PROSÓDIA NA LIBRAS – UM ESTUDO DO CORPUS DO ENEM-2017


PROSODIA EM LA LENGUA BRASILEÑA DE SEÑAS – UM ESTUDIO DEL CORPUS DEL ENEM-2017


PROSODY IN BRAZILIAN SIGN LANGUAGE – A CORPUS STUDY OF ENEM-2017


Rúbia Carla da SILVA1 Ana Paula de Oliveira SANTANA2


RESUMO: As articulações faciais refletem subcomponentes prosódicos das línguas orais e sinalizadas. Trata-se de uma pesquisa de natureza aplicada, documental, de caráter descritivo- exploratório, através do método observacional. Objetiva-se compreender quais movimentos faciais de manifestação prosódica de entonação na Libras e suas significações em contexto narrativo. Como procedimento metodológico, optou-se por uma revisão bibliográfica sobre a American Sign Language (ASL) e a Língua de Sinais israelense, e pela análise de uma questão da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2017 – primeira edição em Libras. Como resultados, foram criadas tabelas sobre os movimentos dos elementos faciais superiores e suas significações, verificando-se a relevante contribuição da pesquisa para a legitimação linguística da Libras, para estudos sobre ensino e aprendizagem das línguas de sinais para a significação, compreensão e produção da linguagem. Evidencia-se, portanto, a necessidade de novos olhares e pesquisas acerca da linguística da Libras, devido à escassez de estudos publicados.


PALAVRAS-CHAVE: Prosódia. Entonação. Língua de sinais.


RESUMEN: Las articulaciones faciales reflejan subcomponentes prosódicos del lenguaje oral y de señas. Se trata de una investigación de naturaleza aplicada, documental, de carácter descriptivo-exploratorio, a través del método observacional. Se objetiva comprender cuales son los movimientos faciales de manifestación prosódica de entonación en Lengua Brasileña de Señas y sus significaciones en el contexto narrativo. Como procedimiento metodológico, se optó por una revisión bibliográfica sobre la Lengua Americana de Señas y la Lengua de Señas Israelí, y por el análisis de una pregunta del test del Examen Nacional de la Enseñanza Media (ENEM) de 2017 - primera edición en Lengua Brasileña de Señas. Como resultados, fueron creadas tablas a cerca de los movimientos de los elementos faciales superiores y sus significaciones, verificándose la relevante contribución de la pesquisa para la legitimación lingüística de la Lengua Brasileña de Señas, para estudios sobre la enseñanza y el aprendizaje de las lenguas de señas, para la significación, comprensión y producción del lenguaje. Es evidente, por lo tanto, la necesidad de nuevas miradas e investigaciones acerca de la lingüística de la Lengua Brasileña de Señas, debido a la escasez de estudios publicados.


PALABRAS CLAVE: Prosodia. Entonación. Lengua de señas.

1 Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis – SC – Brasil. Doutoranda no Programa de Pós- Graduação em Linguística. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-0285-909X. E-mail: silvablum@gmail.com

2 Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis – SC – Brasil. Professora Associada no Curso de Fonoaudiologia e no Programa de Pós-Graduação em Linguística. Doutorado em Linguística (UNICAMP). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9508-9866. E-mail: anaposantana@hotmail.com




ABSTRACT: Facial joints reflect on prosodic subcomponents of oral and sign languages. Therefore, it is a research of an applied, documentary, of a descriptive-exploratory character, through the observational method. The objective is to understand which are the facial movements of intonational prosodic manifestation in Brazilian Sign Language and what it means in a narrative context. As a methodological procedure, we opted for a bibliographic review about American Sign Language (ASL) and Sign Language Israeli and the analysis of a question of the High School National Exam (ENEM) of 2017 – the first edition of the test in Brazilian Sign Language. As results, were created a table about elements of superior facial movements and their means, furthermore verify a relevant contribution to research for the linguistic legitimization of Brazilian Sign Language, for the analyses about teaching and learning sing languages, for the signification, comprehension, and production parlance. Consequently, emphasize a new look and research about the linguistic of Brazilian Sign Languages, due to the scarceness of this publication studies.


KEYWORDS: Prosody. Intonation. Sign Language.


Introdução


Apesar da intensificação de pesquisas no Brasil direcionadas à Língua Brasileira de Sinais (Libras), permanecem lacunas importantes no que compete aos aspetos relacionados à modalidade, à estrutura linguística, à estilística e aos aspectos literários. A grande maioria das publicações está direcionada aos aspectos educacionais bilíngues e/ou inclusivos dos sujeitos surdos na educação básica, ao letramento dos surdos, e outra parcela direcionada aos estudos da tradução e interpretação bimodal. Contudo, nas últimas décadas tem-se observado um importante interesse de diferentes áreas em torno da Língua Brasileira de Sinais. O campo da linguística tem contribuído com a caracterização da natureza da língua de sinais, relacionados à aquisição e processamento da linguagem (DUARTE; MESQUITA, 2016).

No campo educacional, essas discussões reverberam de forma significativa para e em cada um dos atores envolvidos na perspectiva bilíngue, como na educação inclusiva. Professores surdos, intérpretes, professores bilíngues, profissionais do Atendimento Educacional Especializado (AEE), entre outros agentes da educação, precisam compreender com maior aprofundamento as questões relacionadas à Libras, para entenderem e considerarem que a entonação da língua de sinais contribui diretamente para sua significação. Dessa maneira, o que já está garantido na legislação, como a Lei 10.436/2002 (BRASIL, 2002), o Decreto 5626/2005 (BRASIL, 2005), a Lei 13.146/2015 (BRASIL, 2015), passa a

ser entendido não apenas como cumprimento legal, mas como a legitimação e a efetivação das ações dos sujeitos sociais, tendo, assim, seu impacto nos processos de ensino e aprendizagem do aluno surdo.




Diante do exposto, é a partir dos estudos realizados em torno da Fonologia que se encontram explicações acerca de estruturas prosódicas a partir da identificação de aspectos sintáticos e/ou morfológicos, que caracterizam uma regularidade fonológica como objeto de estudo. A Prosódia das e nas línguas de sinais cada vez mais têm interessado diferentes pesquisadores como Coulter (1979) e Padden (1988) para American Sign Language (ASL); Johnston (1989) para Língua Australiana de Sinais (Auslan); Deuchar (1984) para a Língua Britânica de Sinais (BSL); e Sandler (1999; 2012) para Língua de Sinais Israelense (FENLON; BRENTARI, 2018; SANDLER, 2012).

No Brasil, encontramos estudos recentes acerca da Prosódia da Libras em autores como Santos (2018), Goes (2019), Souza (2020), entre outros, abordando os mais variados aspectos e elementos constitutivos das expressões não manuais. Nesse sentido, entender sobre a importância das articulações faciais como constituintes da linguagem requer compreender que estas fazem parte da prosódia e estão relacionadas com os demais níveis linguísticos.

No intuito de contribuir para o aprofundamento desses estudos nas línguas de sinais, especificamente relacionados à Libras, este artigo apresenta discussões sobre um de seus subcomponentes – a entonação. Para tanto, essa pesquisa tem como objetivo compreender quais são os movimentos faciais de manifestação prosódica de entonação na Libras e suas significações em contexto narrativo. Como metodologia utilizou-se de revisão bibliográfica e análise de uma questão da prova do Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM-2017, primeira edição em Libras.


A Fonologia Prosódica


A Fonologia Prosódica se define por ser uma teoria formal que visa compreender as estruturas prosódicas a partir da identificação de aspectos sintáticos e/ou morfológicos, que caracterizam uma regularidade fonológica como aplicação de estudo. Descreve como se manifestam as porções de enunciados em diferentes línguas, considerando as semelhanças e diferenças, para definir parte da gramática de cada língua, quanto à regularidade da manifestação oral, determinando como o acento frasal se realiza (HORA; MATZENAUER, 2017). Nas línguas de sinais, essas semelhanças e diferenças definem aspectos semânticos conforme o movimento isolado ou combinado de partes físicas faciais como olhos, boca, bochechas, língua, testa, sobrancelhas e nariz.

Como Sandler (2012) afirma, a prosódia possibilita que algumas partes de um enunciado possam ser enfatizados, ressaltando-os em afirmativos, negativos, interrogativos e




exclamativos. Inclusive avaliando a dependência ou não de um conhecimento necessário compartilhado, como de outros dados pragmáticos. Dessa maneira, a Prosódia investiga não apenas o que se diz, mas como se diz, esmiuçando o tempo, a proeminência3, a entonação e a relação entre eles.


Elementos Prosódicos


Em se tratando de língua oral, ao separar a fala, podem ser explorados os segmentos – vogais e consoantes; e as prosódicas – sílabas, moras silábicas4, pé5, grupo tonal6, tons entoacionais7, tessitura8 e tempo. Porém, há algumas propriedades fonéticas – suprassegmentos – que representam a duração segmental, ritmo, altura, nasalização e articulações secundárias, entre outras, também de interesse da fonologia prosódica (FENLON; BRENTARI, 2018; MASSINI-CAGLIARI; CAGLIARI, 2001).

Mas, quando se trata de língua sinalizada, ainda há pouco interesse em se observar como ocorrem os trechos rítmicos, as modulações significativas dos sinais, a ênfase e a entonação. Contudo, Liddell, Baker e Padden, cada qual com sua pesquisa sobre a American Sign Language (ASL), observaram que havia diferenças entre os enunciados e que essas eram manifestadas por configurações da face, cabeça e corpo – constituintes do sintagma entonacional – concomitante com a realização dos sinais. Iniciam-se, a partir da década de 1980, os estudos descritivos de marcadores não-manuais faciais como elementos sintáticos e/ou prosódicos (SANDLER, 2012).

Nesse ínterim, as articulações não-manuais faciais, enquanto marcadoras dos elementos prosódicos, podem ser entendidas como manifestação do ritmo (cronometragem); entonação (rosto); e proeminência (corpo), correlacionados à estrutura rítmica temporal, manifestada pelos sinais manuais. Tais elementos prosódicos citados são percebidos pelos movimentos das sobrancelhas, dos olhos e da cabeça, além das pausas e transições (FENLON; BRENTARI, 2018; SANDLER, 2012).


3 Proeminência – refere-se ao grau em que uma sílaba ou som se destaca dos outros no seu contexto.

4 Moras silábicas – unidade de duração da fonologia métrica para analisar parte da sílaba denominada rima.

5 Pé métrico – grupo acentual de extensão variada a depender da taxa da enunciação (elocução). Unidade estrutural rítmica das línguas de ritmo acentual.

6 Grupo tonal – unidade sonora para classificar uma sequência distintiva de tons numa elocução, podendo corresponder a uma frase, oração ou palavra, caracterizada do ponto de vista entonacional.

7 Tom – traço do léxico que diz respeito aos padrões de altura da voz de unidades lexicais.

8 Tessitura – espaço compreendido entre o som mais grave e o mais agudo.

Termos disponíveis no Dicionário de Termos Linguísticos, do ILTEC – Instituto de Linguística Teórica e Computacional. Disponível em: http://www.portaldalinguaportuguesa.org/



Entonação


A entonação permite uma “rica e sutil mistura de significados [...] como aditivo, seletivo, rotineiro, vocativo, contundente”, em um mesmo enunciado, porém produzido com padrões entonacionais diferentes (SANDLER, 2012, p. 61-62). Igualmente, a entonação pode ser analisada nas línguas de sinais por meio da expressão facial, que cumpre as funções pragmáticas da entonação vocal, e pode ser dissociada dos elementos sintáticos do discurso. No que se diferem as línguas orais e de sinais quanto à entonação, é que os marcadores entonacionais orais são sequenciais, enquanto os marcadores entonacionais não-manuais faciais ocorrem simultaneamente.

O exemplo de Sandler (2012, p. 63) – YOU INSULT JANE, GEORGE ANGRY (Você insulta Jane, George zangado) – apresenta dois significados não ambíguos que são percebidos conforme as expressões faciais apresentadas. Se o enunciado for sinalizado com não-manuais faciais neutros, o significado é de uma afirmação “Você insultou Jane e George ficou bravo”. Porém, se o mesmo enunciado for sinalizado acompanhado dos marcadores não-manuais faciais como sobrancelhas levantadas e cabeça inclinada durante toda a sinalização, e piscar os olhos na junção das orações, o significado passa a ser de uma condição: “Se você insultar Jane, George ficará zangado”. Mesmo que haja um sinal específico para a condicional “Se”, nem sempre é necessário seu uso, sendo possível ter o mesmo entendimento da condição pelos marcadores não-manuais faciais apresentados.

Em estudos similares com a Língua de Sinais Israelense, a entonação é percebida na mudança das articulações faciais entre os sintagmas entonacionais, havendo também mudança na posição da cabeça e do corpo. Isso evidencia que nas línguas de sinais, a entonação facial ocorre simultaneamente com todo o constituinte prosódico, diferentemente das línguas orais, quando a ocorrência é sequencial (SANDLER, 2012).

Considerar os movimentos da cabeça, olhos, sobrancelha e testa, e o deslocamento do tronco para frente ou para trás, contribui cada qual com sua significação para o entendimento de um sistema componencial complexo das línguas sinalizadas. Esses constituintes podem ser caracterizados com determinado significado, conforme propôs Coulter (1979). Como exemplo, as sobrancelhas elevadas geralmente significam dependência e/ou continuação (semelhança com o tom alto nas línguas faladas), ou uma condição; olhos semicerrados significam recuperar informações já compartilhadas, ou uma condicional contrafactual; a testa





franzida, comum em perguntas do tipo “-qu”, significa suposições e/ou uma atitude emocional do sinalizante, conforme o contexto (COUTLER, 1979 apud SANDLER, 2012).

Assim sendo, por se considerar os estudos prosódicos de grande complexidade, elegeu-se como objeto de estudo a entonação manifestada na Libras, e consequentemente, sua influência e contribuição para os possíveis significados produzidos no contexto narrativo analisado.


Pressupostos metodológicos


Trata-se de um estudo de natureza aplicada, documental, do tipo descritivo- exploratório, pelo método observacional. A geração de dados foi realizada em dois momentos distintos: (a) revisão bibliográfica de estudos realizados sobre a prosódia da ASL e Língua de Sinais Israelense, apresentados por Fenlon e Brentari (2018) e Sandler (2012); (b) transcrição e análise da seleção de uma questão da prova do ENEM-2017, em Libras, gravada em vídeo, correspondente à versão escrita em língua portuguesa.

Selecionou-se a primeira questão da área de Ciências Humanas e suas tecnologias, nomeada como “Questão 46”, com duração de 1 min 27 seg (Imagem 1), aplicada no primeiro dia de prova, pertencente ao Caderno 10 Verde. Foi considerado para análise apenas o enunciado da questão, por se tratar de um discurso narrativo. O trecho corresponde ao intervalo entre 6 seg 09 centésimos e 51 seg 36 centésimos, totalizando 45 seg 27 centésimos de vídeo para análise. Foram descartados os trechos das alternativas, por apresentarem neutralidade expressiva (sem entonação), necessária à idoneidade do propósito avaliativo do exame, porém não adequada para o estudo proposto.


Imagem 1 – Questão 46 – Vídeo e Texto






Fonte: INEP – ENEM (2017); PDF da prova ENEM (2017)9

Os dados foram transcritos por meio do software ELAN 5.3 (EUDICO Linguistic Annotator), desenvolvido pelo Max Planck Institute for Psycholinguistics. Tratando-se da língua de sinais, permite o registro de comentários, descrição da situação de interação, de sons associados à produção de sinais, marcações não manuais, linhas para anotações das glosas, tradução para outra língua, dentre outros (CHRISTMANN et al., 2010).

Para esse estudo, as trilhas (linhas) foram nomeadas com a combinação de letras e termos. Foram elencados cinco critérios a serem transcritos e analisados: (1) movimento dos olhos (MOV-O); (2) movimento das sobrancelhas (MOV-S); (3) movimento da testa (MOV- T); (4) movimento da cabeça (MOV-C); e o (5) significado prosódico (SP), dividido em quatro trilhas, referentes a cada elemento facial, nomeadas SP-O, SP-C, SP-S e SP-T.

Ao todo foram realizadas 224 anotações sobre os quatro elementos não-manuais faciais constituintes da prosódia, tanto sobre seus movimentos quanto aos possíveis significados. Para a análise do fragmento do vídeo foram determinados 326 seg 16 centésimos em anotações, com uma duração média de 1 seg 45 centésimos, entre intervalos de 18 centésimos de segundo a 18 seg 72 centésimos.


Resultados e análise dos dados


Quanto à revisão bibliográfica, foram analisados os movimentos faciais superiores apresentados como constituintes prosódicos nas línguas de sinais israelense e americana, pesquisados por Sandler (2012) e Fenlon e Brentari (2018), respectivamente. Foram analisados quatro elementos faciais e os tipos de movimentos realizados por eles, bem como a determinação de seus significados prosódicos.

Em relação à cabeça, observaram-se quatro movimentos distintos: neutro, longitudinal (rotação), latitudinal (flexão/extensão) e lateralização (inclinação). Quanto aos olhos, foram determinados seis movimentos: neutro, longitudinal (lateralização), latitudinal (para cima e para baixo), fechados ou semicerrados, arregalados, piscando (um ou dois olhos). Sobre as sobrancelhas, elencaram-se cinco movimentos: neutras, erguidas (para cima), franzidas (para baixo), alternadas, e arqueadas. E quanto à testa, determinaram-se dois movimentos: arqueada e franzida. Essa revisão possibilitou a criação do Quadro 1, apresentada nos resultados.


9 Disponível em: http://enemvideolibras.inep.gov.br/2017/videoprova.html?prova=p2 Acesso em: 21 de novembro de 2018.



Para a verificação se os elementos faciais da ASL e da Língua de Sinais Israelense são manifestados de igual forma na Libras e constituem os mesmos significados, foi realizada a transcrição do vídeo, em trilhas dos movimentos de cada constituinte não-manual: cabeça, olhos, sobrancelhas e testa, considerando o Quadro 1 como indicativo dos movimentos possíveis. Em seguida, foram verificados se os possíveis significados apresentados na mesma tabela eram condizentes com o contexto da questão em análise. O vídeo da questão 46 faz referência a um trecho da obra “Banzo” (1912, p. 16), de Coelho Neto, romancista realista brasileiro.

Seguindo a ordenação das trilhas, obteve-se na trilha MOV-C 37 anotações, correspondendo em SP-C à mesma quantidade de anotações. A duração média dos movimentos da cabeça foi de 1 seg 21 centésimos. Quanto à trilha MOV-O, foram percebidos 46 casos, também correspondentes às anotações da trilha SP-O, sendo sua duração média de 97 centésimos. Nas trilhas MOV-S e SP-S foram obtidas igualmente 20 anotações. A duração média desses movimentos corresponde a 2 seg 25 centésimos, porém tendo uma duração máxima de 10 seg 01 centésimo. E, por fim, sobre a análise da testa, na trilha MOV-T foram verificados 12 casos, com duração média de 3 seg 7 centésimos, mas com uma duração máxima de 18 seg 72 centésimos. Porém, na trilha dos significados prosódicos correspondente SP-T, foram registrados apenas 6 casos. Isso devido ao fato de não se ter significado quando a testa se encontra na posição neutra (sem movimentação).

Cabeça: Quanto aos movimentos da cabeça e possíveis significados prosódicos, puderam ser verificadas 37 ocorrências, divididas em: (a) NEUTRA: 16 ocorrências compreendidas como “afirmativas”, ainda que uma delas tenha característica de “acabamento”; (b) FLEXÃO (para baixo): foram percebidas nove manifestações, das quais sete foram verificadas como “ênfase”, e duas como “função locativa”; (c) ROTAÇÃO DIREITA: foram quatro casos, sendo dois como “foco” e os outros como “função locativa”;

(d) INCLINAÇÃO DIREITA: obteve-se igualmente quatro casos que significaram a “confirmação” de foco ou de função locativa, apresentados pela rotação à direita; (e) EXTENSÃO (para cima): três situações se apresentaram, sendo apenas uma como “interrogativa” e as outras duas como “aditiva”; (f) INCLINAÇÃO ESQUERDA: apenas um caso foi observado, o que corresponde a uma suposição.



Olhos: Na transcrição e análise realizada dos movimentos dos olhos, nos 46 casos das trilhas MOV-O e SP-O, foram observados os seguintes dados: (a) NEUTRO: foram encontrados 21 casos em que a direção do olhar se encontra no centro, tendo como entendimento “afirmação”; (b) LATITUDINAL PARA BAIXO: obtiveram-se 14 casos, significando ora “ênfase” (seis), ora “foco” (oito). Diferenciaram-se tais significados pelo tempo médio de duração, sendo a ênfase um tempo maior e o foco uma duração menor; (c) LONGITUDINAL PARA DIREITA: encontrou-se apenas um caso, significando a ocorrência de uma “oração relativa”; (d) FECHAR: foram verificados cinco eventos, um no início do trecho analisado, significando “aceitação”, e os outros quatro indicaram “transição” entre enunciados; (e) SEMICERRAR: as três ocasiões percebidas indicaram a retomada de “informação compartilhada”; (f) ARREGALAR: apenas uma ocorrência desse movimento, evidenciando “intensidade”; (g) PISCAR (consecutivamente): observou-se uma ocorrência, apresentando um entendimento de “contradição”.

Sobrancelhas: Sobre os movimentos das sobrancelhas, transcritos na trilha MOV-S, foram encontrados 20 eventos, tendo a mesma quantidade correspondente na trilha SP-S, sobre os significados. Assim sendo, verificaram-se quatro aspectos diferentes: (a) NEUTRA: quando não há movimento algum, foram encontrados oito casos, todos indicando “afirmação”; (b) ERGUIDA: das cinco verificações, duas indicaram “admiração”, outras duas, “continuação”, e uma “condição”; (c) FRANZIDA: ao todo foram seis casos visualizados, sendo cinco compreendidos como “ênfase” e um outro como pergunta do tipo “- qu”, possíveis de serem diferenciados a partir de outros elementos não-manuais constituintes concomitantes; (d) ARQUEADA: quando apenas uma das sobrancelhas apresenta movimento, obteve-se um evento, entendido como “alternância”.

Testa: Para a transcrição e análise dos movimentos da testa, foram determinados 12 casos, divididos em apenas duas circunstâncias: (a) NEUTRA: aparecendo em seis momentos; e (b) ARQUEADA: quando encontra-se erguida, sendo mais seis casos. Em relação aos significados, apenas foram indicados os referentes aos arqueamentos, entendendo que a testa, na posição neutra, não determina nenhum entendimento. Assim sendo, foram verificadas duas ocorrências compreendidas como “admiração”, duas outras como “continuação”, uma como “dependência” e outra em pergunta do tipo “-qu”. Não foi elaborado gráfico referente aos



dados analisados a respeito da testa, por ser encontrado um único movimento no trecho em questão.

A partir da revisão bibliográfica elaborou-se o Quadro 1, com os resultados das pesquisas que apresentaram a caracterização dos movimentos faciais superiores como constituintes prosódicos e as possíveis significações assumidas nas línguas de sinais americana e israelense.


Quadro 1 – Caracterização de Movimentos Faciais Superiores


ELEMENTO

MOVIMENTO

SIGNIFICAÇÃO

IMAGEM


CABEÇA10

NEUTRO

Sem movimento

Eixo normal

Afirmação Acabamento

LONGITUDINAL

Rotação


Para a direita Para a esquerda


Foco Função Locativa

Transição Contradição


LATITUDINAL

Flexão/extensão


Para baixo Para cima

Para baixo Ênfase Pausa Função

Locativa

Para cima Interrogativa Negativa Aditiva


LATERALIZAÇÃO

Inclinação


Para a direita Para a esquerda


À direita

Confirmação


À esquerda Suposição Dúvida


ELEMENTO

MOVIMENTO

SIGNIFICAÇÃO

IMAGEM

OLHOS

NEUTRO

Foco normal

Afirmação


11


10 As imagens representativas da cabeça foram criadas no software Paint 3D, da Microsoft Corporation (2016).

11 Disponível em: https://zadbajosiebie.pl/jak-wykonac-prosty-makijaz-oka/. Acesso em: 10 set. 2020.





LONGITUDINAL


Foco


Lateralização

Or. Relativa

Transição


12

Para direita e

Condição


esquerda

Função Locativa




13


Para baixo


LATITUDINAL

Foco



Para baixo

Ênfase

Para cima


14

Para cima

Dúvida



Reflexão



Projeção

15

FECHADOS OU

SEMICERRADOS


Condição contrafactual Informações compartilhadas


16


ARREGALADOS


Surpresa


Bem abertos

Intensidade


17

PISCANDO

Um olho Dois olhos

Um olho Confirmação Aceitação

Dois olhos Pausa Contradição

Transição


18

ELEMENTO

MOVIMENTO

SIGNIFICAÇÃO

IMAGEM



NEUTRAS


Afirmação





19



Admiração



SOBRANCELHA

ERGUIDAS

Para cima

Continuação Condição

Dependência informacional


20



Perguntas-s/n




Negação



FRANZIDAS

Suposição



Para baixo

Perguntas-qu

Ênfase


21


12 Disponível em: https://www.gettyimages.pt/detail/foto/woman-looking-to-side-close-up-imagem-royalty-free/ 200478827-001. Acesso em: 10 set. 2020.

13 Disponível em: https://pt.freeimages.com/premium/suspicious-young-woman-looking-to-the-side-1626989. Acesso em: 10 set. 2020.

14 Disponível em: https://br.freepik.com/fotos-premium/macro-close-up-de-olhos-de-mulher-olhando-para- baixo_2350450.htm. Acesso em: 10 set. 2020.

15 Disponível em: https://br.freepik.com/fotos-premium/macro-close-up-de-olhos-de-mulher-olhando-para- cima_2350449.htm. Acesso em: 10 set. 2020.

16 Disponível em: https://revistaglamour.globo.com/Lifestyle/noticia/2015/08/tatica-do-momento-pra-selfie- perfeita-gente-ensina.html. Acesso em: 10 set. 2020.

17 Disponível em: https://www.gettyimages.com/detail/photo/terrified-young-woman-customer-royalty-free- image/173233567. Acesso em: 10 set. 2020.

18 Disponível em: https://www.recantodasletras.com.br/cronicas/4438183. Acesso em: 10 set. 2020.

19 Disponível em: https://zadbajosiebie.pl/jak-wykonac-prosty-makijaz-oka/. Acesso em: 10 set. 2020.

20 Disponível em: https://www.pinterest.ch/pin/761952830675913861/. Acesso em: 10 set. 2020. 21 Disponível em: https://ru.depositphotos.com/156528832/stock-photo-man-holding-tweezer-and- frowning.html. Acesso em: 10 set. 2020.




ALTERNADAS

Para cima e para

baixo, concomitante.

Dúvida Presunção Reflexão


22

ARQUEADAS

Área central para cima, extremidades

para baixo

Frustração Tristeza Alternância

23

ELEMENTO

MOVIMENTO

SIGNIFICAÇÃO

IMAGEM



Admiração




Continuação



ARQUEADA

Perguntas-s/n




Dependência

24

TESTA


Surpresa



Perguntas-qu




Suposições



FRANZIDA

Negação




Emoção

25



Ênfase


Fonte: Dados da pesquisa


A partir da análise do vídeo, foi elaborada uma segunda tabela, considerando as manifestações prosódicas na Libras, comprovando a existência dessas manifestações com iguais significados, em contexto narrativo.


Quadro 2 – Movimentos Faciais Da Libras Em Contexto Narrativo


CABEÇA

NEUTRO

LONGITUDINAL (R)

LATITUDINAL

LATERALIZAÇÃO (I)

(16)


→ (4) ← (0)


↑(3) ↓(9)


→ (4) ← (1)


OLHOS

NEUTRO

LONGITUD.

LATITUD.

FECH/SEMI

ARREGALADOS

PISCANDO

(21)


→ (1) ←(0)


↑(N) ↓(14)


(8)


(1)


I (0) II (1)


SOBRANCELHA

NEUTRAS

ERGUIDAS

FRANZIDAS

ALTERNADAS

ARQUEADAS

(8)

(5)

(6)

(0)

(1)


22 Disponível em: https://pt.srathbun.com/beauty/6098-srosshiesya-brovi-u-muzhchin-zhenschin-i-podrostkov- chto-oni-oznachayut-i-kak-ih-ubrat-navsegda-kak-udalit-srosshiesya-brovi-doma.html. Acesso em: 10 set. 2020.

23 Disponível em: https://www.thecoli.com/threads/faces-of-africa.212015/page-29. Acesso em: 10 set. 2020.

24 Disponível em: https://pt.depositphotos.com/44539155/stock-photo-males-face-showing-surprise.html. Acesso em: 10 set. 2020.

25 Disponível em: https://www.prestigeoralsurgery.com/2014/08/15/what-complications-are-possible-after-the- removal-of-wisdom-teeth/. Acesso em: 10 set. 2020.



_

TESTA

ARQUEADA

FRANZIDA

(6)


(0)


_

Fonte: Dados da pesquisa


A partir dos dados gerados e dos resultados obtidos, pode-se considerar a igualdade de ocorrência das manifestações prosódicas na Libras, em relação às apresentadas na ASL e na Língua de Sinais Israelense. Apesar de cada constituinte ter sido transcrito e analisado individualmente, sabe-se que é no conjunto das manifestações destes que se tem uma compreensão do significado contextual, enquanto manifesto prosódico. Diante disso, foram observados quais movimentos não-manuais são mais evidentes, quando analisados a partir desse conjunto de constituintes, correlacionados à sinalização. Portanto, esses conjuntos, a partir do início de um enunciado (início da sinalização) até uma pausa ou transição, manifestados por diferentes ocorrências (piscar dos olhos, movimento em direção oposta da cabeça, ou movimento para posição central neutra da cabeça), resultaram em 12 intervalos nomeados pela letra ‘F’, seguido de numeração correspondente do 1 ao 12.

O F-1 (6”08-8”12)26 correspondente ao início do trecho da análise, apresenta uma manifestação afirmativa, iniciada por uma admiração focada, perpassada enfaticamente de maneira sutil (rápida). Pode-se compreender como uma estratégia inicial para atrair a atenção do(s) interlocutor(es), por se tratar de discurso narrativo. O F-2 (8”12-14”08) deixa evidente duas transições, uma relacionada a um tempo passado e outra a um tempo mais atual. O intervalo entre essas transições promove no(s) interlocutor(es) a sensação de fazer parte do contexto, por afirmar que isso é de conhecimento de todos.

Quanto ao F-3 (14”08-17”72), há uma evidência de contradição, que é afirmada intensa e enfaticamente. Em seguida, no intervalo do F-4 (17”72-18”58) é feita uma referência a um questionamento, para esclarecer o contexto do F-3. A resposta é entendida em F-5 (18”58-25”55) quando responde o questionamento anterior, em uma afirmativa enfática.


26 Aspas dupla – representa o termo ‘segundos’, por exemplo em 6”08 lê-se seis segundos e oito centésimos. Assim deve ser entendido nos demais trechos indicativos de tempo.




Em se tratando do F-6 (25”55-30”91), é iniciado um novo enunciado aditivo com informações compartilhadas. Essas informações ora aparecem como foco, ora são enfatizadas e confirmadas. A diferenciação entre o foco e a ênfase foi percebida pela duração de cada ocorrência, tendo a ênfase um tempo maior de realização. O F-7 (30”91-35”13) enfatiza a continuidade do enunciado afirmativo, com admiração. Essa admiração é considerada como uma informação compartilhada, envolvendo novamente o(s) interlocutor(es) no contexto.

O F-8 (35”13-35”63) é bem caracterizado por uma transição de dependência, com uma condicional. Em F-9 (35”63-37”89), há a presença de uma função locativa como introdutória a uma interrogativa, tendo o foco no objeto constituinte da locação. E em F-10 (37”89-43”45), responde-se ao questionamento anterior por meio de uma suposição composta de função locativa enfatizada, como afirmação à suposição. O F-11 (43”45-49”13) apenas dá continuidade ao contexto anterior, adicionando enfaticamente a afirmativa apresentada de outra função locativa. Por fim, em F-12 (49”13-51”37) há apenas a confirmação do que foi apresentado, tendo, em seguida, o retorno na posição neutra.

Diante disso, é possível afirmar que a prosódia entonacional da Libras comprova que esses elementos faciais e seus movimentos são relevantes para a produção, significação e compreensão da linguagem nos momentos de interação para a construção do sentido da mensagem. São constituintes não-manuais faciais diferenciados, observados pelo interlocutor que recebe, bem como pelo interlocutor que está manifestando um discurso, construindo o sentido da língua pelas expressões dos movimentos faciais superiores. A atenção a esses aspectos contribui, assim, tanto para a proficiência da Libras quanto para a construção de significados entre os falantes/sinalizantes.


Considerações finais


Nesse estudo evidenciou-se que pesquisas sobre os elementos constituintes das línguas de sinais americana e israelense ocorreram de igual maneira na Libras. Ressaltamos aqui o papel fundamental de divulgação e esclarecimento sobre a estrutura e funcionamento linguístico da Libras, no que tange à prosódia das línguas de sinais. Não se relaciona somente à afetividade, à expressão de emoções, mas a Prosódia perpassa todos os níveis linguísticos e encadeia a interação, dando forma, significação e função ao diálogo.




Estudos sobre os aspectos da Fonologia Prosódica subsidiam pesquisas de outras áreas, como a Literatura surda e seu universo de investigação em narrativas de diferentes gêneros discursivos, bem como as pesquisas que envolvem a interpretação e tradução bimodal entre línguas de sinais e línguas orais. Também instigam novos olhares a respeito do ensino e aprendizagem das línguas de sinais, assumindo lugar de significação das línguas sinalizadas.

Em se tratando da Educação, a pesquisa tem também implicações para a área, uma vez que este conhecimento contribui aos atores presentes nas escolas e universidades, concorrendo para uma atuação responsiva quanto aos planejamentos e currículos educacionais bilíngues, respeitando as realidades psicossocial, cultural e linguística das comunidades surdas.


REFERÊNCIAS


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Como referenciar este artigo


SILVA, R. C.; SANTANA, A. P. O. Prosódia na Libras – um estudo do Corpus do Enem- 2017. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 16, n. 3, p. 1963- 1978, jul./set. 2021. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v16i3.15133


Submetido em: 16/12/2020

Revisões requeridas em: 10/01/2021 Aprovado em: 12/02/2021 Publicado em: 01/07/2021




PROSODIA EN LA LENGUA BRASILEÑA DE SEÑAS – UN ESTUDIO DEL CORPUS DEL ENEM-2017


PROSÓDIA NA LIBRAS – UM ESTUDO DO CORPUS DO ENEM-2017 PROSODY IN BRAZILIAN SIGN LANGUAGE – A CORPUS STUDY OF ENEM-2017


Rúbia Carla da SILVA1 Ana Paula de Oliveira SANTANA2


RESUMEN: Las articulaciones faciales reflejan subcomponentes prosódicos del lenguaje oral y de señas. Se trata de una investigación de naturaleza aplicada, documental, de carácter descriptivo-exploratorio, a través del método observacional. Se objetiva comprender cuales son los movimientos faciales de manifestación prosódica de entonación en Lengua Brasileña de Señas y sus significaciones en el contexto narrativo. Como procedimiento metodológico, se optó por una revisión bibliográfica sobre la Lengua Americana de Señas y la Lengua de Señas Israelí, y por el análisis de una pregunta del test del Examen Nacional de la Enseñanza Media (ENEM) de 2017 - primera edición en Lengua Brasileña de Señas. Como resultados, fueron creadas tablas a cerca de los movimientos de los elementos faciales superiores y sus significaciones, verificándose la relevante contribución de la pesquisa para la legitimación lingüística de la Lengua Brasileña de Señas, para estudios sobre la enseñanza y el aprendizaje de las lenguas de señas, para la significación, comprensión y producción del lenguaje. Es evidente, por lo tanto, la necesidad de nuevas miradas e investigaciones acerca de la lingüística de la Lengua Brasileña de Señas, debido a la escasez de estudios publicados.


PALABRAS CLAVE: Prosodia. Entonación. Lengua de señas.


RESUMO: As articulações faciais refletem subcomponentes prosódicos das línguas orais e sinalizadas. Trata-se de uma pesquisa de natureza aplicada, documental, de caráter descritivo-exploratório, através do método observacional. Objetiva-se compreender quais movimentos faciais de manifestação prosódica de entonação na Libras e suas significações em contexto narrativo. Como procedimento metodológico, optou-se por uma revisão bibliográfica sobre a American Sign Language (ASL) e a Língua de Sinais israelense, e pela análise de uma questão da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2017 – primeira edição em Libras. Como resultados, foram criadas tabelas sobre os movimentos dos elementos faciais superiores e suas significações, verificando-se a relevante contribuição da pesquisa para a legitimação linguística da Libras, para estudos sobre ensino e aprendizagem das línguas de sinais para a significação, compreensão e produção da linguagem. Evidencia- se, portanto, a necessidade de novos olhares e pesquisas acerca da linguística da Libras, devido à escassez de estudos publicados.


PALAVRAS-CHAVE: Prosódia. Entonação. Língua de sinais.


1 Universidad Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis – SC – Brasil. Doctoranda en el Programa de Posgrado en Lingüística. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-0285-909X. E-mail: silvablum@gmail.com

2 Universidad Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis – SC – Brasil. Profesora Asociada en la Carrera de Fonoaudiología y en el Programa de Posgrado en Lingüística. Doutorado em Linguística (UNICAMP). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9508-9866. E-mail: anaposantana@hotmail.com



ABSTRACT: Facial joints reflect on prosodic subcomponents of oral and sign languages. Therefore, it is a research of an applied, documentary, of a descriptive-exploratory character, through the observational method. The objective is to understand which are the facial movements of intonational prosodic manifestation in Brazilian Sign Language and what it means in a narrative context. As a methodological procedure, we opted for a bibliographic review about American Sign Language (ASL) and Sign Language Israeli and the analysis of a question of the High School National Exam (ENEM) of 2017 – the first edition of the test in Brazilian Sign Language. As results, were created a table about elements of superior facial movements and their means, furthermore verify a relevant contribution to research for the linguistic legitimization of Brazilian Sign Language, for the analyses about teaching and learning sing languages, for the signification, comprehension, and production parlance. Consequently, emphasize a new look and research about the linguistic of Brazilian Sign Languages, due to the scarceness of this publication studies.


KEYWORDS: Prosody. Intonation. Sign Language.


Introducción


A pesar de la intensificación de las investigaciones en Brasil dirigidas a la Lengua de Signos Brasileña (Libras), siguen existiendo importantes lagunas en cuanto a los aspectos relacionados con la modalidad, la estructura lingüística, la estilística y los aspectos literarios. La gran mayoría de las publicaciones están dirigidas a los aspectos educativos bilingües y/o inclusivos de las personas sordas en la educación básica, la alfabetización de los sordos, y otra parte dirigida a los estudios de traducción e interpretación bimodal. Sin embargo, en las últimas décadas se ha observado un importante interés de diferentes áreas en torno a la lengua de signos brasileña. El campo de la lingüística ha contribuido con la caracterización de la naturaleza de la lengua de signos, relacionada con la adquisición y el procesamiento del lenguaje (DUARTE; MESQUITA, 2016).

En el ámbito educativo, estas discusiones repercuten significativamente para y en cada uno de los actores involucrados en la perspectiva bilingüe, como en la educación inclusiva. Los profesores sordos, los intérpretes, los profesores bilingües, los profesionales del Servicio de Educación Especializada (AEE), entre otros agentes de la educación, necesitan comprender en mayor profundidad las cuestiones relacionadas con las Libras, para entender y considerar que la entonación de la lengua de signos contribuye directamente a su significado. Así, lo que ya está garantizado en la legislación, como la Ley 10.436/2002 (BRASIL, 2002), el Decreto 5626/2005 (BRASIL, 2005), la Ley 13.146/2015 (BRASIL, 2015), se entiende ahora no sólo como el cumplimiento legal, sino como la legitimación y la implementación de



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las acciones de los sujetos sociales, teniendo así su impacto en los procesos de enseñanza y aprendizaje de los estudiantes sordos.

En vista de lo anterior, es a partir de los estudios realizados en torno a la Fonología que se encuentran explicaciones sobre las estructuras prosódicas a partir de la identificación de aspectos sintácticos y/o morfológicos, que caracterizan una regularidad fonológica como objeto de estudio. La prosodia de y en las lenguas de signos ha interesado cada vez más a diferentes investigadores como Coulter (1979) y Padden (1988) para la lengua de signos americana (ASL); Johnston (1989) para la lengua de signos australiana (Auslan); Deuchar (1984) para la lengua de signos británica (BSL); y Sandler (1999; 2012) para la lengua de signos israelí (FENLON; BRENTARI, 2018; SANDLER, 2012).

En Brasil, encontramos estudios recientes sobre Prosodia de Libras en autores como Santos (2018), Goes (2019), Souza (2020), entre otros, abordando los más variados aspectos y elementos constitutivos de las expresiones no manuales. En este sentido, la comprensión de la importancia de las articulaciones faciales como constituyentes del lenguaje requiere entender que éstas forman parte de la prosodia y están relacionadas con los demás niveles lingüísticos.

Con el fin de contribuir a la profundización de estos estudios sobre las lenguas de signos, específicamente relacionados con Libras, este trabajo presenta discusiones sobre uno de sus subcomponentes - la entonación. Por lo tanto, esta investigación pretende comprender cuáles son los movimientos faciales de manifestación prosódica de la entonación en Libras y sus significados en el contexto narrativo. Como metodología se utilizó una revisión bibliográfica y el análisis de una pregunta del Examen Nacional de Educación Secundaria - ENEM-2017, primera edición en Libras.


La Fonología Prosódica


La Fonología Prosódica se define como una teoría formal que tiene como objetivo la comprensión de las estructuras prosódicas a partir de la identificación de aspectos sintácticos y/o morfológicos, que caracterizan una regularidad fonológica como aplicación de estudio. Describe cómo se manifiestan las porciones de los enunciados en las diferentes lenguas, considerando las similitudes y diferencias, para definir parte de la gramática de cada lengua, en cuanto a la regularidad de la manifestación oral, determinando cómo se realiza el acento frasal (HORA; MATZENAUER, 2017). En las lenguas de signos, estas similitudes y diferencias definen aspectos semánticos en función del movimiento aislado o combinado de





partes físicas del rostro como los ojos, la boca, las mejillas, la lengua, la frente, las cejas y la nariz.

Como afirma Sandler (2012), la prosodia permite enfatizar algunas partes de un enunciado, destacándolas en las afirmativas, negativas, interrogativas y exclamativas. Incluyendo la valoración de la dependencia o no de un conocimiento necesario compartido, como de otros datos pragmáticos. Así, la prosodia investiga no sólo lo que se dice sino cómo se dice, examinando el tiempo, la prominencia, la entonación y la relación entre ellos.


Elementos Prosódicos


En el caso del lenguaje oral, a la hora de separar el habla, se pueden explorar los segmentos - vocales y consonantes - y las propiedades prosódicas - sílabas, moras silábicas3, pie4, grupo tonal5, tonos de entonación6, tesitura7 y tempo. Sin embargo, hay algunas propiedades fonéticas -suprasegmentales- que representan la duración del segmento, el ritmo, el tono, la nasalización y las articulaciones secundarias, entre otras, también de interés en la fonología prosódica(FENLON; BRENTARI, 2018; MASSINI-CAGLIARI; CAGLIARI, 2001).

Sin embargo, cuando se trata de la lengua de signos, sigue habiendo poco interés en estudiar cómo se producen los tramos rítmicos, las modulaciones significativas de los signos, el énfasis y la entonación. Sin embargo, Liddell, Baker y Padden, cada uno con su propia investigación sobre el American Sign Language (ASL), observaron que había diferencias entre los enunciados y que éstas se manifestaban por las configuraciones de la cara, la cabeza y el cuerpo - constituyentes del sintagma entonacional - concomitantes a la realización de los signos. Los estudios descriptivos de los marcadores faciales no manuales como elementos sintácticos y/o prosódicos se iniciaron en los años 80 (SANDLER, 2012).

Por su parte, las articulaciones faciales no manuales, como marcadores de elementos prosódicos, pueden entenderse como una manifestación de ritmo (tiempo); entonación (cara); y prominencia (cuerpo), correlacionada con la estructura temporal rítmica, manifestada por las


3 Moras silábicas - unidad de duración de la fonología métrica para analizar la parte de la sílaba llamada rima.

4 Pie métrico - grupo acentual de longitud variable según el ritmo de enunciación (elocución). Unidad estructural rítmica de las lenguas de ritmo acentual.

5 Grupo tonal - unidad sonora para clasificar una secuencia distintiva de tonos en un enunciado, que puede corresponder a una frase, oración o palabra, caracterizada desde el punto de vista entonacional.

6 Tono: característica léxica que se refiere a los patrones de tono de la voz de las unidades léxicas.

7 Tessitura - espacio entre el sonido más grave y el más agudo.

Términos disponibles en el Diccionario de Términos Lingüísticos del ILTEC - Instituto de Lingüística Teórica y Computacional. Disponible en: http://www.portaldalinguaportuguesa.org/

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señales manuales. Dichos elementos prosódicos citados son percibidos por los movimientos de cejas, ojos y cabeza, además de las pausas y transiciones (FENLON; BRENTARI, 2018; SANDLER, 2012)


Tono


La entonación permite una "rica y sutil mezcla de significados [...] como aditivo, selectivo, rutinario, vocativo, contundente", en un mismo enunciado, pero producido con diferentes patrones entonacionales (SANDLER, 2012, p. 61-62). Asimismo, la entonación puede analizarse en las lenguas de signos a través de la expresión facial, que cumple las funciones pragmáticas de la entonación vocal, y puede disociarse de los elementos sintácticos del discurso. La diferencia entre la entonación en las lenguas orales y en las de signos es que los marcadores entonacionales orales son secuenciales, mientras que los marcadores entonacionales faciales no manuales se producen simultáneamente.

El ejemplo de Sandler (2012, p. 63) -Tú insultas a JANE, GEORGE ANGRÍA- presenta dos significados inequívocos que se perciben según las expresiones faciales presentadas. Si el enunciado se señala con no manuales faciales neutros, el significado es el de un enunciado "Has insultado a Jane y George se ha enfadado". Sin embargo, si el mismo enunciado se señala acompañado de marcadores faciales no manuales, como las cejas levantadas y la cabeza inclinada a lo largo de la señalización, y el parpadeo en la unión de las frases, el significado se convierte en una condición: "Si insultas a Jane, George se enfadará". Aunque existe un signo específico para el condicional "Si", su uso no siempre es necesario, y es posible tener la misma comprensión de la condición mediante los marcadores faciales no manuales presentados.

En estudios similares con la lengua de signos israelí, la entonación se percibe en el cambio de las articulaciones faciales entre las frases entonativas, con cambios en la posición de la cabeza y el cuerpo. Esto demuestra que en las lenguas de signos, la entonación facial se produce simultáneamente con todo el constituyente prosódico, a diferencia de las lenguas orales, en las que la ocurrencia es secuencial (SANDLER, 2012).

Teniendo en cuenta los movimientos de la cabeza, los ojos, las cejas y la frente, y el movimiento del tronco hacia delante o hacia atrás, cada uno de ellos contribuye con su significado a la comprensión de un complejo sistema componencial de lenguas de signos. Estos constituyentes pueden ser caracterizados con un determinado significado, como propone Coulter (1979). A modo de ejemplo, las cejas levantadas suelen significar dependencia y/o




continuación (similitud con el tono alto en las lenguas habladas), o una condición; los ojos entrecerrados significan recuperación de información ya compartida, o un condicional contrafáctico; la frente fruncida, común en las preguntas del tipo "-qu", significa suposiciones y/o una actitud emocional del signante, dependiendo del contexto (COUTLER, 1979 apud SANDLER, 2012).

Por lo tanto, considerando los estudios prosódicos de gran complejidad, se eligió como objeto de estudio la entonación manifestada en Libras, y en consecuencia, su influencia y contribución a los posibles significados producidos en el contexto narrativo analizado.


Supuestos metodológicos


Se trata de un estudio aplicado, documental, descriptivo-exploratorio, que utiliza el método observacional. La generación de datos se realizó en dos momentos distintos: (a) revisión bibliográfica de los estudios realizados sobre la prosodia del ASL y la lengua de signos israelí, presentada por Fenlon y Brentari (2018) y Sandler (2012); (b) transcripción y análisis de la selección de una pregunta del examen ENEM-2017, en Libras, grabada en vídeo, correspondiente a la versión escrita en portugués.

Se seleccionó la primera pregunta del área de Humanidades y sus tecnologías, denominada "Pregunta 46", con una duración de 1 min 27 seg (Imagen 1), aplicada el primer día de la prueba, perteneciente al Cuaderno Verde 10. Se ha considerado para el análisis sólo el enunciado de la pregunta, porque se trata de un discurso narrativo. El pasaje corresponde al intervalo entre 6 seg 09 centésimas y 51 seg 36 centésimas, totalizando 45 seg 27 centésimas de vídeo para el análisis. Los fragmentos de las alternativas fueron descartados, por presentar neutralidad expresiva (sin entonación), necesaria para la adecuación del propósito evaluativo del examen, pero no adecuada para el estudio propuesto.



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Imagen 1 – Cuestión 46 – Vídeo y Texto


Fuente: INEP – ENEM (2017); PDF de la prueba ENEM (2017)8


Los datos se han trascripto por medio del software ELAN 5.3 (EUDICO Linguistic Annotator), desarrollado por Max Planck Institute for Psycholinguistics. En el caso de la lengua de signos, permite el registro de comentarios, descripción de la situación de interacción, sonidos asociados a la producción de signos, marcas no manuales, líneas para anotaciones de glosas, traducción a otra lengua, entre otros (CHRISTMANN et al., 2010).

Para este estudio, las vías (líneas) se nombraron con la combinación de letras y términos. Se enumeraron cinco criterios para ser transcritos y analizados: (1) el movimiento de los ojos (MOV-O); (2) el movimiento de las cejas (MOV-S); (3) el movimiento de la frente (MOV-T); (4) el movimiento de la cabeza (MOV-C); y el (5) significado prosódico (SP), dividido en cuatro pistas, referidas a cada elemento facial, denominadas SP-O, SP-C, SP-S y SP-T.

En total, se hicieron 224 anotaciones sobre los cuatro elementos faciales no manuales que constituyen la prosodia, tanto sobre sus movimientos como sobre sus posibles significados. Para el análisis del fragmento de vídeo, se determinaron 326 s 16 centésimas en anotaciones, con una duración media de 1 s 45 centésimas, entre intervalos de 18 centésimas de segundo a 18 s 72 centésimas.


Resultados y análisis de los datos


En cuanto a la revisión bibliográfica, se analizaron los movimientos faciales superiores que se presentan como constituyentes prosódicos en las lenguas de signos israelíes y

8 Disponible en: http://enemvideolibras.inep.gov.br/2017/videoprova.html?prova=p2 Accesso el: 21 de noviembre de 2018.


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americanas, investigadas por Sandler (2012) y Fenlon y Brentari (2018), respectivamente. Se analizaron cuatro elementos faciales y los tipos de movimientos que realizan, así como la determinación de sus significados prosódicos.

En cuanto a la cabeza, se observaron cuatro movimientos distintos: neutro, longitudinal (rotación), latitudinal (flexión/extensión) y lateralización (inclinación). En cuanto a los ojos, se determinaron seis movimientos: neutro, longitudinal (lateralización), latitudinal (arriba y abajo), cerrado o semicerrado, muy abierto, parpadeo (uno o dos ojos). En cuanto a las cejas, se enumeraron cinco movimientos: neutro, elevado (hacia arriba), fruncido (hacia abajo), alternado y arqueado. Y en cuanto a la frente, se determinaron dos movimientos: arqueada y fruncida. Esta revisión permitió crear el Gráfico 1, presentado en los resultados.

Para verificar si los elementos faciales del ASL y del Lenguaje de Signos Israelí se manifiestan de la misma manera en Libras y constituyen los mismos significados, se realizó la transcripción del video en pistas de los movimientos de cada constituyente no manual: cabeza, ojos, cejas y frente, considerando la Tabla 1 como indicativa de los posibles movimientos. A continuación, se comprobó si los posibles significados presentados en la misma tabla eran coherentes con el contexto de la pregunta analizada. El vídeo de la pregunta 46 hace referencia a un pasaje de la obra "Banzo" (1912, p. 16), de Coelho Neto, novelista realista brasileño.

Siguiendo el orden de las pistas, obtuvimos en la pista MOV-C 37 anotaciones, que corresponden en SP-C a la misma cantidad de anotaciones. La duración media de los movimientos de la cabeza fue de 1 s 21 centésimas. En cuanto a la vía MOV-O, se observaron 46 casos, también correspondientes a la vía SP-O, y su duración media fue de 97 centésimas. En las pistas MOV-S y SP-S también se obtuvieron 20 anotaciones. La duración media de estos movimientos corresponde a 2 s 25 centésimas, pero con una duración máxima de 10 s 01 centésimas. Y, por último, en cuanto al análisis de la frente, en la vía MOV-T se verificaron 12 casos, con una duración media de 3 seg 7 centésimas, pero con una duración máxima de 18 seg 72 centésimas. Sin embargo, en la pista SP-T de significados prosódicos correspondientes, sólo se registraron 6 casos. Esto se debe a que no tiene sentido cuando la frente está en posición neutral (sin movimiento).

Cabeza: En cuanto a los movimientos de la cabeza y los posibles significados prosódicos, se han podido verificar 37 ocurrencias, divididas en: (a) NEUTRAL: 16 ocurrencias entendidas como "afirmativas", aunque una de ellas tiene una característica de "terminación"; (b) FLEXIÓN (hacia abajo): se percibieron nueve manifestaciones, de las cuales siete se verificaron como "énfasis", y dos como "función locativa"; (c) ROTACIÓN

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DERECHA: hubo cuatro casos, dos de ellos como "foco" y los otros como "función locativa";

(d) INCLINACIÓN DERECHA: También obtuvimos cuatro casos que significaban la "confirmación" de la función de foco o locativa, presentados por rotación derecha; (e) EXTENSIÓN (hacia arriba): se presentaron tres situaciones, sólo una como "interrogativa" y las otras dos como "aditiva"; (f) INCLINACIÓN IZQUIERDA: sólo se observó un caso, que corresponde a un supuesto.

Ojos: En la transcripción y el análisis realizado de los movimientos oculares en los 46 casos de las pistas MOV-O y SP-O, se observaron los siguientes datos (a) NEUTRAL: se encontraron 21 casos en los que la dirección de la mirada está en el centro, entendiéndose como "afirmación"; (b) LATITUDINAL ABAJO: se obtuvieron 14 casos, entendiéndose como "énfasis" (seis) o "foco" (ocho). Estos significados se diferenciaron por el tiempo de duración media, siendo el énfasis un tiempo más largo y el foco una duración más corta; (c) LONGITUDINAL A LA DERECHA: sólo se encontró un caso, que significaba la aparición de una "cláusula relativa"; (d) CIERRE: se verificaron cinco eventos, uno al principio del pasaje analizado, que significaba "aceptación", y los otros cuatro que indicaban "transición" entre enunciados; (e) SEMICERRARIO: las tres ocasiones percibidas indicaron la retoma de "información compartida"; (f) ARREGALAR: una sola ocurrencia de este movimiento, evidenciando "intensidad"; (g) PISCAR (consecutivamente): se observó una ocurrencia, presentando una comprensión de "contradicción".

Cejas: En cuanto a los movimientos de las cejas, transcritos en la pista MOV-S, se encontraron 20 eventos, teniendo la misma cantidad correspondiente en la pista SP-S, sobre los significados. Por lo tanto, se verificaron cuatro aspectos diferentes: (a) NEUTRAL: cuando no hay ningún movimiento, se encontraron ocho casos, todos indicando "afirmación";

  1. ERGUIDO: de las cinco verificaciones, dos indicaron "admiración", otras dos, "continuación", y una "condición"; (c) FRANCIADO: En total se visualizaron seis casos, cinco entendidos como "énfasis" y otro como una cuestión de tipo "-qu", posible de ser diferenciada de otros elementos constitutivos no manuales concomitantes; (d) ARQUEADA: cuando sólo una de las cejas presenta movimiento, se obtuvo un evento, entendido como "alternancia".

    Frente: Para la transcripción y el análisis de los movimientos de la frente, se determinaron 12 casos, divididos en sólo dos circunstancias: (a) NEUTRAL: que aparece en seis momentos; y (b) ARQUEADO: cuando se erige, siendo seis casos más. En relación con los significados, sólo se indicaron los referidos al arqueo, entendiendo que la frente, en posición neutra, no determina ninguna comprensión. Así, se verificaron dos ocurrencias



    entendidas como "admiración", otras dos como "continuación", una como "dependencia" y otra en una pregunta del tipo "-qu". No se elaboró ningún gráfico sobre los datos analizados en relación con la frente, por encontrarse sólo un movimiento en el pasaje en cuestión.

    A partir de la revisión bibliográfica, se elaboró el Cuadro1, con los resultados de las investigaciones que presentaron la caracterización de los movimientos faciales superiores como constituyentes prosódicos y los posibles significados asumidos en las lenguas de signos americanas e israelíes.


    Cuadro 1 – Caracterización de Movimientos Faciales Superiores


    ELEMENTO

    MOVIMIENTO

    SIGNIFICACIÓN

    IMAGEN


    NEUTRO

    Sin movimiento

    Eje normal

    Afirmación Finalización



    CABEZA9

    LONGITUDINAL

    Rotación


    A la derecha A la izquierda


    Enfoque Función locativa Transición

    Contradicción


    LATITUDINAL

    Flexión/extensión


    Hacia abajo Hacia arriba

    Hacia Abajo Énfasis Pausa

    Función locativa

    Hacia arriba Interrogativo Negativo Aditivo



    LATERALIZACIÓN

    Inclinación


    A la derecha A la izquierda


    A la derecha

    Confirmación


    A la izquierda Suposición Duda


    ELEMENTO

    MOVIMIENTO

    SIGNIFICACIÓN

    IMAGEN



    NEUTRO

    Engoque normal


    Afirmación


    10


    OJOS


    LONGITUDINAL

    Lateralización


    Enfoque

    O. Relativo Transición


    11


    Derecha e izquierda

    Condición Función locativa





    12



    9 Las imágenes representativas de la cabeza se crearon en el software Paint 3D, de Microsoft Corporation (2016).

    10 Disponible en: https://zadbajosiebie.pl/jak-wykonac-prosty-makijaz-oka/. Accesso el: 10 sep. 2020.

    11 Disponible en: https://www.gettyimages.pt/detail/foto/woman-looking-to-side-close-up-imagem-royalty- free/200478827-001. Acceso el: 10 sep. 2020.

    12 Disponible en: https://pt.freeimages.com/premium/suspicious-young-woman-looking-to-the-side-1626989. Acceso en: 10 sep. 2020.

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    LATITUDINAL


    Hacia abajo Hacia arriba

    Hacia Abajo Enfoque Énfasis

    Hacia Arriba Duda Reflexión Proyección


    13


    14

    CERRADOS O

    SEMICERRADOS


    Condición contrafactual Informaciones compartidas


    15


    ARREGALADOS

    Muy abiertos


    Sorpresa Intensidad


    16

    PISCADO

    Un ojo Dos ojos

    Un ojo Confirmación Aceptación

    Dos ojos Pausa Contradicción

    Transición

    17

    ELEMENTO

    MOVIMIENTO

    SIGNIFICACIÓN

    IMAGEN


    CEJAS


    NEUTRAS


    Afirmación


    18


    ERGUIDAS

    Hacia arriba

    Admiración Continuación Condición

    Dependencia informacional Preguntas-s/n


    19


    FRANZIDAS

    Hacia abajo

    Negación Supuesto Preguntas-qu

    Énfasis

    20

    ALTERNATIVO

    Arriba y abajo, concomitantemente.

    Duda Presunción Reflexión


    21

    ARCO

    Zona central arriba, bordes abajo

    Frustración Tristeza Alternancia


    22

    ELEMENTO

    MOVIMIENTO

    SIGNIFICACIÓN

    IMAGEN



    13 Disponible en: https://br.freepik.com/fotos-premium/macro-close-up-de-olhos-de-mulher-olhando-para- baixo_2350450.htm. Acceso el: 10 sep. 2020.

    14 Disponible en: https://br.freepik.com/fotos-premium/macro-close-up-de-olhos-de-mulher-olhando-para- cima_2350449.htm. Acceso el: 10 sep. 2020.

    15 Disponible en: https://revistaglamour.globo.com/Lifestyle/noticia/2015/08/tatica-do-momento-pra-selfie- perfeita-gente-ensina.html. Accesso el: 10 sep. 2020.

    16 Disponible en: https://www.gettyimages.com/detail/photo/terrified-young-woman-customer-royalty-free- image/173233567. Acceso el: 10 sep. 2020.

    17 Disponible en: https://www.recantodasletras.com.br/cronicas/4438183. Acceso el: 10 sep. 2020.

    18 Disponible en: https://zadbajosiebie.pl/jak-wykonac-prosty-makijaz-oka/. Acceso el: 10 sep. 2020.

    19 Disponible en: https://www.pinterest.ch/pin/761952830675913861/. Acceso el: 10 sep. 2020.

    20 Disponible en: https://ru.depositphotos.com/156528832/stock-photo-man-holding-tweezer-and-frowning.html. Acceso el: 10 sep. 2020.

    21 Disponible en: https://pt.srathbun.com/beauty/6098-srosshiesya-brovi-u-muzhchin-zhenschin-i-podrostkov- chto-oni-oznachayut-i-kak-ih-ubrat-navsegda-kak-udalit-srosshiesya-brovi-doma.html. Acceso el: 10 sep. 2020.

    22 Disponible en: https://www.thecoli.com/threads/faces-of-africa.212015/page-29. Acceso el: 10 sep. 2020.





    Admiración




    Continuación



    ARQUEADA

    Preguntas-s/n




    Dependencia

    23

    FRENTE


    Sorpresa



    Preguntas-qu




    Supuestos



    FRUNCIDA

    Negación




    Emoción

    24



    Énfasis


    Fuente: Datos de la investigación


    A partir del análisis del video, se elaboró una segunda tabla, considerando las manifestaciones prosódicas en Libras, comprobando la existencia de estas manifestaciones con iguales significados, en contexto narrativo.


    Cuadro 2 – Movimientos Faciales De la Lengua Brasileña de Señas En Contexto Narrativo


    CABEZA

    NEUTRO

    LONGITUDINAL (R)

    LATITUDINAL

    LATERALIZACIÓN (I)

    (16)


    → (4) ← (0)


    ↑(3) ↓(9)


    → (4) ← (1)


    OJOS

    NEUTRO

    LONGITUD.

    LATITUD.

    CERR/SEMI

    MUY ABIERTOS

    PISCADA

    (21)


    → (1) ←(0)


    ↑(N) ↓(14)


    (8)


    (1)


    I (0) II (1)


    CEJAS

    NEUTRAS

    ERGUIDAS

    FRUNCIDAS

    ALTERNADAS

    ARQUEADAS

    (8)


    (5)


    (6)


    (0)


    _

    (1)


    FRENTE

    ARQUEADA

    FRUNCIDA



    23 Disponible en: https://pt.depositphotos.com/44539155/stock-photo-males-face-showing-surprise.html. Acceso el: 10 sep. 2020.

    24 Disponible en: https://www.prestigeoralsurgery.com/2014/08/15/what-complications-are-possible-after-the- removal-of-wisdom-teeth/. Acceso el: 10 sep. 2020.


    _

    (0)

    (6)

    Fuente: Datos de la investigación


    A partir de los datos generados y de los resultados obtenidos, se puede considerar la igualdad de ocurrencia de las manifestaciones prosódicas en Libras, en relación con las presentadas en ASL y en la Lengua de Signos Israelí. Aunque cada constituyente ha sido transcrito y analizado individualmente, se sabe que es en el conjunto de sus manifestaciones donde tenemos una comprensión del significado contextual, como manifiesto prosódico. Por lo tanto, observamos qué movimientos no manuales son más evidentes, cuando se analizan a partir de este conjunto de constituyentes, correlacionados con la señalización. Por lo tanto, estos conjuntos, desde el inicio de un enunciado (comienzo de la señalización) hasta una pausa o transición, manifestada por diferentes ocurrencias (parpadeo de ojos, movimiento en la dirección opuesta de la cabeza o movimiento a una posición central neutral de la cabeza), dieron lugar a 12 intervalos denominados con la letra "F", seguidos de la numeración correspondiente del 1 al 12.

    El F-1 (6"08-8"12) correspondiente al inicio del fragmento del análisis, presenta una manifestación afirmativa, iniciada por una admiración focalizada, impregnada enfáticamente de manera sutil (rápida). Puede entenderse como una estrategia inicial para atraer la atención del interlocutor o interlocutores, ya que se trata de un discurso narrativo. F-2 (8"12-14"08) hace evidentes dos transiciones, una relacionada con un tiempo pasado y otra con un tiempo más actual. El intervalo entre estas transiciones fomenta en el o los interlocutores la sensación de formar parte del contexto, al afirmar que éste es conocido por todos.

    En cuanto a F-3 (14"08-17"72), existe una evidencia de contradicción, que se manifiesta de forma intensa y rotunda. A continuación, en el intervalo de F-4 (17"72-18"58) se hace referencia a un interrogatorio, para aclarar el contexto de F-3. La respuesta se entiende en F-5 (18"58-25"55) cuando responde al interrogatorio anterior, de forma afirmativa.

    En el caso de F-6 (25"55-30"91), se inicia un nuevo enunciado aditivo con información compartida. Esta información a veces aparece como foco, a veces se enfatiza y se confirma. La diferenciación entre foco y énfasis se percibió por la duración de cada ocurrencia, teniendo el énfasis un mayor tiempo de realización. F-7 (30"91-35"13) enfatiza la




    continuidad del enunciado afirmativo, con admiración. Esta admiración se considera una información compartida, que vuelve a implicar al interlocutor o interlocutores en el contexto.

    F-8 (35"13-35"63) está bien caracterizado por una transición de dependencia, con un condicional. En F-9 (35"63-37"89), existe la presencia de una función locativa como introductoria de una interrogativa, teniendo el foco en el objeto constitutivo del tiempo. Y en F-10 (37"89-43"45), la interrogación anterior se responde mediante un supuesto compuesto con función locativa acentuada, como afirmación al supuesto. F-11 (43"45-49"13) simplemente continúa el contexto anterior añadiendo enfáticamente la afirmación presentada de otra función locativa. Por último, en F-12 (49"13-51"37) sólo se produce la confirmación de lo presentado, teniendo, posteriormente, la vuelta en la posición neutra.

    Ante esto, es posible afirmar que la prosodia entonacional de Libras demuestra que estos elementos faciales y sus movimientos son relevantes para la producción, el significado y la comprensión del lenguaje en los momentos de interacción para la construcción del significado del mensaje. Son constituyentes faciales no manuales diferenciados, observados por el interlocutor que recibe, así como por el interlocutor que está manifestando un discurso, construyendo el significado del lenguaje por las expresiones de los movimientos faciales superiores. La atención a estos aspectos contribuye, por tanto, tanto a la competencia de Libras como a la construcción de significados entre hablantes/signatarios.


    Consideraciones finales


    Este estudio demostró que la investigación de los elementos de las lenguas de signos americanas e israelíes se produjo de la misma manera en Libras. Destacamos aquí el papel fundamental de la divulgación y la aclaración de la estructura lingüística y el funcionamiento de Libras, con respecto a la prosodia de las lenguas de signos. No sólo está relacionada con la afectividad, con la expresión de las emociones, sino que la prosodia impregna todos los niveles lingüísticos y encadena la interacción, dando forma, sentido y función al diálogo.

    Los estudios sobre los aspectos de la fonología prosódica subvencionan las investigaciones en otras áreas, como la literatura sorda y su universo de investigación en las narraciones de diferentes géneros discursivos, así como las investigaciones sobre la interpretación y la traducción bimodal entre las lenguas de signos y las lenguas orales. También instigan nuevos enfoques para la enseñanza y el aprendizaje de las lenguas de signos, asumiendo un lugar de significación de las mismas.




    En lo que respecta a la Educación, la investigación también tiene implicaciones para el área, ya que este conocimiento aporta a los actores presentes en las escuelas y universidades, contribuyendo a una actuación sensible en lo que respecta a la planificación y a los currículos educativos bilingües, respetando las realidades psicosociales, culturales y lingüísticas de las comunidades sordas.


    REFERENCIAS


    BRASIL. Lei n. 10.436/2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm. Acesso em: 14 maio 2021.


    BRASIL. Decreto n. 5.626/2005. Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Brasília, DF: Presidência da República, 2005. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm. Acesso em: 14 maio 2021.


    BRASIL. Lei n. 13.146/2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília, DF: Presidência da República, 2015.

    Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em: 14 maio 2021.


    CHRISTMANN, K. E. et al. O software ELAN como ferramenta para transcrição, organização de dados e pesquisa em aquisição da língua de sinais. In: ENCONTRO DO CELSUL, 9., 2010, Palhoça. Anais [...]. Palhoça, SC: UNISUL. 2010.


    DUARTE, R. L.; MESQUITA, R. Considerações acerca do code-bleding ou sobreposição de línguas e suas relações com o code-switching. Revista Sinalizar, v. 1, n. 1, p. 37-47, jan./jun. 2016.


    FENLON, J.; BRENTARI, D. (toappear). Sign language prosody. In: QUER, J.; PFAU, R.; HERRMANN, A. (Eds.), Routledge Handbook of Theoretical and Experimental Sign Language Research. 2018.


    GOES, A. K. S. Marcadores prosódicos da Libras: o papel das expressões corporais. 2019. 65 f. Dissertação (mestrado em Linguística) – Faculdade de Letras, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2019. Disponível em: http://www.repositorio.ufal.br/bitstream/riufal/5869/1/Marcadores%20pros%c3%b3dicos%20 da%20libras%20o%20papel%20das%20express%c3%b5es%20corporias.pdf. Acesso em: 14 maio 2021.


    HORA, D.; MATZENAUER, C. L. (org.) Fonologia, fonologias: uma introdução. São Paulo: Contexto, 2017. 192 p.




    MASSINI-CAGLIARI, G.; CAGLIARI, L. C. Fonética. In: MUSSALIM, F; BENTES, A C.

    (org.). Introdução à Linguística: domínios e fronteiras. São Paulo: Cortez, 2001. v. 1-2, p. 105-146.


    SANDLER, W. Visual prosody. In: PFAU, R.; STEINBACH, M.; WOLL, B. (Eds.). Sign

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    SANTOS, R. F. A autoria na interpretação de Libras para o Português: aspectos prosódicos e construção de sentidos na perspectiva verbo-visual. 2018. 212 f. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2018. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/192733/SANTOS%20Ricardo%20Ferr eira%202018%20%28disserta%c3%a7%c3%a3o%29%20PUC%20SP.pdf?sequence=1&isAll owed=y. Acesso em: 14 maio 2021.


    SOUZA, D. T. A constituência prosódica da Língua Brasileira de Sinais (Libras): as expressões não manuais. 2020. 179 f. Tese (Doutorado em Letras) – Instituto de Letras, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2020. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/217373/001121124.pdf?sequence=1&isAllowed

    =y. Acesso em: 14 maio 2021.


    Cómo referenciar este artículo


    SILVA, R. C.; SANTANA, A. P. O. Prosodia en la Lengua Brasileña de Señas – un estudio del corpus del ENEM-2017. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 16, n. 3, p. 1967-1982, jul./sep. 2021. e-ISSN: 1982-5587. DOI:

    https://doi.org/10.21723/riaee.v16i3.15133


    Enviado el: 16/12/2020

    Revisiones requeridas el: 10/01/2021

    Aprobado el: 12/02/2021

    Publicado el: 01/07/2021





    PROSODY IN BRAZILIAN SIGN LANGUAGE – A CORPUS STUDY OF ENEM- 2017

    PROSÓDIA NA LIBRAS – UM ESTUDO DO CORPUS DO ENEM-2017 PROSODIA EM LA LENGUA BRASILEÑA DE SEÑAS – UM ESTUDIO DEL CORPUS

    DEL ENEM-2017


    Rúbia Carla da SILVA1 Ana Paula de Oliveira SANTANA2


    ABSTRACT: Facial joints reflect on prosodic subcomponents of oral and sign languages. Therefore, it is a research of an applied, documentary, of a descriptive-exploratory character, through the observational method. The objective is to understand which are the facial movements of intonational prosodic manifestation in Brazilian Sign Language and what it means in a narrative context. As a methodological procedure, we opted for a bibliographic review about American Sign Language (ASL) and Sign Language Israeli and the analysis of a question of the High School National Exam (ENEM) of 2017 – the first edition of the test in Brazilian Sign Language. As results, were created a table about elements of superior facial movements and their means, furthermore verify a relevant contribution to research for the linguistic legitimization of Brazilian Sign Language, for the analyses about teaching and learning sing languages, for the signification, comprehension, and production parlance. Consequently, emphasize a new look and research about the linguistic of Brazilian Sign Languages, due to the scarceness of this publication studies.


    KEYWORDS: Prosody. Intonation. Sign Language.


    RESUMO: As articulações faciais refletem subcomponentes prosódicos das línguas orais e sinalizadas. Trata-se de uma pesquisa de natureza aplicada, documental, de caráter descritivo-exploratório, através do método observacional. Objetiva-se compreender quais movimentos faciais de manifestação prosódica de entonação na Libras e suas significações em contexto narrativo. Como procedimento metodológico, optou-se por uma revisão bibliográfica sobre a American Sign Language (ASL) e a Língua de Sinais israelense, e pela análise de uma questão da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2017 – primeira edição em Libras. Como resultados, foram criadas tabelas sobre os movimentos dos elementos faciais superiores e suas significações, verificando-se a relevante contribuição da pesquisa para a legitimação linguística da Libras, para estudos sobre ensino e aprendizagem das línguas de sinais para a significação, compreensão e produção da linguagem. Evidencia- se, portanto, a necessidade de novos olhares e pesquisas acerca da linguística da Libras, devido à escassez de estudos publicados.


    1 Federal University of Santa Catarina (UFSC), Florianópolis – SC – Brazil. Doctoral student in the Postgraduate Program in Linguistics. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-0285-909X. E-mail: silvablum@gmail.com

    2 Federal University of Santa Catarina (UFSC), Florianópolis – SC – Brazil. Associate Professor in the Speech Therapy Course and in the Postgraduate Program in Linguistics. PhD in Linguistics (UNICAMP). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9508-9866. E-mail: anaposantana@hotmail.com

    RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 16, n. 3, p. 1954-1969, July/Sep. 2021. e-ISSN: 1982-5587



    PALAVRAS-CHAVE: Prosódia. Entonação. Língua de sinais.


    RESUMEN: Las articulaciones faciales reflejan subcomponentes prosódicos del lenguaje oral y de señas. Se trata de una investigación de naturaleza aplicada, documental, de carácter descriptivo-exploratorio, a través del método observacional. Se objetiva comprender cuales son los movimientos faciales de manifestación prosódica de entonación en Lengua Brasileña de Señas y sus significaciones en el contexto narrativo. Como procedimiento metodológico, se optó por una revisión bibliográfica sobre la Lengua Americana de Señas y la Lengua de Señas Israelí, y por el análisis de una pregunta del test del Examen Nacional de la Enseñanza Media (ENEM) de 2017 - primera edición en Lengua Brasileña de Señas. Como resultados, fueron creadas tablas a cerca de los movimientos de los elementos faciales superiores y sus significaciones, verificándose la relevante contribución de la pesquisa para la legitimación lingüística de la Lengua Brasileña de Señas, para estudios sobre la enseñanza y el aprendizaje de las lenguas de señas, para la significación, comprensión y producción del lenguaje. Es evidente, por lo tanto, la necesidad de nuevas miradas e investigaciones acerca de la lingüística de la Lengua Brasileña de Señas, debido a la escasez de estudios publicados.


    PALABRAS CLAVE: Prosodia. Entonación. Lengua de señas.


    Introduction


    Despite the intensification of research in Brazil directed to the Brazilian Sign Language (Libras), important gaps remain regarding aspects related to the modality, linguistic structure, stylistic and literary aspects. Most publications are directed to the bilingual and/or inclusive educational aspects of deaf subjects in basic education, to the literacy of the deaf, and another portion directed to the studies of translation and bimodal interpretation. However, in recent decades there has been an important interest from different areas around the Brazilian Sign Language. The field of linguistics has contributed to the characterization of the nature of sign language, related to language acquisition and processing (DUARTE; MESQUITA, 2016).

    In the educational field, these discussions reverberate significantly for and in each of the actors involved in the bilingual perspective, such as in inclusive education. Deaf teachers, interpreters, bilingual teachers, Specialized Educational Assistance (SEA) professionals, among other education agents, need to understand in greater depth the issues related to Libras, to understand and consider that the intonation of sign language directly contributes to its meaning. In this way, what is already guaranteed in the legislation, such as Law 10,436/2002 (BRASIL, 2002), Decree 5626/2005 (BRASIL, 2005), Law 13,146/2015 (BRASIL, 2015), is

    now understood not to only as legal compliance, but as the legitimization and implementation



    RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 16, n. 3, p. 1954-1969, July/Sep. 2021. e-ISSN: 1982-5587



    of the actions of social subjects, thus having its impact on the teaching and learning processes of deaf students.

    Given the above, it is from the studies carried out on Phonology that explanations about prosodic structures can be found based on the identification of syntactic and/or morphological aspects, which characterize a phonological regularity as an object of study. The Prosody of and in Sign Languages has increasingly interested different researchers such as Coulter (1979) and Padden (1988) for American Sign Language (ASL); Johnston (1989) for Australian Sign Language (Auslan); Deuchar (1984) for British Sign Language (BSL); and Sandler (1999; 2012) for Israeli Sign Language (FENLON; BRENTARI, 2018; SANDLER, 2012).

    In Brazil, we find recent studies about the Prosody of Libras in authors such as Santos (2018), Goes (2019), Souza (2020), among others, approaching the most varied aspects and constituent elements of non-manual expressions. In this sense, understanding the importance of facial articulations as part of language requires understanding that they are part of prosody and are related to other linguistic levels.

    To contribute to the deepening of these studies in sign languages, specifically related to Libras, this article presents discussions on one of its subcomponents – intonation. Therefore, this research aims to understand what the facial movements of prosodic manifestation of intonation in Libras and their meanings in a narrative context are. The methodology used was a literature review and analysis of a question from the National High School Exam - ENEM-2017, first edition in Libras.


    The Prosodic Phonology


    Prosodic Phonology is defined as a formal theory that aims to understand prosodic structures from the identification of syntactic and/or morphological aspects that characterize a phonological regularity as a study application. It describes how the portions of utterances in different languages are manifested, considering the similarities and differences, to define part of the grammar of each language, as to the regularity of the oral expression, determining how the phrasal accent is performed (HORA; MATZENAUER, 2017). In sign languages, these similarities and differences define semantic aspects according to the isolated or combined movement of physical facial parts such as eyes, mouth, cheeks, tongue, forehead, eyebrows and nose.




    As Sandler (2012) states, prosody makes it possible for some parts of an utterance to be emphasized, highlighting them in affirmatives, negatives, interrogatives and exclamations. Including assessing the dependence or not on a necessary shared knowledge, as on other pragmatic data. In this way, Prosody investigates not only what is said, but how it is said, breaking down the time, the prominence, the intonation and the relationship between them.


    Prosodic Elements


    In the case of oral language, when separating the speech, segments can be explored – vowels and consonants; and the prosodic ones – syllables, syllable moras3, foot4, tonal group5, intonation6, tessitura7, and tense. However, there are some phonetic properties - suprasegments - that represent segmental duration, rhythm, height, nasalization and secondary articulations, among others, also of interest to prosodic phonology (FENLON; BRENTARI, 2018; MASSINI-CAGLIARI; CAGLIARI, 2001).

    However, when it comes to signed language, there is still little interest in observing how the rhythmic passages, the significant modulations of the signs, the emphasis and intonation occur. However, Liddell, Baker and Padden, each with their research on the American Sign Language (ASL), observed that there were differences between the utterances and that these were manifested by configurations of the face, head and body - constituents of the intonational phrase - concomitant with the realization of the signs. From the 1980s onwards, descriptive studies of non-manual facial markers as syntactic and/or prosodic elements began (SANDLER, 2012).

    In the meantime, non-manual facial articulations, as markers of prosodic elements, can be understood as a manifestation of rhythm (timekeeping); intonation (face); and prominence (body), correlated to the temporal rhythmic structure, manifested by manual signs. Such prosodic elements mentioned are perceived by the movements of the eyebrows, eyes and head, in addition to pauses and transitions (FENLON; BRENTARI, 2018; SANDLER, 2012).


    3 Syllable moras - unit of duration of the metric phonology to analyze part of the syllable called rhyme.

    4 Metric foot – stress group of varied extension depending on the utterance rate. Rhythmic structural unit of accentual rhythm languages.

    5 Tonal group – sound unit to classify a distinctive sequence of tones in an utterance, which may correspond to a phrase, sentence or word, characterized from an intonational point of view.

    6 Tone – lexical feature that concerns the voice pitch patterns of lexical units.

    7 Tessitura – space between the lowest and highest sound. Terms available on Dicionário de Termos Linguísticos, do ILTEC – Instituto de Linguística Teórica e Computacional. Available at: http://www.portaldalinguaportuguesa.org/


    RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 16, n. 3, p. 1954-1969, July/Sep. 2021. e-ISSN: 1982-5587



    Intonation


    The intonation allows for a “rich and subtle mixture of meanings [...] such as additive, selective, routine, vocative, blunt”, in the same utterance, but produced with different intonation patterns (SANDLER, 2012, p. 61-62, our translation). Likewise, intonation can be analyzed in sign languages through facial expression, which fulfills the pragmatic functions of vocal intonation, and can be dissociated from the syntactic elements of speech. The difference between oral and sign languages in terms of intonation is that oral intonation markers are sequential, while non-manual facial intonation markers occur simultaneously.

    Sandler's example (2012, p. 63) – YOU INSULT JANE, GEORGE ANGRY – has two unambiguous meanings that are perceived according to the facial expressions presented. If the utterance is flagged with neutral facial non-manuals, the meaning is of a statement "You insulted Jane and George got angry". However, if the same utterance is signed accompanied by non-manual facial markers such as raised eyebrows and tilted head throughout the sign, and blinking at the junction of prayers, the meaning becomes one condition: “If you insult Jane, George will be angry”. Even if there is a specific sign for the conditional “If”, its use is not always necessary, being possible to have the same understanding of the condition by the non-manual facial markers presented.

    In similar studies with Israeli Sign Language, intonation is perceived in the change of facial articulations between intonation phrases, with a change in the position of the head and body as well. This shows that in sign languages, facial intonation occurs simultaneously with the entire prosodic component, unlike oral languages, when the occurrence is sequential (SANDLER, 2012).

    Considering the movements of the head, eyes, eyebrows and forehead, and the displacement of the upper body forwards or backwards, each contributes with its significance to the understanding of a complex componential system of signed languages. These constituents can be characterized with a certain meaning, as proposed by Coulter (1979). As an example, raised eyebrows usually signify dependence and/or continuation (similar to high pitch in spoken languages), or a condition; half-closed eyes mean retrieving information already shared, or a counterfactual conditional; the furrowed forehead, common in questions like "-qu", means assumptions and/or an emotional attitude of the signaler, depending on the context (COUTLER, 1979 apud SANDLER, 2012).





    Therefore, considering prosodic studies of great complexity, the intonation manifested in Libras was chosen as the object of study, and consequently, its influence and contribution to the possible meanings produced in the narrative context analyzed.


    Methodological assumptions


    This is an applied, documentary, descriptive-exploratory study using the observational method. Data generation was performed at two different times: (a) literature review of studies carried out on the prosody of ASL and Israeli Sign Language, presented by Fenlon and Brentari (2018) and Sandler (2012); (b) transcription and analysis of the selection of an ENEM-2017 test question, in Libras, recorded on video, corresponding to the written version in Portuguese.

    The first question in the area of Human Sciences and its technologies was selected, named “Questão 46”, lasting 1 min 27 sec (Image 1), applied on the first day of the test, belonging to Book 10 Green. Only the statement of the question was considered for analysis, as it is a narrative discourse. The excerpt corresponds to the interval between 6 sec 09 hundredths and 51 sec 36 hundredths, totaling 45 sec 27 hundredths of video for analysis. The excerpts from the alternatives were discarded, as they presented expressive neutrality (without intonation), necessary for the suitability of the evaluation purpose of the exam, but not adequate for the proposed study.


    Image 1 – Question 46 – Video and Text



    It looked like a fable thing. We stopped going to a place for a few months and when we showed up there, we were left openmouthed seeing everything changed: new houses, assorted businesses like those in the Court, church, little horse circus, apothecary, and the woods, what's his? A train was eating everything, just like in the wild land after the swidden when the crop sprouts.


    The text report highlights the use of the technique as an instrument for

    a - simplify human work. b - record daily habits.

    c - increase factory productivity. d - strengthen traditional cultures.

    e - transform the landscape elements.

    Source: INEP – ENEM (2017); PDF of the test ENEM (2017)8



    8 Available: http://enemvideolibras.inep.gov.br/2017/videoprova.html?prova=p2. Access: 21 Nov. 2018.


    RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 16, n. 3, p. 1954-1969, July/Sep. 2021. e-ISSN: 1982-5587



    Data were transcribed using the ELAN 5.3 software (EUDICO Linguistic Annotator), developed by the Max Planck Institute for Psycholinguistics. In the case of sign language, it allows the recording of comments, description of the interaction situation, sounds associated with the production of signs, non-manual markings, lines for notes of glosses, translation into another language, among others (CHRISTMANN et al., 2010).

    For this study, the tracks (lines) were named with the combination of letters and terms. Five criteria were listed to be transcribed and analyzed: (1) eye movement (MOV-O); (2) eyebrow movement (MOV-S); (3) forehead movement (MOV-T); (4) head movement (MOV- C); and (5) prosodic meaning (SP), divided into four tracks, referring to each facial element, named SP-O, SP-C, SP-S and SP-T.

    In all, 224 notes were made on the four non-manual facial elements that make up the prosody, both about their movements and their possible meanings. For the analysis of the video fragment, 326 sec 16 hundredths in annotations were determined, with an average duration of 1 sec 45 hundredths, between intervals of 18 hundredths of a second to 18 sec 72 hundredths.


    Results and data analysis


    As for the literature review, the upper facial movements presented as prosodic constituents in Israeli and American sign languages were analyzed, researched by Sandler (2012) and Fenlon and Brentari (2018), respectively. Four facial elements and the types of movements performed by them were analyzed, as well as the determination of their prosodic meanings.

    In relation to the head, four distinct movements were observed: neutral, longitudinal (rotation), latitudinal (flexion/extension) and lateralization (inclination). As for the eyes, six movements were determined: neutral, longitudinal (lateralization), latitudinal (up and down), closed or semi-closed, widened, blinking (one or two eyes). Over the eyebrows, five movements were listed: neutral, raised (up), frowned (down), alternated, and arched. And as for the forehead, two movements were determined: arched and frowned. This review enabled the creation of Table 1, shown in the results.

    To verify whether the facial elements of ASL and Israeli Sign Language are equally manifested in Libras and have the same meanings, the video was transcribed, in tracks of the movements of each non-manual constituent: head, eyes, eyebrows and forehead, considering Table 1 as indicative of possible movements. Then, it was verified whether the possible




    meanings presented in the same table were consistent with the context of the question under analysis. The video for question 46 refers to an excerpt from the work “Banzo” (1912, p. 16), by Coelho Neto, a Brazilian realist novelist.

    Following the ordering of the tracks, 37 annotations were obtained in the MOV-C track, corresponding in SP-C to the same number of annotations. The average duration of head movements was 1 sec 21 hundredths. As for the MOV-O trail, 46 cases were noticed, also corresponding to the notes of the SP-O trail, with an average duration of 97 hundredths. In the MOV-S and SP-S notes, 20 annotations were also obtained. The average duration of these movements corresponds to 2 sec 25 hundredths but having a maximum duration of 10sec 01 hundredth. And finally, on the forehead analysis, in the MOV-T trail, 12 cases were verified, with an average duration of 3 sec 7 hundredths, but with a maximum duration of 18 sec 72 hundredths. However, on the trail of prosodic meanings corresponding to SP-T, only 6 cases were registered. This is because it has no meaning when the forehead is in the neutral position (no movement).

    Head: As for head movements and possible prosodic meanings, 37 occurrences could be verified, divided into: (a) NEUTRAL: 16 occurrences understood as “affirmative”, although one of them has a “finishing” characteristic; (b) FLEXION (downward): nine manifestations were perceived, of which seven were verified as “emphasis”, and two as “locative function”; (c) RIGHT ROTATION: there were four cases, two as “focus” and the others as “locative function”; (d) RIGHT INCLINATION: four cases were also obtained that meant the “confirmation” of focus or locative function, presented by rotation to the right; (e) EXTENSION (upwards): three situations presented themselves, only one as “interrogative” and the other two as “additive”; (f) LEFT SLOPE: only one case was observed, which corresponds to an assumption.

    Eyes: In the transcription and analysis performed of eye movements, in the 46 cases of the MOV-O and SP-O trails, the following data were observed: (a) NEUTRAL: 21 cases were found in which the direction of the gaze is in the center, having as understanding “affirmation”; (b) LATITUDINAL DOWN: 14 cases were obtained, sometimes meaning “emphasis” (six), sometimes “focus” (eight). These meanings were differentiated by the average duration, with the emphasis being longer and the focus shorter; (c) LONGITUDINAL TO THE RIGHT: only one case was found, meaning the occurrence of a “relative prayer”; (d) CLOSE: five events were verified, one at the beginning of the analyzed passage, meaning “acceptance”, and the other four indicated “transition” between statements; (e) SEMI- CLOSE: the three occasions perceived indicated the resumption of “shared information”; (f)



    WIDE OPEN: only one occurrence of this movement, evidencing “intensity”; (g) BLINK

    (consecutively): an occurrence was observed, presenting an understanding of "contradiction".

    Eyebrows: About the movements of the eyebrows, transcribed in the MOV-S track, 20 events were found, with the same corresponding amount in the SP-S track, about the meanings. Therefore, four different aspects were verified: (a) NEUTRAL: when there is no movement, eight cases were found, all indicating “affirmation”; (b) RAISED: of the five verifications, two indicated “admiration”, another two, “continuation”, and one “condition”;

  2. FROWNING: a total of six cases were visualized, five understood as “emphasis” and another as a “-qu” type question, possible to be differentiated from other concomitant non- manual constituent elements; (d) ARCHED: when only one of the eyebrows shows movement, an event was obtained, understood as “alternation”.

Forehead: For the transcription and analysis of forehead movements, 12 cases were determined, divided into only two circumstances: (a) NEUTRAL: appearing in six moments; and (b) ARCHED: when it is erected, in six more cases. Regarding meanings, only those referring to arching were indicated, understanding that the forehead, in the neutral position, does not determine any understanding. Therefore, two occurrences understood as “admiration”, two others as “continuation”, one as “dependence” and another as a question of the “-qu” type were verified. A graph was not drawn up referring to the analyzed data about the forehead, as a single movement was found in the passage in question.

From the bibliographical review, Table 1 was elaborated, with the results of the research that presented the characterization of the upper facial movements as prosodic constituents and the possible meanings assumed in American and Israeli sign languages.


Table 1 – Characterization of Upper Facial Movements


ELEMENT

MOVIMENT

MEANING

IMAGE


HEAD9

NEUTRAL

Without movement Normal axis


Affirmation Finishing


LONGITUDINAL

Rotation


To the right To the left


Focus Locative Function

Transition Contradiction



9 The representative images of the head were created in Paint 3D software, from Microsoft Corporation (2016).

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LATITUDINAL

Flexion/extension


Down Up

Down Emphasis Break Locative

Function

Up Interrogative Negative Additive


LATERALIZATION

Inclination


To the right To the left


To the right

Confirmation


To the left Assumption Doubt


ELEMENT

MOVIMENT

MEANING

IMAGE



NEUTRAL

Normal focus


Affirmation


10



LONGITUDINAL

Lateralization


Focus Relative Prayer

Transition


11


To right and left

Condition Locative Function





12



Down



EYES

LATITUDINAL


Down Up

Focus Emphasis Up Doubt

Reflection


13



Projection

14


CLOSED OR

SEMI-CLOSED


Counterfactual condition Shared information


15



WIDE OPEN


Surprise Intensity


16


BLINKING

One eye Two eyes

One eye Confirmation Acceptance

Two eyes

Break

Contradiction Transition

17

ELEMENT

MOVIMENT

MEANING

IMAGE



10 Available: https://zadbajosiebie.pl/jak-wykonac-prosty-makijaz-oka/. Access: 10 Sep. 2020.

11 Available: https://www.gettyimages.pt/detail/foto/woman-looking-to-side-close-up-imagem-royalty-

free/200478827-001. Access: 10 Sep. 2020.

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Access: 10 Sep. 2020.

13 Available: https://br.freepik.com/fotos-premium/macro-close-up-de-olhos-de-mulher-olhando-para-

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17 Available: https://www.recantodasletras.com.br/cronicas/4438183. Access: 10 Sep. 2020.





NEUTRAL


Affirmation





18



Admiration



RAISED

Up

Continuation Condition

informational dependency Questions-y/n


19


EYBROW


FROWNING

Denial Assumption



Down

Questions that

Emphasis


20


ALTERNATED

Doubt



Up and down,

Presumption



concomitant.

Reflection

21


ARCHED

Frustration



Center area up, ends

Sadness



down

Alternation

22

ELEMENT

MOVIMENT

MEANING

IMAGE



Admiration




Continuation



ARCHED

Questions-y/n



FOREHEAD


Dependency

Surprise

23


Questions-qu




Assumptions



FROWNING

Denial




Emotion

Emphasis

24

Source: Research data


From the analysis of the video, a second table was created, considering the prosodic manifestations in Libras, proving the existence of these manifestations with equal meanings, in a narrative context.


18 Available: https://zadbajosiebie.pl/jak-wykonac-prosty-makijaz-oka/. Access: 10 Sep. 2020.

19 Available: https://www.pinterest.ch/pin/761952830675913861/. Access: 10 Sep. 2020.

20 Available: https://ru.depositphotos.com/156528832/stock-photo-man-holding-tweezer-and-frowning.html.

Access: 10 Sep. 2020.

21 Available: https://pt.srathbun.com/beauty/6098-srosshiesya-brovi-u-muzhchin-zhenschin-i-podrostkov-chto-

oni-oznachayut-i-kak-ih-ubrat-navsegda-kak-udalit-srosshiesya-brovi-doma.html. Access: 10 Sep. 2020.

22 Available: https://www.thecoli.com/threads/faces-of-africa.212015/page-29. Access: 10 Sep. 2020.

23 Available: https://pt.depositphotos.com/44539155/stock-photo-males-face-showing-surprise.html. Access: 10

Sep. 2020.

24 Available: https://www.prestigeoralsurgery.com/2014/08/15/what-complications-are-possible-after-the-

removal-of-wisdom-teeth/. Access: 10 Sep. 2020.

RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 16, n. 3, p. 1954-1969, July/Sep. 2021. e-ISSN: 1982-5587



Table 2 – Libras Facial Movements in Narrative Context


HEAD

NEUTRAL

LONGITUDINAL (R)

LATITUDINAL

LATERALIZATION (I)

(16)


→ (4) ← (0)


↑(3) ↓(9)


→ (4) ← (1)


EYES

NEUTRAL

LONGITUD.

LATITUD.

CLOSED/SEMI

WIDE OPEN

BLINKING

(21)


→ (1) ←(0)


↑(N) ↓(14)


(8)


(1)


I (0) II (1)


EYEBROW

NEUTRAL

RAISED

FROWNING

ALTERNED

ARCHED

(8)


(5)


(6)


(0)


_

(1)


FOREHEAD

ARCHED

FROWNING

(6)


(0)


_

Source: Research data


From the data generated and the results obtained, one can consider the equality of occurrence of prosodic manifestations in Libras, in relation to those presented in ASL and in Israeli Sign Language. Although each constituent has been transcribed and analyzed individually, it is known that it is in the set of their manifestations that there is an understanding of the contextual meaning, as a prosodic manifesto. Therefore, it was observed which non-manual movements are more evident, when analyzed from this set of constituents, correlated to signaling. Therefore, these sets, from the beginning of an utterance (beginning of signaling) to a pause or transition, manifested by different occurrences (blinking of the eyes,




movement in the opposite direction of the head, or movement to a neutral central position of the head), resulted in 12 intervals named by the letter 'F', followed by corresponding numbering from 1 to 12.

F-1 (6”08-8”12)25 corresponding to the beginning of the excerpt of the analysis, it presents an affirmative manifestation, initiated by a focused admiration, emphatically permeated in a subtle way (quickly). It can be understood as an initial strategy to attract the attention of the interlocutor(s), as it is a narrative discourse. F-2 (8”12-14”08) it makes evident two transitions, one related to a past tense and the other to a more current tense. The interval between these transitions promotes in the interlocutor(s) the feeling of being part of the context, by stating that this is known to all.

In F-3 (14”08-17”72), there is evidence of contradiction, which is intensely and emphatically asserted. Next, in the F-4 (17”72-18”58) break a reference is made to a question, to clarify the context of the F-3. The answer is understood in F-5 (18”58-25”55) when one answer the previous question, in an emphatic statement.

About F-6 (25”55-30”91), a new additive statement with shared information starts. This information sometimes appears as a focus, sometimes it is emphasized and confirmed. The difference between focus and emphasis was perceived by the duration of each occurrence, with the emphasis on a longer time of realization. F-7 (30”91-35”13) emphasizes the continuity of the affirmative statement, with admiration. This admiration is considered as shared information, again involving the interlocutor(s) in the context.

F-8 (35”13-35”63) is well characterized by a dependency transition, with a conditional. In F-9 (35”63-37”89), there is the presence of a locative function as an introduction to an interrogative, focusing on the constituent object of the location. And in F- 10 (37”89-43”45), the above question is answered by means of an assumption composed of an emphasized locative function, as an affirmation to the assumption. F-11 (43”45-49”13) it just continues the previous context, emphatically adding the stated statement of another locative function. Lastly, in F-12 (49”13-51”37) there is only confirmation of what was presented, then returning to neutral position.

Therefore, it is possible to affirm that Libras' intonational prosody proves that these facial elements and their movements are relevant for the production, meaning and understanding of language in moments of interaction for the construction of the meaning of the message. They are different non-manual facial constituents, observed by the interlocutor


25 Double quotation marks – represents the term 'seconds', for example in 6”08 it reads six seconds and eight

hundredths. Same way it should be understood in the other parts indicative of time.

RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 16, n. 3, p. 1954-1969, July/Sep. 2021. e-ISSN: 1982-5587



who receives, as well as by the interlocutor who is expressing a speech, constructing the sense of the language through the expressions of superior facial movements. Attention to these aspects thus contributes to both Libras' proficiency and the construction of meanings among speakers/signalers.


Final considerations


In this study, it was evident that research on the constituent elements of American and Israeli sign languages occurred equally in Libras. We emphasize here the fundamental role of dissemination and clarification on the linguistic structure and functioning of Libras, regarding the prosody of sign languages. It is not only related to affectivity, to the expression of emotions, but Prosody permeates all linguistic levels and links interaction, giving form, meaning and function to the dialogue.

Studies on aspects of Prosodic Phonology support research in other areas, such as Deaf Literature and its universe of investigation in narratives of different discursive genres, as well as research involving bimodal interpretation and translation between sign languages and oral languages. They also instigate new perspectives on the teaching and learning of sign languages, taking over the meaning of signed languages.

When it comes to Education, the research also has implications for the area, as this knowledge contributes to the actors present in schools and universities, contributing to a responsive action regarding bilingual educational plans and curricula, respecting the psychosocial, cultural and linguistic realities of deaf communities.


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SILVA, R. C.; SANTANA, A. P. O. Prosody in Brazilian sign language – a corpus study of enem-2017. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 16, n. 3, p. 1954-1969, July/Sep. 2021. e-ISSN: 1982-5587. DOI:

https://doi.org/10.21723/riaee.v16i3.15133


Submitted: 16/12/2020 Required revisions: 10/01/2021 Approved: 12/02/2021 Published: 01/07/2021