FORMACIÓN DEL PROFESORADO PARA LA ENSEÑANZA DE LAS LUCHAS EN LA EDUCACIÓN FÍSICA ESCOLAR: EL ESTADO DE LA CUESTIÓN
TEACHER EDUCATION FOR TEACHING WRESTLING IN PHYSICAL EDUCATION AT SCHOOL: THE STATUS OF THE QUESTION
Leandro Nascimento BORGES1 Maria Petrília Rocha FERNANDES2 Mabel Dantas Noronha CISNE3 Heraldo Simões FERREIRA4
RESUMEN: Este artículo tiene como objetivo establecer un marco analítico de estudios relacionados con el tema de la enseñanza de las luchas en la Educación Física escolar. La metodología utilizada fue la investigación cualitativa, mediante el relevamiento bibliográfico, denominado “estado de la cuestión”, mediante la catalogación, tabulación y análisis de los datos obtenidos en los títulos, resúmenes y metodología de los artículos científicos. Como
resultado, la investigación señaló el alejamiento de las discusiones sobre las luchas en la formación de la Educación Física, y sobre la necesidad de la formación en el contexto de las luchas en la Educación Física escolar, considerando que en este componente curricular, el deporte aún se prioriza otros contenidos a expensas de la educación física. Confirmamos, por tanto, la trascendencia y urgencia de los debates sobre las luchas en la Educación Física escolar. En particular, en lo que respecta a la formación continua y la práctica pedagógica de los docentes que trabajan en las instituciones de educación básica.
PALABRAS CLAVE: Educación Física. Formación del profesorado. Luchas.
ABSTRACT: This article aims to establish an analytical framework of studies related to the theme about the teaching of fights in school Physical Education. The methodology used was qualitative research, based on a bibliographic survey, called "state of the question", through cataloging, tabulation, and analysis of data obtained from the titles, abstracts, and methodology of scientific articles. As a result, the research pointed to the distance of the discussions about fights in Physical Education education, and about the need for a training on fights in school Physical Education, considering that in this curricular component, sport is still prioritized to the detriment of other contents. Therefore, we confirm the significance and urgency of debates about fights in school Physical Education. In particular, with regard to continuing education and pedagogical practice of teachers inserted in basic education institutions.
KEYWORDS: Physical education. Teacher education. Wrestling.
A pesquisa traz um quadro analítico de produções acadêmicas sobre a temática do ensino de lutas na Educação Física escolar, evidenciando algumas problemáticas na formação dos professores de Educação Física para o desenvolvimento deste conteúdo de ensino.
Parte-se da problemática de que existe uma lacuna nos currículos das formações em Educação Física das instituições de curso superior, acerca da temática da formação de professores para o ensino das lutas na escola. O ensino das lutas é assegurado em termos de diretrizes curriculares, mas tende a ser um conteúdo pouco abordado por muitos cursos de formação superior na Educação Física, o que repercute em problemas para sua efetivação no âmbito escolar (RUFINO; DARIDO, 2015).
Corrobora-se com Neira (2008), ao afirmar que as práticas corporais, os movimentos, são formas de explorar o corpo e suas possibilidades, proporcionando a percepção corporal a partir desta prática, contribuindo para a formação do indivíduo, valorizando seus conhecimentos, seus costumes, visando à promoção de atitudes de respeito e da igualdade social. Dessa forma, a formação profissional no âmbito da Educação Física deve contemplar o
universo das práticas corporais, incluindo o ensino das lutas, buscando contribuir com a formação e a ampliação do conhecimento das lutas como manifestação da cultura corporal de movimento.
Destarte, acerca do componente curricular Educação Física, destaca-se que em 1992, no livro Metodologia do Ensino da Educação Física, uma produção com abordagem crítica advinda do materialismo histórico dialético, surge uma das primeiras propostas de conteúdo para a Educação Física na escola. Também conhecido como Coletivo de Autores, a referida obra possibilitou uma perspectiva crítica para trabalhar os conteúdos durante as aulas através de suas sugestões direcionadas à classe popular, concebendo assim uma abordagem crítico- superadora, surgindo a cultura corporal como objeto a ser estudado pela Educação Física (SOARES et al., 1992).
Os conteúdos propostos pelo livro, que se tornou uma referência para os professores da época, foram: jogos, esportes, ginásticas, dança e capoeira. Pela primeira vez se apontava, dentre o leque de opções para o ensino, uma luta, no caso, a capoeira. Esta se inseria como uma espécie de reconhecimento de uma cultura corporal brasileira. Assim, considerando a atual diversidade dos conteúdos, daremos ênfase, neste projeto em nível de mestrado, ao conteúdo lutas.
Em 1997, foram elaborados os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN (BRASIL, 1997), com a finalidade de sugerir aos professores orientações a partir de blocos de conteúdo, permitindo uma diversidade de possibilidades para o trabalho com a Educação Física escolar. O referido documento, norteador, não obrigatório na Educação Básica, apresentava os seguintes conteúdos: conhecimento sobre o corpo; atividades rítmicas e expressivas; esportes, jogos, lutas e ginásticas. Novamente, o conteúdo lutas foi salientado em um documento relevante à área da Educação Física. É crucial ressaltarmos que este documento imprimiu legalidade às práticas pedagógicas do professor de Educação Física, baseando-se na realidade do cotidiano dos alunos.
Concomitante à essa expansão e reconhecimento em âmbito nacional e internacional, observa-se que mesmo fazendo parte do currículo da Educação Física da Educação Básica, o conteúdo Lutas ainda é pouco explorado no cotidiano escolar, seja pela falta de domínio dos processos didático-metodológicos dessas práticas corporais por parte do professor, seja pelo currículo da disciplina que tem o Esporte como conteúdo hegemônico.
No que se refere a esta temática, Oliveira e Reis filho (2013) assinala que existem alguns problemas que inviabilizam a vivência desta prática corporal nas aulas de Educação Física, tais como: preconceito com as lutas, nutrido pela errônea percepção de que o ensino de
uma modalidade de combate poderá estimular o aluno à agressividade; escassez de material e infraestrutura: uniformes apropriados, conforme a prática planejada pelo professor, e pisos acolchoados.
Em pesquisa realizada por Ferreira (2009), constatou-se que 68% dos profissionais que não utilizavam lutas nas aulas de Educação Física eram motivados pela falta de instrução para lecionar tal atividade, o que ratifica a relação de existência entre o saber fazer e o fazer. Acredita-se que aos professores de Educação Física cabe implementar os diversos temas de ensino, quais sejam: jogos, brincadeiras, esportes, lutas, danças, ginásticas, práticas corporais de aventura, oportunizando experiências diversificadas aos estudantes, desenvolvendo sua autonomia e sua criatividade, estimulando-os a participarem em contextos de saúde e lazer (BRASIL, 2017).
Diante dos dados apresentados e da pouca inserção das lutas no âmbito escolar, compreendemos os fatos e reconhecemos a fragilidade na temática da formação de professores para o ensino das lutas na escola, partindo do seguinte questionamento: uma formação em Lutas brasileiras para professores de Educação Física, que não tiveram experiências extra-acadêmicas e pessoal com lutas, poderá ser resolutiva para sua intervenção na prática pedagógica desta unidade temática em suas aulas, na Educação Básica? Esta inquietação adveio do entendimento de que constituir-se professor faz parte de um movimento, de uma caminhada de reflexões e da forma como mobiliza os conhecimentos que fazem parte de seu repertório de saberes, na busca da resolução dos desafios que se apresentam na sua prática educativa, para uma tomada de decisão consciente e intencional (SACRISTÁN, 1999).
Diante desses desafios, surge o desejo de conhecermos produções que abordassem esse tema. Intentamos a realização de um movimento de saída do nosso olhar para conhecer outras perspectivas acerca da temática, que permitisse a compreensão do movimento da área de conhecimento, suas configurações, propensões teóricas e metodológicas, análises críticas, recorrências e lacunas. Assim, compreendemos que, para evidenciar as contribuições do que nos propomos a investigar para o campo do conhecimento, se faz necessária essa investigação denominada Estado da Questão (EQ) sobre o objeto de pesquisa por meio de um inventário da produção científica acerca do tema. Esse percurso tem como escopo a definição descrita por Nóbrega-Therrien e Therrien (2010, p. 36), na qual afirmam que o EQ:
[...] é uma maneira que o estudante/pesquisador pode utilizar para entender e conduzir o processo de elaboração de sua monografia, dissertação ou tese, ou seja, de produção científica com relação ao desenvolvimento de seu tema,
objeto de sua investigação. É um modo particular de entender, articular e apresentar determinadas questões mais diretamente ligadas ao tema ora em investigação.
Para Nóbrega-Therrien e Therrien (2004), o pesquisador alcança o domínio da literatura quando ele é capaz de investigar uma extensiva e relevante literatura e ao mesmo tempo utilizá-la no desenvolvimento de análise e discussão de ideias; enquanto o domínio conceptual é alcançado quando há capacidade de organizar com coerência, perspectivas ou teorias relevantes para interpretar e explorar seu tema de estudo e acrescentar a este uma análise crítica.
Ao utilizar-se a metodologia do Estado da Questão, faz-se com que o material encontrado seja confrontado com a proposta de investigação a ser desenvolvida, havendo um diálogo entre o pesquisador e a produção científica encontrada (SILVEIRA; NÓBREGA- THERRIEN, 2011).
Para o trato metodológico do Estado da Questão, recorreu-se, inicialmente, a diálogos com o orientador, e após indicação do mesmo, deu-se início a estudos em uma disciplina ofertada no curso do Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE pela Universidade Estadual do Ceará. A disciplina tem como foco discutir sobre a importância de entender e encaminhar o processo de produção científica pelo estudante/pesquisador, com relação à elaboração do Estado da Questão sobre seu tema, objeto de investigação.
Dito isso, destacamos que a análise do EQ requer tempo e disponibilidade ao pesquisador, pois conforme o descritor utilizado para a pesquisa, este poderá indicar, entre outras hipóteses, que ainda não há uma publicação significativa no periódico pesquisado sobre a temática em foco.
A metodologia utilizada contemplou uma pesquisa qualitativa do tipo bibliográfica, que nos permitiu encontrar o referencial teórico adequado para o desenvolvimento desta discussão. A pesquisa bibliográfica corresponde a uma análise a livros, artigos, teses, anais de congressos, material da internet entre outros. Embora em quase todos os trabalhos sejam exigidos uma base teórica, para uma pesquisa ser considerada puramente bibliográfica, esta deve ser feita exclusivamente em materiais teóricos e documental (GIL, 2002).
A fonte de dados utilizada foi a plataforma de pesquisa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, direcionando a busca para o portal
de periódicos da mesma plataforma. O portal possui um dos maiores acervos de revistas virtuais do mundo, garantindo uma confiabilidade renomada em todo o país. A escolha justifica-se pela facilidade de acesso ao sítio às diversas áreas de pesquisa, pois a disponibilidade vem em modo digital, democratizando, assim, todo o acesso. As buscas aconteceram no período de setembro de 2020 a novembro do mesmo ano, utilizando opções de refinamento, tal como revisado por pares e apenas com idioma em português.
Delimitamos, como recorte temporal, os periódicos que contemplavam os anos de 1997 a 2019. A escolha dos anos dar-se em conta ao aparecimento do termo lutas na escola advindo dos PCN: Educação Física, publicado em 1997 (BRASIL, 1997). No que se refere aos periódicos, decidimos, para atingir um maior número de trabalhos, não fazer nenhuma delimitação de acordo com o sistema Qualis CAPES.
Inicialmente, a busca, na plataforma, foi realizada sem combinação e refinamento. Para efeito de informação acerca do trajeto metodológico específico das buscas, julgamos necessário a menção de que diversos descritores foram utilizados na tentativa de obter dados relevantes acerca do objeto de estudo. Todavia, não obtivemos êxito durante as buscas nos sítios decs.bvs.br e Thesaurus Brasileiro da Educação, site vinculado ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira -INEP.
Dentre as categorias que descrevemos como descritores, no primeiro site citado, buscou-se por “Educação Física Escolar”, contabilizando um total de zero descritor. Na categoria “Ensino de Lutas”, obtivermos o mesmo resultado: zero descritores. Finalmente, na busca por “Formação Continuada”, contabilizou 1 descritor.
Fonte: Elaborado pelos autores
No primeiro momento, logo após a escolha dos descritores, utilizamos os mesmos de forma combinatória entre eles. Na primeira busca, descrevemos Ensino de Lutas AND Educação Física Escolar, o qual gerou um número de 112 artigos em periódicos.
Quadro 1 – Relação dos descritores combinados “educação física escolar AND ensino de lutas” utilizados no EQ, 2 etapas
Descritores | R esultados | F iltrados | A chados | % |
“educação física escolar AND ensino de lutas” | 16 0 | 8 1 | 6 | 3 ,75 |
Fonte: Elaborado pelos autores
Durante a combinação dos descritores, utilizamos o boleano AND e aspas, optamos por utilizar artigos apenas escritos em português, e para refinamento revisados por pares, a fim de encontrarmos, com precisão, artigos em periódicos que nos aproximassem mais do objeto de pesquisa. Portanto, ao inserir “educação física escolar AND ensino de lutas” pode-se constatar um total de 160 trabalhos. Após o filtro, realizado a partir da leitura do título, do resumo e da metodologia, este número reduziu para 81.
Então, através das buscas, compreendemos que, de 160 artigos encontrados nos periódicos mediante a busca na plataforma, 3,5 % correspondem às categorias que relacionamos à pesquisa proposta. Diante do quadro exposto, consideramos que o número reduzido de produções está relacionado à categoria, o que demonstra uma lacuna na produção acadêmica.
No segundo quadro, apresentaremos os achados a que correspondem os artigos que se aproximam do objeto de estudo, com seus respectivos autores e periódicos.
A partir da análise das dissertações e teses selecionadas, os resultados evidenciaram um maior número de trabalhos publicados no ano de 2017 e realizados por pesquisadores de Universidades Públicas. Além disso, seis trouxeram informações sobre cursos de formação continuada elaborados. Os estudos e respectivos objetivos podem ser visualizados no quadro abaixo:
Achados/Autor | Periódico | Título | |||||||||
Rufino (2016a) | Revista brasileira de prescrição e fisiologia do exercício | escolar e educacionais | As | lutas outros | no | contexto ambientes | |||||
Rufino (2016b) | Revista brasileira de prescrição e fisiologia do exercício | Fundamentos das lutas e o processo de inclusão: perspectivas pedagógicas na diversidade educativa contemporânea | |||||||||
(2015) | Rufino | e Darido | Revista Educação Física/UEM | O ensino de lutas nas aulas de educação física: análise da prática pedagógica à luz de especialistas | |||||||
al. (2014) | Mazini | Filho et | CINERGIS | O ensino de Lutas nas aulas de educação física escolar | |||||||
Rufino (2016c) | Revista brasileira de prescrição e fisiologia do exercício | Os jogos de lutas nas aulas de educação física escolar: possibilidades técnico-táticas e seus elementos variantes | |||||||||
Hegele, González e Borges (2018) | Caderno de educação física e esportes | Possibilidades do ensino das lutas na escola: uma pesquisa -ação com professores de educação física | |||||||||
Fonte: Elaborado pelos autores.
A partir da leitura do material completo das seções referentes à introdução e aos resultados, buscou-se analisar: objetivo, resultados e conclusão dos referidos artigos destacados no quadro acima.
Para compreender os trabalhos direcionados à Educação Física escolar e ao ensino de lutas, destacamos uma análise dos artigos encontrados.
De início, começaremos nossa análise pelos estudos de Rufino (2016a), que teve como objetivo compreender e analisar as abordagens pedagógicas no que se refere ao desenvolvimento e ensino das lutas, partindo da análise crítica, buscando analisar, a partir das dificuldades dos aspectos sócio-históricos, as lutas em ambientes formais e não formais, como por exemplo escolas, academias, clubes, centros esportivos.
O autor destaca que compreendendo a pedagogia das lutas é possível aperfeiçoar sua prática pedagógica, embora o tradicionalismo ainda seja evidente em algumas abordagens.
Destaca, ainda, um quadro comparativo e compartilha as dificuldades de trabalhar as lutas em contexto escolar, descrevendo, concomitantemente, as possibilidades para cada problema descrito.
O professor de Educação Física, a partir de sua formação pedagógica, reúne competências e habilidades para inserir em suas aulas elementos das lutas como: autonomia, criticidade, respeito, caráter, contribuindo assim com a formação integral do aluno. “Compreende-se que o trato pedagógico do componente lutas na Educação Física escolar deva comportar necessariamente aspectos da autonomia, criticidade, emancipação e a construção de conhecimentos significativos” (NASCIMENTO; ALMEIDA, 2007, p. 93).
No que se refere à metodologia utilizada, trata-se de um estudo descritivo, com revisão de literatura direcionada às lutas dentro e fora do ambiente escolar. Sendo assim, como resultados, Rufino (2016a) destacou as seguintes categorias: “preconceito, falta de matérias, formação inicial deficiente, falta de produção acadêmica”, apresentando, para cada uma, dificuldades e possibilidades para a utilização das lutas na Educação Física escolar. Ressaltamos aqui que não contribui para este Estado da Questão descrever as lutas em âmbitos não formais, pois tal aspecto não se aproxima do intuito da pesquisa.
No segundo estudo encontrado, Rufino (2016b) ressalta a inclusão das lutas nas aulas de Educação Física, pois a insegurança em ministrar o conteúdo ocasiona uma resistência por parte dos docentes em trabalhar com esta temática. Neste artigo, o autor tem como objetivo analisar os fundamentos pedagógicos das lutas a partir dos processos de inclusão, propondo assim uma diversificação do trabalho com lutas. O método utilizado teve uma abordagem qualitativa descritiva, fundamentado em uma revisão de literatura, destacando como eixo centralizador a inclusão das lutas.
No que se refere à inclusão das lutas, o autor destaca que não direciona apenas a incluir alunos com deficiência, mas também os gêneros masculino e feminino, alunos com problemas de saúde, tal como obesidade e simpatizantes de práticas de lutas. O método utilizado pelo pesquisador consistiu em um estudo descritivo com revisão de literatura. Dessa forma, os resultados colaboraram para uma reflexão pertinente às lutas, dentre as citadas, ampliar as possibilidades de inclusão para todas as pessoas, propiciando as vivências e conhecimento. Depreende-se, deste modo, que as lutas possibilitam uma variedade de atividades, dentre elas, uma variação de pessoas, de peso, de alunos que treinam. A formação contínua contempla e urge com necessidade para professores que aderem utilizar as lutas como conteúdo, contribuindo para a compreensão do processo pedagógico e desmitificação de padrões e mitos sobre as lutas.
O terceiro trabalho, de autoria de Rufino e Darido (2015), teve como objetivo analisar as opiniões de professores universitários, especialistas em lutas, direcionadas apenas para a prática pedagógica das lutas nas aulas de Educação Física escolar. Desta vez, o método vem como técnica de coleta de dados, ou seja, os autores utilizaram-se de uma entrevista semiestruturada que contou com participação de cinco professores especialistas em luta de maneira intencional. Rufino e Darido (2015) comentam sobre afinidade no discurso de três especialistas, que destacam a formação inicial do professor de Educação Física como ainda frágil para fazê-los sentir-se preparados para trabalhar com lutas na escola.
Diante dessas falas, atenta-se para a importância de que uma formação continuada poderá proporcionar aperfeiçoamento aos professores da Educação Básica, contemplando o conteúdo lutas de forma segura e pedagógica. Acerca da formação continuada, se pode compreender que:
Tanto a formação inicial quanto a formação continuada, agindo de maneira articulada, devem dar subsídios científicos para que o professor possa sentir- se competente para recriar sua prática e atuar de maneira transformadora. Nesse sentido, a inclusão das Lutas no currículo real da Educação Física estabelece dependências com a formação dos professores em relação a esse conteúdo (BELTRÃO DE MATOS et al., 2015, p. 123).
Em sua pesquisa, Mazini Filho et al. (2014), tem como objetivo analisar como vem sendo abordada as lutas nas aulas de Educação Física em um município do estado de Minas Gerais à luz dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN (BRASIL, 1997). Trata-se de uma pesquisa transversal que contou com 18 professores da rede municipal. O instrumento que cunha a coleta de dados, baseou-se em um questionário fechado, adaptado, com seis questões. Para o gerenciamento dos dados, utilizou-se frequência relativa e percentual nas questões propostas. Destacamos aqui este estudo, uma vez que se aproxima de nosso estudo, o qual terá como investigação as lacunas existentes para o ensino de lutas de professores de Educação Física escolar, tendo como norte os PNC (BRASIL, 1997).
Ferreira (2006) destaca que a utilização das lutas não se confunde com a tendência militarista, em que tal proposta tinha como pretensão preparar o indivíduo para o combate/guerra. Seu objetivo é proporcionar ao aluno uma diversidade mais ampla de vivências corporais por meio das experiências culturais. Mediante a dificuldade dos professores relatadas nos estudos apresentados, destacamos a relevância de uma formação continuada para que se possa romper com esses paradigmas, assim como inserir as lutas de forma segura e responsável, proporcionando ao aluno uma diversidade maior de vivências e
atendendo os documentos que contemplam a Educação Básica, como por exemplo os PCN (BRASIL, 1997) e a BNCC (BRASIL, 2017; 2018).
Destarte, compreendemos que as lutas podem ir além da especificidade de cada arte, inserindo o lúdico em suas ações, apropriando-se do contexto em que o indivíduo está inserido e não centralizando apenas atividades técnicas propriamente ditas. Sobre isto, diz Rufino (2016c), em relação às proposições dos documentos de nível federal citados acima, que estes asseguram as lutas como trato pedagógico, e a ausência de uma análise crítica destes documentos corrobora para a escolha de esportes hegemônicos no Brasil, tais como o judô e a capoeira.
Em seu estudo, Rufino (2016c) propõe vivenciar uma diversidade de práticas envolvendo as lutas através de uma oficina teórico-prático, no qual pretendeu-se relatar o desenvolvimento do processo formativo lutas a partir da utilização dos jogos. Para a execução da formação, o autor utilizou-se de práticas metodológicas centradas na reflexão crítica, a saber: debates, atividades práticas dentro e fora de sala, análise crítica de situações problematizadoras e, por último, a criação de atividades explorando a autonomia dos participantes.
Seus resultados pautaram em reconhecer o lúdico como estratégia para inclusão de lutas, reconhecendo a técnica e tática alinhadas aos elementos que o autor chama de invariantes, sendo elas: alvo móvel, oposição direta entre indivíduos e enfrentamento físico (RUFINO; DARIDO, 2015).
Dentre os seis achados que a busca pôde fornecer através dos periódicos, a pesquisa de Hegele, Gonzalez e Borges (2018) contou com uma pesquisa-ação, a qual tive como participantes quatro professores da rede municipal do interior do estado do Rio Grande do Sul. Ressaltamos aqui o tipo de metodologia utilizada pelos autores: esta consistiu em perceber o impacto de uma formação colaborativa a professores que, por vezes, se sentiam inseguros ou não teriam vivenciado o conteúdo lutas na academia durante a graduação.
Como vimos, poucos trabalhos que pesquisam as lutas na escola utilizam como metodologia a pesquisa-ação (n=5; 13%). Dessa forma, consideramos que o uso dessa metodologia dará à nossa pesquisa um caráter mais original, contribuindo para o avanço do conhecimento. Poucos estudos trazem contribuições para a região nordeste. Este é um diferencial de nossa pesquisa, por se propor a pesquisar esta temática que se mostra “tímida” no que se direciona à produção científica.
De acordo com Ferreira (2006), as práticas corporais de lutas devem ser expostas aos discentes nas escolas e centros universitários de Educação Física. A partir destas instituições,
pode-se, ainda, ser aplicada a discussão para além das técnicas. Um dos temas que o autor sugere está pautado na violência, exacerbada por camadas da sociedade e pelo confronto entre torcidas de times de futebol.
Portanto, buscamos, com o inventariado das produções acadêmicas que abordam a temática do ensino de lutas na Educação Física escolar no período estabelecido, extrair informações que nos possibilitassem responder às nossas indagações, construindo, assim, um arcabouço acerca do conhecimento que vem sendo produzido sobre o tema no país.
BELTRÃO DE MATOS, J. A. et al. A presença/ausência do conteúdo lutas na Educação Física Escolar: identificando desafios e propondo sugestões. Conexões: Revista da Faculdade de Educação Física da UNICAMP, Campinas (SP), v. 13, n. 2, p. 117-135, abr./jun. 2015.
BRASIL. Ministério da Cidadania. Jogos Escolares Brasileiros-JEBS. 2020. Disponível em: http://arquivo.esporte.gov.br/index.php/institucional/o-ministerio/conselho-nacional-do- esporte/162-ministerio-do-esporte/jogos-escolares-brasileiros/21722-jogos-escolares- brasileiros-jeb-s. Acesso em: 23 jun. 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base. Brasília, DF: MEC, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_publicacao.pdf. Acesso em: 20 maio 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução n. 510, de 7 de abril de 2016. O Plenário do Conselho Nacional de Saúde em sua Quinquagésima Nona Reunião Extraordinária, realizada nos dias 06 e 07 de abril de 2016, no uso de suas competências regimentais e atribuições conferidas pela Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990, pela Lei n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990, pelo Decreto n. 5.839, de 11 de julho de 2006. Brasília, DF: Ministério da Saúde/Conselho Nacional de Saúde, 24 maio 2016. Disponível em: https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/22917581.
Acesso em: 20 maio 2019.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB. Brasília, DF: MEC, 23 dez. 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 20 maio 2019.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Educação Física. Brasília, DF: Secretaria de Educação Fundamental, 1997.
FERREIRA, H. S. As lutas na educação física escolar. Revista de Educação Física, Rio de Janeiro (RJ), v. 135, p. 23-45, 2006. Disponível em: https://revistadeeducacaofisica.emnuvens.com.br/revista/article/view/428. Acesso em: 20 maio 2020.
FERREIRA, H. S. A utilização das lutas como conteúdo das aulas de Educação Física.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo, SP: Atlas, 2002.
HEGELE, B.; GONZÁLEZ, F. J.; BORGES, R. M. Possibilidades do ensino das lutas na escola: uma pesquisa-ação com professores de educação física.Caderno de Educação Física e Esporte, Marechal Cândido Rondon (PR), v. 16, n. 1, p. 99-107, jan. 2018. Disponível em: http://e-revista.unioeste.br/index.php/cadernoedfisica/article/view/18953. Acesso em: 20 maio 2020.
MAZINI FILHO, M. L. et al. O ensino de lutas nas aulas de Educação Física Escolar. Cinergis, Santa Cruz do Sul (RS), v. 15, n. 4, p. 1-6, out./dez. 2014. Disponível em: https://online.unisc.br/seer/index.php/cinergis/article/view/5264. Acesso em: 30 jun. 2020.
NASCIMENTO, P. R. B; ALMEIDA, L. A tematização das lutas na Educação Física Escolar: restrições e possibilidades. Revista Movimento, Porto Alegre (RS), v. 13, n. 3, p. 91-110,
2007. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/Movimento/article/view/3567. Acesso em: 30 jun. 2020.
NEIRA, M. G. A cultura corporal popular como conteúdo do currículo multicultural da educação física. Revista Pensar a Prática, Goiânia (GO), v. 11, n. 1, p. 81–89, 2008. Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/fef/article/view/1699. Acesso em: 30 jun. 2020.
NÓBREGA-THERRIEN, S. M.; THERRIEN, J. Trabalhos científicos e o estado da questão: reflexão teóricos-metodológicas, metodológicas. Estudos em Avaliação Educacional, São Paulo (SP), v. 15, n. 30, p. 5-16, 2004. Disponível em:
http://publicacoes.fcc.org.br/index.php/eae/article/view/2148. Acesso em: 30 jun. 2020.
NÓBREGA-THERRIEN, S. M; THERRIEN, J. O estado da questão: aportes teóricos- metodológicos e relatos de sua produção em trabalhos científicos. In: FARIAS, I. M. S. de; NUNES, J. B. C; NÓBREGA THERRIEN, S. M. (Org.). Pesquisa científica para iniciantes: caminhando no labirinto. Fortaleza: EdUECE, 2010. (Coleção Métodos de Pesquisa).
OLIVEIRA, S.B; REIS FILHO, A.D. Ensino de lutas na escola: elemento pedagógico ou estímulo à violência? Efdeportes.com. Buenos Aires - año 18, n.180, maio. 2013.
RUFINO, L. G. B. As lutas no contexto escolar e outros ambientes educacionais. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo (SP), v. 11, n. 11, p. 914-916, edição especial. 2016a.
RUFINO, L. G. B. Fundamentos das lutas e o processo de inclusão: perspectivas pedagógicas na diversidade educativa contemporânea. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo (SP), v. 63, n. 11, p. 919-920, out. 2016b.
RUFINO, L. G. B. Os jogos de lutas nas aulas de educação física escolar: possibilidades técnico-táticas e seus elementos invariantes. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo (SP), v. 11, n. 63, p. 917-918, nov. 2016c.
RUFINO, L. G. B; DARIDO, S. C. O ensino das lutas nas aulas de educação física: análise da prática pedagógica à luz de especialistas. Rev. Educ. Fís/uem, São Paulo (SP), v. 26, n. 4, p. 505-518, abr. 2015.
SACRISTÁN, J.G. Poderes instáveis em educação. Porto Alegre: Artmed, 1999.
SILVEIRA, C.S.; NÓBREGA-THERRIEN, S.M. Estudos sobre pesquisa e formação de professores da Educação Básica: a elaboração do Estado da Questão. Revista Educação em Questão, Natal, v. 41, n. 27, p. 219-243, jul./dez. 2011.
SOARES, C. L. et al. Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo, SP: Cortez, 1992.
NASCIMENTO, L. B.; FERNANDES, M. P. R.; CISNE, M. D. N.; FERREIRA, H. S.
Formação de professores para o ensino de lutas na educação física escolar: o estado da questão. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 16, n. esp. 3, p. 1547-1561, jun. 2021. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v16iesp.3.15297
*Leandro Nascimento Borges: contribuiu com o delineamento da pesquisa; e com o processo de busca da base de dados, metodologia e conclusão.
*Maria Petrília Rocha Fernandes: contribuiu com a redação do manuscrito;
*Mabel Dantas Noronha Cisne: contribuiu com a categorização e análise dos trabalhos;
*Heraldo Simões Ferreira: contribuiu com a revisão crítica do trabalho.
FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA O ENSINO DE LUTAS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: O ESTADO DA QUESTÃO
TEACHER EDUCATION FOR TEACHING WRESTLING IN PHYSICAL EDUCATION AT SCHOOL: THE STATUS OF THE QUESTION
Leandro Nascimento BORGES1 Maria Petrília Rocha FERNANDES2 Mabel Dantas Noronha CISNE3 Heraldo Simões FERREIRA4
RESUMO: Este artigo tem por finalidade estabelecer um quadro analítico de estudos relacionados à temática acerca do ensino das lutas na Educação Física escolar. A metodologia utilizada foi a pesquisa qualitativa, a partir do levantamento bibliográfico, denominado “estado da questão”, por meio da catalogação, tabulação e análise de dados
obtidos nos títulos, resumos, e metodologia de artigos científicos. Como resultado, a pesquisa apontou para o distanciamento das discussões sobre lutas na formação em Educação Física, e acerca da necessidade de uma formação no âmbito das lutas na Educação Física escolar, tendo em vista que neste componente curricular, o esporte ainda é priorizado em detrimento dos outros conteúdos. Confirmamos, portanto, a significância e premência de debates sobre as lutas na Educação Física escolar. Em especial, no que diz respeito à formação continuada e prática pedagógica dos professores inseridos nas instituições de educação básica.
PALAVRAS-CHAVE: Educação física. Formação de professores. Lutas.
ABSTRACT: This article aims to establish an analytical framework of studies related to the theme about the teaching of fights in school Physical Education. The methodology used was qualitative research, based on a bibliographic survey, called "state of the question", through cataloging, tabulation, and analysis of data obtained from the titles, abstracts, and methodology of scientific articles. As a result, the research pointed to the distance of the discussions about fights in Physical Education education, and about the need for a training on fights in school Physical Education, considering that in this curricular component, sport is still prioritized to the detriment of other contents. Therefore, we confirm the significance and urgency of debates about fights in school Physical Education. In particular, with regard to continuing education and pedagogical practice of teachers inserted in basic education institutions.
KEYWORDS: Physical education. Teacher education. Wrestling.
La investigación plantea un cuadro analítico de producciones académicas sobre el tema de la enseñanza de luchas en la Educación Física escolar, evidenciando algunas problemáticas en la formación del profesorado de Educación Física para el desarrollo de este contenido de enseñanza.
Se parte de la problemática de que hay una laguna en los currículos de las formaciones en Educación Física de las instituciones de enseñanza superior, acerca del tema de la formación del profesorado para la enseñanza de luchas en la escuela. La enseñanza de las luchas es asegurada en términos de directrices curriculares, pero que tiende a ser un contenido poco abordado por muchas carreras de formación superior en le Educación Física, lo que repercute en problemas para su efectuación en el ámbito escolar (RUFINO; DARIDO, 2015).
Se corrobora con Neira (2008), al afirmar que las prácticas corporales, los movimientos, son formas de explorar el cuerpo y sus posibilidades, proporcionando la percepción corporal a partir de esta práctica, contribuyendo a la formación del individuo, valorando sus conocimientos, sus costumbres, buscando promover actitudes de respeto e
igualdad social. Así, la formación profesional en Educación Física debe incluir el universo de las prácticas corporales, incluyendo la enseñanza de las luchas, buscando contribuir a la formación y ampliación del conocimiento de las luchas como manifestación de la cultura corporal del movimiento.
Por lo tanto, sobre el componente curricular Educación Física, cabe destacar que en 1992, en el libro Metodología de la Enseñanza de la Educación Física, una producción con un enfoque crítico derivado del materialismo histórico dialéctico, se encuentra una de las primeras propuestas de contenidos para la Educación Física en la escuela. También conocido como Coletivo de Autores, esta obra permitió una perspectiva crítica para trabajar los contenidos durante las clases a través de sus sugerencias dirigidas a la clase popular, concibiendo así un enfoque crítico-superior, apareciendo la cultura corporal como objeto de estudio de la Educación Física (SOARES et al., 1992).
Los contenidos del libro, que se convirtió en una referencia para los profesores de la época, eran: juegos, deportes, gimnasia, danza y capoeira. Por primera vez, entre el abanico de opciones de enseñanza, se mencionó la lucha, en este caso la capoeira. Esto se insertó como una especie de reconocimiento de la cultura corporal brasileña. Así, teniendo en cuenta la diversidad actual de contenidos, destacaremos, en este proyecto de nivel de máster, el contenido de las luchas.
En 1997, los Parámetros Curriculares Nacionales - PCN (BRASIL, 1997) fueron elaborados con el objetivo de sugerir a los profesores orientaciones a partir de bloques de contenido, permitiendo una diversidad de posibilidades para el trabajo con la Educación Física escolar. Este documento guía, no obligatorio en la Educación Básica, presentaba los siguientes contenidos: conocimiento del cuerpo; actividades rítmicas y expresivas; deportes, juegos, luchas y gimnasia. Una vez más, el contenido de las peleas fue destacado en un documento relevante para el área de Educación Física. Es fundamental destacar que este documento dio legalidad a las prácticas pedagógicas del profesor de Educación Física, basadas en la realidad de la vida cotidiana de los alumnos.
Concomitantemente a esta expansión y reconocimiento a nivel nacional e internacional, se observa que aún siendo parte del currículo de Educación Física de la Educación Básica, el contenido de Lucha es aún poco explorado en la cotidianidad escolar, ya sea por la falta de dominio de los procesos didáctico-metodológicos de estas prácticas corporales por parte del docente, ya sea por el currículo de la disciplina que tiene al deporte como contenido hegemónico.
En relación a este tema, Oliveira y Reis filho (2013) señalan que existen algunos problemas que hacen inviable la experiencia de esta práctica corporal en las clases de Educación Física, tales como: el prejuicio contra las peleas, alimentado por la percepción errónea de que la enseñanza de una modalidad de combate puede estimular al alumno a la agresividad; la escasez de material e infraestructura: uniformes adecuados, de acuerdo con la práctica planificada por el profesor, y pisos acolchados.
En la investigación realizada por Ferreira (2009), se encontró que el 68% de los profesionales que no utilizaban las peleas en las clases de Educación Física estaban motivados por la falta de instrucción para enseñar dicha actividad, lo que ratifica la relación de existencia entre el saber hacer y el hacer. Se considera que los profesores de Educación Física son los responsables de poner en práctica los diversos temas de la enseñanza, a saber: juegos, juegos, deportes, luchas, bailes, gimnasia, prácticas corporales de aventura, proporcionando oportunidades de experiencias diversificadas a los estudiantes, desarrollando su autonomía y creatividad, animándoles a participar en contextos de salud y ocio (BRASIL, 2017).
Ante los datos presentados y la poca inclusión de las luchas en el ámbito escolar, entendemos los hechos y reconocemos la fragilidad en el tema de la formación de profesores para la enseñanza de las luchas en la escuela, partiendo de la siguiente pregunta: una formación en Luchas Brasileñas para profesores de Educación Física, que no tuvieron experiencias extra-académicas y personales con las luchas, ¿puede ser una solución para su intervención en la práctica pedagógica de esta unidad temática en sus clases en la Educación Básica? Esta preocupación surgió de la comprensión de que llegar a ser profesor es parte de un movimiento, de un recorrido de reflexiones y de la forma en que moviliza los conocimientos que forman parte de su repertorio de saberes, en la búsqueda de la resolución de los desafíos que se presentan en su práctica educativa, para una toma de decisiones consciente e intencionada (SACRISTÁN, 1999).
Ante estos retos, surge el deseo de conocer producciones que aborden este tema. Nos propusimos realizar un movimiento de nuestra mirada para conocer otras perspectivas sobre el tema, que permitiera comprender el movimiento del área de conocimiento, sus configuraciones, propensiones teóricas y metodológicas, análisis críticos, recurrencias y vacíos. Así, entendemos que para evidenciar los aportes de lo que nos proponemos investigar para el campo del conocimiento, es necesaria esta investigación denominada Estado de la Cuestión (EQ) sobre el objeto de investigación a través de un inventario de la producción científica sobre el tema. Este camino tiene como alcance la definición descrita por Nóbrega- Therrien y Therrien (2010, p. 36), en la que afirman que el EQ:
[...] es una forma que el estudiante/investigador puede utilizar para entender y conducir el proceso de elaboración de su monografía, disertación o tesis, es decir, de la producción científica en relación con el desarrollo de su tema, el objeto de investigación. Es una forma particular de entender, articular y presentar determinadas cuestiones más directamente relacionadas con el tema investigado.
Para Nóbrega-Therrien y Therrien (2004), el investigador logra el dominio de la literatura cuando es capaz de indagar en una bibliografía extensa y relevante y al mismo tiempo utilizarla en el desarrollo del análisis y la discusión de ideas; mientras que el dominio conceptual se logra cuando se tiene la capacidad de organizar con coherencia, perspectivas o teorías relevantes para interpretar y explorar su tema de estudio y agregarle un análisis crítico. Al utilizar la metodología del Estado de la Cuestión, se confronta el material encontrado con la propuesta de investigación a desarrollar, creando un diálogo entre el investigador y la producción científica encontrada (SILVEIRA; NÓBREGA-THERRIEN,
2011).
Para el tratamiento metodológico del Estado de la Cuestión, se recurrió, inicialmente, a diálogos con el supervisor, y tras su indicación, se iniciaron los estudios en una disciplina ofrecida en el curso del Programa de Postgrado en Educación - PPGE por la Universidad Estatal de Ceará. El tema se centra en la discusión de la importancia de la comprensión y el avance del proceso de producción científica por parte del estudiante/investigador, con respecto a la elaboración del Estado de la Cuestión sobre su tema, objeto de investigación.
Dicho esto, destacamos que el análisis del CI requiere tiempo y disponibilidad del investigador, ya que según el descriptor utilizado para la investigación, puede indicar, entre otras hipótesis, que todavía no hay ninguna publicación significativa en la revista investigada sobre el tema en cuestión.
La metodología utilizada contempló una investigación bibliográfica cualitativa, que permitió encontrar el marco teórico adecuado para el desarrollo de esta discusión. La investigación bibliográfica corresponde a un análisis de libros, artículos, tesis, actas de conferencias, material de Internet, entre otros. Aunque en casi todos los trabajos se requiere una base teórica, para que una investigación se considere puramente bibliográfica, debe realizarse exclusivamente en materiales teóricos y documentales (GIL, 2002).
La fuente de datos utilizada fue la plataforma de investigación de la Coordinación para el Perfeccionamiento del Personal de Nivel Superior - CAPES, dirigiendo la búsqueda al portal de revistas de la misma plataforma. El portal cuenta con una de las mayores colecciones de revistas virtuales del mundo, lo que garantiza una fiabilidad reconocida en todo el país. La elección se justifica por la facilidad de acceso al sitio a las distintas áreas de investigación, ya que la disponibilidad viene en modo digital, democratizando así el acceso. Las búsquedas se realizaron entre septiembre de 2020 y noviembre del mismo año, utilizando opciones de refinamiento, como revisado por pares y sólo en portugués.
Acotamos, como recorte temporal, las publicaciones periódicas que contemplaban los años 1997 a 2019. La elección de los años se debe a la aparición del término peleas en la escuela a partir del PCN: Educación Física, publicado en 1997 (BRASIL, 1997). En cuanto a las publicaciones periódicas, hemos decidido, para conseguir un mayor número de obras, no hacer ninguna delimitación según el sistema Qualis CAPES.
Inicialmente, la búsqueda en la plataforma se realizó sin combinación ni refinamiento. En cuanto a la información sobre la trayectoria metodológica específica de las búsquedas, creemos necesario mencionar que se utilizaron varios descriptores en un intento de obtener datos relevantes sobre el objeto de estudio. Sin embargo, no tuvimos éxito durante las búsquedas en los sitios decs.bvs.br y Thesaurus Brasileiro da Educação, un sitio vinculado al Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira -INEP.
Entre las categorías que describimos como descriptores, en el primer sitio mencionado, buscamos "Educación Física Escolar", contabilizando un total de cero descriptores. En la categoría "Enseñanza de la Luta", obtuvimos el mismo resultado: cero descriptores. Por último, la búsqueda de "Formação Continuada", supuso 1 descriptor.
Fuente: Elaborado por los autores
En el primer momento, justo tras la elección de los descriptores, utilizaremos los mismos de forma combinatoria entre ellos. En la primera búsqueda, describimos Ensino de Lutas AND Educação Física Escolar, lo cual generó un número de 112 artículos en revistas científicas.
Cuadro 1 – Relación de los descriptores combinados “educação física escolar AND ensino de lutas” utilizados en el EQ, 2 etapas
Descriptores | R esultados | F iltrados | H allazgos | % |
“educação física escolar AND ensino de lutas” | 16 0 | 8 1 | 6 | 3 ,75 |
Fuente: Elaborado por los autores
A lo largo de la combinación de los descriptores, utilizamos el boleano AND y comillas, optamos por utilizar artículos solo escritos en portugués, y para refinación revisados por pares, con el fin de encontrar, con precisión, artículos en revistas científicas que nos acercaran más del objeto de investigación. Por lo tanto, al insertar “educação física escolar AND ensino de lutas” se puede constatar un total de 160 trabajos. Trás el filtro, realizado a partir de la lectura del título, del resumen y de la metodología, este número ha sido reducido para 81.
Luego, a través de las búsquedas, entendemos que, de 160 artículos encontrados en las revistas a través de la búsqueda en la plataforma, el 3,5% corresponden a las categorías que relacionamos con la investigación propuesta. Teniendo en cuenta el cuadro anterior, consideramos que el reducido número de producciones está relacionado con la categoría, lo que demuestra un desfase en la producción académica.
En la segunda tabla, presentaremos los resultados correspondientes a los artículos que se aproximan al objeto de estudio, con sus respectivos autores y revistas.
Del análisis de las disertaciones y tesis seleccionadas, los resultados mostraron un mayor número de trabajos publicados en 2017 y realizados por investigadores de Universidades Públicas. Además, seis aportaron información sobre los cursos de formación continua desarrollados. Los estudios y los respectivos objetivos pueden verse en el siguiente cuadro:
Hallazgos/Autor | Periódico | Título | |||||||||
Rufino (2016a) | Revista brasileira de prescrição e fisiologia do exercício | escolar e educacionais | As | lutas outros | no | contexto ambientes | |||||
Rufino (2016b) | Revista brasileira de prescrição e fisiologia do exercício | Fundamentos das lutas e o processo de inclusão: perspectivas pedagógicas na diversidade educativa contemporânea | |||||||||
(2015) | Rufino | e Darido | Revista Educação Física/UEM | O ensino de lutas nas aulas de educação física: análise da prática pedagógica à luz de especialistas | |||||||
al. (2014) | Mazini | Filho et | CINERGIS | O ensino de Lutas nas aulas de educação física escolar | |||||||
Rufino (2016c) | Revista brasileira de prescrição e fisiologia do exercício | Os jogos de lutas nas aulas de educação física escolar: possibilidades técnico-táticas e seus elementos variantes | |||||||||
Hegele, González e Borges (2018) | Caderno de educação física e esportes | Possibilidades do ensino das lutas na escola: uma pesquisa -ação com professores de educação física | |||||||||
Fuente: Elaborado por los autores.
A partir de la lectura del material completo de las secciones referidas a la introducción y los resultados, se buscó analizar: objetivo, resultados y conclusión de los mencionados artículos destacados en la tabla anterior.
Para entender los trabajos dirigidos a la Educación Física escolar y a la enseñanza de las luchas, destacamos un análisis de los artículos encontrados.
En un primer momento, comenzaremos nuestro análisis por los estudios de Rufino (2016a), cuyo objetivo era conocer y analizar los planteamientos pedagógicos en torno al desarrollo y enseñanza de las luchas, partiendo del análisis crítico, buscando analizar, desde las dificultades de los aspectos socio-históricos, las luchas en entornos formales y no formales, como escuelas, gimnasios, clubes, centros deportivos.
El autor destaca que la comprensión de la pedagogía de las luchas es posible para mejorar su práctica pedagógica, aunque el tradicionalismo sigue siendo evidente en algunos planteamientos. También destaca un cuadro comparativo y comparte las dificultades de trabajar las luchas en el contexto escolar, describiendo, concomitantemente, las posibilidades de cada problema descrito.
El profesor de Educación Física, a partir de su formación pedagógica, reúne habilidades y destrezas para insertar en sus clases elementos de lucha como: autonomía, criticidad, respeto, carácter, contribuyendo así con la formación integral del alumno. "Se entiende que el tratamiento pedagógico del componente de luchas en la Educación Física escolar debe incluir necesariamente aspectos de autonomía, criticidad, emancipación y construcción de conocimiento significativo". (NASCIMENTO; ALMEIDA, 2007, p. 93).
En cuanto a la metodología utilizada, se trata de un estudio descriptivo, con revisión bibliográfica dirigida a las luchas dentro y fuera del ámbito escolar. Así, como resultados, Rufino (2016a) destacó las siguientes categorías: "prejuicios, falta de asignaturas, deficiente formación inicial, falta de producción académica", presentando, para cada una, dificultades y posibilidades para el uso de las peleas en la Educación Física escolar. Destacamos aquí que no contribuye a este Estado de la Cuestión describir los combates en contextos no formales, porque este aspecto no se acerca al propósito de la investigación.
En el segundo estudio encontrado, Rufino (2016b) hace hincapié en la inclusión de las peleas en las clases de Educación Física, ya que la inseguridad en la enseñanza del contenido provoca una resistencia por parte de los profesores a trabajar con este tema. En este artículo, el autor pretende analizar los fundamentos pedagógicos de las luchas desde los procesos de inclusión, proponiendo así una diversificación del trabajo con las luchas. El método utilizado tuvo un enfoque cualitativo descriptivo, basado en una revisión bibliográfica, destacando como eje central la inclusión de las luchas.
En cuanto a la inclusión de las peleas, la autora destaca que no sólo está dirigida a incluir a los alumnos con discapacidades, sino también a los géneros masculino y femenino, a
los alumnos con problemas de salud, como la obesidad y a los que simpatizan con la práctica de las peleas. El método utilizado por el investigador consistió en un estudio descriptivo con revisión bibliográfica. De esta manera, los resultados colaboraron para una reflexión pertinente a las luchas, entre las citadas, para ampliar las posibilidades de inclusión para todas las personas, propiciando las experiencias y conocimientos. De este modo, las luchas permiten una variedad de actividades y, dentro de ellas, una variación de personas, de peso y de alumnos que trabajan. La formación continua contempla e insta con necesidad a los profesores que se adhieren a utilizar las luchas como contenido, contribuyendo para la comprensión del proceso pedagógico y desmitificación de normas y mitos sobre las luchas.
El tercer trabajo, de autoría de Rufino y Darido (2015), tuvo como objetivo analizar las opiniones de profesores universitarios, especialistas en luchas, dirigidas únicamente a la práctica pedagógica de las luchas en las clases de Educación Física escolar. En esta ocasión, el método se presenta como una técnica de recolección de datos, es decir, los autores utilizaron una entrevista semiestructurada que contó con la participación de cinco profesores especializados en peleas de manera intencional. Rufino y Darido (2015) comentan la afinidad en el discurso de tres especialistas, que destacan la formación inicial del profesor de Educación Física como todavía frágil para que se sientan preparados para trabajar con las peleas en la escuela.
Ante estos discursos, se considera la importancia de que una formación continua pueda proporcionar perfeccionamiento a los profesores de Educación Básica, contemplando el contenido de las luchas de forma segura y pedagógica. Sobre la formación continua, se puede entender que:
Tanto la formación inicial como la continua, actuando de forma articulada, deberán proporcionar subsidios científicos para que el profesor se sienta competente para recrear su práctica y actuar de forma transformadora. En este sentido, la inclusión de Lutas en el propio currículo de Educación Física establece dependencias con la formación del profesorado en relación a este contenido (BELTRÃO DE MATOS et al., 2015, p. 123).
En su investigación, Mazini Filho et al. (2014), tiene como objetivo analizar cómo se han abordado las peleas en las clases de Educación Física en un municipio del estado de Minas Gerais a la luz de los Parámetros Curriculares Nacionales - PCN (BRASIL, 1997). Es una investigación transversal que contó con 18 profesores de la red municipal. El instrumento que calzó la recogida de datos se basó en un cuestionario cerrado, adaptado, con seis preguntas. Para la gestión de los datos, se utilizó la frecuencia relativa y porcentual en las preguntas propuestas. Destacamos aquí este estudio, ya que se acerca a nuestro estudio, que
investigará las lagunas existentes para la enseñanza de las luchas de los profesores de Educación Física escolar, teniendo como guía la PNC (BRASIL, 1997).
Ferreira (2006) destaca que el uso de las luchas no debe confundirse con la tendencia militarista, en la que dicha propuesta tenía la intención de preparar al individuo para el combate/guerra. Su objetivo es proporcionar al estudiante una mayor diversidad de experiencias corporales a través de experiencias culturales. Dada la dificultad de los profesores reportados en los estudios presentados, destacamos la relevancia de la formación continua para que se pueda romper con estos paradigmas, así como insertar las luchas con seguridad y responsabilidad, proporcionando al estudiante una mayor diversidad de experiencias y el cumplimiento de los documentos que abarcan la Educación Básica, como el PCN (BRASIL, 1997) y el BNCC (BRASIL, 2017; 2018).
Por lo tanto, entendemos que las luchas pueden ir más allá de la especificidad de cada arte, insertando lo lúdico en sus acciones, apropiándose del contexto en el que se inserta el individuo y no centrándose sólo en las actividades técnicas. Sobre esto, dice Rufino (2016c), en relación con las proposiciones de los documentos de nivel federal citados anteriormente, que estos aseguran las luchas como tratamiento pedagógico, y la ausencia de un análisis crítico de estos documentos corrobora para la elección de los deportes hegemónicos en Brasil, como el judo y la capoeira.
En su estudio, Rufino (2016c) propone experimentar una diversidad de prácticas que involucran las luchas a través de un taller teórico-práctico, en el que pretendía dar cuenta del desarrollo del proceso formativo de las luchas a partir del uso de juegos. Para la ejecución de la formación, la autora utilizó prácticas metodológicas centradas en la reflexión crítica, a saber: debates, actividades prácticas dentro y fuera del aula, análisis crítico de situaciones problematizadoras y, finalmente, la creación de actividades que exploran la autonomía de los participantes.
Sus resultados se basan en el reconocimiento del juego como estrategia de inclusión de la lucha, reconociendo la técnica y la táctica alineada a los elementos que el autor denomina invariantes, que son: blanco móvil, oposición directa entre individuos y enfrentamiento físico (RUFINO; DARIDO, 2015).
Entre los seis hallazgos que la búsqueda pudo proporcionar a través de las revistas, la investigación de Hegele, González y Borges (2018) tuvo una investigación-acción, que tuvo como participantes a cuatro profesores de la red municipal en el campo del estado de Río Grande do Sul. Destacamos aquí el tipo de metodología utilizada por los autores: esta consistió en percibir el impacto de una formación colaborativa a profesores que, en ocasiones,
se sentían inseguros o no habían experimentado las luchas de contenido en la academia durante la graduación.
Como hemos visto, son pocos los estudios que investigan las peleas en la escuela que utilizan la metodología de la investigación-acción (n=5; 13%). Así, consideramos que el uso de esta metodología dará a nuestra investigación un carácter más original, contribuyendo al avance del conocimiento. Son pocos los estudios que hacen aportaciones a la región del noreste. Este es un diferencial de nuestra investigación, por proponer investigar este tema que se ha mostrado "tímido" en términos de producción científica.
Según Ferreira (2006), las prácticas corporales de peleas deben ser expuestas a los alumnos en las escuelas y centros universitarios de Educación Física. Desde estas instituciones, también se puede aplicar el debate más allá de las técnicas. Uno de los temas que propone el autor se basa en la violencia, exacerbada por las capas de la sociedad y por el enfrentamiento entre los hinchas de los equipos de fútbol.
Por lo tanto, buscamos, con el inventario de producciones académicas que abordan el tema de la enseñanza de las luchas en la Educación Física escolar en el período establecido, extraer información que nos permitiera responder a nuestras preguntas, construyendo así un marco sobre el conocimiento que se ha producido sobre el tema en el país.
ciencia en el campo de la producción científica sobre el tema en cuestión. Así, creemos que la investigación realizada no termina aquí esta discusión, sino que trae algunas preguntas, algunas problematizaciones, para pensar juntos en la importancia de su despliegue o implementación.
BELTRÃO DE MATOS, J. A. et al. A presença/ausência do conteúdo lutas na Educação Física Escolar: identificando desafios e propondo sugestões. Conexões: Revista da Faculdade de Educação Física da UNICAMP, Campinas (SP), v. 13, n. 2, p. 117-135, abr./jun. 2015.
BRASIL. Ministério da Cidadania. Jogos Escolares Brasileiros-JEBS. 2020. Disponível em: http://arquivo.esporte.gov.br/index.php/institucional/o-ministerio/conselho-nacional-do- esporte/162-ministerio-do-esporte/jogos-escolares-brasileiros/21722-jogos-escolares- brasileiros-jeb-s. Acesso em: 23 jun. 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base. Brasília, DF: MEC, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_publicacao.pdf. Acesso em: 20 maio 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução n. 510, de 7 de abril de 2016. O Plenário do Conselho Nacional de Saúde em sua Quinquagésima Nona Reunião Extraordinária, realizada nos dias 06 e 07 de abril de 2016, no uso de suas competências regimentais e atribuições conferidas pela Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990, pela Lei n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990, pelo Decreto n. 5.839, de 11 de julho de 2006. Brasília, DF: Ministério da Saúde/Conselho Nacional de Saúde, 24 maio 2016. Disponível em: https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/22917581.
Acesso em: 20 maio 2019.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB. Brasília, DF: MEC, 23 dez. 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 20 maio 2019.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Educação Física. Brasília, DF: Secretaria de Educação Fundamental, 1997.
FERREIRA, H. S. As lutas na educação física escolar. Revista de Educação Física, Rio de Janeiro (RJ), v. 135, p. 23-45, 2006. Disponível em: https://revistadeeducacaofisica.emnuvens.com.br/revista/article/view/428. Acesso em: 20 maio 2020.
FERREIRA, H. S. A utilização das lutas como conteúdo das aulas de Educação Física.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo, SP: Atlas, 2002.
HEGELE, B.; GONZÁLEZ, F. J.; BORGES, R. M. Possibilidades do ensino das lutas na escola: uma pesquisa-ação com professores de educação física.Caderno de Educação Física e Esporte, Marechal Cândido Rondon (PR), v. 16, n. 1, p. 99-107, jan. 2018. Disponível em: http://e-revista.unioeste.br/index.php/cadernoedfisica/article/view/18953. Acesso em: 20 maio 2020.
MAZINI FILHO, M. L. et al. O ensino de lutas nas aulas de Educação Física Escolar. Cinergis, Santa Cruz do Sul (RS), v. 15, n. 4, p. 1-6, out./dez. 2014. Disponível em: https://online.unisc.br/seer/index.php/cinergis/article/view/5264. Acesso em: 30 jun. 2020.
NASCIMENTO, P. R. B; ALMEIDA, L. A tematização das lutas na Educação Física Escolar: restrições e possibilidades. Revista Movimento, Porto Alegre (RS), v. 13, n. 3, p. 91-110, 2007. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/Movimento/article/view/3567. Acesso em: 30 jun. 2020.
NEIRA, M. G. A cultura corporal popular como conteúdo do currículo multicultural da educação física. Revista Pensar a Prática, Goiânia (GO), v. 11, n. 1, p. 81–89, 2008. Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/fef/article/view/1699. Acesso em: 30 jun. 2020.
NÓBREGA-THERRIEN, S. M.; THERRIEN, J. Trabalhos científicos e o estado da questão: reflexão teóricos-metodológicas, metodológicas. Estudos em Avaliação Educacional, São Paulo (SP), v. 15, n. 30, p. 5-16, 2004. Disponível em:
http://publicacoes.fcc.org.br/index.php/eae/article/view/2148. Acesso em: 30 jun. 2020.
NÓBREGA-THERRIEN, S. M; THERRIEN, J. O estado da questão: aportes teóricos- metodológicos e relatos de sua produção em trabalhos científicos. In: FARIAS, I. M. S. de; NUNES, J. B. C; NÓBREGA THERRIEN, S. M. (Org.). Pesquisa científica para iniciantes: caminhando no labirinto. Fortaleza: EdUECE, 2010. (Coleção Métodos de Pesquisa).
OLIVEIRA, S.B; REIS FILHO, A.D. Ensino de lutas na escola: elemento pedagógico ou estímulo à violência? Efdeportes.com. Buenos Aires - año 18, n.180, maio. 2013.
RUFINO, L. G. B. As lutas no contexto escolar e outros ambientes educacionais. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo (SP), v. 11, n. 11, p. 914-916, edição especial. 2016a.
RUFINO, L. G. B. Fundamentos das lutas e o processo de inclusão: perspectivas pedagógicas na diversidade educativa contemporânea. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo (SP), v. 63, n. 11, p. 919-920, out. 2016b.
RUFINO, L. G. B. Os jogos de lutas nas aulas de educação física escolar: possibilidades técnico-táticas e seus elementos invariantes. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo (SP), v. 11, n. 63, p. 917-918, nov. 2016c.
RUFINO, L. G. B; DARIDO, S. C. O ensino das lutas nas aulas de educação física: análise da prática pedagógica à luz de especialistas. Rev. Educ. Fís/uem, São Paulo (SP), v. 26, n. 4, p. 505-518, abr. 2015.
SACRISTÁN, J.G. Poderes instáveis em educação. Porto Alegre: Artmed, 1999.
SILVEIRA, C.S.; NÓBREGA-THERRIEN, S.M. Estudos sobre pesquisa e formação de professores da Educação Básica: a elaboração do Estado da Questão. Revista Educação em Questão, Natal, v. 41, n. 27, p. 219-243, jul./dez. 2011.
SOARES, C. L. et al. Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo, SP: Cortez, 1992.
NASCIMENTO, L. B.; FERNANDES, M. P. R.; CISNE, M. D. N.; FERREIRA, H. S.
Formación del profesorado para la enseñanza de las luchas en la educación física escolar: el estado de la cuestión. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 16, n. esp. 3, p. 1547-1561, jun. 2021. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v16iesp.3.15297
FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA O ENSINO DE LUTAS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: O ESTADO DA QUESTÃO
FORMACIÓN DEL PROFESORADO PARA LA ENSEÑANZA DE LAS LUCHAS EN LA EDUCACIÓN FÍSICA ESCOLAR: EL ESTADO DE LA CUESTIÓN
Leandro Nascimento BORGES1 Maria Petrília Rocha FERNANDES2 Mabel Dantas Noronha CISNE3 Heraldo Simões FERREIRA4
RESUMO: Este artigo tem por finalidade estabelecer um quadro analítico de estudos relacionados à temática acerca do ensino das lutas na Educação Física escolar. A metodologia utilizada foi a pesquisa qualitativa, a partir do levantamento bibliográfico, denominado “estado da questão”, por meio da catalogação, tabulação e análise de dados obtidos nos títulos, resumos, e metodologia de artigos científicos. Como resultado, a pesquisa
apontou para o distanciamento das discussões sobre lutas na formação em Educação Física, e acerca da necessidade de uma formação no âmbito das lutas na Educação Física escolar, tendo em vista que neste componente curricular, o esporte ainda é priorizado em detrimento dos outros conteúdos. Confirmamos, portanto, a significância e premência de debates sobre as lutas na Educação Física escolar. Em especial, no que diz respeito à formação continuada e prática pedagógica dos professores inseridos nas instituições de educação básica.
PALAVRAS-CHAVE: Educação física. Formação de professores. Lutas.
RESUMEN: Este artículo tiene como objetivo establecer un marco analítico de estudios relacionados con el tema de la enseñanza de las luchas en la Educación Física escolar. La metodología utilizada fue la investigación cualitativa, mediante el relevamiento bibliográfico, denominado “estado de la cuestión”, mediante la catalogación, tabulación y análisis de los datos obtenidos en los títulos, resúmenes y metodología de los artículos científicos. Como resultado, la investigación señaló el alejamiento de las discusiones sobre las luchas en la formación de la Educación Física, y sobre la necesidad de la formación en el contexto de las luchas en la Educación Física escolar, considerando que en este componente curricular, el deporte aún se prioriza otros contenidos a expensas de la educación física. Confirmamos, por tanto, la trascendencia y urgencia de los debates sobre las luchas en la Educación Física escolar. En particular, en lo que respecta a la formación continua y la práctica pedagógica de los docentes que trabajan en las instituciones de educación básica.
PALABRAS CLAVE: Educación Física. Formación del profesorado. Luchas.
The research brings an analytical framework of academic productions on the theme of teaching fights in school Physical Education, highlighting some problems in the formation of Physical Education teachers for the development of this teaching content.
It starts with the issue that there is a gap in the curriculum of Physical Education formation in higher education institutions, on the theme of teacher formation for teaching martial arts at school. The teaching of martial arts is ensured in terms of curricular guidelines, but it tends to be a content little addressed by many higher education courses in Physical Education, which results in problems for its implementation in the school environment (RUFINO; DARIDO, 2015).
It corroborates with Neira (2008), when stating that body practices, movements, are ways of exploring the body and its possibilities, providing body perception from this practice, contributing to the formation of the individual, valuing their knowledge, their customs, aiming to promote respectful attitudes and social equality. Thus, professional formation in the context of Physical Education must contemplate the universe of bodily practices, including
the teaching of martial arts, seeking to contribute to the formation and expansion of knowledge about martial arts as a manifestation of the body culture of movement.
Thus, regarding the Physical Education curricular component, it is highlighted that in 1992, in the book Methodology for Teaching Physical Education, a production with a critical approach arising from dialectical historical materialism, one of the first content proposals for Physical Education at school appears. Also known as the Collective of Authors, the referred work allowed a critical perspective to work the contents during the classes through its suggestions directed to the popular class, thus conceiving a critical-surpassing approach, emerging the body culture as an object to be studied by Physical Education (SOARES et al., 1992).
The contents proposed by the book, which became a reference for teachers at the time, were: games, sports, gymnastics, dance and capoeira. For the first time, among the range of options for teaching, a martial art was pointed out, in this case, capoeira. This was inserted as a kind of recognition of a Brazilian body culture. Thus, considering the current diversity of content, we will emphasize, in this Master's-level project, the content Martial Arts.
In 1997, the National Curriculum Parameters - PCN (BRASIL, 1997) were created with the purpose of suggesting guidelines to teachers based on content blocks, allowing for a variety of possibilities for working with Physical Education at school. This guiding document, not mandatory in Basic Education, had the following contents: knowledge about the body; rhythmic and expressive activities; sports, games, martial arts and gymnastics. Again, the content martial arts was highlighted in a document relevant to the field of Physical Education. It is crucial to emphasize that this document gave legality to the pedagogical practices of the Physical Education teacher, based on the reality of the students' daily lives.
Concomitant to this expansion and recognition in the national and international scope, it is observed that even being part of the Physical Education curriculum of Basic Education, the Martail Arts content is still little explored in the daily school life, either due to the lack of mastery of the didactic-methodological processes of these bodily practices on the part of the teacher, or by the curriculum of the discipline that has Sport as its hegemonic content.
Regarding this issue, Oliveira and Reis Filho (2013) point out that there are some problems that make the experience of this body practice unfeasible in Physical Education classes, such as: prejudice against martial arts, nourished by the erroneous perception that the teaching of a combat modality can stimulate the student to aggressiveness; scarcity of material and infrastructure: appropriate uniforms, according to the practice planned by the teacher, and padded floors.
In a survey conducted by Ferreira (2009), it was found that 68% of professionals who did not use martial arts in Physical Education classes were motivated by the lack of instruction to teach such activity, which confirms the relationship between knowing how to do and doing. It is believed that Physical Education teachers are responsible for implementing the various teaching themes, namely: games, games, sports, martial arts, dances, gymnastics, adventurous body practices, providing students with diversified experiences, developing their autonomy and creativity, encouraging them to participate in health and leisure contexts (BRASIL, 2017).
Given the data presented and the little inclusion of martial arts in the school environment, we understand the facts and recognize the weakness in the theme of teacher formation for teaching martial arts at school, starting from the following question: formation in Brazilian Martial Arts for Physical Education teachers, who have not had extra-academic and personal experiences with martial arts, can it be resolute for their intervention in the pedagogical practice of this thematic unit in their classes, in Basic Education? This concern came from the understanding that becoming a teacher is part of a movement, a journey of reflections and the way it mobilizes the knowledge that is part of its repertoire of knowledge, in the search for solving the challenges that present itself in its practice. educational, for a conscious and intentional decision-making (SACRISTÁN, 1999).
Faced with these challenges, there is a desire to get to know productions that address this topic. We intend to carry out a movement out of our gaze to know other perspectives on the subject, which would allow the understanding of the movement in the area of knowledge, its configurations, theoretical and methodological propensities, critical analysis, recurrences and gaps. Thus, we understand that, in order to evidence the contributions of what we propose to investigate to the field of knowledge, this investigation called State of the Question (SQ) on the research object is necessary through an inventory of scientific production on the subject. This path has as its scope the definition described by Nóbrega-Therrien and Therrien (2010, p. 36, our translation), in which they state that the SQ:
[...] it is a way that the student/researcher can use to understand and lead the process of elaboration of his monograph, dissertation or thesis, that is, of scientific production in relation to the development of his theme, object of his investigation. It is a particular way of understanding, articulating and presenting certain issues that are more directly linked to the subject under investigation.
For Nóbrega-Therrien and Therrien (2004), the researcher reaches the domain of literature when he is able to investigate an extensive and relevant literature and, at the same
time, use it in the development of analysis and discussion of ideas; while the conceptual domain is reached when there is the ability to coherently organize relevant perspectives or theories to interpret and explore the subject of study and add to it a critical analysis.
By using the State of the Question methodology, the material found is confronted with the research proposal to be developed, with a dialogue between the researcher and the scientific production found (SILVEIRA; NÓBREGA-THERRIEN, 2011).
For the methodological treatment of the State of the Question, we initially resorted to dialogues with the advisor, and after his indication, studies were started in a subject offered in the course of the Postgraduate Program in Education - PPGE by the Ceara State University. The course focuses on discussing the importance of understanding and forwarding the process of scientific production by the student/researcher, in relation to the elaboration of the State of the Question on its theme, object of investigation.
That said, we emphasize that the analysis of the SQ requires time and availability to the researcher, because according to the descriptor used for the research, it may indicate, among other hypotheses, that there is still no significant publication in the researched journal on the topic in focus.
The methodology used included a qualitative bibliographic research, which allowed us to find the appropriate theoretical framework for the development of this discussion. The bibliographical research corresponds to an analysis of books, articles, theses, conference proceedings, internet material, among others. Although in almost all works a theoretical basis is required, for a research to be considered purely bibliographical, it must be done exclusively on theoretical and documentary materials (GIL, 2002).
The data source used was the research platform of the Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel - CAPES, directing the search to the journal portal on the same platform. The portal has one of the largest collections of virtual journals in the world, ensuring renowned reliability across the country. The choice is justified by the ease of access to the site to the different areas of research, as the availability comes in digital form, thus democratizing all access. Searches took place from September 2020 to November of the same year, using refinement options, as peer-reviewed and with only Portuguese language.
We delimited, as a time frame, the periodicals that covered the years 1997 to 2019. The choice of years considered the appearance of the term martial arts at school from the
PCN: Physical Education, published in 1997 (BRASIL, 1997). Regarding journals, we decided, in order to reach a greater number of works, not to make any delimitation according to the Qualis CAPES system.
Initially, the search, on the platform, was carried out without combination and refinement. For the purpose of information about the specific methodological path of the searches, we believe it is necessary to mention that several descriptors were used in an attempt to obtain relevant data about the object of study. However, we were not successful during the searches on the websites decs.bvs.br and Thesaurus Brasileiro da Educação, website linked to the National Institute of Educational Studies and Research Anísio Teixeira - INEP.
Among the categories that we describe as descriptors, in the first mentioned website, we searched for "Educação física escolar" (School Physical Education), accounting for a total of zero descriptors. In the category “Ensino de lutas” (teaching of martial arts/fights), we obtained the same result: zero descriptors. Finally, in the search for “Continuing Education”, 1 descriptor.
Source: Devised by the authors
At first, right after choosing the descriptors, we used them combined. In the first search, we described Ensino de Lutas (Teaching of martial arts/fights) AND Educação Física Escolar (School Physical Education), which generated a number of 112 articles in journals.
Descriptors | esults | R | F iltered | F ound | % |
“school physical | 16 | 8 | 6 | 3 | |
education AND teaching of martial | 0 | 1 | ,75 | ||
arts/fights” |
Source: Devised by the authors
During the combination of descriptors, we used Boolean AND and quotation marks, we chose to only use articles written in Portuguese, and for refinement peer-reviewed, in order to accurately find articles in journals that brought us closer to the research object. Therefore, when inserting “school physical education AND teaching of martial arts/fights” a total of 160 works can be found. After the filter, performed by reading the title, abstract and methodology, this number reduced to 81.
So, through the searches, we understand that, of 160 articles found in journals through the search on the platform, 3.5% correspond to the categories that we relate to the proposed research. Given the above picture, we consider that the reduced number of productions is related to the category, which demonstrates a gap in academic production.
In the second table, we will present the findings that correspond to the articles that are close to the object of study, with their respective authors and journals.
From the analysis of selected dissertations and theses, the results showed a greater number of works published in 2017 and carried out by researchers from Public Universities. In addition, six brought information about continuing education courses developed. The studies and respective objectives can be seen in the table below:
Findings/ Author | Journal | Title | ||
Rufino (2016a) | Revista brasileira de prescrição e fisiologia do exercício | As lutas no contexto escolar e outros ambientes educacionais (Martial arts in the school context and other educational environments) | ||
Rufino (2016b) | Revista brasileira de prescrição e fisiologia do exercício | Fundamentos das lutas e o processo de inclusão: perspectivas pedagógicas na diversidade educativa contemporânea (Fundamentals of martial arts and the inclusion process: pedagogical perspectives in contemporary educational diversity) | ||
Rufino e Darido (2015) | Revista Educação Física/UEM | O ensino de lutas nas aulas de educação física: análise da prática pedagógica à luz de especialistas (The teaching of martial arts in physical education classes: analysis of pedagogical practice in the | ||
light of specialists) | ||
Mazini Filho et al. (2014) | CINERGIS | O ensino de Lutas nas aulas de educação física escolar (The teaching of martial arts in school physical education classes) |
Rufino (2016c) | Revista brasileira de prescrição e fisiologia do exercício | Os jogos de lutas nas aulas de educação física escolar: possibilidades técnico-táticas e seus elementos variants (Fighting games in physical education classes at school: technical-tactical possibilities and their variant elements) |
Hegele, González e Borges (2018) | Caderno de educação física e esportes | Possibilidades do ensino das lutas na escola: uma pesquisa- ação com professores de educação física (Possibilities of teaching martial arts at school: an action research with physical education teachers) |
Source: Devised by the authors. Our translation.
From the reading of the complete material in the sections referring to the introduction and results, we sought to analyze: objective, results and conclusion of the articles highlighted in the table above.
In order to understand the works aimed at school Physical Education and the teaching of martial arts, we highlight an analysis of the articles found.
At first, we will start our analysis with the studies by Rufino (2016a), which aimed to understand and analyze pedagogical approaches regarding the development and teaching of martial arts, starting from critical analysis, seeking to analyze, from aspects related to the socio-historical difficulties, martial arts in formal and non-formal environments, such as schools, gyms, clubs, sports centers.
The author emphasizes that by understanding the pedagogy of martial arts it is possible to improve their pedagogical practice, although traditionalism is still evident in some approaches. He also highlights a comparative framework and shares the difficulties of working the martial arts in a school context, describing, at the same time, the possibilities for each problem.
The Physical Education teacher, based on their pedagogical formation, gathers skills and abilities to include elements of martial arts such as autonomy, criticality, respect, character in their classes, thus contributing to the student's integral education. "It is understood that the pedagogical approach of the martial arts component in school Physical Education must necessarily include aspects of autonomy, criticality, emancipation and the construction of significant knowledge" (NASCIMENTO; ALMEIDA, 2007, p. 93, our translation).
Regarding the methodology used, this is a descriptive study, with a literature review aimed at the martial arts inside and outside the school environment. Thus, as results, Rufino (2016a) highlighted the following categories: "prejudice, lack of materials, deficient initial formation, lack of academic production", presenting, for each one, difficulties and possibilities for the use of martial arts in school Physical Education. We emphasize here that this State of the Question does not contribute to describing the martial arts in non-formal areas, as this aspect does not come close to the purpose of the research.
In the second study found, Rufino (2016b) emphasizes the inclusion of martial arts in Physical Education classes, as the insecurity in teaching the content causes resistance on the part of teachers to work with this theme. In this article, the author aims to analyze the pedagogical foundations of martial arts from the inclusion processes, thus proposing a diversification of work with martial arts. The method used had a descriptive qualitative approach, based on a literature review, highlighting the inclusion of martial arts as the central axis.
Regarding the inclusion of martial arts, the author emphasizes that it does not only aim to include students with disabilities, but also male and female students, students with health problems such as obesity and supporters of fighting practices. The method used by the researcher consisted of a descriptive study with a literature review. Thus, the results contributed to a reflection relevant to the martial arts, among those mentioned, to expand the possibilities of inclusion for all people, providing experiences and knowledge. It appears, therefore, that martial arts enable a variety of activities, among them, a variation of people, weight, students who train. Continuing education contemplates and is urgently needed for teachers who adhere to use martial arts as content, contributing to the understanding of the pedagogical process and demystifying patterns and myths about martial arts.
The third work, authored by Rufino and Darido (2015), aimed to analyze the opinions of university professors, specialists in martial arts, aimed only at the pedagogical practice of martial arts in Physical Education classes at school. This time, the method comes as a data collection technique, that is, the authors used a semi-structured interview with the participation of five teachers who were experts in fighting. Rufino and Darido (2015) comment on affinity in the discourse of three specialists, who highlight the initial formation of Physical Education teachers as still fragile to make them feel prepared to work with martial arts at school.
In view of these statements, attention is drawn to the importance that continuing education can provide improvement to Basic Education teachers, contemplating the content of struggles in a safe and pedagogical way. About continuing education, can be understood that:
Both initial formation and continuing education, acting in an articulated manner, must provide scientific support so that the teacher can feel competent to recreate their practice and act in a transformative way. In this sense, the inclusion of martial arts in the real curriculum of Physical Education establishes dependencies with the formation of teachers in relation to this content (BELTRÃO DE MATOS et al., 2015, p. 123, our translation).
In their research, Mazini Filho et al. (2014), aims to analyze how martial arts have been addressed in Physical Education classes in a municipality in the state of Minas Gerais in the light of the National Curriculum Parameters – PCN (BRASIL, 1997). This is a cross- sectional survey that included 18 teachers from the municipal network. The instrument that coined the data collection was based on a closed, adapted questionnaire with six questions. For data management, relative frequency and percentage were used in the proposed questions. We highlight this study here, as it approaches our study, which will investigate the existing gaps in the teaching of martial arts by school Physical Education teachers, having as north the PNC (BRASIL, 1997).
Ferreira (2006) highlights that the use of martial arts is not to be confused with the militarist tendency, in which such proposal was intended to prepare the individual for combat/ war. Its objective is to provide the student with a broader diversity of bodily experiences through cultural experiences. Due to the difficulty of teachers reported in the studies presented, we highlight the relevance of continuing education so that one can break these paradigms, as well as insert the martial arts in a safe and responsible way, providing the student with a greater diversity of experiences and attending to the documents that include Basic Education, such as the PCN (BRASIL, 1997) and the BNCC (BRASIL, 2017; 2018).
Thus, we understand that martial arts can go beyond the specificity of each art, inserting the playful in their actions, appropriating the context in which the individual is inserted and not centralizing only technical activities per se. About this, says Rufino (2016c), in relation to the propositions of the federal-level documents mentioned above, that ensure martial arts as a pedagogical approach, and the absence of a critical analysis of these documents corroborates the choice of hegemonic sports in Brazil, such as like judo and capoeira.
In his study, Rufino (2016c) proposes to experience a variety of practices involving martial arts through a theoretical-practical workshop, in which the intention was to report the
development of the formative process of martial arts from the use of games. To carry out the formation, the author used methodological practices centered on critical reflection, namely: debates, practical activities inside and outside the classroom, critical analysis of problematizing situations and, finally, the creation of activities exploring the autonomy of participants.
Its results were based on recognizing the ludic as a strategy to include fights, recognizing the technique and tactics aligned with the elements that the author calls invariant, which are: mobile target, direct opposition between individuals and physical confrontation (RUFINO; DARIDO, 2015).
Among the six findings that the search was able to provide through the periodicals, the research by Hegele, Gonzalez and Borges (2018) included an action research, in which four teachers from the municipal network in the interior of the state of Rio Grande do Sul were participants. We emphasize here the type of methodology used by the authors: this consisted of realizing the impact of collaborative formation on teachers who sometimes felt insecure or would not have experienced the content of martials arts during graduation.
As we have seen, few studies that research martial arts at school use action research as a methodology (n=5; 13%). Thus, we believe that the use of this methodology will give our research a more original character, contributing to the advancement of knowledge. Few studies bring contributions to the northeast region of Brazil. This is a differential of our research, as it proposes to research this theme that is “shy” in terms of scientific production.
According to Ferreira (2006), the bodily practices of martial arts should be exposed to students in Physical Education schools and university centers. From these institutions, discussion can also be applied beyond the techniques. One of the themes that the author suggests is based on violence, exacerbated by layers of society and by the confrontation between fans of football teams.
Therefore, with the inventory of academic productions that address the theme of teaching martial arts in school Physical Education in the established period, we sought to extract information that would enable us to answer our questions, thus building a framework about the knowledge that has been produced about the theme in the country.
teaching of martial arts at school. We have more publications about continuing education in health than politics itself, however, further debates and research are needed to enable diagnoses, knowledge and strategies for its implementation in other Brazilian schools.
BELTRÃO DE MATOS, J. A. et al. A presença/ausência do conteúdo lutas na Educação Física Escolar: identificando desafios e propondo sugestões. Conexões: Revista da Faculdade de Educação Física da UNICAMP, Campinas (SP), v. 13, n. 2, p. 117-135, abr./jun. 2015.
BRASIL. Ministério da Cidadania. Jogos Escolares Brasileiros-JEBS. 2020. Available: http://arquivo.esporte.gov.br/index.php/institucional/o-ministerio/conselho-nacional-do- esporte/162-ministerio-do-esporte/jogos-escolares-brasileiros/21722-jogos-escolares- brasileiros-jeb-s. Access: 23 June 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base. Brasília, DF: MEC, 2017. Available: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_publicacao.pdf. Access: 20 May 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução n. 510, de 7 de abril de 2016. O Plenário do Conselho Nacional de Saúde em sua Quinquagésima Nona Reunião Extraordinária, realizada nos dias 06 e 07 de abril de 2016, no uso de suas competências regimentais e atribuições conferidas pela Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990, pela Lei n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990, pelo Decreto n. 5.839, de 11 de julho de 2006. Brasília, DF: Ministério da Saúde/Conselho Nacional de Saúde, 24 maio 2016. Available:
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/22917581. Access: 20 May 2019.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB. Brasília, DF: MEC, 23 dez. 1996. Available: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Access: 20 May 2019.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Educação Física. Brasília, DF: Secretaria de Educação Fundamental, 1997.
FERREIRA, H. S. As lutas na educação física escolar. Revista de Educação Física, Rio de Janeiro (RJ), v. 135, p. 23-45, 2006. Available: https://revistadeeducacaofisica.emnuvens.com.br/revista/article/view/428. Access: 20 May 2020.
FERREIRA, H. S. A utilização das lutas como conteúdo das aulas de Educação Física.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo, SP: Atlas, 2002.
HEGELE, B.; GONZÁLEZ, F. J.; BORGES, R. M. Possibilidades do ensino das lutas na escola: uma pesquisa-ação com professores de educação física.Caderno de Educação Física e Esporte, Marechal Cândido Rondon (PR), v. 16, n. 1, p. 99-107, jan. 2018. Available: http://e-revista.unioeste.br/index.php/cadernoedfisica/article/view/18953. Access: 20 May 2020.
MAZINI FILHO, M. L. et al. O ensino de lutas nas aulas de Educação Física Escolar. Cinergis, Santa Cruz do Sul (RS), v. 15, n. 4, p. 1-6, out./dez. 2014. Available: https://online.unisc.br/seer/index.php/cinergis/article/view/5264. Access: 30 June 2020.
NASCIMENTO, P. R. B; ALMEIDA, L. A tematização das lutas na Educação Física Escolar: restrições e possibilidades. Revista Movimento, Porto Alegre (RS), v. 13, n. 3, p. 91-110, 2007. Available: https://seer.ufrgs.br/Movimento/article/view/3567. Access: 30 June 2020.
NEIRA, M. G. A cultura corporal popular como conteúdo do currículo multicultural da educação física. Revista Pensar a Prática, Goiânia (GO), v. 11, n. 1, p. 81–89, 2008. Available: https://www.revistas.ufg.br/fef/article/view/1699. Access: 30 June 2020.
NÓBREGA-THERRIEN, S. M.; THERRIEN, J. Trabalhos científicos e o estado da questão: reflexão teóricos-metodológicas, metodológicas. Estudos em Avaliação Educacional, São Paulo (SP), v. 15, n. 30, p. 5-16, 2004. Available: http://publicacoes.fcc.org.br/index.php/eae/
article/view/2148. Access: 30 June 2020.
NÓBREGA-THERRIEN, S. M; THERRIEN, J. O estado da questão: aportes teóricos- metodológicos e relatos de sua produção em trabalhos científicos. In: FARIAS, I. M. S. de; NUNES, J. B. C; NÓBREGA THERRIEN, S. M. (Org.). Pesquisa científica para iniciantes: caminhando no labirinto. Fortaleza: EdUECE, 2010. (Coleção Métodos de Pesquisa).
OLIVEIRA, S.B; REIS FILHO, A.D. Ensino de lutas na escola: elemento pedagógico ou estímulo à violência? Efdeportes.com. Buenos Aires - año 18, n.180, maio. 2013.
RUFINO, L. G. B. As lutas no contexto escolar e outros ambientes educacionais. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo (SP), v. 11, n. 11, p. 914-916,
edição especial. 2016a.
RUFINO, L. G. B. Fundamentos das lutas e o processo de inclusão: perspectivas pedagógicas na diversidade educativa contemporânea. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo (SP), v. 63, n. 11, p. 919-920, out. 2016b.
RUFINO, L. G. B. Os jogos de lutas nas aulas de educação física escolar: possibilidades técnico-táticas e seus elementos invariantes. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo (SP), v. 11, n. 63, p. 917-918, nov. 2016c.
RUFINO, L. G. B; DARIDO, S. C. O ensino das lutas nas aulas de educação física: análise da prática pedagógica à luz de especialistas. Rev. Educ. Fís/uem, São Paulo (SP), v. 26, n. 4, p. 505-518, abr. 2015.
SACRISTÁN, J.G. Poderes instáveis em educação. Porto Alegre: Artmed, 1999.
SILVEIRA, C.S.; NÓBREGA-THERRIEN, S.M. Estudos sobre pesquisa e formação de professores da Educação Básica: a elaboração do Estado da Questão. Revista Educação em Questão, Natal, v. 41, n. 27, p. 219-243, jul./dez. 2011.
SOARES, C. L. et al. Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo, SP: Cortez, 1992.
NASCIMENTO, L. B.; FERNANDES, M. P. R.; CISNE, M. D. N.; FERREIRA, H. S.
Teacher education for teaching martial arts in physical education at school: the state of the question. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 16, n. esp. 3, p. 1543-1556, jun. 2021. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v16iesp.3.15297
