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Memória e subjetividade: A percepção de profissionais da educação infantil frente à pandemia de Covid-19
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884
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MEMÓRIA E SUBJETIVIDADE: A PERCEPÇÃO DE PROFISSIONAIS DA
EDUCAÇÃO INFANTIL FRENTE À PANDEMIA DE COVID-19
MEMORIA Y SUBJETIVIDAD: LA PERCEPCIÓN DE LOS PROFESIONALES DE LA
EDUCACIÓN INFANTIL ANTE LA PANDEMIA DEL COVID-19
MEMORY AND SUBJECTIVITY: THE PERCEPTION OF PROFESSIONALS IN
EARLY CHILDHOOD EDUCATION FACING THE COVID-19 PANDEMIC
Eliane KÜSTER
1
Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA
2
RESUMO
: O artigo tem por objetivo discutir os impactos da pandemia de Covid-19 em
instituições públicas de Educação Infantil, em município da região metropolitana de Curitiba,
PR, a partir da memória de gestores sobre o isolamento social, os encaminhamentos
pedagógicos, a manutenção dos profissionais da educação em seus cargos, a participação dos
pais e o desenvolvimento integral das crianças. A narrativa dos sujeitos foi analisada
considerando suas subjetividades e seus espaços de poder. A pesquisa foi realizada na
perspectiva da História Cultural, com apoio em Chartier (2002), Delory-Momberger (2014) e
Lima, Geraldi e Geraldi (2015), entre outros. Do ponto de vista metodológico, o estudo teve
caráter bibliográfico, documental e de campo. A pesquisa permitiu aprofundar e tensionar as
diferentes subjetividades de profissionais da Educação Infantil, num espaço coletivo, por meio
das memórias relativas ao momento histórico vivido.
PALAVRAS-CHAVE
: História cultural. Memória. Subjetividade. Covid-19. Educação
infantil.
RESUMEN:
El artículo tiene como objetivo discutir los impactos de la pandemia Covid-19
en las instituciones públicas de Educación Infantil, en un municipio de la región
metropolitana de Curitiba, PR, desde la memoria de los gestores sobre el aislamiento social,
las derivaciones pedagógicas, el mantenimiento de la formación de profesionales de
educación en sus posiciones, la participación de los padres y el desarrollo integral de los
niños. Las narrativas de los sujetos fueron analizadas considerando sus subjetividades y sus
espacios de poder. La investigación se realizó desde la perspectiva de la Historia Cultural,
con el apoyo de Chartier (2002), Delory-Momberger (2014) y Lima, Geraldi y Geraldi
(2015), entre otros. Desde el punto de vista metodológico, el estudio tuvo un carácter
bibliográfico, documental y de campo. La investigación permitió profundizar y tensar las
diferentes subjetividades de profesionales de la Educación Infantil, en un espacio colectivo, a
través de memorias relacionadas con el momento histórico vivido.
1
Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Curitiba – PR – Brasil. Doutoranda no Programa de Pós-
Graduação em Educação. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6683-2940. E-mail: likuster@yahoo.com.br
2
Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Curitiba – PR – Brasil. Professora do curso de Pedagogia
e do Programa de Pós-Graduação em Educação. Doutorado em Educação. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-
3759-0377. E-mail: alboni@alboni.com
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Eliane KÜSTER e Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA
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– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587
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PALABRAS CLAVE
:
Historia cultural. Memoria. Subjetividad. Covid-19. Educación
infantil.
ABSTRACT
: The article aims to discuss the impacts of the Covid-19 pandemic on public
institutions of Early Childhood Education, in a municipality in the metropolitan region of
Curitiba, PR, from the memory of managers about social isolation, pedagogical referrals,
maintenance of professional education in their positions, the participation of parents and the
total development of children. The subjects’ narratives were analyzed considering their
subjectivities and their spaces of power. The research was carried out from the perspective of
Cultural History, supported by Chartier (2002), Delory-Momberger (2014) and Lima,
Geraldi and Geraldi (2015), among others. From a methodological point of view, the study
had a bibliographic, documentary and field nature. The research allowed deepening and
tensioning the different subjectivities of professionals in Early Childhood Education, in a
collective space, through memories related to the historical moment experienced.
KEYWORDS
:
Cultural history. Memory. Subjectivity. Covid-19. Early childhood education.
Introdução
Este artigo trata dos impactos da pandemia de Covid-19 em instituições públicas de
Educação Infantil, em município da região metropolitana de Curitiba, PR, a partir da memória
de gestores sobre o isolamento social, os encaminhamentos pedagógicos, a manutenção dos
profissionais da educação em seus cargos, a participação dos pais e o desenvolvimento
integral das crianças, considerando o prolongado período de interrupção de atividades
presenciais que ocorreu entre março e dezembro de 2020.
A pesquisa foi realizada na perspectiva da História Cultural, com apoio em Chartier
(2002), Delory-Momberger (2014) e Lima, Geraldi e Geraldi (2015), entre outros autores
fundantes. Diante dessa perspectiva, que busca “identificar o modo como em diferentes
lugares e momentos uma determinada realidade social é construída, pensada, dada a ler”
(CHARTIER, 2002, p. 16-17), foram estabelecidos os seguintes objetivos específicos:
apresentar a evolução da pandemia de Covid-19; verificar estratégias de enfrentamento à
pandemia no âmbito da Educação; investigar a percepção de profissionais da Educação
Infantil frente à pandemia de Covid-19.
Estudos no campo da educação têm se mostrado cada vez mais interessados em “tecer
aproximações sobre a complexidade das interações sociais que se estabelecem no mundo
globalizado e informatizado”, e perante a isso “os esquemas interpretativos [...] devem se
tornar cada vez mais dinâmicos para potencializar [...] possibilidades de intervir nessas
interações” (ABRAHÃO; PASSEGGI, 2012, p. 53). Do ponto de vista metodológico, este
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estudo teve caráter bibliográfico, documental e de campo, a partir de “narrativas de
experiências do vivido [...], [também conhecidas como] narrativas de experiências
educativas” (LIMA; GERALDI; GERALDI, 2015, p. 26). É na narrativa que o sujeito faz das
experiências que produz “as categorizações que lhe permitem apropriar-se do mundo social e
definir seu lugar nele” (DELORY-MOMBERGER, 2014, p. 293).
A narrativa está presente em todos os lugares, sociedades e grupos humanos. Uma
narrativa de vida nunca é definitiva, “ela se reconstrói a cada enunciação e reconstrói com ela
o sentido da história que enuncia” (DELORY-MOMBERGER, 2014, p. 317). Nesta pesquisa,
a narrativa dos sujeitos foi analisada considerando suas subjetividades e seus espaços de
poder; foram tomadas providências relativas à cessão de direitos para uso dos dados na
pesquisa e assegurado total anonimato dos participantes. O estudo apresenta-se em três
seções: Covid-19: a evolução da pandemia; O enfrentamento da pandemia no tocante à
Educação; Os impactos da pandemia na Educação Infantil de São José dos Pinhais, PR.
Covid-19: a evolução da pandemia
A população mundial acompanha estarrecida a evolução da pandemia de Covid-19,
seus impactos e as drásticas modificações que vem causando em diversas áreas, entre elas:
pessoais, sociais, culturais, econômicas, políticas, sanitárias e educacionais.
Tudo começou quando a incidência de vários casos de pneumonia na cidade de
Wuhan, província de Hubei, na República Popular da China, foi comunicada oficialmente à
Organização Mundial da Saúde, doravante denominada OMS, em 31 de dezembro de 2019.
Tratava-se de um novo tipo de coronavírus que não havia sido identificado antes em seres
humanos. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde, doravante denominada
OPAS, os coronavírus “estão por toda parte [...] [,] são a segunda principal causa de resfriado
comum (após rinovírus) e, até as últimas décadas, raramente causavam doenças mais graves
em humanos do que o resfriado comum” (OPAS, 2020).
Em 7 de janeiro de 2020, uma semana após esse alerta, as autoridades chinesas
confirmaram que haviam identificado um novo tipo de coronavírus com alto potencial de
contaminação e letalidade, “que no início foi temporariamente nomeado 2019-nCoV” (OPAS,
2020).
Desde o momento em que foi informada sobre os casos de Wuhan, a OMS tem
trabalhado em conjunto com autoridades chinesas e especialistas globais para “aprender mais
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sobre o vírus, como ele afeta as pessoas que estão doentes, como podem ser tratadas e o que
os países podem fazer para responder [ao surto]” (OPAS, 2020).
A OMS declarou, em 30 de janeiro de 2020, que “o surto do novo coronavírus
constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) – o mais
alto nível de alerta da Organização, conforme previsto no Regulamento Sanitário
Internacional” (OPAS, 2020), no intuito de aprimorar a coordenação, a cooperação e a
solidariedade global para interromper a propagação do vírus. Essa foi a sexta ocasião em que
a OMS declarou uma emergência dessa magnitude; as anteriores foram: a pandemia de H1N1,
em 25 de abril de 2009; a disseminação internacional de Poliovírus, em 5 de maio de 2014; o
surto de Ebola na África Ocidental, em 8 de agosto de 2014; o vírus Zika e aumento de casos
de microcefalia e outras malformações congênitas, em 1 de fevereiro de 2016; e o surto de
Ebola na República Democrática do Congo, em 18 de maio de 2018.
O novo coronavírus, responsável por causar a doença Covid-19, até então conhecido
como 2019-nCoV, em 11 de fevereiro de 2020, recebeu o nome de SARS-CoV-2. A OMS
descreve a Covid-19 como “uma doença infecto-respiratória semelhante à gripe. Por ser um
vírus novo, a taxa de infecção é alta, pois não há imunidade por adoecimento prévio ou
proteção por vacina” (OPAS, 2020). Entre os sintomas mais comuns da Covid-19 estão: febre,
cansaço e tosse seca. Porém, alguns infectados também podem apresentar dores, congestão
nasal, dor de cabeça, conjuntivite, dor de garganta, diarreia, perda de paladar ou olfato,
erupção cutânea na pele ou descoloração dos dedos das mãos ou dos pés. “Esses sintomas
geralmente são leves e começam gradualmente. Algumas pessoas são infectadas, mas
apresentam apenas sintomas muito leves [ou permanecem assintomáticas]” (OPAS, 2020).
Conforme dados divulgados pela OPAS, a maior parte dos casos de Covid-19 (cerca
de 80%) se recupera da doença sem precisar de tratamento hospitalar; a cada seis pessoas
infectadas, uma fica gravemente doente e desenvolve dificuldade de respirar; as pessoas
idosas e aquelas que apresentam comorbidades como pressão alta, problemas cardíacos e do
pulmão, diabetes ou câncer, enquadram-se no grupo de risco por serem mais suscetíveis à
doença. No entanto, qualquer pessoa pode ser infectada, ficar gravemente doente e até entrar
em óbito por complicações decorrentes da Covid-19.
No que tange às formas de contágio, evidências apontam que o novo coronavírus pode
se espalhar por meio de contato “direto, indireto ([...] superfícies ou objetos contaminados) ou
próximo (na faixa de um metro) com pessoas infectadas através de [...] saliva e secreções
respiratórias ou de suas gotículas respiratórias, que são expelidas quando uma pessoa tosse,
espirra, fala ou canta” (OPAS, 2020).
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Memória e subjetividade: A percepção de profissionais da educação infantil frente à pandemia de Covid-19
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Diante da disseminação da Covid-19, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom
Ghebreyesus, em 11 de março de 2020, anunciou que a doença atingiu o patamar de
pandemia, considerando que o termo utilizado para tal caracterização se refere à “distribuição
geográfica de uma doença e não à sua gravidade. A designação reconhece que, no momento,
existem surtos de COVID-19 em vários países e regiões do mundo” (OPAS, 2020).
Descrever a situação como uma pandemia não alterou a avaliação sobre a ameaça
representada pelo novo coronavírus. Como bem enfatizou Tedros Adhanom Ghebreyesus:
“Os países devem adotar uma abordagem envolvendo todo o governo e toda a sociedade,
construída em torno de uma estratégia integral e combinada para prevenir infecções, salvar
vidas e minimizar o impacto” (WHO, 2020).
Em colaboração, a OPAS “tem prestado apoio técnico aos países das Américas e
recomendado manter o sistema de vigilância alerta, preparado para detectar, isolar e cuidar
precocemente de pacientes infectados com o novo coronavírus” (OPAS, 2020).
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, doravante
denominada UNESCO, também está comprometida em “apoiar os governos na educação a
distância, na ciência aberta, além de compartilhar conhecimento e cultura, como meio
fundamental para se unir e estreitar os laços [...] [da] humanidade compartilhada” perante a
crise mundial de saúde pública instaurada pela pandemia. Em resposta à Covid-19, a
UNESCO declarou:
A COVID-19 nos diz que a cooperação científica é fundamental ao lidar
com um problema global de saúde pública. Diz-nos que a continuação da
educação deve ser garantida quando tantas crianças hoje não podem ir à
escola. É um lembrete absoluto da importância de informações confiáveis e
de qualidade no momento em que os rumores estão florescendo. Ela nos
mostra o poder da cultura e do conhecimento para fortalecer o tecido
humano e a solidariedade, em um momento em que tantas pessoas ao redor
do mundo devem manter distância social e ficar em casa (UNESCO, 2020a).
A necessidade de contenção da pandemia evidencia implicações éticas e de direitos
humanos na implantação de estratégias de enfrentamento que dependem de ações da saúde
pública e do governo para atenuar os impactos, destacando principalmente o distanciamento
social, fato que alterou drasticamente a rotina da população mundial, atingindo as mais
variadas áreas, entre elas, a educação.
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Eliane KÜSTER e Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA
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O enfrentamento da pandemia no tocante à Educação
Uma das estratégias adotadas mundialmente para conter a pandemia de Covid-19 foi o
fechamento de escolas. À vista disso, “governos têm implementado soluções de educação a
distância e lidado com a complexidade para oferecer educação de forma remota, desde o
fornecimento de conteúdo e apoio a professores, até orientar as famílias e a enfrentar os
desafios da conectividade” (UNESCO, 2020b).
A UNESCO tem apoiado os países a ampliar suas práticas de aprendizagem a
distância, a ponto de atingir crianças e jovens em maior risco social. “A equidade é a
preocupação suprema, porque os fechamentos prejudicam de forma desproporcional os
estudantes vulneráveis e desfavorecidos, que dependem das escolas para receber uma gama de
serviços sociais, incluindo saúde e nutrição” (UNESCO, 2020b).
Em 26 de março de 2020, a UNESCO lançou uma ampla coalizão entre organizações
internacionais, sociedade civil e parceiros do setor privado para garantir a aprendizagem, a
Coalizão Global de Educação, com ênfase na equidade e na igualdade entre homens e
mulheres, e o propósito de atender às necessidades específicas dos países afetados pela
pandemia, conforme previsto durante reuniões com seus respectivos ministros da Educação.
A Coalizão se esforçará para atender às necessidades com soluções gratuitas
e seguras, unindo parceiros para tratar dos desafios da conectividade e de
conteúdos, entre outros. Irá fornecer ferramentas digitais e soluções de
gestão da aprendizagem para colocar online recursos educacionais nacionais
digitalizados, além de selecionar recursos para o ensino a distância e
fortalecer a expertise técnica, ao usar uma combinação de abordagens
tecnológicas e comunitárias, dependendo dos contextos locais. Em todas as
intervenções, será dada atenção especial para garantir a segurança dos dados
e a proteção da privacidade de estudantes e professores (UNESCO, 2020b).
Conforme divulgado pela UNESCO (2020b), essa coalizão visa, em especial, ajudar os
países na mobilização de recursos e na implementação de soluções inovadoras e adequadas ao
contexto para fornecer educação a distância, utilizando abordagens de baixa e alta tecnologia,
ou mesmo sem nenhuma tecnologia; buscar soluções equitativas e acesso universal; assegurar
respostas coordenadas e evitar a duplicação de esforços; facilitar o retorno de estudantes às
escolas quando estas reabrirem, para evitar um aumento nas taxas de abandono.
Outra contribuição da UNESCO é a cobertura dos principais tópicos educacionais em
resposta à pandemia de Covid-19, com a divulgação de notas informativas, as quais fornecem
evidências de boas práticas, dicas e links para fontes importantes, a fim de amenizar o
impacto do fechamento temporário das escolas. Essas notas informativas são elaboradas
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Memória e subjetividade: A percepção de profissionais da educação infantil frente à pandemia de Covid-19
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coletivamente por especialistas em educação da organização em todo o mundo e abrangem
vários tópicos em nove áreas temáticas, conforme designadas pela UNESCO (2020c): saúde e
bem-estar; continuidade do ensino e aprendizagem; equidade e igualdade entre homens e
mulheres; ensino e aprendizagem; ensino superior e TVET (
Technical Vocational Education
and Training
) – educação profissional e tecnológica; educação e cultura; política e
planejamento educacional; populações vulneráveis; educação para a cidadania global; e
educação para o desenvolvimento sustentável.
Além disso, o Instituto Internacional de Planejamento Educacional da UNESCO
(
International Institute for Educational Planning
) também preparou uma série de cinco
documentos “
Five steps to support education for all in the time of COVID-19
” (IIEP-
UNESCO, 2020), “com a intenção de ajudar os países com orientações sobre garantir o acesso
à educação de qualidade durante a COVID-19” (UNESCO, 2020c).
No Brasil, em 3 de fevereiro de 2020, o Ministério da Saúde, por meio da Portaria nº.
188, declarou “Emergência em Saúde Pública de importância Nacional (ESPIN) em
decorrência da Infecção Humana pelo novo Coronavírus (2019-nCoV)” (BRASIL, 2020e, p.
1), e no dia 6 de fevereiro de 2020 foi sancionada a Lei Federal nº. 13.979, a qual dispõe a
respeito de “medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância
internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019” (BRASIL, 2020a, p.
1).
Perante isso, o Ministério da Educação também percebeu a necessidade de implantar
medidas de prevenção ao Covid-19 no tocante à educação brasileira, e iniciou esse processo
com a publicação da Portaria nº. 343, de 17 de março de 2020, que autorizou, em caráter
excepcional, “a substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais enquanto durar
a situação de pandemia do Novo Coronavírus - COVID-19” (BRASIL, 2020d, p. 39).
Em 18 de março de 2020, o Conselho Nacional de Educação, doravante denominado
CNE, considerando as implicações da pandemia no fluxo do calendário escolar, tanto na
educação básica quanto na educação superior, divulgou uma Nota de Esclarecimento
(BRASIL, 2020b), no intuito de elucidar aos sistemas e às redes de ensino, de todos os níveis,
etapas e modalidades, que porventura tivessem necessidade de reorganizar as atividades
acadêmicas ou de aprendizagem em face da suspensão das atividades escolares por conta de
ações preventivas à propagação da Covid-19, que:
[...] ao adotar as providências necessárias e suficientes para garantir a
segurança da comunidade social, [...] devem considerar a aplicação dos
dispositivos legais em articulação com as normas estabelecidas por
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autoridades federais, estaduais, e dos sistemas de ensino, para a organização
das atividades escolares e execução de seus calendários e programas,
ficando, a critério dos próprios [...] a gestão do calendário e a forma de
organização, realização ou reposição de atividades acadêmicas e escolares
[...] [e que] no exercício de sua autonomia e responsabilidade na condução
dos respectivos projetos pedagógicos e dos sistemas de ensino, compete às
autoridades dos sistemas de ensino federal, estaduais, municipais e distrital,
[...] autorizar a realização de atividades a distância [...] [em todos os] níveis e
modalidades [...] [de ensino] (BRASIL, 2020b, p. 1-2).
A partir de então, Conselhos Estaduais de Educação de diversos estados e vários
Conselhos Municipais de Educação “emitiram resoluções e/ou pareceres orientativos para as
instituições de ensino pertencentes aos seus respectivos sistemas sobre a reorganização do
calendário escolar e uso de atividades não presenciais” (‘BRASIL, 2020c, p. 63).
No caso do estado do Paraná, o Decreto nº. 4.230, de 16 de março de 2020, que
“dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância
internacional decorrente do Coronavírus – COVID-19” (PARANÁ, 2020), permitiu a adoção
de algumas medidas direcionadas ao setor da Educação, entre elas: isolamento; quarentena;
suspensão das aulas presenciais; antecipação de recesso escolar; teletrabalho aos servidores
públicos pertencentes aos grupos de risco.
Os impactos da pandemia na Educação Infantil de São José dos Pinhais, PR
Ao considerar as narrativas de experiências do vivido como “[...] pesquisas que só
passam a existir porque, havendo uma experiência significativa na vida do sujeito
pesquisador, este a toma como objeto de compreensão [...] [, e que essas] pesquisas decorrem
de uma situação não experimental, mas vivencial” (LIMA; GERALDI; GERALDI, 2015, p.
26), este estudo parte de experiências vivenciadas, em tempos de pandemia de Covid-19, por
gestores de Centros Municipais de Educação Infantil, doravante denominados CMEIs, no
período de março a dezembro de 2020, em São José dos Pinhais, município da região
metropolitana de Curitiba, PR, que conta com sistema próprio de ensino, instituído por meio
da Lei nº. 632/2004, em 29 de outubro de 2004, quando passou a ter autonomia para definir
suas próprias normas, “mas sempre de acordo com a legislação nacional” (PARANÁ, 2006, p.
15), e tornou-se responsável por:
[...] organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais de seu
sistema de ensino (secretaria municipal de educação, conselho municipal de
educação e estabelecimentos municipais de educação básica), baixar normas
complementares para este sistema, bem como autorizar, credenciar e
supervisionar os estabelecimentos de seu sistema de ensino
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(estabelecimentos municipais de educação infantil, ensino fundamental e
ensino médio, e instituições privadas de educação infantil) (PARANÁ, 2006,
p. 14).
Sendo assim, após o CNE vir a público para elucidar aos sistemas e às redes de ensino
a necessidade de reorganizar as atividades acadêmicas por conta de ações preventivas à
propagação da Covid-19, o Conselho Municipal de Educação, doravante denominado CME,
também emitiu resoluções e/ou pareceres orientativos sobre a reorganização do calendário
escolar e uso de atividades não presenciais.
Diante da necessidade de intensificar as medidas indispensáveis à promoção e à
preservação da saúde pública, a Secretaria Municipal de Educação, doravante denominada
SEMED, solicitou aos gestores que divulgassem informações, reforçassem medidas de
higienização e ofertassem álcool em gel 70% para todos os usuários.
Em 17 de março de 2020, o Decreto Municipal nº. 3.726, determinou que as aulas
fossem suspensas a partir de 23 de março de 2020, pelo período que se fizesse necessário,
“conforme comunicação do Poder Executivo Municipal” (SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, 2020b,
p. 4). Em decorrência disso, o recesso previsto para o mês de julho foi antecipado para o
período de 23 de março a 5 de abril de 2020.
A Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos, em 31 de março de
2020, divulgou orientações voltadas às medidas de segurança que deveriam ser adotadas pelos
servidores públicos durante o cumprimento de suas atribuições. Ainda nessa data, a SEMED
comunicou aos gestores que as aulas permaneceriam suspensas por tempo indeterminado.
No dia 27 de abril de 2020, o CME publicou a Deliberação nº. 04/2020, a qual
instituiu normas para o “desenvolvimento de atividades e estudos escolares não presenciais no
âmbito do Sistema Municipal de Ensino de São José dos Pinhais e decorrência da legislação
específica sobre a pandemia causada pelo novo Coronavírus – COVID-19 e outras
providências” (SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, 2020a, p. 2) e a SEMED publicou a Portaria nº.
27/2020, onde estabeleceu “orientações para realização das atividades pedagógicas não
presenciais para a Educação Infantil (Pré I e Pré II) [...] da Rede Municipal de Ensino de São
José dos Pinhais” (SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, 2020c, p. 37).
Os professores regressaram às unidades de ensino em 4 de maio de 2020, de forma
escalonada, para receber orientações dos gestores e planejar as atividades pedagógicas não
presenciais. Frente a essa situação sem precedentes, foram adotadas alternativas para tentar
garantir a equidade, de modo que as crianças tivessem acesso ao conhecimento e
desenvolvessem suas potencialidades. Ao planejar, atentaram-se aos campos de experiências,
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com propostas que contemplassem a realidade social das famílias, priorizando a
indissociabilidade entre o cuidar e o educar, interações e brincadeiras.
A responsabilidade pela oferta de atividades pedagógicas não presenciais ficou a cargo
das equipes docentes dos quarenta e quatro CMEIs de São José dos Pinhais, no período de 11
de maio a 17 de dezembro de 2020. A princípio, as entregas aconteciam uma vez por semana,
mas a partir de 22 de junho de 2020 passaram a ser quinzenalmente.
Os gestores recomendaram aos profissionais que tomassem todos os cuidados de
prevenção durante as entregas de atividades aos pais e/ou responsáveis e que cumprissem o
prazo de sete dias, após a devolução, para então manipulá-las. Os registros nas atividades
foram considerados como efetiva participação das crianças, as quais foram avaliadas quanto a
aprendizagem e o desenvolvimento, durante todo o processo, de maneira diagnóstica,
formativa, contínua, cumulativa e devolutiva, por meio de pareceres descritivos semestrais.
Para validação das atividades pedagógicas não presenciais como períodos letivos, os
gestores protocolaram requerimentos junto ao CME, contendo: atas de reuniões dos
Conselhos CMEIs, descrições de tais atividades abordando as metodologias e recursos
utilizados, com remissão à proposta pedagógica curricular da Rede Municipal de Ensino e ao
Referencial Curricular de São José dos Pinhais; demonstrações de frequências ou
participações das crianças nas atividades realizadas. Após validação, toda a documentação
referente ao processo foi arquivada nas respectivas unidades de ensino, onde deverá
permanecer por cinco anos.
Conforme a Portaria n.º 27/2020 (SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, 2020c), durante o
período de pandemia, os gestores foram incumbidos de: orientar pais e/ou responsáveis para
que comparecessem individualmente aos CMEIs para retirar e/ou devolver as atividades
pedagógicas não presenciais, conforme cronogramas; dar publicidade ao processo de
implementação dessas atividades; assegurar a garantia do cumprimento das determinações da
SEMED; monitorar e garantir às equipes pedagógicas e docentes a efetividade do processo
envolvendo toda comunidade escolar; acompanhar a participação das equipes pedagógicas e
docentes; emitir relatórios; auxiliar os professores na resolução das dúvidas; orientar e
participar, junto com as equipes pedagógicas e docentes, do preenchimento de documentação
comprobatória da realização do processo. As equipes pedagógicas ficaram responsáveis por:
articular com as equipes diretivas sobre os conhecimentos trabalhados e os planejamentos,
considerando as especificidades de cada turma; contribuir no enriquecimento pedagógico dos
registros dos professores; monitorar e garantir às equipes docentes a efetividade do processo
envolvendo toda a comunidade escolar; acompanhar a efetiva participação dos professores;
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Memória e subjetividade: A percepção de profissionais da educação infantil frente à pandemia de Covid-19
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884
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organizar reuniões com as equipes docentes, respeitando as orientações da OMS; emitir
relatórios; auxiliar os professores na resolução das dúvidas relacionadas ao processo e no
preenchimento de formulários sobre conteúdos trabalhados.
No que tange às orientações às famílias durante esse período de distanciamento social,
gestores esclareceram aos pais e/ou responsáveis que as atividades pedagógicas não
presenciais tinham o propósito de minimizar os impactos na aprendizagem das crianças, uma
vez que elas se desenvolvem por meio das interações e brincadeiras, e, para tanto, é
importante a organização de rotinas e atividades que oportunizem a vivência de uma gama de
experiências no ambiente familiar. Algumas das sugestões repassadas aos familiares para
realização das atividades enviadas pelos CMEIs foram: estabelecer horários e locais
adequados para a realização das propostas; combinar rotinas com as crianças, incluindo
horários para diferentes tarefas diárias (acordar, dormir, higiene pessoal, trocas de roupas,
arrumar a cama, refeições, brincadeiras, organização de pertences, etc); seguir as indicações
dos professores para orientar as crianças na realização das propostas; as atividades devem ser
realizadas pelas crianças com o auxílio dos familiares: é muito importante que as crianças
tenham liberdade de expressão e de escolha, adultos devem apenas mediar os processos;
reservar intervalos para descanso, hidratação e alimentação; entre outras.
Nas incidências de não comparecimento dos familiares, alternada ou sequencialmente,
para retirar e/ou devolver as atividades pedagógicas não presenciais, houve busca ativa por
parte das equipes gestoras. Após várias tentativas infrutíferas e não havendo nenhum tipo de
contato ou justificativa por parte dessas famílias, os casos foram encaminhados ao Programa
de Articulação dos Direitos da Criança (PADIC), tendo o propósito de articular ações com o
Conselho Tutelar, a fim de acompanhar casos de infrequência, evasão escolar ou suspeita de
violação de direitos (negligência, abandono, violência física, abuso sexual e outros), e assim
tomar as providências cabíveis.
Outro fator de destaque no âmbito da Educação Infantil em tempos de pandemia de
Covid-19 foi o aumento significativo de solicitações de transferências por parte de famílias
que passaram por dificuldades financeiras e tiveram que desistir de manter seus filhos em
instituições privadas, para buscar vagas em unidades de ensino da rede pública.
Os CMEIs que contemplavam as modalidades de Infantil I a Infantil IV mantiveram a
suspensão do calendário escolar de 23 de março até 17 de dezembro de 2020. Não houve
distribuição de atividades pedagógicas não presenciais para essas modalidades, por não se
enquadrarem como etapas da Educação Básica.
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Eliane KÜSTER e Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA
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– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587
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No intuito de aproveitar o período de
home office
para promover estudos sobre
Referencial Curricular e BNCC, foram utilizadas estratégias de formação à distância: salas de
vídeo no
Facebook
e
Google Meet
;
Google Drive
para compartilhamento de documentos;
encontros presenciais nos CMEIs, em pequenos grupos, para trocas de experiências e
elaboração de planejamentos; envio de propostas pedagógicas via e-mails; grupos de
WhatsApp
, com caráter informativo e dialógico; contatos telefônicos;
lives
no
YouTube
;
cursos
online
,
webconferências
e
podcasts
; entre outras.
Foi possível perceber intenso desgaste no trabalho pedagógico no decorrer do ano de
2020: profissionais assoberbados com multitarefas, o que extrapolou os expedientes de
trabalho; equipes gestoras, pedagógicas e docentes respondendo
e-mails
e mensagens de
WhatsApp
a todo momento (dia, noite, intervalos de descanso, feriados e finais de semana);
excesso de formações, reuniões e atendimentos
online;
planejamentos de atividades
pedagógicas não presenciais, com registro e correção, o que não era uma prática em tempos
que precederam a pandemia. A ausência das crianças no ambiente escolar gerou melancolia.
O estresse e o medo de contaminação pelo coronavírus também afetaram o psicológico da
maioria dos profissionais. A incerteza de medidas eficazes de prevenção e a expectativa pela
cura da Covid-19 influenciaram negativamente a Educação Infantil.
Durante o período de suspensão das aulas presenciais, também foram desenvolvidas
algumas ações sociais para auxiliar as famílias das crianças matriculadas na Rede Municipal
de Ensino de São José dos Pinhais, entre elas, a distribuição de
kits
de merenda escolar. Os
gestores ficaram responsáveis pela organização, divulgação e distribuição das cestas básicas
nas unidades de ensino, no intuito de ampliar o impacto social dessa ação e assim garantir o
mínimo de qualidade alimentar e bem-estar às crianças. Como meios de divulgação os
gestores utilizaram: cartazes; telefonemas; informativos impressos; postagens em redes
sociais, tais como,
Instagram
e
Facebook
;
e-mails
; criação de grupos de pais no
WhatsApp
,
para repasse de informativos e cronogramas de distribuição dos
kits
; mensagens via
Messenger
e
Telegram
; entre outros.
Para calcular as quantidades de alimentos que fariam parte dos
kits
de merenda
escolar, a equipe de nutricionistas da Divisão de Merenda Escolar da SEMED levou em
consideração as refeições regulares a que cada criança teria direito durante sua permanência
em uma unidade de ensino, num período correspondente a 20 dias letivos, bem como suas
necessidades nutricionais, de acordo com as diretrizes do Programa Nacional de Alimentação
Escolar (PNAE) e as instruções do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE). Os
kits
foram distribuídos nos CMEIs, com o auxílio dos professores, juntamente
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Memória e subjetividade: A percepção de profissionais da educação infantil frente à pandemia de Covid-19
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– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587
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com as atividades pedagógicas não presenciais. Educadores sociais também auxiliaram no
atendimento às famílias das crianças matriculadas nas modalidades de Infantil I ao Infantil IV.
O período de distribuição de
kits
de merenda escolar ocorreu de maio a novembro de 2020.
No que se refere à reorganização de calendário escolar e reposição de atividades, o
Parecer 5/2020, publicado pelo CNE, assegura que nessa “situação de excepcionalidade para a
educação infantil, é muito difícil quantificar em horas as experiências que as crianças
pequenas terão nas suas casas” (BRASIL, 2020c, p. 63), por conseguinte, o CME de São José
dos Pinhais não determinou reorganização do calendário escolar 2020, reposição de atividades
ou prorrogação do ano letivo à Educação Infantil.
Considerações finais
Diante das considerações a respeito dos impactos da pandemia de Covid-19 em
instituições públicas de Educação Infantil, no município de São José dos Pinhais, PR, bem
como o prolongado período de interrupção de atividades presenciais que ocorreu entre março
e dezembro de 2020, este estudo possibilitou uma breve apresentação da evolução da
pandemia de Covid-19 pelo mundo, permitiu a verificação de estratégias de enfrentamento da
pandemia, no âmbito da Educação, e, por meio de narrativas, favoreceu investigações quanto
às percepções de gestores da Educação Infantil frente à pandemia de Covid-19, quanto ao
isolamento social, encaminhamentos pedagógicos, manutenção dos profissionais da educação
em seus cargos, participação dos pais e desenvolvimento integral das crianças.
Em suma, a pesquisa permitiu aprofundar e tensionar as diferentes subjetividades de
profissionais da Educação Infantil, num espaço coletivo, por meio das memórias relativas ao
momento histórico vivido.
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professor reflexivo e a autorregulação da aprendizagem: Uma possível aproximação.
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Eliane KÜSTER e Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587
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Memória e subjetividade: A percepção de profissionais da educação infantil frente à pandemia de Covid-19
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587
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Eliane KÜSTER e Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884
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Como referenciar este artigo
KUSTER, E.; VIEIRA, A. M. D. P. Memória e subjetividade: A percepção de profissionais
da Educação Infantil frente à pandemia de Covid-19.
Revista Ibero-Americana de Estudos
em Educação
, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587.
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884
Submetido em
: 22/11/2021
Revisões requeridas em
: 06/02/2022
Aprovado em
: 27/03/2022
Publicado em
: 30/06/2022
Processamento e edição: Editoria Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, padronização e tradução.
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Memoria y subjetividad: La percepción de los profesionales de la educación infantil ante la pandemia del Covid-19
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Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: htpps://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884
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MEMORIA Y SUBJETIVIDAD: LA PERCEPCIÓN DE LOS PROFESIONALES DE
LA EDUCACIÓN INFANTIL ANTE LA PANDEMIA DEL COVID-19
MEMÓRIA E SUBJETIVIDADE: A PERCEPÇÃO DE PROFISSIONAIS DA
EDUCAÇÃO INFANTIL FRENTE À PANDEMIA DE COVID-19
MEMORY AND SUBJECTIVITY: THE PERCEPTION OF PROFESSIONALS IN
EARLY CHILDHOOD EDUCATION FACING THE COVID-19 PANDEMIC
Eliane KÜSTER
1
Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA
2
RESUMEN
:
El artículo tiene como objetivo discutir los impactos de la pandemia Covid-19
en las instituciones públicas de Educación Infantil, en un municipio de la región
metropolitana de Curitiba, PR, desde la memoria de los gestores sobre el aislamiento social,
las derivaciones pedagógicas, el mantenimiento de la formación de profesionales de
educación en sus posiciones, la participación de los padres y el desarrollo integral de los
niños. Las narrativas de los sujetos fueron analizadas considerando sus subjetividades y sus
espacios de poder. La investigación se realizó desde la perspectiva de la Historia Cultural, con
el apoyo de Chartier (2002), Delory-Momberger (2014) y Lima, Geraldi y Geraldi (2015),
entre otros. Desde el punto de vista metodológico, el estudio tuvo un carácter bibliográfico,
documental y de campo. La investigación permitió profundizar y tensar las diferentes
subjetividades de profesionales de la Educación Infantil, en un espacio colectivo, a través de
memorias relacionadas con el momento histórico vivido.
PALABRAS CLAVE
:
Historia cultural. Memoria. Subjetividad. Covid-19. Educación
infantil.
RESUMO
: O artigo tem por objetivo discutir os impactos da pandemia de Covid-19 em
instituições públicas de Educação Infantil, em município da região metropolitana de Curitiba,
PR, a partir da memória de gestores sobre o isolamento social, os encaminhamentos
pedagógicos, a manutenção dos profissionais da educação em seus cargos, a participação
dos pais e o desenvolvimento integral das crianças. A narrativa dos sujeitos foi analisada
considerando suas subjetividades e seus espaços de poder. A pesquisa foi realizada na
perspectiva da História Cultural, com apoio em Chartier (2002), Delory-Momberger (2014) e
Lima, Geraldi e Geraldi (2015), entre outros. Do ponto de vista metodológico, o estudo teve
caráter bibliográfico, documental e de campo. A pesquisa permitiu aprofundar e tensionar as
diferentes subjetividades de profissionais da Educação Infantil, num espaço coletivo, por
meio das memórias relativas ao momento histórico vivido.
1
Pontificia Universidad Católica de Paraná (PUCPR), Curitiba
–
PR
–
Brasil. Estudiante de Doctorado en
Educación. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6683-2940. E-mail: likuster@yahoo.com.br
2
Pontificia Universidad Católica de Paraná (PUCPR), Curitiba
–
PR
–
Brasil. Profesora de pedagogía y del
Programa de Posgrado en Educación. Doctorado en Educación. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3759-0377.
E-mail: alboni@alboni.com
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Eliane KÜSTER e Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: htpps://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884
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PALAVRAS-CHAVE
: História cultural. Memória. Subjetividade. Covid-19. Educação
infantil.
ABSTRACT
: The article aims to discuss the impacts of the Covid-19 pandemic on public
institutions of Early Childhood Education, in a municipality in the metropolitan region of
Curitiba, PR, from the memory of managers about social isolation, pedagogical referrals,
maintenance of professional education in their positions, the participation of parents and the
total development of children. The subjects’ narratives were analyzed considering their
subjectivities and their spaces of power. The research was carried out from the perspective of
Cultural History, supported by Chartier (2002), Delory-Momberger (2014) and Lima,
Geraldi and Geraldi (2015), among others. From a methodological point of view, the study
had a bibliographic, documentary and field nature. The research allowed deepening and
tensioning the different subjectivities of professionals in Early Childhood Education, in a
collective space, through memories related to the historical moment experienced.
KEYWORDS
:
Cultural history. Memory. Subjectivity. Covid-19. Early childhood education.
Introducción
Este artículo aborda los impactos de la pandemia de Covid-19 en instituciones
públicas de Educación Infantil, en un municipio de la región metropolitana de Curitiba, PR,
desde la memoria de los gestores sobre el aislamiento social, las referencias pedagógicas, el
mantenimiento de los profesionales de la educación en sus puestos, la participación de los
padres de familia y el desarrollo integral de los niños, considerando el prolongado período de
interrupción de las actividades presenciales que se produjo entre marzo y diciembre de 2020.
La investigación se realizó desde la perspectiva de la Historia Cultural, con apoyo en
Chartier (2002), Delory-Momberger (2014) y Lima, Geraldi y Geraldi (2015), entre otros
autores fundadores. En vista de esta perspectiva, se busca "identificar cómo en diferentes
lugares y momentos se construye, se piensa, se da a leer una realidad social dada"
(CHARTIER, 2002, p. 16-17), se establecieron los siguientes objetivos específicos: presentar
la evolución de la pandemia de Covid-19; verificar estrategias para hacer frente a la pandemia
en el campo de la Educación; investigar la percepción de los profesionales de la Educación
Infantil frente a la pandemia de Covid-19.
Los estudios en el campo de la educación se han interesado cada vez más en "tejer
enfoques sobre la complejidad de las interacciones sociales que se establecen en el mundo
globalizado e informatizado", y en vista de esto "los esquemas interpretativos [...] deben
volverse cada vez más dinámicos para mejorar [...] las posibilidades de intervenir en estas
interacciones" (ABRAHÃO; PASSEGGI, 2012, p. 53). Desde el punto de vista metodológico,
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Memoria y subjetividad: La percepción de los profesionales de la educación infantil ante la pandemia del Covid-19
RIAEE
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Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: htpps://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884
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este estudio tuvo un carácter bibliográfico, documental y de campo, basado en "narrativas de
experiencias de lo vivido [...], [también conocidas como] narrativas de experiencias
educativas" (LIMA; GERALDI; GERALDI, 2015, p. 26). Es en la narrativa que el sujeto hace
de las experiencias que produce "las categorizaciones que le permiten apropiarse del mundo
social y definir su lugar en él" (DELORY-MOMBERGER, 2014, p. 293).
La narrativa está presente en todas partes, sociedades y grupos humanos. Una narrativa
de la vida nunca es definitiva, "se reconstruye con cada enunciación y reconstruye con ella el
sentido de la historia que enuncia" (DELORY-MOMBERGER, 2014, p. 317). En esta
investigación se analizó la narrativa de los sujetos considerando sus subjetividades y sus
espacios de poder; se adoptaron medidas relativas a la cesión de derechos para el uso de datos
en la investigación y se garantizó el pleno anonimato de los participantes. El estudio se
presenta en tres sesiones: Covid-19: la evolución de la pandemia; Hacer frente a la pandemia
en materia de educación; Los impactos de la pandemia en la Educación Infantil en São José
dos Pinhais, PR.
Covid-19: la evolución de la pandemia
La población mundial sigue la evolución de la pandemia de Covid-19, sus impactos y
los drásticos cambios que ha venido provocando en varios ámbitos, entre ellos: personal,
social, cultural, económico, político, sanitario y educativo.
Todo comenzó cuando la incidencia de varios casos de neumonía en la ciudad de
Wuhan, provincia de Hubei, República Popular China, se informó oficialmente a la
Organización Mundial de la Salud, en lo sucesivo denominada OMS, el 31 de diciembre de
2019. Era un nuevo tipo de coronavirus que no se había identificado antes en humanos. Según
la Organización Panamericana de la Salud, en adelante OPS, los coronavirus "están en todas
partes [...] [,] son la segunda causa principal de resfriado común (después del rinovirus) y,
hasta las últimas décadas, rara vez han causado enfermedades más graves en humanos que el
resfriado común" (OPAS, 2020).
El 7 de enero de 2020, una semana después de esta alerta, las autoridades chinas
confirmaron que habían identificado un nuevo tipo de coronavirus con alto potencial de
contaminación y letalidad, "que primero fue nombrado temporalmente 2019-nCoV" (OPAS,
2020).
Desde el momento en que se informó sobre los casos de Wuhan, la OMS ha estado
trabajando estrechamente con las autoridades chinas y expertos mundiales para "aprender más
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Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587
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sobre el virus, cómo afecta a las personas que están enfermas, cómo pueden ser tratadas y qué
pueden hacer los países para responder [al brote]" (OPAS, 2020).
La OMS declaró el 30 de enero de 2020 que "el brote del nuevo coronavirus
constituye una Emergencia de Salud Pública de Importancia Internacional (ESPII), el nivel de
alerta más alto de la Organización, según lo previsto en el Reglamento Sanitario
Internacional". (OPAS, 2020), coordinación, cooperación y solidaridad global para detener la
propagación del virus. La SSA fue la sexta vez que la OMS declaró una emergencia de esta
magnitud; los anteriores fueron: la pandemia de H1N1, el 25 de abril de 2009; la propagación
internacional del polio virus el 5 de mayo de 2014; el brote de ébola en África occidental el 8
de agosto de 2014; virus del zika y aumento de casos de microcefalia y otras malformaciones
congénitas el 1 de febrero de 2016; y el brote de ébola en la República Democrática del
Congo el 18 de mayo de 2018.
El nuevo coronavirus, responsable de causar la enfermedad Covid-19, hasta ahora
conocido como 2019-nCoV, el 11 de febrero de 2020, fue nombrado SARS-CoV-2. Quien
describe el Covid-19 como "una enfermedad infecto-respiratoria similar a la influenza.
Debido a que es un virus nuevo, la tasa de infección es alta, ya que no hay inmunidad debido
a una enfermedad previa o protección de vacunas" (OPAS, 2020). Entre los síntomas más
comunes del Covid-19 se encuentran: fiebre, cansancio y tos seca. Sin embargo, algunos
infectados también pueden experimentar dolor, congestión nasal, dolor de cabeza,
conjuntivitis, dolor de garganta, diarrea, pérdida del gusto o del olfato, erupción cutánea o
decoloración de los dedos de las manos o de los pies. "Estos síntomas suelen ser leves y
comienzan gradualmente. Algunas personas están infectadas, pero solo tienen síntomas muy
leves [o permanecen asintomáticas]
”
(OPAS, 2020).
Según datos divulgados por la OPS, la mayoría de los casos de Covid-19 (alrededor
del 80%) se recuperan de la enfermedad sin necesidad de tratamiento hospitalario; cada seis
personas infectadas, una se enferma gravemente y desarrolla dificultad para respirar; las
personas mayores y las que tienen comorbilidades como presión arterial alta, problemas
cardíacos y pulmonares, diabetes o cáncer, entran en el grupo de riesgo porque son más
susceptibles a la enfermedad. Sin embargo, cualquier persona puede infectarse, enfermarse
gravemente e incluso morir por complicaciones derivadas del Covid-19.
En cuanto a las formas de contagio, la evidencia indica que el nuevo coronavirus
puede propagarse a través de "contacto directo e indirecto ([...] superficies u objetos
contaminados) o cerca (en el rango de un metro) con personas infectadas a través de saliva y
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Memoria y subjetividad: La percepción de los profesionales de la educación infantil ante la pandemia del Covid-19
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secreciones o sus gotitas respiratorias, que se expulsan cuando una persona tose, estornuda,
habla o canta" (OPAS, 2020).
Ante la propagación del Covid-19, el director general de la OMS, Tedros Adhanom
Ghebreyesus, el 11 de marzo de 2020, anunció que la enfermedad había alcanzado el nivel de
pandemia, considerando que el término utilizado para dicha caracterización se refiere a la
"distribución geográfica de una enfermedad y no a su gravedad. La designación reconoce que
actualmente hay brotes de COVID-19 en varios países y regiones del mundo" (OPAS, 2020).
Describir la situación como una pandemia no alteró la evaluación de la amenaza que
representa el nuevo coronavirus. Como Tedros Adhanom Ghebreyesus enfatizó
acertadamente: "Los países deben adoptar un enfoque que involucre a todo el gobierno y la
sociedad en su conjunto, construido en torno a una estrategia integral y combinada para
prevenir infecciones, salvar vidas y minimizar el impacto" (WHO, 2020).
En colaboración, la OPAS
“
ha brindado apoyo técnico a los países de las Américas y
ha recomendado mantener alerta el sistema de vigilancia, preparado para detectar, aislar y
atender precozmente a los pacientes infectados con el nuevo coronavirus" (OPAS, 2020).
La Organización de las Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la Cultura, en
lo sucesivo denominada UNESCO, también se compromete a "apoyar a los gobiernos en la
educación a distancia, la ciencia abierta y el intercambio de conocimientos y cultura, como un
medio fundamental para unir y fortalecer los lazos [...] [de] humanidad compartida" ante la
crisis de salud pública mundial establecida por la pandemia. En respuesta a la Covid-19, la
UNESCO declaró:
COVID-19 nos dice que la cooperación científica es clave para hacer frente
a un problema de salud pública mundial. Nos dice que la educación continua
debe garantizarse cuando tantos niños hoy en día no pueden ir a la escuela.
Es un recordatorio absoluto de la importancia de la información confiable y
de calidad en un momento en que los rumores están floreciendo. Nos
muestra el poder de la cultura y el conocimiento para fortalecer el tejido
humano y la solidaridad, en un momento en que tantas personas en todo el
mundo deben mantener la distancia social y quedarse en casa (UNESCO,
2020a).
La necesidad de contener la pandemia resalta las implicaciones éticas y de derechos
humanos en la implementación de estrategias de afrontamiento que se basan en acciones de
salud pública y gubernamentales para mitigar los impactos, destacando principalmente el
distanciamiento social, hecho que alteró drásticamente la rutina de la población mundial,
llegando a las más variadas áreas, incluida la educación.
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Hacer frente a la pandemia en materia de educación
Una de las estrategias adoptadas a nivel mundial para contener la pandemia de Covid-
19 fue el cierre de escuelas. En vista de esto, "los gobiernos han implementado soluciones de
educación a distancia y han abordado la complejidad para proporcionar educación de forma
remota, desde proporcionar contenido y apoyo a los maestros, hasta guiar a las familias y
abordar los desafíos de conectividad" (UNESCO, 2020b).
La UNESCO ha ayudado a los países a ampliar sus prácticas de aprendizaje a distancia
hasta el punto de llegar a los niños y jóvenes con mayor riesgo social. "La equidad es la
máxima preocupación porque los cierres perjudican desproporcionadamente a los estudiantes
vulnerables y desfavorecidos, que dependen de las escuelas para recibir una gama de servicios
sociales, incluida la salud y la nutrición" (UNESCO, 2020b).
El 26 de marzo de 2020, la UNESCO lanzó una amplia coalición de organizaciones
internacionales, la sociedad civil y los socios del sector privado para garantizar el aprendizaje,
la Coalición Mundial para la Educación, con énfasis en la equidad e igualdad de género, y el
propósito de satisfacer las necesidades específicas de los países afectados por la pandemia,
según lo dispuesto durante las reuniones con sus respectivos ministros de educación.
La Coalición se esforzará por satisfacer las necesidades con soluciones
gratuitas y seguras, uniendo a los socios para abordar los desafíos de
conectividad y contenido, entre otros. Proporcionará herramientas digitales y
soluciones de gestión del aprendizaje para poner en línea los recursos
educativos nacionales digitalizados, así como seleccionar recursos para el
aprendizaje a distancia y fortalecer la experiencia técnica, mediante el uso de
una combinación de enfoques tecnológicos y comunitarios, dependiendo de
los contextos locales. En todas las intervenciones, se prestará especial
atención a garantizar la seguridad de los datos y la protección de la
privacidad de los estudiantes y profesores (UNESCO, 2020b).
Como anunció la UNESCO (2020b), esta coalición tiene como objetivo, en particular,
ayudar a los países a movilizar recursos e implementar soluciones innovadoras y apropiadas
para el contexto para proporcionar educación a distancia, utilizando enfoques de baja y alta
tecnología, o incluso sin ninguna tecnología; buscar soluciones equitativas y acceso universal;
garantizar respuestas coordinadas y evitar la duplicación de esfuerzos; facilitar el regreso de
los estudiantes a las escuelas cuando reabran, para evitar un aumento en las tasas de deserción
escolar.
Otro aporte de la UNESCO es la cobertura de los principales temas educativos en
respuesta a la pandemia de Covid-19, con la difusión de notas informativas, que aporten
evidencia de buenas prácticas, consejos y enlaces a fuentes importantes, con el fin de mitigar
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Memoria y subjetividad: La percepción de los profesionales de la educación infantil ante la pandemia del Covid-19
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el impacto del cierre temporal de escuelas. Estas hojas informativas son preparadas
colectivamente por expertos en educación de toda la organización y cubren varios temas en
nueve áreas temáticas, según lo designado por la UNESCO (2020c): salud y bienestar; la
continuidad de la enseñanza y el aprendizaje; la igualdad entre hombres y mujeres; enseñanza
y aprendizaje; educación superior y TVET (
Technical Vocational Education and Training
)
–
educación profesional y tecnológica; educación y cultura; planificación normativa y
educativa; poblaciones vulnerables; educación para la ciudadanía mundial; educación para el
desarrollo sostenible.
Además, el Instituto Internacional de Planificación de la Educación de la UNESCO
(
Instituto Internacional de Educación Educativa
) también preparó una serie
de cinco
documentos "Cinco pasos para apoyar la educación para todos en tiempos de COVID-19
"
(IIPE-UNESCO, 2020), "con la intención de ayudar a los países con directrices para
garantizar el acceso a una educación de calidad durante COVID-19" (UNESCO, 2020c).
En Brasil, el 3 de febrero de 2020, el Ministerio de Salud, a través de la Ordenanza
No. 188, declarada "Emergencia de Salud Pública de Importancia Nacional (ESPIN) por
Infección Humana por el nuevo Coronavirus (2019-nCoV)" (BRASIL, 2020e, p. 1), y nº 6 de
febrero de 2020, se sancionó la ley federal nº 13.979, que prevé "medidas para atender la
emergencia de salud pública de importancia internacional derivada del coronavirus
responsable del brote de 2019" (BRASIL, 2020a, p. 1).
En vista de esto, el Ministerio de Educación también se dio cuenta de la necesidad de
implementar medidas de prevención para Covid-19 con respecto a la educación brasileña, e
inició este proceso con la publicación de la Ordenanza No. 343, del 17 de marzo de 2020, que
autorizó, de manera excepcional, "la sustitución de clases presenciales por clases en medios
digitales mientras dure la situación de pandemia del Novo Coronavirus - COVID-19"
(BRASIL, 2020d, p. 39).
El 18 de marzo de 2020, el Consejo Nacional de Educación, en adelante CNE,
considerando las implicaciones de la pandemia en el flujo del calendario escolar, tanto en la
educación básica como en la educación superior, publicó una Nota aclaratoria (BRASIL,
2020b), con el fin de dilucidar los sistemas y redes educativas, de todos los niveles, etapas y
modalidades, que tal vez necesitaban reorganizar las actividades académicas o de aprendizaje
ante la suspensión de actividades escolares por acciones preventivas a la propagación del
Covid-19, que:
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[...] al adoptar las medidas necesarias y suficientes para garantizar la
seguridad de la comunidad social, [...] deberá considerar la aplicación de las
disposiciones legales en conjunto con los estándares establecidos por los
sistemas federales, estatales y educativos, para la organización de las
actividades escolares y la ejecución de sus calendarios y programas, dejando,
a discreción del propio [...] el manejo del calendario y la forma de
organización, realización o sustitución de actividades académicas y escolares
[...] [y que] en el ejercicio de su autonomía y responsabilidad en la
realización de los respectivos proyectos pedagógicos y sistemas educativos,
corresponde a las autoridades de los sistemas educativos federal, estatal,
municipal y distrital, [...] autorizar la realización de actividades a distancia
[...] [en todos] los niveles y modalidades [...] [enseñanza] (BRASIL, 2020b,
p. 1-2).
Desde entonces, los Consejos Estatales de Educación de varios estados y varios
Consejos Municipales de Educación "emitieron resoluciones y/u opiniones orientadoras a las
instituciones educativas pertenecientes a sus respectivos sistemas sobre la reorganización del
calendario escolar y el uso de actividades no presenciales" (
‘
BRASIL, 2020c, p. 63).
En el caso del estado de Paraná, el Decreto No. 4.230, del 16 de marzo de 2020, que
"prevé medidas para combatir la emergencia de salud pública de importancia internacional
derivada del Coronavirus
–
COVID-19" (PARANÁ, 2020), permitió la adopción de algunas
medidas dirigidas al sector Educación, entre ellas: aislamiento; cuarentena; suspensión de
clases presenciales; anticipación del recreo escolar; servidores públicos pertenecientes a los
grupos de riesgo.
Los impactos de la pandemia en la educación infantil en São José dos Pinhais, PR
Al considerar las narrativas de experiencias de lo vivido como "[...] estudios que solo
nacen porque, con una experiencia significativa en la vida del sujeto de investigación, el
investigador lo toma como un objeto de comprensión [...] [y que estas] investigaciones
resultan de una situación no experimental, pero experiencial" (LIMA; GERALDI; GERALDI,
2015, p. 26), este estudio se basa en experiencias vividas, en tiempos de pandemia covid-19,
por gerentes de Centros Municipales de Educación Infantil, en adelante CMEI
’s
, en el período
de marzo a diciembre de 2020, en São José dos Pinhais, municipio de la región metropolitana
de Curitiba, PR, que tiene su propio sistema educativo, establecido a través de la Ley No.
632/2004, el 29 de octubre de 2004, cuando se le facultó para definir sus propias normas,
"pero siempre de conformidad con la legislación nacional" (PARANÁ, 2006, p. 15), y se hizo
responsable de:
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[...] organizar, mantener y desarrollar los organismos e instituciones oficiales
de su sistema educativo (secretaría de educación municipal, consejo
municipal de educación y establecimientos municipales de educación
básica), bajar los estándares complementarios para este sistema, así como
autorizar, acreditar y supervisar los establecimientos de su sistema educativo
(instituciones municipales de educación infantil, escuela primaria y
preparatoria, e instituciones privadas de educación de la primera infancia)
(PARANÁ, 2006, p. 14).
Así, luego de que el CNE saliera a dilucidar a los sistemas y escuelas la necesidad de
reorganizar las actividades académicas debido a las acciones preventivas a la propagación del
Covid-19, el Consejo Municipal de Educación, en adelante CME, también emitió resoluciones
y/o orientaciones sobre la reorganización del calendario escolar y el uso de actividades no
presenciales.
Ante la necesidad de intensificar las medidas indispensables para la promoción y
preservación de la salud pública, la Dirección Municipal de Educación, en adelante SEMED,
solicitó a los gestores que divulguen información, refuercen las medidas de higiene y ofrezcan
alcohol en gel al 70% a todos los usuarios.
El 17 de marzo de 2020, el Decreto Municipal No. 3.726, ordenaron que las clases se
suspendieran a partir del 23 de marzo de 2020, por el período necesario, "según la
comunicación del Poder Ejecutivo Municipal" (SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, 2020b, p. 4).
Como resultado, el receso programado para julio se anticipó para el período del 23 de marzo
al 5 de abril de 2020.
El Departamento Municipal de Administración y Recursos Humanos, el 31 de marzo
de 2020, dio a conocer los lineamientos orientados a las medidas de seguridad que deben
adoptar los servidores públicos durante el cumplimiento de sus funciones. También en esa
fecha, SEMED informó a los gerentes que las clases permanecerían suspendidas
indefinidamente.
El 27 de abril de 2020, la CME publicó la Deliberación No. 04/2020, que instituyó
estándares para el "desarrollo de actividades y estudios escolares no presenciales dentro del
sistema educativo municipal de São José dos Pinhais y como resultado de la legislación
específica sobre la pandemia causada por el nuevo Coronavirus
–
COVID-19 y otras
medidas" (SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, 2020a, p. 2) y SEMED publicó la Ordenanza No.
27/2020, donde estableció "pautas para la realización de actividades pedagógicas no
presenciales para la Educación Infantil (Pre I y Pré II) [...] de la Red Municipal de Escuelas de
São José dos Pinhais" (SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, 2020c, p. 37).
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Los docentes regresaron a las unidades docentes el 4 de mayo de 2020, de manera
escalonada, para recibir orientación de los directivos y planificar actividades pedagógicas no
presenciales. Ante esta situación inédita, se adoptaron alternativas para tratar de garantizar la
equidad, de manera que los niños tuvieran acceso al conocimiento y desarrollaran su
potencial. A la hora de planificar, intentamos llegar a los campos de experiencia, con
propuestas que contemplaran la realidad social de las familias, priorizando la indisociabilidad
entre cuidar y educar, interacciones y juegos.
La responsabilidad de la provisión de actividades pedagógicas no presenciales fue
asumida por los equipos docentes de los cuarenta y cuatro CMEIs de São José dos Pinhais,
del 11 de mayo al 17 de diciembre de 2020. Al principio, las entregas se realizaban una vez a
la semana, pero a partir del 22 de junio de 2020 era cada dos semanas.
Los gestores recomendaron que los profesionales tomen todos los cuidados
preventivos durante la entrega de las actividades a los padres y/o tutores y que cumplan con el
plazo de siete días, después de la devolución, y luego las manipulen. Los registros en las
actividades fueron considerados como participación efectiva de los niños, quienes fueron
evaluados por aprendizaje y desarrollo, durante todo el proceso, de manera diagnóstica,
formativa, continua, acumulativa y devolutiva, a través de opiniones descriptivas semestrales.
Para validar las actividades pedagógicas no presenciales como períodos escolares, los
gerentes presentaron solicitudes ante el CME, que contienen: actas de reuniones de los
Consejos de CMEI, descripciones de dichas actividades abordando las metodologías y
recursos utilizados, con referencia a la propuesta pedagógica de la Red de Educación
Municipal y la Referencia Curricular de São José dos Pinhais; demostraciones de frecuencias
o participación de niños en las actividades realizadas. Después de la validación, toda la
documentación relacionada con el proceso se archivó en las respectivas unidades didácticas,
donde debe permanecer durante cinco años.
De acuerdo con la Ordenanza Nº 27/2020 (SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, 2020c),
durante el período de pandemia, los gerentes se encargaron de: guiar a los padres y / o tutores
a asistir a los CMEI individualmente para retirar y / o regresar actividades pedagógicas no
presenciales, de acuerdo con los horarios; publicidad al proceso de ejecución de estas
actividades; garantizar el cumplimiento de las determinaciones de SEMED; monitorear y
garantizar a los equipos pedagógicos y docentes la efectividad del proceso involucrando a
toda la comunidad escolar; supervisar la participación de los equipos pedagógicos y docentes;
emitir informes; ayudar a los profesores a resolver dudas; orientar y participar, junto con los
equipos pedagógicos y docentes, en la cumplimentación de la documentación acreditativa de
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la realización del proceso. Los equipos pedagógicos fueron responsables de: articular con los
equipos directivas sobre los conocimientos trabajados y la planificación, considerando las
especificidades de cada clase; contribuir al enriquecimiento pedagógico de los registros de los
docentes; vigilar y garantizar a los equipos docentes la eficacia del proceso que involucra a
toda la comunidad escolar; supervisar la participación efectiva de los docentes; organizar
reuniones con el personal docente, respetando las directrices de la OMS; emitir informes;
ayudar a los maestros a resolver preguntas relacionadas con el proceso y completar
formularios sobre el contenido trabajado.
En cuanto a las orientaciones a las familias durante este periodo de distanciamiento
social, los directivos aclararon a los padres y/o tutores que las actividades pedagógicas no
presenciales estaban destinadas a minimizar los impactos en el aprendizaje de los niños, ya
que se desarrollan a través de interacciones y juegos, y, por ello, es importante organizar
rutinas y actividades que permitan la experiencia de un abanico de experiencias en el entorno
familiar. Algunas de las sugerencias transmitidas a los familiares para llevar a cabo las
actividades enviadas por los CMEI
’s
fueron: establecer horarios y lugares adecuados para la
realización de las propuestas; combinar rutinas con los niños, incluyendo horarios para
diferentes tareas diarias (despertarse, dormir, higiene personal, cambiarse de ropa, maquillar
la cama, comer, jugar, organización de pertenencias, etc.); seguir las instrucciones de los
maestros para guiar a los niños en la formulación de las propuestas; las actividades deben ser
realizadas por los niños con la ayuda de los miembros de la familia: es muy importante que
los niños tengan libertad de expresión y elección, los adultos solo deben mediar en los
procesos; permitir descansos para el descanso, la hidratación y la alimentación; entre otros.
En la incidencia de la no asistencia de los miembros de la familia, de manera alterna o
secuencial, para retirar y/o retomar las actividades pedagógicas no presenciales, hubo una
búsqueda activa por parte de los equipos directivos. Después de varios intentos infructuosos y
no hubo contacto ni justificación por parte de estas familias, los casos fueron remitidos al
Programa de Articulación de Los Derechos del Niño (PADIC), con el propósito de articular
acciones con el Consejo de Tutela, a fin de monitorear casos de infrecuencia, deserción
escolar o sospecha de violación de derechos (negligencia, violencia, abuso sexual y otros), y
así tomar las medidas apropiadas.
Otro factor importante en la educación de la primera infancia en tiempos de pandemia
de Covid-19 fue el aumento significativo de las solicitudes de traslados por parte de familias
que experimentaron dificultades financieras y tuvieron que renunciar a mantener a sus hijos
en instituciones privadas para buscar plazas en escuelas públicas.
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Las CMEIs que contemplaban las modalidades de Infantil I a Infantil IV mantuvieron
la suspensión del calendario escolar desde el 23 de marzo hasta el 17 de diciembre de 2020.
No hubo distribución de actividades pedagógicas no presenciales para estas modalidades,
debido a que no encajaban como etapas de Educación Básica.
Con el fin de aprovechar el
home office
para promover estudios sobre Referencia
Curricular y BNCC, se utilizaron estrategias de capacitación a distancia: salas de video en
Facebook
y
Google Meet
;
Google Drive
para compartir documentos; reuniones presenciales
en CMEIs, en grupos reducidos, para intercambio de experiencias y preparación de
planificación; envío de propuestas pedagógicas vía e-mail;
grupos de WhatsApp
, con carácter
informativo y dialógico; contactos telefónicos; contactos telefónicos;
lives
en
YouTube
;
cursos en línea
,
conferencias web
y
podcasts
; entre otros.
Se pudo notar un intenso desgaste en el trabajo pedagógico durante el año 2020:
profesionales abrumados por la multitarea, que se alejaba de las horas de trabajo; equipos
directivos, pedagógicos y docentes respondiendo
correos electrónicos y
mensajes de
WhatsApp
en
todo momento (día, noche, descansos, festivos y fines de semana); formación
excesiva, reuniones y
asistencia online;
planificación de actividades pedagógicas no
presenciales, con registro y corrección, que no era una práctica en tiempos que precedieron a
la pandemia. La ausencia de niños en el ambiente escolar generó melancolía. El estrés y el
miedo a la contaminación por coronavirus también afectaron a la psicología de la mayoría de
los profesionales. La incertidumbre de las medidas de prevención efectivas y la expectativa de
la cura del Covid-19 influyeron negativamente en la Educación Infantil.
Durante el período de suspensión de las clases presenciales, también se desarrollaron
algunas acciones sociales para ayudar a las familias de los niños matriculados en la Red
Escolar Municipal de São José dos Pinhais, entre ellas, la
distribución de kits de
almuerzo
escolar. Los directivos se encargaron de la organización, difusión y distribución de las
canastas básicas en las unidades didácticas, con el fin de incrementar el impacto social de esta
acción y así garantizar el mínimo de calidad alimentaria y bienestar para los niños. Como
medio de difusión, los gerentes utilizaron: carteles; llamadas telefónicas; información
impresa; publicaciones en redes sociales como
Instagram y
Facebook
; correos
electrónicos
;
creación de grupos de padres en
WhatsApp
, para transferir información y horarios de
distribución de
kits
; mensajes vía
Messenger
y
Telegram
; entre otros.
Para calcular las cantidades de alimentos que
formarían parte de los kits de almuerzo
escolar
, el equipo nutricionista de la División de Almuerzos Escolares de LA SEMED tuvo
en cuenta las comidas regulares a las que cada niño tendría derecho durante su estancia en una
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1033
unidad docente, en un período correspondiente a 20 días escolares, así como sus necesidades
nutricionales, de acuerdo con los lineamientos del Programa Nacional de Alimentación
Escolar (PNAE) y las instrucciones del Fondo Nacional para el Desarrollo de la Educación
(FNDE). Los
kits
se distribuyeron en los CMEI, con la ayuda de los maestros, junto con las
actividades pedagógicas no presenciales. Los educadores sociales también ayudaron en el
cuidado de las familias de los niños matriculados en las modalidades de Infantil I al Infantil
IV. El período de distribución
de kits de
almuerzo escolar tuvo lugar de mayo a noviembre de
2020.
Con respecto a la reorganización del calendario escolar y la sustitución de actividades,
el Dictamen 5/2020, publicado por el CNE, asegura que en esta "situación de excepcionalidad
para la educación infantil, es muy difícil cuantificar en horas las experiencias que los niños
pequeños tendrán en sus hogares" (BRASIL, 2020c, p. 63), por lo tanto, la CME de São José
dos Pinhais no ha determinado reorganización del calendario escolar 2020, sustitución de
actividades o ampliación del curso escolar a Educación Infantil.
Consideraciones finales
En vista de las consideraciones sobre los impactos de la pandemia de Covid-19 en las
instituciones públicas de Educación Infantil, en el municipio de São José dos Pinhais, PR, así
como el prolongado período de interrupción de las actividades presenciales que ocurrieron
entre marzo y diciembre de 2020, este estudio permitió una breve presentación de la
evolución de la pandemia de Covid-19 en todo el mundo, permitió la verificación de
estrategias para hacer frente a la pandemia, en el contexto de la Educación, y, a través de
narrativas, favoreció las investigaciones sobre las percepciones de los gestores de educación
infantil ante la pandemia del Covid-19, respecto al aislamiento social, las derivaciones
pedagógicas, el mantenimiento de los profesionales de la educación en sus puestos, la
participación de los padres de familia y el desarrollo integral de los niños.
En definitiva, la investigación permitió profundizar y tensar las diferentes
subjetividades de los profesionales de la educación infantil, en un espacio colectivo, a través
de memorias relacionadas con el momento histórico vivido.
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Eliane KÜSTER e Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA
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Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587
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Eliane KÜSTER e Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA
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Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: htpps://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884
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Cómo hacer referencia a este artículo
KUSTER, E.; VIEIRA, A. M. D. P. Memoria y subjetividad: La percepción de los
profesionales de la educación infantil ante la pandemia del Covid-19.
Revista Ibero-
Americana de Estudos em Educação
, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1036, jun. 2022.
e-ISSN: 1982-5587. DOI: htpps://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884
Enviado en:
22/11/2021
Revisiones requeridas en:
06/02/2022
Aprobado en:
27/03/2022
Publicado en
: 30/06/2022
Procesamiento y edición: Editora Ibero-Americana de Educação.
Corrección, formateo, normalización y traducción.
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Memory and subjectivity: The perception of professionals in early childhood education facing the Covid-19 pandemic
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– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1022-1035, June 2022. e-ISSN: 1982-5587
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MEMORY AND SUBJECTIVITY: THE PERCEPTION OF PROFESSIONALS IN
EARLY CHILDHOOD EDUCATION FACING THE COVID-19 PANDEMIC
MEMÓRIA E SUBJETIVIDADE: A PERCEPÇÃO DE PROFISSIONAIS DA
EDUCAÇÃO INFANTIL FRENTE À PANDEMIA DE COVID-19
MEMORIA Y SUBJETIVIDAD: LA PERCEPCIÓN DE LOS PROFESIONALES DE LA
EDUCACIÓN INFANTIL ANTE LA PANDEMIA DEL COVID-19
Eliane KÜSTER
1
Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA
2
ABSTRACT
: The article aims to discuss the impacts of the Covid-19 pandemic on public
institutions of Early Childhood Education, in a municipality in the metropolitan region of
Curitiba, PR, from the memory of managers about social isolation, pedagogical referrals,
maintenance of professional education in their positions, the participation of parents and the
total development of children. The subjects’ narratives were analyzed considering their
subjectivities and their spaces of power. The research was carried out from the perspective of
Cultural History, supported by Chartier (2002), Delory-Momberger (2014) and Lima, Geraldi
and Geraldi (2015), among others. From a methodological point of view, the study had a
bibliographic, documentary and field nature. The research allowed deepening and tensioning
the different subjectivities of professionals in Early Childhood Education, in a collective
space, through memories related to the historical moment experienced.
KEYWORDS
:
Cultural history. Memory. Subjectivity. Covid-19. Early childhood
education.
RESUMO
: O artigo tem por objetivo discutir os impactos da pandemia de Covid-19 em
instituições públicas de Educação Infantil, em município da região metropolitana de Curitiba,
PR, a partir da memória de gestores sobre o isolamento social, os encaminhamentos
pedagógicos, a manutenção dos profissionais da educação em seus cargos, a participação
dos pais e o desenvolvimento integral das crianças. A narrativa dos sujeitos foi analisada
considerando suas subjetividades e seus espaços de poder. A pesquisa foi realizada na
perspectiva da História Cultural, com apoio em Chartier (2002), Delory-Momberger (2014) e
Lima, Geraldi e Geraldi (2015), entre outros. Do ponto de vista metodológico, o estudo teve
caráter bibliográfico, documental e de campo. A pesquisa permitiu aprofundar e tensionar as
diferentes subjetividades de profissionais da Educação Infantil, num espaço coletivo, por
meio das memórias relativas ao momento histórico vivido.
PALAVRAS-CHAVE
: História cultural. Memória. Subjetividade. Covid-19. Educação
infantil.
1
Pontifical Catholic University of Paraná (PUCPR), Curitiba – PR – Brazil. PhD student in Education. ORCID:
https://orcid.org/0000-0001-6683-2940.E-mail: likuster@yahoo.com.br
2
Pontifical Catholic University of Paraná (PUCPR), Curitiba – PR – Brazil. Professor of the Pedagogy course
and the Graduate Program in Education. Doctorate in Education. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3759-
0377.E-mail: alboni@alboni.com
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Eliane KÜSTER and Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA
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– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1035, June 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884
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RESUMEN
:
El artículo tiene como objetivo discutir los impactos de la pandemia Covid-19
en las instituciones públicas de Educación Infantil, en un municipio de la región
metropolitana de Curitiba, PR, desde la memoria de los gestores sobre el aislamiento social,
las derivaciones pedagógicas, el mantenimiento de la formación de profesionales de
educación en sus posiciones, la participación de los padres y el desarrollo integral de los
niños. Las narrativas de los sujetos fueron analizadas considerando sus subjetividades y sus
espacios de poder. La investigación se realizó desde la perspectiva de la Historia Cultural,
con el apoyo de Chartier (2002), Delory-Momberger (2014) y Lima, Geraldi y Geraldi
(2015), entre otros. Desde el punto de vista metodológico, el estudio tuvo un carácter
bibliográfico, documental y de campo. La investigación permitió profundizar y tensar las
diferentes subjetividades de profesionales de la Educación Infantil, en un espacio colectivo, a
través de memorias relacionadas con el momento histórico vivido.
PALABRAS CLAVE
:
Historia cultural. Memoria. Subjetividad. Covid-19. Educación
infantil.
Introduction
This article deals with the impacts of the Covid-19 pandemic in public institutions of
early childhood education in a city in the metropolitan region of Curitiba, Paraná (PR), from
the memory of school managers about social isolation, pedagogical referrals, the maintenance
of education professionals in their positions, the participation of parents and the full
development of children, considering the extended period of interruption of classroom
activities that occurred between March and December 2020.
The research was conducted from the perspective of Cultural History, with support in
Chartier (2002), Delory-Momberger (2014) and Lima, Geraldi and Geraldi (2015), among
other foundational authors. From this perspective, which seeks to "identify how in different
places and times a particular social reality is constructed, thought, and read" (CHARTIER,
2002, p. 16-17), the following specific objectives were established: present the evolution of
the Covid-19 pandemic; verify strategies for dealing with the pandemic in education;
investigate the perception of professionals in Early Childhood Education regarding the Covid-
19 pandemic.
Studies in the field of education have been increasingly interested in "weaving
approximations about the complexity of social interactions that are established in the
globalized and computerized world", and before that "the interpretative schemes [...] must
become increasingly dynamic to enhance [.... From the methodological point of view, this
study had a bibliographic, documentary and field character, from "narratives of lived
experiences [...], [also known as] narratives of educational experiences" (LIMA; GERALDI;
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Memory and subjectivity: The perception of professionals in early childhood education facing the Covid-19 pandemic
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– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1022-1035, June 2022. e-ISSN: 1982-5587
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GERALDI, 2015, p. 26). It is in the narrative that the subject makes of the experiences he
produces "the categorizations that allow him to appropriate the social world and define his
place in it" (DELORY-MOMBERGER, 2014, p. 293).
Narrative is present in all places, societies, and human groups. A life narrative is never
definitive, "it reconstructs itself with each utterance and reconstructs with it the meaning of
the story it enunciates" (DELORY-MOMBERGER, 2014, p. 317). In this research, the
narrative of the subjects was analyzed considering their subjectivities and their spaces of
power;arrangements were made regarding the assignment of rights for the use of data in the
research and assured complete anonymity of the participants. The study is presented in three
sections: Covid-19: the evolution of the pandemic; Facing the pandemic regarding Education;
The impacts of the pandemic on Early Childhood Education in São José dos Pinhais, PR.
Covid-19: The Pandemic Evolution
The world population is stunned by the evolution of the Covid-19 pandemic, its
impacts, and the drastic changes it has caused in several areas, including: personal, social,
cultural, economic, political, health, and educational.
It all started when the incidence of several cases of pneumonia in Wuhan city, Hubei
province, in the People's Republic of China, was officially reported to the World Health
Organization, hereafter referred to as WHO, on December 31, 2019. It concerned a new type
of coronavirus that had not been identified in humans before. According to the Pan American
Health Organization, hereafter referred to as PAHO, coronaviruses "are everywhere [...] [,]
are the second leading cause of the common cold (after rhinoviruses) and, until recent
decades, rarely caused more serious illness in humans than the common cold" (PAHO, 2020).
On January 7, 2020, a week after this alert, Chinese authorities confirmed that they
had identified a new type of coronavirus with high potential for contamination and lethality,
"which at first was temporarily named 2019-nCoV" (PAHO, 2020).
From the moment it was informed of the Wuhan cases, WHO has worked closely with
Chinese authorities and global experts to "learn more about the virus, how it affects people
who are sick, how they can be treated, and what countries can do to respond [to the outbreak]"
(PAHO, 2020).
The WHO declared on January 30, 2020, that "the outbreak of the novel coronavirus
constitutes a Public Health Emergency of International Concern (PHEIC)-the Organization's
highest level of alert as provided for in the International Health Regulations" (PAHO, 2020),
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Eliane KÜSTER and Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA
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– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1035, June 2022. e-ISSN: 1982-5587
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in order to enhance global coordination, cooperation, and solidarity to stop the spread of the
virus. This was the sixth occasion on which WHO declared an emergency of this magnitude;
the previous ones were: the H1N1 pandemic on April 25, 2009; the international spread of
Poliovirus on May 5, 2014; the Ebola outbreak in West Africa on August 8, 2014; the Zika
virus and increased cases of microcephaly and other birth defects on February 1, 2016; and
the Ebola outbreak in the Democratic Republic of Congo on May 18, 2018.
The new coronavirus responsible for causing the disease Covid-19, previously known
as 2019-nCoV, on February 11, 2020, was renamed SARS-CoV-2. The WHO describes
Covid-19 as "an infectious-respiratory disease similar to influenza. Because it is a novel virus,
the infection rate is high, as there is no immunity from prior illness or vaccine protection"
(PAHO, 2020). Among the most common symptoms of Covid-19 are fever, fatigue, and a dry
cough. However, some infected persons may also experience pain, nasal congestion,
headache, conjunctivitis, sore throat, diarrhea, loss of taste or smell, rash on the skin, or
discoloration of fingers or toes. "These symptoms are usually mild and start gradually. Some
people become infected but have only very mild symptoms [or remain asymptomatic]"
(PAHO, 2020).
According to data released by PAHO, most Covid-19 cases (about 80%) recover from
the disease without requiring hospital treatment; for every six people infected, one becomes
severely ill and develops difficulty breathing; elderly people and those with comorbidities
such as high blood pressure, heart and lung problems, diabetes, or cancer, fall into the risk
group because they are more susceptible to the disease. However, anyone can become
infected, become seriously ill, and even die from complications arising from Covid-19.
As for the ways of infection, evidence indicates that the new coronavirus can spread
through "direct, indirect ([...] contaminated surfaces or objects), or close (in the range of one
meter) contact with infected persons through [...] saliva and respiratory secretions or their
respiratory droplets, which are expelled when a person coughs, sneezes, speaks, or sings"
(PAHO, 2020).
Faced with the spread of Covid-19, WHO Director-General Tedros Adhanom
Ghebreyesus, on March 11, 2020, announced that the disease has reached pandemic status,
considering that the term used for such characterization refers to "the geographic distribution
of a disease, not its severity. The designation recognizes that there are currently outbreaks of
COVID-19 in several countries and regions of the world"(PAHO, 2020).
Describing the situation as a pandemic did not change the assessment about the threat
posed by the new coronavirus. As Tedros Adhanom Ghebreyesus rightly emphasized,
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Memory and subjectivity: The perception of professionals in early childhood education facing the Covid-19 pandemic
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"Countries must adopt a whole-of-government, whole-of-society approach built around a
comprehensive, combined strategy to prevent infection, save lives, and minimize impact"
(WHO, 2020).
In collaboration, PAHO "has provided technical support to countries in the Americas
and recommended keeping the surveillance system alert, prepared to detect, isolate, and care
early for patients infected with the new coronavirus" (PAHO, 2020).
The United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization, hereafter
UNESCO, is also committed to "support[ing] governments in distance education, open
science, and sharing knowledge and culture, as a fundamental means of uniting and
strengthening the bonds [...] [of] shared humanity" in the face of the global public health crisis
brought on by the pandemic. In response to Covid-19, UNESCO stated:
COVID-19 tells us that scientific cooperation is key when dealing with a
global public health problem. It tells us that continued education must be
guaranteed when so many children today cannot go to school. It is an
absolute reminder of the importance of reliable, quality information at a time
when rumors are flourishing. It shows us the power of culture and
knowledge to strengthen the human fabric and solidarity at a time when so
many people around the world must keep social distance and stay at home
(UNESCO, 2020a).
The need to contain the pandemic highlights ethical and human rights implications in
the implementation of coping strategies that depend on public health and government actions
to mitigate the impacts, especially highlighting the social distance, a fact that drastically
changed the routine of the world's population, reaching the most varied areas, including
education.
Confronting the Pandemic in Education
One of the strategies adopted worldwide to contain the Covid-19 pandemic was school
closures. In light of this, "governments have implemented distance education solutions and
dealt with the complexities of delivering education remotely, from providing content and
support to teachers, to guiding families and addressing the challenges of connectivity"
(UNESCO, 2020b).
UNESCO has supported countries to scale up their distance learning practices to the
point of reaching children and youth who are most at risk socially. "Equity is the paramount
concern, because closures disproportionately harm vulnerable and disadvantaged students,
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Eliane KÜSTER and Alboni Marisa Dudeque Pianovski VIEIRA
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– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1021-1035, June 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884
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who depend on schools to receive a range of social services, including health and nutrition"
(UNESCO, 2020b).
On March 26, 2020, UNESCO launched a broad coalition of international
organizations, civil society, and private sector partners to ensure learning, the Global
Education Coalition, with an emphasis on equity and gender equality, and the purpose of
addressing the specific needs of countries affected by the pandemic, as envisioned during
meetings with their respective ministers of education.
The Coalition will strive to meet needs with free and secure solutions,
bringing partners together to address connectivity and content challenges,
among others. It will provide digital tools and learning management
solutions to bring digitized national educational resources online, as well as
select resources for distance learning and strengthen technical expertise by
using a mix of technology and community approaches, depending on local
contexts. In all interventions, special attention will be paid to ensure data
security and privacy protection for students and teachers (UNESCO, 2020b).
As reported by UNESCO (2020b), this coalition aims, in particular, to assist countries
in mobilizing resources and implementing innovative and context-appropriate solutions to
provide distance education, using low-tech and high-tech approaches, or even no technology
at all; to seek equitable solutions and universal access; to ensure coordinated responses and
avoid duplication of efforts; to facilitate the return of students to schools when they reopen, to
avoid an increase in dropout rates.
Another UNESCO contribution is the coverage of key educational topics in response
to the Covid-19 pandemic with the dissemination of briefing notes, which provide evidence of
best practices, tips, and links to important sources to mitigate the impact of temporary school
closures. These briefings are prepared collectively by the organization's education experts
from around the world and cover various topics in nine thematic areas as designated by
UNESCO (2020c): health and well-being; continuity of teaching and learning; equity and
gender equality; teaching and learning; higher education and TVET (Technical Vocational
Education and Training); education and culture; education policy and planning; vulnerable
populations; global citizenship education; and education for sustainable development.
In addition, UNESCO's International Institute for Educational Planning has also
prepared a five-document series "Five steps to support education for all in the time of
COVID-19" (IIEP-UNESCO, 2020), "intended to assist countries with guidance on ensuring
access to quality education during COVID-19" (UNESCO, 2020c).
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Memory and subjectivity: The perception of professionals in early childhood education facing the Covid-19 pandemic
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declared "Public Health Emergency of National Importance (ESPIN) due to Human Infection
by the new Coronavirus (2019-nCoV)" (BRASIL, 2020e, p. 1), and on February 6, 2020,
Federal Law no. 13,979 was sanctioned, which provides for "measures to address the public
health emergency of international importance arising from the coronavirus responsible for the
2019 outbreak" (BRAZIL, 2020a, p. 1).
Given this, the Ministry of Education also realized the need to implement Covid-19
prevention measures with regard to Brazilian education, and began this process with the
publication of Ordinance No. 343, March 17, 2020, which authorized, on an exceptional basis,
"the replacement of classroom classes by classes in digital media while the pandemic situation
of the New Coronavirus - COVID-19 lasts" (BRAZIL, 2020d, p. 39).
On March 18, 2020, the National Council of Education, hereinafter referred to as
CNE, considering the implications of the pandemic in the flow of the school calendar, both in
basic education and in higher education, released a Note of Clarification (BRASIL, 2020b), in
order to clarify the systems and education networks, at all levels, stages and modalities, that
might need to reorganize the academic activities or learning in view of the suspension of
school activities due to preventive actions to the spread of Covid-19, that:
[when adopting the necessary and sufficient measures to ensure the safety of
the social community, [...] shall consider the application of the legal
provisions in conjunction with the standards established by federal, state and
school system authorities for the organization of school activities and
implementation of their calendars and programs, leaving it to the discretion
of the [...] ...] [and that] in the exercise of their autonomy and responsibility
in the conduction of their respective pedagogical projects and education
systems, it is up to the authorities of the federal, state, municipal, and district
education systems [...] to authorize distance activities [...] [at all] levels and
modalities [...] [of education] (BRAZIL, 2020b, p. 1-2).
From then on, State Education Councils of several states and several Municipal
Education Councils "issued resolutions and/or guidance opinions for educational institutions
belonging to their respective systems on the reorganization of the school calendar and use of
non-contact activities" (BRAZIL, 2020c, p. 63).
In the case of the state of Paraná, Decree No. 4,230 of March 16, 2020, which
"provides for measures to address the public health emergency of international importance
resulting from the Coronavirus - COVID-19" (PARANÁ, 2020), allowed the adoption of
some measures directed to the Education sector, among them: isolation; quarantine;
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suspension of classroom classes; anticipation of school recess; telework to public servants
belonging to risk groups.
The impacts of the pandemic on Early Childhood Education in São José dos Pinhais, PR
By considering the narratives of lived experiences as "[...] research that only come into
existence because, having a significant experience in the life of the researcher subject, he
takes it as an object of understanding [...] [, and that these] researches arise from a situation
not experimental, but experiential" (LIMA; GERALDI; GERALDI, 2015, p. 26). 26), this
study starts from experiences lived, in times of the Covid-19 pandemic, by managers of
Municipal Centers for Early Childhood Education, hereinafter referred to as CMEIs, in the
period from March to December 2020, in São José dos Pinhais, a municipality in the
metropolitan region of Curitiba, PR, which has its own education system, established through
Law no. 632/2004, on October 29, 2004, when it gained autonomy to define its own rules,
"but always in accordance with the national legislation" (PARANÁ, 2006, p. 15), and became
responsible for:
[...] to organize, maintain and develop the official bodies and institutions of
its education system (municipal education secretariat, municipal education
council and municipal establishments of basic education), to issue
complementary norms for this system, as well as to authorize, accredit and
supervise the establishments of its education system (municipal
establishments of early childhood education, elementary education and high
school, and private institutions of early childhood education) (PARANÁ,
2006, p. 14).
Thus, after the National Board of Education (CNE, in the Portuguese acronym) came
to the public to elucidate to the systems and education networks the need to reorganize
academic activities because of preventive actions to the spread of Covid-19, the Municipal
Board of Education, hereinafter referred to as CME in the Portuguese acronym, also issued
resolutions and/or advisory opinions on the reorganization of the school calendar and use of
non-contact activities.
Given the need to intensify the measures necessary for the promotion and preservation
of public health, the Municipal Secretariat of Education, SEMED, asked managers to
disseminate information, reinforce hygiene measures, and provide 70% alcohol gel for all
users.
On March 17, 2020, Municipal Decree no. 3,726 determined that classes would be
suspended as of March 23, 2020, for as long as necessary, "as communicated by the
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Municipal Executive Branch" (SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, 2020b, p. 4). As a result, the
recess scheduled for the month of July was brought forward to the period from March 23 to
April 5, 2020.
The Municipal Secretariat of Administration and Human Resources, on March 31st,
2020, released guidelines for safety measures that should be adopted by public servants
during the performance of their duties. On the same date, SEMED informed the managers that
classes would remain suspended indefinitely.
On April 27, 2020, the WEC published Deliberation No. 04/2020, which established
rules for the "development of activities and studies outside school hours within the scope of
the São José dos Pinhais Municipal Education System and due to the specific legislation about
the pandemic caused by the new Coronavirus - COVID-19 and other provisions" (SÃO JOSÉ
DOS PINHAIS, 2020a, p. 2). 2) and SEMED published Ordinance No. 27/2020, where it
established "guidelines for conducting pedagogical activities not presential for Child
Education (Kindergarten I and Kindergarten II) [...] of the Municipal Education Network of
São José dos Pinhais" (SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, 2020c, p. 37).
Teachers returned to the teaching units on May 4, 2020, in a staggered manner, to
receive guidance from managers and plan non-face-to-face pedagogical activities. Faced with
this unprecedented situation, alternatives were adopted to try to ensure equity, so that children
would have access to knowledge and develop their potential. When planning, attention was
paid to the experience fields, with proposals that contemplated the social reality of the
families, prioritizing the inseparability between care and education, interactions and games.
The teaching teams of the forty-four CMEIs in São José dos Pinhais were responsible
for providing non-contact educational activities during the period from May 11 to December
17, 2020. At first, the deliveries happened once a week, but as of June 22, 2020 they became
fortnightly.
The managers recommended that the professionals take all precautionary measures
during the delivery of the activities to parents and/or guardians, and that they comply with the
deadline of seven days after their return, before handling them. The records of the activities
were considered as effective participation of the children, who were evaluated regarding
learning and development, during the whole process, in a diagnostic, formative, continuous,
cumulative and devolutive way, through six-monthly descriptive reports.
To validate the non-presential pedagogical activities as school periods, the
administrators filed applications with the CME, containing: minutes of meetings of the
CMEIs' Councils, descriptions of such activities addressing the methodologies and resources
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used, with reference to the pedagogical curriculum proposal of the Municipal Education
Network and to the São José dos Pinhais Curriculum Reference; demonstrations of attendance
or participation of the children in the activities carried out. After validation, all the
documentation referring to the process was filed in the respective teaching units, where it
should remain for five years.
According to Ordinance no. No. 27/2020 (SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, 2020c), during
the pandemic period, managers were charged with: guide parents and/or guardians to come
individually to the CMEIs to withdraw and/or return the non-contact pedagogical activities,
according to schedules; publicize the process of implementing these activities; ensure
compliance with SEMED's determinations; monitor and ensure the pedagogical and teaching
teams the effectiveness of the process involving the entire school community; monitor the
participation of the pedagogical and teaching teams; issue reports; assist teachers in solving
doubts; guide and participate, along with the pedagogical and teaching teams, in completing
the supporting documentation of the process. The pedagogical teams were responsible for:
articulating with the management teams about the knowledge worked on and the planning,
considering the specificities of each class; contributing to the pedagogical enrichment of the
teachers' records; monitoring and guaranteeing to the teaching teams the effectiveness of the
process involving the whole school community; following up on the effective participation of
the teachers; organizing meetings with the teaching teams, respecting the WHO guidelines;
issuing reports; assisting the teachers in solving doubts related to the process and in filling out
forms about the contents worked on.
Regarding the guidance given to the families during this period of social distance, the
managers explained to the parents and/or guardians that the non-face-to-face pedagogical
activities had the purpose of minimizing the impacts on the children's learning, since they
develop through interactions and games, and, for such, it is important to organize routines and
activities that provide opportunities for a range of experiences in the family environment.
Some of the suggestions passed on to the family members to carry out the activities sent by
the CMEIs were: set up appropriate times and places to carry out the proposals; agree on
routines with the children, including times for different daily tasks (waking up, going to bed,
personal hygiene, changing clothes, making the bed, meals, playing games, organizing
belongings, etc.); follow the instructions given by the teachers to guide the children in
carrying out the proposals; the activities should be carried out by the children with the help of
their families: it is very important that children have freedom of expression and choice, adults
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should only mediate the processes; reserve breaks for resting, hydration and feeding; among
others.
In the incidences of non-attendance of family members, alternately or sequentially, to
withdraw and/or return the non-presence pedagogical activities, there was an active search by
the management teams. After several unsuccessful attempts and in the absence of any kind of
contact or justification from these families, the cases were forwarded to the Child Rights
Articulation Program (PADIC), with the purpose of articulating actions with the Guardianship
Council, in order to follow up on cases of infrequency, school evasion, or suspected violation
of rights (neglect, abandonment, physical violence, sexual abuse, and others), and thus take
appropriate action.
Another noteworthy factor in the field of early childhood education in times of the
Covid-19 pandemic was the significant increase in transfer requests by families who
experienced financial difficulties and had to give up keeping their children in private
institutions in order to seek vacancies in public school units.
The CMEIs that included the Kindergarten I to Kindergarten IV categories maintained
the suspension of the school calendar from March 23 until December 17, 2020. There was no
distribution of non-contact educational activities for these modalities, as they do not fit into
the Basic Education stages.
In order to take advantage of the home office period to promote studies on the
Curriculum Framework and BNCC, distance learning strategies were used: video rooms on
Facebook and Google Meet; Google Drive for sharing documents; face-to-face meetings at
the CMEIs, in small groups, to exchange experiences and prepare plans; sending pedagogical
proposals via email; WhatsApp groups, with an informative and dialogical character;
telephone contacts; lives on YouTube; online courses, web conferences and podcasts; among
others.
It was possible to notice intense wear on the pedagogical work during the year 2020:
professionals overwhelmed with multitasking, which exceeded their work schedules;
management, pedagogical, and teaching teams answering e-mails and WhatsApp messages at
all times (day, night, rest breaks, holidays, and weekends); excess of online training,
meetings, and appointments; planning of non-face-to-face pedagogical activities, with
registration and correction, which was not a practice in times that preceded the pandemic. The
absence of children in the school environment generated melancholy. Stress and the fear of
contamination by the coronavirus also affected the psychology of most professionals. The
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uncertainty of effective preventive measures and the expectation of a cure for Covid-19 have
negatively influenced early childhood education.
During the period of suspension of classes, some social actions were also developed to
help the families of children enrolled in the Municipal Education Network of São José dos
Pinhais, among them the distribution of school lunch kits. The managers were responsible for
organizing, publicizing, and distributing the food baskets in the school units, in order to
expand the social impact of this action and thus ensure a minimum of food quality and well-
being to the children. As means of dissemination, the managers used: posters; phone calls;
printed information; posts on social networks such as Instagram and Facebook; emails;
creation of groups of parents on WhatsApp, to pass on information and distribution schedules
of the kits; messages via Messenger and Telegram; among others.
To calculate the amounts of food that would be part of the school lunch kits, the team
of nutritionists from SEMED's School Meals Division took into account the regular meals that
each child would be entitled to during their stay in a school unit, in a period corresponding to
20 school days, as well as their nutritional needs, according to the guidelines of the National
School Meals Program (PNAE, in the Portuguese acronym) and the instructions from the
National Fund for Education Development (FNDE). The kits were distributed at the CMEIs,
with the help of teachers, along with non-presential pedagogical activities. Social educators
also helped with the families of the children enrolled in the Infantile I to Infantile IV
modalities. The distribution period for school lunch kits took place from May to November
2020.
Regarding the reorganization of the school calendar and replacement of activities,
Opinion 5/2020, published by CNE, ensures that in this "situation of exceptionality for early
childhood education, it is very difficult to quantify in hours the experiences that young
children will have at home" (BRAZIL, 2020c, p. 63), therefore, the CME of São José dos
Pinhais did not determine reorganization of the 2020 school calendar, replacement of
activities or extension of the school year to Early Childhood Education.
Final remarks
Given the considerations regarding the impacts of the Covid-19 pandemic on public
institutions of Early Childhood Education in the city of São José dos Pinhais, PR, as well as
the extended period of interruption of classroom activities that occurred between March and
December 2020, this study enabled a brief presentation of the evolution of the Covid-19
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pandemic around the world, through narratives, allowed the verification of strategies to face
the pandemic in the field of education, and, by means of narratives, favored investigations
regarding the perceptions of managers of Early Childhood Education in the face of the Covid-
19 pandemic, as to social isolation, pedagogical referrals, keeping education professionals in
their positions, parental participation, and the integral development of children.
In short, the research allowed to deepen and tense the different subjectivities of Early
Childhood Education professionals, in a collective space, through the memories related to the
historical moment experienced.
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5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.15884
Submitted
: 22/11/2021
Revisions required
: 06/02/2022
Approved
: 27/03/2022
Published
: 30/06/2022
Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.
Proofreading, formatting, normalization and translation.