EVIDÊNCIAS DE VALIDADE DO GROWING DISCIPLES INVENTORY (GDI) VERSÃO INFANTIL PARA USO NA LÍNGUA PORTUGUESA DO BRASIL


EVIDENCIAS DE VALIDEZ DE LA VERSIÓN INFANTIL DEL GROWING DISCIPLES INVENTORY (GDI) PARA USO EN LENGUA PORTUGUESA DE BRASIL


EVIDENCE OF VALIDITY OF THE CHILDREN’S VERSION OF THE GROWING DISCIPLES INVENTORY (GDI) FOR USE IN PORTUGUESE LANGUAGE BRAZIL


Helena Brandão VIANA1 Roberta Rodrigues de Oliveira GUIMARÃES2


RESUMO: Essa pesquisa objetivou realizar a adaptação cultural do Growing Disciples Inventory (GDI) para a Língua Portuguesa do Brasil. Na primeira etapa foram feitos os seguintes procedimentos: duas traduções; síntese da tradução; duas retro traduções; síntese das retro traduções; revisão do comitê de especialistas; e o pré-teste. O pré-teste teve a participação de 88 respondentes com idades de 10 e 11 anos que apontaram dúvidas e sugestões de modificação. A versão final foi aplicada em 797 crianças e adolescentes e os resultados sofreram uma análise de confiabilidade através do ω de McDonald. A utilização da Análise Fatorial Exploratória (AFE) trouxe ao presente estudo a identificação das diferentes cargas fatoriais, e o valor de referência para inclusão de cada questão nos fatores explicitados no texto. O valor do qui-2 (Q2) dividido pela quantidade dos graus de liberdade igual a 2.37, bem como o valor de significância menor que 0.001 indicaram que a AFE foi adequada.


PALAVRAS-CHAVE: Espiritualidade. Criança. Inventário. Adaptação cultural. Análise fatorial exploratória.


RESUMEN: Esta investigación tuvo como objetivo realizar la adaptación cultural del Growing Disciples Inventory (GDI), para la lengua portuguesa de Brasil. En la primera etapa se realizaron los siguientes procedimientos: dos traducciones; síntesis de traducción; dos traducciones retro; síntesis de retro traducciones; revisión del comité de expertos; y la prueba previa. La prueba previa contó con la participación de 88 encuestados con aproximadamente 10 e 11 años que señalaron dudas y sugerencias de modificación. La versión final se aplicó a 797 niños y adolescentes y los resultados se sometieron a un análisis de confiabilidad utilizando McDonald's ω. El uso del Análisis Factorial Exploratorio (AFE) trajo al presente estudio la identificación de las diferentes cargas factoriales, y el valor de referencia para incluir cada pregunta en los factores explicados en el texto. El valor de chi-2 (Q2) dividido por el número de grados de libertad fue 2,37, y el valor de significancia menor a 0,001 indicó que el EFA era adecuado.



1 Centro Universitário Adventista São Paulo (UNASP), Engenheiro Coelho – SP – Brasil. Professora Permanente no Programa de Pós-Graduação em Educação. Doutorado em Educação Física (UNICAMP). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2018-202X. E-mail: hbviana2@gmail.com

2 Centro Universitário Adventista São Paulo (UNASP), Engenheiro Coelho – SP – Brasil. Mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Educação. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0036-562X. E-mail: robertaguimaraes79@hotmail.com




PALABRAS CLAVE: Espiritualidad. Niño. Inventario. Adaptación cultural. Análisis factorial exploratorio.


ABSTRACT: This research aimed to carry out the cultural adaptation of the Growing Disciples Inventory (GDI), an inventory of spirituality for the Portuguese language of Brazil. In the first stage, the following procedures were performed: two translations, translation synthesis; two back-translations; synthesis of back-translations; review of the expert committee; and the pre- test. The pre-test was attended by 88 respondents aged approximately 10 and 11 years who raised doubts and suggested changes. The final version was applied in 797 children and adolescents, and the results underwent a reliability analysis using McDonald's ω. The inclusion of experimental methods composed the factor analysis and the use of Exploratory Factorial Analysis (EFA) brought to the present study to identify the different factor loads and the reference value for including each question in one of the factors explained in the text. The chi- 2 value (Q2) divided by the number of degrees of freedom was 2.37, and the significance value less than 0.001 indicated that the EFA was adequate.


KEYWORDS: Spirituality. Child. Inventory. Cultural adaptation. Exploratory factor analysis.


Introdução


Espiritualidade é algo, aparentemente, distante do meio científico. Porém, através de alguns questionamentos e leituras, percebe-se que esta premissa já não é mais tão assertiva. Alguns podem considerar que religião e espiritualidade são termos correlatos, mas isto não é verdade. Religião e espiritualidade têm interpretações distintas e, mesmo no meio científico, ainda existe questionamento sobre suas representações (FISHER, 2010; ZINNBAUER et al., 1997).

Não há, atualmente, uma distinção clara na literatura nos estudos sobre espiritualidade e religiosidade. Muitos pesquisadores ainda tratam ambos os termos de forma ambígua, algumas vezes usando um termo no lugar do outro (ZINNBAUER et al., 2016). Há também diferenças entre estudiosos da área sobre a definição desses dois termos.

A ideia desta pesquisa foi construída através de algumas inquietações sobre como a criança vivencia sua relação com a espiritualidade. Após algumas reflexões, houve uma busca de instrumentos validados no Brasil que avaliassem a espiritualidade de crianças e adolescentes. No entanto, protocolos nacionais encontrados não se aplicavam à coorte que se buscava abranger. (JORGE; ESGALHADO; PEREIRA, 2016; MARTINS et al., 2015; DUARTE; WANDERLEY, 2011).

Ao pesquisar na literatura internacional instrumentos que se adequassem ao tema da pesquisa, encontramos o The Growing Disciples Inventory (GDI) e, ao entrar em contato com




a autora, ela nos autorizou a realizar o processo de adaptação cultural para a Língua Portuguesa do Brasil. O uso deste instrumento foi considerado, pois ao ser validado para cultura e Língua Portuguesa do Brasil, poderia ser usado como uma ferramenta relevante para os pesquisadores nacionais, possibilitando realizar diferentes reflexões com a temática da espiritualidade.


Método


Este trabalho tem como proposta o processo de adaptação cultural da versão infantil de uma escala denominada “The Growing Disciples Inventory (GDI)”, que é uma ferramenta que foi criada para que o indivíduo possa autoavaliar o crescimento espiritual e refletir sobre isso. A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética do UNASP, sob número CAAE: 66631317.0.0000.5377, número do Parecer: 2.012.419, e a data de aprovação 11 de abril de 2017.


Procedimentos Metodológicos


Nesta pesquisa está sendo adaptado o instrumento construído e validado em língua inglesa por uma pesquisadora da Andrews University, nos Estados Unidos, “The Growing Disciples Inventory (GDI)” (BRADFIELD, 2014). Optou-se por esse instrumento, pois a abrangência e relevância do trabalho de crescimento e desenvolvimento espiritual nas instituições em que seriam coletados os dados é grande e necessária, e obter um protocolo formal com validação nacional para coleta de dados referentes ao tema de interesse será muito útil. A metodologia utilizada para a adaptação cultural foi a Taxonomia de Cosmin. Esta estrutura metodológica acompanhou todo o processo de confecção das versões até a chegada à versão final e possui cinco estágios.


Estágio 1 - Tradução do inventário para a Língua Portuguesa


O instrumento foi enviado a dois tradutores bilíngues, nativos de Língua Portuguesa, fluentes na Língua Inglesa, que trabalharam para que houvesse o respeito às intenções do instrumento original. Um dos tradutores tinha conhecimento específico sobre espiritualidade e o outro não. Ambos eram professores de Língua Inglesa e Linguística. A Taxonomia de Cosmin, utilizada como norteador desta pesquisa, afirma que essa primeira etapa é importantíssima, já que o seu objetivo é trazer para a língua pretendida a ideia original do instrumento. As traduções dos profissionais responsáveis são chamadas pela literatura de T1 e



T2 (traduções 1 e 2).


Estágio 2 - Síntese das duas traduções


Após o processo das traduções, foi elaborada uma síntese unindo a tradução 1 e 2. A literatura chama este momento de T12. A partir desse momento, o objetivo foi observar e solucionar as diferenças entre os documentos que os tradutores produziram. Nessa fase houve a criação de uma versão para envio ao comitê de especialistas (síntese). Fez-se a comparação entre as versões e as diferenças relevantes foram resolvidas conversando com os próprios tradutores. Então, foi elaborado um relatório descrevendo as discordâncias e como ficaram as modificações. Essa fase do processo foi realizada por uma professora universitária bilíngue, conhecedora do tema e com ampla experiência no processo de adaptação cultural de escalas.


Estágio 3 - Retro traduções


As retro traduções foram realizadas por profissionais nascidos em país de língua inglesa que residiam e estudavam no Brasil e tinham fluência em Língua Portuguesa. Estes dois indivíduos não conheciam a temática proposta e trabalharam individualmente a partir da versão T12, que é a versão sintetizada das T1 e T2, e fizeram as suas traduções para a língua original do instrumento. Foi realizada uma análise das retro traduções, as RT1 e RT2. Nessa fase, avaliaram-se as alterações dessas versões em relação ao original, sendo que a retro tradução não precisaria ficar idêntica ao instrumento original, mas não poderia perder o sentido do instrumento, ou seja, as ideias principais contidas em cada questão.


Estágio 4 - Revisão dos Juízes


Neste estágio aconteceu a revisão de todos os processos anteriores. Para isso, foi reunido um comitê de especialistas composto pelos dois tradutores, um especialista em espiritualidade, um metodologista, uma pedagoga, dois profissionais especializados em adaptação cultural e uma psicóloga. Previamente, foi enviado a cada um dos juízes um arquivo contendo o instrumento original, as duas traduções (T1 e T2), as duas retro traduções (RT1 e RT2) e ainda a versão proposta para o pré-teste (T12). Além dos arquivos, foram enviadas orientações para que fossem observadas as caraterísticas semânticas, idiomáticas e culturais de cada item do instrumento.




No dia da reunião junto aos especialistas, todas as questões já haviam sido previamente analisadas e estudadas por cada um dos envolvidos, gerando uma versão pré-final, para que a próxima etapa pudesse acontecer: o pré-teste. Houve dois momentos para este encontro com os juízes e ambas as reuniões tiveram a duração aproximada de três horas. As alterações propostas constam no item ‘Resultados’ deste trabalho.


Estágio 5 - Pré-Teste


Segundo as diretrizes do COSMIN, utilizada neste trabalho, é necessário que o pré-teste seja aplicado para um mínimo de 30 indivíduos. Na presente pesquisa, foi aplicado o pré-teste a 88 crianças do 6º ano. As idades correspondentes eram coerentes à proposta para o processo de adaptação cultural dessa escala. O intuito dessa fase era avaliar a compreensão das crianças sobre cada item da escala proposta.


Estágio 6 - Aplicação Final


Segundo Hair et al. (2005), é apropriado ter 10 respondentes para cada questão do instrumento, o que levou a um mínimo de 660 respondentes, já que o instrumento pós-teste, com as subdivisões das questões 31 a 36, ficou com 66 questões. Terminou-se a coleta de dados com o número de 797 respondentes.


Resultados do pré-teste

Neste item constam os resultados da aplicação do pré-teste. Após a aplicação foram realizadas outras análises devido à sugestão dos respondentes. Durante o processo foi apresentado o inventário às crianças, e a cada questão foi perguntado a elas se teriam dúvidas ou sugestões a fazer para melhor entenderem o questionário.

No Quadro 1 constam as sugestões sugeridas, que foram devolvidas ao comitê de especialistas para a decisão final de acatá-las ou não. Responderam o inventário nessa fase da pesquisa 88 crianças com idade de 10 e 11 anos, todas do 6° ano, de uma mesma escola.




Quadro 1 – Modificação após pré-teste


Sugestões dos respondentes:

Versão final modificada:

Na questão 2, as crianças disseram que o termo “confessar” estava sem sentido e que o melhor termo seria “contar a Ele”.

Segundo a autora do instrumento, o sentido do verbo “confessar”, deveria ser mantido.


A questão foi modificada.

Em algumas afirmativas, a opção 2 “Não tenho certeza”, foi substituída pela expressão “às vezes”, na seção 1 (perguntas 4 a

10). Nas seções 3 e 4b, todas as questões ficaram com a expressão “às vezes”.


Foi acatado pelo Comitê e a alteração foi aplicada à versão final.

Para as questões 21 até a 28, foi sugerido que ao invés da utilização do termo “não tenho certeza”, fosse utilizado o termo “às vezes”.

Foi acatado pelo Comitê e a alteração foi aplicada à versão final. As alternativas ficaram “sim”, “às vezes” e “não”.

Nas questões 29 e 30, as crianças disseram que o termo “não tenho certeza” seria melhor que o “às vezes”.

Foi acatado pelo Comitê e a alteração foi aplicada à versão final.

A partir da questão 37 até a 42 foi apresentado por elas a ausência de sentido nos termos: “não”, “às vezes” e “sim”. Sugeriram colocar os termos “nada”, “às vezes” e “muito”.

Foi acatado pelo Comitê e a alteração foi aplicada à versão final.

Fonte: Dados da pesquisa


Os dados coletados no Google Forms geraram uma tabela de Excel que foi exportada para o SPSS 21.0 para análise estatística. Foi verificado o valor do Alpha de Cronbach para essa primeira amostra, que foi de 0,913, demonstrando a confiabilidade do inventário inicialmente testado.


Análise da aplicação final do inventário


Neste item apresentam-se os resultados da aplicação do Inventário em uma amostra de 797 indivíduos, pois conforme a literatura, a amostra final, de acordo com Kerlinger (1986), deve utilizar para o processo de adaptação cultural de instrumentos a maior amostra possível, sugerindo um número de dez sujeitos por item do instrumento.

Kermarrec et al. (2006) também citam que a literatura recomenda a aplicação da escala em 10 sujeitos por item da escala no processo de adaptação cultural.

Nesta fase da pesquisa foram obtidas 797 respostas ao inventário, e as características dos participantes quanto ao sexo e idade apresentam-se nas tabelas 1 e 2:




Tabela 1 – Frequências por Sexo


Sexo

Frequência

Percentual

Percentual Válido

Percentual Cumulativo

Feminino

387

48.557

49.237

49.237

Masculino

380

47.679

48.346

97.583

Prefiro não responder

19

2.384

2.417

100.000

Não respondidos

11

1.380



Total

797

100.000



Fonte: Dados da pesquisa


Tabela 2 – Frequências por Idade


Idade

Frequência

Percentual

Percentual Válido

Percentual Cumulativo

11

41

6.288

6.288

6.288

12

124

19.018

19.018

25.307

13

172

26.380

26.380

51.687

14

152

23.313

23.313

75.000

15

107

16.411

16.411

91.411

16

48

7.362

7.362

98.773

17

6

0.920

0.920

99.693

18

2

0.307

0.307

100.000

Não

respondidos

0

0.000



Total

652

100.000



Fonte: Dados da pesquisa


Nesta pesquisa, a confiabilidade foi avaliada pela análise de consistência interna, utilizando ω de MacDonald, pois a literatura mencionada sugere esse teste como mais sensível do que o α de Cronbach, para avaliar a acurácia dos resultados entre os fatores (ŞIMŞEK; NOYAN, 2013; ZINBARG et al., 2006).

Foi aplicada a análise do ω de McDonald através do Software open-source, JASP®, versão 0.13.1, e o resultado geral do Inventário pode ser visto na tabela 3. Os valores próximos de 1 indicaram uma ótima consistência interna, conforme a literatura reporta. (GADERMANN; et al.,. 2012). Os valores deste Inventário foram, portanto, muito satisfatórios, apresentando 0.9 do ω de McDonald, e 0.89 do α de Cronbach.




Tabela 3 – Escala de Confiabilidade do GDI-Kids


Estimate

McDonald's ω

Cronbach's α

Point estimate

0.900

0.899

95% CI lower bound

0.886

0.889

95% CI upper bound

0.910

0.909

Fonte: Dados da pesquisa


Análise Fatorial Exploratória (AFE)


Foi utilizada a AFE para identificar as diferentes cargas fatoriais de cada questão, e o valor de referência para inclusão da questão em um dos fatores deveria ser maior que ≥ 0.30, e para o teste Kaiser-Meyer-Olkin (KMO) ≥ 0.50. Os valores do índice KMO que indicam que a Análise Fatorial é apropriada devem ser ≥ 0.80. (HONGYU, 2018).

Os valores do teste KMO do GDI-KIDS estão apresentados na tabela 4, mostrando que a AFE foi apropriada.


Tabela 4 – Valores do KMO


Kaiser-Meyer-Olkin test

Questão

MSA

Questão

MSA

Questão

MSA

Questão

MAS

Questão

MSA

1

0.926

14

0.830

27

0.766

40

0.885

53

0.840

2

0.905

15

0.844

28

0.835

41

0.882

54

0.864

3

0.831

16

0.907

29

0.913

42

0.862

55

0.907

4

0.858

17

0.887

30

0.893

43

0.900

56

0.909

5

0.811

18

0.897

31

0.870

44

0.885

57

0.881

6

0.791

19

0.901

32

0.841

45

0.864

58

0.898

7

0.920

20

0.849

33

0.855

46

0.914

59

0.877

8

0.878

21

0.906

34

0.882

47

0.899

60

0.880

9

0.897

22

0.923

35

0.895

48

0.902

61

0.901

10

0.850

23

0.833

36

0.923

49

0.915

62

0.829

11

0.872

24

0.860

37

0.854

50

0.864

63

0.841

12

0.917

25

0.868

38

0.879

51

0.875

64

0.918

13

0.890

26

0.887

39

0.891

52

0.881

65

0.922









66

0.902

Fonte: Dados da pesquisa


Outro indicador que mostra que a AFE foi adequada é o teste (Q2), que deve apresentar um valor de significância menor que 0.005, e o valor do teste, dividido pelos graus de liberdade (df), deve ser menor que 3.0. Os valores do teste (Q2) podem ser vistos na tabela 5.




Tabela 5 – Valores do teste (Q2)



Value

df

p

Modelo

4486.136

1887

< .001

Fonte: Dados da pesquisa


Assim, nesse teste, além do valor de significância ser menor que 0.001, o valor da divisão do (Q2), dividido pela quantidade de graus de liberdade (df), é igual à 2,377, portanto, menor que 3, indicando que a AFE foi adequada. (DOU et al., 2018; MARTINEZ; CAMACHO, 2020; TOGNETTA et al., 2021)

A AFE foi realizada no Software open-source, JASP®, versão 0.13.1, e para tanto foi decidido delimitar em quatro fatores, ao invés de deixar livre a quantidade de fatores. O próprio programa indicou que a melhor rotação seria a Ortogonal Promax.

Após a primeira rotação, retiramos do modelo estatístico as 24 questões que não se agruparam em nenhum dos quatro fatores. Portanto, o inventário GDI-KIDS, que inicialmente possuía 66 questões, passa agora a ter 42 questões em sua versão final.

Os fatores foram nomeados, como mostra o quadro 2:


Quadro 2 – Questões presentes na composição de cada fator


Fator

Num.

Questão

Construto

F1

32

31.B. Quanto seus amigos incentivam você a passar tempo com Deus todos


Conexão espiritual com a comunidade



os dias?

F1

35

31. E. Quanto outras pessoas incentivam você a passar tempo com Deus



todos os dias?

F1

37

32.B. Quanto seus amigos conversam com você sobre como ter amizade



com Jesus?

F1

40

32.E. Quanto outras pessoas conversam com você sobre como ter amizade



com Jesus?

F1

42

33.B. Quanto seus amigos ensinam você a estudar a Bíblia e orar?

F1

45

33.E. Quanto outras pessoas ensinam você a estudar a Bíblia e orar?

F1

47

34.B. Quanto seus amigos ajudam você a aprender como perdoar aos



outros?

F1

50

34. E. Quanto outras pessoas ajudam você a aprender como perdoar aos



outros?

F1

52

35.B. Quanto seus amigos percebem quando você fala ou age como Jesus?

F1

55

35. E. Quanto outras pessoas percebem quando você fala ou age como



Jesus?

F1

57

36.B. Quanto seus amigos ajudam você a descobrir as habilidades que Deus



lhe dá?

F1

60

36. E. Quanto outras pessoas ajudam você a descobrir as habilidades que



Deus lhe dá?





F2

33

31.C. Quanto seu pastor incentiva você a passar tempo com Deus todos os dias?




F2

34

31.D. Quanto seus professores incentivam você a passar tempo com Deus todos os dias?


Conexão com líderes espirituais

F2

38

32.C. Quanto seu pastor conversa com você sobre como ter amizade com Jesus?

F2

39

32.D. Quanto seus professores conversam com você sobre como ter amizade com Jesus?

F2

43

33.C. Quanto seu pastor ensina você a estudar a Bíblia e orar?

F2

44

33.D. Quanto seus professores ensinam você a estudar a Bíblia e orar?

F2

48

34.C. Quanto seu pastor ajuda você a aprender como perdoar aos outros?

F2

49

34.D. Quanto seus professores ajudam você a aprender como perdoar aos outros?

F2

58

36. C. Quanto seu pastor ajuda você a descobrir as habilidades que Deus lhe dá?

Fonte: Dados da pesquisa


Quadro 2 – Questões presentes na composição de cada fator (cont.)







F3


1

1. Gosto de histórias que me ensinam mais sobre Deus.


Compreendendo Deus e seus ensinamentos

F3


3

3. Deus nunca deixará de me amar.

F3


11

11. Acredito que Deus deu a Bíblia para eu aprender sobre Ele.

F3


13

13. Acredito que Deus criou todas as coisas e se importa com elas.

F3


14

14. Acredito em Deus o Pai, em seu Filho Jesus Cristo e no Espírito Santo.

F3


15

15. Acredito que após a guerra no Céu e o primeiro pecado de Adão e Eva, todos pecamos.

F3


16

16. Acredito que os Dez Mandamentos nos ajudam a entender como é Deus e como viver com alegria.

F3


17

17. Agradeço a Jesus que morreu para pagar meus pecados, porque Ele me ama muito.

F3


18

18. Entendo que o batismo demonstra que aceito Jesus como meu Salvador e escolho segui-Lo.

F3


19

19. Entendo que Jesus está agora no Céu e em breve virá buscar todos os que amam a Deus.

F3


20

20. Acredito que Deus criará uma nova Terra ao final da guerra entre o bem e o mal, e então não haverá mais pecado ou tristeza.






F4


4

4. Todos os dias peço a Deus para me ajudar a descobrir o que posso fazer por Ele.


Envolvimento na missão divina de restauração

F4


5

5. Demonstro amor pela minha família ajudando em casa sem que me peçam.

F4


7

7. Gosto de adorar a Deus em minha igreja com outras pessoas.

F4


12

12. Peço que Deus me ajude a obedecer ao que a Bíblia ensina, mesmo quando for difícil.

F4


21

21. Oro para que o Espírito Santo me ajude a entender o que Deus quer que eu faça.

F4


22

22. Escolho obedecer a Jesus e a Seus ensinamentos mesmo que meus amigos não façam essa escolha.

F4


29

29. Quero ajudar o máximo possível de pessoas a estarem prontas para a volta de Jesus.

F4


36

32.A. Quanto sua família conversa com você sobre como ter amizade com Jesus?

F4


41

33.A. Quanto sua família ensina você a estudar a Bíblia e orar?

F4


66

42. Incentivo meus amigos a usar os talentos para servir a Deus.

Fonte: Dados da pesquisa




Após analisar as questões que ficaram em cada fator, visualiza-se que houve uma distribuição equilibrada do número de questões para cada construto, sendo 12 questões no fator 1, nove questões no fator 2, 11 no fator 3, e 10 no fator 4.


Discussão


De acordo com as recomendações da Taxonomia de COSMIN, realizou-se a tradução, a síntese, a retro tradução do Inventário GDI-KIDS, a análise pelo comitê de especialistas e o pré-teste da versão pré-final. A reunião do comitê de especialistas teve a presença de uma metodologista, dois linguistas, um dos tradutores, uma especialista em espiritualidade, uma pedagoga, além da pesquisadora. Após a primeira reunião, algumas dúvidas foram levadas à autora da escala e aos tradutores para chegar-se a um consenso. A avaliação da equivalência semântica, idiomática, cultural e conceitual realizada pelo comitê realizou-se de forma satisfatória, e todos os membros analisaram e discutiram arduamente cada item do Inventário.

Após o pré-teste, algumas modificações sugeridas pelas crianças foram discutidas com o comitê e com a autora do instrumento para decidir quais deveriam ser acatadas. Após essa fase, procedeu-se a aplicação do Inventário em uma amostra maior.

Pelos valores estatísticos apresentados, a AFE mostrou-se satisfatória. O índice de confiabilidade, obtido pelo ω de MacDonald (0.90), apontou a consistência interna da escala. (DOU et al., 2018; HONGYU, 2018). O valor do Qui-quadrado, bem como a razão deste pelos graus de liberdade, apontou a apropriação da AFE.

Neste trabalho de adaptação cultural, optou-se pelo uso do valor do ω de MacDonald para obtenção da confiabilidade da escala, pois diversos estudos recentes mostram que este índice é superior ao Alpha de Cronbach, até então muito usado em pesquisas de Adaptação cultural. (VIANA et al., 2012; HAYES; COUTTS, 2020; WECHSLER et al., 2019).

A AFE, portanto, com quatro fatores ou construtos, que era a concepção da autora da versão original, foi apropriada, como apontaram os valores da estatística apresentados no capítulo de resultados. A autora do instrumento original havia previsto quatro construtos, da seguinte forma: 1. Conectando-se com Deus, consigo mesmo e com os outros, 2. Compreendendo Jesus e Seus ensinamentos, 3. Envolvendo-se na missão divina de restauração, e 4. Viver em comunidade, ajudando uns aos outros a conhecer, amar e servir. No entanto, a versão Brasileira adequou os construtos, mantendo a questão da conexão, da compreensão de Deus e seus ensinamentos, e o envolvimento na missão divina, conforme mostra o quadro 2.





Em todas as fases do trabalho, ao entrar em contato com a literatura, foi possível visualizar a importância de se produzir conhecimento na área de espiritualidade infantil no Brasil, já que pesquisas nesta temática ainda são escassas na literatura nacional (BECKER; SILVA, 2018; MOTA, 2005; VALDIVIA, 2017).

Na literatura internacional, encontram-se mais estudos nessa temática, mas ainda poucos estão ligados à área educacional. Segundo alguns autores, serviços de educação infantil devem promover e nutrir o crescimento e o desenvolvimento em todos os aspectos, incluindo o lado espiritual da criança. (BROOJENI; BROOJENI, 2015; NORTJÉ; VAN DER MERWE, 2016; OKUMOTO, 2019).

Em uma pesquisa realizada com crianças islâmicas, cultura que possui um modelo de programas para melhorar a saúde mental das crianças, os autores relataram que os pais são os atores mais importantes na implementação de programas educativos, e que obedecer a esses programas protege a saúde das crianças, e desempenha um papel importante na promoção de seu avanço espiritual (BROOJENI; BROOJENI, 2015).

A espiritualidade de uma criança é fortalecida pelos membros da família e pela comunidade, principalmente se esses encontros forem regulares. A comunidade de uma criança pode ser definida de várias maneiras, como ambiente de sala de aula, atividade recreativa, atividade espiritual ou equipe esportiva. Os membros da família que enriquecem as experiências espirituais ao ar livre das crianças oferecem-lhes novas oportunidades de se expressar criativamente, ampliar sua imaginação e ser continuamente desafiadas (HARRIS, 2016).

Embora haja vários estudos sobre a influência da família na espiritualidade da criança (CROSBY; SMITH, 2015; HARRIS, 2016; YUST, 2017), o GDI-KIDS teve várias questões

relativas à família que não aderiram a nenhum fator. No entanto, as questões que abordavam relacionamento com a comunidade tiveram boa aderência em dois fatores. Estudos que enfatizam o importante papel das comunidades e lideranças espirituais no desenvolvimento espiritual de crianças também foram encontrados na literatura internacional (CROSBY; SMITH, 2015; FERRARI; GUERRERO, 2017; FISHER, 2010; HOLDER; COLEMAN;

WALLACE, 2010).


Considerações Finais


Poder trazer a reflexão científica sobre a espiritualidade em vários níveis que compõem uma escola trouxe maior ciência da relevância de possuir um instrumento que pudesse apoiar este processo. A busca por um instrumento específico relacionado à espiritualidade da criança,




disponível em Língua Portuguesa do Brasil, revelou a ausência de um protocolo adequado para tal. A revisão sistemática confirmou a escassez de métodos científicos que sistematizassem, para as crianças, maneiras concretas de medir a espiritualidade nas vivências infantis. É importante que as escolas possam compreender que a utilização deste instrumento elevará o nível das interrelações entre docentes e discentes e fará com que a instituição compreenda qual é o melhor caminho a ser trilhado no que se refere à espiritualidade. São inegáveis as possibilidades de reflexão que esta ferramenta traz ao meio científico, no que se refere à espiritualidade em crianças.

Obter os resultados da AFE no processo de adaptação cultural e mostrar as evidências de validade do instrumento foi de grande relevância científica, pois a busca de outras escalas de espiritualidade usadas no Brasil mostrou que mais de 80% destas não foram submetidas a um processo adequado de adaptação cultural e avaliação das propriedades psicométricas.

A próxima etapa dessa pesquisa será a realização da Análise Fatorial Confirmatória, para avaliar as evidências de validade da versão brasileira, para que o GDI Kids possa ser amplamente utilizado pelos pesquisadores interessados nessa temática.


REFERÊNCIAS


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Como referenciar este artigo


VIANA, H. B.; GUIMARÃES, R. R. O. G. Evidências de validade do Growing Disciples Inventory (GDI) versão infantil para uso na língua portuguesa do Brasil. Revista Ibero- Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 1, p. 0182-0196, jan./mar. 2022. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i1.14847


Submetido em: 09/03/2021 Revisões requeridas em: 24/04/2021 Aprovado em: 09/05/2021 Publicado em: 02/01/2022





EVIDENCIAS DE VALIDEZ DE LA VERSIÓN INFANTIL DEL GROWING DISCIPLES INVENTORY (GDI) PARA USO EN LENGUA PORTUGUESA DE BRASIL


EVIDÊNCIAS DE VALIDADE DO GROWING DISCIPLES INVENTORY (GDI) VERSÃO INFANTIL PARA USO NA LÍNGUA PORTUGUESA DO BRASIL


EVIDENCE OF VALIDITY OF THE CHILDREN’S VERSION OF THE GROWING

DISCIPLES INVENTORY (GDI) FOR USE IN PORTUGUESE LANGUAGE BRAZIL


Helena Brandão VIANA1 Roberta Rodrigues de Oliveira GUIMARÃES2


RESUMEN: Esta investigación tuvo como objetivo realizar la adaptación cultural del Growing Disciples Inventory (GDI), para la lengua portuguesa de Brasil. En la primera etapa se realizaron los siguientes procedimientos: dos traducciones; síntesis de traducción; dos traducciones retro; síntesis de retro traducciones; revisión del comité de expertos; y la prueba previa. La prueba previa contó con la participación de 88 encuestados con aproximadamente 10 e 11 años que señalaron dudas y sugerencias de modificación. La versión final se aplicó a 797 niños y adolescentes y los resultados se sometieron a un análisis de confiabilidad utilizando McDonald's ω. El uso del Análisis Factorial Exploratorio (AFE) trajo al presente estudio la identificación de las diferentes cargas factoriales, y el valor de referencia para incluir cada pregunta en los factores explicados en el texto. El valor de chi-2 (Q2) dividido por el número de grados de libertad fue 2,37, y el valor de significancia menor a 0,001 indicó que el EFA era adecuado.


PALABRAS CLAVE: Espiritualidad. Niño. Inventario. Adaptación cultural. Análisis factorial exploratorio.


RESUMO: Essa pesquisa objetivou realizar a adaptação cultural do Growing Disciples Inventory (GDI) para a Língua Portuguesa do Brasil. Na primeira etapa foram feitos os seguintes procedimentos: duas traduções; síntese da tradução; duas retro traduções; síntese das retro traduções; revisão do comitê de especialistas; e o pré-teste. O pré-teste teve a participação de 88 respondentes com idades de 10 e 11 anos que apontaram dúvidas e sugestões de modificação. A versão final foi aplicada em 797 crianças e adolescentes e os resultados sofreram uma análise de confiabilidade através do ω de McDonald. A utilização da Análise Fatorial Exploratória (AFE) trouxe ao presente estudo a identificação das diferentes cargas fatoriais, e o valor de referência para inclusão de cada questão nos fatores explicitados no texto. O valor do qui-2 (Q2) dividido pela quantidade dos graus de liberdade igual a 2.37, bem como o valor de significância menor que 0.001 indicaram que a AFE foi adequada.



1 Centro Universitario Adventista São Paulo (UNASP), Engenheiro Coelho - SP - Brasil. Profesora Permanente en el Programa de Posgrado en Educación. Doctorado en Educación Física (UNICAMP). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2018-202X. Correo electrónico: hbviana2@gmail.com

2 Centro Universitario Adventista de São Paulo (UNASP), Ingeniero Coelho - SP - Brasil. Maestría por el Programa de Posgrado en Educación. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0036-562X. Correo electrónico: robertaguimaraes79@hotmail.com



PALAVRAS-CHAVE: Espiritualidade. Criança. Inventário. Adaptação cultural. Análise fatorial exploratória.


ABSTRACT: This research aimed to carry out the cultural adaptation of the Growing Disciples Inventory (GDI), an inventory of spirituality for the Portuguese language of Brazil. In the first stage, the following procedures were performed: two translations, translation synthesis; two back-translations; synthesis of back-translations; review of the expert committee; and the pre- test. The pre-test was attended by 88 respondents aged approximately 10 and 11 years who raised doubts and suggested changes. The final version was applied in 797 children and adolescents, and the results underwent a reliability analysis using McDonald's ω. The inclusion of experimental methods composed the factor analysis and the use of Exploratory Factorial Analysis (EFA) brought to the present study to identify the different factor loads and the reference value for including each question in one of the factors explained in the text. The chi- 2 value (Q2) divided by the number of degrees of freedom was 2.37, and the significance value less than 0.001 indicated that the EFA was adequate.


KEYWORDS: Spirituality. Child. Inventory. Cultural adaptation. Exploratory factor analysis.


Introducción


La espiritualidad es algo aparentemente alejado del entorno científico. Sin embargo, a través de algunas preguntas y lecturas, se percibe que esta premisa ya no es tan asertiva. Algunos pueden considerar que la religión y la espiritualidad son términos relacionados, pero esto no es cierto. La religión y la espiritualidad tienen diferentes interpretaciones e, aun en el entorno científico, todavía hay cuestionamientos sobre sus representaciones (FISHER, 2010; ZINNBAUER et al., 1997).

Actualmente no hay una distinción clara en la literatura en los estudios sobre espiritualidad y religiosidad. Muchos investigadores todavía tratan ambos términos de manera ambigua, a veces usando un término en lugar del otro (ZINNBAUER et al. , 2016). También hay diferencias entre los estudiosos en el campo sobre la definición de estos dos términos.

La idea de esta investigación se construyó a través de algunas preocupaciones sobre cómo el niño experimenta su relación con la espiritualidad. Después de algunas reflexiones, hubo una búsqueda de instrumentos validados en Brasil que evaluaran la espiritualidad de los niños y adolescentes. Sin embargo, los protocolos nacionales encontrados no se aplicaron a la cohorte que se buscaba cubrir. (JORGE; ESGALHADO; PEREIRA, 2016; MARTINS et al., 2015; DUARTE, DUARTE, WANDERLEY, 2011).

Al investigar en la literatura internacional instrumentos que se ajustan al tema de investigación, encontramos The Growing Disciples Inventory (GDI) y, al contactar a la autora,



nos autorizó a llevar a cabo el proceso de adaptación cultural a la lengua portuguesa de Brasil. Se consideró el uso de este instrumento, ya que cuando fue validado para la cultura y la lengua portuguesa de Brasil, pudo ser utilizado como una herramienta relevante para los investigadores nacionales, haciendo posible hacer diferentes reflexiones con el tema de la espiritualidad.


Método


Este trabajo apunta al proceso de adaptación cultural de la versión infantil de una escala llamada “The Growing Disciples Inventory (GDI)”, que es una herramienta que fue creada para que el individuo pueda autoevaluar el crecimiento espiritual y reflexionar sobre él. La investigación fue aprobada por el comité de ética de la UNASP, bajo el número de CAAE: 66631317.0.0000.5377, número de opinión: 2,012,419, y la fecha de aprobación 11 de abril de 2017.


Procedimientos metodológicos


Esta investigación está siendo adaptada al instrumento construido y validado en inglés por un investigador de la Universidad Andrews en los Estados Unidos, "The Growing Disciples Inventory (GDI)" (BRADFIELD, 2014). Se eligió este instrumento, porque el alcance y la relevancia del trabajo de crecimiento y desarrollo espiritual en las instituciones donde se recopilarían los datos es grande y necesario, y la obtención de un protocolo formal con validación nacional para la recopilación de datos sobre el tema de interés será muy útil. La metodología utilizada para la adaptación cultural fue la Taxonomía de Cosmin. Esta estructura metodológica acompañó todo el proceso de realización de las versiones hasta la llegada de la versión final y tiene cinco etapas.


Etapa 1 - Traducción del inventario al portugués


El instrumento fue enviado a dos traductores bilingües, nativos del idioma portugués, con fluidez en el idioma inglés, que trabajaron para respetar las intenciones del instrumento original. Uno de los traductores tenía conocimientos específicos sobre espiritualidad y el otro no. Ambos eran profesores de inglés y lingüística. La Taxonomía de Cosmin, utilizada como guía de esta investigación, afirma que esta primera etapa es muy importante, ya que su objetivo es llevar al lenguaje previsto la idea original del instrumento. Las traducciones de los profesionales responsables son llamadas por la literatura de T1 y T2 (traducciones 1 y 2).


Etapa 2 - Síntesis de las dos traducciones


Después del proceso de traducción, se elaboró una síntesis uniendo la traducción 1 y 2. La literatura llama a este momento T12. A partir de ese momento, el objetivo fue observar y resolver las diferencias entre los documentos que producían los traductores. En esta fase se creó una versión para su presentación al comité de expertos (síntesis). Se compararon las versiones y se resolvieron las diferencias relevantes hablando con los propios traductores. Luego, se preparó un informe que describía los desacuerdos y cómo fueron los cambios. Esta fase del proceso fue llevada a cabo por un profesor universitario bilingüe, conocedor del tema y con amplia experiencia en el proceso de adaptación cultural de escalas.


Etapa 3 - Retro traducciones


Las retrotraducciones fueron realizadas por profesionales nacidos en un país de habla inglesa que vivían y estudiaban en Brasil y hablaban portugués con fluidez. Estos dos individuos no conocían el tema propuesto y trabajaron individualmente a partir de la versión T12, que es la versión sintetizada de T1 y T2, e hicieron sus traducciones al idioma original del instrumento. Se realizó un análisis de las traducciones retro, la RT1 y la RT2. En esta fase, los cambios de estas versiones se evaluaron en relación con el original, y la retrotraducción no necesitaría ser idéntica al instrumento original, pero no podría perder el significado del instrumento, es decir, las ideas principales contenidas en cada pregunta.


Etapa 4 - Revisión de los jueces


En esta etapa se llevó a cabo la revisión de todos los procesos anteriores. Para ello, se reunió un comité de expertos compuesto por los dos traductores, un especialista en espiritualidad, un metodólogo, un pedagogo, dos profesionales especializados en adaptación cultural y un psicólogo. Previamente, a cada uno de los jueces se le envió un archivo que contenía el instrumento original, las dos traducciones (T1 y T2), las dos traducciones retro (RT1 y RT2) y también la versión propuesta para la prueba previa (T12). Además de los archivos, se envió orientación sobre las características semánticas, idiomáticas y culturales de cada elemento del instrumento.

El día de la reunión con los especialistas, todas las preguntas ya habían sido previamente analizadas y estudiadas por cada uno de los involucrados, generando una versión pre-final, para



que la siguiente etapa pudiera suceder: la pre-prueba. Hubo dos momentos para esta reunión con los jueces y ambas reuniones duraron aproximadamente tres horas. Los cambios propuestos se enumeran en el punto "Resultados" de este documento.


Etapa 5 - Pre-Evaluación


De acuerdo con las pautas de COSMIN, utilizadas en este estudio, es necesario que la evaluación previa se aplique a un mínimo de 30 individuos. En el presente estudio, la prueba previa se aplicó a 88 niños de 6º grado. Las edades correspondientes fueron consistentes con la propuesta para el proceso de adaptación cultural de esta escala. El objetivo de esta fase fue evaluar la comprensión de los niños de cada ítem de la escala propuesta.


Etapa 6 - Aplicación Final


Según Hair et al. (2005), es conveniente contar con 10 encuestados por cada pregunta del instrumento, lo que dio lugar a un mínimo de 660 encuestados, ya que el instrumento posterior a la prueba, con las subdivisiones de las preguntas 31 a 36, se quedó con 66 preguntas. La recolección de datos finalizó con el número de 797 encuestados.


Resultados previos a la evaluación

Este elemento contiene los resultados de la aplicación de la evaluación previa. Después de la aplicación, se realizaron otros análisis debido a la sugerencia de los encuestados. Durante el proceso, a los niños se les presentó el inventario, y a cada pregunta se les preguntó si tendrían preguntas o sugerencias que hacer para comprender mejor el cuestionario.

La Tabla 1 muestra las sugerencias sugeridas, que fueron devueltas al comité de expertos para la decisión final de aceptarlas o no. El inventario en esta fase del estudio representó a 88 niños de 10 y 11 años, todos del 6º grado, de la misma escuela.




Tabla 1 - Modificación después de la evaluación previa


Sugerencias de los encuestados:

Versión final modificada:

En la pregunta 2, los niños dijeron que el término "confesar" no tenía sentido y que el mejor término sería "decírselo". Según el

autor del instrumento, debe mantenerse el significado del verbo "confesar".


La cuestión ha cambiado.

En algunas declaraciones, la opción 2 "No estoy seguro" se reemplazó por la expresión "a veces" en la sección 1 (preguntas

4 a 10). En las secciones 3 y 4b, todas las preguntas se dejaron con la expresión "a veces".


Fue aceptada por el Comité y la enmienda se aplicó a la versión final.

Para las preguntas 21 a 28, se sugirió que en lugar de utilizar el término "no estoy seguro", se utilizara el término "a veces".

Fue aceptada por el Comité y la enmienda se aplicó a la versión final. Las alternativas eran "sí", "a veces" y "no".

En las preguntas 29 y 30, los niños dijeron que el término "no estoy seguro" sería mejor que "a veces".

Fue aceptada por el Comité y la enmienda se aplicó a la versión final.

De la pregunta 37 a la 42, presentaron la ausencia de significado en los términos: "no", "a veces" y "sí". Sugirieron poner los términos "nada", "a veces" y "demasiado".

Fue aceptada por el Comité y la enmienda se aplicó a la versión final.

Fuente: Datos de búsqueda


Los datos recopilados en Google Forms generaron una tabla de Excel que se exportó a SPSS 21.0 para su análisis estadístico. El valor Alfa de Cronbach se verificó para esta primera muestra, que fue de 0,913, lo que demuestra la fiabilidad del inventario inicialmente probado.


Análisis de la aplicación final del inventario


Este ítem presenta los resultados de la aplicación del Inventario en una muestra de 797 individuos, pues según la literatura, la muestra final, según Kerlinger (1986), debe utilizar para el proceso de adaptación cultural de instrumentos la mayor muestra posible, sugiriendo un número de diez sujetos por ítem del instrumento.

Kermarrec et al. (2006) también mencionan que la literatura recomienda la aplicación de la escala en 10 sujetos por ítem de escala en el proceso de adaptación cultural.

En esta fase de la investigación se obtuvieron 797 respuestas al inventario, y las características de los participantes respecto al género y la edad se presentan en las tablas 1 y 2:





Tabla 1 - Frecuencias por sexo



válido


Femenino

387

48.557

49.237

49.237

Masculino

380

47.679

48.346

97.583

Prefiero no responder

19

2.384

2.417

100.000

No respondidos

11

1.380



Total

797

100.000



Sexo Frecuencia Porcentaje Porcentaje

Porcentaje acumulado


Fuente: Datos de búsqueda


Tabla 2 - Frecuencias por edad


Edad

Frecuencia

Porcentaje

Porcentaje válido

Porcentaje acumulado

11

41

6.288

6.288

6.288

12

124

19.018

19.018

25.307

13

172

26.380

26.380

51.687

14

152

23.313

23.313

75.000

15

107

16.411

16.411

91.411

16

48

7.362

7.362

98.773

17

6

0.920

0.920

99.693

18

2

0.307

0.307

100.000

Por contestar

0

0.000



Total

652

100.000




Fuente: Datos de búsqueda


En este estudio, la confiabilidad se evaluó mediante un análisis de consistencia interna, utilizando ω de MacDonald, porque la literatura mencionada sugiere que esta prueba es más sensible que la α de Cronbach para evaluar la precisión de los resultados entre los factores (ŞIMŞEK; NOYAN, 2013; ZINBARG et al., 2006).

El análisis de McDonald ω se aplicó a través del software open-source, JASP®, versión 0.13.1, y el resultado general del inventario se puede ver en la tabla 3. Los valores cercanos a 1 indicaron una excelente consistencia interna, según los informes de la literatura. (GADERMANN; et al., 2012). Los valores de este Inventario fueron, por lo tanto, muy satisfactorios, presentando 0,9 del McDonald ω, y 0,89 del α cronbach.




Tabla 3 - Escala de confiabilidad GDI-Kids


Estimar McDonald's ω α de Cronbach


Estimación puntual

0.900

0.899

95% IC de límite inferior del

0.886

0.889

95% IC de límite superior del

0.910

0.909

Fuente: Datos de búsqueda


Análisis Factorial Exploratorio (AFE)


El AFE se utilizó para identificar las diferentes cargas factoriales de cada pregunta, y el valor de referencia para la inclusión de la pregunta en uno de los factores debe ser mayor que

≥ 0,30, y para la prueba de Kaiser-Meyer-Olkin (KMO) ≥ 0,50. Los VALORES del índice KMO que indican que el Análisis Factorial es apropiado deben ser ≥ 0,80. (HONGYU, 2018). Los valores de la prueba KMO gdi-kids se presentan en la tabla 4, mostrando que el

AFE fue apropiado.


Tabla 4 - Valores de KMO


Prueba de Kaiser-Meyer-Olkin

Pregunta

MSA

Pregunta

MSA

Pregunta

MSA

Pregunta

PERO

Pregunta

MSA

1

0.926

14

0.830

27

0.766

40

0.885

53

0.840

2

0.905

15

0.844

28

0.835

41

0.882

54

0.864

3

0.831

16

0.907

29

0.913

42

0.862

55

0.907

4

0.858

17

0.887

30

0.893

43

0.900

56

0.909

5

0.811

18

0.897

31

0.870

44

0.885

57

0.881

6

0.791

19

0.901

32

0.841

45

0.864

58

0.898

7

0.920

20

0.849

33

0.855

46

0.914

59

0.877

8

0.878

21

0.906

34

0.882

47

0.899

60

0.880

9

0.897

22

0.923

35

0.895

48

0.902

61

0.901

10

0.850

23

0.833

36

0.923

49

0.915

62

0.829

11

0.872

24

0.860

37

0.854

50

0.864

63

0.841

12

0.917

25

0.868

38

0.879

51

0.875

64

0.918

13

0.890

26

0.887

39

0.891

52

0.881

65

0.922









66

0.902

Fuente: Datos de búsqueda


Otro indicador que muestra que el AFE fue adecuado es la prueba (Q2), que debe tener un valor de significancia inferior a 0,005, y el valor de la prueba, dividido por los grados de libertad (df), debe ser inferior a 3,0. Los valores de prueba (Q2) se pueden ver en la tabla 5.




Tabla 5 - Valores de prueba (Q2)



Valor

Df

p

Modelo

4486.136

1887

< .001


Fuente: Datos de búsqueda


Así, en esta prueba, además de que el valor de significancia es inferior a 0,001, el valor de división de (Q2), dividido por la cantidad de grados de libertad (df), es igual a 2,377, por tanto, inferior a 3, lo que indica que el EFE era adecuado. (DOU et al., 2018; Martínez, MARTINEZ, CAMACHO, 2020; TOGNETTA et al., 2021)

El AFE se realizó en el Software open-source, JASP®, versión 0.13.1, y para ello se decidió delimitar en cuatro factores, en lugar de dejar libre la cantidad de factores. El propio programa indicaba que la mejor rotación sería el Promax Ortogonal.

Después de la primera rotación, eliminamos del modelo estadístico las 24 preguntas que no estaban agrupadas en ninguno de los cuatro factores. Por lo tanto, el inventario GDI-KIDS, que inicialmente tenía 66 preguntas, ahora tiene 42 preguntas en su versión final.

Los factores fueron nombrados, como se muestra en el Gráfico 2:


Tabla 2 - Preguntas presentes en la composición de cada factor


Factor

Un.

Pregunta

Construir

F1

32

31.B. ¿Cuánto te animan tus amigos a pasar tiempo con Dios todos los días?


Conexión espiritual con la comunidad

F1

35

31. E. ¿Cuántos otros te animan a pasar tiempo con Dios todos los días?

F1

37

32.B. ¿Cuánto te hablan tus amigos sobre cómo hacerte amigo de Jesús?

F1

40

32.E. ¿Cuánto te hablan otras personas acerca de cómo hacerse amigo de Jesús?

F1

42

33.B. ¿Cuánto te enseñan tus amigos a estudiar la Biblia y orar?

F1

45

33.E. ¿Cuántos otros te enseñan a estudiar la Biblia y orar?

F1

47

34.B. ¿Cuánto te ayudan tus amigos a aprender a perdonar a los demás?

F1

50

34. E. ¿Cuánto te ayudan los demás a aprender a perdonar a los demás?

F1

52

35.B. ¿Cuánto se dan cuenta tus amigos cuando hablas o actúas como Jesús?

F1

55

35. E. ¿Cuánto se dan cuenta otras personas cuando hablas o actúas como Jesús?

F1

57

36.B. ¿Cuánto te ayudan tus amigos a descubrir las habilidades que Dios te da?

F1

60

36. E. ¿Cuántos otros te ayudan a descubrir las habilidades que Dios te da?





F2

33

31.C. ¿Cuánto te anima tu pastor a pasar tiempo con Dios todos los días?


Conexión con líderes espirituales

F2

34

31.D. ¿Cuánto te animan tus maestros a pasar tiempo con Dios todos los días?

F2

38

32.C. ¿Cuánto te habla tu pastor acerca de cómo hacerte amigo de Jesús?

F2

39

32.D. ¿Cuánto le hablan sus maestros acerca de cómo hacerse amigo de Jesús?



F2

43

33.C. ¿Cuánto te enseña tu pastor a estudiar la Biblia y orar?


F2

44

33.D. ¿Cuánto le enseñan sus maestros a estudiar la Biblia y orar?

F2

48

34.C. ¿Cuánto te ayuda tu pastor a aprender a perdonar a los demás?

F2

49

34.D. ¿Cuánto te ayudan tus maestros a aprender a perdonar a los demás?

F2

58

36.C. ¿Cuánto te ayuda tu pastor a descubrir las habilidades que Dios te da?

Fuente: Datos de búsqueda


Tabla 2 - Preguntas presentes en la composición de cada factor (cont.)







F3


1

1. Me gustan las historias que me enseñan más acerca de Dios.


Entender a Dios y sus enseñanzas

F3


3

3. Dios nunca dejará de amarme.

F3


11

11. Creo que Dios me dio la Biblia para que yo aprendiera acerca de Él.

F3


13

13. Creo que Dios creó todas las cosas y se preocupa por ellas.

F3


14

14. Creo en Dios el Padre, en su Hijo Jesucristo y en el Espíritu Santo.

F3


15

15. Creo que después de la guerra en el Cielo y el primer pecado de Adán y Eva, todos pecamos.

F3


16

16. Creo que los Diez Mandamientos nos ayudan a entender cómo es Dios y cómo vivir con gozo.

F3


17

17. Doy gracias a Jesús que murió para pagar por mis pecados, porque me ama mucho.

F3


18

18. Entiendo que el bautismo demuestra que acepto a Jesús como mi Salvador y elijo seguirlo.

F3


19

19. Entiendo que Jesús está ahora en el Cielo y pronto vendrá a buscar a todos los que aman a Dios.

F3


20

20. Creo que Dios creará una nueva tierra al final de la guerra entre el bien y el mal, y entonces no habrá más pecado o dolor.






F4


4

4. Todos los días le pido a Dios que me ayude a descubrir lo que puedo hacer por Él.


Participación en la misión divina de restauración

F4


5

5. Muestro amor por mi familia ayudando en casa sin que me lo pidan.

F4


7

7. Me gusta adorar a Dios en mi iglesia con los demás.

F4


12

12. Le pido a Dios que me ayude a obedecer lo que la Biblia enseña, incluso cuando es difícil.

F4


21

21. Ruego que el Espíritu Santo me ayude a entender lo que Dios quiere que haga.

F4


22

22. Elijo obedecer a Jesús y Sus enseñanzas, incluso si mis amigos no toman esa decisión.

F4


29

29. Quiero ayudar a tantas personas como sea posible a estar listas para el regreso de Jesús.

F4


36

32.A. ¿Cuánto le habla su familia acerca de cómo hacerse amigo de Jesús?

F4


41

33.A. ¿Cuánto le enseña su familia a estudiar la Biblia y orar?

F4


66

42. Animo a mis amigos a usar sus talentos para servir a Dios.

Fuente: Datos de búsqueda





Después de analizar las preguntas que quedaban en cada factor, se observa que hubo una distribución equilibrada del número de preguntas para cada constructo, siendo 12 preguntas en el factor 1, nueve preguntas en el factor 2, 11 en el factor 3 y 10 en el factor 4.


Discusión


De acuerdo con las recomendaciones de la Taxonomía COSMIN, se realizó la traducción, síntesis, retrotraducción del Inventario GDI-KIDS, análisis por parte del comité de expertos y evaluación previa de la versión pre-final. A la reunión del comité de expertos asistieron un metodólogo, dos lingüistas, uno de los traductores, un experto en espiritualidad, un pedagogo, además del investigador. Tras la primera reunión, se plantearon algunas dudas al autor de la escala y a los traductores para llegar a un consenso. La evaluación de la equivalencia semántica, idiomática, cultural y conceptual realizada por el comité se realizó satisfactoriamente, y todos los miembros analizaron y discutieron cada elemento del Inventario. Después de la prueba previa, algunas modificaciones sugeridas por los niños se discutieron con el comité y con el autor del instrumento para decidir cuáles deberían ser

aceptadas. Después de esta fase, el Inventario se aplicó en una muestra más grande.

De acuerdo con los valores estadísticos presentados, la AFE fue satisfactoria. El índice de fiabilidad, obtenido por MacDonald ω (0,90), indicó la consistencia interna de la escala. (DOU et al., 2018; HONGYU, 2018). El valor chi-cuadrado, así como la razón de los grados de libertad, apuntaban a la apropiación de la AFE.

En este trabajo de adaptación cultural, se optó por utilizar el valor ω de MacDonald para obtener la fiabilidad de la escala, pues varios estudios recientes demuestran que este índice es superior al Alfa de Cronbach, hasta entonces ampliamente utilizado en la investigación de la adaptación cultural. (VIANA et al., 2012; HAYES, HAYES, HAYES COUTTS, 2020; WECHSLER et al., 2019).

El AFE, por lo tanto, con cuatro factores o constructos, que era la concepción del autor de la versión original, era apropiado, como señalaban los valores de las estadísticas presentadas en el capítulo de resultados. El autor del instrumento original había previsto cuatro constructos, de la siguiente manera: 1. Conectarse con Dios, consigo mismo y con los demás, 2. Comprender a Jesús y sus enseñanzas, 3. Participar en la misión divina de restauración, y 4. Vivir en comunidad, ayudándose unos a otros a conocer, amar y servir. Sin embargo, la versión brasileña adaptó los constructos, manteniendo la cuestión de la conexión, la comprensión de Dios y sus enseñanzas, y la participación en la misión divina, como se muestra en el Gráfico 2.




En todas las fases del trabajo, al contactar con la literatura, fue posible visualizar la importancia de producir conocimiento en el área de la espiritualidad infantil en Brasil, ya que la investigación sobre este tema aún es escasa en la literatura nacional (BECKER; SILVA, 2018; MOTA, 2005; VALDIVIA, 2017).

En la literatura internacional, hay más estudios sobre este tema, pero pocos siguen vinculados al área educativa. Según algunos autores, los servicios de educación de la primera infancia deben promover y nutrir el crecimiento y el desarrollo en todos los aspectos, incluido el lado espiritual del niño. (BROOJENI; BROOJENI, 2015; NORTJÉ; VAN DER MERWE, 2016; OKUMOTO, 2019).

En una encuesta realizada con niños islámicos, una cultura que tiene un modelo de programas para mejorar la salud mental de los niños, los autores informaron que los padres son los actores más importantes en la implementación de programas educativos, y que obedecer estos programas protege la salud de los niños y juega un papel importante en la promoción de su avance espiritual (BROOJENI; BROOJENI, 2015).

La espiritualidad de un niño es fortalecida por los miembros de la familia y la comunidad, especialmente si estas reuniones son regulares. La comunidad de un niño se puede definir de varias maneras, como el ambiente del aula, la actividad recreativa, la actividad espiritual o el equipo deportivo. Los miembros de la familia que enriquecen las experiencias espirituales al aire libre de los niños les ofrecen nuevas oportunidades para expresarse creativamente, ampliar su imaginación y ser desafiados continuamente (HARRIS, 2016).

Aunque existen varios estudios sobre la influencia de la familia en la espiritualidad del niño (CROSBY; SMITH, 2015; HARRIS, 2016; YUST, 2017), GDI-KIDS tenía varios

problemas relacionados con la familia que no se adhirieron a ningún factor. Sin embargo, los temas que abordaban las relaciones con la comunidad tenían una buena adherencia a dos factores. Los estudios que enfatizan el importante papel de las comunidades y los líderes espirituales en el desarrollo espiritual de los niños también se han encontrado en la literatura internacional (CROSBY; SMITH, 2015; FERRARI; GUERRERO, 2017; FISHER, 2010; TITULAR, TITULAR, COLEMAN; WALLACE, 2010).


Consideraciones finales


Ser capaz de llevar la reflexión científica sobre la espiritualidad en los diversos niveles que conforman una escuela aportó mayor ciencia de la relevancia de contar con un instrumento que pudiera apoyar este proceso. La búsqueda de un instrumento específico relacionado con la




espiritualidad del niño, disponible en lengua portuguesa de Brasil, reveló la ausencia de un protocolo adecuado para ello. La revisión sistemática confirmó la escasez de métodos científicos que sistematizaran formas concretas para que los niños midieran la espiritualidad en las experiencias de los niños. Es importante que las escuelas puedan entender que el uso de este instrumento elevará el nivel de interrelaciones entre maestros y estudiantes y hará que la institución entienda el mejor camino a seguir con respecto a la espiritualidad. Las posibilidades de reflexión que esta herramienta aporta al entorno científico, con respecto a la espiritualidad en los niños, son innegables.

Obtener los resultados de la AFE en el proceso de adaptación cultural y mostrar la evidencia de validez del instrumento fue de gran relevancia científica, porque la búsqueda de otras escalas de espiritualidad utilizadas en Brasil mostró que más del 80% de estas no fueron sometidas a un proceso adecuado de adaptación cultural y evaluación de propiedades psicométricas.

El siguiente paso de esta investigación será la realización del análisis factorial confirmatorio, para evaluar la evidencia de validez de la versión brasileña, de modo que el GDI Kids pueda ser ampliamente utilizado por los investigadores interesados en este tema.


REFERENCIAS


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Cómo hacer referencia a este artículo


VIANA, H. B.; GUIMARÃES, R. R. O. G. Evidencias de validez de la versión infantil del Growing Disciples Inventory (GDI) para uso en lengua portuguesa de Brasil. Revista Ibero- Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 1, p. 0182-0196, enero/marzo 2022. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i1.14847


Enviado en: 09/03/2021

Revisiones requeridas en: 24/04/2021

Aprobado en: 09/05/2021

Publicado en: 02/01/2022




EVIDENCE OF VALIDITY OF THE CHILDREN’S VERSION OF THE GROWING

DISCIPLES INVENTORY (GDI) FOR USE IN PORTUGUESE LANGUAGE BRAZIL


EVIDÊNCIAS DE VALIDADE DO GROWING DISCIPLES INVENTORY (GDI) VERSÃO INFANTIL PARA USO NA LÍNGUA PORTUGUESA DO BRASIL


EVIDENCIAS DE VALIDEZ DE LA VERSIÓN INFANTIL DEL GROWING DISCIPLES INVENTORY (GDI) PARA USO EN LENGUA PORTUGUESA DE BRASIL


Helena Brandão VIANA1 Roberta Rodrigues de Oliveira GUIMARÃES2


ABSTRACT: This research aimed to carry out the cultural adaptation of the Growing Disciples Inventory (GDI), an inventory of spirituality for the Portuguese language of Brazil. In the first stage, the following procedures were performed: two translations, translation synthesis; two back-translations; synthesis of back-translations; review of the expert committee; and the pre- test. The pre-test was attended by 88 respondents aged approximately 10 and 11 years who raised doubts and suggested changes. The final version was applied in 797 children and adolescents, and the results underwent a reliability analysis using McDonald's ω. The inclusion of experimental methods composed the factor analysis and the use of Exploratory Factorial Analysis (EFA) brought to the present study to identify the different factor loads and the reference value for including each question in one of the factors explained in the text. The chi- 2 value (Q2) divided by the number of degrees of freedom was 2.37, and the significance value less than 0.001 indicated that the EFA was adequate.


KEYWORDS: Spirituality. Child. Inventory. Cultural adaptation. Exploratory factor analysis.


RESUMO: Essa pesquisa objetivou realizar a adaptação cultural do Growing Disciples Inventory (GDI) para a Língua Portuguesa do Brasil. Na primeira etapa foram feitos os seguintes procedimentos: duas traduções; síntese da tradução; duas retro traduções; síntese das retro traduções; revisão do comitê de especialistas; e o pré-teste. O pré-teste teve a participação de 88 respondentes com idades de 10 e 11 anos que apontaram dúvidas e sugestões de modificação. A versão final foi aplicada em 797 crianças e adolescentes e os resultados sofreram uma análise de confiabilidade através do ω de McDonald. A utilização da Análise Fatorial Exploratória (AFE) trouxe ao presente estudo a identificação das diferentes cargas fatoriais, e o valor de referência para inclusão de cada questão nos fatores explicitados no texto. O valor do qui-2 (Q2) dividido pela quantidade dos graus de liberdade igual a 2.37, bem como o valor de significância menor que 0.001 indicaram que a AFE foi adequada.


1 Adventist University Center (UNASP), Engenheiro Coelho – SP – Brazil. Permanent Professor in the Graduate Program in Education. PhD in Physical Education (UNICAMP). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2018-202X. E-mail: hbviana2@gmail.com

2 Adventist University Center (UNASP), Engenheiro Coelho – SP – Brazil. Masters Degree from the Graduate Program in Education. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0036-562X. E-mail: robertaguimaraes79@hotmail.com




PALAVRAS-CHAVE: Espiritualidade. Criança. Inventário. Adaptação cultural. Análise fatorial exploratória.


RESUMEN: Esta investigación tuvo como objetivo realizar la adaptación cultural del Growing Disciples Inventory (GDI), para la lengua portuguesa de Brasil. En la primera etapa se realizaron los siguientes procedimientos: dos traducciones; síntesis de traducción; dos traducciones retro; síntesis de retro traducciones; revisión del comité de expertos; y la prueba previa. La prueba previa contó con la participación de 88 encuestados con aproximadamente 10 e 11 años que señalaron dudas y sugerencias de modificación. La versión final se aplicó a 797 niños y adolescentes y los resultados se sometieron a un análisis de confiabilidad utilizando McDonald's ω. El uso del Análisis Factorial Exploratorio (AFE) trajo al presente estudio la identificación de las diferentes cargas factoriales, y el valor de referencia para incluir cada pregunta en los factores explicados en el texto. El valor de chi-2 (Q2) dividido por el número de grados de libertad fue 2,37, y el valor de significancia menor a 0,001 indicó que el EFA era adecuado.


PALABRAS CLAVE: Espiritualidad. Niño. Inventario. Adaptación cultural. Análisis factorial exploratorio.


Introduction


Spirituality is something, apparently, distant from the scientific environment. However, through some questioning and reading, one realizes that this premise is no longer so assertive. Some may consider that religion and spirituality are related terms, but this is not true. Religion and spirituality have different interpretations and, even in the scientific environment, there is still questioning about their representations (FISHER, 2010; ZINNBAUER et al., 1997).

There is currently no clear distinction in the literature in studies on spirituality and religiosity. Many researchers still treat both terms ambiguously, sometimes using one term in place of the other (ZINNBAUER et al., 2016). There are also differences among scholars in the field about the definition of these two terms.

The idea of this research was constructed through some inquietude about how children experience their relationship with spirituality. After some reflections, there was a search for validated instruments in Brazil that evaluated the spirituality of children and adolescents. However, national protocols found did not apply to the cohort that was sought to cover. (JORGE; ESGALHADO; PEREIRA, 2016; MARTINS et al., 2015; DUARTE; WANDERLEY, 2011).

When searching the international literature for instruments that were adequate to the theme of the research, we found The Growing Disciples Inventory (GDI) and, after contacting the author, she authorized us to carry out the process of cultural adaptation for the Brazilian



Portuguese language. The use of this instrument was considered because, once it was validated for the Brazilian culture and Portuguese language, it could be used as a relevant tool for national researchers, making it possible to carry out different reflections on the theme of spirituality.


Method


This paper proposes the process of cultural adaptation of the children's version of a scale called "The Growing Disciples Inventory (GDI)", which is a tool that was created so that the individual can self-assess spiritual growth and reflect on it. The research was approved by the ethics committee of UNASP, under CAAE number: 66631317.0.0000.5377, opinion number: 2.012.419, and the approval date April 11, 2017.


Methodological procedures


In this research, the instrument built and validated in English by a researcher at Andrews University in the United States, "The Growing Disciples Inventory (GDI)" (BRADFIELD, 2014), is being adapted. This instrument was chosen because the scope and relevance of the work of spiritual growth and development in the institutions where the data would be collected is large and necessary, and obtaining a formal protocol with national validation for data collection regarding the topic of interest will be very useful. The methodology used for the cultural adaptation was Cosmin's Taxonomy. This methodological structure followed the whole process of making the versions until the final version and has five stages.


Stage 1 - Translation of the inventory into Portuguese


The instrument was sent to two bilingual translators, native speakers of Portuguese, fluent in English, who worked to ensure that the intentions of the original instrument were respected. One of the translators had specific knowledge about spirituality and the other did not. Both were professors of English Language and Linguistics. Cosmin's Taxonomy, used as a guide for this research, states that this first stage is very important, since its objective is to bring the original idea of the instrument into the target language. The translations by the responsible professionals are referred to in the literature as T1 and T2 (translations 1 and 2).





Stage 2 - Synthesis of the two translations


After the process of translations, a synthesis was made by joining translation 1 and 2. The literature calls this moment T12. From this moment on, the objective was to observe and solve the differences between the documents that the translators produced. In this phase a version was created to be sent to the expert committee (synthesis). The versions were compared, and the relevant differences were resolved by talking to the translators themselves. Then, a report was written describing the disagreements and how the changes were made. This phase of the process was carried out by a bilingual university professor, who knows the subject and has extensive experience in the process of cultural adaptation of scales


Stage 3 - Retro translations


The retro translations were performed by professionals born in an English-speaking country who lived and studied in Brazil and were fluent in Portuguese. These two individuals did not know the proposed theme and worked individually from version T12, which is the synthesized version of T1 and T2, and made their translations into the original language of the instrument. An analysis of the back-translations, RT1 and RT2, was performed. In this phase, the changes in these versions in relation to the original were evaluated, and the back translation did not have to be identical to the original instrument, but it could not lose the meaning of the instrument, that is, the main ideas contained in each question.


Stage 4 - Judges Review


At this stage all the previous processes were reviewed. For this, a committee of experts was assembled, composed of the two translators, a specialist in spirituality, a methodologist, an educator, two professionals specialized in cultural adaptation, and a psychologist. Previously, each of the judges was sent a file containing the original instrument, the two translations (T1 and T2), the two retro-translations (RT1 and RT2), and also the version proposed for the pre- test (T12). In addition to the files, the judges were sent guidelines to observe the semantic, idiomatic, and cultural characteristics of each item of the instrument.

On the day of the meeting with the experts, all questions had been previously analyzed and studied by each of those involved, generating a pre-final version so that the next step could take place: the pre-test. There were two moments for this meeting with the judges, and both





meetings lasted approximately three hours. The proposed changes are presented in the 'Results' section of this paper.


Stage 5 - Pre-Test


According to the COSMIN guidelines used in this study, it is necessary that the pre-test be applied to a minimum of 30 individuals. In the present study, the pre-test was applied to 88 children in 6th grade. The corresponding ages were consistent with the proposal for the cultural adaptation process of this scale. The purpose of this phase was to evaluate the children's understanding of each item of the proposed scale.


Estágio 6 - Aplicação Final


According to Hair et al. (2005), it is appropriate to have 10 respondents for each question in the instrument, which led to a minimum of 660 respondents, since the post-test instrument, with the subdivisions of questions 31 to 36, was left with 66 questions. The data collection ended with a number of 797 respondents.


Pre-test results

This item shows the results of the pre-test application. After the application, other analyses were performed due to the suggestion of the respondents. During the process, the inventory was presented to the children, and after each question they were asked if they had any doubts or suggestions to make in order to better understand the questionnaire.

Chart 1 shows the suggestions made, which were returned to the expert committee for a final decision on whether to accept them or not. In this phase of the research, 88 children aged 10 and 11, all in the 6th grade, from the same school, answered the inventory.





Chart 1 – Modification after pre-test


Respondents’ sugestions:

Modified final version:

In question 2, the children said that the term "confess" was meaningless and that the best term would be "tell Him".

According to the author of the instrument, the meaning of the verb "confess" should be kept.


The question was modified.

In some statements, option 2, "I'm not sure," was replaced by the expression "sometimes" in section 1 (questions 4 to 10). In

sections 3 and 4b, all questions were replaced with the expression "sometimes".


It was accepted by the Committee and the change was applied to the final version.


For questions 21 through 28, it was suggested that instead of using the term "not sure", the term "sometimes" should be used.

It was accepted by the Committee and the change was applied to the final version. The

alternatives became "yes", "sometimes" and "no".

In questions 29 and 30, the children said that the term "not sure" would be better than "sometimes."

It was accepted by the Committee and the change was applied to the final version.

From question 37 to 42 it was presented by them the absence of

meaning in the terms: "no", "sometimes" and "yes". They suggested putting the terms "not at all", "sometimes" and "very".

It was accepted by the Committee and the change was applied to the final version.

Source: Research data


The data collected in Google Forms generated an Excel table that was exported to SPSS

21.0 for statistical analysis. The Cronbach's Alpha value for this first sample was verified and was 0.913, demonstrating the reliability of the inventory initially tested.


Analysis of the final inventory application


This item presents the results of the application of the Inventory in a sample of 797 individuals, because according to the literature, the final sample, according to Kerlinger (1986), should use the largest possible sample for the process of cultural adaptation of instruments, suggesting a number of ten subjects per item of the instrument.

Kermarrec et al. (2006) also mention that the literature recommends applying the scale to 10 subjects per scale item in the cultural adaptation process.

In this phase of the research, 797 responses to the inventory were obtained, and the characteristics of the participants regarding gender and age are presented in tables 1 and 2:




Table – Frequency per gender



percentage


Female

387

48.557

49.237

49.237

Male

380

47.679

48.346

97.583

I’d rather not say

19

2.384

2.417

100.000

Not answered

11

1.380



Total

797

100.000



Source: Research data





Gender Frequency Percentage Valid

Cumulative Percentage


Table 2 – Frequency by age


Age

Frequency

Percentage

Valid percentage

Cumulative percentage

11

41

6.288

6.288

6.288

12

124

19.018

19.018

25.307

13

172

26.380

26.380

51.687

14

152

23.313

23.313

75.000

15

107

16.411

16.411

91.411

16

48

7.362

7.362

98.773

17

6

0.920

0.920

99.693

18

2

0.307

0.307

100.000

Not answered

0

0.000



Total

652

100.000




Source: Research data


In this research, reliability was assessed by internal consistency analysis, using ω of MacDonald, as the mentioned literature suggests this test as more sensitive than Cronbach's α to assess the accuracy of the results across factors (ŞIMŞEK; NOYAN, 2013; ZINBARG et al., 2006).

McDonald's ω analysis was applied using the open-source software, JASP®, version 0.13.1, and the general result of the Inventory can be seen in Table 3. The values close to 1 indicated a very good internal consistency, as reported in the literature. (GADERMANN; et al.,. 2012). The values of this Inventory were therefore very satisfactory, presenting 0.9 of McDonald's ω, and 0.89 of Cronbach's α.




Table 3 – GDI-Kids Reliability Scale


Estimate McDonald's ω Cronbach's α


Point estimate

0.900

0.899

95% CI lower bound

0.886

0.889

95% CI upper bound

0.910

0.909

Source: Research data




Exploratory Factor Analysis (EFA)


The EFA was used to identify the different factor loadings of each question, and the reference value for inclusion of the question in one of the factors should be greater than ≥ 0.30, and for the Kaiser-Meyer-Olkin (KMO) test ≥ 0.50. KMO index values that indicate that Factor Analysis is appropriate should be ≥ 0.80. (HONGYU, 2018).

The KMO test values of the GDI-KIDS are presented in Table 4, showing that the EFA was appropriate.


Table 4 – KMO Values


Kaiser-Meyer-Olkin test

Question

MSA

Question

MSA

Question

MSA

Question

MAS

Question

MSA

1

0.926

14

0.830

27

0.766

40

0.885

53

0.840

2

0.905

15

0.844

28

0.835

41

0.882

54

0.864

3

0.831

16

0.907

29

0.913

42

0.862

55

0.907

4

0.858

17

0.887

30

0.893

43

0.900

56

0.909

5

0.811

18

0.897

31

0.870

44

0.885

57

0.881

6

0.791

19

0.901

32

0.841

45

0.864

58

0.898

7

0.920

20

0.849

33

0.855

46

0.914

59

0.877

8

0.878

21

0.906

34

0.882

47

0.899

60

0.880

9

0.897

22

0.923

35

0.895

48

0.902

61

0.901

10

0.850

23

0.833

36

0.923

49

0.915

62

0.829

11

0.872

24

0.860

37

0.854

50

0.864

63

0.841

12

0.917

25

0.868

38

0.879

51

0.875

64

0.918

13

0.890

26

0.887

39

0.891

52

0.881

65

0.922









66

0.902

Source: Research data


Another indicator that shows that the EFA was adequate is the test (Q2), which should have a significance value less than 0.005, and the test value, divided by the degrees of freedom (df), should be less than 3.0. The values of the test (Q2) can be seen in table 5.




Table 5 – Test values (Q2)



Value

df

p

Model

4486.136

1887

< .001


Source: Research data


Thus, in this test, besides the significance value being less than 0.001, the value of the division of (Q2), divided by the number of degrees of freedom (df), is equal to 2.377, therefore, less than 3, indicating that the EFA was adequate. (DOU et al., 2018; MARTINEZ; CAMACHO, 2020; TOGNETTA et al., 2021)

The EFA was performed in the open-source software, JASP®, version 0.13.1, and it was decided to delimit four factors instead of leaving the number of factors free. The program itself indicated that the best rotation would be Orthogonal Promax.

After the first rotation, we removed from the statistical model the 24 questions that did not cluster in any of the four factors. Therefore, the GDI-KIDS inventory, which initially had 66 questions, now has 42 questions in its final version.

The factors were named, as shown in Chart 2:


Chart 2 – Questions present in the composition of each factor


Factor

Num.

Question

Construct

F1

32

31.B. How much do your friends encourage you to spend time with God




every day?


F1

35

31. E. How much do other people encourage you to spend time with God




every day?


F1

37

32.B. How much do your friends talk to you about how to have friendship




with Jesus?


F1

40

32.E. How much do other people talk with you about how to have




friendship with Jesus?


F1

42

33.B. How much do your friends teach you about Bible study and prayer?

Spiritual

F1

45

33.E. How much do other people teach you how to study the Bible and

connection



pray?

with the

F1

47

34.B. How much do your friends help you learn how to forgive others?

community

F1

50

34. E. How much do other people help you learn how to forgive others?


F1

52

35.B. How much do your friends notice when you speak or act like Jesus?


F1

55

35. E. How much do other people notice when you speak or act like Jesus?


F1

57

36. B. How much do your friends help you discover the abilities that God




gives you?


F1

60

36. E. How much do other people help you discover the abilities that God




gives you?






F2

33

31.C. How much does your pastor encourage you to spend time with God

Connection



every day?

with

F2

34

31.D. How much do your teachers encourage you to spend time with God

spiritual



every day?

leaders



F2

38

32.C. How much does your pastor talk to you about how to have friendship with Jesus?


F2

39

32.D. How much do your teachers talk with you about how to have friendship with Jesus?

F2

43

33.C. How much does your pastor teach you about Bible study and prayer?

F2

44

33.D. How much do your teachers teach you to study the Bible and pray?

F2

48

34.C. How much does your pastor help you learn how to forgive others?

F2

49

34.D. How much do your teachers help you learn how to forgive others?

F2

58

36. C. How much does your pastor help you to discover the abilities that God gives you?

Source: Research data


Chart 2 – Questions present in the composition of each factor (cont.)







F3


1

1. I like stories that teach me more about God.


Understanding God and His Teachings

F3


3

3. God will never stop loving me.

F3


11

11. I believe God gave the Bible for me to learn about Him.

F3


13

13. I believe that God created all things and cares about them.

F3


14

14. I believe in God the Father, His Son Jesus Christ, and the Holy Spirit.

F3


15

15. I believe that after the war in Heaven and the first sin of Adam and Eve, we all sinned.

F3


16

16. I believe that the Ten Commandments help us understand what God is like and how to live joyfully.

F3


17

17. I thank Jesus who died to pay for my sins, because He loves me so much.

F3


18

18. I understand that baptism shows that I accept Jesus as my Savior and choose to follow Him.

F3


19

19. I understand that Jesus is now in Heaven and will soon come for all who love God.

F3


20

20. I believe that God will create a new earth at the end of the war between good and evil, and then there will be no more sin or sorrow.






F4


4

4. Every day I ask God to help me discover what I can do for Him.


Involvement in the divine mission of restoration

F4


5

5. I show love for my family by helping at home without being asked.

F4


7

7. I like to worship God in my church with other people.

F4


12

12. I ask God to help me obey what the Bible teaches, even when it is difficult.

F4


21

21. I pray that the Holy Spirit will help me understand what God wants me to do.

F4


22

22. I choose to obey Jesus and His teachings even if my friends don't make that choice.

F4


29

29. I want to help as many people as possible to be ready for Jesus' return.

F4


36

32.A. How much does your family talk with you about how to have friendship with Jesus?

F4


41

33.A. How much does your family teach you to study the Bible and pray?

F4


66

42. I encourage my friends to use their talents to serve God.

Source: Research data




After analyzing the questions that remained in each factor, it can be seen that there was a balanced distribution of the number of questions for each construct, with 12 questions in factor 1, nine questions in factor 2, 11 in factor 3, and 10 in factor 4.


Discussion


According to the recommendations of the COSMIN Taxonomy, the translation, synthesis, retro-translation of the GDI-KIDS Inventory, the analysis by the expert committee, and the pre-test of the pre-final version were performed. The expert committee meeting was attended by a methodologist, two linguists, one of the translators, a spirituality specialist, an educator, and the researcher. After the first meeting, some doubts were brought to the author of the scale and to the translators in order to reach a consensus. The evaluation of the semantic, idiomatic, cultural, and conceptual equivalence performed by the committee was satisfactory, and all members thoroughly analyzed and discussed each item of the Inventory.

After the pre-test, some modifications suggested by the children were discussed with the committee and the author of the instrument to decide which ones should be accepted. After this phase, the Inventory was applied to a larger sample.

According to the statistical values presented, the EFA proved to be satisfactory. The reliability index, obtained by MacDonald's ω (0.90), pointed to the internal consistency of the scale. (DOU et al., 2018; HONGYU, 2018). The chi-square value, as well as its ratio by the degrees of freedom, pointed to the appropriateness of the EFA.

In this cultural adaptation work, we chose to use the value of MacDonald's ω to obtain the reliability of the scale, because several recent studies show that this index is superior to Cronbach's Alpha, until then widely used in Cultural Adaptation research. (VIANA et al., 2012; HAYES; COUTTS, 2020; WECHSLER et al., 2019).

The EFA, therefore, with four factors or constructs, which was the author's conception of the original version, was appropriate, as indicated by the statistical values presented in the results chapter. The author of the original instrument had predicted four constructs, as follows:

1. connecting with God, self, and others, 2. understanding Jesus and His teachings, 3. getting involved in the divine mission of restoration, and 4. living in community, helping each other to know, love, and serve. However, the Brazilian version adapted the constructs, keeping the issue of connection, understanding God and His teachings, and involvement in the divine mission, as shown in Table 2.





In all phases of the work, when contacting the literature, it was possible to visualize the importance of producing knowledge in the area of children's spirituality in Brazil, since research in this theme is still scarce in the national literature (BECKER; SILVA, 2018; MOTA, 2005; VALDIVIA, 2017).

In the international literature, one can find more studies on this theme, but still few are linked to the educational area. According to some authors, early childhood education services should promote and nurture growth and development in all aspects, including the spiritual side of the child. (BROOJENI; BROOJENI, 2015; NORTJÉ; VAN DER MERWE, 2016; OKUMOTO, 2019).

In a research conducted with Islamic children, a culture that has a model of programs to improve children's mental health, the authors reported that parents are the most important actors in implementing educational programs, and that obeying these programs protects children's health, and plays an important role in promoting their spiritual advancement (BROOJENI; BROOJENI, 2015).

A child's spirituality is strengthened by family members and community, especially if these gatherings are regular. A child's community can be defined in many ways, such as a classroom setting, recreational activity, spiritual activity, or sports team. Family members who enrich children's outdoor spiritual experiences provide them with new opportunities to express themselves creatively, expand their imagination, and be continually challenged (HARRIS, 2016).

Although there are several studies on family influence on children's spirituality (CROSBY; SMITH, 2015; HARRIS, 2016; YUST, 2017), the GDI-KIDS had several family-

related questions that did not adhere to any factors. However, questions that addressed relationship with the community had good adherence on two factors. Studies emphasizing the important role of communities and spiritual leadership in children's spiritual development were also found in the international literature (CROSBY; SMITH, 2015; FERRARI; GUERRERO, 2017; FISHER, 2010; HOLDER; COLEMAN; WALLACE, 2010).


Final considerations


To be able to bring scientific reflection on spirituality at various levels that make up a school brought greater awareness of the relevance of having an instrument that could support this process. The search for a specific instrument related to the spirituality of the child, available in the Brazilian Portuguese language, revealed the absence of an adequate protocol for this. The




systematic review confirmed the scarcity of scientific methods that systematize concrete ways to measure spirituality in children's experiences. It is important that schools understand that the use of this instrument will raise the level of inter-relations between teachers and students, and will make the institution understand what is the best path to be followed as far as spirituality is concerned. The possibilities of reflection that this tool brings to the scientific environment regarding spirituality in children are undeniable.

Obtaining the results of the EFA in the process of cultural adaptation and showing the evidence of validity of the instrument was of great scientific relevance, since the search for other spirituality scales used in Brazil showed that more than 80% of these had not undergone an adequate process of cultural adaptation and evaluation of psychometric properties

The next step in this research will be to perform a Confirmatory Factor Analysis to evaluate the validity evidence of the Brazilian version, so that the GDI Kids can be widely used by researchers interested in this topic..


REFERENCES


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How to reference this article


VIANA, H. B.; GUIMARÃES, R. R. O. G. Evidence of validity of the children´s version of the Growing Disciples Inventory (GDI) for use in Portuguese language Brazil. Revista Ibero- Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 1, p. 0182-0196, Jan./Mar. 2022. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i1.14847


Submitted: 09/03/2021 Revisions required: 24/04/2021 Approved: 09/05/2021 Published: 02/01/2022


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