image/svg+xml
Práticas pedagógicas na educação especial, formação docente e pesquisa-ação: O que dizem as pesquisas
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1714-1735, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1714
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL, FORMAÇÃO DOCENTE
E PESQUISA-AÇÃO: O QUE DIZEM AS PESQUISAS
1
PRÁCTICAS PEDAGÓGICAS EN EDUCACIÓN ESPECIAL, FORMACIÓN DEL
PROFESORADO E INVESTIGACIÓN-ACCIÓN: QUÉ DICEN LAS
INVESTIGACIONES
PEDAGOGICAL PRACTICES IN SPECIAL EDUCATION, TEACHER TRAINING AND
ACTION RESEARCH: WHAT THE STUDIES SAY
Rafaela Flávia de FREITAS
2
Marco Antonio Melo FRANCO
3
RESUMO
: O estudo teve por objetivo identificar e analisar o que tem sido produzido
academicamente sobre as práticas pedagógicas no campo da educação especial no período de
2008 a 2020. Trata-se de uma revisão sistemática de literatura que articula as temáticas que
envolvem as práticas pedagógicas inclusivas na educação especial, formação docente e
pesquisa-ação. A busca foi feita a partir da combinação entre os descritores: Inclusão, Educação
Especial, Educação Inclusiva com os descritores Pesquisa-ação, Pesquisa Participante e
Pesquisa Colaborativa. Foram encontrados 193 artigos, dos quais 44 artigos se aproximavam
do tema. Como resultado foi observado que o maior número de publicações sobre o tema
ocorreu após a promulgação, em 2015, da lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência.
Além disso, foi possível identificar que a pesquisa-ação aparece como importante instrumento
teórico-metodológico para o desenvolvimento de práticas pedagógicas mais efetivas e para a
formação continuada de professores da Educação Especial.
PALAVRAS-CHAVE
: Pesquisa-ação. Educação especial. Práticas pedagógicas.
RESUMEN
: El estudio tuvo como objetivo identificar y analizar lo que se ha producido en el
campo académico sobre las prácticas pedagógicas en educación especial de 2008 a 2020. Se
realizó una revisión sistemática de la literatura que articula las temáticas que involucran las
prácticas pedagógicas inclusivas en educación especial, formación docente, investigación-
acción. La búsqueda se realizó combinando los descriptores: Inclusión, Educación Especial,
Educación Inclusiva con los descriptores Investigación-acción, Investigación Participativa e
Investigación Colaborativa. Se encontraron un total de 193 artículos, de los cuales 44 artículos
abordaron el tema. En conclusión, se observó que la mayoría de las publicaciones sobre el
tema ocurrieron después de la promulgación, en 2015, de la Ley Brasileña de Inclusión de
Personas con Discapacidad. Además, fue posible identificar que la investigación-acción
1
A pesquisa foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais
–
FAPEMIG.
2
Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Mariana
–
MG
–
Brasil. Mestre em Educação e membro do Núcleo
de Estudo e Pesquisas sobre Práticas na Alfabetização e na Inclusão em Educação (NEPPAI). ORCID:
https://orcid.org/0000-0003-3776-6360. E-mail: rafafreitas2264@gmail.com
3
Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Mariana
–
MG
–
Brasil. Professor Associado do Departamento de
Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE-UFOP). Doutorado em Ciências da Saúde
(UFMG). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0159-4109. E-mail: mamf.franco@gmail.com
image/svg+xml
Marco Antonio Melo FRANCO e Rafaela Flávia de FREITAS
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1714-1735, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1715
aparece como un importante instrumento teórico-metodológico para el desarrollo de prácticas
pedagógicas más efectivas y para la formación permanente de profesores de Educación
Especial.
PALABRAS CLAVE
: Investigación-acción. Educación especial. Prácticas pedagógicas.
ABSTRACT
: The study aimed to identify and analyze what has been produced in the academic
field about pedagogical practices in special education from 2008 to 2020. A systematic
literature review was carried out that articulates the themes that involve inclusive pedagogical
practices in special education, teacher training, action research. The search was carried out
by combining the descriptors: Inclusion, Special Education, Inclusive Education with the
descriptors Action Research, Collaborative Research. 193 articles were found, of which 44
articles approached the topic. it was observed that most publications on the subject occurred
after the enactment, in 2015, of the Brazilian law for the Inclusion of Persons with Disabilities.
Furthermore, it was possible to identify that action research appears as an important
theoretical-methodological instrument for the development of more effective pedagogical
practices and for the continuing education of Special Education teachers.
KEYWORDS
: Action research. Special education. Pedagogical practices.
Introdução
Atualmente, percebemos um aumento na quantidade de alunos público-alvo da
educação especial (PAEE) matriculados na rede regular de ensino, em consequência do
movimento de inclusão e de políticas estabelecidas pelo governo (FRANCO; RODRIGUES,
2016). Concomitante a isso, a literatura e a produção de pesquisas que abordam o tema da
inclusão escolar
–
lembrando que a Educação Especial (EE) é apenas uma parte daquilo que se
compreende por Educação Inclusiva
–
em muito tem avançado. Observa-se a necessidade de
toda a comunidade escolar, como família e professores, em lidar com a diversidade que
encontramos nas escolas. Embora haja essa necessidade e todo um movimento que clama por
uma sociedade que valorize a diversidade dos sujeitos, ainda se nota vários problemas, como a
falta de recursos nas escolas, processos e programas governamentais de formação de
professores pouco efetivos e que não os qualificam para a atuação no campo da inclusão das
pessoas com deficiência, políticas de formação que não atendem às diversidades, professores
que se sentem despreparados para atuar, entre outros (MATOS; MENDES, 2014; MENDES,
2006).
Ao se pensar educação para todos, precisamos pensar em uma escola transformadora e
democrática, privilegiando as trocas sociais/culturais coletivas, e levando em consideração que
cada aluno aprende de forma única, a partir da sua história de vida e nas relações sociais que
image/svg+xml
Práticas pedagógicas na educação especial, formação docente e pesquisa-ação: O que dizem as pesquisas
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1714-1735, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1716
empreende com o outro. Dessa maneira, se faz urgente pensar uma educação que atenda às
necessidades dos seus alunos, e fuja da ótica da tolerância no sentido da compaixão, e que não
considere as dificuldades de aprendizagem dos educandos como fixas, mas sim como
singularidades que constituem este sujeito (MANTOAN, 2003).
A proposta desenvolvida nesse estudo está centrada nas práticas pedagógicas realizadas
pelos professores no campo da educação especial, sobretudo, na perspectiva da inclusão escolar.
Além disso, busca-se identificar como a formação docente, a pesquisa-ação e as práticas
pedagógicas inclusivas, na educação especial, se articulam. Ao escolher como metodologia a
revisão sistemática de literatura, pretendeu-se identificar e analisar o que vem sendo produzido
academicamente sobre as práticas pedagógicas no campo da educação especial no período de
2008 a 2020. A pesquisa foi realizada nos bancos de dados do
Scientific Electronic Library
Online
(SciELO), grupo de trabalho (GT) 8
–
Formação de professores e GT 15
–
Educação
especial da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED) e da
Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Ressaltamos que o presente estudo é parte da pesquisa desenvolvida por pesquisadores
da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), intitulada “Ações extensionistas e pesquisa
-
ação em contextos de inclusão: impactos na formação docente inicial e continuada na região
dos Inconfidentes”, financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais
(FAPEMIG). Além disso, o presente estudo está vinculado ao Núcleo de Estudos e de Pesquisas
Sobre Práticas na Alfabetização e na Inclusão em Educação (NEPPAI/CNPQ).
Práticas pedagógicas em contexto de inclusão
A prática pedagógica é entendida aqui como uma prática que se apresenta no sentido da
práxis perpassando por culturas, subjetividades e sujeitos, na qual o professor é continuamente
reflexivo em relação às suas ações (FRANCO, 2016). Entende-se ainda que elas são
constituídas a partir de intencionalidades que devem ser contempladas nas ações que irão
conferir essas intencionalidades a todos os envolvidos no processo educativo, levando os alunos
à educação libertadora (FRANCO, 2016). Como afirmam Lustosa e Melo (2018, p. 101), a
prática pedagógica pode ser:
[...] compreendida como um conjunto de interações, procedimentos, variáveis
que intervêm e se inter-relacionam nas situações de ensino: tipo de atividades,
metodologias, aspectos materiais da situação, estilo do professor, relações
sociais, conteúdos culturais.
image/svg+xml
Marco Antonio Melo FRANCO e Rafaela Flávia de FREITAS
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1714-1735, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1717
A prática pedagógica não se distancia de um ato político, não é considerada neutra,
justamente porque há intencionalidades, conforme já sublinhado por Franco (2016). Destoando
dessa perspectiva, percebemos que as escolas se estruturam acerca de regimentos, do currículo
escolar e de toda a burocracia que nela está enraizada; nota-se que a estrutura do sistema
educacional regular não é condizente com a proposta da educação inclusiva (MANTOAN,
2003). Portanto, para que a inclusão escolar aconteça, torna-se necessário que o professor
desenvolva a capacidade de refletir sobre sua prática, bem como sua atitude diante do desafio
de lidar com a diferença do outro, voltando seu olhar para a diversidade existente, buscando
maior entendimento sobre os contextos sociais, políticos, pedagógicos, dentre outros,
realizando a interação da prática com a teoria (FRANCO, 2015). Além disso, é preciso que seja
possível a realização de um trabalho com um currículo que muitas vezes não é flexível para
este professor. Tão logo, não há aberturas para este desenvolver um outro trabalho, diferente
daquele que ele vem realizando há anos no chão da escola.
Para tal, é necessário que o professor esteja em constante formação para se colocar
enquanto professor da educação inclusiva. É preciso que o professor compreenda e valorize as
diferenças existentes em sala; tenha clareza de como se dá o desenvolvimento cognitivo de seus
alunos; busque formas que contemplem a diversidade a partir de práticas, técnicas e métodos
que proporcionem o entendimento das intencionalidades para “todos e para cada um”, levando
em consideração as especificidades dos sujeitos; tenha conhecimento das temáticas que
envolvem o processo de inclusão; compreenda a função da educação especial na educação
inclusiva. Além disso, deve ser conhecedor dos empecilhos acerca da inclusão do sujeito tanto
no campo educacional quanto no social (LUSTOSA; MELO, 2018).
Há a necessidade de que o professor rompa com as práticas meramente tecnicistas e
mecânicas, pautadas na transmissão de conhecimento, e se desenvolva como profissional
reflexivo, analisando todo o processo educativo em busca da educação emancipatória
(FRANCO, 2016). Uma das possibilidades para que o professor repense sua prática e,
particularmente, objeto desse estudo, está intimamente ligada à metodologia de pesquisa-ação,
podendo ser exemplificada como:
[...] o apoio direto dentro da sala de aula, em que professores dos serviços de
apoio em educação especial e coordenadores partilhem com os professores das
salas comuns momentos de ensinar, observando, intervindo, demonstrando e
oferecendo apoio no planejamento e acompanhamento regular das atividades
e nos encontros específicos para orientação e estudo (MATOS; MENDES,
2014, p. 48).
image/svg+xml
Práticas pedagógicas na educação especial, formação docente e pesquisa-ação: O que dizem as pesquisas
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1714-1735, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1718
Apesar disso, professores que atuam no ensino regular se dizem incapazes para atuar
com alunos da educação especial, sobretudo, os que possuem alguma deficiência, direcionando
o atendimento do PAEE para professores especializados que atuam restritivamente no
atendimento a esses alunos (MANTOAN, 2003). Vale ressaltar que a prática docente vai se
construindo aos poucos, e para que ela se construa com o olhar voltado para a diversidade é
necessário que o professor reflita e se atente para a necessidade de mudança atitudinal, a fim de
contemplar todos os envolvidos no ato educativo. Além disso, percebemos a necessidade de
pesquisar e entender as práticas juntamente com
“os professores práticos, e não sobre eles”
(FRANCO, 2012, p. 215), construindo conhecimento e criando sentido coletivamente sobre o
processo de ensino e aprendizagem.
Pesquisa-ação: Ferramenta para o favorecimento de práticas pedagógicas inclusivas
A metodologia de pesquisa-ação pode ser definida de diversas formas, uma delas é
expressa por Thiollent (1986). Para o autor:
[...] a pesquisa-ação é um tipo de pesquisa social com base empírica que é
concebida e realizada em estreita associação com urna ação ou com a
resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os
participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de
modo cooperativo ou participativo (THIOLLENT, 1986, p. 14).
Algumas fases são necessárias para a consolidação da metodologia de pesquisa-ação,
como: a) a fase exploratória que consiste em entender o campo a ser investigado, problemas e
possíveis soluções; b) definição do tema da pesquisa, com finalidade de indicar possíveis
soluções práticas e área do conhecimento a ser tratada; c) colocação dos problemas e os
objetivos a serem alcançados; d) a teorização acerca do tema; e) levantamento de hipóteses; f)
seminários, com intuito de reunir os sujeitos que compõem o campo de investigação em
encontros formativos; g) definição do campo de observação; h) coleta de dados; i)
aprendizagem ligada ao processo de investigação; j) saber formal e saber informal, fazendo o
intercâmbio entre os conhecimentos do pesquisador e dos interessados; k) plano de ação; l)
divulgação externa dos resultados. Entretanto, a pesquisa-ação pode ou não se apresentar nessa
sequência (THIOLLENT, 1986).
Por se tratar de uma metodologia prática, a pesquisa-ação apresenta aplicabilidades em
diversas áreas de atuação e do conhecimento, como no campo educacional, no serviço social,
dentre outros. Uma vez que os pesquisadores da área educacional fazem uso da metodologia de
pesquisa-
ação, “estariam em condição de produzir informações e conhecimentos de uso efetivo,
image/svg+xml
Marco Antonio Melo FRANCO e Rafaela Flávia de FREITAS
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1714-1735, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1719
inclusive ao nível
pedagógico” (THIOLLENT, 1986, p. 75). Essa perspectiva pode contribuir
para elucidação de determinados problemas escolares, colaborando para definição de objetivos,
levantamento de hipóteses, e a busca pela melhor estratégia pedagógica, de forma coletiva, com
o intuito de solucionar as problemáticas que vão emergindo no contexto escolar.
A pesquisa-ação educacional tem se apresentado como uma metodologia que contribui
para o processo de ensino e aprendizagem, uma vez que os professores e pesquisadores façam
uso de suas pesquisas para realizar uma reflexão coletiva sobre suas ações e investigar as
possíveis mudanças necessárias. De acordo com Tripp (2005), a metodologia de pesquisa-ação
está relacionada aos vários tipos de investigação-ação que se referem à melhoria da prática a
partir da reflexão e ação a respeito da prática, ou seja, é a busca pelo aperfeiçoamento da prática
por meio do agir acerca da prática e o ato de investigar sobre ela. Para Pletsch e Glat (2011, p.
3):
A pesquisa-ação é um método de investigação científica, concebido e
realizado em estreita associação com uma ação voltada para a resolução de
um problema coletivo. Tem como característica principal a participação ativa
dos indivíduos pertencentes ao campo onde o projeto está sendo desenvolvido.
Pressupõe uma ampla interação entre sujeito e pesquisador, diferenciando-se,
assim, de métodos convencionais que (que mesmo tendo um enfoque
qualitativo) resulta em uma postura do investigador distanciada em relação à
realidade pesquisada. Não cumprindo, assim, com sua responsabilidade social
diante da comunidade que lhe serviu como espaço de estudo.
Nesse sentido, a pesquisa-ação pode se apresentar como uma possível alternativa
metodológica, com a finalidade de construir sentido entre os conhecimentos teóricos e ações
cotidianas. Para isso, é necessário que haja uma correlação entre pesquisa e prática docente a
fim de transformar as práticas educativas presentes no meio educacional.
Procedimentos metodológicos
A revisão sistemática da literatura se caracteriza a partir de sínteses e análises de
publicações pertinentes acerca de determinado assunto, a fim de compreender o que vem sendo
discutido sobre a temática. Além disso, conforme Mancini e Sampaio (2006, p. 1),
[...] estudos de revisão sistemática da literatura e de metanálise adotam uma
metodologia padronizada, com procedimentos de busca, seleção e análise bem
delineados e claramente definidos, permitindo ao leitor apreciar a qualidade
das pesquisas e a validade das conclusões feitas pelos autores. Revisões
sistemáticas geralmente utilizam escalas ou formulários que definem critérios
que norteiam a apreciação crítica da qualidade da evidência científica
disponibilizada pelos artigos selecionados.
image/svg+xml
Práticas pedagógicas na educação especial, formação docente e pesquisa-ação: O que dizem as pesquisas
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1714-1735, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1720
Esse estudo se caracteriza como uma revisão sistemática da literatura amparada em uma
abordagem qualitativa de pesquisa, pois tem como objetivo, como afirmam Lüdke e André
(1986, p. 1), “promover o confronto entre os dados, as evidências, as informações coletadas
sobre d
eterminado assunto e o conhecimento teórico acumulado a respeito dele”. Além disso,
a revisão da literatura ajuda o pesquisador a fundamentar os objetivos e relevância de sua
pesquisa, pois identifica possíveis “lacunas existentes nas pesquisas anteriores”
(SANTOS,
2012, p. 94), emergindo as possibilidades e necessidades de novos estudos.
Tendo em vista a relevância dessa metodologia, as autoras Souza e Mendes (2017)
realizaram o estudo intitulado “Revisão Sistemática das Pesquisas Colaborativas em Educação
Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar no Brasil”, que dialoga com o objetivo do presente
estudo. Apesar de ambos apresentarem questões acerca do que vem sendo produzido em relação
às práticas pedagógicas para o público-alvo da educação especial, formação docente e pesquisa-
ação, este estudo revela dados para além do trabalho supracitado, contribuindo para análise
mais ampla, uma vez que a busca se deu em diferentes bases de dados.
Levantamento dos dados
O levantamento bibliográfico foi realizado nas bases de dados do
SciELO,
GT 8
–
Formação de professores e GT 15
–
Educação especial da ANPEd e da CAPES, entre os anos
de 2008 e 2020. A proposta de levantamento de dados a partir de 2008 se deu em função da
promulgação da política de educação especial nesse ano. Utilizou-se a data como ponto de
partida, entendendo que novas propostas pedagógicas, com conotações de inclusão, poderiam
emergir a partir de então. A busca foi realizada com os descritores em pares que estão
circunscritos no campo da Educação Especial e que envolvem a metodologia de pesquisa-ação,
sendo eles: Inclusão e Pesquisa-ação; Inclusão e Pesquisa Participante; Inclusão e Pesquisa
Colaborativa; Educação Especial e Pesquisa-ação; Educação Especial e Pesquisa Participante;
Educação Especial e Pesquisa Colaborativa; Educação Inclusiva e Pesquisa-ação; Educação
Inclusiva e Pesquisa Participante; Educação Inclusiva e Pesquisa Colaborativa.
A primeira base de dados a ser investigada foi a ANPED, da seguinte forma: acesso à
base de dados / tóp
ico reuniões científicas / opção “nacionais” / seleção de reuniões ocorridas
entre os anos de 2008 e 2020 / na opção ”Grupos de Trabalhos”, acesso ao GT8 –
Formação de
professores e GT 15
–
Educação Especial / acesso a artigo por artigo e busca pelos pares de
descritores. É importante ressaltar que a 33ª reunião da ANPED, ocorrida no ano de 2010, não
está disponível para consulta no
site
. A segunda base foi a SciELO, realizada da seguinte
image/svg+xml
Marco Antonio Melo FRANCO e Rafaela Flávia de FREITAS
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1714-1735, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1721
maneira: acesso à base de dados / selecionar a opção Brasil / posteriormente, opção Português
/ na opção artigos selecionar a opção pesquisa de artigos / na opção de busca indicar os pares
de descritores / acesso a artigo por artigo e busca pelos pares de descritores. A terceira busca
foi realizada nos periódicos da CAPES e ocorreu do seguinte modo: acesso à base de dados /
selecionar a base “periódicos” / acesso à Comunidade Acadêmica Federada (CAFe) / selecionar
busca avançada / busca dos pares de descritores / refinamento de busca por artigo, educação e
anos de 2008 a 2020.
Foram resgatados 193 artigos representados, na Tabela 1, de forma quantitativa.
Tabela 1
–
Relação de trabalhos encontrados por descritores
Descritores
ANPED
CAPES
SciELO
Inclusão and Pesquisa-ação
3
58
7
Inclusão and Pesquisa participante
0
12
0
Inclusão and Pesquisa colaborativa
1
13
6
Educação Especial and Pesquisa-ação
3
34
9
Educação Especial and Pesquisa participante
0
6
0
Educação Especial and Pesquisa colaborativa
1
15
0
Educação Inclusiva and Pesquisa-ação
2
14
0
Educação Inclusiva and Pesquisa participante
0
3
0
Educação Inclusiva and Pesquisa colaborativa
1
5
0
TOTAL
11
160
22
TOTAL GERAL
193
Fonte: Elaborada pelos autores
Para sistematização dos dados, realizamos a análise dos artigos encontrados, procurando
identificar sua proximidade com o objeto de pesquisa. O protocolo de análise buscou
contemplar os artigos: que contenham os pares de descritores no corpo do texto; que estejam
relacionados com as práticas pedagógicas inclusivas e/ou com a promoção da formação docente
inicial ou continuada; que tenham como foco o PAEE; que envolvam a metodologia de
pesquisa-ação.
Dos 193 artigos encontrados, 86 se repetiam nas bases de dados, o que levou à análise
de 107 artigos, dos quais 60 foram excluídos por não se enquadrarem nos critérios de inclusão
e 3 por não terem os artigos disponíveis para análise. Os 44 artigos que estavam de acordo com
o protocolo de seleção foram lidos e sistematizados de forma analítica.
image/svg+xml
Práticas pedagógicas na educação especial, formação docente e pesquisa-ação: O que dizem as pesquisas
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1714-1735, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1722
Resultados e discussões
Os artigos encontrados no levantamento bibliográfico, conforme representado na Tabela
1, indicam uma concentração em maior número de publicações na base de dados da CAPES,
além de apresentar resultados nas buscas com todos os nove pares de descritores. Na base de
dados da ANPED são apresentados resultados na busca quando utilizados seis pares de
descritores e, na SciELO, três pares de descritores. Além disso, percebe-se que o número de
artigos encontrados é maior quando se busca pelo termo específico de pesquisa-ação nas três
bases de dados.
Após realizarmos a caracterização dos artigos eles foram classificados de acordo com
os anos de publicação. Dos 44 trabalhos, não foram encontradas nenhuma publicação dos anos
de 2008 a 2010; dois foram publicados em 2011; dois em 2012; um em 2013; um em 2014; três
em 2015; doze em 2016; três em 2017; dez em 2018; oito em 2019; e dois em 2020. Nota-se
um aumento de publicações no ano de 2016, após a promulgação em 2015 da Lei Brasileira de
Inclusão da Pessoa com Deficiência, nº. 13.146/2015 (BRASIL, 2015), evidenciando a
importância das políticas públicas para fomentação dos debates no campo teórico.
Quanto à denominação das metodologias apresentadas nos trabalhos, dezenove são
qualificadas como pesquisa-ação; seis como pesquisa colaborativa; seis como pesquisa-ação
colaborativa; seis como pesquisa-ação colaborativa-crítica; duas como pesquisa-ação crítico-
colaborativa; uma como revisão sistemática da literatura; uma como análise de conteúdo com
análise comparada; uma como estudo bibliográfico com pesquisa participante; uma como
estudo de caso etnográfico com pesquisa participante e uma que faz uso do materialismo
histórico-dialético, pesquisa-ação, estudo de caso e análise de conteúdo.
Durante a leitura detalhada dos artigos encontrados, realizou-se a sistematização por
temas de acordo com os objetivos propostos pelo estudo, chegando ao total de 16 temas, como
explicitado no Quadro 1, acompanhado dos títulos. Identificou-se uma quantidade maior de
artigos com os temas “Educação inclusiva e formação docente” e “Formação docente e práticas
pedagógicas”, evidenciando uma aproximação da metodologia de pesquisa
-ação com a
formação docente na promoção da educação inclusiva.
image/svg+xml
Marco Antonio Melo FRANCO e Rafaela Flávia de FREITAS
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1714-1735, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1723
Quadro 1
–
Caracterização e classificação dos trabalhos analisados
Temas
Título
1
Educação inclusiva e
formação docente
- Educação Inclusiva e Cidadania: aproximações e contradições (Freitas, Neli
Klix).
- Formação e criatividade: elementos implicados na construção de uma escola
inclusiva (Vieira, Francileide Batista de Almeida; Martins, Lúcia de Araújo
Ramos).
-
Collaborative action research at the training center for inclusive education
and accessibility
- Pesquisa de ação colaborativa no treinamento: Centro de
Educação Inclusiva e Acessibilidade (Silva, Gilberto Ferreira da; Nornberg,
Marta; Scheffer, Natacha).
- Formação dos professores para as modalidades educação especial e
educação indígena: espaços intersticiais (Silva, João Henrique Da; Bruno,
Marilda Moraes Garcia).
- Formação de professores por meio de pesquisa colaborativa com vistas à
inclusão de alunos com deficiência intelectual (Toledo, Elizabete Humai de;
Vitaliano, Célia Regina).
- O fazer pedagógico em contexto de inclusão: estratégias, ações e resultado
(Franco, Marco Antonio Melo; Rodrigues, Paloma Roberta Euzebio).
- Desenvolvimento do trabalho colaborativo entre uma professora de
Educação Especial e professores da classe comum (Martinelli, Josemaris
Aparecida; Vitalino, Célia Regina).
- Formação de professores de Educação infantil para a inclusão de alunos com
necessidades educacionais especiais: uma pesquisa colaborativa (Vitalino,
Célia Regina).
2
Formação docente
Implementação da
política de
Atendimento
Educacional
Especializado (AEE)
- Sala de recursos no processo de inclusão do aluno com deficiência
intelectual na percepção dos professores (Lopes, Esther; Marquezine, Maria
Cristina).
- Laboratório de Comunicações e Aprendizagens (Mascaro, Cristina Angélica
de Aquino Carvalho; Pinheiro, Vanecessa Cabral da Silva).
- Um olhar sobre a educação escolarizada de surdos à luz da competência em
informação (Da Silva, Maria).
3
Ações colaborativas
- O funcionamento do Programa de Atendimento a Alunos com Altas
Habilidades/Superdotação (PAAAH/SD-RJ) (Delou, Cristina Maria
Carvalho).
- Narrativas de professores e pedagogos sobre a deficiência: implicações no
acesso ao currículo escolar (Vieira, Alexandro Braga; Ramos, Ines de Oliveira
Ramos).
4
Tecnologia da
Informação e
Comunicação:
Tecnologia Assistiva e
práticas pedagógicas
- Dosvox: rompendo barreiras da comunicação (Canejo, Elizabeth).
- A avaliação da aprendizagem e o uso dos recursos de tecnologia assistiva em
alunos com deficiências (Rosana Carla Do Nascimento Givigi; Juliana
Nascimento de Alcântara; Raquel Souza Silva; Solano Sávio Figueiredo
Dourado).
- O trabalho colaborativo na escola: o uso da tecnologia assistiva (Givigi,
Rosana Carla Do Nascimento; Silva, Raquel Souza; Alcântara, Juliana
Nascimento de; Souza, Thais Alves de; Ralin, Vera Lucia Oliveira).
- Audiovisual produzido por jovens surdos: um roteiro de inclusão e
acessibilidade (Gutierrez, Ericler Oliveira).
image/svg+xml
Práticas pedagógicas na educação especial, formação docente e pesquisa-ação: O que dizem as pesquisas
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1714-1735, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1724
5
Formação docente e
práticas pedagógicas
- Deficiência múltipla: formação de professores e processos de ensino-
aprendizagem (Pletsch, Márcia Denise).
- A formação de conceitos em alunos com deficiência intelectual: o caso de
Ian (Braun, Patricia; Nunes, Leila Regina D'Oliveira de Paula).
- Currículo escolar e deficiência: contribuições a partir da pesquisa-ação
colaborativo-crítica (Magalhães, Rita de Cássia Barbosa Paiva; Soares,
Marcia Torres Neri).
- Pesquisa-ação e a formação do professor em serviço (Franco, Marco
Antonio Melo).
- Diálogos entre Boaventura de Souza Santos, Educação Especial e Currículo
(Vieira, Alexandro Braga Vieira; Ramos, Ines de Oliveira).
- A escuta visual: a educação de Surdos e a utilização de recursos visual
imagético na prática pedagógica (Correia, Patrícia da Hora; Neves, Bárbara
Coelho).
- Consultoria colaborativa como estratégia de formação continuada para
professores que atuam com estudantes com deficiência intelectual (Lago,
Danúsia Cardoso; Tartuci, Dulcéria).
- As contribuições de Meirieu para a formação continuada de professores e a
adoção de práticas pedagógicas inclusivas (Vieira, Alexandro Braga; Jesus,
Denise Meyrelles de; Lima, Jovenildo da Cruz; Mariano, Clayde Aparecida
Belo da Silva).
6
Educação inclusiva e
práticas pedagógicas
- Procedimentos favoráveis ao desenvolvimento de uma criança com
Síndrome de Down numa classe comum (Campo, Kátia Patrício Benevides;
Glat, Rosana).
- Escola inclusiva: o desvelar de um espaço multifacetado (Tonini, Andréa
Tonini; Costas, Fabiane Adela Tonetto).
- Práticas e articulações pedagógicas na educação infantil: contribuições ao
processo de desenvolvimento de uma criança com autismo (Marchiori,
Alexandre Freitas; França, Carla de Almeida Aguiar).
- O trabalho com gênero textual história em quadrinhos com alunos que
possuem deficiência (Shimazaki, Elsa Midori; Auada Viviane Gislaine
Caetano; Menegassi, Renilson José; Mori, Nerli Nonato Ribeiro).
7
Educação inclusiva e
ações colaborativas
- O trabalho em colaboração para apoio da inclusão escolar: da teoria à prática
docente (Vilaronga, Carla Ariela Rio; Mendes, Eniceia Gonçalves; Zerbato,
Ana Paula).
- A bidocência como uma proposta inclusiva (Pinheiro, Vanessa Cabral Da
Silva; Mascaro, Cristina Angélica De Aquino Carvalho).
- As contribuições da pesquisa-ação para a elaboração de políticas de
formação continuada na perspectiva da inclusão escolar (Almeida, Mariangela
Lima de; Bneto, Maria José Carvalho; Silva, Nazareth Vidal da).
- A mudança do gestor em pesquisador no processo de pesquisa-ação
colaborativo-crítica: a Educação Especial em uma rede de ensino (Bento,
Maria José Carvalho; Silva, Nazareth Vidal da).
8
Educação
profissionalizante
- Deficiência intelectual e educação profissional (Mascaro, Cristina Angélica
De Aquino Carvalho).
9
Revisão sistemática da
literatura
- Revisão sistemática das pesquisas colaborativas em educação especial na
perspectiva da inclusão escolar no Brasil (Souza, Christianne Thatiana Ramos
de; Mendes, Eniceia Gonçalves).
10
Educação Especial em
escolas especializadas
- Educação Especial de Jovens e Adultos: um olhar para o Atendimento
Educacional em escolas especializadas (Oliveira, Ivanilde Apoluceno de;
Santos Tânia Regina Lobato dos).
- Plano Educacional Individualizado: uma estratégia de inclusão e
aprendizagem nas aulas de Educação Física (Fontana, Evelline Cristhine;
Cruz, Gilmar de Carvalho; Paula, Luana Aparecida de).
11
Inovação pedagógica e
diversidade: estratégias
de ensino e
aprendizagem
acessíveis
- Fundamentos de neurociência presentes na inclusão escolar: vivências
docentes (Silva, Luciane Grecilo da; Mello, Elena Maria Billig).
image/svg+xml
Marco Antonio Melo FRANCO e Rafaela Flávia de FREITAS
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1714-1735, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1725
12
Percepção docente
frente aos desafios de
escolarização do PAEE
- O transtorno do espectro autista em tempos de inclusão escolar: o foco nos
profissionais de educação (Barbosa, Marily Oliveira).
13
Língua Brasileira de
Sinais (LIBRAS)
- O Ensino de Libras, em uma escola no município de Areia-PB, por meio de
extensão universitária (Dexenberger, Ana Cristina Silva; Silva, Bruno Ferreira
da).
- A proposta Bilíngue na educação de surdos: práticas pedagógicas no
processo de alfabetização no município de Colorado do Oeste/Rondônia
(Moret, Márcia Cristina Florêncio Fernandes; Mendonça, João Guilherme
Rodrigues).
14
Arte e Educação
- Arte e Educação Especial: narrativas e criações artísticas (Beltrami, Flávia
Gurniski; Mori, Nerli Nonato Ribeiro).
15
Avaliação da
Aprendizagem
- Construção mediada e colaborativa de instrumentos de avaliação da
aprendizagem na escola inclusiva (Mello, Alessandra de Fatima Giacomet;
Hostins, Regina Célia Linhares).
16
Política Educacional
- A produção de conhecimentos sobre Atendimento Educacional
Especializado: um estudo comparado nacional (Almeida, Mariangela Lima;
Milanesi, Josiane Beltrame; Mendes, Enicéia).
Fonte: Elaborado pelos autores
Foram identificados nos estudos os seguintes participantes da pesquisa: professores do
sistema regular de ensino; familiares dos educandos; pesquisadores; supervisor pedagógico;
coordenador pedagógico; alunos com e sem deficiência; alunos com deficiência intelectual;
diretora escolar; vice-diretora; supervisora escolar; professor da sala de recurso multifuncional
(SMR); professor do atendimento educacional especializado (AEE); alunos com Altas
Habilidades e Superdotação; alunos com deficiências severas; Grupo de Estudos em Linguagem
e Comunicação; aluno com deficiência Múltipla; mestrandos; bolsistas de iniciação científica;
aluno com Paralisia Cerebral; intérprete de libras; alunos com Síndrome de Down; alunos
cegos; pesquisadora cega; alunos com transtornos do espectro autista
–
TEA; todos os
funcionários da escola; professor da Educação Especial; profissionais do Centro de Educação
Inclusiva e Acessibilidade (CEIA); alunos com deficiência intelectual e técnicos da Educação
de Jovens e Adultos (EJA); gestores da Educação Especial; Secretários Municipais de
Educação; Superintendentes Regionais; estagiárias em Pedagogia; assistente social; professores
e estudantes universitários; Professor de Educação Física; profissionais de apoio escolar da
educação especial e alunos surdos. Dessa forma, notamos que existe uma heterogeneidade de
participantes nas pesquisas, o que reflete características inerentes à pesquisa-ação, que
pressupõe o envolvimento e a participação dos sujeitos do campo investigado.
No que se refere aos instrumentos e às técnicas utilizados/as para coleta de dados foram
apresentadas: reuniões, entrevistas semiestruturadas, entrevistas, par educativo, estudo piloto,
grupos de estudos, planos de intervenção, observação participante, observação, avaliação de
grupo, redação, gravação, filmagens, relato aberto, avaliação psicológica, estudo de caso,
orientações para aceleração de estudo, provas, planejamentos, análise documental, avaliação
image/svg+xml
Práticas pedagógicas na educação especial, formação docente e pesquisa-ação: O que dizem as pesquisas
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1714-1735, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1726
fonoaudiológica, encontros de formação, triangulação dos dados, cursos tecnológicos, roteiro
de escrita, aplicação de questionários, levantamento bibliográfico, levantamento de dados
quantitativos,
diário de itinerância em formato digital, sessões reflexivas, curso de audiovisual,
roteiro escrito e roteiro desenhado (
storyboard
), espaços-tempos de formação, Provinha Brasil,
plano de ação, criação artística, narrativas orais, ciclos de estudos, participação direta da
pesquisadora em sala de aula, relatório, ciclos de estudos sobre conteúdos teóricos e
metodológicos, planejamento das aulas de modo colaborativo, roda de conversa, Escala Leuven
de Envolvimento, análise comparativa, jogo, dramatização, ficha, reflexão crítica, ações
colaborativas, grupo focal, diário de campo,
Modular Object-Oriented Dynamic Learning
Environment
(ambiente modular de aprendizagem dinâmica orientada a objetos), dança, plano
educacional individualizado, história em quadrinhos, grupos reflexivos, gravador de voz,
registros de pautas, relatórios e transcrições.
Os artigos aqui estudados apresentaram como objetivo: realizar análise, descrever,
intervir, investigar, compreender, entender, apresentar e mostrar, promover, discutir,
problematizar, promover formação continuada, elaborar e aplicar, relatar, refletir e analisar ou
construir ações propositivas acerca de determinado tema. Esses objetivos foram traçados com
o intuito de:
- Construir estratégias de ação junto aos educadores, alunos e familiares, possibilitando
a implementação gradual, porém, bem-sucedida, do projeto de educação inclusiva;
- Analisar as percepções dos professores e investigar programas de formação destes
profissionais acerca da educação inclusiva e a importância da SMR e AEE, no processo de
inclusão do aluno com deficiência intelectual no ensino regular;
- Investigar como a metodologia de pesquisa-ação pode contribuir no processo de
formação continuada de professores, para práticas criativas, melhoria das práticas pedagógicas,
visando à efetivação da educação inclusiva, além de abordar estratégias para a melhoria do
trabalho educacional inclusivo;
- Analisar e realizar intervenções em sala de aula e no ambiente de recreação no âmbito
escolar, a fim de propiciar melhores práticas pedagógicas com a utilização de recursos de
tecnologia assistiva com alunos com deficiência, viabilizando o currículo inclusivo e o acesso
de novos critérios e instrumentos de avaliação;
- Analisar o currículo escolar acerca da educação inclusiva da pessoa com deficiência;
- Apresentar a utilização da ferramenta de tecnologia informação e comunicação (TIC)
como o DOSVOX, a fim de promover a melhoria educacional dos alunos cegos, além de
image/svg+xml
Marco Antonio Melo FRANCO e Rafaela Flávia de FREITAS
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1714-1735, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1727
proporcionar aos professores e alunos o acesso a um instrumento de TIC antes desconhecido,
com o intuito de garantir a comunicação entre ambos e o processo de ensino e aprendizado dos
alunos;
- Descrever a melhoria da AEE tendo em vista a Política de Inclusão Escolar brasileira,
para a Implementação de Laboratório de Comunicação e Aprendizagem Formação;
- Analisar as vantagens do coensino na promoção da inclusão escolar dos alunos
público-alvo da Educação Especial (PAEE);
- Analisar a bidocência entre professor da Educação Especial e do Ensino Fundamental
na promoção da inclusão escolar dos alunos com deficiência intelectual;
- Descrever e analisar as produções acerca da pesquisa-ação colaborativa desenvolvidas
na área da Educação Especial na perspectiva da inclusão escolar na Biblioteca Digital Brasileira
de Teses e Dissertações (BDBTD);
- Investigar a Neurociência como suporte nas estratégias de ensino e aprendizagem
acessíveis tendo em vista a inovação pedagógica e a diversidade em turmas regulares;
- Analisar como a educação e a comunicação se relacionam acerca do processo
educacional de surdos;
- Compreender a concepção do ensino de LIBRAS por alunos ouvintes, avaliando o grau
de conhecimento e identificando a importância do ensino de LIBRAS no processo de
escolarização e analisar e verificar a percepção docente sobre o ensino da LIBRAS no cotidiano
dos estudantes;
- Entender a aproximação da Educação Especial com as produções de Boaventura de
Souza Santos tendo em vista a inclusão educacional do PAEE;
- Analisar os avanços e retrocessos a partir da intervenção do professor do AEE e
intérprete de LIBRAS junto ao processo de alfabetização de surdo na perspectiva bilíngue;
- Investigar o desenvolvimento de narrativas e criações artísticas a partir da arte
partindo de intervenção educacional com alunos PAEE;
- Discutir as lacunas existentes na prática docente relacionadas à avaliação do processo
de escolarização do PAEE;
- Analisar o lugar que as representações visuais ocupam nas práxis pedagógicas de
professores centradas na educação bilíngue de alunos surdos;
- Problematizar a visão docente acerca dos alunos PAEE na escola regular;
- Analisar a formação continuada de docentes que atuam com alunos com deficiência
intelectual utilizando a Consultoria Colaborativa como estratégia pedagógica;
image/svg+xml
Práticas pedagógicas na educação especial, formação docente e pesquisa-ação: O que dizem as pesquisas
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1714-1735, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1728
- Compreender diferentes práticas pedagógicas colaborativas na perspectiva inclusiva
desenvolvida com o intuito de potencializar as possibilidades de desenvolvimento do aluno com
autismo;
- Promover formação continuada embasada em práticas pedagógicas inclusivas voltadas
para o PAEE;
- Elaborar a partir da metodologia de pesquisa-ação um projeto político de formação
continuada de profissionais voltado para a inclusão escolar;
- Elaborar e aplicar o Plano Educacional Individualizado como estratégia de inclusão e
aprendizagem;
- Desenvolver estratégias para apropriação de conceitos científicos presentes nas
histórias em quadrinhos por parte das pessoas com deficiência intelectual;
- Analisar as contribuições da pesquisa-ação crítico-colaborativa na formulação, por
parte de gestores de uma rede de ensino, de um documento normativo acerca da Educação
Especial.
Percebe-se que é recorrente nas pesquisas a perspectiva de investigar estratégias
pedagógicas, que podem possibilitar a inclusão dos alunos com deficiência em diálogo com a
formação docente. Além disso, tais estudos buscam analisar os currículos educacionais a fim
de observar se estão sendo implementadas as políticas de educação especial na perspectiva da
educação inclusiva e quais são as ações do corpo educacional para alcançar tal objetivo.
As considerações finais dos trabalhos analisados apresentaram questões sobre os
seguintes temas: a) formação docente; b) processo de ensino e aprendizagem; c) educação
inclusiva; d) dificuldades enfrentadas para inclusão escolar do PAEE; e) considerações sobre a
metodologia utilizada; f) avaliação da aprendizagem.
Em relação à formação docente, os trabalhos evidenciam: a) que a formação inicial e
continuada do professores é ponto fundamental para a educação especial na perspectiva da
educação inclusiva; b) o professor deve ter formação inicial que resulte em professores críticos,
reflexivos, aptos a trabalhar com as diferenças presentes na sala de aula; c) a formação de
professores para AEE colabora para o processo de aprendizagem dos alunos, entretanto, para
um processo de aprendizagem ainda mais efetivo seria necessária uma rede de apoio como
terapia ocupacional, fisioterapia etc.; d) a bidocência ou coensino como alternativa de apoio à
inclusão escolar, favorecendo novos conhecimentos e formação continuada; e) novas políticas
de formação continuada para a diversidade devem ser propostas e repensadas; f) a necessidade
que os professores tenham um aprofundamento teórico acerca do que se deseja investigar e que
image/svg+xml
Marco Antonio Melo FRANCO e Rafaela Flávia de FREITAS
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1714-1735, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1729
a formação continuada seja constante; g) durante a formação continuada é possível construir
movimentos de interações/inter-relações entre os professores para melhoria da escolarização do
PAEE; h) a formação em serviço do professor especialista visando o trabalho colaborativo com
o professor do ensino comum contribui para a inclusão educacional de todos os alunos com ou
sem deficiência; i) A formação com base na Consultoria Colaborativa contribui para o processo
de inclusão do PAEE; j) Importante investir na educabilidade e na concepção da escola como
lugar de todos, rompendo com a crença de que os alunos PAEE são ineducáveis.
No que diz respeito ao processo de ensino e de aprendizagem são apresentadas as
seguintes considerações: a) o professor do ensino especial não deve se distinguir do professor
do ensino comum; b) a utilização das TIC na promoção da acessibilidade do aluno,
proporcionando melhor processo de ensino, aprendizagem e avaliação dos alunos com
deficiência, além de aumentar repertório tecnológico de todos os participantes; c) a utilização
de tecnologias assistivas favorece o acesso de alunos com deficiência ao currículo; d) o
coensino como alternativa de apoio à inclusão; e) diálogo entre escolas especializadas no
atendimento educacional para PAEE e escolas do ensino regular proporcionam grandes
resultados e trocas de experiências; f) a compreensão do professor sobre o diagnóstico da
criança e a criação de estratégias de ensino baseadas nessa compreensão favorecem o processo
de ensino e aprendizagem; g) a transformação do contexto socioeducacional, a partir da reflexão
sobre as práticas e discussão no coletivo sobre possíveis intervenções, se constituindo na base
da pesquisa colaborativa, contribuem para o processo de ensino e aprendizagem dos alunos; h)
os professores devem fornecer subsídios metodológicos e pedagógicos para que os alunos
tenham melhores condições para a construção do conhecimento; i) a SRM deve ser um apoio e
não considerada uma sala de reforço ou repetição de conteúdo; j) o ensino de Arte contribui
com o processo de humanização dos educandos; k) importante relacionar o ensino com a
realidade social, histórica e cultural do aprendiz, possibilitando durante o processo de ensino e
aprendizagem interpretar a realidade e transformar as experiências teóricas e práticas; l) a
utilização da imagem visual aliada ao bilinguismo potencializa o processo de aprendizagem do
surdo; m) necessidade de se pensar em recursos facilitadores para a aprendizagem do surdo; n)
é dever da escola criar mecanismos internos que possibilitem o desempenho dos docentes; o)
reconhecer o potencial do desenvolvimento do aluno se faz necessário para a promoção da
inclusão escolar; p) a elaboração coletiva do Plano de Desenvolvimento Individualizado
corrobora para o processo de aprendizagem e inclusão; q) o suporte teórico e prático para a
realização de mediações pedagógicas favorecem a aprendizagem e inclusão dos alunos PAEE.
image/svg+xml
Práticas pedagógicas na educação especial, formação docente e pesquisa-ação: O que dizem as pesquisas
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1714-1735, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1730
As conclusões dos textos analisados apresentam algumas reflexões acerca da educação
inclusiva da seguinte forma: a) as práticas inclusivas são práticas inovadoras; b) a comunidade
escolar deve conviver com as diferenças para se alcançar a educação inclusiva; c) a interação
social como bem maior a ser cultivado nas escolas para se alcançar a inclusão escolar; d) lidar
com as diferenças e inclusão no contexto escolar não se finda apenas em ajustes curriculares ou
organizacionais, mas também em uma prática na práxis a fim de tornar os alunos seres críticos
e protagonistas da própria aprendizagem; e) necessidade de se repensar o currículo escolar que
proporcione práticas inclusivas; f) o processo de inclusão deve sair do campo teórico
acadêmico, as pesquisas devem ocorrer no cotidiano da sala de aula, juntamente com os
pesquisadores e interessados no processo; g) além das políticas educacionais na perspectiva
inclusiva, há a necessidade de ações que acompanhem e deem a formação necessária aos
profissionais da educação em suas práticas com o PAEE.
Algumas dificuldades enfrentadas para inclusão escolar do PAEE são apontadas nas
conclusões, sendo elas: a) os educadores colocam como dificuldade a construção de uma
pedagogia da diferença; b) o trabalho solitário do professor em sala de aula se torna difícil, pois
em determinados momentos alguns alunos demandam o atendimento individualizado; c) existe
uma dificuldade dos pesquisadores em adentrarem o ambiente escolar para atuar e intervir; d)
ensino tradicional e pouco conhecimento acerca da metodologia e teoria utilizada do processo
educativo; e) falta de planejamentos com estratégias e recursos flexibilizados e adaptados
visando o acesso ao currículo; f) poucos projetos extensionistas focalizados na LIBRAS
voltados para a superação da exclusão da pessoa surda; g) ótica docente pautada pelos princípios
da normalidade contribui para exclusão e insucesso no processo de ensino e aprendizagem do
PAEE.
Sobre a avaliação das metodologias apresentadas nos artigos, são levantadas algumas
considerações, como: a) a pesquisa colaborativa é uma importante metodologia para formação
de professores a partir do diálogo com os pesquisadores e interessados em busca de um bem
comum, favorecendo o processo de educação inclusiva; b) a metodologia de pesquisa-ação
como meio de favorecer a inclusão dos alunos com ou sem deficiência, além de favorecer a
formação continuada do professor tendo em vista práticas educativas inclusivas, na qual as
ações a serem tomadas vão se constituindo durante o processo e coletivamente; c) pesquisa
colaborativa como meio de efetivação das políticas de educação inclusiva e do ensino especial;
d) os estudos que apresentam a metodologia de pesquisa colaborativa em inclusão escolar
buscam a melhoria do atendimento ao PAEE; e) a pesquisa-ação possibilita a construção de
image/svg+xml
Marco Antonio Melo FRANCO e Rafaela Flávia de FREITAS
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1714-1735, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1731
políticas educacionais de forma colaborativa em parceria com os diversos gestores públicos de
educação especial.
A avaliação da aprendizagem aparece em uma conclusão com as seguintes reflexões: a)
há carência de pesquisas sobre a construção mediada e colaborativa de instrumentos de
avaliação da aprendizagem do PAEE; b) o instrumento de avaliação sistemática da
aprendizagem, denominado Plano Colaborativo de Atendimento voltado para o PAEE,
contribui para o processo de inclusão escolar; c) o trabalho colaborativo entre professor
especialista e professor do ensino comum se mostra eficaz para melhoria da avaliação da
aprendizagem do PAEE.
Observamos que há uma discussão frente às possíveis atitudes que devem ser tomadas
para a efetivação da educação inclusiva e dos desafios a serem enfrentados. Conforme Mantoan
(2003, p. 14), se o que buscamos é uma educa
ção inclusiva “é urgente que seus planos se
redefinam para uma educação voltada para a cidadania global, plena, livre de preconceitos e
que reconhece e valoriza as diferenças”. Para isso, é necessário que as instituições passem por
reformas de ensino e que tenham um investimento para educação voltada para a inclusão
consciente.
Além disso, é importante que a prática docente dialogue com a reflexão e com a
pesquisa, ou seja, é preciso considerar a “capacidade da pesquisa de promover o diálogo, a
reflexão entre professores, de abrir espaços interativos à convivência crítica, para além da rotina
e dos espaços burocraticamente organizados” (FRANCO, 2012, p. 179). Nesse sentido, a
pesquisa-ação na educação se apresenta como uma estratégia para que professores e
pesquisadores possam utilizar suas pesquisas para melhoria da sua prática, refletindo na
aprendizagem de seus alunos. Entretanto, conforme Franco (2019, p. 359), alguns
pesquisadores deixam de seguir princípios epistemológicos da pesquisa-ação e acabam
dist
orcendo o sentido dessa metodologia, “passando a ser apenas uma ação pedagógica
pesquisada”
.
Numa escola com horários rígidos, disciplinas estanques e pouca
possibilidade de circulação de alunos fora da sala de aula, é impossível fazer
pesquisa-ação, mesmo que apenas pedagógica. No entanto os ensinamentos
da pesquisa-ação poderão favorecer uma aula pedagogicamente mais
estruturada, mais adequada, mais dialógica e mais participativa (FRANCO,
2019, p. 368).
Nessa perspectiva, as teorias e métodos carecem de estudos aprofundados para não se
ter um entendimento ingênuo destes. Há necessidade de aprofundamento dos conceitos
epistemológicos que perpassem a Pedagogia por parte de quem discute o conhecimento escolar.
image/svg+xml
Práticas pedagógicas na educação especial, formação docente e pesquisa-ação: O que dizem as pesquisas
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1714-1735, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1732
Ou seja, a Pedagogia compreendida como matriz articuladora entre os diferentes aportes
disciplinares que se debruçam sobre a educação (PIMENTA; FRANCO; FUSARI, 2016, p. 2).
Percebemos que a educação de matriz tradicional, presente no chão da escola, traz certas
questões, como por exemplo, a fragmentação e compartimentalização do conhecimento nas
matrizes curriculares das instituições de ensino, falta de vínculo entre teoria e prática pautada
nas práxis educativas, que acabam por reproduzir práticas mecanicistas e tecnicistas, esvaziadas
de reflexão. Além desses pontos, observamos a necessidade da formação continuada dos
professores em busca da transformação da prática de ensino. Dessa forma, o uso da metodologia
de pesquisa-ação no campo educacional vem se apresentando como eficaz para o rompimento
da ideia positivista, com o intuito de promover conhecimento coletivo, envolvendo professores,
alunos, especialistas e demais atores externos, estudando a realidade vivida nos espaços
escolares. À vista disso, o conhecimento produzido é contextualizado, realizando a reflexão-
ação-reflexão acerca da teoria e da prática respectivamente, podendo a metodologia de
pesquisa-ação contribuir em vários aspectos, como na formação docente inicial e continuada
(FRANCO, 2005).
Considerações finais
Observamos os inúmeros desafios enfrentados por todos que participam da comunidade
escolar em proporcionar uma educação inclusiva, uma vez que encontram muitas dificuldades
para lidar com as diferenças dos alunos. É notório também que apesar dos avanços ocorridos
nas políticas que asseguram o acesso e a permanência do público-alvo do ensino especial, muito
ainda há de ser feito para que se alcance o paradigma educacional da inclusão, efetivamente.
Há a necessidade de ampliação do debate sobre inclusão no campo das políticas públicas, das
práticas educacionais e aspectos externos que possibilitem a promoção da inclusão.
Apesar de ainda serem poucas as publicações acerca da temática aqui apresentada,
observamos que houve aumento nas pesquisas realizadas após ser instituída, em 2015, a Lei
Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (BRASIL, 2015), o que pode ser um
indicativo da necessidade de discussão no campo das políticas públicas, com o intuito de
fomentar a discussão prática e teórica sobre a temática.
Além disso, observamos que os artigos aqui analisados apresentam de forma geral a
metodologia de pesquisa-ação como meio de proporcionar reflexão e discussão entre
professores e pesquisadores, diálogo entre os professores especialistas e professores da sala
image/svg+xml
Marco Antonio Melo FRANCO e Rafaela Flávia de FREITAS
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1714-1735, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1733
comum, envolvimento de toda a comunidade escolar, tendo em vista a transformação
educacional proposta pela educação inclusiva.
REFERÊNCIAS
BRASIL.
Lei n. 13.146, de 6 de julho de 2015
. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa
com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília, DF: Presidência da
República, 2015. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em: 12 out. 2021.
FRANCO, M. A. M. Formação docente, ensino e aprendizagem em contexto de inclusão.
In
:
Práticas pedagógicas em contexto de inclusão
: Situações de sala de aula. Jundiaí, SP: Paco,
2015.
FRANCO, M. A. M.; RODRIGUES, P. R. E. O fazer pedagógico em contexto de inclusão:
estratégias, ações e resultados.
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 11, n. 3, p. 1184-1197, jul./set. 2016. Disponível em:
https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/7481. Acesso em: 06 jun. 2021.
FRANCO, M. A. S. Pedagogia da pesquisa-ação.
Educação e pesquisa
, v. 31, n. 3, p. 483-
502, dez. 2005. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/ep/a/DRq7QzKG6Mth8hrFjRm43vF/?lang=pt&format=html. Acesso
em: 09 ago. 2021.
FRANCO, M. A. R. S.
Pedagogia e prática docente
. São Paulo: Cortez, 2012.
FRANCO, M. A. R. S. Prática pedagógica e docência: Um olhar a partir da epistemologia do
conceito.
Rev. Bras. Estud. Pedagogia
, v. 97, n. 247, p. 534-551, set./dez. 2016. Disponível
em: https://www.scielo.br/j/rbeped/a/m6qBLvmHnCdR7RQjJVsPzTq/abstract/?lang=pt.
Acesso em: 18 jun. 2021.
FRANCO, M. A. R. S. Pesquisa-ação: Lembretes de princípios e de práticas.
Rev. Eletrônica
Pesquiseduca,
Santos, v. 11, n. 25, p. 358-370, set./dez. 2019. Disponível em:
https://periodicos.unisantos.br/pesquiseduca/article/view/949. Acesso em: 11 jun. 2021.
LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A.
Pesquisa em educação
: Abordagens qualitativas. São
Paulo: EPU, 1986.
LUSTOSA, F. G.; MELO, C. M. Organização e princípios didáticos para a gestão da sala de
aula inclusiva: A gênese de práticas pedagógicas de atenção à diversidade.
In
:
Práticas
pedagógicas em contexto de inclusão
: Situações de sala de aula. Jundiaí, SP: Paco, 2018.
MANCINI, M. C.; SAMPAIO, R. F. Quando o objeto de estudo é a literatura: Estudos de
revisão.
Revista Brasileira Fisioter
, v. 10, n. 4, p. 361-472, out./dez. 2006. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbfis/a/4SXvxPYFB3GWs4V4s3vz7kN/?lang=pt. Acesso em: 20 ago.
2021.
image/svg+xml
Práticas pedagógicas na educação especial, formação docente e pesquisa-ação: O que dizem as pesquisas
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1714-1735, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1734
MANTOAN, M. T. E.
Inclusão escolar
: O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo:
Moderna, 2003.
MATOS, S. N.; MENDES, E. G. A proposta de inclusão escolar no contexto nacional de
implementação das Políticas de Educacionais.
Revista Práxis Educacional
, v. 10, n. 16, p.
35-59, 2014. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/762.
Acesso em: 13 maio 2021.
MENDES, E. G. A radicalização do debate sobre inclusão escolar no Brasil.
Revista
Brasileira de Educação
, v. 11, n. 33, p. 387-405, dez. 2006. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbedu/a/KgF8xDrQfyy5GwyLzGhJ67m/. Acesso em: 19 jun. 2021.
PIMENTA, S. G.; FRANCO, M. A. S.; FUSARI, J. C. Didática multidimensional: Da prática
coletiva à construção de princípios articuladores.
EDUCAÇÃO & SOCIEDADE
, v. 37, n.
135, 2016. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/333403579_Didatica_multidimensional_da_pratica_
coletiva_a_construcao_de_principios_articuladores. Acesso em: 29 jul. 2021.
PLETSCH, M. D.; GLAT, R. Pesquisa-ação: Estratégia de formação continuada de
professores para favorecer a inclusão escolar.
Espaço
, Rio de Janeiro, v. 33, p. 50-60, 2011.
Disponível em: https://docplayer.com.br/9994481-Pesquisa-acao-estrategia-de-formacao-
continuada-de-professores-para-favorecer-a-inclusao-escolar-1.html. Acesso em: 08 maio
2021.
SANTOS, V. O que é e como fazer “Revisão de Literatura” na pesquisa teol
ógica.
Fides
Reformata XVII
, n. 1, p. 89-104, 2012. Disponível em: https://cpaj.mackenzie.br/wp-
content/uploads/2020/01/6-O-que-é-e-como-fazer-
“revisão
-da-
literatura”
-na-pesquisa-
teológica-Valdeci-Santos.pdf. Acesso em: 23 maio 2021.
SOUZA, C. T. R.; MENDES, E. G. Revisão sistemática das pesquisas colaborativas em
Educação Especial na perspectiva da inclusão escolar no Brasil.
Rev. Bras. Educ. Espec
., v.
23, n. 2, p. 279-292, abr./jun. 2017. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbee/a/sxPMLY5ZBTgWMJVfkdsGQdP/abstract/?lang=pt. Acesso
em: 05 jul. 2021.
THIOLLENT, M.
Metodologia da pesquisa-ação
. São Paulo: Cortez, 1986.
TRIPP, D. Pesquisa-ação: Uma introdução metodológica.
Educ. Pesqui
., v. 31, n. 3, p. 443-
466, dez. 2005. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/ep/a/3DkbXnqBQqyq5bV4TCL9NSH/abstract/?lang=pt. Acesso em:
23 jun. 2021.
image/svg+xml
Marco Antonio Melo FRANCO e Rafaela Flávia de FREITAS
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1714-1735, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1735
Como referenciar este artigo
FREITAS, R. F.; FRANCO, M. A. M. Práticas pedagógicas na educação especial, formação
docente e pesquisa-ação: O que dizem as pesquisas.
Revista Ibero-Americana de Estudos em
Educação
, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1714-1735, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
Submetido em:
07/12/2021
Revisões requeridas em
: 13/02/2022
Aprovado em
: 24/05/2022
Publicado em
: 01/07/2022
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
image/svg+xml
Prácticas pedagógicas en educación especial, formación del profesorado e investigación-acción: Qué dicen las investigaciones
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p.
1721-1742, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1721
PRÁCTICAS PEDAGÓGICAS EN EDUCACIÓN ESPECIAL, FORMACIÓN DEL
PROFESORADO E INVESTIGACIÓN-ACCIÓN: QUÉ DICEN LAS
INVESTIGACIONES
1
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL, FORMAÇÃO DOCENTE E
PESQUISA-AÇÃO: O QUE DIZEM AS PESQUISAS
PEDAGOGICAL PRACTICES IN SPECIAL EDUCATION, TEACHER TRAINING AND
ACTION RESEARCH: WHAT THE STUDIES SAY
Rafaela Flávia de FREITAS
2
Marco Antonio Melo FRANCO
3
RESUMEN
: El estudio tuvo como objetivo identificar y analizar lo que se ha producido en el
campo académico sobre las prácticas pedagógicas en educación especial de 2008 a 2020. Se
realizó una revisión sistemática de la literatura que articula las temáticas que involucran las
prácticas pedagógicas inclusivas en educación especial, formación docente, investigación-
acción. La búsqueda se realizó combinando los descriptores: Inclusión, Educación Especial,
Educación Inclusiva con los descriptores Investigación-acción, Investigación Participativa e
Investigación Colaborativa. Se encontraron un total de 193 artículos, de los cuales 44 artículos
abordaron el tema. En conclusión, se observó que la mayoría de las publicaciones sobre el tema
ocurrieron después de la promulgación, en 2015, de la Ley Brasileña de Inclusión de Personas
con Discapacidad. Además, fue posible identificar que la investigación-acción aparece como
un importante instrumento teórico-metodológico para el desarrollo de prácticas pedagógicas
más efectivas y para la formación permanente de profesores de Educación Especial.
PALABRAS CLAVE
: Investigación-acción. Educación especial. Prácticas pedagógicas.
RESUMO
: O estudo teve por objetivo identificar e analisar o que tem sido produzido
academicamente sobre as práticas pedagógicas no campo da educação especial no período de
2008 a 2020. Trata-se de uma revisão sistemática de literatura que articula as temáticas que
envolvem as práticas pedagógicas inclusivas na educação especial, formação docente e
pesquisa-ação. A busca foi feita a partir da combinação entre os descritores: Inclusão,
Educação Especial, Educação Inclusiva com os descritores Pesquisa-ação, Pesquisa
Participante e Pesquisa Colaborativa. Foram encontrados 193 artigos, dos quais 44 artigos se
aproximavam do tema. Como resultado foi observado que o maior número de publicações
sobre o tema ocorreu após a promulgação, em 2015, da lei Brasileira de Inclusão da Pessoa
1
La investigación fue financiada por la Fundación de Apoyo a la Investigación del Estado de Minas Gerais -
FAPEMIG.
2
Universidad Federal de Ouro Preto (UFOP), Mariana
–
MG
–
Brasil. Maestría en Educación y miembro del
Centro de Estudio e Investigación sobre Prácticas en Alfabetización e Inclusión en la Educación (NEPPAI).
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3776-6360. E-mail: rafafreitas2264@gmail.com
3
Universidad Federal de Ouro Preto (UFOP), Mariana
–
MG
–
Brasil. Profesor Asociado, Departamento de
Educación y programa de posgrado en Educación (PPGE-UFOP). Doctor en Ciencias de la Salud (UFMG).
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0159-4109. E-mail: mamf.franco@gmail.com
image/svg+xml
Marco Antonio Melo FRANCO
y
Rafaela Flávia de FREITAS
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1721-1742, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1722
com Deficiência. Além disso, foi possível identificar que a pesquisa-ação aparece como
importante instrumento teórico-metodológico para o desenvolvimento de práticas pedagógicas
mais efetivas e para a formação continuada de professores da Educação Especial.
PALAVRAS-CHAVE
: Pesquisa-ação. Educação especial. Práticas pedagógicas.
ABSTRACT
: The study aimed to identify and analyze what has been produced in the academic
field about pedagogical practices in special education from 2008 to 2020. A systematic
literature review was carried out that articulates the themes that involve inclusive pedagogical
practices in special education, teacher training, action research. The search was carried out
by combining the descriptors: Inclusion, Special Education, Inclusive Education with the
descriptors Action Research, Collaborative Research. 193 articles were found, of which 44
articles approached the topic. it was observed that most publications on the subject occurred
after the enactment, in 2015, of the Brazilian law for the Inclusion of Persons with Disabilities.
Furthermore, it was possible to identify that action research appears as an important
theoretical-methodological instrument for the development of more effective pedagogical
practices and for the continuing education of Special Education teachers.
KEYWORDS
: Action research. Special education. Pedagogical practices.
Introducción
Actualmente, vemos un aumento en el número de estudiantes públicos a los que se dirige
la educación especial (PAEE) matriculados en el sistema escolar regular, como resultado del
movimiento de inclusión y las políticas establecidas por el gobierno (FRANCO; RODRIGUES,
2016). Concomitantemente con esto, la literatura y la producción de investigaciones que
abordan el tema de la inclusión escolar, recordando que la Educación Especial (EE) es solo una
parte de lo que se entiende como Educación Inclusiva
–
ha avanzado mucho tiempo. Se observa
la necesidad de toda la comunidad escolar, como la familia y los maestros, de lidiar con la
diversidad que encontramos en las escuelas. Si bien existe esta necesidad y todo un movimiento
que llama a una sociedad que valore la diversidad de materias, aún existen varios problemas,
como la falta de recursos en las escuelas, procesos y programas gubernamentales para la
formación de docentes ineficaces y que no los califican para el desempeño en el campo de la
inclusión de personas con discapacidad, políticas de capacitación que no satisfacen
diversidades, docentes que no se sienten preparados para actuar, entre otras (MATOS;
MENDES, 2014; MENDES, 2006).
Al pensar en la educación para todos, debemos pensar en una escuela transformadora y
democrática, privilegien colectivos de intercambios sociales/ culturales, y teniendo en cuenta
que cada estudiante aprende de una manera única, de su historia de vida y de las relaciones
image/svg+xml
Prácticas pedagógicas en educación especial, formación del profesorado e investigación-acción: Qué dicen las investigaciones
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p.
1721-1742, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1723
sociales que tiene con el otro. Por lo tanto, es urgente pensar en una educación que satisfaga las
necesidades de sus estudiantes, y escape de la perspectiva de la tolerancia en el sentido de la
compasión, y que no considere las dificultades de aprendizaje de los estudiantes como fijas,
sino más bien como singularidades que constituyen esta asignatura (MANTOAN, 2003).
La propuesta desarrollada en este estudio se centra en las prácticas pedagógicas
realizadas por los docentes en el campo de la educación especial, especialmente desde la
perspectiva de la inclusión escolar. Además, busca identificar cómo se articulan la formación
docente, la investigación-acción y las prácticas pedagógicas inclusivas, en educación especial.
Al elegir metodología la revisión sistemática de la literatura se pretendió identificar y analizar
lo que se ha producido académicamente sobre las prácticas pedagógicas en el campo de la
educación especial en el período de 2008 a 2020. La investigación se llevó a cabo en las bases
de datos de la
Scientific Electronic Library Online
(SciELO), Grupo de Trabajo (GT) 8 -
Formación docente y GT 15 - Educación especial de la Asociación Nacional de Estudios de
Posgrado e Investigación en Educación (ANPED) y la Coordinación para el Mejoramiento
Personal de la Educación Superior (CAPES).
Destacamos que este estudio forma parte de la investigación desarrollada por
investigadores de la Universidad Federal de Ouro Preto (UFOP), titulada "Acciones de
extensión e investigación-acción en contextos de inclusión: impactos en la formación inicial y
continua docente en la región Inconfidentes", financiada por la Fundación de Apoyo a la
Investigación de Minas Gerais (FAPEMIG). Además, el presente estudio está vinculado al
Centro de Estudios e Investigaciones sobre Prácticas en Alfabetización e Inclusión en la
Educación (NEPPAI/CNPQ).
Prácticas pedagógicas en el contexto de la inclusión
La práctica pedagógica se entiende aquí como una práctica que se presenta en el sentido de
la praxis que pasa por culturas, subjetividades y materias, en la que el profesor es continuamente
reflexivo en relación con sus acciones (FRANCO, 2016). También se entiende que se
constituyen en base a intenciones que deben contemplarse en acciones que conferirán estas
intenciones a todos los involucrados en el proceso educativo, llevando a los estudiantes a una
educación liberadora (FRANCO, 2016). Como afirman Lustosa y Melo (2018, p. 101), la
práctica pedagógica puede ser:
[...] entendido como un conjunto de interacciones, procedimientos, variables
que intervienen e interrelacionan en situaciones docentes: tipo de actividades,
image/svg+xml
Marco Antonio Melo FRANCO
y
Rafaela Flávia de FREITAS
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1721-1742, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1724
metodologías, aspectos materiales de la situación, estilo docente, relaciones
sociales, contenidos culturales.
La práctica pedagógica no dista mucho de ser un acto político, no se considera neutral,
precisamente porque hay intenciones, como ya señaló Franco (2016). Desde esta perspectiva,
nos damos cuenta de que las escuelas están estructuradas en torno a los regimientos, el currículo
escolar y toda la burocracia que está arraigada en él; se observa que la estructura del sistema
educativo regular no es consistente con la propuesta de educación inclusiva (MANTOAN,
2003). Por lo tanto, para que la inclusión escolar suceda, es necesario que el docente desarrolle
la capacidad de reflexionar sobre su práctica, así como su actitud hacia el desafío de lidiar con
la diferencia del otro, dirigiendo su mirada a la diversidad existente, buscando una mayor
comprensión de los contextos sociales, políticos, pedagógicos, entre otros, realizando la
interacción de la práctica con la teoría (FRANCO, 2015). Además, es necesario realizar un
trabajo con un currículo que muchas veces no es flexible para este docente. En cuanto no hay
vacantes para que este desarrolle otra obra, diferente a la que lleva años realizando en la planta
escolar.
Para ello, es necesario que el docente esté constantemente capacitado para ser un
docente de educación inclusiva. Es necesario que el profesor entienda y valore las diferencias
en la sala; tener claro cómo se lleva a cabo el desarrollo cognitivo de sus estudiantes; buscar
formas que contemplen la diversidad a partir de prácticas, técnicas y métodos que proporcionen
una comprensión de las intenciones para "cada uno y para cada uno", teniendo en cuenta las
especificidades de los temas; tener conocimiento de los temas que involucran el proceso de
inclusión; comprender el papel de la educación especial en la educación inclusiva. Además,
debe ser consciente de los obstáculos sobre la inclusión de la asignatura tanto en el ámbito
educativo como social (LUSTOSA; MELO, 2018).
Existe la necesidad de que el docente rompa con prácticas meramente técnicas y
mecánicas, basadas en la transmisión de conocimientos, y se desarrolle como un profesional
reflexivo, analizando todo el proceso educativo en busca de una educación emancipadora
(FRANCO, 2016). Una de las posibilidades para que el docente repense su práctica y,
particularmente, el objeto de este estudio está estrechamente ligada a la metodología de la
investigación-acción, y puede ejemplificarse como:
[...] apoyo directo dentro del aula, en el que los profesores de servicios de
apoyo en educación especial y los coordinadores comparten con los profesores
en las salas comunes momentos de enseñanza, observación, intervención,
demostración y ofrecimiento de apoyo en la planificación y seguimiento
image/svg+xml
Prácticas pedagógicas en educación especial, formación del profesorado e investigación-acción: Qué dicen las investigaciones
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p.
1721-1742, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1725
periódico de actividades y reuniones específicas de orientación y estudio
(MATOS; MENDES, 2014, p. 48).
Sin embargo, los maestros que trabajan en la educación regular no pueden trabajar con
estudiantes de educación especial, especialmente aquellos con alguna discapacidad, dirigiendo
el cuidado de PAEE a maestros especializados que actúan restrictivamente en el cuidado de
estos estudiantes (MANTOAN, 2003). Cabe mencionar que la práctica docente se está
construyendo gradualmente, y para que se construya con miras a la diversidad, es necesario que
el docente reflexione y se preocupe por la necesidad de un cambioitudinal, a fin de contemplar
a todos los involucrados en el acto educativo. Además, nos dimos cuenta de la necesidad de
investigar y comprender las prácticas junto con "profesores prácticos, no sobre ellos"
(FRANCO, 2012, p. 215), construyendo conocimiento y creando significado colectivamente
sobre el proceso de enseñanza y aprendizaje.
Investigación-acción: Herramienta para favorecer prácticas pedagógicas inclusivas
La metodología de investigación-acción se puede definir de varias maneras, una de las
cuales es expresada por Thiollent (1986). Para el autor:
[...] La investigación-acción es un tipo de investigación social basada en la
empírica que se concibe y se lleva a cabo en estrecha asociación con la forma
de acción o con la resolución de un problema colectivo y en la que los
investigadores y participantes que representan la situación o problema están
involucrados de manera cooperativa o participativa (THIOLLENT, 1986, p.
14).
Algunas fases son necesarias para la consolidación de la metodología de investigación-
acción, tales como: a) la fase exploratoria que consiste en comprender el campo a investigar,
los problemas y las posibles soluciones; b) definición del tema de investigación, con el fin de
indicar posibles soluciones prácticas y área de conocimiento a abordar; c) la aplicación de los
problemas y los objetivos que deben alcanzarse; d) teorización sobre el tema; e) estudio de
hipótesis; f) seminarios, con el fin de reunir a los sujetos que componen el campo de
investigación en reuniones formativas; g) definición del campo de observación; h) recopilación
de datos; i) el aprendizaje vinculado al proceso de investigación; j) conocimiento formal y
conocimiento informal, haciendo el intercambio entre el conocimiento del investigador y las
partes interesadas; k) plan de acción; l) divulgación externa de los resultados. Sin embargo, la
investigación-acción puede o no presentarse en esta secuencia (THIOLLENT, 1986).
image/svg+xml
Marco Antonio Melo FRANCO
y
Rafaela Flávia de FREITAS
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1721-1742, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1726
Por tratarse de una metodología práctica, la investigación-acción presenta aplicabilidad
en diversas áreas de actividad y conocimiento, como en el ámbito educativo, en el trabajo social,
entre otros. Dado que los investigadores en el área educativa hacen uso de la metodología de
investigación-acción, "serían capaces de producir información y conocimiento de uso efectivo,
incluso a nivel pedagógico" (THIOLLENT, 1986, p. 75). Esta perspectiva puede contribuir a la
elucidación de ciertos problemas escolares, contribuyendo a la definición de objetivos, al
levantamiento de hipótesis, y a la búsqueda de la mejor estrategia pedagógica, colectivamente,
con el fin de resolver los problemas que están surgiendo en el contexto escolar.
La investigación acción educativa se ha presentado como una metodología que
contribuye al proceso de enseñanza y aprendizaje, una vez que los docentes e investigadores
hacen uso de su investigación para realizar una reflexión colectiva sobre sus acciones e
investigar los posibles cambios necesarios. Según Tripp (2005), la metodología de la
investigación-acción está relacionada con los diversos tipos de investigación-acción que se
refieren a la mejora de la práctica desde la reflexión y la acción sobre la práctica, es decir, es la
búsqueda de la mejora de la práctica a través de la acción sobre la práctica y el acto de investigar
sobre la misma. Para Pletsch y Glat (2011, p. 3):
La investigación-acción es un método de investigación científica, concebido
y llevado a cabo en estrecha asociación con una acción dirigida a resolver un
problema colectivo. Su principal característica es la participación activa de
personas pertenecientes al campo donde se desarrolla el proyecto. Presupone
una amplia interacción entre sujeto e investigador, diferenciándose así de los
métodos convencionales que (incluso teniendo un enfoque cualitativo) resulta
en una postura del investigador distanciada de la realidad investigada. No
cumpliendo así con su responsabilidad social ante la comunidad que le servía
de espacio de estudio.
En este sentido, la investigación-acción puede presentarse como una posible alternativa
metodológica, con el propósito de construir significado entre el conocimiento teórico y las
acciones cotidianas. Para ello, es necesario que exista una correlación entre la investigación y
la práctica docente con el fin de transformar las prácticas educativas presentes en el entorno
educativo.
Procedimientos metodológicos
La revisión sistemática de la literatura se caracteriza por la síntesis y el análisis de
publicaciones relevantes sobre un tema determinado, con el fin de comprender lo que se ha
discutido sobre el tema. Además, según Mancini y Sampaio (2006, p. 1),
image/svg+xml
Prácticas pedagógicas en educación especial, formación del profesorado e investigación-acción: Qué dicen las investigaciones
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p.
1721-1742, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1727
[...] Los estudios sistemáticos de revisión y metaanálisis de la literatura
adoptan una metodología estandarizada, con procedimientos de búsqueda,
selección y análisis bien definidos y claramente definidos, lo que permite al
lector evaluar la calidad de la investigación y la validez de las conclusiones
realizadas por los autores. Las revisiones sistemáticas generalmente utilizan
escalas o formas que definen criterios que guían la evaluación crítica de la
calidad de la evidencia científica proporcionada por los artículos
seleccionados.
Este estudio se caracteriza por ser una revisión sistemática de la literatura basada en un
enfoque de investigación cualitativa, como afirman, como afirman Lüdke y André (1986, p. 1),
"para promover la confrontación entre los datos, la evidencia, la información recopilada sobre
un tema determinado y el conocimiento teórico acumulado sobre él". Además, la revisión de la
literatura ayuda al investigador a apoyar los objetivos y la relevancia de su investigación, ya
que identifica posibles "brechas existentes en investigaciones anteriores" (SANTOS, 2012, p.
94), surgiendo las posibilidades y necesidades de nuevos estudios.
En vista de la relevancia de esta metodología, los autores Souza y Mendes (2017)
realizaron el estudio titulado "Revisión sistemática de la investigación colaborativa en
educación especial en la perspectiva de la inclusión escolar en Brasil", que dialoga con el
objetivo de este estudio. Aunque ambos presentan preguntas sobre lo que se ha producido en
relación con las prácticas pedagógicas para el público objetivo de educación especial,
formación docente e investigación-acción, este estudio revela datos más allá del trabajo antes
mencionado, contribuyendo a un análisis más amplio, ya que la búsqueda se realizó en
diferentes bases de datos.
Recogida de datos
La encuesta bibliográfica se realizó en
las bases de datos de SciELO,
GT 8 - Formación
docente y GT 15 - Educación especial de ANPEd y CAPES, entre los años 2008 y 2020. La
propuesta de recopilación de datos de 2008 se debió a la promulgación de la política de
educación especial ese año. La fecha se utilizó como punto de partida, entendiendo que a partir
de entonces podrían surgir nuevas propuestas pedagógicas, con connotaciones de inclusión. La
búsqueda se realizó con los descriptores en pares que están circunscritos en el campo de la
Educación Especial y que involucran la metodología de investigación-acción, siendo: Inclusión
e Investigación Acción; Inclusión e Investigación Participante; Inclusión e Investigación
Colaborativa; Educación Especial e Investigación-Acción; Educación Especial e Investigación
Participante; Educación Especial e Investigación Colaborativa; Educación Inclusiva e
image/svg+xml
Marco Antonio Melo FRANCO
y
Rafaela Flávia de FREITAS
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1721-1742, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1728
Investigación-Acción; Educación Inclusiva e Investigación Participante; Educación Inclusiva e
Investigación Colaborativa.
La primera base de datos a investigar fue la ANPED, de la siguiente manera: acceso a
la base de datos / tema reuniones científicas / opción "nacional" / selección de reuniones
ocurridas entre los años 2008 y 2020 / en la opción "Grupos de Trabajo", acceso al GT8 -
Formación docente y GT 15 - Educación Especial / acceso a artículo por artículo y búsqueda
de pares de descriptores. Es importante señalar que la 33ª reunión de la ANPED, celebrada en
2010, no está disponible para su consulta en el
sitio web
. La segunda base fue SciELO, realizada
de la siguiente manera: acceso a la base de datos / seleccionar la opción Brasil / más tarde,
opción portuguesa / en la opción artículos seleccionar la opción buscar artículos / en la opción
de búsqueda indicar los pares de descriptores / acceso a artículo por artículo y buscar pares de
descriptores. La tercera búsqueda se realizó en revistas CAPES y se produjo de la siguiente
manera: acceso a la base de datos / seleccionar la base de datos "publicaciones periódicas" /
acceso a la Comunidad Académica Federada (CAFe) / seleccionar búsqueda avanzada /
búsqueda de pares de descriptores / refinamiento de búsqueda por artículo, educación y años
2008 a 2020.
Se obtuvieron varios 193 artículos, en la Tabla 1, cuantitativamente.
Tabla 1 -
Lista de artículos encontrados por descriptores
Descriptores
ANPED
CAPAS
SciELO
Inclusión and Investigación-Acción
3
58
7
Inclusión and investigación participante
0
12
0
Inclusión and Investigación Colaborativa
1
13
6
Educación Especial and Investigación-Acción
3
34
9
Educación Especial and Investigación Participante
0
6
0
Educación Especial and Investigación Colaborativa
1
15
0
Educación Inclusiva and Investigación Acción
2
14
0
Educación Inclusiva and Investigación Participante
0
3
0
Educación inclusiva and investigación colaborativa
1
5
0
TOTAL
11
160
22
TOTAL GENERAL
193
Fuente: Elaboración propia
Para la sistematización de datos, se realizó el análisis de los artículos encontrados,
tratando de identificar su proximidad al objeto de investigación. El protocolo de análisis buscó
contemplar los artículos: que contienen los pares de descriptores en el cuerpo del texto; que
image/svg+xml
Prácticas pedagógicas en educación especial, formación del profesorado e investigación-acción: Qué dicen las investigaciones
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p.
1721-1742, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1729
estén relacionadas con prácticas pedagógicas inclusivas y/o la promoción de la formación
inicial o continua del profesorado; centrándose en el PAEE; involucrando la metodología de
investigación-acción.
De los 193 artículos encontrados, 86 fueron repetidos en las bases de datos, lo que llevó
al análisis de 107 artículos, de los cuales 60 fueron excluidos porque no cumplían con los
criterios de inclusión y 3 porque no tenían los artículos disponibles para su análisis. Los 44
artículos que estaban de acuerdo con el protocolo de selección fueron leídos y sistematizados
analíticamente.
Resultados y debates
Los artículos encontrados en la encuesta bibliográfica, como se muestra en la Tabla 1,
indican una concentración en un mayor número de publicaciones en la base de datos CAPES,
además de presentar resultados en búsquedas con los nueve pares de descriptores. En la base de
datos ANPED, los resultados de la búsqueda se presentan cuando se utilizan seis pares de
descriptores y, en SciELO, tres pares de descriptores. Además, se observa que el número de
artículos encontrados es mayor cuando se busca el término específico de investigación-acción
en las tres bases de datos.
Tras realizar la caracterización de los artículos, se clasificaron según los años de
publicación. De los 44 artículos, no se encontró ninguna publicación entre 2008 y 2010; dos se
publicaron en 2011; dos en 2012; uno en 2013; uno en 2014; tres en 2015; doce en 2016; tres
en 2017; diciembre en 2018; ocho en 2019; y dos en 2020. Hubo un aumento en las
publicaciones en 2016, después de la promulgación en 2015 de la Ley Brasileña para la
Inclusión de las Personas con Discapacidad, no. 13.146/2015 (BRASIL, 2015), evidenciando
la importancia de las políticas públicas para fomentar el debate en el campo teórico.
En cuanto al nombre de las metodologías presentadas en los trabajos, diecinueve se
califican como investigación-acción; seis como investigación colaborativa; seis como
investigación-acción colaborativa; seis como investigación de acción crítica colaborativa; dos
como investigación acción crítica-colaborativa; uno como revisión sistemática de la literatura;
uno como análisis de contenido con análisis comparativo; uno como estudio bibliográfico con
investigación participante; uno como estudio de caso etnográfico con investigación participante
y otro que hace uso del materialismo histórico-dialéctico, la investigación de acción, el estudio
de caso y el análisis de contenido.
image/svg+xml
Marco Antonio Melo FRANCO
y
Rafaela Flávia de FREITAS
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1721-1742, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1730
Durante la lectura detallada de los artículos encontrados, la sistematización se realizó
por temas de acuerdo a los objetivos propuestos por el estudio, alcanzando un total de 16 temas,
como se explica en el Gráfico 1, acompañados de los títulos. Se identificó un mayor número de
artículos con los temas "Educación inclusiva y formación docente" y "Formación docente y
prácticas pedagógicas", evidenciando una aproximación de la metodología de investigación-
acción con la formación docente en la promoción de la educación inclusiva.
Cuadro 1 -
Caracterización y clasificación de las obras analizadas
Temas
Título
1
Educación inclusiva y
formación del
profesorado
- Educación Inclusiva y Ciudadanía: aproximaciones y contradicciones
(Freitas, Neli Klix).
- Formación y creatividad: elementos implicados en la construcción de una
escuela inclusiva (Vieira, Francileide Batista de Almeida; Martins, Lúcia de
Araújo Ramos).
-
Collaborative action research at the training center for inclusive education
and accessibility
- Investigación acción colaborativa en formación: Centro de
Educación Inclusiva y Accesibilidad (Silva, Gilberto Ferreira da; Nornberg,
Marta; Scheffer, Natacha).
- Formación docente para las modalidades de educación especial y educación
indígena: espacios intersticiales (Silva, João Henrique Da; Bruno, Marilda
Moraes García).
- Formación del profesorado a través de la investigación colaborativa con
vistas a la inclusión del alumnado con discapacidad intelectual (Toledo,
Elizabete Humai de; Vitaliano, Celia Regina).
- Práctica pedagógica en el contexto de la inclusión: estrategias, acciones y
resultados (Franco, Marco Antonio Melo; Rodrigues, Paloma Roberta
Euzebio).
- Desarrollo del trabajo colaborativo entre un profesor de Educación Especial
y profesores de la clase común (Martinelli, Josemaris Aparecida; Vitalino,
Celia Regina).
- Formación de profesores de educación infantil para la inclusión de alumnos
con necesidades educativas especiales: una investigación colaborativa
(Vitalino, Célia Regina).
2
Formación del
profesorado
Implementación de la
política de Atención
Educativa
Especializada (ESA))
- Sala de recursos en el proceso de inclusión del alumnado con discapacidad
intelectual en la percepción del profesorado (Lopes, Esther; Marquezine,
María Cristina).
- Laboratorio de Comunicación y Aprendizaje (Mascaro, Cristina Angélica de
Aquino Carvalho; Pinheiro, Vanecessa Cabral da Silva).
- Una mirada a la educación escolar de los sordos a la luz de la competencia
en información (Da Silva, Maria).
3
Acciones colaborativas
- El funcionamiento del Programa de Asistencia a Estudiantes con Altas
Habilidades / Superdotados (PAAAH / SD-RJ) (Delou, Cristina Maria
Carvalho).
- Narrativas de profesores y pedagogos sobre la discapacidad: implicaciones
para el acceso al currículo escolar (Vieira, Alexandro Braga; Ramos, Inés de
Oliveira Ramos).
4
Tecnología de la
Información y la
Comunicación:
Tecnología de
- Dosvox: rompiendo barreras de comunicación (Canejo, Elizabeth).
- La evaluación del aprendizaje y el uso de recursos tecnológicos asistidos en
estudiantes con discapacidad (Rosana Carla Do Nascimento Givigi; Juliana
Nacimiento de Alcántara; Raquel Souza Silva; Solano Savio Figueiredo
Dourado).
image/svg+xml
Prácticas pedagógicas en educación especial, formación del profesorado e investigación-acción: Qué dicen las investigaciones
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p.
1721-1742, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1731
Asistencia y Prácticas
Pedagógicas
- Trabajo colaborativo en la escuela: el uso de la tecnología de asistencia
(Givigi, Rosana Carla Do Nascimento; Silva, Raquel Souza; Alcântara,
Juliana Nascimento de; Souza, Alves de Thais; Ralin, Vera Lucía Oliveira).
- Audiovisual producido por jóvenes sordos: un guión de inclusión y
accesibilidad (Gutiérrez, Ericler Oliveira).
5
Formación del
profesorado y prácticas
pedagógicas
- Discapacidad múltiple: formación del profesorado y procesos de enseñanza-
aprendizaje (Pletsch, Márcia Denise).
- La formación de conceptos en estudiantes con discapacidad intelectual: el
caso de Ian (Braun, Patricia; Nunes, Leila Regina D'Oliveira de Paula).
- Currículo escolar y discapacidad: contribuciones de la investigación acción
colaborativa-crítica (Magalhães, Rita de Cássia Barbosa Paiva; Soares, Marcia
Torres Neri).
- Investigación-acción y formación del profesorado en servicio (Franco,
Marco Antonio Melo).
- Diálogos entre Boaventura de Souza Santos, Educación Especial y Currículo
(Vieira, Alexandro Braga Vieira; Ramos, Inés de Oliveira).
- Escucha visual: la educación de los sordos y el uso de recursos de imaginería
visual en la práctica pedagógica (Correia, Patrícia da Hora; Neves, Bárbara
Coelho).
- Consultoría colaborativa como estrategia de educación continua para
profesores que trabajan con estudiantes con discapacidad intelectual (Lago,
Danubio Cardoso; Tartuci, Dulcéria).
- Las contribuciones de Meirieu a la formación continua de los docentes y a la
adopción de prácticas pedagógicas inclusivas (Vieira, Alexandro Braga; Jesús,
Denise Meyrelles de; Lima, Jovenildo da Cruz; Mariano, Clayde Aparecida
Belo da Silva).
6
Educación inclusiva y
prácticas pedagógicas
- Procedimientos favorables al desarrollo de un niño con Síndrome de Down
en una clase común (Campo, Kátia Patrício Benevides; Glat, Rosana).
- Escuela inclusiva: el descubrimiento de un espacio multifacético (Tonini,
Andréa Tonini; Costas, Fabiane Adela Tonetto).
- Prácticas pedagógicas y articulaciones en la educación infantil:
contribuciones al proceso de desarrollo de un niño con autismo (Marchiori,
Alexandre Freitas; Francia, Carla de Almeida Aguiar).
- El trabajo con género textual cómico con estudiantes que tienen
discapacidades (Shimazaki, Elsa Midori; Auada Viviane Gislaine Caetano;
Menegassi, Joseph Renilson; Mori, Nerli Nonato Ribeiro).
7
Educación inclusiva y
acciones colaborativas
- Trabajo colaborativo para apoyar la inclusión escolar: de la teoría a la
práctica docente (Vilaronga, Carla Ariela Rio; Mendes, Eniceia Gonçalves;
Zerbato, Paula Ana).
- La bidocencia como propuesta inclusiva (Pinheiro, Vanessa Cabral Da Silva;
Mascaro, Cristina Angélica De Aquino Carvalho).
- Los aportes de la investigación-acción al desarrollo de políticas de educación
continua en la perspectiva de la inclusión escolar (Almeida, Mariangela Lima
de; Bneto, María José Carvalho; Silva, Da Vidal Nazareth).
- El cambio del gestor en investigador en el proceso de investigación-
colaboración-acción crítica: Educación Especial en una red docente (Bento,
Maria José Carvalho; Silva, Da Vidal Nazareth).
8
Enseñanza profesional
- Discapacidad intelectual y formación profesional (Mascaro, Cristina
Angélica De Aquino Carvalho).
9
Revisión sistemática
de la literatura
- Revisión sistemática de la investigación colaborativa en educación especial
desde la perspectiva de la inclusión escolar en Brasil (Souza, Christianne
Thatiana Ramos de; Mendes, Eniceia Gonçalves).
10
Educación Especial en
escuelas especializadas
- Educación Especial de Jóvenes y Adultos: una mirada a la atención
educativa en escuelas especializadas (Oliveira, Ivanilde Apoluceno de; Santos
Tânia Regina Lobato dos).
- Plan Educativo Individualizado: una estrategia de inclusión y aprendizaje en
las clases de educación física (Fontana, Evelline Cristhine; Cruz, Gilmar de
Carvalho; Paula, Luana Aparecida de).
image/svg+xml
Marco Antonio Melo FRANCO
y
Rafaela Flávia de FREITAS
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1721-1742, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1732
11
Innovación pedagógica
y diversidad:
estrategias de
enseñanza y
aprendizaje accesibles
- Fundamentos de la neurociencia presentes en la inclusión escolar:
experiencias docentes (Silva, Luciane Grecilo da; Mello, Elena María Billig).
12
Percepción docente de
los retos de la
escolarización del
PAEE
- Trastorno del espectro autista en tiempos de inclusión escolar: el foco en los
profesionales de la educación (Barbosa, Marily Oliveira).
13
Lengua de Señas
Brasileña (LIBRAS)
- La Enseñanza de Libras, en un colegio del municipio de Areia-PB, mediante
extensión universitaria (Dexenberger, Ana Cristina Silva; Silva, Bruno
Ferreira da).
- La propuesta bilingüe en educación para sordos: prácticas pedagógicas en el
proceso de alfabetización en el municipio de Colorado do Oeste/Rondônia
(Moret, Márcia Cristina Florêncio Fernandes; Mendonça, João Guilherme
Rodrigues).
14
Arte y Educación
- Arte y Educación Especial: narrativas y creaciones artísticas (Beltrami,
Flavia Gurniski; Mori, Nerli Nonato Ribeiro).
15
Evaluación del
aprendizaje
- Construção mediada e colaborativa de instrumentos de avaliação da
aprendizagem na escola inclusiva (Mello, Alessandra de Fatima Giacomet;
Hostins, Regina Célia Linhares).
16
Política Educativa
- La producción de conocimiento sobre la Atención Educativa Especializada:
un estudio comparativo nacional (Almeida, Mariangela Lima; Milanesi,
Josiane Beltrame; Mendes, Enicéia).
Fuente: Elaboración propia
En los estudios se identificaron los siguientes participantes de la investigación:
profesores del sistema de educación regular; familiares de los estudiantes; investigadores;
supervisor pedagógico; coordinador pedagógico; estudiantes con y sin discapacidades;
estudiantes con discapacidad intelectual; director de escuela; subdirector; supervisor escolar;
profesor multifuncional de sala de recursos (SMR); profesor de atención educativa
especializada (AEE); estudiantes con Altas Habilidades y Superdotados; estudiantes con
discapacidades severas; Grupo de Estudio de Lenguaje y Comunicación; estudiante con
discapacidad múltiple; maestría; becarios de iniciación científica; estudiante con parálisis
cerebral; intérprete de libras; estudiantes con síndrome de Down; estudiantes ciegos;
investigador ciego; estudiantes con trastornos del espectro autista - TEA; todo el personal de la
escuela; Maestra de Educación Especial; profesionales del Centro de Educación Inclusiva y
Accesibilidad (CEIA); estudiantes con discapacidad intelectual y técnicos de Educación de
Jóvenes y Adultos (EJA); gerentes de Educación Especial; Secretarios Municipales de
Educación; Superintendentes Regionales; pasantes en Pedagogía; trabajadora social; profesores
y estudiantes universitarios; Profesor de Educación Física; profesionales de apoyo escolar y
alumnos sordos. Así, notamos que existe una heterogeneidad de participantes en las
investigaciones, lo que refleja características inherentes a la investigación-acción, lo que
presupone la implicación y participación de los sujetos del campo investigado.
image/svg+xml
Prácticas pedagógicas en educación especial, formación del profesorado e investigación-acción: Qué dicen las investigaciones
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p.
1721-1742, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1733
En cuanto a los instrumentos y técnicas utilizados para la recolección de datos,
reuniones, entrevistas semiestructuradas, entrevistas, par educativo, estudio piloto, grupos de
estudio, planes de intervención, observación participante, observación, evaluación grupal,
escritura, grabación, filmación, informe abierto, evaluación psicológica, estudio de caso, pautas
para la aceleración del estudio, pruebas, planificación, análisis documental, evaluación de
patología del habla y el lenguaje, reuniones de formación, triangulación de datos, cursos
tecnológicos, escritura de guion, aplicación de cuestionarios, encuesta bibliográfica, recogida
de datos cuantitativos, diario digital itinerante, sesiones reflexivas, curso audiovisual, guion
escrito y guion dibujado (
storyboard
), espacio-tiempos de formación, Provinha Brasil, plan de
acción, creación artística, narrativas orales, ciclos de estudio, participación directa del
investigador en el aula, informe, ciclos de estudios sobre contenidos teóricos y metodológicos,
planificación de clases de manera colaborativa, rueda de conversación, Escala de Implicación
de Lovaina, análisis comparativo, juego, rol, registro, reflexión crítica, acciones colaborativas,
grupo focal, diario de campo,
Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment
(entorno modular de aprendizaje dinámico orientado a objetos), danza, plan educativo
individualizado, cómics, grupos reflexivos, grabadora de voz, registros de duelas, informes y
transcripciones.
Los artículos aquí estudiados se presentan como objetivos: analizar, describir,
intervenir, investigar, comprender, comprender, presentar y mostrar, promover, discutir,
problematizar, promover la educación continua, elaborar y aplicar, informar, reflexionar y
analizar o construir acciones propositivas sobre un tema determinado. Estos objetivos se fijaron
con el fin de:
- Construir estrategias de acción con educadores, estudiantes y familiares, permitiendo
la implementación gradual pero exitosa del proyecto de educación inclusiva;
- Analizar las percepciones de los docentes e investigar los programas de formación de
estos profesionales sobre la educación inclusiva y la importancia de SMR y AEE, en el proceso
de inclusión de los estudiantes con discapacidad intelectual en la educación regular;
- Investigar cómo la metodología de investigación-acción puede contribuir al proceso
de formación continua del profesorado, a las prácticas creativas, a la mejora de las prácticas
pedagógicas, apuntando a la implementación de la educación inclusiva, además de abordar
estrategias para la mejora del trabajo educativo inclusivo;
- Analizar y realizar intervenciones en el aula y en el ambiente de recreación en el
ambiente escolar, con el fin de proporcionar las mejores prácticas pedagógicas con el uso de
image/svg+xml
Marco Antonio Melo FRANCO
y
Rafaela Flávia de FREITAS
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1721-1742, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1734
recursos de tecnología asistencial con estudiantes con discapacidad, posibilitando el currículo
inclusivo y el acceso a nuevos criterios e instrumentos de evaluación;
- Analizar el currículo escolar sobre educación inclusiva de personas con discapacidad;
- Presentar el uso de la herramienta de tecnologías de la información y la comunicación
(TIC) como DOSVOX, con el fin de promover la mejora educativa de los estudiantes ciegos,
además de proporcionar a los profesores y estudiantes acceso a un instrumento TIC previamente
desconocido, con el fin de garantizar la comunicación entre ambos y el proceso de enseñanza y
aprendizaje de los estudiantes;
- Describir la mejora de la ESA en vista de la Política Brasileña de Inclusión Escolar,
para la Implementación de Laboratorio de Comunicación y Capacitación en Aprendizaje;
- Analizar las ventajas de la co-enseñanza en la promoción de la inclusión escolar de los
estudiantes públicos a los que se dirige la Educación Especial (PAEE);
- Analizar la bidocencia entre los maestros de educación especial y de primaria en la
promoción de la inclusión escolar de los estudiantes con discapacidad intelectual;
- Describir y analizar las producciones sobre investigación acción colaborativa
desarrolladas en el área de Educación Especial desde la perspectiva de la inclusión escolar en
la Biblioteca Digital Brasileña de Tesis y Disertaciones (BDBTD);
- Investigar la Neurociencia como apoyo en estrategias de enseñanza y aprendizaje
accesibles con miras a la innovación pedagógica y la diversidad en las clases regulares;
- Analizar cómo la educación y la comunicación se relacionan con el proceso educativo
de los sordos;
- Comprender la concepción de la enseñanza de LIBRAS escuchando a los estudiantes,
evaluando el grado de conocimiento e identificando la importancia de ENSEÑAR LIBRAS en
el proceso de escolarización y analizar y verificar la percepción de la enseñanza de LIBRAS en
la vida cotidiana de los estudiantes;
- Comprender la aproximación de la Educación Especial con las producciones de
Boaventura de Souza Santos en vista de la inclusión educativa del PAEE;
- Analizar los avances y retrocesos de la intervención del docente de la ESA e intérprete
de LIBRAS con el proceso de alfabetización sorda en la perspectiva bilingüe;
- Investigar el desarrollo de narrativas y creaciones artísticas a partir del arte a partir de
la intervención educativa con estudiantes de PAEE;
- Discutir las brechas en la práctica docente relacionadas con la evaluación del proceso
de escolarización del PAEE;
image/svg+xml
Prácticas pedagógicas en educación especial, formación del profesorado e investigación-acción: Qué dicen las investigaciones
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p.
1721-1742, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1735
- Analizar el lugar que ocupan las representaciones visuales en la praxis pedagógica de
los docentes centrada en la educación bilingüe de los estudiantes sordos;
- Problematizar la visión docente sobre los estudiantes PAEE en la escuela regular;
- Analizar la formación continua de los docentes que trabajan con estudiantes con
discapacidad intelectual utilizando la Consultoría Colaborativa como estrategia pedagógica;
- Comprender las diferentes prácticas pedagógicas colaborativas en la perspectiva
inclusiva desarrollada con el fin de potenciar las posibilidades de desarrollo de los estudiantes
con autismo;
- Promover la formación continua basada en prácticas pedagógicas inclusivas dirigidas
a la PAEE;
- Elaborar a partir de la metodología de investigación-acción un proyecto político de
formación continua de profesionales enfocados a la inclusión escolar;
- Desarrollar y aplicar el Plan Educativo Individualizado como estrategia de inclusión y
aprendizaje;
- Desarrollar estrategias para la apropiación de conceptos científicos presentes en los
cómics por parte de personas con discapacidad intelectual;
- Analizar los aportes de la investigación-acción crítico-colaborativa en la formulación,
por parte de directivos de una red escolar, de un documento normativo sobre Educación
Especial.
Se percibe que la perspectiva de investigar estrategias pedagógicas es recurrente en la
investigación, lo que puede permitir la inclusión de estudiantes con discapacidad en diálogo
con la formación docente. Además, estos estudios buscan analizar los currículos educativos con
el fin de observar si se están implementando políticas de educación especial desde la perspectiva
de la educación inclusiva y cuáles son las acciones del cuerpo educativo para lograr este
objetivo.
Las consideraciones finales de los estudios analizados presentaron preguntas sobre los
siguientes temas: a) formación docente; b) proceso de enseñanza y aprendizaje; c) educación
inclusiva; d) dificultades enfrentadas para la inclusión escolar del PAEE; e) consideraciones
sobre la metodología utilizada; f) evaluación del aprendizaje.
En relación a la formación docente, el trabajo muestra: a) que la formación inicial y
continua de los docentes es un punto fundamental para la educación especial desde la
perspectiva de la educación inclusiva; b) el docente debe tener una formación inicial que resulte
en docentes críticos, reflexivos, capaces de trabajar con las diferencias presentes en el aula; c)
image/svg+xml
Marco Antonio Melo FRANCO
y
Rafaela Flávia de FREITAS
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1721-1742, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1736
la formación del profesorado para la AEE contribuye al proceso de aprendizaje de los
estudiantes, sin embargo, para un proceso de aprendizaje aún más eficaz se requeriría una red
de apoyo como terapia ocupacional, fisioterapia, etc.; d) bi-enseñanza o co-enseñanza como
una alternativa para apoyar la inclusión escolar, favoreciendo nuevos conocimientos y
educación continua; e) deberían proponerse y replantearse nuevas políticas de formación
continua para la diversidad; f) la necesidad de que los docentes tengan una profundización
teórica sobre lo que se desea investigar y que la educación continua sea constante; g) durante
la educación continua es posible construir movimientos de interacción/interrelación entre los
docentes para mejorar la escolarización del PAEE; h) la formación al servicio del profesor
especialista con el objetivo de trabajar en colaboración con el profesor docente común
contribuye a la inclusión educativa de todos los alumnos con o sin discapacidad; i) La formación
basada en la Consultoría Colaborativa contribuye al proceso de inclusión del PAEE; j) Es
importante invertir en la educación y concepción de la escuela como el lugar de todos,
rompiendo con la creencia de que los estudiantes de PAEE son ineducibles.
Con respecto al proceso de enseñanza y aprendizaje, se presentan las siguientes
consideraciones: a) el maestro de educación especial no debe distinguirse del maestro en la
educación común; b) el uso de las TIC en la promoción de la accesibilidad de los estudiantes,
proporcionando un mejor proceso de enseñanza, aprendizaje y evaluación de los estudiantes
con discapacidad, además de aumentar el repertorio tecnológico de todos los participantes; c)
el uso de tecnologías asistenciales favorece el acceso de los estudiantes con discapacidad al
plan de estudios; d) la co-enseñanza como alternativa para apoyar la inclusión; e) el diálogo
entre las escuelas especializadas en la atención educativa de PAEE y las escuelas regulares
proporciona grandes resultados e intercambios de experiencias; f) la comprensión por parte del
maestro del diagnóstico del niño y la creación de estrategias de enseñanza basadas en esta
comprensión favorecen el proceso de enseñanza y aprendizaje; g) la transformación del
contexto socioeducativo, a partir de la reflexión sobre prácticas y discusión en el colectivo sobre
posibles intervenciones, constituyendo la base de la investigación colaborativa, contribuir al
proceso de enseñanza y aprendizaje de los estudiantes; h) los docentes deben proporcionar
subsidios metodológicos y pedagógicos para que los estudiantes tengan mejores condiciones
para la construcción del conocimiento; i) el RMS será un soporte y no se considerará un espacio
para reforzar o repetir contenido; j) la enseñanza del arte contribuye al proceso de humanización
de los estudiantes; k) es importante relacionar la enseñanza con la realidad social, histórica y
cultural del alumno, permitiendo durante el proceso de enseñanza y aprendizaje interpretar la
image/svg+xml
Prácticas pedagógicas en educación especial, formación del profesorado e investigación-acción: Qué dicen las investigaciones
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p.
1721-1742, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1737
realidad y transformar las experiencias teóricas y prácticas; l) el uso de la imagen visual
combinada con el bilingüismo potencia el proceso de aprendizaje de las personas sordas; m) la
necesidad de pensar en facilitar recursos para el aprendizaje de las personas sordas; n) es deber
de la escuela crear mecanismos internos que permitan el desempeño de los docentes; o)
reconocer que el potencial de desarrollo de los estudiantes es necesario para la promoción de la
inclusión escolar; p) la elaboración colectiva del Plan de Desarrollo Individualizado corrobora
el proceso de aprendizaje e inclusión; q) el apoyo teórico y práctico para la realización de
mediaciones pedagógicas favorece el aprendizaje y la inclusión de los estudiantes PAEE.
Las conclusiones de los textos analizados presentan algunas reflexiones sobre la
educación inclusiva de la siguiente manera: a) las prácticas inclusivas son prácticas
innovadoras; b) la comunidad escolar debe vivir con diferencias para lograr una educación
inclusiva; c) la interacción social como un bien mayor a cultivar en las escuelas para lograr la
inclusión escolar; d) el tratamiento de las diferencias y la inclusión en el contexto escolar no
solo se termina en ajustes curriculares u organizativos, sino también en una práctica en la praxis
con el fin de convertir a los estudiantes en seres críticos y protagonistas del propio aprendizaje;
e) la necesidad de repensar el currículo escolar que proporciona prácticas inclusivas; f) el
proceso de inclusión debe salir del campo teórico académico, la investigación debe realizarse
en el aula diaria, junto con investigadores e interesados en el proceso; g) además de las políticas
educativas desde una perspectiva inclusiva, se necesitan acciones que acompañen y den la
formación necesaria a los profesionales de la educación en sus prácticas con el PAEE.
Algumas dificuldades enfrentadas para inclusão escolar do PAEE são apontadas nas
conclusões, sendo elas: a) os educadores colocam como dificuldade a construção de uma
pedagogia da diferença; b) o trabalho solitário do professor em sala de aula se torna difícil, pois
em determinados momentos alguns alunos demandam o atendimento individualizado; c) existe
uma dificuldade dos pesquisadores em adentrarem o ambiente escolar para atuar e intervir; d)
ensino tradicional e pouco conhecimento acerca da metodologia e teoria utilizada do processo
educativo; e) falta de planejamentos com estratégias e recursos flexibilizados e adaptados
visando o acesso ao currículo; f) poucos projetos extensionistas focalizados na LIBRAS
voltados para a superação da exclusão da pessoa surda; g) ótica docente pautada pelos princípios
da normalidade contribui para exclusão e insucesso no processo de ensino e aprendizagem do
PAEE.
En cuanto a la evaluación de las metodologías presentadas en los artículos, se plantean
algunas consideraciones, tales como: a) la investigación colaborativa es una metodología
image/svg+xml
Marco Antonio Melo FRANCO
y
Rafaela Flávia de FREITAS
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1721-1742, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1738
importante para la formación docente desde el diálogo con investigadores e interesados en la
búsqueda de un bien común, favoreciendo el proceso de educación inclusiva; b) la metodología
de investigación-acción como medio de favorecer la inclusión de estudiantes con o sin
discapacidad, además de favorecer la formación continua del docente con miras a prácticas
educativas inclusivas, en las que las acciones a realizar se constituyan durante el proceso y de
manera colectiva; c) la investigación colaborativa como medio para implementar políticas de
educación inclusiva y educación especial; d) estudios que presentan la metodología de
investigación colaborativa en inclusión escolar buscan mejorar la atención de los PAEE; e) la
investigación-acción permite la construcción de políticas educativas de manera colaborativa en
colaboración con los diversos gestores públicos de la educación especial.
La evaluación del aprendizaje aparece en una conclusión con las siguientes reflexiones:
a) falta investigación sobre la construcción mediada y colaborativa de los instrumentos de
evaluación del aprendizaje del PAEE; b) el instrumento de evaluación sistemática del
aprendizaje, denominado plan de atención colaborativa dirigido al PAEE, contribuye al proceso
de inclusión escolar; c) el trabajo colaborativo entre el profesor especialista y el profesor de
educación común es eficaz para mejorar la evaluación del aprendizaje de la PAEE.
Observamos que existe una discusión sobre las posibles actitudes que se deben tomar
ante la realización de la educación inclusiva y los desafíos a enfrentar. Según Mantoan (2003,
p. 14), si lo que buscamos es una educación inclusiva "es urgente que sus planes sean
redefinidos para una educación centrada en la ciudadanía global, plena, libre de prejuicios y
que reconozca y valore las diferencias". Para ello, es necesario que las instituciones pasen por
reformas educativas y cuenten con una inversión para la educación enfocada en la inclusión
consciente.
Además, es importante que la práctica docente dialogue con la reflexión y la
investigación, es decir, es necesario considerar la "capacidad de la investigación para promover
el diálogo, la reflexión entre los docentes, para abrir espacios interactivos a la convivencia
crítica, más allá de los espacios rutinarios y organizados burocráticamente" (FRANCO, 2012,
p. 179). En este sentido, la investigación-acción en educación se presenta como una estrategia
para que docentes e investigadores utilicen su investigación para mejorar su práctica,
reflexionando sobre el aprendizaje de sus alumnos. Sin embargo, según Franco (2019, p. 359),
algunos investigadores dejan de seguir los principios epistemológicos de la investigación-
acción y acaban distorsionando el significado de esta metodología, "convirtiéndose solo en una
acción pedagógica investigada".
image/svg+xml
Prácticas pedagógicas en educación especial, formación del profesorado e investigación-acción: Qué dicen las investigaciones
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p.
1721-1742, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1739
En una escuela con horarios rígidos, disciplinas estancas y poca posibilidad
de hacer circular a los estudiantes fuera del aula, es imposible hacer
investigación-acción, aunque solo sea pedagógica. Sin embargo, las
enseñanzas de la investigación-acción pueden favorecer una clase
pedagógicamente más estructurada, más adecuada, más dialógica y
participativa (FRANCO, 2019, p. 368).
Desde esta perspectiva, las teorías y los métodos necesitan estudios en profundidad para
no tener una comprensión ingenua de estos. Es necesario profundizar en los conceptos
epistemológicos que impregnan la pedagogía por parte de quienes discuten el conocimiento
escolar. Es decir, la pedagogía entendida como una matriz articuladora entre los diferentes
aportes disciplinarios que se centran en la educación (PIMENTA; FRANK; FUSARI, 2016, p.
2).
Nos dimos cuenta de que la educación matricial tradicional, presente en el piso escolar,
trae consigo ciertas cuestiones, como la fragmentación y compartimentación del conocimiento
en las matrices curriculares de las instituciones educativas, la falta de vinculación entre teoría
y práctica basada en la praxis educativa, que terminan reproduciendo prácticas mecanicistas y
técnicas, vacías de reflexión. Además de estos puntos, observamos la necesidad de una
formación continua de los docentes en busca de la transformación de la práctica docente. Así,
el uso de la metodología de investigación-acción en el ámbito educativo se ha ido presentando
como eficaz para la disrupción de la idea positivista, con el objetivo de promover el
conocimiento colectivo, involucrando a docentes, estudiantes, especialistas y otros actores
externos, estudiando la realidad vivida en los espacios escolares. En vista de ello, se
contextualiza el conocimiento producido, realizando la reflexión-acción-reflexión sobre teoría
y práctica, respectivamente, y la metodología de investigación-acción puede contribuir en
varios aspectos, como la formación inicial y continuada del profesorado (FRANCO, 2005).
Consideraciones finales
Observamos los numerosos desafíos que enfrentan todos los que participan en la
comunidad escolar para proporcionar una educación inclusiva, ya que encuentran muchas
dificultades para lidiar con las diferencias de los estudiantes. También es notorio que a pesar de
los avances en las políticas que aseguran el acceso y la permanencia del público objetivo de la
educación especial, queda mucho por hacer para lograr el paradigma educativo de inclusión, de
manera efectiva. Es necesario ampliar el debate sobre la inclusión en el ámbito de las políticas
públicas, las prácticas educativas y los aspectos externos que posibiliten la promoción de la
inclusión.
image/svg+xml
Marco Antonio Melo FRANCO
y
Rafaela Flávia de FREITAS
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1721-1742, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1740
Aunque todavía hay pocas publicaciones sobre el tema presentado aquí, observamos que
hubo un aumento en la investigación realizada después de la instituida, en 2015, la Ley
Brasileña para la Inclusión de las Personas con Discapacidad (BRASIL, 2015), lo que puede
ser una indicación de la necesidad de discusión en el campo de las políticas públicas, con el fin
de fomentar la discusión práctica y teórica sobre el tema.
Además, observamos que los artículos aquí analizados presentan generalmente la
metodología de la investigación-acción como medio de reflexión y discusión entre docentes e
investigadores, diálogo entre docentes especialistas y docentes en la sala común, implicación
de toda la comunidad escolar, en vista de la transformación educativa que propone la educación
inclusiva.
REFERENCIAS
BRASIL.
Lei n. 13.146, de 6 de julho de 2015
. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa
com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília, DF: Presidência da
República, 2015. Disponible en: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13146.htm. Acceso: 12 oct. 2021.
FRANCO, M. A. M. Formação docente, ensino e aprendizagem em contexto de inclusão.
In
:
Práticas pedagógicas em contexto de inclusão
: Situações de sala de aula. Jundiaí, SP: Paco,
2015.
FRANCO, M. A. M.; RODRIGUES, P. R. E. O fazer pedagógico em contexto de inclusão:
estratégias, ações e resultados.
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 11, n. 3, p. 1184-1197, jul./set. 2016. Disponible en:
https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/7481. Acceso: 06 jun. 2021.
FRANCO, M. A. S. Pedagogia da pesquisa-ação.
Educação e pesquisa
, v. 31, n. 3, p. 483-
502, dez. 2005. Disponible en:
https://www.scielo.br/j/ep/a/DRq7QzKG6Mth8hrFjRm43vF/?lang=pt&format=html. Acceso:
09 agosto 2021.
FRANCO, M. A. R. S.
Pedagogia e prática docente
. São Paulo: Cortez, 2012.
FRANCO, M. A. R. S. Prática pedagógica e docência: Um olhar a partir da epistemologia do
conceito.
Rev. Bras. Estud. Pedagogia
, v. 97, n. 247, p. 534-551, set./dez. 2016. Disponible
en: https://www.scielo.br/j/rbeped/a/m6qBLvmHnCdR7RQjJVsPzTq/abstract/?lang=pt.
Acceso: 18 jun. 2021.
FRANCO, M. A. R. S. Pesquisa-ação: Lembretes de princípios e de práticas.
Rev. Eletrônica
Pesquiseduca,
Santos, v. 11, n. 25, p. 358-370, set./dez. 2019. Disponible en:
https://periodicos.unisantos.br/pesquiseduca/article/view/949. Acceso: 11 jun. 2021.
image/svg+xml
Prácticas pedagógicas en educación especial, formación del profesorado e investigación-acción: Qué dicen las investigaciones
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p.
1721-1742, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1741
LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A.
Pesquisa em educação
: Abordagens qualitativas. São
Paulo: EPU, 1986.
LUSTOSA, F. G.; MELO, C. M. Organização e princípios didáticos para a gestão da sala de
aula inclusiva: A gênese de práticas pedagógicas de atenção à diversidade.
In
:
Práticas
pedagógicas em contexto de inclusão
: Situações de sala de aula. Jundiaí, SP: Paco, 2018.
MANCINI, M. C.; SAMPAIO, R. F. Quando o objeto de estudo é a literatura: Estudos de
revisão.
Revista Brasileira Fisioter
, v. 10, n. 4, p. 361-472, out./dez. 2006. Disponible en:
https://www.scielo.br/j/rbfis/a/4SXvxPYFB3GWs4V4s3vz7kN/?lang=pt. Acceso: 20 agosto
2021.
MANTOAN, M. T. E.
Inclusão escolar
: O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo:
Moderna, 2003.
MATOS, S. N.; MENDES, E. G. A proposta de inclusão escolar no contexto nacional de
implementação das Políticas de Educacionais.
Revista Práxis Educacional
, v. 10, n. 16, p.
35-59, 2014. Disponible en: https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/762.
Acceso: 13 mayo 2021.
MENDES, E. G. A radicalização do debate sobre inclusão escolar no Brasil.
Revista
Brasileira de Educação
, v. 11, n. 33, p. 387-405, dez. 2006. Disponible en:
https://www.scielo.br/j/rbedu/a/KgF8xDrQfyy5GwyLzGhJ67m/. Acceso: 19 jun. 2021.
PIMENTA, S. G.; FRANCO, M. A. S.; FUSARI, J. C. Didática multidimensional: Da prática
coletiva à construção de princípios articuladores.
EDUCAÇÃO & SOCIEDADE
, v. 37, n.
135, 2016. Disponible en:
https://www.researchgate.net/publication/333403579_Didatica_multidimensional_da_pratica_
coletiva_a_construcao_de_principios_articuladores. Acceso: 29 jul. 2021.
PLETSCH, M. D.; GLAT, R. Pesquisa-ação: Estratégia de formação continuada de
professores para favorecer a inclusão escolar.
Espaço
, Rio de Janeiro, v. 33, p. 50-60, 2011.
Disponible en: https://docplayer.com.br/9994481-Pesquisa-acao-estrategia-de-formacao-
continuada-de-professores-para-favorecer-a-inclusao-escolar-1.html. Acceso: 08 mayo 2021.
SANTOS, V. O que é e como fazer “Revisão de Literatura” na pesqu
isa teológica.
Fides
Reformata XVII
, n. 1, p. 89-104, 2012. Disponible en: https://cpaj.mackenzie.br/wp-
content/uploads/2020/01/6-O-que-é-e-como-fazer-"literature-review"-in-research-theological-
Valdeci-Santos.pdf. Acceso: 23 mayo 2021.
SOUZA, C. T. R.; MENDES, E. G. Revisão sistemática das pesquisas colaborativas em
Educação Especial na perspectiva da inclusão escolar no Brasil.
Rev. Bras. Educ. Espec
., v.
23, n. 2, p. 279-292, abr./jun. 2017. Disponible en:
https://www.scielo.br/j/rbee/a/sxPMLY5ZBTgWMJVfkdsGQdP/abstract/?lang=pt. Acceso:
05 jul. 2021.
THIOLLENT, M.
Metodologia da pesquisa-ação
. São Paulo: Cortez, 1986.
TRIPP, D. Pesquisa-ação: Uma introdução metodológica.
Educ. Pesqui
., v. 31, n. 3, p. 443-
466, dez. 2005. Disponible en:
image/svg+xml
Marco Antonio Melo FRANCO
y
Rafaela Flávia de FREITAS
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1721-1742, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1742
https://www.scielo.br/j/ep/a/3DkbXnqBQqyq5bV4TCL9NSH/abstract/?lang=pt. Acceso: 23
jun. 2021.
Cómo hacer referencia a este artículo
FREITAS, R. F.; FRANCO, M. A. M. Prácticas pedagógicas en educación especial, formación
del profesorado e investigación-acción: Qué dicen las investigaciones.
Revista Ibero-
Americana de Estudos em Educação
, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1721-1742, jul./sept. 2022.
e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
Enviado en
:
07/12/2021
Revisiones requeridas en
: 13/02/2022
Aprobado en
: 24/05/2022
Publicado en
: 01/07/2022
Procesamiento y edición: Editora Ibero-Americana de Educação.
Corrección, formateo, normalización y traducción.
image/svg+xml
Pedagogical practices in special education, teacher training and action research: What the studies say
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1713-1734, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1713
PEDAGOGICAL PRACTICES IN SPECIAL EDUCATION, TEACHER TRAINING
AND ACTION RESEARCH: WHAT THE STUDIES SAY
1
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL, FORMAÇÃO DOCENTE E
PESQUISA-AÇÃO: O QUE DIZEM AS PESQUISAS
PRÁCTICAS PEDAGÓGICAS EN EDUCACIÓN ESPECIAL, FORMACIÓN DEL
PROFESORADO E INVESTIGACIÓN-ACCIÓN: QUÉ DICEN LAS
INVESTIGACIONES
Rafaela Flávia de FREITAS
2
Marco Antonio Melo FRANCO
3
ABSTRACT
: The study aimed to identify and analyze what has been produced in the
academic field about pedagogical practices in special education from 2008 to 2020. A
systematic literature review was carried out that articulates the themes that involve inclusive
pedagogical practices in special education, teacher training, action research. The search was
carried out by combining the descriptors: Inclusion, Special Education, Inclusive Education
with the descriptors Action Research, Collaborative Research. 193 articles were found, of
which 44 articles approached the topic. it was observed that most publications on the subject
occurred after the enactment, in 2015, of the Brazilian law for the Inclusion of Persons with
Disabilities. Furthermore, it was possible to identify that action research appears as an
important theoretical-methodological instrument for the development of more effective
pedagogical practices and for the continuing education of Special Education teachers.
KEYWORDS
: Action research. Special education. Pedagogical practices.
RESUMO
: O estudo teve por objetivo identificar e analisar o que tem sido produzido
academicamente sobre as práticas pedagógicas no campo da educação especial no período
de 2008 a 2020. Trata-se de uma revisão sistemática de literatura que articula as temáticas
que envolvem as práticas pedagógicas inclusivas na educação especial, formação docente e
pesquisa-ação. A busca foi feita a partir da combinação entre os descritores: Inclusão,
Educação Especial, Educação Inclusiva com os descritores Pesquisa-ação, Pesquisa
Participante e Pesquisa Colaborativa. Foram encontrados 193 artigos, dos quais 44 artigos
se aproximavam do tema. Como resultado foi observado que o maior número de publicações
sobre o tema ocorreu após a promulgação, em 2015, da lei Brasileira de Inclusão da Pessoa
com Deficiência. Além disso, foi possível identificar que a pesquisa-ação aparece como
importante instrumento teórico-metodológico para o desenvolvimento de práticas
1
The research was funded by the Research Support Foundation of the State of Minas Gerais
–
FAPEMIG.
2
Federal University of Ouro Preto (UFOP), Mariana
–
MG
–
Brazil. Master in Education and member of the
Study and Research Center on Practices in Literacy and Inclusion in Education (NEPPAI). ORCID:
https://orcid.org/0000-0003-3776-6360. E-mail: rafafreitas2264@gmail.com
3
Federal University of Ouro Preto (UFOP), Mariana
–
MG
–
Brazil. Professor Associate of the Department of
Education and the Graduate Program in Education (PPGE-UFOP). Doctorate in Health Sciences (UFMG).
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0159-4109. E-mail: mamf.franco@gmail.com
image/svg+xml
Marco Antonio Melo FRANCO and Rafaela Flávia de FREITAS
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1713-1734, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1714
pedagógicas mais efetivas e para a formação continuada de professores da Educação
Especial.
PALAVRAS-CHAVE
: Pesquisa-ação. Educação especial. Práticas pedagógicas.
RESUMEN
: El estudio tuvo como objetivo identificar y analizar lo que se ha producido en el
campo académico sobre las prácticas pedagógicas en educación especial de 2008 a 2020. Se
realizó una revisión sistemática de la literatura que articula las temáticas que involucran las
prácticas pedagógicas inclusivas en educación especial, formación docente, investigación-
acción. La búsqueda se realizó combinando los descriptores: Inclusión, Educación Especial,
Educación Inclusiva con los descriptores Investigación-acción, Investigación Participativa e
Investigación Colaborativa. Se encontraron un total de 193 artículos, de los cuales 44
artículos abordaron el tema. En conclusión, se observó que la mayoría de las publicaciones
sobre el tema ocurrieron después de la promulgación, en 2015, de la Ley Brasileña de
Inclusión de Personas con Discapacidad. Además, fue posible identificar que la
investigación-acción aparece como un importante instrumento teórico-metodológico para el
desarrollo de prácticas pedagógicas más efectivas y para la formación permanente de
profesores de Educación Especial.
PALABRAS CLAVE
: Investigación-acción. Educación especial. Prácticas pedagógicas.
Introduction
Currently, we see an increase in the number of students targeted for special education
(PAEE in the Portuguese acronym) enrolled in the regular education system, as a result of the
inclusion movement and policies established by the government (FRANCO; RODRIGUES,
2016). Concurrently with this, the literature and the production of research that address the
issue of school inclusion - remembering that Special Education (SE) is only one part of what
is understood as Inclusive Education - has advanced greatly. The need for the whole school
community, such as families and teachers, to deal with the diversity found in schools has been
noted. Although there is this need and a whole movement that calls for a society that values
the diversity of subjects, we still see several problems, such as the lack of resources in
schools, government processes and programs for teacher training that are not very effective
and that do not qualify them to work in the field of inclusion of people with disabilities,
training policies that do not address diversity, teachers who feel unprepared to work, among
others (MATOS; MENDES, 2014; MENDES, 2006).
When thinking about education for all, we need to think about a transforming and
democratic school, giving priority to collective social/cultural exchanges, and taking into
consideration that each student learns in a unique way, from his or her life story and in social
image/svg+xml
Pedagogical practices in special education, teacher training and action research: What the studies say
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1713-1734, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1715
relationships with others. In this way, it is urgent to think of an education that meets the needs
of its students, and escapes from the view of tolerance in the sense of compassion, and that
does not consider the students' learning difficulties as fixed, but as singularities that constitute
this subject (MANTOAN, 2003).
The proposal developed in this study is centered on the pedagogical practices
performed by teachers in the field of special education, especially from the perspective of
school inclusion. Moreover, it seeks to identify how teacher training, action research and
inclusive pedagogical practices, in special education, are articulated. By choosing as
methodology the systematic literature review, we intended to identify and analyze what has
been produced academically about the pedagogical practices in the field of special education
in the period from 2008 to 2020. The research was carried out in the databases of the
ScientificElectronic Library Online (SciELO), Working Group 8 - Teacher Training and
Working Group 15 - Special Education of the National Association of Graduate Studies and
Research in Education (ANPED) and the Coordination for the Improvement of Higher
Education Personnel (CAPES).
We emphasize that the present study is part of the research developed by researchers
from the Federal University of Ouro Preto (UFOP), entitled "Extension actions and action-
research in inclusion contexts: impacts on initial and continued teacher training in the region
of Inconfidentes", funded by the Foundation for Research Support of Minas Gerais
(FAPEMIG). In addition, this study is linked to the Center for Studies and Research on
Practices in Literacy and Inclusion in Education (NEPPAI/CNPQ).
Pedagogical practices in the context of inclusion
Pedagogical practice is understood here as a practice that is presented in the sense of praxis
pervading cultures, subjectivities and subjects, in which the teacher is continuously reflective
in relation to their actions (FRANCO, 2016). It is also understood that they are constituted
from intentionalities that must be contemplated in the actions that will confer these
intentionalities to all those involved in the educational process, leading students to liberating
education (FRANCO, 2016). As stated by Lustosa and Melo (2018, p. 101), pedagogical
practice can be:
[...]understood as a set of interactions, procedures, variables that intervene
and interrelate in teaching situations: type of activities, methodologies,
image/svg+xml
Marco Antonio Melo FRANCO and Rafaela Flávia de FREITAS
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1713-1734, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1716
material aspects of the situation, teacher's style, social relations, cultural
content.
Pedagogical practice is not far from a political act, it is not considered neutral,
precisely because there are intentionalities, as already emphasized by Franco (2016).
Differing from this perspective, we realize that schools are structured around regulations, the
school curriculum and all the bureaucracy that is rooted therein; it is noted that the structure
of the regular education system is not consistent with the proposal of inclusive education
(MANTOAN, 2003). Therefore, for school inclusion to happen, it is necessary that the teacher
develops the ability to reflect on his practice, as well as his attitude towards the challenge of
dealing with the other's difference, turning his gaze to the existing diversity, seeking greater
understanding of the social, political, pedagogical contexts, among others, performing the
interaction of practice with theory (FRANCO, 2015). In addition, it must be possible to work
with a curriculum that often is not flexible for this teacher. So, there are no openings for him
to develop another work, different from the one he has been doing for years on the school
floor.
For this, it is necessary that the teacher is in constant training to place him/herself as a
teacher of inclusive education. It is necessary that the teacher understands and values the
differences that exist in the classroom; that he/she is clear about how the cognitive
development of his/her students occurs; that he/she seeks ways to contemplate diversity
through practices, techniques, and methods that provide an understanding of the intentions for
"everyone and for each one", taking into account the specificities of the subjects; that he/she
is aware of the issues that involve the inclusion process; that he/she understands the role of
special education in inclusive education. In addition, he must be knowledgeable about the
obstacles about the inclusion of the subject both in the educational and social fields
(LUSTOSA; MELO, 2018).
There is a need for the teacher to break with merely technicist and mechanical
practices, based on the transmission of knowledge, and develop as a reflective professional,
analyzing the entire educational process in search of emancipatory education (FRANCO,
2016). One of the possibilities for the teacher to rethink his practice and particularly the object
of this study, is closely linked to the research-action methodology, which can be exemplified
as:
[...]direct support within the classroom, in which special education support
services teachers and coordinators share teaching moments with common
classroom teachers, observing, intervening, demonstrating and offering
image/svg+xml
Pedagogical practices in special education, teacher training and action research: What the studies say
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1713-1734, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1717
support in the planning and regular monitoring of activities and in specific
meetings for guidance and study (MATOS; MENDES, 2014, p. 48).
Despite this, teachers who work in regular education say they are unable to work with
special education students, especially those with disabilities, directing the service of the
PAEE to specialized teachers who work restrictively in the care of these students
(MANTOAN, 2003). It is worth noting that the teaching practice is built little by little, and for
it to be built with an eye toward diversity, it is necessary that the teacher reflects and pays
attention to the need for attitudinal change, in order to contemplate all those involved in the
educational act. Moreover, we realize the need to research and understand the practices
together with "the practical teachers, and not about them" (FRANCO, 2012, p. 215), building
knowledge and creating meaning collectively about the teaching and learning process.
Action - research: A tool to favor inclusive pedagogical practices
The action research methodology can be defined in several ways, one of which is
expressed by Thiollent (1986). For the author:
[...]action research is a type of empirically-based social research that is
designed and conducted in close association with action or the resolution of
a collective problem and in which researchers and participants representative
of the situation or problem are involved in a cooperative or participatory
manner (THIOLLENT, 1986, p. 14).
Some phases are necessary for the consolidation of the action - research methodology,
such as: a) the exploratory phase which consists of understanding the field to be investigated,
problems and possible solutions; b) definition of the research theme, with the purpose of
indicating possible practical solutions and the area of knowledge to be dealt with; c)
placement of the problems and the objectives to be achieved; d) theorizing about the theme; e)
hypothesis raising; f) seminars, with the purpose of bringing together the subjects that make
up the field of investigation in formative meetings; g) definition of the field of observation; h)
data collection; i) learning linked to the investigation process; j) formal knowledge and
informal knowledge, making the exchange between the researcher's knowledge and that of the
interested parties; k) action plan; l) external disclosure of results. However, action research
may or may not present itself in this sequence (THIOLLENT, 1986).
Since it is a practical methodology, action research has applicability in several areas of
performance and knowledge, such as in the educational field, in social service, among others.
Once researchers in the educational field make use of the action research methodology, "they
image/svg+xml
Marco Antonio Melo FRANCO and Rafaela Flávia de FREITAS
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1713-1734, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1718
would be in a position to produce information and knowledge of effective use, including at
the pedagogical level" (THIOLLENT, 1986, p. 75). This perspective can contribute to the
elucidation of certain school problems, helping to define objectives, raise hypotheses, and
search for the best pedagogical strategy, in a collective way, in order to solve the problems
that emerge in the school context.
Educational action research has been presented as a methodology that contributes to
the teaching and learning process, once teachers and researchers make use of their research to
carry out a collective reflection on their actions and investigate possible necessary changes.
According to Tripp (2005), the action research methodology is related to the various types of
action research that refer to the improvement of the practice from reflection and action about
the practice, that is, it is the search for the improvement of the practice through acting about
the practice and the act of investigating about it. For Pletsch and Glat (2011, p. 3):
Action research is a method of scientific investigation, conceived and carried
out in close association with an action aimed at solving a collective problem.
Its main characteristic is the active participation of individuals belonging to
the field where the project is being developed. It presupposes a broad
interaction between subject and researcher, thus differentiating itself from
conventional methods that (even with a qualitative focus) result in a
distanced posture of the researcher in relation to the researched reality. Thus,
not fulfilling its social responsibility before the community that served as a
study space.
In this regard, action research may present itself as a possible methodological
alternative, with the purpose of building meaning between theoretical knowledge and
everyday actions. For this, it is necessary that there is a correlation between research and
teaching practice in order to transform the educational practices present in the educational
environment.
Methodological Procedures
The systematic literature review is characterized by synthesis and analysis of relevant
publications on a given subject, in order to understand what has been discussed about the
theme. Moreover, according to Mancini and Sampaio (2006, p. 1),
[...]Systematic literature review and meta-analysis studies adopt a
standardized methodology, with well-delineated and clearly defined search,
selection, and analysis procedures, allowing the reader to appreciate the
quality of the research and the validity of the conclusions made by the
authors. Systematic reviews generally use scales or forms that define criteria
image/svg+xml
Pedagogical practices in special education, teacher training and action research: What the studies say
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1713-1734, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1719
that guide the critical appraisal of the quality of the scientific evidence
provided by the articles selected.
This study is characterized as a systematic literature review supported by a qualitative
research approach, because it aims, as stated by Lüdke and André (1986, p. 1), "to promote
the confrontation between the data, the evidence, the information collected on a particular
subject and the accumulated theoretical knowledge about it". In addition, the literature review
helps the researcher to substantiate the objectives and relevance of his or her research, as it
identifies possible "gaps existing in previous research" (SANTOS, 2012, p. 94), emerging the
possibilities and needs for new studies.
Given the relevance of this methodology, the authors Souza and Mendes (2017)
conducted the study entitled "Systematic Review of Collaborative Research in Special
Education from the Perspective of School Inclusion in Brazil," which dialogues with the
objective of the present study. Although both present questions about what has been produced
in relation to pedagogical practices for the target audience of special education, teacher
training and action research, this study reveals data beyond the aforementioned work,
contributing to a broader analysis, since the search took place in different databases.
Data collection
The bibliographical survey was carried out in the SciELO, GT 8 - Teacher Training
and GT 15 - Special Education of ANPEd and CAPES databases, between the years 2008 and
2020. The proposal to collect data starting in 2008 was due to the promulgation of the special
education policy in that year. We used this date as a starting point, understanding that new
pedagogical proposals, with connotations of inclusion, could emerge from then on. The search
was carried out using the descriptors in pairs that are circumscribed in the field of Special
Education and that involve action research methodology, namely: Inclusion and Action
Research; Inclusion and Participant Research; Inclusion and Collaborative Research; Special
Education and Action Research; Special Education and Participant Research; Special
Education and Collaborative Research; Inclusive Education and Action Research; Inclusive
Education and Participant Research; Inclusive Education and Collaborative Research.
The first database to be investigated was ANPED, as follows: access to database /
topic scientific meetings / option "national" / selection of meetings held between 2008 and
2020 / in the option "Working Groups", access to WG8 - Teacher Education and WG 15 -
Special Education / access to article by article and search by pairs of descriptors. It is
image/svg+xml
Marco Antonio Melo FRANCO and Rafaela Flávia de FREITAS
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1713-1734, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1720
important to note that the 33rd ANPED meeting, held in 2010, is not available for
consultation on the site. The second database was SciELO, carried out as follows: access to
database / select Brazil option / then, Portuguese option / in the articles option select the
articles search option / in the search option indicate the descriptor pairs / access article by
article and search by descriptor pairs. The third search was conducted in CAPES journals and
occurred as follows: access to database / select "journals" base / access to Federated
Academic Community (CAFe) / select advanced search / search for pairs of descriptors /
search refinement by article, education and years 2008 to 2020.
A total of 193 articles were retrieved, represented in Table 1, in a quantitative way.
Tabele 1
–
List of papers found by descriptors
Descriptors
ANPED
CAPES
SciELO
Inclusion and Action Research
3
58
7
Inclusion and Participant Research
0
12
0
Inclusion and Collaborative Research
1
13
6
Special Education and Action Research
3
34
9
Special Education and Participant Research
0
6
0
Special Education and Collaborative Research
1
15
0
Inclusive Education and Action Research
2
14
0
Inclusive Education and Participatory Research
0
3
0
Inclusive Education and Collaborative Research
1
5
0
TOTAL
11
160
22
TOTAL OVERALL
193
Source: Prepared by the authors
To systematize the data, we conducted an analysis of the articles found, seeking to
identify their proximity to the object of research. The analysis protocol sought to contemplate
the articles: that contain the descriptor pairs in the body of the text; that are related to
inclusive pedagogical practices and/or the promotion of initial or continuing teacher
education; that focus on the EAP; that involve the action research methodology.
Of the 193 articles found, 86 were repeated in the databases, which led to the analysis
of 107 articles, of which 60 were excluded for not meeting the inclusion criteria and 3 for not
having articles available for analysis. The 44 articles that were in accordance with the
selection protocol were read and analytically systematized.
image/svg+xml
Pedagogical practices in special education, teacher training and action research: What the studies say
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1713-1734, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1721
Results and discussions
The articles found in the bibliographical survey, as shown in Table 1, indicate a
concentration of a greater number of publications in the CAPES database, in addition to
presenting search results with all nine pairs of descriptors. In the ANPED database, the search
results are presented when six pairs of descriptors are used, and in SciELO, three pairs of
descriptors are used. Furthermore, it can be seen that the number of articles found is higher
when searching for the specific term action research in the three databases.
After characterizing the articles, they were classified according to the year of
publication. Of the 44 papers, no publication was found from the years 2008 to 2010; two
were published in 2011; two in 2012; one in 2013; one in 2014; three in 2015; twelve in 2016;
three in 2017; ten in 2018; eight in 2019; and two in 2020. It is noted an increase of
publications in the year 2016, after the enactment in 2015 of the Brazilian Law of Inclusion of
the Person with Disability, no. 13.146/2015 (BRAZIL, 2015), evidencing the importance of
public policies to foster debates in the theoretical field.
As for the denomination of the methodologies presented in the papers, nineteen are
qualified as action research; six as collaborative research; six as collaborative-action research;
six as collaborative-critical research; two as critical-collaborative research; one as systematic
literature review; one as content analysis with comparative analysis; one as bibliographic
study with participant research; one as ethnographic case study with participant research and
one that makes use of historical-dialectical materialism, action research, case study and
content analysis.
During the detailed reading of the articles found, a systematization by themes was
carried out according to the objectives proposed by the study, reaching a total of 16 themes, as
explained in Chart 1, accompanied by the titles. It was identified a larger number of articles
with the themes "Inclusive education and teacher training" and "Teacher training and teaching
practices", evidencing an approach of action research methodology with teacher training in
the promotion of inclusive education.
image/svg+xml
Marco Antonio Melo FRANCO and Rafaela Flávia de FREITAS
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1713-1734, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1722
Chart 1
–
Characterization and classification of the analyzed papers
4
Topics
Title
1
Inclusive education and
teacher training
- Educação Inclusiva e Cidadania: aproximações e contradições (Freitas, Neli
Klix).
- Formação e criatividade: elementos implicados na construção de uma escola
inclusiva (Vieira, Francileide Batista de Almeida; Martins, Lúcia de Araújo
Ramos).
-
Collaborative action research at the training center for inclusive education
and accessibility
- Pesquisa de ação colaborativa no treinamento: Centro de
Educação Inclusiva e Acessibilidade (Silva, Gilberto Ferreira da; Nornberg,
Marta; Scheffer, Natacha).
- Formação dos professores para as modalidades educação especial e educação
indígena: espaços intersticiais (Silva, João Henrique Da; Bruno, Marilda Moraes
Garcia).
- Formação de professores por meio de pesquisa colaborativa com vistas à
inclusão de alunos com deficiência intelectual (Toledo, Elizabete Humai de;
Vitaliano, Célia Regina).
- O fazer pedagógico em contexto de inclusão: estratégias, ações e resultado
(Franco, Marco Antonio Melo; Rodrigues, Paloma Roberta Euzebio).
- Desenvolvimento do trabalho colaborativo entre uma professora de Educação
Especial e professores da classe comum (Martinelli, Josemaris Aparecida;
Vitalino, Célia Regina).
- Formação de professores de Educação infantil para a inclusão de alunos com
necessidades educacionais especiais: uma pesquisa colaborativa (Vitalino, Célia
Regina).
2
Teacher training
Implementation of the
Specialized Education
Service (SES) policy
- Sala de recursos no processo de inclusão do aluno com deficiência intelectual
na percepção dos professores (Lopes, Esther; Marquezine, Maria Cristina).
- Laboratório de Comunicações e Aprendizagens (Mascaro, Cristina Angélica
de Aquino Carvalho; Pinheiro, Vanecessa Cabral da Silva).
- Um olhar sobre a educação escolarizada de surdos à luz da competência em
informação (Da Silva, Maria).
3
Collaborative Actions
- O funcionamento do Programa de Atendimento a Alunos com Altas
Habilidades/Superdotação (PAAAH/SD-RJ) (Delou, Cristina Maria Carvalho).
- Narrativas de professores e pedagogos sobre a deficiência: implicações no
acesso ao currículo escolar (Vieira, Alexandro Braga; Ramos, Ines de Oliveira
Ramos).
4
Information and
Communication
Technology: Assistive
Technology and
pedagogical practices
- Dosvox: rompendo barreiras da comunicação (Canejo, Elizabeth).
- A avaliação da aprendizagem e o uso dos recursos de tecnologia assistiva em
alunos com deficiências (Rosana Carla Do Nascimento Givigi; Juliana
Nascimento de Alcântara; Raquel Souza Silva; Solano Sávio Figueiredo
Dourado).
- O trabalho colaborativo na escola: o uso da tecnologia assistiva (Givigi,
Rosana Carla Do Nascimento; Silva, Raquel Souza; Alcântara, Juliana
Nascimento de; Souza, Thais Alves de; Ralin, Vera Lucia Oliveira).
- Audiovisual produzido por jovens surdos: um roteiro de inclusão e
acessibilidade (Gutierrez, Ericler Oliveira).
4
Translator's note: We have chosen to keep the original title of the Brazilian Portuguese language research
image/svg+xml
Pedagogical practices in special education, teacher training and action research: What the studies say
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1713-1734, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1723
5
Teacher training and
pedagogical practices
- Deficiência múltipla: formação de professores e processos de ensino-
aprendizagem (Pletsch, Márcia Denise).
- A formação de conceitos em alunos com deficiência intelectual: o caso de Ian
(Braun, Patricia; Nunes, Leila Regina D'Oliveira de Paula).
- Currículo escolar e deficiência: contribuições a partir da pesquisa-ação
colaborativo-crítica (Magalhães, Rita de Cássia Barbosa Paiva; Soares, Marcia
Torres Neri).
- Pesquisa-ação e a formação do professor em serviço (Franco, Marco Antonio
Melo).
- Diálogos entre Boaventura de Souza Santos, Educação Especial e Currículo
(Vieira, Alexandro Braga Vieira; Ramos, Ines de Oliveira).
- A escuta visual: a educação de Surdos e a utilização de recursos visual
imagético na prática pedagógica (Correia, Patrícia da Hora; Neves, Bárbara
Coelho).
- Consultoria colaborativa como estratégia de formação continuada para
professores que atuam com estudantes com deficiência intelectual (Lago,
Danúsia Cardoso; Tartuci, Dulcéria).
- As contribuições de Meirieu para a formação continuada de professores e a
adoção de práticas pedagógicas inclusivas (Vieira, Alexandro Braga; Jesus,
Denise Meyrelles de; Lima, Jovenildo da Cruz; Mariano, Clayde Aparecida
Belo da Silva).
6
Inclusive education and
pedagogical practices
- Procedimentos favoráveis ao desenvolvimento de uma criança com Síndrome
de Down numa classe comum (Campo, Kátia Patrício Benevides; Glat, Rosana).
- Escola inclusiva: o desvelar de um espaço multifacetado (Tonini, Andréa
Tonini; Costas, Fabiane AdelaTonetto).
- Práticas e articulações pedagógicas na educação infantil: contribuições ao
processo de desenvolvimento de uma criança com autismo (Marchiori,
Alexandre Freitas; França, Carla de Almeida Aguiar).
- O trabalho com gênero textual história em quadrinhos com alunos que
possuem deficiência (Shimazaki, Elsa Midori; Auada Viviane Gislaine Caetano;
Menegassi, Renilson José; Mori, Nerli Nonato Ribeiro).
7
Inclusive education and
collaborative actions
- O trabalho em colaboração para apoio da inclusão escolar: da teoria à prática
docente (Vilaronga, Carla Ariela Rio; Mendes, Eniceia Gonçalves; Zerbato, Ana
Paula).
- A bidocência como uma proposta inclusiva (Pinheiro, Vanessa Cabral Da
Silva; Mascaro, Cristina Angélica De Aquino Carvalho).
- As contribuições da pesquisa-ação para a elaboração de políticas de formação
continuada na perspectiva da inclusão escolar (Almeida, Mariangela Lima de;
Bneto, Maria José Carvalho; Silva, Nazareth Vidal da).
- A mudança do gestor em pesquisador no processo de pesquisa-ação
colaborativo-crítica: a Educação Especial em uma rede de ensino (Bento, Maria
José Carvalho; Silva, Nazareth Vidal da).
8
Vocational education
- Deficiência intelectual e educação profissional (Mascaro, Cristina Angélica De
Aquino Carvalho).
9
Systematic literature
review
- Revisão sistemática das pesquisas colaborativas em educação especial na
perspectiva da inclusão escolar no Brasil (Souza, ChristianneThatiana Ramos
de; Mendes, Eniceia Gonçalves).
10
Special Education in
specialized schools
- Educação Especial de Jovens e Adultos: um olhar para o Atendimento
Educacional em escolas especializadas (Oliveira, Ivanilde Apoluceno de; Santos
Tânia Regina Lobato dos).
- Plano Educacional Individualizado: uma estratégia de inclusão e aprendizagem
nas aulas de Educação Física (Fontana, EvellineCristhine; Cruz, Gilmar de
Carvalho; Paula, Luana Aparecida de).
11
Pedagogical innovation
and diversity:
accessible teaching and
learning strategies
- Fundamentos de neurociência presentes na inclusão escolar: vivências
docentes (Silva, Luciane Grecilo da; Mello, Elena Maria Billig).
12
Teachers' perceptions
of the challenges of
- O transtorno do espectro autista em tempos de inclusão escolar: o foco nos
profissionais de educação (Barbosa, Marily Oliveira).
image/svg+xml
Marco Antonio Melo FRANCO and Rafaela Flávia de FREITAS
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1713-1734, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1724
schooling the PAEE
13
Brazilian Sign
Language (LIBRAS)
- O Ensino de Libras, em uma escola no município de Areia-PB, por meio de
extensão universitária (Dexenberger, Ana Cristina Silva; Silva, Bruno Ferreira
da).
- A proposta Bilíngue na educação de surdos: práticas pedagógicas no processo
de alfabetização no município de Colorado do Oeste/Rondônia (Moret, Márcia
Cristina Florêncio Fernandes; Mendonça, João Guilherme Rodrigues).
14
Art and Education
- Arte e Educação Especial: narrativas e criações artísticas (Beltrami, Flávia
Gurniski; Mori, Nerli Nonato Ribeiro).
15
Learning Assessment
- Construção mediada e colaborativa de instrumentos de avaliação da
aprendizagem na escola inclusiva (Mello, Alessandra de Fatima Giacomet;
Hostins, Regina Célia Linhares).
16
Education Policy
- A produção de conhecimentos sobre Atendimento Educacional Especializado:
um estudo comparado nacional (Almeida, Mariangela Lima; Milanesi, Josiane
Beltrame; Mendes, Enicéia).
Source: Prepared by the authors
The following research participants were identified in the studies: teachers of the
regular education system; family members of the students; researchers; pedagogical
supervisor; pedagogical coordinator; students with and without disabilities; students with
intellectual disabilities; school principal; vice-principal; school supervisor; teacher of the
multipurpose resource room (MRR); teacher of the specialized educational service (SES);
students with High Abilities and Giftedness; students with severe disabilities; Study Group in
Language and Communication; student with Multiple Disabilities; master's degree students;
scientific initiation scholarship students; student with Cerebral Palsy; libras interpreter;
students with Down Syndrome; blind students; blind researcher; students with autistic
spectrum disorders - ASD; all school employees; Special Education teacher; professionals
from the Center for Inclusive Education and Accessibility (CIEA); students with intellectual
disabilities and Youth and Adult Education (YAE) technicians; Special Education managers;
Municipal Secretaries of Education; Regional Superintendents; Pedagogy interns; social
worker; teachers and university students; Physical Education teacher; special education school
support professionals, and deaf students. Thus, we note that there is a heterogeneity of
participants in research, which reflects characteristics inherent in action research, which
presupposes the involvement and participation of the subjects of the field investigated.
With regard to the instruments and techniques used for data collection, the following
were presented: meetings, semi-structured interviews, interviews, educational pair, pilot
study, study groups, intervention plans, participant observation, observation, group
assessment, writing, recording, filming, open report, psychological assessment, case study,
study acceleration guidelines, tests, planning, document analysis, training meetings, data
triangulation, technology courses, writing script, questionnaire application, bibliographic
image/svg+xml
Pedagogical practices in special education, teacher training and action research: What the studies say
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1713-1734, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1725
survey, quantitative data survey, digital itinerancy diary, reflective sessions, audiovisual
course, written script, and storyboard, spaces-time for training, Provinha Brasil, action plan,
artistic creation, oral narratives, study cycles, direct participation of the researcher in the
classroom, report, study cycles on theoretical and methodological content, collaborative
lesson planning, conversation circle, Leuven Involvement Scale, comparative analysis, game
dramatization, tokens, critical reflection, collaborative actions, focus group, field diary,
Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment, dance, individualized educational
plan, comics, reflective groups, voice recorder, stave logs, reports, and transcripts.
The articles studied here presented as objectives: to analyze, describe, intervene,
investigate, understand, understand, present and show, promote, discuss, problematize,
promote continuing education, elaborate and apply, report, reflect, and analyze or build
propositional actions about a certain theme. These objectives were set with the intention of:
- Build action strategies with educators, students and families, enabling the gradual but
successful implementation of the inclusive education project;
- Analyze the perceptions of teachers and investigate training programs for these
professionals about inclusive education and the importance of the MRR and SES in the
process of inclusion of students with intellectual disabilities in regular education;
- Investigate how the methodology of action research can contribute to the process of
continuing education of teachers, for creative practices, improvement of teaching practices,
aiming at the effectiveness of inclusive education, in addition to addressing strategies for
improving the inclusive educational work;
- Analyze and perform interventions in the classroom and in the recreation
environment in the school setting, in order to provide better pedagogical practices with the use
of assistive technology resources with students with disabilities, enabling the inclusive
curriculum and the access to new assessment criteria and instruments
- Analyze the school curriculum regarding the inclusive education of the person with
disabilities;
- To present the use of the information and communication technology (ICT) tool,
such as DOSVOX, in order to promote the educational improvement of blind students,
besides providing teachers and students with access to a previously unknown ICT tool, with
the purpose of ensuring the communication between both and the teaching and learning
process of students;
image/svg+xml
Marco Antonio Melo FRANCO and Rafaela Flávia de FREITAS
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1713-1734, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1726
- Describe the improvement of the SES in view of the Brazilian School Inclusion
Policy, for the Implementation of Communication and Learning Laboratory Training;
- Analyze the advantages of co-teaching in the promotion of school inclusion of
students targeted for Special Education (PAEE);
- Analyze the co-teaching between Special Education and Elementary School teachers
in the promotion of school inclusion of students with intellectual disabilities;
- To describe and analyze the productions about collaborative action research
developed in the area of Special Education in the perspective of school inclusion in the
Brazilian Digital Library of Theses and Dissertations (BDBTD in the Portuguese acronym);
- To investigate Neuroscience as a support in accessible teaching and learning
strategies in view of pedagogical innovation and diversity in regular classes;
- To analyze how education and communication relate to the educational process of
the deaf;
- Understand the conception of teaching LIBRAS by hearing students, evaluating the
degree of knowledge and identifying the importance of teaching LIBRAS in the schooling
process and analyze and verify the teacher's perception about the teaching of LIBRAS in the
daily lives of students;
- Understand the approach of Special Education with the productions of Boaventura de
Souza Santos in view of the educational inclusion of the PAEE
- Analyze the advances and setbacks from the intervention of the teacher of AEE and
LIBRAS interpreter in the deaf literacy process in the bilingual perspective;
- Investigate the development of narratives and artistic creations based on art from the
educational intervention with students with special needs;
- Discuss the gaps in teaching practice related to the evaluation of the schooling
process of the PAEE;
- Analyze the place that visual representations occupy in the pedagogical practices of
teachers focused on bilingual education of deaf students;
- Problematize the view of teachers about the students with special needs in regular
school;
- Analyze the continuing education of teachers who work with students with
intellectual disabilities using Collaborative Consultancy as a pedagogical strategy;
image/svg+xml
Pedagogical practices in special education, teacher training and action research: What the studies say
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1713-1734, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1727
- Understand different collaborative pedagogical practices in the inclusive perspective
developed in order to enhance the possibilities of development of students with autism;
- Promote continuing education based on inclusive pedagogical practices aimed at the
PAEE;
- Develop from the action-research methodology a political project of continuing
education for professionals focused on school inclusion;
- Develop and apply the Individualized Education Plan as a strategy for inclusion and
learning;
- Develop strategies for the appropriation of scientific concepts present in comics by
people with intellectual disabilities;
- Analyze the contributions of critical-collaborative action research in the formulation,
by managers of an education network, of a normative document on Special Education.
It is noticeable that it is recurrent in research the perspective of investigating
pedagogical strategies that can enable the inclusion of students with disabilities in dialogue
with teacher training. Moreover, these studies seek to analyze the educational curricula in
order to observe if the special education policies are being implemented in the perspective of
inclusive education and what are the actions of the educational body to achieve this goal.
The final considerations of the analyzed studies presented issues on the following
topics: a) teacher training; b) teaching and learning process; c) inclusive education; d)
difficulties faced for the school inclusion of the ESAP; e) considerations about the
methodology used; f) learning evaluation.
Regarding teacher training, the studies show: a) that the initial and continuing
education of teachers is a fundamental point for special education in the perspective of
inclusive education; b) the teacher must have initial training that results in critical, reflective
teachers, able to work with the differences present in the classroom; c) the training of teachers
for SES contributes to the learning process of students, however, for a more effective learning
process would require a support network such as occupational therapy, physiotherapy, etc.. d)
the bidocência or co-teaching as an alternative to support school inclusion, favoring new
knowledge and continuing education; e) new continuing education policies for diversity
should be proposed and rethought; f) the need for teachers to have a theoretical deepening
about what they want to investigate and that continuing education is constant; g) during
continuing education it is possible to build movements of interactions/interrelationships
among teachers to improve the schooling of the PAEE; h) the in-service training of the
image/svg+xml
Marco Antonio Melo FRANCO and Rafaela Flávia de FREITAS
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1713-1734, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1728
specialist teacher aiming at the collaborative work with the common education teacher
contributes to the educational inclusion of all students with or without disabilities; i) the
training based on Collaborative Consultancy contributes to the process of inclusion of the
PAEE; j) it is important to invest in educability and in the conception of the school as a place
for everyone, breaking with the belief that the PAEE students are uneducable.
Regarding the teaching and learning process, the following considerations are
presented: a) the special education teacher should not be distinguished from the regular
education teacher; b) the use of ICT in promoting student accessibility, providing better
teaching, learning and assessment process for students with disabilities, besides increasing
technological repertoire of all participants; c) the use of assistive technologies favors the
access of students with disabilities to the curriculum; d) co-teaching as an alternative to
support inclusion; e) the dialog between specialized schools in the educational service for
PAEE and regular education schools provides great results and exchange of experiences; f)
the understanding of the teacher about the child's diagnosis and the creation of teaching
strategies based on this understanding favors the process of teaching and learning; g) the
transformation of the socio-educational context, from the reflection on the practices and
discussion in the collective about possible interventions, constituting the basis of collaborative
research, contributes to the process of teaching and learning of students; h) teachers should
provide methodological and pedagogical subsidies so that students have better conditions for
the construction of knowledge; i) MRR should be a support and not considered a room for
reinforcement or repetition of content; j) the teaching of art contributes to the process of
humanization of the students; k) it is important to relate the teaching to the social, historical
and cultural reality of the learner, enabling during the teaching and learning process to
interpret reality and transform the theoretical and practical experiences; l) the use of visual
image allied to bilingualism enhances the learning process of the deaf; m) need to think about
facilitating resources for deaf learning; n) it is the school's duty to create internal mechanisms
that enable the performance of teachers; o) recognize the potential of student development is
necessary for the promotion of school inclusion; p) the collective development of the
Individualized Development Plan corroborates the learning process and inclusion; q) the
theoretical and practical support for the realization of pedagogical mediations favor the
learning and inclusion of PAEE students.
The conclusions of the analyzed texts present some reflections about inclusive
education as follows: a) inclusive practices are innovative practices; b) the school community
image/svg+xml
Pedagogical practices in special education, teacher training and action research: What the studies say
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1713-1734, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1729
must live with differences to achieve inclusive education; c) social interaction as the greatest
good to be cultivated in schools to achieve school inclusion; d) dealing with differences and
inclusion in the school context does not end only in curricular or organizational adjustments,
but also in a practice in praxis in order to make students critical beings and protagonists of
their own learning; e) the need to rethink the school curriculum that provides inclusive
practices; f) the inclusion process must leave the academic theoretical field, research must
occur in the daily routine of the classroom, along with researchers and stakeholders in the
process; g) in addition to educational policies in the inclusive perspective, there is the need for
actions that accompany and provide the necessary training to education professionals in their
practices with the PAEE.
Some difficulties faced by the school inclusion of the PAEE are pointed out in the
conclusions, as follows: a) educators put as a difficulty the construction of a pedagogy of
difference; b) the solitary work of the teacher in the classroom becomes difficult, because at
certain times some students demand individualized care; c) there is a difficulty of researchers
in entering the school environment to act and intervene; d) traditional teaching and little
knowledge about the methodology and theory used of the educational process; e) lack of
planning with flexible and adapted strategies and resources aimed at access to the curriculum;
f) few extension projects focused on LIBRAS aimed at overcoming the exclusion of the deaf
person; g) the teaching viewpoint guided by the principles of normality contributes to
exclusion and failure in the process of teaching and learning of the PEE.
About the evaluation of the methodologies presented in the articles, some
considerations are raised, such as: a) collaborative research is an important methodology for
teacher training from the dialogue with researchers and stakeholders in search of a common
good, favoring the process of inclusive education; b) the methodology of action research as a
means of favoring the inclusion of students with or without disabilities, in addition to favoring
the continuing education of the teacher in view of inclusive educational practices, in which
the actions to be taken will be constituted during the process and collectively; c) collaborative
research as a means of implementing inclusive education and special education policies; d)
studies that present the methodology of collaborative research in school inclusion seek the
improvement of care to the PAEE; e) action research enables the construction of educational
policies in a collaborative way in partnership with the various public managers of special
education.
image/svg+xml
Marco Antonio Melo FRANCO and Rafaela Flávia de FREITAS
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1713-1734, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1730
The learning assessment appears in a conclusion with the following reflections: a)
there is a lack of research on the mediated and collaborative construction of learning
assessment tools for the SENAP; b) the systematic learning assessment tool, called
Collaborative Care Plan aimed at the SENAP, contributes to the school inclusion process; c)
the collaborative work between specialist teacher and common education teacher is effective
in improving the learning assessment of the SENAP.
We note that there is a discussion about the possible attitudes that should be taken for
the effectiveness of inclusive education and the challenges to be faced. According to Mantoan
(2003, p. 14), if what we seek is an inclusive education "it is urgent that its plans are redefined
for an education focused on global citizenship, full, free of prejudice and that recognizes and
values differences. For this, it is necessary that institutions undergo teaching reforms and have
an investment for education aimed at conscious inclusion.
In addition, it is important that teaching practice dialogues with reflection and
research, i.e., it is necessary to consider the "capacity of research to promote dialogue,
reflection among teachers, to open interactive spaces for critical coexistence, beyond routine
and bureaucratically organized spaces" (FRANCO, 2012, p. 179). In this sense, action
research in education presents itself as a strategy for teachers and researchers to use their
research to improve their practice, reflecting on their students' learning. However, according
to Franco (2019, p. 359), some researchers fail to follow epistemological principles of action
research and end up distorting the meaning of this methodology, "becoming only a researched
pedagogical action".
In a school with rigid schedules, watertight disciplines, and little possibility
of student circulation outside the classroom, it is impossible to do action
research, even if only pedagogically. However, the teachings of action
research may favor a pedagogically more structured, more adequate, more
dialogical and more participatory classroom (FRANCO, 2019, p. 368).
In this perspective, the theories and methods need in-depth studies in order not to have
a naive understanding of them. There is a need for a deepening of the epistemological
concepts that permeate Pedagogy by those who discuss school knowledge. That is, the
Pedagogy understood as an articulating matrix between the different disciplinary
contributions that focus on education (PIMENTA; FRANCO; FUSARI, 2016, p. 2).
We realize that the traditional matrix education, present on the school floor, brings
certain issues, such as fragmentation and compartmentalization of knowledge in the curricular
matrices of educational institutions, lack of link between theory and practice based on
image/svg+xml
Pedagogical practices in special education, teacher training and action research: What the studies say
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1713-1734, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1731
educational praxis, which end up reproducing mechanistic and technicist practices, emptied of
reflection. In addition to these points, we observe the need for continued education of teachers
in search of the transformation of teaching practice. In this way, the use of action research
methodology in the educational field has been presented as effective for breaking away from
the positivist idea, with the purpose of promoting collective knowledge, involving teachers,
students, specialists, and other external players, studying the reality experienced in school
spaces. In view of this, the knowledge produced is contextualized, carrying out the reflection-
action-reflection about theory and practice respectively, and the research-action methodology
can contribute in several aspects, such as initial and continuing teacher training (FRANCO,
2005).
Final remarks
We note the numerous challenges faced by all who participate in the school
community to provide inclusive education, since they encounter many difficulties in dealing
with the differences of students. It is also clear that despite the progress made in policies that
ensure access and permanence of the target audience of special education, much remains to be
done to effectively achieve the educational paradigm of inclusion. There is a need to expand
the debate on inclusion in the field of public policies, educational practices, and external
aspects that enable the promotion of inclusion.
Although there are still few publications on the theme presented here, we note that
there was an increase in research conducted after the establishment, in 2015, of the Brazilian
Law of Inclusion of People with Disabilities (BRAZIL, 2015), which may be an indication of
the need for discussion in the field of public policy, in order to foster practical and theoretical
discussion on the subject.
In addition, we note that the articles analyzed here present in general the methodology
of action research as a means of providing reflection and discussion between teachers and
researchers, dialogue between specialist teachers and common room teachers, involvement of
the whole school community, in view of the educational transformation proposed by inclusive
education.
image/svg+xml
Marco Antonio Melo FRANCO and Rafaela Flávia de FREITAS
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1713-1734, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1732
REFERENCES
BRAZIL.
Lei n. 13.146, de 6 de julho de 2015
. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa
com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília, DF: Presidência da
República, 2015. Available at: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13146.htm. Access on: 12 Oct. 2021.
FRANCO, M. A. M. Formação docente, ensino e aprendizagem em contexto de inclusão.
In
:
Práticas pedagógicas em contexto de inclusão
: Situações de sala de aula. Jundiaí, SP:
Paco,2015.
FRANCO, M. A. M.; RODRIGUES, P. R. E. O fazer pedagógico em contexto de inclusão:
estratégias, ações e resultados.
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 11, n. 3, p. 1184-1197, jul./set. 2016. Available at:
https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/7481. Access on: 06 June 2021.
FRANCO, M. A. S. Pedagogia da pesquisa-ação.
Educação e pesquisa
, v. 31, n. 3, p. 483-
502, dez. 2005. Available at:
https://www.scielo.br/j/ep/a/DRq7QzKG6Mth8hrFjRm43vF/?lang=pt&format=html. Access
on: 09 Aug. 2021.
FRANCO, M. A. R. S.
Pedagogia e prática docente
. São Paulo: Cortez, 2012.
FRANCO, M. A. R. S. Prática pedagógica e docência: Um olhar a partir da epistemologia do
conceito.
Rev. Bras. Estud. Pedagogia
, v. 97, n. 247, p. 534-551, set./dez. 2016. Available
at: https://www.scielo.br/j/rbeped/a/m6qBLvmHnCdR7RQjJVsPzTq/abstract/?lang=pt.
Access on: 18 June 2021.
FRANCO, M. A. R. S. Pesquisa-ação: Lembretes de princípios e de práticas.
Rev. Eletrônica
Pesquiseduca,
Santos, v. 11, n. 25, p. 358-370, set./dez. 2019. Available at:
https://periodicos.unisantos.br/pesquiseduca/article/view/949. Access on: 11 June 2021.
LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A.
Pesquisa em educação
: Abordagens qualitativas. São
Paulo: EPU, 1986.
LUSTOSA, F. G.; MELO, C. M. Organização e princípios didáticos para a gestão da sala de
aula inclusiva: A gênese de práticas pedagógicas de atenção à diversidade.
In
:
Práticas
pedagógicas em contexto de inclusão
: Situações de sala de aula. Jundiaí, SP: Paco, 2018.
MANCINI, M. C.; SAMPAIO, R. F. Quando o objeto de estudo é a literatura: Estudos de
revisão.
Revista Brasileira Fisioter
, v. 10, n. 4, p. 361-472, out./dez. 2006. Available at:
https://www.scielo.br/j/rbfis/a/4SXvxPYFB3GWs4V4s3vz7kN/?lang=pt. Access on: 20 Aug.
2021.
MANTOAN, M. T. E.
Inclusão escolar
: O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo:
Moderna, 2003.
MATOS, S. N.; MENDES, E. G. A proposta de inclusão escolar no contexto nacional de
implementação das Políticas de Educacionais.
Revista Práxis Educacional
, v. 10, n. 16, p.
image/svg+xml
Pedagogical practices in special education, teacher training and action research: What the studies say
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1713-1734, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1733
35-59, 2014. Available at: https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/762.
Access on: 13 May 2021.
MENDES, E. G. A radicalização do debate sobre inclusão escolar no Brasil.
Revista
Brasileira de Educação
, v. 11, n. 33, p. 387-405, dez. 2006. Available at:
https://www.scielo.br/j/rbedu/a/KgF8xDrQfyy5GwyLzGhJ67m/. Access on: 19 June 2021.
PIMENTA, S. G.; FRANCO, M. A. S.; FUSARI, J. C. Didática multidimensional: Da prática
coletiva à construção de princípios articuladores.
EDUCAÇÃO & SOCIEDADE
, v. 37, n.
135, 2016. Available at:
https://www.researchgate.net/publication/333403579_Didatica_multidimensional_da_pratica_
coletiva_a_construcao_de_principios_articuladores. Access on: 29 July 2021.
PLETSCH, M. D.; GLAT, R. Pesquisa-ação: Estratégia de formação continuada de
professores para favorecer a inclusão escolar.
Espaço
, Rio de Janeiro, v. 33, p. 50-60, 2011.
Available at: https://docplayer.com.br/9994481-Pesquisa-acao-estrategia-de-formacao-
continuada-de-professores-para-favorecer-a-inclusao-escolar-1.html. Access on: 08 May
2021.
SANTOS, V. O que é e como fazer “Revisão de Literatura” na pe
squisa teológica.
Fides
Reformata XVII
, n. 1, p. 89-104, 2012. Available at: https://cpaj.mackenzie.br/wp-
content/uploads/2020/01/6-O-que-é-e-como-fazer-
“revisão
-da-
literatura”
-na-pesquisa-
teológica-Valdeci-Santos.pdf. Access on: 23 May 2021.
SOUZA, C. T. R.; MENDES, E. G. Revisão sistemática das pesquisas colaborativas em
Educação Especial na perspectiva da inclusão escolar no Brasil.
Rev. Bras. Educ. Espec
., v.
23, n. 2, p. 279-292, abr./jun. 2017. Available at:
https://www.scielo.br/j/rbee/a/sxPMLY5ZBTgWMJVfkdsGQdP/abstract/?lang=pt. Access
on: 05 July 2021.
THIOLLENT, M.
Metodologia da pesquisa-ação
. São Paulo: Cortez, 1986.
TRIPP, D. Pesquisa-ação: Uma introdução metodológica.
Educ. Pesqui
., v. 31, n. 3, p. 443-
466, dez. 2005. Available at:
https://www.scielo.br/j/ep/a/3DkbXnqBQqyq5bV4TCL9NSH/abstract/?lang=pt. Access on:
23 June 2021.
image/svg+xml
Marco Antonio Melo FRANCO and Rafaela Flávia de FREITAS
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1713-1734, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
1734
How to reference this article
FREITAS, R. F.; FRANCO, M. A. M. Pedagogical practices in special education, teacher
training and action research: What the studies say.
Revista Ibero-Americana de Estudos em
Educação
, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1713-1734, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.15971
Submitted
:
07/12/2021
Revisions required
: 13/02/2022
Approved
: 24/05/2022
Published
: 01/07/2022
Processing and publishing by the Editora Ibero-Americana de Educação.
Correction, formatting, standardization and translation.