PRÁCTICAS INCLUSIVAS EN CONTEXTO: ACCIONES DE COMUNICACIÓN ACCESIBLES EN PORTUGAL Y BRASIL
INCLUSIVE PRACTICES IN CONTEXT: ACCESSIBLE COMMUNICATION ACTIONS IN PORTUGAL AND BRAZIL
Eduardo CARDOSO1 Alessandra Lopes de Oliveira CASTELINI2 Célia Maria Adão de Oliveira Aguiar SOUSA3
RESUMEN: Este artículo tiene como objetivo discutir prácticas inclusivas de comunicación accesible en materia de orientación y prevención de la atención de la salud en el contexto de la pandemia COVID-19, realizadas en proyectos que se desarrollan en Portugal y Brasil. Las prácticas comprenden la producción de tableros de comunicación accesibles y materiales educativos para la educación en salud con el uso de la Comunicación Aumentativa y
Alternativa (CAA) basada en los principios del Diseño Universal para el Aprendizaje (DUA). Dichas prácticas, desarrolladas en universidades acreditadas de ambos países, articularon estudios e investigadores de diferentes áreas, posibilitando la creación de productos inclusivos, haciendo más accesible la comunicación y favoreciendo la atención de la salud en tiempos de pandemia, como un derecho de todos. La investigación, de carácter cualitativo, está anclada metodológicamente en una revisión narrativa de la literatura. La discusión de los resultados comienza con una revisión bibliográfica, legislación y una reflexión sobre las prácticas realizadas. Se plantean acciones educativas innovadoras para ampliar el acceso a la información sobre la lucha contra el COVID-19, dando un nuevo significado al conocimiento compartido y nuevas formas de aprendizaje.
PALABRAS CLAVE: Educación inclusiva. Prácticas pedagógicas. Comunicación accesible. Comunicación aumentativa y alternativa. Diseño universal para el aprendizaje.
ABSTRACT: This article aims to discuss inclusive practices of accessible communication regarding the guidance and prevention of health care in the context of the COVID-19 pandemic, carried out in projects that take place in Portugal and Brazil. The practices comprise the production of accessible communication boards and educational materials for health education with the use of Augmentative and Alternative Communication (AAC) based on the principles of Universal Design for Learning (UDL). Such practices, developed in accredited universities in both countries, articulated studies and researchers from different areas, enabling the creation of inclusive products, making communication more accessible and favoring health care in times of pandemic, as a right for all. The research, of a qualitative nature, is methodologically anchored in a narrative literature review. The discussion of the results starts with a bibliographical review, legislation and a reflection on the practices carried out. Innovative educational actions are considered to expand access to information on the fight against COVID-19, giving new meaning to shared knowledge and new forms of learning.
KEYWORDS: Inclusive education. Pedagogical practices. Accessible communication. Augmentative and alternative communication. Universal design for learning.
O ano de 2020 colocou o processo educacional em uma nova ordem, impondo muitos desafios aos educadores. O contexto da pandemia mundial de Covid-19 alterou, de forma significativa, o modo de se pensar e de se fazer a educação formal, da Educação Infantil ao Ensino Superior, bem como mudou, repentinamente, o modo de vida da população, exigindo formas de comunicação mais acessíveis, estimulando respostas do campo científico a eventos dessa natureza, gerando intensa mobilização social com foco em ações de prevenção e de enfrentamento do novo coronavírus: SARS-COV-2.
O enfrentamento da situação pandêmica instituiu, como meta primeira, o afastamento social iminente, que decorreu por todo o ano letivo e avançou em 2021, deslocando crianças e
profissionais ao ambiente doméstico, repercutindo na reorganização familiar e profissional sem precedentes, tendo como cenário um contexto social permeado por dúvida, medo e insegurança, no entanto potente de novas estratégias, que necessitam ser cada vez mais acessíveis a todos.
A partir da perspectiva expressa no Art. 26 da Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU, 1948), ou seja, de que todo ser humano tem direito à instrução, lideranças mundiais articuladas às orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) buscaram, por meio da comunicação, investir em campanhas, a fim de levar a informação através de diferentes plataformas, enfatizando a importância de instruções e de medidas básicas de higiene e de prevenção, viabilizando práticas pedagógicas inclusivas, apoiadas em recursos e em tecnologias, possibilitando práticas de comunicação mais acessíveis (OMS, 2020).
Ao refletir sobre as repercussões das medidas preventivas no período pandêmico, buscou-se por soluções inclusivas, a partir da comunicação sem barreiras, ampliando a acessibilidade às orientações em saúde. Nessa perspectiva, este estudo socializa atividades realizadas em dois laboratórios de universidades conveniadas no contexto tanto de Portugal, quanto do Brasil, com o auxílio de práticas pedagógicas inclusivas, que passaram a ser desenvolvidas em ambos os grupos, considerando o momento atual. Tais feitos mobilizaram resposta imediata e efetiva da população, haja vista a demanda urgente por estratégias diferenciadas e inovadoras quanto às formas de comunicar, tornando as práticas pedagógicas mais inclusivas e acessíveis.
Sobre o desenvolvimento de produtos e de ações educativas mais inclusivas, destacar- se-á a utilização de estratégias apoiadas na Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA), que, conforme Chun (2009), desfrutam de recursos tecnológicos e de técnicas que viabilizam formas de comunicar nas Tecnologias Assistivas (TA), as quais, segundo Bersch (2009), são produtos ou serviços que permitem e promovem a participação plena das pessoas.
Aliados à combinação desses recursos, desenvolveram-se as ações, a partir de princípios do Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA), que têm como base atender a todos ao estabelecer múltiplas formas de acesso ao conteúdo, possibilitando, dessa forma, a ampliação do acesso às orientações por contemplar diferentes necessidades para que todos possam aprender, diminuindo, consequentemente, as barreiras que impedem o acesso à informação e à aprendizagem por todos, sem distinção. O DUA visa a proporcionar múltiplos meios de representação – o “que” aprender; de ação e de expressão – o “como” da aprendizagem; e de envolvimento – o “porquê” da aprendizagem (CAST, 2014).
A necessidade de produções, de adaptações e de soluções em tempos de Covid-19 motivou a aprofundar investigações e a estabelecer apontamentos para o contexto educativo, a partir das seguintes problemáticas: como promover práticas pedagógicas inclusivas com recursos de acessibilidade na comunicação em tempos de pandemia? Quais estratégias da CAA podem ser utilizadas? Como ampliar os processos comunicativos e sensibilizar os profissionais na redução de barreiras na comunicação?
Em Portugal, as ações desenvolveram-se no Centro de Recursos para a Inclusão Digital (CRID), junto ao Instituto Politécnico de Leiria – IPLeiria, que, desde 2006, promove ações inclusivas, compreendendo diversos projetos por meio de protocolos com vários países. Com o avanço da pandemia nos primeiros meses de 2020, houve a necessidade de ampliar tais ações, que repercutiram em soluções específicas de orientações e de educação em saúde mais inclusivas. O projeto intitulado Comunicar sem barreiras, em tempos de Covid-19 iniciou as atividades em 2020 e essas logo repercutiram em ações replicadas no Brasil e em Cabo Verde por meio da Associação Colmeia.
Equipes de profissionais para trabalho remoto foram mobilizadas com o propósito de favorecer o acesso às informações na produção de flyers educativos com orientações de saúde e de prevenção, além de pranchas de comunicação, que foram disponibilizadas de forma gratuita à comunidade. Tais ações implicaram em acessibilidade à informação e à comunicação, oportunizando formas de expressão de necessidades em situações de cuidados com a saúde e nos casos de hospitalização, bem como em orientações educativas sobre regras e protocolos oficiais para reabertura de espaços comerciais e culturais, democratizando o acesso à informação com ações que promovem a cidadania e os cuidados em saúde.
No Brasil, o projeto Pranchas de Comunicação Alternativa em Hospitais, concebido de forma multidisciplinar junto à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), articulou ações para prestar auxílio aos profissionais de saúde e aos familiares, durante o atendimento e o acompanhamento de pacientes com dificuldades na comunicação por estarem limitados ou impedidos de realizar a comunicação oral. O projeto contou, ainda, com o apoio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Esporte de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Dessa forma, o presente estudo, de cunho qualitativo (MERRIAM, 1998), com processo metodológico ancorado na revisão narrativa de literatura (MARTINS, 2018), buscou mapear conhecimentos sobre os conceitos de CAA e TA, possibilitando atender às demandas emergentes do contexto pandêmico, por meio de práticas pedagógicas inclusivas e inovadoras, que possibilitam a comunicação mais acessível.
Cordeiro et al. (2007) descrevem que, na revisão narrativa de literatura, não há critério explícito e sistemático para a busca e a análise crítica das evidências, cabendo ao pesquisador decidir quais informações são mais relevantes.
A coleta de dados deu-se por meio da pesquisa bibliográfica e documental e apontou a produção de práticas pedagógicas inclusivas com intervenções nos espaços hospitalares em ambos os países, ocorrendo via disponibilização de materiais educativos e de suporte à comunicação em CAA, que foram liberados em diferentes meios, tais como impressos, em redes sociais e nos sites institucionais, replicados em Portugal e no Brasil.
Ao aprofundar conceitos em relação ao objeto de estudo, a investigação possibilitou conduzir a pesquisa para caminhos significativos quanto ao conhecimento teórico, ampliando discussões necessárias sobre formas de tornar a comunicação mais acessível, socializando ações pedagógicas e inclusivas, favorecendo práticas de educação em saúde, oportunizando benefícios à sociedade.
Este estudo possibilitou considerar que as práticas pedagógicas inclusivas apresentadas favoreceram ações de educação em saúde, enquanto práticas de comunicação acessíveis e inovadoras, ampliando o acesso aos informativos oficiais de enfrentamento à COVID-19, garantindo o direito à comunicação e às orientações de saúde para todos, sem exceção. Ademais, contribuíram para o atendimento e a recuperação de pessoas com necessidades complexas de comunicação em hospitais, havendo mais segurança e conforto.
Este trabalho assevera a educação e a saúde enquanto direitos humanos e como direito de todos, conforme a Constituição Federal do Brasil, de 1988 (BRASIL, 1988), assim como o acesso a informações e à disponibilização de recursos de comunicação acessíveis expressos na Lei Brasileira da Inclusão – LBI, Lei n. 13.146/2015 (BRASIL, 2015).
A LBI (BRASIL, 2015) assegura a adoção de medidas e de práticas de higiene, cuidados com a saúde e a proteção às pessoas com deficiência, apoiados em recursos comunicacionais, que necessitam ser inclusivos, refletindo as especificidades existentes nos processos de ensino e de aprendizagem, fomentando, assim, o desenvolvimento de produtos de apoio, que viabilizem a comunicação mais acessível a todos.
Em Portugal, o compromisso com a educação inclusiva corrobora diretrizes da Unesco (2009), enquanto processo que visa responder à diversidade de necessidades por meio do aumento da participação de todos na aprendizagem e ao longo da vida. Com a promulgação
do Decreto-Lei n. 54/2018 (PORTUGAL, DGE, 2018), estabeleceu-se como uma das prioridades da ação governativa a aposta numa escola inclusiva, a partir da qual todos, independentemente da sua situação pessoal e social, encontram respostas que lhes possibilitam a aquisição de um nível de educação e de formação facilitador da sua plena inclusão social.
Dentre as diversas orientações expressas pela OMS, em tempos de pandemia de COVID-19, destaca-se a importância de viabilizar a comunicação simples e acessível a todos na divulgação de um guia4 (OMS, 2020), que disponibilizou orientações para enfrentar as consequências do COVID-19, impulsionando diversos projetos em torno de ações educativas.
Devido às “altas taxas de transmissibilidade e considerável letalidade”, conforme estudo desenvolvido por Antônio Augusto Moura da Silva (2020, p.01), deu-se a repercussão em ações pedagógicas e inclusivas, sob caráter de urgência, considerando a proliferação do vírus e do profundo prejuízo econômico e de vidas. Para Santos (2020), a pandemia e a quarentena “estão a revelar que são possíveis alternativas, que as sociedades se adaptam a novos modos de viver quando tal é necessário e sentido como correspondendo ao bem comum” (SANTOS, 2020, p. 29).
A proliferação do coronavírus pela Europa nos primeiros meses de 2020 desencadeou a rápida decisão dos governantes de Portugal pelo isolamento social, proteção da população e busca de soluções tecnológicas e de produtos para viabilizar o atendimento da população em tempo de crise. Posteriormente, no Brasil, ações intensificadas resultaram na adoção de medidas em busca de promover o distanciamento social e de evitar aglomerações, resultando em ações que fecharam as escolas e as universidades, seguidas dos serviços do comércio, resguardando apenas o serviço de saúde e os serviços essenciais à população (DN/PT, 2020).
O isolamento social desencadeou novas formas de enfrentamento perante a situação de alto risco de contágio, para as quais mostrou-se necessário desenvolver novas estratégias e repensar saberes pedagógicos que viabilizassem a situação emergencial e a orientação à população para os devidos cuidados com a saúde física, mental e emocional frente à quarentena, garantindo o direito à comunicação e aos cuidados em saúde na pandemia.
4 Disponível em: https://www.paho.org/es/documentos/consideraciones-psicosociales-salud-mental-durante- brote-covid-19. Acesso em: 10 mar. 2021.
Partindo do pressuposto de que a comunicação é uma das mais importantes necessidades do ser humano, e de que o ato de ler faz parte do processo de comunicação, Célia Sousa (2012) evidencia que essa prática se torna vital para o desenvolvimento das pessoas, visto que ocorre entre os sujeitos de forma cotidiana, envolvendo as interações sociais e as trocas fomentadas por diversas situações.
Dentre os trabalhos desenvolvidos no CRID em Portugal, as ações sobre comunicação acessível são fundamentais. Nesse sentido, destaca-se o desenvolvimento de uma prancha de comunicação acessível5 com a utilização de recursos de CAA como pictogramas – SPC, operada por meio do Software Boardmaker® (https://goboardmaker.com/). Essa estratégia viabiliza a adaptação de textos por meio de símbolos e de imagens que facilitam a compressão por diferentes públicos, como pessoas não alfabetizadas, com baixa literacia, estrangeiros que não dominam a língua e por pessoas que apresentam algum tipo de deficiência intelectual e/ou limitações para compreender informações imprescindíveis, nesse momento de pandemia e de ampliação dos cuidados em saúde.
Fonte: Elaborado pelos autores
A utilização da prancha de comunicação acessível, conforme figura 1, sugere que a pessoa aponte para os símbolos ou fixe o olhar para comunicar. A prancha pode ser acessada gratuitamente no site do CRID6, podendo ser utilizada em contexto digital por meio de
5 Disponível em: https://gazetadascaldas.pt/coronavirus/coronavirus-centro-de-recursos-do-politecnico-de-leiria- cria-tabela-para-comunicar-a-saude/. Acesso em: 10 maio 2021.
6 Disponível em: https://crid.esecs.ipleiria.pt/2020/04/22/crid-apresenta-mensagens-em-pictogramas-em-tempo- de-pandemia/. Acesso em: 10 jun. 2021.
smartphone, tablet ou de forma impressa. Também pode ser plastificada, aumentando assim a durabilidade e permitindo a higienização. O material desenvolvido nos primeiros meses de 2020 foi logo disponibilizado a profissionais da saúde nos processos de intervenção com pacientes hospitalizados e no auxílio a familiares e a pessoas idosas com baixa literacia, que apresentam dificuldades para comunicar oralmente.
Além das pranchas para comunicação, a equipe do CRID passou a desenvolver flyers com informações importantes, a considerar durante o período de isolamento social e os cuidados com a saúde em tempos de pandemia, além de adaptações nas orientações repassadas pelo governo e pela OMS. Dentre os materiais produzidos no período de março a junho de 2020, foram encontrados no site do CRID e nas redes sociais quarenta flyers com diferentes tipos de conteúdo que foram criados e adaptados com SPC.
O material tem possibilitado o acesso por um número considerável de pessoas. Os conteúdos dos materiais foram agrupados em quatro categorias: orientações em saúde; regras para reabertura e protocolos; datas comemorativas e entretenimento.
Quadro 1 – Flyers Acessíveis na Covid-19 em Portugal
CATEGORIAS | CONTEÚDO | TOTAL |
Saúde | Informações sobre cuidados com o corpo, uso de máscara, higiene das mãos, distanciamento social, estado de calamidade. | 15 |
Regras para Reabertura e Protocolos | Normas na abertura dos museus, nos cabeleireiros e barbeiros, para clientes da restauração e bebidas, atendimento em lojas, regras na praia. | 11 |
Datas Comemorativas | Dia do Trabalhador, Dia das Mães, Dia das Crianças e mensagens dos órgãos do turismo e pastoral dos deficientes. | 05 |
Entretenimento | Poesias, brincadeiras, jogos, canções, danças, receitas. | 09 |
Total | 40 |
Fonte: Elaborado pelos autores
Diante dos dados expostos no Quadro 1, foi possível perceber que os conteúdos disponibilizados, em maior parte, asseguram informações sobre os cuidados em saúde e as regras/normas que orientam as pessoas para reabertura e protocolos de uso de espaços públicos. As peças de entretenimento trataram de conteúdos diversos voltados às crianças e à interação com familiares, oportunizando momentos de diversão e de aprendizagem com práticas educativas, de orientação e modos de brincar que fazem parte do cotidiano das pessoas e consideram o contexto cultural local.
Os flyers contemplam o emprego coordenado de técnicas da CAA como a escrita simples e com pictogramas. A utilização da escrita simples, conforme Martins (2014), consiste em uma forma de tornar o texto objetivo de ler e de compreender, partindo de
conceitos familiares, sendo útil para todos. Além disso, destaca-se que a utilização de fonte ampliada beneficia as pessoas com baixa visão.
A adaptação da escrita com símbolos pictográficos de comunicação (SPC) busca beneficiar pessoas que ainda não se apropriaram da língua escrita ou pessoas que apresentam alguma dificuldade de comunicação. A utilização de símbolos SPC específicos para os cuidados da saúde e do contexto de Covid-19 facilitam a compreensão e tornam mais significativas as informações apresentadas. Dentre os aspectos evidenciados na pesquisa, observa-se a perspectiva inclusiva na produção dos flyers educativos por meio das estratégias articuladas de CAA e TA, visto que os materiais podem ser baixados em smartphones ou tablets, oportunizando a interação no contexto digital e ampliando o acesso e a aprendizagem por todos.
Sobre a perspectiva inclusiva, a produção dos flyers baseou-se no Universal Designer Learning (UDL), que surgiu nos Estados Unidos em 1999, traduzido para o português como Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA), que consiste na elaboração de estratégias para tornar os produtos mais acessíveis por todos, contemplando aspectos físicos, de serviços, de produtos e de soluções educacionais para que todos possam aprender sem barreiras (CAST, 2006).
O DUA consiste em um conjunto de princípios e constitui um modelo prático que objetiva maximizar as oportunidades de aprendizagem para todos. Possui como objetivo auxiliar os educadores e demais profissionais a adotarem modos de aprendizagem adequados, escolhendo e desenvolvendo materiais e métodos eficientes, a fim de ser elaborado de maneira mais aprimorada e acessível para avaliar o progresso de todos os estudantes. Dessa maneira, ao invés de desenvolver uma adaptação específica para um aluno particular, em determinada atividade, opta-se por criar formas diferenciadas de ensinar determinado conteúdo para todos.
A utilização da abordagem DUA (CAST, 2014) mostrou ser eficiente para a criação de ambientes de aprendizagem flexíveis e acessíveis para todos, incluindo aqueles com deficiência (RIBEIRO; AMATO, 2018). Nessa perspectiva, a adoção dessa proposta justifica- se ao compreender que a utilização de diversos recursos pedagógicos e tecnológicos, bem como materiais, técnicas e estratégias, objetivam atender a diversidade leitora em busca de ampliar o acesso à informação e de facilitar a aprendizagem por todos, independentemente de suas deficiências (CASTELINI; SOUSA; QUARESMA DA SILVA, 2020).
Nesse sentido, os flyers educativos produzidos apresentam-se como suporte para os profissionais da saúde, educadores, familiares, acompanhantes dos pacientes e demais
envolvidos, oportunizando reflexões sobre a importância da comunicação acessível. Essas reflexões tornam-se relevantes ao pensar o contexto educativo e a formação inicial e continuada de profissionais ao apontar caminhos para a elaboração, adaptação e inovação de produtos inclusivos, enquanto práticas pedagógicas como ferramentas que visam à acessibilidade, seja em termos físicos, criação de produtos ou soluções educacionais, para que todos possam aprender e se comunicar (CAST, 2013).
No Brasil, as atividades desenvolvidas foram realizadas de forma multidisciplinar, conforme citado, e contemplaram a pesquisa e o desenvolvimento de pranchas de CAA com símbolos gráficos específicos para o uso em hospitais e espaços de saúde em tempos de pandemia de Covid-19, auxiliando os pacientes na comunicação de sentimentos e de sensações, além de possibilitar a resposta a questionamentos e de permitir solicitações simples do cotidiano. Para a utilização das pranchas foram disponibilizadas orientações7 no site do Grupo COM Acesso8, que informa aos profissionais de saúde, familiares e acompanhantes de pacientes a melhor forma de utilização das estratégias de CAA e os modos pelos quais o paciente pode se expressar, seja pelo apontamento manual ou rastreamento ocular dos símbolos e letras nos cartões.
Fonte: Elaborado pelos autores
As pranchas desenvolvidas no projeto da UFRGS apresentam pictogramas e letras organizados por grupos. O material é disponibilizado para download, mas também foi entregue impresso, frente e verso e plastificado, a todos os hospitais de Porto Alegre e,
7Disponível em: https://www.ufrgs.br/comacesso/wp-content/uploads/2020/04/INSTRUCOES-prancha- hospitalar_V.pdf. Acesso em: 10 maio 2021.
8Disponível em: https://www.ufrgs.br/comacesso/pranchas-caa-hospitalar/. Acesso em: 10 jun. 2021.
posteriormente, aos hospitais do estado do Rio Grande do Sul, totalizando mais de 3000 pranchas entregues de março a dezembro de 2020.
O alfabeto permite à pessoa soletrar ou apontar, formando palavras e frases simples. Os números disponibilizados auxiliam na elaboração dessas frases e na medição da dor, enquanto técnica frequentemente utilizada por profissionais da saúde. O material, ainda, contempla o desenho do corpo humano com uma escala que permite expressar, por meio de símbolos, os graus de dor ou de desconforto do paciente, auxiliando na verificação de sintomas e no bem-estar da pessoa que está em atendimento de saúde.
A base de pictogramas utilizada neste trabalho parte do Portal Aragonés de la Comunicación Aumentativa y alternativa (Portal ARASAAC; http://www.arasaac.org/), o qual apresenta um conjunto de símbolos, fotografias, números, letras do alfabeto e outros desenhos, tornando possível acrescentar e combinar símbolos. Nesses sistemas, a palavra escrita localiza-se acima de cada pictograma e o tamanho indicado para a sua aplicação é de aproximadamente 3cm (VERZONI, 1999). Os pictogramas ainda passaram por adaptações e um redesenho, com vistas à unidade de linguagem em todo o material. Assim, também, criou- se uma versão das pranchas em fonte ampliada, com quadrantes maiores para o apontamento e a leitura, para facilitar a utilização em pacientes com Covid-19 nos procedimentos hospitalares.
Por meio de parceria com a ISAAC Brasil – International Society of Alternative and Augmentative Communication – Capítulo Brasileiro, traduziu-se o material para sete idiomas: português de Portugal, Inglês, Espanhol, Alemão, Italiano, Francês e Chinês. Além disso, produziram-se vídeos educativos para a formação geral sobre os conceitos de (1) Tecnologia Assistiva e (2) Comunicação Alternativa, (3) o uso de pranchas de comunicação alternativa e
(4) emprego específico no contexto hospitalar. O material também conta com recursos de acessibilidade, como Libras (Língua Brasileira de Sinais) e Legendas para Surdos e Ensurdecidos (LSE). A ISAAC Brasil, igualmente, promoveu o contato com associações e conselhos das áreas de saúde para parceria quanto à distribuição do material, resultando na entrega de mais de três mil pranchas em outros estados do Brasil.
Por fim, o projeto ganhou versão em aplicativo para equipamentos móveis 9e on-line
com vistas a facilitar o acesso e a promover a comunicação das pessoas também após
deixarem o ambiente hospitalar, uma vez que as pranchas de comunicação permanecem nos espaços de saúde.
As investigações empreendidas neste estudo fortalecem o diálogo interdisciplinar ao evidenciar práticas pedagógicas inclusivas enquanto práticas educativas que favorecem a comunicação acessível e a educação em saúde, desenvolvidas em Portugal e no Brasil no contexto da pandemia de Covid-19.
De acordo com Nunes e Madureira (2015), evidencia-se a urgência em se pensar em recursos, práticas e intervenções mais inclusivas de modo a garantir o acesso e a participação de todos. Nessa perspectiva, a utilização de recursos de acessibilidade na comunicação torna- se essencial nos cuidados com a saúde em tempos de pandemia, pois possibilita a interação com profissionais da saúde e com familiares, além de ampliar a participação nos processos educativos, sociais e efetivação da cidadania ativa.
Nesse sentido, é importante salientar que as ações desenvolvidas em ambos os projetos contemplaram a produção de materiais para a comunicação acessível em grupos de universidades de Portugal e do Brasil, que desenvolvem projetos de CAA e TA há alguns anos, considerando o contexto cultural e as especificidades de cada país, procurando manter a unidade estética dos materiais. Os projetos desenvolvidos no contexto da pandemia de Covid- 19 foram direcionados a essa finalidade, adaptados para o caso, em específico, e auxiliaram na associação de imagens, orientações educativas em saúde e na forma de utilização dos materiais, bem como na disponibilização gratuita nos formatos impresso e digital, dando-se tal ação em ambos os países.
Das estratégias de CAA utilizadas, observou-se a adoção, em ambos os projetos, de estratégias de escrita simples e com símbolos pictográficos de comunicação, embora a partir de diferentes bases de pictogramas. Em Portugal, há o predomínio do uso do SPC por meio do software Boardmaker® com a licença proposta pelo governo. No Brasil, a opção pelo uso de sistemas com licença Creative Commons deve-se pela indisponibilidade de recursos para aquisição e manutenção de sistemas proprietários pelo Governo.
A partir do estudo, constatou-se a ausência de uma normatização da CAA em ambos os países, mas pôde-se observar a existência de um empenho entre os grupos para manter unidade no desenvolvimento dos materiais. Desse modo, a eficácia das pranchas de comunicação e dos flyers produzidos para o período de pandemia de Covid-19 ainda carece de
pesquisas e de testes de recepção com os usuários, segundo os objetivos e as tecnologias estabelecidos para cada contexto e objetivos de comunicação.
Evidenciou-se, ainda, a relevância do tema em ambos os países, resultando no fortalecimento de ações governamentais e da sociedade na implementação dos produtos inclusivos e nas práticas educativas de orientação de cuidados e de enfrentamento da Covid-
19. A mobilização proposta pelos projetos em tempos de pandemia possibilitou a construção de diálogos interdisciplinares de diferentes profissionais na elaboração de produtos inclusivos, ampliando as redes de trabalho em prol de acessibilidades na comunicação e práticas educativas em benefício da saúde e na redução de barreiras na aprendizagem.
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PRÁTICAS INCLUSIVAS EM CONTEXTO: AÇÕES DE COMUNICAÇÃO ACESSÍVEL EM PORTUGAL E NO BRASIL
INCLUSIVE PRACTICES IN CONTEXT: ACCESSIBLE COMMUNICATION ACTIONS IN PORTUGAL AND BRAZIL
Eduardo CARDOSO1 Alessandra Lopes de Oliveira CASTELINI2 Celia Maria Adão de Oliveira Aguiar SOUSA3
RESUMO: Este artigo objetiva discutir práticas inclusivas de comunicação acessível quanto à orientação e à prevenção de cuidados com a saúde no contexto da pandemia de COVID-19, realizadas em projetos que acontecem em Portugal e no Brasil. As práticas compreendem a produção de pranchas de comunicação acessível e de materiais educativos para educação em saúde com o emprego da Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA), a partir de
princípios do Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA). Tais práticas, desenvolvidas em universidades conveniadas de ambos os países, articularam estudos e pesquisadores de diferentes áreas, viabilizando a criação de produtos inclusivos, tornando mais acessível a comunicação e favorecendo os cuidados referentes à saúde em tempos de pandemia, enquanto direito de todos. A pesquisa, de cunho qualitativo, ancora-se metodologicamente em revisão narrativa de literatura. A discussão dos resultados parte de revisão bibliográfica, de legislação e de uma reflexão sobre as práticas realizadas. Consideram-se as ações educativas inovadoras ao ampliar o acesso aos informativos de enfrentamento à COVID-19, ressignificando saberes compartilhados e novas formas de aprendizagens.
PALAVRAS-CHAVE: Educação inclusiva. Práticas pedagógicas. Comunicação acessível. Comunicação aumentativa e alternativa. Desenho universal para a aprendizagem.
ABSTRACT: This article aims to discuss inclusive practices of accessible communication regarding the guidance and prevention of health care in the context of the COVID-19 pandemic, carried out in projects that take place in Portugal and Brazil. The practices comprise the production of accessible communication boards and educational materials for health education with the use of Augmentative and Alternative Communication (AAC) based on the principles of Universal Design for Learning (UDL). Such practices, developed in accredited universities in both countries, articulated studies and researchers from different areas, enabling the creation of inclusive products, making communication more accessible and favoring health care in times of pandemic, as a right for all. The research, of a qualitative nature, is methodologically anchored in a narrative literature review. The discussion of the results starts with a bibliographical review, legislation and a reflection on the practices carried out. Innovative educational actions are considered to expand access to information on the fight against COVID-19, giving new meaning to shared knowledge and new forms of learning.
KEYWORDS: Inclusive education. Pedagogical practices. Accessible communication. Augmentative and alternative communication. Universal design for learning.
El año 2020 puso el proceso educativo en una nueva orden, imponiendo muchos desafíos a los educadores. El contexto de la pandemia mundial del Covid-19 alteró significativamente la forma de pensar y hacer educación formal, desde la Educación Infantil hasta la Educación Superior, además de cambiar repentinamente la forma de vida de la población, requiriendo formas de comunicación más accesibles, estimulando respuestas desde el ámbito científico a eventos de esta naturaleza, generando una intensa movilización social con foco en acciones de prevención y frente al nuevo coronavirus: SARS-COV-2.
Hacer frente a la situación de pandemia estableció, como primer objetivo, el inminente repliegue social, que tuvo lugar a lo largo del curso escolar y avanzó en 2021, desplazando a niños y profesionales al entorno doméstico, reflejándose en la reorganización familiar y
profesional sin precedentes, teniendo como escenario un contexto social permeado por la duda, el miedo y la inseguridad, por potente que sea de nuevas estrategias, que deben ser cada vez más accesibles para todos.
Desde la perspectiva expresada en el Art. 26 de la Declaración Universal de los Derechos Humanos (ONU, 1948), es decir, que todo ser humano tiene derecho a la educación, líderes mundiales articulados a los lineamientos de la Organización Mundial de la Salud (OMS) buscaron, a través de la comunicación, invertir en campañas, con el fin de llevar información a través de diferentes plataformas, haciendo hincapié en la importancia de las instrucciones y las medidas básicas de higiene y prevención, permitiendo prácticas pedagógicas inclusivas, apoyadas en recursos y tecnologías, permitiendo prácticas de comunicación más accesibles (OMS, 2020).
Reflexionando sobre las repercusiones de las medidas preventivas en el periodo de pandemia, buscamos soluciones inclusivas, basadas en la comunicación sin barreras, ampliando la accesibilidad a los lineamientos de salud. En esta perspectiva, este estudio socializa actividades realizadas en dos laboratorios de universidades en el contexto de Portugal y Brasil, con la ayuda de prácticas pedagógicas inclusivas, que comenzaron a desarrollarse en ambos grupos, considerando el momento actual. Estos logros movilizaron una respuesta inmediata y efectiva de la población, ante la urgente demanda de estrategias diferenciadas e innovadoras respecto a las formas de comunicación, haciendo más inclusivas y accesibles las prácticas pedagógicas.
Sobre el desarrollo de productos y acciones educativas más inclusivas, destacaremos el uso de estrategias apoyadas por La Comunicación Aumentativa y Alternativa (CAA), que, según Chun (2009), gozan de recursos y técnicas tecnológicas que posibilitan formas de comunicación en Tecnologías Asistenciales (TA), las cuales, según Bersch (2009), son productos o servicios que permiten y promueven la plena participación de las personas.
Aliadas a la combinación de estos recursos, se desarrollaron las acciones, basadas en los principios del Diseño Universal para el Aprendizaje (DUA), que se basan en satisfacer a todos estableciendo múltiples formas de acceso a los contenidos, posibilitando así la ampliación del acceso a las orientaciones porque contempla diferentes necesidades para que todos puedan aprender, reduciendo consecuentemente las barreras que impiden el acceso a la información y el aprendizaje para todos, sin distinción. El DUA tiene como objetivo proporcionar múltiples medios de representación: lo que "aprende"; de acción y expresión - el "cómo" del aprendizaje; y la participación: el "por qué" del aprendizaje (CAST, 2014).
La necesidad de producciones, adaptaciones y soluciones en tiempos de Covid-19 motivó a profundizar las investigaciones y a establecer notas al contexto educativo, a partir de los siguientes problemas: ¿cómo promover prácticas pedagógicas inclusivas con recursos de accesibilidad en la comunicación en tiempos de pandemia? ¿Qué estrategias de CAA se pueden utilizar? ¿Cómo ampliar los procesos comunicativos y sensibilizar a los profesionales en la reducción de barreras en la comunicación?
En Portugal, las acciones se desarrollaron en el Centro de Recursos para la Inclusión Digital (CRID), junto con el Instituto Politécnico de Leiria - IPLeiria, que, desde 2006, promueve acciones inclusivas, comprendiendo varios proyectos a través de protocolos con varios países. Con el progreso de la pandemia en los primeros meses de 2020, era necesario ampliar tales acciones, que tenían un efecto más inclusivo en soluciones específicas para la educación y orientación en salud. El proyecto titulado Comunicar sin barreras, en tiempos de Covid-19 inició actividades en 2020 y estas pronto tuvieron un efecto significativo en las acciones replicadas en Brasil y Cabo Verde a través de la Asociación Colmena.
Se movilizaron equipos de profesionales para el trabajo remoto con el propósito de favorecer el acceso a la información en la producción de folletos educativos con lineamientos de salud y prevención, así como tableros de comunicación, los cuales se pusieron a disposición de la comunidad de manera gratuita. Tales acciones implicaron accesibilidad a la información y la comunicación, oportunidades para expresar necesidades en situaciones de atención médica y casos de hospitalización, así como orientación educativa sobre normas y protocolos oficiales para la reapertura de espacios comerciales y culturales, democratizando el acceso a la información con acciones que promuevan la ciudadanía y la atención de salud.
En Brasil, el proyecto de Tableros de Comunicación Alternativa en los Hospitales, concebido de manera multidisciplinaria con la Universidad Federal de Rio Grande do Sul (UFRGS), articuló acciones para brindar asistencia a profesionales de la salud y familiares, durante la atención y seguimiento de pacientes con dificultades de comunicación porque están limitados o impedidos de realizar comunicación oral. El proyecto también contó con el apoyo de la Secretaría Municipal de Desarrollo Social y Deporte de Porto Alegre, en Rio Grande do Sul.
Así, el presente estudio cualitativo (MERRIAM, 1998), con un proceso metodológico anclado en la revisión narrativa de la literatura (MARTINS, 2018), buscó mapear el conocimiento sobre los conceptos de CAA y TA, permitiéndonos satisfacer las demandas emergentes del contexto pandémico, a través de prácticas pedagógicas inclusivas e innovadoras, que permitan una comunicación más accesible.
Cordero et al. (2007) describen que, en la revisión de la literatura narrativa, no existe un criterio explícito y sistemático para la búsqueda y el análisis crítico de la evidencia, y corresponde al investigador decidir qué información es más relevante.
La recolección de datos se realizó a través de investigaciones bibliográficas y documentales y señaló la producción de prácticas pedagógicas inclusivas con intervenciones en espacios hospitalarios de ambos países, ocurriendo a través de la provisión de materiales educativos y apoyo a la comunicación en CAA, los cuales fueron dados a conocer en diferentes medios, como impresos, redes sociales y sitios institucionales, replicado en Portugal y Brasil.
Al profundizar conceptos en relación con el objeto de estudio, la investigación permitió realizar investigaciones hacia caminos significativos en relación con el conocimiento teórico, ampliando las discusiones necesarias sobre las formas de hacer más accesible la comunicación, socializando acciones pedagógicas e inclusivas, favoreciendo las prácticas de educación para la salud, las oportunidades en beneficio de la sociedad.
Este estudio permitió considerar que las prácticas pedagógicas inclusivas presentadas favorecieron las acciones de educación en salud, como prácticas de comunicación accesibles e innovadoras, ampliando el acceso a la información oficial para hacer frente al COVID-19, garantizando el derecho a la comunicación y los lineamientos de salud para todos, sin excepción. Además, contribuyeron a la atención y recuperación de personas con necesidades complejas de comunicación en hospitales, con más seguridad y comodidad.
Este trabajo afirma la educación y la salud como derechos humanos y como el derecho de todos, de acuerdo con la Constitución Federal de Brasil, 1988 (BRASIL, 1988), así como el acceso a la información y la provisión de recursos de comunicación accesibles expresados en la Ley Brasileña de Inclusión - LBI, Ley nº 13.146/2015 (BRASIL, 2015).
LBI (BRASIL, 2015) asegura la adopción de medidas y prácticas de higiene, salud y protección para las personas con discapacidad, apoyadas por recursos de comunicación, que deben ser inclusivos, reflejando las especificidades existentes en los procesos de enseñanza y aprendizaje, fomentando así el desarrollo de productos de apoyo que permitan una comunicación más accesible para todos.
En Portugal, el compromiso con la educación inclusiva corrobora las directrices de la UNESCO (2009), como un proceso que tiene como objetivo responder a la diversidad de
necesidades aumentando la participación de todos en el aprendizaje y a lo largo de la vida. Con la promulgación del Decreto-Ley Nº 54/2018 (PORTUGAL, DGE, 2018), se estableció como una de las prioridades de la acción gubernamental la apuesta por una escuela inclusiva, a partir de la cual todos, independientemente de su situación personal y social, encuentren sumas que les permitan adquirir un nivel de educación y formación que facilite su plena inclusión social.
Entre las diversas pautas expresadas por la OMS, en tiempos de pandemia de covid- 19, destaca la importancia de posibilitar una comunicación sencilla y accesible a todos en la difusión de una guía (OMS, 2020), que brindó orientación para enfrentar las consecuencias del COVID-19, impulsando varios proyectos en torno a acciones educativas.4
Debido a las "altas tasas de transmisibilidad y considerable letalidad", según un estudio desarrollado por Antônio Augusto Moura da Silva (2020, p. 01), hubo repercusión en las acciones pedagógicas e inclusivas, bajo el carácter de urgencia, considerando la proliferación del virus y el profundo daño económico y vital. Para Santos (2020), la pandemia y la cuarentena "están revelando que hay alternativas posibles, que las sociedades se adaptan a nuevas formas de vivir cuando esto es necesario y se siente como correspondiente al bien común" (SANTOS, 2020, p. 29).
La proliferación del coronavirus por parte de Europa en los primeros meses de 2020 desencadenó la rápida decisión de los gobernantes de Portugal por el aislamiento social, la protección de la población y la búsqueda de soluciones y productos tecnológicos que permitan el cuidado de la población en un momento de crisis. Más tarde, en Brasil, la intensificación de las acciones resultó en la adopción de medidas para promover el distanciamiento social y evitar las aglomeraciones, lo que resultó en acciones que cerraron escuelas y universidades, seguidas de servicios comerciales, protegiendo solo el servicio de salud y los servicios esenciales a la población (DN / PT, 2020).
El aislamiento social desencadenó nuevas formas de afrontar la situación de alto riesgo de contagio, para lo cual se mostró necesario desarrollar nuevas estrategias y repensar el conocimiento pedagógico que posibilitara la situación de emergencia y orientar a la población para una adecuada atención de salud física, mental y emocional frente a la cuarentena, garantizando el derecho a la comunicación y la atención en salud en la pandemia.
4 Disponible en: https://www.paho.org/es/documentos/consideraciones-psicosociales-salud-mental-durante- brote-covid-19. Acceso en: 10 estropear. 2021.
Partiendo del supuesto de que la comunicación es una de las necesidades más importantes del ser humano, y que el acto de leer forma parte del proceso de comunicación, Célia Sousa (2012) muestra que esta práctica se vuelve vital para el desarrollo de las personas, ya que se da entre los sujetos de manera cotidiana, involucrando interacciones sociales e intercambios propiciados por diversas situaciones.
Entre los trabajos desarrollados en el CRID en Portugal, las acciones sobre comunicación accesible son fundamentales. En este sentido, destacamos el desarrollo de una placa de comunicación accesible con el uso de recursos CAA como pictogramas - SPC, operados a través 5del Software Boardmaker® (https://goboardmaker.com/). Esta estrategia posibilita la adaptación de textos a través de símbolos e imágenes que facilitan la compresión por parte de diferentes públicos, como personas analfabetas, con baja alfabetización, extranjeros que no dominan el idioma y por personas que tienen algún tipo de discapacidad intelectual y/o limitaciones para entender información esencial, en este momento de pandemia y expansión de la atención sanitaria.
Fuente: Elaboración propia
5 Disponible en: https://gazetadascaldas.pt/coronavirus/coronavirus-centro-de-recursos-do-politecnico-de-leiria- cria-tabela-para-comunicar-a-saude/. Acceso en: 10 mplan 2021.
El uso del tablero de comunicación accesible, como se muestra en la Figura 1, sugiere que la persona apunte a los símbolos o fije la mirada para comunicarse. Se puede acceder al tablero de forma gratuita en el sitio web de CRID, y se puede utilizar en contexto digital a través de 6smartphones, tabletas o impresos. También se puede laminar, aumentando así la durabilidad y permitiendo la higiene. El material desarrollado en los primeros meses de 2020 se puso pronto a disposición de los profesionales sanitarios en los procesos de intervención con pacientes hospitalizados y en la asistencia a familiares y personas mayores con baja alfabetización, que tienen dificultades para comunicarse oralmente.
Además de las juntas de comunicación, el equipo del CRID comenzó a desarrollar folletos con información importante, para considerar durante el período de aislamiento social y atención médica en tiempos de pandemia, así como adaptaciones en los lineamientos transmitidos por el gobierno y la OMS. Entre los materiales producidos de marzo a junio de 2020, se encontraron cuarenta folletos con diferentes tipos de contenido en el sitio web del CRID y en las redes sociales folletos con diferentes tipos de contenido que fueron creados y adaptados con PCS.
El material ha permitido el acceso de un número considerable de personas. Los contenidos de los materiales se agruparon en cuatro categorías: guías de salud; normas para la reapertura y protocolos; fechas conmemorativas y entretenimiento.
Tabla 1 – Folletos accesibles en Covid-19 en Portugal
CATEGORÍAS | CONTENIDO | TOTAL |
Salud | Información sobre el cuidado del cuerpo, el uso de mascarilla, la higiene de manos, el distanciamiento social, el estado de calamidad. | 15 |
Reglas para la reapertura y protocolos | Estándares en la apertura de museos, en peluquerías y barberías, para clientes de restaurantes y bebidas, servicio en tiendas, reglas en la playa. | 11 |
Fechas Conmemorativas | Día del Trabajo, Día de la Madre, Día del Niño y mensajes de los organismos de turismo y pastoral de los discapacitados. | 05 |
Entretenimiento | Poesía, juegos, juegos, canciones, bailes, recetas. | 09 |
Total | 40 |
Fuente: Elaboración propia
Dados los datos mostrados en el Gráfico 1, fue posible notar que los contenidos puestos a disposición, en gran parte, proporcionan información sobre la atención de la salud y las reglas/normas que guían a las personas a la reapertura y los protocolos para el uso de los espacios públicos. Las piezas de entretenimiento trataron diversos contenidos dirigidos a los
6 Disponible en: https://crid.esecs.ipleiria.pt/2020/04/22/crid-apresenta-mensagens-em-pictogramas-em-tempo- de-pandemia/. Acceso en: 10 Jun. 2021.
niños y la interacción con los miembros de la familia, momentos oportunistas de diversión y aprendizaje con prácticas educativas, orientación y formas de jugar que forman parte de la vida cotidiana de las personas y consideran el contexto cultural local.
Los folletos contemplan el uso coordinado de técnicas CAA como la escritura simple y con pictogramas. El uso de la escritura simple, según Martins (2014), es una forma de hacer que el texto sea objetivo de lectura y comprensión, a partir de conceptos familiares, siendo útil para todos. Además, cabe destacar que el uso de una fuente ampliada beneficia a las personas con baja visión.
La adaptación de la escritura con símbolos pictográficos de comunicación (SPC) busca beneficiar a personas que aún no se han apropiado del lenguaje escrito o personas que tienen alguna dificultad en la comunicación. El uso de símbolos específicos de SPC para la atención médica y el contexto de Covid-19 facilita la comprensión y hace que la información presentada sea más significativa. Entre los aspectos evidenciados en la investigación, observamos la perspectiva inclusiva en la producción de folletos educativos a través de las estrategias articuladas de CAA y AT, ya que los materiales pueden ser descargados en smartphones o tablets, la interacción oportunista en el contexto digital y la ampliación del acceso y aprendizaje por parte de todos.
En la perspectiva inclusiva, la producción de folletos se basó en Universal Designer Learning (UDL), que surgió en los Estados Unidos en 1999, traducido al portugués como diseño universal para el aprendizaje (DUA), que consiste en desarrollar estrategias para hacer que los productos sean más accesibles para todos, contemplando aspectos físicos, servicios, productos y soluciones educativas para que todos puedan aprender sin barreras (CAST, 2006). El DUA consiste en un conjunto de principios y es un modelo práctico que tiene como objetivo maximizar las oportunidades de aprendizaje para todos. Su objetivo es ayudar a los educadores y otros profesionales a adoptar modos de aprendizaje apropiados, eligiendo y desarrollando materiales y métodos eficientes, con el fin de ser elaborados de una manera más mejorada y accesible para evaluar el progreso de todos los estudiantes. Así, en lugar de desarrollar una adaptación específica para un alumno en concreto, en una actividad
determinada, se opta por crear diferentes formas de enseñar determinados contenidos a todos.
El uso del enfoque DUA (CAST, 2014) demostró ser eficiente para la creación de entornos de aprendizaje flexibles y accesibles para todos, incluidas las personas con discapacidades (RIBEIRO; AMATO, 2018). En esta perspectiva, la adopción de esta propuesta se justifica entendiendo que el uso de diversos recursos pedagógicos y tecnológicos, así como materiales, técnicas y estrategias, tiene como objetivo satisfacer la diversidad lectora
en busca de ampliar el acceso a la información y facilitar el aprendizaje de todos, independientemente de sus deficiencias (CASTELINI; SOUSA, 2020).
En este sentido, los folletos educativos producidos se presentan como apoyo a profesionales de la salud, educadores, familiares, compañeros de pacientes y otros involucrados, reflexiones oportunistas sobre la importancia de la comunicación accesible. Estas reflexiones cobran relevancia a la hora de pensar el contexto educativo y la formación inicial y continua de los profesionales señalando formas para la elaboración, adaptación e innovación de productos inclusivos, como prácticas pedagógicas como herramientas orientadas a la accesibilidad, ya sea en términos físicos, creación de productos o soluciones educativas, para que todos puedan aprender y comunicarse (CAST, 2013).
En Brasil, las actividades desarrolladas se llevaron a cabo de manera multidisciplinaria, como se mencionó, y contemplaron la investigación y el desarrollo de tableros CAA con símbolos gráficos específicos para su uso en hospitales y espacios de salud en tiempos de pandemia de covid-19, ayudando a los pacientes a comunicar sentimientos y sensaciones, además de permitir la respuesta a preguntas y permitir solicitudes simples de la vida cotidiana. Para el uso de las pizarras, se proporcionó orientación en el sitio web del Grupo de Acceso COM, que informa a los profesionales de la salud, familiares y acompañantes de pacientes sobre la mejor manera de utilizar las estrategias de CAA y las formas en que el paciente puede expresarse, ya sea señalando manualmente o rastreando los ojos de los símbolos y letras en las tarjetas.78
Fuente: Elaboración propia
7Disponible en: https://www.ufrgs.br/comacesso/wp-content/uploads/2020/04/INSTRUCOES-prancha- hospitalar_V.pdf. Acceso en: 10 mplan 2021.
8Disponible en: https://www.ufrgs.br/comacesso/pranchas-caa-hospitalar/. Acceso en: 10 Jun. 2021.
Los tableros desarrollados en el proyecto UFRGS presentan pictogramas y cartas organizadas por grupos. El material se pone a disposición para su descarga, pero también se entregó impreso, dúplex y plastificado, a todos los hospitales de Porto Alegre y, posteriormente, a los hospitales del estado de Rio Grande do Sul, totalizando más de 3000 tableros entregados de marzo a diciembre de 2020.
El alfabeto permite a la persona deletrear o señalar, formando palabras y frases simples. Los números disponibles ayudan en la elaboración de estas frases y en la medición del dolor, como técnica frecuentemente utilizada por los profesionales de la salud. El material también contempla el diseño del cuerpo humano con una escala que permite expresar, a través de símbolos, los grados de dolor o malestar del paciente, ayudando en la verificación de los síntomas y el bienestar de la persona que se encuentra en el cuidado de la salud.
La base pictograma utilizada en esta obra forma parte del Portal Aragonés de la Comunicación Aumentativa y alternativa (Portal ARASAAC; http://www.arasaac.org/), que presenta un conjunto de símbolos, fotografías, números, letras del alfabeto y otros dibujos, posibilitando la sumar y combinar símbolos. En estos sistemas, la palabra escrita se encuentra encima de cada pictograma y el tamaño indicado para su aplicación es de aproximadamente 3 cm (VERZONI, 1999). Los pictogramas también sufrieron adaptaciones y un rediseño, con vistas a la unidad de lenguaje en todo el material. Así, se creó una versión de los tablones en una fuente ampliada, con cuadrantes más grandes para apuntar y leer, para facilitar el uso en pacientes con Covid-19 en procedimientos hospitalarios.
A través de una asociación con ISAAC Brasil - Sociedad Internacional de Comunicación Alternativa y Aumentativa - Capítulo Brasileño, el material fue traducido a siete idiomas: portugués de Portugal, inglés, español, alemán, italiano, francés y chino. Además, se produjeron videos educativos para la capacitación general sobre los conceptos de
(1) Tecnología de Asistencia y (2) Comunicación Alternativa, (3) el uso de tableros de comunicación alternativos y (4) empleo específico en el contexto hospitalario. El material también cuenta con recursos de accesibilidad, como Libras (Lengua de Señas Brasileña) y Subtítulos para Sordos y Sordos (LSE). ISAAC Brasil también promovió el contacto con asociaciones y consejos de áreas de salud para asociarse con la distribución del material, lo que resultó en la entrega de más de tres mil tableros en otros estados de Brasil.
Finalmente, el proyecto obtuvo una versión de aplicación 9para equipos móviles y en línea con el fin de facilitar el acceso y promover la comunicación de las personas también después de salir del entorno hospitalario, ya que las juntas de comunicación permanecen en los espacios de salud.
Las investigaciones realizadas en este estudio fortalecen el diálogo interdisciplinario al evidenciar prácticas pedagógicas inclusivas como prácticas educativas que favorecen la comunicación accesible y la educación para la salud, desarrolladas en Portugal y Brasil en el contexto de la pandemia de Covid-19.
Según Nunes y Madureira (2015), existe la urgencia de pensar en recursos, prácticas e intervenciones más inclusivas para garantizar el acceso y la participación de todos. En esta perspectiva, el uso de recursos de accesibilidad en la comunicación se vuelve esencial en la atención de salud en tiempos de pandemia, porque permite la interacción con los profesionales de la salud y los familiares, además de ampliar la participación en los procesos educativos, sociales y la ciudadanía activa efectiva.
En este sentido, es importante señalar que las acciones desarrolladas en ambos proyectos contemplaron la producción de materiales para la comunicación accesible en grupos de universidades de Portugal y Brasil, que llevan algunos años desarrollando proyectos CAA y TA, considerando el contexto cultural y las especificidades de cada país, buscando mantener la unidad estética de los materiales. Los proyectos desarrollados en el contexto de la pandemia del Covid-19 se dirigieron a este fin, se adaptaron a este fin, específicamente, y ayudaron en la asociación de imágenes, orientación educativa en salud y en la forma en que se utilizan los materiales, así como en la libre disponibilidad en formatos impresos y digitales, tomando tales medidas en ambos países.
A partir de las estrategias CAA utilizadas, se observó la adopción, en ambos proyectos, de estrategias de escritura simples y con símbolos pictográficos de comunicación, aunque desde diferentes bases pictográficas. En Portugal, hay un predominio del uso del SPC a través del software Boardmaker® con la licencia propuesta por el gobierno. En Brasil, la opción para el uso de sistemas con licencia Creative Commons se debe a la falta de recursos para la adquisición y mantenimiento de sistemas propietarios por parte del Gobierno.
9 Disponible en: https://apps.apple.com/us/app/mobboards/id1565762601. Acceso en: 10 Mayo 2021.; Disponible en: https://play.google.com/store/apps/details?id=mobfeel.com.br.mobboards.mobboards. Acceso en: 10 Mayo 2021.; Disponible en: http://mobfeel.com.br/mobboards/. Acceso en: 10 Mayo 2021.
A partir del estudio, se verificó la ausencia de una estandarización del CAA en ambos países, pero se pudo observar la existencia de un compromiso entre los grupos para mantener la unidad en el desarrollo de materiales. Así, la efectividad de los tableros de comunicación y panfletos producidos para el periodo de pandemia de Covid-19 aún carece de pruebas de investigación y recepción con los usuarios, de acuerdo con los objetivos y tecnologías establecidas para cada contexto y objetivos de comunicación.
La relevancia del tema también se evidenció en ambos países, resultando en el fortalecimiento de las acciones gubernamentales y de la sociedad en la implementación de productos inclusivos y en las prácticas educativas de orientación de la atención y afrontamiento del Covid-19. La movilización propuesta por los proyectos en tiempos de pandemia permitió la construcción de diálogos interdisciplinarios de diferentes profesionales en el desarrollo de productos inclusivos, ampliando las redes de trabajo a favor de la accesibilidad en las prácticas de comunicación y educación en beneficio de la salud y en la reducción de barreras en el aprendizaje.
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PRÁTICAS INCLUSIVAS EM CONTEXTO: AÇÕES DE COMUNICAÇÃO ACESSÍVEL EM PORTUGAL E NO BRASIL
PRÁCTICAS INCLUSIVAS EN CONTEXTO: ACCIONES DE COMUNICACIÓN ACCESIBLES EN PORTUGAL Y BRASIL
Eduardo CARDOSO1 Alessandra Lopes de Oliveira CASTELINI2 Célia Maria Adão de Oliveira Aguiar SOUSA3
diferentes áreas, viabilizando a criação de produtos inclusivos, tornando mais acessível a comunicação e favorecendo os cuidados referentes à saúde em tempos de pandemia, enquanto direito de todos. A pesquisa, de cunho qualitativo, ancora-se metodologicamente em revisão narrativa de literatura. A discussão dos resultados parte de revisão bibliográfica, de legislação e de uma reflexão sobre as práticas realizadas. Consideram-se as ações educativas inovadoras ao ampliar o acesso aos informativos de enfrentamento à COVID-19, ressignificando saberes compartilhados e novas formas de aprendizagens.
RESUMEN: Este artículo tiene como objetivo discutir prácticas inclusivas de comunicación accesible en materia de orientación y prevención de la atención de la salud en el contexto de la pandemia COVID-19, realizadas en proyectos que se desarrollan en Portugal y Brasil. Las prácticas comprenden la producción de tableros de comunicación accesibles y materiales educativos para la educación en salud con el uso de la Comunicación Aumentativa y Alternativa (CAA) basada en los principios del Diseño Universal para el Aprendizaje (DUA). Dichas prácticas, desarrolladas en universidades acreditadas de ambos países, articularon estudios e investigadores de diferentes áreas, posibilitando la creación de productos inclusivos, haciendo más accesible la comunicación y favoreciendo la atención de la salud en tiempos de pandemia, como un derecho de todos. La investigación, de carácter cualitativo, está anclada metodológicamente en una revisión narrativa de la literatura. La discusión de los resultados comienza con una revisión bibliográfica, legislación y una reflexión sobre las prácticas realizadas. Se plantean acciones educativas innovadoras para ampliar el acceso a la información sobre la lucha contra el COVID-19, dando un nuevo significado al conocimiento compartido y nuevas formas de aprendizaje.
PALABRAS CLAVE: Educación inclusiva. Prácticas pedagógicas. Comunicación accesible. Comunicación aumentativa y alternativa. Diseño universal para el aprendizaje.
The year 2020 put the educational process in a new order, imposing many challenges on educators. The context of the world pandemic of Covid-19 has significantly changed the way of thinking and doing formal education, from Early Childhood Education to Higher Education, as well as suddenly changing the way of life of the population, demanding more accessible communication channels, stimulating responses from the scientific field to events of this nature, generating intense social mobilization with a focus on actions to prevent and face the new coronavirus: SARS-COV-2. Facing the pandemic situation established, as a primary goal, the imminent social distancing, which lasted throughout the school year and advanced into 2021, displacing children and professionals to the domestic environment, impacting on unprecedented family and professional reorganization, against a backdrop of an
unprecedented context. permeated by doubt, fear and insecurity, however potent of new strategies, which need to be increasingly accessible to all. From the perspective expressed in Art. 26 of the Universal Declaration of Human Rights (UN, 1948), which states that every human being has the right to education, world leaders based on the guidelines of the World Health Organization (WHO) sought, through communication, invest in campaigns in order to take information through different platforms, emphasizing the importance of instructions and basic hygiene and prevention measures, enabling inclusive pedagogical practices, supported by resources and technologies, enabling communication practices more accessible (WHO, 2020).
When reflecting on the repercussions of preventive measures in the pandemic period, inclusive solutions were sought, based on communication without barriers, expanding accessibility to health guidelines. From this perspective, this study socializes activities carried out in two laboratories of partner universities in the context of both Portugal and Brazil, with the help of inclusive pedagogical practices, which started to be developed in both groups, considering the current moment. Such accomplishments mobilized an immediate and effective response from the population, given the urgent demand for differentiated and innovative strategies in terms of ways of communicating, making pedagogical practices more inclusive and accessible.
Regarding the development of more inclusive educational products and actions, the use of strategies supported by Augmentative and Alternative Communication (AAC) will be highlighted, which, according to Chun (2009), enjoy technological resources and techniques that enable ways of communicate in Assistive Technologies (AT), which, according to Bersch (2009), are products or services that allow and promote people's full participation.
Allied to the combination of these resources, actions were developed, based on the principles of the Universal Design for Learning (UDL), which are based on serving everyone by establishing multiple forms of access to content, thus enabling the expansion of the access to guidelines by contemplating different needs so that everyone can learn, consequently reducing the barriers that prevent access to information and learning by all, without distinction. UDL aims to provide multiple means of representation – the “what” to learn; of action and expression – the “how” of learning; and engagement – the “why” of learning (CAST, 2014).
The need for productions, adaptations and solutions in times of Covid-19 motivated us to deepen investigations and establish notes for the educational context, based on the following issues: how to promote inclusive pedagogical practices with accessibility resources
in communication in times of pandemic? Which ACC strategies can be used? How to expand communicative processes and sensitize professionals in reducing communication barriers?
In Portugal, the actions were developed at the Resource Center for Digital Inclusion (RCDI), together with the Polytechnic Institute of Leiria – IPLeiria, which, since 2006, have been promoting inclusive actions, comprising several projects through protocols with several countries. With the advance of the pandemic in the first months of 2020, there was a need to expand such actions, which resulted in specific solutions for more inclusive guidelines and health education. The project entitled Communicating without barriers, in times of Covid-19 started activities in 2020 and these soon reverberated in actions replicated in Brazil and Cape Verde through the Colmeia Association.
Teams of professionals for remote work were mobilized with the purpose of favoring access to information in the production of educational flyers with health and prevention guidelines, in addition to communication boards, which were made available free of charge to the community. Such actions implied accessibility to information and communication, providing opportunities to express needs in situations of health care and in cases of hospitalization, as well as educational guidelines on official rules and protocols for reopening commercial and cultural spaces, democratizing the access to information with actions that promote citizenship and health care.
In Brazil, the Alternative Communication Boards in Hospitals project, conceived in a multidisciplinary way in conjunction with the Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS), articulated actions to provide assistance to health professionals and family members during the care and follow-up of patients. with communication difficulties because they are limited or prevented from performing oral communication. The project also had the support of the Municipal Department of Social Development and Sport of Porto Alegre, in Rio Grande do Sul.
In this way, the present study, of a qualitative nature (MERRIAM, 1998), with a methodological process anchored in the narrative literature review (MARTINS, 2018), sought to map knowledge about the concepts of AAC and AT, making it possible to meet the emerging demands of the pandemic context, through inclusive and innovative pedagogical practices that enable more accessible communication.
Cordeiro et al. (2007) describe that, in the narrative literature review, there is no explicit and systematic criterion for the search and critical analysis of evidence, and it is up to the researcher to decide which information is most relevant.
Data collection took place through bibliographic and documentary research and pointed to the production of inclusive pedagogical practices with interventions in hospital spaces in both countries, occurring through the availability of educational and communication support materials in ACC, which were released in different media, such as print, on social networks and on institutional websites, replicated in Portugal and Brazil.
By deepening concepts in relation to the object of study, the investigation made it possible to lead the research to significant paths regarding theoretical knowledge, expanding necessary discussions on ways to make communication more accessible, socializing pedagogical and inclusive actions, favoring health education practices, providing opportunities for benefits to society.
This study made it possible to consider that the inclusive pedagogical practices presented favored health education actions, while accessible and innovative communication practices, expanding access to official information on combating COVID-19, guaranteeing the right to communication and health guidelines for all. In addition, they contributed to the care and recovery of people with complex communication needs in hospitals, providing more safety and comfort.
This work asserts education and health as human rights and as a right for all, according to the 1988 Federal Constitution of Brazil (BRAZIL, 1988), as well as access to information and the availability of accessible communication resources expressed in the Brazilian Law of Inclusion – BLI, Law no. 13.146/2015 (BRAZIL, 2015).
BLI (BRAZIL, 2015) ensures the adoption of measures and practices of hygiene, health care and protection for people with disabilities, supported by communication resources, which need to be inclusive, reflecting the specificities existing in the teaching and teaching processes. learning, thus encouraging the development of support products that make communication more accessible to all.
In Portugal, the commitment to inclusive education supports UNESCO guidelines (2009), as a process that aims to respond to the diversity of needs by increasing everyone's participation in learning and throughout life. With the enactment of Decree-Law no. 54/2018 (PORTUGAL, DGE, 2018), it was established as one of the priorities of government action to bid on an inclusive school, from which everyone, regardless of their personal and social
situation, find answers that allow them to acquire a level of education and training that facilitates their full social inclusion.
Among the various guidelines expressed by the WHO, in times of the COVID-19 pandemic, it is highlighted the importance of making simple and accessible communication possible for everyone in the dissemination of a guide (WHO, 2020), which provided guidelines to face the consequences of the disease, boosting several projects around educational actions.
Due to the “high rates of transmissibility and considerable lethality”, according to a study developed by Antônio Augusto Moura da Silva (2020, p. 01), there was an impact on pedagogical and inclusive actions, under an urgent nature, considering the proliferation of the virus. and the profound economic and life damage. For Santos (2020), the pandemic and the quarantine “are revealing that alternatives are possible, that societies adapt to new ways of living when this is necessary and felt as corresponding to the common well-fare” (SANTOS, 2020, p. 29). ).
The proliferation of the coronavirus across Europe in the first months of 2020 triggered the rapid decision of Portugal's rulers for social isolation, protection of the population and the search for technological solutions and products to make it possible to serve the population in times of crisis. Subsequently, in Brazil, intensified actions resulted in the adoption of measures in order to promote social distance and avoid agglomerations, resulting in actions that closed schools and universities, followed by commercial services, protecting only the health service and services essential to the population (DN/PT, 2020).
Social isolation triggered new ways of coping with the high-risk situation of contagion, for which it was necessary to develop new strategies and rethink pedagogical knowledge that would make the emergency situation viable and guide the population to the proper care with physical health, mental and emotional in the face of quarantine, guaranteeing the right to communication and health care in the pandemic.
Assuming that communication is one of the most important needs of human beings, and that the act of reading is part of the communication process, Célia Sousa (2012) shows that this practice becomes vital for people's development, given that that occurs between subjects on a daily basis, involving social interactions and exchanges fostered by different situations.
Among the work developed at CRID in Portugal, actions on accessible communication are fundamental. In this sense, we highlight the development of an accessible communication board with the use of AAC resources such as pictograms - SPC, operated through the Boardmaker® Software (https://goboardmaker.com/). This strategy makes it possible to adapt texts through symbols and images that facilitate compression by different audiences, such as illiterate people, with low literacy, foreigners who do not master the language and by people who have some type of intellectual disability and/or limitations to understand essential information, in this moment of pandemic.
Source: developed by the authors
The use of the accessible communication board, as shown in Figure 1, suggests that the person point to the symbols or fix their gaze to communicate. The board can be accessed free of charge on the RCDI website, and can be used in a digital context through a smartphone, tablet or imprinted. It can also be plasticized, thus increasing its durability and allowing for cleaning. The material developed in the first months of 2020 was soon made available to health professionals in the intervention processes with hospitalized patients and in
helping family members and elderly people with low literacy, who have difficulties in communicating orally.
In addition to communication boards, the RCDI team started to develop flyers with important information to consider during the period of social isolation and health care in times of a pandemic, in addition to adaptations in the guidelines passed on by the government and the WHO. Among the materials produced from March to June 2020, forty flyers with different types of content that were created and adapted with SPC were found on the RCDI website and on social networks.
The material has enabled access by a considerable number of people. The contents of the materials were grouped into four categories: health guidelines; rules for reopening and protocols; commemorative dates and entertainment.
CATEGORIES | CONTENT | TOTAL |
Health | Information on body care, mask use, hand hygiene, social distancing, state of calamity. | 15 |
Rules for Reopening and Protocols | Rules for opening museums, hairdressers and barbers, catering and beverage customers, service in stores, rules on the beach. | 11 |
Commemorative dates | Labor Day, Mother's Day, Children's Day and messages from tourism and pastoral care for the disabled. | 05 |
Entertainment | Poetry, plays, games, songs, dances, recipes. | 09 |
Total | 40 |
Source: Prepared by the authors
In view of the data shown in Table 1, it was possible to perceive that the contents made available, for the most part, ensure information about health care and the rules/norms that guide people for reopening and protocols for the use of public spaces. The entertainment pieces dealt with different contents aimed at children and interaction with family members, providing opportunities for fun and learning with educational practices, guidance and ways of playing that are part of people's daily lives and consider the local cultural context.
The flyers contemplate the coordinated use of AAC techniques such as simple writing and pictograms. The use of simple writing, according to Martins (2014), consists of a way of making the text objective to read and understand, based on familiar concepts, being useful for everyone. In addition, it is noteworthy that the use of an enlarged font benefits people with low eyesight.
The adaptation of writing with pictographic symbols of communication (PSC) seeks to benefit people who have not yet appropriated the written language or people who have some communication difficulty. The use of specific PSC symbols for healthcare and the context of
Covid-19 facilitates understanding and makes the information presented more meaningful. Among the aspects highlighted in the research, there is an inclusive perspective in the production of educational flyers through the articulated strategies of AAC and AT, since the materials can be downloaded on smartphones or tablets, providing opportunities for interaction in the digital context and expanding access and learning for all.
From an inclusive perspective, the production of flyers was based on Universal Designer Learning (UDL), which emerged in the United States in 1999, translated into Portuguese as Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA), which consists of developing strategies to make the most accessible products for all, contemplating physical aspects, services, products and educational solutions so that everyone can learn without barriers (CAST, 2006).
The UDL consists of a set of principles and constitutes a practical model that aims to maximize learning opportunities for all. Its objective is to help educators and other professionals to adopt appropriate learning modes, choosing and developing efficient materials and methods, in order to be elaborated in a more refined and accessible way to evaluate the progress of all students. In this way, instead of developing a specific adaptation for a particular student, in a certain activity, it is chosen to create different ways of teaching certain content for everyone.
The use of the UDL approach (CAST, 2014) proved to be efficient for creating flexible and accessible learning environments for everyone, including those with disabilities (RIBEIRO; AMATO, 2018). From this perspective, the adoption of this proposal is justified by understanding that the use of various pedagogical and technological resources, as well as materials, techniques and strategies, aim to meet the reader diversity in search of expanding access to information and facilitating learning for all, regardless of their disabilities (CASTELINI; SOUSA; QUARESMA DA SILVA, 2020).
In this sense, the educational flyers produced are presented as a support for health professionals, educators, family members, patient companions and others involved, providing opportunities for reflections on the importance of accessible communication. These reflections become relevant when thinking about the educational context and the initial and continuing training of professionals by pointing out ways for the elaboration, adaptation and innovation of inclusive products, while pedagogical practices as tools that aim at accessibility, whether in physical terms, creation of educational products or solutions, so that everyone can learn and communicate (CAST, 2013).
In Brazil, the activities developed were carried out in a multidisciplinary way, as mentioned, and included the research and development of AAC boards with specific graphic symbols for use in hospitals and health spaces in times of the Covid-19 pandemic, helping the patients in the communication of feelings and sensations, in addition to enabling the answer to questions and allowing simple requests of everyday life. Guidelines for the use of the boards were made available on the website of the COM Acesso Group, which informs health professionals, family members and patient companions on the best way to use AAC strategies and the ways in which the patient can express himself, either by pointing out manual or eye tracking of symbols and letters on cards.
Source: Prepared by the authors
The boards developed in the UFRGS project have pictograms and letters organized by groups. The material is available for download, but it was also delivered printed, double-sided and laminated, to all hospitals in Porto Alegre and, later, to hospitals in the state of Rio Grande do Sul, totaling more than 3000 boards delivered from March to December, 2020.
The alphabet allows a person to spell or point, forming simple words and sentences. The numbers provided help in the elaboration of these sentences and in the measurement of pain, as a technique frequently used by health professionals. The material also includes the drawing of the human body with a scale that allows expressing, by means of symbols, the degrees of pain or discomfort of the patient, helping to verify symptoms and the well-being of the person who is undergoing a treatment.
The pictogram base used in this work comes from the Portal Aragonés de la Comunicación Aumentativa y Alternativa (Portal ARASAAC; http://www.arasaac.org/), which presents a set of symbols, photographs, numbers, letters of the alphabet and others.
drawings, making it possible to add and combine symbols. In these systems, the written word is located above each pictogram and the size indicated for its application is approximately 3 cm (VERZONI, 1999). The pictograms also underwent adaptations and a redesign, as a way of unifying the language throughout the material. Thus, an enlarged font version of the boards was also created, with larger quadrants for pointing and reading, to facilitate use in patients with Covid-19 in hospital procedures.
Through a partnership with ISAAC Brasil – International Society of Alternative and Augmentative Communication – Brazilian Chapter, the material was translated into seven languages: Portuguese from Portugal, English, Spanish, German, Italian, French and Chinese. In addition, educational videos were produced for general training on the concepts of (1) Assistive Technology and (2) Alternative Communication, (3) the use of alternative communication boards and (4) specific use in the hospital context. The material also has accessibility resources, such as Libras (Brazilian Sign Language) and Subtitles for the Deaf and Deafened (LSE). ISAAC Brasil also promoted contact with associations and councils in the health areas for partnership regarding the distribution of the material, resulting in the delivery of more than three thousand boards in other states of Brazil.
Finally, the project gained an application version for mobile and online equipment in order to facilitate access and promote people's communication even after leaving the hospital environment, since communication boards remain in health spaces.
The investigations undertaken in this study strengthen the interdisciplinary dialogue by highlighting inclusive pedagogical practices as educational practices that favor accessible communication and health education, developed in Portugal and Brazil in the context of the Covid-19 pandemic.
According to Nunes and Madureira (2015), there is an urgent need to think about more inclusive resources, practices and interventions in order to guarantee access and participation for all. From this perspective, the use of accessibility resources in communication becomes essential in health care in times of a pandemic, as it allows interaction with health professionals and family members, in addition to expanding participation in educational and social processes and the effectiveness of an active citizenship.
In this sense, it is important to point out that the actions developed in both projects contemplated the production of materials for accessible communication in groups of
universities in Portugal and Brazil, which have been developing AAC and AT projects for some years, considering the cultural context and the specificities of each country, seeking to maintain the aesthetic unity of the materials. The projects developed in the context of the Covid-19 pandemic were aimed at this purpose, adapted to the specific case, and helped in the association of images, educational health guidelines and in the way of using the materials, as well as in the free availability in the printed and digital formats, taking place in both countries.
From the AAC strategies used, it was observed the adoption, in both projects, of simple writing strategies and with pictographic communication symbols, although from different pictogram bases. In Portugal, there is a predominance of the use of the SPC through the Boardmaker® software with the license proposed by the government. In Brazil, the option for the use of systems with a Creative Commons license is due to the unavailability of resources for the acquisition and maintenance of proprietary systems by the Government.
From the study, it was found the absence of a standardization of the AAC in both countries, but it was possible to observe the existence of an effort between the groups to maintain unity in the development of the materials. Thus, the effectiveness of communication boards and flyers produced for the Covid-19 pandemic period still lacks research and reception tests with users, according to the objectives and technologies established for each context and communication objectives.
The relevance of the topic in both countries was also evidenced, resulting in the strengthening of government and society actions in the implementation of inclusive products and in educational practices of care guidance and coping with Covid-19. The mobilization proposed by the projects in times of a pandemic enabled the construction of interdisciplinary dialogues of different professionals in the elaboration of inclusive products, expanding the work networks in favor of accessibility in communication and educational practices for the benefit of health and the reduction of barriers in learning.
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Management of translations and versions: Editora Ibero-Americana de Educação Translator: Thiago Faquim Bittencourt Lattes
Translation reviewer: Alexander Vinícius Leite da Silva