image/svg+xml
Uso de tecnologias digitais no ensino de cartografia no Sistema Colégio Militar do Brasil
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1785
USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS NO ENSINO DE CARTOGRAFIA NO
SISTEMA COLÉGIO MILITAR DO BRASIL
USO DE TECNOLOGÍAS DIGITALES EN LA ENSEÑANZA DE CARTOGRAFÍA EN
EL SISTEMA COLEGIO MILITAR DE BRASIL
USE OF DIGITAL TECHNOLOGIES IN THE TEACHING OF CARTOGRAPHY IN
THE MILITARY COLLEGE SYSTEM IN BRAZIL
Artur Cunha Nogueira de OLIVEIRA
1
Joana VIANA
2
RESUMO
: Neste artigo apresenta-se um estudo realizado com o propósito de identificar as
práticas de ensino de cartografia com tecnologias digitais, caracterizando o modo como são
usadas as tecnologias digitais pelos professores atuantes na disciplina de Geografia nos colégios
do Sistema Colégio Militar do Brasil. Com base em pesquisa bibliográfica em bancos de dados
científicos foram identificadas práticas de uso de tecnologias digitais consideradas relevantes
no ensino da cartografia. A partir dos resultados dessa pesquisa e com vista à sua exploração,
realizaram-se entrevistas semidirectivas a professores atuantes no 1º ano do Ensino Médio.
Verificou-se que os professores entrevistados tiram partido das possibilidades das tecnologias
digitais através de diversas práticas e estratégias no seu uso no ensino da cartografia. Destaca-
se que além do cumprimento dos objetivos educacionais contidos nos documentos curriculares,
a visão dos professores revela a preocupação com uma aprendizagem significativa dos seus
alunos.
PALAVRAS-CHAVE
: Tecnologias digitais. Práticas pedagógicas. Ensino de cartografia.
Sistema Colégio Militar do Brasil. Ensino Médio.
RESUMEN
: Este artículo presenta un estudio realizado con propósito de identificar las
prácticas de enseñanza de cartografía con tecnologías digitales, caracterizando la forma en
que las tecnologías digitales son utilizadas por los docentes que enseñan en la disciplina de
geografía en las escuelas del sistema Colégio Militar de Brasil. A partir de la investigación
bibliográfica en bases de datos científicas, se identificaron prácticas en el uso de tecnologías
digitales consideradas relevantes en la enseñanza de cartografía. A partir de los resultados de
esta investigación y con miras a su exploración, se llevaron a cabo entrevistas semidirectivas
con docentes que enseñan en 1º año de la educación secundaria. Se verificó que los docentes
entrevistados aprovechan las posibilidades de las tecnologías digitales a través de diferentes
prácticas y estrategias en su uso en la enseñanza de cartografía. Es de destacar que, además
de cumplir con los objetivos educativos contenidos en los documentos curriculares, la mirada
de los docentes revela su preocupación por un aprendizaje significativo para sus alumnos.
PALABRAS CLAVE
: Tecnologías digitales. Prácticas pedagógicas. Enseñanza de
cartografía. Sistema de Colegios Militares de Brasil.
Educación Secundaria.
1
Instituto de Educação da Universidade de Lisboa (IE-ULisboa), Lisboa – Portugal. Doutorando em Educação.
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5581-4237. E-mail: artur.oliveira@campus.ul.pt
2
Instituto de Educação da Universidade de Lisboa (IE-ULisboa), Lisboa – Portugal. Professora Auxiliar.
Doutorado em Educação. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5939-4401. E-mail: jviana@ie.ulisboa.pt
image/svg+xml
Artur Cunha Nogueira de OLIVEIRA e Joana VIANA
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1786
ABSTRACT
: This article presents a study carried out with the purpose of identifying the
teaching practices of cartography with digital technologies, characterizing the way in which
digital technologies are used by teachers working in geography in the schools of Military
College System of Brazil. Based on bibliographical research in scientific databases, practices
in the use of digital technologies considered relevant in the teaching of cartography were
identified. From the results of this research and with a view to its exploration, semi-directive
interviews were carried out with high school teachers. It was found that the interviewed
teachers take advantage of the possibilities of digital technologies through different practices
and strategies in their use in the teaching of cartography. It is noteworthy that, in addition to
fulfilling the educational objectives contained in the curriculum documents, the view of teachers
reveals their concern with meaningful learning for their students.
KEYWORDS
: Digital technologies. Pedagogical practices. Cartography teaching. Military
College System of Brazil. High School.
Introdução
Nos últimos anos, com o advento da Internet e suas potencialidades, o mundo tem
experimentado uma profunda revolução nos processos de comunicação e socialização, e o uso
educativo das tecnologias digitais em rede também não é diferente, sendo este último objeto de
grande relevância no campo da investigação educativa (COSTA
et al.
, 2012). O impacto que
as tecnologias exercem na aprendizagem depende de
como
e
para quê
estas são utilizadas
(COSTA
et al.
, 2012).
As tecnologias digitais possuem um elevado potencial do ponto de vista pedagógico
(COSTA
et al.
, 2012; COSTA
et al.
, 2017), e do ponto de vista da aprendizagem podem ser
utilizadas como instrumentos de trabalho do aluno, auxiliando e envolvendo-o ativamente como
protagonista na construção do seu conhecimento (e.g. JONASSEN, 2000; PAPERT, 2008).
Segundo Jonassen (2000, p. 21), as tecnologias potencializam a aprendizagem dos alunos
quando permitem “aceder a informação desejada, simular problemas e situações, articular e
representar o que os alunos sabem, reflectir sobre o que aprenderam e como o fizeram”.
O presente estudo focaliza-se no uso de tecnologias digitais no ensino de cartografia no
Sistema Colégio Militar do Brasil (SCMB), partindo da seguinte questão problematizadora:
“Como os professores de Geografia tiram partido do potencial que as tecnologias digitais têm
para o ensino da cartografia na Educação Básica em Sistema de Ensino Militar no Brasil?”.
Como estratégia para responder a questão central, definiram-
se as seguintes questões de
investigação: i) que práticas com o uso de tecnologias digitais são consideradas relevantes na
área de ensino da cartografia?, ii) quais são as percepções dos professores sobre o uso de
tecnologias digitais no ensino da cartografia?, e iii) qual a visão dos professores acerca das
image/svg+xml
Uso de tecnologias digitais no ensino de cartografia no Sistema Colégio Militar do Brasil
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1787
potencialidades das tecnologias digitais no ensino da cartografia em relação às tecnologias
tradicionais?.
Este é um estudo qualitativo (AMADO, 2013), cujo
design
metodológico foi construído
e definido em dois momentos, com recurso a diferentes técnicas para a recolha e análise de
dados: i) análise documental de estudos encontrados em pesquisa bibliográfica realizada de
acordo com a técnica de revisão sistemática de literatura, e ii) entrevistas a professores do
ensino médio do Sistema Colégio Militar do Brasil.
Nesse artigo apresentamos as práticas de ensino de cartografia com tecnologias digitais
desenvolvidas na Educação Básica, caracterizando o modo como são usadas para o ensino da
cartografia pelos professores atuantes na disciplina de Geografia nos colégios do Sistema
Colégio Militar do Brasil, identificando estratégias e atividades desenvolvidas, conteúdos
trabalhados e ferramentas digitais utilizadas, com foco no potencial pedagógico transformador
(COSTA, 2008) que as tecnologias digitais podem exercer no processo de ensino-
aprendizagem. Na busca pelo que os professores entrevistados tinham a dizer, imersos no
contexto da pandemia de Covid-19, procurou-se ainda identificar possíveis mudanças ocorridas
nas práticas pedagógicas nesse período.
Uso de tecnologias digitais no Ensino de Cartografia
A produção cartográfica é uma atividade que esteve e está presente em todas as fases da
hum
anidade, desde a pré-história, com os registros feitos em cavernas pelos povos primitivos
(IBGE, 2020), até os tempos mais recentes, com a utilização de uma vasta gama de recursos
tecnológicos que facilitam a sua produção e disseminação. Conforme Capel (1981), a
importância da cartografia pode ser assentada no contexto histórico da guerra franco-prussiana
(1870), quando os franceses após terem sido derrotados pelos alemães constataram que havia
um escasso nível de conhecimento na Geografia e nas línguas vivas dentro dos liceus, o que
acabou por despertar para uma necessidade de reforma no ensino, e a Geografia foi nitidamente
favorecida nesse processo de renovação. Promoveram mudanças desde o ensino primário,
colocando como obrigatoriedade a necessidade de se realizarem excursões geográficas, também
chamadas de “passeios topográficos”, assim como a elaboração de croquis e o estudo prévio
dos mapas e plantas. Francischett (2004) afirma que a linguagem cartográfica tem a sua
importância reconhecida no ensino de Geografia, pois além de serem desenvolvidas as
capacidades relativas à compreensão dos mapas, ela proporciona a capacidade de representar o
espaço geográfico.
image/svg+xml
Artur Cunha Nogueira de OLIVEIRA e Joana VIANA
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1788
Simielli (1999) estrutura as principais aquisições metodológicas (simples, médias e
complexas) que os alunos na faixa etária entre 11 e 17 anos de idade devem adquirir ao
desenvolverem as atividades de cartografia (Quadro 1).
Quadro 1
– Aquisições metodológicas em cartografia
Aquisições Simples
Aquisições Médias
Aquisições Complexas
• Conhecer os pontos
cardeais.
• Saber se orientar com uma
carta.
• Encontrar um ponto sobre
uma
carta com as coordenadas ou
com o índice remissivo.
• Encontrar as coordenadas
de um ponto.
• Saber se conduzir com uma
planta simples.
• Extrair de plantas e cartas
simples uma só série de
fatos.
• Saber calcular altitude e
distância.
• Saber se conduzir com um
mapa rodoviário ou uma
carta topográfica.
• Medir uma
distância sobre uma
carta com uma escala numérica.
• Estimar um ponto da curva
hipsométrica.
• Analisar a disposição das formas
topográficas.
• Analisar uma carta temática
representando um só fenômeno
(densidade populacional, relevo
etc.).
• Reconhecer e situar as formas de
relevo e de utilização do solo.
• Saber diferenciar declives.
• Saber reconhecer e situar tipos de
clima, massas de ar, formações
vegetais, distribuição populacional,
centros industriais e urbanos e
outros.
• Estimar uma altitude entre d
uas curvas
hipsométricas.
• Saber utilizar uma bússola.
• Correlacionar duas cartas simples.
• Ler uma carta regional simples.
• Explicar a localização de um
fenômeno por correlação entre duas
cartas.
• Elaborar uma carta simples a partir de
uma carta complexa.
• Elaborar uma carta regional com os
símbolos precisos.
• Saber elaborar um croqui regional
simples (com legenda fornecida pelo
professor).
• Saber levantar hipóteses reais sobre a
origem de uma paisagem.
• Analisar uma carta temática que
apresenta vários fenômenos.
• Saber extrair de uma carta complexa
os elementos fundamentais.
Fonte: Adaptado de Hugonie (1992 apud SIMIELLI, 1999, p. 93-108)
O ensino da cartografia possibilita ao aluno “pensar significativamente o conhecimento
do espaço geográfico através da leitura e entendimento das representações cartográficas [...]”
(FRANCISCHETT, 2007, p. 1). Di Maio (2004, p. 13) destaca que “[...] a Cartografia, na
disciplina de Geografia, pode assumir um papel de ferramenta ou instrumento que desperta
capacidades e competências, estimulando em sala de aula as inteligências dos alunos”. Para
Canto (2011, p. 29), a linguagem digital aplicada à cartografia permite “aos usuários dos mapas
a possibilidade de navegar por diferentes formas de expressão dos conteúdos geográficos e
selecionar, dentro de um leque de opções pré-definido, as informações que deseja visualizar
cartograficamente”.
Com relação ao papel das tecnologias digitais, Costa
et al.
(
2012) destacam que estas
devem ser instrumento para auxiliar o aluno na aprendizagem, envolvendo-o ativamente como
protagonista na construção do seu conhecimento (COSTA
et al.
, 2012). Para Jonassen (2000,
p. 26), “quando os alunos usam os computadores como parceiros, descarregam parte do peso
das tarefas de memorização não produtivas para o computador, o que lhes permite pensar de
image/svg+xml
Uso de tecnologias digitais no ensino de cartografia no Sistema Colégio Militar do Brasil
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1789
forma mais produtiva”. Jonassen (2000) propõe que devemos substituir a ideia de aprender
a
partir
de
computadores ou
sobre
computadores por aprender com computadores, pois enquanto
aprender
a partir de
computadores e aprender
sobre
computadores, significam usar os
computadores como ferramentas meramente produtivas, aprender com os computadores
significa “usar o computador como ferramenta com o qual se aprende” (JONASSEN, 2000, p.
28), ou seja, os computadores como ferramentas cognitivas. As ferramentas cognitivas exigem
que os alunos tenham um pensamento crítico, pois ao utilizarem as aplicações informáticas o
fazem de maneira significativa e representando o que sabem (JONASSEN, 2000).
Ao refletirmos sobre o processo de aprendizagem, devemos levar em consideração a sua
complexidade. Segundo Benjamin Bloom (1956), a aprendizagem ocorre sob três áreas ou
domínios: afetivo, cognitivo e psicomotor. A taxonomia de Bloom (1956) é uma ferramenta de
compreensão do processo de aprendizagem, a qual ordena e classifica os níveis de
aprendizagem, que vão desde o de menor complexidade ao de maior complexidade, e cada
categoria é descrita a partir de um substantivo (CHURCHES, 2009).
A taxonomia de Bloom passou por uma primeira revisão, realizada pelos autores
Anderson e Krathwohl (2001, apud CHURCHES, 2009). Ao analisar como a taxonomia de
Bloom revisada poderia ser aplicada ao contexto da integração das TIC, Churches (2009)
verificou que os verbos utilizados já não atendiam aos objetivos, processos e ações que se fazem
presentes neste novo contexto, tanto para os professores, alunos, assim como quase todas as
atividades que realizamos diariamente, e por isso, surge a necessidade de se realizar mais outra
revisão, desta vez, para uma versão digital: a taxonomia digital de Bloom (figura 1).
image/svg+xml
Artur Cunha Nogueira de OLIVEIRA e Joana VIANA
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1790
Figura 1
–
Bloom’s Digital Taxonomy
- domínio cognitivo
Fonte: Adaptado de Churches (2009)
Cabe destacar que a taxonomia digital de Bloom não é focada nas ferramentas e nas
tecnologias digitais, mas sobretudo no uso das ferramentas como meio de alcançar os objetivos
da aprendizagem (lembrar, compreender, aplicar, analisar, avaliar e criar, para o domínio
cognitivo) (CHURCHES, 2009).
Pereira, Kuenzer e Teixeira (2019, p. 4) concluem que o uso das tecnologias digitais no
ensino da Geografia no Ensino Médio, além de propiciar um maior envolvimento do aluno com
o conteúdo, incentiva o protagonismo juvenil e “ressignifica o ato de aprender e o processo de
construção do conhecimento devido às possibilidades proporcionadas”.
Nas seções seguintes serão apresentados o contexto em que realizou o estudo, a
metodologia empregada e a caracterização sociodemográfica dos professores entrevistados.
Posteriormente são apresentados e discutidos os resultados, culminando com algumas
considerações sob a forma de conclusões.
Contexto do estudo
O estudo realizado situa-se no Sistema de Ensino Colégio Militar do Brasil. Os Colégios
Militares são considerados Organizações Militares (OM) que funcionam como instituições
públicas de ensino pertencentes ao Exército Brasileiro (EB), subordinadas diretamente à
Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial (DEPA) destinadas a ministrar a educação
básica nos anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) e todo o Ensino Médio (1º ao 3º
ano). O propósito central é o de capacitar os alunos para o ingresso em instituições militares e
instituições civis de ensino superior (BRASIL, 2008, 2014). Atualmente, os colégios estão
presentes em quatorze cidades brasileiras, nas cinco regiões do país, em onze Estados e no
Distrito Federal.
No contexto do SCMB, o currículo é concretizado da seguinte forma:
image/svg+xml
Uso de tecnologias digitais no ensino de cartografia no Sistema Colégio Militar do Brasil
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1791
[...] o currículo é materializado pelos Planos de Sequências Didáticas (PSD) e
é composto por uma matriz de referência, por eixos cognitivos, pelas
propostas filosóficas de Área e de Disciplinas, pelos objetos do conhecimento
designados para os anos escolares e pela competência discursiva. Na atual
proposta pedagógica a concepção que orienta o uso do currículo é a da
perspectiva aberta e flexível, ou seja, o currículo pode ser ajustado e atualizado
[...] (DEPA, 2016, p. 19).
O currículo deve ser visto como um documento imprescindível no planejamento,
voltado ao desenvolvimento dos conteúdos dentro de uma sequência didática, e deve ser
organizado conforme os objetivos pretendidos pelo professor, no que se refere à aprendizagem
dos seus alunos, como atividades de aprendizagem e avaliação (DEPA, 2016).
Com base no Plano de Sequência Didática - PSD (DEPA, 2012), o currículo norteador
do ensino no Sistema de Ensino em questão, a cartografia é um objeto de conhecimento previsto
para o 1º ano do Ensino Médio. Pelo fato de a cartografia ser um dos dez objetos do
conhecimento previstos para o 1º ano de Geografia do Ensino Médio, correspondendo a cerca
de 10% do que é ensinado nesta série, optou-se por identificar o que é pertinente ao ensino da
cartografia. A leitura do PSD no que diz respeito ao ensino da cartografia na disciplina de
Geografia do 1º ano do Ensino Médio é apresentada sumariamente no quadro 2, com os tópicos
de conteúdo e seu respectivo detalhamento (quadro 2).
Observa-se que o ensino da cartografia proposto neste currículo enfatiza a necessidade
de se dominar a escala (geográfica e cartográfica), para que se faça uma análise mais precisa
dos fenômenos geográficos, seja em nível local, regional, até em nível global. O PSD (DEPA,
2012) destaca a leitura, a interpretação e a confecção dos mapas como um dos gêneros textuais
necessários para o desenvolvimento da competência discursiva, reforçando ainda a importância
que os documentos cartográficos têm em todas as áreas do conhecimento.
Quadro 2 –
Resumo do Plano de Sequências Didáticas de Geografia do 1º ano do Ensino
Médio
Tópico
Detalhamento
Proposta Filosófica
da Disciplina
Trata
-
se de uma ciência multidisciplinar, pois alia o conhecimento de múltiplas disciplinas à
metodologia de leitura e interpretação de textos, mapas (...).
(...) desenvolve no estudante habilidades e competências à localização e à compreensão dos
fenômenos geográficos (...).
image/svg+xml
Artur Cunha Nogueira de OLIVEIRA e Joana VIANA
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1792
Aspectos levantados
quanto à
metodologia e
didática da
disciplina
preparar o aluno para compreender e atuar no mundo complexo, problematizar, formular
proposições, pensar e atuar criticamente em sua realidade, promovendo o letramento espacial
discente (...).
O domínio da escala de análise, assim como da escala de representação, é um critério importante
no estudo de Geografia, sendo fundamental que se considere, sempre, os seus vários níveis
(local, regional e mundial), para não incorrer em interpretações simplistas da realidade.
As competências voltadas à interpretação de documentos cartográficos serão comuns a todos os
objetos do conhecimento.
Estratégias de
aprendizagem
O domínio da leitura e da interpretação cartográfi
ca é condição imprescindível para a análise
dos fenômenos que se apresentam distribuídos no espaço geográfico.
Procedimentais
Entender o processo de mapeamento através da espacialização de diferentes temáticas, elaborar
perfis topográficos,
realizar cálculos de distância e de área e identificar as coordenadas
geográficas, elaboração de mapas conceituais, elaboração de organogramas (...).
Gêneros Textuais
Mapas, gráficos, infográficos (...).
Competência
Discursiva
Os estudantes devem ter
oportunidades de, partindo da leitura de textos, utilizar corretamente e
compreender palavras e frases que descrevam contextos como, por exemplo: localização,
geografia, paisagem, lugar, território, região, escala, cartografia, dentre outras.
Habilidades
HG1
-
Ler, analisar e interpretar os códigos específicos de Geografia (mapas, gráficos, tabelas
etc.) considerando-
os como elementos de representação de fatos e fenômenos espaciais ou
espacializados.
HG2 - Reconhecer e aplicar o uso das escalas
cartográfica e geográfica como formas de
organizar e conhecer a localização, a distribuição e a frequência dos fenômenos naturais e
humanos.
HG5 - Refletir, comparar e utilizar os dados registrados por meio de gráficos, tabelas e mapas.
HG6 - Conhecer os fundamentos da escala e principalmente saber utilizá-la de forma adequada,
tanto para a elaboração de documentos – mapas, tabelas e gráficos –
quanto para a análise do
espaço geográfico.
Fonte: Adaptado de Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial DEPA (2012)
Metodologia
A metodologia, de abordagem qualitativa, utilizada para este estudo se apoiou, num
pr
imeiro momento, na i) análise documental de publicações obtidas na pesquisa bibliográfica
sobre práticas de ensino da cartografia com uso de tecnologias digitais, recorrendo à revisão
sistemática da literatura, e, num segundo momento, na ii) caracterização das percepções de
professores que atuam no Ensino Médio dos colégios militares sobre o uso de tecnologias
digitais no ensino da cartografia, obtidas por meio de entrevistas semidirectivas. Segundo
Cohen, Manion e Morrison (2006 apud AMADO, 2013, p. 212), “a conjugação de métodos de
investigação permite ajuizar da coerência ou incoerência dos resultados”.
image/svg+xml
Uso de tecnologias digitais no ensino de cartografia no Sistema Colégio Militar do Brasil
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1793
Nas entrevistas, buscou-se confrontar os dados obtidos na análise documental,
procurando saber o que tinham os professores a dizer, recorrendo-se à técnica de entrevista
semidirectiva na auscultação de professores de Geografia que atuam no 1º ano do Ensino
Médio.
Na pesquisa bibliográfica, buscou-se identificar documentos que tratassem da
integração de tecnologias digitais no ensino da cartografia a fim de construir um arcabouço
representativo e que permitisse uma análise rigorosa das práticas de ensino da cartografia com
o uso de tecnologias digitais e, por conseguinte, estabelecer uma relação entre os documentos
produzidos acerca da temática e os objetivos do currículo de Geografia do 1º ano do Ensino
Médio no SCMB. Para o desenvolvimento da pesquisa bibliográfica, optou-se pela pesquisa e
revisão bibliográfica indicada por Gil (2008), identificando, localizando, analisando e incluindo
neste trabalho os documentos pesquisados a partir dos critérios pré-estabelecidos no quadro 3.
Quadro 3 –
Critérios da pesquisa em bases de dados científicas
Base de Dados
Critérios
Expressão de
busca
Período
da
publicação
Campos
pesquisados
Tipos de
Fontes
Biblioteca Digital Brasileira de Teses e
Dissertações
Repositório Científico de Acesso Aberto
de Portugal
Repositório institucional da Universidade
de Lisboa
Academic Search Complete
Education Source
SciELO
Resumo
Artigos,
dissertações e
teses
(ensino) AND
(cartografia OR
geografia) AND
(tecnologias)
2010 a
2020
Fonte: Elaborado pelos autores (2021)
Durante a etapa da pesquisa nas bases de dados foram encontrados 232 documentos
(artigos, dissertações e teses). Concomitante ao levantamento, foram lidos os resumos com a
finalidade de confirmar a pertinência e a clareza quanto ao objeto de estudo, sendo excluídos
222 documentos por não atenderem aos requisitos pretendidos, isto é, publicações que não se
referiam ao ensino da cartografia no ensino básico, especificamente no Ensino Médio.
image/svg+xml
Artur Cunha Nogueira de OLIVEIRA e Joana VIANA
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1794
Ao final da etapa da triagem foi possível obter o acesso completo a 10 documentos
publicados ao longo dos vários anos da década considerada, 5 artigos, 4 dissertações de
mestrado e 1 tese de doutoramento, conforme quadro 4.
Quadro 4
–
Documentos provenientes da pesquisa bibliográfica
Nº
Autor(es)
Ano
Título
Tipo de
publicação
País
1
Batista, N. L.
2019
Cartografia escolar, multimodalidade e
multiletramentos para o ensino de geografia
na contemporaneidade
Tese
Brasil
2
Junior, L. M.
& Martins, R.
E. M. W. &
Frozza, M. V.
C.
2020
Potencialidades da ferramenta Google My
Maps para o ensino de geografia em Portugal
Artigo
Portugal
3
Lôbo, R. N.
B.
2011
O uso da cartografia digital como ferramenta
didática na disciplina Geografia no ensino
médio
Dissertação
Brasil
4
Louro, D. F.
dos S.
2016
A utilização das Tecnologias de Informação e
Comunicação como ferramenta didática no
ensino da História e da Geografia
Dissertação
Portugal
5
Medeiros, J.
L.
2016
Tecnologias Digitais e Geografia: um relato
de experiência.
Artigo
Brasil
6
Nogueira, R.
E.
2012
Tecnologias da Informação e Comunicação
(TICs), inclusão e cartografia escolar
Artigo
Brasil
7
Oliveira, E.
A. &
Oliveira, R.
C. S.
2019
O Uso do Aplicativo LandscapAR Como
Recurso Pedagógico Para o Ensino de
Geografia
Artigo
Brasil
8
Santos, A. M.
F
2018
(WEB) Cartografia e Realidade Aumentada:
Novos Caminhos para o Uso das Tecnologias
Digitais no Ensino da Geografia
Artigo
Brasil
9
Silva, A. P.
A. d.
2013
Potencial pedagógico do
sensoriamento
remoto nas escolas de educação básica da
região metropolitana de Feira de Santana -
Bahia
Dissertação
Brasil
10
Silva, F. G.
2012
Geotecnologias no ensino de geografia:
Livros didáticos e práticas educativas para o
ensino médio em
Feira de Santana, BA
Dissertação
Brasil
Fonte: Elaborado pelos autores (2021)
Para a realização das entrevistas foi construído um guião, “instrumento fundamental
pa
ra a correta e útil condução da entrevista” (AMADO, 2013, p. 215). Foram utilizadas fontes
image/svg+xml
Uso de tecnologias digitais no ensino de cartografia no Sistema Colégio Militar do Brasil
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1795
provenientes da revisão de literatura referentes ao objeto de estudo, além dos resultados
provenientes da análise documental da pesquisa bibliográfica realizada na etapa anterior, como
prevê Amado (2013).
As entrevistas aos professores tiveram como objetivos caracterizar as percepções dos
professores sobre o uso de tecnologias digitais no ensino da cartografia; descrever as práticas
que os professores dizem adotar quando utilizam as tecnologias digitais no ensino da
cartografia, destacando as atividades, estratégias, conteúdos abordados e ferramentas digitais
usadas nas aulas; e, por último, identificar a visão dos professores acerca das potencialidades
das tecnologias digitais no ensino da cartografia em relação às tecnologias tradicionais. Diante
da conjuntura da pandemia de covid-19, que se mostrou indiscutivelmente presente em todos
os setores da sociedade, incluindo a educação, verificou-se a necessidade de identificar
possíveis mudanças ocorridas nas práticas pedagógicas dos professores nesse período.
As entrevistas foram realizadas com professores de Geografia que atuam no 1º ano do
Ensino Médio dos Colégios Militares, por lecionarem o conteúdo cartografia, optando-se por
entrevistar três professores, um por colégio, dentre os quatorze colégios, distribuídos em todas
as regiões do Brasil. Os professores entrevistados lecionam em um dos colégios da região Norte,
Nordeste e Sul do Brasil.
A realização das entrevistas aos professores ocorreu em julho de 2020 por
videoconferência, utilizando os aplicativos
Zoom
e
Google Meet
, tendo sido gravado somente
o áudio das entrevistas, após autorização dos entrevistados. Cabe frisar que foram respeitados
e cumpridos princípios e orientações de foro ético durante a investigação, tendo o parecer
favorável da Comissão de Ética do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa (nº 545 de
3 de fevereiro de 2010) para a realização desta investigação. Foram asseguradas a proteção e a
privacidade dos participantes, mantendo a confidencialidade das informações.
Para a análise de dados, utilizou-se a técnica de análise categorial (BARDIN, 2016).
Para a análise dos documentos que resultaram da pesquisa bibliográfica, prosseguiu-se na
identificação de elementos em comum em todos os estudos que se organizaram num sistema de
categorias próprio, ao mesmo tempo que foram consideradas as qualidades de exclusão mútua,
homogeneidade, pertinência, objetividade, fidelidade e produtividade (BARDIN, 2016).
Buscou-se identificar os elementos que descrevessem as práticas de ensino da cartografia com
o uso de tecnologias digitais e, subsidiado pelo aporte teórico, foram definidas as seguintes
categorias: estratégias, atividades, conteúdos e ferramentas digitais.
Para o processo de análise de conteúdo das entrevistas, optou-se pelo procedimento
f
echado (AMADO, 2013), procedendo à categorização dos elementos que descrevessem as
image/svg+xml
Artur Cunha Nogueira de OLIVEIRA e Joana VIANA
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1796
práticas de ensino com tecnologias adotadas pelos professores, a partir de um sistema de
categorias prévio.
Caracterização sociodemográfica dos professores entrevistados
Ao nível de formação acadêmica, todos os professores entrevistados são licenciados em
Geografia e possuem ao menos uma especialização e/ou mestrado. Foram entrevistados dois
professores do gênero masculino e um do gênero feminino, todos pertencentes ao quadro de
docentes militares. Os professores possuem um nível de experiência que varia entre 8 e 33 anos
de docência na disciplina de Geografia.
Apresentação e discussão dos resultados
Nesta seção apresentaremos os resultados com base na análise comparativa dos
resultados da análise das publicações obtidas na pesquisa bibliográfica e das entrevistas para
cada uma das dimensões e categorias.
Uso de tecnologias digitais no ensino
De acordo com as percepções dos professores entrevistados, as tecnologias
proporcionam aproximação para o aluno na sua relação com a realidade, como também na
relação aluno-professor. No que diz respeito às percepções sobre os contributos das tecnologias
digitais para a aprendizagem, observa-se que os professores destacam a rapidez de acesso à
informação e o alcance dos resultados quando as tecnologias são usadas para a aprendizagem,
além da possibilidade de uso da tecnologias como um reforço ao que é ensinado em sala de
aula, reforçando que as tecnologias devem ser instrumento para auxiliar o aluno na
aprendizagem, envolvendo-o ativamente como protagonista na construção do seu
conhecimento (COSTA
et al.
, 2012).
Uso de tecnologias digitais no ensino da cartografia
No que diz respeito à visão sobre o uso de tecnologias digitais no ensino da cartografia,
os
professores veem as tecnologias digitais como essenciais para a cartografia e consideram
que estas facilitam o entendimento das representações cartográficas pelos alunos. Estes
image/svg+xml
Uso de tecnologias digitais no ensino de cartografia no Sistema Colégio Militar do Brasil
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1797
resultados corroboram o que defendem Silva, Antunes e Painho (1996 apud DI MAIO, 2004,
p. 44) ao descreverem que as geotecnologias:
Contribuem com o desenvolvimento de conhecimentos em Geografia e de
habilidades gráficas, já que possibilitam a localização de elementos
geográficos, a percepção das modificações de escala e o reflexo destas num
problema, através de múltiplas representações espaciais dos fenômenos
(SILVA; ANTUNES; PAINHO, 1996 apud DI MAIO, 2004, p. 44).
No que diz respeito às práticas de ensino-aprendizagem com tecnologias digitais para o
ensino da cartografia, em que se busca caracterizar o modo como são usadas as tecnologias
digitais pelos professores, apresentamos os resultados organizados em seis subcategorias, a
saber: i) atividades realizadas pelos alunos com tecnologias digitais para aprenderem
cartografia, ii) conteúdos de cartografia trabalhados com o uso de tecnologias digitais, iii)
ferramentas digitais utilizadas, iv) estratégias usadas no ensino-aprendizagem da cartografia
com tecnologias digitais, v) formas de organização social dos alunos nas atividades com o uso
das tecnologias digitais para trabalhar os saberes da cartografia, e vi) uso de tecnologias digitais
na avaliação das aprendizagens em cartografia.
Dentre as atividades realizadas, os professores destacam a mensuração de distância a
partir de uma escala e a localização dos fenômenos no espaço geográfico por meio das
coordenadas geográficas como as atividades mais realizadas pelos alunos. Nos documentos
pesquisados, observou-se que a mensuração de distância a partir de uma escala foi a atividade
com maior ocorrência (N=4). As atividades de exploração de imagens de satélite e localização
dos fenômenos no espaço geográfico por meio das coordenadas geográficas tiveram o mesmo
número de ocorrência (N=3) cada uma delas. As atividades realizadas promovem
aprendizagens através da aquisição de conhecimentos em diferentes níveis de complexidade
que vão desde a compreensão, a aplicação dos conhecimentos adquiridos, a análise, até a
criação/elaboração (CHURCHES, 2009). Nesse sentido, observa-se uma maior ocorrência das
atividades relacionadas à aplicação/mobilização dos conhecimentos considerados de média
complexidade, conforme a taxonomia digital de Bloom (CHURCHES, 2009).
Em relação aos conteúdos, a localização dos fenômenos no espaço geográfico por meio
d
as coordenadas geográficas é o conteúdo mais trabalhado pelos professores. Em seguida, a
leitura e interpretação de documentos cartográficos e noções de escala foram os conteúdos mais
abordados. Nos documentos pesquisados, observou-se uma maior ocorrência da leitura e
interpretação de documentos cartográficos (N=5). Quatro estudos salientam o ensino de noções
de escala. A seguir a localização dos fenômenos no espaço geográfico por meio das
image/svg+xml
Artur Cunha Nogueira de OLIVEIRA e Joana VIANA
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1798
coordenadas geográficas (N=3), depois a elaboração de documentos cartográficos (N=2) e a
representação do relevo (N=2). Os conteúdos identificados nos resultados são condizentes com
a capacidade de leitura crítica e o mapeamento consciente para um aluno do Ensino Médio e
estão de acordo com as aquisições metodológicas que a faixa etária deve adquirir na cartografia,
conforme descreve Simielli (1999). As aquisições complexas representam a maior parte dos
conteúdos pesquisados, já as aquisições médias e as aquisições simples representam os
conteúdos identificados pelos professores.
Quanto às ferramentas digitais utilizadas, observa-se que somente duas ferramentas
foram indicadas pelos professores. A ferramenta
Google Earth
é utilizada por dois professores
e o
Google Maps
é utilizado por um professor. Nos documentos pesquisados, o
Google Earth
é a ferramenta mais usada (N=5). Em seguida a ferramenta
Google Maps
(N=3), depois a
ferramenta “Portal LabTate” (N=1), a ferramenta LandsacpAR (N=1) e o QGIS (N=1).
Meneguete (2014, p. 25) destaca que os produtos
Google Geo
se constituem num “conjunto
poderoso de ferramentas educacionais” por serem de fácil utilização e compartilhamento. Estas
ferramentas são tecnologias denominadas de “webcartografia” (OLIVEIRA; NASCIMENTO,
2017). Segundo Tsou (2011, p. 250), a webcartografia “
is the new médium of maps, changing
cartographic representation from paper and desktop GIS to distributed, user-centered, mobile,
and real-time geospatial information services
”
3
. As ferramentas de webcartografia apresentam
diversos critérios, como ferramentas baseadas no computador, aplicações disponíveis, preço
acessível, construção de conhecimento, generalização, pensamento crítico, aprendizagem
transferível, formalismo simples e poderoso e de fácil aprendizagem que, segundo Jonassen
(2000), servem como indicadores para avaliar se uma aplicação pode ser classificada como
ferramenta cognitiva. Para Jonassen (2000, p. 33), as ferramentas cognitivas são “ferramentas
de representação do conhecimento que utilizam aplicação informática” e devem ser tidas como
“parceiros intelectuais que facilitam a construção de conhecimento e a reflexão por parte dos
alunos”.
Quanto às estratégias usadas no ensino-aprendizagem da cartografia com tecnologias
digitais, observa-se que dois professores organizam suas aulas iniciando com um momento
expositivo e, no segundo momento, com a realização de atividades práticas. O terceiro professor
se diferencia dos demais, pois além de iniciar com um momento de aula expositiva-dialogada,
utiliza o laboratório para a realização da atividade prática. Nos documentos pesquisados, em
metade dos estudos relatados (N=4), as aulas começam com a apresentação do tema, dos
3
A webcartografia é uma nova maneira de representar mapas, deixando de ser mais tradicionais como os mapas
impressos, para serem representações de informação geoespacial, centradas no usuário e em tempo real.
image/svg+xml
Uso de tecnologias digitais no ensino de cartografia no Sistema Colégio Militar do Brasil
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1799
conceitos chave e das especificidades de cada uma das ferramentas digitais que são usadas,
posteriormente, na atividade prática. A atividade de introdução ao tema, por meio da técnica de
aula expositiva e dialogada, abordando e discutindo os conceitos-chave de maneira dialogada,
valoriza a participação dos alunos (N=2). Com relação às atividades práticas, em metade dos
estudos analisados (N=5), optou-se por realizar atividades práticas com o uso do laboratório de
informática. Em dois estudos foram realizadas atividades práticas com o uso de
smartphone
em
sala de aula.
Em relação às formas de organização social dos alunos nas atividades com o uso das
tecnologias digitais para trabalhar os saberes da cartografia, observa-se que dois dos três
professores priorizam organizar os alunos em atividades de grupo e/ou dupla e um professor
prioriza a atividade individual. Observa-se ainda que em sete estudos analisados foram
relatados que as atividades sugeridas eram realizadas em grupo.
Potencialidades das tecnologias digitais no ensino da cartografia
Observa-se que os professores apresentam diferentes visões, que vão desde a
instantaneidade e rapidez que as tecnologias digitais proporcionam ao trabalhar diferentes
níveis de análise cartográfica e geográfica, passando pelo potencial que as tecnologias têm ao
poder auxiliar o aluno na busca de informações cartográficas mais aprofundadas, até a
potencialização da prática da produção cartográfica quando são usadas tecnologias digitais.
Essas visões demonstram o quão potenciais são as tecnologias digitais para o ensino da
cartografia. As diferentes visões dos professores convergem para o papel da tecnologia no
ensino e na sala de aula, permitindo aos alunos “pensar de forma mais produtiva” (JONASSEN,
2000, p. 26).
Ensino na conjuntura de pandemia de COVID-19
No que diz respeito às mudanças identificadas nas práticas pedagógicas causadas pela
p
andemia de COVID-19 comparativamente com as práticas de ensino-aprendizagem em anos
anteriores, todos os professores relataram que houve mudanças causadas pela pandemia. Um
professor passou a gravar videoaulas para expor os conteúdos. Outra professora relatou que
passou a realizar aulas síncronas e que têm sido bastante produtivas. Um terceiro professor
destacou que houve uma diminuição da interação aluno-professor, pois com a implantação do
ambiente virtual de aprendizagem como plataforma de ensino durante o fechamento do colégio,
muitos alunos não conseguiram interagir nesse ambiente.
image/svg+xml
Artur Cunha Nogueira de OLIVEIRA e Joana VIANA
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1800
No que diz respeito às mudanças identificadas nas práticas de ensino-aprendizagem da
cartografia com tecnologias digitais, observa-se diferentes relatos por parte dos professores.
Um professor ministrou as aulas de cartografia antes da pandemia, por isso, relatou que não
houve mudança. Outro professor destacou que a pandemia afetou o ensino e a aprendizagem,
tendo em conta que o planejamento das aulas foi anterior à pandemia e a exemplificação das
atividades que antes eram pensadas e planejadas para serem presenciais, precisaram ser
adaptadas para o modo remoto. Um terceiro professor enfatizou que no contexto da pandemia
houve um aprofundamento dos conteúdos de cartografia, visto que os alunos estavam imersos
no contexto do ensino remoto com o uso das tecnologias digitais e, por isso, pesquisavam mais
sobre os assuntos.
Conclusões
Na busca pela resposta à questão central “Como os professores de Geografia tiram
partido do potencial que as tecnologias digitais têm para o ensino da cartografia na Educação
Básica em Sistema de Ensino Militar no Brasil?” e das suas questões específicas, apresentam-
se algumas considerações finais sob a forma de conclusões, com base no referencial teórico e
nos resultados encontrados, quer a partir da análise dos documentos referentes aos estudos
realizados neste domínio entre 2010 e 2020, quer nas entrevistas feitas aos professores.
As práticas de ensino de cartografia com tecnologias digitais identificadas nos
r
esultados de estudos realizados nesta área e descritas pelos professores entrevistados se
mostraram bastante diversificadas. No que diz respeito às atividades desenvolvidas no ensino
da cartografia com tecnologias digitais, destacam-se atividades de mensuração de distância a
partir de uma escala e a localização dos fenômenos no espaço geográfico por meio das
coordenadas geográficas. Estas se encontram no rol das atividades de média complexidade
pertencentes aos níveis ‘aplicar’ e ‘analisar’, conforme a abordagem da taxonomia Digital de
Bloom aplicada ao contexto da integração das TIC proposta por Churches (2009). As atividades
de menor complexidade cognitiva e as atividades de maior complexidade também foram
identificadas. A identificação de atividades em diferentes níveis de cognição demonstra a
preocupação dos professores na escolha das atividades que propiciem o desenvolvimento
intelectual e o pensamento crítico, observando-se que a perspectiva teórica subjacente às
práticas de ensino é tendencialmente construtivista (
e.g.
COSTA, 2008; JONASSEN, 2000;
PAPERT, 2008; PRENSKY, 2010).
image/svg+xml
Uso de tecnologias digitais no ensino de cartografia no Sistema Colégio Militar do Brasil
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1801
Quanto aos conteúdos abordados no ensino da cartografia com tecnologias digitais,
verifica-se que a localização dos fenômenos no espaço geográfico por meio das coordenadas
geográficas e a leitura e interpretação de documentos cartográficos são os conteúdos mais
presentes na fala dos entrevistados e nos documentos pesquisados, respectivamente. Observa-
se que as noções de escala e a representação de relevo também foram identificadas na fala dos
professores entrevistados. Cabe destacar que os conteúdos abordados estão previstos no PSD
de Geografia do 1º ano do Ensino Médio do SCMB, documento norteador para o
desenvolvimento dos conteúdos e objetivos pretendidos pelo professor (DEPA, 2016).
Quanto às ferramentas digitais usadas no ensino da cartografia, verifica-se que o
Google
Earth
e o
Google Maps
, também denominadas de webcartografia (OLIVEIRA;
NASCIMENTO, 2017), são as ferramentas mais utilizadas. Di Maio (2013, p. 80) destaca que
essas ferramentas “incentivam novas formas de conhecimento e ações e sua inclusão
proporciona impactos positivos nas práticas de ensino da escola, inclusive em favor da
cidadania, tendo em vista a grande quantidade de dados disponíveis com acesso gratuito na
web'”.
Quanto às estratégias adotadas no ensino da cartografia com tecnologias digitais,
conclui-se que as aulas expositivas para introdução do tema e as atividades práticas com o uso
do celular e/o uso do laboratório de informática são estratégias mais empregadas. Destaca-se
ainda que a organização dos alunos geralmente ocorre em grupo.
No que diz respeito às percepções dos professores sobre o uso de tecnologias digitais no
ensino da cartografia, é possível concluir que as tecnologias digitais facilitam, primordialmente,
o entendimento das representações cartográficas pelos alunos, ressignificando “o ato de
aprender e o processo de construção do conhecimento devido às possibilidades proporcionadas”
(PEREIRA; KUENZER; TEIXEIRA, 2019, p. 4). Verifica-se que os professores têm uma visão
muito favorável acerca das tecnologias digitais, com destaque para o seu papel de apoio no
processo de ensino-aprendizagem dos próprios alunos, tornando-os mais críticos e produtivos
na construção do conhecimento (COSTA,
et al.
2012; JONASSEN, 2000; PRESNKY, 2010).
Com relação às práticas de ensino-
aprendizagem da cartografia com tecnologias
digitais, verificou-se que o contexto do ensino remoto permitiu um aprofundamento dos
conteúdos, devido ao uso das tecnologias como recurso de pesquisa por parte dos alunos
enquanto realizavam as atividades. Com o desenvolvimento do estudo, verificou-se que os
professores entrevistados tiram partido do potencial das tecnologias digitais a partir de práticas
diversificadas, denotando-se vontade e motivação pelo uso de tecnologias digitais no ensino da
cartografia. Como sugestão para futuros estudos, propõe-se a continuidade da investigação com
image/svg+xml
Artur Cunha Nogueira de OLIVEIRA e Joana VIANA
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1802
professores das regiões não abrangidas neste estudo, bem como a observação direta das práticas
em sala de aula.
REFERÊNCIAS
AMADO, J.
Manual de investigação qualitativa em educação.
Coimbra: Imprensa da
Universidade de Coimbra, 2013.
BARDIN, L.
Análise de Conteúdo
. São Paulo: Edições 70, 2016.
BATISTA, N. L.
Cartografia escolar, multimodalidade e multiletramentos para o ensino
de geografia na contemporaneidade.
2019. Tese (Doutorado em Geografia) – Centro de
Ciências Naturais e Exatas, Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, 2019.
Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/handle/1/19065. Acesso em: 22 fev. 2021.
BLOOM, S. B. (ed.).
Taxonomy of Educational Objectives:
The Classification of
Educational Goals: Handbook I, Cognitive Domain. Michigan: Longmans, 1956.
BRASIL.
Portaria n. 042-Cmt Ex, de 2 de fevereiro de 2008
. Regulamento dos Colégios
Militares (R-69). Brasília, DF: Exército Brasileiro, 2008.
BRASIL.
Portaria n. 742-Cmt Ex, de 21 de julho de 2014
. Regulamento da Diretoria de
Educação Preparatória e Assistencial. Brasília, DF: Exército Brasileiro, 2014.
CANTO, T. S. Tecnologia e Cartografia Escolar.
Salto para o futuro
. Rio de Janeiro,
out. 2011.
CAPEL, H.
Filosofía y Ciencia en la geografía Contemporánea
: Una Introducción a la
Geografía. Barcelona: Barcanova, 1981.
CHURCHES, A.
Bloom's Digital Taxonomy
. 2009. p. 1-44. Disponível em
https://www.researchgate.net/publication/228381038_Bloom's_Digital_Taxonomy. Acesso
em: 04 fev. 2020.
COSTA, F. A.
A utilização das TIC em contexto educativo
: Representações e práticas de
professores. 2008. Tese (Doutorado em Ciências da Educação) – Faculdade de Psicologia e de
Ciências da Educação, Universidade de Lisboa, Portugal, 2008. Disponível em:
https://pt.slideshare.net/fcosta/tese-costaf2008ti-cemcontextoeducativo. Acesso em: 08 fev.
2021.
COSTA, F. A.
et al
.
Repensar as TIC na Educação
: O Professor como Agente
Transformador. Lisboa: Santillana, 2012.
COSTA, F. A.
et al
. Desenho de Atividades de Aprendizagem baseado no Conceito de
Aprender com Tecnologias.
In
: CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE TIC NA
EDUCAÇÃO – CHALLENGES, 10., 2017, Braga.
Anais
[…]. Braga, Portugal: Universidade
do Minho, 2017.
image/svg+xml
Uso de tecnologias digitais no ensino de cartografia no Sistema Colégio Militar do Brasil
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1803
DI MAIO, A. C.
Geotecnologias digitais no ensino médio
: Avaliação Prática de seu
Potencial. 2004. Tese (Doutorado em Geografia) – Instituto de Geociências e Ciências Exatas,
Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, São Paulo, 2004. Disponível em:
https://repositorio.unesp.br/handle/11449/100075. Acesso em: 05 mar. 2021.
DI MAIO, A. C. Ensinar Cartografia no século XXI: O desafio continua.
In
: COLÓQUIO DE
CARTOGRAFIA ESCOLAR PARA CRIANÇAS E ESCOLARES, 8., 2013, São João Del
Rei.
Anais
[…]. São João Del Rei, MG: UFSJ, 2013.
DEPA. Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial.
Plano de Sequências Didáticas -
Ensino Médio - 1º ano
. Rio de Janeiro: DEPA, 2012.
DEPA. Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial.
Caderno de Didática do Sistema
Colégio Militar do Brasil
. 2. ed. Rio de Janeiro: DEPA, 2016.
FRANCISCHETT, M. N. A cartografia no ensino-aprendizagem da geografia.
Biblioteca on-
line de ciências da comunicação
, p. 1-12, 2004. Disponível em:
http://bocc.ubi.pt/pag/francischett-mafalda-representacoes-cartograficas.pdf. Acesso em: 12
mar. 2021.
FRANCISCHETT, M. N. A cartografia escolar crítica.
Biblioteca on-line de ciências da
comunicação
, p. 1-14, 2007. Disponível em: http://bocc.ubi.pt/pag/francischett-mafalda-
cartografia-escolar-critica.pdf. Acesso em: 23 mar. 2021.
GIL, A. C.
Métodos e Técnicas de Pesquisa Social
. São Paulo: Atlas Editora, 2008.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Atlas Escolar
, 2020. Disponível em:
https://atlasescolar.ibge.gov.br/. Acesso em: 04 fev. 2020.
JONASSEN, D.
Computadores, ferramentas cognitivas
:
Desenvolver o pensamento crítico
nas escolas. Porto: Porto Editora, 2000.
JUNIOR, L. M.; MARTINS, R. E. M. W.; FROZZA, M. V. C. Potencialidades da ferramenta
Google My Maps para o ensino de geografia em Portugal.
Revista Eletrônica de Educação,
v. 14, p. 1-17, 2020. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/338612912_Potencialidades_da_ferramenta_Google
_My_Maps_para_o_ensino_de_geografia_em_Portugal_Google_My_Maps_tool_for_teachin
g_geography_in_Portugal. Acesso em: 28 mar. 2021.
LÔBO, R. N. B.
O uso da cartografia digital como ferramenta didática na disciplina
Geografia no ensino médio
. 2011. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Faculdade de
Filosofia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. Disponível em:
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-13072012-112524/en.php. Acesso em:
20 mar. 2021.
LOURO, D. F. S.
A
utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação como
ferramenta didática no ensino da História e da Geografia
. 2016. Dissertação (Mestrado
em Ensino da História e da Geografia no 3º Ciclo do
image/svg+xml
Artur Cunha Nogueira de OLIVEIRA e Joana VIANA
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1804
Ensino Básico e Secundário) – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova
de Lisboa, 2016. Disponível em: https://run.unl.pt/handle/10362/17257. Acesso em: 05 abr.
2021.
MEDEIROS, J. L. Tecnologias Digitais e Geografia: Um relato de experiência.
Revista
Brasileira de Educação em Geografia,
v. 6, n. 12, p. 246-258, jul./dez. 2016. Disponível
em: https://revistaedugeo.com.br/revistaedugeo/article/view/252. Acesso em: 17 abr. 2021.
MENEGUETE, A.
Por dentro dos produtos Google Geo
. 2014. Disponível em:
https://www.academia.edu/6666432/Por_dentro_dos_produtos_Google_Geo. Acesso em: 04
fev. 2020.
NOGUEIRA, R. E. Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), inclusão e cartografia
escolar.
Revista Geografares
, v. 12, p. 228-257, jul. 2012. Disponível em:
https://periodicos.ufes.br/geografares/article/view/3194. Acesso em: 16 maio 2021.
OLIVEIRA, E. A.; OLIVEIRA, R. C. S. O Uso do Aplicativo LandscapAR como Recursos
Pedagógico para o Ensino de Geografia.
Revista Geosaberes,
v. 10, n. 22, p. 100-114, set.
2019. Disponível em: https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/54069. Acesso em: 19 mar. 2021.
OLIVEIRA, I. J.; NASCIMENTO, D. T. F. As Geotecnologias e o Ensino de Cartografia nas
Escolas: Potencialidades e restrições.
Revista Brasileira de Educação Em Geografia,
v. 7,
n. 13, p. 158-172, 2017. Disponível em:
https://www.revistaedugeo.com.br/index.php/revistaedugeo/article/view/491. Acesso em: 18
maio 2021.
PAPERT, S.
A máquina das crianças
: Repensando a escola na era da Informática. Porto
Alegre: Artmed, 2008.
PEREIRA, A.; KUENZER, A.; TEIXEIRA, A. Metodologias ativas nas aulas de Geografia
no Ensino Médio como estímulo ao protagonismo juvenil.
Revista do Centro de Educação
(UFSM)
, v. 44, p. 1-23, 2019. Disponível em:
https://www.redalyc.org/journal/1171/117158942075/117158942075.pdf. Acesso em: 16 fev.
2021.
PRENSKY, M. O papel da tecnologia no ensino e na sala de aula.
Conjectura 15
, v. 15, n. 2,
p. 201-204, 2010. Disponível em: https://philpapers.org/rec/PREOPD. Acesso em: 10 abr.
2021.
SANTOS, A. M. F. (WEB) Cartografia e Realidade Aumentada: Novos Caminhos Para o Uso
das Tecnologias Digitais no Ensino de Geografia.
Revista Geosaberes
, v. 9, n. 17, p. 1-14,
2018. Disponível em:
https://www.redalyc.org/journal/5528/552859736015/552859736015.pdf. Acesso em: 25 mar.
2021.
SILVA, A. P. A.
Potencial pedagógico do sensoriamento remoto nas escolas de educação
básica da região metropolitana de Feira de Santana - Bahia
. 2013. Dissertação (Mestrado
em Ciências Ambientais) – Universidade Estadual de Feira de Santana, Bahia, 2013.
Disponível em: http://200.128.81.65:8080/handle/tede/266. Acesso em: 10 maio 2021.
image/svg+xml
Uso de tecnologias digitais no ensino de cartografia no Sistema Colégio Militar do Brasil
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1805
SILVA F. G.
Geotecnologias no ensino de geografia
: Livros didáticos e práticas educativas
para o ensino médio em Feira de Santana, BA. 2012. Dissertação (Mestrado em Ensino e
História de Ciências da Terra) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2012.
Disponível em:
https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/858009?guid=1658707209600&returnUrl=%2F
resultado%2Flistar%3Fguid%3D1658707209600%26quantidadePaginas%3D1%26codigoRe
gistro%3D858009%23858009&i=7. Acesso em: 13 abr. 2021.
SIMIELLI, M. H. R. Cartografia no ensino fundamental e médio.
In
: CARLOS, A. F. A.
(coord.)
A Geografia na sala de aula
. São Paulo: Contexto, 1999.
TSOU, M. H. Revisiting web cartography in the United States: The rise of User-Centered
Design.
Cartography and Geographic Information Science,
v. 38, n. 3, p. 250-257, 2011.
Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1559/15230406382250. Acesso em:
26 mar. 2021.
Como referenciar este artigo
OLIVEIRA, A. C. N.; VIANA, J. Uso de tecnologias digitais no ensino de cartografia no
Sistema Colégio Militar do Brasil.
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
Submetido em
: 08/01/2022
Revisões requeridas em
: 19/03/2022
Aprovado em
: 26/05/2022
Publicado em
: 01/07/2022
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução
image/svg+xml
Uso de tecnologías digitales en la enseñanza de cartografía en el Sistema Colegio Militar de Brasil
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1792
USO DE TECNOLOGÍAS DIGITALES EN LA ENSEÑANZA DE CARTOGRAFÍA
EN EL SISTEMA COLEGIO MILITAR DE BRASIL
USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS NO ENSINO DE CARTOGRAFIA NO SISTEMA
COLÉGIO MILITAR DO BRASIL
USE OF DIGITAL TECHNOLOGIES IN THE TEACHING OF CARTOGRAPHY IN
THE MILITARY COLLEGE SYSTEM IN BRAZIL
Artur Cunha Nogueira de OLIVEIRA
1
Joana VIANA
2
RESUMEN
: Este artículo presenta un estudio realizado con propósito de identificar las
prácticas de enseñanza de cartografía con tecnologías digitales, caracterizando la forma en que
las tecnologías digitales son utilizadas por los docentes que enseñan en la disciplina de
geografía en las escuelas del sistema Colégio Militar de Brasil. A partir de la investigación
bibliográfica en bases de datos científicas, se identificaron prácticas en el uso de tecnologías
digitales consideradas relevantes en la enseñanza de cartografía. A partir de los resultados de
esta investigación y con miras a su exploración, se llevaron a cabo entrevistas semidirectivas
con docentes que enseñan en 1º año de la educación secundaria. Se verificó que los docentes
entrevistados aprovechan las posibilidades de las tecnologías digitales a través de diferentes
prácticas y estrategias en su uso en la enseñanza de cartografía. Es de destacar que, además de
cumplir con los objetivos educativos contenidos en los documentos curriculares, la mirada de
los docentes revela su preocupación por un aprendizaje significativo para sus alumnos.
PALABRAS CLAVE
: Tecnologías digitales. Prácticas pedagógicas. Enseñanza de cartografía.
Sistema de Colegios Militares de Brasil. Educación Secundaria.
RESUMO
: Neste artigo apresenta-se um estudo realizado com o propósito de identificar as
práticas de ensino de cartografia com tecnologias digitais, caracterizando o modo como são
usadas as tecnologias digitais pelos professores atuantes na disciplina de Geografia nos colégios
do Sistema Colégio Militar do Brasil. Com base em pesquisa bibliográfica em bancos de dados
científicos foram identificadas práticas de uso de tecnologias digitais consideradas relevantes
no ensino da cartografia. A partir dos resultados dessa pesquisa e com vista à sua exploração,
realizaram-se entrevistas semidirectivas a professores atuantes no 1º ano do Ensino Médio.
Verificou-se que os professores entrevistados tiram partido das possibilidades das tecnologias
digitais através de diversas práticas e estratégias no seu uso no ensino da cartografia. Destaca-
se que além do cumprimento dos objetivos educacionais contidos nos documentos curriculares,
a visão dos professores revela a preocupação com uma aprendizagem significativa dos seus
alunos.
PALAVRAS-CHAVE
: Tecnologias digitais. Práticas pedagógicas. Ensino de cartografia.
Sistema Colégio Militar do Brasil. Ensino Médio.
1
Instituto de Educación de la Universidad de Lisboa (IE-ULisboa), Lisboa
–
Portugal. Estudiante de doctorado en
Educación. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5581-4237. E-mail: artur.oliveira@campus.ul.pt
2
Instituto de Educación de la Universidad de Lisboa (IE-ULisboa), Lisboa
–
Portugal. Profesor Asistente.
Doctorado en Educación. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5939-4401. E-mail: jviana@ie.ulisboa.pt
image/svg+xml
Artur Cunha Nogueira de OLIVEIRA y Joana VIANA
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1793
ABSTRACT
: This article presents a study carried out with the purpose of identifying the
teaching practices of cartography with digital technologies, characterizing the way in which
digital technologies are used by teachers working in geography in the schools of Military
College System of Brazil. Based on bibliographical research in scientific databases, practices
in the use of digital technologies considered relevant in the teaching of cartography were
identified. From the results of this research and with a view to its exploration, semi-directive
interviews were carried out with high school teachers. It was found that the interviewed
teachers take advantage of the possibilities of digital technologies through different practices
and strategies in their use in the teaching of cartography. It is noteworthy that, in addition to
fulfilling the educational objectives contained in the curriculum documents, the view of teachers
reveals their concern with meaningful learning for their students.
KEYWORDS
: Digital technologies. Pedagogical practices. Cartography teaching. Military
College System of Brazil. High School.
Introducción
En los últimos años, con el advenimiento de Internet y sus potencialidades, el mundo ha
experimentado una profunda revolución en los procesos de comunicación y socialización, y el
uso educativo de las tecnologías de redes digitales tampoco es diferente, siendo este último un
objeto de gran relevancia en el campo de la investigación educativa (COSTA
et al.
,
2012). El
impacto que las tecnologías tienen en el aprendizaje depende de
cómo
y
para qué
se utilizan
(COSTA
et al.
,
2012).
Las tecnologías digitales tienen un alto potencial desde el punto de vista pedagógico
(COSTA
et al.
,
2012; COSTA
et al.
,
2017), y desde el punto de vista del aprendizaje puede ser
utilizado como instrumento de trabajo del alumno, asistiéndole activamente e involucrándolo
como protagonista en la construcción de sus conocimientos (por ejemplo, JONASSEN, 2000;
PAPERT, 2008). Según Jonassen (2000, p. 21), las tecnologías mejoran el aprendizaje de los
estudiantes cuando les permiten "acceder a la información deseada, simular problemas y
situaciones, articular y representar lo que los estudiantes saben, reflexionar sobre lo que han
aprendido y cómo lo han hecho".
Este estudio se centra en el uso de las tecnologías digitales en la enseñanza de la
cartografía en el Sistema de Colegios Militares de Brasil (SCMB), a partir de la siguiente
pregunta problematizante: "¿Cómo aprovechan los profesores de geografía el potencial que
tienen las tecnologías digitales para la enseñanza de la cartografía en la Educación Básica en el
Sistema de Educación Militar en Brasil?".
Como estrategia para responder a la pregunta central, se definieron las siguientes
preguntas de investigación: i) ¿qué prácticas con el uso de tecnologías digitales se consideran
image/svg+xml
Uso de tecnologías digitales en la enseñanza de cartografía en el Sistema Colegio Militar de Brasil
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1794
relevantes en el área de la enseñanza de la cartografía? ii) ¿Cuáles son las percepciones de los
docentes sobre el uso de las tecnologías digitales en la enseñanza de la cartografía? y iii) ¿cuál
es la opinión de los docentes sobre el potencial de las tecnologías digitales en la enseñanza de
la cartografía en relación con las tecnologías tradicionales?
Se trata de un estudio cualitativo (AMADO, 2013), cuyo
design
de la metodología fue
construida y definida en dos momentos, utilizando diferentes técnicas de recolección y análisis
de datos: i) análisis documental de estudios encontrados en investigaciones bibliográficas
realizadas según la técnica de revisión sistemática de la literatura, y ii) entrevistas con
profesores de secundaria del Sistema de Colegios Militares de Brasil.
En este artículo presentamos las prácticas de enseñanza de cartografía con tecnologías
digitales desarrolladas en la Educación Básica, caracterizando la forma en que son utilizadas
para la enseñanza de la cartografía por parte de los profesores que trabajan en la disciplina de
Geografía en los colegios del Sistema de Colegios Militares de Brasil, identificando estrategias
y actividades desarrolladas, contenido lijado herramientas digitales utilizadas, centrándose en
el potencial pedagógico transformador (COSTA, 2008) que las tecnologías digitales pueden
ejercer en el proceso de enseñanza-aprendizaje. En la búsqueda de lo que los docentes
entrevistados tenían que decir, inmersos en el contexto de la pandemia de Covid-19, también
se trató de identificar posibles cambios en las prácticas pedagógicas durante este período.
Uso de tecnologías digitales en la enseñanza de la cartografía
La producción cartográfica es una actividad que ha estado y está presente en todas las
fases de la humanidad, desde la prehistoria, con registros realizados en cuevas por pueblos
primitivos (IBGE, 2020), hasta tiempos más recientes, con el uso de una amplia gama de
recursos tecnológicos que facilitan su producción y difusión. Según Capel (1981), la
importancia de la cartografía puede basarse en el contexto histórico de la guerra franco-prusiana
(1870), cuando los franceses después de ser derrotados por los alemanes encontraron que había
un escaso nivel de conocimiento en geografía y lenguas vivas dentro de las escuelas
secundarias, lo que finalmente despertó a una necesidad de reforma en la educación, y la
geografía fue claramente favorecida en este proceso de renovación. Promovieron cambios desde
la escuela primaria, haciendo obligatoria la necesidad de realizar excursiones geográficas,
también llamadas "recorridos topográficos", así como la elaboración de bocetos y el estudio
previo de mapas y plantas. Francischett (2004) afirma que el lenguaje cartográfico tiene su
importancia reconocida en la enseñanza de la Geografía, pues además del desarrollo de las
image/svg+xml
Artur Cunha Nogueira de OLIVEIRA y Joana VIANA
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1795
capacidades relacionadas con la comprensión de los mapas, proporciona la capacidad de
representar el espacio geográfico.
Simielli (1999) estructura las principales adquisiciones metodológicas (simples, medias
y complejas) que los estudiantes entre las edades de 11 y 17 años de edad deben adquirir al
desarrollar actividades de cartografía (Cuadro 1).
Cuadro 1
- Adquisiciones metodológicas en cartografía
Adquisiciones simples
Adquisiciones promedio
Adquisiciones complejas
• Conocer los puntos
cardinales.
• Saber orientarse con un
carta.
• Encuentra un punto en un
letra con las coordenadas o
con el índice remisivo.
• Encontrar las coordenadas
de un punto.
• Saber si conducir con un
planta simple.
• Extracto de plantas y cartas
simple una sola serie de
hechos.
• Saber calcular la altitud y
distancia.
• Saber si se conduce con un
mapa de carreteras o una
carta topográfica.
• Medir una distancia sobre un
gráfico con una escala numérica.
• Estimar un punto de la curva
hipnométrica.
• Analizar el trazado de las formas
topográficas.
• Analizar una carta temática
representando un solo fenómeno
(densidad de población, relieve,
etc.).
• Reconocer y situar la cubierta y el
uso de la tierra.
• Saber diferenciar pendientes.
• Saber reconocer y situar tipos de
clima, masas de aire, formaciones
vegetales, distribución poblacional,
centros industriales y urbanos y
otros.
• Estimar una altitud entre dos curvas
hipsométricas.
• Saber usar una brújula.
• Correlaciona dos tarjetas simples.
• Lea un gráfico regional simple.
• Explicar la ubicación de un fenómeno
mediante la correlación entre dos
gráficos.
• D
ibuja una carta simple a partir de una
tarjeta compleja.
• Elaborar un gráfico regional con los
símbolos precisos.
• Saber elaborar un boceto regional
sencillo (con leyenda proporcionada por
el profesor).
• Saber plantear hipótesis reales sobre el
origen de un paisaje.
• Analizar una tabla temática que
presente diversos fenómenos.
• Saber extraer de una letra compleja los
elementos fundamentales.
Fuente: Adaptado de Hugonie (1992 apud SIMIELLI, 1999, p. 93-108)
La enseñanza de la cartografía permite al alumno "pensar significativamente en el
conocimiento del espacio geográfico a través de la lectura y comprensión de las
representaciones cartográficas [...]" (FRANCISCHETT, 2007, p. 1). Di Maio (2004, p. 13)
señala que "[...] La cartografía, en la disciplina de La Geografía, puede asumir un papel de
herramienta o instrumento que despierte habilidades y competencias, estimulando en el aula las
inteligencias de los alumnos". Para Canto (2011, p. 29), el lenguaje digital aplicado a la
cartografía permite "mapear a los usuarios la posibilidad de navegar a través de diferentes
formas de expresión de contenido geográfico y seleccionar, dentro de un rango predefinido de
opciones, la información que desean ver cartográficamente".
En cuanto al papel de las tecnologías digitales, Costa
et al.
(2012) destacan que estos
deben ser un instrumento para ayudar al estudiante en el aprendizaje, involucrándolo
activamente como protagonista en la construcción de sus conocimientos (COSTA
et al.
,
2012).
image/svg+xml
Uso de tecnologías digitales en la enseñanza de cartografía en el Sistema Colegio Militar de Brasil
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1796
Según Jonassen (2000, p. 26), "cuando los estudiantes usan computadoras como socios,
descargan parte del peso de las tareas de memorización no productivas a la computadora, lo que
les permite pensar de manera más productiva". Jonassen (2000) propone que debemos
reemplazar la
idea de aprender de
las computadoras
o sobre
las computadoras por aprender de
las computadoras y
aprender sobre
las computadoras, significan usar las computadoras como
herramientas meramente productivas, aprender de las computadoras significa "usar la
computadora como una herramienta con la que se aprende" (JONASSEN, 2000, p. 28), es decir,
las computadoras como herramientas cognitivas. Las herramientas cognitivas requieren que los
estudiantes tengan pensamiento crítico, porque al usar aplicaciones informáticas lo hacen de
manera significativa y representando lo que saben (JONASSEN, 2000).
A la hora de reflexionar sobre el proceso de aprendizaje, debemos tener en cuenta su
complejidad. Según Benjamin Bloom (1956), el aprendizaje se produce bajo tres áreas o
dominios: afectivo, cognitivo y psicomotor. La taxonomía de Bloom (1956) es una herramienta
para comprender el proceso de aprendizaje, que ordena y clasifica los niveles de aprendizaje,
que van desde el menos complejo hasta el más complejo, y cada categoría se describe a partir
de un sustantivo (CHURCHES, 2009).
La taxonomía de Bloom se sometió a una primera revisión, realizada por los autores
Anderson y Krathwohl (2001, apud CHURCHES, 2009). Analizando cómo la taxonomía de
Bloom revisada podría aplicarse al contexto de la integración de las TIC, Churches (2009)
encontró que los verbos utilizados ya no cumplían con los objetivos, procesos y acciones que
están presentes en este nuevo contexto, tanto para profesores, estudiantes, como para casi todas
las actividades que realizamos diariamente, y, por lo tanto, es necesario realizar otra revisión,
esta vez para una versión digital: la taxonomía digital de Bloom (figura 1).
image/svg+xml
Artur Cunha Nogueira de OLIVEIRA y Joana VIANA
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1797
Figura 1
-
Taxonomía digital de Bloom
- dominio cognitivo
Fuente: Adaptado de Iglesias (2009)
Vale la pena señalar que la taxonomía digital de Bloom no se centra en las herramientas
y tecnologías digitales, sino sobre todo en el uso de herramientas como medio para lograr los
objetivos del aprendizaje (recordar, comprender, aplicar, analizar, evaluar y crear, para el
dominio cognitivo) (CHURCHES, 2009).
Pereira, Kuenzer y Teixeira (2019, p. 4) concluyen que el uso de las tecnologías digitales
en la enseñanza de la Geografía en la escuela secundaria, además de proporcionar una mayor
participación del estudiante con el contenido, fomenta el protagonismo juvenil y "resignifica el
acto de aprendizaje y el proceso de construcción del conocimiento debido a las posibilidades
brindadas".
En los siguientes apartados se presentará el contexto en el que se realizó el estudio, la
metodología empleada y la caracterización sociodemográfica de los docentes entrevistados.
Posteriormente, se presentan y discuten los resultados, culminando en algunas consideraciones
en forma de conclusiones.
Contexto del estudio
El estudio está ubicado en el Sistema de Educación de Colegios Militares de Brasil. Los
Colegios Militares son considerados Organizaciones Militares (OM) que funcionan como
instituciones educativas públicas pertenecientes al Ejército Brasileño (EB), directamente
subordinadas a la Dirección de Educación Preparatoria y Asistencial (DEPA) destinadas a la
enseñanza de la educación básica en los últimos años de la Escuela Primaria (6º a 9º grado) y
Habilidades de pensamiento de nivel inferior
Habilidades de pensamiento de Nivel Superior
Recordar
•
Identificar
•
Encontrar
•
Buscar
Entender
•
interpretar
•
explicar
•
ordenar
•
ejemplificar
Aplicar
•
aplicación
•
movilizar
•
editar
•
operar
Evaluar
•
reanudación
•
revisar
•
detectar
•
publicar
Analizar
•
comparar
•
organizar
•
validar
•
deconstruir
Crear
•
dibujar
•
construir
•
producir
•
elaborar
image/svg+xml
Uso de tecnologías digitales en la enseñanza de cartografía en el Sistema Colegio Militar de Brasil
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1798
toda la escuela secundaria (1º a 3º año). El propósito central es capacitar a los estudiantes para
ingresar a instituciones militares e instituciones civiles de educación superior (BRASIL, 2008,
2014). Actualmente, las escuelas están presentes en catorce ciudades brasileñas, en las cinco
regiones del país, en once estados y en el Distrito Federal.
En el contexto del SCMB, el plan de estudios se implementa de la siguiente manera:
[...] el currículo se materializa mediante los Planes de Secuencia Didáctica
(PSD) y está compuesto por una matriz de referencia, ejes cognitivos,
propuestas filosóficas de Área y Disciplinas, los objetos de conocimiento
designados para los años escolares y competencia discursiva. En la propuesta
pedagógica actual, el concepto que guía el uso del currículo es el de una
perspectiva abierta y flexible, es decir, el currículo puede ser ajustado y
actualizado [...] (DEPA, 2016, p. 19).
El currículo debe ser visto como un documento indispensable en la planificación,
orientado al desarrollo de contenidos dentro de una secuencia didáctica, y debe organizarse de
acuerdo con los objetivos deseados por el docente, con respecto al aprendizaje de sus
estudiantes, como las actividades de aprendizaje y evaluación (DEPA, 2016).
Basado en el Plan de Secuencia Didáctica - PSD (DEPA, 2012), el currículo que guía
las sumas en el Sistema de Enseñanza en cuestión, la cartografía es un objeto de conocimiento
previsto para el 1er año de bachillerato. Debido a que la cartografía es uno de los diez objetos
de conocimiento predichos para el 1er año de Geografía de la escuela secundaria,
correspondiente a aproximadamente el 10% de lo que se enseña en esta serie, elegimos
identificar lo que es pertinente para la enseñanza de la cartografía. La lectura de la DSP con
respecto a la enseñanza de la cartografía en la disciplina de Geografía del 1er año de secundaria
se presenta brevemente en la tabla 2, con los temas de contenido y sus respectivos detalles
(cuadro 2).
Se observa que la enseñanza de la cartografía propuesta en este currículo enfatiza la
necesidad de dominar la escala (geográfica y cartográfica), de modo que se realice un análisis
más preciso de los fenómenos geográficos, ya sea a nivel local, regional, incluso global. La
DSP (DEPA, 2012) destaca la lectura, interpretación y elaboración de mapas como uno de los
géneros textuales necesarios para el desarrollo de la competencia discursiva, reforzando aún
más la importancia que tienen los documentos cartográficos en todas las áreas del conocimiento.
image/svg+xml
Artur Cunha Nogueira de OLIVEIRA y Joana VIANA
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1799
Cuadro 2 -
Resumen del Plan de Secuencias Didácticas de Geografía del 1er de la enseñanza
media.
Tema
Detallando
Propuesta filosófica
de la disciplina
Es una ciencia multidisciplinar, porque combina el conocimiento de múltiples disciplinas con la
metodología de lectura e interpretación de textos, mapas (...).
(...) desarrolla en el alumno habilidades y competencias para localizar y comprender fenómenos
geográficos (...).
Aspectos planteados
respecto a la
metodología y
didáctica de la
disciplina
preparar al alumno para comprender y actuar en el mundo complejo, problematizar, formular
proposiciones, pensar y actuar críticamente en su realidad, promoviendo la alfabetización
espacial del alumno (...).
El dominio de la escala de análisis, así como de la escala de representación, es un criterio
importante en el estudio de la Geografía, siendo fundamental que siempre se considere sus
diversos niveles (local, regional y mundial), para no incurrir en interpretaciones simplistas de la
realidad.
Las habilidades dirigidas a la interpretación de documentos cartográficos serán comunes a todos
los objetos de conocimiento.
Estrategias de
aprendizaje
El dominio de la lectura y la interpretación cartográfica es una condición indispensable para el
análisis de los fenómenos que se distribuyen en el espacio geográfico.
Procesal
Comprender el proceso de mapeo a través de la especialización de diferentes temáticas, elaborar
perfiles topográficos, realizar cálculos de distancia y área e identificar coordenadas geográficas,
elaboración de mapas conceptuales, elaboración de organigramas (...).
Géneros textuales
Mapas, gráficos, infografías (...).
Competencia
discursiva
Los estudiantes deben tener la oportunidad de usar correctamente y comprender palabras y frases
que describan contextos, tales como: ubicación, geografía, paisaje, lugar, territorio, región,
escala, cartografía, entre otros.
Habilidades
HG1 - Leer, analizar e interpretar los códigos específicos de la Geografía (mapas, gráficos,
tablas, etc.) considerándolos como elementos de representación de hechos y fenómenos
espaciales o especializados.
HG2 - Reconocer y aplicar el uso de escalas cartográficas y geográficas como formas de
organizar y conocer la ubicación, distribución y frecuencia de los fenómenos naturales y
humanos.
HG5 - Reflejar, comparar y utilizar los datos registrados a través de gráficos, tablas y mapas.
HG6 - Conocer los fundamentos de la escala y sobre todo saber utilizarla adecuadamente, tanto
para la elaboración de documentos -mapas, tablas y gráficos- como para el análisis del espacio
geográfico.
Fuente: Adaptado de la Junta Preparatoria y de Bienestar de DEPA (2012)
image/svg+xml
Uso de tecnologías digitales en la enseñanza de cartografía en el Sistema Colegio Militar de Brasil
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1800
Metodología
La metodología, con un enfoque cualitativo, utilizada para este estudio fue apoyada
inicialmente por el i) análisis documental de publicaciones obtenidas en la investigación
bibliográfica sobre prácticas docentes de cartografía con el uso de tecnologías digitales,
utilizando la revisión sistemática de la literatura, y, en segundo lugar, en el ii) caracterización
de las percepciones de los docentes que trabajan en escuelas militares de secundaria sobre el
uso de tecnologías digitales en la enseñanza de la cartografía, obtenido a través de entrevistas
semidirectivas. Según Cohen, Manion y Morrison (2006, apud AMADO, 2013, p. 212), "la
combinación de métodos de investigación permite juzgar la coherencia o incoherencia de los
resultados".
En las entrevistas, se buscó comparar los datos obtenidos en el análisis documental,
tratando de conocer lo que los profesores tenían que decir, utilizando la técnica de entrevista
semidirectiva en la auscultación de profesores de geografía que trabajan en 1er año de
bachillerato.
En la investigación bibliográfica, se buscó identificar documentos que abordaran la
integración de las tecnologías digitales en la enseñanza de la cartografía con el fin de construir
un marco representativo que permitiera un análisis riguroso de las prácticas docentes de la
cartografía con el uso de las tecnologías digitales y, en consecuencia, establecer una relación
entre los documentos producidos sobre el tema y los objetivos del currículo de Geografía del
1er año de bachillerato en SCMB. Para el desarrollo de la investigación bibliográfica, se optó
por la investigación y revisión bibliográfica indicada por Gil (2008), identificando, localizando,
analizando e incluyendo en este trabajo los documentos investigados en base a los criterios
preestablecidos en el Cuadro 3.
image/svg+xml
Artur Cunha Nogueira de OLIVEIRA y Joana VIANA
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1801
Cuadro 3
- Criterios para la investigación en bases de datos científicas
Base de datos
Criterios
Expresión de
búsqueda
Periodo de
publicació
n
Campos
buscados
Tipos de
fuente
Biblioteca Digital Brasileña de Tesis y
Disertaciones
Repositorio Científico de Acceso Abierto
de Portugal
Repositorio institucional de la Universidad
de Lisboa
Academic Search Complete
Education Source
SciELO
Resumo
Artigos,
dissertações e
teses
(enseño) AND
(cartografía OR
geografía) AND
(Tecnologías)
2010 a
2020
Fuente: Elaboración propia (2021)
Durante la etapa de investigación en las bases de datos, se encontraron 232 documentos
(artículos, disertaciones y tesis). Concomitantemente con la encuesta, se leyeron resúmenes con
el fin de confirmar la pertinencia y claridad respecto al objeto de estudio, quedando excluidos
222 documentos por no cumplir con los requisitos deseados, es decir, publicaciones que no se
referían a la enseñanza de la cartografía en la educación primaria, específicamente en la
secundaria.
Al final de la etapa de selección fue posible obtener acceso completo a 10 documentos
publicados durante los diversos años de la década considerada, 5 artículos, 4 disertaciones de
maestría y 1 tesis doctoral, según el cuadro 4.
Cuadro 4
- Documentos de la investigación bibliográfica
No.
Autor(es)
Año
Título
Tipo de
publicación
País
1
Batista, N.L.
2019
Cartografía escolar, multimodalidad y
multialfabetismo para la enseñanza de la
geografía en la época contemporánea
Tesis
Brasil
2
Junior, L. M.
& Martins,
R. E. M. W.
& Frozza, M.
V. C.
2020
Potencialidades de la herramienta Google
My Maps para la enseñanza de la geografía
en Portugal
Artículo
Portugal
image/svg+xml
Uso de tecnologías digitales en la enseñanza de cartografía en el Sistema Colegio Militar de Brasil
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1802
3
Hola, R.N.B.
2011
El uso de la cartografía digital como
herramienta didáctica en la disciplina
Geografía en bachillerato
Disertación
Brasil
4
Louro, D. F.
dos S.
2016
El uso de las Tecnologías de la Información
y la Comunicación como herramienta
didáctica en la enseñanza de la Historia y la
Geografía
Disertación
Portugal
5
Medeiros,
J.L.
2016
Tecnologías Digitales y Geografía: un
informe de experiencia.
Artículo
Brasil
6
Nogueira, R.
E.
2012
Tecnologías de la Información y la
Comunicación (TIC), inclusión y mapeo
escolar
Artículo
Brasil
7
Oliveira, E.
A. &
Oliveira, R.
C. S.
2019
El uso de la aplicación LandscapAR como
recurso pedagógico para la enseñanza de la
geografía
Artículo
Brasil
8
Santos,
A.M.F
2018
(WEB) Cartografía y Realidad Aumentada:
Nuevos Caminos para el Uso de las
Tecnologías Digitales en la Enseñanza de la
Geografía
Artículo
Brasil
9
Silva, A.P.A.
2013
Potencial pedagógico de la teledetección en
escuelas de educación básica de la región
metropolitana de Feira de Santana - Bahía
Disertación
Brasil
10
Silva, F.G.
2012
Geotecnologías en la enseñanza de la
geografía: Libros de texto y prácticas
educativas para la escuela secundaria en
Feira de Santana, BA
Disertación
Brasil
Fuente: Elaboración propia (2021)
Para las entrevistas se construyó un guion, "instrumento fundamental para la correcta y
útil realización de la entrevista" (AMADO, 2013, p. 215). Se utilizaron fuentes de la revisión
bibliográfica sobre el objeto de estudio, además de los resultados del análisis documental de la
investigación bibliográfica realizada en la etapa anterior, como predice amado (2013).
Las entrevistas con docentes tuvieron como objetivo caracterizar las percepciones de
los docentes sobre el uso de las tecnologías digitales en la enseñanza de la cartografía; describir
las prácticas que los docentes dicen adoptar cuando utilizan las tecnologías digitales en la
enseñanza de la cartografía, destacando las actividades, estrategias, sumas de contenido y
herramientas digitales utilizadas en las clases; y, por último, identificar la visión de los docentes
sobre el potencial de las tecnologías digitales en la enseñanza de la cartografía en relación con
las tecnologías tradicionales. Dada la coyuntura de la pandemia de covid-19, que sin duda
estuvo presente en todos los sectores de la sociedad, incluida la educación, fue necesario
identificar posibles cambios en las prácticas pedagógicas de los docentes durante este período.
image/svg+xml
Artur Cunha Nogueira de OLIVEIRA y Joana VIANA
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1803
Las entrevistas fueron realizadas con profesores de geografía que trabajan en el 1er año
de la escuela secundaria de colegios militares, para la enseñanza de la cartografía de contenidos,
eligiendo entrevistar a tres maestros, uno por universidad, entre los catorce colegios,
distribuidos en todas las regiones de Brasil. Los maestros entrevistados enseñan en una de las
escuelas del norte, noreste y sur de Brasil.
Las entrevistas con los docentes tuvieron lugar en julio de 2020 por videoconferencia,
utilizando las aplicaciones
Zoom
y
Google Meet
, y solo se grabó el audio de las entrevistas,
previa autorización de los entrevistados. Cabe destacar que los principios y directrices del foro
ético fueron respetados y cumplidos durante la investigación, y el asentimiento del Comité de
Ética del Instituto de Educación de la Universidad de Lisboa (nº 545 del 3 de febrero de 2010)
fue respetado y cumplido para la realización de esta investigación. Se garantizó la protección y
privacidad de los participantes, manteniendo la confidencialidad de la información.
Para el análisis de los datos se utilizó la técnica de análisis de categorías (BARDIN,
2016). Para el análisis de los documentos que resultaron de la investigación bibliográfica,
continuamos identificando elementos en común en todos los estudios que se organizaron en un
sistema de categorías propias, al tiempo que se consideraron las cualidades de exclusión mutua,
homogeneidad, pertinencia, objetividad, fidelidad y productividad (BARDIN, 2016). Se buscó
identificar los elementos que describían las prácticas docentes de cartografía con el uso de
tecnologías digitales y, subvencionados por el aporte teórico, se definieron las siguientes
categorías: estrategias, actividades, contenidos y herramientas digitales.
Para el proceso de análisis de contenido de las entrevistas, se optó por el procedimiento
cerrado (AMADO, 2013), categorizando los elementos que describían las prácticas docentes
con tecnologías adoptadas por los docentes, a partir de un sistema de categorías anteriores.
Caracterización sociodemográfica de los docentes entrevistados
A nivel de formación académica, todos los docentes entrevistados son licenciados en
Geografía y cuentan con al menos una especialización y/o maestría. Se entrevistó a dos
maestros y una maestra, todos ellos de la facultad militar. Los profesores tienen un nivel de
experiencia que va de 8 a 33 años de enseñanza en la disciplina de Geografía.
image/svg+xml
Uso de tecnologías digitales en la enseñanza de cartografía en el Sistema Colegio Militar de Brasil
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1804
Presentación y discusión de resultados
En esta sección presentaremos los resultados basados en el análisis comparativo de los
resultados del análisis de las publicaciones obtenidas en la investigación bibliográfica y las
entrevistas para cada una de las dimensiones y categorías.
Uso de las tecnologías digitales en la enseñanza
De acuerdo con las percepciones de los profesores entrevistados, las tecnologías
proporcionan aproximación para el estudiante en su relación con la realidad, así como en la
relación alumno-profesor. Con respecto a las percepciones sobre los aportes de las tecnologías
digitales al aprendizaje, se observa que los docentes destacan la velocidad de acceso a la
información y el logro de resultados cuando las tecnologías se utilizan para el aprendizaje,
además de la posibilidad de utilizar las tecnologías como refuerzo a lo que se enseña en el aula,
reforzando que las tecnologías deben ser un instrumento para ayudar al estudiante en el
aprendizaje, involucrándolo activamente como protagonista en la construcción de sus
conocimientos (COSTA
et al.
, 2012).
Uso de las tecnologías digitales en la enseñanza de la cartografía
Con respecto a la visión sobre el uso de las tecnologías digitales en la enseñanza de la
cartografía, los profesores consideran que las tecnologías digitales son esenciales para la
cartografía y consideran que facilitan la comprensión de las representaciones cartográficas por
parte de los estudiantes. Estos resultados corroboran lo que Silva, Antunes y Painho (1996,
apud DI MAIO, 2004, p. 44) argumentan cuando describen que las geotecnologías:
Contribuyen al desarrollo de conocimientos en Geografía y habilidades
gráficas, ya que posibilitan la localización de elementos geográficos, la
percepción de modificaciones de escala y su reflejo en un problema, a través
de múltiples representaciones espaciales de fenómenos (SILVA; ANTUNES;
PAINHO, 1996 apud DI MAIO, 2004, p. 44).
Con respecto a las prácticas de enseñanza-aprendizaje con tecnologías digitales para la
enseñanza de la cartografía, en las que se busca caracterizar la forma en que las tecnologías
digitales son utilizadas por los docentes, presentamos los resultados organizados en seis
subcategorías, es decir: i) actividades realizadas por estudiantes con tecnologías digitales para
aprender cartografía, ii) contenidos de cartografía trabajados con el uso de tecnologías digitales,
iii) herramientas digitales utilizadas, iv) estrategias utilizadas en la enseñanza-aprendizaje de
image/svg+xml
Artur Cunha Nogueira de OLIVEIRA y Joana VIANA
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1805
cartografía con tecnologías digitales, v) formas de organización social de los estudiantes en
actividades con el uso de tecnologías digitales para trabajar el conocimiento de la cartografía,
y vi) uso de tecnologías digitales en la evaluación del aprendizaje en cartografía.
Entre las actividades realizadas, los docentes destacan la medición de la distancia a
partir de una escala y la localización de fenómenos en el espacio geográfico a través de
coordenadas geográficas como son las actividades más realizadas por los alumnos. En los
documentos relevados, se observó que la medición de la distancia desde una escala fue la
actividad con mayor ocurrencia (N=4). Las actividades de exploración de imágenes satelitales
y localización de fenómenos en el espacio geográfico a través de coordenadas geográficas
tuvieron el mismo número de ocurrencias (N=3) cada una. Las actividades realizadas
promueven el aprendizaje a través de la adquisición de conocimientos en diferentes niveles de
complejidad que van desde la comprensión, la aplicación de los conocimientos adquiridos, el
análisis, hasta la creación/elaboración (IGLESIAS, 2009). En este sentido, existe una mayor
ocurrencia de actividades relacionadas con la aplicación/movilización de conocimiento
considerado de mediana complejidad, según la taxonomía digital de Bloom (CHURCHES,
2009).
En relación a los contenidos, la localización de fenómenos en el espacio geográfico a
través de coordenadas geográficas es el contenido más trabajado por los docentes. Luego, la
lectura e interpretación de documentos cartográficos y puntos de escala fueron los contenidos
más abordados. En los documentos relevados se observó una mayor incidencia de lectura e
interpretación de documentos cartográficos (N=5). Cuatro estudios destacan la enseñanza de
los recuentos de escalas. Luego la localización de fenómenos en el espacio geográfico a través
de coordenadas geográficas (N=3), luego la elaboración de documentos cartográficos (N=2) y
la representación del relieve (N=2). Los contenidos identificados en los resultados son
consistentes con la capacidad de lectura crítica y mapeo consciente para un estudiante de
secundaria y están de acuerdo con las adquisiciones metodológicas que el grupo de edad debe
adquirir en la cartografía, como lo describe Simielli (1999). Las adquisiciones complejas
representan la mayoría del contenido escaneado, mientras que las adquisiciones promedio y las
adquisiciones simples representan los contenidos identificados por los maestros.
En cuanto a las herramientas digitales utilizadas, se observa que solo dos herramientas
fueron indicadas por los docentes. La
herramienta Google Earth
es utilizada por dos profesores
y
Google Maps
es utilizado por un profesor. En los documentos buscados,
Google Earth es
la
herramienta más utilizada (N=5). Luego la
herramienta Google Maps
(N = 3), luego el
“Portal
LabTate” (N=1),
la herramienta LandsacpAR (N=1) y el QGIS (N=1). Meneguete (2014, p. 25)
image/svg+xml
Uso de tecnologías digitales en la enseñanza de cartografía en el Sistema Colegio Militar de Brasil
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1806
señala que
los productos de Google Geo
son un "poderoso conjunto de herramientas
educativas" porque son fáciles de usar y compartir. Estas herramientas son tecnologías llamadas
"webcartografía" (OLIVEIRA; NACIMIENTO, 2017). Según Tsou (2011, p. 250),
webcartografía
“
is the new médium of maps, changing cartographic representation from paper
and desktop GIS to distributed, user-centered, mobile, and real-time geospatial information
services
”
3
. Las herramientas de webcartografía presentan varios criterios, como herramientas
informáticas, aplicaciones disponibles, precio asequible, construcción de conocimiento,
generalización, pensamiento crítico, aprendizaje transferible, formalismo simple y poderoso y
aprendizaje fácil que, según Jonassen (2000), sirven como indicadores para evaluar si una
aplicación puede clasificarse como una herramienta cognitiva. Según Jonassen (2000, p. 33),
las herramientas cognitivas son "herramientas para representar el conocimiento que utilizan la
aplicación informática" y deben ser consideradas como "socios intelectuales que facilitan la
construcción del conocimiento y la reflexión por parte de los estudiantes".
En cuanto a las estrategias utilizadas en la enseñanza-aprendizaje de la cartografía con
tecnologías digitales, se observa que dos profesores organizan sus clases a partir de un momento
de exposición y, en el segundo momento, con la realización de actividades prácticas. El tercer
profesor se diferencia de los demás, porque además de comenzar con un momento de clase
dialogado por la exposición, utiliza el laboratorio para llevar a cabo la actividad práctica. En
los documentos relevados, en la mitad de los estudios reportados (N=4), las clases comienzan
con la presentación del tema, los conceptos clave y las especificidades de cada una de las
herramientas digitales que se utilizan posteriormente en la actividad práctica. La actividad de
introducción del tema, a través de la técnica de una clase expositiva y dialogada, abordando y
discutiendo los conceptos clave de manera dialogada, valora la participación de los estudiantes
(N=2). En cuanto a las actividades prácticas, en la mitad de los estudios analizados (N=5), se
decidió realizar actividades prácticas utilizando el laboratorio de computación. En dos estudios,
las actividades prácticas se llevaron a cabo utilizando
smartphone
en el aula.
En cuanto a las formas de organización social de los estudiantes en actividades con el
uso de tecnologías digitales para trabajar el conocimiento de la cartografía, se observa que dos
de los tres profesores priorizan la organización de los estudiantes en actividades grupales y/o
dobles y un profesor prioriza la actividad individual. También se observa que en siete estudios
analizados se informó que las actividades sugeridas se realizaron en grupos.
3
La webcartografía es una nueva forma de representar mapas, ya no siendo más tradicional como los mapas
impresos, a ser representaciones de información geoespacial, centrada en el usuario y en tiempo real.
image/svg+xml
Artur Cunha Nogueira de OLIVEIRA y Joana VIANA
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1807
Potencialidades de las tecnologías digitales en la enseñanza de la cartografía
Se observa que los docentes presentan diferentes visiones, que van desde la
instantaneidad y rapidez que proporcionan las tecnologías digitales al trabajar diferentes niveles
de análisis cartográfico y geográfico, pasando por el potencial que tienen las tecnologías para
poder asistir al alumno en la búsqueda de información cartográfica más profunda, hasta la
potenciación de la práctica de la producción cartográfica cuando se utilizan tecnologías
digitales. Estas visiones demuestran cuán potenciales son las tecnologías digitales para la
enseñanza de la cartografía. Las diferentes visiones de los docentes convergen en el papel de la
tecnología en la enseñanza y en el aula, permitiendo a los estudiantes "pensar de manera más
productiva" (JONASSEN, 2000, p. 26).
La enseñanza en la coyuntura de la pandemia de covid-19
En cuanto a los cambios identificados en las prácticas pedagógicas causadas por la
pandemia de COVID-19 en comparación con las prácticas de enseñanza-aprendizaje en años
anteriores, todos los docentes informaron que hubo cambios causados por la pandemia. Un
maestro pasó a grabar lecciones en video para exponer los contenidos. Otra maestra informó
que comenzó a dar clases sincrónicas y que han sido muy productivas. Un tercer docente señaló
que hubo una disminución en la interacción alumno-profesor, pues con la implementación del
entorno virtual de aprendizaje como plataforma de enseñanza durante el cierre de la escuela,
muchos estudiantes no pudieron interactuar en este entorno.
Con respecto a los cambios identificados en las prácticas de enseñanza-aprendizaje de
la cartografía con tecnologías digitales, se observan diferentes informes por parte de los
docentes. Un profesor impartía clases de cartografía antes de la pandemia, por lo que informó
que no hubo cambios. Otro docente señaló que la pandemia afectó la enseñanza y el aprendizaje,
considerando que la planificación de las clases era prepandemia y el ejemplo de actividades que
antes estaban pensadas y planificadas para ser presenciales, debían adaptarse a la modalidad
remota. Un tercer docente destacó que en el contexto de la pandemia se profundizó en los
contenidos de la cartografía, ya que los estudiantes se vieron inmersos en el contexto de la
enseñanza a distancia con el uso de tecnologías digitales y, por lo tanto, investigaron más sobre
los temas.
image/svg+xml
Uso de tecnologías digitales en la enseñanza de cartografía en el Sistema Colegio Militar de Brasil
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1808
Conclusiones
En la búsqueda de la respuesta a la pregunta central "¿Cómo aprovechan los profesores
de geografía el potencial que tienen las tecnologías digitales para la enseñanza de la cartografía
en la Educación Básica en el sistema de educación militar en Brasil?" y sus preguntas
específicas, se presentan algunas consideraciones finales en forma de conclusiones, basadas en
el marco teórico y los resultados encontrados, bien a partir del análisis de los documentos
relacionados con los estudios realizados en esta materia entre 2010 y 2020, bien en las
entrevistas realizadas a docentes.
Las prácticas de enseñanza de la cartografía con tecnologías digitales identificadas en
los resultados de los estudios realizados en esta área y descritas por los profesores entrevistados
resultaron ser bastante diversas. Con respecto a las actividades desarrolladas en la enseñanza
de la cartografía con tecnologías digitales, las actividades de medición de distancias se destacan
a partir de una escala y la localización de fenómenos en el espacio geográfico a través de
coordenadas geográficas. Estos se encuentran en la lista de actividades de complejidad media
pertenecientes a los niveles 'aplicar' y 'analizar', según el enfoque de la Taxonomía Digital de
Bloom aplicada al contexto de integración de las TIC propuesto por Iglesias (2009). También
se identificaron actividades de menor complejidad cognitiva y actividades de mayor
complejidad. La identificación de actividades en diferentes niveles de cognición demuestra la
preocupación de los docentes en la elección de actividades que promuevan el desarrollo
intelectual y el pensamiento crítico, observando que la perspectiva teórica que subyace a las
prácticas docentes tiende a ser constructivista (
e.g.
COSTA, 2008; JONASSEN, 2000;
PAPERT, 2008; PRENSKY, 2010).
En cuanto a los contenidos abordados en la enseñanza de la cartografía con tecnologías
digitales, se verifica que la localización de fenómenos en el espacio geográfico a través de
coordenadas geográficas y la lectura e interpretación de documentos cartográficos son los
contenidos más presentes en el discurso de los entrevistados y en los documentos investigados,
respectivamente. Se observa que las diferencias de escala y la representación del relieve
también se identificaron en el discurso de los profesores entrevistados. Cabe mencionar que los
contenidos cubiertos están previstos en la PSD de Geografía del 1er año de Bachillerato de la
SCMB, un documento guía para el desarrollo de los contenidos y objetivos deseados por el
docente (DEPA, 2016).
En cuanto a las herramientas digitales utilizadas en la enseñanza de la cartografía, se
verifica
que Google Earth
y
Google Maps
, también llamados webcartografía (OLIVEIRA;
image/svg+xml
Artur Cunha Nogueira de OLIVEIRA y Joana VIANA
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1809
NASCIMENTO, 2017), son las herramientas más utilizadas. Di Maio (2013, p. 80) señala que
estas herramientas "fomentan nuevas formas de conocimiento y acciones y su inclusión
proporciona impactos positivos en las prácticas docentes escolares, incluso a favor de la
ciudadanía, dada la gran cantidad de datos disponibles con acceso gratuito en la web".
En cuanto a las estrategias adoptadas en la enseñanza de la cartografía con tecnologías
digitales, se concluye que las clases de exhibición para la introducción del tema y las actividades
prácticas con el uso del teléfono celular y/o el uso del laboratorio de computación son
estrategias más utilizadas. También cabe destacar que la organización de los alumnos suele
darse en grupos.
Con respecto a las percepciones de los docentes sobre el uso de las tecnologías digitales
en la enseñanza de la cartografía, es posible concluir que las tecnologías digitales facilitan
principalmente la comprensión de las representaciones cartográficas por parte de los
estudiantes, resignificando "el acto de aprendizaje y el proceso de construcción del
conocimiento debido a las posibilidades proporcionadas" (PEREIRA; KUENZER; TEIXEIRA,
2019, p. 4). Se verifica que los docentes tienen una visión muy favorable sobre las tecnologías
digitales, con énfasis en su papel de apoyo en el proceso de enseñanza-aprendizaje de los
propios estudiantes, haciéndolos más críticos y productivos en la construcción del conocimiento
(COSTA
et al.,
2012; JONASSEN, 2000; PRESNKY, 2010).
En cuanto a las prácticas de enseñanza-aprendizaje de la cartografía con tecnologías
digitales, se encontró que el contexto de la enseñanza a distancia permitió una profundización
de los contenidos, debido al uso de las tecnologías como recurso de investigación por parte de
los estudiantes durante la realización de las actividades. Con el desarrollo del estudio, se
encontró que los docentes entrevistados aprovechan el potencial de las tecnologías digitales a
partir de prácticas diversificadas, denotando la voluntad y motivación para el uso de las
tecnologías digitales en la enseñanza de la cartografía. Como sugerencia para futuros estudios,
se propone la continuidad de la investigación con docentes de las regiones no cubiertas en este
estudio, así como la observación directa de las prácticas en el aula.
image/svg+xml
Uso de tecnologías digitales en la enseñanza de cartografía en el Sistema Colegio Militar de Brasil
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1810
REFERENCIAS
AMADO, J.
Manual de investigação qualitativa em educação.
Coimbra: Imprensa da
Universidade de Coimbra, 2013.
BARDIN, L.
Análise de Conteúdo
. São Paulo: Edições 70, 2016.
BATISTA, N. L.
Cartografia escolar, multimodalidade e multiletramentos para o ensino
de geografia na contemporaneidade.
2019. Tese (Doutorado em Geografia)
–
Centro de
Ciências Naturais e Exatas, Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, 2019.
Disponible en: https://repositorio.ufsm.br/handle/1/19065. Acceso: 22 feb. 2021.
BLOOM, S. B. (ed.).
Taxonomy of Educational Objectives:
The Classification of
Educational Goals: Handbook I, Cognitive Domain. Michigan: Longmans, 1956.
BRASIL.
Portaria n. 042-Cmt Ex, de 2 de fevereiro de 2008
. Regulamento dos Colégios
Militares (R-69). Brasília, DF: Exército Brasileiro, 2008.
BRASIL.
Portaria n. 742-Cmt Ex, de 21 de julho de 2014
. Regulamento da Diretoria de
Educação Preparatória e Assistencial. Brasília, DF: Exército Brasileiro, 2014.
CANTO, T. S. Tecnologia e Cartografia Escolar.
Salto para o futuro
, Rio de Janeiro,
out. 2011.
CAPEL, H.
Filosofía y Ciencia en la geografía Contemporánea
: Una Introducción a la
Geografía. Barcelona: Barcanova, 1981.
CHURCHES, A.
Bloom's Digital Taxonomy
. p. 1-44, 2009. Disponível em
https://www.researchgate.net/publication/228381038_Bloom's_Digital_Taxonomy. Acesso
em: 04 feb. 2020.
COSTA, F. A.
A utilização das TIC em contexto educativo
: Representações e práticas de
professores. 2008. Tese (Doutorado em Ciências da Educação)
–
Faculdade de Psicologia e de
Ciências da Educação, Universidade de Lisboa, Portugal, 2008. Disponible en:
https://pt.slideshare.net/fcosta/tese-costaf2008ti-cemcontextoeducativo. Acceso: 08 feb. 2021.
COSTA, F. A.
et al
.
Repensar as TIC na Educação
: O Professor como Agente
Transformador. Lisboa: Santillana, 2012.
COSTA, F. A.
et al
. Desenho de Atividades de Aprendizagem baseado no Conceito de
Aprender com Tecnologias.
In
: CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE TIC NA
EDUCAÇÃO
–
CHALLENGES, 10., 2017, Braga.
Anais
[…]. Braga, Por
tugal: Universidade
do Minho, 2017.
DI MAIO, A. C.
Geotecnologias digitais no ensino médio
: Avaliação Prática de seu
Potencial. 2004. Tese (Doutorado em Geografia)
–
Instituto de Geociências e Ciências Exatas,
Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, São Paulo, 2004. Disponible en:
https://repositorio.unesp.br/handle/11449/100075. Acceso el: 05 marzo 2021.
image/svg+xml
Artur Cunha Nogueira de OLIVEIRA y Joana VIANA
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1811
DI MAIO, A. C. Ensinar Cartografia no século XXI: O desafio continua.
In
: COLÓQUIO DE
CARTOGRAFIA ESCOLAR PARA CRIANÇAS E ESCOLARES, 8., 2013, São João Del
Rei.
Anais
[…].
São João Del Rei, MG: UFSJ, 2013.
DEPA. Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial.
Plano de Sequências Didáticas -
Ensino Médio - 1º ano
. Rio de Janeiro: DEPA, 2012.
DEPA. Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial.
Caderno de Didática do Sistema
Colégio Militar do Brasil
. 2. ed. Rio de Janeiro: DEPA, 2016.
FRANCISCHETT, M. N. A cartografia no ensino-aprendizagem da geografia.
Biblioteca on-
line de ciências da comunicação
, p. 1-12, 2004. Disponible en:
http://bocc.ubi.pt/pag/francischett-mafalda-representacoes-cartograficas.pdf. Acceso: 12
marzo 2021.
FRANCISCHETT, M. N. A cartografia escolar crítica.
Biblioteca on-line de ciências da
comunicação
, p. 1-14, 2007. Disponible en: http://bocc.ubi.pt/pag/francischett-mafalda-
cartografia-escolar-critica.pdf. Acceso el: 23 marzo 2021.
GIL, A. C.
Métodos e Técnicas de Pesquisa Social
. São Paulo: Atlas Editora, 2008.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Atlas Escolar
, 2020. Disponible en:
https://atlasescolar.ibge.gov.br/. Acceso: 04 feb. 2020.
JONASSEN, D.
Computadores, ferramentas cognitivas
:
Desenvolver o pensamento crítico
nas escolas. Porto: Porto Editora, 2000.
JUNIOR, L. M.; MARTINS, R. E. M. W.; FROZZA, M. V. C. Potencialidades da ferramenta
Google My Maps para o ensino de geografia em Portugal.
Revista Eletrônica de Educação,
v. 14, p. 1-17, 2020. Disponible en:
https://www.researchgate.net/publication/338612912_Potencialidades_da_ferramenta_Google
_My_Maps_para_o_ensino_de_geografia_em_Portugal_Google_My_Maps_tool_for_teachin
g_geography_in_Portugal. Acceso el: 28 marzo 2021.
LÔBO, R. N. B.
O uso da cartografia digital como ferramenta didática na disciplina
Geografia no ensino médio
. 2011. Dissertação (Mestrado em Geografia)
–
Faculdade de
Filosofia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. Disponible en:
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-13072012-112524/en.php. Acceso: 20
marzo 2021.
LOURO, D. F. S.
A utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação como
ferramenta didática no ensino da História e da Geografia
. 2016. Dissertação (Mestrado
em Ensino da História e da Geografia no 3º Ciclo do
Ensino Básico e Secundário)
–
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova
de Lisboa, 2016. Disponible en: https://run.unl.pt/handle/10362/17257. Acceso: 05 abr. 2021.
MEDEIROS, J. L. Tecnologias Digitais e Geografia: Um relato de experiência.
Revista
Brasileira de Educação em Geografia,
v. 6, n. 12, p. 246-258, jul./dez. 2016. Disponible en:
https://revistaedugeo.com.br/revistaedugeo/article/view/252. Acceso: 17 abr. 2021.
image/svg+xml
Uso de tecnologías digitales en la enseñanza de cartografía en el Sistema Colegio Militar de Brasil
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1812
MENEGUETE, A.
Por dentro dos produtos Google Geo
. 2014. Disponible en:
https://www.academia.edu/6666432/Por_dentro_dos_produtos_Google_Geo. Acceso en: 04
feb. 2020.
NOGUEIRA, R. E. Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), inclusão e cartografia
escolar.
Revista Geografares
, v. 12, p. 228-257, jul. 2012. Disponible en:
https://periodicos.ufes.br/geografares/article/view/3194. Acceso: 16 mayo 2021.
OLIVEIRA, E. A.; OLIVEIRA, R. C. S. O Uso do Aplicativo LandscapAR como Recursos
Pedagógico para o Ensino de Geografia.
Revista Geosaberes,
v. 10, n. 22, p. 100-114, set.
2019. Disponible en: https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/54069. Acceso: 19 marzo 2021.
OLIVEIRA, I. J.; NASCIMENTO, D. T. F. As Geotecnologias e o Ensino de Cartografia nas
Escolas: Potencialidades e restrições.
Revista Brasileira de Educação Em Geografia,
v. 7,
n. 13, p. 158-172, 2017. Disponible en:
https://www.revistaedugeo.com.br/index.php/revistaedugeo/article/view/491. Acceso: 18
mayo 2021.
PAPERT, S.
A máquina das crianças
: Repensando a escola na era da Informática. Porto
Alegre: Artmed, 2008.
PEREIRA, A.; KUENZER, A.; TEIXEIRA, A. Metodologias ativas nas aulas de Geografia
no Ensino Médio como estímulo ao protagonismo juvenil.
Revista do Centro de Educação
(UFSM)
, v. 44, p. 1-23, 2019. Disponible en:
https://www.redalyc.org/journal/1171/117158942075/117158942075.pdf. Acceso: 16 feb.
2021.
PRENSKY, M. O papel da tecnologia no ensino e na sala de aula.
Conjectura 15
, v. 15, n. 2,
p. 201-204, 2010. Disponible en: https://philpapers.org/rec/PREOPD. Acceso: 10 abr. 2021.
SANTOS, A. M. F. (WEB) Cartografia e Realidade Aumentada: Novos Caminhos Para o Uso
das Tecnologias Digitais no Ensino de Geografia.
Revista Geosaberes
, v. 9, n. 17, p. 1-14,
2018. Disponible en:
https://www.redalyc.org/journal/5528/552859736015/552859736015.pdf. Acceso: 25 marzo
2021.
SILVA, A. P. A.
Potencial pedagógico do sensoriamento remoto nas escolas de educação
básica da região metropolitana de Feira de Santana - Bahia
. 2013. Dissertação (Mestrado
em Ciências Ambientais)
–
Universidade Estadual de Feira de Santana, Bahia, 2013.
Disponible en: http://200.128.81.65:8080/handle/tede/266. Acceso: 10 mayo 2021.
SILVA F. G.
Geotecnologias no ensino de geografia
: Livros didáticos e práticas educativas
para o ensino médio em Feira de Santana, BA. 2012. Dissertação (Mestrado em Ensino e
História de Ciências da Terra)
–
Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2012.
Disponible en:
https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/858009?guid=1658707209600&returnUrl=%2F
resultado%2Flistar%3Fguid%3D1658707209600%26quantidadePaginas%3D1%26codigoRe
gistro%3D858009%23858009&i=7. Acceso: 13 abr. 2021.
image/svg+xml
Artur Cunha Nogueira de OLIVEIRA y Joana VIANA
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1813
SIMIELLI, M. H. R. Cartografia no ensino fundamental e médio.
In
: CARLOS, A. F. A.
(coord.)
A Geografia na sala de aula
. São Paulo: Contexto, 1999.
TSOU, M. H. Revisiting web cartography in the United States: The rise of User-Centered
Design.
Cartography and Geographic Information Science,
v. 38, n. 3, p. 250-257, 2011.
Disponible en: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1559/15230406382250. Acceso: 26
marzo 2021.
Cómo hacer referencia a este artículo
OLIVEIRA, A. C. N.; VIANA, J. Uso de tecnologías digitales en la enseñanza de cartografía
en el Sistema Colegio Militar de Brasil.
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
Enviado en
: 08/01/2022
Revisiones requeridas en
: 19/03/2022
Aprobado en
: 26/05/2022
Publicado en
: 01/07/2022
Procesamiento y edición: Editora Ibero-Americana de Educação.
Corrección, formateo, normalización y traducción.
image/svg+xml
Use of digital technologies in the teaching of cartography in the Military College System in Brazil
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1784
USE OF DIGITAL TECHNOLOGIES IN THE TEACHING OF CARTOGRAPHY IN
THE MILITARY COLLEGE SYSTEM IN BRAZIL
USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS NO ENSINO DE CARTOGRAFIA NO SISTEMA
COLÉGIO MILITAR DO BRASIL
USO DE TECNOLOGÍAS DIGITALES EN LA ENSEÑANZA DE CARTOGRAFÍA EN
EL SISTEMA COLEGIO MILITAR DE BRASIL
Artur Cunha Nogueira de OLIVEIRA
1
Joana VIANA
2
ABSTRACT
: This article presents a study carried out with the purpose of identifying the
teaching practices of cartography with digital technologies, characterizing the way in which
digital technologies are used by teachers working in geography in the schools of Military
College System of Brazil. Based on bibliographical research in scientific databases, practices
in the use of digital technologies considered relevant in the teaching of cartography were
identified. From the results of this research and with a view to its exploration, semi-directive
interviews were carried out with high school teachers. It was found that the interviewed
teachers take advantage of the possibilities of digital technologies through different practices
and strategies in their use in the teaching of cartography. It is noteworthy that, in addition to
fulfilling the educational objectives contained in the curriculum documents, the view of
teachers reveals their concern with meaningful learning for their students.
KEYWORDS
: Digital technologies. Pedagogical practices. Cartography teaching. Military
College System of Brazil. High School.
RESUMO
: Neste artigo apresenta-se um estudo realizado com o propósito de identificar as
práticas de ensino de cartografia com tecnologias digitais, caracterizando o modo como são
usadas as tecnologias digitais pelos professores atuantes na disciplina de Geografia nos
colégios do Sistema Colégio Militar do Brasil. Com base em pesquisa bibliográfica em
bancos de dados científicos foram identificadas práticas de uso de tecnologias digitais
consideradas relevantes no ensino da cartografia. A partir dos resultados dessa pesquisa e com
vista à sua exploração, realizaram-se entrevistas semidirectivas a professores atuantes no 1º
ano do Ensino Médio. Verificou-se que os professores entrevistados tiram partido das
possibilidades das tecnologias digitais através de diversas práticas e estratégias no seu uso no
ensino da cartografia. Destaca-se que além do cumprimento dos objetivos educacionais
contidos nos documentos curriculares, a visão dos professores revela a preocupação com uma
aprendizagem significativa dos seus alunos.
PALAVRAS-CHAVE
: Tecnologias digitais. Práticas pedagógicas. Ensino de cartografia.
Sistema Colégio Militar do Brasil. Ensino Médio.
1
Institute of Education of the University of Lisbon (IE-ULisboa), Lisbon
–
Portugal. Doctorate in
Education.ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5581-4237. E-mail:artur.oliveira@campus.ul.pt
2
Institute of Education of the University of Lisbon (IE-ULisboa), Lisbon
–
Portugal. Lecturer. PhD in
Education. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5939-4401. E-mail: jviana@ie.ulisboa.pt
image/svg+xml
Artur Cunha Nogueira de OLIVEIRA and Joana VIANA
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1785
RESUMEN
: Este artículo presenta un estudio realizado con propósito de identificar las
prácticas de enseñanza de cartografía con tecnologías digitales, caracterizando la forma en
que las tecnologías digitales son utilizadas por los docentes que enseñan en la disciplina de
geografía en las escuelas del sistema Colégio Militar de Brasil. A partir de la investigación
bibliográfica en bases de datos científicas, se identificaron prácticas en el uso de tecnologías
digitales consideradas relevantes en la enseñanza de cartografía. A partir de los resultados
de esta investigación y con miras a su exploración, se llevaron a cabo entrevistas
semidirectivas con docentes que enseñan en 1º año de la educación secundaria. Se verificó
que los docentes entrevistados aprovechan las posibilidades de las tecnologías digitales a
través de diferentes prácticas y estrategias en su uso en la enseñanza de cartografía. Es de
destacar que, además de cumplir con los objetivos educativos contenidos en los documentos
curriculares, la mirada de los docentes revela su preocupación por un aprendizaje
significativo para sus alumnos.
PALABRAS CLAVE
: Tecnologías digitales. Prácticas pedagógicas. Enseñanza de
cartografía. Sistema de Colegios Militares de Brasil. Educación Secundaria.
Introduction
In recent years, with the advent of the Internet and its potentialities, the world has
experienced a profound revolution in communication and socialization processes, and the
educational use of networked digital technologies is also no different, the latter being an
object of great relevance in the field of educational research (COSTA
et al
., 2012). The
impact that technologies have on learning depends on how and for what they are used
(COSTA
et al
., 2012).
Digital technologies have a high potential from a pedagogical point of view (COSTA
et al., 2012; COSTA e
t al
., 2017), and from a learning point of view they can be used as tools
for the student's work, assisting and actively involving him/her as a protagonist in the
construction of his/her knowledge (e.g. JONASSEN, 2000; PAPERT, 2008). According to
Jonassen (2000, p. 21), technologies enhance student learning when they allow "accessing
desired information, simulating problems and situations, articulating and representing what
students know, reflecting on what they have learned and how they have done it."
The present study focuses on the use of digital technologies in the teaching of
cartography in the Brazilian Military College System (SCMB in the Portuguese acronym),
starting from the following problematizing question: "How do Geography teachers take
advantage of the potential that digital technologies have for the teaching of cartography in
Basic Education in Military College System in Brazil?"
As a strategy to answer the central question, the following research questions were
defined: i) which practices with the use of digital technologies are considered relevant in the
image/svg+xml
Use of digital technologies in the teaching of cartography in the Military College System in Brazil
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1786
area of cartography teaching?, ii) what are the teachers' perceptions about the use of digital
technologies in cartography teaching?, and iii) what is the teachers' vision about the potential
of digital technologies in cartography teaching in relation to traditional technologies? This is a
qualitative study (AMADO, 2013), whose methodological design was built and defined in
two moments, using different techniques for data collection and analysis: i) documentary
analysis of studies found in bibliographic research conducted according to the systematic
literature review technique, and ii) interviews with high school teachers from the Military
College System in Brazil.
In this article we present the practices of cartography teaching with digital
technologies developed in Basic Education, characterizing how they are used for cartography
teaching by teachers working in the Geography subject in the SCMB schools, identifying
strategies and activities developed, contents worked and digital tools used, focusing on the
transforming pedagogical potential (COSTA, 2008) that digital technologies can exert in the
teaching-learning process. In the search for what the interviewed teachers had to say,
immersed in the context of the Covid-19 pandemic, we also tried to identify possible changes
in teaching practices in this period.
Use of digital technologies in Cartography Teaching
Cartographic production is an activity that was and is present in all phases of
humanity, since prehistoric times, with the records made in caves by primitive people (IBGE,
2020), until the most recent times, with the use of a wide range of technological resources that
facilitate its production and dissemination. According to Capel (1981), the importance of
cartography can be settled in the historical context of the Franco-Prussian war (1870), when
the French after being defeated by the Germans found that there was a scarce level of
knowledge in Geography and in living languages within the high schools, which eventually
awakened to a need for reform in education, and Geography was clearly favored in this
process of renewal. They promoted changes since primary education, making it mandatory to
take geographical excursions, also called "topographical walks", as well as the elaboration of
sketches and the previous study of maps and plans. Francischett (2004) states that
cartographic language has its importance recognized in the teaching of Geography, because
besides being developed the skills related to the understanding of maps, it provides the ability
to represent the geographic space.
image/svg+xml
Artur Cunha Nogueira de OLIVEIRA and Joana VIANA
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1787
Simielli (1999) structures the main methodological acquisitions (simple, medium and
complex) that students between 11 and 17 years of age should acquire when developing
cartographic activities (Chart 1).
Chart 1
–
Methodological acquisitions in cartography
Simple Acquisitions
Average Acquisitions
Complex Acquisitions
- Know the cardinal points.
- Know how to orientate
yourself with a
with a map.
- Finding a point on a map
with
with the coordinates or with
with the index.
- Finding the coordinates of a
point.
- To know how to drive with
a
a simple plan.
- To extract from simple
a single series of facts.
- Know how to calculate
altitude and
distance.
- Know how to drive with a
road map or topographic
chart.
- Measure a distance on a map with a
numerical scale.
- Estimate a point on the
hypsometric curve.
- Analyze the arrangement of
topographic shapes.
- To analyze a thematic chart
representing a single phenomenon
(population density, landform, etc.).
- Recognize and locate the forms of
relief and land use.
- Know how to differentiate between
slopes.
- Know how to recognize and locate
types of climate, air masses,
vegetation formations, population
distribution, industrial and urban
centers and others.
- Estimate an altitude between two
hypsometric curves.
- Know how to use a compass.
- Correlate two simple charts.
- Read a simple regional chart.
- Explaining the location of a
phenomenon by correlation between two
charts.
- To create a simple chart from a
complex chart.
- Draw a regional map with the precise
symbols.
- Know how to draw a simple regional
sketch (with legend provided by the
teacher).
- Know how to make real hypotheses
about the origin of a landscape.
- Be able to analyze a thematic map that
presents several phenomena.
- Know how to extract the fundamental
elements of a complex map.
Source: Adapted from Hugonie (1992 apud SIMIELLI, 1999, p. 93-108)
The teaching of cartography enables the student "to think significantly the knowledge
of geographic space through the reading and understanding of cartographic representations
[...]" (FRANCISCHETT, 2007, p. 1). Di Maio (2004, p. 13) highlights that "[...] Cartography,
in the discipline of Geography, can assume a role of tool or instrument that awakens skills and
competences, stimulating in the classroom the students' intelligences". For Canto (2011, p.
29), the digital language applied to cartography allows "map users the possibility of
navigating through different forms of expression of geographic contents and select, within a
range of predefined options, the information they want to visualize cartographically".
Regarding the role of digital technologies, Costa
et al
. (2012) emphasize that these
should be instruments to assist the student in learning, actively involving him as a protagonist
in the construction of his knowledge (COSTA
et al
., 2012). For Jonassen (2000, p. 26), "when
students use computers as partners, they offload some of the burden of non-productive
memorization tasks onto the computer, which allows them to think more productively."
Jonassen (2000) proposes that we should replace the idea of learning from computers or about
image/svg+xml
Use of digital technologies in the teaching of cartography in the Military College System in Brazil
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1788
computers with learning with computers, because while learning from computers and learning
about computers mean using computers as merely productive tools, learning with computers
means "using the computer as a tool with which to learn" (JONASSEN, 2000, p. 28), that is,
computers as cognitive tools. Cognitive tools require students to have critical thinking,
because when using computer applications they do so in a meaningful way and representing
what they know (JONASSEN, 2000).
When reflecting on the learning process, we must take into consideration its
complexity. According to Benjamin Bloom (1956), learning occurs under three areas or
domains: affective, cognitive, and psychomotor. Bloom's taxonomy (1956) is a tool for
understanding the learning process, which orders and classifies the levels of learning, ranging
from the least complex to the most complex, and each category is described from a noun
(CHURCHES, 2009).
Bloom's taxonomy underwent a first revision by Anderson and Krathwohl (2001, apud
CHURCHES, 2009). When analyzing how the revised Bloom's taxonomy could be applied to
the context of ICT integration, Churches (2009) found that the verbs used no longer meet the
goals, processes and actions that are present in this new context, both for teachers, students, as
well as almost all the activities we perform daily, and therefore, the need arose for another
revision, this time, for a digital version: Bloom's digital taxonomy (Figure 1).
Figure 1
–
Bloom’s Digital Taxonomy
- cognitive area
3
Source: Adapted from Churches (2009)
It is worth noting that Bloom's digital taxonomy is not focused on the digital tools and
technologies, but rather on the use of the tools as a means to achieve the learning objectives
3
Lembrar,Aplicar, Avaliar, Compreender, Analisar, Criar = Remember, Implement, Evaluate, Understand,
Analyze, Create; Habilidades de pensamento de nível inferior = Lower-level thinking skills; Habilidades de
pensamento de nível superior = Higher-level thinking skills
image/svg+xml
Artur Cunha Nogueira de OLIVEIRA and Joana VIANA
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1789
(remember, understand, apply, analyze, evaluate, and create, for the cognitive domain)
(CHURCHES, 2009).
Pereira, Kuenzer and Teixeira (2019, p. 4) conclude that the use of digital technologies
in the teaching of Geography in High School, in addition to providing greater student
engagement with the content, encourages youth protagonism and "re-signifies the act of
learning and the process of knowledge construction due to the possibilities provided".
In the following sections, the context in which the study was carried out, the
methodology used, and the sociodemographic characterization of the interviewed teachers
will be presented. Subsequently, the results are presented and discussed, culminating with
some considerations in the form of conclusions.
Background of the study
The study carried out is located in the Brazilian Military College Teaching System.
The Military Colleges are considered Military Organizations (MO) that function as public
educational institutions belonging to the Brazilian Army (BA), directly subordinated to the
Directorate of Preparatory and Assistential Education (DEPA in the Portuguese acronym) and
are intended to provide basic education in the final years of elementary school (6th to 9th
grades) and all of high school (1st to 3rd grades). The central purpose is to train students for
entry into military institutions and civilian institutions of higher education (BRAZIL, 2008,
2014). Currently, the colleges are present in fourteen Brazilian cities, in the five regions of the
country, in eleven states, and in the Federal District.
In the context of the SCMB, the curriculum is materialized as follows:
[...]The curriculum is materialized by the Plans of Teaching Sequences
(PSD) and is composed of a reference matrix, by cognitive axes, by the
philosophical proposals of the Area and of the Disciplines, by the objects of
knowledge designated for the school years and by the discursive
competence.In the current pedagogical proposal the conception that guides
the use of the curriculum is that of an open and flexible perspective, that is,
the curriculum can be adjusted and updated [...] (DEPA, 2016, p. 19).
The curriculum should be seen as an essential document in the planning, focused on
the development of the contents within a didactic sequence, and should be organized
according to the objectives intended by the teacher, regarding the learning of their students, as
learning activities and assessment (DEPA, 2016).
Based on the Didactic Sequence Plan - PSD (DEPA, 2012), the guiding curriculum for
teaching in the Teaching System in question, cartography is an object of knowledge planned
image/svg+xml
Use of digital technologies in the teaching of cartography in the Military College System in Brazil
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1790
for the 1st year of high school. Because cartography is one of the ten objects of knowledge
provided for the 1st year of high school geography, corresponding to about 10% of what is
taught in this grade, we chose to identify what is pertinent to the teaching of cartography. The
reading of the PSD regarding the teaching of cartography in the 1st year of Geography is
summarized in table 2, with the content topics and their respective details (table 2).
It is observed that the teaching of cartography proposed in this curriculum emphasizes
the need to master the scale (geographical and cartographic), in order to make a more accurate
analysis of geographical phenomena, whether at local, regional, or even global level. The PSD
(DEPA, 2012) highlights the reading, interpretation, and making of maps as one of the textual
genres necessary for the development of discursive competence, further reinforcing the
importance that cartographic documents have in all areas of knowledge.
Chart 2
–
Geography 1st Year High School Didactic Sequences Plan Summary
Topic
Detailing
Philosophical
Proposal of the
Discipline
It is a multidisciplinary science, as it combines the knowledge of multiple disciplines with the
methodology of reading and interpreting texts and maps (...).
(...) it develops in the student skills and competencies for locating and understanding
geographic phenomena (...).
Aspects raised about
the methodology and
didactics of the
discipline
prepare the student to understand and act in the complex world, problematize, formulate
propositions, think and act critically in their reality, promoting students' spatial literacy (...).
The mastery of the scale of analysis, as well as the scale of representation, is an important
criterion in the study of Geography, and it is essential to always consider its various levels
(local, regional and global), so as not to incur in simplistic interpretations of reality.
Competences related to the interpretation of cartographic documents will be common to all
objects of knowledge.
Learning Strategies
The mastery of cartographic reading and interpretation is an indispensable condition for the
analysis of the phenomena that are distributed in the geographic space.
Procedural
Understand the mapping process through the spatialization of different themes, elaborate
topographic profiles, perform distance and area calculations and identify the geographic
coordinates, elaborate conceptual maps, elaborate organizational charts (...).
Textual Genres
Maps, charts, infographics (...)
Discursive Skills
Students should have opportunities, based on their reading of texts, to correctly use and
understand words and phrases that describe contexts such as: location, geography, landscape,
place, territory, region, scale, cartography, among others.
image/svg+xml
Artur Cunha Nogueira de OLIVEIRA and Joana VIANA
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1791
Skills
GSE1 - Reading, analysing and interpreting the specific codes of Geography (maps, graphs,
tables etc.), considering them as elements for representing spatial or spatialised facts and
phenomena.
GS2 - Recognize and apply the use of cartographic and geographical scales as ways of
organizing and knowing the location, distribution and frequency of natural and human
phenomena.
GS5 - Reflect, compare and use the data recorded through graphs, tables and maps.
GS6 - Knowing the fundamentals of scale and above all knowing how to use it appropriately,
both for the preparation of documents - maps, tables and graphs - and for the analysis of
geographical space.
Source: Adapted from DEPA (2012)
Methodology
The methodology, of qualitative approach, used for this study was based, in a first
moment, on i) documentary analysis of publications obtained in the literature search on
practices of cartography teaching with use of digital technologies, using the systematic
literature review, and, in a second moment, in ii) characterization of the perceptions of
teachers who work in secondary education in military colleges on the use of digital
technologies in cartography teaching, obtained through semi-directive interviews. According
to Cohen, Manion and Morrison (2006, apud AMADO, 2013, p. 212), "the combination of
research methods allows us to judge the coherence or incoherence of the results
”.
In the interviews, we sought to confront the data obtained in the documentary analysis,
trying to find out what teachers had to say, using the semi-directive interview technique in the
auscultation of Geography teachers who work in the 1st year of high school.
In the bibliographic research, we sought to identify documents that dealt with the
integration of digital technologies in the teaching of cartography in order to build a
representative framework that would allow a rigorous analysis of the practices of cartography
teaching with the use of digital technologies and, consequently, to establish a relationship
between the documents produced about the theme and the objectives of the Geography
curriculum of the 1st year of High School at the SCMB. For the development of the
bibliographic research, we opted for the literature search and review indicated by Gil (2008),
identifying, locating, analyzing and including in this work the documents researched from the
pre-established criteria in chart 3.
image/svg+xml
Use of digital technologies in the teaching of cartography in the Military College System in Brazil
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1792
Chart 3
–
Search criteria in scientific databases
Database
Criteria
Search
Expression
Publicatio
n period
Searched
fields
Types of
Sources
Brazilian Digital Library of Theses and
Dissertations
Open Access Scientific Repository of
Portugal
Institutional repository of the University of
Lisbon
Academic Search Complete
EducationSource
SciELO
Abstract
Articles,
dissertations
and theses
(teaching) AND
(cartography OR
geography) AND
(technologies)
2010 to
2020
Source: Prepared by the authors (2022)
During the search in the databases, 232 documents were found (articles, dissertations
and theses). Concomitant to the survey, the abstracts were read in order to confirm the
relevance and clarity regarding the object of study, and 222 documents were excluded for not
meeting the intended requirements, i.e., publications that did not refer to the teaching of
cartography in basic education, specifically in Secondary Education.
At the end of the screening stage it was possible to obtain complete access to 10
documents published over the various years of the decade considered, 5 articles, 4 master's
dissertations and 1 doctoral thesis, according to chart 4.
Chart 4
–
Documents from the literature search
4
Nº
Author(s)
Year
Title
Type
Country
1
Batista, N. L.
2019
Cartografia escolar, multimodalidade e
multiletramentos para o ensino de geografia
na contemporaneidade
Theses
Brazil
2
Junior, L. M.
& Martins, R.
E. M. W.
&Frozza, M.
V. C.
2020
Potencialidades da ferramenta Google My
Maps para o ensino de geografia em Portugal
Article
Portugal
4
Translator's note: We have chosen to keep the original name of the Brazilian Portuguese language researches
image/svg+xml
Artur Cunha Nogueira de OLIVEIRA and Joana VIANA
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1793
3
Lôbo, R. N.
B.
2011
O uso da cartografia digital como ferramenta
didática na disciplina Geografia no ensino
médio
Dissertation
Brazil
4
Louro, D. F.
dos S.
2016
A utilização das Tecnologias de Informação e
Comunicação como ferramenta didática no
ensino da História e da Geografia
Dissertation
Portugal
5
Medeiros, J.
L.
2016
Tecnologias Digitais e Geografia: um relato
de experiência.
Article
Brazil
6
Nogueira, R.
E.
2012
Tecnologias da Informação e Comunicação
(TICs), inclusão e cartografia escolar
Article
Brazil
7
Oliveira, E.
A. & Oliveira,
R. C. S.
2019
O Uso do Aplicativo LandscapAR Como
Recurso Pedagógico Para o Ensino de
Geografia
Article
Brazil
8
Santos, A. M.
F
2018
(WEB) Cartografia e Realidade Aumentada:
Novos Caminhos para o Uso das Tecnologias
Digitais no Ensino da Geografia
Article
Brasil
9
Silva, A. P. A.
d.
2013
Potencial pedagógico do sensoriamento
remoto nas escolas de educação básica da
região metropolitana de Feira de Santana -
Bahia
Dissertation
Brasil
10
Silva, F. G.
2012
Geotecnologias no ensino de geografia:
Livros didáticos e práticas educativas para o
ensino médio em Feira de Santana, BA
Dissertation
Brasil
Source: Prepared by the authors (2021)
To conduct the interviews, a script was built, "a fundamental instrument for the correct
and useful conduct of the interview" (AMADO, 2013, p. 215). Sources from the literature
review regarding the object of study were used, in addition to the results from the
documentary analysis of the bibliographic research conducted in the previous step, as
provided by Amado (2013).
The interviews with teachers aimed to characterize the perceptions of teachers about
the use of digital technologies in cartography teaching; describe the practices that teachers say
they adopt when using digital technologies in cartography teaching, highlighting the
activities, strategies, content covered and digital tools used in the classes; and, finally, identify
the teachers' vision about the potential of digital technologies in cartography teaching in
relation to traditional technologies. Given the conjuncture of the covid-19 pandemic, which
was indisputably present in all sectors of society, including education, there was a need to
identify possible changes that occurred in the pedagogical practices of teachers during this
period.
image/svg+xml
Use of digital technologies in the teaching of cartography in the Military College System in Brazil
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1794
The interviews were carried out with Geography teachers who teach cartography in
the 1st year of High School at the Military Colleges. The interviewed teachers teach in one of
the schools in the North, Northeast and South regions of Brazil.
The interviews with the teachers took place in July 2020 by videoconference, using
the Zoom and Google Meet applications, and only the audio of the interviews was recorded,
after authorization from the interviewees. It is worth mentioning that ethical principles and
guidelines were respected and complied with during the research, having the favorable
opinion of the Ethics Committee of the Institute of Education of the University of Lisbon (no.
545 of February 3, 2010) for this research. The protection and privacy of participants were
ensured, maintaining the confidentiality of information.
For data analysis, the categorical analysis technique was used (BARDIN, 2016). For
the analysis of the documents that resulted from the literature search, we proceeded to identify
elements in common in all studies that were organized into a system of categories of their
own, while considering the qualities of mutual exclusion, homogeneity, relevance, objectivity,
fidelity and productivity (BARDIN, 2016). We sought to identify the elements that described
the practices of cartography teaching with the use of digital technologies and, subsidized by
the theoretical contribution, the following categories were defined: strategies, activities,
content and digital tools.
For the process of content analysis of the interviews, we chose the closed procedure
(AMADO, 2013), proceeding to the categorization of the elements that describe the teaching
practices with technologies adopted by teachers, from a system of previous categories.
Sociodemographic characterization of the interviewed teachers
In terms of academic background, all the interviewed teachers have a degree in
Geography and at least one specialization and/or master's degree. Two male teachers and one
female teacher were interviewed, all belonging to the military teaching staff. The teachers
have a level of experience ranging between 8 and 33 years teaching Geography.
Presentation and discussion of results
In this section we will present the results based on the comparative analysis of the
results of the analysis of the publications obtained in the literature search and the interviews
for each of the dimensions and categories.
image/svg+xml
Artur Cunha Nogueira de OLIVEIRA and Joana VIANA
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1795
Use of digital technologies in teaching
According to the perceptions of the interviewed teachers, technologies provide
approximation for the student in his relationship with reality, as well as in the student-teacher
relationship. Regarding the perceptions about the contributions of digital technologies to
learning, it can be observed that teachers highlight the speed of access to information and the
achievement of results when technologies are used for learning, in addition to the possibility
of using technologies as a reinforcement to what is taught in the classroom, reinforcing that
technologies should be a tool to assist the student in learning, actively involving him as a
protagonist in the construction of his knowledge (COSTA
et al.
, 2012).
Use of digital technologies in teaching cartography
Regarding the view on the use of digital technologies in the teaching of cartography,
teachers see digital technologies as essential for cartography and consider that they facilitate
the understanding of cartographic representations by students. These results corroborate what
Silva, Antunes, and Painho (1996, apud DI MAIO, 2004, p. 44) advocate when they describe
that geotechnologies:
They contribute to the development of knowledge in Geography and of
graphic skills, since they enable the location of geographical elements, the
perception of scale changes and their reflection in a problem, through
multiple spatial representations of the phenomena (SILVA; ANTUNES;
PAINHO, 1996 apud DI MAIO, 2004, p. 44).
Regarding the teaching-learning practices with digital technologies for the teaching of
cartography, in which we seek to characterize how digital technologies are used by teachers,
we present the results organized into six subcategories, namely: (i) activities performed by
students with digital technologies to learn cartography, (ii) cartography contents worked with
the use of digital technologies, (iii) digital tools used, (iv) strategies used in the teaching-
learning of cartography with digital technologies, (v) forms of social organization of students
in the activities with the use of digital technologies to work the knowledge of cartography,
and (vi) use of digital technologies in the evaluation of learning in cartography.
Among the activities performed, teachers highlight the measurement of distance from
a scale and the location of phenomena in geographic space through geographic coordinates as
the activities most performed by students. In the documents surveyed, it was observed that
measuring distance from a scale was the activity with the highest occurrence (N=4). The
image/svg+xml
Use of digital technologies in the teaching of cartography in the Military College System in Brazil
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1796
activities of exploration of satellite images and localization of phenomena in geographic space
through geographic coordinates had the same number of occurrence (N=3) each. The
activities performed promote learning through the acquisition of knowledge at different levels
of complexity ranging from understanding, application of acquired knowledge, analysis, to
creation/elaboration (CHURCHES, 2009). In this sense, it is observed a higher occurrence of
activities related to the application/mobilization of knowledge considered of medium
complexity, according to Bloom's digital taxonomy (CHURCHES, 2009).
Regarding the content, the location of phenomena in geographic space through
geographic coordinates is the content most worked by teachers. Then, the reading and
interpretation of cartographic documents and notions of scale were the most addressed
contents. In the surveyed documents, it was observed a higher occurrence of reading and
interpretation of cartographic documents (N=5). Four studies emphasize the teaching of
notions of scale. Next was the localization of phenomena in geographic space by means of
geographic coordinates (N=3), then the elaboration of cartographic documents (N=2) and the
representation of the landform (N=2). The contents identified in the results are consistent with
critical reading skills and conscious mapping for a high school student and are in accordance
with the methodological acquisitions that the age group should acquire in cartography, as
described by Simielli (1999). The complex acquisitions represent most of the surveyed
contents, while the medium acquisitions and the simple acquisitions represent the contents
identified by the teachers.
As for the digital tools used, it is observed that only two tools were indicated by the
teachers. Google Earth is used by two teachers and Google Maps is used by one teacher. In
the surveyed documents, Google Earth is the most used tool (N=5). This is followed by the
Google Maps tool (N=3), then the "LabTate Portal" tool (N=1), the LandsacpAR tool (N=1)
and QGIS (N=1). Meneguete (2014, p. 25) highlights that Google Geo products constitute a
"powerful set of educational tools" because they are easy to use and share. These tools are
technologies called "webcartography" (OLIVEIRA; NASCIMENTO, 2017). According to
Tsou (2011, p. 250), webcartography "is the new medium of maps, changing cartographic
representation from paper and desktop GIS to distributed, user-centered, mobile, and real-time
geospatial information services
”
5
. Webcartography tools present several criteria, such as
computer-based tools, available applications, affordability, knowledge construction,
generalization, critical thinking, transferable learning, simple and powerful formalism, and
5
Webcartography is a new way of representing maps, no longer as traditional as printed maps, but as user-
centered, real-time representations of geospatial information.
image/svg+xml
Artur Cunha Nogueira de OLIVEIRA and Joana VIANA
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1797
easy to learn which, according to Jonassen (2000), serve as indicators to evaluate whether an
application can be classified as a cognitive tool. For Jonassen (2000, p. 33), cognitive tools
are "knowledge representation tools that use computer application" and should be regarded as
"intellectual partners that facilitate knowledge construction and reflection by students."
As for the strategies used in the teaching-learning of cartography with digital
technologies, it is observed that two teachers organize their classes starting with an expository
moment and, in the second moment, with the realization of practical activities. The third
teacher is different from the others, for besides starting with an expository-dialogical class, he
uses the laboratory to perform the practical activity. In the researched documents, in half of
the reported studies (N=4), the classes start with the presentation of the topic, the key
concepts and the specificities of each of the digital tools that are later used in the practical
activity. The introduction activity to the theme, through the expositive and dialogical class
technique, approaching and discussing the key concepts in a dialogical way, values the
students' participation (N=2). Regarding practical activities, half of the studies analyzed
(N=5) chose to perform practical activities using the computer lab. In two studies practical
activities were carried out with the use of a smartphone in the classroom.
Regarding the forms of social organization of students in activities using digital
technologies to work with cartographic knowledge, it was observed that two of the three
teachers prioritized organizing students in group and/or pair activities and one teacher
prioritized individual activities. It is also observed that in seven studies analyzed were
reported that the suggested activities were performed in groups.
Potentialities of digital technologies in teaching cartography
It can be observed that teachers present different visions, ranging from the
instantaneity and speed that digital technologies provide when working different levels of
cartographic and geographic analysis, to the potential that technologies have in helping the
student to search for more in-depth cartographic information, to the potential of the practice of
cartographic production when digital technologies are used. These visions demonstrate the
potential of digital technologies for the teaching of cartography. The different views of
teachers converge on the role of technology in teaching and in the classroom, allowing
students to "think more productively
” (JONASSEN, 2000, p. 26).
image/svg+xml
Use of digital technologies in the teaching of cartography in the Military College System in Brazil
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1798
Teaching in the Context of the COVID-19 Pandemic
Regarding the identified changes in teaching practices caused by the pandemic of
COVID-19 compared to teaching-learning practices in previous years, all teachers reported
that there were changes caused by the pandemic. One teacher started to record video lessons
to present the contents. Another teacher reported that she started to hold synchronous classes
and that they have been very productive. A third teacher pointed out that there was a decrease
in student-teacher interaction, because with the implementation of the virtual learning
environment as a teaching platform during the closing of the school, many students were
unable to interact in this environment.
Regarding the changes identified in the teaching-learning practices of cartography
with digital technologies, we observed different reports from the teachers. One teacher taught
cartography classes before the pandemic, so he reported that there was no change. Another
teacher emphasized that the pandemic affected teaching and learning, considering that the
planning of the classes was prior to the pandemic and the exemplification of the activities that
were previously thought and planned to be face-to-face, needed to be adapted to the remote
mode. A third teacher emphasized that in the context of the pandemic there was a deepening
of the cartography contents, since the students were immersed in the remote teaching context
with the use of digital technologies, and therefore researched more about the subjects.
Conclusions
In the search for the answer to the central question "How do Geography teachers take
advantage of the potential that digital technologies have for the teaching of cartography in
Basic Education in Military Education System in Brazil?" and its specific questions, some
final considerations are presented in the form of conclusions, based on the theoretical
framework and the results found, both from the analysis of the documents referring to the
studies carried out in this field between 2010 and 2020, and in the interviews made to the
teachers.
The practices of teaching cartography with digital technologies identified in the results
of studies carried out in this area and described by the interviewed teachers proved to be quite
diverse. With regard to the activities developed in the teaching of cartography with digital
technologies, we highlight the activities of measuring distance from a scale and the location of
phenomena in geographic space through geographic coordinates. These are in the list of
activities of medium complexity belonging to the levels 'apply' and 'analyze', according to the
image/svg+xml
Artur Cunha Nogueira de OLIVEIRA and Joana VIANA
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1799
approach of Bloom's Digital Taxonomy applied to the context of ICT integration proposed by
Churches (2009). Activities of lower cognitive complexity and activities of higher complexity
were also identified. The identification of activities at different levels of cognition
demonstrates the teachers' concern in the choice of activities that promote intellectual
development and critical thinking, noting that the theoretical perspective underlying the
teaching practices tends to be constructivist (
e.g.
COSTA, 2008; JONASSEN, 2000;
PAPERT, 2008; PRENSKY, 2010).
As for the contents addressed in the teaching of cartography with digital technologies,
it is verified that the location of phenomena in geographic space through geographic
coordinates and the reading and interpretation of cartographic documents are the contents
most present in the interviewees' speech and in the researched documents, respectively. It is
observed that the notions of scale and the representation of relief were also identified in the
speeches of the interviewed teachers. It is worth noting that the contents addressed are
provided for in the SCMB's 1st year High School Geography PSD, a guiding document for
the development of the contents and objectives intended by the teacher (DEPA, 2016).
As for the digital tools used in cartography teaching, it is verified that Google Earth
and Google Maps, also called webcartography (OLIVEIRA; NASCIMENTO, 2017), are the
most used tools. Di Maio (2013, p. 80) highlights that these tools "encourage new forms of
knowledge and actions and their inclusion provides positive impacts on school teaching
practices, including in favor of citizenship, in view of the large amount of data available with
free access on the web'".
As for the strategies adopted in the teaching of cartography with digital technologies,
we conclude that the expositive lessons for the introduction of the theme and the practical
activities with the use of cell phones and/or the use of the computer lab are the most used
strategies. It is also noteworthy that the organization of the students usually occurs in groups.
Regarding the teachers' perceptions of the use of digital technologies in cartography
teaching, it is possible to conclude that digital technologies facilitate, primarily, the
understanding of cartographic representations by students, giving new meaning to "the act of
learning and the process of knowledge construction due to the possibilities provided"
(PEREIRA; KUENZER; TEIXEIRA, 2019, p. 4). It is verified that teachers have a very
favorable view about digital technologies, highlighting their role as support in the teaching-
learning process of the students themselves, making them more critical and productive in the
construction of knowledge (COSTA
et al.
2012; JONASSEN, 2000; PRESNKY, 2010).
image/svg+xml
Use of digital technologies in the teaching of cartography in the Military College System in Brazil
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1800
In relation to the teaching-learning practices of cartography with digital technologies,
it was found that the context of remote teaching allowed a deepening of the contents, due to
the use of technologies as a research resource by the students while performing the activities.
With the development of the study, it was verified that the interviewed teachers take
advantage of the potential of digital technologies from diversified practices, denoting
willingness and motivation for the use of digital technologies in the teaching of cartography.
As a suggestion for future studies, it is proposed to continue the research with teachers from
regions not covered in this study, as well as the direct observation of classroom practices.
REFERENCES
AMADO, J.
Manual de investigação qualitativa em educação.
Coimbra: Imprensa da
Universidade de Coimbra, 2013.
BARDIN, L.
Análise de Conteúdo
. São Paulo: Edições 70, 2016.
BATISTA, N. L.
Cartografia escolar, multimodalidade e multi letramentos para o ensino
de geografia na contemporaneidade.
2019. Tese (Doutorado em Geografia)
–
Centro de
Ciências Naturais e Exatas, Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, 2019.
Available at: https://repositorio.ufsm.br/handle/1/19065. Access on: 22 Feb. 2021.
BLOOM, S. B. (ed.).
Taxonomy of Educational Objectives:
The Classification of
Educational Goals: Handbook I, Cognitive Domain. Michigan: Longmans,1956.
BRAZIL.
Portaria n. 042-Cmt Ex, de 2 de fevereiro de 2008
. Regulamento dos Colégios
Militares (R-69). Brasília, DF: Exército Brasileiro, 2008.
BRAZIL.
Portaria n. 742-Cmt Ex, de 21 de julho de 2014
. Regulamento da Diretoria de
Educação Preparatória e Assistencial. Brasília, DF: Exército Brasileiro, 2014.
CANTO, T. S. Tecnologia e Cartografia Escolar.
Salto para o futuro
, Rio de Janeiro,
out. 2011.
CAPEL, H.
Filosofía y Ciencia en la geografía Contemporánea
: Una Introducción a la
Geografía. Barcelona: Barcanova, 1981.
CHURCHES, A.
Bloom's Digital Taxonomy
. p. 1-44, 2009. Available at
https://www.researchgate.net/publication/228381038_Bloom's_Digital_Taxonomy. Access
on: 04 Feb. 2020.
COSTA, F. A.
A utilização das TIC em contexto educativo
: Representações e práticas de
professores. 2008. Tese (Doutorado em Ciências da Educação)
–
Faculdade de Psicologia e de
Ciências da Educação, Universidade de Lisboa, Portugal, 2008. Available at:
https://pt.slideshare.net/fcosta/tese-costaf2008ti-cemcontextoeducativo. Access on: 08 Feb.
2021.
image/svg+xml
Artur Cunha Nogueira de OLIVEIRA and Joana VIANA
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1801
COSTA, F. A.
et al
.
Repensar as TIC na Educação
: O Professor como Agente
Transformador. Lisboa: Santillana, 2012.
COSTA, F. A.
et al
. Desenho de Atividades de Aprendizagem baseado no Conceito de
Aprender com Tecnologias.
In
: CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE TIC NA
EDUCAÇÃO
–
CHALLENGES, 10., 2017, Braga.
Anais
[…]. Braga, Por
tugal: Universidade
do Minho, 2017.
DI MAIO, A. C.
Geotecnologias digitais no ensino médio
: Avaliação Prática de seu
Potencial. 2004. Tese (Doutorado em Geografia)
–
Instituto de Geociências e Ciências Exatas,
Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, São Paulo, 2004. Available at:
https://repositorio.unesp.br/handle/11449/100075. Access on: 05 Mar. 2021.
DI MAIO, A. C. Ensinar Cartografia no século XXI: O desafio continua.
In
: COLÓQUIO DE
CARTOGRAFIA ESCOLAR PARA CRIANÇAS E ESCOLARES, 8., 2013, São João Del
Rei.
Anais
[…].
São João Del Rei, MG: UFSJ, 2013.
DEPA. Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial.
Plano de Sequências Didáticas -
Ensino Médio - 1º ano
. Rio de Janeiro: DEPA, 2012.
DEPA. Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial.
Caderno de Didática do Sistema
Colégio Militar do Brasil
. 2. ed. Rio de Janeiro: DEPA, 2016.
FRANCISCHETT, M. N. A cartografia no ensino-aprendizagem da geografia.
Biblioteca on-
line de ciências da comunicação
, p. 1-12, 2004. Available at:
http://bocc.ubi.pt/pag/francischett-mafalda-representacoes-cartograficas.pdf. Access on: 12
Mar. 2021.
FRANCISCHETT, M. N. A cartografia escolar crítica.
Biblioteca on-line de ciências da
comunicação
, p. 1-14, 2007. Available at: http://bocc.ubi.pt/pag/francischett-mafalda-
cartografia-escolar-critica.pdf. Access on: 23 Mar. 2021.
GIL, A. C.
Métodos e Técnicas de Pesquisa Social
. São Paulo: Atlas Editora, 2008.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Atlas Escolar
, 2020. Available at:
https://atlasescolar.ibge.gov.br/. Access on: 04 Feb. 2020.
JONASSEN, D.
Computadores, ferramentas cognitivas
: Desenvolver o pensamento crítico
nas escolas. Porto: Porto Editora, 2000.
JUNIOR, L. M.; MARTINS, R. E. M. W.; FROZZA, M. V. C. Potencialidades da ferramenta
Google My Maps para o ensino de geografia em Portugal.
Revista Eletrônica de Educação,
v. 14, p. 1-17, 2020. Available at:
https://www.researchgate.net/publication/338612912_Potencialidades_da_ferramenta_Google
_My_Maps_para_o_ensino_de_geografia_em_Portugal_Google_My_Maps_tool_for_teachin
g_geography_in_Portugal. Access on: 28 Mar. 2021.
LÔBO, R. N. B.
O uso da cartografia digital como ferramenta didática na disciplina
Geografia no ensino médio
. 2011. Dissertação (Mestrado em Geografia)
–
Faculdade de
image/svg+xml
Use of digital technologies in the teaching of cartography in the Military College System in Brazil
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1802
Filosofia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. Available at:
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-13072012-112524/en.php. Access on:
20 Mar. 2021.
LOURO, D. F. S.
A utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação como
ferramenta didática no ensino da História e da Geografia
. 2016. Dissertação (Mestrado
em Ensino da História e da Geografia no 3º Ciclo do
Ensino Básico e Secundário)
–
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova
de Lisboa, 2016. Available at: https://run.unl.pt/handle/10362/17257. Access on: 05 Apr.
2021.
MEDEIROS, J. L. Tecnologias Digitais e Geografia: Um relato de experiência.
Revista
Brasileira de Educação em Geografia,
v. 6, n. 12, p. 246-258, jul./dez. 2016. Available at:
https://revistaedugeo.com.br/revistaedugeo/article/view/252. Access on: 17 Apr. 2021.
MENEGUETE, A.
Por dentro dos produtos Google Geo
. 2014. Available at:
https://www.academia.edu/6666432/Por_dentro_dos_produtos_Google_Geo. Access on: 04
Feb. 2020.
NOGUEIRA, R. E. Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), inclusão e cartografia
escolar.
Revista Geografares
, v. 12, p. 228-257, jul. 2012. Available at:
https://periodicos.ufes.br/geografares/article/view/3194. Access on: 16 May 2021.
OLIVEIRA, E. A.; OLIVEIRA, R. C. S. O Uso do Aplicativo LandscapAR como Recursos
Pedagógico para o Ensino de Geografia.
Revista Geosaberes,
v. 10, n. 22, p. 100-114, set.
2019. Available at: https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/54069. Access on: 19 Mar. 2021.
OLIVEIRA, I. J.; NASCIMENTO, D. T. F. As Geotecnologias e o Ensino de Cartografia nas
Escolas: Potencialidades e restrições.
Revista Brasileira de Educação Em Geografia,
v. 7,
n. 13, p. 158-172, 2017. Available at:
https://www.revistaedugeo.com.br/index.php/revistaedugeo/article/view/491. Access on: 18
May 2021.
PAPERT, S.
A máquina das crianças
: Repensando a escola na era da Informática. Porto
Alegre: Artmed, 2008.
PEREIRA, A.; KUENZER, A.; TEIXEIRA, A. Metodologias ativas nas aulas de Geografia
no Ensino Médio como estímulo ao protagonismo juvenil.
Revista do Centro de Educação
(UFSM)
, v. 44, p. 1-23, 2019. Available at:
https://www.redalyc.org/journal/1171/117158942075/117158942075.pdf. Access on: 16 Feb.
2021.
PRENSKY, M. O papel da tecnologia no ensino e na sala de aula.
Conjectura 15
, v. 15, n. 2,
p. 201-204, 2010. Available at: https://philpapers.org/rec/PREOPD. Access on: 10 Apr. 2021.
SANTOS, A. M. F. (WEB) Cartografia e Realidade Aumentada: Novos Caminhos Para o Uso
das Tecnologias Digitais no Ensino de Geografia.
Revista Geosaberes
, v. 9, n. 17, p. 1-14,
2018. Available at: https://www.redalyc.org/journal/5528/552859736015/552859736015.pdf.
Access on: 25 Mar. 2021.
image/svg+xml
Artur Cunha Nogueira de OLIVEIRA and Joana VIANA
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1803
SILVA, A. P. A.
Potencial pedagógico do sensoriamento remoto nas escolas de educação
básica da região metropolitana de Feira de Santana - Bahia
. 2013. Dissertação (Mestrado
em Ciências Ambientais)
–
Universidade Estadual de Feira de Santana, Bahia, 2013.
Available at: http://200.128.81.65:8080/handle/tede/266. Access on: 10 May 2021.
SILVA F. G.
Geotecnologias no ensino de geografia
: Livros didáticos e práticas educativas
para o ensino médio em Feira de Santana, BA. 2012. Dissertação (Mestrado em Ensino e
História de Ciências da Terra)
–
Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2012.
Available at:
https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/858009?guid=1658707209600&returnUrl=%2F
resultado%2Flistar%3Fguid%3D1658707209600%26quantidadePaginas%3D1%26codigoRe
gistro%3D858009%23858009&i=7. Access on: 13 Apr. 2021.
SIMIELLI, M. H. R. Cartografia no ensino fundamental e médio.
In
: CARLOS, A. F. A.
(coord.)
A Geografia na sala de aula
. São Paulo: Contexto, 1999.
TSOU, M. H. Revisiting web cartography in the United States: The riseof User-Centered
Design.
Cartography and Geographic Information Science,
v. 38, n. 3, p. 250-257, 2011.
Available at: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1559/15230406382250. Access on: 26
Mar. 2021.
image/svg+xml
Use of digital technologies in the teaching of cartography in the Military College System in Brazil
RIAEE
–
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
1804
How to reference this article
OLIVEIRA, A. C. N.; VIANA, J. Use of digital technologies in the teaching of cartography in
the Military College System in Brazil.
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081
Submitted
: 08/01/2022
Revisions required
: 19/03/2022
Approved
: 26/05/2022
Published
: 01/07/2022,
Processing and publishing by the Editora Ibero-Americana de Educação.
Correction, formatting, standardization and translation.