INTERDISCIPLINARIDADE NO ÂMBITO DO ENSINO SUPERIOR: DA GRADUAÇÃO À PÓS-GRADUAÇÃO


LA INTERDISCIPLINARIEDAD EN LA ENSEÑANZA SUPERIOR: DEL GRADO AL POSTGRADO


INTERDISCIPLINARITY IN HIGHER EDUCATION: FROM UNDERGRADUATE TO GRADUATE


Antônio Pereira JÚNIOR1 Carlos José Capela BISPO2 Altem Nascimento PONTES3


RESUMO: A interdisciplinaridade tende a apresentar contextos acadêmicos de pesquisa e produção científica com mais acurácia. O objetivo desse trabalho foi analisar a aplicação dela no ensino superior, desde a graduação até a pós-graduação. Para obter resposta ao questionamento norteador do trabalho, fez-se, em primeiro plano, uma busca sobre a gênese e o conceito da palavra em tela. Em seguida, verificou-se o contexto histórico da evolução em empregabilidade dela, nas instituições de ensino superior, no exterior e no Brasil. Após análise desses aspectos, verificou-se que ainda há barreiras que impedem a aplicação da interdisciplinaridade no contexto do curso superior, pois os conceitos descritos carecem de maiores discussões no âmbito docente e discente.


PALAVRAS-CHAVE: Ensino superior. Interdisciplinaridade. Integração de saberes.


RESUMEN: La interdisciplinariedad tiende a presentar los contextos académicos de la investigación y la producción científica con mayor precisión. El objetivo de este trabajo fue analizar su aplicación en la educación superior, desde el pregrado hasta el postgrado. Para obtener una respuesta a la pregunta guía de este trabajo, el primer paso fue buscar la génesis y el concepto de la palabra en cuestión. Luego, se verificó el contexto histórico de la evolución en las instituciones de educación superior, en el extranjero y en Brasil. Tras el análisis de estos aspectos, se constató que aún existen barreras que impiden la aplicación de la interdisciplinariedad en el contexto del curso de educación superior, ya que los conceptos descritos carecen de mayor discusión en el seno del profesorado y del alumnado.


PALABRAS-CLAVE: Educación superior. Interdisciplinariedad. Integración de conocimientos.


1 Universidade do Estado do Pará (UEPA), Belém, PA – Brasil. Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da UEPA. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6241-985X. E-mail: antonio.junior@uepa.br

2 Universidade do Estado do Pará (UEPA), Belém, PA – Brasil. Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da UEPA. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-2399-3140.E-mail: capela@uepa.br

3 Universidade do Estado do Pará (UEPA), Belém, PA – Brasil. Docente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da UEPA. Doutorado em Física pela Universidade Estadual de Campinas. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9001-4603. E-mail: altempontes@uepa.br




ABSTRACT: Interdisciplinarity tends to present academic contexts of research and scientific production more accurately. The objective of this work was to analyze its application in higher education, from undergraduate to postgraduate. To answer the guiding question of this work, we first searched for the genesis and the concept of the word in question. Then, the historical context of its evolution in employability was verified in higher education institutions abroad and Brazil. After analyzing it was verified that there are still barriers that hinder the application of interdisciplinarity in the context of the higher education course because the concepts described lack more excellent discussions within the faculty and students.


KEYWORDS: Higher education. Interdisciplinarity. Integration of knowledge.


Introdução


A gênese do termo interdisciplinaridade, de acordo com o exposto por Oliveira e Moreira (2017) e Melo (2015), tem raízes na Idade Média, quando estudiosos da época perceberam que as disciplinas ou ramos de conhecimentos diferentes possuíam algo comum com duas ou mais disciplinas distintas, ou eram capazes de estabelecer relações entre si como, por exemplo, o Trivium, que abrangia Gramática, retórica e dialética, ou ainda, Quadrivium, que abarcava geometria, aritmética, música e astronomia. Para Olga Pombo (2008), o termo interdisciplinaridade é um complemento a outro: disciplina. Isso, se os olhares convergirem para uma cooperação entre as disciplinas. Essa convergência e cooperação deve ser adotada tanto em cursos de graduação, como de pós graduação, tanto no sentido Lato senso quanto Strictu senso.

Quanto ao conceito, Ivani Fazenda (1999), afirma que não há definição específica porque a interdisciplinaridade associa conhecimento, compreensão e aprendizado. Por isso é necessário que haja em cada aprendiz, um autoconhecimento e que ele possa ser compartilhado com terceiros. Para outros pesquisadores pioneiros como Hilton Ferreira Japiassu (1934-2015), na obra intitulada “Interdisciplinaridade e patologia do saber” publicada em 1976, ele escreveu que não há conceituação adequada para a interdisciplinaridade. Já para Ivani Fazenda (2008), ao se conceituar a interdisciplinaridade, deve-se primeiro observar o uso dessa ação, e cita um exemplo: na formação de professores. Nesse caso, ela define que há uma interatividade entre determinadas disciplinas que podem ser duas ou mais.

Sobre o contexto histórico da aplicação da interdisciplinaridade no processo educacional, Dántino e Seabra (2020), Karppinen, Kallumki e Komulainen (2019) e Andrade (2016), relataram que o uso desse termo, ocorreu, pela primeira vez, em 1930, por Louis




Wirtz (1918-2009), sociólogo alemão, para expressar o se pode fazer a partir da cooperação entre várias disciplinas. Na mesma década, Nery (2021) e Suzano Junior (2019), identificaram a ocorrência do movimento historiográfico e conceitual da dicotomia “história-problema” associado a fundação da “Escuela de los Annales” na França, por Lucien Febvre (1878-1956) e Marc Bloch (1886-1944), esse fato permitiu a produção de várias formas e intenções de escritas científicas, além de inúmeras produções acadêmicas e as trocas de saberes foram eficazes.

Na década de 1960, George Gusdorf (1912-2000) apresentou junto à Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), um projeto com abordagem interdisciplinar na área das Ciências Humanas, pois na visão dele, isso permitiria uma maior profundidade na relação ensino-aprendizagem. De acordo com França, André et al. (2021) e Baptista (2016), isso provocou uma expansão dessa abordagem, e chegou à América do Norte, nos Estados Unidos, e lá, de acordo Sá (2008), a primeira aplicação da abordagem interdisciplinar ocorreu a partir da reforma universitária proposta em 1996, adotada pela Rockefeller University; na América Central, segundo ao que é afirmado por Garcia e Oca (2017), em 2006, o Instituto Superior Pedagógico de Cuba, cria as diretrizes educacionais referentes a interdisciplinaridade.

No ano de 1973, de acordo com o escrito por Pereira e Nascimento (2016), Jean Piaget (1896-1980) argumentou, na obra intitulada “Problemas gerais da investigação interdisciplinar e mecanismos comuns”, a respeito da necessidade de se arranjar as disciplinas para que fosse evitada a fragmentação do conhecimento, e que se implantasse a reciprocidade entre os setores heterogêneos. Assim, essa linha de pensamento entraria em consonância com o exposto por René Descartes (1596-1650) quanto a não separação das ciências, ou seja, o conhecimento científico, nesse sentido Okamura (2019) e Vilela (2019), que complementam acerca da necessidade de se aplicar isso a realidade do aprendiz tanto na graduação quanto na pós-graduação.

Na Colômbia, segundo ao que foi constatado por Castro (2017) e por Mousinho (2018), essa ação interdisciplinar já está em uso e em discussão a ampliação desse tipo de investigação científica, na Vicerrectoría Académica de la Universidade Autónoma de Ocidente. Por último, desde 2009 no Uruguai, a Universidad de la República, já tinha gerado novos núcleos de estudo que apresentavam a abordagem interdisciplinar que identificaram a tríade universitária: o ensino, a pesquisa e a extensão. No Brasil, Vasen e Vienni (2017), identificaram que em 2007, no Brasil, a interdisciplinaridade no currículo das graduações




ocorreu através da proposta da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e, atualmente, já foi adotada pela Universidade Federal do ABC.

Nesse país, Dántino e Seabra (2020) e Santos et al. (2017), relataram que, desde 1999, há um crescimento exacerbado dos números de cursos de graduação e de pós graduação. Eles afirmaram isso após analisarem dados de criação de cursos nesses dois níveis de ensino, e identificaram um total de 46 cursos de licenciaturas, mestrados e doutorados nesse ano. Para acompanhar o processo de aplicação da interdisciplinaridade crescente no território brasileiro, Pereira e Nascimento (2016), escreveram que a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), em 2008, trocou o eixo multidisciplinar pelo interdisciplinar. Esse fato, incrementou ainda mais a expansão das instituições de ensino superior, pois, a partir da realização do censo da educação superior realizado em 2019, ficou constatado que havia 2.608 instituições de educação superior divididos em: 2.076 faculdades; 249 centros universitários; 198 universidades; 40 institutos federais de educação e centros federais de educação tecnológica (MEC, 2020).

Nesse mesmo ano, a CAPES (2019) reconheceu a importância da interdisciplinaridade para o nível de Stricto sensu. Uma vez que a área interdisciplinar já abrigava 484 cursos de pós-graduação (255, mestrado; 133, doutorados; 94, mestrados profissionais; 06, doutorado profissional). Satolo et al. (2019) explicam esse volume de cursos levou a criação da Câmara Temática I, Meio Ambiente & Agrárias nos quais os documentos seguem as orientações curriculares da agências reguladoras internacionais, como a UNESCO, por exemplo.

Apesar de todos esses fatos, a interdisciplinaridade ainda não se expandiu para todos os cursos de graduação e pós-graduação no território nacional. Para confirmar tal fato, basta acessar os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), as dissertações e Teses para se verificar que ainda não há uma unanimidade. Para que haja essa unanimidade, é necessário que se rompam barreiras existentes nos cursos de graduação e de pós graduação, especialmente aquelas onde o “isolamento do conteúdo disciplinar” ainda é visível, além da individualidade de cada docente com relação a não mudança no conteúdo de monodisciplinar para interdisciplinar.

Acerca dessas barreiras, Bammer et al. (2017), Keynejad, Yapa e Ganguli (2021) fazem a seguinte pergunta: é possível, no ensino superior vencer barreiras como, por exemplo, a aptidão e adesão dos docentes à prática da interdisciplinaridade nesse grau de ensino? Se isso ainda não está ocorrendo de forma expansiva nas IES no Brasil, então é necessário que se aperfeiçoe a formação interdisciplinar dos educadores, expondo a eles como confrontar o posição do ser humano e o mundo que o cerca seja no sentido ético, político e social.

RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 1, p. 0751-0767, mar. 2022. e-ISSN: 1982-5587



Além disso, outras barreiras à interdisciplinaridade foram identificadas por Herberlein (1988), especialmente entre as Ciências Sociais e as Naturais que, para ele, são em número de cinco: 1) A primeira desenvolveu-se menos que a segunda; 2) Isso é perceptível e discutidas pelos cientista sociais e aqueles das ciências naturais; 3) as fraquezas das ciências sociais são reais e dificultam a pesquisa interdisciplinar; 4) falta de uma estrutura disciplinar; e por último, 5) Questões de controle e poder porque a ciência não se faz por vontade própria.

Uma das formas de romper essa barreiras, é com a aplicação da Aprendizagem baseada em problema (Problem Based Learning, PBL). Segundo Duch et al. (2001), a PBL é um método de ensino que emprega a complexidade do cotidiano dos acadêmicos com a finalidade de que incrementar o aprendizado sobre um determinado assunto, para que haja desenvolvimento quanto a capacidade do pensamento crítico, bem como encontrar soluções plausíveis para o problema e assim comunicar aos interessados de forma eficaz.

Sobre o uso da PBL, Medeiros, Dias e Therrien (2021) e Saúl e Munenchen (2020), sintetizaram que a partir da condução de aulas em que o método PBL seja frequente como na Educação do Campo, o contexto interdisciplinar será efetuado abarcando a agricultura com ecologia (agroecologia) e a conservação dos recursos naturais, como o uso correto do solo (sustentabilidade), ou ainda, sustentabilidade e territórios. De tal modo que o raio de aplicabilidade dela não é limitado, entretanto não se pode permitir que outras disciplinas percam o contexto científico, mas que “somem” os saberes à uma boa formação do aprendiz e para que no futuro se torne um profissional de visão ampla. Especialmente nos estudos do meio ambiente e os impactos antrópicos, como, por exemplo, o desflorestamento e a construção de rodovias; a permeabilidade do solo e a baixa taxa de infiltração da água pluvial, pois, todos esses estudos têm como base “o problema” (os impactos antrópicos), e o aprendizado gerado deve ser a partir dele e da situação que ele causa (Ex.: aquecimento global). Isso configura o fundamento da PBL.

Outra barreira que gera um novo questionamento: qual seria a melhor maneira para se incentivar uma experiência interdisciplinar para quem está em início de carreira acadêmica? A resposta está na sugestão efetuada por MacLeod (2018), Tripp e Shortlidge (2019), pensar em uma reelaboração de planos políticos pedagógicos (PPP’s), cujo objetivo seja a obtenção de um processo investigativo nos limites: cognitivos, metodológicos e os conceituais e a integração de várias disciplinas e inserir os aprendizes para uma adesão e prática contínua desse processo. Essa afirmativa corrobora com a proposta de Chillón et al. (2019), ao afirmarem que devido à natureza complexa da realidade, deve-se adotar uma abordagem




multidimensional a partir da interdisciplinaridade curricular, especialmente, nos cursos de licenciaturas.

A sugestão discutida por esses autores deve-se ao fato de o PPP identifica e define quais as direções que a instituição de ensino superior quer seguir e como ele pode ter a participação de várias áreas (Ex.: matemática, biologia, climatologia, geografia, dentre outras). A inserção da interdisciplinaridade deve ser aceita por todos e dessa forma todas as IES terão uma direção: a formação acadêmica dos discente com maior amplitude sobre o que o cerca independente de cursos de graduação e de pós-graduação.

Um dos cursos cujo PPP necessita da interdisciplinaridade é o de Ciências Ambientais, seja na graduação ou na pós-graduação. Uma das justificativas para essa afirmativa está na formação do aprendiz, em um desses níveis de ensino, pois ele deve estar apto a responder as necessidades do mercado de trabalho, cada vez mais integrado em todos os sentidos porque nessa ciência os problemas ocorrem em áreas integradas: a água, ao ar e ao solo, como o que concatena com o Artigo 43, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (BRASIL, 1996).

A aplicação da interdisciplinaridade para as Ciências Ambientais e a Ciência da Tecnologia devem proporcionar soluções ambientalmente sustentáveis. Nesse aspecto Philippi Júnior et al. (2000), citam parte dos capítulo 34 e 35 da Agenda 21, em que está escrito que a ciência é a base para o desenvolvimento sustentável, associado a um formação acadêmica que permita uma visão global deum determinado “problema ambiental” como, por exemplo, o vazamento de petróleo bruto em águas oceânicas que, necessita de soluções propostas or hidrólogos, oceanógrafos, geólogos, meteorologistas, dentre outros, e isso mostra que é de suma importância a construção de grupos no ensino universitário brasileiro.

Enfim, o objetivo desse trabalho foi realizar uma análise acerca da aplicação da interdisciplinaridade nas instituições de ensino superior para as graduações, especializações, mestrados e doutorados especialmente no Brasil. Os resultados indicaram que há uma expansão lenta da aplicação dessa modalidade de ensino-aprendizado e, também, identificou as principais barreiras que impedem a expansão mais ativa da interdisciplinaridade, para a não divisão do conhecimento inter-docentes e a escassa inclusão dos discentes em processos de aprendizado com PBL.




Metodologia


Essa pesquisa alinha-se com a denominada bibliográfica e foi aplicado o procedimento metodológico do tipo exploratório. Segundo ao que Gil (2017) sintetiza a pesquisa exploratória mais comum é justamente o levantamento bibliográfico. Já que nessa linha há produção de caráter científico com base em interpretações dos objetos pesquisados que nesse caso foi a interdisciplinaridade. Sob este aspecto Pereira et al. (2018), sintetizaram que quanto se empregam tais procedimentos metodológicos os dados descritos poderão alicerçar pesquisas futuras.

Em relação à abordagem, empregou-se a qualitativa pois seguiu-se o descrito por Sant Ana e Lemos (2018). Eles afirmaram que esse tipo de pesquisa permite confrontar as informações, bem como os dados sobre o tema em questão. Outra justificativa para esse tipo de abordagem, foi a afirmativa de Gutierrez et al. (2020), quanto a aplicação da interdisciplinaridade nos cursos de graduação e pós-graduação: a manutenção da postura crítica-reflexiva, com ampliação do pensamento acerca do sentido social, político e a atuação do docente nesses níveis de ensino acadêmico.

Os dados secundários foram obtidos em links eletrônicos de acesso livre como o Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Ensino Superior (CAPES), Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Science Direct, WebScience, e dentre outros. Além disso, o recorte temporal adotado situou-se entre 2007 e 2021, ou seja, nos últimos 15 anos. Duas são as justificativas para esse recorte: 1) a promulgação do Decreto n.º 6.906 (BRASIL, 2007); 2) os movimentos de maior repercussão quanto a interdisciplinaridade que iniciaram em 1970: a) explicação filosófica para a interdisciplinaridade; b) busca sociológica para elaborar um método à interdisciplinaridade; c) construção da epistemologia da interdisciplinaridade e a busca do projeto antropológico (FAZENDA, 1995). Para o recorte temporal, foram efetuadas exceções quanto ao periodo de publicação às legislações publicadas: Lei de Diretrizes e Bases, 1996), além de literaturas pioneiras sobre o tema em análise (HERBERLEIN, 1988; FAZENDA, 1995; 1999, PHILIPPI JÚNIOR et al., 2000; DUCH et al., 2001).




Resultados e Discussão No contexto Internacional

A análise da literatura indicou que para o contexto europeu a forma de ensino e aprendizado de cunho interdisciplinar é o fator que irá contribuir para uma dimensão mais efetiva no aprendizado, especialmente na graduação e pós-graduação, seja Lato sensu ou Stricto sensu. Indicaram também que ela é uma abordagem metodológica que promove a integração das disciplinas tanto no contexto internacional quanto nacional.

Nesse sentido, Carr et al. (2017) e Keynejad, Yapa e Ganguli (2021), apontam que em Londres, Reino Unido, a aplicação dessa metodologia está presente nos cursos de pós- graduação Lato sensu ou Stricto sensu com pesquisas em recursos hídricos nas pesquisas na área da saúde a partir de programas interdisciplinares firmados entre Arizona State University, King’s College London e a Universidade do Novo País de Gales para novas abordagens no estudo da COVID-19, devido a provável gênese de microrganismo e a movimentação das águas via correntes oceânicas que podem provocar deslocamentos desse vírus.

Nesse contexto, é perceptível que a implantação de espaços interdisciplinares em que a troca de conhecimentos há uma maior compreensão, sobretudo na área da saúde (imunologistas, virologistas), pois qualquer desequilíbrio na qualidade do ar (meteorologistas), do solo (engenheiros agrônomos, ambientais e florestais) ou da água (engenheiros sanitaristas) induz a proliferação de vetores patogênicos. Logo, compreender e estudar sob a luz da interdicisplinaridade é de extrema importância para o aprendiz e para a sociedade. Nesse sentido, Bammer (2017) e Gantogtokh e Quilan (2017), explanam que tanto a sociedade quanto o meio ambiente necessitam ser avaliados por equipes compostas das ciências ambientais e da saúde, para que haja efetividade da interdisciplinaridade e a unificação dos conteúdos de cada uma daquelas ciências.

Nos Estados Unidos a prática interdisciplinar é mais frequente e envolvem problemas do cotidiano, ligados ao ambiente em que a ciclagem de nutrientes, dos elementos químicos e a formação das várias substâncias, sob um determinado grau de temperatura (física) e o contexto da utilização delas pelos seres vivos (Biologia). Nessa linha associativa You, Delgado e Deatley (2021) e Zowada, et al. (2019), relataram que experimentos com dois elementos químicos como o carbono e o fósforo, sob a prática interdisciplinar eleva o aprendizado acerca dos ciclos biogeoquímicos o que pode induzir a melhores ações conservacionistas desses elementos químicos.




Outra aplicabilidade da interdisciplinaridade foi descrita por Awad, Salman e Barak (2019) e White e Delaney (2021), com abordagens acerca do estudo da física (som, ondas sonoras e sistemas de som) e o sistema Science, Technology, Engineering and Mathematics (STEM), ou seja, (Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática), com o objetivo de verificar o sucesso que poderá ser obtido por docentes dessas áreas em ambientes interdisciplinares. Os pesquisadores concluíram que os resultados ainda são parcos, mas o avanço existe, porém, carece de mais aplicações interdisciplinares.

Outra aplicação da interdisciplinaridade nos cursos superiores de graduação ou pós graduação pode ocorrer entre as bibliotecas, os sistemas de informação/tecnologia da informação acadêmica e a investigação cientifica. Sobre isso, Shu (2018), da McGill University, no Canadá, relata que essa interdisciplinaridade melhora o comportamento editorial dos doutorandos, já que há uma perspectiva de agilidade nas pesquisas deles e, com isso, publicar os dados obtidos sob a forma de resultados em periódicos que estejam interligados por TI, e isso pode elevar o número de citações dessas pesquisas.

Nesse mesmo nível acadêmico, ou seja, o doutorado, Gallemi-Perez e Chavéz-Medina (2021) e Pammer-Schindler et al. (2020), sintetizaram que o campo da interdisciplinaridade, envolvendo Psicologia, Ciências Sociais, Física, Biologia e dentre outras, ainda é um fator que exige muito trabalho. Em face disso, Wallace e Clarck (2017) e Zhinin et al. (2019), afirmaram que isso ainda é um desafio, tanto para as instituições de ensino superior quanto para o corpo docente, que deve possuir uma visão metodológica de alta competência quanto a solução de problemas do cotidiano em qualquer nível de estudos superiores.


Na América Latina


Para a América Latina as informações sobre a aplicação da interdisciplinaridade em cursos superiores, identificou que em duas instituições de ensino superior (IES), a Universidade de Buenos Aires (UBA) e a Universidade da República do Uruguai (UdelaR) isso já é uma realidade. Nesse contexto, Vasen e Vienni (2017) e Zinhin et al. (2019) afirmaram que isso se deve a autonomia para propor que as investigações acadêmicas nelas, possuam caráter interdisciplinar. Assim, segundo ao que Nicolleti (2019) e Rodriguez (2017) sintetizaram que essa autonomia é importante, porque permite um melhor entendimento dos conceitos sociais e políticos que envolvem os problemas ambientais, tornando a interdisciplinaridade uma ferramenta eficaz nas pesquisas acadêmicas.





O Brasil no contexto da Interdisciplinaridade


Quanto aos dados analisados para o território nacional, identificou-se que a oficialização dessas modificações ocorreu a partir da publicação do Decreto n.º 6.096 e do que foi descrito por Castro e Pereira (2019), a implantação do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades (REUNI), cujas etapas de aprendizado universitário ocorre em três ciclos: bacharelado interdisciplinar, formação profissional, e o terceiro, a pós-graduação. Nesse viés, Medina, Pereira e Paiva (2019) e Carvalho e Santos (2021) identificaram que a inserção da interdisciplinaridade no ensino superior pode ocorrer tanto no campo, em Petrolina – PE, quanto em diversas outras cidades, como foi evidenciado nos cursos de Educação, Enfermagem, Desenvolvimento e Meio Ambiente, Ensino em Biociências Saúde e Ciência da Informação.

Acerca dessa expansão da interdisciplinaridade em curso de graduação, Cezarino e Correa (2019) e Coneglian, Valentim e Santarém Segundo (2021) relataram que os resultados ainda são insignificantes, porque isso ainda não foi identificado de forma clara nos planos de ensino. Porém, há exceções como nos cursos de Ciência da Comunicação e da Informação com a Web Semântica, em que isso está evidente, ou seja, quando na construção de aeromodelo, onde são utilizados desenhos computacionais, laboratório de física para elaboração testes desse aeromodelo. Na visão de Pavanelo, Germano e Freitas-Lemes (2017) e Santos et al. (2017), o foco nuclear da integração de disciplinas e de professores que induzam ao aprendizado dos alunos, atualmente são motivos de discussões nas instituições de ensino superior, seja no curso de engenharia ou de nutrição.

Já para a área da pós-graduação Lato sensu houve identificação da presença do termo interdisciplinaridade. Para Lima (2017) e Lança, Amaral e Gracioso (2018), há sempre uma tendência de se afirmar que se trata de uma ubiquidade e que embora tenha ocorrido uma percepção positiva quanto a interdisciplinaridade notadamente na Ciência da Informação. Já para Jorge e Pontes (2017) e Rios, Sousa e Caputo (2019), tanto no Serviço Social quanto na Saúde deve sempre haver diálogos entre Assistentes Sociais, Pedagogos, Psicólogos e Médicos, para que haja uma visão interdisciplinar que possa auxiliar o indivíduo na inserção social e na busca da cura à enfermidade.

Para o Stricto sensu, seja mestrado e/ou doutorado, a análise das literaturas indicou que ainda há uma resistência do corpo docente, com raríssimas exceções quanto a funcionalidade dessa junção disciplinar, o que se torna uma barreira à interdisciplinaridade na pós-graduação. Na concepção de Oliveira e Moreira (2017) e de DÁntino e Seabra (2020),




isso ocorreu devido à formação do tipo cartesiano, embora haja características entre disciplinas que são convergentes e isso possibilita romper as linhas tênues da fronteira científica e tecnológica. Assim, Macêdo et al. (2017) e Satolo (2019) relataram que a interdisciplinaridade nos programas de pós-graduação tem evoluído e contribuído para a construção crítica dentro dessa perspectiva e que há 335 cursos nesse nível de ensino e há dificuldades para serem superadas como a baixa frequência na comunicação entre os pesquisadores.


Considerações finais


A aplicação da interdisciplinaridade já está ativa nos cursos de graduação e pós- graduação tanto a nível internacional quanto nacional e isso ocorreu porque houve uma mudança da abordagem multidisciplinar para a interdisciplinar, seguido da inserção dessa prática nos cursos de graduação e pós-graduação, mas em poucas instituições de ensino superior, sendo de caráter privado ou público. Contudo, ainda permanecem obstáculos quanto a aplicação nas universidades federais e estaduais, um deles está ligado à definição das individualidades de cada disciplina, como às diferentes visões dos docentes com relação à essa nova universidade e a sociedade da informação que tem como requisito uma visão mais holística da relação homem-natureza.

Na Europa e América do Norte os estudos e publicações deles resultantes já apresentam um caráter interdisciplinar mais intenso, o que é explicado pelas modificações no contexto dos projetos de ensino, da extensão e da pesquisa adotadas pelas instituições de ensino superior dessas regiões. Já para a América Latina já se tem a empregabilidade da interdisciplinaridade na Colômbia e Uruguai. Enquanto, no Brasil ainda não há uma efetiva aplicação da interdisciplinaridade tanto nos cursos de graduação quanto nos de pós graduação, pois o quantitativo de cursos de ensino à distância e presencial nos dois níveis analisados tenham crescido bastante nos últimos 12 anos.

Ainda mais, duas barreiras foram identificadas a setorização do conhecimento e os projetos políticos pedagógicos que não estão sendo atualizados com a realidade da visão holística na relação ensino-aprendizado. Assim, quando a aplicação dela for mais efetiva, poderá ocorrer independente da formação acadêmica do docente-discente de qualquer área, tornando possível que uma melhor análise para os problemas que necessitam, e possibilitando uma solução em que o ser vivo e o ambiente sejam contemplados com melhor qualidade de vida.




Portanto, faz-se necessário um maior empenho principalmente no Brasil para que exista a possibilidade de manter um diálogo mais aberto em que um maior nível de troca de informações interuniversidades, intersetores universitários, inter-docentes e maior integração dos discentes seja uma realidade. Dessa forma, tanto projetos de pesquisa quanto extensão, possam apresentar uma maior interdisciplinaridade das áreas de conhecimento científico e/ou empírico que provoquem modificações locais, regionais e globais para que a sociedade perceba que no ensino superior a formação acadêmica com a aplicação da interdisciplinaridade pode contribuir para uma forma de viver harmônico e saudável.


REFERÊNCIAS


ANDRADE, E. P. Interdisciplinaridade e educação: sua importância, desafios e possibilidade de ensino. Centro Universitario Leonardo da Vinci, 2016.


ANDRÉ, Y. V. et al. La interdisciplinariedad en la formación del Licenciado en Cultura Física: su historia y tendencias. Revista Podium, v. 16, n. 1, p. 291-307, 2021


ANGELO, M. F.; BERTONI, F. C. Análise da aplicação do método PBL no processo de ensino e aprendizagem em um curso de engenharia de computação. Revista de Estudos de Engenharia, v. 30, n. 7, p, 35-42, 2011.


AWAD, N. A.; SALMAN, E.; BARAK, M. Integrating teachers to teach an interdisciplinary STEM-focused Program about, sound, waves, and communication systems. European Journal of STEM Education, v. 4, n. 1, p. 1-12, 2019.


BAMMER, G. Should we discipline interdisciplinarity? Palgrave communication, n. 30, p. 1-4. 2017.


BAPTISTA, B. V. Un “espacio interdisciplinario” em la universidad de La República (Uruguay): desafíos y retos de institucionalizar la interdisciplina. In: CORTÉS, E. B.; SOTO,

J. C. V. (Coord.) El quehacer de la universidad ante los problemas complejos: la propuesta interdisciplinaria. México: Universidad Autónoma de Querátaro. 2016, p. 13-24.


BRASIL. Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial [da] União: Seção 1, Brasília, DF, p. 27833, 23 dez. 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394compilado.htm. Acesso em: 03 set 2021.


BRASIL. Decreto n.º 6.096, de 24 de abril de 2007. Institui o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI. Diário Oficial [da] União: Seção 1, Brasília, DF, p. 7, 25 abr. 2007. Disponivel em: https://legislacao.presidencia.gov.br/atos/?tipo=DEC&numero=6096&ano=2007&ato=eadoX WE9ENRpWTafd. Acesso em: 03 set. 2021.




CAPES. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Documento de área – Área 45: interdisciplinar. Brasília: Ministério da Educação, 2019. Disponível em: https://www.gov.br/capes/pt-br/centrais-de-conteudo/INTERDISCIPLINAR.pdf. Acesso em: 18 set. 2021.


CARR, G. et al. Emerging outcomes from a cross-disciplinary doctoral programmes on water resource systems. Water Policy, n. 19, p. 463-478, 2017.


CARVALHO, O. F.; SANTOS, J. L. A proposta pedagógica de Educação do Campo no estado de Pernambuco: diálogo entre Educação do Campo, currículo integrado e interdisciplinaridade. Revista Brasileira de Educação do Campo, v. 6, p. 1-27, 2021.


CASTRO, A. M. D. A.; PEREIRA, R. L. Universidade flexível: nova tendência para as universidades federais brasileiras. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 14, p. 1638-1654, 2019.


CASTRO, H. U. Disciplinas, interdisciplina Y universidad. In: CASTRO, H. U et al. Interdisciplinaridad: un desafío para transformar la universidad en el siglo XXI. Cali: Universidad Autónoma de Occidente, 2017. cap. 1, p. 9-15.


CEZARINO, L. O.; CORRÊA, H. L. Mensuração da interdisciplinaridade nos curso de graduação em Administração. Avaliação, v. 24, n. 1, p. 174-188, 2019.


CHILLÓN, N. T. et al. La interdisciplinariedad en el contexto universitario. Panorama, Cuba y Salud, v. 14, n. 1, p. 50-61, 2019.


CONEGLIAN, C. S.; VALENTIM, M. L. O.; SANTAREM SEGUNDO, J. E. Multi e

interdisciplinaridade entre a Ciência da Informação e a Ciência da Computação no âmbito da Web Semântica. Informação & Sociedade, v. 31, n. 1, p. 1-18, 2021.


CÓRDOVA, P. R.; BAADE, J. H.; SANTOS, A. M. Problem-Based Learning (PBL) e

interdisciplinaridade no ensino-aprendizagem de engenharia de software. Revista Ibero- Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. 4, p. 2078-2093, 2020.


DÁNTINO, M. E. F.; SEABRA, A. G. Interdisciplinaridade na educação: perspectivas teóricas e exemplo do Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento. In: ORSATI, F. T. et al. (org.) Transdisciplinaridade e Interdisciplinaridade na Educação. São Paulo: EDICON, 2020. cap. 1, p. 25-38.


DUCH, B. J.; GROH, S. E.; ALLEN, D. E. (Eds.). The power of Problem-Based learning.

Sterling: Stylus Publishing, 2001.


FAZENDA, I. C. A. Algumas considerações práticas sobre interdisciplinaridade. In: JANTSCH, A.; BIANCHETTI, L (org.). Interdisciplinaridade: para além da filosofia do sujeito. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.


FAZENDA, I. C. A. Interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa. 4. ed. Campinas, SP: Papyrus, 1999.





GALEMMÍ-PÉREZ, A.; CHAVEZ-MEDINA, V. Current and future challenges in interdisciplinary Ph.D. educations as perceived by students. Communications Physics, v.4, n. 6, p. 1-5, 2021.


GANTOGTONKH, O.; QUINLAND, K. M. Challenges of desiginin interdisciplinary postgraduate curricula: case studies of interdisciplinary master’s programmes at a research- intensive UK university. Teaching in higher educations, v. 22, n. 5, p. 569-586, 2017.


GARCIA, T. R. G.; OCA, F. D. M. La interdisciplinariedad: un reto para la universidad actual. Revista Cultural de Tecnología de la Salud, v.8, n. 1, p. 53-58, 2017.

GIL, C. A. Como elaborar projetos de pesquisa. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2017. GUTIERREZ, D.M. D.; MARTINS, R. C.; PIMENTEL, A. S. G. Diálogo, triangulação e

interdisciplinaridade: vias para integração metodológica entre pesquisas qualitativas e quantitativas. Revista Educação, Sociedade e Meio Ambiente, v. 25, n. 2, p. 418-437, 2020.


HERBERLEIN, T. A. Improving interdisciplinary research: integrating the Social Science and Natural Science. Society and Natural Resources, v. 1, p. 5-16, 1998.


JORGE, E. M.; PONTES, R. N. A interdisciplinaridade e o Serviço Social: estudo das relações entre profissionais. Textos & Contextos, v. 16, n. 1, p. 175-187, 2017.


KARPPINEN, S.; KALLUNKI, V.; KOMULAINEN, K. Interdisciplinary craft designing and invention pedagogy in teacher education: student teachers creating smart textiles.

International Journal of Technology and Design Education, n. 29, p. 576-74, 2019.


KEYNEJAD, R C.; YAPA, H. M.; GANGULI, P. Achieving the sustainable development goals: investing in early career interdisciplinarity. Humanities & Social Sciences Communications, v. 8, n. 153, 1-5, 2021.


LANÇA, T. A.; AMARAL, R. M.; GRACIOSO, L. S. Multi e interdisciplinaridade nos programas de pós-graduação em Ciência da Informação brasileiros. Perspectiva em Ciência da Informação, v. 23, n. 4, p. 150-183, 2018.

LIMA, M. J. S. Filosofia e interdisciplinaridade. Pro-posições, v. 28, n. 1, p. 125-140, 2017. MACÊDO, M. A. et al. Interdisciplinaridade e programas de pós-graduação no Brasil.

Educação em Revista, n. 35, p. 1-25, 2019.


MACLEOD, M. What makes interdisciplinarity difficult? Some consequences of domain specificity in interdisciplinary practice. Synthese, n. 195, p. 607-720. 2018.


MEC. Ministério da Educação e Cultura. Censo da educação superior mostra aumento de matrículas no ensino a distância. Brasília, DF: MEC, 2020. Disponível em: https://www.gov.br/pt-br/noticias/educacao-e-pesquisa/2020/10/censo-da-educacao-superior- mostra-aumento-de-matriculas-no-ensino-a-distancia. Acesso em: 17 dez. 2021.





MEDEIROS, E. A.; DIAS, A. M. D.; THERRIEN, J. Licenciaturas (interdisciplinares) em Educação do Campo: estudo sobre sua expansão no Brasil. Educação em Revista, v. 37, p. 1- 23, 2021.


MEDINA, P.; PEREIRA, M. L. M. L.; PAIVA, J. E. F. Estudo da ciência da educação fundamental na interdisciplinaridade por Olga Pombo: um estudo de revisão. Revista Ibero- Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 14, n. 4, p. 2287-2300, 2019.


MELO, W. A. C. R. A. Interdisciplinaridade: a trajetória histórica de um conceito. In: ENCONTRO REGIONAL NORDESTE DE HISTÓRIA ORAL, 10., 2015. Salvador. Anais

[...]. Salvador, BA, 2015. 18 p. Disponivel em: https://www.nordeste2015.historiaoral.org.br/site/anaiscomplementares#W. Acesso em: 18 set. 2021.


MOUSINHO, S. H. A interdisciplinaridade ao alcance de todos. Revistas Educação Pública, 2018. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/18/12/a- interdisciplinaridade-ao-alcance-de-todos. Acesso em: 02 set. 2021.


NERY, D. P. A escola dos Annales: a revolução francesa da historiografia. 2021. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/89809/a-escola-dos-annales-a-revolucao-francesa-da- historiografia. Acesso em: 18 set. 2021.


NICOLETTI. F. N. La interdisciplinaridad: una aproximación desde la comunicación popular, comunitaria y alternativa. Razón y Palabra, v. 23, n. 105, p. 190-2011, 2019.


OKAMURA, K. Interdisciplinarity revisited: evidence for research impact and dynamism.

Palgrave communications, n. 5, p. 141, p. 1-9, 2019.


OLIVEIRA, L. M. S. R.; MOREIRA, M. B. Da disciplinaridade para a interdisciplinaridade: um caminho a ser percorrido pela academia. REVASF, v.7, n. 12, p. 06-20, 2017.


PAMMER-SCHINDLER, V. et al. Interdisciplinary doctoral training in technology-enhanced learning in Europe. Frontiers in Education, v. 5, p. 1- 12, 2020.


PAVANELO, E.; GERMANO, J. S. E.; FREITAS-LEMOS, P. L. A interdisciplinaridade em cursos de engenharia. Revista Docência Do Ensino Superior, v.7, n. 2, p. 130-148, 2017.


PEREIRA, A. S. et al. Metodologia da pesquisa científica. Santa Maria: UAB/NTE/UFSM, 2018.


PEREIRA, E. Q.; NASCIMENTO, E. P. A interdisciplinaridade nas universidades brasileiras: trajetória e desafios. Redes, v. 21, n. 1, p. 209-232, 2016.


PHILIPPI JÚNIOR, A. et al. Uma visão atual e futura da interdisciplinaridade em C & T ambiental. In: PHILIPPI JÚNIOR, A. et al. (Eds.) Interdisciplinaridade em Ciências Ambientais. São Paulo: Signus, 2000.


POMBO, O. Epistemologia da interdisciplinaridade. Revista Iedação, v. 10, n. 1, p. 9-40, 2008.





RIOS, D. R. S.; SOUSA, D. A. B.; CAPUTO, M. C. Diálogos interprofissionais e interdisciplinares na prática extensionista: o caminho para a inserção do conceito ampliado de saúde na formação acadêmica. Interface, n. 23, p. 1-20, 2019.


RODRIGUEZ, C.A. H. Universidad e interdisciplina. In: CASTRO. H. U.; RODRIGUEZ, C.

A. H.; ZIMMERMAN, E. L. Interdisciplinaridad: un desafío para transformar la universidad en el siglo XXI. Cali: Universidade Autónoma de Occidente. 2017. p. 23-46.


SÁ, C. M. ‘Interdisciplinarity strategies’ in U. S. research universities. High Education, n.º 55, p. 537-552, 2008.


SANT ANA, W. P.; LEMOS, G. C. Metodologia científica: a pessoa qualitativa nas visões de Lüdke e André. Revista Eletrônica Científica Ensino Interdisciplinar, v.4, p. 12, p. 531- 541, 2018.


SANTOS, J, C. R. et al. Metodologias ativas e interdisciplinaridade na formação do nutricionista. Semina: Ciências Sociais e Humanas, v. 38, n. 1, p. 117-128, 2017.


SATOLO, V. P. X. et al. Um panorama histórico-conceitual da pesquisa interdisciplinar: uma análise a partir da pós-graduação da área interdisciplinar. Educação em Revista, v. 35, p. 1- 25, 2019.


SÁUL, T. S.; MUNENCHEN, C. Licenciaturas em Educação do Campo nas Ciências da Natureza: um olhar para suas especificidades. Educação em Revista, v. 36, p. 1-22, 2020.


SHU, F. Does interdisciplinary integration affect LIS doctoral student’s publishing productivity and quality in North America? Journal of education for Library and Information Science, v. 59, n. 3, 2018.


SUZANO JÚNIOR, B. F. Os Annales e a interdisciplinaridade: um balanço da historiografia polemista brasileira. Antítese, v.12, n. 23, p. 773-796, 2019.


TRIPP, B.; SHORTLIDGE, E. E. A framework to guide undergraduate education in interdisciplinary science. Life Science Education, n. 18, 2019.


VASEN, F.; VIENNI, B; La institucionalización de la interdisciplina em la universidad latinoamericana: experiencias y lecciones de Uruguay y Argentina. Avaliação, v. 22, n. 2, p. 544-565, 2017.


VILELA, M. V. F. Reflexões sobre o histórico e caminhos da interdisciplinaridade na educação superior no Brasil. Journal Health NPEPS, v. 4, n. 1, p. 6-15, 2019.


WALLACE, R. L.; CLARCK, S. G. Barriers to interdisciplinarity in Environmental Studies: a case of alarming trends in faculty and programmatic wellbeing. Issues in interdisciplinary studies, n. 35, p. 221-247. 2017. Disponível em:

https://environment.yale.edu/profile/clark/pubs. Acesso em 03 set. 2021.


WHITE, D.; DELANEY, S. Full steam ahead, but who has the map for integration? A PRISMA Systematic review on the incorporation of interdisciplinary learning into schools. LUMAT, v. 9, n. 2, p. 09-32, 2021.



YOU, H. S.; DELGADO, C.; DEATLET, K. Expert’s model-based reasoning and interdisciplinary understanding of Carbon Cycle. International Journal of Research in Education and Science, v. 7, n. 2, p. 562-579, 2021.


ZHININ, G. L. V. et al. Interdisciplinaridad en la formación universitaria: una contribución para la malla curricular en Ecuador. Com Lecturas: Educación Física y Deportes. Efdeportes, 2019. Disponível em: https://www.efdeportes.com/efdeportes/index.php/EFDeportes/article/view/1295/718. Acesso em 14 set. 2021.


ZOWADA, C. et al. Phosphate recovery as a topic for practical and interdisciplinary chemistry learning. Chemical Education, v. 96, n. 12, p. 2952-2958, 2019.


Como referenciar este artigo


JÚNIOR, A. P´.; BISPO, C. J. C.; PONTES, A. N. Interdisciplinaridade no âmbito do ensino superior: Da graduação à pós-graduação. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 1, p. 0751-0767, mar. 2022. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.1.15644


Submissão: 24/11/2021

Revisões requeridas: 19/02/2022 Aprovado em: 28/02/2022 Publicado em: 01/03/2022




LA INTERDISCIPLINARIEDAD EN LA ENSEÑANZA SUPERIOR: DEL GRADO AL POSTGRADO


INTERDISCIPLINARIDADE NO ÂMBITO DO ENSINO SUPERIOR: DA GRADUAÇÃO À PÓS-GRADUAÇÃO


INTERDISCIPLINARITY IN HIGHER EDUCATION: FROM UNDERGRADUATE TO GRADUATE


Antônio Pereira JÚNIOR1 Carlos José Capela BISPO2 Altem Nascimento PONTES3


RESUMEN: La interdisciplinariedad tiende a presentar los contextos académicos de la investigación y la producción científica con mayor precisión. El objetivo de este trabajo fue analizar su aplicación en la educación superior, desde el pregrado hasta el postgrado. Para obtener una respuesta a la pregunta guía de este trabajo, el primer paso fue buscar la génesis y el concepto de la palabra en cuestión. Luego, se verificó el contexto histórico de la evolución en las instituciones de educación superior, en el extranjero y en Brasil. Tras el análisis de estos aspectos, se constató que aún existen barreras que impiden la aplicación de la interdisciplinariedad en el contexto del curso de educación superior, ya que los conceptos descritos carecen de mayor discusión en el seno del profesorado y del alumnado.


PALABRAS-CLAVE: Educación superior. Interdisciplinariedad. Integración de conocimientos.


RESUMO: A interdisciplinaridade tende a apresentar contextos acadêmicos de pesquisa e produção científica com mais acurácia. O objetivo desse trabalho foi analisar a aplicação dela no ensino superior, desde a graduação até a pós-graduação. Para obter resposta ao questionamento norteador do trabalho, fez-se, em primeiro plano, uma busca sobre a gênese e o conceito da palavra em tela. Em seguida, verificou-se o contexto histórico da evolução em empregabilidade dela, nas instituições de ensino superior, no exterior e no Brasil. Após análise desses aspectos, verificou-se que ainda há barreiras que impedem a aplicação da interdisciplinaridade no contexto do curso superior, pois os conceitos descritos carecem de maiores discussões no âmbito docente e discente.


PALAVRAS-CHAVE: Ensino superior. Interdisciplinaridade. Integração de saberes.


1 Universidad Estatal de Pará (UEPA), Belém, PA – Brasil. Estudiante de doctorado en el Programa de Posgrado en Ciencias Ambientales en la UEPA. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6241-985X. Correo electrónico: antonio.junior@uepa.br

2 Universidad Estatal de Pará (UEPA), Belém, PA – Brasil. Estudiante de doctorado en el Programa de Posgrado en Ciencias Ambientales en UEPA. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-2399-3140.E-mail: capela@uepa.br

3 Universidad Estatal de Pará (UEPA), Belém, PA – Brasil. Profesor del Programa de Posgrado en Ciencias Ambientales de UEPA. Doctor en Física por la Universidad Estadual de Campinas. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9001-4603. Correo electrónico: altempontes@uepa.br



ABSTRACT: Interdisciplinarity tends to present academic contexts of research and scientific production more accurately. The objective of this work was to analyze its application in higher education, from undergraduate to postgraduate. To answer the guiding question of this work, we first searched for the genesis and the concept of the word in question. Then, the historical context of its evolution in employability was verified in higher education institutions abroad and Brazil. After analyzing it was verified that there are still barriers that hinder the application of interdisciplinarity in the context of the higher education course because the concepts described lack more excellent discussions within the faculty and students.


KEYWORDS: Higher education. Interdisciplinarity. Integration of knowledge.


Introdução


La génesis del término interdisciplinariedad, según lo anterior de Oliveira y Moreira (2017) y Melo (2015), tiene sus raíces en la Edad Media, cuando los estudiosos de la época se dieron cuenta de que diferentes disciplinas o ramas del conocimiento tenían algo en común con dos o más disciplinas distintas, o eran capaces de establecer relaciones entre sí, como, por ejemplo, el Trivium, que abarcaba la gramática, la retórica y la dialéctica, o aun el Quadrivium, que abarcaba la geometría, la arquitectica, la música y la astronomía. Para Olga Pombo (2008), el término interdisciplinariedad es un complemento de otro: disciplina. Esto es si los ojos convergen en la cooperación entre disciplinas. Esta convergencia y cooperación deben adoptarse tanto en los cursos de pregrado como en los de posgrado, tanto en el sentido de Lato senso como de Strictu senso.

En cuanto al concepto, Ivani Fazenda (1999) afirma que no existe una definición específica porque la interdisciplinariedad asocia conocimiento, comprensión y aprendizaje. Por lo tanto, es necesario que haya un autoconocimiento en cada aprendiz y que pueda ser compartido con terceros. Para otros investigadores pioneros como Hilton Ferreira Japiassu (1934-2015), en el trabajo titulado "Interdisciplinariedad y patología del conocimiento" publicado en 1976, escribió que no existe una conceptualización adecuada para la interdisciplinariedad. Para Ivani Fazenda (2008), al conceptualizar la interdisciplinariedad, primero se debe observar el uso de esta acción, y citar un ejemplo: en la formación docente. En este caso, define que existe una interactividad entre ciertas disciplinas que puede ser de dos o más.

Sobre el contexto histórico de la aplicación de la interdisciplinariedad en el proceso educativo, Dántino y Seabra (2020), Karppinen, Kallumki y Komulainen (2019) y Andrade (2016), informaron que el uso de este término ocurrió, por primera vez, en 1930, por Louis

RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 1, p. 0751-0767, marzo 2022. e-ISSN: 1982-5587



Wirtz (1918-2009), sociólogo alemán, para expresar lo que se puede hacer desde la cooperación entre diversas disciplinas. En la misma década, Nery (2021) y Suzano Junior (2019) identificaron la ocurrencia del movimiento historiográfico y conceptual de la dicotomía "problema-historia" asociada a la fundación de la "Escuela de los Annales" en Francia, por Lucien Febvre (1878-1956) y Marc Bloch (1886-1944), este hecho permitió la producción de diversas formas e intenciones de escritos científicos, además de numerosas producciones académicas e intercambios de conocimiento fueron efectivos.

En la década de 1960, George Gusdorf (1912-2000) presentó ante la Organización de las Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la Cultura (UNESCO), un proyecto con un enfoque interdisciplinario en el área de las ciencias humanas, porque en su opinión, esto permitiría una mayor profundidad en la relación enseñanza-aprendizaje. Según Francia, André et al. (2021) y Baptista (2016),también provocaron una expansión de este enfoque, y llegaron a América del Norte, en los Estados Unidos, y allí, según Sá (2008), la primera aplicación del enfoque interdisciplinario se produjo a partir de la reforma universitaria propuesta en 1996, adoptada por la Universidad Rockefeller; en América Central, según lo declarado por García y Oca (2017), en 2006, el Instituto Superior Pedagógico de Cuba, creó los lineamientos educativos para la interdisciplinariedad.

En 1973, según el escrito de Pereira y Nascimento (2016), Jean Piaget (1896-1980) argumentó, en el trabajo titulado "Problemas generales de investigación interdisciplinaria y mecanismos comunes", sobre la necesidad de organizar disciplinas para evitar la fragmentación del conocimiento, y que se implemente la reciprocidad entre sectores heterogéneos. Así, esta línea de pensamiento vendría en línea con la expuesta por René Descartes (1596-1650) respecto a la no separación de las ciencias, es decir, el conocimiento científico, en este sentido Okamura (2019) y Vilela (2019), que complementan la necesidad de aplicar esto a la realidad del aprendiz tanto en estudios de pregrado como de posgrado.

En Colombia, según lo verificado por Castro (2017) y Mousinho (2018), esta acción interdisciplinaria ya está en uso y en discusión la expansión de este tipo de investigación científica, en Vicerrectoría Académica de la Universidade Autónoma de Ocidente. Finalmente, desde 2009 en Uruguay, la Universidad de la República ya había generado nuevos centros de estudio que presentaban el enfoque interdisciplinario que identificaba la tríada universitaria: docencia, investigación y extensión. En Brasil, Vasen y Vienni (2017) identificaron que, en 2007, en Brasil, la interdisciplinariedad en el plan de estudios de pregrado se produjo a través de la propuesta de la Universidad Federal del Sur de Bahía (UFSB) y, actualmente, ya ha sido adoptada por la Universidad Federal de ABC.



En este país, Dántino y Seabra (2020) y Santos et al. (2017), informó que desde 1999, ha habido un crecimiento exacerbado en el número de cursos de pregrado y posgrado. Declararon esto después de analizar los datos de creación de cursos en estos dos niveles de educación, e identificaron un total de 46 cursos de pregrado, maestría y doctorado ese año. Para acompañar el proceso de aplicación de la creciente interdisciplinariedad en el territorio brasileño, Pereira y Nascimento (2016), escribieron que la Coordinación para el Perfeccionamiento del Personal de Educación Superior (CAPES), en 2008, cambió el eje multidisciplinario por el interdisciplinario. Este hecho incrementó aún más la expansión de las instituciones de educación superior, pues, a partir de la realización del censo de educación superior realizado en 2019, se encontró que había 2,608 instituciones de educación superior divididas en: 2,076 colegios; 249 centros universitarios; 198 universidades; 40 institutos federales de educación y centros federales de educación tecnológica (MEC, 2020).

Ese mismo año, CAPES (2019) reconoció la importancia de la interdisciplinariedad para el nivel de Stricto sensu. Desde el área interdisciplinaria ya albergaba 484 cursos de posgrado (255, maestría; 133, doctorados; 94, maestrías profesionales; 06, doctorado profesional). Satolo et al. (2019) explicar este volumen de cursos llevó a la creación de la Cámara Temática I, Medio Ambiente y Agraria en la que los documentos siguen las directrices curriculares de las agencias reguladoras internacionales, como la UNESCO, por ejemplo.

A pesar de todos estos hechos, la interdisciplinariedad aún no se ha expandido a todos los cursos de pregrado y posgrado en el territorio nacional. Para confirmar este hecho, simplemente acceda a los Trabajos de Conclusión del Curso (TCC), disertaciones y tesis para comprobar que aún no hay unanimidad. Para esta unanimidad, es necesario romper las barreras existentes en los cursos de pregrado y posgrado, especialmente aquellos donde el "aislamiento de los contenidos disciplinarios" aún es visible, además de la individualidad de cada profesor en relación con la no variación de los contenidos de monodisciplinarios a interdisciplinarios.

Sobre estas barreras, Bammer et al. (2017), Keynejad, Yapa y Ganguli (2021) se hacen la siguiente pregunta: ¿es posible en la educación superior superar barreras como la aptitud y aptitud de los docentes para la práctica de la interdisciplinariedad en este grado de educación? Si esto aún no está sucediendo de manera expansiva en las IES en Brasil, entonces es necesario mejorar la formación interdisciplinaria de los educadores, exponiéndolos cómo enfrentar la posición del ser humano y el mundo que lo rodea en el sentido ético, político y social.

RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 1, p. 0751-0767, marzo 2022. e-ISSN: 1982-5587



Además, otras barreras a la interdisciplinariedad fueron identificadas por Herberlein (1988), especialmente entre las Ciencias Sociales y Naturales, que, para él, son en número de cinco: 1) La primera se desarrolló menos que la segunda; 2) Esto es notable y discutido por los científicos sociales y los de las ciencias naturales; 3) las debilidades de las ciencias sociales son reales y dificultan la investigación interdisciplinaria; 4) falta de una estructura disciplinaria; y finalmente, 5) Cuestiones de control y poder porque la ciencia no se hace por su propia voluntad.

Una de las formas de romper estas barreras es con la aplicación del aprendizaje basado en problemas (Problem Based Learning, PBL). Según Duch et al. (2001), PBL es un método de enseñanza que emplea la complejidad de la vida cotidiana de los académicos con el fin de aumentar el aprendizaje sobre un tema determinado, de modo que haya un desarrollo en la capacidad de pensamiento crítico, así como para encontrar soluciones plausibles al problema y así comunicarse con las partes interesadas de manera efectiva.

Sobre el uso de PBL, Medeiros, Dias y Therrien (2021) y Saúl y Munenchen (2020), sintetizaron que a partir de la conducción de clases en las que el método PBL es frecuente como en Educación de Campo, el contexto interdisciplinario se llevará a cabo albergando agricultura con ecología (agroecología) y la conservación de los recursos naturales, como el uso correcto del suelo (sostenibilidad), sostenibilidad y territorios. De tal manera que el radio de aplicabilidad de la misma no esté limitado, sin embargo, no se puede permitir que otras disciplinas pierdan el contexto científico, sino que "sumen" los conocimientos a una buena formación del aprendiz y para que en el futuro se convierta en un profesional de amplia visión. Especialmente en estudios ambientales e impactos antrópicos, como la deforestación y la construcción de carreteras; permeabilidad del suelo y baja infiltración de agua de lluvia, porque todos estos estudios se basan en "el problema" (impactos antrópicos), y el aprendizaje generado debe ser a partir de él y de la situación que causa (por ejemplo: calentamiento global). Esto sienta las bases del PBL.

Otra barrera que genera una nueva pregunta: ¿cuál sería la mejor manera de fomentar una experiencia interdisciplinaria para quienes están en el inicio de una carrera académica? La respuesta está en la sugerencia hecha por MacLeod (2018), Tripp y Shortlidge (2019), piensan en una reelaboración de los planes políticos pedagógicos (PPP's), cuyo objetivo es obtener un proceso de investigación dentro de los límites: cognitivo, metodológico y conceptual y la integración de diversas disciplinas e insertar a los aprendices para un continuo apoyo y práctica de este proceso. Esta afirmación corrobora la propuesta de Chillón et al. (2019), cuando afirman que debido a la naturaleza compleja de la realidad, se debe adoptar un



enfoque multidimensional desde la interdisciplinariedad curricular, especialmente en los cursos de pregrado.

La sugerencia discutida por estos autores se debe a que el PPP identifica y define qué direcciones quiere seguir la institución de educación superior y cómo puede tener la participación de varias áreas (por ejemplo, matemáticas, biología, climatología, geografía, entre otras). La inserción de la interdisciplinariedad debe ser aceptada por todos y así todas las IES tendrán una dirección: la formación académica de los estudiantes con mayor amplitud sobre lo que se trata de cursos independientes de pregrado y posgrado.

Uno de los cursos cuya PPP requiere interdisciplinariedad son las ciencias ambientales, ya sea en pregrado o posgrado. Una de las justificaciones de esta afirmación está en la formación del aprendiz, en uno de estos niveles de educación, porque debe ser capaz de responder a las necesidades del mercado laboral, cada vez más integrado en todos los sentidos porque en esta ciencia se dan problemas en áreas integradas: agua, aire y suelo, como la que está en línea con el artículo 43, de la Ley de Lineamientos y Bases de la Educación Brasileña (BRASIL, 1996).

La aplicación de la interdisciplinariedad a las ciencias ambientales y la ciencia de la tecnología debe proporcionar soluciones ambientalmente sostenibles. A este respecto, Philippi Júnior et al. (2000), citar parte de los capítulos 34 y 35 de la Agenda 21, en los que está escrito que la ciencia es la base para el desarrollo sostenible, asociada a una formación académica que permite una visión general de un "problema ambiental" particular como la fuga de petróleo crudo en aguas oceánicas que, en necesidad de soluciones propuestas o hidrólogos, oceanógrafos, geólogos, meteorólogos, entre otros, y esto demuestra que es de suma importancia construir grupos en la educación universitaria brasileña.

Finalmente, el objetivo de este trabajo fue realizar un análisis sobre la aplicación de la interdisciplinariedad en las instituciones de educación superior para licenciaturas, especializaciones, maestrías y doctorados, especialmente en Brasil. Los resultados indicaron que existe una lenta expansión de la aplicación de esta modalidad de enseñanza-aprendizaje y también identificaron las principales barreras que impiden la expansión más activa de la interdisciplinariedad, para la no división del conocimiento intermadrático y la escasa inclusión de los estudiantes en los procesos de aprendizaje con PBL.




Metodología


Esta investigación está en línea con la denominada bibliográfica y se aplicó el procedimiento metodológico de tipo exploratorio. Según lo que gil (2017) sintetiza la investigación exploratoria más común es precisamente la encuesta bibliográfica. Ya que en esta línea hay producción de carácter científico basada en interpretaciones de los objetos investigados que en este caso fue la interdisciplinariedad. En este sentido Pereira et al. (2018), resumió que cuando se utilizan tales procedimientos metodológicos, los datos descritos pueden apoyar futuras investigaciones.

En cuanto al enfoque, se utilizó el cualitativo porque fue seguido por el descrito por Sant Ana y Lemos (2018). Afirmaron que este tipo de investigación permite iniciar la información, así como los datos sobre el tema en cuestión. Otra justificación para este tipo de enfoque fue la declaración de Gutiérrez et al. (2020), respecto a la aplicación de la interdisciplinariedad en cursos de pregrado y posgrado: el mantenimiento de la postura crítico-reflexiva, con expansión del pensamiento sobre el sentido social, político y el desempeño de los docentes en estos niveles de formación académica.

Los datos secundarios se obtuvieron en links sistemas de libre acceso como el Portal de revistas de la Coordinación para el Perfeccionamiento del Personal de Educación Superior (CAPES), Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Science Direct, WebScience, y otros. Además, el marco temporal adoptado fue entre 2007 y 2021, es decir, en los últimos 15 años. Dos son las justificaciones de este recorte: 1) la promulgación del Decreto Nº 6.906 (BRASIL, 2007); 2) los movimientos con mayor repercusión en materia de interdisciplinariedad que se iniciaron en 1970: a) explicación filosófica de la interdisciplinariedad; b) búsqueda sociológica para desarrollar un método de interdisciplinariedad; c) construcción de la epistemología de la interdisciplinariedad y la búsqueda de proyectos antropológicos (FAZENDA, 1995). Para el marco de tiempo, se hicieron excepciones con respecto al período de publicación a las legislaciones publicadas: Ley de Directrices y Bases, 1996), además de literatura pionera sobre el tema bajo análisis (Herberlein, 1988; Granja, 1995; 1999, Philippi Júnior et al., 2000; Duch et al., 2001).




Resultados y discusión

En el contexto Internacional


El análisis de la literatura indicó que para el contexto europeo la forma de enseñanza y aprendizaje interdisciplinario es el factor que contribuirá a una dimensión más efectiva en el aprendizaje, especialmente en estudios de pregrado y posgrado, ya sea Lato sensu o Stricto sensu. También indicaron que se trata de un enfoque metodológico que promueve la integración de disciplinas tanto en el contexto internacional como nacional.

En ese sentido, Carr et al. (2017) y Keynejad, Yapa y Ganguli (2021), señalan que, en Londres, Reino Unido, la aplicación de esta metodología está presente en cursos de posgrado. Lato sensu o Stricto sensu con la investigación en recursos hídricos en investigación en salud a partir de programas interdisciplinarios firmados entre la Universidad Estatal de Arizona, el King's College de Londres y la Universidad de Nueva Gales para nuevos enfoques en el estudio del COVID-19, debido a la probable génesis de microorganismos y el movimiento del agua a través de las corrientes oceánicas que pueden causar desplazamientos de este virus.

En este contexto, se nota que la implementación de espacios interdisciplinarios en los que el intercambio de conocimientos es una mayor comprensión, especialmente en el área de la salud (inmunólogos, virólogos), porque cualquier desequilibrio en la calidad del aire (meteorólogos), suelo (agrónomos, ingenieros ambientales y forestales) o agua (ingenieros sanitarios) induce la proliferación de vectores patógenos. Por lo tanto, comprender y estudiar a la luz de la interdisciplinariedad es de suma importancia para el aprendiz y para la sociedad. En este sentido, Bammer (2017) y Gantogtokh y Quilan (2017) explican que tanto la sociedad como el medio ambiente necesitan ser evaluados por equipos compuestos por ciencias ambientales y de la salud, para que la interdisciplinariedad sea efectiva y los contenidos de cada una de esas ciencias sean efectivos.

En los Estados Unidos, la práctica interdisciplinaria es más frecuente e involucra problemas cotidianos, vinculados al entorno en el que se encuentran el ciclo de nutrientes, los elementos químicos y la formación de diversas sustancias, bajo un cierto grado de temperatura (física) y el contexto de su uso por los seres vivos (Biología). En esta línea asociativa You, Delgado y Deatley (2021) y Zowada, et al. (2019), informó que los experimentos con dos elementos químicos como el carbono y el fósforo, bajo práctica interdisciplinaria, aumentan el aprendizaje sobre los ciclos biogeoquímicos, lo que puede inducir mejores acciones de conservación de estos elementos químicos.




Otra aplicabilidad de la interdisciplinariedad fue descrita por Awad, Salman y Barak (2019) y White y Delaney (2021), con enfoques para el estudio de la física (sonido, ondas sonoras y sistemas de sonido) y el sistema Science, Technology, Engineering and Mathematics (STEM), es decir, (Ciencia, Tecnología, Ingeniería y Matemáticas), con el objetivo de verificar el éxito que pueden obtener los docentes en estas áreas en entornos interdisciplinarios. Los investigadores concluyeron que los resultados aún son escasos, pero el progreso existe, sin embargo, carece de aplicaciones más interdisciplinarias.

Otra aplicación de la interdisciplinariedad en los cursos superiores de pregrado o posgrado puede ocurrir entre bibliotecas, sistemas de información / tecnología de la información académica e investigación científica. Sobre esto, Shu (2018), de la Universidad McGill en Canadá, informa que esta interdisciplinariedad mejora el comportamiento editorial de los estudiantes de doctorado, ya que existe una perspectiva de agilidad en su investigación y, así, publicar los datos obtenidos en forma de resultados en revistas que están interconectadas por TI, y esto puede aumentar el número de citas de estos estudios.

En este mismo nivel académico, es decir, el doctorado, Gallemi-Pérez y Chavéz- Medina (2021) y Pammer-Schindler et al. (2020), sintetizó que el campo de la interdisciplinariedad, que involucra a la Psicología, ciencias sociales, física, biología y otros, sigue siendo un factor que requiere mucho trabajo. A primera vista, Wallace y Clarck (2017) y Zhinin et al. (2019), afirmó que esto sigue siendo un desafío, tanto para las instituciones de educación superior como para el profesorado, que debe tener una visión metodológica de alta competencia como solución de problemas cotidianos en cualquier nivel de la educación superior.


En América Latina


Para América Latina, la información sobre la aplicación de la interdisciplinariedad en los cursos de educación superior identificó que en dos instituciones de educación superior (IES), la Universidad de Buenos Aires (UBA) y la Universidad de la República del Uruguay (UdelaR) esto ya es una realidad. En este contexto, Vasen y Vienni (2017) y Zinhin et al. (2019) afirmó que esto se debe a la autonomía para proponer que las investigaciones académicas en ellas tengan un carácter interdisciplinario. Así, de acuerdo con lo que Nicolleti (2019) y Rodríguez (2017) sintetizaron que esta autonomía es importante, porque permite una mejor comprensión de los conceptos sociales y políticos que involucran problemas





ambientales, haciendo de la interdisciplinariedad una herramienta efectiva en la investigación académica.


O Brasil no contexto da Interdisciplinaridade


En cuanto a los datos analizados para el territorio nacional, se identificó que la oficialización de estas modificaciones se dio a partir de la publicación del Decreto N° 6.096 y lo descrito por Castro y Pereira (2019), la implementación del Programa de Apoyo a planes de reestructuración y expansión de las universidades (REUNI), cuyas etapas de aprendizaje universitario se dan en tres ciclos: licenciatura interdisciplinaria, formación profesional, y la tercera, posgrado. En este sesgo, Medina, Pereira y Paiva (2019) y Carvalho y Santos (2021) identificaron que la inserción de la interdisciplinariedad en la educación superior puede darse tanto en el campo, en Petrolina - EDUCACIÓN Física, como en varias otras ciudades, como se evidencia en los cursos de Educación, Enfermería, Desarrollo y Medio Ambiente, Enseñanza en Biociencias de la Salud y Ciencias de la Información.

Respecto a esta expansión de la interdisciplinariedad en el pregrado, Cezarino y Correa (2019) y Coneglian, Valentim y Santarém Segundo (2021) informaron que los resultados aún son insignificantes, pues esto aún no se ha identificado claramente en los planes de enseñanza. Sin embargo, hay excepciones como en los cursos de Comunicación y Ciencias de la Información con la Web Semántica, en los que esto es evidente, es decir, cuando en la construcción de un modelo, donde se utilizan dibujos computacionales, laboratorio de física para preparar pruebas de este modelo de avión. En opinión de Pavanelo, Germano y Freitas-Lemes (2017) y Santos et al. (2017), el enfoque nuclear de la integración de disciplinas y profesores que inducen el aprendizaje de los estudiantes, son actualmente el motivo de las discusiones en las instituciones de educación superior, ya sea en el curso de ingeniería o nutrición.

Para el área de posgrado Lato sensu se identificó la presencia del término interdisciplinariedad. Para Lima (2017) y Lança, Amaral y Gracioso (2018), siempre hay una tendencia a afirmar que es una ubicuidad y que, aunque ha habido una percepción positiva sobre la interdisciplinariedad notificada en Ciencias de la Información. Para Jorge y Pontes (2017) y Ríos, Sousa y Caputo (2019), tanto en Trabajo Social como en Salud, siempre debe haber diálogos entre Trabajadores Sociales, Pedagogos, Psicólogos y Médicos, para que exista una visión interdisciplinaria que pueda ayudar al individuo en la inserción social y en la búsqueda de la cura de la enfermedad.




Para el Stricto sensu, ya sea maestría y/o doctorado, el análisis de la literatura indicó que todavía existe una resistencia de la facultad, con muy pocas excepciones en cuanto a la funcionalidad de esta unión disciplinaria, que se convierte en una barrera para la interdisciplinariedad en los estudios de posgrado. En la concepción de Oliveira y Moreira (2017) y DÁntino y Seabra (2020), esto ocurrió debido a la formación del tipo cartesiano, aunque existen características entre disciplinas que son convergentes y esto permite romper las tenues líneas de la frontera científica y tecnológica. Entonces, Macêdo et al. (2017) y Satolo (2019) informaron que la interdisciplinariedad en los programas de posgrado ha evolucionado y contribuido a la construcción crítica dentro de esta perspectiva y que existen 335 cursos en este nivel de educación y existen dificultades a superar como la baja frecuencia en la comunicación entre investigadores.


Consideraciones finales


La aplicación de la interdisciplinariedad ya está activa en los cursos de pregrado y posgrado tanto a nivel internacional como nacional y esto ocurrió porque hubo un cambio de enfoque multidisciplinario a interdisciplinario, seguido de la inserción de esta práctica en cursos de pregrado y posgrado, pero en pocas instituciones de educación superior, siendo privadas o públicas. Sin embargo, persisten obstáculos con respecto a la aplicación en las universidades federales y estatales, uno de los cuales está vinculado a la definición de las individualidades de cada disciplina, así como a las diferentes visiones de los profesores en relación con esta nueva universidad y la sociedad de la información que tiene como requisito una visión más holística de la relación hombre-naturaleza.

En Europa y América del Norte, los estudios y publicaciones resultantes ya presentan un carácter interdisciplinario más intenso, que se explica por los cambios en el contexto de los proyectos de enseñanza, extensión e investigación adoptados por las instituciones de educación superior en estas regiones. Para América Latina, el otro año, ya existe la empleabilidad de la interdisciplinariedad en Colombia y Uruguay. Mientras que, en Brasil, todavía no existe una aplicación efectiva de la interdisciplinariedad tanto en los cursos de pregrado como en los de posgrado, porque el número de cursos de enseñanza a distancia y presenciales en los dos niveles analizados ha crecido considerablemente en los últimos 12 años.

Además, se identificaron dos barreras la sectorización del conocimiento y los proyectos políticos pedagógicos que no se están actualizando con la realidad de la visión




holística en la relación enseñanza-aprendizaje. Así, cuando la aplicación de esta es más efectiva, puede darse independientemente de la formación académica del profesor-alumno de cualquier área, posibilitando que un mejor análisis de los problemas que necesitan, y posibilitando una solución en la que se contemple con mejor calidad de vida el ser vivo y el entorno.

Por lo tanto, es necesario un mayor compromiso principalmente en Brasil para que exista la posibilidad de mantener un diálogo más abierto en el que sea una realidad un mayor nivel de intercambio de información entre universidades, Inter sectores universitarios, inter profesores y una mayor integración de los estudiantes. Así, tanto los proyectos de investigación como los de extensión, pueden presentar una mayor interdisciplinariedad de las áreas del conocimiento científico y/o empírico que provocan cambios locales, regionales y globales para que la sociedad se dé cuenta de que en la educación superior la formación académica con la aplicación de la interdisciplinariedad puede contribuir a una forma de vida armoniosa y saludable.


REFERENCIAS


ANDRADE, E. P. Interdisciplinaridade e educação: sua importância, desafios e possibilidade de ensino. Centro Universitario Leonardo da Vinci, 2016.


ANDRÉ, Y. V. et al. La interdisciplinariedad en la formación del Licenciado en Cultura Física: su historia y tendencias. Revista Podium, v. 16, n. 1, p. 291-307, 2021


ANGELO, M. F.; BERTONI, F. C. Análise da aplicação do método PBL no processo de ensino e aprendizagem em um curso de engenharia de computação. Revista de Estudos de Engenharia, v. 30, n. 7, p, 35-42, 2011.


AWAD, N. A.; SALMAN, E.; BARAK, M. Integrating teachers to teach an interdisciplinary STEM-focused Program about, sound, waves, and communication systems. European Journal of STEM Education, v. 4, n. 1, p. 1-12, 2019.


BAMMER, G. Should we discipline interdisciplinarity? Palgrave communication, n. 30, p. 1-4. 2017.


BAPTISTA, B. V. Un “espacio interdisciplinario” em la universidad de La República

(Uruguay): desafíos y retos de institucionalizar la interdisciplina. In: CORTÉS, E. B.; SOTO,

J. C. V. (Coord.) El quehacer de la universidad ante los problemas complejos: la propuesta interdisciplinaria. México: Universidad Autónoma de Querátaro. 2016, p. 13-24.


BRASIL. Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial [da] União: Seção 1, Brasília, DF, p. 27833, 23 dez. 1996.




Disponible en: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394compilado.htm. Acceso en: 03 sep 2021.


BRASIL. Decreto n.º 6.096, de 24 de abril de 2007. Institui o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI. Diário Oficial [da] União: Seção 1, Brasília, DF, p. 7, 25 abr. 2007. Disponible en: https://legislacao.presidencia.gov.br/atos/?tipo=DEC&numero=6096&ano=2007&ato=eadoX WE9ENRpWTafd. Acceso en: 03 sep. 2021.


CAPES. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Documento de área – Área 45: interdisciplinar. Brasília: Ministério da Educação, 2019. Disponible en: https://www.gov.br/capes/pt-br/centrais-de-conteudo/INTERDISCIPLINAR.pdf. Acceso en: 18 sep. 2021.


CARR, G. et al. Emerging outcomes from a cross-disciplinary doctoral programmes on water resource systems. Water Policy, n. 19, p. 463-478, 2017.


CARVALHO, O. F.; SANTOS, J. L. A proposta pedagógica de Educação do Campo no estado de Pernambuco: diálogo entre Educação do Campo, currículo integrado e interdisciplinaridade. Revista Brasileira de Educação do Campo, v. 6, p. 1-27, 2021.


CASTRO, A. M. D. A.; PEREIRA, R. L. Universidade flexível: nova tendência para as universidades federais brasileiras. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 14, p. 1638-1654, 2019.


CASTRO, H. U. Disciplinas, interdisciplina Y universidad. In: CASTRO, H. U et al. Interdisciplinaridad: un desafío para transformar la universidad en el siglo XXI. Cali: Universidad Autónoma de Occidente, 2017. cap. 1, p. 9-15.


CEZARINO, L. O.; CORRÊA, H. L. Mensuração da interdisciplinaridade nos curso de graduação em Administração. Avaliação, v. 24, n. 1, p. 174-188, 2019.


CHILLÓN, N. T. et al. La interdisciplinariedad en el contexto universitario. Panorama, Cuba y Salud, v. 14, n. 1, p. 50-61, 2019.


CONEGLIAN, C. S.; VALENTIM, M. L. O.; SANTAREM SEGUNDO, J. E. Multi e

interdisciplinaridade entre a Ciência da Informação e a Ciência da Computação no âmbito da Web Semântica. Informação & Sociedade, v. 31, n. 1, p. 1-18, 2021.


CÓRDOVA, P. R.; BAADE, J. H.; SANTOS, A. M. Problem-Based Learning (PBL) e

interdisciplinaridade no ensino-aprendizagem de engenharia de software. Revista Ibero- Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. 4, p. 2078-2093, 2020.


DÁNTINO, M. E. F.; SEABRA, A. G. Interdisciplinaridade na educação: perspectivas teóricas e exemplo do Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento. In: ORSATI, F. T. et al. (org.) Transdisciplinaridade e Interdisciplinaridade na Educação. São Paulo: EDICON, 2020. cap. 1, p. 25-38.


DUCH, B. J.; GROH, S. E.; ALLEN, D. E. (Eds.). The power of Problem-Based learning.

Sterling: Stylus Publishing, 2001.



FAZENDA, I. C. A. Algumas considerações práticas sobre interdisciplinaridade. In: JANTSCH, A.; BIANCHETTI, L (org.). Interdisciplinaridade: para além da filosofia do sujeito. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.


FAZENDA, I. C. A. Interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa. 4. ed. Campinas, SP: Papyrus, 1999.


GALEMMÍ-PÉREZ, A.; CHAVEZ-MEDINA, V. Current and future challenges in interdisciplinary Ph.D. educations as perceived by students. Communications Physics, v.4, n. 6, p. 1-5, 2021.


GANTOGTONKH, O.; QUINLAND, K. M. Challenges of desiginin interdisciplinary postgraduate curricula: case studies of interdisciplinary master’s programmes at a research- intensive UK university. Teaching in higher educations, v. 22, n. 5, p. 569-586, 2017.


GARCIA, T. R. G.; OCA, F. D. M. La interdisciplinariedad: un reto para la universidad actual. Revista Cultural de Tecnología de la Salud, v.8, n. 1, p. 53-58, 2017.

GIL, C. A. Como elaborar projetos de pesquisa. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2017. GUTIERREZ, D.M. D.; MARTINS, R. C.; PIMENTEL, A. S. G. Diálogo, triangulação e

interdisciplinaridade: vias para integração metodológica entre pesquisas qualitativas e quantitativas. Revista Educação, Sociedade e Meio Ambiente, v. 25, n. 2, p. 418-437, 2020.


HERBERLEIN, T. A. Improving interdisciplinary research: integrating the Social Science and Natural Science. Society and Natural Resources, v. 1, p. 5-16, 1998.


JORGE, E. M.; PONTES, R. N. A interdisciplinaridade e o Serviço Social: estudo das relações entre profissionais. Textos & Contextos, v. 16, n. 1, p. 175-187, 2017.


KARPPINEN, S.; KALLUNKI, V.; KOMULAINEN, K. Interdisciplinary craft designing and invention pedagogy in teacher education: student teachers creating smart textiles.

International Journal of Technology and Design Education, n. 29, p. 576-74, 2019.


KEYNEJAD, R C.; YAPA, H. M.; GANGULI, P. Achieving the sustainable development goals: investing in early career interdisciplinarity. Humanities & Social Sciences Communications, v. 8, n. 153, 1-5, 2021.


LANÇA, T. A.; AMARAL, R. M.; GRACIOSO, L. S. Multi e interdisciplinaridade nos programas de pós-graduação em Ciência da Informação brasileiros. Perspectiva em Ciência da Informação, v. 23, n. 4, p. 150-183, 2018.

LIMA, M. J. S. Filosofia e interdisciplinaridade. Pro-posições, v. 28, n. 1, p. 125-140, 2017. MACÊDO, M. A. et al. Interdisciplinaridade e programas de pós-graduação no Brasil.

Educação em Revista, n. 35, p. 1-25, 2019.


MACLEOD, M. What makes interdisciplinarity difficult? Some consequences of domain specificity in interdisciplinary practice. Synthese, n. 195, p. 607-720. 2018.



MEC. Ministério da Educação e Cultura. Censo da educação superior mostra aumento de matrículas no ensino a distância. Brasília, DF: MEC, 2020. Disponible en: https://www.gov.br/pt-br/noticias/educacao-e-pesquisa/2020/10/censo-da-educacao-superior- mostra-aumento-de-matriculas-no-ensino-a-distancia. Acceso en: 17 dic. 2021.


MEDEIROS, E. A.; DIAS, A. M. D.; THERRIEN, J. Licenciaturas (interdisciplinares) em Educação do Campo: estudo sobre sua expansão no Brasil. Educação em Revista, v. 37, p. 1- 23, 2021.


MEDINA, P.; PEREIRA, M. L. M. L.; PAIVA, J. E. F. Estudo da ciência da educação fundamental na interdisciplinaridade por Olga Pombo: um estudo de revisão. Revista Ibero- Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 14, n. 4, p. 2287-2300, 2019.


MELO, W. A. C. R. A. Interdisciplinaridade: a trajetória histórica de um conceito. In: ENCONTRO REGIONAL NORDESTE DE HISTÓRIA ORAL, 10., 2015. Salvador. Anais

[...]. Salvador, BA, 2015. 18 p. Disponible en: https://www.nordeste2015.historiaoral.org.br/site/anaiscomplementares#W. Acceso en: 18 sep. 2021.


MOUSINHO, S. H. A interdisciplinaridade ao alcance de todos. Revistas Educação Pública, 2018. Disponible em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/18/12/a- interdisciplinaridade-ao-alcance-de-todos. Acceso em: 02 set. 2021.


NERY, D. P. A escola dos Annales: a revolução francesa da historiografia. 2021. Disponible em: https://jus.com.br/artigos/89809/a-escola-dos-annales-a-revolucao-francesa-da- historiografia. Acceso em: 18 set. 2021.


NICOLETTI. F. N. La interdisciplinaridad: una aproximación desde la comunicación popular, comunitaria y alternativa. Razón y Palabra, v. 23, n. 105, p. 190-2011, 2019.


OKAMURA, K. Interdisciplinarity revisited: evidence for research impact and dynamism.

Palgrave communications, n. 5, p. 141, p. 1-9, 2019.


OLIVEIRA, L. M. S. R.; MOREIRA, M. B. Da disciplinaridade para a interdisciplinaridade: um caminho a ser percorrido pela academia. REVASF, v.7, n. 12, p. 06-20, 2017.


PAMMER-SCHINDLER, V. et al. Interdisciplinary doctoral training in technology-enhanced learning in Europe. Frontiers in Education, v. 5, p. 1- 12, 2020.


PAVANELO, E.; GERMANO, J. S. E.; FREITAS-LEMOS, P. L. A interdisciplinaridade em cursos de engenharia. Revista Docência Do Ensino Superior, v.7, n. 2, p. 130-148, 2017.


PEREIRA, A. S. et al. Metodologia da pesquisa científica. Santa Maria: UAB/NTE/UFSM, 2018.


PEREIRA, E. Q.; NASCIMENTO, E. P. A interdisciplinaridade nas universidades brasileiras: trajetória e desafios. Redes, v. 21, n. 1, p. 209-232, 2016.





PHILIPPI JÚNIOR, A. et al. Uma visão atual e futura da interdisciplinaridade em C & T ambiental. In: PHILIPPI JÚNIOR, A. et al. (Eds.) Interdisciplinaridade em Ciências Ambientais. São Paulo: Signus, 2000.


POMBO, O. Epistemologia da interdisciplinaridade. Revista Iedação, v. 10, n. 1, p. 9-40, 2008.


RIOS, D. R. S.; SOUSA, D. A. B.; CAPUTO, M. C. Diálogos interprofissionais e interdisciplinares na prática extensionista: o caminho para a inserção do conceito ampliado de saúde na formação acadêmica. Interface, n. 23, p. 1-20, 2019.


RODRIGUEZ, C.A. H. Universidad e interdisciplina. In: CASTRO. H. U.; RODRIGUEZ, C.

A. H.; ZIMMERMAN, E. L. Interdisciplinaridad: un desafío para transformar la universidad en el siglo XXI. Cali: Universidade Autónoma de Occidente. 2017. p. 23-46.


SÁ, C. M. ‘Interdisciplinarity strategies’ in U. S. research universities. High Education, n.º 55, p. 537-552, 2008.


SANT ANA, W. P.; LEMOS, G. C. Metodologia científica: a pessoa qualitativa nas visões de Lüdke e André. Revista Eletrônica Científica Ensino Interdisciplinar, v.4, p. 12, p. 531- 541, 2018.


SANTOS, J, C. R. et al. Metodologias ativas e interdisciplinaridade na formação do nutricionista. Semina: Ciências Sociais e Humanas, v. 38, n. 1, p. 117-128, 2017.


SATOLO, V. P. X. et al. Um panorama histórico-conceitual da pesquisa interdisciplinar: uma análise a partir da pós-graduação da área interdisciplinar. Educação em Revista, v. 35, p. 1- 25, 2019.


SÁUL, T. S.; MUNENCHEN, C. Licenciaturas em Educação do Campo nas Ciências da Natureza: um olhar para suas especificidades. Educação em Revista, v. 36, p. 1-22, 2020.


SHU, F. Does interdisciplinary integration affect LIS doctoral student’s publishing productivity and quality in North America? Journal of education for Library and Information Science, v. 59, n. 3, 2018.


SUZANO JÚNIOR, B. F. Os Annales e a interdisciplinaridade: um balanço da historiografia polemista brasileira. Antítese, v.12, n. 23, p. 773-796, 2019.


TRIPP, B.; SHORTLIDGE, E. E. A framework to guide undergraduate education in interdisciplinary science. Life Science Education, n. 18, 2019.


VASEN, F.; VIENNI, B; La institucionalización de la interdisciplina em la universidad latinoamericana: experiencias y lecciones de Uruguay y Argentina. Avaliação, v. 22, n. 2, p. 544-565, 2017.


VILELA, M. V. F. Reflexões sobre o histórico e caminhos da interdisciplinaridade na educação superior no Brasil. Journal Health NPEPS, v. 4, n. 1, p. 6-15, 2019.




WALLACE, R. L.; CLARCK, S. G. Barriers to interdisciplinarity in Environmental Studies: a case of alarming trends in faculty and programmatic wellbeing. Issues in interdisciplinary studies, n. 35, p. 221-247. 2017. Disponible en:

https://environment.yale.edu/profile/clark/pubs. Acceso en 03 sep. 2021.


WHITE, D.; DELANEY, S. Full steam ahead, but who has the map for integration? A PRISMA Systematic review on the incorporation of interdisciplinary learning into schools. LUMAT, v. 9, n. 2, p. 09-32, 2021.


YOU, H. S.; DELGADO, C.; DEATLET, K. Expert’s model-based reasoning and interdisciplinary understanding of Carbon Cycle. International Journal of Research in Education and Science, v. 7, n. 2, p. 562-579, 2021.


ZHININ, G. L. V. et al. Interdisciplinaridad en la formación universitaria: una contribución para la malla curricular en Ecuador. Com Lecturas: Educación Física y Deportes. Efdeportes, 2019. Disponible en: https://www.efdeportes.com/efdeportes/index.php/EFDeportes/article/view/1295/718. Acceso en 14 sep. 2021.


ZOWADA, C. et al. Phosphate recovery as a topic for practical and interdisciplinary chemistry learning. Chemical Education, v. 96, n. 12, p. 2952-2958, 2019.


Cómo hacer referencia a este artículo


JÚNIOR, A. P´.; BISPO, C. J. C.; PONTES, A. N. La interdisciplinariedad en la enseñanza superior: Del grado al postgrado. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 1, p. 0751-0767, marzo 2022. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.1.15644


Sumisión en: 24/11/2021

Revisiones requeridas en: 19/02/2022

Aprobado en: 28/02/2022

Publicado en: 01/03/2022





INTERDISCIPLINARITY IN HIGHER EDUCATION: FROM UNDERGRADUATE TO GRADUATE


INTERDISCIPLINARIDADE NO ÂMBITO DO ENSINO SUPERIOR: DA GRADUAÇÃO À PÓS-GRADUAÇÃO


LA INTERDISCIPLINARIEDAD EN LA ENSEÑANZA SUPERIOR: DEL GRADO AL POSTGRADO


Antônio Pereira JÚNIOR1 Carlos José Capela BISPO2 Altem Nascimento PONTES3


ABSTRACT: Interdisciplinarity tends to present academic contexts of research and scientific production more accurately. The objective of this work was to analyze its application in higher education, from undergraduate to postgraduate. To answer the guiding question of this work, we first searched for the genesis and the concept of the word in question. Then, the historical context of its evolution in employability was verified in higher education institutions abroad and Brazil. After analyzing it was verified that there are still barriers that hinder the application of interdisciplinarity in the context of the higher education course because the concepts described lack more excellent discussions within the faculty and students.


KEYWORDS: Higher education. Interdisciplinarity. Integration of knowledge.


RESUMO: A interdisciplinaridade tende a apresentar contextos acadêmicos de pesquisa e produção científica com mais acurácia. O objetivo desse trabalho foi analisar a aplicação dela no ensino superior, desde a graduação até a pós-graduação. Para obter resposta ao questionamento norteador do trabalho, fez-se, em primeiro plano, uma busca sobre a gênese e o conceito da palavra em tela. Em seguida, verificou-se o contexto histórico da evolução em empregabilidade dela, nas instituições de ensino superior, no exterior e no Brasil. Após análise desses aspectos, verificou-se que ainda há barreiras que impedem a aplicação da interdisciplinaridade no contexto do curso superior, pois os conceitos descritos carecem de maiores discussões no âmbito docente e discente.


PALAVRAS-CHAVE: Ensino superior. Interdisciplinaridade. Integração de saberes.


1 Pará State University (UEPA), Belém, PA - Brazil. PhD student in the Graduate Program in Environmental Sciences at UEPA. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6241-985X. E-mail: antonio.junior@uepa.br

2 Pará State University (UEPA), Belém, PA - Brazil. PhD student in the Graduate Program in Environmental Sciences at UEPA. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-2399-3140.E-mail: capela@uepa.br

3 Pará State University (UEPA), Belém, PA - Brazil. Professor of the Graduate Program in Environmental Sciences at UEPA. PhD in Physics from the State University of Campinas. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9001-4603. E-mail: altempontes@uepa.br



RESUMEN: La interdisciplinariedad tiende a presentar los contextos académicos de la investigación y la producción científica con mayor precisión. El objetivo de este trabajo fue analizar su aplicación en la educación superior, desde el pregrado hasta el postgrado. Para obtener una respuesta a la pregunta guía de este trabajo, el primer paso fue buscar la génesis y el concepto de la palabra en cuestión. Luego, se verificó el contexto histórico de la evolución en las instituciones de educación superior, en el extranjero y en Brasil. Tras el análisis de estos aspectos, se constató que aún existen barreras que impiden la aplicación de la interdisciplinariedad en el contexto del curso de educación superior, ya que los conceptos descritos carecen de mayor discusión en el seno del profesorado y del alumnado.


PALABRAS-CLAVE: Educación superior. Interdisciplinariedad. Integración de conocimientos.


Introduction


The genesis of the term interdisciplinarity, according to Oliveira and Moreira (2017) and Melo (2015), has its roots in the Middle Ages, when scholars of the time realized that different disciplines or branches of knowledge had something in common with two or more distinct disciplines, or were able to establish relationships with each other such as, for example, the Trivium, which encompassed Grammar, rhetoric, and dialectics, or even Quadrivium, which encompassed geometry, arithmetic, music, and astronomy. For Olga Pombo (2008), the term interdisciplinarity is a complement to another: discipline. This, if looks converge towards cooperation among disciplines. This convergence and cooperation should be adopted both in undergraduate and graduate courses, both in the Lato sensu and Strictu sensu.

As for the concept, Ivani Fazenda (1999), states that there is no specific definition because interdisciplinarity associates knowledge, understanding and learning. Therefore, it is necessary that each learner has self-knowledge and that this can be shared with others. For other pioneering researchers such as Hilton Ferreira Japiassu (1934-2015), in the work entitled "Interdisciplinarity and the Pathology of Knowledge" published in 1976, he wrote that there is no adequate conceptualization for interdisciplinarity. For Ivani Fazenda (2008), when conceptualizing interdisciplinarity, one must first observe the use of this action, and cites an example: in teacher training. In this case, she defines that there is an interaction between certain disciplines, which may be two or more.

About the historical context of the application of interdisciplinarity in the educational process, Dántino and Seabra (2020), Karppinen, Kallumki and Komulainen (2019) and Andrade (2016), reported that the use of this term, occurred, for the first time, in 1930, by Louis Wirtz (1918-2009), German sociologist, to express what can be done from the cooperation




between several disciplines. In the same decade, Nery (2021) and Suzano Junior (2019), identified the occurrence of the historiographical and conceptual movement of the dichotomy "problem-history" associated with the foundation of the "Escuela de los Annales" in France, by Lucien Febvre (1878-1956) and Marc Bloch (1886-1944), this fact allowed the production of various forms and intentions of scientific writings, in addition to numerous academic productions and the exchanges of knowledge were effective.

In the 1960s, George Gusdorf (1912-2000) presented to the United Nations Educational, Scientific, and Cultural Organization (UNESCO), a project with an interdisciplinary approach in the Human Sciences, because in his view, this would allow greater depth in the teaching- learning relationship. According to França, André et al. (2021) and Baptista (2016), this caused an expansion of this approach, and reached North America, in the United States, and there, according to Sá (2008), the first application of the interdisciplinary approach occurred from the university reform proposed in 1996, adopted by Rockefeller University; in Central America, according to what is stated by Garcia and Oca (2017), in 2006, the Higher Pedagogical Institute of Cuba, creates the educational guidelines relating to interdisciplinarity.

In 1973, according to what Pereira and Nascimento (2016) write, Jean Piaget (1896- 1980) argued, in the work entitled "General problems of interdisciplinary research and common mechanisms", about the need to arrange the disciplines so that fragmentation of knowledge was avoided, and reciprocity between heterogeneous sectors was implemented. Thus, this line of thought would be in line with what René Descartes (1596-1650) stated about the non-separation of sciences, that is, scientific knowledge, in this sense Okamura (2019) and Vilela (2019), who complement about the need to apply this to the reality of the learner both in undergraduate and graduate education.

In Colombia, according to what was found by Castro (2017) and by Mousinho (2018), this interdisciplinary action is already in use and in discussion the expansion of this type of scientific research, in the Vicerrectoría Académica de la Universidad Autónoma de Occidente. Finally, since 2009 in Uruguay, the Universidad de la República, had already generated new cores of study that presented the interdisciplinary approach that identified the university triad: teaching, research and extension. In Brazil, Vasen and Vienni (2017), identified that in 2007, in Brazil, interdisciplinarity in the undergraduate curriculum occurred through the proposal of the Southern Bahia Federal University (UFSB) and, currently, it has already been adopted by the ABC Federal University.

In this country, Dántino and Seabra (2020) and Santos et al. (2017), reported that, since 1999, there has been an exacerbated growth in the numbers of undergraduate and postgraduate



courses. They stated this after analyzing data on course creation at these two levels of education, and identified a total of 46 undergraduate, master's, and doctoral courses in that year. To accompany the process of increasing interdisciplinarity in Brazil, Pereira and Nascimento (2016) wrote that the Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel (CAPES), in 2008, changed the multidisciplinary axis to interdisciplinary. This fact, further increased the expansion of higher education institutions, since, from the realization of the census of higher education conducted in 2019, it was found that there were 2,608 institutions of higher education divided into: 2,076 colleges; 249 university centers; 198 universities; 40 federal institutes of education and federal centers of technological education (MEC, 2020).

That same year, CAPES (2019) recognized the importance of interdisciplinarity for the Stricto sensu level. Since the interdisciplinary area was already home to 484 graduate courses (255, master's degrees; 133, doctorates; 94, professional master's degrees; 06, professional doctorates). Satolo et al. (2019) explain this volume of courses led to the creation of Thematic Chamber I, Environment & Agrarian in which the documents follow the curricular guidelines of international regulatory agencies, such as UNESCO, for example.

Despite all these facts, interdisciplinarity has not yet expanded to all undergraduate and graduate courses in Brazil. To confirm this fact, it is enough to access the Final Papers (TCC), dissertations and thesis to verify that there is still no unanimity. In order for this unanimity to exist, it is necessary to break down existing barriers in undergraduate and graduate courses, especially those where the "isolation of disciplinary content" is still visible, in addition to the individuality of each faculty member with respect to not changing the content from monodisciplinary to interdisciplinary.

About these barriers, Bammer et al. (2017), Keynejad, Yapa and Ganguli (2021) ask the following question: is it possible, in higher education to overcome barriers such as, for example, the aptitude and adherence of faculty to the practice of interdisciplinarity in this degree of education? If this is not yet occurring in an expansive manner in the HEIs in Brazil, then it is necessary to improve the interdisciplinary training of educators, exposing them how to confront the position of the human being and the surrounding world in the ethical, political and social sense.

Besides this, other barriers to interdisciplinarity were identified by Herberlein (1988), especially between the social sciences and the natural sciences, which, according to him, are five in number: 1) The former has developed less than the latter; 2) This is noticeable and discussed by social scientists and those of the natural sciences; 3) the weaknesses of the social




sciences are real and hinder interdisciplinary research; 4) lack of a disciplinary structure; and lastly, 5) Questions of control and power because science does not do itself by its own will.

One way to break through these barriers is with the application of Problem Based Learning (PBL). According to Duch et al. (2001), PBL is a teaching method that employs the complexity of academics' everyday lives to enhance learning about a given subject, to develop critical thinking skills, to find plausible solutions to the problem, and to communicate effectively to stakeholders.

On the use of PBL, Medeiros, Dias and Therrien (2021) and Saúl and Munenchen (2020), summarized that from the conduct of classes in which the PBL method is frequent as in rural education, the interdisciplinary context will be made encompassing agriculture with ecology (agroecology) and the conservation of natural resources, such as the correct use of soil (sustainability), or even, sustainability and territories. In such a way that its range of applicability is not limited, however, one cannot allow other disciplines to lose their scientific context, but rather to "add" knowledge for a good education of the apprentice and for him to become a professional with a broad vision in the future. Especially in studies of the environment and anthropic impacts, such as, for example, deforestation and road construction, soil permeability and low infiltration rate of rainwater, because all these studies are based on "the problem" (anthropic impacts), and the learning generated should be from it and the situation that it causes (e.g. global warming). This is the foundation of PBL.

Another barrier that generates a new question: what would be the best way to encourage an interdisciplinary experience for those who are beginning their academic careers? The answer lies in the suggestion made by MacLeod (2018), Tripp and Shortlidge (2019), to think about a reworking of pedagogical policy plans (PPP's), whose goal is to obtain an investigative process in the limits: cognitive, methodological and the conceptual ones and the integration of various disciplines and insert the learners for a continuous adherence and practice of this process. This statement corroborates the proposal of Chillón et al. (2019), when they state that due to the complex nature of reality, a multidimensional approach should be adopted from the curricular interdisciplinarity, especially in undergraduate courses.

The suggestion discussed by these authors is due to the fact that the PPP identifies and defines which directions the higher education institution wants to follow and how it can have the participation of several areas (For instance.: mathematics, biology, climatology, geography, among others). The insertion of interdisciplinarity should be accepted by all, and this way all HEIs will have a direction: the academic education of the students with greater amplitude about what surrounds them, independent of undergraduate and graduate courses.



One of the courses whose PPP requires interdisciplinarity is that of Environmental Sciences, either at the undergraduate or graduate level. One of the justifications for this statement is in the formation of the learner, in one of these levels of education, because he/she should be able to respond to the needs of the labor market, increasingly integrated in all senses because in this science the problems occur in integrated areas: water, air and soil, as concatenated with Article 43, of the Law of Directives and Bases of Brazilian Education (BRAZIL, 1996).

The application of interdisciplinarity to Environmental Sciences and Science of Technology should provide environmentally sustainable solutions. In this respect Philippi Júnior et al. (2000), cite part of chapters 34 and 35 of Agenda 21, which states that science is the basis for sustainable development, associated with an academic training that allows a global view of a particular "environmental problem" as, for example, the leakage of crude oil in ocean waters that requires solutions proposed by hydrologists, oceanographers, geologists, meteorologists, among others, and this shows that it is of paramount importance to build groups in Brazilian university education.

Finally, the objective of this work was to carry out an analysis of the application of interdisciplinarity in higher education institutions for graduation, specialization, master's and doctorate degrees, especially in Brazil. The results indicated that there is a slow expansion of the application of this teaching-learning modality and also identified the main barriers that prevent a more active expansion of interdisciplinarity, for the non-division of inter-teacher knowledge and the scarce inclusion of students in learning processes with PBL.


Methodology


This research is aligned with the so-called bibliographical and the methodological procedure of the exploratory type was applied. According to Gil (2017), the most common exploratory research is precisely the bibliographic survey. Since in this line there is production of scientific character based on interpretations of the researched objects, which in this case was interdisciplinarity. In this aspect, Pereira et al. (2018), summarized that when such methodological procedures are employed, the data described will be able to support future research.

Regarding the approach, the qualitative approach was used, as Sant Ana and Lemos (2018) described it. They stated that this type of research allows confronting information as well as data on the topic at hand. Another justification for this type of approach was the




statement by Gutierrez et al. (2020), regarding the application of interdisciplinarity in undergraduate and graduate courses: the maintenance of a critical-reflective posture, with an expansion of thinking about the social and political meaning and the performance of teachers at these levels of academic education.

The secondary data were obtained from open access electronic links such as the Periodical Portal of the Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel (CAPES), Scientific Electronic Library Online (SciELO), Science Direct, WebScience, and others. In addition, the time frame was between 2007 and 2021, i.e., the last 15 years. There are two justifications for this cut-off: 1) the promulgation of Decree 6.906 (BRAZIL, 2007); 2) the movements of greatest impact on interdisciplinarity that began in 1970: a) philosophical explanation for interdisciplinarity; b) sociological search to develop a method for interdisciplinarity; c) construction of the epistemology of interdisciplinarity and the search for the anthropological project (FAZENDA, 1995). For the time period, exceptions were made to the published legislation (Law of Directives and Bases, 1996), in addition to pioneering literature on the subject under analysis (HERBERLEIN, 1988; FAZENDA, 1995; 1999, PHILIPPI JÚNIOR et al., 2000; DUCH et al., 2001).


Results and Discussion

In the international context


The literature review indicated that for the European context, the interdisciplinary form of teaching and learning is the factor that will contribute to a more effective dimension in learning, especially at undergraduate and postgraduate level, whether Lato sensu or Stricto sensu. They also indicated that it is a methodological approach that promotes the integration of disciplines in both the international and national contexts.

In this regard, Carr et al. (2017) and Keynejad, Yapa, and Ganguli (2021), point out that in London, United Kingdom, the application of this methodology is present in Lato sensu or Stricto sensu graduate courses with research on water resources in health research from interdisciplinary programs signed between Arizona State University, King's College London and the University of New Wales for new approaches to the study of COVID-19, due to the probable genesis of the microorganism and the movement of waters via ocean currents that can cause displacement of this virus.

In this context, it is noticeable that the implementation of interdisciplinary spaces in which the exchange of knowledge there is a greater understanding, especially in the area of



health (immunologists, virologists), because any imbalance in the quality of air (meteorologists), soil (agronomists, environmental and forestry engineers) or water (sanitation engineers) induces the proliferation of pathogenic vectors. Therefore, understanding and studying in the light of interdicisplinarity is extremely important for the learner and for society. In this sense, Bammer (2017) and Gantogtokh and Quilan (2017), explain that both society and the environment need to be evaluated by teams composed of environmental and health sciences, so that there is effectiveness of interdisciplinarity and unification of the contents of each of those sciences.

In the United States, interdisciplinary practice is more frequent and involves everyday problems, linked to the environment in which the cycling of nutrients, chemical elements, and the formation of various substances, under a certain degree of temperature (physics) and the context of their use by living beings (biology). In this associative line You, Delgado and Deatley (2021) and Zowada, et al. (2019), reported that experiments with two chemical elements such as carbon and phosphorus, under interdisciplinary practice elevates learning about biogeochemical cycles which may induce better conservationist actions of these chemical elements.

Another applicability of interdisciplinarity was described by Awad, Salman, and Barak (2019) and White and Delaney (2021), with approaches about the study of physics (sound, sound waves, and sound systems) and the Science, Technology, Engineering and Mathematics (STEM) system, with the goal of verifying the success that may be obtained by teachers of these areas in interdisciplinary environments. The researchers concluded that the results are still sparse, but the advance exists, however, it lacks more interdisciplinary applications.

Another application of interdisciplinarity in undergraduate or graduate education can occur between libraries, academic information systems/information technology, and scientific research. On this, Shu (2018), from McGill University in Canada, reports that this interdisciplinarity improves the publishing behavior of doctoral students, as there is a prospect of speeding up their research and thereby publishing the data obtained in the form of results in journals that are linked by IT, and this can raise the number of citations of such research.

At this same academic level, that is, the doctorate, Gallemi-Perez and Chavéz-Medina (2021) and Pammer-Schindler et al. (2020), summarized that the field of interdisciplinarity, involving Psychology, Social Sciences, Physics, Biology, and among others, is still a factor that requires a lot of work. In light of this, Wallace and Clarck (2017) and Zhinin et al. (2019), stated that this is still a challenge, both for higher education institutions and for faculty, who




must possess a highly competent methodological vision regarding the solution of everyday problems at any level of higher studies.


In Latin America


For Latin America the information on the application of interdisciplinarity in higher education courses, identified that in two higher education institutions (HEI), the University of Buenos Aires (UBA) and the University of the Republic of Uruguay (UdelaR) this is already a reality. In this context, Vasen and Vienni (2017) and Zinhin et al. (2019) stated that this is due to the autonomy to propose that academic investigations in them, have an interdisciplinary character. Thus, according to what Nicolleti (2019) and Rodriguez (2017) summarized that this autonomy is important because it allows a better understanding of the social and political concepts that involve environmental problems, making interdisciplinarity an effective tool in academic research.


Brazil in the context of Interdisciplinarity


As for the data analyzed for the national territory, it was identified that the officialization of these modifications occurred from the publication of Decree No. 6,096 and what was described by Castro and Pereira (2019), the implementation of the Support Program for Restructuring and Expansion Plans of Universities (REUNI), whose stages of university learning occurs in three cycles: interdisciplinary baccalaureate, professional training, and the third, the post-graduation. In this vein, Medina, Pereira and Paiva (2019) and Carvalho and Santos (2021) identified that the insertion of interdisciplinarity in higher education can occur both in the field, in Petrolina - PE, and in several other cities, as was evidenced in the courses of Education, Nursing, Development and Environment, Teaching in Biosciences Health and Information Science.

About this expansion of interdisciplinarity in undergraduate courses, Cezarino and Correa (2019) and Coneglian, Valentim and Santarém Segundo (2021) reported that the results are still insignificant, because this has not yet been clearly identified in the teaching plans. However, there are exceptions such as in the Communication and Information Science courses with the Semantic Web, in which this is evident, i.e., when building model airplanes, where computational drawings and physics laboratory are used to elaborate tests of this model airplane. In the view of Pavanelo, Germano, and Freitas-Lemes (2017) and Santos et al. (2017),




the nuclear focus of the integration of disciplines and teachers that induce student learning are currently reasons for discussions in higher education institutions, whether in engineering or nutrition courses.

As for the Lato sensu post-graduation area, there was identification of the presence of the term interdisciplinarity. For Lima (2017) and Lança, Amaral and Gracioso (2018), there is always a tendency to state that it is a ubiquity and that although there has been a positive perception regarding interdisciplinarity notably in Information Science. For Jorge and Pontes (2017) and Rios, Sousa, and Caputo (2019), both in Social Work and in Health, there should always be dialogues between Social Workers, Pedagogues, Psychologists, and Doctors, so that there is an interdisciplinary vision that can help the individual in social insertion and in the search for a cure to the illness.

For the Stricto sensu, whether master's and/or doctorate, the analysis of the literatures indicated that there is still a resistance of the faculty, with very rare exceptions as to the functionality of this disciplinary junction, which becomes a barrier to interdisciplinarity in post- graduation. In the conception of Oliveira and Moreira (2017) and of DÁntino and Seabra (2020), this occurred due to the Cartesian type training, although there are characteristics between disciplines that are convergent and this makes it possible to break the fine lines of the scientific and technological frontier. Thus, Macêdo et al. (2017) and Satolo (2019) reported that interdisciplinarity in graduate programs has evolved and contributed to the critical construction within this perspective and that there are 335 courses at this level of education and there are difficulties to be overcome such as the low frequency in communication between researchers.


Final considerations


The application of interdisciplinarity is already active in undergraduate and graduate courses both internationally and nationally, and this occurred because there was a change from the multidisciplinary approach to the interdisciplinary one, followed by the insertion of this practice in undergraduate and graduate courses, but in few institutions of higher education, whether private or public. However, obstacles still remain as to the application in federal and state universities, one of them is linked to the definition of the individuality of each discipline, as well as to the different views of the professors regarding this new university and the information society that requires a more holistic view of the man-nature relationship.

In Europe and North America, the resulting studies and publications already present a more intense interdisciplinary character, which is explained by the changes in the context of the




teaching projects, the extension and the research adopted by higher education institutions in these regions. In Latin America, interdisciplinarity is already being used in Colombia and Uruguay. Meanwhile, in Brazil, there is still no effective application of interdisciplinarity both in undergraduate and postgraduate courses, since the number of distance learning and classroom courses at both levels has grown considerably over the last 12 years.

Furthermore, two barriers were identified: the sectorization of knowledge and the political-pedagogical projects that are not being updated with the reality of the holistic vision in the teaching-learning relationship. Thus, when its application is more effective, it can occur regardless of the academic background of the teacher-teacher of any area, making possible a better analysis for the problems that need it, and enabling a solution in which the living being and the environment are contemplated with better quality of life.

Therefore, a greater effort is needed, especially in Brazil, so that there is the possibility of maintaining a more open dialogue in which a higher level of inter-university, inter-sector university and inter-teacher information exchange, and a greater integration of students can become a reality. Thus, both research and extension projects can present a greater interdisciplinarity of the areas of scientific and/or empirical knowledge that cause local, regional and global changes so that society realizes that in higher education, academic training with the application of interdisciplinarity can contribute to a harmonious and healthy way of living.


REFERENCES


ANDRADE, E. P. Interdisciplinaridade e educação: sua importância, desafios e possibilidade de ensino. Centro Universitario Leonardo da Vinci, 2016.


ANDRÉ, Y. V. et al. La interdisciplinariedad en la formación del Licenciado en Cultura Física: su historia y tendencias. Revista Podium, v. 16, n. 1, p. 291-307, 2021


ANGELO, M. F.; BERTONI, F. C. Análise da aplicação do método PBL no processo de ensino e aprendizagem em um curso de engenharia de computação. Revista de Estudos de Engenharia, v. 30, n. 7, p, 35-42, 2011.


AWAD, N. A.; SALMAN, E.; BARAK, M. Integrating teachers to teach an interdisciplinary STEM-focused Program about, sound, waves, and communication systems. European Journal of STEM Education, v. 4, n. 1, p. 1-12, 2019.


BAMMER, G. Should we discipline interdisciplinarity? Palgrave communication, n. 30, p. 1-4. 2017.




BAPTISTA, B. V. Un “espacio interdisciplinario” em la universidad de La República

(Uruguay): desafíos y retos de institucionalizar la interdisciplina. In: CORTÉS, E. B.; SOTO,

J. C. V. (Coord.) El quehacer de la universidad ante los problemas complejos: la propuesta interdisciplinaria. México: Universidad Autónoma de Querátaro. 2016, p. 13-24.


BRAZIL. Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial [da] União: Seção 1, Brasília, DF, p. 27833, 23 dez. 1996. Available at: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394compilado.htm. Access on: 03 Sept 2021.


BRAZIL. Decreto n.º 6.096, de 24 de abril de 2007. Institui o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI. Diário Oficial [da] União: Seção 1, Brasília, DF, p. 7, 25 abr. 2007. Available at: https://legislacao.presidencia.gov.br/atos/?tipo=DEC&numero=6096&ano=2007&ato=eadoX WE9ENRpWTafd. Access on: 03 Sept. 2021.


CAPES. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Documento de área – Área 45: interdisciplinar. Brasília: Ministério da Educação, 2019. Available at: https://www.gov.br/capes/pt-br/centrais-de-conteudo/INTERDISCIPLINAR.pdf. Access on: 18 Sept. 2021.


CARR, G. et al. Emerging outcomes from a cross-disciplinary doctoral programmes on water resource systems. Water Policy, n. 19, p. 463-478, 2017.


CARVALHO, O. F.; SANTOS, J. L. A proposta pedagógica de Educação do Campo no estado de Pernambuco: diálogo entre Educação do Campo, currículo integrado e interdisciplinaridade. Revista Brasileira de Educação do Campo, v. 6, p. 1-27, 2021.


CASTRO, A. M. D. A.; PEREIRA, R. L. Universidade flexível: nova tendência para as universidades federais brasileiras. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 14, p. 1638-1654, 2019.


CASTRO, H. U. Disciplinas, interdisciplina Y universidad. In: CASTRO, H. U et al. Interdisciplinaridad: un desafío para transformar la universidad en el siglo XXI. Cali: Universidad Autónoma de Occidente, 2017. cap. 1, p. 9-15.


CEZARINO, L. O.; CORRÊA, H. L. Mensuração da interdisciplinaridade nos curso de graduação em Administração. Avaliação, v. 24, n. 1, p. 174-188, 2019.


CHILLÓN, N. T. et al. La interdisciplinariedad en el contexto universitario. Panorama, Cuba y Salud, v. 14, n. 1, p. 50-61, 2019.


CONEGLIAN, C. S.; VALENTIM, M. L. O.; SANTAREM SEGUNDO, J. E. Multi e

interdisciplinaridade entre a Ciência da Informação e a Ciência da Computação no âmbito da Web Semântica. Informação & Sociedade, v. 31, n. 1, p. 1-18, 2021.


CÓRDOVA, P. R.; BAADE, J. H.; SANTOS, A. M. Problem-Based Learning (PBL) e

interdisciplinaridade no ensino-aprendizagem de engenharia de software. Revista Ibero- Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. 4, p. 2078-2093, 2020.





DÁNTINO, M. E. F.; SEABRA, A. G. Interdisciplinaridade na educação: perspectivas teóricas e exemplo do Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento. In: ORSATI, F. T. et al. (org.) Transdisciplinaridade e Interdisciplinaridade na Educação. São Paulo: EDICON, 2020. cap. 1, p. 25-38.


DUCH, B. J.; GROH, S. E.; ALLEN, D. E. (Eds.). The power of Problem-Based learning.

Sterling: Stylus Publishing, 2001.


FAZENDA, I. C. A. Algumas considerações práticas sobre interdisciplinaridade. In: JANTSCH, A.; BIANCHETTI, L (org.). Interdisciplinaridade: para além da filosofia do sujeito. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.


FAZENDA, I. C. A. Interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa. 4. ed. Campinas, SP: Papyrus, 1999.


GALEMMÍ-PÉREZ, A.; CHAVEZ-MEDINA, V. Current and future challenges in interdisciplinary Ph.D. educations as perceived by students. Communications Physics, v.4, n. 6, p. 1-5, 2021.


GANTOGTONKH, O.; QUINLAND, K. M. Challenges of desiginin interdisciplinary postgraduate curricula: case studies of interdisciplinary master’s programmes at a research- intensive UK university. Teaching in higher educations, v. 22, n. 5, p. 569-586, 2017.


GARCIA, T. R. G.; OCA, F. D. M. La interdisciplinariedad: un reto para la universidad actual. Revista Cultural de Tecnología de la Salud, v.8, n. 1, p. 53-58, 2017.

GIL, C. A. Como elaborar projetos de pesquisa. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2017. GUTIERREZ, D.M. D.; MARTINS, R. C.; PIMENTEL, A. S. G. Diálogo, triangulação e

interdisciplinaridade: vias para integração metodológica entre pesquisas qualitativas e

quantitativas. Revista Educação, Sociedade e Meio Ambiente, v. 25, n. 2, p. 418-437, 2020.


HERBERLEIN, T. A. Improving interdisciplinary research: integrating the Social Science and Natural Science. Society and Natural Resources, v. 1, p. 5-16, 1998.


JORGE, E. M.; PONTES, R. N. A interdisciplinaridade e o Serviço Social: estudo das relações entre profissionais. Textos & Contextos, v. 16, n. 1, p. 175-187, 2017.


KARPPINEN, S.; KALLUNKI, V.; KOMULAINEN, K. Interdisciplinary craft designing and invention pedagogy in teacher education: student teachers creating smart textiles.

International Journal of Technology and Design Education, n. 29, p. 576-74, 2019.


KEYNEJAD, R C.; YAPA, H. M.; GANGULI, P. Achieving the sustainable development goals: investing in early career interdisciplinarity. Humanities & Social Sciences Communications, v. 8, n. 153, 1-5, 2021.


LANÇA, T. A.; AMARAL, R. M.; GRACIOSO, L. S. Multi e interdisciplinaridade nos programas de pós-graduação em Ciência da Informação brasileiros. Perspectiva em Ciência da Informação, v. 23, n. 4, p. 150-183, 2018.




LIMA, M. J. S. Filosofia e interdisciplinaridade. Pro-posições, v. 28, n. 1, p. 125-140, 2017. MACÊDO, M. A. et al. Interdisciplinaridade e programas de pós-graduação no Brasil.

Educação em Revista, n. 35, p. 1-25, 2019.


MACLEOD, M. What makes interdisciplinarity difficult? Some consequences of domain specificity in interdisciplinary practice. Synthese, n. 195, p. 607-720. 2018.


MEC. Ministério da Educação e Cultura. Censo da educação superior mostra aumento de matrículas no ensino a distância. Brasília, DF: MEC, 2020. Available at: https://www.gov.br/pt-br/noticias/educacao-e-pesquisa/2020/10/censo-da-educacao-superior- mostra-aumento-de-matriculas-no-ensino-a-distancia. Access on: 17 Dec. 2021.


MEDEIROS, E. A.; DIAS, A. M. D.; THERRIEN, J. Licenciaturas (interdisciplinares) em Educação do Campo: estudo sobre sua expansão no Brasil. Educação em Revista, v. 37, p. 1- 23, 2021.


MEDINA, P.; PEREIRA, M. L. M. L.; PAIVA, J. E. F. Estudo da ciência da educação fundamental na interdisciplinaridade por Olga Pombo: um estudo de revisão. Revista Ibero- Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 14, n. 4, p. 2287-2300, 2019.


MELO, W. A. C. R. A. Interdisciplinaridade: a trajetória histórica de um conceito. In: ENCONTRO REGIONAL NORDESTE DE HISTÓRIA ORAL, 10., 2015. Salvador. Anais

[...]. Salvador, BA, 2015. 18 p. Available at: https://www.nordeste2015.historiaoral.org.br/site/anaiscomplementares#W. Access on: 18 Sept. 2021.


MOUSINHO, S. H. A interdisciplinaridade ao alcance de todos. Revistas Educação Pública, 2018. Available at: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/18/12/a- interdisciplinaridade-ao-alcance-de-todos. Access on: 02 Sept. 2021.


NERY, D. P. A escola dos Annales: a revolução francesa da historiografia. 2021. Available at: https://jus.com.br/artigos/89809/a-escola-dos-annales-a-revolucao-francesa-da- historiografia. Access on: 18 Sep. 2021.


NICOLETTI. F. N. La interdisciplinaridad: una aproximación desde la comunicación popular, comunitaria y alternativa. Razón y Palabra, v. 23, n. 105, p. 190-2011, 2019.


OKAMURA, K. Interdisciplinarity revisited: evidence for research impact and dynamism.

Palgrave communications, n. 5, p. 141, p. 1-9, 2019.


OLIVEIRA, L. M. S. R.; MOREIRA, M. B. Da disciplinaridade para a interdisciplinaridade: um caminho a ser percorrido pela academia. REVASF, v.7, n. 12, p. 06-20, 2017.


PAMMER-SCHINDLER, V. et al. Interdisciplinary doctoral training in technology-enhanced learning in Europe. Frontiers in Education, v. 5, p. 1- 12, 2020.


PAVANELO, E.; GERMANO, J. S. E.; FREITAS-LEMOS, P. L. A interdisciplinaridade em cursos de engenharia. Revista Docência Do Ensino Superior, v.7, n. 2, p. 130-148, 2017.





PEREIRA, A. S. et al. Metodologia da pesquisa científica. Santa Maria: UAB/NTE/UFSM, 2018.


PEREIRA, E. Q.; NASCIMENTO, E. P. A interdisciplinaridade nas universidades brasileiras: trajetória e desafios. Redes, v. 21, n. 1, p. 209-232, 2016.


PHILIPPI JÚNIOR, A. et al. Uma visão atual e futura da interdisciplinaridade em C & T ambiental. In: PHILIPPI JÚNIOR, A. et al. (Eds.) Interdisciplinaridade em Ciências Ambientais. São Paulo: Signus, 2000.


POMBO, O. Epistemologia da interdisciplinaridade. Revista Iedação, v. 10, n. 1, p. 9-40, 2008.


RIOS, D. R. S.; SOUSA, D. A. B.; CAPUTO, M. C. Diálogos interprofissionais e interdisciplinares na prática extensionista: o caminho para a inserção do conceito ampliado de saúde na formação acadêmica. Interface, n. 23, p. 1-20, 2019.


RODRIGUEZ, C.A. H. Universidad e interdisciplina. In: CASTRO. H. U.; RODRIGUEZ, C.

A. H.; ZIMMERMAN, E. L. Interdisciplinaridad: un desafío para transformar la universidad en el siglo XXI. Cali: Universidade Autónoma de Occidente. 2017. p. 23-46.


SÁ, C. M. ‘Interdisciplinarity strategies’ in U. S. research universities. High Education, n.º 55, p. 537-552, 2008.


SANT ANA, W. P.; LEMOS, G. C. Metodologia científica: a pessoa qualitativa nas visões de Lüdke e André. Revista Eletrônica Científica Ensino Interdisciplinar, v.4, p. 12, p. 531- 541, 2018.


SANTOS, J, C. R. et al. Metodologias ativas e interdisciplinaridade na formação do nutricionista. Semina: Ciências Sociais e Humanas, v. 38, n. 1, p. 117-128, 2017.


SATOLO, V. P. X. et al. Um panorama histórico-conceitual da pesquisa interdisciplinar: uma análise a partir da pós-graduação da área interdisciplinar. Educação em Revista, v. 35, p. 1- 25, 2019.


SÁUL, T. S.; MUNENCHEN, C. Licenciaturas em Educação do Campo nas Ciências da Natureza: um olhar para suas especificidades. Educação em Revista, v. 36, p. 1-22, 2020.


SHU, F. Does interdisciplinary integration affect LIS doctoral student’s publishing productivity and quality in North America? Journal of education for Library and Information Science, v. 59, n. 3, 2018.


SUZANO JÚNIOR, B. F. Os Annales e a interdisciplinaridade: um balanço da historiografia polemista brasileira. Antítese, v.12, n. 23, p. 773-796, 2019.


TRIPP, B.; SHORTLIDGE, E. E. A framework to guide undergraduate education in interdisciplinary science. Life Science Education, n. 18, 2019.




VASEN, F.; VIENNI, B; La institucionalización de la interdisciplina em la universidad latinoamericana: experiencias y lecciones de Uruguay y Argentina. Avaliação, v. 22, n. 2, p. 544-565, 2017.


VILELA, M. V. F. Reflexões sobre o histórico e caminhos da interdisciplinaridade na educação superior no Brasil. Journal Health NPEPS, v. 4, n. 1, p. 6-15, 2019.


WALLACE, R. L.; CLARCK, S. G. Barriers to interdisciplinarity in Environmental Studies: a case of alarming trends in faculty and programmatic wellbeing. Issues in interdisciplinary studies, n. 35, p. 221-247. 2017. Available at: https://environment.yale.edu/profile/clark/pubs.

Access on 03 Sept. 2021.


WHITE, D.; DELANEY, S. Full steam ahead, but who has the map for integration? A PRISMA Systematic review on the incorporation of interdisciplinary learning into schools. LUMAT, v. 9, n. 2, p. 09-32, 2021.


YOU, H. S.; DELGADO, C.; DEATLET, K. Expert’s model-based reasoning and interdisciplinary understanding of Carbon Cycle. International Journal of Research in Education and Science, v. 7, n. 2, p. 562-579, 2021.


ZHININ, G. L. V. et al. Interdisciplinaridad en la formación universitaria: una contribución para la malla curricular en Ecuador. Com Lecturas: Educación Física y Deportes. Efdeportes, 2019. Available at: https://www.efdeportes.com/efdeportes/index.php/EFDeportes/article/view/1295/718. Access on 14 Sept. 2021.


ZOWADA, C. et al. Phosphate recovery as a topic for practical and interdisciplinary chemistry learning. Chemical Education, v. 96, n. 12, p. 2952-2958, 2019.





How to reference this article


JÚNIOR, A. P´.; BISPO, C. J. C.; PONTES, A. N. Interdisciplinarity in higher education: From undergraduate to graduate. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 1, p. 0751-0767, Mar. 2022. e-ISSN: 1982-5587. DOI:

https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.1.15644


Submitted: 24/11/2021 Revisions required: 19/02/2022 Approved: 28/02/2022 Published: 01/03/2022


Management of translations and versions: Editora Ibero-Americana de Educação Translator: Thiago Faquim Bittencourt

Translation reviewer: Alexander Vinícius Leite da Silva