Nesta ordem de ideias, a Responsabilidade Social Universitária (RSU) transcende em seu trabalho, em suas reflexões e diálogos acadêmicos em função de vincular a comunidade com o contexto no qual se encontra ancorada (HERNÁNDEZ; MORA, 2016). Ou seja, é responsabilidade da universidade de alcançar ou mediar o bem-estar de todos seus integrantes e ser estendida à comunidade-sociedade. Do mesmo modo, mantém uma definição mais extensa, razão pela qual deve conduzir ou se apropriar da comunidade universitária como uma maneira de empreender seu trabalho de gestão e excelência educacional. (ALDEANUEVA; ARRABAL, 2018).
Com efeito, a RSU tem a capacidade de promover e situar a práxis de um conjunto de princípios e valores ético-morais através dos processos de gestão, docência, pesquisa e extensão; assumindo responsabilidades diretas em sua organização, no contexto, na região e no país no qual se encontra (VALLAEYS; ÁLVAREZ, 2019). A RSU representa diferentes elementos que são relevantes, entre eles: o compromisso cívico, estudantes ativos, voluntariado, o fomento da colaboração ambiental, o fortalecimento das comunidades, a otimização do processo ensino-aprendizagem, a convivência, o autocuidado dos estudantes ou outros aspectos importantes no desenvolvimento da verdadeira responsabilidade. Ademais, simboliza a capacidade de fomentar valores por meio da gestão responsável, indagação e participação de todos os entes (GÓMEZ; ALVARADO; PUJOLS, 2018).
Como consequência, a RSU desde a função docente, o professor cobra bastante significado no desenvolvimento das atividades de docência, pesquisa, extensão e gestão. Especificamente, a docência concerne com a utilização de transmissão de conhecimentos e metodologias de ensino aos estudantes no contexto universitário (BUENESTADO, 2019). Em outras palavras, a docência não se fundamenta somente em estar em uma sala de aula com estudantes, mas deve se estender para além da sala de aula na qual envolva ativamente aos estudantes em outras tarefas que se encontrem no entorno no qual se desenvolve.
De igual maneira, a função docente está relacionada ao contexto histórico, ambiental, social, de saúde, de autocuidado e de cada uma das atividades que se levam a cabo na universidade, dentro e fora dela; cumprindo diversos papéis que o induz a serem pesquisadores, dados e gestores da aprendizagem dos estudantes.
Com efeito, a função docente, em tempos de pandemia, deve estar enfocando as ações que deve guiar na promoção da saúde dos estudantes, ou seja, em contextos virtuais deve gerar atividades que conduzam o autocuidado dos alunos, familiares, entre outros. A RSU se apresenta como uma nova maneira de acionar e de se comportar de maneira fluida e direta do docente em relação ao âmbito acadêmico, nestes tempos de crise sanitária. De igual maneira, o compromisso dos profissionais da docência, nestes momentos, deve se direcionar a proteção da sociedade como aspecto dominante e imperativo ético no trabalho docente (GAETE, 2020).
Efetivamente, a RSU, enfocada desde o ponto de vista da função docente vem dada porque se faz necessário transformar o pensamento dos estudantes em função de enfrentar a crescente complexidade, a rapidez das transformações e a pouca projeção que o mundo determina. Por tanto, cabe reconstruir o conhecimento, lançando por terra estruturas esquemáticas antigas e ir unindo novos eventos de pensamentos humildes, sinceros, críticos, participativos e cuidados de maneira integral da saúde física e mental dos estudantes em cenários transitórios.
Partindo do exposto anteriormente e tendo em vista os últimos acontecimentos a nível internacional quanto à gênese e revolução relacionada com a Pandemia COVID-19, que trouxe consigo transformações, mudanças de conduta, estilos de vida diferentes em cada um dos indivíduos e, em especial, no funcionamento das universidades. Disso que, o afrontamento dessa pandemia está pondo à prova a capacidade do acomodo de maneira própria e coletiva na vida das pessoas; uma vez que muitas transformações se deram por conta dessa crise e seu impacto social na promoção de comportamentos frente esses novos cenários (ESPADA; ORGILÉS; PIQUERAS; MORALES, 2020).
Por tanto, a RSU em tempos de crise ou pandemia, a qual veio a modificar abruptamente todos os cenários aos quais se estava acostumando (CEBALLOS, 2020). Algumas instituições, em especial no âmbito da Universidade, a mesma cobra maior relevância e impacto, razão pela qual se tem tido que se valer de muitas ações, estratégias, técnicas e ferramentas tecnológicas para continuar com as funções de docência, investigação e extensão. Tais ações são realizadas para proteger as remunerações de seus professores, a continuidade na formação dos estudantes, a pesquisa e a extensão de todas suas atividades, ou
seja, no momento de agir rápido e fortalecer a sustentabilidade e seguir em frente (RAMÍREZ, 2020).
Com isso, as universidades chilenas não fogem da situação posta, razão pela qual a RSU cobra maior auge para poder lidar e funcionar da maneira mais eficiente possível no processo educacional; considerando-se um elemento fundamental na formação dos estudantes, com o objetivo de fortalecer os processos relacionados no compromisso dos docentes, capacidade para responder aos problemas sociais, ambientais, econômicos e sociais dentro e fora da instituição aplicando, para isso, a função docência universitária frente à crise sanitária pela qual o país passa devido à COVID-19.
Neste sentido, a interrupção das aulas presenciais em todo o território chileno na qual aceleradamente foi implementada a educação à distância ou remota (BELLEI; MUÑOZ, 2020), representou um desafio para os educadores das universidades, especialmente a Universidade de Antofagasta, Região Antofagasta nos cursos de pedagogia da educação, nos quais os docentes se depararam com a necessidade de direcionar suas atividades a partir de outro ponto de vista. Ou seja, os professores precisaram efetuar cursos online dos conteúdos das disciplinas, sem a mínima preparação, formação, planejamento ou realidade (CEA et al., 2020). Tudo isso tem provocado uma serie de situações que o professor deve de enfrentar e dar continuidade ao processo de ensino-aprendizagem.
Navarro do Instituto de Ciências da Educação da Universidade de O’Higgins, citado por Sepúlveda (2020), advoga que os processos de ensino e aprendizagem realizados em aulas virtuais são externos aos aspectos afetivos e emocionais dos estudantes. Neste processo de transição que se está vivendo, muitos estudantes estão passando por momentos de angústias e intranquilidade por diversas razões, entre elas, angústia pelo contagio, riscos de contágio com seus familiares, o isolamento em suas casas e autocuidado.
O autocuidado representa um aspecto relevante e significativo em temos de pandemia, razão pela qual os professores, por meio da utilização das ferramentas tecnológicas e a responsabilidade social, podem gerar a prevenção e promover o cuidado dos estudantes e conseguir cenários de bem estar e promover uma adequada saúde (GOBIERNO DE CHILE- MINISTERIO DE SALUD, 2020). O autocuidado tem sua origem na saúde pública, especialmente a partir da práxis da enfermagem. O mesmo se define como aquelas ocasiões que os sujeitos efetuam a fim de promover a saúde, enfrentar padecimentos, mal-estares e sofrimentos ante qualquer situação de pandemias, doenças ou catástrofes (OLTRA, 2013).
Com efeito, a partir da função docente se devem gerar ações preventivas de autocuidado aos estudantes frente à pandemia da COVID-19, onde em uma interação contate-
participativa virtual existam as medidas de prevenção, tanto afetivas, emocionais e de cuidado geral de seus familiares, amigos e comunidade.
Diante do exposto, o presente artigo tem por objetivo analisar a responsabilidade social universitária em tempos de pandemia, com um olhar para a função docente especificamente na promoção do autocuidado dos estudantes; gerando ações ou atividades que contribuam com o bem estar, o autocuidado frente à crise sanitária e o compromisso responsável para com os alunos.
O estudo se debruça sobre a importância deste tema, em tempos transitórios, levando em conta que os profissionais da docência devem ter a oportunidade de aplicar a responsabilidade social universitária com os estudantes no autocuidado e seja extrapolada a seus familiares com o cuidado com a saúde, bem estar e prevenção frente a uma pandemia que trouxe desacertos, incertezas e pouca profundidade no tratamento e medicação para sua propagação. Do mesmo modo, surge o seguinte questionamento: Qual é a responsabilidade social universitária em tempos de pandemia, sob o ponto de vista da função docente especificamente na promoção do autocuidado dos estudantes dos cursos de pedagogia em educação da Universidade de Antofagasta-Chile?
O estudo se enquadra como uma abordagem quantitativa, na qual reflete sobra a amplitude e profundidade do conhecimento investigativo; buscando medir todos os elementos que se encontram no objeto de estudo, com a finalidade de descrevê-los, analisá-los e interpretá-los (ARIAS, 2016). Em outras palavras, o presente artigo é representado pela responsabilidade social universitária em tempos de pandemia e a função docente, o que se inscreve nos elementos relacionados com a variável e indicadores do estudo.
O desenho do estudo se enquadrou em uma pesquisa não experimenta transicional- descritiva porque se observa o contexto no qual ocorrem os fatos sem ter nenhum tipo de manipulação das variáveis e realizando a abordagem de uma determinada população em um grupo de pessoas (HERNÁNDEZ; MENDOZA, 2018).
Os participantes constituídos por 85 docentes nos cursos de Pedagogia em educação Básica da Universidade de Antofagasta, localização da comunidade de Antofagasta, Região de Antofagasta-Chile. De igual forma, foi utilizada uma amostra nas probabilidades intencionais porque dependeu da intenção do pesquisador de questionar a responsabilidade
social em tempos de pandemia a partir da função docente no autocuidado dos estudantes de tal curso.
Com efeito, o confinamento dos profissionais da docência tem gerado fatores negativos causados pelo isolamento e a luta diária através da implementação de ferramentas de apoio psicoemocional e resolução de conflitos, tanto pessoais como a mediação de problemas pelos alunos. É importante ter em conta que a mostra selecionada tem características muito similares, razão pela qual os docentes dão aulas na área educacional e todos se encontram em confinamento.
O instrumento empregado foi um questionário com escala tipo Likert, na qual foram colocadas afirmações e solicitado aos sujeitos que expressassem sua reação, selecionando uma das três categorias de respostas: De acordo (DA, 3), Neutro (N, 2) e Em desacordo (ED, 1) (HERNÁNDEZ; FERNÁNDEZ; BAPTISTA, 2014), com um total de 9 perguntas na qual as ponderações altas mostram uma atitude mais positiva às respostas emitidas nas categorias. A aplicação do mesmo foi no mês de abril de 2020.
A validação do instrumento foi realizada através da análise de conteúdo por três especialistas em metodologia, estatística e especialista em responsabilidade social universitária, que concordaram que o questionário estava de acordo com o estudo das variáveis. Em seguida, um teste piloto foi aplicado a 20 professores, via e-mail, que não pertenciam à amostra do estudo e tinham as mesmas características. Da mesma forma, foi utilizado o coeficiente alfa do Cronbach, obtendo-se um valor de 0,93, que é considerado confiável.
Tendo em conta o confinamento dos professores da Universidade de Antofagasta, uma convocação para duas reuniões virtuais foi enviada via e-mail através da plataforma zoom, a primeira foi para informar sobre a justificativa, objetivos e intenção da pesquisa, ao final da qual a amostra selecionada se comprometeu a participar da aplicação do instrumento.
Na segunda reunião, foram estabelecidos o consentimento, a ética e as instruções para responder ao instrumento enviado através da referida plataforma; uma vez que as diretrizes foram acordadas, os professores responderam voluntariamente aos itens. Da mesma forma, a tabela e o gráfico foram preparados, onde os itens foram analisados por indicadores: responsabilidade social universitária, Pandemia COVID-19 e autocuidado.
Os resultados obtidos no indicador de responsabilidade social universitária podem ser vistos na Tabela 1, dos quais 80,39% dos professores consideram ter uma atitude favorável à gestão da responsabilidade social universitária, a partir da função docente em tempos de pandemia, administram o ensino de valores éticos e morais para a proteção pessoal-familiar e consideram que a responsabilidade social universitária permite uma abordagem sócio-afetiva com os estudantes. Entretanto, 11,37% expressaram uma atitude desfavorável à responsabilidade social. De fato, a responsabilidade social da função docente deve ser dada de forma holística e concatenada na promoção social de noções moralistas na transmissão do conhecimento responsável (JOEDA, 2013).
Com relação ao indicador da pandemia da COVID-19, a Tabela 1 mostra que o número médio de respostas foi de 83,5% de atitude desfavorável em relação à motivação dos estudantes na investigação sobre a pandemia da COVID-19, além de manter o estudante permanentemente informado sobre a pandemia e, a partir da função de ensino, a promoção do conhecimento e da participação em atividades inerentes às medidas preventivas. 9,4% mostraram uma atitude favorável às atividades descritas acima.
A Organização Mundial da Saúde implementou ações para iniciar o autocuidado e o distanciamento social entre os indivíduos, buscando alternativas de prevenção para que a pandemia possa se espalhar ou de outra forma reduzir o contágio (MONTENEGRO, 2020).
Da mesma forma, a Tabela 1 mostra o indicador de autocuidado cuja resposta média foi de 90,59% de atitude desfavorável em relação à articulação da promoção do autocuidado dos estudantes das aulas virtuais, a transmissão de conhecimento responsável no cuidado e proteção no físico e mental à pandemia COVID-19 e a implementação de ações na construção de respostas bem sucedidas para enfrentar os desafios envolvidos no autocuidado dos estudantes em tempo de pandemia. 4,3% demonstraram um ambiente favorável para as ações acima mencionadas. Este resultado contradiz a abordagem de Reyes (2019) quando ele expõe que o autocuidado representa ações que indicam uma boa prática de cuidado no indivíduo e assim geram um melhor bem-estar e qualidade de vida. Estes resultados foram representados no gráfico 1, onde podem ser vistas as médias obtidas nas respostas fornecidas pelos sujeitos de acordo com os indicadores pesquisados.
Indicador | De acordo (3) | Neutro (2) | Em Desacordo (1) | |
Responsabilidad Social Universitária | 80,39 | 8,24 | 11,37 | |
COVID-19 | 9,4 | 7,06 | 83,5 | |
Autocuidado | 4,3 | 5,1 | 90,59 |
Fonte: Elaboração própria
A partir dos resultados obtidos foi possível evidenciar que os professores do curso de Pedagogia na Educação Básica da Universidade de Antofagasta mantêm uma atitude bastante favorável ao reconhecimento da RSU, na qual a maioria reconhece a importância e relevância da mesma nas atividades educacionais em tempos de pandemia. Isto é bastante significativo para o presente estudo, uma vez que os educadores, apesar de estarem em situações de confinamento em suas casas, mostram atitudes positivas em relação ao desenvolvimento da RSU. Isto é apoiado pelo estudo do Gaete (2017), quando se refere que a RSU permite a gestão e resolução de problemas educacionais e sociais de forma eficaz e, assim, ser capaz de equilibrar seus compromissos responsáveis com estudantes e famílias.
Da mesma forma, o inquérito de Aldeanueva e Arrabal (2018) a RSU, é primordial para o desenvolvimento das comunidades nas quais estão ancorados e a partir daí desenvolver atividades que se encontram em benefício dos estudantes. Este aspecto é relevante em tempos de pandemia porque os professores devem se concentrar na emergência sanitária que está sendo vivenciada e ser capazes de mediar situações de colaboração, de forma responsável, com os estudantes e outros membros da família. Da mesma forma, a pesquisa realizada por Barajas, Benítez e Ramírez (2020) a RSU representa uma conscientização na mediação de problemas sociais apoiados por princípios éticos, a fim de garantir a organização, o trabalho eficiente, o bem-estar social e as ações em prol do bem comum de todos.
Por outro lado, os dados obtidos no indicador pandêmico COVID-19 mostram que a grande maioria dos professores tem uma atitude muito desfavorável em relação à motivação, informação e promoção da pandemia; evidenciando o pouco interesse dos profissionais de
ensino em promover estratégias de pesquisa relacionadas à crise de saúde que está sendo vivenciada atualmente e que está afetando inúmeros estudantes, seja pela abordagem do conhecimento dos efeitos, causas e consequências da pandemia sobre as pessoas e o ambiente no qual ela se desenvolve.
Com efeito, o estudo de Moya (2020), afirma que os riscos que correm com a pandemia da COVID-19 são bastante fortes e drásticos, para os quais é necessário manter, diminuir e reduzir os impactos que isso gera; para isso, é necessária a gestão integrada de todos os indivíduos, especialmente o campo educacional, na condução de ações que contribuam para a informação e gestão da doença.
A COVID-19 é uma questão de saúde e responsabilidade social, e aponta que a RSU se torna mais importante porque é preciso ter empatia e pensar em cuidar dos outros e este aspecto é essencial no nível educacional, estes são elementos que devem ser ensinados e promovidos no mundo virtual (VERA, 2020). Da mesma forma, as contribuições feitas pelo Cortés (2020) também são relevantes, indicando que, diante do surto da pandemia, que está aumentando a cada dia na vida dos cidadãos de todo o mundo, a disponibilidade de informações precisas, relevantes e verdadeiras sobre os efeitos, causas e consequências da pandemia COVID-19 é essencial. Em outras palavras, gerenciar um conhecimento adequado da pandemia com todos, especialmente os estudantes universitários, representa uma ferramenta poderosa para cuidar, proteger e salvaguardar a vida para hoje e para o futuro.
Finalmente, o indicador relacionado ao autocuidado, nos resultados encontrados evidencia que os professores carecem da promoção e disseminação do atendimento através de aulas virtuais; gerando, possivelmente, dar-lhes relevância aos aspectos sócio-afetivos na prevenção da saúde integral dos estudantes. Da mesma forma, Vera (2020), afirma que a prática do autocuidado como uma forma eficaz de gerar ambientes educacionais para salvaguardar a saúde; desenvolvendo habilidades e habilidades de cuidado emocional e físico do sujeito.
Da mesma forma, Escobar e Pico (2013) afirma que o autocuidado depende, em certa medida, da motivação que os estudantes universitários recebem de seus professores em termos de valorização, de forma permanente, dos cuidados com sua saúde e bem-estar que recebem no contexto em que se desenvolvem. Isso significa que as ações que o professor gera levarão ao bem-estar dos alunos. Também, Escobar, Franco e Duque (2011) aludem que os professores universitários são responsáveis por assumir o autocuidado dos estudantes como uma ação diária na tarefa educacional, ou seja, cabe a eles planejar atividades que beneficiem o bem-estar de suas próprias experiências.
As conclusões levam a compreender que os professores do curso de Pedagogia da Educação Básica da Universidade de Antofagasta lidam com o conhecimento da RSU, porém, precisam consolidar estratégias para promover o autocuidado, como o uso de podcast, vodcast, vídeos, cápsulas educacionais, entre outros que acessam o conhecimento da pandemia COVID-19 e como salvaguardar a integridade física, emocional e mental dos mesmos e podem ser extrapolados para suas famílias. É importante que os estudantes conheçam os cuidados como um ser, como um indivíduo diante de uma pandemia considerada incerta para permanecer em vidas humanas ou para ser erradicada nos próximos anos.
Com os resultados obtidos neste estudo, que não são determinantes, sugere-se continuar com novos estudos, com o objetivo de aprofundar mais a responsabilidade social do professor e as medidas sanitárias que devem ser dadas em tempos transitórios e de emergência; está diante de uma pandemia que não conhece um tratamento ou cura efetiva, portanto, é um assunto longo e meticuloso a ser investigado. Seria importante que outras universidades levassem em conta a análise desta pesquisa e que ela pudesse ser estendida a outros espaços educacionais.
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RESPONSABILIDADE SOCIAL DA UNIVERSIDADE EM TEMPOS DE PANDEMIA: UM OLHAR A PARTIR DA FUNÇÃO DOCENTE (UNIVERSIDADE DE ANTOFAGASTA – CHILE)
UNIVERSITY SOCIAL RESPONSIBILITY IN TIMES OF PANDEMIC: VIEW FROM THE TEACHING FUNCTION (UNIVERSITY OF ANTOFAGASTA – CHILE)
Oscar ROJAS1 Marlenis MARTÍNEZ2
Amely VIVAS3
RESUMO: Este artigo tem como objetivo analisar a responsabilidade social universitária em tempos de pandemia, a partir do papel do professor na promoção do autocuidado do aluno. Para tanto, utilizou-se uma abordagem quantitativa e um desenho descritivo-transversal não experimental. Os participantes foram 85 professores da pedagogia da educação básica da
Universidade de Antofagasta. Foi aplicada amostra probabilística intencional e questionário do tipo Likert. Os resultados mostraram que os professores lidam com a responsabilidade social universitária em tempos de pandemia, no entanto, eles precisam fortalecer a promoção do autocuidado dos alunos e a gestão do conhecimento sobre a pandemia com ferramentas poderosas de cuidado, proteção e salvaguarda da vida. Os resultados encontrados permitiram concluir que os professores devem promover estratégias de promoção do autocuidado, como o uso de podcasts, vodcasts, vídeos e cápsulas educativas que acessem a compreensão da pandemia COVID-19.
PALAVRAS-CHAVE: Responsabilidade social. Tempo. Pandemia. Professor.
ABSTRACT: The This article aims to analyze university social responsibility in times of pandemic, viewed from the teaching role in promoting student self-care. For this, a quantitative approach and a non-experimental transectional-descriptive design were used. The participants were 85 teachers from the basic education pedagogy at the University of Antofagasta. Intentional probability sampling was applied and a Likert-type questionnaire was used. The results showed that teachers handle university social responsibility in times of pandemic, however, they need to strengthen the promotion of self-care in students and the management of knowledge about pandemic with powerful tools for care, protection and safeguarding of life. The findings found allowed to conclude that teachers should promote self-care promotion strategies, such as the use of podcasts, vodcasts, videos and educational capsules that access the understanding of the COVID-19 pandemic.
KEYWORDS: Social responsibility. Time. Pandemic. Teacher.
La educación está recibiendo influencias de distintas organizaciones, instituciones y otros entes, con el propósito de proporcionar respuestas a las exigencias de la globalización. La misma esta reforzada e impulsada estrechamente por los avances tecnológicos en las comunicaciones, el transporte y los medios de transmisión de información (GARBANZO, 2015).
Se trata de avanzar, desde el individuo, hacia contextos de responsabilidad, reflexión y producción, sementadas en la edificación colectiva de prácticas epistemológicas de pensamiento en escenarios multireferenciales, enmarcados en la formación de una ética de razón que posibilite articular los distintos saberes en forma no reduccionista. Asimismo, la promoción de la cosmovisión de la humanidad en articulación con nuevas ideas, diálogos y vinculadas con la responsabilidad de crear un futuro más solidario.
Es así como en los países de Iberoamérica, tal como se presentó en el Congreso Iberoamericano de Educación en el año 2010, se visualizan las diferentes experiencias de participación en América Latina, asumiendo que la colaboración va más allá de las aulas de
clase, en otras palabras, el espacio social permitirá desarrollar situaciones democráticas participativas (ARANCIBIA; QUINTERO, 2010). Sin embargo, a pesar de dichas evidencias, la contribución social en la educación constituye un campo en construcción colmado de prácticas que no alcanzan de normalizarse y acceder a complementar constructos teóricos para analizar la participación social en la educación como un fenómeno complejo.
En efecto, la educación, como instrumento para alcanzar sociedades con una democracia más firme requiere que la sociedad busque hacer más equivalentes o iguales en la repartición de bienes, en la cual exista una conexión con lo social, educativo, político, económico, se superen los obstáculos y se afiancen comportamientos proactivos, efectivos y eficaces en el desarrollo humano.
Es por ello que, grandes investigadores, en diversos países del mundo, han disertado y realizado estudios sobre la responsabilidad y en cada una de ellas, en mayor o menor proporción, planteando líneas o estrategias en función de dar cumplimiento a las mismas (SEVERINO; MEDINA; PUJOL, 2018). Sin embargo, es importante acotar, que posiblemente, lo que más afecta en aplicar la responsabilidad en cualquier empresa o institución, desde el punto de vista interno y externo, lo representa los factores económicos, sociales, culturales, ambientales, políticos, tecnológicos, entre otros.
La génesis del concepto de RS no se encuentra precisada exactamente, es decir, los estudiosos, investigadores y expertos no han acordado bien su principio, específicamente lo relacionado a cuando y donde fue originado (PÉREZ; ESPINOZA; PERALTA, 2016). Esto puede deberse a las diferentes corrientes de conocimientos de fuentes económicas, políticas, sociales o filosóficas que han influido en el progreso y exposición sobre este tema en el devenir de la historia. Sin embrago, la responsabilidad social existe un gran número de estudiosos que consideran que la misma se origina alrededor del ámbito empresarial.
Por lo tanto, lo más cercano a la definición de RS lo representa la manera de formar negocios donde se tome en cuenta la relevancia social, ambiental, económica y política de una institución; integrando principios y valores en los trabajadores, comunidades y el entorno en cual se encuentra inmersa (MONTAÑEZ; GUTIÉRREZ, 2015).
Por lo tanto, la Responsabilidad Social (RS), forma una práctica fundamental en la gestión del procedimiento moral y diáfano en cualquier institución (GÓMEZ; ALVARADO; PUJOLS, 2018). Debe ser un principio obligatorio para las organizaciones educativas, bien sea de índole pública o privada, razón por la cual requiere de procesos complejos de incorporar todo lo relacionado a los ámbitos académicos, convivencia, autocuidado, entre otros.
La RS está de boga, no sólo en el mundo empresarial, sino también a nivel universitario. Es un término bastante novedoso y un tanto complejo de delimitar, razón por la cual involucra muchos actores de diversos horizontes e intereses. Tuvo sus inicios en las empresas, la misma comienza a expandirse hacia los años sesenta, específicamente en ciudades inglesas como Estados Unidos, Canadá o Reino Unido. La RS empresarial “es como la forma de hacer negocios generando impactos positivos para la sociedad y el medio” (SEPÚLVEDA; URRUTIA, 2013, p. 9). En otras palabras, es la manera como una empresa se proyecta en la sociedad y el entorno en la cual se encuentra anclada y, por ende, representa la suposición moral o filosófico a través de un gerente, compañía, institución o sujeto que tiene la responsabilidad de mejorar el destino de la humanidad.
En este orden de ideas, la Responsabilidad Social Universitaria (RSU) trasciende en su labor, en sus reflexiones y diálogos académicos en función de vincular la comunidad con el contexto en el cual se encuentra anclada (HERNÁNDEZ; MORA, 2017). Es decir, es responsabilidad de la universidad de alcanzar o mediar el bienestar de todos sus integrantes y ser extendidos a la comunidad-sociedad. Asimismo, mantiene una definición más extendida, razón por la cual debe abocarse o apropiarse de la comunidad universitaria como una manera de emprender su labor de gestión y excelencia educativa (ALDEANUEVA; ARRABAL, 2018).
En efecto, la RSU tiene la capacidad de promover y situar la praxis de un conjunto de principios y valores éticos-morales a través de los procesos de gestión, docencia, investigación y extensión; asumiendo responsabilidades directas en su organización, en el contexto, la región y país en la cual se encuentra (VALLAEYS; ÁLVAREZ, 2019). La RSU representa disímiles elementos que son relevantes, entre ellos: el compromiso cívico, estudiantes activos, voluntariado, el fomento de la colaboración ambiental, el fortalecimiento de las comunidades, la optimización del proceso enseñanza-aprendizaje, la convivencia, al autocuidado de los estudiantes u otros aspectos importantes en el desarrollo de la verdadera responsabilidad. Además, simboliza la capacidad de fomentar valores por medio de la gestión responsable, indagación y participación de todos los entes (GÓMEZ; ALVARADO; PUJOLS, 2018).
En consecuencia, la RSU desde la función docente, el profesor cobra bastante significado en el desarrollo de las actividades de docencia, investigación, extensión y gestión. Específicamente, la docencia concierne con la utilización de transmisión de conocimientos y metodologías de enseñanza a los estudiantes en el contexto universitario. (BUENESTADO, 2019). En otras palabras, la docencia no se fundamente solamente en estar en un aula de clase
con estudiantes, sino que debe extenderse más allá del aula en la cual involucre activamente a los estudiantes en otras tareas que se encuentren en el entorno en cual se desenvuelve.
De igual manera, la función docente, está relacionado con el contexto histórico, ambiental, social, de salud, del autocuidado y de cada una de las actividades que se llevan a cabo en la universidad, dentro y fuera de ella; cumpliendo diversos roles que lo induce a ser investigadores datos y gestores del aprendizaje de los estudiantes.
En efecto, la función docente, en tiempos de pandemia, debe estar enfocado hacia las acciones que debe guiar en la promoción de la salud de los estudiantes, es decir, desde los contextos de la virtualidad generar actividades que conduzcan al autocuidado de los alumnos, familiares, entre otros. La RSU, se presenta como una nueva manera de accionar y de comportarse de manera fluida y directa del docente en relación con el ámbito académico, en estos tiempos de crisis sanitaria. Igualmente, el compromiso de los profesionales de la docencia, en estos momentos, debe situarse hacia la protección de la sociedad como aspecto dominante e imperativo ético en la labor del docente (GAETE, 2020).
Efectivamente, la RSU, focalizada desde la mirada de la función docente viene dada porque se hace necesario transformar el pensamiento de los estudiantes en función de hacer cara a la creciente complejidad, a la rapidez de las transformaciones y a la poca proyección que determina al mundo. Por lo tanto, se amerita reconstruir el conocimiento, lanzando por tierra estructuras esquemáticas antiguas e ir uniendo nuevos eventos de pensamientos humildes, sinceros, críticos, participativos y cuidados de manera integral de la salud física y mental de los estudiantes en escenarios transitorios.
Partiendo de lo antes expuesto y tomando en cuenta los últimos acontecimientos a nivel internacional en cuanto a la génesis y revolución relacionada con la Pandemia COVID- 19, que trajo consigo transformaciones, cambios de conducta, estilos de vida diferentes en cada uno de los individuos y, en especial en el funcionamiento de las universidades. De allí que, el afrontamiento de esta pandemia está colocando a prueba la capacidad de acomodo de manera propia y colectiva en la vida de las personas; a la vez las cuantiosas transformaciones por esta crisis y su impacto social en la promoción de comportamientos ante estos nuevos escenarios (ESPADA; ORGILÉS; PIQUERAS; MORALES, 2020).
Por lo tanto, la RSU en tiempos de crisis o pandemia, la cual vino a modificar abruptamente todos los escenarios a los cuales se estaba acostumbrado (CEBALLOS, 2020). Algunas instituciones, en especial en el ámbito de la Universidad, la misma ha cobrado mayor relevancia e impacto, razón por la cual se han tenido que valerse de muchas acciones, estrategias, técnicas y herramientas tecnológicas para continuar con las funciones de docencia,
investigación y extensión. Dichas acciones se llevan a cabo para proteger las remuneraciones de sus profesores, la continuidad en la formación de los estudiantes, la investigación y extensión de todas sus actividades, es decir, es el momento de actuar rápido y fortalecer la sostenibilidad y seguir adelante (RAMÍREZ, 2020).
De allí que, las Universidades de Chile, no escapan a la situación planteada, razón por la cual la RSU cobra mayor auge para poder sobrellevar y funcionar de la manera más eficiente posible en el proceso educativo; considerándose un elemento fundamental en la formación de los estudiantes, a objeto de fortalecer todos los procesos relacionados el compromiso de los docentes, capacidad para dar respuesta a los problemas sociales, ambientales, económicos y sociales dentro y fuera de la institución aplicando, para ello, la función docencia universitaria ante la crisis sanitaria que vive el país por el COVID-19.
En este orden de ideas, la interrupción de las clases presenciales en todo el territorio chileno en la cual aceleradamente se implementó la educación a distancia o remota (BELLEI; MUÑOZ, 2020), representó un reto para los educadores de las universidades, especialmente la Universidad de Antofagasta, Región Antofagasta en las carreras de pedagogía de la educación, donde los docentes se han visto en la necesidad de girar sus actividades desde otra visión. Es decir, los profesores tienen que efectuar cursos en línea de los contenidos de las asignaturas, sin mayor preparación, formación, diseño o realidad (CEA et al., 2020). Todo esto ha generado una serien de situaciones que el profesor ha tenido que enfrentar y dar continuidad al proceso enseñanza-aprendizaje.
De acuerdo con Navarro del Instituto de Ciencias de la Educación de la Universidad de O’Higgins, citado por Sepúlveda (2020), plantea que los procesos de enseñanza y aprendizaje realizados en las claves virtuales son externos a los aspectos afectuosos y emocional de los estudiantes. En este proceso de transición que se está viviendo, muchos estudiantes están pasando por momentos de angustias e intranquilidad por diversas razones, entre ellas, angustia por el contagio, riesgos de contagios con sus familiares, el encierro en los hogares y el autocuidado.
El autocuidado representa un aspecto relevante y significativo en tiempos de pandemia, razón por la cual los profesores, por medio de la utilización de las herramientas tecnológicas y la responsabilidad social, pueden generar la prevención y promover el cuidado de los estudiantes y conseguir escenarios de bienestar y la promoción de una adecuada salud (CHILE, 2020). El autocuidado tiene su origen en la salud pública, especialmente a partir de la praxis de la enfermería. El mismo se define como aquellas acciones que efectúan los sujetos con la finalidad de promover la salud, enfrentar padecimientos, malestares y
sufrimientos ante cualquier situación de pandemias, enfermedades o catástrofes (OLTRA, 2013).
En efecto, desde la función docente se deben generar acciones preventivas del autocuidado a los estudiantes frente a la pandemia del COVID-19, donde en una interacción contante-participativa virtual existan las medidas de prevención, tanto afectivas, emocionales y del cuidado general de sus familiares, amigos y comunidad.
Partiendo de lo antes expuesto, el presente artículo tiene como objetivo analizar la responsabilidad social universitaria en tiempos de pandemia, mirada desde la función docente específicamente en la promoción del autocuidado de los estudiantes; generando acciones o actividades que contribuyan con el bienestar, el autocuidado frente a la crisis sanitaria y el compromiso responsable hacia ellos.
El estudio reviste importancia porque indagar en este tema, en tiempos transitorios, conlleva a que los profesionales de la docencia deben tener la oportunidad de aplicar la responsabilidad social universitaria con los estudiantes en el autocuidado y sea extrapolada a sus familiares en el cuidado de la salud, bienestar y la prevención ante una pandemia que ha traído desaciertos, incertidumbre y poca profundidad en el tratamiento y medicación para su propagación. Asimismo, se genera la siguiente interrogante: ¿Cuál es la responsabilidad social universitaria en tiempos de pandemia, mirada desde la función docente específicamente en la promoción del autocuidado de los estudiantes de las carreras de pedagogía en educación de la Universidad de Antofagasta-Chile?
El estudio se enmarcó en el enfoque cuantitativo, el cual refleja la amplitud y profundidad del conocimiento investigativo; buscando medir todos los elementos que se encuentran en el objeto de estudio, con la finalidad de describirlos, analizarlos e interpretarlos (ARIAS, 2016). En otras palabras, el presente artículo está representado por la responsabilidad social universitaria en tiempos de pandemia y la función docente, se escribirán los elementos relacionados con la variable e indicadores de estudio.
El diseño del estudio se enmarcó en una investigación no experimental transeccional- descriptivo porque se observa el contexto en el cual ocurren los hechos sin tener ningún tipo de manipulación de las variables y realizando el abordaje una determinada población en un grupo de personas (HERNÁNDEZ; MENDOZA, 2018).
Los participantes constituidos por 85 docentes de las carreras de pedagogía en educación básica de la Universidad de Antofagasta, ubicada en la comuna de Antofagasta, Región de Antofagasta-Chile. Asimismo, se utilizó un muestreo no probabilístico intencional porque dependió de la intención del investigador de indagar la responsabilidad social en tiempos de pandemia desde la función docente en el autocuidado de los estudiantes de la mencionada carrera.
En efecto, el confinamiento de los profesionales de la docencia ha generado factores negativos producto del encierro y la lucha a diario a través de la implementación de herramienta de apoyo psicoemocional y resolución de conflictos, tanto personales como la mediación de problemas por los educandos. Es importante acotar que la muestra seleccionada tiene características muy similares, razón por la cual los docentes imparten clases en el área educativa y todos se encuentran en confinamiento.
El instrumento empleado fue un cuestionario con escalamiento tipo Likert, donde se plantearon afirmaciones y se les pidió a los sujetos que expresarán su reacción, seleccionando una de las tres categorías de respuestas: De acuerdo (DA, 3), Neutro (N, 2) y En desacuerdo (ED, 1) (HERNÁNDEZ; FERNÁNDEZ; BAPTISTA, 2014), con un total de 9 preguntas en la cual las ponderaciones altas muestran una actitud más positiva a las respuestas emitidas en las categorías. La aplicación del mismo fue en el mes de abril de 2020.
La validación del instrumento se efectuó a través de los análisis de contenido por medio de tres expertos en metodología, estadística y especialista en responsabilidad social universitaria, los mismos concordaron que el cuestionario se encontraba a acorde al estudio de las variables. Seguidamente, se aplicó una prueba piloto a 20 docentes, vía correo electrónico, que no pertenecían a la muestra de estudio y tenían las mismas características. Asimismo, se usó el coeficiente de alfa Cronbach, obteniendo un valor de 0,93 considerándose confiable.
Tomando en cuenta el confinamiento de los docentes de la Universidad de Antofagasta, se envió, vía correo electrónico, una convocatoria para dos reuniones virtuales a través de la plataforma zoom, la primera de ellas fue para informar lo relacionado con la justificación, los objetivos y la intención de la investigación, al final de la cual la muestra seleccionada se comprometió a la participación en la aplicación del instrumento.
En la segunda reunión se pautó el consentimiento, la ética y las instrucciones para responder al instrumento enviado por medio de la plataforma referida; acordadas las pautas los docentes, voluntariamente, respondieron a los ítems. Igualmente, se procedió a la elaboración de tabla y de gráfico, donde se realizaron el análisis de los ítems por indicadores: responsabilidad social universitaria, Pandemia COVID-19 y el autocuidado.
Los resultados obtenidos en el indicador responsabilidad social universitaria, se pueden visualizar en la tabla 1, de los cuales el 80,39% de los docentes consideran tener una actitud favorable con respecto al manejo de la responsabilidad social universitaria, desde la función docente en tiempos de pandemia, gestionan la enseñanza de valores éticos y morales para la protección personal-familiar y consideran que la responsabilidad social universitaria le permite un acercamiento socioafectivo con los estudiantes, Sin embargo, el 11,37% manifestaron una actitud desfavorable hacia la responsabilidad social. En efecto, la responsabilidad social desde la función docente debe darse de manera holística y concatenada en la promoción social de nociones moralistas en la transmisión de conocimientos responsables (OJEDA, 2013).
En lo que respecta al indicador pandemia COVID-19, en la tabla 1 se puede observar que el promedio de respuestas se ubicó en un 83,5% de actitud desfavorable en cuanto a la motivación de los estudiantes en la indagación sobre la pandemia COVID-19, además de mantener, permanentemente, informado al estudiante sobre la pandemia y desde la función docente la promoción de conocimientos y participación de actividades inherentes a las medidas preventivas. El 9,4% mostró una actitud favorable a las actividades antes descritas.
La Organización Mundial de la Salud, ha implementado acciones en iniciar el autocuidado y el distanciamiento social entre los individuos; buscando alternativas de prevención para que la pandemia pueda propagarse o en su defecto disminuir los contagios. (MONTENEGRO, 2020).
De igual manera, en la tabla 1 se puede precisar el indicador de autocuidado cuyo promedio de respuesta se ubicó en el 90,59 % de actitud desfavorable hacia la articulación de la promoción del autocuidado de los estudiantes desde las clases virtuales, la transmisión de saberes responsables en el cuidado y protección en lo físico y mental a la pandemia COVID- 19 y la aplicación de acciones en la construcción de respuestas exitosas para atender los retos que implica el autocuidado de los estudiantes en tiempo de pandemia. El 4,3 por ciento demostraron un ambiente favorable hacia las acciones antes mencionadas. Este resultado se contradice con el planteamiento de REYES (2019) cuando expone que el autocuidado representa acciones que indicen a una buena práctica de cuidado en el individuo y por ende generar un mejor bienestar y calidad de vida. Estos resultados fueron representados en el gráfico 1, donde se aprecian los promedios obtenidos en las respuestas proporcionadas por los sujetos encunetados de acuerdo a los indicadores indagados.
Indicador | De acuerdo (3) | Neutro (2) | En Desacuerdo (1) | |
Responsabilidad Social Universitaria | 80,39 | 8,24 | 11,37 | |
COVID-19 | 9,4 | 7,06 | 83,5 | |
Autocuidado | 4,3 | 5,1 | 90,59 |
Fuente: Elaboración propia
Los resultados obtenidos, se puede evidenciar que los docentes de la carrera de pedagogía en educación básica de la Universidad de Antofagasta mantienen una actitud bastante favorable hacia el reconocimiento de la RSU, en la cual la mayoría reconoce la importancia y relevancia de la misma en las actividades educativas en tiempos de pandemia. Esto es bastante significativo, para el presente estudio, porque los educadores, a pesar de estar en situaciones de confinamiento en sus hogares muestran actitudes positivas hacía el desarrollo de la RSU. Esto es avalado con el estudio de Gaete (2017), cuando refiere que la RSU permite la gestión y la resolución de problemas educativos y sociales con efectividad y, así poder equilibrar sus compromisos responsables con los estudiantes y las familias.
De igual manera, la indagación de Aldeanueva y Arrabal (2018) la RSU, es primordial para el desarrollo de las comunidades en las cuales se encuentran ancladas y de allí desarrollar actividades que vayan en beneficio de los estudiantes. Es este aspecto es relevante en tiempos de pandemia porque los docentes deben avocarse a la emergencia sanitaria que se está viviendo y poder mediar situaciones de colaboración, de manera responsable, a los estudiantes y demás integrantes de la familia. Igualmente, la investigación realizada por Barajas, Benítez y Ramírez (2020) la RSU representa una toma de conciencia en la mediación de problemas sociales avaladas por principios éticos en función de garantizar la organización, trabajo eficiente, el bienestar social y las acciones hacia el bien común de todos.
Por otra parte, los datos obtenidos en el indicador de pandemia COVID-19, se observa que la gran mayoría de los docentes tienen una actitud muy desfavorable en cuanto a la motivación, información y promoción de la pandemia; evidenciándose el poco interés de los
profesionales de la docencia de impulsar estrategias investigativas relacionada con la crisis sanitaria que se vive actualmente y que está afectando a un sin número de estudiantes; bien sea por el acercamiento hacia el conocimiento de los efectos, causas y consecuencias de la pandemia sobre las personas y el entorno en cual se desenvuelve.
En efecto, el estudio de Moya (2020), plantea que los riesgos que se corren con la pandemia COVID-19 son bastantes fuertes y drásticos, para lo cual se requiere sujetar, aminorar y mermar los impactos que esta genera; para ello se requiere la gestión integrada de todos los individuos, especialmente el ámbito educativo, en conducir acciones que contribuyan con la información y manejo de la enfermedad.
El COVID-19, es un asunto de salud y responsabilidad social reseña que la RSU cobra mayor realce porque se debe tener empatía y pensar en el cuidado del otro y este aspecto es primordial en el nivel educativo, son elementos que se debe enseñar y promocionar en la virtualidad (VERA, 2020). Igualmente, son relevantes los aportes efectuados por Cortés (2020) indicando que, frente al brote de la pandemia, que cada día se incrementa más en las vidas de los ciudadanos en todo el mundo, es fundamental la disponibilidad de información precisa, pertinente y veraz de los efectos, causas y consecuencias de la pandemia COVID-19. Es decir, manejar un conocimiento adecuado de la pandemia con todos los habitantes y, especialmente en los estudiantes universitarios representa una herramienta poderosa de cuidar, proteger y resguardar la vida para hoy y el futuro.
Por último, el indicador relacionado con el autocuidado, en los hallazgos encontrados se evidencia que los docentes carecen de la promoción y difusión del cuidado a través de las clases virtuales; generando, posiblemente, darles relevancia a los aspectos socioafectivos en la prevención de la salud integral de los estudiantes. Asimismo, Vera (2020), expone que la práctica del autocuidado como una manera efectiva de generar ambientes educativos para resguardar la salud; desarrollando habilidades y destrezas del cuidado emocional y físico del sujeto.
De igual manera, Escobar y Pico (2013) plantean que el autocuidado depende, en cierta medida, de la motivación que el estudiante universitario reciba de sus profesores en función de valorar, de manera permanente, el cuidado de su salud y bienestar que reciban en el contexto en cual se desenvuelven. Significa que las acciones que genere el docente conducirán al bienestar de los educandos. También, Escobar, Franco y Duque (2011) hacen alusión que los profesores universitarios les incumbe asumir el autocuidado de los estudiantes como una acción cotidiana el quehacer educativo, es decir, les compete planificar actividades que vayan en beneficio del bienestar de sus propias vivencias.
Los hallazgos encontrados inducen a concluir que los docentes de la carrera de pedagogía de educación Básica de la Universidad de Antofagasta manejan el conocimiento de la RSU, sin embargo, ameritan consolidar estrategias de promoción del autocuidado, tales como el uso de podcast, vodcast, videos, cápsulas educativas, entre otras que acceden al conocimiento de la pandemia COVID-19 y la manera de resguardar la integridad física, emocional y mental de ellos y pueda set extrapola a sus familiares. Es importante, darle a conocer los estudiantes el cuidado como ser, como individuo frente a una pandemia que se considera incierta de quedarse en las vidas humanas o poder erradicarse en los próximos años. Con los resultados obtenidos, en este estudio, no son determinantes se sugiere continuar con nuevos estudios, con la finalidad de profundizar más sobre la responsabilidad social del docente y las medidas sanitarias que se deben impartir en tiempos transitorios y de emergencia; se está frente una pandemia que desconoce un tratamiento o cura efectiva, por lo tanto, es un tema largo y minucioso de indagar. Sería importante que otras universidades tomen en cuenta el análisis de esta investigación y pueda ser extensivo en otros espacios
educativos.
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