image/svg+xmlUso de tecnologias digitais no ensino de cartografia no Sistema Colégio Militar do BrasilRIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081 1785 USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS NO ENSINO DE CARTOGRAFIA NO SISTEMA COLÉGIO MILITAR DO BRASILUSO DE TECNOLOGÍAS DIGITALES EN LA ENSEÑANZA DE CARTOGRAFÍA EN EL SISTEMA COLEGIO MILITAR DE BRASILUSE OF DIGITAL TECHNOLOGIES IN THE TEACHING OF CARTOGRAPHY IN THE MILITARY COLLEGE SYSTEM IN BRAZILArtur Cunha Nogueira de OLIVEIRA1Joana VIANA2RESUMO: Neste artigo apresenta-se um estudo realizado com o propósito de identificar as práticas de ensino de cartografia com tecnologias digitais, caracterizando o modo como são usadas as tecnologias digitais pelos professores atuantes na disciplina de Geografia nos colégios do Sistema Colégio Militar do Brasil. Com base em pesquisa bibliográfica em bancos de dados científicos foram identificadas práticas de uso de tecnologias digitais consideradas relevantes no ensino da cartografia. A partir dos resultados dessa pesquisa e com vista à sua exploração, realizaram-se entrevistas semidirectivas a professores atuantes no 1º ano do Ensino Médio. Verificou-se que os professores entrevistados tiram partido das possibilidades das tecnologias digitais através de diversas práticas e estratégias no seu uso no ensino da cartografia. Destaca-se que além do cumprimento dos objetivos educacionais contidos nos documentos curriculares, a visão dos professores revela a preocupação com uma aprendizagem significativa dos seus alunos. PALAVRAS-CHAVE: Tecnologias digitais. Práticas pedagógicas. Ensino de cartografia. Sistema Colégio Militar do Brasil. Ensino Médio. RESUMEN: Este artículo presenta un estudio realizado con propósito de identificar las prácticas de enseñanza de cartografía con tecnologías digitales, caracterizando la forma en que las tecnologías digitales son utilizadas por los docentes que enseñan en la disciplina de geografía en las escuelas del sistema Colégio Militar de Brasil. A partir de la investigación bibliográfica en bases de datos científicas, se identificaron prácticas en el uso de tecnologías digitales consideradas relevantes en la enseñanza de cartografía. A partir de los resultados de esta investigación y con miras a su exploración, se llevaron a cabo entrevistas semidirectivas con docentes que enseñan en 1º año de la educación secundaria. Se verificó que los docentes entrevistados aprovechan las posibilidades de las tecnologías digitales a través de diferentes prácticas y estrategias en su uso en la enseñanza de cartografía. Es de destacar que, además de cumplir con los objetivos educativos contenidos en los documentos curriculares, la mirada de los docentes revela su preocupación por un aprendizaje significativo para sus alumnos. PALABRAS CLAVE: Tecnologías digitales. Prácticas pedagógicas. Enseñanza de cartografía. Sistema de Colegios Militares de Brasil. Educación Secundaria. 1Instituto de Educação da Universidade de Lisboa (IE-ULisboa), Lisboa – Portugal. Doutorando em Educação. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5581-4237. E-mail: artur.oliveira@campus.ul.pt 2Instituto de Educação da Universidade de Lisboa (IE-ULisboa), Lisboa – Portugal. Professora Auxiliar. Doutorado em Educação. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5939-4401. E-mail: jviana@ie.ulisboa.pt
image/svg+xmlArtur Cunha Nogueira de OLIVEIRA e Joana VIANA RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081 1786 ABSTRACT: This article presents a study carried out with the purpose of identifying the teaching practices of cartography with digital technologies, characterizing the way in which digital technologies are used by teachers working in geography in the schools of Military College System of Brazil. Based on bibliographical research in scientific databases, practices in the use of digital technologies considered relevant in the teaching of cartography were identified. From the results of this research and with a view to its exploration, semi-directive interviews were carried out with high school teachers. It was found that the interviewed teachers take advantage of the possibilities of digital technologies through different practices and strategies in their use in the teaching of cartography. It is noteworthy that, in addition to fulfilling the educational objectives contained in the curriculum documents, the view of teachers reveals their concern with meaningful learning for their students. KEYWORDS: Digital technologies. Pedagogical practices. Cartography teaching. Military College System of Brazil. High School.Introdução Nos últimos anos, com o advento da Internet e suas potencialidades, o mundo tem experimentado uma profunda revolução nos processos de comunicação e socialização, e o uso educativo das tecnologias digitais em rede também não é diferente, sendo este último objeto de grande relevância no campo da investigação educativa (COSTA et al., 2012). O impacto que as tecnologias exercem na aprendizagem depende de comoe para quêestas são utilizadas (COSTA et al., 2012). As tecnologias digitais possuem um elevado potencial do ponto de vista pedagógico (COSTA et al., 2012; COSTA et al., 2017), e do ponto de vista da aprendizagem podem ser utilizadas como instrumentos de trabalho do aluno, auxiliando e envolvendo-o ativamente como protagonista na construção do seu conhecimento (e.g. JONASSEN, 2000; PAPERT, 2008). Segundo Jonassen (2000, p. 21), as tecnologias potencializam a aprendizagem dos alunos quando permitem “aceder a informação desejada, simular problemas e situações, articular e representar o que os alunos sabem, reflectir sobre o que aprenderam e como o fizeram”. O presente estudo focaliza-se no uso de tecnologias digitais no ensino de cartografia no Sistema Colégio Militar do Brasil (SCMB), partindo da seguinte questão problematizadora: “Como os professores de Geografia tiram partido do potencial que as tecnologias digitais têm para o ensino da cartografia na Educação Básica em Sistema de Ensino Militar no Brasil?”. Como estratégia para responder a questão central, definiram-se as seguintes questões de investigação: i) que práticas com o uso de tecnologias digitais são consideradas relevantes na área de ensino da cartografia?, ii) quais são as percepções dos professores sobre o uso de tecnologias digitais no ensino da cartografia?, e iii) qual a visão dos professores acerca das
image/svg+xmlUso de tecnologias digitais no ensino de cartografia no Sistema Colégio Militar do BrasilRIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081 1787 potencialidades das tecnologias digitais no ensino da cartografia em relação às tecnologias tradicionais?. Este é um estudo qualitativo (AMADO, 2013), cujo designmetodológico foi construído e definido em dois momentos, com recurso a diferentes técnicas para a recolha e análise de dados: i) análise documental de estudos encontrados em pesquisa bibliográfica realizada de acordo com a técnica de revisão sistemática de literatura, e ii) entrevistas a professores do ensino médio do Sistema Colégio Militar do Brasil. Nesse artigo apresentamos as práticas de ensino de cartografia com tecnologias digitais desenvolvidas na Educação Básica, caracterizando o modo como são usadas para o ensino da cartografia pelos professores atuantes na disciplina de Geografia nos colégios do Sistema Colégio Militar do Brasil, identificando estratégias e atividades desenvolvidas, conteúdos trabalhados e ferramentas digitais utilizadas, com foco no potencial pedagógico transformador (COSTA, 2008) que as tecnologias digitais podem exercer no processo de ensino-aprendizagem. Na busca pelo que os professores entrevistados tinham a dizer, imersos no contexto da pandemia de Covid-19, procurou-se ainda identificar possíveis mudanças ocorridas nas práticas pedagógicas nesse período. Uso de tecnologias digitais no Ensino de Cartografia A produção cartográfica é uma atividade que esteve e está presente em todas as fases da humanidade, desde a pré-história, com os registros feitos em cavernas pelos povos primitivos (IBGE, 2020), até os tempos mais recentes, com a utilização de uma vasta gama de recursos tecnológicos que facilitam a sua produção e disseminação. Conforme Capel (1981), a importância da cartografia pode ser assentada no contexto histórico da guerra franco-prussiana (1870), quando os franceses após terem sido derrotados pelos alemães constataram que havia um escasso nível de conhecimento na Geografia e nas línguas vivas dentro dos liceus, o que acabou por despertar para uma necessidade de reforma no ensino, e a Geografia foi nitidamente favorecida nesse processo de renovação. Promoveram mudanças desde o ensino primário, colocando como obrigatoriedade a necessidade de se realizarem excursões geográficas, também chamadas de “passeios topográficos”, assim como a elaboração de croquis e o estudo prévio dos mapas e plantas. Francischett (2004) afirma que a linguagem cartográfica tem a sua importância reconhecida no ensino de Geografia, pois além de serem desenvolvidas as capacidades relativas à compreensão dos mapas, ela proporciona a capacidade de representar o espaço geográfico.
image/svg+xmlArtur Cunha Nogueira de OLIVEIRA e Joana VIANA RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081 1788 Simielli (1999) estrutura as principais aquisições metodológicas (simples, médias e complexas) que os alunos na faixa etária entre 11 e 17 anos de idade devem adquirir ao desenvolverem as atividades de cartografia (Quadro 1). Quadro 1– Aquisições metodológicas em cartografia Aquisições SimplesAquisições MédiasAquisições Complexas• Conhecer os pontos cardeais. • Saber se orientar com uma carta. • Encontrar um ponto sobre uma carta com as coordenadas ou com o índice remissivo. • Encontrar as coordenadas de um ponto. • Saber se conduzir com uma planta simples. • Extrair de plantas e cartas simples uma só série de fatos. • Saber calcular altitude e distância. • Saber se conduzir com um mapa rodoviário ou uma carta topográfica. • Medir uma distância sobre uma carta com uma escala numérica. • Estimar um ponto da curva hipsométrica. • Analisar a disposição das formas topográficas. • Analisar uma carta temática representando um só fenômeno (densidade populacional, relevo etc.). • Reconhecer e situar as formas de relevo e de utilização do solo. • Saber diferenciar declives. • Saber reconhecer e situar tipos de clima, massas de ar, formações vegetais, distribuição populacional, centros industriais e urbanos e outros. • Estimar uma altitude entre duas curvas hipsométricas. • Saber utilizar uma bússola. • Correlacionar duas cartas simples. • Ler uma carta regional simples. • Explicar a localização de um fenômeno por correlação entre duas cartas. • Elaborar uma carta simples a partir de uma carta complexa. • Elaborar uma carta regional com os símbolos precisos. • Saber elaborar um croqui regional simples (com legenda fornecida pelo professor). • Saber levantar hipóteses reais sobre a origem de uma paisagem. • Analisar uma carta temática que apresenta vários fenômenos. • Saber extrair de uma carta complexa os elementos fundamentais.Fonte: Adaptado de Hugonie (1992 apud SIMIELLI, 1999, p. 93-108) O ensino da cartografia possibilita ao aluno “pensar significativamente o conhecimento do espaço geográfico através da leitura e entendimento das representações cartográficas [...]” (FRANCISCHETT, 2007, p. 1). Di Maio (2004, p. 13) destaca que “[...] a Cartografia, na disciplina de Geografia, pode assumir um papel de ferramenta ou instrumento que desperta capacidades e competências, estimulando em sala de aula as inteligências dos alunos”. Para Canto (2011, p. 29), a linguagem digital aplicada à cartografia permite “aos usuários dos mapas a possibilidade de navegar por diferentes formas de expressão dos conteúdos geográficos e selecionar, dentro de um leque de opções pré-definido, as informações que deseja visualizar cartograficamente”. Com relação ao papel das tecnologias digitais, Costa et al.(2012) destacam que estas devem ser instrumento para auxiliar o aluno na aprendizagem, envolvendo-o ativamente como protagonista na construção do seu conhecimento (COSTA et al., 2012). Para Jonassen (2000, p. 26), “quando os alunos usam os computadores como parceiros, descarregam parte do peso das tarefas de memorização não produtivas para o computador, o que lhes permite pensar de
image/svg+xmlUso de tecnologias digitais no ensino de cartografia no Sistema Colégio Militar do BrasilRIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081 1789 forma mais produtiva”. Jonassen (2000) propõe que devemos substituir a ideia de aprender a partirdecomputadores ou sobrecomputadores por aprender com computadores, pois enquanto aprender a partir decomputadores e aprender sobrecomputadores, significam usar os computadores como ferramentas meramente produtivas, aprender com os computadores significa “usar o computador como ferramenta com o qual se aprende” (JONASSEN, 2000, p. 28), ou seja, os computadores como ferramentas cognitivas. As ferramentas cognitivas exigem que os alunos tenham um pensamento crítico, pois ao utilizarem as aplicações informáticas o fazem de maneira significativa e representando o que sabem (JONASSEN, 2000). Ao refletirmos sobre o processo de aprendizagem, devemos levar em consideração a sua complexidade. Segundo Benjamin Bloom (1956), a aprendizagem ocorre sob três áreas ou domínios: afetivo, cognitivo e psicomotor. A taxonomia de Bloom (1956) é uma ferramenta de compreensão do processo de aprendizagem, a qual ordena e classifica os níveis de aprendizagem, que vão desde o de menor complexidade ao de maior complexidade, e cada categoria é descrita a partir de um substantivo (CHURCHES, 2009). A taxonomia de Bloom passou por uma primeira revisão, realizada pelos autores Anderson e Krathwohl (2001, apud CHURCHES, 2009). Ao analisar como a taxonomia de Bloom revisada poderia ser aplicada ao contexto da integração das TIC, Churches (2009) verificou que os verbos utilizados já não atendiam aos objetivos, processos e ações que se fazem presentes neste novo contexto, tanto para os professores, alunos, assim como quase todas as atividades que realizamos diariamente, e por isso, surge a necessidade de se realizar mais outra revisão, desta vez, para uma versão digital: a taxonomia digital de Bloom (figura 1).
image/svg+xmlArtur Cunha Nogueira de OLIVEIRA e Joana VIANA RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081 1790 Figura 1 Bloom’s Digital Taxonomy- domínio cognitivo Fonte: Adaptado de Churches (2009) Cabe destacar que a taxonomia digital de Bloom não é focada nas ferramentas e nas tecnologias digitais, mas sobretudo no uso das ferramentas como meio de alcançar os objetivos da aprendizagem (lembrar, compreender, aplicar, analisar, avaliar e criar, para o domínio cognitivo) (CHURCHES, 2009). Pereira, Kuenzer e Teixeira (2019, p. 4) concluem que o uso das tecnologias digitais no ensino da Geografia no Ensino Médio, além de propiciar um maior envolvimento do aluno com o conteúdo, incentiva o protagonismo juvenil e “ressignifica o ato de aprender e o processo de construção do conhecimento devido às possibilidades proporcionadas”. Nas seções seguintes serão apresentados o contexto em que realizou o estudo, a metodologia empregada e a caracterização sociodemográfica dos professores entrevistados. Posteriormente são apresentados e discutidos os resultados, culminando com algumas considerações sob a forma de conclusões. Contexto do estudo O estudo realizado situa-se no Sistema de Ensino Colégio Militar do Brasil. Os Colégios Militares são considerados Organizações Militares (OM) que funcionam como instituições públicas de ensino pertencentes ao Exército Brasileiro (EB), subordinadas diretamente à Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial (DEPA) destinadas a ministrar a educação básica nos anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) e todo o Ensino Médio (1º ao 3º ano). O propósito central é o de capacitar os alunos para o ingresso em instituições militares e instituições civis de ensino superior (BRASIL, 2008, 2014). Atualmente, os colégios estão presentes em quatorze cidades brasileiras, nas cinco regiões do país, em onze Estados e no Distrito Federal. No contexto do SCMB, o currículo é concretizado da seguinte forma:
image/svg+xmlUso de tecnologias digitais no ensino de cartografia no Sistema Colégio Militar do BrasilRIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081 1791 [...] o currículo é materializado pelos Planos de Sequências Didáticas (PSD) e é composto por uma matriz de referência, por eixos cognitivos, pelas propostas filosóficas de Área e de Disciplinas, pelos objetos do conhecimento designados para os anos escolares e pela competência discursiva. Na atual proposta pedagógica a concepção que orienta o uso do currículo é a da perspectiva aberta e flexível, ou seja, o currículo pode ser ajustado e atualizado [...] (DEPA, 2016, p. 19). O currículo deve ser visto como um documento imprescindível no planejamento, voltado ao desenvolvimento dos conteúdos dentro de uma sequência didática, e deve ser organizado conforme os objetivos pretendidos pelo professor, no que se refere à aprendizagem dos seus alunos, como atividades de aprendizagem e avaliação (DEPA, 2016). Com base no Plano de Sequência Didática - PSD (DEPA, 2012), o currículo norteador do ensino no Sistema de Ensino em questão, a cartografia é um objeto de conhecimento previsto para o 1º ano do Ensino Médio. Pelo fato de a cartografia ser um dos dez objetos do conhecimento previstos para o 1º ano de Geografia do Ensino Médio, correspondendo a cerca de 10% do que é ensinado nesta série, optou-se por identificar o que é pertinente ao ensino da cartografia. A leitura do PSD no que diz respeito ao ensino da cartografia na disciplina de Geografia do 1º ano do Ensino Médio é apresentada sumariamente no quadro 2, com os tópicos de conteúdo e seu respectivo detalhamento (quadro 2). Observa-se que o ensino da cartografia proposto neste currículo enfatiza a necessidade de se dominar a escala (geográfica e cartográfica), para que se faça uma análise mais precisa dos fenômenos geográficos, seja em nível local, regional, até em nível global. O PSD (DEPA, 2012) destaca a leitura, a interpretação e a confecção dos mapas como um dos gêneros textuais necessários para o desenvolvimento da competência discursiva, reforçando ainda a importância que os documentos cartográficos têm em todas as áreas do conhecimento. Quadro 2 – Resumo do Plano de Sequências Didáticas de Geografia do 1º ano do Ensino Médio TópicoDetalhamentoProposta Filosófica da Disciplina Trata-se de uma ciência multidisciplinar, pois alia o conhecimento de múltiplas disciplinas à metodologia de leitura e interpretação de textos, mapas (...). (...) desenvolve no estudante habilidades e competências à localização e à compreensão dos fenômenos geográficos (...).
image/svg+xmlArtur Cunha Nogueira de OLIVEIRA e Joana VIANA RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081 1792 Aspectos levantados quanto à metodologia e didática da disciplina preparar o aluno para compreender e atuar no mundo complexo, problematizar, formular proposições, pensar e atuar criticamente em sua realidade, promovendo o letramento espacial discente (...). O domínio da escala de análise, assim como da escala de representação, é um critério importante no estudo de Geografia, sendo fundamental que se considere, sempre, os seus vários níveis (local, regional e mundial), para não incorrer em interpretações simplistas da realidade. As competências voltadas à interpretação de documentos cartográficos serão comuns a todos os objetos do conhecimento. Estratégias de aprendizagem O domínio da leitura e da interpretação cartográfica é condição imprescindível para a análise dos fenômenos que se apresentam distribuídos no espaço geográfico. ProcedimentaisEntender o processo de mapeamento através da espacialização de diferentes temáticas, elaborar perfis topográficos, realizar cálculos de distância e de área e identificar as coordenadas geográficas, elaboração de mapas conceituais, elaboração de organogramas (...). Gêneros Textuais Mapas, gráficos, infográficos (...).Competência Discursiva Os estudantes devem ter oportunidades de, partindo da leitura de textos, utilizar corretamente e compreender palavras e frases que descrevam contextos como, por exemplo: localização, geografia, paisagem, lugar, território, região, escala, cartografia, dentre outras. HabilidadesHG1 -Ler, analisar e interpretar os códigos específicos de Geografia (mapas, gráficos, tabelas etc.) considerando-os como elementos de representação de fatos e fenômenos espaciais ou espacializados. HG2 - Reconhecer e aplicar o uso das escalas cartográfica e geográfica como formas de organizar e conhecer a localização, a distribuição e a frequência dos fenômenos naturais e humanos. HG5 - Refletir, comparar e utilizar os dados registrados por meio de gráficos, tabelas e mapas. HG6 - Conhecer os fundamentos da escala e principalmente saber utilizá-la de forma adequada, tanto para a elaboração de documentos – mapas, tabelas e gráficos – quanto para a análise do espaço geográfico. Fonte: Adaptado de Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial DEPA (2012) Metodologia A metodologia, de abordagem qualitativa, utilizada para este estudo se apoiou, num primeiro momento, na i) análise documental de publicações obtidas na pesquisa bibliográfica sobre práticas de ensino da cartografia com uso de tecnologias digitais, recorrendo à revisão sistemática da literatura, e, num segundo momento, na ii) caracterização das percepções de professores que atuam no Ensino Médio dos colégios militares sobre o uso de tecnologias digitais no ensino da cartografia, obtidas por meio de entrevistas semidirectivas. Segundo Cohen, Manion e Morrison (2006 apud AMADO, 2013, p. 212), “a conjugação de métodos de investigação permite ajuizar da coerência ou incoerência dos resultados”.
image/svg+xmlUso de tecnologias digitais no ensino de cartografia no Sistema Colégio Militar do BrasilRIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081 1793 Nas entrevistas, buscou-se confrontar os dados obtidos na análise documental, procurando saber o que tinham os professores a dizer, recorrendo-se à técnica de entrevista semidirectiva na auscultação de professores de Geografia que atuam no 1º ano do Ensino Médio. Na pesquisa bibliográfica, buscou-se identificar documentos que tratassem da integração de tecnologias digitais no ensino da cartografia a fim de construir um arcabouço representativo e que permitisse uma análise rigorosa das práticas de ensino da cartografia com o uso de tecnologias digitais e, por conseguinte, estabelecer uma relação entre os documentos produzidos acerca da temática e os objetivos do currículo de Geografia do 1º ano do Ensino Médio no SCMB. Para o desenvolvimento da pesquisa bibliográfica, optou-se pela pesquisa e revisão bibliográfica indicada por Gil (2008), identificando, localizando, analisando e incluindo neste trabalho os documentos pesquisados a partir dos critérios pré-estabelecidos no quadro 3. Quadro 3 – Critérios da pesquisa em bases de dados científicas Base de DadosCritériosExpressão de buscaPeríodo da publicaçãoCampos pesquisadosTipos de FontesBiblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal Repositório institucional da Universidade de Lisboa Academic Search Complete Education Source SciELOResumo Artigos, dissertações e teses (ensino) AND (cartografia OR geografia) AND (tecnologias) 2010 a 2020 Fonte: Elaborado pelos autores (2021) Durante a etapa da pesquisa nas bases de dados foram encontrados 232 documentos (artigos, dissertações e teses). Concomitante ao levantamento, foram lidos os resumos com a finalidade de confirmar a pertinência e a clareza quanto ao objeto de estudo, sendo excluídos 222 documentos por não atenderem aos requisitos pretendidos, isto é, publicações que não se referiam ao ensino da cartografia no ensino básico, especificamente no Ensino Médio.
image/svg+xmlArtur Cunha Nogueira de OLIVEIRA e Joana VIANA RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081 1794 Ao final da etapa da triagem foi possível obter o acesso completo a 10 documentos publicados ao longo dos vários anos da década considerada, 5 artigos, 4 dissertações de mestrado e 1 tese de doutoramento, conforme quadro 4. Quadro 4 Documentos provenientes da pesquisa bibliográfica Autor(es)AnoTítuloTipo de publicação País1 Batista, N. L. 2019 Cartografia escolar, multimodalidade e multiletramentos para o ensino de geografia na contemporaneidadeTese Brasil 2 Junior, L. M. & Martins, R. E. M. W. & Frozza, M. V. C.2020 Potencialidades da ferramenta Google My Maps para o ensino de geografia em Portugal Artigo Portugal 3 Lôbo, R. N. B. 2011 O uso da cartografia digital como ferramenta didática na disciplina Geografia no ensino médioDissertação Brasil 4 Louro, D. F. dos S. 2016 A utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação como ferramenta didática no ensino da História e da GeografiaDissertação Portugal 5 Medeiros, J. L.2016 Tecnologias Digitais e Geografia: um relato de experiência.Artigo Brasil 6 Nogueira, R. E.2012 Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), inclusão e cartografia escolarArtigo Brasil 7 Oliveira, E. A. & Oliveira, R. C. S.2019 O Uso do Aplicativo LandscapAR Como Recurso Pedagógico Para o Ensino de Geografia Artigo Brasil 8 Santos, A. M. F 2018 (WEB) Cartografia e Realidade Aumentada: Novos Caminhos para o Uso das Tecnologias Digitais no Ensino da GeografiaArtigo Brasil 9 Silva, A. P. A. d. 2013 Potencial pedagógico do sensoriamento remoto nas escolas de educação básica da região metropolitana de Feira de Santana - BahiaDissertação Brasil 10 Silva, F. G. 2012 Geotecnologias no ensino de geografia: Livros didáticos e práticas educativas para o ensino médio em Feira de Santana, BADissertação Brasil Fonte: Elaborado pelos autores (2021)Para a realização das entrevistas foi construído um guião, “instrumento fundamental para a correta e útil condução da entrevista” (AMADO, 2013, p. 215). Foram utilizadas fontes
image/svg+xmlUso de tecnologias digitais no ensino de cartografia no Sistema Colégio Militar do BrasilRIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081 1795 provenientes da revisão de literatura referentes ao objeto de estudo, além dos resultados provenientes da análise documental da pesquisa bibliográfica realizada na etapa anterior, como prevê Amado (2013). As entrevistas aos professores tiveram como objetivos caracterizar as percepções dos professores sobre o uso de tecnologias digitais no ensino da cartografia; descrever as práticas que os professores dizem adotar quando utilizam as tecnologias digitais no ensino da cartografia, destacando as atividades, estratégias, conteúdos abordados e ferramentas digitais usadas nas aulas; e, por último, identificar a visão dos professores acerca das potencialidades das tecnologias digitais no ensino da cartografia em relação às tecnologias tradicionais. Diante da conjuntura da pandemia de covid-19, que se mostrou indiscutivelmente presente em todos os setores da sociedade, incluindo a educação, verificou-se a necessidade de identificar possíveis mudanças ocorridas nas práticas pedagógicas dos professores nesse período. As entrevistas foram realizadas com professores de Geografia que atuam no 1º ano do Ensino Médio dos Colégios Militares, por lecionarem o conteúdo cartografia, optando-se por entrevistar três professores, um por colégio, dentre os quatorze colégios, distribuídos em todas as regiões do Brasil. Os professores entrevistados lecionam em um dos colégios da região Norte, Nordeste e Sul do Brasil. A realização das entrevistas aos professores ocorreu em julho de 2020 por videoconferência, utilizando os aplicativos Zoome Google Meet, tendo sido gravado somente o áudio das entrevistas, após autorização dos entrevistados. Cabe frisar que foram respeitados e cumpridos princípios e orientações de foro ético durante a investigação, tendo o parecer favorável da Comissão de Ética do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa (nº 545 de 3 de fevereiro de 2010) para a realização desta investigação. Foram asseguradas a proteção e a privacidade dos participantes, mantendo a confidencialidade das informações. Para a análise de dados, utilizou-se a técnica de análise categorial (BARDIN, 2016). Para a análise dos documentos que resultaram da pesquisa bibliográfica, prosseguiu-se na identificação de elementos em comum em todos os estudos que se organizaram num sistema de categorias próprio, ao mesmo tempo que foram consideradas as qualidades de exclusão mútua, homogeneidade, pertinência, objetividade, fidelidade e produtividade (BARDIN, 2016). Buscou-se identificar os elementos que descrevessem as práticas de ensino da cartografia com o uso de tecnologias digitais e, subsidiado pelo aporte teórico, foram definidas as seguintes categorias: estratégias, atividades, conteúdos e ferramentas digitais. Para o processo de análise de conteúdo das entrevistas, optou-se pelo procedimento fechado (AMADO, 2013), procedendo à categorização dos elementos que descrevessem as
image/svg+xmlArtur Cunha Nogueira de OLIVEIRA e Joana VIANA RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081 1796 práticas de ensino com tecnologias adotadas pelos professores, a partir de um sistema de categorias prévio. Caracterização sociodemográfica dos professores entrevistados Ao nível de formação acadêmica, todos os professores entrevistados são licenciados em Geografia e possuem ao menos uma especialização e/ou mestrado. Foram entrevistados dois professores do gênero masculino e um do gênero feminino, todos pertencentes ao quadro de docentes militares. Os professores possuem um nível de experiência que varia entre 8 e 33 anos de docência na disciplina de Geografia. Apresentação e discussão dos resultados Nesta seção apresentaremos os resultados com base na análise comparativa dos resultados da análise das publicações obtidas na pesquisa bibliográfica e das entrevistas para cada uma das dimensões e categorias. Uso de tecnologias digitais no ensino De acordo com as percepções dos professores entrevistados, as tecnologias proporcionam aproximação para o aluno na sua relação com a realidade, como também na relação aluno-professor. No que diz respeito às percepções sobre os contributos das tecnologias digitais para a aprendizagem, observa-se que os professores destacam a rapidez de acesso à informação e o alcance dos resultados quando as tecnologias são usadas para a aprendizagem, além da possibilidade de uso da tecnologias como um reforço ao que é ensinado em sala de aula, reforçando que as tecnologias devem ser instrumento para auxiliar o aluno na aprendizagem, envolvendo-o ativamente como protagonista na construção do seu conhecimento (COSTA et al., 2012). Uso de tecnologias digitais no ensino da cartografia No que diz respeito à visão sobre o uso de tecnologias digitais no ensino da cartografia, osprofessores veem as tecnologias digitais como essenciais para a cartografia e consideram que estas facilitam o entendimento das representações cartográficas pelos alunos. Estes
image/svg+xmlUso de tecnologias digitais no ensino de cartografia no Sistema Colégio Militar do BrasilRIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081 1797 resultados corroboram o que defendem Silva, Antunes e Painho (1996 apud DI MAIO, 2004, p. 44) ao descreverem que as geotecnologias: Contribuem com o desenvolvimento de conhecimentos em Geografia e de habilidades gráficas, já que possibilitam a localização de elementos geográficos, a percepção das modificações de escala e o reflexo destas num problema, através de múltiplas representações espaciais dos fenômenos (SILVA; ANTUNES; PAINHO, 1996 apud DI MAIO, 2004, p. 44). No que diz respeito às práticas de ensino-aprendizagem com tecnologias digitais para o ensino da cartografia, em que se busca caracterizar o modo como são usadas as tecnologias digitais pelos professores, apresentamos os resultados organizados em seis subcategorias, a saber: i) atividades realizadas pelos alunos com tecnologias digitais para aprenderem cartografia, ii) conteúdos de cartografia trabalhados com o uso de tecnologias digitais, iii) ferramentas digitais utilizadas, iv) estratégias usadas no ensino-aprendizagem da cartografia com tecnologias digitais, v) formas de organização social dos alunos nas atividades com o uso das tecnologias digitais para trabalhar os saberes da cartografia, e vi) uso de tecnologias digitais na avaliação das aprendizagens em cartografia. Dentre as atividades realizadas, os professores destacam a mensuração de distância a partir de uma escala e a localização dos fenômenos no espaço geográfico por meio das coordenadas geográficas como as atividades mais realizadas pelos alunos. Nos documentos pesquisados, observou-se que a mensuração de distância a partir de uma escala foi a atividade com maior ocorrência (N=4). As atividades de exploração de imagens de satélite e localização dos fenômenos no espaço geográfico por meio das coordenadas geográficas tiveram o mesmo número de ocorrência (N=3) cada uma delas. As atividades realizadas promovem aprendizagens através da aquisição de conhecimentos em diferentes níveis de complexidade que vão desde a compreensão, a aplicação dos conhecimentos adquiridos, a análise, até a criação/elaboração (CHURCHES, 2009). Nesse sentido, observa-se uma maior ocorrência das atividades relacionadas à aplicação/mobilização dos conhecimentos considerados de média complexidade, conforme a taxonomia digital de Bloom (CHURCHES, 2009). Em relação aos conteúdos, a localização dos fenômenos no espaço geográfico por meio das coordenadas geográficas é o conteúdo mais trabalhado pelos professores. Em seguida, a leitura e interpretação de documentos cartográficos e noções de escala foram os conteúdos mais abordados. Nos documentos pesquisados, observou-se uma maior ocorrência da leitura e interpretação de documentos cartográficos (N=5). Quatro estudos salientam o ensino de noções de escala. A seguir a localização dos fenômenos no espaço geográfico por meio das
image/svg+xmlArtur Cunha Nogueira de OLIVEIRA e Joana VIANA RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081 1798 coordenadas geográficas (N=3), depois a elaboração de documentos cartográficos (N=2) e a representação do relevo (N=2). Os conteúdos identificados nos resultados são condizentes com a capacidade de leitura crítica e o mapeamento consciente para um aluno do Ensino Médio e estão de acordo com as aquisições metodológicas que a faixa etária deve adquirir na cartografia, conforme descreve Simielli (1999). As aquisições complexas representam a maior parte dos conteúdos pesquisados, já as aquisições médias e as aquisições simples representam os conteúdos identificados pelos professores. Quanto às ferramentas digitais utilizadas, observa-se que somente duas ferramentas foram indicadas pelos professores. A ferramenta Google Earthé utilizada por dois professores e o Google Maps é utilizado por um professor. Nos documentos pesquisados, o Google Earthé a ferramenta mais usada (N=5). Em seguida a ferramenta Google Maps(N=3), depois a ferramenta “Portal LabTate” (N=1), a ferramenta LandsacpAR (N=1) e o QGIS (N=1). Meneguete (2014, p. 25) destaca que os produtos Google Geose constituem num “conjunto poderoso de ferramentas educacionais” por serem de fácil utilização e compartilhamento. Estas ferramentas são tecnologias denominadas de “webcartografia” (OLIVEIRA; NASCIMENTO, 2017). Segundo Tsou (2011, p. 250), a webcartografia “is the new médium of maps, changing cartographic representation from paper and desktop GIS to distributed, user-centered, mobile, and real-time geospatial information services3. As ferramentas de webcartografia apresentam diversos critérios, como ferramentas baseadas no computador, aplicações disponíveis, preço acessível, construção de conhecimento, generalização, pensamento crítico, aprendizagem transferível, formalismo simples e poderoso e de fácil aprendizagem que, segundo Jonassen (2000), servem como indicadores para avaliar se uma aplicação pode ser classificada como ferramenta cognitiva. Para Jonassen (2000, p. 33), as ferramentas cognitivas são “ferramentas de representação do conhecimento que utilizam aplicação informática” e devem ser tidas como “parceiros intelectuais que facilitam a construção de conhecimento e a reflexão por parte dos alunos”. Quanto às estratégias usadas no ensino-aprendizagem da cartografia com tecnologias digitais, observa-se que dois professores organizam suas aulas iniciando com um momento expositivo e, no segundo momento, com a realização de atividades práticas. O terceiro professor se diferencia dos demais, pois além de iniciar com um momento de aula expositiva-dialogada, utiliza o laboratório para a realização da atividade prática. Nos documentos pesquisados, em metade dos estudos relatados (N=4), as aulas começam com a apresentação do tema, dos 3A webcartografia é uma nova maneira de representar mapas, deixando de ser mais tradicionais como os mapas impressos, para serem representações de informação geoespacial, centradas no usuário e em tempo real.
image/svg+xmlUso de tecnologias digitais no ensino de cartografia no Sistema Colégio Militar do BrasilRIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081 1799 conceitos chave e das especificidades de cada uma das ferramentas digitais que são usadas, posteriormente, na atividade prática. A atividade de introdução ao tema, por meio da técnica de aula expositiva e dialogada, abordando e discutindo os conceitos-chave de maneira dialogada, valoriza a participação dos alunos (N=2). Com relação às atividades práticas, em metade dos estudos analisados (N=5), optou-se por realizar atividades práticas com o uso do laboratório de informática. Em dois estudos foram realizadas atividades práticas com o uso de smartphoneem sala de aula. Em relação às formas de organização social dos alunos nas atividades com o uso das tecnologias digitais para trabalhar os saberes da cartografia, observa-se que dois dos três professores priorizam organizar os alunos em atividades de grupo e/ou dupla e um professor prioriza a atividade individual. Observa-se ainda que em sete estudos analisados foram relatados que as atividades sugeridas eram realizadas em grupo. Potencialidades das tecnologias digitais no ensino da cartografia Observa-se que os professores apresentam diferentes visões, que vão desde a instantaneidade e rapidez que as tecnologias digitais proporcionam ao trabalhar diferentes níveis de análise cartográfica e geográfica, passando pelo potencial que as tecnologias têm ao poder auxiliar o aluno na busca de informações cartográficas mais aprofundadas, até a potencialização da prática da produção cartográfica quando são usadas tecnologias digitais. Essas visões demonstram o quão potenciais são as tecnologias digitais para o ensino da cartografia. As diferentes visões dos professores convergem para o papel da tecnologia no ensino e na sala de aula, permitindo aos alunos “pensar de forma mais produtiva” (JONASSEN, 2000, p. 26). Ensino na conjuntura de pandemia de COVID-19 No que diz respeito às mudanças identificadas nas práticas pedagógicas causadas pela pandemia de COVID-19 comparativamente com as práticas de ensino-aprendizagem em anos anteriores, todos os professores relataram que houve mudanças causadas pela pandemia. Um professor passou a gravar videoaulas para expor os conteúdos. Outra professora relatou que passou a realizar aulas síncronas e que têm sido bastante produtivas. Um terceiro professor destacou que houve uma diminuição da interação aluno-professor, pois com a implantação do ambiente virtual de aprendizagem como plataforma de ensino durante o fechamento do colégio, muitos alunos não conseguiram interagir nesse ambiente.
image/svg+xmlArtur Cunha Nogueira de OLIVEIRA e Joana VIANA RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081 1800 No que diz respeito às mudanças identificadas nas práticas de ensino-aprendizagem da cartografia com tecnologias digitais, observa-se diferentes relatos por parte dos professores. Um professor ministrou as aulas de cartografia antes da pandemia, por isso, relatou que não houve mudança. Outro professor destacou que a pandemia afetou o ensino e a aprendizagem, tendo em conta que o planejamento das aulas foi anterior à pandemia e a exemplificação das atividades que antes eram pensadas e planejadas para serem presenciais, precisaram ser adaptadas para o modo remoto. Um terceiro professor enfatizou que no contexto da pandemia houve um aprofundamento dos conteúdos de cartografia, visto que os alunos estavam imersos no contexto do ensino remoto com o uso das tecnologias digitais e, por isso, pesquisavam mais sobre os assuntos. Conclusões Na busca pela resposta à questão central “Como os professores de Geografia tiram partido do potencial que as tecnologias digitais têm para o ensino da cartografia na Educação Básica em Sistema de Ensino Militar no Brasil?” e das suas questões específicas, apresentam-se algumas considerações finais sob a forma de conclusões, com base no referencial teórico e nos resultados encontrados, quer a partir da análise dos documentos referentes aos estudos realizados neste domínio entre 2010 e 2020, quer nas entrevistas feitas aos professores. As práticas de ensino de cartografia com tecnologias digitais identificadas nos resultados de estudos realizados nesta área e descritas pelos professores entrevistados se mostraram bastante diversificadas. No que diz respeito às atividades desenvolvidas no ensino da cartografia com tecnologias digitais, destacam-se atividades de mensuração de distância a partir de uma escala e a localização dos fenômenos no espaço geográfico por meio das coordenadas geográficas. Estas se encontram no rol das atividades de média complexidade pertencentes aos níveis ‘aplicar’ e ‘analisar’, conforme a abordagem da taxonomia Digital de Bloom aplicada ao contexto da integração das TIC proposta por Churches (2009). As atividades de menor complexidade cognitiva e as atividades de maior complexidade também foram identificadas. A identificação de atividades em diferentes níveis de cognição demonstra a preocupação dos professores na escolha das atividades que propiciem o desenvolvimento intelectual e o pensamento crítico, observando-se que a perspectiva teórica subjacente às práticas de ensino é tendencialmente construtivista (e.g.COSTA, 2008; JONASSEN, 2000; PAPERT, 2008; PRENSKY, 2010).
image/svg+xmlUso de tecnologias digitais no ensino de cartografia no Sistema Colégio Militar do BrasilRIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081 1801 Quanto aos conteúdos abordados no ensino da cartografia com tecnologias digitais, verifica-se que a localização dos fenômenos no espaço geográfico por meio das coordenadas geográficas e a leitura e interpretação de documentos cartográficos são os conteúdos mais presentes na fala dos entrevistados e nos documentos pesquisados, respectivamente. Observa-se que as noções de escala e a representação de relevo também foram identificadas na fala dos professores entrevistados. Cabe destacar que os conteúdos abordados estão previstos no PSD de Geografia do 1º ano do Ensino Médio do SCMB, documento norteador para o desenvolvimento dos conteúdos e objetivos pretendidos pelo professor (DEPA, 2016). Quanto às ferramentas digitais usadas no ensino da cartografia, verifica-se que o Google Earthe o Google Maps, também denominadas de webcartografia (OLIVEIRA; NASCIMENTO, 2017), são as ferramentas mais utilizadas. Di Maio (2013, p. 80) destaca que essas ferramentas “incentivam novas formas de conhecimento e ações e sua inclusão proporciona impactos positivos nas práticas de ensino da escola, inclusive em favor da cidadania, tendo em vista a grande quantidade de dados disponíveis com acesso gratuito na web'”. Quanto às estratégias adotadas no ensino da cartografia com tecnologias digitais, conclui-se que as aulas expositivas para introdução do tema e as atividades práticas com o uso do celular e/o uso do laboratório de informática são estratégias mais empregadas. Destaca-se ainda que a organização dos alunos geralmente ocorre em grupo. No que diz respeito às percepções dos professores sobre o uso de tecnologias digitais no ensino da cartografia, é possível concluir que as tecnologias digitais facilitam, primordialmente, o entendimento das representações cartográficas pelos alunos, ressignificando “o ato de aprender e o processo de construção do conhecimento devido às possibilidades proporcionadas” (PEREIRA; KUENZER; TEIXEIRA, 2019, p. 4). Verifica-se que os professores têm uma visão muito favorável acerca das tecnologias digitais, com destaque para o seu papel de apoio no processo de ensino-aprendizagem dos próprios alunos, tornando-os mais críticos e produtivos na construção do conhecimento (COSTA, et al.2012; JONASSEN, 2000; PRESNKY, 2010). Com relação às práticas de ensino-aprendizagem da cartografia com tecnologias digitais, verificou-se que o contexto do ensino remoto permitiu um aprofundamento dos conteúdos, devido ao uso das tecnologias como recurso de pesquisa por parte dos alunos enquanto realizavam as atividades. Com o desenvolvimento do estudo, verificou-se que os professores entrevistados tiram partido do potencial das tecnologias digitais a partir de práticas diversificadas, denotando-se vontade e motivação pelo uso de tecnologias digitais no ensino da cartografia. Como sugestão para futuros estudos, propõe-se a continuidade da investigação com
image/svg+xmlArtur Cunha Nogueira de OLIVEIRA e Joana VIANA RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081 1802 professores das regiões não abrangidas neste estudo, bem como a observação direta das práticas em sala de aula. REFERÊNCIAS AMADO, J. Manual de investigação qualitativa em educação.Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2013. BARDIN, L. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2016. BATISTA, N. L. Cartografia escolar, multimodalidade e multiletramentos para o ensino de geografia na contemporaneidade.2019. Tese (Doutorado em Geografia) – Centro de Ciências Naturais e Exatas, Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, 2019. Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/handle/1/19065. Acesso em: 22 fev. 2021. BLOOM, S. B. (ed.). Taxonomy of Educational Objectives:The Classification of Educational Goals: Handbook I, Cognitive Domain. Michigan: Longmans, 1956. BRASIL. Portaria n. 042-Cmt Ex, de 2 de fevereiro de 2008. Regulamento dos Colégios Militares (R-69). Brasília, DF: Exército Brasileiro, 2008. BRASIL. Portaria n. 742-Cmt Ex, de 21 de julho de 2014. Regulamento da Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial. Brasília, DF: Exército Brasileiro, 2014. CANTO, T. S. Tecnologia e Cartografia Escolar. Salto para o futuro. Rio de Janeiro, out. 2011. CAPEL, H. Filosofía y Ciencia en la geografía Contemporánea: Una Introducción a la Geografía. Barcelona: Barcanova, 1981. CHURCHES, A. Bloom's Digital Taxonomy. 2009. p. 1-44. Disponível em https://www.researchgate.net/publication/228381038_Bloom's_Digital_Taxonomy. Acesso em: 04 fev. 2020. COSTA, F. A.A utilização das TIC em contexto educativo: Representações e práticas de professores. 2008. Tese (Doutorado em Ciências da Educação) – Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade de Lisboa, Portugal, 2008. Disponível em: https://pt.slideshare.net/fcosta/tese-costaf2008ti-cemcontextoeducativo. Acesso em: 08 fev. 2021. COSTA, F. A. et al. Repensar as TIC na Educação: O Professor como Agente Transformador. Lisboa: Santillana, 2012. COSTA, F. A. et al. Desenho de Atividades de Aprendizagem baseado no Conceito de Aprender com Tecnologias. In: CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE TIC NA EDUCAÇÃO – CHALLENGES, 10., 2017, Braga. Anais[…]. Braga, Portugal: Universidade do Minho, 2017.
image/svg+xmlUso de tecnologias digitais no ensino de cartografia no Sistema Colégio Militar do BrasilRIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081 1803 DI MAIO, A. C. Geotecnologias digitais no ensino médio: Avaliação Prática de seu Potencial. 2004. Tese (Doutorado em Geografia) – Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, São Paulo, 2004. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/handle/11449/100075. Acesso em: 05 mar. 2021. DI MAIO, A. C. Ensinar Cartografia no século XXI: O desafio continua. In: COLÓQUIO DE CARTOGRAFIA ESCOLAR PARA CRIANÇAS E ESCOLARES, 8., 2013, São João Del Rei. Anais[…]. São João Del Rei, MG: UFSJ, 2013. DEPA. Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial. Plano de Sequências Didáticas - Ensino Médio - 1º ano. Rio de Janeiro: DEPA, 2012. DEPA. Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial. Caderno de Didática do Sistema Colégio Militar do Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: DEPA, 2016. FRANCISCHETT, M. N. A cartografia no ensino-aprendizagem da geografia. Biblioteca on-line de ciências da comunicação, p. 1-12, 2004. Disponível em: http://bocc.ubi.pt/pag/francischett-mafalda-representacoes-cartograficas.pdf. Acesso em: 12 mar. 2021. FRANCISCHETT, M. N. A cartografia escolar crítica. Biblioteca on-line de ciências da comunicação, p. 1-14, 2007. Disponível em: http://bocc.ubi.pt/pag/francischett-mafalda-cartografia-escolar-critica.pdf. Acesso em: 23 mar. 2021. GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Atlas Editora, 2008. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Atlas Escolar, 2020. Disponível em: https://atlasescolar.ibge.gov.br/. Acesso em: 04 fev. 2020. JONASSEN, D. Computadores, ferramentas cognitivas:Desenvolver o pensamento crítico nas escolas. Porto: Porto Editora, 2000. JUNIOR, L. M.; MARTINS, R. E. M. W.; FROZZA, M. V. C. Potencialidades da ferramenta Google My Maps para o ensino de geografia em Portugal. Revista Eletrônica de Educação,v. 14, p. 1-17, 2020. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/338612912_Potencialidades_da_ferramenta_Google_My_Maps_para_o_ensino_de_geografia_em_Portugal_Google_My_Maps_tool_for_teaching_geography_in_Portugal. Acesso em: 28 mar. 2021. LÔBO, R. N. B. O uso da cartografia digital como ferramenta didática na disciplina Geografia no ensino médio. 2011. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Faculdade de Filosofia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-13072012-112524/en.php. Acesso em: 20 mar. 2021. LOURO, D. F. S. Autilização das Tecnologias de Informação e Comunicação como ferramenta didática no ensino da História e da Geografia. 2016. Dissertação (Mestrado em Ensino da História e da Geografia no 3º Ciclo do
image/svg+xmlArtur Cunha Nogueira de OLIVEIRA e Joana VIANA RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081 1804 Ensino Básico e Secundário) – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa, 2016. Disponível em: https://run.unl.pt/handle/10362/17257. Acesso em: 05 abr. 2021. MEDEIROS, J. L. Tecnologias Digitais e Geografia: Um relato de experiência. Revista Brasileira de Educação em Geografia,v. 6, n. 12, p. 246-258, jul./dez. 2016. Disponível em: https://revistaedugeo.com.br/revistaedugeo/article/view/252. Acesso em: 17 abr. 2021. MENEGUETE, A. Por dentro dos produtos Google Geo. 2014. Disponível em: https://www.academia.edu/6666432/Por_dentro_dos_produtos_Google_Geo. Acesso em: 04 fev. 2020. NOGUEIRA, R. E. Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), inclusão e cartografia escolar. Revista Geografares, v. 12, p. 228-257, jul. 2012. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/geografares/article/view/3194. Acesso em: 16 maio 2021. OLIVEIRA, E. A.; OLIVEIRA, R. C. S. O Uso do Aplicativo LandscapAR como Recursos Pedagógico para o Ensino de Geografia. Revista Geosaberes,v. 10, n. 22, p. 100-114, set. 2019. Disponível em: https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/54069. Acesso em: 19 mar. 2021. OLIVEIRA, I. J.; NASCIMENTO, D. T. F. As Geotecnologias e o Ensino de Cartografia nas Escolas: Potencialidades e restrições. Revista Brasileira de Educação Em Geografia,v. 7, n. 13, p. 158-172, 2017. Disponível em: https://www.revistaedugeo.com.br/index.php/revistaedugeo/article/view/491. Acesso em: 18 maio 2021. PAPERT, S. A máquina das crianças: Repensando a escola na era da Informática. Porto Alegre: Artmed, 2008. PEREIRA, A.; KUENZER, A.; TEIXEIRA, A. Metodologias ativas nas aulas de Geografia no Ensino Médio como estímulo ao protagonismo juvenil. Revista do Centro de Educação (UFSM), v. 44, p. 1-23, 2019. Disponível em: https://www.redalyc.org/journal/1171/117158942075/117158942075.pdf. Acesso em: 16 fev. 2021. PRENSKY, M. O papel da tecnologia no ensino e na sala de aula. Conjectura 15, v. 15, n. 2, p. 201-204, 2010. Disponível em: https://philpapers.org/rec/PREOPD. Acesso em: 10 abr. 2021. SANTOS, A. M. F. (WEB) Cartografia e Realidade Aumentada: Novos Caminhos Para o Uso das Tecnologias Digitais no Ensino de Geografia.Revista Geosaberes, v. 9, n. 17, p. 1-14, 2018. Disponível em: https://www.redalyc.org/journal/5528/552859736015/552859736015.pdf. Acesso em: 25 mar. 2021. SILVA, A. P. A. Potencial pedagógico do sensoriamento remoto nas escolas de educação básica da região metropolitana de Feira de Santana - Bahia. 2013. Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais) – Universidade Estadual de Feira de Santana, Bahia, 2013. Disponível em: http://200.128.81.65:8080/handle/tede/266. Acesso em: 10 maio 2021.
image/svg+xmlUso de tecnologias digitais no ensino de cartografia no Sistema Colégio Militar do BrasilRIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081 1805 SILVA F. G. Geotecnologias no ensino de geografia: Livros didáticos e práticas educativas para o ensino médio em Feira de Santana, BA. 2012. Dissertação (Mestrado em Ensino e História de Ciências da Terra) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2012. Disponível em: https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/858009?guid=1658707209600&returnUrl=%2Fresultado%2Flistar%3Fguid%3D1658707209600%26quantidadePaginas%3D1%26codigoRegistro%3D858009%23858009&i=7. Acesso em: 13 abr. 2021. SIMIELLI, M. H. R. Cartografia no ensino fundamental e médio. In: CARLOS, A. F. A. (coord.) A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999. TSOU, M. H. Revisiting web cartography in the United States: The rise of User-Centered Design. Cartography and Geographic Information Science,v. 38, n. 3, p. 250-257, 2011. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1559/15230406382250. Acesso em: 26 mar. 2021. Como referenciar este artigo OLIVEIRA, A. C. N.; VIANA, J. Uso de tecnologias digitais no ensino de cartografia no Sistema Colégio Militar do Brasil. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1785-1805, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081 Submetido em: 08/01/2022 Revisões requeridas em: 19/03/2022 Aprovado em: 26/05/2022 Publicado em: 01/07/2022 Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.Revisão, formatação, normalização e tradução
image/svg+xmlUso de tecnologías digitales en la enseñanza de cartografía en el Sistema Colegio Militar de Brasil RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811792 USO DE TECNOLOGÍAS DIGITALES EN LA ENSEÑANZA DE CARTOGRAFÍA EN EL SISTEMA COLEGIO MILITAR DE BRASIL USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS NO ENSINO DE CARTOGRAFIA NO SISTEMA COLÉGIO MILITAR DO BRASILUSE OF DIGITAL TECHNOLOGIES IN THE TEACHING OF CARTOGRAPHY IN THE MILITARY COLLEGE SYSTEM IN BRAZILArtur Cunha Nogueira de OLIVEIRA1Joana VIANA2RESUMEN: Este artículo presenta un estudio realizado con propósito de identificar las prácticas de enseñanza de cartografía con tecnologías digitales, caracterizando la forma en que las tecnologías digitales son utilizadas por los docentes que enseñan en la disciplina de geografía en las escuelas del sistema Colégio Militar de Brasil. A partir de la investigación bibliográfica en bases de datos científicas, se identificaron prácticas en el uso de tecnologías digitales consideradas relevantes en la enseñanza de cartografía. A partir de los resultados de esta investigación y con miras a su exploración, se llevaron a cabo entrevistas semidirectivas con docentes que enseñan en 1º año de la educación secundaria. Se verificó que los docentes entrevistados aprovechan las posibilidades de las tecnologías digitales a través de diferentes prácticas y estrategias en su uso en la enseñanza de cartografía. Es de destacar que, además de cumplir con los objetivos educativos contenidos en los documentos curriculares, la mirada de los docentes revela su preocupación por un aprendizaje significativo para sus alumnos. PALABRAS CLAVE: Tecnologías digitales. Prácticas pedagógicas. Enseñanza de cartografía. Sistema de Colegios Militares de Brasil. Educación Secundaria. RESUMO: Neste artigo apresenta-se um estudo realizado com o propósito de identificar as práticas de ensino de cartografia com tecnologias digitais, caracterizando o modo como são usadas as tecnologias digitais pelos professores atuantes na disciplina de Geografia nos colégios do Sistema Colégio Militar do Brasil. Com base em pesquisa bibliográfica em bancos de dados científicos foram identificadas práticas de uso de tecnologias digitais consideradas relevantes no ensino da cartografia. A partir dos resultados dessa pesquisa e com vista à sua exploração, realizaram-se entrevistas semidirectivas a professores atuantes no 1º ano do Ensino Médio. Verificou-se que os professores entrevistados tiram partido das possibilidades das tecnologias digitais através de diversas práticas e estratégias no seu uso no ensino da cartografia. Destaca-se que além do cumprimento dos objetivos educacionais contidos nos documentos curriculares, a visão dos professores revela a preocupação com uma aprendizagem significativa dos seus alunos. PALAVRAS-CHAVE: Tecnologias digitais. Práticas pedagógicas. Ensino de cartografia. Sistema Colégio Militar do Brasil. Ensino Médio. 1Instituto de Educación de la Universidad de Lisboa (IE-ULisboa), Lisboa Portugal. Estudiante de doctorado en Educación. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5581-4237. E-mail: artur.oliveira@campus.ul.pt 2Instituto de Educación de la Universidad de Lisboa (IE-ULisboa), Lisboa Portugal. Profesor Asistente. Doctorado en Educación. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5939-4401. E-mail: jviana@ie.ulisboa.pt
image/svg+xmlArtur Cunha Nogueira de OLIVEIRA y Joana VIANA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811793 ABSTRACT: This article presents a study carried out with the purpose of identifying the teaching practices of cartography with digital technologies, characterizing the way in which digital technologies are used by teachers working in geography in the schools of Military College System of Brazil. Based on bibliographical research in scientific databases, practices in the use of digital technologies considered relevant in the teaching of cartography were identified. From the results of this research and with a view to its exploration, semi-directive interviews were carried out with high school teachers. It was found that the interviewed teachers take advantage of the possibilities of digital technologies through different practices and strategies in their use in the teaching of cartography. It is noteworthy that, in addition to fulfilling the educational objectives contained in the curriculum documents, the view of teachers reveals their concern with meaningful learning for their students. KEYWORDS: Digital technologies. Pedagogical practices. Cartography teaching. Military College System of Brazil. High School.Introducción En los últimos años, con el advenimiento de Internet y sus potencialidades, el mundo ha experimentado una profunda revolución en los procesos de comunicación y socialización, y el uso educativo de las tecnologías de redes digitales tampoco es diferente, siendo este último un objeto de gran relevancia en el campo de la investigación educativa (COSTA et al.,2012). El impacto que las tecnologías tienen en el aprendizaje depende de cómoy para quése utilizan (COSTA et al.,2012). Las tecnologías digitales tienen un alto potencial desde el punto de vista pedagógico (COSTA et al.,2012; COSTA et al.,2017), y desde el punto de vista del aprendizaje puede ser utilizado como instrumento de trabajo del alumno, asistiéndole activamente e involucrándolo como protagonista en la construcción de sus conocimientos (por ejemplo, JONASSEN, 2000; PAPERT, 2008). Según Jonassen (2000, p. 21), las tecnologías mejoran el aprendizaje de los estudiantes cuando les permiten "acceder a la información deseada, simular problemas y situaciones, articular y representar lo que los estudiantes saben, reflexionar sobre lo que han aprendido y cómo lo han hecho". Este estudio se centra en el uso de las tecnologías digitales en la enseñanza de la cartografía en el Sistema de Colegios Militares de Brasil (SCMB), a partir de la siguiente pregunta problematizante: "¿Cómo aprovechan los profesores de geografía el potencial que tienen las tecnologías digitales para la enseñanza de la cartografía en la Educación Básica en el Sistema de Educación Militar en Brasil?". Como estrategia para responder a la pregunta central, se definieron las siguientes preguntas de investigación: i) ¿qué prácticas con el uso de tecnologías digitales se consideran
image/svg+xmlUso de tecnologías digitales en la enseñanza de cartografía en el Sistema Colegio Militar de Brasil RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811794 relevantes en el área de la enseñanza de la cartografía? ii) ¿Cuáles son las percepciones de los docentes sobre el uso de las tecnologías digitales en la enseñanza de la cartografía? y iii) ¿cuál es la opinión de los docentes sobre el potencial de las tecnologías digitales en la enseñanza de la cartografía en relación con las tecnologías tradicionales? Se trata de un estudio cualitativo (AMADO, 2013), cuyo designde la metodología fue construida y definida en dos momentos, utilizando diferentes técnicas de recolección y análisis de datos: i) análisis documental de estudios encontrados en investigaciones bibliográficas realizadas según la técnica de revisión sistemática de la literatura, y ii) entrevistas con profesores de secundaria del Sistema de Colegios Militares de Brasil. En este artículo presentamos las prácticas de enseñanza de cartografía con tecnologías digitales desarrolladas en la Educación Básica, caracterizando la forma en que son utilizadas para la enseñanza de la cartografía por parte de los profesores que trabajan en la disciplina de Geografía en los colegios del Sistema de Colegios Militares de Brasil, identificando estrategias y actividades desarrolladas, contenido lijado herramientas digitales utilizadas, centrándose en el potencial pedagógico transformador (COSTA, 2008) que las tecnologías digitales pueden ejercer en el proceso de enseñanza-aprendizaje. En la búsqueda de lo que los docentes entrevistados tenían que decir, inmersos en el contexto de la pandemia de Covid-19, también se trató de identificar posibles cambios en las prácticas pedagógicas durante este período. Uso de tecnologías digitales en la enseñanza de la cartografía La producción cartográfica es una actividad que ha estado y está presente en todas las fases de la humanidad, desde la prehistoria, con registros realizados en cuevas por pueblos primitivos (IBGE, 2020), hasta tiempos más recientes, con el uso de una amplia gama de recursos tecnológicos que facilitan su producción y difusión. Según Capel (1981), la importancia de la cartografía puede basarse en el contexto histórico de la guerra franco-prusiana (1870), cuando los franceses después de ser derrotados por los alemanes encontraron que había un escaso nivel de conocimiento en geografía y lenguas vivas dentro de las escuelas secundarias, lo que finalmente despertó a una necesidad de reforma en la educación, y la geografía fue claramente favorecida en este proceso de renovación. Promovieron cambios desde la escuela primaria, haciendo obligatoria la necesidad de realizar excursiones geográficas, también llamadas "recorridos topográficos", así como la elaboración de bocetos y el estudio previo de mapas y plantas. Francischett (2004) afirma que el lenguaje cartográfico tiene su importancia reconocida en la enseñanza de la Geografía, pues además del desarrollo de las
image/svg+xmlArtur Cunha Nogueira de OLIVEIRA y Joana VIANA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811795 capacidades relacionadas con la comprensión de los mapas, proporciona la capacidad de representar el espacio geográfico. Simielli (1999) estructura las principales adquisiciones metodológicas (simples, medias y complejas) que los estudiantes entre las edades de 11 y 17 años de edad deben adquirir al desarrollar actividades de cartografía (Cuadro 1). Cuadro 1- Adquisiciones metodológicas en cartografía Adquisiciones simples Adquisiciones promedio Adquisiciones complejas • Conocer los puntos cardinales. • Saber orientarse con uncarta. • Encuentra un punto en unletra con las coordenadas o con el índice remisivo. • Encontrar las coordenadas de un punto. • Saber si conducir con unplanta simple. • Extracto de plantas y cartassimple una sola serie de hechos. • Saber calcular la altitud ydistancia. • Saber si se conduce con un mapa de carreteras o una carta topográfica. • Medir una distancia sobre un gráfico con una escala numérica. • Estimar un punto de la curva hipnométrica. • Analizar el trazado de las formas topográficas. • Analizar una carta temáticarepresentando un solo fenómeno (densidad de población, relieve, etc.). • Reconocer y situar la cubierta y el uso de la tierra. • Saber diferenciar pendientes.• Saber reconocer y situar tipos de clima, masas de aire, formaciones vegetales, distribución poblacional, centros industriales y urbanos y otros. • Estimar una altitud entre dos curvas hipsométricas. • Saber usar una brújula.• Correlaciona dos tarjetas simples.• Lea un gráfico regional simple.• Explicar la ubicación de un fenómeno mediante la correlación entre dos gráficos. • Dibuja una carta simple a partir de una tarjeta compleja. • Elaborar un gráfico regional con los símbolos precisos. • Saber elaborar un boceto regional sencillo (con leyenda proporcionada por el profesor). • Saber plantear hipótesis reales sobre el origen de un paisaje. • Analizar una tabla temática que presente diversos fenómenos. • Saber extraer de una letra compleja los elementos fundamentales. Fuente: Adaptado de Hugonie (1992 apud SIMIELLI, 1999, p. 93-108) La enseñanza de la cartografía permite al alumno "pensar significativamente en el conocimiento del espacio geográfico a través de la lectura y comprensión de las representaciones cartográficas [...]" (FRANCISCHETT, 2007, p. 1). Di Maio (2004, p. 13) señala que "[...] La cartografía, en la disciplina de La Geografía, puede asumir un papel de herramienta o instrumento que despierte habilidades y competencias, estimulando en el aula las inteligencias de los alumnos". Para Canto (2011, p. 29), el lenguaje digital aplicado a la cartografía permite "mapear a los usuarios la posibilidad de navegar a través de diferentes formas de expresión de contenido geográfico y seleccionar, dentro de un rango predefinido de opciones, la información que desean ver cartográficamente". En cuanto al papel de las tecnologías digitales, Costa et al.(2012) destacan que estos deben ser un instrumento para ayudar al estudiante en el aprendizaje, involucrándolo activamente como protagonista en la construcción de sus conocimientos (COSTA et al.,2012).
image/svg+xmlUso de tecnologías digitales en la enseñanza de cartografía en el Sistema Colegio Militar de Brasil RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811796 Según Jonassen (2000, p. 26), "cuando los estudiantes usan computadoras como socios, descargan parte del peso de las tareas de memorización no productivas a la computadora, lo que les permite pensar de manera más productiva". Jonassen (2000) propone que debemos reemplazar la idea de aprender delas computadoras o sobrelas computadoras por aprender de las computadoras y aprender sobrelas computadoras, significan usar las computadoras como herramientas meramente productivas, aprender de las computadoras significa "usar la computadora como una herramienta con la que se aprende" (JONASSEN, 2000, p. 28), es decir, las computadoras como herramientas cognitivas. Las herramientas cognitivas requieren que los estudiantes tengan pensamiento crítico, porque al usar aplicaciones informáticas lo hacen de manera significativa y representando lo que saben (JONASSEN, 2000). A la hora de reflexionar sobre el proceso de aprendizaje, debemos tener en cuenta su complejidad. Según Benjamin Bloom (1956), el aprendizaje se produce bajo tres áreas o dominios: afectivo, cognitivo y psicomotor. La taxonomía de Bloom (1956) es una herramienta para comprender el proceso de aprendizaje, que ordena y clasifica los niveles de aprendizaje, que van desde el menos complejo hasta el más complejo, y cada categoría se describe a partir de un sustantivo (CHURCHES, 2009). La taxonomía de Bloom se sometió a una primera revisión, realizada por los autores Anderson y Krathwohl (2001, apud CHURCHES, 2009). Analizando cómo la taxonomía de Bloom revisada podría aplicarse al contexto de la integración de las TIC, Churches (2009) encontró que los verbos utilizados ya no cumplían con los objetivos, procesos y acciones que están presentes en este nuevo contexto, tanto para profesores, estudiantes, como para casi todas las actividades que realizamos diariamente, y, por lo tanto, es necesario realizar otra revisión, esta vez para una versión digital: la taxonomía digital de Bloom (figura 1).
image/svg+xmlArtur Cunha Nogueira de OLIVEIRA y Joana VIANA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811797 Figura 1 -Taxonomía digital de Bloom- dominio cognitivo Fuente: Adaptado de Iglesias (2009) Vale la pena señalar que la taxonomía digital de Bloom no se centra en las herramientas y tecnologías digitales, sino sobre todo en el uso de herramientas como medio para lograr los objetivos del aprendizaje (recordar, comprender, aplicar, analizar, evaluar y crear, para el dominio cognitivo) (CHURCHES, 2009). Pereira, Kuenzer y Teixeira (2019, p. 4) concluyen que el uso de las tecnologías digitales en la enseñanza de la Geografía en la escuela secundaria, además de proporcionar una mayor participación del estudiante con el contenido, fomenta el protagonismo juvenil y "resignifica el acto de aprendizaje y el proceso de construcción del conocimiento debido a las posibilidades brindadas". En los siguientes apartados se presentará el contexto en el que se realizó el estudio, la metodología empleada y la caracterización sociodemográfica de los docentes entrevistados. Posteriormente, se presentan y discuten los resultados, culminando en algunas consideraciones en forma de conclusiones. Contexto del estudio El estudio está ubicado en el Sistema de Educación de Colegios Militares de Brasil. Los Colegios Militares son considerados Organizaciones Militares (OM) que funcionan como instituciones educativas públicas pertenecientes al Ejército Brasileño (EB), directamente subordinadas a la Dirección de Educación Preparatoria y Asistencial (DEPA) destinadas a la enseñanza de la educación básica en los últimos años de la Escuela Primaria (6º a 9º grado) y Habilidades de pensamiento de nivel inferior Habilidades de pensamiento de Nivel Superior Recordar Identificar Encontrar Buscar Entender interpretar explicar ordenar ejemplificar Aplicar aplicación movilizar editar operar Evaluar reanudación revisar detectar publicar Analizar comparar organizar validar deconstruirCrear dibujar construir producir elaborar
image/svg+xmlUso de tecnologías digitales en la enseñanza de cartografía en el Sistema Colegio Militar de Brasil RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811798 toda la escuela secundaria (1º a 3º año). El propósito central es capacitar a los estudiantes para ingresar a instituciones militares e instituciones civiles de educación superior (BRASIL, 2008, 2014). Actualmente, las escuelas están presentes en catorce ciudades brasileñas, en las cinco regiones del país, en once estados y en el Distrito Federal. En el contexto del SCMB, el plan de estudios se implementa de la siguiente manera: [...] el currículo se materializa mediante los Planes de Secuencia Didáctica (PSD) y está compuesto por una matriz de referencia, ejes cognitivos, propuestas filosóficas de Área y Disciplinas, los objetos de conocimiento designados para los años escolares y competencia discursiva. En la propuesta pedagógica actual, el concepto que guía el uso del currículo es el de una perspectiva abierta y flexible, es decir, el currículo puede ser ajustado y actualizado [...] (DEPA, 2016, p. 19). El currículo debe ser visto como un documento indispensable en la planificación, orientado al desarrollo de contenidos dentro de una secuencia didáctica, y debe organizarse de acuerdo con los objetivos deseados por el docente, con respecto al aprendizaje de sus estudiantes, como las actividades de aprendizaje y evaluación (DEPA, 2016). Basado en el Plan de Secuencia Didáctica - PSD (DEPA, 2012), el currículo que guía las sumas en el Sistema de Enseñanza en cuestión, la cartografía es un objeto de conocimiento previsto para el 1er año de bachillerato. Debido a que la cartografía es uno de los diez objetos de conocimiento predichos para el 1er año de Geografía de la escuela secundaria, correspondiente a aproximadamente el 10% de lo que se enseña en esta serie, elegimos identificar lo que es pertinente para la enseñanza de la cartografía. La lectura de la DSP con respecto a la enseñanza de la cartografía en la disciplina de Geografía del 1er año de secundaria se presenta brevemente en la tabla 2, con los temas de contenido y sus respectivos detalles (cuadro 2). Se observa que la enseñanza de la cartografía propuesta en este currículo enfatiza la necesidad de dominar la escala (geográfica y cartográfica), de modo que se realice un análisis más preciso de los fenómenos geográficos, ya sea a nivel local, regional, incluso global. La DSP (DEPA, 2012) destaca la lectura, interpretación y elaboración de mapas como uno de los géneros textuales necesarios para el desarrollo de la competencia discursiva, reforzando aún más la importancia que tienen los documentos cartográficos en todas las áreas del conocimiento.
image/svg+xmlArtur Cunha Nogueira de OLIVEIRA y Joana VIANA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811799 Cuadro 2 - Resumen del Plan de Secuencias Didácticas de Geografía del 1er de la enseñanza media. Tema Detallando Propuesta filosófica de la disciplina Es una ciencia multidisciplinar, porque combina el conocimiento de múltiples disciplinas con la metodología de lectura e interpretación de textos, mapas (...). (...) desarrolla en el alumno habilidades y competencias para localizar y comprender fenómenos geográficos (...). Aspectos planteados respecto a la metodología y didáctica de la disciplina preparar al alumno para comprender y actuar en el mundo complejo, problematizar, formular proposiciones, pensar y actuar críticamente en su realidad, promoviendo la alfabetización espacial del alumno (...). El dominio de la escala de análisis, así como de la escala de representación, es un criterio importante en el estudio de la Geografía, siendo fundamental que siempre se considere sus diversos niveles (local, regional y mundial), para no incurrir en interpretaciones simplistas de la realidad. Las habilidades dirigidas a la interpretación de documentos cartográficos serán comunes a todos los objetos de conocimiento. Estrategias de aprendizaje El dominio de la lectura y la interpretación cartográfica es una condición indispensable para el análisis de los fenómenos que se distribuyen en el espacio geográfico. Procesal Comprender el proceso de mapeo a través de la especialización de diferentes temáticas, elaborar perfiles topográficos, realizar cálculos de distancia y área e identificar coordenadas geográficas, elaboración de mapas conceptuales, elaboración de organigramas (...). Géneros textuales Mapas, gráficos, infografías (...). Competencia discursiva Los estudiantes deben tener la oportunidad de usar correctamente y comprender palabras y frases que describan contextos, tales como: ubicación, geografía, paisaje, lugar, territorio, región, escala, cartografía, entre otros. Habilidades HG1 - Leer, analizar e interpretar los códigos específicos de la Geografía (mapas, gráficos, tablas, etc.) considerándolos como elementos de representación de hechos y fenómenos espaciales o especializados. HG2 - Reconocer y aplicar el uso de escalas cartográficas y geográficas como formas de organizar y conocer la ubicación, distribución y frecuencia de los fenómenos naturales y humanos. HG5 - Reflejar, comparar y utilizar los datos registrados a través de gráficos, tablas y mapas. HG6 - Conocer los fundamentos de la escala y sobre todo saber utilizarla adecuadamente, tanto para la elaboración de documentos -mapas, tablas y gráficos- como para el análisis del espacio geográfico. Fuente: Adaptado de la Junta Preparatoria y de Bienestar de DEPA (2012)
image/svg+xmlUso de tecnologías digitales en la enseñanza de cartografía en el Sistema Colegio Militar de Brasil RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811800 Metodología La metodología, con un enfoque cualitativo, utilizada para este estudio fue apoyada inicialmente por el i) análisis documental de publicaciones obtenidas en la investigación bibliográfica sobre prácticas docentes de cartografía con el uso de tecnologías digitales, utilizando la revisión sistemática de la literatura, y, en segundo lugar, en el ii) caracterización de las percepciones de los docentes que trabajan en escuelas militares de secundaria sobre el uso de tecnologías digitales en la enseñanza de la cartografía, obtenido a través de entrevistas semidirectivas. Según Cohen, Manion y Morrison (2006, apud AMADO, 2013, p. 212), "la combinación de métodos de investigación permite juzgar la coherencia o incoherencia de los resultados". En las entrevistas, se buscó comparar los datos obtenidos en el análisis documental, tratando de conocer lo que los profesores tenían que decir, utilizando la técnica de entrevista semidirectiva en la auscultación de profesores de geografía que trabajan en 1er año de bachillerato. En la investigación bibliográfica, se buscó identificar documentos que abordaran la integración de las tecnologías digitales en la enseñanza de la cartografía con el fin de construir un marco representativo que permitiera un análisis riguroso de las prácticas docentes de la cartografía con el uso de las tecnologías digitales y, en consecuencia, establecer una relación entre los documentos producidos sobre el tema y los objetivos del currículo de Geografía del 1er año de bachillerato en SCMB. Para el desarrollo de la investigación bibliográfica, se optó por la investigación y revisión bibliográfica indicada por Gil (2008), identificando, localizando, analizando e incluyendo en este trabajo los documentos investigados en base a los criterios preestablecidos en el Cuadro 3.
image/svg+xmlArtur Cunha Nogueira de OLIVEIRA y Joana VIANA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811801 Cuadro 3- Criterios para la investigación en bases de datos científicas Base de datosCriteriosExpresión de búsquedaPeriodo de publicaciónCampos buscadosTipos de fuenteBiblioteca Digital Brasileña de Tesis y Disertaciones Repositorio Científico de Acceso Abierto de Portugal Repositorio institucional de la Universidad de Lisboa Academic Search Complete Education Source SciELOResumo Artigos, dissertações e teses (enseño) AND (cartografía OR geografía) AND (Tecnologías) 2010 a 2020 Fuente: Elaboración propia (2021) Durante la etapa de investigación en las bases de datos, se encontraron 232 documentos (artículos, disertaciones y tesis). Concomitantemente con la encuesta, se leyeron resúmenes con el fin de confirmar la pertinencia y claridad respecto al objeto de estudio, quedando excluidos 222 documentos por no cumplir con los requisitos deseados, es decir, publicaciones que no se referían a la enseñanza de la cartografía en la educación primaria, específicamente en la secundaria. Al final de la etapa de selección fue posible obtener acceso completo a 10 documentos publicados durante los diversos años de la década considerada, 5 artículos, 4 disertaciones de maestría y 1 tesis doctoral, según el cuadro 4. Cuadro 4 - Documentos de la investigación bibliográfica No.Autor(es)AñoTítuloTipo de publicación País1 Batista, N.L. 2019 Cartografía escolar, multimodalidad y multialfabetismo para la enseñanza de la geografía en la época contemporánea Tesis Brasil 2 Junior, L. M. & Martins, R. E. M. W. & Frozza, M. V. C. 2020 Potencialidades de la herramienta Google My Maps para la enseñanza de la geografía en Portugal Artículo Portugal
image/svg+xmlUso de tecnologías digitales en la enseñanza de cartografía en el Sistema Colegio Militar de Brasil RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811802 3 Hola, R.N.B. 2011 El uso de la cartografía digital como herramienta didáctica en la disciplina Geografía en bachillerato Disertación Brasil 4 Louro, D. F. dos S. 2016 El uso de las Tecnologías de la Información y la Comunicación como herramienta didáctica en la enseñanza de la Historia y la Geografía Disertación Portugal 5 Medeiros, J.L. 2016 Tecnologías Digitales y Geografía: un informe de experiencia. Artículo Brasil 6 Nogueira, R. E. 2012 Tecnologías de la Información y la Comunicación (TIC), inclusión y mapeo escolar Artículo Brasil 7 Oliveira, E. A. & Oliveira, R. C. S. 2019 El uso de la aplicación LandscapAR como recurso pedagógico para la enseñanza de la geografía Artículo Brasil 8 Santos, A.M.F 2018 (WEB) Cartografía y Realidad Aumentada: Nuevos Caminos para el Uso de las Tecnologías Digitales en la Enseñanza de la Geografía Artículo Brasil 9 Silva, A.P.A. 2013 Potencial pedagógico de la teledetección en escuelas de educación básica de la región metropolitana de Feira de Santana - Bahía Disertación Brasil 10 Silva, F.G. 2012 Geotecnologías en la enseñanza de la geografía: Libros de texto y prácticas educativas para la escuela secundaria en Feira de Santana, BA Disertación Brasil Fuente: Elaboración propia (2021)Para las entrevistas se construyó un guion, "instrumento fundamental para la correcta y útil realización de la entrevista" (AMADO, 2013, p. 215). Se utilizaron fuentes de la revisión bibliográfica sobre el objeto de estudio, además de los resultados del análisis documental de la investigación bibliográfica realizada en la etapa anterior, como predice amado (2013). Las entrevistas con docentes tuvieron como objetivo caracterizar las percepciones de los docentes sobre el uso de las tecnologías digitales en la enseñanza de la cartografía; describir las prácticas que los docentes dicen adoptar cuando utilizan las tecnologías digitales en la enseñanza de la cartografía, destacando las actividades, estrategias, sumas de contenido y herramientas digitales utilizadas en las clases; y, por último, identificar la visión de los docentes sobre el potencial de las tecnologías digitales en la enseñanza de la cartografía en relación con las tecnologías tradicionales. Dada la coyuntura de la pandemia de covid-19, que sin duda estuvo presente en todos los sectores de la sociedad, incluida la educación, fue necesario identificar posibles cambios en las prácticas pedagógicas de los docentes durante este período.
image/svg+xmlArtur Cunha Nogueira de OLIVEIRA y Joana VIANA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811803 Las entrevistas fueron realizadas con profesores de geografía que trabajan en el 1er año de la escuela secundaria de colegios militares, para la enseñanza de la cartografía de contenidos, eligiendo entrevistar a tres maestros, uno por universidad, entre los catorce colegios, distribuidos en todas las regiones de Brasil. Los maestros entrevistados enseñan en una de las escuelas del norte, noreste y sur de Brasil. Las entrevistas con los docentes tuvieron lugar en julio de 2020 por videoconferencia, utilizando las aplicacionesZoomy Google Meet, y solo se grabó el audio de las entrevistas, previa autorización de los entrevistados. Cabe destacar que los principios y directrices del foro ético fueron respetados y cumplidos durante la investigación, y el asentimiento del Comité de Ética del Instituto de Educación de la Universidad de Lisboa (nº 545 del 3 de febrero de 2010) fue respetado y cumplido para la realización de esta investigación. Se garantizó la protección y privacidad de los participantes, manteniendo la confidencialidad de la información. Para el análisis de los datos se utilizó la técnica de análisis de categorías (BARDIN, 2016). Para el análisis de los documentos que resultaron de la investigación bibliográfica, continuamos identificando elementos en común en todos los estudios que se organizaron en un sistema de categorías propias, al tiempo que se consideraron las cualidades de exclusión mutua, homogeneidad, pertinencia, objetividad, fidelidad y productividad (BARDIN, 2016). Se buscó identificar los elementos que describían las prácticas docentes de cartografía con el uso de tecnologías digitales y, subvencionados por el aporte teórico, se definieron las siguientes categorías: estrategias, actividades, contenidos y herramientas digitales. Para el proceso de análisis de contenido de las entrevistas, se optó por el procedimiento cerrado (AMADO, 2013), categorizando los elementos que describían las prácticas docentes con tecnologías adoptadas por los docentes, a partir de un sistema de categorías anteriores. Caracterización sociodemográfica de los docentes entrevistados A nivel de formación académica, todos los docentes entrevistados son licenciados en Geografía y cuentan con al menos una especialización y/o maestría. Se entrevistó a dos maestros y una maestra, todos ellos de la facultad militar. Los profesores tienen un nivel de experiencia que va de 8 a 33 años de enseñanza en la disciplina de Geografía.
image/svg+xmlUso de tecnologías digitales en la enseñanza de cartografía en el Sistema Colegio Militar de Brasil RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811804 Presentación y discusión de resultados En esta sección presentaremos los resultados basados en el análisis comparativo de los resultados del análisis de las publicaciones obtenidas en la investigación bibliográfica y las entrevistas para cada una de las dimensiones y categorías. Uso de las tecnologías digitales en la enseñanza De acuerdo con las percepciones de los profesores entrevistados, las tecnologías proporcionan aproximación para el estudiante en su relación con la realidad, así como en la relación alumno-profesor. Con respecto a las percepciones sobre los aportes de las tecnologías digitales al aprendizaje, se observa que los docentes destacan la velocidad de acceso a la información y el logro de resultados cuando las tecnologías se utilizan para el aprendizaje, además de la posibilidad de utilizar las tecnologías como refuerzo a lo que se enseña en el aula, reforzando que las tecnologías deben ser un instrumento para ayudar al estudiante en el aprendizaje, involucrándolo activamente como protagonista en la construcción de sus conocimientos (COSTA et al., 2012). Uso de las tecnologías digitales en la enseñanza de la cartografía Con respecto a la visión sobre el uso de las tecnologías digitales en la enseñanza de la cartografía, los profesores consideran que las tecnologías digitales son esenciales para la cartografía y consideran que facilitan la comprensión de las representaciones cartográficas por parte de los estudiantes. Estos resultados corroboran lo que Silva, Antunes y Painho (1996, apud DI MAIO, 2004, p. 44) argumentan cuando describen que las geotecnologías: Contribuyen al desarrollo de conocimientos en Geografía y habilidades gráficas, ya que posibilitan la localización de elementos geográficos, la percepción de modificaciones de escala y su reflejo en un problema, a través de múltiples representaciones espaciales de fenómenos (SILVA; ANTUNES; PAINHO, 1996 apud DI MAIO, 2004, p. 44). Con respecto a las prácticas de enseñanza-aprendizaje con tecnologías digitales para la enseñanza de la cartografía, en las que se busca caracterizar la forma en que las tecnologías digitales son utilizadas por los docentes, presentamos los resultados organizados en seis subcategorías, es decir: i) actividades realizadas por estudiantes con tecnologías digitales para aprender cartografía, ii) contenidos de cartografía trabajados con el uso de tecnologías digitales, iii) herramientas digitales utilizadas, iv) estrategias utilizadas en la enseñanza-aprendizaje de
image/svg+xmlArtur Cunha Nogueira de OLIVEIRA y Joana VIANA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811805 cartografía con tecnologías digitales, v) formas de organización social de los estudiantes en actividades con el uso de tecnologías digitales para trabajar el conocimiento de la cartografía, y vi) uso de tecnologías digitales en la evaluación del aprendizaje en cartografía. Entre las actividades realizadas, los docentes destacan la medición de la distancia a partir de una escala y la localización de fenómenos en el espacio geográfico a través de coordenadas geográficas como son las actividades más realizadas por los alumnos. En los documentos relevados, se observó que la medición de la distancia desde una escala fue la actividad con mayor ocurrencia (N=4). Las actividades de exploración de imágenes satelitales y localización de fenómenos en el espacio geográfico a través de coordenadas geográficas tuvieron el mismo número de ocurrencias (N=3) cada una. Las actividades realizadas promueven el aprendizaje a través de la adquisición de conocimientos en diferentes niveles de complejidad que van desde la comprensión, la aplicación de los conocimientos adquiridos, el análisis, hasta la creación/elaboración (IGLESIAS, 2009). En este sentido, existe una mayor ocurrencia de actividades relacionadas con la aplicación/movilización de conocimiento considerado de mediana complejidad, según la taxonomía digital de Bloom (CHURCHES, 2009). En relación a los contenidos, la localización de fenómenos en el espacio geográfico a través de coordenadas geográficas es el contenido más trabajado por los docentes. Luego, la lectura e interpretación de documentos cartográficos y puntos de escala fueron los contenidos más abordados. En los documentos relevados se observó una mayor incidencia de lectura e interpretación de documentos cartográficos (N=5). Cuatro estudios destacan la enseñanza de los recuentos de escalas. Luego la localización de fenómenos en el espacio geográfico a través de coordenadas geográficas (N=3), luego la elaboración de documentos cartográficos (N=2) y la representación del relieve (N=2). Los contenidos identificados en los resultados son consistentes con la capacidad de lectura crítica y mapeo consciente para un estudiante de secundaria y están de acuerdo con las adquisiciones metodológicas que el grupo de edad debe adquirir en la cartografía, como lo describe Simielli (1999). Las adquisiciones complejas representan la mayoría del contenido escaneado, mientras que las adquisiciones promedio y las adquisiciones simples representan los contenidos identificados por los maestros. En cuanto a las herramientas digitales utilizadas, se observa que solo dos herramientas fueron indicadas por los docentes. La herramienta Google Earthes utilizada por dos profesores y Google Maps es utilizado por un profesor. En los documentos buscados, Google Earth esla herramienta más utilizada (N=5). Luego la herramienta Google Maps(N = 3), luego el “Portal LabTate” (N=1), la herramienta LandsacpAR (N=1) y el QGIS (N=1). Meneguete (2014, p. 25)
image/svg+xmlUso de tecnologías digitales en la enseñanza de cartografía en el Sistema Colegio Militar de Brasil RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811806 señala que los productos de Google Geoson un "poderoso conjunto de herramientas educativas" porque son fáciles de usar y compartir. Estas herramientas son tecnologías llamadas "webcartografía" (OLIVEIRA; NACIMIENTO, 2017). Según Tsou (2011, p. 250), webcartografía is the new médium of maps, changing cartographic representation from paper and desktop GIS to distributed, user-centered, mobile, and real-time geospatial information services3. Las herramientas de webcartografía presentan varios criterios, como herramientas informáticas, aplicaciones disponibles, precio asequible, construcción de conocimiento, generalización, pensamiento crítico, aprendizaje transferible, formalismo simple y poderoso y aprendizaje fácil que, según Jonassen (2000), sirven como indicadores para evaluar si una aplicación puede clasificarse como una herramienta cognitiva. Según Jonassen (2000, p. 33), las herramientas cognitivas son "herramientas para representar el conocimiento que utilizan la aplicación informática" y deben ser consideradas como "socios intelectuales que facilitan la construcción del conocimiento y la reflexión por parte de los estudiantes". En cuanto a las estrategias utilizadas en la enseñanza-aprendizaje de la cartografía con tecnologías digitales, se observa que dos profesores organizan sus clases a partir de un momento de exposición y, en el segundo momento, con la realización de actividades prácticas. El tercer profesor se diferencia de los demás, porque además de comenzar con un momento de clase dialogado por la exposición, utiliza el laboratorio para llevar a cabo la actividad práctica. En los documentos relevados, en la mitad de los estudios reportados (N=4), las clases comienzan con la presentación del tema, los conceptos clave y las especificidades de cada una de las herramientas digitales que se utilizan posteriormente en la actividad práctica. La actividad de introducción del tema, a través de la técnica de una clase expositiva y dialogada, abordando y discutiendo los conceptos clave de manera dialogada, valora la participación de los estudiantes (N=2). En cuanto a las actividades prácticas, en la mitad de los estudios analizados (N=5), se decidió realizar actividades prácticas utilizando el laboratorio de computación. En dos estudios, las actividades prácticas se llevaron a cabo utilizando smartphoneen el aula. En cuanto a las formas de organización social de los estudiantes en actividades con el uso de tecnologías digitales para trabajar el conocimiento de la cartografía, se observa que dos de los tres profesores priorizan la organización de los estudiantes en actividades grupales y/o dobles y un profesor prioriza la actividad individual. También se observa que en siete estudios analizados se informó que las actividades sugeridas se realizaron en grupos. 3La webcartografía es una nueva forma de representar mapas, ya no siendo más tradicional como los mapas impresos, a ser representaciones de información geoespacial, centrada en el usuario y en tiempo real.
image/svg+xmlArtur Cunha Nogueira de OLIVEIRA y Joana VIANA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811807 Potencialidades de las tecnologías digitales en la enseñanza de la cartografía Se observa que los docentes presentan diferentes visiones, que van desde la instantaneidad y rapidez que proporcionan las tecnologías digitales al trabajar diferentes niveles de análisis cartográfico y geográfico, pasando por el potencial que tienen las tecnologías para poder asistir al alumno en la búsqueda de información cartográfica más profunda, hasta la potenciación de la práctica de la producción cartográfica cuando se utilizan tecnologías digitales. Estas visiones demuestran cuán potenciales son las tecnologías digitales para la enseñanza de la cartografía. Las diferentes visiones de los docentes convergen en el papel de la tecnología en la enseñanza y en el aula, permitiendo a los estudiantes "pensar de manera más productiva" (JONASSEN, 2000, p. 26). La enseñanza en la coyuntura de la pandemia de covid-19 En cuanto a los cambios identificados en las prácticas pedagógicas causadas por la pandemia de COVID-19 en comparación con las prácticas de enseñanza-aprendizaje en años anteriores, todos los docentes informaron que hubo cambios causados por la pandemia. Un maestro pasó a grabar lecciones en video para exponer los contenidos. Otra maestra informó que comenzó a dar clases sincrónicas y que han sido muy productivas. Un tercer docente señaló que hubo una disminución en la interacción alumno-profesor, pues con la implementación del entorno virtual de aprendizaje como plataforma de enseñanza durante el cierre de la escuela, muchos estudiantes no pudieron interactuar en este entorno. Con respecto a los cambios identificados en las prácticas de enseñanza-aprendizaje de la cartografía con tecnologías digitales, se observan diferentes informes por parte de los docentes. Un profesor impartía clases de cartografía antes de la pandemia, por lo que informó que no hubo cambios. Otro docente señaló que la pandemia afectó la enseñanza y el aprendizaje, considerando que la planificación de las clases era prepandemia y el ejemplo de actividades que antes estaban pensadas y planificadas para ser presenciales, debían adaptarse a la modalidad remota. Un tercer docente destacó que en el contexto de la pandemia se profundizó en los contenidos de la cartografía, ya que los estudiantes se vieron inmersos en el contexto de la enseñanza a distancia con el uso de tecnologías digitales y, por lo tanto, investigaron más sobre los temas.
image/svg+xmlUso de tecnologías digitales en la enseñanza de cartografía en el Sistema Colegio Militar de Brasil RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811808 Conclusiones En la búsqueda de la respuesta a la pregunta central "¿Cómo aprovechan los profesores de geografía el potencial que tienen las tecnologías digitales para la enseñanza de la cartografía en la Educación Básica en el sistema de educación militar en Brasil?" y sus preguntas específicas, se presentan algunas consideraciones finales en forma de conclusiones, basadas en el marco teórico y los resultados encontrados, bien a partir del análisis de los documentos relacionados con los estudios realizados en esta materia entre 2010 y 2020, bien en las entrevistas realizadas a docentes. Las prácticas de enseñanza de la cartografía con tecnologías digitales identificadas en los resultados de los estudios realizados en esta área y descritas por los profesores entrevistados resultaron ser bastante diversas. Con respecto a las actividades desarrolladas en la enseñanza de la cartografía con tecnologías digitales, las actividades de medición de distancias se destacan a partir de una escala y la localización de fenómenos en el espacio geográfico a través de coordenadas geográficas. Estos se encuentran en la lista de actividades de complejidad media pertenecientes a los niveles 'aplicar' y 'analizar', según el enfoque de la Taxonomía Digital de Bloom aplicada al contexto de integración de las TIC propuesto por Iglesias (2009). También se identificaron actividades de menor complejidad cognitiva y actividades de mayor complejidad. La identificación de actividades en diferentes niveles de cognición demuestra la preocupación de los docentes en la elección de actividades que promuevan el desarrollo intelectual y el pensamiento crítico, observando que la perspectiva teórica que subyace a las prácticas docentes tiende a ser constructivista (e.g.COSTA, 2008; JONASSEN, 2000; PAPERT, 2008; PRENSKY, 2010). En cuanto a los contenidos abordados en la enseñanza de la cartografía con tecnologías digitales, se verifica que la localización de fenómenos en el espacio geográfico a través de coordenadas geográficas y la lectura e interpretación de documentos cartográficos son los contenidos más presentes en el discurso de los entrevistados y en los documentos investigados, respectivamente. Se observa que las diferencias de escala y la representación del relieve también se identificaron en el discurso de los profesores entrevistados. Cabe mencionar que los contenidos cubiertos están previstos en la PSD de Geografía del 1er año de Bachillerato de la SCMB, un documento guía para el desarrollo de los contenidos y objetivos deseados por el docente (DEPA, 2016). En cuanto a las herramientas digitales utilizadas en la enseñanza de la cartografía, se verifica que Google Earthy Google Maps, también llamados webcartografía (OLIVEIRA;
image/svg+xmlArtur Cunha Nogueira de OLIVEIRA y Joana VIANA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811809 NASCIMENTO, 2017), son las herramientas más utilizadas. Di Maio (2013, p. 80) señala que estas herramientas "fomentan nuevas formas de conocimiento y acciones y su inclusión proporciona impactos positivos en las prácticas docentes escolares, incluso a favor de la ciudadanía, dada la gran cantidad de datos disponibles con acceso gratuito en la web". En cuanto a las estrategias adoptadas en la enseñanza de la cartografía con tecnologías digitales, se concluye que las clases de exhibición para la introducción del tema y las actividades prácticas con el uso del teléfono celular y/o el uso del laboratorio de computación son estrategias más utilizadas. También cabe destacar que la organización de los alumnos suele darse en grupos. Con respecto a las percepciones de los docentes sobre el uso de las tecnologías digitales en la enseñanza de la cartografía, es posible concluir que las tecnologías digitales facilitan principalmente la comprensión de las representaciones cartográficas por parte de los estudiantes, resignificando "el acto de aprendizaje y el proceso de construcción del conocimiento debido a las posibilidades proporcionadas" (PEREIRA; KUENZER; TEIXEIRA, 2019, p. 4). Se verifica que los docentes tienen una visión muy favorable sobre las tecnologías digitales, con énfasis en su papel de apoyo en el proceso de enseñanza-aprendizaje de los propios estudiantes, haciéndolos más críticos y productivos en la construcción del conocimiento (COSTA et al.,2012; JONASSEN, 2000; PRESNKY, 2010). En cuanto a las prácticas de enseñanza-aprendizaje de la cartografía con tecnologías digitales, se encontró que el contexto de la enseñanza a distancia permitió una profundización de los contenidos, debido al uso de las tecnologías como recurso de investigación por parte de los estudiantes durante la realización de las actividades. Con el desarrollo del estudio, se encontró que los docentes entrevistados aprovechan el potencial de las tecnologías digitales a partir de prácticas diversificadas, denotando la voluntad y motivación para el uso de las tecnologías digitales en la enseñanza de la cartografía. Como sugerencia para futuros estudios, se propone la continuidad de la investigación con docentes de las regiones no cubiertas en este estudio, así como la observación directa de las prácticas en el aula.
image/svg+xmlUso de tecnologías digitales en la enseñanza de cartografía en el Sistema Colegio Militar de Brasil RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811810 REFERENCIAS AMADO, J. Manual de investigação qualitativa em educação.Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2013. BARDIN, L. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2016. BATISTA, N. L. Cartografia escolar, multimodalidade e multiletramentos para o ensino de geografia na contemporaneidade.2019. Tese (Doutorado em Geografia) Centro de Ciências Naturais e Exatas, Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, 2019. Disponible en: https://repositorio.ufsm.br/handle/1/19065. Acceso: 22 feb. 2021. BLOOM, S. B. (ed.). Taxonomy of Educational Objectives:The Classification of Educational Goals: Handbook I, Cognitive Domain. Michigan: Longmans, 1956. BRASIL. Portaria n. 042-Cmt Ex, de 2 de fevereiro de 2008. Regulamento dos Colégios Militares (R-69). Brasília, DF: Exército Brasileiro, 2008. BRASIL. Portaria n. 742-Cmt Ex, de 21 de julho de 2014. Regulamento da Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial. Brasília, DF: Exército Brasileiro, 2014. CANTO, T. S. Tecnologia e Cartografia Escolar. Salto para o futuro, Rio de Janeiro, out. 2011. CAPEL, H. Filosofía y Ciencia en la geografía Contemporánea: Una Introducción a la Geografía. Barcelona: Barcanova, 1981. CHURCHES, A. Bloom's Digital Taxonomy. p. 1-44, 2009. Disponível em https://www.researchgate.net/publication/228381038_Bloom's_Digital_Taxonomy. Acesso em: 04 feb. 2020. COSTA, F. A.A utilização das TIC em contexto educativo: Representações e práticas de professores. 2008. Tese (Doutorado em Ciências da Educação) Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade de Lisboa, Portugal, 2008. Disponible en: https://pt.slideshare.net/fcosta/tese-costaf2008ti-cemcontextoeducativo. Acceso: 08 feb. 2021. COSTA, F. A. et al. Repensar as TIC na Educação: O Professor como Agente Transformador. Lisboa: Santillana, 2012. COSTA, F. A. et al. Desenho de Atividades de Aprendizagem baseado no Conceito de Aprender com Tecnologias. In: CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE TIC NA EDUCAÇÃO CHALLENGES, 10., 2017, Braga. Anais[…]. Braga, Portugal: Universidade do Minho, 2017. DI MAIO, A. C. Geotecnologias digitais no ensino médio: Avaliação Prática de seu Potencial. 2004. Tese (Doutorado em Geografia) Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, São Paulo, 2004. Disponible en: https://repositorio.unesp.br/handle/11449/100075. Acceso el: 05 marzo 2021.
image/svg+xmlArtur Cunha Nogueira de OLIVEIRA y Joana VIANA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811811 DI MAIO, A. C. Ensinar Cartografia no século XXI: O desafio continua. In: COLÓQUIO DE CARTOGRAFIA ESCOLAR PARA CRIANÇAS E ESCOLARES, 8., 2013, São João Del Rei. Anais[…].São João Del Rei, MG: UFSJ, 2013. DEPA. Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial. Plano de Sequências Didáticas - Ensino Médio - 1º ano. Rio de Janeiro: DEPA, 2012. DEPA. Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial. Caderno de Didática do Sistema Colégio Militar do Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: DEPA, 2016. FRANCISCHETT, M. N. A cartografia no ensino-aprendizagem da geografia. Biblioteca on-line de ciências da comunicação, p. 1-12, 2004. Disponible en: http://bocc.ubi.pt/pag/francischett-mafalda-representacoes-cartograficas.pdf. Acceso: 12 marzo 2021. FRANCISCHETT, M. N. A cartografia escolar crítica. Biblioteca on-line de ciências da comunicação, p. 1-14, 2007. Disponible en: http://bocc.ubi.pt/pag/francischett-mafalda-cartografia-escolar-critica.pdf. Acceso el: 23 marzo 2021. GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Atlas Editora, 2008. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Atlas Escolar, 2020. Disponible en: https://atlasescolar.ibge.gov.br/. Acceso: 04 feb. 2020. JONASSEN, D. Computadores, ferramentas cognitivas:Desenvolver o pensamento crítico nas escolas. Porto: Porto Editora, 2000. JUNIOR, L. M.; MARTINS, R. E. M. W.; FROZZA, M. V. C. Potencialidades da ferramenta Google My Maps para o ensino de geografia em Portugal. Revista Eletrônica de Educação,v. 14, p. 1-17, 2020. Disponible en: https://www.researchgate.net/publication/338612912_Potencialidades_da_ferramenta_Google_My_Maps_para_o_ensino_de_geografia_em_Portugal_Google_My_Maps_tool_for_teaching_geography_in_Portugal. Acceso el: 28 marzo 2021. LÔBO, R. N. B. O uso da cartografia digital como ferramenta didática na disciplina Geografia no ensino médio. 2011. Dissertação (Mestrado em Geografia) Faculdade de Filosofia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. Disponible en: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-13072012-112524/en.php. Acceso: 20 marzo 2021. LOURO, D. F. S. A utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação como ferramenta didática no ensino da História e da Geografia. 2016. Dissertação (Mestrado em Ensino da História e da Geografia no 3º Ciclo do Ensino Básico e Secundário) Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa, 2016. Disponible en: https://run.unl.pt/handle/10362/17257. Acceso: 05 abr. 2021. MEDEIROS, J. L. Tecnologias Digitais e Geografia: Um relato de experiência. Revista Brasileira de Educação em Geografia,v. 6, n. 12, p. 246-258, jul./dez. 2016. Disponible en: https://revistaedugeo.com.br/revistaedugeo/article/view/252. Acceso: 17 abr. 2021.
image/svg+xmlUso de tecnologías digitales en la enseñanza de cartografía en el Sistema Colegio Militar de Brasil RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811812 MENEGUETE, A. Por dentro dos produtos Google Geo. 2014. Disponible en: https://www.academia.edu/6666432/Por_dentro_dos_produtos_Google_Geo. Acceso en: 04 feb. 2020. NOGUEIRA, R. E. Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), inclusão e cartografia escolar. Revista Geografares, v. 12, p. 228-257, jul. 2012. Disponible en: https://periodicos.ufes.br/geografares/article/view/3194. Acceso: 16 mayo 2021. OLIVEIRA, E. A.; OLIVEIRA, R. C. S. O Uso do Aplicativo LandscapAR como Recursos Pedagógico para o Ensino de Geografia. Revista Geosaberes,v. 10, n. 22, p. 100-114, set. 2019. Disponible en: https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/54069. Acceso: 19 marzo 2021. OLIVEIRA, I. J.; NASCIMENTO, D. T. F. As Geotecnologias e o Ensino de Cartografia nas Escolas: Potencialidades e restrições. Revista Brasileira de Educação Em Geografia,v. 7, n. 13, p. 158-172, 2017. Disponible en: https://www.revistaedugeo.com.br/index.php/revistaedugeo/article/view/491. Acceso: 18 mayo 2021. PAPERT, S. A máquina das crianças: Repensando a escola na era da Informática. Porto Alegre: Artmed, 2008. PEREIRA, A.; KUENZER, A.; TEIXEIRA, A. Metodologias ativas nas aulas de Geografia no Ensino Médio como estímulo ao protagonismo juvenil. Revista do Centro de Educação (UFSM), v. 44, p. 1-23, 2019. Disponible en: https://www.redalyc.org/journal/1171/117158942075/117158942075.pdf. Acceso: 16 feb. 2021. PRENSKY, M. O papel da tecnologia no ensino e na sala de aula. Conjectura 15, v. 15, n. 2, p. 201-204, 2010. Disponible en: https://philpapers.org/rec/PREOPD. Acceso: 10 abr. 2021. SANTOS, A. M. F. (WEB) Cartografia e Realidade Aumentada: Novos Caminhos Para o Uso das Tecnologias Digitais no Ensino de Geografia.Revista Geosaberes, v. 9, n. 17, p. 1-14, 2018. Disponible en: https://www.redalyc.org/journal/5528/552859736015/552859736015.pdf. Acceso: 25 marzo 2021. SILVA, A. P. A. Potencial pedagógico do sensoriamento remoto nas escolas de educação básica da região metropolitana de Feira de Santana - Bahia. 2013. Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais) Universidade Estadual de Feira de Santana, Bahia, 2013. Disponible en: http://200.128.81.65:8080/handle/tede/266. Acceso: 10 mayo 2021. SILVA F. G. Geotecnologias no ensino de geografia: Livros didáticos e práticas educativas para o ensino médio em Feira de Santana, BA. 2012. Dissertação (Mestrado em Ensino e História de Ciências da Terra) Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2012. Disponible en: https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/858009?guid=1658707209600&returnUrl=%2Fresultado%2Flistar%3Fguid%3D1658707209600%26quantidadePaginas%3D1%26codigoRegistro%3D858009%23858009&i=7. Acceso: 13 abr. 2021.
image/svg+xmlArtur Cunha Nogueira de OLIVEIRA y Joana VIANA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811813 SIMIELLI, M. H. R. Cartografia no ensino fundamental e médio. In: CARLOS, A. F. A. (coord.) A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999. TSOU, M. H. Revisiting web cartography in the United States: The rise of User-Centered Design. Cartography and Geographic Information Science,v. 38, n. 3, p. 250-257, 2011. Disponible en: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1559/15230406382250. Acceso: 26 marzo 2021. Cómo hacer referencia a este artículo OLIVEIRA, A. C. N.; VIANA, J. Uso de tecnologías digitales en la enseñanza de cartografía en el Sistema Colegio Militar de Brasil. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1792-1813, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081 Enviado en: 08/01/2022 Revisiones requeridas en: 19/03/2022 Aprobado en: 26/05/2022 Publicado en: 01/07/2022 Procesamiento y edición: Editora Ibero-Americana de Educação. Corrección, formateo, normalización y traducción.
image/svg+xmlUse of digital technologies in the teaching of cartography in the Military College System in Brazil RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811784 USE OF DIGITAL TECHNOLOGIES IN THE TEACHING OF CARTOGRAPHY IN THE MILITARY COLLEGE SYSTEM IN BRAZIL USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS NO ENSINO DE CARTOGRAFIA NO SISTEMA COLÉGIO MILITAR DO BRASILUSO DE TECNOLOGÍAS DIGITALES EN LA ENSEÑANZA DE CARTOGRAFÍA EN EL SISTEMA COLEGIO MILITAR DE BRASILArtur Cunha Nogueira de OLIVEIRA1Joana VIANA2ABSTRACT: This article presents a study carried out with the purpose of identifying the teaching practices of cartography with digital technologies, characterizing the way in which digital technologies are used by teachers working in geography in the schools of Military College System of Brazil. Based on bibliographical research in scientific databases, practices in the use of digital technologies considered relevant in the teaching of cartography were identified. From the results of this research and with a view to its exploration, semi-directive interviews were carried out with high school teachers. It was found that the interviewed teachers take advantage of the possibilities of digital technologies through different practices and strategies in their use in the teaching of cartography. It is noteworthy that, in addition to fulfilling the educational objectives contained in the curriculum documents, the view of teachers reveals their concern with meaningful learning for their students. KEYWORDS: Digital technologies. Pedagogical practices. Cartography teaching. Military College System of Brazil. High School. RESUMO: Neste artigo apresenta-se um estudo realizado com o propósito de identificar as práticas de ensino de cartografia com tecnologias digitais, caracterizando o modo como são usadas as tecnologias digitais pelos professores atuantes na disciplina de Geografia nos colégios do Sistema Colégio Militar do Brasil. Com base em pesquisa bibliográfica em bancos de dados científicos foram identificadas práticas de uso de tecnologias digitais consideradas relevantes no ensino da cartografia. A partir dos resultados dessa pesquisa e com vista à sua exploração, realizaram-se entrevistas semidirectivas a professores atuantes no 1º ano do Ensino Médio. Verificou-se que os professores entrevistados tiram partido das possibilidades das tecnologias digitais através de diversas práticas e estratégias no seu uso no ensino da cartografia. Destaca-se que além do cumprimento dos objetivos educacionais contidos nos documentos curriculares, a visão dos professores revela a preocupação com uma aprendizagem significativa dos seus alunos. PALAVRAS-CHAVE: Tecnologias digitais. Práticas pedagógicas. Ensino de cartografia. Sistema Colégio Militar do Brasil. Ensino Médio. 1Institute of Education of the University of Lisbon (IE-ULisboa), Lisbon Portugal. Doctorate in Education.ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5581-4237. E-mail:artur.oliveira@campus.ul.pt 2Institute of Education of the University of Lisbon (IE-ULisboa), Lisbon Portugal. Lecturer. PhD in Education. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5939-4401. E-mail: jviana@ie.ulisboa.pt
image/svg+xmlArtur Cunha Nogueira de OLIVEIRA and Joana VIANA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811785 RESUMEN: Este artículo presenta un estudio realizado con propósito de identificar las prácticas de enseñanza de cartografía con tecnologías digitales, caracterizando la forma en que las tecnologías digitales son utilizadas por los docentes que enseñan en la disciplina de geografía en las escuelas del sistema Colégio Militar de Brasil. A partir de la investigación bibliográfica en bases de datos científicas, se identificaron prácticas en el uso de tecnologías digitales consideradas relevantes en la enseñanza de cartografía. A partir de los resultados de esta investigación y con miras a su exploración, se llevaron a cabo entrevistas semidirectivas con docentes que enseñan en 1º año de la educación secundaria. Se verificó que los docentes entrevistados aprovechan las posibilidades de las tecnologías digitales a través de diferentes prácticas y estrategias en su uso en la enseñanza de cartografía. Es de destacar que, además de cumplir con los objetivos educativos contenidos en los documentos curriculares, la mirada de los docentes revela su preocupación por un aprendizaje significativo para sus alumnos. PALABRAS CLAVE: Tecnologías digitales. Prácticas pedagógicas. Enseñanza de cartografía. Sistema de Colegios Militares de Brasil. Educación Secundaria. Introduction In recent years, with the advent of the Internet and its potentialities, the world has experienced a profound revolution in communication and socialization processes, and the educational use of networked digital technologies is also no different, the latter being an object of great relevance in the field of educational research (COSTA et al., 2012). The impact that technologies have on learning depends on how and for what they are used (COSTA et al., 2012). Digital technologies have a high potential from a pedagogical point of view (COSTA et al., 2012; COSTA et al., 2017), and from a learning point of view they can be used as tools for the student's work, assisting and actively involving him/her as a protagonist in the construction of his/her knowledge (e.g. JONASSEN, 2000; PAPERT, 2008). According to Jonassen (2000, p. 21), technologies enhance student learning when they allow "accessing desired information, simulating problems and situations, articulating and representing what students know, reflecting on what they have learned and how they have done it." The present study focuses on the use of digital technologies in the teaching of cartography in the Brazilian Military College System (SCMB in the Portuguese acronym), starting from the following problematizing question: "How do Geography teachers take advantage of the potential that digital technologies have for the teaching of cartography in Basic Education in Military College System in Brazil?" As a strategy to answer the central question, the following research questions were defined: i) which practices with the use of digital technologies are considered relevant in the
image/svg+xmlUse of digital technologies in the teaching of cartography in the Military College System in Brazil RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811786 area of cartography teaching?, ii) what are the teachers' perceptions about the use of digital technologies in cartography teaching?, and iii) what is the teachers' vision about the potential of digital technologies in cartography teaching in relation to traditional technologies? This is a qualitative study (AMADO, 2013), whose methodological design was built and defined in two moments, using different techniques for data collection and analysis: i) documentary analysis of studies found in bibliographic research conducted according to the systematic literature review technique, and ii) interviews with high school teachers from the Military College System in Brazil. In this article we present the practices of cartography teaching with digital technologies developed in Basic Education, characterizing how they are used for cartography teaching by teachers working in the Geography subject in the SCMB schools, identifying strategies and activities developed, contents worked and digital tools used, focusing on the transforming pedagogical potential (COSTA, 2008) that digital technologies can exert in the teaching-learning process. In the search for what the interviewed teachers had to say, immersed in the context of the Covid-19 pandemic, we also tried to identify possible changes in teaching practices in this period. Use of digital technologies in Cartography Teaching Cartographic production is an activity that was and is present in all phases of humanity, since prehistoric times, with the records made in caves by primitive people (IBGE, 2020), until the most recent times, with the use of a wide range of technological resources that facilitate its production and dissemination. According to Capel (1981), the importance of cartography can be settled in the historical context of the Franco-Prussian war (1870), when the French after being defeated by the Germans found that there was a scarce level of knowledge in Geography and in living languages within the high schools, which eventually awakened to a need for reform in education, and Geography was clearly favored in this process of renewal. They promoted changes since primary education, making it mandatory to take geographical excursions, also called "topographical walks", as well as the elaboration of sketches and the previous study of maps and plans. Francischett (2004) states that cartographic language has its importance recognized in the teaching of Geography, because besides being developed the skills related to the understanding of maps, it provides the ability to represent the geographic space.
image/svg+xmlArtur Cunha Nogueira de OLIVEIRA and Joana VIANA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811787 Simielli (1999) structures the main methodological acquisitions (simple, medium and complex) that students between 11 and 17 years of age should acquire when developing cartographic activities (Chart 1). Chart 1 Methodological acquisitions in cartography Simple Acquisitions Average Acquisitions Complex Acquisitions - Know the cardinal points. - Know how to orientate yourself with a with a map. - Finding a point on a map with with the coordinates or with with the index. - Finding the coordinates of a point. - To know how to drive with a a simple plan. - To extract from simple a single series of facts. - Know how to calculate altitude and distance. - Know how to drive with a road map or topographic chart. - Measure a distance on a map with a numerical scale. - Estimate a point on the hypsometric curve. - Analyze the arrangement of topographic shapes. - To analyze a thematic chart representing a single phenomenon (population density, landform, etc.). - Recognize and locate the forms of relief and land use. - Know how to differentiate between slopes. - Know how to recognize and locate types of climate, air masses, vegetation formations, population distribution, industrial and urban centers and others. - Estimate an altitude between two hypsometric curves. - Know how to use a compass. - Correlate two simple charts. - Read a simple regional chart. - Explaining the location of a phenomenon by correlation between two charts. - To create a simple chart from a complex chart. - Draw a regional map with the precise symbols. - Know how to draw a simple regional sketch (with legend provided by the teacher). - Know how to make real hypotheses about the origin of a landscape. - Be able to analyze a thematic map that presents several phenomena. - Know how to extract the fundamental elements of a complex map. Source: Adapted from Hugonie (1992 apud SIMIELLI, 1999, p. 93-108) The teaching of cartography enables the student "to think significantly the knowledge of geographic space through the reading and understanding of cartographic representations [...]" (FRANCISCHETT, 2007, p. 1). Di Maio (2004, p. 13) highlights that "[...] Cartography, in the discipline of Geography, can assume a role of tool or instrument that awakens skills and competences, stimulating in the classroom the students' intelligences". For Canto (2011, p. 29), the digital language applied to cartography allows "map users the possibility of navigating through different forms of expression of geographic contents and select, within a range of predefined options, the information they want to visualize cartographically". Regarding the role of digital technologies, Costa et al. (2012) emphasize that these should be instruments to assist the student in learning, actively involving him as a protagonist in the construction of his knowledge (COSTA et al., 2012). For Jonassen (2000, p. 26), "when students use computers as partners, they offload some of the burden of non-productive memorization tasks onto the computer, which allows them to think more productively." Jonassen (2000) proposes that we should replace the idea of learning from computers or about
image/svg+xmlUse of digital technologies in the teaching of cartography in the Military College System in Brazil RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811788 computers with learning with computers, because while learning from computers and learning about computers mean using computers as merely productive tools, learning with computers means "using the computer as a tool with which to learn" (JONASSEN, 2000, p. 28), that is, computers as cognitive tools. Cognitive tools require students to have critical thinking, because when using computer applications they do so in a meaningful way and representing what they know (JONASSEN, 2000). When reflecting on the learning process, we must take into consideration its complexity. According to Benjamin Bloom (1956), learning occurs under three areas or domains: affective, cognitive, and psychomotor. Bloom's taxonomy (1956) is a tool for understanding the learning process, which orders and classifies the levels of learning, ranging from the least complex to the most complex, and each category is described from a noun (CHURCHES, 2009). Bloom's taxonomy underwent a first revision by Anderson and Krathwohl (2001, apud CHURCHES, 2009). When analyzing how the revised Bloom's taxonomy could be applied to the context of ICT integration, Churches (2009) found that the verbs used no longer meet the goals, processes and actions that are present in this new context, both for teachers, students, as well as almost all the activities we perform daily, and therefore, the need arose for another revision, this time, for a digital version: Bloom's digital taxonomy (Figure 1). Figure 1 Bloom’s Digital Taxonomy- cognitive area3Source: Adapted from Churches (2009) It is worth noting that Bloom's digital taxonomy is not focused on the digital tools and technologies, but rather on the use of the tools as a means to achieve the learning objectives 3Lembrar,Aplicar, Avaliar, Compreender, Analisar, Criar = Remember, Implement, Evaluate, Understand, Analyze, Create; Habilidades de pensamento de nível inferior = Lower-level thinking skills; Habilidades de pensamento de nível superior = Higher-level thinking skills
image/svg+xmlArtur Cunha Nogueira de OLIVEIRA and Joana VIANA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811789 (remember, understand, apply, analyze, evaluate, and create, for the cognitive domain) (CHURCHES, 2009). Pereira, Kuenzer and Teixeira (2019, p. 4) conclude that the use of digital technologies in the teaching of Geography in High School, in addition to providing greater student engagement with the content, encourages youth protagonism and "re-signifies the act of learning and the process of knowledge construction due to the possibilities provided". In the following sections, the context in which the study was carried out, the methodology used, and the sociodemographic characterization of the interviewed teachers will be presented. Subsequently, the results are presented and discussed, culminating with some considerations in the form of conclusions. Background of the study The study carried out is located in the Brazilian Military College Teaching System. The Military Colleges are considered Military Organizations (MO) that function as public educational institutions belonging to the Brazilian Army (BA), directly subordinated to the Directorate of Preparatory and Assistential Education (DEPA in the Portuguese acronym) and are intended to provide basic education in the final years of elementary school (6th to 9th grades) and all of high school (1st to 3rd grades). The central purpose is to train students for entry into military institutions and civilian institutions of higher education (BRAZIL, 2008, 2014). Currently, the colleges are present in fourteen Brazilian cities, in the five regions of the country, in eleven states, and in the Federal District. In the context of the SCMB, the curriculum is materialized as follows: [...]The curriculum is materialized by the Plans of Teaching Sequences (PSD) and is composed of a reference matrix, by cognitive axes, by the philosophical proposals of the Area and of the Disciplines, by the objects of knowledge designated for the school years and by the discursive competence.In the current pedagogical proposal the conception that guides the use of the curriculum is that of an open and flexible perspective, that is, the curriculum can be adjusted and updated [...] (DEPA, 2016, p. 19). The curriculum should be seen as an essential document in the planning, focused on the development of the contents within a didactic sequence, and should be organized according to the objectives intended by the teacher, regarding the learning of their students, as learning activities and assessment (DEPA, 2016). Based on the Didactic Sequence Plan - PSD (DEPA, 2012), the guiding curriculum for teaching in the Teaching System in question, cartography is an object of knowledge planned
image/svg+xmlUse of digital technologies in the teaching of cartography in the Military College System in Brazil RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811790 for the 1st year of high school. Because cartography is one of the ten objects of knowledge provided for the 1st year of high school geography, corresponding to about 10% of what is taught in this grade, we chose to identify what is pertinent to the teaching of cartography. The reading of the PSD regarding the teaching of cartography in the 1st year of Geography is summarized in table 2, with the content topics and their respective details (table 2). It is observed that the teaching of cartography proposed in this curriculum emphasizes the need to master the scale (geographical and cartographic), in order to make a more accurate analysis of geographical phenomena, whether at local, regional, or even global level. The PSD (DEPA, 2012) highlights the reading, interpretation, and making of maps as one of the textual genres necessary for the development of discursive competence, further reinforcing the importance that cartographic documents have in all areas of knowledge. Chart 2 Geography 1st Year High School Didactic Sequences Plan Summary Topic Detailing Philosophical Proposal of the Discipline It is a multidisciplinary science, as it combines the knowledge of multiple disciplines with the methodology of reading and interpreting texts and maps (...). (...) it develops in the student skills and competencies for locating and understanding geographic phenomena (...). Aspects raised about the methodology and didactics of the discipline prepare the student to understand and act in the complex world, problematize, formulate propositions, think and act critically in their reality, promoting students' spatial literacy (...). The mastery of the scale of analysis, as well as the scale of representation, is an important criterion in the study of Geography, and it is essential to always consider its various levels (local, regional and global), so as not to incur in simplistic interpretations of reality. Competences related to the interpretation of cartographic documents will be common to all objects of knowledge. Learning Strategies The mastery of cartographic reading and interpretation is an indispensable condition for the analysis of the phenomena that are distributed in the geographic space. Procedural Understand the mapping process through the spatialization of different themes, elaborate topographic profiles, perform distance and area calculations and identify the geographic coordinates, elaborate conceptual maps, elaborate organizational charts (...). Textual Genres Maps, charts, infographics (...) Discursive Skills Students should have opportunities, based on their reading of texts, to correctly use and understand words and phrases that describe contexts such as: location, geography, landscape, place, territory, region, scale, cartography, among others.
image/svg+xmlArtur Cunha Nogueira de OLIVEIRA and Joana VIANA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811791 Skills GSE1 - Reading, analysing and interpreting the specific codes of Geography (maps, graphs, tables etc.), considering them as elements for representing spatial or spatialised facts and phenomena. GS2 - Recognize and apply the use of cartographic and geographical scales as ways of organizing and knowing the location, distribution and frequency of natural and human phenomena. GS5 - Reflect, compare and use the data recorded through graphs, tables and maps. GS6 - Knowing the fundamentals of scale and above all knowing how to use it appropriately, both for the preparation of documents - maps, tables and graphs - and for the analysis of geographical space. Source: Adapted from DEPA (2012) Methodology The methodology, of qualitative approach, used for this study was based, in a first moment, on i) documentary analysis of publications obtained in the literature search on practices of cartography teaching with use of digital technologies, using the systematic literature review, and, in a second moment, in ii) characterization of the perceptions of teachers who work in secondary education in military colleges on the use of digital technologies in cartography teaching, obtained through semi-directive interviews. According to Cohen, Manion and Morrison (2006, apud AMADO, 2013, p. 212), "the combination of research methods allows us to judge the coherence or incoherence of the results”. In the interviews, we sought to confront the data obtained in the documentary analysis, trying to find out what teachers had to say, using the semi-directive interview technique in the auscultation of Geography teachers who work in the 1st year of high school. In the bibliographic research, we sought to identify documents that dealt with the integration of digital technologies in the teaching of cartography in order to build a representative framework that would allow a rigorous analysis of the practices of cartography teaching with the use of digital technologies and, consequently, to establish a relationship between the documents produced about the theme and the objectives of the Geography curriculum of the 1st year of High School at the SCMB. For the development of the bibliographic research, we opted for the literature search and review indicated by Gil (2008), identifying, locating, analyzing and including in this work the documents researched from the pre-established criteria in chart 3.
image/svg+xmlUse of digital technologies in the teaching of cartography in the Military College System in Brazil RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811792 Chart 3 Search criteria in scientific databases DatabaseCriteriaSearch ExpressionPublication periodSearched fieldsTypes of SourcesBrazilian Digital Library of Theses and Dissertations Open Access Scientific Repository of Portugal Institutional repository of the University of Lisbon Academic Search Complete EducationSource SciELO Abstract Articles, dissertations and theses (teaching) AND (cartography OR geography) AND (technologies) 2010 to 2020 Source: Prepared by the authors (2022) During the search in the databases, 232 documents were found (articles, dissertations and theses). Concomitant to the survey, the abstracts were read in order to confirm the relevance and clarity regarding the object of study, and 222 documents were excluded for not meeting the intended requirements, i.e., publications that did not refer to the teaching of cartography in basic education, specifically in Secondary Education. At the end of the screening stage it was possible to obtain complete access to 10 documents published over the various years of the decade considered, 5 articles, 4 master's dissertations and 1 doctoral thesis, according to chart 4. Chart 4 Documents from the literature search4Author(s)YearTitleTypeCountry1 Batista, N. L. 2019 Cartografia escolar, multimodalidade e multiletramentos para o ensino de geografia na contemporaneidade Theses Brazil 2 Junior, L. M. & Martins, R. E. M. W. &Frozza, M. V. C. 2020 Potencialidades da ferramenta Google My Maps para o ensino de geografia em Portugal Article Portugal 4Translator's note: We have chosen to keep the original name of the Brazilian Portuguese language researches
image/svg+xmlArtur Cunha Nogueira de OLIVEIRA and Joana VIANA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811793 3 Lôbo, R. N. B. 2011 O uso da cartografia digital como ferramenta didática na disciplina Geografia no ensino médio Dissertation Brazil 4 Louro, D. F. dos S. 2016 A utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação como ferramenta didática no ensino da História e da Geografia Dissertation Portugal 5 Medeiros, J. L. 2016 Tecnologias Digitais e Geografia: um relato de experiência. Article Brazil 6 Nogueira, R. E. 2012 Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), inclusão e cartografia escolar Article Brazil 7 Oliveira, E. A. & Oliveira, R. C. S. 2019 O Uso do Aplicativo LandscapAR Como Recurso Pedagógico Para o Ensino de Geografia Article Brazil 8 Santos, A. M. F 2018 (WEB) Cartografia e Realidade Aumentada: Novos Caminhos para o Uso das Tecnologias Digitais no Ensino da Geografia Article Brasil 9 Silva, A. P. A. d. 2013 Potencial pedagógico do sensoriamento remoto nas escolas de educação básica da região metropolitana de Feira de Santana - Bahia Dissertation Brasil 10 Silva, F. G. 2012 Geotecnologias no ensino de geografia: Livros didáticos e práticas educativas para o ensino médio em Feira de Santana, BA Dissertation Brasil Source: Prepared by the authors (2021)To conduct the interviews, a script was built, "a fundamental instrument for the correct and useful conduct of the interview" (AMADO, 2013, p. 215). Sources from the literature review regarding the object of study were used, in addition to the results from the documentary analysis of the bibliographic research conducted in the previous step, as provided by Amado (2013). The interviews with teachers aimed to characterize the perceptions of teachers about the use of digital technologies in cartography teaching; describe the practices that teachers say they adopt when using digital technologies in cartography teaching, highlighting the activities, strategies, content covered and digital tools used in the classes; and, finally, identify the teachers' vision about the potential of digital technologies in cartography teaching in relation to traditional technologies. Given the conjuncture of the covid-19 pandemic, which was indisputably present in all sectors of society, including education, there was a need to identify possible changes that occurred in the pedagogical practices of teachers during this period.
image/svg+xmlUse of digital technologies in the teaching of cartography in the Military College System in Brazil RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811794 The interviews were carried out with Geography teachers who teach cartography in the 1st year of High School at the Military Colleges. The interviewed teachers teach in one of the schools in the North, Northeast and South regions of Brazil. The interviews with the teachers took place in July 2020 by videoconference, using the Zoom and Google Meet applications, and only the audio of the interviews was recorded, after authorization from the interviewees. It is worth mentioning that ethical principles and guidelines were respected and complied with during the research, having the favorable opinion of the Ethics Committee of the Institute of Education of the University of Lisbon (no. 545 of February 3, 2010) for this research. The protection and privacy of participants were ensured, maintaining the confidentiality of information. For data analysis, the categorical analysis technique was used (BARDIN, 2016). For the analysis of the documents that resulted from the literature search, we proceeded to identify elements in common in all studies that were organized into a system of categories of their own, while considering the qualities of mutual exclusion, homogeneity, relevance, objectivity, fidelity and productivity (BARDIN, 2016). We sought to identify the elements that described the practices of cartography teaching with the use of digital technologies and, subsidized by the theoretical contribution, the following categories were defined: strategies, activities, content and digital tools. For the process of content analysis of the interviews, we chose the closed procedure (AMADO, 2013), proceeding to the categorization of the elements that describe the teaching practices with technologies adopted by teachers, from a system of previous categories. Sociodemographic characterization of the interviewed teachers In terms of academic background, all the interviewed teachers have a degree in Geography and at least one specialization and/or master's degree. Two male teachers and one female teacher were interviewed, all belonging to the military teaching staff. The teachers have a level of experience ranging between 8 and 33 years teaching Geography. Presentation and discussion of results In this section we will present the results based on the comparative analysis of the results of the analysis of the publications obtained in the literature search and the interviews for each of the dimensions and categories.
image/svg+xmlArtur Cunha Nogueira de OLIVEIRA and Joana VIANA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811795 Use of digital technologies in teaching According to the perceptions of the interviewed teachers, technologies provide approximation for the student in his relationship with reality, as well as in the student-teacher relationship. Regarding the perceptions about the contributions of digital technologies to learning, it can be observed that teachers highlight the speed of access to information and the achievement of results when technologies are used for learning, in addition to the possibility of using technologies as a reinforcement to what is taught in the classroom, reinforcing that technologies should be a tool to assist the student in learning, actively involving him as a protagonist in the construction of his knowledge (COSTA et al., 2012). Use of digital technologies in teaching cartography Regarding the view on the use of digital technologies in the teaching of cartography, teachers see digital technologies as essential for cartography and consider that they facilitate the understanding of cartographic representations by students. These results corroborate what Silva, Antunes, and Painho (1996, apud DI MAIO, 2004, p. 44) advocate when they describe that geotechnologies: They contribute to the development of knowledge in Geography and of graphic skills, since they enable the location of geographical elements, the perception of scale changes and their reflection in a problem, through multiple spatial representations of the phenomena (SILVA; ANTUNES; PAINHO, 1996 apud DI MAIO, 2004, p. 44). Regarding the teaching-learning practices with digital technologies for the teaching of cartography, in which we seek to characterize how digital technologies are used by teachers, we present the results organized into six subcategories, namely: (i) activities performed by students with digital technologies to learn cartography, (ii) cartography contents worked with the use of digital technologies, (iii) digital tools used, (iv) strategies used in the teaching-learning of cartography with digital technologies, (v) forms of social organization of students in the activities with the use of digital technologies to work the knowledge of cartography, and (vi) use of digital technologies in the evaluation of learning in cartography. Among the activities performed, teachers highlight the measurement of distance from a scale and the location of phenomena in geographic space through geographic coordinates as the activities most performed by students. In the documents surveyed, it was observed that measuring distance from a scale was the activity with the highest occurrence (N=4). The
image/svg+xmlUse of digital technologies in the teaching of cartography in the Military College System in Brazil RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811796 activities of exploration of satellite images and localization of phenomena in geographic space through geographic coordinates had the same number of occurrence (N=3) each. The activities performed promote learning through the acquisition of knowledge at different levels of complexity ranging from understanding, application of acquired knowledge, analysis, to creation/elaboration (CHURCHES, 2009). In this sense, it is observed a higher occurrence of activities related to the application/mobilization of knowledge considered of medium complexity, according to Bloom's digital taxonomy (CHURCHES, 2009). Regarding the content, the location of phenomena in geographic space through geographic coordinates is the content most worked by teachers. Then, the reading and interpretation of cartographic documents and notions of scale were the most addressed contents. In the surveyed documents, it was observed a higher occurrence of reading and interpretation of cartographic documents (N=5). Four studies emphasize the teaching of notions of scale. Next was the localization of phenomena in geographic space by means of geographic coordinates (N=3), then the elaboration of cartographic documents (N=2) and the representation of the landform (N=2). The contents identified in the results are consistent with critical reading skills and conscious mapping for a high school student and are in accordance with the methodological acquisitions that the age group should acquire in cartography, as described by Simielli (1999). The complex acquisitions represent most of the surveyed contents, while the medium acquisitions and the simple acquisitions represent the contents identified by the teachers. As for the digital tools used, it is observed that only two tools were indicated by the teachers. Google Earth is used by two teachers and Google Maps is used by one teacher. In the surveyed documents, Google Earth is the most used tool (N=5). This is followed by the Google Maps tool (N=3), then the "LabTate Portal" tool (N=1), the LandsacpAR tool (N=1) and QGIS (N=1). Meneguete (2014, p. 25) highlights that Google Geo products constitute a "powerful set of educational tools" because they are easy to use and share. These tools are technologies called "webcartography" (OLIVEIRA; NASCIMENTO, 2017). According to Tsou (2011, p. 250), webcartography "is the new medium of maps, changing cartographic representation from paper and desktop GIS to distributed, user-centered, mobile, and real-time geospatial information services5. Webcartography tools present several criteria, such as computer-based tools, available applications, affordability, knowledge construction, generalization, critical thinking, transferable learning, simple and powerful formalism, and 5Webcartography is a new way of representing maps, no longer as traditional as printed maps, but as user-centered, real-time representations of geospatial information.
image/svg+xmlArtur Cunha Nogueira de OLIVEIRA and Joana VIANA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811797 easy to learn which, according to Jonassen (2000), serve as indicators to evaluate whether an application can be classified as a cognitive tool. For Jonassen (2000, p. 33), cognitive tools are "knowledge representation tools that use computer application" and should be regarded as "intellectual partners that facilitate knowledge construction and reflection by students." As for the strategies used in the teaching-learning of cartography with digital technologies, it is observed that two teachers organize their classes starting with an expository moment and, in the second moment, with the realization of practical activities. The third teacher is different from the others, for besides starting with an expository-dialogical class, he uses the laboratory to perform the practical activity. In the researched documents, in half of the reported studies (N=4), the classes start with the presentation of the topic, the key concepts and the specificities of each of the digital tools that are later used in the practical activity. The introduction activity to the theme, through the expositive and dialogical class technique, approaching and discussing the key concepts in a dialogical way, values the students' participation (N=2). Regarding practical activities, half of the studies analyzed (N=5) chose to perform practical activities using the computer lab. In two studies practical activities were carried out with the use of a smartphone in the classroom. Regarding the forms of social organization of students in activities using digital technologies to work with cartographic knowledge, it was observed that two of the three teachers prioritized organizing students in group and/or pair activities and one teacher prioritized individual activities. It is also observed that in seven studies analyzed were reported that the suggested activities were performed in groups. Potentialities of digital technologies in teaching cartography It can be observed that teachers present different visions, ranging from the instantaneity and speed that digital technologies provide when working different levels of cartographic and geographic analysis, to the potential that technologies have in helping the student to search for more in-depth cartographic information, to the potential of the practice of cartographic production when digital technologies are used. These visions demonstrate the potential of digital technologies for the teaching of cartography. The different views of teachers converge on the role of technology in teaching and in the classroom, allowing students to "think more productively” (JONASSEN, 2000, p. 26).
image/svg+xmlUse of digital technologies in the teaching of cartography in the Military College System in Brazil RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811798 Teaching in the Context of the COVID-19 Pandemic Regarding the identified changes in teaching practices caused by the pandemic of COVID-19 compared to teaching-learning practices in previous years, all teachers reported that there were changes caused by the pandemic. One teacher started to record video lessons to present the contents. Another teacher reported that she started to hold synchronous classes and that they have been very productive. A third teacher pointed out that there was a decrease in student-teacher interaction, because with the implementation of the virtual learning environment as a teaching platform during the closing of the school, many students were unable to interact in this environment. Regarding the changes identified in the teaching-learning practices of cartography with digital technologies, we observed different reports from the teachers. One teacher taught cartography classes before the pandemic, so he reported that there was no change. Another teacher emphasized that the pandemic affected teaching and learning, considering that the planning of the classes was prior to the pandemic and the exemplification of the activities that were previously thought and planned to be face-to-face, needed to be adapted to the remote mode. A third teacher emphasized that in the context of the pandemic there was a deepening of the cartography contents, since the students were immersed in the remote teaching context with the use of digital technologies, and therefore researched more about the subjects. Conclusions In the search for the answer to the central question "How do Geography teachers take advantage of the potential that digital technologies have for the teaching of cartography in Basic Education in Military Education System in Brazil?" and its specific questions, some final considerations are presented in the form of conclusions, based on the theoretical framework and the results found, both from the analysis of the documents referring to the studies carried out in this field between 2010 and 2020, and in the interviews made to the teachers. The practices of teaching cartography with digital technologies identified in the results of studies carried out in this area and described by the interviewed teachers proved to be quite diverse. With regard to the activities developed in the teaching of cartography with digital technologies, we highlight the activities of measuring distance from a scale and the location of phenomena in geographic space through geographic coordinates. These are in the list of activities of medium complexity belonging to the levels 'apply' and 'analyze', according to the
image/svg+xmlArtur Cunha Nogueira de OLIVEIRA and Joana VIANA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811799 approach of Bloom's Digital Taxonomy applied to the context of ICT integration proposed by Churches (2009). Activities of lower cognitive complexity and activities of higher complexity were also identified. The identification of activities at different levels of cognition demonstrates the teachers' concern in the choice of activities that promote intellectual development and critical thinking, noting that the theoretical perspective underlying the teaching practices tends to be constructivist (e.g.COSTA, 2008; JONASSEN, 2000; PAPERT, 2008; PRENSKY, 2010). As for the contents addressed in the teaching of cartography with digital technologies, it is verified that the location of phenomena in geographic space through geographic coordinates and the reading and interpretation of cartographic documents are the contents most present in the interviewees' speech and in the researched documents, respectively. It is observed that the notions of scale and the representation of relief were also identified in the speeches of the interviewed teachers. It is worth noting that the contents addressed are provided for in the SCMB's 1st year High School Geography PSD, a guiding document for the development of the contents and objectives intended by the teacher (DEPA, 2016). As for the digital tools used in cartography teaching, it is verified that Google Earth and Google Maps, also called webcartography (OLIVEIRA; NASCIMENTO, 2017), are the most used tools. Di Maio (2013, p. 80) highlights that these tools "encourage new forms of knowledge and actions and their inclusion provides positive impacts on school teaching practices, including in favor of citizenship, in view of the large amount of data available with free access on the web'". As for the strategies adopted in the teaching of cartography with digital technologies, we conclude that the expositive lessons for the introduction of the theme and the practical activities with the use of cell phones and/or the use of the computer lab are the most used strategies. It is also noteworthy that the organization of the students usually occurs in groups. Regarding the teachers' perceptions of the use of digital technologies in cartography teaching, it is possible to conclude that digital technologies facilitate, primarily, the understanding of cartographic representations by students, giving new meaning to "the act of learning and the process of knowledge construction due to the possibilities provided" (PEREIRA; KUENZER; TEIXEIRA, 2019, p. 4). It is verified that teachers have a very favorable view about digital technologies, highlighting their role as support in the teaching-learning process of the students themselves, making them more critical and productive in the construction of knowledge (COSTA et al.2012; JONASSEN, 2000; PRESNKY, 2010).
image/svg+xmlUse of digital technologies in the teaching of cartography in the Military College System in Brazil RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811800 In relation to the teaching-learning practices of cartography with digital technologies, it was found that the context of remote teaching allowed a deepening of the contents, due to the use of technologies as a research resource by the students while performing the activities. With the development of the study, it was verified that the interviewed teachers take advantage of the potential of digital technologies from diversified practices, denoting willingness and motivation for the use of digital technologies in the teaching of cartography. As a suggestion for future studies, it is proposed to continue the research with teachers from regions not covered in this study, as well as the direct observation of classroom practices. REFERENCES AMADO, J. Manual de investigação qualitativa em educação.Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2013. BARDIN, L. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2016. BATISTA, N. L. Cartografia escolar, multimodalidade e multi letramentos para o ensino de geografia na contemporaneidade.2019. Tese (Doutorado em Geografia) Centro de Ciências Naturais e Exatas, Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, 2019. Available at: https://repositorio.ufsm.br/handle/1/19065. Access on: 22 Feb. 2021. BLOOM, S. B. (ed.). Taxonomy of Educational Objectives:The Classification of Educational Goals: Handbook I, Cognitive Domain. Michigan: Longmans,1956. BRAZIL. Portaria n. 042-Cmt Ex, de 2 de fevereiro de 2008. Regulamento dos Colégios Militares (R-69). Brasília, DF: Exército Brasileiro, 2008. BRAZIL. Portaria n. 742-Cmt Ex, de 21 de julho de 2014. Regulamento da Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial. Brasília, DF: Exército Brasileiro, 2014. CANTO, T. S. Tecnologia e Cartografia Escolar. Salto para o futuro, Rio de Janeiro, out. 2011. CAPEL, H. Filosofía y Ciencia en la geografía Contemporánea: Una Introducción a la Geografía. Barcelona: Barcanova, 1981. CHURCHES, A. Bloom's Digital Taxonomy. p. 1-44, 2009. Available at https://www.researchgate.net/publication/228381038_Bloom's_Digital_Taxonomy. Access on: 04 Feb. 2020. COSTA, F. A.A utilização das TIC em contexto educativo: Representações e práticas de professores. 2008. Tese (Doutorado em Ciências da Educação) Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade de Lisboa, Portugal, 2008. Available at: https://pt.slideshare.net/fcosta/tese-costaf2008ti-cemcontextoeducativo. Access on: 08 Feb. 2021.
image/svg+xmlArtur Cunha Nogueira de OLIVEIRA and Joana VIANA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811801 COSTA, F. A. et al. Repensar as TIC na Educação: O Professor como Agente Transformador. Lisboa: Santillana, 2012. COSTA, F. A. et al. Desenho de Atividades de Aprendizagem baseado no Conceito de Aprender com Tecnologias. In: CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE TIC NA EDUCAÇÃO CHALLENGES, 10., 2017, Braga. Anais[…]. Braga, Portugal: Universidade do Minho, 2017. DI MAIO, A. C. Geotecnologias digitais no ensino médio: Avaliação Prática de seu Potencial. 2004. Tese (Doutorado em Geografia) Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, São Paulo, 2004. Available at: https://repositorio.unesp.br/handle/11449/100075. Access on: 05 Mar. 2021. DI MAIO, A. C. Ensinar Cartografia no século XXI: O desafio continua. In: COLÓQUIO DE CARTOGRAFIA ESCOLAR PARA CRIANÇAS E ESCOLARES, 8., 2013, São João Del Rei. Anais[…].São João Del Rei, MG: UFSJ, 2013. DEPA. Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial. Plano de Sequências Didáticas - Ensino Médio - 1º ano. Rio de Janeiro: DEPA, 2012. DEPA. Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial. Caderno de Didática do Sistema Colégio Militar do Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: DEPA, 2016. FRANCISCHETT, M. N. A cartografia no ensino-aprendizagem da geografia. Biblioteca on-line de ciências da comunicação, p. 1-12, 2004. Available at: http://bocc.ubi.pt/pag/francischett-mafalda-representacoes-cartograficas.pdf. Access on: 12 Mar. 2021. FRANCISCHETT, M. N. A cartografia escolar crítica. Biblioteca on-line de ciências da comunicação, p. 1-14, 2007. Available at: http://bocc.ubi.pt/pag/francischett-mafalda-cartografia-escolar-critica.pdf. Access on: 23 Mar. 2021. GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Atlas Editora, 2008. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Atlas Escolar, 2020. Available at: https://atlasescolar.ibge.gov.br/. Access on: 04 Feb. 2020. JONASSEN, D. Computadores, ferramentas cognitivas: Desenvolver o pensamento crítico nas escolas. Porto: Porto Editora, 2000. JUNIOR, L. M.; MARTINS, R. E. M. W.; FROZZA, M. V. C. Potencialidades da ferramenta Google My Maps para o ensino de geografia em Portugal. Revista Eletrônica de Educação,v. 14, p. 1-17, 2020. Available at: https://www.researchgate.net/publication/338612912_Potencialidades_da_ferramenta_Google_My_Maps_para_o_ensino_de_geografia_em_Portugal_Google_My_Maps_tool_for_teaching_geography_in_Portugal. Access on: 28 Mar. 2021. LÔBO, R. N. B. O uso da cartografia digital como ferramenta didática na disciplina Geografia no ensino médio. 2011. Dissertação (Mestrado em Geografia) Faculdade de
image/svg+xmlUse of digital technologies in the teaching of cartography in the Military College System in Brazil RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811802 Filosofia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. Available at: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-13072012-112524/en.php. Access on: 20 Mar. 2021. LOURO, D. F. S. A utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação como ferramenta didática no ensino da História e da Geografia. 2016. Dissertação (Mestrado em Ensino da História e da Geografia no 3º Ciclo do Ensino Básico e Secundário) Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa, 2016. Available at: https://run.unl.pt/handle/10362/17257. Access on: 05 Apr. 2021. MEDEIROS, J. L. Tecnologias Digitais e Geografia: Um relato de experiência. Revista Brasileira de Educação em Geografia,v. 6, n. 12, p. 246-258, jul./dez. 2016. Available at: https://revistaedugeo.com.br/revistaedugeo/article/view/252. Access on: 17 Apr. 2021. MENEGUETE, A. Por dentro dos produtos Google Geo. 2014. Available at: https://www.academia.edu/6666432/Por_dentro_dos_produtos_Google_Geo. Access on: 04 Feb. 2020. NOGUEIRA, R. E. Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), inclusão e cartografia escolar. Revista Geografares, v. 12, p. 228-257, jul. 2012. Available at: https://periodicos.ufes.br/geografares/article/view/3194. Access on: 16 May 2021. OLIVEIRA, E. A.; OLIVEIRA, R. C. S. O Uso do Aplicativo LandscapAR como Recursos Pedagógico para o Ensino de Geografia. Revista Geosaberes,v. 10, n. 22, p. 100-114, set. 2019. Available at: https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/54069. Access on: 19 Mar. 2021. OLIVEIRA, I. J.; NASCIMENTO, D. T. F. As Geotecnologias e o Ensino de Cartografia nas Escolas: Potencialidades e restrições. Revista Brasileira de Educação Em Geografia,v. 7, n. 13, p. 158-172, 2017. Available at: https://www.revistaedugeo.com.br/index.php/revistaedugeo/article/view/491. Access on: 18 May 2021. PAPERT, S. A máquina das crianças: Repensando a escola na era da Informática. Porto Alegre: Artmed, 2008. PEREIRA, A.; KUENZER, A.; TEIXEIRA, A. Metodologias ativas nas aulas de Geografia no Ensino Médio como estímulo ao protagonismo juvenil. Revista do Centro de Educação (UFSM), v. 44, p. 1-23, 2019. Available at: https://www.redalyc.org/journal/1171/117158942075/117158942075.pdf. Access on: 16 Feb. 2021. PRENSKY, M. O papel da tecnologia no ensino e na sala de aula. Conjectura 15, v. 15, n. 2, p. 201-204, 2010. Available at: https://philpapers.org/rec/PREOPD. Access on: 10 Apr. 2021. SANTOS, A. M. F. (WEB) Cartografia e Realidade Aumentada: Novos Caminhos Para o Uso das Tecnologias Digitais no Ensino de Geografia.Revista Geosaberes, v. 9, n. 17, p. 1-14, 2018. Available at: https://www.redalyc.org/journal/5528/552859736015/552859736015.pdf. Access on: 25 Mar. 2021.
image/svg+xmlArtur Cunha Nogueira de OLIVEIRA and Joana VIANA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811803 SILVA, A. P. A. Potencial pedagógico do sensoriamento remoto nas escolas de educação básica da região metropolitana de Feira de Santana - Bahia. 2013. Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais) Universidade Estadual de Feira de Santana, Bahia, 2013. Available at: http://200.128.81.65:8080/handle/tede/266. Access on: 10 May 2021. SILVA F. G. Geotecnologias no ensino de geografia: Livros didáticos e práticas educativas para o ensino médio em Feira de Santana, BA. 2012. Dissertação (Mestrado em Ensino e História de Ciências da Terra) Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2012. Available at: https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/858009?guid=1658707209600&returnUrl=%2Fresultado%2Flistar%3Fguid%3D1658707209600%26quantidadePaginas%3D1%26codigoRegistro%3D858009%23858009&i=7. Access on: 13 Apr. 2021. SIMIELLI, M. H. R. Cartografia no ensino fundamental e médio. In: CARLOS, A. F. A. (coord.) A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999. TSOU, M. H. Revisiting web cartography in the United States: The riseof User-Centered Design. Cartography and Geographic Information Science,v. 38, n. 3, p. 250-257, 2011. Available at: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1559/15230406382250. Access on: 26 Mar. 2021.
image/svg+xmlUse of digital technologies in the teaching of cartography in the Military College System in Brazil RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160811804 How to reference this article OLIVEIRA, A. C. N.; VIANA, J. Use of digital technologies in the teaching of cartography in the Military College System in Brazil. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1784-1804, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16081 Submitted: 08/01/2022 Revisions required: 19/03/2022 Approved: 26/05/2022 Published: 01/07/2022, Processing and publishing by the Editora Ibero-Americana de Educação. Correction, formatting, standardization and translation.