image/svg+xmlCorrida de orientação, esporte orientação, orientação: Um estudo de revisãoRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1557-1577, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311557CORRIDA DE ORIENTAÇÃO, ESPORTE ORIENTAÇÃO, ORIENTAÇÃO: UM ESTUDO DE REVISÃOCARRERA DE ORIENTACIÓN, ORIENTACIÓN DEPORTIVA, ORIENTACIÓN: UN ESTUDIO DE REVISIÓN ORIENTATION RACE, SPORT ORIENTATION, ORIENTATION: A REVIEW STUDYFernanda Leocadio Bitencourt SOMBRA1Cassio MARTINS2Cassiane Leite NUNES3Marcelo Paraiso ALVES4RESUMO: O trabalho objetivou investigar as noções ou terminologias vinculadas à Corrida de Orientação, Esporte Orientação e Orientação, bem como as suas especificidades e o modo como são utilizadas. No intuito de atingir o objetivo da pesquisa, optamos pela revisão integrativa e, especificamente, para a produção de dados, optamos pelas seguintes bases: Banco de Teses e Dissertações da CAPES; SciELO; LILACS, e, por fim, os anais do CBAA, devido à sua relevância nacional e internacional no âmbito das Atividades de Aventura. Considerando os dados encontrados, foi possível perceber que: a) apesar de haver uma indicação da Confederação para o uso da nomenclatura, as práticas extrapolam a padronização propagada pelas instituições esportivas; b) ficou-nos evidente a ausência de uma terminologia matricial; c) por fim, tornou-se evidente nos estudos a potência da Orientação enquanto elemento educativo para a escola. PALAVRAS-CHAVE: Orientação. Escola. Educação Básica. RESUMEN: Este trabajo tuvo como objetivo investigar las nociones o terminologías vinculadas a la Carrera de Orientación, la Orientación Deportiva y la Orientación, así como sus especificidades y la forma en que se utilizan. Para alcanzar el objetivo de la investigación, optamos por la revisión integradora y, respectivamente, para la producción de datos optamos por las siguientes bases: Banco de Tesis y Disertaciones de la CAPES; SciELO; LILACS, y, finalmente, los anales del CBAA, por su relevancia nacional e internacional en el ámbito de las Actividades de Aventura. Considerando los datos encontrados, fue posible percibir que: a) a pesar de haber una indicación de la Confederación para el uso de la nomenclatura, las prácticas extrapolan la estandarización propagada por las instituciones deportivas; b) se nos 1Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA), Volta Redonda RJ Brasil. Mestranda (MECSMA). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7911-5921. E-mail: fernanda.leocadio@hotmail.com 2Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA), Volta Redonda - RJ - Brasil. Professor Titular. Mestrado profissional em Ensino em Ciências da Saúde e do Meio Ambiente. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1851-9268. E-mail: professorcassio@hotmail.com 3Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA), Volta Redonda - RJ - Brasil. Graduanda em Educação Física. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3948-3970. E-mail: cassianeln2.0@gmail.com 4Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA), Volta Redonda - RJ - Brasil. Professor Titular. Doutorado em Educação. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-6236-3224. E-mail: marceloparaiso@outlook.com
image/svg+xmlFernanda Leocadio Bitencourt SOMBRA; Cassio MARTINS; Cassiane Leite NUNES e Marcelo Paraiso ALVESRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1557-1577, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311558hizo evidente la ausencia de una terminología matricial; c) finalmente, se evidenció en los estudios el poder de la Orientación como elemento educativo para la escuela.PALABRAS CLAVE: Orientación. Colegio. Educación básica. ABSTRACT: This article aims to investigate the notions or terminologies linked to Orienteering Race, Sporting Orienteering, and Orienteering, as well as their specificities and the way they are used. To achieve the objective of the research, we opted for the integrative review and, respectively, for data production we opted for the following foundation: CAPES Dissertations and thesis bank; SciELO; LILACS, and, lastly, CBAA annals, due to its national and international relevance in the scope of Adventure Activities. Considering the data found, it was possible to notice: a) despite the Confederation's indication for the use of the nomenclature, the practices exceed the standardization propagated by sports institutions; b) the absence of a matrix terminology became evident; c) finally, the power of Orienteering as an educational element for the school was evidenced in the studies.KEYWORDS: Orientation. School. basic education.IntroduçãoO interior do “pensável” geralmente é habitado por algum tipo de herança de natureza ideológica, pragmática e outras tantas. Aparentemente, o que pode ser pensado encontra-se em repouso, é algo concluído, pleno. Confortável, eu diria. Contudo, consoante ao que destaca Certeau, sempre há possibilidades ao transbordamento do “pensável” e ao congruente emergir de outro pensar (LACERDA, 2015, p. 2). A surpresa é marcada pela imprevisibilidade, pela dúvida, pois ela abala as certezas, desestrutura convicções e delineia novas rotas. Assim, inspirados(as) em Certeau (2011), especificamente nos sujeitos ordinários, entendemos que somos consumidores dos produtos que chegam até nós, entretanto, não agimos passivamente; pelo contrário, agimos a partir de operações multiformes intervindo sutilmente na ordem dominante. Desse modo, experienciando o projeto de extensão com foco na Orientação5, desenvolvido pelo Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) campus avançado Resende, fomos nos surpreendendo com as ações educativas propostas pela referida prática extensionista. Tal surpresa se deve pelo potencial educativo desta prática (SILVA, 2020) e por sua escassa difusão na região, pois, ao ultrapassar os limites do campus Resende, ocupando outros 5“Caracteriza-se por ser uma atividade desenvolvida em florestas, matas, trilhas e campos, onde os participantes usam um mapa detalhado e uma bússola para encontrar pontos no terreno previamente mapeado. O percurso é composto por um ponto de partida, um ponto de chegada e uma série de pontos intermediários numerados (ou PC postos de controle), por onde o praticante terá que passar seguindo a sequência determinada no mapa” (TAHARA; CAGLIARI; DARIDO, 2017, p. 3).
image/svg+xmlCorrida de orientação, esporte orientação, orientação: Um estudo de revisãoRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1557-1577, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311559espaços no município, as escolas foram convidadas a extrapolar os muros institucionais, a fim de se apropriar de novos conhecimentos no âmbito da cultura corporal de movimento (CÂNDIDO et al., 2019). Nesta linha de pensamento, e tomando o projeto supramencionado como inspiração, optamos pelo enfrentamento à ótica que opera privilegiando a hegemonia dos esportes de quadra nas aulas de Educação Física Handebol, Futsal, Basquetebol, Voleibol (TAHARA; CAGLIARI; DARIDO, 2017), pois entendemos que o referido processo de ensino reduz as experiências dos(as) estudantes aos esportes com bola. Outrossim, entendemos que há desafios que ainda não foram exaustivamente debatidos, uma dessas questões emerge da nomenclatura da referida cultura corporal de movimento, visto ser esta denominada de múltiplas maneiras: Orientação, Orientação Pedestre, Corrida de Orientação, Esporte Orientação, Desporto Orientação, para citar alguns. Assim, no rastro do objetivo mencionado, intencionamos desvelar (PAIS, 2003) retirar o véu, no sentido da mostração6, ações vinculadas a esses termos nos remetendo ao seguinte questionamento: Até que ponto tais proposições dialogam com as múltiplas experiências que se materializam nos cotidianos escolares? Nesta linha de pensamento, é importante frisar que entendemos a experiência não como algo “que nos passa”, mas como algo que nos acontece e nos marca (LARROSA, 2002, p. 21). Portanto, embora a proposta de uma vivência possa ser única para determinado grupo, a experiência é algo que varia de indivíduo para indivíduo. A esse respeito, Lacerda (2015) define experiência como o encontro entre o que já é conhecido e os significados que emergem por meio de novas percepções. Impossível ser experimentada da mesma forma por um coletivo, mas pode ser socializada e conhecida a partir de múltiplos sentidos. Nesta direção, é possível que um percurso de Orientação seja experienciado de formas muito diferentes pelos sujeitos, podendo cumprir expectativas ligadas à realização de um esporte em uma perspectiva competitiva e/ou de lazer, socialização ou mesmo como um conteúdo a ser ensinado na escola por diferentes disciplinas para atingir objetivos convergentes ou não. 6Para Maffesoli (1998), a diferença entre mostração e demonstração emerge enredada à separação entre o pensamento e a pós-modernidade. Enquanto na modernidade a centralidade está na preocupação de se comprovar algo, por isso enredar-se às conclusões de ideias e argumentos, na pós-modernidade, a centralidade está no desvelamento do pensamento plural: “[...] o mundo, sua retórica, seus feitos são, essencialmente, plurais, não se prestam a uma conclusão, mas sim a uma abertura. [...] Não devem, portanto, constituir objeto de uma demonstração, mas sim de uma mostração” (MAFFESOLI, 1998, p. 114).
image/svg+xmlFernanda Leocadio Bitencourt SOMBRA; Cassio MARTINS; Cassiane Leite NUNES e Marcelo Paraiso ALVESRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1557-1577, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311560Percurso metodológico[...] o ofício artesanal se envolve no trabalho em si mesmo e por si mesmo; as satisfações do trabalho são de per seuma recompensa; os detalhes do trabalho cotidiano são ligados, no espírito do trabalhador, ao produto final; o trabalhador pode controlar seus atos no trabalho; a habilidade se desenvolve no processo do trabalho; o trabalho está ligado à liberdade de experimentar; finalmente, a família, a comunidade e a política são avaliadas pelos padrões de satisfação interior, coerência e experimentação artesanal (SENNETT, 2009, p. 38). A Oficina e o artífice: desenho e periodizaçãoAo modo de artífice fomos traçando um percurso que pudesse alcançar o objetivo do presente estudo. Desse modo, optamos por construir o projeto artesanalmente a partir da revisão integrativa, pois este procedimento permite a composição dos dados a partir de estudos publicados, possibilitando considerações a respeito do modus operandide um determinado fenômeno, conceito, noção, dentre outros. Salientamos ainda que, a revisão integrativa da literatura (RIL) proporciona a problematização e identificação das lacunas em relação ao fenômeno em análise, que, neste estudo, emerge das noções de Orientação, Esporte de Orientação, Desporto Orientação e Corrida de Orientação. Com relação à revisão integrativa, Sousa, Silva e Carvalho (2010) mencionam que esta permite também atualizar as discussões relacionadas a um tema específico, pois opera a partir da síntese de estudos publicados. Desse modo, seguindo a lógica para a construção da revisão aqui proposta, percorremos seis etapas: (I) estabelecimento da pergunta norteadora; (II) interpretação de dados das bases; (III) criação de um banco de dados em uma planilha; (IV) análises dos trabalhos por meio dos critérios de inclusão e exclusão; (V) apresentação e discussão dos resultados e (VI) síntese do conhecimento. Na primeira etapa, foi delineada a seguinte questão: quais conceitos fundamentam as terminologias Esporte de Orientação, Esporte Orientação, Corrida de Orientação, Desporto Orientação e Orientação? No que se refere à produção de dados, as bases utilizadas foram as seguintes: Banco de Teses e Dissertações da CAPES, SciELO, LILACS, e, por fim, os anais do CBAA, devido à sua relevância nacional e internacional no âmbito da Aventura.
image/svg+xmlCorrida de orientação, esporte orientação, orientação: Um estudo de revisãoRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1557-1577, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311561Na segunda fase produção7de dados e os critérios de inclusão e exclusão , salientamos a necessidade de singularização do processo de pesquisa ao modo do artesão. Para Sennett (2009, p. 19), a “[...] habilidade artesanal designa um impulso humano básico e permanente, o desejo de um trabalho benfeito por si mesmo”. Essa noção de “habilidade artesanal” é mais abrangente que um trabalho derivado das habilidades manuais, pois “[...] diz respeito ao programa de computador, ao médico e ao artista”, no nosso caso, aos orientistas e aos docentes que utilizam tal cultura corporal de movimento. Diante do exposto, a singularização da produção dos dados se deu pelo funcionamento particularizado do portal da CAPES, que nos exigiu a realização da busca com os descritores separadamente e com o uso de aspas: Esporte de Orientação, Esporte Orientação, Corrida de Orientação, Desporto Orientação e Orientação. Acerca do recorte temporal, decidimos trabalhar a partir do período compreendido entre os anos de 2001 e 2021, visto que o primeiro estudo encontrado na referida plataforma emergiu no ano de 2001, justificando-se, portanto, a escolha. Prosseguindo com a produção dos dados, ressaltamos que, nas bases de dados SciELO e LILACS, os descritores acima mencionados foram articulados à área da Educação Física, tendo sido utilizado o operador booleano andpara otimizar a obtenção de informações, conforme sugerem Teixeira et al. (2019). Portanto, a constituição dos descritores permaneceu com a seguinte configuração: Esporte de Orientação e Educação Física, Corrida de Orientação e Educação Física, Desporto Orientação e Educação Física, Orientação e Educação Física. Em relação às publicações presentes nos anais do CBAA, realizamos a pesquisa nas dez edições existentes no período compreendido entre 2006 e 2018. Foram lidos todos os trabalhos completos, acima de 5 laudas, que se articulavam à terminologia Orientação. A referida escolha se deu pela possibilidade do uso da ferramenta de pesquisa, por intermédio do Ctrl F (Adobe Acrobat) para Windows. Cabe frisar que o localizador de palavras nos permitiu encontrar o termo Orientação em todos os trabalhos publicados nos anais. Posteriormente, os trabalhos completos foram lidos e incluídos como dados da pesquisa. Assim, considerando as publicações produzidas a partir das bases, inicialmente fizemos a leitura dos títulos dos trabalhos no intuito de identificar indícios (GINZBURG, 1989) de que houvesse aderência aos descritores e ao objetivo da pesquisa, portanto, que nos remetessem ao fenômeno aqui estudado: Orientação. 7Neste estudo, a noção que nos remete ao uso do termo produção de dados emerge do sentido dado por Pais (2003, p. 69), ao considerar que investigar “vem do termo latim vestigo, donde deriva também a palavra vestígio. Investigar significa, então, ir na pegada dos vestígios. Vestígios que são indiciantes de descobertas científicas”.
image/svg+xmlFernanda Leocadio Bitencourt SOMBRA; Cassio MARTINS; Cassiane Leite NUNES e Marcelo Paraiso ALVESRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1557-1577, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311562Tendo sido identificados os descritores nos títulos ou nas palavras-chave, iniciamos a leitura dos resumos para verificar a aderência do trabalho apreendido nas bases com o escopo da investigação. Por fim, os documentos selecionados foram lidos integralmente. Com o intuito de criar um banco de dados, elaboramos uma planilha dividida em quatro colunas que cumpriram a finalidade de apresentar as seguintes informações: título da publicação; autores e autoras; delineamento da pesquisa; ano de publicação. Assim, o processo de seleção dos estudos foi realizado via perspectiva indiciária (GINZBURG, 1989) em títulos e resumos, de maneira que foram para o processo final os trabalhos que atendiam aos critérios de inclusão já mencionados. Ao final do processo mencionado, foram selecionados: nenhum artigo da SciELO; um trabalho da LILACS; oito produções da CAPES (sendo 2 duas teses e seis dissertações); 12 artigos completos do CBAA, compondo uma revisão com 21 trabalhos. Corrida de Orientação, Desporto Orientação, Esporte de Orientação, Orientação: sinais das diversas rotas percorridasÀ Guisa de Apresentação dos DadosConsiderando que o fenômeno Orientação a ser investigado no estudo se constitui de maneira complexa, inviabilizando a possibilidade de estabelecer relações lineares e deterministas, ficou-nos evidente com os resultados que múltiplas rotas foram percorridas pelos atores sociais. Assim, delineamos neste momento alguns caminhos, prováveis encontros e bifurcações que permearam este percurso: inicialmente, apresentaremos os dados referentes ao Banco de Teses e Dissertações da CAPES com o uso dos seguintes descritores: Orientação, Corrida de Orientação, Esporte de Orientação e Desporto de Orientação na Base. A inserção dos termos ocorreu de forma individual e entre aspas. O recorte temporal utilizado foi 2001 (período de registro da primeira publicação) até janeiro de 2021. Sendo assim, ao inserirmos o termo “Orientação” encontramos 13 trabalhos; destes, seis foram descartados por tratarem do termo Orientação com outro sentido do abordado neste estudo, por exemplo, orientação alimentar, orientação escolar, dentre outros. Com relação ao termo “Corrida de Orientação”, encontramos um total de quatro trabalhos, sendo a dissertação de Murray (2001) descartada por não termos acesso à produção na íntegra, o trabalho de Franca (2016) e Silva (2019) já foram identificados com o descritor “Orientação”, resultando em apenas um trabalho.
image/svg+xmlCorrida de orientação, esporte orientação, orientação: Um estudo de revisãoRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1557-1577, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311563Já o descritor “Esporte de Orientação” apresentou em sua busca cinco trabalhos, sendo dois descartados por não tratarem da temática em questão: Hirota (2006) e Chaves (2015) utilizaram o questionário do Esporte Orientação para tarefa e motivação esportiva do futebol. Portanto, nos dois estudos, o termo “orientação” foi empregado em outro sentido.Tanto os trabalhos de Scherma (2010) quanto de Bezerra (2018) já foram identificados por meio dos descritores anteriores. E a dissertação de Valeriano (2011) não foi encontrada na íntegra. Por fim, com o descritor “Desporto Orientação”, não encontramos trabalhos na Base da CAPES. Desse modo, foram selecionados um total de oito trabalhos, conforme disposto na tabela 1. Tabela 1Base de Dados da CAPES TítuloAutor(a)PesquisaAno1 Esporte Orientação e formação de professores de Geografia: uma experiência com cartografia escolar Arcênio Meneses da Silva Pesquisa participante 2013 2 O Desporto Orientação como ferramenta para o ensino da Matemática'Adriana Hartmann Pesquisa bibliográfica 2014 3 Práticas corporais de aventura nas aulas de Educação Física: as possibilidades pedagógicas no 5º ano do Ensino Fundamental Dilvano Leder de Franca Pesquisa bibliográfica, documental, participante 2016 4 Memória de Atenah: trajetórias de mulheres brasileiras na corrida de aventura Fabiana Duarte e Silva Pesquisa descritiva 2018 5 O ensino do Esporte Orientação na escola: possibilidades e limites de uma proposta à luz da metodologia crítico-superadora Dayse Alisson Camara Cauper Pesquisa participante 2018 6 Alfabetização cartográfica a partir do Esporte de Orientação'Kleiton Ramires Pires Bezerra Pesquisa de campo 2018 7Corrida de Orientação: estratégia pedagógica para a Educação Física na Educação profissional e Tecnológica Flávia Heloisa da Silva Estudo de caso 2019 8 Corrida de orientação: uma proposta metodológica para o ensino da Geografia e da Cartografia Elka Paccelli Scherma Pesquisa-ação 2010 Fonte: Elaborada pelos autores Com relação aos dados obtidos na SciELO e LILACS, ressaltamos que tivemos a oportunidade de utilizar os descritores supracitados (Orientação, Corrida de Orientação, Esporte de Orientação e Desporto de Orientação na Base) entre aspas, juntamente com o termo Educação Física. Salientamos o uso do operador booleano andotimizando assim a pesquisa.
image/svg+xmlFernanda Leocadio Bitencourt SOMBRA; Cassio MARTINS; Cassiane Leite NUNES e Marcelo Paraiso ALVESRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1557-1577, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311564Assim, na SciELO, ao inserirmos os termos Esportes de Orientação and Educação Física encontramos 27 resultados, todos, porém, descartados. Quando incluímos os termos Corrida de Orientaçãoand Educação Física não obtivemos nenhum resultado. O mesmo ocorreu ao utilizamos o termo Desporto de Orientação. Já a pesquisa com o termo Orientação andEducação Física encontrou 75 resultados. Após a leitura do título e dos resumos, apenas dois trabalhos foram escolhidos, visto que os 73 trabalhos excluídos utilizavam o termo orientação em sentido diferente do preconizado pelo presente estudo. Todavia, ao aprofundar a leitura dos trabalhos posteriormente, percebemos que os artigos eram referentes a testes de conhecimento tático processual, não sendo, por isso, úteis para o levantamento de dados necessário. Nesse sentido, os dois trabalhos também foram excluídos, não sendo possível apreender dados a partir do referido descritor. Com relação ao LILACS, quando utilizamos o termo Esporte de Orientação e Educação Física, encontramos um total de nove trabalhos, mas somente o artigo de Scopel et al.(2019) estabelecia um diálogo com o nosso objeto de estudo. A pesquisa com os termos Corrida de Orientação e Educação Física encontrou cinco estudos, que foram descartados por não contemplarem a temática da pesquisa. Por fim, com o termo Orientação e Educação Física foram encontrados 164 artigos, sendo 163 descartados, por não atenderem ao escopo do estudo, permanecendo apenas um estudo selecionado (SCOPEL et al., 2019). Contudo, o referido material já estava incluído no estudo, por já ter sido selecionado na busca pelo descritor Esporte Orientação. Com relação ao CBAA, sendo este um dos congressos significativos da área de aventura, optamos por investigar as suas dez edições. Tal escolha nos permitiu trabalhar artesanalmente (SENNETT, 2009), pois os anais do evento estavam em formato PDF, possibilitando-nos o uso da pesquisa por intermédio do Ctrl F (Adobe Acrobat) para Windows. Em nossa pesquisa, detectamos que, nas edições I, II, III não havia produções com esta temática. No IV, não encontramos trabalhos completos (mínimo de cinco laudas), apenas resumos, o que não nos possibilitou acessar detalhes dos trabalhos. Diante do exposto, salientamos que a partir do V CBAA, o seguinte quantitativo foi identificado: quatro trabalhos completos dos autores Silva, Kippert e Merlo (2010). Já na sexta edição encontramos um trabalho de Pereira (2011). No VII, encontramos dois artigos de Pereira et al.(2012). Também registramos dois artigos no VIIICBAA, cujos autores são Auricchioet al.(2014). No IX, não obtivemos nenhum resultado e no último congresso identificamos três artigos de autoria de Silva et al. (2018) e Silva, Mourão e Bandeira (2018). Vejamos a tabela a seguir:
image/svg+xmlCorrida de orientação, esporte orientação, orientação: Um estudo de revisãoRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1557-1577, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311565Tabela 2Relação de dados recolhidos nos anais do CBAA TítuloAutores/autorasTipo de pesquisaAno/base1Atividade Física de Aventura na natureza na escola na cidade de Bonito, MS: Um estudo de caso Melo, R.A.; Soares, I.C. Estudo de caso 2010 2Esporte de aventura: entre o urbano e a natureza Santos, J.P.; Mendes, M.T.; Alves, M.A.F. Pesquisa bibliográfica 2010 3Esporte na natureza: fragmentos contraditórios de um objeto em construção Pimentel, G.G. de A. Ensaio 2010 4 Educação pela aventura? Em cena a opinião dos educadores participantes do programa de extensão Portas Abertas Silva, A.; Kippert, G.C.; Merlo, J.A. Pesquisa qualitativa do tipo exploratória e descritiva/ pesquisa de campo 2010 5A arca de Noé e a Educação Física Pereira, D.W. Qualitativa/estudo de caso descritivo 2011 6Atividade de Aventura como prática pedagógica para as aulas de Educação Física Pereira, G.G.C; Bezerra, A.F.S. Pesquisa qualitativa/pesquisa-ação 2012 7Aplicação das atividades de aventura em escola militar do Ensino Médio: desafios e possibilidades Júnior, O.C.R; Bezerra, A.F.S. Pesquisa qualitativa/pesquisa ação 2012 8Formação dos profissionais da cidade de Socorro-SP em atividades de aventura no âmbito do lazer Auricchio, J.R. Pesquisa de campo 2014 9Programa segundo tempo: uma proposta de inserção de atividades de aventura Silva, E.R; Alves, F.B; Pimentel, G.G.A; Oliveira, A.A.B Pesquisa-ação 2014 10Memórias de Atenah: Trajetórias de mulheres brasileiras na corrida de aventura Silva, F.D.; Mourão, L.N.; Bandeira, M.M. Pesquisa qualitativa/narrativa pessoal 2018 11A aventura na Educação Física escolar em questão: diálogos sobre a formação dos professores Nicácio, L.G.; Freitas, A.F.S.; Silva, M.T. 2018 12A verdadeira aventura: relato de uma mãe atleta de corrida de aventura na etapa do campeonato Mundial Silva, F.D.; Mourão, L.N.; Bandeira, M.M. Qualitativa/narração 2018 Fonte: Elaborada pelos autores Assim, finalizando a quinta fase apresentação dos dados salientamos que o processo de seleção dos estudos foi realizado por intermédio da leitura dos títulos e resumos, de modo que foram para a seleção final somente os que atendiam aos critérios de inclusão supramencionados na metodologia. Ao final, foram selecionados oito artigos da CAPES; 12
image/svg+xmlFernanda Leocadio Bitencourt SOMBRA; Cassio MARTINS; Cassiane Leite NUNES e Marcelo Paraiso ALVESRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1557-1577, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311566artigos do CBAA e um artigo do LILACS, o que permitiu compor um processo de revisão por meio de 21 artigos. Dentre os 21 trabalhos encontrados, 14 têm como espaço de discussão a escola. No Banco de Teses e Dissertações da CAPES, encontramos sete trabalhos sobre a escola, diante de um currículo fragmentado em disciplinas foi observado que a prática em estudo (Orientação) foi tematizada nas disciplinas Educação Física (três trabalhos encontrados), Geografia (três trabalhos encontrados) e Matemática (um trabalho). Discussões dos ResultadosAo considerarmos o movimento proposto na introdução do trabalho, deixamos nos surpreender pelos dados por meio de uma sociologia compreensiva mostração (MAFFESOLI, 1998) , ao contrário daquela que prima pela demonstração e constatação do mesmo, optamos por apresentar as discussões a partir de duas temáticas que consideramos centrais e que se revelaram indiciariamente (GINZBURG, 1989): a primeira temática, que está enredada ao objetivo do estudo investigar os conceitos que fundamentam as terminologias Corrida de Orientação, Orientação, Esporte Orientação e Desporto Orientação, que na discussão estão sendo concebidas como um lugar de contradição entre o que é dito e o praticado8; E a segunda, que emerge da ruptura com o mesmo, isto é, que se apresenta em um espaço híbrido, fluído, multifacetado, porque mergulha com todos os sentidos na realidade singular do espaçotempopraticado (CERTEAU, 1994). Corrida de Orientação, Desporto Orientação, Esporte de Orientação, Orientação: Onde está o Azimute?O que ficou evidente, no primeiro momento, foram os trabalhos de Silva (2013) e Cauper (2018), em que ocorre a opção por um determinado termo, no caso, a Orientação. A justificativa para o referido uso emerge da sugestão realizada pela Confederação Brasileira de Orientação (CBO), conforme disposto a seguir: Para evitar mal-entendidos, a Confederação Brasileira de Orientação (CBO)estabeleceu a utilização do termo Orientação, iniciada com letra 8Neste estudo, vamos trabalhar com a ideia certeaunianade que o sujeito comum não é apenas um consumidor passivo, mas que, em diversas oportunidades, reinventa aquilo que chega até ele de modo a atender as suas demandas, anseios e necessidades (CERTEAU, 1994), portanto, o sujeito ordinário por intermédio de suas práticas cotidianas ressignifica os produtos que consome.
image/svg+xmlCorrida de orientação, esporte orientação, orientação: Um estudo de revisãoRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1557-1577, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311567maiúscula, como sendo o mais adequado para nomear esse esporteem língua portuguesa (SILVA, 2013, p. 57, grifo do autor). Desse modo, gostaríamos de trazer à tona uma pista (GINZBURG, 1989) que nos remete a uma direção: o uso da CBO como referência e a denominação de esporte para a referida prática corporal. Trazer estes sinais à tona se deve por percebermos que ao trabalhar com a proposição da confederação, Silva (2013) se aproxima do significado de esporte caracterizado por um conceito que estabelece relações com as noções de competição, de prática de atividades físicas, de promoção da saúde. Sabemos, a partir de Melo (2010, p. 45), que a “literatura não é conclusiva acerca da possibilidade de uma história do conceito esporte”, mas existem tendências ou correntes que buscam defini-lo: Um olhar panorâmico nos permite identificar duas grandes tendências no que se refere ao tema: a) propugna-se que a manifestação esportiva já existia na Antiguidade, sendo perceptível em jogos que eram praticados por chineses, egípcios, gregos, romanos, entre outros;b) procura-se entendê-lo como um fenômeno moderno, que, mesmo apresentando similaridades técnicas com antigas manifestações culturais, possui sentidos e significados bastante diferenciados daqueles jogos“pré-esportivos” (MELO, 2010, p. 45, grifo do autor). Nessa linha de pensamento, e considerando estar acompanhado do referencial estabelecido pela confederação, instituição que normatiza e se responsabiliza pelo direcionamento dos desportos nacionais, fica-nos a impressão de que nos reportamos ao modelo de esporte de competição, conforme anunciado no trabalho. Todavia, no contexto apresentado por Silva (2013),a modalidade é abordada como um recurso didático e enredada ao ensino da cartografia no intuito de desenvolver determinados objetivos de ensino nos processos de formação docente no âmbito da disciplina Geografia. Desse modo, ao considerarmos a multiplicidade de sentidos da palavra “orientação”, sobretudo a partir de um estudo cujo objeto é a cartografia, observamos que apenas o emprego em maiúsculo da palavra Orientação pode não ser suficiente para dar conta de seu sentido, podendo gerar certa confusão. Nesse contexto, para evitar este tipo de situação, compreendemos que a saída encontrada por Silva (2013) foi acrescentar a palavra “esporte”, com letra minúscula, antes do termo Orientação: O que o esporte Orientaçãotraz de novo e contribui para o desenvolvimento do universo da Cartografia escolar é o fato de que o participante, quando realiza um percurso, vivencia uma experiência concreta, colocando em prática as noções espaciais, além de recorrer intensamente à linguagem cartográfica
image/svg+xmlFernanda Leocadio Bitencourt SOMBRA; Cassio MARTINS; Cassiane Leite NUNES e Marcelo Paraiso ALVESRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1557-1577, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311568por meio do uso de um mapa e uma bússola (SILVA, 2013, p. 165, grifo do autor). Outrossim, é importante observar o emprego da terminologia Esporte Orientação, utilizada no título e grafada com letra maiúscula, não ficando evidente para o leitor se a intenção era somente nomear a modalidade. Porém, no corpo do estudo, Silva (2013) evidencia a opção pela nomenclatura referida Orientação , inclusive com apresentação de argumentos, fazendo-nos compreender que esta foi sua escolha. Já o estudo de Cauper (2018) se apresenta a partir de sua experiência como praticante da Orientação e, simultaneamente, como docente de Educação Física da Educação Básica, de modo que uma de suas preocupações é a contextualização da Orientação no âmbito da cultura corporal de movimento, um patrimônio a ser democratizado na escola de forma crítica, por isso problematiza as proposições feitas pelas Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Assim, ainda que Cauper (2018) utilize o termo sugerido pela Confederação Brasileira de Orientação (CBO), uma instituição que opera de modo a universalizar e padronizar a prática da Orientação, no corpo da dissertação é possível encontrar indícios de rupturas com a lógica dominante: Como se fosse possível haver uma prática que não fosse orientada por uma teoria. A fim de romper com as dicotomias, a metodologia de ensino crítico superadora propõe o trabalho como princípio educativo e assume o trato com o ser humano a partir da sua totalidade, indicando a superação da fragmentação do indivíduo e do conhecimento. Trata-se da ação consciente, da indissociabilidade teoria e a prática, representada pela práxis (CAUPER, 2018, p. 47). O esforço empreendido por Cauper (2018) fez emergir uma série de apropriações da Orientação, considerando além do viés esportivo, amador e olímpico, o pedagógico em perspectiva crítica, o treinamento militar e a brincadeira da caça ao tesouro, entre outros. No parágrafo a seguir, a autora faz a seguinte consideração acerca do termo Corrida de Orientação: Embora seja muito comum o uso do termo “Corrida de Orientação”, a CBO recomenda que esse termo não seja o mais indicado, tendo em vista que nesse esporte o praticante pode realizá-lo caminhando, correndo ou esquiando, e o uso da palavra “Corrida” é restritivo, pois não contempla todas as possibilidades de prática desse esporte. Portanto, em nosso texto, utilizamos o termo Orientação, estabelecido pela CBO como o mais adequado para se referir a essa modalidade esportiva (SILVA, 2013, p. 57). Esta prevalência acerca do termo Corrida de Orientação foi identificada nas interpretações dos anais do CBAA, em que dos doze trabalhos encontrados, onze preconizavam o uso da nomenclatura corrida de orientação, com exceção apenas do estudo de Santos, Mendes
image/svg+xmlCorrida de orientação, esporte orientação, orientação: Um estudo de revisãoRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1557-1577, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311569e Alves (2010), intitulado “Esporte de Aventura: entre o urbano e a natureza”, que aborda a Orientação (caminhada ou corrida) como possibilidade de prática. Cabe frisar que os autores supracitados durante todo o trabalho defendem o esporte dentro da dimensão social, ficando evidente a sua possibilidade de aplicação na escola. Ao fazer esta abordagem, Santos, Mendes e Alves (2010) trazem uma reflexão necessária: seria o termo corrida de orientação adequado para o espaço escolar? Uma vez que o praticante pode fazê-lo correndo, caminhando, utilizando cadeira de rodas, bicicletas. O termo corrida de orientação ou carrera de orientaciónsurgiu diante de uma dificuldade na tradução do termo Orientação nos países de língua latina. Em se tratando dos países de língua inglesa, o termo orientation serefere ao sentido de auxílio, vocação, ajuda e, para se referir à modalidade em estudo, utiliza-se Orienteering. Já na língua portuguesa, temos uma única palavra para ambos os sentidos, o que causa confusão. Para Pasini (2003), a palavra corrida foi introduzida com o intuito de fazer as devidas distinções. Outro trabalho que se utiliza da terminologia Orientação emerge da produção de Silva (2018). O estudo investiga a vida esportiva de atletas da corrida de aventura, um esporte em que predomina a presença de homens, brancos, com poder aquisitivo elevado. O trabalho aponta a necessidade da aplicação da Orientação na escola, como espaço privilegiado para discutir as questões de gênero, desigualdades sociais e raciais. O estudo de Silva (2018) também nos provoca a refletir sobre a democratização das práticas de aventura no ambiente escolar, rompendo com os esportes tradicionalmente trabalhados nas aulas de Educação Física e tematizando questões fundamentais na formação dos sujeitos, conforme supramencionado (gênero, desigualdades sociais e raciais). No trabalho de Scopel, Pimentel, Starepravo (2018), encontrado na base de dados do LILACS, os autores identificaram duas coalizões: a primeira, denominada de múltiplas vertentes, compreende a Orientação como um fenômeno abrangente que engloba concomitantemente esporte, turismo e lazer e propõe a sua inserção nos currículos escolares: “[...] em todos os níveis, o desporto Orientação, como atividade capaz de agir na formação integral de crianças, jovens e adultos, dentro de uma perspectiva de educação continuada” (SCOPEL; PIMENTEL; STAREPRAVO, 2018, p. 163). Já a segunda coalizão, que se encontra em vigência, compreende a Orientação como um fenômeno exclusivamente esportivo competitivo, e, também, tem como proposta a sua inserção Orientação no currículo das aulas de Educação Física. No entanto, apresenta objetivos
image/svg+xmlFernanda Leocadio Bitencourt SOMBRA; Cassio MARTINS; Cassiane Leite NUNES e Marcelo Paraiso ALVESRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1557-1577, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311570diferentes: a promoção do esporte, conquistando mais adeptos, e a atuação na formação de atletas. Assim, apesar dos artigos de Silva (2018) e Scopel, Pimentel e Starepravo (2018) não tratarem diretamente da temática escolar, ambos apresentam elementos importantes no que se refere à escola. O primeiro propõe a vivência das práticas de aventura na escola com o intuito de democratizá-las tematizando discussões sobre gênero e entendendo-a como um espaço plural. O segundo sinaliza a inserção da Orientação na escola em uma perspectiva competitiva incentivada pela CBO em busca de performance em um processo de exclusão e padronização dos corpos. Seria possível? Orientação, Esporte Orientação, Desporto Orientação: possíveis aproximações às práticas ordináriasSe inicialmente visibilizamos estudos que optaram em conceituar a Orientação a partir das diretrizes da CBO, neste tópico vamos privilegiar os trabalhos que não tinham como centralidade a preocupação com o uso da nomenclatura e com as orientações da referida confederação, pois apresentaram terminologias diferenciadas com o uso de dois ou mais termos para se referir à mesma cultura corporal de movimento: a Orientação. No estudo de Scherma (2010), foi possível encontrar várias expressões para se referir à prática em discussão: Corrida de Orientação, que aparece logo no título do trabalho; o termo Orientação, empregado no resumo precedido da palavra esporte, aparecendo também em diversas partes do texto; outra maneira de denominar a referida cultura corporal de movimento se deu por meio do termo Orientação isoladamente; a palavra desporto também foi empregada, contudo, Scherma (2010) menciona que, neste caso, o sentido é o mesmo da palavra esporte, sendo uma tradução do português europeu para o português falado no Brasil. Ao primeiro olhar, parece-nos que a perspectiva adotada pela CBO (Orientação) parece ser a mais utilizada pelos autores, entretanto, sob o olhar mais aguçado, ficam-nos evidentes algumas pistas (GINZBURG, 1989) que nos revelam que a modalidade é requisitada como uma estratégia para atingir objetivos de ensino ligados à Cartografia. E, neste contexto, o emaranhado de termos utilizados até então parece não dar conta do que é praticado no cotidiano escolar. Diante do exposto, fomos remetidos ao pensamento de Ginzburg (1989, p. 177), no intuito de seguir as pistas para compreender o que se passa, pois em vários momentos fomos
image/svg+xmlCorrida de orientação, esporte orientação, orientação: Um estudo de revisãoRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1557-1577, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311571levados a olhá-lo como se fosse um ponto de fuga: “a realidade é opaca, existem zonas privilegiadas sinais, indícios que permitem decifrá-la”.De outro modo, uma combinação utilizada por Scherma (2010) nos chamou a atenção, pois ao determinar o objetivo da pesquisa mencionou que iria “refletir sobre o uso das práticasde Orientação como alternativa para promover a leitura cartográfica” (SCHERMA, 2010, p. 20, grifos nossos). Sendo assim, cabe frisar que, apesar de buscarmos o termo “práticas de orientação” (SCHERMA, 2010) como um indício (GINZBURG, 1989) de ruptura com o mesmo, isto é, com as ações que se aproximam da perspectiva esportivista defendida pela CBO, salientamos que Scherma (2010) não define o que seriam as práticas de orientação. Tal indefinição não é algo incomum, pois Lazarotti Filho et al.(2010), ao investigarem o uso do referido termo práticas corporais , a partir de um estudo de revisão, consideraram que dos “260 artigos analisados, [...] a grande maioria não explicita o entendimento de práticas corporais e somente 8% o fazem” (LAZAROTTI FILHO et al., 2010, p. 18). Igualmente, Lazarotti Filho et al.(2010, p. 24) nos chamam a atenção para o fato de que o termo aparece, em sua grande maioria, se referindo a múltiplas expressões relacionadas a diversas formas de ações: “[...] atividade corporal ou de manifestações culturais, tais como: atividades motoras, de lazer, ginástica, esporte, artes, recreação, exercícios, dietas, cirurgias cosméticas, dança, jogos, lutas, capoeira e circo”.Os autores Lazarotti Filho et al. (2010), ao final do estudo, apresentam como uma de suas considerações, a potencialidade do uso do termo práticas corporais para se referir a um dado comum da realidade: Identificamos nos textos analisados que o termo “práticas corporais” já se constitui com potencialidade para ser estruturado como conceito, necessitando, porém, de maior estabilidade e de um certo nível de consenso dentre a comunidade acadêmica(LAZAROTTI FILHO et al., 2010, p. 25, grifo do autor). Assim, percebemos que o termo práticas de orientação nos auxilia a potencializar aquilo que nos acontece em meio a ações educativas desenvolvidas no cotidiano escolar, visto que tais produções conteúdos da cultura corporal de movimento , advindas da Educação Física escolar, são marcadas pela singularidade da realidade social em que estão imersas, sendo afetadas, portanto, pelas particularidades dos praticantes (CERTEAU, 1994) que habitam o referido espaçotempoescolar em detrimento das suas demandas, necessidades, interesses, que
image/svg+xmlFernanda Leocadio Bitencourt SOMBRA; Cassio MARTINS; Cassiane Leite NUNES e Marcelo Paraiso ALVESRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1557-1577, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311572são determinados por questões políticas, culturais, de gênero, de sexualidade, de raça, de classe social, dentre outras demandas. Especificamente nos trabalhos de Hartman (2014), Franca (2016), Bezerra (2018) e Silva (2019), encontramos indiscriminadamente os termos corrida de orientação, Esporte Orientação ou, ainda, esporte de Orientação e Desporto Orientação, não nos possibilitando definir o termo mais utilizado por cada um dos autores supramencionados. Contudo, a palavra que se repete em todas as terminologias é a Orientação. A partir disso, cabe perguntar: Seria por ela, a Orientação, ser a origem? Para Carmona (2013), por muitos anos, orientar-se pelo sol foi uma técnica utilizada de maneira significativa para muitas culturas. Seguindo esse percurso, Pereira (2011) buscou na habilidade humana de se orientar os elementos da natureza tais como o sol, as estrelas, as marés para tematizar as questões de ensino em seu processo pedagógico. O estudo foi apresentado no VI CBAA, e utilizou como contraponto a Arca de Noé. Assim, o referido estudo estabeleceu uma relação direta com a Orientação, entretanto, o diálogo realizado se deu a partir da navegação, pois a sua centralidade estava na problematização de uma disciplina de Esportes Radicais no Ensino Superior no intuito de propor a construção de um implemento navegável. Desse modo, a orientação, ao emergir enredada à navegação, ganha a singularidade e contornos de outros modos de pensarfazer(CERTEAU, 1994) a referida prática. Tal contorno se reveste da lógica polinésia que rompe com a racionalidade ocidental que nos foi imposta, conforme nos chama a atenção Pereira (2011, p. 98-99): A primeira lição era a atenção no ato de se orientar, que era aprendida desde a infância pelos meninos, que observavam o mar, os ventos, os animais, as estrelas e as ondas, por dias, para que pudessem adquirir um segundo conhecimento, a percepção dos pontos de referência de cada lugar, em cada momento. Era necessário nessa fase distinguir as correntes marítimas em cada época do ano, pois os animais se movimentam em função disso e as pessoas deveriam saber disso para se localizar e seguir para pontos seguros. A terceira lição envolvia a memória de tudo que se percebia, como não havia mapas, bússolas, GPS e outros instrumentos, toda a aprendizagem deveria ser guardada na mente dos navegadores daquela região. Considerando o exposto, salientamos que o trabalho supramencionado se aproxima de uma perspectiva mais fluída, plural, ao contrário daquelas revestidas pela uniformidade e engessamento do caráter esportivo. Outrossim, Pereira (2011) dialoga com a noção de práticas de orientação, pois procura a construção de conhecimento por outras lógicas, outros caminhos, conforme pode-se perceber:
image/svg+xmlCorrida de orientação, esporte orientação, orientação: Um estudo de revisãoRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1557-1577, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311573Pensando em termos de licenciatura, pode ser um incentivo para o surgimento de aulas de Educação Física escolar que requeiram do aluno o gosto pelo novo, pela descoberta, pelo fazer e compreender o que se faz. Partir do empírico no sentido como se propõe a disciplina pesquisada é livrar-se de métodos pouco libertários de ensino, e propor um método que leve a autonomia para aprender e gostar do que se aprende (PEREIRA, 2011, p. 99, grifo nosso). Assim, ao sugerir o uso da noção de Práticas de Orientação, o fazemos para aqueles que buscam o desenvolvimento das ações nas escolas, visto optarmos por trazer elementos que nos auxiliam a compreendê-la enredada em uma perspectiva plural. Ressaltamos que entendemos a noção como um elemento que não busca a precisão, a exatidão do conceito ou categoria, pois trabalhamos com a ideia de veracidade, que é a produção da verdade a partir de um tempo e espaço específico, não resguardando, portanto, sinais de universalismo e/ou conclusões e verdades absolutas (MAFFESOLI, 1998). Nesse sentido, ressaltamos que a noção de Prática, neste estudo, emerge fundada nos pressupostos teóricos de Mayol (1996), porque a concebemos como uma: [...] combinação mais ou menos coerente, mais ou menos fluida, de elementos cotidianos concretos (menugastronômico) ou ideológicos (religiosos, políticos), ao mesmo tempo passados por uma tradição (de uma família, de um grupo social) e realizados dia a dia através dos comportamentos que traduzem uma visibilidade social fragmentos desse dispositivo cultural […]. Prático vem ser aquilo que é decisivo para a identidade de um usuário ou de um grupoa medida em que essa identidade lhe permite assumir o seu lugar na rede das relações sociais inscritas no ambiente (MAYOL, 1996, p. 39-40, grifo nosso). Admitir a lógica supramencionada evidencia, portanto, que, ao trabalharmos com a noção de prática certeauniana, operamos a partir da ideia de que somos todos sujeitos ordinários que caminham pelas “linhas de erre desenhadas pelos jovens autistas” (CERTEAU, 1994, p. 45): subversivas, aleatórias, que não seguem o preestabelecido, a linearidade. Portanto, não somos consumidores passivos, mas produtores de uma fabricação silenciosa, quase invisível, porque empregamos de maneira sutil, multiforme, reinventando de mil maneiras tudo aquilo que nos chega ao cotidiano escolar. Baseados nesta concepção, tomamos como proposição o uso da noção de Práticas de Orientação, a fim de que, talvez, ela contemple a multiplicidade das ações que serão relatadas a seguir: Franca (2016) propôs em seu estudo os limites e possibilidades das práticas de aventura na escola com enfoque na Educação Ambiental. O autor detectou algumas dificuldades, como: materiais específicos, espaço, concepção da direção, da orientação técnica
image/svg+xmlFernanda Leocadio Bitencourt SOMBRA; Cassio MARTINS; Cassiane Leite NUNES e Marcelo Paraiso ALVESRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1557-1577, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311574pedagógica, professores, alunos, riscos e imprevisibilidade das práticas, tempo de vivência das práticas. A partir disso, foram propostas sugestões para a superação das dificuldades: as bricolagens “[...] a união de vários elementos culturais que resultam em algo novo” (CERTEAU, 1994). Já o artigo produzido por Bezerra e Pereira (2012) se aproximou da noção de Práticas de Orientação ao sugerir ações pedagógicas para a Educação Básica com enfoque na Educação Ambiental. Na experiência relatada no VII CBAA, Bezerra e Pereira (2012) narram a confecção e a “[...] realização das vivências práticas que foram pensadas de acordo com a realidade da escola e os espaços arredores disponíveis e seguros” (BEZERRA; PEREIRA, 2012, p. 149).Outro trabalho que se aproximou da noção defendida no estudo Práticas de Orientação foi o artigo de Franca (2016) que, apesar de apontar inúmeras dificuldades no desenvolvimento da referida prática falta de espaço, aquisição de equipamentos específicos, gerenciamento do risco devido à falta de conhecimentos técnicos por parte dos(as) professores(as) , partiu do movimento realizado pelos sujeitos ordinários para implantar um programa de extensão para atender às escolas da Educação Básica. No estudo de Bezerra (2018), que teve como proposição analisar o uso do Esporte de Orientação como um instrumento didático possibilitando a aprendizagem da alfabetização cartográfica crítica, ficou-nos evidente uma ação didática que ultrapassou a mera leitura dos mapas, tendo em vista o movimento realizado para a compreensão da realidade social: Ao chegarem ao parque o professor de Educação Física informou-lhes que a intenção não era a execução do esporte de orientação para competição, com o objetivo de vencerem, mas para aprenderem as características do lugar, observarem, questionarem o que mais chamou a atenção deles e fazerem a relação com os conteúdos ensinados em sala de aula (BEZERRA, 2018, p. 95). Desse modo, a partir da experiência desenvolvida, Bezerra (2018) pede aos estudantes para que respondam a um questionário e, diante das respostas, percebe que eles estabelecem conexões com as desigualdades sociais, isto é, contextualiza o conteúdo ultrapassando as questões procedimentais exigidas pela Orientação: bússola, leitura de mapas, dentre outros procedimentos. Outra pesquisa que apresentou sinais de um movimento contrário à lógica esportivista emergiu da dissertação de Silva (2019). O estudo se desenvolveu no Instituto Federal do Paraná, Campus Cascavel, no Curso Técnico em Informática, integrado ao Ensino Médio, com 88 estudantes com idades ente 14 e 17 anos.
image/svg+xmlCorrida de orientação, esporte orientação, orientação: Um estudo de revisãoRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1557-1577, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311575A pesquisa se desenvolveu por intermédio da pesquisa-ação, uma experiência que permitiu a participação dos(as) estudantes, pois a cada etapa, “[...] faziam interferência e, por conseguinte, contribuíam no processo, por meio da avaliação das práticas e das etapas anteriores, propondo e sugerindo ações para as práticas seguintes” (SILVA, 2019, p. 57).Silva (2019) esclarece que a sequência pedagógica se desenvolveu durante cinco aulas e o processo final ocorreu no sábado no Parque Hilário Zardo, um espaço para além do ambiente escolar. Posteriormente, os(as) estudantes foram convidados(as) a pensar a forma como seria possível aquela prática ser desenvolvida dentro da escola,“[...] os estudantes deram sua opinião sobre a vivência da aula anterior e como aprimorar a prática, de forma que sejam utilizadas as instalações da escola” (SILVA, 2019, p. 97).Para finalizar, gostaríamos de frisar que a opção de trabalhar com a noção de Práticas de Orientação nos permite romper com as ações específicas da referida modalidade esportiva, possibilitando a docentes e estudantes, que habitam nas pluralidades de escolas existentes em um país como o Brasil, intervir e recriar os modos de usarfazer as ações educativas enredadas às temáticas locais, atendendo às demandas, necessidades e determinantes que afetam os múltiplos espaços. Considerações finaisConsiderando que o objetivo do estudo foi investigar os conceitos que fundamentam as terminologias vinculadas à prática da Orientação, pode-se dizer que: a) apesar de diversos autores optarem pela nomenclatura Orientação, por ser o termo sugerido pela Confederação Brasileira de Orientação (CBO), as práticas desenvolvidas por eles extrapolam as formas padronizadas e universais propagadas pelas instituições esportivas; b) ficou-nos evidente a falta de preocupação em fazer a opção por uma única terminologia, visto que diversos estudos utilizam termos diferentes para se reportar à mesma cultura corporal de movimento; c) Por fim, ficou evidenciada a potência da Orientação enquanto elemento educativo para a escola, visto que os estudos apresentaram em suas práticas a preocupação em proporcionar experiências, contribuindo na construção do conhecimento.
image/svg+xmlFernanda Leocadio Bitencourt SOMBRA; Cassio MARTINS; Cassiane Leite NUNES e Marcelo Paraiso ALVESRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1557-1577, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311576REFERÊNCIASBEZERRA, K. R. P. Alfabetização cartográfica a partir do esporte de orientação. Dissertação (Mestrado em Educação) Universidade Estadual do Mato Grosso, Campo Grande, MS, 2018. CAUPER, D. C. O ensino do esporte orientação na escola:possibilidades e limites de uma proposta à luz da metodologia crítico-superadora. 2018. 388 f. Dissertação (Mestrado em Ensino na Educação Básica) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2018. CERTEAU, M. de. A invenção do cotidiano. 1. Artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 1996. GINZBURG, C. Sinais: raízes de um paradigma indiciário. In: Mitos, Emblemas e Sinais. São Paulo: CIA das Letras, 1989. p. 143-275. HARTMAN, A. O Desporto Orientação como ferramenta para o ensino da Matemática. 2014. Dissertação (Mestrado em Educação) Universidade de Brasília, Brasília, 2014. LACERDA, M. P. de. Em práticas pedagógicas e investigativas... a surpresa. Revista Entreideias, Salvador, v. 4, n. 1, p. 7-22, jan./jun. 2015. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/entreideias/article/view/8260. Acesso em: fev. 2021. LARROSA, J. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação, n. 19, p. 20-28, jan./abr. 2002. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbedu/a/Ycc5QDzZKcYVspCNspZVDxC/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: fev. 2021. MAFFESOLI, M. A terra fértil do cotidiano. Revista FAMECOS:mídia, cultura e gtecnologia, Porto Alegre, v. 15, n. 36, p. 5-9, ago. 2008. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistafamecos/article/view/4409/3308. Acesso em: 15 maio 2021. PAIS, J. M. Vida cotidiana: enigmas e revelações. São Paulo: Editora Cortez, 2003. p. 272. SENNET, R. O Artífice.5. ed. São Paulo: Record, 2009. 362 p. SCHERMA, E. P. Corrida de orientação: uma proposta metodológica para o ensino da Geografia e da cartografia. 2010. Tese (Doutorado em Geociências e Ciências Exatas) Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2010. SILVA, A. M. da. Esporte orientação e formação de professores de Geografia: uma experiência com cartografia escolar. 2012. Tese (Doutorado em Geografia) Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2012. SILVA, F. H. Corrida de Orientação: estratégia pedagógica, para Educação Física na Educação Profissional e Tecnológica. 2019. Dissertação (Mestrado em Educação Profissional e Tecnológica) Instituto Federal do Paraná, Curitiba, 2019.
image/svg+xmlCorrida de orientação, esporte orientação, orientação: Um estudo de revisãoRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1557-1577, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311577SILVA, M. C. Aplicabilidade da Prática Corporal “Esporte de orientação” no espaço escolar.2020. Dissertação (Mestrado em Educação) Faculdade de Ciências e Tecnologia, Campus de Presidente Prudente, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, 2020. SOUSA, M. T.; SILVA, M. D.; CARVALHO, R. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Revista Einstein,v. 8, n. 1, p. 102-106, 2010. Disponível em: https://journal.einstein.br/pt-br/article/revisao-integrativa-o-que-e-e-como-fazer/. Acesso em: 12 mar. 2021. TAHARA, A. K.; CAGLIARI, M. S.; DARIDO, S. C. Celular, corrida de orientação, Educação Física Escolar: elaboração e avaliação de um material didático. Arquivos de Ciências do Esporte,Uberaba, v. 5, n. 1, p. 2-5, 2017. Disponível em: https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/aces/article/view/1983. Acesso em: 10 maio 2021. TEIXEIRA et al. Socialidade, Tribos Urbanas e o cotidiano dos(as) ciclistas de Volta Redonda. In:COLÓQUIO TÉCNICO-CIENTÍFICO DO UNIFOA, 8., 2019, Volta Redonda. Anais[...]. Volta Redonda: Centro Universitário de Volta Redonda FOA, 2019. UVINHA, R. R. Esportes radicais nas aulas de educação física do ensino fundamental. In: UVINHA, R. R.; MOREIRA, E. C. (org.). Educação Física escolar:desafios e propostas. Jundiaí, SP: Fontoura, 2004. p. 99-111. Como referenciar este artigoSOMBRA, F. L. B.; MARTINS, C.; NUNES, C. L.; ALVES, M. P. Corrida de orientação, esporte orientação, orientação: Um estudo de revisão. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1557-1577, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.15331 Submetido em: 17/08/2021 Revisões requeridas em: 21/11/2021 Aprovado em:08/03/2022 Publicado em:01/04/2022
image/svg+xmlCarrera de orientación, orientación deportiva, orientación: Un estudio de revisión RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1566-1587, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311566CARRERA DE ORIENTACIÓN, ORIENTACIÓN DEPORTIVA, ORIENTACIÓN: UN ESTUDIO DE REVISIÓN CORRIDA DE ORIENTAÇÃO, ESPORTE ORIENTAÇÃO, ORIENTAÇÃO: UM ESTUDO DE REVISÃOORIENTATION RACE, SPORT ORIENTATION, ORIENTATION: A REVIEW STUDYFernanda Leocadio Bitencourt SOMBRA1Cassio MARTINS2Cassiane Leite NUNES3Marcelo Paraiso ALVES4RESUMEN: Este trabajo tuvo como objetivo investigar las nociones o terminologías vinculadas a la Carrera de Orientación, la Orientación Deportiva y la Orientación, así como sus especificidades y la forma en que se utilizan. Para alcanzar el objetivo de la investigación, optamos por la revisión integradora y, respectivamente, para la producción de datos optamos por las siguientes bases: Banco de Tesis y Disertaciones de la CAPES; SciELO; LILACS, y, finalmente, los anales del CBAA, por su relevancia nacional e internacional en el ámbito de las Actividades de Aventura. Considerando los datos encontrados, fue posible percibir que: a) a pesar de haber una indicación de la Confederación para el uso de la nomenclatura, las prácticas extrapolan la estandarización propagada por las instituciones deportivas; b) se nos hizo evidente la ausencia de una terminología matricial; c) finalmente, se evidenció en los estudios el poder de la Orientación como elemento educativo para la escuela. PALABRAS CLAVE: Orientación. Colegio. Educación básica. RESUMO: O trabalho objetivou investigar as noções ou terminologias vinculadas à Corrida de Orientação, Esporte Orientação e Orientação, bem como as suas especificidades e o modo como são utilizadas. No intuito de atingir o objetivo da pesquisa, optamos pela revisão integrativa e, especificamente, para a produção de dados, optamos pelas seguintes bases: Banco de Teses e Dissertações da CAPES; SciELO; LILACS, e, por fim, os anais do CBAA, devido à sua relevância nacional e internacional no âmbito das Atividades de Aventura. Considerando os dados encontrados, foi possível perceber que: a) apesar de haver uma indicação da Confederação para o uso da nomenclatura, as práticas extrapolam a padronização propagada pelas instituições esportivas; b) ficou-nos evidente a ausência de uma 1Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA), Volta Redonda RJ Brasil. Estudiante de Maestría (MECSMA). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7911-5921. E-mail: fernanda.leocadio@hotmail.com 2Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA), Volta Redonda RJ Brasil. Profesor Titular. Máster Profesional en Docencia en Ciencias de la Salud y Medio Ambiente. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1851-9268. E-mail: professorcassio@hotmail.com 3Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA), Volta Redonda RJ Brasil. Estudiante de Educación Física. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3948-3970. E-mail: cassianeln2.0@gmail.com 4Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA), Volta Redonda RJ Brasil. Profesor Titular. Doctorado en Educación. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-6236-3224. E-mail: marceloparaiso@outlook.com
image/svg+xmlFernanda Leocadio Bitencourt SOMBRA; Cassio MARTINS; Cassiane Leite NUNES y Marcelo Paraiso ALVESRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1566-1587, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311567terminologia matricial; c) por fim, tornou-se evidente nos estudos a potência da Orientação enquanto elemento educativo para a escola. PALAVRAS-CHAVE: Orientação. Escola. Educação Básica. ABSTRACT: This article aims to investigate the notions or terminologies linked to Orienteering Race, Sporting Orienteering, and Orienteering, as well as their specificities and the way they are used. To achieve the objective of the research, we opted for the integrative review and, respectively, for data production we opted for the following foundation: CAPES Dissertations and thesis bank; SciELO; LILACS, and, lastly, CBAA annals, due to its national and international relevance in the scope of Adventure Activities. Considering the data found, it was possible to notice: a) despite the Confederation's indication for the use of the nomenclature, the practices exceed the standardization propagated by sports institutions; b) the absence of a matrix terminology became evident; c) finally, the power of Orienteering as an educational element for the school was evidenced in the studies.KEYWORDS: Orientation. School. basic education.IntroducciónEl interior de lo "pensable" suele estar habitado por algún tipo de patrimonio de carácter ideológico, pragmático y muchos otros. Aparentemente, lo que se puede pensar está en reposo, es algo completo, lleno. Cómodo, diría yo. Sin embargo, dependiendo de lo que señale Certeau, siempre hay posibilidades para que el desbordamiento de lo "pensable" y lo congruente surja de otro pensamiento (LACERDA, 2015, p. 2). La sorpresa está marcada por la imprevisibilidad, por la duda, ya que sacude certezas, desestructura convicciones y esboza nuevas rutas. Así, inspirados en Certeau (2011), específicamente en temas ordinarios, entendemos que somos consumidores de los productos que nos llegan, sin embargo, no actuamos pasivamente; por el contrario, actuamos a partir de operaciones multiformes interviniendo sutilmente en el orden dominante. Por lo tanto, experimentar el proyecto de extensión con un enfoque en5, desarrollado por el Instituto Federal de Río de Janeiro (IFRJ) CampusAvanzado Resende, nos sorprendieron las acciones educativas propuestas por dicha práctica extensionista.Esta sorpresa se debe al potencial educativo de esta práctica (SILVA, 2020) y su escasa difusión en la región, pues, al exceder los límites del campusde Resende, ocupando otros 5"Se caracteriza por ser una actividad desarrollada en bosques, bosques, senderos y campos, donde los participantes utilizan un mapa detallado y una brújula para encontrar puntos en el terreno previamente mapeado. La ruta consiste en un punto de partida, un punto de llegada y una serie de puntos intermedios numerados (o PC puntos de control), a través de los cuales el practicante tendrá que pasar siguiendo la secuencia determinada en el mapa" (TAHARA; CAGLIARI; DARIDO, 2017, p. 3).
image/svg+xmlCarrera de orientación, orientación deportiva, orientación: Un estudio de revisión RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1566-1587, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311568espacios del municipio, se invitó a las escuelas a ir más allá de los muros institucionales para apropiarse de nuevos conocimientos dentro de la cultura corporal del movimiento (CÂNDIDO et al.,2019). En esta línea de pensamiento, y tomando como inspiración el citado proyecto, optamos por enfrentarnos a la óptica que opera favoreciendo la hegemonía de los deportes de pista en las clases de educación física Balonmano, Fútbol Sala, Baloncesto, Voleibol(TAHARA; CAGLIARI; DARIDO, 2017), porque entendemos que este proceso de enseñanza reduce las experiencias de los estudiantes a los deportes de pelota. Por otra parte, entendemos que existen retos que aún no han sido debatidos a fondo, uno de estos temas surge de la nomenclatura de dicha cultura corporal de movimiento, ya que a esto se le llama de múltiples maneras: Orientación, Orientación Peatonal, Orientación Raza, Orientación Deportiva, Orientación Deportiva, por nombrar algunas. Así, a raíz del objetivo mencionado, pretendemos desvelar (PAIS, 2003) quitar el velo, en el sentido de la exposición6, acciones vinculadas a estos términos que nos remiten a la siguiente pregunta: ¿Hasta qué punto estas proposiciones dialogan con las múltiples experiencias que se materializan en la vida cotidiana escolar? En esta línea de pensamiento, es importante destacar que entendemos la experiencia no como algo "que nos pasa", sino como algo que nos sucede y nos marca (LARROSA, 2002, p. 21). Por lo tanto, aunque la propuesta de una experiencia puede ser única para un grupo determinado, la experiencia es algo que varía de individuo a individuo. En este sentido, Lacerda (2015) define la experiencia como el encuentro entre lo ya conocido y los significados que emergen a través de nuevas percepciones. Imposible de ser experimentado de la misma manera por un colectivo, pero puede ser socializado y conocido desde múltiples sentidos. En esta dirección, es posible que un camino de orientación sea experimentado de maneras muy diferentes por los sujetos, pudiendo cumplir con las expectativas relacionadas con la realización de un deporte en una perspectiva competitiva y/o de ocio, socialización o incluso como un contenido a ser enseñado en la escuela por diferentes disciplinas para lograr metas convergentes o no convergentes. 6Para Maffesoli (1998), la diferencia entre espectáculo y demostración surge atrapada en la separación entre pensamiento y posmodernidad. Mientras que en la modernidad la centralidad está en la preocupación de probar algo, por lo que entrillar las conclusiones de las ideas y los argumentos, en la posmodernidad, la centralidad está en el desmantelamiento del pensamiento plural: "[...] el mundo, su retórica, sus hechos son esencialmente plurales, no se prestan a una conclusión, sino más bien a una apertura. [...] Por lo tanto, no deben ser objeto de una demostración, sino de una demostración" (MAFFESOLI, 1998, p. 114).
image/svg+xmlFernanda Leocadio Bitencourt SOMBRA; Cassio MARTINS; Cassiane Leite NUNES y Marcelo Paraiso ALVESRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1566-1587, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311569Trayectoria metodológica[...] la artesanía se dedica al trabajo en sí misma y por sí misma; las satisfacciones del trabajo son per se una recompensa; los detalles del trabajo diario están vinculados, en el espíritu del trabajador, al producto final; el trabajador puede controlar sus actos en el trabajo; la habilidad se desarrolla en el proceso de trabajo; el trabajo está vinculado a la libertad de experimentar; finalmente, la familia, la comunidad y la política son evaluadas por los patrones de satisfacción interior, consistencia y experimentación artesanal (SENNETT, 2009, p. 38). El Taller y el artesano: diseño y periodizaciónEn el camino de artesanos fuimos trazando un camino que pudiera lograr el objetivo de este estudio. Por lo tanto, se optó por construir el proyecto artesanalmente a partir de la revisión integradora, porque este procedimiento permite la composición de datos de estudios publicados, permitiendo consideraciones sobre elmodus operandide un determinado fenómeno, concepto, noción, entre otros. También destacamos que la revisión integradora de la literatura (RIL) proporciona la problematización e identificación de brechas en relación con el fenómeno bajo análisis, que, en este estudio, surge de las nociones de Orientación, Orientación Deporte, Orientación Deportiva y Carrera de Orientación. Respecto a la revisión integradora, Sousa, Silva y Carvalho (2010) mencionan que también permite actualizar las discusiones relacionadas con un tema específico, ya que opera a partir de la síntesis de estudios publicados. Así, siguiendo la lógica para la construcción de la revisión aquí propuesta, pasamos por seis etapas: (I) establecimiento de la pregunta de la derecha; II) interpretación de los datos de las bases de datos; iii) crear una base de datos en una hoja de cálculo; (IV) análisis del trabajo a través de los criterios de inclusión y exclusión; (V) presentación y discusión de los resultados y (VI) síntesis del conocimiento. En la primera etapa, se esbozó la siguiente pregunta: ¿qué conceptos subyacen a las terminologías Guía Deportiva, Orientación Deportiva, Carrera de Orientación, Orientación Deportiva y Orientación? En cuanto a la producción de datos, las bases de datos utilizadas fueron: Capes,SciELO , LILACS, y, finalmente, las directrices de CBAA, debido a su relevancia nacional e internacional en el contexto de Aventura.
image/svg+xmlCarrera de orientación, orientación deportiva, orientación: Un estudio de revisión RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1566-1587, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311570En la segunda fase - producción7Criterios de inclusión y exclusión destacamos la necesidad de singularizar el proceso de investigación a la manera del artesano. Para Sennett (2009, p. 19), "[...] La artesanía designa un impulso humano básico y permanente, el deseo de una obra bendecida por él mismo". Esta noción de "artesanía" es más completa que un trabajo derivado de las habilidades manuales, porque "[...] se trata del programa informático, del médico y del artista", en nuestro caso, los orientistas y profesores que utilizan tal cultura corporal del movimiento. En vista de lo anterior, la singularización de la producción de datos se produjo por el funcionamiento individualizado del portal CAPES, lo que nos obligó a realizar la búsqueda con los descriptores por separado y con el uso de comillas: Orientación Deporte, Orientación Deportiva, Carrera de Orientación, Orientación Deportiva y Orientación. En cuanto al marco temporal, decidimos trabajar a partir del periodo comprendido entre 2001 y 2021, ya que en 2001 surgió el primer estudio encontrado en esta plataforma, justificando, por tanto, la elección. Continuando con la producción de los datos, destacamos que, en las bases de datos SciELO y LILACS, se articularon los descriptores antes mencionados al área de Educación Física, y se utilizó el operador booleano andpara optimizar la recopilación de información, como sugieren Teixeira et al. (2019). Por lo tanto, la constitución de los descriptores se mantuvo con la siguiente configuración: Deportes de Orientación y Educación Física, Orientación y Educación Física, Orientación Deportiva y Educación Física, Orientación y Educación Física. En relación con las publicaciones presentes en los anales de CBAA, realizamos la investigación en las diez ediciones existentes en el periodo comprendido entre 2006 y 2018. Se leyeron todos los documentos completos, por encima de 5 informes, que se articularon a la terminología Orientación. Esta elección se realizó mediante la posibilidad de utilizar la herramienta de búsqueda, a través de Ctrl - F (Adobe Acrobat) para Windows. Cabe destacar que el buscador de palabras nos permitió encontrar el término Orientación en todos los trabajos publicados en los anales. Posteriormente, los artículos completos fueron leídos e incluidos como datos de investigación. Así, considerando las publicaciones producidas a partir de las bases de datos, inicialmente leímos los títulos de los trabajos con el fin de identificar indicios (GINZBURG, 7En este estudio, la noción que nos remite al uso del término -producción de datos- surge del significado dado por País (2003, p. 69), considerando que investigar "proviene del término latino vestigo, del que también deriva la palabra vestigio. Investigar significa, entonces, ir en la huella de las huellas. Rastros que son acusaciones de descubrimientos científicos".
image/svg+xmlFernanda Leocadio Bitencourt SOMBRA; Cassio MARTINS; Cassiane Leite NUNES y Marcelo Paraiso ALVESRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1566-1587, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.1533115711989) de que existía adherencia a los descriptores y al objetivo de la investigación, por lo tanto, que nos remitiera al fenómeno aquí estudiado: Orientación. Una vez identificados los descriptores en los títulos o palabras clave, comenzamos a leer los resúmenes para verificar la adherencia del trabajo incautado en las bases de datos con el alcance de la investigación. Por último, se leyeron íntegramente los documentos seleccionados. Para crear una base de datos, desarrollamos una hoja de cálculo dividida en cuatro columnas que cumplió con el propósito de presentar la siguiente información: título de la publicación; autores y autores; diseño de investigación; año de publicación. Así, el proceso de selección de estudios se llevó a cabo a través de una perspectiva indicia (GINZBURG, 1989) en títulos y resúmenes, de modo que los estudios que cumplieron con los criterios de inclusión mencionados fueron para el proceso final. Al final del proceso mencionado, no se seleccionaron artículos de SciELO; un trabajo de lilas; ocho producciones de la CAPES (2 son dos tesis y seis disertaciones); 12 artículos completos del CBAA, componiendo una reseña con 21 artículos. Carrera de Orientación, Orientación Deportiva, Orientación Deporte, Orientación: señales de las distintas rutas recorridasA la Guía de presentación de datosConsiderando que el fenómeno Orientación a investigar en el estudio constituye de manera compleja, imposibilitando establecer relaciones lineales y deterministas, se nos hizo evidente con los resultados que múltiples rutas fueron recorridas por actores sociales. Así, actualmente esbozamos algunos caminos, encuentros probables y bifurcaciones que impregnaron este camino: inicialmente, presentaremos los datos referentes a la Base de Datos de Tesis y Disertaciones de Capes con el uso de los siguientes descriptores: Orientación, Carrera de Orientación, Orientación Deporte y Orientación Deporte en la Base. Los términos se incluyeron individualmente y entre comillas. El plazo utilizado fue 2001 (período de registro de la primera publicación) hasta enero de 2021. Así, cuando insertamos el término "Orientación" encontramos 13 obras; de estos, seis fueron descartados porque trataron el término Orientación con otro significado del abordado en este estudio, por ejemplo, orientación alimentaria, orientación escolar, entre otros. En cuanto al término "Carrera de Orientación", encontramos un total de cuatro trabajos, y la disertación de Murray (2001) fue descartada porque no tuvimos acceso a la producción en
image/svg+xmlCarrera de orientación, orientación deportiva, orientación: Un estudio de revisión RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1566-1587, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311572su totalidad, el trabajo de Franca (2016) y Silva (2019) ya han sido identificados con el descriptor "Orientación", resultando en un solo trabajo. El descriptor "Deporte de Orientación" presentó en su búsqueda cinco trabajos, dos de los cuales fueron descartados por no tratar el tema en cuestión: Hirota (2006) y Chaves (2015) utilizaron el cuestionario de Orientación Deportiva para la tarea del fútbol y la motivación deportiva. Por lo tanto, en ambos estudios, el término "orientación" se utilizó en otro sentido. Tanto los trabajos de scherma (2010) como los de Bezerra (2018) ya han sido identificados a través de descriptores anteriores. Y la disertación de valeriana (2011) no se encontró en su totalidad. Finalmente, con el descriptor "Orientación Deportiva", no encontramos trabajos en la Base CAPES. Así, se seleccionaron un total de ocho trabajos, como se muestra en la tabla 1. Tabla 1Base de datos CAPES TítuloAutor/AutoraInvestigaciónAño1 Orientación deportiva y formación de profesores de Geografía: una experiencia con la cartografía escolar Arcênio Meneses da Silva Investigación participante 2013 2 La Orientación Deportiva como herramienta para la enseñanza de las Matemáticas' Adriana Hartmann Investigación Bibliográfica 2014 3 Prácticas de aventura corporal en las clases de Educación Física: las posibilidades pedagógicas en el 5º curso de primaria Dilvano Leder de Franca Investigación bibliográfica, documental, participante 2016 4 La memoria de Atenah: trayectorias de las mujeres brasileñas en la carrera de aventura Fabiana Duarte e Silva Investigación descriptiva 2018 5 La enseñanza de la Orientación Deportiva en la escuela: posibilidades y límites de una propuesta a la luz de la metodología de superación crítica Dayse Alisson Camara Cauper Investigación participante 2018 6 Alfabetización cartográfica desde el Deporte de la Orientación'Kleiton Ramires Pires Bezerra Investigación de campo 2018 7Carrera de Orientación: estrategia pedagógica para la Educación Física en educación profesional y tecnológica Flávia Heloisa da Silva Estudio de caso 2019 8 Carrera de orientación: una propuesta metodológica para la enseñanza de la Geografía y la Cartografía Elka Paccelli Scherma Investigación-acción 2010 Fuente: Elaboración propia Respecto a los datos obtenidos en SciELO y LILACS, destacamos que tuvimos la oportunidad de utilizar los descriptores antes mencionados (Orientación, Orientación Raza,
image/svg+xmlFernanda Leocadio Bitencourt SOMBRA; Cassio MARTINS; Cassiane Leite NUNES y Marcelo Paraiso ALVESRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1566-1587, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311573Orientación Deporte y Orientación Deporte en la Base) entre comillas, junto con el término Educación Física. Destacamos el uso del operador booleano andoptimizando la búsqueda. Así, en SciELO, cuando entramos en los términos Orientación Deportiva and Educación Física encontró 27 resultados, todos, sin embargo, descartados. Cuando incluimos los términos Carrera de Orientación and Educación física no obtuvimos ningún resultado. Lo mismo ocurrió cuando usamos el término Deporte de Orientación. La investigación con el término Orientación and Educación Física encontró 75 resultados. Después de leer el título y los resúmenes, solo se eligieron dos artículos, ya que los 73 artículos excluidos utilizaron el término orientación en un sentido diferente al recomendado por el presente estudio. Sin embargo, al profundizar en la lectura de los artículos más adelante, notamos que los artículos estaban relacionados con pruebas de conocimiento táctico procedimental, y por lo tanto no eran útiles para la recopilación de datos necesarios. En este sentido, ambos estudios también fueron excluidos, y no fue posible aprovechar los datos de dicho descriptor. Respecto a LILACS, cuando utilizamos el término Deportes de Orientación y Educación Física, encontramos un total de nueve trabajos, pero solo el artículo de Scopel et al.(2019) estableció un diálogo con nuestro objeto de estudio. La investigación con los términos Carrera de orientación y Educación Física encontró cinco estudios, que fueron descartados porque no contemplaban el tema de investigación. Finalmente, con el término Orientación y Educación Física, se encontraron 164 artículos, 163 de los cuales fueron descartados por no cumplir con el alcance del estudio, quedando solo un estudio seleccionado (SCOPEL et al., 2019). Sin embargo, este material ya estaba incluido en el estudio, porque ya había sido seleccionado en la búsqueda del descriptor Orientación Deportiva. Con respecto al CBAA, siendo este uno de los congresos significativos de la zona de aventura, optamos por investigar sus diez ediciones. Esta elección nos permitió trabajar a mano (SENNETT, 2009), debido a que los eventos estaban en formato PDF, lo que nos permitió utilizar la búsqueda a través de Ctrl - F (Adobe Acrobat) para Windows. En nuestra investigación, detectamos que, en las ediciones I, II, III no había producciones con este tema. En el IV, no encontramos trabajos completos (mínimo de cinco páginas), solo resúmenes, que no nos permitieron acceder a detalles de los trabajos. En vista de lo anterior, destacamos que a partir del V CBAA, se identificó lo siguiente cuantitativo: cuatro trabajos completos de los autores Silva, Kippert y Merlo (2010). Ya en la
image/svg+xmlCarrera de orientación, orientación deportiva, orientación: Un estudio de revisión RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1566-1587, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311574sexta edición encontramos una obra de Pereira (2011). En VII, encontramos dos artículos de Pereira et al.(2012). También registramos dos artículos en el VIIICBAA, cuyos autores son Auricchioet al.(2014). En el IX no obtuvimos ningún resultado y en el último congreso identificamos tres artículos escritos por Silva et al. (2018) y Silva, Mourão y Bandeira (2018). Veamos la siguiente tabla: Tabla 2- Lista de datos recogidos en los anales de CBAA TítuloAutores/autorasTipo de InvestigaciónAño/base1Actividad Física de Aventura en la naturaleza en la escuela de la ciudad de Bonito, MS: Un estudio de caso Melo, R.A.; Soares, I.C. Estudio de caso 2010 2Deporte de aventura: entre lo urbano y la naturaleza Santos, J.P.; Mendes, M.T.; Alves, M.A.F. Investigación bibliográfica 2010 3Deporte en la naturaleza: fragmentos contradictorios de un objeto en construcción Pimentel, G.G. de A. Ensayo 2010 4 ¿Educación de aventura? En escena la opinión de los educadores que participan en el programa de extensión Puertas Abiertas Silva, A.; Kippert, G.C.; Merlo, J.A. Investigación cualitativa exploratoria y descriptiva / investigación de campo 2010 5El Arca de Noé y la Educación Física Pereira, D.W. Estudio de caso cualitativo/descriptivo 2011 6Actividad de aventura como práctica pedagógica para las clases de educación física Pereira, G.G.C; Bezerra, A.F.S. Investigación cualitativa/investigación-acción 2012 7Aplicación de actividades de aventura en la escuela secundaria militar: desafíos y posibilidades Júnior, O.C.R; Bezerra, A.F.S. Investigación cualitativa/investigación-acción 2012 8Formación de profesionales de la ciudad de Socorro-SP en actividades de aventura en el ámbito del ocio Auricchio, J.R. Investigación de campo 2014 9Programa segundo tempo: uma proposta de inserção de atividades de aventura Silva, E.R; Alves, F.B; Pimentel, G.G.A; Oliveira, A.A.B Investigación-acción 2014 10Memórias de Atenah: Trajetórias de mulheres brasileiras na corrida de aventura Silva, F.D.; Mourão, L.N.; Bandeira, M.M. Investigación cualitativa/narrativa personal 2018 11A aventura na Educação Física escolar em questão: diálogos sobre a formação dos professores Nicácio, L.G.; Freitas, A.F.S.; Silva, M.T. 2018
image/svg+xmlFernanda Leocadio Bitencourt SOMBRA; Cassio MARTINS; Cassiane Leite NUNES y Marcelo Paraiso ALVESRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1566-1587, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.15331157512A verdadeira aventura: relato de uma mãe atleta de corrida de aventura na etapa do campeonato Mundial Silva, F.D.; Mourão, L.N.; Bandeira, M.M. Cualitativo/narración 2018 Fuente: Elaboración propia Así, al final de la quinta fase -presentación de los datos- destacamos que el proceso de selección de los estudios se llevó a cabo mediante la lectura de los títulos y resúmenes, de manera que solo aquellos que cumplían con los criterios de inclusión mencionados en la metodología fueron para la selección final. Al final, se seleccionaron ocho artículos de la CAPES; 12 artículos de CBAA y un artículo de LILACS, lo que permitió realizar un proceso de revisión a través de 21 artículos. Entre los 21 estudios encontrados, 14 tienen la escuela como un espacio de discusión. En el Banco de Tesis y Disertaciones de CAPES, encontramos siete trabajos sobre la escuela, antes de un currículo fragmentado en disciplinas se observó que la práctica en estudio (Orientación) estaba temática en las disciplinas Educación Física (tres trabajos encontrados), Geografía (tres trabajos encontrados) y Matemáticas (un trabajo). Discusiones de ResultadosAl considerar el movimiento propuesto en la introducción del trabajo, nos dejamos sorprender por los datos a través de una sociología integral exposición (MAFFESOLI, 1998) a diferencia de la que sobresale en la demostración y verificación del mismo, elegimos presentar las discusiones basadas en dos temas que consideramos centrales y que se revelaron indiciariamente (GINZBURG, 1989): el primer tema, es decir, enaltecerse al objetivo del estudio: investigar los conceptos que subyacen a las terminologías Orientación Raza, Orientación, Orientación Deportiva y Orientación Deportiva, que en la discusión se están concibiendo como un lugar de contradicción entre lo que se dice y lo que se practica8; Y la segunda, que surge de la ruptura con ella, es decir, que se presenta en un espacio híbrido, fluido, multifacético, porque se sumerge con todos los sentidos en la singular realidad del espacio-tiempopracticado (CERTEAU, 1994). 8En este estudio, trabajaremos con la idea certeaunianade que el sujeto común no es sólo un consumidor pasivo, sino que, en varias ocasiones, reinventa lo que le llega para satisfacer sus demandas, anhelos y necesidades (CERTEAU, 1994), por lo tanto, el sujeto ordinario a través de sus prácticas cotidianas resignifica los productos que consume.
image/svg+xmlCarrera de orientación, orientación deportiva, orientación: Un estudio de revisión RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1566-1587, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311576Carrera de Orientación, Orientación Deportiva, Orientación Deporte, Orientación: ¿Dónde está el Azimut?Lo que fue evidente, en un principio, fueron las obras de Silva (2013) y Cauper (2018), en las que se produce la opción por un determinado término, en este caso, la Orientación. La justificación de este uso surge de la sugerencia hecha por la Confederación Brasileña de Orientación (CBO), como se expone a continuación: Para evitar malentendidos, la Confederación Brasileña de Orientación (CBO) estableció el uso del término Orientación, iniciado con mayúscula, como el más apropiado para nombrar este deporteen portugués (SILVA, 2013, p. 57, grifo del autor). Así, nos gustaría traer a colación una pista (GINZBURG, 1989) que nos lleva a una dirección: el uso de CBO como referencia y la denominación del deporte para dicha práctica corporal. Poner estos signos en primer plano se debe al entendimiento de que al trabajar con la propuesta de la confederación, Silva (2013) aborda el significado del deporte caracterizado por un concepto que establece relaciones con las nociones de competencia, práctica de actividades físicas, promoción de la salud. Sabemos, por Melo (2010, p. 45), que "la literatura no es concluyente sobre la posibilidad de una historia del concepto de deporte", pero hay tendencias o corrientes que buscan definirlo: Una mirada panorámica nos permite identificar dos grandes tendencias con respecto al tema: a) se defiende que la manifestación deportiva ya existía en la antigüedad, notándose en juegos que eran practicados por chinos, egipcios, griegos, romanos, entre otros;b) buscamos entenderlo como un fenómeno moderno, que, incluso presentando similitudes técnicas con manifestaciones culturales antiguas, tiene significados y significados muy diferentes de aquellosjuegos "predeportivos" (MELO, 2010, p. 45, el grifo del autor). En esta línea de pensamiento, y considerando ir acompañados de la referencia establecida por la confederación, institución que regula y se encarga de la dirección del deporte nacional, sentimos que nos reportamos al modelo de deporte de competición, tal y como se anuncia en la obra. Sin embargo, en el contexto presentado por Silva (2013), la modalidad se aborda como un recurso didáctico y orientado a la enseñanza de la cartografía con el fin de desarrollar ciertos objetivos didácticos en los procesos de formación docente en el ámbito de la disciplina Geografía.
image/svg+xmlFernanda Leocadio Bitencourt SOMBRA; Cassio MARTINS; Cassiane Leite NUNES y Marcelo Paraiso ALVESRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1566-1587, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311577Así, al considerar la multiplicidad de significados de la palabra "orientación", especialmente a partir de un estudio cuyo objeto es la cartografía, observamos que solo el uso en mayúsculas de la palabra Orientación puede no ser suficiente para explicar su significado, y puede generar cierta confusión. En este contexto, para evitar este tipo de situaciones, entendemos que el resultado encontrado por Silva (2013) fue agregar la palabra "deporte", con letra minúscula, antes del término Orientación: Lo que la Orientación deportiva aporta de nuevo y contribuye al desarrollo del universo de la cartografía escolar es el hecho de que el participante, cuando realiza un viaje, experimenta una experiencia concreta, poniendo en práctica las nociones espaciales, además de recurrir intensamente al lenguaje cartográfico mediante el uso de un mapa y una brújula (SILVA, 2013, p. 165, grifo del autor). Además, es importante observar el uso de la terminología Orientación Deportiva, utilizada en el título y deletreada con mayúscula, no siendo evidente para el lector si la intención era solo nombrar la modalidad. Sin embargo, en el cuerpo del estudio, Silva (2013) evidencia la elección de la nomenclatura referida Orientación incluso con la presentación de argumentos, haciéndonos entender que esta fue su elección. El estudio de Cauper (2018) se presenta desde su experiencia como practicante de orientación y, simultáneamente, como profesor de Educación Física de Educación Básica, por lo que una de sus preocupaciones es la contextualización de la orientación dentro de la cultura corporal del movimiento, patrimonio a democratizar en la escuela críticamente, por lo tanto, problematiza las proposiciones hechas por la Base Nacional de Currículo Común (BNCC). Así, aunque Cauper (2018) utiliza el término sugerido por la Confederación Brasileña de Orientación (CBO), institución que opera con el fin de universalizar y estandarizar la práctica de la Orientación, en el cuerpo de la disertación es posible encontrar evidencias de rupturas con la lógica dominante: Como si fuera posible tener una práctica que no estuviera guiada por una teoría. Para romper con las dicotomías, la metodología crítica de enseñanza sobrepasa el trabajo como principio educativo y asume el trato con el ser humano desde su totalidad, indicando la superación de la fragmentación del individuo y del conocimiento. Es la acción consciente, la teoría y la práctica de la indisociabilidad, representada por la praxis (CAUPER, 2018, p. 47). El esfuerzo emprendido por Cauper (2018) dio lugar a una serie de apropiaciones de la Orientación, considerando, además del sesgo deportivo, amateur y olímpico, el pedagógico en una perspectiva crítica, el entrenamiento militar y el juego de la búsqueda del tesoro, entre otros.
image/svg+xmlCarrera de orientación, orientación deportiva, orientación: Un estudio de revisión RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1566-1587, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311578En el siguiente párrafo, el autor hace la siguiente consideración del término Carrera de Orientación: Aunque es muy común utilizar el término "Carrera de Orientación", la CBO recomienda que este término no sea el más indicado, considerando que en este deporte el practicante puede realizarlo caminando, corriendo o esquiando, y el uso de la palabra "Carrera" es restrictivo, pues no contempla todas las posibilidades de practicar este deporte. Por ello, en nuestro texto, utilizamos el término Orientación, establecido por la CBO como el más adecuado para referirse a esta modalidad deportiva (SILVA, 2013, p. 57). Esta prevalencia sobre el término Carrera de Orientación se identificó en las interpretaciones anales del CBAA, en las que de los doce estudios encontrados, once recomendaron el uso de la nomenclatura de carrera de orientación, excepto solo el estudio de Santos, Mendes y Alves (2010), titulado "Deporte de aventura: entre lo urbano y la naturaleza", que aborda la orientación (caminar o correr) como una posibilidad de práctica. Cabe destacar que los autores mencionados anteriormente a lo largo de la obra defienden el deporte dentro de la dimensión social, haciendo evidente su posibilidad de aplicación en la escuela. Al hacer este enfoque, Santos, Mendes y Alves (2010) aportan una reflexión necesaria: ¿sería apropiado el término carrera de orientación para el espacio escolar? Ya que el practicante puede hacerlo corriendo, caminando, usando silla de ruedas, bicicletas. El término Carrera de orientación o Carrera de orientación surgió ante la dificultad de traducir el término Orientación en los países de habla latina. Cuando se trata de países de habla inglesa, el término orientation se refiere al sentido de ayuda, vocación, ayuda y, para referirse a la modalidad en estudio, Orienteering. En portugués, tenemos una sola palabra para ambos sentidos, lo que causa confusión. Para Pasini (2003), se introdujo la palabra raza con el fin de hacer las distinciones apropiadas. Otro trabajo que utiliza la terminología Orientación surge de la producción de Silva (2018). El estudio investiga la vida deportiva de los atletas de carreras de aventura, un deporte en el que predomina la presencia de hombres blancos con alto poder adquisitivo. El documento apunta a la necesidad de aplicar la Orientación en la escuela como un espacio privilegiado para discutir temas de género, desigualdades sociales y raciales. El estudio de Silva (2018) también nos provoca a reflexionar sobre la democratización de las prácticas de aventura en el entorno escolar, rompiendo con los deportes tradicionalmente trabajados en las clases de educación física y tema de cuestiones fundamentales en la formación de asignaturas, como se mencionó anteriormente (desigualdades de género, sociales y raciales).
image/svg+xmlFernanda Leocadio Bitencourt SOMBRA; Cassio MARTINS; Cassiane Leite NUNES y Marcelo Paraiso ALVESRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1566-1587, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311579En el trabajo de Scopel, Pimentel, Starepravo (2018), encontrado en la base de datos LILACS, los autores identificaron dos coaliciones: la primera, llamada múltiples vertientes, comprende la orientación como un fenómeno integral que abarca el deporte, el turismo y el ocio y propone su inserción en los currículos escolares: "[...] a todos los niveles, la Orientación Deportiva, como actividad capaz de actuar en la formación integral de niños, jóvenes y adultos, dentro de una perspectiva de educación continua" (SCOPEL; PIMENTEL; STAREPRAVO, 2018, p. 163). Por otro lado, la segunda coalición, que está en vigor, entiende la Orientación como un fenómeno deportivo exclusivamente competitivo, y también tiene como propuesta su orientación de inserción en el currículo de las clases de educación física. Sin embargo, tiene diferentes objetivos: la promoción del deporte, ganar más aficionados, y el rendimiento en el entrenamiento de los atletas. Así, aunque los artículos de Silva (2018) y Scopel, Pimentel y Starepravo (2018) no tratan directamente el tema escolar, ambos presentan elementos importantes con respecto a la escuela. El primero propone la experiencia de las prácticas de aventura en la escuela con el fin de democratizarlas por tema de discusiones sobre género y entenderlo como un espacio plural. El segundo señala la inserción de la orientación en la escuela en una perspectiva competitiva alentada por la CBO en busca del desempeño en un proceso de exclusión y estandarización de los organismos. ¿Sería eso posible? Orientación, Orientación Deportiva, Orientación de Deporte: posibles aproximaciones a las prácticas ordinariasSi inicialmente visualizamos estudios que optaron por conceptualizar la Orientación a partir de los lineamientos de la CBO, en este tema privilegiaremos los trabajos que no tenían como centralidad la preocupación por el uso de la nomenclatura y con los lineamientos de dicha confederación, pues presentaban terminologías diferentes con el uso de dos o más términos para referirse a un mismo cuerpo de cultura de movimiento: Orientación. En el estudio de Scherma (2010), fue posible encontrar varias expresiones para referirse a la práctica en discusión: Raza de Orientación, que aparece inmediatamente en el título de la obra; el término Orientación, utilizado en abstracto precedido por la palabra deporte, que también aparece en varias partes del texto; otra forma de denominación de dicha cultura corporal de movimiento se produjo a través del término Orientación solamente; también se utilizó la palabra deporte, sin embargo, Scherma (2010) menciona que, en este caso, el
image/svg+xmlCarrera de orientación, orientación deportiva, orientación: Un estudio de revisión RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1566-1587, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311580significado es el mismo que la palabra deporte, siendo una traducción del portugués europeo al portugués hablado en Brasil. A primera vista, nos parece que la perspectiva adoptada por la CBO (Guidance) parece ser la más utilizada por los autores, sin embargo, bajo la mirada más aguda, somos evidentes algunas pistas (GINZBURG, 1989) que nos revelan que la modalidad se solicita como estrategia para lograr objetivos didácticos relacionados con la Cartografía. Y, en este contexto, la maraña de términos utilizados hasta entonces no parece dar cuenta de lo que se practica en la vida escolar cotidiana. En vista de lo anterior, fuimos enviados al pensamiento de Ginzburg (1989, p. 177), con el fin de seguir las pistas para entender lo que está sucediendo, porque en varios momentos nos llevaron a mirarlo como si fuera un punto de escape: "la realidad es opaca, hay áreas privilegiadas -signos, signos- que nos permiten descifrarla". De lo contrario, una combinación utilizada por Scherma (2010) nos llamó la atención, pues al determinar el objetivo de la investigación, mencionó que "reflexionaría sobre el uso de prácticas de orientación como alternativa para promover la lectura cartográfica" (SCHERMA, 2010, p. 20, nuestros grifos). Así, cabe destacar que, si bien buscamos el término "prácticas de orientación" (SCHERMA, 2010) como indicación (GINZBURG, 1989) de ruptura con ella, es decir, con las acciones que se acercan a la perspectiva deportiva propugnada por la CBO, destacamos que Scherma (2010) no define cuáles serían las prácticas de orientación. Tal incertidumbre no es algo inusual, ya que Lazarotti Filho et al.(2010), al investigar el uso de este término -prácticas corporales- a partir de un estudio de revisión, consideraron que de los "260 artículos analizados, [...] la gran mayoría no explica la comprensión de las prácticas corporales y solo el 8% lo hace" (LAZAROTTI FILHO et al., 2010, p. 18). Probablemente, Lazarotti Filho et al.(2010, p. 24) nos atrae el hecho de que el término aparece, en su mayor parte, refiriéndose a múltiples expresiones relacionadas con diversas formas de acción: "[...] actividad corporal o manifestaciones culturales, tales como: actividades motoras, ocio, gimnasia, deporte, artes, recreación, ejercicios, dietas, cirugías estéticas, danza, juegos, peleas, capoeira y circo". Los autores Lazarotti Filho et al. (2010), al final del estudio, presentan como una de sus consideraciones, la potencialidad del uso del término prácticas corporales para referirse a un dato común de la realidad:
image/svg+xmlFernanda Leocadio Bitencourt SOMBRA; Cassio MARTINS; Cassiane Leite NUNES y Marcelo Paraiso ALVESRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1566-1587, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311581Identificamos en los textos analizados que el término "prácticas corporales" ya está constituido con el potencial de estructurarsecomo concepto, requiriendo, sin embargo, mayor estabilidad y un cierto nivel de consenso entre la comunidad académica(LAZAROTTI FILHO et al.,2010, p. 25, grifo del autor). Así, nos damos cuenta de que el término prácticas de orientación nos ayudan a potenciar lo que nos sucede en medio de acciones educativas desarrolladas en la rutina escolar, ya que tales producciones -contenidos de la cultura corporal del movimiento- partiendo de la escuela educación física, están marcadas por la singularidad de la realidad social en la que están inmersas, siendo afectadas, por tanto, por las particularidades de los practicantes (CERTEAU, 1994) que habitan este espacio-tiempo en detrimento de sus demandas, necesidades, intereses, que están determinados por demandas políticas, culturales, de género, sexualidad, raza, clase social, entre otras. Concretamente en los trabajos de Hartman (2014), Franca (2016), Bezerra (2018) y Silva (2019), encontramos indiscriminadamente los términos carrera de orientación, Orientación Deportiva o, aun así, deporte de Orientación y Orientación Deportiva, no permitiéndonos definir el término más utilizado por cada uno de los autores mencionados anteriormente. Sin embargo, la palabra que se repite en todas las terminologías es orientación. A partir de esto, vale la pena preguntarse: ¿Sería para ella, la Orientación, ¿ser el origen? Para Carmona (2013), durante muchos años, orientarse por el sol fue una técnica utilizada significativamente para muchas culturas. Siguiendo este camino, Pereira (2011) buscó en el ser humano la capacidad de orientar los elementos de la naturaleza -como el sol, las estrellas, las mareas- para tematizar los temas de enseñanza en su proceso pedagógico. El estudio fue presentado en el VI CBAA, y utilizó el arca de Noé como contrapunto. Así, este estudio estableció una relación directa con la Orientación, sin embargo, el diálogo se basó en la navegación, pues su centralidad estuvo en la problematización de una disciplina de Deportes Extremos en la Educación Superior con el fin de proponer la construcción de un implemento navegable. Así, la orientación, al emerger atrapada a la navegación, gana la singularidad y los contornos de otras formas de pensar(CERTEAU, 1994) esta práctica. Este esquema se basa en una lógica polinesia que rompe con la racionalidad occidental que se nos impone, como señala Pereira (2011, p. 98-99): La primera lección fue la atención en el acto de orientarse, que aprendieron desde la infancia los niños, que observaron el mar, los vientos, los animales,
image/svg+xmlCarrera de orientación, orientación deportiva, orientación: Un estudio de revisión RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1566-1587, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311582las estrellas y las olas, durante días, para que pudieran adquirir un segundo conocimiento, la percepción de los puntos de referencia de cada lugar, en cada momento. Era necesario en esta etapa distinguir las corrientes marinas en cada época del año, porque los animales se mueven en consecuencia y las personas deben saber esto para ubicarse y moverse a lugares seguros. La tercera lección involucraba la memoria de todo lo que se percibía, ya que no había mapas, brújulas, GPS y otros instrumentos, todo el aprendizaje debía almacenarse en la mente de los navegantes de esa región. Considerando lo anterior, destacamos que la obra antes mencionada aborda una perspectiva más fluida y plural, a diferencia de las revestidas por la uniformidad y el enlucido del carácter deportivo. Por otra parte, Pereira (2011) dialoga con la noción de prácticas de orientación, porque busca la construcción del conocimiento por otras lógicas, otros caminos, como se puede ver: Pensando en términos de graduación, puede ser un incentivo para el surgimiento de clases escolares de Educación Física que requieren que al estudiante le guste lo nuevo, para descubrir, para hacer y comprender lo que se hace. Partiendo de lo empírico en el sentido propuesto por la disciplina investigada es deshacerse de los métodos de enseñanza no libertarios, y proponer un método que tome autonomía para aprender y gustar lo aprendido (PEREIRA, 2011, p. 99, nuestro grifo). Así, al sugerir el uso de la noción de Prácticas de Orientación, lo hacemos para quienes buscan el desarrollo de acciones en las escuelas, ya que optamos por aportar elementos que nos ayuden a entenderla encerrada en una perspectiva plural. Enfatizamos que entendemos la noción como un elemento que no busca la precisión, exactitud del concepto o categoría, porque trabajamos con la idea de verdad, que es la producción de verdad desde un tiempo y espacio específicos, no guardando así signos de universalismo y/o conclusiones y verdades absolutas (MAFFESOLI, 1998). En este sentido, destacamos que la noción de Práctica, en este estudio, surge a partir de los supuestos teóricos de Mayol (1996), pues la concebimos como: [...] una combinación de elementos cotidianos más o menos coherentes, más o menos fluidos, de elementos cotidianos concretos(menú gastronómico) o ideológicos (religiosos, políticos) (religiosos, políticos), al mismo tiempo pasados por una tradición (de una familia, de un grupo social) y llevados a cabo día a día a través de comportamientos que traducen una visibilidad social fragmentos de este dispositivo cultural [...]. La práctica viene a ser lo decisivo para la identidad de un usuario ogrupo en la medida en que esta identidad le permite ocupar su lugar en la red de relaciones sociales inscritas en el entorno (MAYOL, 1996, p. 39-40, nuestro grifo).
image/svg+xmlFernanda Leocadio Bitencourt SOMBRA; Cassio MARTINS; Cassiane Leite NUNES y Marcelo Paraiso ALVESRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1566-1587, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311583Admitir la lógica antes mencionada muestra, por lo tanto, que, al trabajar con la noción de prácticacerteauniana, operamos desde la idea de que todos somos sujetos ordinarios que caminan por las "líneas de erre trazadas por jóvenes autistas" (CERTEAU, 1994, p. 45): subversivos, aleatorios, que no siguen la linealidad preestablecida. Por lo tanto, no somos consumidores pasivos, sino productores de una fabricación silenciosa, casi invisible, porque empleamos de una manera sutil, multiforme, reinventando de mil maneras todo lo que nos llega en la vida escolar cotidiana. A partir de esta concepción, tomamos como proposición el uso de la noción de Prácticas de Orientación, para que, quizás, contemple la multiplicidad de acciones que se informarán a continuación: Franca (2016) propuso en su estudio los límites y posibilidades de las prácticas de aventura en la escuela con un enfoque en la Educación Ambiental. El autor detectó algunas dificultades, tales como: materiales específicos, espacio, concepción de la dirección, orientación pedagógica técnica, profesores, estudiantes, riesgos e imprevisibilidad de las prácticas, tiempo de experiencia de las prácticas. A partir de esto, se propusieron sugerencias para superar las dificultades: los bricolajes "[...] la unión de diversos elementos culturales que dan lugar a algo nuevo" (CERTEAU, 1994). El artículo producido por Bezerra y Pereira (2012) abordó la noción de Prácticas de Orientación sugiriendo acciones pedagógicas para la Educación Básica con enfoque en la Educación Ambiental. En la experiencia relatada en el VII CBAA, Bezerra y Pereira (2012) narran la confección y el "[...] realización de experiencias prácticas que fueron pensadas de acuerdo con la realidad de la escuela y los espacios circundantes disponibles y seguros" (BEZERRA; PEREIRA, 2012, p. 149). Otro trabajo que abordó la noción defendida en el estudio Prácticas de Orientaciónfue el artículo de Franca (2016) que, a pesar de señalar numerosas dificultades en el desarrollo de esta práctica -falta de espacio, adquisición de equipos específicos, gestión de riesgos por la falta de conocimientos técnicos por parte de los docentes- partió del movimiento llevado a cabo por los sujetos ordinarios para implementar un programa de extensión al servicio de las escuelas de educación básica. En el estudio de Bezerra (2018), que tuvo como propuesta analizar el uso de El Deporte de la Guía como instrumento didáctico que permite el aprendizaje de la alfabetización cartográfica crítica, nos quedamos patentes en una acción didáctica que superó la mera lectura de mapas, en vista del movimiento realizado para comprender la realidad social:
image/svg+xmlCarrera de orientación, orientación deportiva, orientación: Un estudio de revisión RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1566-1587, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311584Al llegar al parque, el profesor de Educación Física les informó que la intención no era realizar el deporte de orientación para la competición, con el objetivo de ganar, sino aprender las características del lugar, observar, cuestionar lo que más les llamaba la atención y hacer la relación con los contenidos impartidos en el aula (BEZERRA, 2018, 95). Así, a partir de la experiencia desarrollada, Bezerra (2018) pide a los estudiantes que respondan un cuestionario y, a la vista de las respuestas, se da cuenta de que establecen conexiones con las desigualdades sociales, es decir, contextualiza el contenido yendo más allá de las preguntas procedimentales requeridas por la Orientación: brújula, mapas de lectura, entre otros procedimientos. Otra investigación que mostró signos de un movimiento contrario a la polideportiva surgió de la disertación de Silva (2019). El estudio se realizó en el Instituto Federal de Paraná, Campus Cascavel, en el Curso Técnico en Informática, integrado a la preparatoria, con 88 estudiantes de entre 14 y 17 años. La investigación se desarrolló a través de la investigación-acción, una experiencia que permitió la participación de los estudiantes, ya que, en cada etapa, "[...] interfirieron y, por lo tanto, contribuyeron al proceso, a través de la evaluación de prácticas y pasos previos, proponiendo y sugiriendo acciones para las siguientes prácticas" (SILVA, 2019, p. 57). Silva (2019) aclara que la secuencia pedagógica se desarrolló durante cinco clases y el proceso final tuvo lugar el sábado en el Parque Hilário Zardo, un espacio más allá del ambiente escolar. Posteriormente, se invitó a los alumnos a pensar en cómo sería posible que esa práctica se desarrollara dentro de la escuela,"[...] los estudiantes dieron su opinión sobre la experiencia de la clase anterior y cómo mejorar la práctica, para que se utilicen las instalaciones de la escuela" (SILVA, 2019, p. 97). Finalmente, nos gustaría destacar que la opción de trabajar con la noción de Prácticas de Orientación nos permite romper con las acciones específicas de dicha modalidad deportiva, permitiendo que profesores y estudiantes, que viven en las pluralidades de escuelas existentes en un país como Brasil, intervengan y recreen lasformas de utilizar las accioneseducativas enmarcadas a temas locales, satisfaciendo las demandas, necesidades y determinantes que afectan a los múltiples espacios.
image/svg+xmlFernanda Leocadio Bitencourt SOMBRA; Cassio MARTINS; Cassiane Leite NUNES y Marcelo Paraiso ALVESRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1566-1587, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311585Consideraciones finalesConsiderando que el objetivo del estudio fue investigar los conceptos que subyacen a las terminologías vinculadas a la práctica de la Orientación, se puede decir que: a) aunque varios autores optan por la nomenclatura de Orientación, por ser el término sugerido por la Confederación Brasileña de Orientación (CBO), las prácticas desarrolladas por ellos van más allá de las formas estandarizadas y universales propagadas por las instituciones deportivas; b) fue evidente la falta de preocupación al elegir una sola terminología, ya que varios estudios utilizan términos diferentes para informar al mismo cuerpo cultura de movimiento; c) Finalmente, se evidenció el poder de orientación como elemento educativo para la escuela, ya que los estudios presentaron en sus prácticas la preocupación de aportar experiencias, contribuyendo a la construcción del conocimiento. REFERENCIASBEZERRA, K. R. P. Alfabetização cartográfica a partir do esporte de orientação. Dissertação (Mestrado em Educação) Universidade Estadual do Mato Grosso, Campo Grande, MS, 2018. CAUPER, D. C. O ensino do esporte orientação na escola:possibilidades e limites de uma proposta à luz da metodologia crítico-superadora. 2018. 388 f. Dissertação (Mestrado em Ensino na Educação Básica) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2018. CERTEAU, M. de. A invenção do cotidiano. 1. Artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 1996. GINZBURG, C. Sinais: raízes de um paradigma indiciário. In: Mitos, Emblemas e Sinais. São Paulo: CIA das Letras, 1989. p. 143-275. HARTMAN, A. O Desporto Orientação como ferramenta para o ensino da Matemática. 2014. Dissertação (Mestrado em Educação) Universidade de Brasília, Brasília, 2014. LACERDA, M. P. de. Em práticas pedagógicas e investigativas... a surpresa. Revista Entreideias, Salvador, v. 4, n. 1, p. 7-22, jan./jun. 2015. Disponible en: https://periodicos.ufba.br/index.php/entreideias/article/view/8260. Acceso: feb. 2021. LARROSA, J. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação, n. 19, p. 20-28, jan./abr. 2002. Disponible en: https://www.scielo.br/j/rbedu/a/Ycc5QDzZKcYVspCNspZVDxC/?format=pdf&lang=pt. Acceso en: febrero. Año 2021. MAFFESOLI, M. A terra fértil do cotidiano. Revista FAMECOS:mídia, cultura e gtecnologia, Porto Alegre, v. 15, n. 36, p. 5-9, ago. 2008. Disponible en: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistafamecos/article/view/4409/3308. Acceso en: 15 maio 2021.
image/svg+xmlCarrera de orientación, orientación deportiva, orientación: Un estudio de revisión RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1566-1587, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311586PAIS, J. M. Vida cotidiana: enigmas e revelações. São Paulo: Editora Cortez, 2003. p. 272. SENNET, R. O Artífice.5. ed. São Paulo: Record, 2009. 362 p. SCHERMA, E. P. Corrida de orientação: uma proposta metodológica para o ensino da Geografia e da cartografia. 2010. Tese (Doutorado em Geociências e Ciências Exatas) Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2010. SILVA, A. M. da. Esporte orientação e formação de professores de Geografia: uma experiência com cartografia escolar. 2012. Tese (Doutorado em Geografia) Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2012. SILVA, F. H. Corrida de Orientação: estratégia pedagógica, para Educação Física na Educação Profissional e Tecnológica. 2019. Dissertação (Mestrado em Educação Profissional e Tecnológica) Instituto Federal do Paraná, Curitiba, 2019. SILVA, M. C. Aplicabilidade da Prática Corporal “Esporte de orientação” no espaço escolar.2020. Dissertação (Mestrado em Educação) Faculdade de Ciências e Tecnologia, Campus de Presidente Prudente, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, 2020. SOUSA, M. T.; SILVA, M. D.; CARVALHO, R. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Revista Einstein,v. 8, n. 1, p. 102-106, 2010. Disponible en: https://journal.einstein.br/pt-br/article/revisao-integrativa-o-que-e-e-como-fazer/. Acceso en: 12 mar. 2021. TAHARA, A. K.; CAGLIARI, M. S.; DARIDO, S. C. Celular, corrida de orientação, Educação Física Escolar: elaboração e avaliação de um material didático. Arquivos de Ciências do Esporte,Uberaba, v. 5, n. 1, p. 2-5, 2017. Disponible en: https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/aces/article/view/1983. Acceso en: 10 maio 2021. TEIXEIRA et al. Socialidade, Tribos Urbanas e o cotidiano dos(as) ciclistas de Volta Redonda. In:COLÓQUIO TÉCNICO-CIENTÍFICO DO UNIFOA, 8., 2019, Volta Redonda. Anais[...]. Volta Redonda: Centro Universitário de Volta Redonda FOA, 2019. UVINHA, R. R. Esportes radicais nas aulas de educação física do ensino fundamental. In: UVINHA, R. R.; MOREIRA, E. C. (org.). Educação Física escolar:desafios e propostas. Jundiaí, SP: Fontoura, 2004. p. 99-111.
image/svg+xmlFernanda Leocadio Bitencourt SOMBRA; Cassio MARTINS; Cassiane Leite NUNES y Marcelo Paraiso ALVESRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1566-1587, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311587Cómo hacer referencia a este artículoSOMBRA, F. L. B.; MARTINS, C.; NUNES, C. L.; ALVES, M. P. Carrera de orientación, orientación deportiva, orientación: Un estudio de revisión. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1566-1587, abr./jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.15331 Enviado en: 17/08/2021 Revisiones requeridas en: 21/11/2021 Aprobado en:08/03/2022 Publicado en:01/04/2022
image/svg+xmlOrientation race, sport orientation, orientation: A review studyRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1555-1575, Apr./June. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311555ORIENTATION RACE, SPORT ORIENTATION, ORIENTATION: A REVIEW STUDYCORRIDA DE ORIENTAÇÃO, ESPORTE ORIENTAÇÃO, ORIENTAÇÃO: UM ESTUDO DE REVISÃOCARRERA DE ORIENTACIÓN, ORIENTACIÓN DEPORTIVA, ORIENTACIÓN: UN ESTUDIO DE REVISIÓN Fernanda Leocadio Bitencourt SOMBRA1Cassio MARTINS2Cassiane Leite NUNES3Marcelo Paraiso ALVES4ABSTRACT: This article aims to investigate the notions or terminologies linked to Orienteering Race, Sporting Orienteering, and Orienteering, as well as their specificities and the way they are used. To achieve the objective of the research, we opted for the integrative review and, respectively, for data production we opted for the following foundation: CAPES Dissertations and thesis bank; SciELO; LILACS, and, lastly, CBAA annals, due to its national and international relevance in the scope of Adventure Activities. Considering the data found, it was possible to notice: a) despite the Confederation's indication for the use of the nomenclature, the practices exceed the standardization propagated by sports institutions; b) the absence of a matrix terminology became evident; c) finally, the power of Orienteering as an educational element for the school was evidenced in the studies. KEYWORDS: Orientation. School. basic education. RESUMO: O trabalho objetivou investigar as noções ou terminologias vinculadas à Corrida de Orientação, Esporte Orientação e Orientação, bem como as suas especificidades e o modo como são utilizadas. No intuito de atingir o objetivo da pesquisa, optamos pela revisão integrativa e, especificamente, para a produção de dados, optamos pelas seguintes bases: Banco de Teses e Dissertações da CAPES; SciELO; LILACS, e, por fim, os anais do CBAA, devido à sua relevância nacional e internacional no âmbito das Atividades de Aventura. Considerando os dados encontrados, foi possível perceber que: a) apesar de haver uma indicação da Confederação para o uso da nomenclatura, as práticas extrapolam a 1Volta Redonda University Center (UniFOA), Volta Redonda RJ Brazil. Master´s student (MECSMA). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7911-5921. E-mail: fernanda.leocadio@hotmail.com 2Volta Redonda University Center (UniFOA), Volta Redonda - RJ - Brazil. Professor. Professional Master's in Teaching in Health and Environmental Sciences. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1851-9268. E-mail: professorcassio@hotmail.com 3Volta Redonda University Center (UniFOA), Volta Redonda RJ Brazil. Undergraduate in Physical Education. ORCID: https://orcid.org/0003-3948-3970. E-mail: cassianeln2.0@gmail.com 3Volta Redonda University Center (UniFOA), Volta Redonda RJ Brazil. Professor 0000-0003-3948-3970. E-mail: cassianeln2.0@gmail.com 4Volta Redonda University Center (UniFOA), Volta Redonda RJ Brazil. Professor. Doctorate in Education.ORCID: https://orcid.org/0000-0002-6236-3224. E-mail: marceloparaiso@outlook.com
image/svg+xmlFernanda Leocadio Bitencourt SOMBRA; Cassio MARTINS; Cassiane Leite NUNES and Marcelo Paraiso ALVESRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1555-1575, Apr./June. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311556padronização propagada pelas instituições esportivas; b) ficou-nos evidente a ausência de uma terminologia matricial; c) por fim, tornou-se evidente nos estudos a potência da Orientação enquanto elemento educativo para a escola. PALAVRAS-CHAVE: Orientação. Escola. Educação Básica. RESUMEN: Este trabajo tuvo como objetivo investigar las nociones o terminologías vinculadas a la Carrera de Orientación, la Orientación Deportiva y la Orientación, así como sus especificidades y la forma en que se utilizan. Para alcanzar el objetivo de la investigación, optamos por la revisión integradora y, respectivamente, para la producción de datos optamos por las siguientes bases: Banco de Tesis y Disertaciones de la CAPES; SciELO; LILACS, y, finalmente, los anales del CBAA, por su relevancia nacional e internacional en el ámbito de las Actividades de Aventura. Considerando los datos encontrados, fue posible percibir que: a) a pesar de haber una indicación de la Confederación para el uso de la nomenclatura, las prácticas extrapolan la estandarización propagada por las instituciones deportivas; b) se nos hizo evidente la ausencia de una terminología matricial; c) finalmente, se evidenció en los estudios el poder de la Orientación como elemento educativo para la escuela.PALABRAS CLAVE: Orientación. Colegio. Educación básica. IntroductionThe interior of the "thinkable" is usually inhabited by some kind of heritage of ideological, pragmatic, and other kinds. Apparently, what can be thought is at rest, is something completed, full. Comfortable, I would say. However, according to what Certeau highlights, there are always possibilities to the overflow of the "thinkable" and the congruent emergence of another thinking (LACERDA, 2015, p. 2). Surprise is marked by unpredictability, by doubt, because it shakes the certainties, unravels convictions and outlines new routes. Thus, inspired by Certeau (2011), specifically in the ordinary subjects, we understand that we are consumers of the products that reach us, however, we do not act passively; on the contrary, we act from multiform operations subtly intervening in the dominant order. In this way, experiencing the extension project focused on Orientation5, developed by the Federal Institute of Rio de Janeiro (IFRJ) - Resende advanced campus, we have been surprised by the educational actions proposed by this extensionist practice. 5It is characterized by being an activity developed in forests, woods, trails, and fields, where participants use a detailed map and a compass to find points on the previously mapped terrain. The course is composed of a starting point, an ending point, and a series of numbered intermediate points (or CP - checkpoints), through which the participant will have to pass following the sequence determined on the map”(TAHARA; CAGLIARI; DARIDO, 2017, p. 3).
image/svg+xmlOrientation race, sport orientation, orientation: A review studyRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1555-1575, Apr./June. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311557Such surprise is due to the educational potential of this practice (SILVA, 2020) and its scarce diffusion in the region, because, by going beyond the limits of Resende campus, occupying other spaces in the city, schools were invited to extrapolate the institutional walls, in order to appropriate new knowledge in the scope of body culture of movement (CÂNDIDO et al., 2019). In this line of thought, and taking the aforementioned project as inspiration, we chose to confront the view that operates privileging the hegemony of court sports in Physical Education classes - Handball, Futsal, Basketball, Volleyball - (TAHARA; CAGLIARI; DARIDO, 2017), because we understand that this teaching process reduces the students' experiences to ball sports. Furthermore, we understand that there are challenges that have not yet been exhaustively debated, one of these issues emerges from the nomenclature of the mentioned body culture of movement, since it is called in multiple ways: Orienteering, Pedestrian Orienteering, Running Orienteering, Orienteering Sport, Orienteering Sport, to name a few. Thus, in the track of the mentioned objective, we intend to unveil (PAIS, 2003) - to remove the veil, in the sense of showing6, actions linked to these terms leading us to the following question: To what extent such propositions dialogue with the multiple experiences that materialize in everyday school? In this line of thought, it is important to emphasize that we understand experience not as something "that passes us by", but as something that happens to us and marks us (LARROSA, 2002, p. 21). Therefore, although the proposal of an experience may be unique for a given group, the experience is something that varies from individual to individual. In this regard, Lacerda (2015) defines experience as the encounter between what is already known and the meanings that emerge through new perceptions. Impossible to be experienced in the same way by a collective, but it can be socialized and known from multiple senses. In this sense, it is possible that an orienteering course is experienced in very different ways by the subjects, and it can fulfill expectations linked to the accomplishment of a sport in a competitive and/or leisure perspective, socialization, or even as a content to be taught at school by different disciplines to reach convergent or non-convergent goals. 6For Maffesoli (1998), the difference between demonstration and showing emerges entangled to the separation between thought and post-modernity. While in modernity the centrality is in the concern of proving something, therefore getting entangled in the conclusions of ideas and arguments, in post-modernity, the centrality is in the unveiling of plural thought: "[...] the world, its rhetoric, its doings are, essentially, plural, they do not lend themselves to a conclusion, but to an opening. [...] They must not, therefore, be the object of a demonstration, but of a showing". (MAFFESOLI, 1998, p. 114).
image/svg+xmlFernanda Leocadio Bitencourt SOMBRA; Cassio MARTINS; Cassiane Leite NUNES and Marcelo Paraiso ALVESRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1555-1575, Apr./June. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311558Methodological approach [...] the craft engages in work in and of itself; the satisfactions of work are of themselves a reward; the details of everyday work are linked in the mind of the worker to the final product; the worker can control his or her actions at work; skill develops in the process of work; work is linked to the freedom to experiment; finally, family, community, and politics are evaluated by the standards of inner satisfaction, coherence, and craft experimentation (SENNETT, 2009, p. 38). The Workshop and the craftsman: design and periodization As a craftsman, we traced a path that could achieve the objective of this study. Thus, we chose to build the project by hand from the integrative review, because this procedure allows the composition of data from published studies, allowing considerations about the modus operandiof a particular phenomenon, concept, notion, among others. We also emphasize that the integrative literature review (ILR) provides the problematization and identification of gaps in relation to the phenomenon under analysis, which, in this study, emerges from the notions of Orienteering, Orientation Sport, Orientation Sport, and Orientation Race. Regarding the integrative review, Sousa, Silva and Carvalho (2010) mention that it also allows updating the discussions related to a specific theme, because it operates from the synthesis of published studies. Thus, following the logic for the construction of the review proposed here, we went through six steps: (I) establishment of the guiding question; (II) interpretation of data from the databases; (III) creation of a database on a spreadsheet; (IV) analysis of the studies by inclusion and exclusion criteria; (V) presentation and discussion of results and (VI) synthesis of knowledge. In the first stage, the following question was delineated: what concepts base the terminologies Orientation Sport, Orientation Sport, Orientation Race, Orientation Sport, and Orientation? Regarding the data production, the following bases were used: Banco de Teses e Dissertações da CAPES, SciELO, LILACS, and, finally, the annals of CBAA, due to its national and international relevance in the Adventure field. In the second phase - production 7of data and the inclusion and exclusion criteria -, we emphasize the need for singularization of the research process in the manner of the artisan. For 7In this study, the notion that refers us to the use of the term - data production - emerges from the meaning given by Pais (2003, p. 69), when considering that investigating "comes from the Latin term vestigo, from which the
image/svg+xmlOrientation race, sport orientation, orientation: A review studyRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1555-1575, Apr./June. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311559Sennett (2009, p. 19), "[...] craftsmanship designates a basic and abiding human impulse, the desire for a well-made work for its own sake." This notion of "craftsmanship" is broader than a work derived from manual skills, as it "[...] concerns the computer program, the doctor, and the artist," in our case, the orienteers and teachers who use such body culture of movement. In view of the above, the singularity of the data production was due to the particular functioning of the CAPES portal, which required us to search with the descriptors separately and with the use of quotation marks: Orientation Sport, Orientation Sport, Orientation Race, Orientation Sport and Orientation. About the time frame, we decided to work from the period between the years 2001 and 2021, since the first study found in the referred platform emerged in 2001, justifying, therefore, the choice. Proceeding with the production of data, we emphasize that, in the SciELO and LILACS databases, the descriptors mentioned above were articulated to the area of Physical Education, and the Boolean operator and was used to optimize the obtaining of information, as suggested by Teixeira et al. (2019). Therefore, the constitution of the descriptors remained with the following configuration: Orientation Sport and Physical Education, Orientation Race and Physical Education, Orientation Sport and Physical Education, Orientation and Physical Education. Regarding the publications present in the CBAA annals, we searched the ten existing editions in the period between 2006 and 2018. We read all the complete papers, longer than 5 pages, which were articulated to the terminology Orientation. This choice was made due to the possibility of using the search tool, through Ctrl - F (Adobe Acrobat) for Windows. It is worth mentioning that the word searcher allowed us to find the term Orientation in all the papers published in the annals. Later, the complete papers were read and included as research data. Thus, considering the publications produced from the databases, we initially read the titles of the works in order to identify clues (GINZBURG, 1989) that adhered to the descriptors and to the research objective, therefore, that referred us to the phenomenon studied here: Orientation. Having identified the descriptors in the titles or in the key words, we started reading the abstracts to verify the adherence of the work seized in the databases with the scope of the investigation. Finally, the selected documents were read in their entirety. word vestige also derives. To investigate means, then, to go in the footsteps of traces. Vestiges that are indicative of scientific discoveries".”.
image/svg+xmlFernanda Leocadio Bitencourt SOMBRA; Cassio MARTINS; Cassiane Leite NUNES and Marcelo Paraiso ALVESRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1555-1575, Apr./June. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311560In order to create a database, we prepared a spreadsheet divided into four columns that had the purpose of presenting the following information: title of the publication; authors; research design; year of publication. Thus, the selection process of the studies was done via an indicative perspective (GINZBURG, 1989) in titles and abstracts, so that the works that met the inclusion criteria already mentioned went to the final process. At the end of the aforementioned process, the following were selected: no articles from SciELO; one work from LILACS; eight productions from CAPES (two theses and six dissertations); 12 complete articles from CBAA, composing a review with 21 papers. Orienteering, Orienteering Sports, Orienteering Sport, Orienteering: signs of the various routes traveled By Way of Data Presentation Considering that the phenomenon - Orientation - to be investigated in the study is constituted in a complex way, making it impossible to establish linear and deterministic relations, it became evident to us with the results that multiple routes were taken by the social actors. Thus, we delineate now some paths, probable meetings and bifurcations that permeated this path: initially, we will present the data referring to the CAPES Theses and Dissertations Database with the use of the following descriptors: Orienteering, Orientation Race, Orientation Sport and Base Orienteering Sport. The insertion of the terms occurred individually and between quotation marks. The time frame used was 2001 (period of the first publication) until January 2021. Therefore, when we inserted the term "Orienteering", we found 13 works; six of them were discarded because they dealt with the term Orienteering in another sense than the one approached in this study, for example, food orienteering, school orienteering, among others. Regarding the term "Orientation Race", we found a total of four works, and the dissertation by Murray (2001) was discarded because we did not have access to the full production; the work by Franca (2016) and Silva (2019) were already identified with the descriptor "Orientation", resulting in only one work. On the other hand, the descriptor "Orientation Sport" presented in its search five works, being two discarded for not dealing with the theme in question: Hirota (2006) and Chaves (2015) used the Sport Orientation questionnaire for task and sport motivation in soccer. Therefore, in both studies, the term "orientation" was employed in another sense.
image/svg+xmlOrientation race, sport orientation, orientation: A review studyRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1555-1575, Apr./June. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311561Both the works by Scherma (2010) and Bezerra (2018) have already been identified by means of the previous descriptors. And the dissertation by Valeriano (2011) was not found in its entirety. Finally, with the descriptor "Orientation Sports", we did not find any work in the CAPES database. Thus, a total of eight studies were selected, as shown in table 1. Table 1CAPES Database TitleAuthor(s)ResearchYear1 Orienteering Sports and the Education of Geography Teachers: an experience with school cartograph Arcênio Meneses da Silva Participatory research 2013 2 Orienteering Sports as a tool for teaching Mathematics' Adriana Hartmann Bibliographic research 2014 3 Adventure body practices in Physical Education classes: the pedagogical possibilities in the 5th grade of elementary school Dilvano Leder de Franca Bibliographic, Documentary, Participant Research 2016 4 Atenah's Memory: the trajectories of Brazilian women in adventure racing Fabiana Duarte e Silva Descriptive research 2018 5 The teaching of Orientation Sport in school: possibilities and limits of a proposal in the light of the critical-superior methodology Dayse Alisson Camara Cauper Participant search 2018 6 Cartographic Literacy through Orienteering Sport'. Kleiton Ramires Pires Bezerra Field research 2018 7Orientation Race: a pedagogical strategy for Physical Education in Professional and Technological Education Flávia Heloisa da Silva Case study 2019 8 Orientation race: a methodological proposal for teaching Geography and Cartography Elka Paccelli Scherma Action research 2010 Source: Prepared by the authors Regarding the data obtained in SciELO and LILACS, we emphasize that we had the opportunity to use the aforementioned descriptors (Orienteering, Orientation Running, Orientation Sport and Base Orienteering Sport) in quotes, together with the term Physical Education. We emphasize the use of the Boolean operator and thus optimizing the search. Thus, in SciELO, when we entered the terms Orienteering Sports and Physical Education, we found 27 results, but all of them were discarded. When we included the terms Orientation Running and Physical Education, we didn't get any results. The same happened when we used the term Orientation Sports. The search with the terms Orienteering and Physical Education found 75 results. After reading the title and the abstracts, only two works were chosen, because the 73 excluded works used the term Orientação in a different sense than the one recommended by the present study. However, when we read the papers further, we realized that the articles referred to tests of
image/svg+xmlFernanda Leocadio Bitencourt SOMBRA; Cassio MARTINS; Cassiane Leite NUNES and Marcelo Paraiso ALVESRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1555-1575, Apr./June. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311562procedural tactical knowledge and, therefore, were not useful for the necessary data collection. In this sense, the two papers were also excluded, as it was not possible to gather data from this descriptor. Regarding LILACS, when we used the term Orientation Sport and Physical Education, we found a total of nine papers, but only the article by Scopel et al. (2019) established a dialogue with our object of study. The search with the terms Orientation Race and Physical Education found five studies, which were discarded for not contemplating the research theme. Finally, with the term Orientation and Physical Education, 164 articles were found, and 163 were discarded, for not meeting the scope of the study, remaining only one selected study (SCOPEL et al., 2019). However, the referred material was already included in the study, for having already been selected in the search by the descriptor Orientation Sport. Regarding the CBAA, being this one of the significant congresses in the adventure area, we chose to investigate its ten editions. Such choice allowed us to work manually (SENNETT, 2009), because the annals of the event were in PDF format, allowing us to use Ctrl - F (Adobe Acrobat) for Windows. In our research, we detected that in the I, II, III editions there were no productions with this theme. In the IV issue, we did not find complete papers (minimum of five pages), only abstracts, which did not allow us to access details of the papers. In view of the above, we emphasize that from the V CBAA on, the following quantity was identified: four complete papers by Silva, Kippert and Merlo (2010). In the sixth edition we found a paper by Pereira (2011). In the VII edition, we found two articles by Pereira et al. (2012). We also registered two articles in the VIII CBAA, whose authors are Auricchio et al. (2014). In IX, we did not obtain any results and in the last congress we identified three articles authored by Silva et al. (2018) and Silva, Mourão and Bandeira (2018). One shall take a look the following table: Table 2List of data collected in the annals of the CBAA TitleAuthor(s)Type of researchYear1Adventure Physical Activity in nature at school in the city of Bonito, MS: A case study Melo, R.A.; Soares, I.C. Case Study 2010 2Adventure Sports: between urban and nature Santos, J.P.; Mendes, M.T.; Alves, M.A.F. Research 2010 3Sport in nature: contradictory fragments Pimentel, G.G. de A. Research 2010
image/svg+xmlOrientation race, sport orientation, orientation: A review studyRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1555-1575, Apr./June. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311563Source: Prepared by the authors Thus, finalizing the fifth phase - data presentation - we emphasize that the selection process of the studies was carried out by reading the titles and abstracts, so that only those that met the inclusion criteria mentioned above in the methodology went to the final selection. In the end, eight articles were selected from CAPES; 12 articles from CBAA, and one article from LILACS, which made it possible to compose a review process through 21 articles. Among the 21 articles found, 14 have the school as the space for discussion. In the CAPES Theses and Dissertations Bank, we found seven works about the school, facing a fragmented curriculum in disciplines it was observed that the practice under study (Orientation) was thematicized in the disciplines Physical Education (three works found), Geography (three works found) and Mathematics (one work). of an object under construction 4 Education through adventure? The opinion of educators participating in the Open Doors extension program Silva, A.; Kippert, G.C.; Merlo, J.A. Essay 2010 5Noah's Ark and Physical Education Pereira, D.W. Qualitative exploratory and descriptive research/field research 2011 6Adventure activity as a pedagogical practice for Physical Education classes Pereira, G.G.C; Bezerra, A.F.S. Qualitative/descriptive case study 2012 7Application of adventure activities in military high school: challenges and possibilities Júnior, O.C.R; Bezerra, A.F.S. Qualitative/action research 2012 8Training professionals in the city of Socorro-SP in adventure activities in leisure Auricchio, J.R. Qualitative/action research 2014 9Second Half Program: a proposal for the insertion of adventure activities Silva, E.R; Alves, F.B; Pimentel, G.G.A; Oliveira, A.A.B Field research 2014 10Memories of Atenah: Trajectories of Brazilian women in adventure racing Silva, F.D.; Mourão, L.N.; Bandeira, M.M. Action research 2018 11Adventure in School Physical Education at issue: dialogues about teacher training Nicácio, L.G.; Freitas, A.F.S.; Silva, M.T. Qualitative/personal narrative research 2018 12The real adventure: report of a mother who was an adventure race athlete in the World Championship round Silva, F.D.; Mourão, L.N.; Bandeira, M.M. Qualitative / narration 2018
image/svg+xmlFernanda Leocadio Bitencourt SOMBRA; Cassio MARTINS; Cassiane Leite NUNES and Marcelo Paraiso ALVESRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1555-1575, Apr./June. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311564Discussion of Results Considering the movement proposed in the introduction of the work, we let ourselves be surprised by the data through a comprehensive sociology - demonstration (MAFFESOLI, 1998) -, as opposed to the one that excels in demonstration and verification of the same, we chose to present the discussions from two themes that we consider central and that were indicatively revealed (GINZBURG, 1989): the first thematic, which is entangled to the aim of the study - to investigate the concepts that base the terminologies Running orienteering, Orienteering, Orienteering Sport and Orienteering Sport, which in the discussion are being conceived as a place of contradiction between what is said and what is practiced8; And the second, which emerges from the rupture with it, that is, which presents itself in a hybrid, fluid, multifaceted space, because it dives with all its senses into the singular reality of the space-time practiced (CERTEAU, 1994). Orientation Race, Orientention Sport, Orientention: Where is the Azimuth? What was evident, at first, were the works of Silva (2013) and Cauper (2018), in which the option for a certain term occurs, in this case, Orientation. The justification for this use emerges from the suggestion made by the Brazilian Orienteering Confederation (CBO), as set out below: To avoid misunderstandings, the Brazilian Orientation Confederation (CBO) established the use of the term Orienteering, starting with a capital letter, as being the most appropriate to name this sport in Portuguese (SILVA, 2013, p. 57, emphasis added by the author). ). Thus, we would like to bring up a clue (GINZBURG, 1989) that leads us to a direction: the use of the CBO as a reference and the denomination of sport for the mentioned corporal practice. Bringing these signs to the surface is because we realize that when working with the proposition of the confederation, Silva (2013) approaches the meaning of sport characterized by a concept that establishes relationships with the notions of competition, practice of physical activities, and health promotion. 8In this study, we will work with the Certeaunian idea that the ordinary subject is not only a passive consumer, but that, in several opportunities, reinvents what comes to him in order to meet his demands, desires and needs (CERTEAU, 1994), therefore, the ordinary subject, through his daily practices, gives new meaning to the products he consumes.
image/svg+xmlOrientation race, sport orientation, orientation: A review studyRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1555-1575, Apr./June. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311565We know, from Melo (2010, p. 45), that the "literature is not conclusive about the possibility of a history of the concept of sport," but there are trends or currents that seek to define it:A panoramic look allows us to identify two major trends regarding the theme: a) it is proposed that the sport manifestation already existed in antiquity, being perceptible in games that were practiced by Chinese, Egyptians, Greeks, Romans, among others; b) we seek to understand it as a modern phenomenon, which, despite presenting technical similarities with ancient cultural manifestations, has senses and meanings quite different from those"pre-sportive" games (MELO, 2010, p. 45, emphasis added). In this line of thought, and considering to be accompanied by the reference established by the confederation, institution that regulates and is responsible for the direction of national sports, we have the impression that we report to the model of competition sport, as announced in the work. However, in the context presented by Silva (2013), the modality is addressed as a didactic resource and entangled to the teaching of cartography in order to develop certain teaching objectives in the processes of teacher training within the Geography discipline. In this way, when we consider the multiplicity of meanings of the word "orientation", especially from a study whose object is cartography, we observe that only the use of the word Orientation in capital letters may not be enough to account for its meaning, and may generate some confusion. In this context, to avoid this kind of situation, we understand that the solution found by Silva (2013) was to add the word "sport", with lowercase, after the term Orientation: What Orientationsportbrings new and contributes to the development of the school Cartography universe is the fact that the participant, when he runs a course, lives a concrete experience, putting into practice the spatial notions, besides intensely resorting to the cartographic language through the use of a map and a compass (SILVA, 2013, p. 165, emphasis added). Besides, it is important to notice the use of the terminology Orientation Sport, used in the title and written in capital letters, not being evident to the reader if the intention was only to name the modality. However, in the body of the study, Silva (2013) evidences the option for the referred nomenclature - Orientation -, including the presentation of arguments, making us understand that this was his choice. Cauper's (2018) study, on the other hand, is presented from his experience as an orienteer and, simultaneously, as a Physical Education teacher in Basic Education, so that one of his concerns is the contextualization of Orientation within the body culture of movement, a
image/svg+xmlFernanda Leocadio Bitencourt SOMBRA; Cassio MARTINS; Cassiane Leite NUNES and Marcelo Paraiso ALVESRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1555-1575, Apr./June. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311566heritage to be democratized in the school in a critical way, therefore, he problematizes the propositions made by the Common National Curricular Base (BNCC). Thus, even though Cauper (2018) uses the term suggested by the Brazilian Orientation Confederation (CBO), an institution that operates in order to universalize and standardize the practice of Orientation, in the body of the dissertation it is possible to find signs of ruptures with the dominant logic: As if it were possible to have a practice that was not guided by a theory. In order to break with the dichotomies, the critical overcoming teaching methodology proposes work as an educational principle and assumes dealing with the human being from its totality, indicating the overcoming of fragmentation of the individual and of knowledge. It is about conscious action, the inseparability of theory and practice, represented by praxis (CAUPER, 2018, p. 47). The effort undertaken by Cauper (2018) made emerge a series of appropriations of Orientation, considering beyond the sport, amateur, and Olympic biases, the pedagogical in a critical perspective, the military training, and the treasure hunt game, among others. In the following paragraph, the author makes the following consideration about the term Orientation Race: Although it is very common the use of the term "Orientation Race", the BOD recommends that this term is not the most appropriate, considering that in this sport the practitioner can perform it walking, running or skiing, and the use of the word "Race" is restrictive, because it does not contemplate all the possibilities of practice of this sport. Therefore, in our text, we use the term Orientation, established by the CBO as the most appropriate to refer to this sport (SILVA, 2013, p. 57). This prevalence about the term Orientation Race was identified in the interpretations of the annals of CBAA, in which of the twelve works found, eleven advocated the use of the nomenclature Orientation Race, with exception only of the study of Santos, Mendes and Alves (2010), entitled "Adventure Sport: between the urban and the nature", which approaches the Orientation (walking or running) as a possibility of practice. It is worth mentioning that the authors mentioned above defend the sport within the social dimension, making evident its possibility of application at school. When making this approach, Santos, Mendes, and Alves (2010) bring a necessary reflection: would the term orienteering race be adequate to the school space? Since the practitioner can do it running, walking, using wheelchairs, bicycles. The term Orientation race or carrera de orientaciónarose due to a difficulty in the translation of the term Orientation in the Latin speaking countries. In English speaking
image/svg+xmlOrientation race, sport orientation, orientation: A review studyRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1555-1575, Apr./June. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311567countries, the term orientation refers to the sense of help, vocation, aid and, to refer to the modality under study, Orienteering is used. In the Portuguese language, we have a single word for both meanings, which causes confusion. For Pasini (2003), the word race was introduced in order to make the proper distinctions. Another work that uses the terminology Orientation emerges from the production of Silva (2018). The study investigates the sporting life of adventure race athletes, a sport in which there is a predominance of men, white, with high purchasing power. The work points out the need for the application of Orientation in school, as a privileged space to discuss gender issues, social and racial inequalities. The study by Silva (2018) also provokes us to reflect on the democratization of adventure practices in the school environment, breaking with the sports traditionally worked in Physical Education classes and thematizing fundamental issues in the formation of subjects, as mentioned above (gender, social and racial inequalities). In the work by Scopel, Pimentel, Starepravo (2018), found in the LILACS database, the authors identified two coalitions: the first, called multiple strands, understands Orienteering as a comprehensive phenomenon that concomitantly encompasses sport, tourism and leisure and proposes its insertion in school curricula: "[. ...] in all levels, the sport Orientation, as an activity capable of acting in the integral formation of children, youngsters, and adults, within a perspective of continued education" (SCOPEL; PIMENTEL; STAREPRAVO, 2018, p. 163). On the other hand, the second coalition, which is in force, understands Orienteering as an exclusively competitive sport phenomenon, and, also, has as a proposal its insertion Orienteering in the curriculum of Physical Education classes. However, it presents different goals: the promotion of the sport, conquering more adepts, and the performance in the formation of athletes. Thus, although the articles by Silva (2018) and Scopel, Pimentel, and Starepravo (2018) do not deal directly with the school theme, both present important elements regarding the school. The first proposes the experience of adventure practices in school with the intention of democratizing them by discussing gender and understanding it as a plural space. The second one signals the insertion of Orienteering in school in a competitive perspective encouraged by the CBO in search of performance in a process of exclusion and standardization of bodies. Would it be possible?
image/svg+xmlFernanda Leocadio Bitencourt SOMBRA; Cassio MARTINS; Cassiane Leite NUNES and Marcelo Paraiso ALVESRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1555-1575, Apr./June. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311568Orientation, Orientation Sport, Sport Orienteering: possible approaches to ordinary practices If initially we visualized studies that chose to conceptualize Orienteering from the CBO guidelines, in this topic we will privilege the works that did not have as centrality the concern with the use of nomenclature and with the guidelines of the mentioned confederation, because they presented different terminologies with the use of two or more terms to refer to the same body culture of movement: Orienteering. In Scherma's (2010) study, it was possible to find several expressions to refer to the practice under discussion: Orientation Race, which appears right in the title of the work; the term Orientation, used in the summary preceded by the word sport, appearing also in several parts of the text; another way to denominate the referred body culture of movement was through the term Orientation alone; the word sport was also used, however, Scherma (2010) mentions that, in this case, the meaning is the same as the word sport, being a translation from the European Portuguese to the Portuguese spoken in Brazil. At first glance, it seems to us that the perspective adopted by CBO (Orienteering) seems to be the most used by the authors, however, under a closer look, some clues are evident (GINZBURG, 1989) that reveal that the modality is requested as a strategy to achieve teaching objectives related to Cartography. And, in this context, the entanglement of terms used so far seems not to account for what is practiced in everyday school life. Given the above, we were referred to the thought of Ginzburg (1989, p. 177), in order to follow the clues to understand what is going on, because in several moments we were led to look at it as if it were a vanishing point: "reality is opaque, there are privileged areas - signs, indications - that allow us to decipher it". On the other hand, a combination used by Scherma (2010) called our attention, for when determining the research objective, she mentioned she would "reflect on the use of Orientation practices as an alternative to promote cartographic reading" (SCHERMA, 2010, p. 20, our emphasis). Thus, we must emphasize that, despite looking for the term "orienteering practices" (SCHERMA, 2010) as an indication (GINZBURG, 1989) of rupture with it, that is, with the actions that are close to the sportivist perspective advocated by the BOD, we emphasize that Scherma (2010) does not define what would be the orienteering practices. Such indefinition is not unusual, because Lazarotti Filho et al. (2010), when investigating the use of the term - body practices - from a review study, considered that from
image/svg+xmlOrientation race, sport orientation, orientation: A review studyRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1555-1575, Apr./June. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311569"260 articles analyzed, [...] the vast majority does not explain the understanding of body practices and only 8% do" (LAZAROTTI FILHO et al., 2010, p. 18). Likewise, Lazarotti Filho et al. (2010, p. 24) draw our attention to the fact that the term appears, for the most part, referring to multiple expressions related to various forms of action: "[...] bodily activity or cultural manifestations, such as: motor activities, leisure activities, gymnastics, sports, the arts, recreation, exercises, diets, cosmetic surgeries, dance, games, fights, capoeira and circus. The authors Lazarotti Filho et al. (2010), at the end of their study, present as one of their considerations, the potentiality of using the term body practices to refer to a common fact of reality: We identified in the texts analyzed that the term "body practices" already has the potential to be structured as a concept,requiring, however, greater stability and a certain level of consensus among the academic community(LAZAROTTI FILHO et al., 2010, p. 25, our emphasis). Thus, we notice that the term practices of orientation helps us to enhance what happens to us in the midst of educational actions developed in the school everyday life, since such productions - contents of the body culture of movement -, coming from school Physical Education, are marked by the singularity of the social reality in which they are immersed, being affected, therefore, by the particularities of the practitioners (CERTEAU, 1994) who inhabit this school space-time in detriment of their demands, needs, interests, which are determined by political, cultural, gender, sexuality, race, social class issues, among other demands. Specifically in the works by Hartman (2014), Franca (2016), Bezerra (2018), and Silva (2019), we indiscriminately find the terms orienteering race, orienteering sport, or even orienteering sport and orienteering sport, not allowing us to define the term most used by each of the aforementioned authors. However, the word that is repeated in all terminologies is Orienteering. Based on that, we can ask: Could it be because it, Orienteering, is the origin? For Carmona (2013), for many years, to orient oneself by the sun was a technique used in a significant way for many cultures. Following this path, Pereira (2011) sought in the human ability to orient himself by the elements of nature - such as the sun, the stars, the tides - to thematize the teaching issues in his pedagogical process. The study was presented at the VI CBAA, and used Noah's Ark as a counterpoint. Thus, the referred study established a direct relation with Orientation, however, the dialog was performed from the navigation, because its centrality was in the problematization of
image/svg+xmlFernanda Leocadio Bitencourt SOMBRA; Cassio MARTINS; Cassiane Leite NUNES and Marcelo Paraiso ALVESRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1555-1575, Apr./June. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311570a discipline of Extreme Sports in Higher Education in order to propose the construction of a navigable implement. In this way, orientation, as it emerges entangled with navigation, gains the singularity and contours of other ways of thinking-doing (CERTEAU, 1994) the mentioned practice. Such contour is covered by the Polynesian logic that breaks with the Western rationality that was imposed on us, as Pereira (2011, p. 98-99) points out: The first lesson was attention in the act of orienting oneself, which was learned from childhood by the children, who would observe the sea, the winds, the animals, the stars, and the waves for days, so that they could acquire a second knowledge, the perception of the reference points of each place, at each moment. It was necessary at this stage to distinguish the sea currents at each time of the year, because the animals move according to this, and people should know this in order to locate themselves and head for safe points. The third lesson involved remembering everything that was perceived, as there were no maps, compasses, GPS and other instruments, all learning had to be kept in the minds of the navigators of that region. Considering the above, we emphasize that the aforementioned work approaches a more fluid, plural perspective, unlike those coated by the uniformity and plastering of the sportive character. Furthermore, Pereira (2011) dialogues with the notion of orienteering practices, because he seeks the construction of knowledge through other logics, other ways, as one can see: Thinking in terms of graduation, it can be an incentive for the emergence of school Physical Education classes that require from the student the taste for the new, for the discovery, for doing and understanding what is done. Starting from the empirical in the sense as proposed by the researched subject is to get rid of unlibertarian methods of teaching, and propose a method that leads to autonomy to learn and enjoy what is learned(PEREIRA, 2011, p. 99, our emphasis). Thus, when suggesting the use of the notion of Orientation Practices, we do it for those who seek the development of actions in schools, since we chose to bring elements that help us understand it entangled in a plural perspective. We emphasize that we understand the notion as an element that does not seek precision, the exactness of the concept or category, because we work with the idea of veracity, which is the production of truth from a specific time and space, therefore not safeguarding signs of universalism and/or conclusions and absolute truths (MAFFESOLI, 1998). In this sense, we emphasize that the notion of Practice, in this study, emerges founded on the theoretical assumptions of Mayol (1996), because we conceive it as a:
image/svg+xmlOrientation race, sport orientation, orientation: A review studyRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1555-1575, Apr./June. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311571[...] more or less coherent combination, more or less fluid, of concrete daily elements (gastronomic menu) or ideological (religious, political), at the same time passed by a tradition (of a family, a social group) and performed day by day through the behaviors that translate a social visibility fragments of this cultural device [...]. Practical comes to be that which is decisive for the identity of a user or a group to the extent that this identity allows it to take its place in the network of social relations inscribed in the environment (MAYOL, 1996, p. 39-40, our emphasis). Admitting the logic mentioned above shows, therefore, that when we work with the notion of Certeaunian practice, we operate from the idea that we are all ordinary subjects who walk the "lines of erre drawn by autistic youngsters" (CERTEAU, 1994, p. 45): subversive, random, that do not follow the pre-established, the linearity. Therefore, we are not passive consumers, but producers of a silent, almost invisible fabrication, because we employ in a subtle and multiform way, reinventing in a thousand ways everything that comes to us in our daily school life. Based on this conception, we take as a proposition the use of the notion of Orientation Practices, so that, perhaps, it contemplates the multiplicity of actions that will be reported below: Franca (2016) proposed in his study the limits and possibilities of adventure practices in school with a focus on Environmental Education. The author detected some difficulties, such as: specific materials, space, conception of the direction, of the technical pedagogical orientation, teachers, students, risks and unpredictability of the practices, time of experience of the practices. From this, suggestions were proposed to overcome the difficulties: the bricolage "[...] the union of several cultural elements that result in something new" (CERTEAU, 1994). The article produced by Bezerra and Pereira (2012) approached the notion of Orientation Practices when suggesting pedagogical actions for Basic Education with a focus on Environmental Education. In the experience reported in VII CBAA, Bezerra and Pereira (2012) narrate the making and the "[...] realization of practical experiences that were thought according to the reality of the school and the surrounding spaces available and safe" (BEZERRA; PEREIRA, 2012, p. 149). Another work that came close to the notion defended in the study - Orientation Practices - was the article by Franca (2016) that, despite pointing out countless difficulties in the development of that practice - lack of space, acquisition of specific equipment, risk management due to the lack of technical knowledge on the part of teachers -, started from the movement made by ordinary subjects to implement an extension program to attend Basic Education schools.
image/svg+xmlFernanda Leocadio Bitencourt SOMBRA; Cassio MARTINS; Cassiane Leite NUNES and Marcelo Paraiso ALVESRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1555-1575, Apr./June. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311572In the study by Bezerra (2018), which had the proposition of analyzing the use of Orienteering Sport as a didactic tool enabling the learning of critical cartographic literacy, it was evident to us a didactic action that went beyond the mere reading of maps, in view of the movement made towards the understanding of social reality: When they arrived at the park the Physical Education teacher informed them that the intention was not to perform the orienteering sport for competition, aiming to win, but to learn the characteristics of the place, observe, question what most caught their attention and make the relationship with the contents taught in class (BEZERRA, 2018, p. 95). Thus, from the experience developed, Bezerra (2018) asks students to answer a questionnaire and, in view of the answers, he realizes that they establish connections with social inequalities, that is, he contextualizes the content going beyond the procedural issues required by Orientation: compass, map reading, among other procedures. Another research that showed signs of a movement contrary to the sportivist logic emerged from the dissertation by Silva (2019). The study was developed at the Federal Institute of Paraná, Cascavel Campus, in the Technical Course in Computing, integrated to High School, with 88 students aged between 14 and 17 years. The research was developed through action research, an experience that allowed the participation of the students, since at each stage, "[...] they interfered and, consequently, contributed to the process, through the evaluation of the practices and the previous stages, proposing and suggesting actions for the following practices" (SILVA, 2019, p. 57). Silva (2019) clarifies that the pedagogical sequence was developed during five classes and the final process occurred on Saturday at Hilário Zardo Park, a space beyond the school environment. Afterwards, the students were invited to think about how it would be possible to develop that practice inside the school, "[...] the students gave their opinion about the experience of the previous class and how to improve the practice, so that the school facilities could be used" (SILVA, 2019, p. 97). To conclude, we would like to emphasize that the option of working with the notion of Orientation Practices allows us to break with the specific actions of that sport modality, enabling teachers and students, who live in the plurality of schools existing in a country like Brazil, to intervene and recreate the ways of using and doing the educational actions entangled to local themes, meeting the demands, needs, and determinants that affect the multiple spaces.
image/svg+xmlOrientation race, sport orientation, orientation: A review studyRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1555-1575, Apr./June. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311573Final remarksConsidering that the aim of the study was to investigate the concepts that support the terminologies related to the practice of Orienteering, it can be said that: (a) in spite of several authors opting for the nomenclature Orientation, because it is the term suggested by the Brazilian Orientation Confederation (CBO), the practices developed by them extrapolate the standardized and universal forms propagated by sport institutions; b) the lack of preoccupation in opting for a single terminology was evident, since several studies use different terms to refer to the same body culture of movement; c) finally, the power of Orienteering as an educational element for the school was evident, since the studies presented in their practices the preoccupation in providing experiences, contributing to the construction of knowledge. REFERENCESBEZERRA, K. R. P. Alfabetização cartográfica a partir do esporte de orientação. Dissertação (Mestrado em Educação) Universidade Estadual do Mato Grosso, Campo Grande, MS, 2018. CAUPER, D. C. O ensino do esporte orientação na escola:possibilidades e limites de uma proposta à luz da metodologia crítico-superadora. 2018. 388 f. Dissertação (Mestrado em Ensino na Educação Básica) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2018. CERTEAU, M. de. A invenção do cotidiano. 1. Artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 1996. GINZBURG, C. Sinais: raízes de um paradigma indiciário. In: Mitos, Emblemas e Sinais. São Paulo: CIA das Letras, 1989. p. 143-275. HARTMAN, A. O Desporto Orientação como ferramenta para o ensino da Matemática. 2014. Dissertação (Mestrado em Educação) Universidade de Brasília, Brasília, 2014. LACERDA, M. P. de. Em práticas pedagógicas e investigativas... a surpresa. Revista Entreideias, Salvador, v. 4, n. 1, p. 7-22, jan./jun. 2015. Available at: https://periodicos.ufba.br/index.php/entreideias/article/view/8260. Accessed in: Feb. 2021. LARROSA, J. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação, n. 19, p. 20-28, jan./abr. 2002. Available at: https://www.scielo.br/j/rbedu/a/Ycc5QDzZKcYVspCNspZVDxC/?format=pdf&lang=pt. Accessed in: Feb. 2021. MAFFESOLI, M. A terra fértil do cotidiano. Revista FAMECOS:mídia, cultura e gtecnologia, Porto Alegre, v. 15, n. 36, p. 5-9, ago. 2008. Available at: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistafamecos/article/view/4409/3308. Accessed on: 15 May 2021. PAIS, J. M. Vida cotidiana: enigmas e revelações. São Paulo: Editora Cortez, 2003. p. 272.
image/svg+xmlFernanda Leocadio Bitencourt SOMBRA; Cassio MARTINS; Cassiane Leite NUNES and Marcelo Paraiso ALVESRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1555-1575, Apr./June. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311574SENNET, R. O Artífice.5. ed. São Paulo: Record, 2009. 362 p. SCHERMA, E. P. Corrida de orientação: uma proposta metodológica para o ensino da Geografia e da cartografia. 2010. Tese (Doutorado em Geociências e Ciências Exatas) Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2010. SILVA, A. M. da. Esporte orientação e formação de professores de Geografia: uma experiência com cartografia escolar. 2012. Tese (Doutorado em Geografia) Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2012. SILVA, F. H. Corrida de Orientação: estratégia pedagógica, para Educação Física na Educação Profissional e Tecnológica. 2019. Dissertação (Mestrado em Educação Profissional e Tecnológica) Instituto Federal do Paraná, Curitiba, 2019. SILVA, M. C. Aplicabilidade da Prática Corporal “Esporte de orientação” no espaço escolar.2020. Dissertação (Mestrado em Educação) Faculdade de Ciências e Tecnologia, Campus de Presidente Prudente, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, 2020. SOUSA, M. T.; SILVA, M. D.; CARVALHO, R. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Revista Einstein,v. 8, n. 1, p. 102-106, 2010. Available at: https://journal.einstein.br/pt-br/article/revisao-integrativa-o-que-e-e-como-fazer/. Accessed on: 12 Mar. 2021. TAHARA, A. K.; CAGLIARI, M. S.; DARIDO, S. C. Celular, corrida de orientação, Educação Física Escolar: elaboração e avaliação de um material didático. Arquivos de Ciências do Esporte,Uberaba, v. 5, n. 1, p. 2-5, 2017. Available at: https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/aces/article/view/1983. Accessed on: 10 May 2021. TEIXEIRA et al. Socialidade, Tribos Urbanas e o cotidiano dos(as) ciclistas de Volta Redonda. In:COLÓQUIO TÉCNICO-CIENTÍFICO DO UNIFOA, 8., 2019, Volta Redonda. Anais[...]. Volta Redonda: Centro Universitário de Volta Redonda FOA, 2019. UVINHA, R. R. Esportes radicais nas aulas de educação física do ensino fundamental. In: UVINHA, R. R.; MOREIRA, E. C. (org.). Educação Física escolar:desafios e propostas. Jundiaí, SP: Fontoura, 2004. p. 99-111.
image/svg+xmlOrientation race, sport orientation, orientation: A review studyRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1555-1575, Apr./June. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.153311575How to reference this articleSOMBRA, F. L. B.; MARTINS, C.; NUNES, C. L.; ALVES, M. P. Orientation race, sport orientation, orientation: A review study. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 2, p. 1555-1575, Apr./June. 2022. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i2.15331 Submitted: 17/08/2021 Revisions required: 21/11/2021 Approved: 08/03/2022 Published: 01/04/2022 Management of translations and versions: Editora Ibero-Americana de Educação Translator: Thiago Faquim Bittencourt Translation reviewer: Alexander Vinícius Leite da Silva