image/svg+xmlMemória e subjetividade: A percepção de profissionais da educação infantil frente à pandemia de Covid-19 RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884 1021 MEMÓRIA E SUBJETIVIDADE: A PERCEPÇÃO DE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO INFANTIL FRENTE À PANDEMIA DE COVID-19 MEMORIA Y SUBJETIVIDAD: LA PERCEPCIÓN DE LOS PROFESIONALES DE LA EDUCACIÓN INFANTIL ANTE LA PANDEMIA DEL COVID-19 MEMORY AND SUBJECTIVITY: THE PERCEPTION OF PROFESSIONALS IN EARLY CHILDHOOD EDUCATION FACING THE COVID-19 PANDEMIC Eliane KÜSTER1Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA2RESUMO: O artigo tem por objetivo discutir os impactos da pandemia de Covid-19 em instituições públicas de Educação Infantil, em município da região metropolitana de Curitiba, PR, a partir da memória de gestores sobre o isolamento social, os encaminhamentos pedagógicos, a manutenção dos profissionais da educação em seus cargos, a participação dos pais e o desenvolvimento integral das crianças. A narrativa dos sujeitos foi analisada considerando suas subjetividades e seus espaços de poder. A pesquisa foi realizada na perspectiva da História Cultural, com apoio em Chartier (2002), Delory-Momberger (2014) e Lima, Geraldi e Geraldi (2015), entre outros. Do ponto de vista metodológico, o estudo teve caráter bibliográfico, documental e de campo. A pesquisa permitiu aprofundar e tensionar as diferentes subjetividades de profissionais da Educação Infantil, num espaço coletivo, por meio das memórias relativas ao momento histórico vivido. PALAVRAS-CHAVE: História cultural. Memória. Subjetividade. Covid-19. Educação infantil. RESUMEN: El artículo tiene como objetivo discutir los impactos de la pandemia Covid-19 en las instituciones públicas de Educación Infantil, en un municipio de la región metropolitana de Curitiba, PR, desde la memoria de los gestores sobre el aislamiento social, las derivaciones pedagógicas, el mantenimiento de la formación de profesionales de educación en sus posiciones, la participación de los padres y el desarrollo integral de los niños. Las narrativas de los sujetos fueron analizadas considerando sus subjetividades y sus espacios de poder. La investigación se realizó desde la perspectiva de la Historia Cultural, con el apoyo de Chartier (2002), Delory-Momberger (2014) y Lima, Geraldi y Geraldi (2015), entre otros. Desde el punto de vista metodológico, el estudio tuvo un carácter bibliográfico, documental y de campo. La investigación permitió profundizar y tensar las diferentes subjetividades de profesionales de la Educación Infantil, en un espacio colectivo, a través de memorias relacionadas con el momento histórico vivido. 1Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Curitiba – PR – Brasil. Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Educação. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6683-2940. E-mail: likuster@yahoo.com.br 2Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Curitiba – PR – Brasil. Professora do curso de Pedagogia e do Programa de Pós-Graduação em Educação. Doutorado em Educação. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3759-0377. E-mail: alboni@alboni.com
image/svg+xmlEliane KÜSTER e Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884 1022 PALABRAS CLAVE:Historia cultural. Memoria. Subjetividad. Covid-19. Educación infantil. ABSTRACT: The article aims to discuss the impacts of the Covid-19 pandemic on public institutions of Early Childhood Education, in a municipality in the metropolitan region of Curitiba, PR, from the memory of managers about social isolation, pedagogical referrals, maintenance of professional education in their positions, the participation of parents and the total development of children. The subjects’ narratives were analyzed considering their subjectivities and their spaces of power. The research was carried out from the perspective of Cultural History, supported by Chartier (2002), Delory-Momberger (2014) and Lima, Geraldi and Geraldi (2015), among others. From a methodological point of view, the study had a bibliographic, documentary and field nature. The research allowed deepening and tensioning the different subjectivities of professionals in Early Childhood Education, in a collective space, through memories related to the historical moment experienced. KEYWORDS:Cultural history. Memory. Subjectivity. Covid-19. Early childhood education. IntroduçãoEste artigo trata dos impactos da pandemia de Covid-19 em instituições públicas de Educação Infantil, em município da região metropolitana de Curitiba, PR, a partir da memória de gestores sobre o isolamento social, os encaminhamentos pedagógicos, a manutenção dos profissionais da educação em seus cargos, a participação dos pais e o desenvolvimento integral das crianças, considerando o prolongado período de interrupção de atividades presenciais que ocorreu entre março e dezembro de 2020. A pesquisa foi realizada na perspectiva da História Cultural, com apoio em Chartier (2002), Delory-Momberger (2014) e Lima, Geraldi e Geraldi (2015), entre outros autores fundantes. Diante dessa perspectiva, que busca “identificar o modo como em diferentes lugares e momentos uma determinada realidade social é construída, pensada, dada a ler” (CHARTIER, 2002, p. 16-17), foram estabelecidos os seguintes objetivos específicos: apresentar a evolução da pandemia de Covid-19; verificar estratégias de enfrentamento à pandemia no âmbito da Educação; investigar a percepção de profissionais da Educação Infantil frente à pandemia de Covid-19. Estudos no campo da educação têm se mostrado cada vez mais interessados em “tecer aproximações sobre a complexidade das interações sociais que se estabelecem no mundo globalizado e informatizado”, e perante a isso “os esquemas interpretativos [...] devem se tornar cada vez mais dinâmicos para potencializar [...] possibilidades de intervir nessas interações” (ABRAHÃO; PASSEGGI, 2012, p. 53). Do ponto de vista metodológico, este
image/svg+xmlMemória e subjetividade: A percepção de profissionais da educação infantil frente à pandemia de Covid-19 RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884 1023 estudo teve caráter bibliográfico, documental e de campo, a partir de “narrativas de experiências do vivido [...], [também conhecidas como] narrativas de experiências educativas” (LIMA; GERALDI; GERALDI, 2015, p. 26). É na narrativa que o sujeito faz das experiências que produz “as categorizações que lhe permitem apropriar-se do mundo social e definir seu lugar nele” (DELORY-MOMBERGER, 2014, p. 293). A narrativa está presente em todos os lugares, sociedades e grupos humanos. Uma narrativa de vida nunca é definitiva, “ela se reconstrói a cada enunciação e reconstrói com ela o sentido da história que enuncia” (DELORY-MOMBERGER, 2014, p. 317). Nesta pesquisa, a narrativa dos sujeitos foi analisada considerando suas subjetividades e seus espaços de poder; foram tomadas providências relativas à cessão de direitos para uso dos dados na pesquisa e assegurado total anonimato dos participantes. O estudo apresenta-se em três seções: Covid-19: a evolução da pandemia; O enfrentamento da pandemia no tocante à Educação; Os impactos da pandemia na Educação Infantil de São José dos Pinhais, PR. Covid-19: a evolução da pandemia A população mundial acompanha estarrecida a evolução da pandemia de Covid-19, seus impactos e as drásticas modificações que vem causando em diversas áreas, entre elas: pessoais, sociais, culturais, econômicas, políticas, sanitárias e educacionais. Tudo começou quando a incidência de vários casos de pneumonia na cidade de Wuhan, província de Hubei, na República Popular da China, foi comunicada oficialmente à Organização Mundial da Saúde, doravante denominada OMS, em 31 de dezembro de 2019. Tratava-se de um novo tipo de coronavírus que não havia sido identificado antes em seres humanos. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde, doravante denominada OPAS, os coronavírus “estão por toda parte [...] [,] são a segunda principal causa de resfriado comum (após rinovírus) e, até as últimas décadas, raramente causavam doenças mais graves em humanos do que o resfriado comum” (OPAS, 2020). Em 7 de janeiro de 2020, uma semana após esse alerta, as autoridades chinesas confirmaram que haviam identificado um novo tipo de coronavírus com alto potencial de contaminação e letalidade, “que no início foi temporariamente nomeado 2019-nCoV” (OPAS, 2020). Desde o momento em que foi informada sobre os casos de Wuhan, a OMS tem trabalhado em conjunto com autoridades chinesas e especialistas globais para “aprender mais
image/svg+xmlEliane KÜSTER e Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884 1024 sobre o vírus, como ele afeta as pessoas que estão doentes, como podem ser tratadas e o que os países podem fazer para responder [ao surto]” (OPAS, 2020). A OMS declarou, em 30 de janeiro de 2020, que “o surto do novo coronavírus constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) – o mais alto nível de alerta da Organização, conforme previsto no Regulamento Sanitário Internacional” (OPAS, 2020), no intuito de aprimorar a coordenação, a cooperação e a solidariedade global para interromper a propagação do vírus. Essa foi a sexta ocasião em que a OMS declarou uma emergência dessa magnitude; as anteriores foram: a pandemia de H1N1, em 25 de abril de 2009; a disseminação internacional de Poliovírus, em 5 de maio de 2014; o surto de Ebola na África Ocidental, em 8 de agosto de 2014; o vírus Zika e aumento de casos de microcefalia e outras malformações congênitas, em 1 de fevereiro de 2016; e o surto de Ebola na República Democrática do Congo, em 18 de maio de 2018. O novo coronavírus, responsável por causar a doença Covid-19, até então conhecido como 2019-nCoV, em 11 de fevereiro de 2020, recebeu o nome de SARS-CoV-2. A OMS descreve a Covid-19 como “uma doença infecto-respiratória semelhante à gripe. Por ser um vírus novo, a taxa de infecção é alta, pois não há imunidade por adoecimento prévio ou proteção por vacina” (OPAS, 2020). Entre os sintomas mais comuns da Covid-19 estão: febre, cansaço e tosse seca. Porém, alguns infectados também podem apresentar dores, congestão nasal, dor de cabeça, conjuntivite, dor de garganta, diarreia, perda de paladar ou olfato, erupção cutânea na pele ou descoloração dos dedos das mãos ou dos pés. “Esses sintomas geralmente são leves e começam gradualmente. Algumas pessoas são infectadas, mas apresentam apenas sintomas muito leves [ou permanecem assintomáticas]” (OPAS, 2020). Conforme dados divulgados pela OPAS, a maior parte dos casos de Covid-19 (cerca de 80%) se recupera da doença sem precisar de tratamento hospitalar; a cada seis pessoas infectadas, uma fica gravemente doente e desenvolve dificuldade de respirar; as pessoas idosas e aquelas que apresentam comorbidades como pressão alta, problemas cardíacos e do pulmão, diabetes ou câncer, enquadram-se no grupo de risco por serem mais suscetíveis à doença. No entanto, qualquer pessoa pode ser infectada, ficar gravemente doente e até entrar em óbito por complicações decorrentes da Covid-19. No que tange às formas de contágio, evidências apontam que o novo coronavírus pode se espalhar por meio de contato “direto, indireto ([...] superfícies ou objetos contaminados) ou próximo (na faixa de um metro) com pessoas infectadas através de [...] saliva e secreções respiratórias ou de suas gotículas respiratórias, que são expelidas quando uma pessoa tosse, espirra, fala ou canta” (OPAS, 2020).
image/svg+xmlMemória e subjetividade: A percepção de profissionais da educação infantil frente à pandemia de Covid-19 RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884 1025 Diante da disseminação da Covid-19, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em 11 de março de 2020, anunciou que a doença atingiu o patamar de pandemia, considerando que o termo utilizado para tal caracterização se refere à “distribuição geográfica de uma doença e não à sua gravidade. A designação reconhece que, no momento, existem surtos de COVID-19 em vários países e regiões do mundo” (OPAS, 2020). Descrever a situação como uma pandemia não alterou a avaliação sobre a ameaça representada pelo novo coronavírus. Como bem enfatizou Tedros Adhanom Ghebreyesus: “Os países devem adotar uma abordagem envolvendo todo o governo e toda a sociedade, construída em torno de uma estratégia integral e combinada para prevenir infecções, salvar vidas e minimizar o impacto” (WHO, 2020). Em colaboração, a OPAS “tem prestado apoio técnico aos países das Américas e recomendado manter o sistema de vigilância alerta, preparado para detectar, isolar e cuidar precocemente de pacientes infectados com o novo coronavírus” (OPAS, 2020). A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, doravante denominada UNESCO, também está comprometida em “apoiar os governos na educação a distância, na ciência aberta, além de compartilhar conhecimento e cultura, como meio fundamental para se unir e estreitar os laços [...] [da] humanidade compartilhada” perante a crise mundial de saúde pública instaurada pela pandemia. Em resposta à Covid-19, a UNESCO declarou: A COVID-19 nos diz que a cooperação científica é fundamental ao lidar com um problema global de saúde pública. Diz-nos que a continuação da educação deve ser garantida quando tantas crianças hoje não podem ir à escola. É um lembrete absoluto da importância de informações confiáveis e de qualidade no momento em que os rumores estão florescendo. Ela nos mostra o poder da cultura e do conhecimento para fortalecer o tecido humano e a solidariedade, em um momento em que tantas pessoas ao redor do mundo devem manter distância social e ficar em casa (UNESCO, 2020a). A necessidade de contenção da pandemia evidencia implicações éticas e de direitos humanos na implantação de estratégias de enfrentamento que dependem de ações da saúde pública e do governo para atenuar os impactos, destacando principalmente o distanciamento social, fato que alterou drasticamente a rotina da população mundial, atingindo as mais variadas áreas, entre elas, a educação.
image/svg+xmlEliane KÜSTER e Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884 1026 O enfrentamento da pandemia no tocante à Educação Uma das estratégias adotadas mundialmente para conter a pandemia de Covid-19 foi o fechamento de escolas. À vista disso, “governos têm implementado soluções de educação a distância e lidado com a complexidade para oferecer educação de forma remota, desde o fornecimento de conteúdo e apoio a professores, até orientar as famílias e a enfrentar os desafios da conectividade” (UNESCO, 2020b). A UNESCO tem apoiado os países a ampliar suas práticas de aprendizagem a distância, a ponto de atingir crianças e jovens em maior risco social. “A equidade é a preocupação suprema, porque os fechamentos prejudicam de forma desproporcional os estudantes vulneráveis e desfavorecidos, que dependem das escolas para receber uma gama de serviços sociais, incluindo saúde e nutrição” (UNESCO, 2020b). Em 26 de março de 2020, a UNESCO lançou uma ampla coalizão entre organizações internacionais, sociedade civil e parceiros do setor privado para garantir a aprendizagem, a Coalizão Global de Educação, com ênfase na equidade e na igualdade entre homens e mulheres, e o propósito de atender às necessidades específicas dos países afetados pela pandemia, conforme previsto durante reuniões com seus respectivos ministros da Educação. A Coalizão se esforçará para atender às necessidades com soluções gratuitas e seguras, unindo parceiros para tratar dos desafios da conectividade e de conteúdos, entre outros. Irá fornecer ferramentas digitais e soluções de gestão da aprendizagem para colocar online recursos educacionais nacionais digitalizados, além de selecionar recursos para o ensino a distância e fortalecer a expertise técnica, ao usar uma combinação de abordagens tecnológicas e comunitárias, dependendo dos contextos locais. Em todas as intervenções, será dada atenção especial para garantir a segurança dos dados e a proteção da privacidade de estudantes e professores (UNESCO, 2020b). Conforme divulgado pela UNESCO (2020b), essa coalizão visa, em especial, ajudar os países na mobilização de recursos e na implementação de soluções inovadoras e adequadas ao contexto para fornecer educação a distância, utilizando abordagens de baixa e alta tecnologia, ou mesmo sem nenhuma tecnologia; buscar soluções equitativas e acesso universal; assegurar respostas coordenadas e evitar a duplicação de esforços; facilitar o retorno de estudantes às escolas quando estas reabrirem, para evitar um aumento nas taxas de abandono. Outra contribuição da UNESCO é a cobertura dos principais tópicos educacionais em resposta à pandemia de Covid-19, com a divulgação de notas informativas, as quais fornecem evidências de boas práticas, dicas e links para fontes importantes, a fim de amenizar o impacto do fechamento temporário das escolas. Essas notas informativas são elaboradas
image/svg+xmlMemória e subjetividade: A percepção de profissionais da educação infantil frente à pandemia de Covid-19 RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884 1027 coletivamente por especialistas em educação da organização em todo o mundo e abrangem vários tópicos em nove áreas temáticas, conforme designadas pela UNESCO (2020c): saúde e bem-estar; continuidade do ensino e aprendizagem; equidade e igualdade entre homens e mulheres; ensino e aprendizagem; ensino superior e TVET (Technical Vocational Education and Training) – educação profissional e tecnológica; educação e cultura; política e planejamento educacional; populações vulneráveis; educação para a cidadania global; e educação para o desenvolvimento sustentável. Além disso, o Instituto Internacional de Planejamento Educacional da UNESCO (International Institute for Educational Planning) também preparou uma série de cinco documentos “Five steps to support education for all in the time of COVID-19” (IIEP-UNESCO, 2020), “com a intenção de ajudar os países com orientações sobre garantir o acesso à educação de qualidade durante a COVID-19” (UNESCO, 2020c). No Brasil, em 3 de fevereiro de 2020, o Ministério da Saúde, por meio da Portaria nº. 188, declarou “Emergência em Saúde Pública de importância Nacional (ESPIN) em decorrência da Infecção Humana pelo novo Coronavírus (2019-nCoV)” (BRASIL, 2020e, p. 1), e no dia 6 de fevereiro de 2020 foi sancionada a Lei Federal nº. 13.979, a qual dispõe a respeito de “medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019” (BRASIL, 2020a, p. 1). Perante isso, o Ministério da Educação também percebeu a necessidade de implantar medidas de prevenção ao Covid-19 no tocante à educação brasileira, e iniciou esse processo com a publicação da Portaria nº. 343, de 17 de março de 2020, que autorizou, em caráter excepcional, “a substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais enquanto durar a situação de pandemia do Novo Coronavírus - COVID-19” (BRASIL, 2020d, p. 39). Em 18 de março de 2020, o Conselho Nacional de Educação, doravante denominado CNE, considerando as implicações da pandemia no fluxo do calendário escolar, tanto na educação básica quanto na educação superior, divulgou uma Nota de Esclarecimento (BRASIL, 2020b), no intuito de elucidar aos sistemas e às redes de ensino, de todos os níveis, etapas e modalidades, que porventura tivessem necessidade de reorganizar as atividades acadêmicas ou de aprendizagem em face da suspensão das atividades escolares por conta de ações preventivas à propagação da Covid-19, que: [...] ao adotar as providências necessárias e suficientes para garantir a segurança da comunidade social, [...] devem considerar a aplicação dos dispositivos legais em articulação com as normas estabelecidas por
image/svg+xmlEliane KÜSTER e Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884 1028 autoridades federais, estaduais, e dos sistemas de ensino, para a organização das atividades escolares e execução de seus calendários e programas, ficando, a critério dos próprios [...] a gestão do calendário e a forma de organização, realização ou reposição de atividades acadêmicas e escolares [...] [e que] no exercício de sua autonomia e responsabilidade na condução dos respectivos projetos pedagógicos e dos sistemas de ensino, compete às autoridades dos sistemas de ensino federal, estaduais, municipais e distrital, [...] autorizar a realização de atividades a distância [...] [em todos os] níveis e modalidades [...] [de ensino] (BRASIL, 2020b, p. 1-2). A partir de então, Conselhos Estaduais de Educação de diversos estados e vários Conselhos Municipais de Educação “emitiram resoluções e/ou pareceres orientativos para as instituições de ensino pertencentes aos seus respectivos sistemas sobre a reorganização do calendário escolar e uso de atividades não presenciais” (‘BRASIL, 2020c, p. 63). No caso do estado do Paraná, o Decreto nº. 4.230, de 16 de março de 2020, que “dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus – COVID-19” (PARANÁ, 2020), permitiu a adoção de algumas medidas direcionadas ao setor da Educação, entre elas: isolamento; quarentena; suspensão das aulas presenciais; antecipação de recesso escolar; teletrabalho aos servidores públicos pertencentes aos grupos de risco. Os impactos da pandemia na Educação Infantil de São José dos Pinhais, PR Ao considerar as narrativas de experiências do vivido como “[...] pesquisas que só passam a existir porque, havendo uma experiência significativa na vida do sujeito pesquisador, este a toma como objeto de compreensão [...] [, e que essas] pesquisas decorrem de uma situação não experimental, mas vivencial” (LIMA; GERALDI; GERALDI, 2015, p. 26), este estudo parte de experiências vivenciadas, em tempos de pandemia de Covid-19, por gestores de Centros Municipais de Educação Infantil, doravante denominados CMEIs, no período de março a dezembro de 2020, em São José dos Pinhais, município da região metropolitana de Curitiba, PR, que conta com sistema próprio de ensino, instituído por meio da Lei nº. 632/2004, em 29 de outubro de 2004, quando passou a ter autonomia para definir suas próprias normas, “mas sempre de acordo com a legislação nacional” (PARANÁ, 2006, p. 15), e tornou-se responsável por: [...] organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais de seu sistema de ensino (secretaria municipal de educação, conselho municipal de educação e estabelecimentos municipais de educação básica), baixar normas complementares para este sistema, bem como autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos de seu sistema de ensino
image/svg+xmlMemória e subjetividade: A percepção de profissionais da educação infantil frente à pandemia de Covid-19 RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884 1029 (estabelecimentos municipais de educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, e instituições privadas de educação infantil) (PARANÁ, 2006, p. 14). Sendo assim, após o CNE vir a público para elucidar aos sistemas e às redes de ensino a necessidade de reorganizar as atividades acadêmicas por conta de ações preventivas à propagação da Covid-19, o Conselho Municipal de Educação, doravante denominado CME, também emitiu resoluções e/ou pareceres orientativos sobre a reorganização do calendário escolar e uso de atividades não presenciais. Diante da necessidade de intensificar as medidas indispensáveis à promoção e à preservação da saúde pública, a Secretaria Municipal de Educação, doravante denominada SEMED, solicitou aos gestores que divulgassem informações, reforçassem medidas de higienização e ofertassem álcool em gel 70% para todos os usuários. Em 17 de março de 2020, o Decreto Municipal nº. 3.726, determinou que as aulas fossem suspensas a partir de 23 de março de 2020, pelo período que se fizesse necessário, “conforme comunicação do Poder Executivo Municipal” (SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, 2020b, p. 4). Em decorrência disso, o recesso previsto para o mês de julho foi antecipado para o período de 23 de março a 5 de abril de 2020. A Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos, em 31 de março de 2020, divulgou orientações voltadas às medidas de segurança que deveriam ser adotadas pelos servidores públicos durante o cumprimento de suas atribuições. Ainda nessa data, a SEMED comunicou aos gestores que as aulas permaneceriam suspensas por tempo indeterminado. No dia 27 de abril de 2020, o CME publicou a Deliberação nº. 04/2020, a qual instituiu normas para o “desenvolvimento de atividades e estudos escolares não presenciais no âmbito do Sistema Municipal de Ensino de São José dos Pinhais e decorrência da legislação específica sobre a pandemia causada pelo novo Coronavírus – COVID-19 e outras providências” (SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, 2020a, p. 2) e a SEMED publicou a Portaria nº. 27/2020, onde estabeleceu “orientações para realização das atividades pedagógicas não presenciais para a Educação Infantil (Pré I e Pré II) [...] da Rede Municipal de Ensino de São José dos Pinhais” (SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, 2020c, p. 37). Os professores regressaram às unidades de ensino em 4 de maio de 2020, de forma escalonada, para receber orientações dos gestores e planejar as atividades pedagógicas não presenciais. Frente a essa situação sem precedentes, foram adotadas alternativas para tentar garantir a equidade, de modo que as crianças tivessem acesso ao conhecimento e desenvolvessem suas potencialidades. Ao planejar, atentaram-se aos campos de experiências,
image/svg+xmlEliane KÜSTER e Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884 1030 com propostas que contemplassem a realidade social das famílias, priorizando a indissociabilidade entre o cuidar e o educar, interações e brincadeiras. A responsabilidade pela oferta de atividades pedagógicas não presenciais ficou a cargo das equipes docentes dos quarenta e quatro CMEIs de São José dos Pinhais, no período de 11 de maio a 17 de dezembro de 2020. A princípio, as entregas aconteciam uma vez por semana, mas a partir de 22 de junho de 2020 passaram a ser quinzenalmente. Os gestores recomendaram aos profissionais que tomassem todos os cuidados de prevenção durante as entregas de atividades aos pais e/ou responsáveis e que cumprissem o prazo de sete dias, após a devolução, para então manipulá-las. Os registros nas atividades foram considerados como efetiva participação das crianças, as quais foram avaliadas quanto a aprendizagem e o desenvolvimento, durante todo o processo, de maneira diagnóstica, formativa, contínua, cumulativa e devolutiva, por meio de pareceres descritivos semestrais. Para validação das atividades pedagógicas não presenciais como períodos letivos, os gestores protocolaram requerimentos junto ao CME, contendo: atas de reuniões dos Conselhos CMEIs, descrições de tais atividades abordando as metodologias e recursos utilizados, com remissão à proposta pedagógica curricular da Rede Municipal de Ensino e ao Referencial Curricular de São José dos Pinhais; demonstrações de frequências ou participações das crianças nas atividades realizadas. Após validação, toda a documentação referente ao processo foi arquivada nas respectivas unidades de ensino, onde deverá permanecer por cinco anos. Conforme a Portaria n.º 27/2020 (SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, 2020c), durante o período de pandemia, os gestores foram incumbidos de: orientar pais e/ou responsáveis para que comparecessem individualmente aos CMEIs para retirar e/ou devolver as atividades pedagógicas não presenciais, conforme cronogramas; dar publicidade ao processo de implementação dessas atividades; assegurar a garantia do cumprimento das determinações da SEMED; monitorar e garantir às equipes pedagógicas e docentes a efetividade do processo envolvendo toda comunidade escolar; acompanhar a participação das equipes pedagógicas e docentes; emitir relatórios; auxiliar os professores na resolução das dúvidas; orientar e participar, junto com as equipes pedagógicas e docentes, do preenchimento de documentação comprobatória da realização do processo. As equipes pedagógicas ficaram responsáveis por: articular com as equipes diretivas sobre os conhecimentos trabalhados e os planejamentos, considerando as especificidades de cada turma; contribuir no enriquecimento pedagógico dos registros dos professores; monitorar e garantir às equipes docentes a efetividade do processo envolvendo toda a comunidade escolar; acompanhar a efetiva participação dos professores;
image/svg+xmlMemória e subjetividade: A percepção de profissionais da educação infantil frente à pandemia de Covid-19 RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884 1031 organizar reuniões com as equipes docentes, respeitando as orientações da OMS; emitir relatórios; auxiliar os professores na resolução das dúvidas relacionadas ao processo e no preenchimento de formulários sobre conteúdos trabalhados. No que tange às orientações às famílias durante esse período de distanciamento social, gestores esclareceram aos pais e/ou responsáveis que as atividades pedagógicas não presenciais tinham o propósito de minimizar os impactos na aprendizagem das crianças, uma vez que elas se desenvolvem por meio das interações e brincadeiras, e, para tanto, é importante a organização de rotinas e atividades que oportunizem a vivência de uma gama de experiências no ambiente familiar. Algumas das sugestões repassadas aos familiares para realização das atividades enviadas pelos CMEIs foram: estabelecer horários e locais adequados para a realização das propostas; combinar rotinas com as crianças, incluindo horários para diferentes tarefas diárias (acordar, dormir, higiene pessoal, trocas de roupas, arrumar a cama, refeições, brincadeiras, organização de pertences, etc); seguir as indicações dos professores para orientar as crianças na realização das propostas; as atividades devem ser realizadas pelas crianças com o auxílio dos familiares: é muito importante que as crianças tenham liberdade de expressão e de escolha, adultos devem apenas mediar os processos; reservar intervalos para descanso, hidratação e alimentação; entre outras. Nas incidências de não comparecimento dos familiares, alternada ou sequencialmente, para retirar e/ou devolver as atividades pedagógicas não presenciais, houve busca ativa por parte das equipes gestoras. Após várias tentativas infrutíferas e não havendo nenhum tipo de contato ou justificativa por parte dessas famílias, os casos foram encaminhados ao Programa de Articulação dos Direitos da Criança (PADIC), tendo o propósito de articular ações com o Conselho Tutelar, a fim de acompanhar casos de infrequência, evasão escolar ou suspeita de violação de direitos (negligência, abandono, violência física, abuso sexual e outros), e assim tomar as providências cabíveis. Outro fator de destaque no âmbito da Educação Infantil em tempos de pandemia de Covid-19 foi o aumento significativo de solicitações de transferências por parte de famílias que passaram por dificuldades financeiras e tiveram que desistir de manter seus filhos em instituições privadas, para buscar vagas em unidades de ensino da rede pública. Os CMEIs que contemplavam as modalidades de Infantil I a Infantil IV mantiveram a suspensão do calendário escolar de 23 de março até 17 de dezembro de 2020. Não houve distribuição de atividades pedagógicas não presenciais para essas modalidades, por não se enquadrarem como etapas da Educação Básica.
image/svg+xmlEliane KÜSTER e Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884 1032 No intuito de aproveitar o período de home officepara promover estudos sobre Referencial Curricular e BNCC, foram utilizadas estratégias de formação à distância: salas de vídeo no Facebooke Google Meet; Google Drivepara compartilhamento de documentos; encontros presenciais nos CMEIs, em pequenos grupos, para trocas de experiências e elaboração de planejamentos; envio de propostas pedagógicas via e-mails; grupos de WhatsApp, com caráter informativo e dialógico; contatos telefônicos; livesno YouTube; cursos online, webconferênciase podcasts; entre outras. Foi possível perceber intenso desgaste no trabalho pedagógico no decorrer do ano de 2020: profissionais assoberbados com multitarefas, o que extrapolou os expedientes de trabalho; equipes gestoras, pedagógicas e docentes respondendo e-mailse mensagens de WhatsAppa todo momento (dia, noite, intervalos de descanso, feriados e finais de semana); excesso de formações, reuniões e atendimentos online;planejamentos de atividades pedagógicas não presenciais, com registro e correção, o que não era uma prática em tempos que precederam a pandemia. A ausência das crianças no ambiente escolar gerou melancolia. O estresse e o medo de contaminação pelo coronavírus também afetaram o psicológico da maioria dos profissionais. A incerteza de medidas eficazes de prevenção e a expectativa pela cura da Covid-19 influenciaram negativamente a Educação Infantil. Durante o período de suspensão das aulas presenciais, também foram desenvolvidas algumas ações sociais para auxiliar as famílias das crianças matriculadas na Rede Municipal de Ensino de São José dos Pinhais, entre elas, a distribuição de kitsde merenda escolar. Os gestores ficaram responsáveis pela organização, divulgação e distribuição das cestas básicas nas unidades de ensino, no intuito de ampliar o impacto social dessa ação e assim garantir o mínimo de qualidade alimentar e bem-estar às crianças. Como meios de divulgação os gestores utilizaram: cartazes; telefonemas; informativos impressos; postagens em redes sociais, tais como, Instagrame Facebook; e-mails; criação de grupos de pais no WhatsApp, para repasse de informativos e cronogramas de distribuição dos kits; mensagens via Messengere Telegram; entre outros. Para calcular as quantidades de alimentos que fariam parte dos kitsde merenda escolar, a equipe de nutricionistas da Divisão de Merenda Escolar da SEMED levou em consideração as refeições regulares a que cada criança teria direito durante sua permanência em uma unidade de ensino, num período correspondente a 20 dias letivos, bem como suas necessidades nutricionais, de acordo com as diretrizes do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e as instruções do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Os kitsforam distribuídos nos CMEIs, com o auxílio dos professores, juntamente
image/svg+xmlMemória e subjetividade: A percepção de profissionais da educação infantil frente à pandemia de Covid-19 RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884 1033 com as atividades pedagógicas não presenciais. Educadores sociais também auxiliaram no atendimento às famílias das crianças matriculadas nas modalidades de Infantil I ao Infantil IV. O período de distribuição de kitsde merenda escolar ocorreu de maio a novembro de 2020. No que se refere à reorganização de calendário escolar e reposição de atividades, o Parecer 5/2020, publicado pelo CNE, assegura que nessa “situação de excepcionalidade para a educação infantil, é muito difícil quantificar em horas as experiências que as crianças pequenas terão nas suas casas” (BRASIL, 2020c, p. 63), por conseguinte, o CME de São José dos Pinhais não determinou reorganização do calendário escolar 2020, reposição de atividades ou prorrogação do ano letivo à Educação Infantil. Considerações finais Diante das considerações a respeito dos impactos da pandemia de Covid-19 em instituições públicas de Educação Infantil, no município de São José dos Pinhais, PR, bem como o prolongado período de interrupção de atividades presenciais que ocorreu entre março e dezembro de 2020, este estudo possibilitou uma breve apresentação da evolução da pandemia de Covid-19 pelo mundo, permitiu a verificação de estratégias de enfrentamento da pandemia, no âmbito da Educação, e, por meio de narrativas, favoreceu investigações quanto às percepções de gestores da Educação Infantil frente à pandemia de Covid-19, quanto ao isolamento social, encaminhamentos pedagógicos, manutenção dos profissionais da educação em seus cargos, participação dos pais e desenvolvimento integral das crianças. Em suma, a pesquisa permitiu aprofundar e tensionar as diferentes subjetividades de profissionais da Educação Infantil, num espaço coletivo, por meio das memórias relativas ao momento histórico vivido. REFERÊNCIAS ABRAHÃO, M. H. M. B.; PASSEGGI, M. C. As narrativas de formação, a teoria do professor reflexivo e a autorregulação da aprendizagem: Uma possível aproximação. In: SIMÃO, A. M. V. V.; FRISON, L. M. B.; ABRAHÃO, M. H. M. B. (org.). Autorregulação da aprendizagem e narrativas autobiográficas: Epistemologia e práticas. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2012. BRASIL. Lei Federal n. 13.979, de 06 de fevereiro de 2020. Dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019. Brasília, DF: Presidência da República, 2020a. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/l13979.htm. Acesso em: 21 jul. 2020.
image/svg+xmlEliane KÜSTER e Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884 1034 BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Nota de Esclarecimento. Brasília, DF: CNE, 2020b. Disponível em: https://www.consed.org.br/storage/download/5e78b3190caee.pdf. Acesso em: 21 jul. 2020. BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CP n. 5/2020. Brasília, DF: CNE; CP, 2020c. Disponível em: pcp005_20 (semesp.org.br). Acesso em: 21 jul. 2020. BRASIL. Ministério da Educação. Gabinete do Ministro. Portaria n. 343, de 17 de março de 2020. Dispõe sobre a substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais enquanto durar a situação de pandemia do Novo Coronavírus - COVID-19. Brasília, DF: Ministro de Estado da Educação, 2020d. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-343-de-17-de-marco-de-2020-248564376. Acesso em: 21 jul. 2020. BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria n. 188, de 03 de fevereiro de 2020.Declara Emergência em Saúde Pública de importância Nacional (ESPIN) em decorrência da Infecção Humana pelo novo Coronavírus (2019-nCoV). Brasília, DF: Ministro de Estado da Saúde, 2020e. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Portaria/Portaria-188-20-ms.htm. Acesso em: 21 jul. 2020. CHARTIER, R. A história cultural: Entre práticas e representações. Lisboa: Difel, 2002. DELORY-MOMBERGER, C. As histórias de vida: Da invenção de si ao projeto de formação. Natal: EDUFRN, 2014. IIEP-UNESCO. Five steps to support education for all in the time of COVID-19.Paris: IIEP-UNESO, 2020. Disponível em: http://www.iiep.unesco.org/en/five-steps-support-education-all-time-covid-19-13382. Acesso em: 14 jul. 2020. LIMA, M. E. C. C.; GERALDI, C. M. G.; GERALDI, J. W. O trabalho com narrativas na investigação em educação. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 31, n. 1, p. 17-44, jan./mar. 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/edur/v31n1/0102-4698-edur-31-01-00017.pdf. Acesso em: 07 jul. 2020. OPAS. Organização Pan-Americana da Saúde. COVID-19 (doença causada pelo novo coronavírus). Paho, 2020. Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=6101:covid19&Itemid=875. Acesso em: 07 jul. 2020. PARANÁ. Orientações para (Re)Elaboração, Implementação e Avaliação de Proposta Pedagógica na Educação Infantil. Curitiba, PR: Secretaria de Estado da Educação, 2006. PARANÁ. Decreto Estadual n. 4.230, de 16 de março de 2020. Dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus – COVID-19. Curitiba, PR: Governo do Estado, 2020. Disponível em: https://www.legislacao.pr.gov.br/legislacao/listarAtosAno.do?action=exibirImpressao&codAto=232854. Acesso em: 21 jul. 2020.
image/svg+xmlMemória e subjetividade: A percepção de profissionais da educação infantil frente à pandemia de Covid-19 RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884 1035 SÃO JOSÉ DOS PINHAIS. Deliberação n. 04/2020, de 27 de abril de 2020. Instituição de normas para o desenvolvimento de atividades e estudos escolares não presenciais no âmbito do Sistema Municipal de Ensino de São José dos Pinhais e decorrência da legislação específica sobre a pandemia causada pelo novo Coronavírus – COVID-19 e outras providências. São José dos Pinhais, PR: Conselho Municipal de Educação, 2020a. Disponível em: http://servicos.sjp.pr.gov.br/servicos/anexos/doe/20200427_160744_76.pdf. Acesso em: 29 abr. 2020. SÃO JOSÉ DOS PINHAIS. Decreto n. 3.726, de 17 de março de 2020. Dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus – COVID-19 e dá outras providências. São José dos Pinhais, PR: Prefeito Municipal, 2020b. Disponível em: http://servicos.sjp.pr.gov.br/servicos/anexos/doe/20200317_164955_12526.pdf. Acesso em: 18 mar. 2020. SÃO JOSÉ DOS PINHAIS. Portaria n. 27/2020, de 27 de abril de 2020. São José dos Pinhais, PR: Secretaria Municipal de Educação, 2020c. Disponível em: http://www.sjp.pr.gov.br/wp-content/uploads/2020/04/20200429_073929_12526.pdf. Acesso em 29 abr. 2020. UNESCO. Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. Resposta à Covid-19. Paris: Unesco, 2020a. Disponível em: https://pt.unesco.org/covid19. Acesso em: 07 jul. 2020. UNESCO. Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. A UNESCO reúne organizações internacionais, sociedade civil e parceiros do setor privado em uma ampla coalizão para garantir #AprendizagemNuncaPara. Paris: Unesco, 2020b. Disponível em: https://pt.unesco.org/news/unesco-reune-organizacoes-internacionais-sociedade-civil-e-parceiros-do-setor-privado-em-uma. Acesso em: 14 jul. 2020. UNESCO. Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. UNESCO E COVID-19: Notas informativas de educação. Paris: Unesco, 2020c. Disponível em: https://pt.unesco.org/news/unesco-e-covid-19-notas-informativas-educacao. Acesso em: 14 jul. 2020. WHO. World Health Organization. WHO Director-General's opening remarks at the media briefing on COVID-19. Geneva: World Health Organization, 2020. Disponível em: https://www.who.int/dg/speeches/detail/who-director-general-s-opening-remarks-at-the-media-briefing-on-covid-19---11-march-2020. Acesso em: 07 jul. 2020.
image/svg+xmlEliane KÜSTER e Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884 1036 Como referenciar este artigo KUSTER, E.; VIEIRA, A. M. D. P. Memória e subjetividade: A percepção de profissionais da Educação Infantil frente à pandemia de Covid-19. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884 Submetido em: 22/11/2021 Revisões requeridas em: 06/02/2022 Aprovado em: 27/03/2022 Publicado em: 30/06/2022 Processamento e edição: Editoria Ibero-Americana de Educação. Revisão, formatação, padronização e tradução.
image/svg+xmlMemoria y subjetividad: La percepción de los profesionales de la educación infantil ante la pandemia del Covid-19 RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: htpps://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.158841021 MEMORIA Y SUBJETIVIDAD: LA PERCEPCIÓN DE LOS PROFESIONALES DE LA EDUCACIÓN INFANTIL ANTE LA PANDEMIA DEL COVID-19 MEMÓRIA E SUBJETIVIDADE: A PERCEPÇÃO DE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO INFANTIL FRENTE À PANDEMIA DE COVID-19 MEMORY AND SUBJECTIVITY: THE PERCEPTION OF PROFESSIONALS IN EARLY CHILDHOOD EDUCATION FACING THE COVID-19 PANDEMIC Eliane KÜSTER1Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA2RESUMEN:El artículo tiene como objetivo discutir los impactos de la pandemia Covid-19 en las instituciones públicas de Educación Infantil, en un municipio de la región metropolitana de Curitiba, PR, desde la memoria de los gestores sobre el aislamiento social, las derivaciones pedagógicas, el mantenimiento de la formación de profesionales de educación en sus posiciones, la participación de los padres y el desarrollo integral de los niños. Las narrativas de los sujetos fueron analizadas considerando sus subjetividades y sus espacios de poder. La investigación se realizó desde la perspectiva de la Historia Cultural, con el apoyo de Chartier (2002), Delory-Momberger (2014) y Lima, Geraldi y Geraldi (2015), entre otros. Desde el punto de vista metodológico, el estudio tuvo un carácter bibliográfico, documental y de campo. La investigación permitió profundizar y tensar las diferentes subjetividades de profesionales de la Educación Infantil, en un espacio colectivo, a través de memorias relacionadas con el momento histórico vivido. PALABRAS CLAVE:Historia cultural. Memoria. Subjetividad. Covid-19. Educación infantil. RESUMO: O artigo tem por objetivo discutir os impactos da pandemia de Covid-19 em instituições públicas de Educação Infantil, em município da região metropolitana de Curitiba, PR, a partir da memória de gestores sobre o isolamento social, os encaminhamentos pedagógicos, a manutenção dos profissionais da educação em seus cargos, a participação dos pais e o desenvolvimento integral das crianças. A narrativa dos sujeitos foi analisada considerando suas subjetividades e seus espaços de poder. A pesquisa foi realizada na perspectiva da História Cultural, com apoio em Chartier (2002), Delory-Momberger (2014) e Lima, Geraldi e Geraldi (2015), entre outros. Do ponto de vista metodológico, o estudo teve caráter bibliográfico, documental e de campo. A pesquisa permitiu aprofundar e tensionar as diferentes subjetividades de profissionais da Educação Infantil, num espaço coletivo, por meio das memórias relativas ao momento histórico vivido. 1Pontificia Universidad Católica de Paraná (PUCPR), Curitiba PR Brasil. Estudiante de Doctorado en Educación. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6683-2940. E-mail: likuster@yahoo.com.br 2Pontificia Universidad Católica de Paraná (PUCPR), Curitiba PR Brasil. Profesora de pedagogía y del Programa de Posgrado en Educación. Doctorado en Educación. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3759-0377. E-mail: alboni@alboni.com
image/svg+xmlEliane KÜSTER e Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: htpps://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.158841022 PALAVRAS-CHAVE: História cultural. Memória. Subjetividade. Covid-19. Educação infantil. ABSTRACT: The article aims to discuss the impacts of the Covid-19 pandemic on public institutions of Early Childhood Education, in a municipality in the metropolitan region of Curitiba, PR, from the memory of managers about social isolation, pedagogical referrals, maintenance of professional education in their positions, the participation of parents and the total development of children. The subjects’ narratives were analyzed considering their subjectivities and their spaces of power. The research was carried out from the perspective of Cultural History, supported by Chartier (2002), Delory-Momberger (2014) and Lima, Geraldi and Geraldi (2015), among others. From a methodological point of view, the study had a bibliographic, documentary and field nature. The research allowed deepening and tensioning the different subjectivities of professionals in Early Childhood Education, in a collective space, through memories related to the historical moment experienced. KEYWORDS:Cultural history. Memory. Subjectivity. Covid-19. Early childhood education. IntroducciónEste artículo aborda los impactos de la pandemia de Covid-19 en instituciones públicas de Educación Infantil, en un municipio de la región metropolitana de Curitiba, PR, desde la memoria de los gestores sobre el aislamiento social, las referencias pedagógicas, el mantenimiento de los profesionales de la educación en sus puestos, la participación de los padres de familia y el desarrollo integral de los niños, considerando el prolongado período de interrupción de las actividades presenciales que se produjo entre marzo y diciembre de 2020. La investigación se realizó desde la perspectiva de la Historia Cultural, con apoyo en Chartier (2002), Delory-Momberger (2014) y Lima, Geraldi y Geraldi (2015), entre otros autores fundadores. En vista de esta perspectiva, se busca "identificar cómo en diferentes lugares y momentos se construye, se piensa, se da a leer una realidad social dada" (CHARTIER, 2002, p. 16-17), se establecieron los siguientes objetivos específicos: presentar la evolución de la pandemia de Covid-19; verificar estrategias para hacer frente a la pandemia en el campo de la Educación; investigar la percepción de los profesionales de la Educación Infantil frente a la pandemia de Covid-19. Los estudios en el campo de la educación se han interesado cada vez más en "tejer enfoques sobre la complejidad de las interacciones sociales que se establecen en el mundo globalizado e informatizado", y en vista de esto "los esquemas interpretativos [...] deben volverse cada vez más dinámicos para mejorar [...] las posibilidades de intervenir en estas interacciones" (ABRAHÃO; PASSEGGI, 2012, p. 53). Desde el punto de vista metodológico,
image/svg+xmlMemoria y subjetividad: La percepción de los profesionales de la educación infantil ante la pandemia del Covid-19 RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: htpps://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.158841023 este estudio tuvo un carácter bibliográfico, documental y de campo, basado en "narrativas de experiencias de lo vivido [...], [también conocidas como] narrativas de experiencias educativas" (LIMA; GERALDI; GERALDI, 2015, p. 26). Es en la narrativa que el sujeto hace de las experiencias que produce "las categorizaciones que le permiten apropiarse del mundo social y definir su lugar en él" (DELORY-MOMBERGER, 2014, p. 293). La narrativa está presente en todas partes, sociedades y grupos humanos. Una narrativa de la vida nunca es definitiva, "se reconstruye con cada enunciación y reconstruye con ella el sentido de la historia que enuncia" (DELORY-MOMBERGER, 2014, p. 317). En esta investigación se analizó la narrativa de los sujetos considerando sus subjetividades y sus espacios de poder; se adoptaron medidas relativas a la cesión de derechos para el uso de datos en la investigación y se garantizó el pleno anonimato de los participantes. El estudio se presenta en tres sesiones: Covid-19: la evolución de la pandemia; Hacer frente a la pandemia en materia de educación; Los impactos de la pandemia en la Educación Infantil en São José dos Pinhais, PR. Covid-19: la evolución de la pandemia La población mundial sigue la evolución de la pandemia de Covid-19, sus impactos y los drásticos cambios que ha venido provocando en varios ámbitos, entre ellos: personal, social, cultural, económico, político, sanitario y educativo. Todo comenzó cuando la incidencia de varios casos de neumonía en la ciudad de Wuhan, provincia de Hubei, República Popular China, se informó oficialmente a la Organización Mundial de la Salud, en lo sucesivo denominada OMS, el 31 de diciembre de 2019. Era un nuevo tipo de coronavirus que no se había identificado antes en humanos. Según la Organización Panamericana de la Salud, en adelante OPS, los coronavirus "están en todas partes [...] [,] son la segunda causa principal de resfriado común (después del rinovirus) y, hasta las últimas décadas, rara vez han causado enfermedades más graves en humanos que el resfriado común" (OPAS, 2020). El 7 de enero de 2020, una semana después de esta alerta, las autoridades chinas confirmaron que habían identificado un nuevo tipo de coronavirus con alto potencial de contaminación y letalidad, "que primero fue nombrado temporalmente 2019-nCoV" (OPAS, 2020). Desde el momento en que se informó sobre los casos de Wuhan, la OMS ha estado trabajando estrechamente con las autoridades chinas y expertos mundiales para "aprender más
image/svg+xmlEliane KÜSTER e Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: htpps://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.158841024 sobre el virus, cómo afecta a las personas que están enfermas, cómo pueden ser tratadas y qué pueden hacer los países para responder [al brote]" (OPAS, 2020). La OMS declaró el 30 de enero de 2020 que "el brote del nuevo coronavirus constituye una Emergencia de Salud Pública de Importancia Internacional (ESPII), el nivel de alerta más alto de la Organización, según lo previsto en el Reglamento Sanitario Internacional". (OPAS, 2020), coordinación, cooperación y solidaridad global para detener la propagación del virus. La SSA fue la sexta vez que la OMS declaró una emergencia de esta magnitud; los anteriores fueron: la pandemia de H1N1, el 25 de abril de 2009; la propagación internacional del polio virus el 5 de mayo de 2014; el brote de ébola en África occidental el 8 de agosto de 2014; virus del zika y aumento de casos de microcefalia y otras malformaciones congénitas el 1 de febrero de 2016; y el brote de ébola en la República Democrática del Congo el 18 de mayo de 2018. El nuevo coronavirus, responsable de causar la enfermedad Covid-19, hasta ahora conocido como 2019-nCoV, el 11 de febrero de 2020, fue nombrado SARS-CoV-2. Quien describe el Covid-19 como "una enfermedad infecto-respiratoria similar a la influenza. Debido a que es un virus nuevo, la tasa de infección es alta, ya que no hay inmunidad debido a una enfermedad previa o protección de vacunas" (OPAS, 2020). Entre los síntomas más comunes del Covid-19 se encuentran: fiebre, cansancio y tos seca. Sin embargo, algunos infectados también pueden experimentar dolor, congestión nasal, dolor de cabeza, conjuntivitis, dolor de garganta, diarrea, pérdida del gusto o del olfato, erupción cutánea o decoloración de los dedos de las manos o de los pies. "Estos síntomas suelen ser leves y comienzan gradualmente. Algunas personas están infectadas, pero solo tienen síntomas muy leves [o permanecen asintomáticas](OPAS, 2020). Según datos divulgados por la OPS, la mayoría de los casos de Covid-19 (alrededor del 80%) se recuperan de la enfermedad sin necesidad de tratamiento hospitalario; cada seis personas infectadas, una se enferma gravemente y desarrolla dificultad para respirar; las personas mayores y las que tienen comorbilidades como presión arterial alta, problemas cardíacos y pulmonares, diabetes o cáncer, entran en el grupo de riesgo porque son más susceptibles a la enfermedad. Sin embargo, cualquier persona puede infectarse, enfermarse gravemente e incluso morir por complicaciones derivadas del Covid-19. En cuanto a las formas de contagio, la evidencia indica que el nuevo coronavirus puede propagarse a través de "contacto directo e indirecto ([...] superficies u objetos contaminados) o cerca (en el rango de un metro) con personas infectadas a través de saliva y
image/svg+xmlMemoria y subjetividad: La percepción de los profesionales de la educación infantil ante la pandemia del Covid-19 RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: htpps://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.158841025 secreciones o sus gotitas respiratorias, que se expulsan cuando una persona tose, estornuda, habla o canta" (OPAS, 2020). Ante la propagación del Covid-19, el director general de la OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, el 11 de marzo de 2020, anunció que la enfermedad había alcanzado el nivel de pandemia, considerando que el término utilizado para dicha caracterización se refiere a la "distribución geográfica de una enfermedad y no a su gravedad. La designación reconoce que actualmente hay brotes de COVID-19 en varios países y regiones del mundo" (OPAS, 2020). Describir la situación como una pandemia no alteró la evaluación de la amenaza que representa el nuevo coronavirus. Como Tedros Adhanom Ghebreyesus enfatizó acertadamente: "Los países deben adoptar un enfoque que involucre a todo el gobierno y la sociedad en su conjunto, construido en torno a una estrategia integral y combinada para prevenir infecciones, salvar vidas y minimizar el impacto" (WHO, 2020). En colaboración, la OPAS ha brindado apoyo técnico a los países de las Américas y ha recomendado mantener alerta el sistema de vigilancia, preparado para detectar, aislar y atender precozmente a los pacientes infectados con el nuevo coronavirus" (OPAS, 2020). La Organización de las Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la Cultura, en lo sucesivo denominada UNESCO, también se compromete a "apoyar a los gobiernos en la educación a distancia, la ciencia abierta y el intercambio de conocimientos y cultura, como un medio fundamental para unir y fortalecer los lazos [...] [de] humanidad compartida" ante la crisis de salud pública mundial establecida por la pandemia. En respuesta a la Covid-19, la UNESCO declaró: COVID-19 nos dice que la cooperación científica es clave para hacer frente a un problema de salud pública mundial. Nos dice que la educación continua debe garantizarse cuando tantos niños hoy en día no pueden ir a la escuela. Es un recordatorio absoluto de la importancia de la información confiable y de calidad en un momento en que los rumores están floreciendo. Nos muestra el poder de la cultura y el conocimiento para fortalecer el tejido humano y la solidaridad, en un momento en que tantas personas en todo el mundo deben mantener la distancia social y quedarse en casa (UNESCO, 2020a). La necesidad de contener la pandemia resalta las implicaciones éticas y de derechos humanos en la implementación de estrategias de afrontamiento que se basan en acciones de salud pública y gubernamentales para mitigar los impactos, destacando principalmente el distanciamiento social, hecho que alteró drásticamente la rutina de la población mundial, llegando a las más variadas áreas, incluida la educación.
image/svg+xmlEliane KÜSTER e Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: htpps://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.158841026 Hacer frente a la pandemia en materia de educación Una de las estrategias adoptadas a nivel mundial para contener la pandemia de Covid-19 fue el cierre de escuelas. En vista de esto, "los gobiernos han implementado soluciones de educación a distancia y han abordado la complejidad para proporcionar educación de forma remota, desde proporcionar contenido y apoyo a los maestros, hasta guiar a las familias y abordar los desafíos de conectividad" (UNESCO, 2020b). La UNESCO ha ayudado a los países a ampliar sus prácticas de aprendizaje a distancia hasta el punto de llegar a los niños y jóvenes con mayor riesgo social. "La equidad es la máxima preocupación porque los cierres perjudican desproporcionadamente a los estudiantes vulnerables y desfavorecidos, que dependen de las escuelas para recibir una gama de servicios sociales, incluida la salud y la nutrición" (UNESCO, 2020b). El 26 de marzo de 2020, la UNESCO lanzó una amplia coalición de organizaciones internacionales, la sociedad civil y los socios del sector privado para garantizar el aprendizaje, la Coalición Mundial para la Educación, con énfasis en la equidad e igualdad de género, y el propósito de satisfacer las necesidades específicas de los países afectados por la pandemia, según lo dispuesto durante las reuniones con sus respectivos ministros de educación. La Coalición se esforzará por satisfacer las necesidades con soluciones gratuitas y seguras, uniendo a los socios para abordar los desafíos de conectividad y contenido, entre otros. Proporcionará herramientas digitales y soluciones de gestión del aprendizaje para poner en línea los recursos educativos nacionales digitalizados, así como seleccionar recursos para el aprendizaje a distancia y fortalecer la experiencia técnica, mediante el uso de una combinación de enfoques tecnológicos y comunitarios, dependiendo de los contextos locales. En todas las intervenciones, se prestará especial atención a garantizar la seguridad de los datos y la protección de la privacidad de los estudiantes y profesores (UNESCO, 2020b). Como anunció la UNESCO (2020b), esta coalición tiene como objetivo, en particular, ayudar a los países a movilizar recursos e implementar soluciones innovadoras y apropiadas para el contexto para proporcionar educación a distancia, utilizando enfoques de baja y alta tecnología, o incluso sin ninguna tecnología; buscar soluciones equitativas y acceso universal; garantizar respuestas coordinadas y evitar la duplicación de esfuerzos; facilitar el regreso de los estudiantes a las escuelas cuando reabran, para evitar un aumento en las tasas de deserción escolar. Otro aporte de la UNESCO es la cobertura de los principales temas educativos en respuesta a la pandemia de Covid-19, con la difusión de notas informativas, que aporten evidencia de buenas prácticas, consejos y enlaces a fuentes importantes, con el fin de mitigar
image/svg+xmlMemoria y subjetividad: La percepción de los profesionales de la educación infantil ante la pandemia del Covid-19 RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: htpps://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.158841027 el impacto del cierre temporal de escuelas. Estas hojas informativas son preparadas colectivamente por expertos en educación de toda la organización y cubren varios temas en nueve áreas temáticas, según lo designado por la UNESCO (2020c): salud y bienestar; la continuidad de la enseñanza y el aprendizaje; la igualdad entre hombres y mujeres; enseñanza y aprendizaje; educación superior y TVET (Technical Vocational Education and Training) educación profesional y tecnológica; educación y cultura; planificación normativa y educativa; poblaciones vulnerables; educación para la ciudadanía mundial; educación para el desarrollo sostenible. Además, el Instituto Internacional de Planificación de la Educación de la UNESCO (Instituto Internacional de Educación Educativa) también preparó una serie de cinco documentos "Cinco pasos para apoyar la educación para todos en tiempos de COVID-19" (IIPE-UNESCO, 2020), "con la intención de ayudar a los países con directrices para garantizar el acceso a una educación de calidad durante COVID-19" (UNESCO, 2020c). En Brasil, el 3 de febrero de 2020, el Ministerio de Salud, a través de la Ordenanza No. 188, declarada "Emergencia de Salud Pública de Importancia Nacional (ESPIN) por Infección Humana por el nuevo Coronavirus (2019-nCoV)" (BRASIL, 2020e, p. 1), y nº 6 de febrero de 2020, se sancionó la ley federal nº 13.979, que prevé "medidas para atender la emergencia de salud pública de importancia internacional derivada del coronavirus responsable del brote de 2019" (BRASIL, 2020a, p. 1). En vista de esto, el Ministerio de Educación también se dio cuenta de la necesidad de implementar medidas de prevención para Covid-19 con respecto a la educación brasileña, e inició este proceso con la publicación de la Ordenanza No. 343, del 17 de marzo de 2020, que autorizó, de manera excepcional, "la sustitución de clases presenciales por clases en medios digitales mientras dure la situación de pandemia del Novo Coronavirus - COVID-19" (BRASIL, 2020d, p. 39). El 18 de marzo de 2020, el Consejo Nacional de Educación, en adelante CNE, considerando las implicaciones de la pandemia en el flujo del calendario escolar, tanto en la educación básica como en la educación superior, publicó una Nota aclaratoria (BRASIL, 2020b), con el fin de dilucidar los sistemas y redes educativas, de todos los niveles, etapas y modalidades, que tal vez necesitaban reorganizar las actividades académicas o de aprendizaje ante la suspensión de actividades escolares por acciones preventivas a la propagación del Covid-19, que:
image/svg+xmlEliane KÜSTER e Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: htpps://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.158841028 [...] al adoptar las medidas necesarias y suficientes para garantizar la seguridad de la comunidad social, [...] deberá considerar la aplicación de las disposiciones legales en conjunto con los estándares establecidos por los sistemas federales, estatales y educativos, para la organización de las actividades escolares y la ejecución de sus calendarios y programas, dejando, a discreción del propio [...] el manejo del calendario y la forma de organización, realización o sustitución de actividades académicas y escolares [...] [y que] en el ejercicio de su autonomía y responsabilidad en la realización de los respectivos proyectos pedagógicos y sistemas educativos, corresponde a las autoridades de los sistemas educativos federal, estatal, municipal y distrital, [...] autorizar la realización de actividades a distancia [...] [en todos] los niveles y modalidades [...] [enseñanza] (BRASIL, 2020b, p. 1-2). Desde entonces, los Consejos Estatales de Educación de varios estados y varios Consejos Municipales de Educación "emitieron resoluciones y/u opiniones orientadoras a las instituciones educativas pertenecientes a sus respectivos sistemas sobre la reorganización del calendario escolar y el uso de actividades no presenciales" (BRASIL, 2020c, p. 63). En el caso del estado de Paraná, el Decreto No. 4.230, del 16 de marzo de 2020, que "prevé medidas para combatir la emergencia de salud pública de importancia internacional derivada del Coronavirus COVID-19" (PARANÁ, 2020), permitió la adopción de algunas medidas dirigidas al sector Educación, entre ellas: aislamiento; cuarentena; suspensión de clases presenciales; anticipación del recreo escolar; servidores públicos pertenecientes a los grupos de riesgo. Los impactos de la pandemia en la educación infantil en São José dos Pinhais, PR Al considerar las narrativas de experiencias de lo vivido como "[...] estudios que solo nacen porque, con una experiencia significativa en la vida del sujeto de investigación, el investigador lo toma como un objeto de comprensión [...] [y que estas] investigaciones resultan de una situación no experimental, pero experiencial" (LIMA; GERALDI; GERALDI, 2015, p. 26), este estudio se basa en experiencias vividas, en tiempos de pandemia covid-19, por gerentes de Centros Municipales de Educación Infantil, en adelante CMEI’s, en el período de marzo a diciembre de 2020, en São José dos Pinhais, municipio de la región metropolitana de Curitiba, PR, que tiene su propio sistema educativo, establecido a través de la Ley No. 632/2004, el 29 de octubre de 2004, cuando se le facultó para definir sus propias normas, "pero siempre de conformidad con la legislación nacional" (PARANÁ, 2006, p. 15), y se hizo responsable de:
image/svg+xmlMemoria y subjetividad: La percepción de los profesionales de la educación infantil ante la pandemia del Covid-19 RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: htpps://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.158841029 [...] organizar, mantener y desarrollar los organismos e instituciones oficiales de su sistema educativo (secretaría de educación municipal, consejo municipal de educación y establecimientos municipales de educación básica), bajar los estándares complementarios para este sistema, así como autorizar, acreditar y supervisar los establecimientos de su sistema educativo (instituciones municipales de educación infantil, escuela primaria y preparatoria, e instituciones privadas de educación de la primera infancia) (PARANÁ, 2006, p. 14). Así, luego de que el CNE saliera a dilucidar a los sistemas y escuelas la necesidad de reorganizar las actividades académicas debido a las acciones preventivas a la propagación del Covid-19, el Consejo Municipal de Educación, en adelante CME, también emitió resoluciones y/o orientaciones sobre la reorganización del calendario escolar y el uso de actividades no presenciales. Ante la necesidad de intensificar las medidas indispensables para la promoción y preservación de la salud pública, la Dirección Municipal de Educación, en adelante SEMED, solicitó a los gestores que divulguen información, refuercen las medidas de higiene y ofrezcan alcohol en gel al 70% a todos los usuarios. El 17 de marzo de 2020, el Decreto Municipal No. 3.726, ordenaron que las clases se suspendieran a partir del 23 de marzo de 2020, por el período necesario, "según la comunicación del Poder Ejecutivo Municipal" (SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, 2020b, p. 4). Como resultado, el receso programado para julio se anticipó para el período del 23 de marzo al 5 de abril de 2020. El Departamento Municipal de Administración y Recursos Humanos, el 31 de marzo de 2020, dio a conocer los lineamientos orientados a las medidas de seguridad que deben adoptar los servidores públicos durante el cumplimiento de sus funciones. También en esa fecha, SEMED informó a los gerentes que las clases permanecerían suspendidas indefinidamente. El 27 de abril de 2020, la CME publicó la Deliberación No. 04/2020, que instituyó estándares para el "desarrollo de actividades y estudios escolares no presenciales dentro del sistema educativo municipal de São José dos Pinhais y como resultado de la legislación específica sobre la pandemia causada por el nuevo Coronavirus COVID-19 y otras medidas" (SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, 2020a, p. 2) y SEMED publicó la Ordenanza No. 27/2020, donde estableció "pautas para la realización de actividades pedagógicas no presenciales para la Educación Infantil (Pre I y Pré II) [...] de la Red Municipal de Escuelas de São José dos Pinhais" (SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, 2020c, p. 37).
image/svg+xmlEliane KÜSTER e Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: htpps://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.158841030 Los docentes regresaron a las unidades docentes el 4 de mayo de 2020, de manera escalonada, para recibir orientación de los directivos y planificar actividades pedagógicas no presenciales. Ante esta situación inédita, se adoptaron alternativas para tratar de garantizar la equidad, de manera que los niños tuvieran acceso al conocimiento y desarrollaran su potencial. A la hora de planificar, intentamos llegar a los campos de experiencia, con propuestas que contemplaran la realidad social de las familias, priorizando la indisociabilidad entre cuidar y educar, interacciones y juegos. La responsabilidad de la provisión de actividades pedagógicas no presenciales fue asumida por los equipos docentes de los cuarenta y cuatro CMEIs de São José dos Pinhais, del 11 de mayo al 17 de diciembre de 2020. Al principio, las entregas se realizaban una vez a la semana, pero a partir del 22 de junio de 2020 era cada dos semanas. Los gestores recomendaron que los profesionales tomen todos los cuidados preventivos durante la entrega de las actividades a los padres y/o tutores y que cumplan con el plazo de siete días, después de la devolución, y luego las manipulen. Los registros en las actividades fueron considerados como participación efectiva de los niños, quienes fueron evaluados por aprendizaje y desarrollo, durante todo el proceso, de manera diagnóstica, formativa, continua, acumulativa y devolutiva, a través de opiniones descriptivas semestrales. Para validar las actividades pedagógicas no presenciales como períodos escolares, los gerentes presentaron solicitudes ante el CME, que contienen: actas de reuniones de los Consejos de CMEI, descripciones de dichas actividades abordando las metodologías y recursos utilizados, con referencia a la propuesta pedagógica de la Red de Educación Municipal y la Referencia Curricular de São José dos Pinhais; demostraciones de frecuencias o participación de niños en las actividades realizadas. Después de la validación, toda la documentación relacionada con el proceso se archivó en las respectivas unidades didácticas, donde debe permanecer durante cinco años. De acuerdo con la Ordenanza Nº 27/2020 (SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, 2020c), durante el período de pandemia, los gerentes se encargaron de: guiar a los padres y / o tutores a asistir a los CMEI individualmente para retirar y / o regresar actividades pedagógicas no presenciales, de acuerdo con los horarios; publicidad al proceso de ejecución de estas actividades; garantizar el cumplimiento de las determinaciones de SEMED; monitorear y garantizar a los equipos pedagógicos y docentes la efectividad del proceso involucrando a toda la comunidad escolar; supervisar la participación de los equipos pedagógicos y docentes; emitir informes; ayudar a los profesores a resolver dudas; orientar y participar, junto con los equipos pedagógicos y docentes, en la cumplimentación de la documentación acreditativa de
image/svg+xmlMemoria y subjetividad: La percepción de los profesionales de la educación infantil ante la pandemia del Covid-19 RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: htpps://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.158841031 la realización del proceso. Los equipos pedagógicos fueron responsables de: articular con los equipos directivas sobre los conocimientos trabajados y la planificación, considerando las especificidades de cada clase; contribuir al enriquecimiento pedagógico de los registros de los docentes; vigilar y garantizar a los equipos docentes la eficacia del proceso que involucra a toda la comunidad escolar; supervisar la participación efectiva de los docentes; organizar reuniones con el personal docente, respetando las directrices de la OMS; emitir informes; ayudar a los maestros a resolver preguntas relacionadas con el proceso y completar formularios sobre el contenido trabajado. En cuanto a las orientaciones a las familias durante este periodo de distanciamiento social, los directivos aclararon a los padres y/o tutores que las actividades pedagógicas no presenciales estaban destinadas a minimizar los impactos en el aprendizaje de los niños, ya que se desarrollan a través de interacciones y juegos, y, por ello, es importante organizar rutinas y actividades que permitan la experiencia de un abanico de experiencias en el entorno familiar. Algunas de las sugerencias transmitidas a los familiares para llevar a cabo las actividades enviadas por los CMEI’sfueron: establecer horarios y lugares adecuados para la realización de las propuestas; combinar rutinas con los niños, incluyendo horarios para diferentes tareas diarias (despertarse, dormir, higiene personal, cambiarse de ropa, maquillar la cama, comer, jugar, organización de pertenencias, etc.); seguir las instrucciones de los maestros para guiar a los niños en la formulación de las propuestas; las actividades deben ser realizadas por los niños con la ayuda de los miembros de la familia: es muy importante que los niños tengan libertad de expresión y elección, los adultos solo deben mediar en los procesos; permitir descansos para el descanso, la hidratación y la alimentación; entre otros. En la incidencia de la no asistencia de los miembros de la familia, de manera alterna o secuencial, para retirar y/o retomar las actividades pedagógicas no presenciales, hubo una búsqueda activa por parte de los equipos directivos. Después de varios intentos infructuosos y no hubo contacto ni justificación por parte de estas familias, los casos fueron remitidos al Programa de Articulación de Los Derechos del Niño (PADIC), con el propósito de articular acciones con el Consejo de Tutela, a fin de monitorear casos de infrecuencia, deserción escolar o sospecha de violación de derechos (negligencia, violencia, abuso sexual y otros), y así tomar las medidas apropiadas. Otro factor importante en la educación de la primera infancia en tiempos de pandemia de Covid-19 fue el aumento significativo de las solicitudes de traslados por parte de familias que experimentaron dificultades financieras y tuvieron que renunciar a mantener a sus hijos en instituciones privadas para buscar plazas en escuelas públicas.
image/svg+xmlEliane KÜSTER e Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: htpps://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.158841032 Las CMEIs que contemplaban las modalidades de Infantil I a Infantil IV mantuvieron la suspensión del calendario escolar desde el 23 de marzo hasta el 17 de diciembre de 2020. No hubo distribución de actividades pedagógicas no presenciales para estas modalidades, debido a que no encajaban como etapas de Educación Básica. Con el fin de aprovechar el home officepara promover estudios sobre Referencia Curricular y BNCC, se utilizaron estrategias de capacitación a distancia: salas de video en Facebooky Google Meet; Google Drivepara compartir documentos; reuniones presenciales en CMEIs, en grupos reducidos, para intercambio de experiencias y preparación de planificación; envío de propuestas pedagógicas vía e-mail; grupos de WhatsApp, con carácter informativo y dialógico; contactos telefónicos; contactos telefónicos; lives en YouTube; cursos en línea, conferencias weby podcasts; entre otros. Se pudo notar un intenso desgaste en el trabajo pedagógico durante el año 2020: profesionales abrumados por la multitarea, que se alejaba de las horas de trabajo; equipos directivos, pedagógicos y docentes respondiendo correos electrónicos ymensajes de WhatsApp entodo momento (día, noche, descansos, festivos y fines de semana); formación excesiva, reuniones y asistencia online;planificación de actividades pedagógicas no presenciales, con registro y corrección, que no era una práctica en tiempos que precedieron a la pandemia. La ausencia de niños en el ambiente escolar generó melancolía. El estrés y el miedo a la contaminación por coronavirus también afectaron a la psicología de la mayoría de los profesionales. La incertidumbre de las medidas de prevención efectivas y la expectativa de la cura del Covid-19 influyeron negativamente en la Educación Infantil. Durante el período de suspensión de las clases presenciales, también se desarrollaron algunas acciones sociales para ayudar a las familias de los niños matriculados en la Red Escolar Municipal de São José dos Pinhais, entre ellas, la distribución de kits dealmuerzo escolar. Los directivos se encargaron de la organización, difusión y distribución de las canastas básicas en las unidades didácticas, con el fin de incrementar el impacto social de esta acción y así garantizar el mínimo de calidad alimentaria y bienestar para los niños. Como medio de difusión, los gerentes utilizaron: carteles; llamadas telefónicas; información impresa; publicaciones en redes sociales como Instagram yFacebook; correoselectrónicos; creación de grupos de padres en WhatsApp, para transferir información y horarios de distribución de kits; mensajes vía Messengery Telegram; entre otros. Para calcular las cantidades de alimentos que formarían parte de los kits de almuerzo escolar, el equipo nutricionista de la División de Almuerzos Escolares de LA SEMED tuvo en cuenta las comidas regulares a las que cada niño tendría derecho durante su estancia en una
image/svg+xmlMemoria y subjetividad: La percepción de los profesionales de la educación infantil ante la pandemia del Covid-19 RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: htpps://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.158841033 unidad docente, en un período correspondiente a 20 días escolares, así como sus necesidades nutricionales, de acuerdo con los lineamientos del Programa Nacional de Alimentación Escolar (PNAE) y las instrucciones del Fondo Nacional para el Desarrollo de la Educación (FNDE). Los kitsse distribuyeron en los CMEI, con la ayuda de los maestros, junto con las actividades pedagógicas no presenciales. Los educadores sociales también ayudaron en el cuidado de las familias de los niños matriculados en las modalidades de Infantil I al Infantil IV. El período de distribución de kits dealmuerzo escolar tuvo lugar de mayo a noviembre de 2020. Con respecto a la reorganización del calendario escolar y la sustitución de actividades, el Dictamen 5/2020, publicado por el CNE, asegura que en esta "situación de excepcionalidad para la educación infantil, es muy difícil cuantificar en horas las experiencias que los niños pequeños tendrán en sus hogares" (BRASIL, 2020c, p. 63), por lo tanto, la CME de São José dos Pinhais no ha determinado reorganización del calendario escolar 2020, sustitución de actividades o ampliación del curso escolar a Educación Infantil. Consideraciones finales En vista de las consideraciones sobre los impactos de la pandemia de Covid-19 en las instituciones públicas de Educación Infantil, en el municipio de São José dos Pinhais, PR, así como el prolongado período de interrupción de las actividades presenciales que ocurrieron entre marzo y diciembre de 2020, este estudio permitió una breve presentación de la evolución de la pandemia de Covid-19 en todo el mundo, permitió la verificación de estrategias para hacer frente a la pandemia, en el contexto de la Educación, y, a través de narrativas, favoreció las investigaciones sobre las percepciones de los gestores de educación infantil ante la pandemia del Covid-19, respecto al aislamiento social, las derivaciones pedagógicas, el mantenimiento de los profesionales de la educación en sus puestos, la participación de los padres de familia y el desarrollo integral de los niños. En definitiva, la investigación permitió profundizar y tensar las diferentes subjetividades de los profesionales de la educación infantil, en un espacio colectivo, a través de memorias relacionadas con el momento histórico vivido.
image/svg+xmlEliane KÜSTER e Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: htpps://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.158841034 REFERÊNCIAS ABRAHÃO, M. H. M. B.; PASSEGGI, M. C. As narrativas de formação, a teoria do professor reflexivo e a autorregulação da aprendizagem: Uma possível aproximação. In: SIMÃO, A. M. V. V.; FRISON, L. M. B.; ABRAHÃO, M. H. M. B. (org.). Autorregulação da aprendizagem e narrativas autobiográficas: Epistemologia e práticas. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2012. BRASIL. Lei Federal n. 13.979, de 06 de fevereiro de 2020. Dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019. Brasília, DF: Presidência da República, 2020a. Disponible en: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/l13979.htm. Acceso: 21 jul. 2020. BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Nota de Esclarecimento. Brasília, DF: CNE, 2020b. Disponible en: https://www.consed.org.br/storage/download/5e78b3190caee.pdf. Acceso: 21 jul. 2020. BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CP n. 5/2020. Brasília, DF: CNE; CP, 2020c. Disponible en: pcp005_20 (semesp.org.br). Acceso: 21 jul. 2020. BRASIL. Ministério da Educação. Gabinete do Ministro. Portaria n. 343, de 17 de março de 2020. Dispõe sobre a substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais enquanto durar a situação de pandemia do Novo Coronavírus - COVID-19. Brasília, DF: Ministro de Estado da Educação, 2020d. Disponible en: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-343-de-17-de-marco-de-2020-248564376. Acceso: 21 jul. 2020. BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria n. 188, de 03 de fevereiro de 2020.Declara Emergência em Saúde Pública de importância Nacional (ESPIN) em decorrência da Infecção Humana pelo novo Coronavírus (2019-nCoV). Brasília, DF: Ministro de Estado da Saúde, 2020e. Disponible en: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Portaria/Portaria-188-20-ms.htm. Acceso: 21 jul. 2020. CHARTIER, R. A história cultural: Entre práticas e representações. Lisboa: Difel, 2002. DELORY-MOMBERGER, C. As histórias de vida: Da invenção de si ao projeto de formação. Natal: EDUFRN, 2014. IIEP-UNESCO. Five steps to support education for all in the time of COVID-19. Paris: IIEP-UNESO, 2020. Disponible en: http://www.iiep.unesco.org/en/five-steps-support-education-all-time-covid-19-13382. Acceso: 14 jul. 2020. LIMA, M. E. C. C.; GERALDI, C. M. G.; GERALDI, J. W. O trabalho com narrativas na investigação em educação. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 31, n. 1, p. 17-44, jan./mar. 2015. Disponible en: https://www.scielo.br/pdf/edur/v31n1/0102-4698-edur-31-01-00017.pdf. Acceso: 07 jul. 2020. OPAS. Organização Pan-Americana da Saúde. COVID-19 (doença causada pelo novo coronavírus). Paho, 2020. Disponible en:
image/svg+xmlMemoria y subjetividad: La percepción de los profesionales de la educación infantil ante la pandemia del Covid-19 RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: htpps://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.158841035 https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=6101:covid19&Itemid=875. Acceso: 07 jul. 2020. PARANÁ. Orientações para (Re)Elaboração, Implementação e Avaliação de Proposta Pedagógica na Educação Infantil. Curitiba, PR: Secretaria de Estado da Educação, 2006. PARANÁ. Decreto Estadual n. 4.230, de 16 de março de 2020. Dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus COVID-19. Curitiba, PR: Governo do Estado, 2020. Disponible en: https://www.legislacao.pr.gov.br/legislacao/listarAtosAno.do?action=exibirImpressao&codAto=232854. Acceso: 21 jul. 2020. SÃO JOSÉ DOS PINHAIS. Deliberação n. 04/2020, de 27 de abril de 2020. Instituição de normas para o desenvolvimento de atividades e estudos escolares não presenciais no âmbito do Sistema Municipal de Ensino de São José dos Pinhais e decorrência da legislação específica sobre a pandemia causada pelo novo Coronavírus COVID-19 e outras providências. São José dos Pinhais, PR: Conselho Municipal de Educação, 2020a. Disponible en: http://servicos.sjp.pr.gov.br/servicos/anexos/doe/20200427_160744_76.pdf. Acceso: 29 abr. 2020. SÃO JOSÉ DOS PINHAIS. Decreto n. 3.726, de 17 de março de 2020. Dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus COVID-19 e dá outras providências. São José dos Pinhais, PR: Prefeito Municipal, 2020b. Disponible en: http://servicos.sjp.pr.gov.br/servicos/anexos/doe/20200317_164955_12526.pdf. Acceso: 18 marzo 2020. SÃO JOSÉ DOS PINHAIS. Portaria n. 27/2020, de 27 de abril de 2020. São José dos Pinhais, PR: Secretaria Municipal de Educação, 2020c. Disponible en: http://www.sjp.pr.gov.br/wp-content/uploads/2020/04/20200429_073929_12526.pdf. Acceso: 29 abr. 2020. UNESCO. Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. Resposta à Covid-19. Paris: Unesco, 2020a. Disponível em: https://pt.unesco.org/covid19. Acesso em: 07 jul. 2020. UNESCO. Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. A UNESCO reúne organizações internacionais, sociedade civil e parceiros do setor privado em uma ampla coalizão para garantir #AprendizagemNuncaPara. Paris: Unesco, 2020b. Disponible en: https://pt.unesco.org/news/unesco-reune-organizacoes-internacionais-sociedade-civil-e-parceiros-do-setor-privado-em-uma. Acceso: 14 jul. 2020. UNESCO. Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. UNESCO E COVID-19: Notas informativas de educação. Paris: Unesco, 2020c. Disponible en: https://pt.unesco.org/news/unesco-e-covid-19-notas-informativas-educacao. Acceso: 14 jul. 2020. WHO. World Health Organization. WHO Director-General's opening remarks at the media briefing on COVID-19. Geneva: World Health Organization, 2020. Disponible en:
image/svg+xmlEliane KÜSTER e Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: htpps://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.158841036 https://www.who.int/dg/speeches/detail/who-director-general-s-opening-remarks-at-the-media-briefing-on-covid-19---11-march-2020. Acceso: 07 jul. 2020. Cómo hacer referencia a este artículo KUSTER, E.; VIEIRA, A. M. D. P. Memoria y subjetividad: La percepción de los profesionales de la educación infantil ante la pandemia del Covid-19. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587. DOI: htpps://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884 Enviado en:22/11/2021 Revisiones requeridas en:06/02/2022 Aprobado en: 27/03/2022 Publicado en: 30/06/2022 Procesamiento y edición: Editora Ibero-Americana de Educação. Corrección, formateo, normalización y traducción.
image/svg+xmlMemory and subjectivity: The perception of professionals in early childhood education facing the Covid-19 pandemic RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1022-1035, June 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884 1021 MEMORY AND SUBJECTIVITY: THE PERCEPTION OF PROFESSIONALS IN EARLY CHILDHOOD EDUCATION FACING THE COVID-19 PANDEMIC MEMÓRIA E SUBJETIVIDADE: A PERCEPÇÃO DE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO INFANTIL FRENTE À PANDEMIA DE COVID-19 MEMORIA Y SUBJETIVIDAD: LA PERCEPCIÓN DE LOS PROFESIONALES DE LA EDUCACIÓN INFANTIL ANTE LA PANDEMIA DEL COVID-19 Eliane KÜSTER1Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA2ABSTRACT: The article aims to discuss the impacts of the Covid-19 pandemic on public institutions of Early Childhood Education, in a municipality in the metropolitan region of Curitiba, PR, from the memory of managers about social isolation, pedagogical referrals, maintenance of professional education in their positions, the participation of parents and the total development of children. The subjects’ narratives were analyzed considering their subjectivities and their spaces of power. The research was carried out from the perspective of Cultural History, supported by Chartier (2002), Delory-Momberger (2014) and Lima, Geraldi and Geraldi (2015), among others. From a methodological point of view, the study had a bibliographic, documentary and field nature. The research allowed deepening and tensioning the different subjectivities of professionals in Early Childhood Education, in a collective space, through memories related to the historical moment experienced. KEYWORDS:Cultural history. Memory. Subjectivity. Covid-19. Early childhood education. RESUMO: O artigo tem por objetivo discutir os impactos da pandemia de Covid-19 em instituições públicas de Educação Infantil, em município da região metropolitana de Curitiba, PR, a partir da memória de gestores sobre o isolamento social, os encaminhamentos pedagógicos, a manutenção dos profissionais da educação em seus cargos, a participação dos pais e o desenvolvimento integral das crianças. A narrativa dos sujeitos foi analisada considerando suas subjetividades e seus espaços de poder. A pesquisa foi realizada na perspectiva da História Cultural, com apoio em Chartier (2002), Delory-Momberger (2014) e Lima, Geraldi e Geraldi (2015), entre outros. Do ponto de vista metodológico, o estudo teve caráter bibliográfico, documental e de campo. A pesquisa permitiu aprofundar e tensionar as diferentes subjetividades de profissionais da Educação Infantil, num espaço coletivo, por meio das memórias relativas ao momento histórico vivido. PALAVRAS-CHAVE: História cultural. Memória. Subjetividade. Covid-19. Educação infantil.1Pontifical Catholic University of Paraná (PUCPR), Curitiba – PR – Brazil. PhD student in Education. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6683-2940.E-mail: likuster@yahoo.com.br 2Pontifical Catholic University of Paraná (PUCPR), Curitiba – PR – Brazil. Professor of the Pedagogy course and the Graduate Program in Education. Doctorate in Education. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3759-0377.E-mail: alboni@alboni.com
image/svg+xmlEliane KÜSTER and Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1035, June 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884 1022 RESUMEN:El artículo tiene como objetivo discutir los impactos de la pandemia Covid-19 en las instituciones públicas de Educación Infantil, en un municipio de la región metropolitana de Curitiba, PR, desde la memoria de los gestores sobre el aislamiento social, las derivaciones pedagógicas, el mantenimiento de la formación de profesionales de educación en sus posiciones, la participación de los padres y el desarrollo integral de los niños. Las narrativas de los sujetos fueron analizadas considerando sus subjetividades y sus espacios de poder. La investigación se realizó desde la perspectiva de la Historia Cultural, con el apoyo de Chartier (2002), Delory-Momberger (2014) y Lima, Geraldi y Geraldi (2015), entre otros. Desde el punto de vista metodológico, el estudio tuvo un carácter bibliográfico, documental y de campo. La investigación permitió profundizar y tensar las diferentes subjetividades de profesionales de la Educación Infantil, en un espacio colectivo, a través de memorias relacionadas con el momento histórico vivido. PALABRAS CLAVE:Historia cultural. Memoria. Subjetividad. Covid-19. Educación infantil. IntroductionThis article deals with the impacts of the Covid-19 pandemic in public institutions of early childhood education in a city in the metropolitan region of Curitiba, Paraná (PR), from the memory of school managers about social isolation, pedagogical referrals, the maintenance of education professionals in their positions, the participation of parents and the full development of children, considering the extended period of interruption of classroom activities that occurred between March and December 2020. The research was conducted from the perspective of Cultural History, with support in Chartier (2002), Delory-Momberger (2014) and Lima, Geraldi and Geraldi (2015), among other foundational authors. From this perspective, which seeks to "identify how in different places and times a particular social reality is constructed, thought, and read" (CHARTIER, 2002, p. 16-17), the following specific objectives were established: present the evolution of the Covid-19 pandemic; verify strategies for dealing with the pandemic in education; investigate the perception of professionals in Early Childhood Education regarding the Covid-19 pandemic. Studies in the field of education have been increasingly interested in "weaving approximations about the complexity of social interactions that are established in the globalized and computerized world", and before that "the interpretative schemes [...] must become increasingly dynamic to enhance [.... From the methodological point of view, this study had a bibliographic, documentary and field character, from "narratives of lived experiences [...], [also known as] narratives of educational experiences" (LIMA; GERALDI;
image/svg+xmlMemory and subjectivity: The perception of professionals in early childhood education facing the Covid-19 pandemic RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1022-1035, June 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884 1023 GERALDI, 2015, p. 26). It is in the narrative that the subject makes of the experiences he produces "the categorizations that allow him to appropriate the social world and define his place in it" (DELORY-MOMBERGER, 2014, p. 293). Narrative is present in all places, societies, and human groups. A life narrative is never definitive, "it reconstructs itself with each utterance and reconstructs with it the meaning of the story it enunciates" (DELORY-MOMBERGER, 2014, p. 317). In this research, the narrative of the subjects was analyzed considering their subjectivities and their spaces of power;arrangements were made regarding the assignment of rights for the use of data in the research and assured complete anonymity of the participants. The study is presented in three sections: Covid-19: the evolution of the pandemic; Facing the pandemic regarding Education; The impacts of the pandemic on Early Childhood Education in São José dos Pinhais, PR. Covid-19: The Pandemic Evolution The world population is stunned by the evolution of the Covid-19 pandemic, its impacts, and the drastic changes it has caused in several areas, including: personal, social, cultural, economic, political, health, and educational. It all started when the incidence of several cases of pneumonia in Wuhan city, Hubei province, in the People's Republic of China, was officially reported to the World Health Organization, hereafter referred to as WHO, on December 31, 2019. It concerned a new type of coronavirus that had not been identified in humans before. According to the Pan American Health Organization, hereafter referred to as PAHO, coronaviruses "are everywhere [...] [,] are the second leading cause of the common cold (after rhinoviruses) and, until recent decades, rarely caused more serious illness in humans than the common cold" (PAHO, 2020). On January 7, 2020, a week after this alert, Chinese authorities confirmed that they had identified a new type of coronavirus with high potential for contamination and lethality, "which at first was temporarily named 2019-nCoV" (PAHO, 2020). From the moment it was informed of the Wuhan cases, WHO has worked closely with Chinese authorities and global experts to "learn more about the virus, how it affects people who are sick, how they can be treated, and what countries can do to respond [to the outbreak]" (PAHO, 2020). The WHO declared on January 30, 2020, that "the outbreak of the novel coronavirus constitutes a Public Health Emergency of International Concern (PHEIC)-the Organization's highest level of alert as provided for in the International Health Regulations" (PAHO, 2020),
image/svg+xmlEliane KÜSTER and Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1035, June 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884 1024 in order to enhance global coordination, cooperation, and solidarity to stop the spread of the virus. This was the sixth occasion on which WHO declared an emergency of this magnitude; the previous ones were: the H1N1 pandemic on April 25, 2009; the international spread of Poliovirus on May 5, 2014; the Ebola outbreak in West Africa on August 8, 2014; the Zika virus and increased cases of microcephaly and other birth defects on February 1, 2016; and the Ebola outbreak in the Democratic Republic of Congo on May 18, 2018. The new coronavirus responsible for causing the disease Covid-19, previously known as 2019-nCoV, on February 11, 2020, was renamed SARS-CoV-2. The WHO describes Covid-19 as "an infectious-respiratory disease similar to influenza. Because it is a novel virus, the infection rate is high, as there is no immunity from prior illness or vaccine protection" (PAHO, 2020). Among the most common symptoms of Covid-19 are fever, fatigue, and a dry cough. However, some infected persons may also experience pain, nasal congestion, headache, conjunctivitis, sore throat, diarrhea, loss of taste or smell, rash on the skin, or discoloration of fingers or toes. "These symptoms are usually mild and start gradually. Some people become infected but have only very mild symptoms [or remain asymptomatic]" (PAHO, 2020). According to data released by PAHO, most Covid-19 cases (about 80%) recover from the disease without requiring hospital treatment; for every six people infected, one becomes severely ill and develops difficulty breathing; elderly people and those with comorbidities such as high blood pressure, heart and lung problems, diabetes, or cancer, fall into the risk group because they are more susceptible to the disease. However, anyone can become infected, become seriously ill, and even die from complications arising from Covid-19. As for the ways of infection, evidence indicates that the new coronavirus can spread through "direct, indirect ([...] contaminated surfaces or objects), or close (in the range of one meter) contact with infected persons through [...] saliva and respiratory secretions or their respiratory droplets, which are expelled when a person coughs, sneezes, speaks, or sings" (PAHO, 2020). Faced with the spread of Covid-19, WHO Director-General Tedros Adhanom Ghebreyesus, on March 11, 2020, announced that the disease has reached pandemic status, considering that the term used for such characterization refers to "the geographic distribution of a disease, not its severity. The designation recognizes that there are currently outbreaks of COVID-19 in several countries and regions of the world"(PAHO, 2020). Describing the situation as a pandemic did not change the assessment about the threat posed by the new coronavirus. As Tedros Adhanom Ghebreyesus rightly emphasized,
image/svg+xmlMemory and subjectivity: The perception of professionals in early childhood education facing the Covid-19 pandemic RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1022-1035, June 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884 1025 "Countries must adopt a whole-of-government, whole-of-society approach built around a comprehensive, combined strategy to prevent infection, save lives, and minimize impact" (WHO, 2020). In collaboration, PAHO "has provided technical support to countries in the Americas and recommended keeping the surveillance system alert, prepared to detect, isolate, and care early for patients infected with the new coronavirus" (PAHO, 2020). The United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization, hereafter UNESCO, is also committed to "support[ing] governments in distance education, open science, and sharing knowledge and culture, as a fundamental means of uniting and strengthening the bonds [...] [of] shared humanity" in the face of the global public health crisis brought on by the pandemic. In response to Covid-19, UNESCO stated: COVID-19 tells us that scientific cooperation is key when dealing with a global public health problem. It tells us that continued education must be guaranteed when so many children today cannot go to school. It is an absolute reminder of the importance of reliable, quality information at a time when rumors are flourishing. It shows us the power of culture and knowledge to strengthen the human fabric and solidarity at a time when so many people around the world must keep social distance and stay at home (UNESCO, 2020a). The need to contain the pandemic highlights ethical and human rights implications in the implementation of coping strategies that depend on public health and government actions to mitigate the impacts, especially highlighting the social distance, a fact that drastically changed the routine of the world's population, reaching the most varied areas, including education. Confronting the Pandemic in Education One of the strategies adopted worldwide to contain the Covid-19 pandemic was school closures. In light of this, "governments have implemented distance education solutions and dealt with the complexities of delivering education remotely, from providing content and support to teachers, to guiding families and addressing the challenges of connectivity" (UNESCO, 2020b). UNESCO has supported countries to scale up their distance learning practices to the point of reaching children and youth who are most at risk socially. "Equity is the paramount concern, because closures disproportionately harm vulnerable and disadvantaged students,
image/svg+xmlEliane KÜSTER and Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1035, June 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884 1026 who depend on schools to receive a range of social services, including health and nutrition" (UNESCO, 2020b). On March 26, 2020, UNESCO launched a broad coalition of international organizations, civil society, and private sector partners to ensure learning, the Global Education Coalition, with an emphasis on equity and gender equality, and the purpose of addressing the specific needs of countries affected by the pandemic, as envisioned during meetings with their respective ministers of education. The Coalition will strive to meet needs with free and secure solutions, bringing partners together to address connectivity and content challenges, among others. It will provide digital tools and learning management solutions to bring digitized national educational resources online, as well as select resources for distance learning and strengthen technical expertise by using a mix of technology and community approaches, depending on local contexts. In all interventions, special attention will be paid to ensure data security and privacy protection for students and teachers (UNESCO, 2020b). As reported by UNESCO (2020b), this coalition aims, in particular, to assist countries in mobilizing resources and implementing innovative and context-appropriate solutions to provide distance education, using low-tech and high-tech approaches, or even no technology at all; to seek equitable solutions and universal access; to ensure coordinated responses and avoid duplication of efforts; to facilitate the return of students to schools when they reopen, to avoid an increase in dropout rates. Another UNESCO contribution is the coverage of key educational topics in response to the Covid-19 pandemic with the dissemination of briefing notes, which provide evidence of best practices, tips, and links to important sources to mitigate the impact of temporary school closures. These briefings are prepared collectively by the organization's education experts from around the world and cover various topics in nine thematic areas as designated by UNESCO (2020c): health and well-being; continuity of teaching and learning; equity and gender equality; teaching and learning; higher education and TVET (Technical Vocational Education and Training); education and culture; education policy and planning; vulnerable populations; global citizenship education; and education for sustainable development. In addition, UNESCO's International Institute for Educational Planning has also prepared a five-document series "Five steps to support education for all in the time of COVID-19" (IIEP-UNESCO, 2020), "intended to assist countries with guidance on ensuring access to quality education during COVID-19" (UNESCO, 2020c).
image/svg+xmlMemory and subjectivity: The perception of professionals in early childhood education facing the Covid-19 pandemic RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1022-1035, June 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884 1027 In Brazil, on February 3, 2020, the Ministry of Health, through Ordinance no. 188, declared "Public Health Emergency of National Importance (ESPIN) due to Human Infection by the new Coronavirus (2019-nCoV)" (BRASIL, 2020e, p. 1), and on February 6, 2020, Federal Law no. 13,979 was sanctioned, which provides for "measures to address the public health emergency of international importance arising from the coronavirus responsible for the 2019 outbreak" (BRAZIL, 2020a, p. 1). Given this, the Ministry of Education also realized the need to implement Covid-19 prevention measures with regard to Brazilian education, and began this process with the publication of Ordinance No. 343, March 17, 2020, which authorized, on an exceptional basis, "the replacement of classroom classes by classes in digital media while the pandemic situation of the New Coronavirus - COVID-19 lasts" (BRAZIL, 2020d, p. 39). On March 18, 2020, the National Council of Education, hereinafter referred to as CNE, considering the implications of the pandemic in the flow of the school calendar, both in basic education and in higher education, released a Note of Clarification (BRASIL, 2020b), in order to clarify the systems and education networks, at all levels, stages and modalities, that might need to reorganize the academic activities or learning in view of the suspension of school activities due to preventive actions to the spread of Covid-19, that: [when adopting the necessary and sufficient measures to ensure the safety of the social community, [...] shall consider the application of the legal provisions in conjunction with the standards established by federal, state and school system authorities for the organization of school activities and implementation of their calendars and programs, leaving it to the discretion of the [...] ...] [and that] in the exercise of their autonomy and responsibility in the conduction of their respective pedagogical projects and education systems, it is up to the authorities of the federal, state, municipal, and district education systems [...] to authorize distance activities [...] [at all] levels and modalities [...] [of education] (BRAZIL, 2020b, p. 1-2). From then on, State Education Councils of several states and several Municipal Education Councils "issued resolutions and/or guidance opinions for educational institutions belonging to their respective systems on the reorganization of the school calendar and use of non-contact activities" (BRAZIL, 2020c, p. 63). In the case of the state of Paraná, Decree No. 4,230 of March 16, 2020, which "provides for measures to address the public health emergency of international importance resulting from the Coronavirus - COVID-19" (PARANÁ, 2020), allowed the adoption of some measures directed to the Education sector, among them: isolation; quarantine;
image/svg+xmlEliane KÜSTER and Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1035, June 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884 1028 suspension of classroom classes; anticipation of school recess; telework to public servants belonging to risk groups. The impacts of the pandemic on Early Childhood Education in São José dos Pinhais, PR By considering the narratives of lived experiences as "[...] research that only come into existence because, having a significant experience in the life of the researcher subject, he takes it as an object of understanding [...] [, and that these] researches arise from a situation not experimental, but experiential" (LIMA; GERALDI; GERALDI, 2015, p. 26). 26), this study starts from experiences lived, in times of the Covid-19 pandemic, by managers of Municipal Centers for Early Childhood Education, hereinafter referred to as CMEIs, in the period from March to December 2020, in São José dos Pinhais, a municipality in the metropolitan region of Curitiba, PR, which has its own education system, established through Law no. 632/2004, on October 29, 2004, when it gained autonomy to define its own rules, "but always in accordance with the national legislation" (PARANÁ, 2006, p. 15), and became responsible for: [...] to organize, maintain and develop the official bodies and institutions of its education system (municipal education secretariat, municipal education council and municipal establishments of basic education), to issue complementary norms for this system, as well as to authorize, accredit and supervise the establishments of its education system (municipal establishments of early childhood education, elementary education and high school, and private institutions of early childhood education) (PARANÁ, 2006, p. 14). Thus, after the National Board of Education (CNE, in the Portuguese acronym) came to the public to elucidate to the systems and education networks the need to reorganize academic activities because of preventive actions to the spread of Covid-19, the Municipal Board of Education, hereinafter referred to as CME in the Portuguese acronym, also issued resolutions and/or advisory opinions on the reorganization of the school calendar and use of non-contact activities. Given the need to intensify the measures necessary for the promotion and preservation of public health, the Municipal Secretariat of Education, SEMED, asked managers to disseminate information, reinforce hygiene measures, and provide 70% alcohol gel for all users. On March 17, 2020, Municipal Decree no. 3,726 determined that classes would be suspended as of March 23, 2020, for as long as necessary, "as communicated by the
image/svg+xmlMemory and subjectivity: The perception of professionals in early childhood education facing the Covid-19 pandemic RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1022-1035, June 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884 1029 Municipal Executive Branch" (SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, 2020b, p. 4). As a result, the recess scheduled for the month of July was brought forward to the period from March 23 to April 5, 2020. The Municipal Secretariat of Administration and Human Resources, on March 31st, 2020, released guidelines for safety measures that should be adopted by public servants during the performance of their duties. On the same date, SEMED informed the managers that classes would remain suspended indefinitely. On April 27, 2020, the WEC published Deliberation No. 04/2020, which established rules for the "development of activities and studies outside school hours within the scope of the São José dos Pinhais Municipal Education System and due to the specific legislation about the pandemic caused by the new Coronavirus - COVID-19 and other provisions" (SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, 2020a, p. 2). 2) and SEMED published Ordinance No. 27/2020, where it established "guidelines for conducting pedagogical activities not presential for Child Education (Kindergarten I and Kindergarten II) [...] of the Municipal Education Network of São José dos Pinhais" (SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, 2020c, p. 37). Teachers returned to the teaching units on May 4, 2020, in a staggered manner, to receive guidance from managers and plan non-face-to-face pedagogical activities. Faced with this unprecedented situation, alternatives were adopted to try to ensure equity, so that children would have access to knowledge and develop their potential. When planning, attention was paid to the experience fields, with proposals that contemplated the social reality of the families, prioritizing the inseparability between care and education, interactions and games. The teaching teams of the forty-four CMEIs in São José dos Pinhais were responsible for providing non-contact educational activities during the period from May 11 to December 17, 2020. At first, the deliveries happened once a week, but as of June 22, 2020 they became fortnightly. The managers recommended that the professionals take all precautionary measures during the delivery of the activities to parents and/or guardians, and that they comply with the deadline of seven days after their return, before handling them. The records of the activities were considered as effective participation of the children, who were evaluated regarding learning and development, during the whole process, in a diagnostic, formative, continuous, cumulative and devolutive way, through six-monthly descriptive reports. To validate the non-presential pedagogical activities as school periods, the administrators filed applications with the CME, containing: minutes of meetings of the CMEIs' Councils, descriptions of such activities addressing the methodologies and resources
image/svg+xmlEliane KÜSTER and Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1035, June 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884 1030 used, with reference to the pedagogical curriculum proposal of the Municipal Education Network and to the São José dos Pinhais Curriculum Reference; demonstrations of attendance or participation of the children in the activities carried out. After validation, all the documentation referring to the process was filed in the respective teaching units, where it should remain for five years. According to Ordinance no. No. 27/2020 (SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, 2020c), during the pandemic period, managers were charged with: guide parents and/or guardians to come individually to the CMEIs to withdraw and/or return the non-contact pedagogical activities, according to schedules; publicize the process of implementing these activities; ensure compliance with SEMED's determinations; monitor and ensure the pedagogical and teaching teams the effectiveness of the process involving the entire school community; monitor the participation of the pedagogical and teaching teams; issue reports; assist teachers in solving doubts; guide and participate, along with the pedagogical and teaching teams, in completing the supporting documentation of the process. The pedagogical teams were responsible for: articulating with the management teams about the knowledge worked on and the planning, considering the specificities of each class; contributing to the pedagogical enrichment of the teachers' records; monitoring and guaranteeing to the teaching teams the effectiveness of the process involving the whole school community; following up on the effective participation of the teachers; organizing meetings with the teaching teams, respecting the WHO guidelines; issuing reports; assisting the teachers in solving doubts related to the process and in filling out forms about the contents worked on. Regarding the guidance given to the families during this period of social distance, the managers explained to the parents and/or guardians that the non-face-to-face pedagogical activities had the purpose of minimizing the impacts on the children's learning, since they develop through interactions and games, and, for such, it is important to organize routines and activities that provide opportunities for a range of experiences in the family environment. Some of the suggestions passed on to the family members to carry out the activities sent by the CMEIs were: set up appropriate times and places to carry out the proposals; agree on routines with the children, including times for different daily tasks (waking up, going to bed, personal hygiene, changing clothes, making the bed, meals, playing games, organizing belongings, etc.); follow the instructions given by the teachers to guide the children in carrying out the proposals; the activities should be carried out by the children with the help of their families: it is very important that children have freedom of expression and choice, adults
image/svg+xmlMemory and subjectivity: The perception of professionals in early childhood education facing the Covid-19 pandemic RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1022-1035, June 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884 1031 should only mediate the processes; reserve breaks for resting, hydration and feeding; among others. In the incidences of non-attendance of family members, alternately or sequentially, to withdraw and/or return the non-presence pedagogical activities, there was an active search by the management teams. After several unsuccessful attempts and in the absence of any kind of contact or justification from these families, the cases were forwarded to the Child Rights Articulation Program (PADIC), with the purpose of articulating actions with the Guardianship Council, in order to follow up on cases of infrequency, school evasion, or suspected violation of rights (neglect, abandonment, physical violence, sexual abuse, and others), and thus take appropriate action. Another noteworthy factor in the field of early childhood education in times of the Covid-19 pandemic was the significant increase in transfer requests by families who experienced financial difficulties and had to give up keeping their children in private institutions in order to seek vacancies in public school units. The CMEIs that included the Kindergarten I to Kindergarten IV categories maintained the suspension of the school calendar from March 23 until December 17, 2020. There was no distribution of non-contact educational activities for these modalities, as they do not fit into the Basic Education stages. In order to take advantage of the home office period to promote studies on the Curriculum Framework and BNCC, distance learning strategies were used: video rooms on Facebook and Google Meet; Google Drive for sharing documents; face-to-face meetings at the CMEIs, in small groups, to exchange experiences and prepare plans; sending pedagogical proposals via email; WhatsApp groups, with an informative and dialogical character; telephone contacts; lives on YouTube; online courses, web conferences and podcasts; among others. It was possible to notice intense wear on the pedagogical work during the year 2020: professionals overwhelmed with multitasking, which exceeded their work schedules; management, pedagogical, and teaching teams answering e-mails and WhatsApp messages at all times (day, night, rest breaks, holidays, and weekends); excess of online training, meetings, and appointments; planning of non-face-to-face pedagogical activities, with registration and correction, which was not a practice in times that preceded the pandemic. The absence of children in the school environment generated melancholy. Stress and the fear of contamination by the coronavirus also affected the psychology of most professionals. The
image/svg+xmlEliane KÜSTER and Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1035, June 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884 1032 uncertainty of effective preventive measures and the expectation of a cure for Covid-19 have negatively influenced early childhood education. During the period of suspension of classes, some social actions were also developed to help the families of children enrolled in the Municipal Education Network of São José dos Pinhais, among them the distribution of school lunch kits. The managers were responsible for organizing, publicizing, and distributing the food baskets in the school units, in order to expand the social impact of this action and thus ensure a minimum of food quality and well-being to the children. As means of dissemination, the managers used: posters; phone calls; printed information; posts on social networks such as Instagram and Facebook; emails; creation of groups of parents on WhatsApp, to pass on information and distribution schedules of the kits; messages via Messenger and Telegram; among others. To calculate the amounts of food that would be part of the school lunch kits, the team of nutritionists from SEMED's School Meals Division took into account the regular meals that each child would be entitled to during their stay in a school unit, in a period corresponding to 20 school days, as well as their nutritional needs, according to the guidelines of the National School Meals Program (PNAE, in the Portuguese acronym) and the instructions from the National Fund for Education Development (FNDE). The kits were distributed at the CMEIs, with the help of teachers, along with non-presential pedagogical activities. Social educators also helped with the families of the children enrolled in the Infantile I to Infantile IV modalities. The distribution period for school lunch kits took place from May to November 2020. Regarding the reorganization of the school calendar and replacement of activities, Opinion 5/2020, published by CNE, ensures that in this "situation of exceptionality for early childhood education, it is very difficult to quantify in hours the experiences that young children will have at home" (BRAZIL, 2020c, p. 63), therefore, the CME of São José dos Pinhais did not determine reorganization of the 2020 school calendar, replacement of activities or extension of the school year to Early Childhood Education. Final remarks Given the considerations regarding the impacts of the Covid-19 pandemic on public institutions of Early Childhood Education in the city of São José dos Pinhais, PR, as well as the extended period of interruption of classroom activities that occurred between March and December 2020, this study enabled a brief presentation of the evolution of the Covid-19
image/svg+xmlMemory and subjectivity: The perception of professionals in early childhood education facing the Covid-19 pandemic RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1022-1035, June 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884 1033 pandemic around the world, through narratives, allowed the verification of strategies to face the pandemic in the field of education, and, by means of narratives, favored investigations regarding the perceptions of managers of Early Childhood Education in the face of the Covid-19 pandemic, as to social isolation, pedagogical referrals, keeping education professionals in their positions, parental participation, and the integral development of children. In short, the research allowed to deepen and tense the different subjectivities of Early Childhood Education professionals, in a collective space, through the memories related to the historical moment experienced. REFERENCES ABRAHÃO, M. H. M. B.; PASSEGGI, M. C. As narrativas de formação, a teoria do professor reflexivo e a autorregulação da aprendizagem: Uma possível aproximação. In: SIMÃO, A. M. V. V.; FRISON, L. M. B.; ABRAHÃO, M. H. M. B. (org.). Autorregulação da aprendizagem e narrativas autobiográficas: Epistemologia e práticas. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2012. BRAZIL. Lei Federal n. 13.979, de 06 de fevereiro de 2020. Dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019. Brasília, DF: Presidência da República, 2020a. Available at: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/l13979.htm. Access on: 21 July 2020. BRAZIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Nota de Esclarecimento. Brasília, DF: CNE, 2020b. Available at: https://www.consed.org.br/storage/download/5e78b3190caee.pdf. Access on: 21 July 2020. BRAZIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CP n. 5/2020. Brasília, DF: CNE; CP, 2020c. Available at: pcp005_20 (semesp.org.br). Access on: 21 July 2020. BRAZIL. Ministério da Educação. Gabinete do Ministro. Portaria n. 343, de 17 de março de 2020. Dispõe sobre a substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais enquanto durar a situação de pandemia do Novo Coronavírus - COVID-19. Brasília, DF: Ministro de Estado da Educação, 2020d. Available at: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-343-de-17-de-marco-de-2020-248564376. Access on: 21 July 2020. BRAZIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria n. 188, de 03 de fevereiro de 2020.Declara Emergência em Saúde Pública de importância Nacional (ESPIN) em decorrência da Infecção Humana pelo novo Coronavírus (2019-nCoV). Brasília, DF: Ministro de Estado da Saúde, 2020e. Available at: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Portaria/Portaria-188-20-ms.htm. Access on: 21 July 2020. CHARTIER, R. A história cultural: Entre práticas e representações. Lisboa: Difel, 2002.
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