TECNOLOGIA ASSISTIVA NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA TECNOLOGÍA DE ASISTENCIA EN EDUCACIÓN INCLUSIVA ASSISTIVE TECHNOLOGY IN INCLUSIVE EDUCATION


Ygor CORREA1

Tatiele Bolson MORO2 Carla Beatris VALENTINI3

Organizadores


Para abordar sobre Tecnologia Assistiva (TA), primeiro, é necessário refletir sobre inclusão, e esta necessita de ações que garantam o desenvolvimento intelectual, social, afetivo e profissional das pessoas à qual se destina. Em um contexto educacional pode-se pensar a educação inclusiva como um campo que aborda a “educação para todos e com todos, buscando meios e modos de remover as barreiras para a aprendizagem e para a participação dos aprendizes, indistintamente” (CARVALHO, 2016, p. 67). Nesta perspectiva, a autora traz muitos desafios, necessitando considerar a singularidade de cada estudante. Além disso, a educação inclusiva precisa ser tomada como um direito que é assegurado pelas políticas (BRASIL, 2008; 2015; 2021a; 2021b) educacionais brasileiras. Em nosso país, completamos quase três décadas de compromisso com a educação inclusiva, no entanto, precisamos avançar muito ainda. Para uma instituição ser inclusiva ela precisa dar conta de muitos aspectos, como: acessibilidade, flexibilidade curricular, professores, gestores e técnicos capacitados, práticas pedagógicas diferenciadas, entre outros.

No cenário da educação especial, na perspectiva da educação inclusiva, percebe-se, no Brasil, que a Tecnologia Assistiva (TA) está sendo cada dia mais utilizada como mediadora no processo de ensino e aprendizagem e também como auxiliadora no processo de inclusão dos estudantes da educação especial. A TA também pode ser vista como uma alternativa para


1 Universidade de Caxias do Sul (UCS), Caxias do Sul – RS – Brasil. Professor no Curso de Graduação em Pedagogia. Doutorado em Informática na Educação (UFRGS). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3526-9195. E-mail: correaygorprof@gmail.com

2 Universidade de Caxias do Sul (UCS), Caxias do Sul – RS – Brasil. Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Educação. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3302-8953. E-mail: tati.bm@gmail.com

3 Universidade de Caxias do Sul (UCS), Caxias do Sul – RS – Brasil. Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação. Doutorado em Informática na Educação (UFRGS). ORCID: https://orcid.org/0000-0003-0355- 7712. E-mail: cbvalent@ucs.br




superar barreiras, fomentando a acessibilidade, bem como a inclusão. O Decreto nº 10.645, de março de 2021, considera a TA como uma área do conhecimento, que engloba


[...] os produtos, os equipamentos, os dispositivos, os recursos, as metodologias, as estratégias, as práticas e os serviços que objetivem promover a funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, com vistas à sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social (BRASIL, 2021a).


Em 2021, um importante avanço nessa discussão acontece a partir da publicação do Plano Nacional de Tecnologia Assistiva (BRASIL, 2021b), que aborda na diretriz IV sobre a “promoção da inserção da tecnologia assistiva no campo do trabalho, da educação, do cuidado e da proteção social”. A partir desta diretriz, observa-se que existe um interesse em promover o uso de TA nas escolas, com vista à autonomia e à qualidade de vida dos estudantes, para além dos espaços educacionais. Ressalta-se que a publicação de tal documento, ao final do ano de 2021, evidencia a intenção de promover o desenvolvimento e a ampliação da tecnologia assistiva na vida das pessoas com deficiências, mobilidade reduzida e transtorno do espectro autista.

Quando se trata do âmbito escolar, as TA utilizadas pelos estudantes têm por objetivo romper barreiras sensoriais, motoras ou cognitivas que inibem o acesso desse aluno às informações ou impossibilitam a construção do conhecimento. Para Galvão Filho (2009), a TA na educação vai além de auxiliar o aluno a fazer, vai promover caminhos para o aluno ser e atuar no seu processo de desenvolvimento.

Na escola é importante que se proporcione uma diversidade de instrumentos metodológicos que contribuam para o ensino e a aprendizagem. Para isso, as TA precisam se constituir em instrumentos didáticos e pedagógicos, integrando-se ao fazer docente, de modo a promover a autonomia do aluno com deficiência (CUNHA et al., 2015). Desta forma, as TA ganham espaço quando mediadoras nas atividades educacionais, proporcionando autonomia e equiparação de oportunidades para o estudante, de modo a construir sentidos, conhecimentos e possibilitar aos indivíduos que se relacionem, compreendam e sejam compreendidos.

No cenário da TA, a transformação dos métodos e as flexibilizações aumentam a acessibilidade, pois segundo Mainardi (2017), quando se pensa em acessibilidade, logo surgem os acessos arquitetônicos, tais como rampas, portas, piso tátil etc., porém não é apenas disso que o termo acessibilidade está composto, pois ele engloba a atuação da qualidade de vida, oportunizando aprendizado e treinamento, oportunidades de desenvolvimento, trabalho,




autonomia e emancipação individual da pessoa com e sem deficiência. Além disso, Mainardi (2017) cita que acessibilidade é:


[...] um fato físico, cognitivo, efetivo, sensorial [...] mas acima de tudo é um fato cultural que permite ou impede, entre outras coisas, o encontro entre formas possíveis de escrita/leitura e de sensibilidade que poderiam contribuir para o enriquecimento individual e social das percepções sensoriais, motoras, cognitivas, afetivas, alternativas e complementares em situações nas quais a inclusão torna possível sob certas condições (MAINARDI, 2017, p. 78).


Nesse sentido, pode-se pensar a acessibilidade na educação, em que é preciso refletir sobre a vida do aluno dentro e fora da escola, envolvendo professores, gestores, funcionários, familiares para alcançar uma acessibilidade adequada. A realização de práticas que envolvem a vida sociocultural do aluno com deficiência deve acontecer para além da rotina da sala de aula. Desta forma, o espaço escolar deve atentar para as necessidades da vida do aluno em ambientes para além do educacional.

Nessa direção, os artigos que integram o presente Dossiê partem do pressuposto de que para o desenvolvimento de tais contextos é necessário o desenvolvimento de pesquisas e discussões das abordagens teóricas e práticas que constituem o uso da Tecnologia Assistiva na Educação Inclusiva. Nesses artigos são explicitadas abordagens sobre essa temática por meio de reflexões, discussões e estudos de caso que deflagram diferentes visões sobre a TA nos processos educacionais para todos, desde a Educação Básica até o ensino superior.

Apresentado pela Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação (RIAEE), este dossiê contempla 12 artigos, no formato de ensaio teórico, revisão bibliográfica, análise documental e relatos de pesquisas, de autoria de pesquisadores vinculados a instituições de ensino superior nacionais das diferentes regiões do Brasil: (UTFPR), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Rede Municipal de Educação de Duque de Caxias, Instituto Politécnico de Leiria, Portugal – (IPL), Universidade Federal do Rio Grande do Sul – (UFRGS), Universidade Federal do Piauí (UFPI), Secretaria de Estado da Educação – (SEED), Universidade Federal do Paraná – (UFPR), Universidade de Caxias do Sul (UCS), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Universidade Estadual Paulista (UNESP), Instituto Federal Catarinense (IFC), Instituto Benjamin Constant (IBC), Universidade Estácio de Sá (UNESA), Universidade Estadual do Centro-Oeste – (UNICENTRO), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade de São Paulo (USP), Uniguairacá Centro Universitário, Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE), Universidade Tecnológica Federal do Paraná.



Assim, a discussão inicial sobre a “Tecnologias Assistivas para a Comunicação e a Participação de Crianças com a Síndrome Congênita do Zika Vírus” de autoria de Marcia Denise Pletsch, Miriam Ribeiro Calheiros de Sá, Maíra Gomes de Souza da Rocha, apresenta os resultados de uma pesquisa sobre o uso da TA para a comunicação de crianças com deficiência múltipla não oralizadas em decorrência da Síndrome Congênita do Zika Vírus (SCZV). Foram abordadas as concepções de profissionais da educação que atuaram com essas crianças nos anos de 2019 e 2020; os resultados desta pesquisa evidenciaram, entre outros aspectos, que usar recursos de tecnologia assistiva favorece a promoção da comunicação e, consequentemente, da participação, e, também, a escolarização dessas crianças, desde que se ofereça o apoio necessário, seja em casa ou na escola.

O artigo desenvolvido entre pesquisadores de dois países “Práticas Inclusivas em Contexto: ações de comunicação acessível em Portugal e no Brasil”, escrito por Eduardo Cardoso, Alessandra Lopes de Oliveira Castelini e Célia Maria Adão de Oliveira Aguiar Sousa, discute práticas inclusivas de comunicação acessível quanto à orientação e à prevenção de cuidados com a saúde no contexto da pandemia de COVID-19, realizadas em projetos que acontecem em Portugal e no Brasil. A partir do Desenho Universal para a Aprendizagem são produzidas pranchas de comunicação e materiais educativos, articulando estudos de diversas áreas para tornar mais acessível a comunicação e favorecer os cuidados à saúde em tempos de pandemia. Realizam uma revisão de literatura para desenvolver a discussão dos resultados a partir da bibliografia, da legislação e das práticas desenvolvidas.

A análise apresentada no artigo “Tecnologias Assistivas no Ensino e Aprendizagem de Matemática para Estudante Cego: investigando a presença do desenho universal e do desenho universal para aprendizagem”, de autoria de Sandra Maria Ferreira Jeremias, Anderson Roges Teixeira Góes, Sonia Maria Chaves Haracemiv, aborda a TA no ensino e aprendizagem de matemática voltada à estudante cego, através de uma revisão sistemática e integrativa em diferentes locais de buscas. Para isso, observaram se os recursos estudados são concebidos pelo Desenho Universal (DU) e pelas metodologias indicadas nas pesquisas que possuem abordagem do Desenho Universal para Aprendizagem (DUA). Apresentaram como resultados a existência de poucas pesquisas na abordagem DUA, mas as práticas que fazem uso do DUA possibilitam ao estudante cego a participação efetiva, com equidade, nos processos educacionais inclusivos no ambiente de sala de aula.

O artigo “Tecnologia Assistiva e Inclusão Escolar: Mediação e Autonomia em Questão”, de autoria de Cláudia Alquati Bisol e Carla Beatris Valentini, analisa e discute sobre dois casos de mediação no uso de TA. As autoras verificaram que seu uso potencializa a



aprendizagem e a constituição da autonomia em alunos com deficiência. Por meio do uso do diário de campo construído ao longo de reuniões na escola e registros escolares como fontes de dados, as autoras puderam verificar o modo como a criança se apropria da TA, como significa suas vivências cotidianas e como constitui sua relação com os objetos e com os outros, o que pode possibilitar movimentos de autonomia. Contudo, as autoras observam que isso depende da mediação na interação com elementos culturalmente criados e com sujeitos sociais.

As autoras Amália Rebouças de Paiva e Oliveira, Adriana Garcia Gonçalves, Lígia Maria Presumido Bracciali apresentam uma discussão teórica no texto intitulado “Desenho Universal para Aprendizagem e Tecnologia Assistiva: complementares ou excludentes?”. A discussão se pauta nos princípios do DUA e da TA, apresentando o que a literatura tem abordado, e como resultado as autoras apontam que as duas perspectivas são complementares, pois tem como finalidade favorecer os processos de inclusão educacional.

A pesquisa “Representações Sociais Docentes acerca dos conceitos de Deficiência e Tecnologia Assistiva”, desenvolvida pelos autores Tatiele Bolson Moro, Ygor Corrêa, Valdinei Marcolla e Cristiane Backes Welter apresenta a investigação dos tipos de deficiência e os tipos de TA presentes no IFRS campus Caxias do Sul. Os autores realizaram a análise das narrativas, enquanto representações sociais, sobre Deficiência e TA, a partir da realização de uma entrevista com professores. Foi, portanto, observado que a maior parte dos entrevistados atribui ao conceito de deficiência a relação ao Modelo Médico e fazem pouca menção sobre a utilização de TA.

A análise realizada por Thiago Sardenberg e Helenice Maia no artigo “Tecnologia da Informação e Comunicação e Tecnologia Assistiva: aproximações e distanciamentos” evidencia como esses termos, TIC e TA, foram empregados nos principais documentos nacionais e internacionais sobre o tema da educação inclusiva. Os autores observam que há um complexo imbricamento entre as duas modalidades de tecnologia, sendo os dois amplamente empregados.

As autoras Eliziane de Fátima Alvaristo e Jamile Santinello realizaram o estudo intitulado “As Contribuições da Tecnologia Assistiva Dosvox para Professores em Formação Inicial: intermediando práticas tecnológicas inclusivas”, no qual descrevem um estudo de caso em uma Instituição Pública de Ensino Superior no interior do Paraná, com vinte e seis professores de formação inicial em Pedagogia, sendo um deles cego. As pesquisadoras utilizaram diversos instrumentos para a construção de dados, sendo um deles uma intervenção prática sobre o uso da Tecnologia Assistiva – Dosvox. Observaram que o uso da TA – Dosvox contribuiu para que novas concepções sobre o processo de ensino e aprendizagem fossem



reconhecidas entre os professores em formação, e foi uma forma de desenvolver, com o grupo, discussões sobre o contexto do ensino inclusivo às pessoas com deficiência visual.

O artigo “Programa de Treinamento para o uso da Escrita Alternativa: estudo de caso com um jovem com paralisia cerebral” de autoria de Jéssica Rodrigues Santos e Gerusa Ferreira Lourenço apresenta uma pesquisa que desenvolve e avalia um programa de intervenção com jovem que tem Paralisia Cerebral e a possibilidade do uso de um recurso de Tecnologia Assistiva para escrita alternativa. O estudo realizou um experimento com um rapaz que fez o uso de recursos computacionais de escrita alternativa. Para conferir a aprendizagem, as autoras usaram os auxílios de: Orientação Verbal, Demonstração, Dica Gestual e Ajuda Física. A pesquisa mostrou resultados positivos aos procedimentos de aplicação do programa e o ensino foi eficaz para o alcance da autonomia do participante em relação à escrita alternativa no computador.

As autoras Fernanda Matrigani Mercado Gutierres de Queiroz e Márcia Helena da Silva Melo apresentam um estudo realizado sobre a atuação dos profissionais de apoio ou cuidadores como mediadores de TA para alunos com deficiências múltiplas ou que apresentam um perfil de comprometimento maior. O estudo intitulado “Profissional de Apoio como Mediador da Tecnologia Assistiva no Ambiente Escolar” discute a temática a partir da aplicação de questionários realizados com um grupo de cuidadores que atuavam em escolas de ensino fundamental e de grupo focal. Os dados foram analisados a partir de categorias que emergiram no decorrer da pesquisa.

O estudo “Kubai, o Encantado e a Mesa Tangível”, desenvolvido por Raquel de Cássia Rodrigues Ramos, Cláudia Rodrigues de Freitas, Sheyla Werner aborda o desenvolvimento de TA no contexto educacional inclusivo para contar a história Kubai o Encantado por meio da Mesa com Interação Tangível. As autoras produziram imagens táteis e tridimensionais de forma a promover a acessibilidade tátil, apresentando a história de maneira inclusiva. A pesquisa também envolveu o estudo de histórias infantis indígenas com base em autores contemporâneos. Como resultado, as autoras mostraram a possibilidade de criar suporte em dispositivo de mesa tangível a partir de histórias inspiradas na mitologia indígena da cultura Kubeo.

A pesquisa realizada por Lucia Virginia Mamcasz-Viginheski, Elsa Midori Shimazaki e Sani de Carvalho Rutz da Silva e intitulada “O Soroban Dourado como instrumento mediador para a apropriação conceitual na deficiência intelectual” traz a discussão sobre o material didático Soroban Dourado, como ferramenta para auxiliar o ensino de estudantes com deficiência intelectual. A ferramenta foi utilizada com os estudantes que frequentavam o



programa de Educação de Jovens e Adultos de uma escola de educação especial. Ao final da intervenção foi revelado que o uso do Soroban Dourado promoveu a compreensão dos estudantes sobre a estrutura do soroban, o entendimento dos princípios do sistema de numeração decimal como o valor posicional, agrupamentos de dez em dez e a aprendizagem dos conceitos matemáticos relacionados aos números e operações. Como resultado, as autoras apontam a importância de se considerar as capacidades dos estudantes com deficiência, para que dessa forma possam aprender e se desenvolver, a partir das condições dadas no processo de ensino.

Acreditamos que este dossiê pode contribuir para que se (re)pense as diversas práticas possibilitadas pela mediação propiciada pela TA, do ponto de vista social, educacional e profissional, de maneira a aprimorar a produção de conhecimento voltado à inclusão de todos que se beneficiam com o seu uso. Cabe ainda salientar que é de suma importância a continuidade das pesquisas na área da educação inclusiva, em especial no campo da TA, para que avancemos academicamente nesta área, de forma a resistir a possíveis retrocessos alheios à ciência brasileira. Desejamos-lhe uma boa leitura!


REFERÊNCIAS


BRASIL. Ministério da Educação. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília, MEC; SEEP, 2008. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/politica.pdf. Acesso em: 11 dez. 2021.


BRASIL. Lei n. 13.146, de 06 de julho de 2015. Institui A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa Com Deficiência (estatuto da Pessoa Com Deficiência). Brasília, DF, 2015.

Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em: 11 dez. 2021.


BRASIL. Decreto n. 10645, de 11 de março de 2021. Regulamenta O Art. 75 da Lei Nº 13.146, de 6 julho de 2015, Para Dispor Sobre As Diretrizes, Os Objetivos e Os Eixos do Plano Nacional de Tecnologia Assistiva. Brasília, DF, 11 mar. 2021a. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/decreto/D10645.htm. Acesso em: 11 dez. 2021.


BRASIL. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Comitê Interministerial de Tecnologia Assistiva. Plano nacional de tecnologia assistiva. Comitê Interministerial de Tecnologia Assistiva. Brasília: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, 2021b.


CUNHA, A. F.; VIEIRA, F. B. A.; DIAS, E. M. O Uso das Tecnologias Assistivas na Prática Escolar e o Processo de Inclusão da Pessoa com Deficiência. In: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 2., 2015, Campina Grande. Anais [...]. Campina Grande, PB, 2015.




GALVÃO FILHO, T. A. Tecnologia Assistiva para uma Escola Inclusiva: Apropriação, Demandas e Perspectivas. 2009. 346 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2009.


MAINARDI, Michele. Di inclusione e di altro. Le nuove parole delle attenzioni «speciali».

InclusioneandicapTicino, Notiziario, n. 03, p. 9-11, 2017.


SEBASTIÁN-HEREDERO, E. Diretrizes para o Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA). Revista Brasileira de Educação Especial, v. 26, n. 4, p. 733-768, out. 2020. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1980-54702020v26e0155


Como referenciar este artigo


CORREA, Y.; MORO, T. B.; VALENTINI, C. B. Tecnologia assistiva na educação inclusiva. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 16, n. esp. 4, p. 2963- 2970, dez. 2021. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v16iesp.4.16060


Submetido em: 10/09/2021

Revisões requeridas em: 30/10/2021 Aprovado em: 10/12/2021 Publicado em: 30/12/2021




TECNOLOGÍA DE ASISTENCIA EN EDUCACIÓN INCLUSIVA TECNOLOGIA ASSISTIVA NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA ASSISTIVE TECHNOLOGY IN INCLUSIVE EDUCATION


Ygor CORREA1

Tatiele Bolson MORO2 Carla Beatris VALENTINI3

Organizadores


Para abordar la tecnología asistencial (TA), primero es necesario reflexionar sobre la inclusión, y requiere acciones que garantizan el desarrollo intelectual, social, afectivo y profesional de las personas a las que está destinada. En un contexto educativo, la educación inclusiva puede considerarse como un campo que aborda "la educación para todos y con todos, buscando formas y maneras para eliminar las barreras al aprendizaje y para la participación de los aprendices, indistintamente" (CARVALHO, 2016, p. 67). En esta perspectiva, el autor trae muchos desafíos, necesitando considerar la singularidad de cada estudiante. Además, la educación inclusiva debe ser tomada como un derecho garantizado por las políticas educativas brasileñas (BRASIL, 2008; 2015; 2021a; 2021b). En nuestro país, hemos completado casi tres décadas de compromiso con la educación inclusiva, sin embargo, necesitamos avanzar mucho más. Para que una institución sea inclusiva, necesita cuidar muchos aspectos, tales como: accesibilidad, flexibilidad curricular, docentes, directivos y técnicos capacitados, prácticas pedagógicas diferenciadas, entre otros.

En el escenario de la educación especial, desde la perspectiva de la educación inclusiva, se percibe, en Brasil, que la Tecnología asistencial (TA) se está utilizando cada vez más como mediador en el proceso de enseñanza y aprendizaje y también como ayudante en el proceso de inclusión de los estudiantes de educación especial. La TA también puede verse como una alternativa para superar las barreras, fomentando la accesibilidad y la inclusión. El Decreto N° 10.645 de marzo de 2021 considera la AT como un área de conocimiento, que abarca


1 Universidad de Caxias do Sul (UCS), Caxias do Sul – RS – Brasil. Profesor en el Curso de Pregrado en Pedagogía. Doctor en Informática en Educación (UFRGS). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3526-9195. E-mail: correaygorprof@gmail.com

2 Universidad de Caxias do Sul (UCS), Caxias do Sul – RS – Brasil. Estudiante de doctorado en el Programa de Posgrado en Educación. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3302-8953. E-mail: tati.bm@gmail.com

3 Universidad de Caxias do Sul (UCS), Caxias do Sul – RS – Brasil. Profesora del Programa de Posgrado en Educación. Doctor en Informática en Educación (UFRGS). ORCID: https://orcid.org/0000-0003-0355-7712. E- mail: cbvalent@ucs.br


RIAEE – Revista Iberoamericana de Estudios en Educación, Araraquara, v. 16, n. esp. 4, p. 2963-2970, dic. 2021. e- ISSN: 1982-5587


[...] los productos, equipos, dispositivos, recursos, metodologías, estrategias, prácticas y servicios que deben promover la funcionalidad, relacionada con la actividad y participación de las personas con discapacidad o movilidad reducida, con miras a su autonomía, independencia, calidad de vida e inclusión social (BRASIL, 2021ª. Traducción nuestra).


En 2021, un avance importante en esta discusión ocurre a partir de la publicación del Plan Nacional de Tecnología Asistencial (BRASIL, 2021b), que aborda en la directriz IV sobre "promover la inserción de la tecnología asistencial en el campo del trabajo, la educación, el cuidado y la protección social". A partir de esta guía, se observa que existe un interés en promover el uso de la TA en las escuelas, con miras a la autonomía y calidad de vida de los estudiantes, además de los espacios educativos. Se destaca que la publicación de este documento, a finales de 2021, muestra la intención de promover el desarrollo y la expansión de la tecnología asistencial en la vida de las personas con discapacidad, movilidad reducida y trastorno del espectro autista.

Cuando se trata del entorno escolar, el TA utilizado por los estudiantes tiene como objetivo romper las barreras sensoriales, motoras o cognitivas que impiden el acceso de este estudiante a la información o hacen imposible la construcción de conocimiento. Para Galvão Filho (2009), la TA en educación va más allá de ayudar al estudiante a hacer, promoverá caminos para que el estudiante sea y actúe en su proceso de desarrollo.

En la escuela es importante proporcionar una diversidad de instrumentos metodológicos que contribuyan a la enseñanza y el aprendizaje. Para eso, las TA necesitan constituirse como instrumentos didácticos y pedagógicos, integrándose en la enseñanza, con el fin de promover la autonomía de los estudiantes con discapacidad (CUNHA et al., 2015). Así, las TA ganan espacio cuando son mediadores en las actividades educativas, proporcionando autonomía e igualdad de oportunidades para el estudiante, con el fin de construir significados, conocimientos y permitir que los individuos se relacionen, comprendan y sean comprendidos.

En el escenario de TA, la transformación de métodos y flexibilidades aumentan la accesibilidad, pues según Mainardi (2017), al pensar en la accesibilidad, pronto aparecen accesos arquitectónicos, como rampas, puertas, pisos táctiles, etc., pero esto no es solo lo que compone el término accesibilidad, porque engloba el desempeño de calidad de vida, oportunidades de aprendizaje y capacitación, oportunidades de desarrollo, trabajo, autonomía y emancipación individual de la persona con y sin discapacidad. Además, Mainardi (2017) cita la accesibilidad es:




[...] un hecho físico, cognitivo, efectivo, sensorial [...] pero sobre todo es un hecho cultural que permite o impide, entre otras cosas, el encuentro entre posibles formas de escritura/lectura y sensibilidad que podrían contribuir al enriquecimiento individual y social de percepciones sensoriales, motoras, cognitivas, afectivas, alternativas y complementarias en situaciones en las que la inclusión lo hace posible bajo ciertas condiciones (MAINARDI, 2017, p. 78). (Traducción nuestra).


En este sentido, se puede pensar en la accesibilidad en la educación, en la que es necesario reflexionar sobre la vida del alumno dentro y fuera de la escuela, involucrando a profesores, directivos, empleados, familiares para lograr una adecuada accesibilidad. La realización de prácticas que impliquen la vida sociocultural del alumno con discapacidad debe desarrollarse más allá de la rutina de la clase. De esta manera, el espacio escolar debe prestar atención a las necesidades de la vida del estudiante en entornos más allá del educativo.

En esta dirección, los artículos que integran este Dossier parten del presupuesto de que para el desarrollo de tales contextos es necesario desarrollar investigaciones y discusiones sobre los enfoques teóricos y prácticos que constituyen el uso de la Tecnología Asistencial en la Educación Inclusiva. En estos artículos, los enfoques sobre este tema se explican a través de reflexiones, discusiones y estudios de casos que desencadenan distintos puntos de vista sobre la TA en los procesos educativos para todos, desde la Educación Básica hasta la educación superior.

Presentado por la Revista Iberoamericana de Estudios en Educación (RIAEE), este dossier incluye 12 artículos, en formato de ensayo teórico, revisión bibliográfica, análisis documental e informes de investigación, escritos por investigadores vinculados a instituciones nacionales de educación superior en las diferentes regiones de Brasil: Universidad Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Universidad Federal Rural de Río de Janeiro (UFRRJ), Instituto Nacional de Salud de la Mujer, Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Red de Educación Municipal Duque de Caxias, Instituto Politécnico de Leiria, Portugal – (IPL), Universidad Federal de Rio Grande do Sul – (UFRGS), Universidad Federal de Piauí (UFPI), Departamento de Educación del Estado – (SEED), Universidad Federal de Paraná – (UFPR), Universidad de Caxias do Sul (UCS), Universidad Federal de São Carlos (UFSCar), Universidad Estatal Paulista (UNESP), Instituto Federal Catarinense (IFC), Instituto Benjamín Constant (IBC), Universidad Estácio de Sá (UNESA), Universidad Estatal Centro-Oeste – (UNICENTRO), Universidad Federal de Bahía (UFBA), Universidad de São Paulo (USP), Uniguairacá Centro Universitário, Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE), Universidad Tecnológica Federal de Paraná.

Así, la discusión inicial sobre las "Tecnologías de asistencias para la comunicación y participación de niños con síndrome congénita del virus del Zika" de la autoría de Marcia



Denise Pletsch, Miriam Ribeiro Calheiros de Sá, Maíra Gomes de Souza da Rocha, presenta los resultados de una investigación sobre el uso de la TA para la comunicación de los niños con discapacidad múltiple no orales debido al síndrome congénito del virus del Zika (SCZV). Se abordaron las concepciones de los profesionales de la educación que trabajaron con estos niños en 2019 y 2020; los resultados de esta investigación evidenciaron, entre otros aspectos, que el uso de recursos de tecnología asistencial favorece la promoción de la comunicación y, en consecuencia, la participación, y también la escolarización de estos niños, siempre que se ofrezca el apoyo necesario, ya sea en el hogar o en la escuela.

El artículo desarrollado entre investigadores de dos países "Prácticas inclusivas en contexto: acciones de comunicación accesible en Portugal y Brasil", escrito por Eduardo Cardoso, Alessandra Lopes de Oliveira Castelini y Celia Maria Adão de Oliveira Aguiar Sousa, discute prácticas inclusivas de comunicación accesible con respecto a la orientación y prevención de la atención médica en el contexto de la pandemia de COVID-19, proyectos que tienen lugar en Portugal y Brasil. A partir del Diseño Universal para el Aprendizaje se elaboran tableros de comunicación y materiales educativos, articulando estudios desde diversas áreas para hacer más accesible la comunicación y favorecer la atención sanitaria en tiempos de pandemia. Realizan una revisión bibliográfica para desarrollar la discusión de los resultados en base a la bibliografía, legislación y prácticas desarrolladas.

El análisis presentado en el artículo "Tecnologías de asistencia en la enseñanza y el aprendizaje de las matemáticas para estudiantes ciegos: investigando la presencia del diseño universal y el dibujo universal para el aprendizaje", escrito por Sandra Maria Ferreira Jeremias, Anderson Roges Teixeira Góes, Sonia Maria Chaves Haracemiv, aborda TA en la enseñanza y el aprendizaje de las matemáticas dirigidas a estudiantes ciegos, a través de una revisión sistemática e integradora en diferentes ubicaciones de búsqueda. Para ello, observaron si los recursos estudiados son concebidos por el Diseño Universal (DU) y las metodologías indicadas en las investigaciones que tienen un enfoque del Diseño Universal para el Aprendizaje (DUA). Presentaron como resultados la existencia de pocas investigaciones en el enfoque DUA, pero las prácticas que hacen uso del DUA permiten al estudiante ciego participar de manera efectiva, con equidad, en procesos educativos inclusivos en el ambiente de clase.

El artículo "Tecnología de Asistencia e Inclusión Escolar: Mediación y Autonomía en cuestión" de Cláudia Alquati Bisol y Carla Beatris Valentini analiza y discute dos casos de mediación en el uso de la DE. Los autores verificaron que su uso potencia el aprendizaje y la constitución de autonomía en estudiantes con discapacidad. A través del uso del diario de



campo construido a través de reuniones en la escuela y registros escolares como fuentes de datos, los autores pudieron verificar cómo el niño se apropia de la TA, cómo significa sus experiencias diarias y cómo constituye su relación con los objetos y con los demás, lo que puede permitir movimientos de autonomía. Sin embargo, los autores señalan que esto depende de la mediación en la interacción con elementos creados culturalmente y con sujetos sociales.

Las autoras Amália Rebouças de Paiva e Oliveira, Adriana Garcia Gonçalves, Lígia Maria Presumido Bracciali presentan una discusión teórica en el texto titulado "Diseño Universal para el Aprendizaje Asistencial y la Tecnología de Asistencia: ¿complementares o excluyente? "." La discusión se basa en los principios de DUA y TA, presentando lo que la literatura ha abordado, y como resultado los autores señalan que las dos perspectivas son complementarias, porque apunta a favorecer los procesos de inclusión educativa.

La investigación "Representaciones Sociales de los Docentes sobre los conceptos de Discapacidad y Tecnología Asistencial", desarrollada por los autores Tatiele Bolson Moro, Ygor Corrêa, Valdinei Marcolla y Cristiane Backes Welter presenta la investigación de los tipos de discapacidad y los tipos de TA presentes en el campus IFRS Caxias do Sul. Los autores realizaron el análisis de las narrativas, como representaciones sociales, sobre Discapacidad y TA, a partir de la realización de una entrevista con docentes. Por lo tanto, se observó que la mayoría de los entrevistados atribuyen al concepto de discapacidad a la relación con el Modelo Médico y hacen poca mención sobre el uso de la TA.

El análisis realizado por Thiago Sardenberg y Helenice Maia en el artículo "Tecnologías de la Información y la Comunicación y Tecnologías de asistencia: aproximaciones y distancias" muestra cómo estos términos, TIC y TA, fueron utilizados en los principales documentos nacionales e internacionales sobre el tema de la educación inclusiva. Los autores señalan que existe una imbricación compleja entre los dos tipos de tecnología, siendo los dos ampliamente utilizados.

Los autores Eliziane de Fátima Alvaristo y Jamile Santinello realizaron el estudio titulado "Las Contribuciones de la Tecnología de Asistencia Dosvox para Maestros en Formación iniciales: prácticas inclusivas intermedias ", en el que describen un estudio de caso en una Institución Pública de Educación Superior del interior de Paraná, con veintiséis profesores de formación inicial en Pedagogía, siendo uno de ellos ciego. Los investigadores utilizaron varios instrumentos para la construcción de datos, uno de los cuales fue una intervención práctica sobre el uso de la tecnología de asistencia – Dosvox. Observaron que el uso de la TA – Dosvox contribuyó a que se reconocieran nuevas concepciones sobre el proceso de enseñanza y aprendizaje entre los docentes en formación, y fue una forma de desarrollar,



con el grupo, discusiones sobre el contexto de la enseñanza inclusiva a personas con discapacidad visual.

El artículo "Programa de capacitación para el uso de escritura alternativa: estudio de caso con un menor con parálica cerebral" escrito por Jéssica Rodrigues Santos y Gerusa Ferreira Lourenço presenta una investigación que desarrolla y evalúa un programa de intervención con jóvenes que tienen parálisis cerebral y la posibilidad de utilizar un recurso de Tecnología de Asistencia para la escritura alternativa. El estudio realizó un experimento con un joven que hizo uso de recursos computacionales de escritura alternativa. Para comprobar el aprendizaje, los autores utilizaron las ayudas de: Orientación Verbal, Demostración, Consejo de Signos y Ayuda Física. La investigación mostró resultados positivos a los procedimientos de aplicación del programa y la enseñanza fue efectiva para lograr la autonomía del participante en relación con la escritura alternativa en la computadora.

Las autoras Fernanda Matrigani Mercado Gutierres de Queiroz y Márcia Helena da Silva Melo presentan un estudio sobre el desempeño de profesionales de apoyo o cuidadores como mediadores de TA para estudiantes con discapacidad múltiple o que tienen un perfil de mayor compromiso. El estudio titulado "Profesional de apoyo como mediador de la Tecnología de Apoyo en la escuela" discute el tema a partir de la aplicación de cuestionarios realizados con un grupo de cuidadores que trabajaron en escuelas primarias y de grupos focales. Los datos fueron analizados a partir de categorías que surgieron durante la investigación.

El estudio "Kubai, el Encantado y la Mesa Tangible", desarrollado por Raquel de Cássia Rodrigues Ramos, Cláudia Rodrigues de Freitas, Sheyla Werner aborda el desarrollo de la TA en el contexto educativo inclusivo para contar la historia de Kubai el Encantado a través de la Mesa con Interacción Tangible. Los autores produjeron imágenes táctiles y tridimensionales con el fin de promover la accesibilidad táctil, presentando la historia de una manera inclusiva. La investigación también involucró el estudio de cuentos infantiles indígenas basados en autores contemporáneos. Como resultado, los autores mostraron la posibilidad de crear un soporte tangible de dispositivos de mesa a partir de historias inspiradas en la mitología indígena de la cultura Kubeo.

La investigación realizada por Lucia Virginia Mamcasz-Viginheski, Elsa Midori Shimazaki y Sani de Carvalho Rutz da Silva y titulada "El Soroban de Oro como instrumento mediador para la apropiación conceptual en la discapacidad intelectual" trae la discusión sobre el material didáctico soroban dorado, como una herramienta para ayudar a la enseñanza de estudiantes con discapacidad intelectual. La herramienta fue utilizada con estudiantes que asistieron al programa de Educación de Jóvenes y Adultos de una escuela de educación especial.



Al final de la intervención se reveló que el uso de Soroban Dorado promovió la comprensión de los estudiantes de la estructura de soroban, la comprensión de los principios del sistema de numeración decimal como el valor posicional, agrupaciones de diez sobre diez y el aprendizaje de conceptos matemáticos relacionados con números y operaciones. Como resultado, los autores señalan la importancia de considerar las capacidades de los estudiantes con discapacidad, para que puedan aprender y desarrollarse, en función de las condiciones dadas en el proceso de enseñanza.

Creemos que este dossier puede contribuir a (re)pensar las diversas prácticas posibilitadas por la mediación proporcionada por TA, desde el punto de vista social, educativo y profesional, con el fin de mejorar la producción de conocimiento dirigida a la inclusión de todos los que se benefician de su uso. También vale la pena señalar que es de suma importancia continuar la investigación en el área de la educación inclusiva, especialmente en el campo de la TA, para que podamos avanzar académicamente en esta área, con el fin de resistir posibles contratiempos no relacionados con la ciencia brasileña. ¡Te deseamos una buena lectura!


REFERENCIAS


BRASIL. Ministerio de Educación. Política Nacional de Educación Especial desde la Perspectiva de la Educación Inclusiva. Brasilia, MEC; SEEP, 2008. Disponible en: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/politica.pdf. Acceso: 11 Dic. Año 2021.


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BRASIL. Decreto N° 10645 del 11 de marzo de 2021. Reglamenta el Art. 75 de la Ley N° 13.146, de 6 de julio de 2015, para disponer de los Lineamientos, Objetivos y Ejes del Plan Nacional de Tecnología Asistencial. Brasília, DF, 11 Mar. 2021a. Disponible en: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/decreto/D10645.htm. Acceso: 11

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Cómo hacer referencia a este artículo


CORREA, Y.; MORO, T.B.; VALENTINI, C.B. Tecnología de asistencia en la educación inclusiva. Revista Iberoamericana de Estudios en Educación, Araraquara, v. 16, n. esp. 4, p. 2963-2970, dic. 2021. e-ISSN: 1982-5587. DOI:

https://doi.org/10.21723/riaee.v16iesp.4.16060


Enviado: 10/09/2021

Revisiones requeridas: 30/10/2021

Aprobado: 10/12/2021

Publicado el: 30/12/2021


Gestión de traducciones y versiones: Editora Ibero-Americana de Educação

Traductor: Fábio Vinicius Alves - Lattes

Revisora de la traducción: Mariana Bulegon




ASSISTIVE TECHNOLOGY IN INCLUSIVE EDUCATION TECNOLOGIA ASSISTIVA NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA TECNOLOGÍA DE ASISTENCIA EN EDUCACIÓN INCLUSIVA


Ygor CORREA1

Tatiele Bolson MORO2 Carla Beatris VALENTINI3

Organizers


To approach Assistive Technology (AT), first, it is necessary to reflect on inclusion, and this needs actions that guarantee the intellectual, social, affective and professional development of the people to whom it is intended. In an educational context, inclusive education can be thought of as a field that addresses “education for all and with all, seeking ways and means to remove barriers to learning and to the participation of learners” (CARVALHO, 2016, p. 67). In this perspective, the author points out a number of challenges, in which is necessary to consider the uniqueness of each student. In addition, inclusive education needs to be taken as a right that is guaranteed by Brazilian educational policies (BRAZIL, 2008; 2015; 2021a; 2021b). In our country, we have completed almost three decades of commitment to inclusive education, however, we still have a long way to go. For an institution to be inclusive, it needs to account for many aspects, such as: accessibility, curricular flexibility, trained teachers, managers and technicians, differentiated pedagogical practices, among others.

In the context of special education, from the perspective of inclusive education, it is clear in Brazil that Assistive Technology (AT) is being increasingly used as a mediator in the teaching and learning process and also as an aid in the process of inclusion of students with special educational needs. AT can also be seen as an alternative to overcome barriers, promoting accessibility as well as inclusion. Decree No. 10,645, of March 2021, considers AT as an area of knowledge, which encompasses


1 University of Caxias do Sul (UCS), Caxias do Sul – RS – Brasil. Professor at the Undergraduate Course in Pedagogy PhD in Informatics in Education (UFRGS)). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3526-9195. E-mail: correaygorprof@gmail.com

2 University of Caxias do Sul (UCS), Caxias do Sul – RS – Brasil. Doctoral student at the Graduate Program in Education. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3302-8953. E-mail: tati.bm@gmail.com

3 University of Caxias do Sul (UCS), Caxias do Sul – RS – Brasil. Professor of the Graduate Program in Education. PhD in Computer Science in Educationo (UFRGS). ORCID: https://orcid.org/0000-0003-0355-7712. E-mail: cbvalent@ucs.br


RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 16, n. esp. 4, p. 2963-2970, Dec. 2021. e-ISSN: 1982-5587


[...] products, equipment, devices, resources, methodologies, strategies, practices and services that aim to promote functionality, related to the activity and participation of people with disabilities or reduced mobility, regarding autonomy, independence, quality of life and social inclusion (BRAZIL, 2021a)


In 2021, an important advance in this discussion takes place with the publication of the National Assistive Technology Plan (BRASIL, 2021b), which addresses in guideline IV on the “promotion of the insertion of assistive technology in the field of work, education, care and of social protection”. Based on this guideline, it is observed that there is an interest in promoting the use of AT in schools, with a view to students' autonomy and quality of life, beyond educational spaces. It is noteworthy that the publication of such a document, at the end of 2021, highlights the intention to promote the development and expansion of assistive technology in the lives of people with disabilities, reduced mobility and autism spectrum disorder. When it comes to the school environment, AT used by students aim to break sensory, motor or cognitive barriers that inhibit this student's access to information or make it impossible to build knowledge. For Galvão Filho (2009), AT in education goes beyond helping the student to do something, it will promote ways for the student to be and act in his development process.

In the school environment, it is important to provide a variety of methodological tools that contribute to teaching and learning. For this, ATs need to be didactic and pedagogical instruments, integrating with the teaching practice, in order to promote the autonomy of students with disabilities (CUNHA et al., 2015). In this way, ATs gain space as mediators in educational activities, providing autonomy and equal opportunities for the student, in order to build meanings, knowledge and enable individuals to relate, understand and be understood.

In the AT scenario, the transformation of methods and flexibilities increase accessibility, because according to Mainardi (2017), when one thinks about accessibility, architectural accesses soon appear, such as ramps, doors, tactile flooring, etc., but it is not only this that the term accessibility is composed of, as it encompasses the performance of quality of life, providing opportunities for learning and training, opportunities for development, work, autonomy and individual emancipation of the person with and without disabilities. In addition, Mainardi (2017) cites that accessibility is:


[...] a physical, cognitive, effective, sensorial fact [...] but above all it is a cultural fact that allows or prevents, among other things, the encounter between possible forms of writing/reading and of sensitivity that could contribute to the individual and social enrichment of sensory, motor, cognitive, affective, alternative and complementary perceptions in situations




in which inclusion becomes possible under certain conditions (MAINARDI, 2017, p. 78).


In this regard, one can think about accessibility in education, in which it is necessary to reflect on the student's life inside and outside school, involving teachers, managers, employees, family members to achieve adequate accessibility. The realization of practices that involve the sociocultural life of students with disabilities must happen beyond the classroom routine. In this way, the school space must pay attention to the needs of the student's life in environments beyond the educational one.

In this direction, the articles that make up this Dossier start from the assumption that for the development of such contexts it is necessary to develop research and discussions of theoretical and practical approaches that constitute the use of Assistive Technology in Inclusive Education. In these articles, approaches on this theme are explained through reflections, discussions and case studies that trigger different views on AT in educational processes for all, from Basic Education to higher education.

Presented by Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação (RIAEE), this dossier includes 12 articles, in the format of theoretical essay, bibliographic review, document analysis and research reports, authored by researchers linked to national higher education institutions in different regions of Brazil: Federal University of Technology – Paraná (UTFPR), Federal Rural University of Rio de Janeiro (UFRRJ), National Institute of Health for Women, Children and Adolescents Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Duque de Caxias Municipal Education System, Polytechnic Institute of Leiria, Portugal – (IPL), Federal University of Rio Grande do Sul– (UFRGS), Federal University of Piauí (UFPI), Secretary of State for Education – (SEED), Federal University of Paraná – (UFPR), University of Caxias do Sul (UCS), Federal University of São Carlos (UFSCar), São Paulo State University (UNESP), Santa Catarina State Federal Institute (IFC), Benjamin Constant Institute (IBC), Estácio de Sá University (UNESA), Midwest State University – (UNICENTRO), Federal University of Bahia (UFBA), University of São Paulo (USP), Uniguairacá University Center, Western São Paulo State University (UNOESTE),

Thus, the initial discussion on “Assistive Technologies for Communication and Participation of Children with Congenital Zika Virus Syndrome” by Marcia Denise Pletsch, Miriam Ribeiro Calheiros de Sá, Maíra Gomes de Souza da Rocha, presents the results of a research on the use of AT for the communication of children with multiple disabilities who are not oralized as a result of the Congenital Zika Virus Syndrome (SCZV). The conceptions of education professionals who worked with these children in the years 2019 and 2020 were



addressed; the results of this research showed, among other aspects, that using assistive technology resources favors the promotion of communication and, consequently, participation, and also the schooling of these children, provided that the necessary support is offered, either at home or in the school.

The article developed by researchers from two countries “Inclusive Practices in Context: accessible communication actions in Portugal and Brazil”, written by Eduardo Cardoso, Alessandra Lopes de Oliveira Castelini and Célia Maria Adão de Oliveira Aguiar Sousa, discusses inclusive practices of accessible communication regarding the guidance and prevention of health care in the context of the COVID-19 pandemic, carried out in projects that take place in Portugal and BrazilFrom the Universal Design for Learning, communication boards and educational materials are produced, articulating studies in different areas to make communication more accessible and favor health care in times of a pandemic. They carry out a literature review to develop the discussion of the results from the bibliography, legislation and practices developed.

The analysis presented in the article “Assistive Technologies in Mathematics Teaching and Learning for Blind Students: investigating the presence of universal design and universal design for learning”, by Sandra Maria Ferreira Jeremias, Anderson Roges Teixeira Góes, Sonia Maria Chaves Haracemiv, addresses AT in the teaching and learning of mathematics aimed at blind students, through a systematic and integrative review in different search sites. For that, they observed if the studied resources are conceived by Universal Design (UD) and by the methodologies indicated in the researches that have a Universal Design for Learning (UDL) approach. The results showed the existence of few researches in the UDL approach, but the practices that make use of the UDL allow the blind student to participate effectively, with equity, in inclusive educational processes in the classroom environment.

The article “Assistive Technology and School Inclusion: Mediation and Autonomy in Question”, by Cláudia Alquati Bisol and Carla Beatris Valentini, analyzes and discusses two cases of mediation in the use of AT. The authors found that its use enhances learning and the constitution of autonomy in students with disabilities. Through the use of the field diary constructed during meetings at school and school records as sources of data, the authors were able to verify how the child appropriates AT, how it means their daily experiences and how their relationship with objects is constituted. and with others, which can enable movements of autonomy. However, the authors observe that this depends on the mediation in the interaction with culturally created elements and with social subjects.




The authors Amália Rebouças de Paiva e Oliveira, Adriana Garcia Gonçalves, Lígia Maria Presumido Bracciali present a theoretical discussion in the text entitled “Universal Design for Learning and Assistive Technology: complementary or exclusive?”. The discussion is guided by the principles of UDL and AT, presenting what the literature has addressed, and as a result the authors point out that the two perspectives are complementary, as it aims to favor the processes of educational inclusion.

The research “Teachers Social Representations about the concepts of Disability and Assistive Technology”, carried out by the authors Tatiele Bolson Moro, Ygor Corrêa, Valdinei Marcolla and Cristiane Backes Welter presents the investigation of the types of disabilities and the types of AT present in Caxias do Sul campus. The authors analyzed the narratives, as social representations, about Disability and AT, based on an interview with teachers. It was, therefore, observed that most respondents attribute the concept of disability to the Medical Model and make little mention of the use of AT.

The analysis carried out by Thiago Sardenberg and Helenice Maia in the article “Information and Communication Technology and Assistive Technology: approaches and distances” shows how these terms, ICT and AT, were used in the main national and international documents on the subject of inclusive education. The authors observe that there is a complex overlap between the two modalities of technology, with both being widely used.

The authors Eliziane de Fátima Alvaristo and Jamile Santinello carried out the study entitled "The Contributions of Dosvox Assistive Technology for Teachers in Initial Training: intermediating inclusive technological practices", in which they describe a case study in a Public Institution of Higher Education in the interior of Paraná. , with twenty-six teachers of initial formation in Pedagogy, one of them being blind. The researchers used several instruments for the building up data, one of them being a practical intervention on the use of Assistive Technology - Dosvox. They observed that the use of AT - Dosvox contributed to the recognition of new conceptions about the teaching and learning process among teachers in training, and was a way of developing, with the group, discussions on the context of inclusive education for people with sight disabilities.

The article “Training Program for the use of Alternative Writing: a case study with a young person with cerebral palsy” by Jéssica Rodrigues Santos and Gerusa Ferreira Lourenço presents a research that develops and evaluates an intervention program with young people who have Cerebral Palsy and the possibility of using an Assistive Technology resource for alternative writing. The study carried out an experiment with a boy who used alternative writing computational resources. To check the learning, the authors used the aids of: Verbal Guidance,



Demonstration, Gesture Tip and Physical Help. The research showed positive results to the program application procedures and the teaching was effective in achieving the participant's autonomy in relation to alternative writing on the computer.

The authors Fernanda Matrigani Mercado Gutierres de Queiroz and Márcia Helena da Silva Melo present a study carried out on the role of support professionals or caregivers as mediators of AT for students with multiple disabilities or who have a greater commitment profile. The study entitled “Support Professional as a Mediator of Assistive Technology in the School Environment” discusses the theme through the application of questionnaires carried out with a group of caregivers who worked in elementary schools and focus groups. Data were analyzed from categories that emerged during the research.

The study “Kubai, the Enchanted and the Tangible Table”, developed by Raquel de Cássia Rodrigues Ramos, Cláudia Rodrigues de Freitas, Sheyla Werner, addresses the development of AT in the inclusive educational context to tell the story Kubai the Enchanted through the Table with Tangible Interaction. The authors produced tactile and three- dimensional images in order to promote tactile accessibility, presenting the story in an inclusive way. The research also involved the study of indigenous children's stories based on contemporary authors. As a result, the authors showed the possibility of creating support in a tangible table device from stories inspired by the indigenous mythology of the Kubeo culture.

The research carried out by Lucia Virginia Mamcasz-Viginheski, Elsa Midori Shimazaki and Sani de Carvalho Rutz da Silva and entitled "The Golden Soroban as a mediating instrument for conceptual appropriation in intellectual disability" brings the discussion about the Golden Soroban didactic material, as a tool for assist the teaching of students with intellectual disabilities. The tool was used with students who attended the Youth and Adult Education program at a special education school. At the end of the intervention, it was revealed that the use of Golden Soroban promoted students' understanding of the structure of soroban, the understanding of the principles of the decimal number system such as place value, groupings of ten in ten and the learning of mathematical concepts related to numbers and operations. As a result, the authors point out the importance of considering the abilities of students with disabilities, so that they can learn and develop, based on the conditions given in the teaching process.

We believe that this dossier can contribute to (re)think the various practices made possible by the mediation provided by AT, from a social, educational and professional point of view, in order to improve the production of knowledge aimed at the inclusion of all who benefit from it. your use. It should also be noted that it is extremely important to continue research in



the area of inclusive education, especially in the field of AT, so that we can advance academically in this area, in order to resist possible setbacks unrelated to Brazilian science. We wish you a good read!


REFERENCES


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How to reference this article


CORREA, Y.; MORO, T. B.; VALENTINI, C. B. Assistive technology in inclusive education. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 16, n. esp. 4, p. 2963- 2970, Dec. 2021. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v16iesp.4.16060


Submitted on: 09/10/2021 Revisions required on: 10/30/2021 Approved on: 12/10/2021 Published on: 12/30/2021


Management of translations and versions: Editora Ibero-Americana de Educação Translator: Thiago Faquim Bittencourt Lattes

Translation reviewer: Alexander Vinicius Leite da Silva