image/svg+xmlA satisfação acadêmica no contexto do ensino superior brasileiroRIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1558-1576, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16088 1558 ASATISFAÇÃOACADÊMICANOCONTEXTODO ENSINO SUPERIOR BRASILEIROLA SATISFACCIÓN ACADÉMICA EN EL CONTEXTO DE LA EDUCACIÓN SUPERIOR BRASILEÑAACADEMIC SATISFACTION IN THE CONTEXT OF BRAZILIAN HIGHER EDUCATIONAndreia OSTI1Leandro da Silva ALMEIDA2RESUMO: O artigo trata sobre a temática da satisfação acadêmica no Ensino Superior brasileiro. O tema tem sido amplamente estudado em âmbito internacional em decorrência da ampliação do ensino superior e do aumento da diversidade de estudantes na universidade. Buscou-se explorar, na produção nacional, quais são os trabalhos publicados que tratam sobre a temática da satisfação acadêmica na área educacional e discutir quais resultados vêm sendo encontrados. Metodologicamente, a pesquisa qualitativa bibliográfica foi direcionada para o acervo do Scientific Electronic Library OnLine(Scielo), das bibliotecas universitárias da Faculdade de Educação da UNICAMP, USP, UNESP e da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações, selecionados trabalhos publicados nos últimos dez anos. Os dados indicam que no Brasil existem muitos estudos que investigam os aspectos que influenciam o sucesso acadêmico e a permanência ou abandono de universitários, entretanto, a temática específica da satisfação acadêmica ainda é pouco investigada. PALAVRAS-CHAVE: Ensino superior. Satisfação acadêmica. Sucesso acadêmico. Revisão literatura. RESUMEN: El artículo trata el tema de la satisfacción académica en la educación superior brasileña. El tema ha sido ampliamente estudiado a nivel internacional, dada su importancia como resultado de la expansión de la educación superior y el aumento en el número y diversidad de estudiantes que acceden a la universidad, con la satisfacción académica jugando un papel decisivo en la permanencia y éxito académico de los estudiantes. Específicamente, se buscó explorar en la producción académica nacional qué trabajos se publican que abordan el tema de la satisfacción académica en el área educativa y discutir qué resultados se han encontrado, con el fin de tener una visión general del tema a nivel nacional. Metodológicamente, la investigación bibliográfica se dirigió al acervo de la Biblioteca Científica Electrónica OnLine (Scielo) y las bibliotecas universitarias de la Facultad de Educación de la UNICAMP, USP, UNESP y la Biblioteca Digital Brasileña de 1Universidade Estadual Paulista (UNESP), Rio Claro – SP – Brasil. Professora do Departamento de Educação. Doutorado em Educação (UNICAMP). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7605-2347. E-mail: andreia.osti@unesp.br 2Universidade do Minho (UMinho), Braga – Portugal. Professor Catedrático do Instituto de Educação. Doutorado em Psicologia (U.PORTO). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0651-7014. E-mail: leandro@ie.uminho.pt
image/svg+xmlAndreia OSTI e Leandro da Silva ALMEIDA RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1558-1576, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16088 1559 Tesis y Disertaciones publicadas en los últimos diez años. Los datos indican que en Brasil existen muchos estudios que investigan los aspectos que influyen en el éxito académico y la permanencia o deserción de los estudiantes universitarios, sin embargo el tema específico de la satisfacción académica aún está poco investigado. PALABRAS CLAVE:Educación superior. Satisfacción académica. Éxito académico. Revisión de literatura. ABSTRACT: The article deals with the theme of academic satisfaction in Brazilian Higher Education. The topic has been widely studied internationally, given its importance as a result of the expansion of higher education and the increase in the number and diversity of students who access the university, with academic satisfaction playing a decisive role in the permanence and academic success of students. Specifically, we sought to explore in the national academic production which works are published that deal with the theme of academic satisfaction in the educational area and discuss what results have been found, in order to have an overview of the theme at the national level. Methodologically, the bibliographic research was directed to the collection of the Scientific Electronic Library OnLine (Scielo) and the university libraries of the Faculty of Education at UNICAMP, USP, UNESP and the Brazilian Digital Library of Theses and Dissertations published in the last ten years. The data indicate that in Brazil there are many studies that investigate the aspects that influence academic success and the permanence or dropout of university students, however the specific theme of academic satisfaction is still poorly investigated KEYWORDS:Higher education. Academic satisfaction. Academic succes. Literature review. Introdução A pesquisa sobre o constructo “Satisfação Acadêmica” no cenário internacional tem merecido algum destaque em razão do aumento do número e diversidade de estudantes no ensino superior (ES) e da necessidade de as instituições tentarem compreender as condições que favorecem a permanência e a conclusão dos cursos por parte dos seus estudantes. A satisfação dos estudantes é entendida como fator determinante para a sua permanência e sucesso acadêmico. Também no Brasil está temática tem despertado o interesse de vários pesquisadores, sugerindo que uma crescente demanda de estudantes universitários pertencentes a diferentes realidades sociais, culturais e econômicas, justifica maior pesquisa sobre os fatores do seu envolvimento e satisfação acadêmica. Importa lembrar que nas últimas décadas houve uma grande expansão do Ensino Superior no Brasil. Diversas políticas de acesso ao ES foram elaboradas, tal como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), destinado ao financiamento de cursos em universidades particulares, e o Programa Universidade para Todos (ProUni), apoiando o ingresso nas universidades Federais e Estaduais do país. Este conjunto de políticas
image/svg+xmlA satisfação acadêmica no contexto do ensino superior brasileiroRIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1558-1576, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16088 1560 garantiram, então, o acesso de um maior número de estudantes em todas as regiões, diminuindo o impacto dos fatores socioeconômicos como determinantes do acesso de estudantes ao ES público ou privado. A garantia de acesso à universidade e a destinação de vagas com fins específicos foi determinada na Lei nº 12.711/2012 (BRASIL, 2012), que regulamenta sobre a reserva de matrículas nas universidades federais e institutos federais de educação, ciência e tecnologia a alunos oriundos integralmente do ensino médio público, em cursos regulares, ou da educação de jovens e adultos. Há também as vagas reservadas às cotas que são subdivididas em razão da renda familiar do estudante provindo de escola pública. Em ambos os casos, também é levado em conta o percentual mínimo correspondente ao da soma de pretos, pardos e indígenas. Em consequência, houve maior acessibilidade e heterogeneidade de grupos étnicos e de estratos sociais dentro das universidades. Estes estudantes têm competências, expectativas e projetos de vida diferenciados, muitas vezes, moldados pelas suas origens socioculturais, e nem sempre tais perfis são os mais adequados para responderem às exigências e desafios que normalmente o ES coloca aos seus estudantes (ALMEIDA, 2019; ALMEIDAet al.,2007; CAMPIRA; ALMEIDA; ARAUJO, 2021; MERCURI; POLYDORO, 2004). Assim sendo, estes perfis culturais, comportamentais e sociais diferenciados passaram a exigir das instituições de ensino superior (IES) maior atenção a estes novos públicos nas suas caraterísticas e necessidades, procurando ao mesmo tempo implementar serviços e programas de apoio. Este cenário despertou nos pesquisadores do país interesse pela análise das condições de vida acadêmica dos estudantes, dos fatores que implicam em sua adaptação e permanência ou abandono, em particular as variáveis intervenientes na sua aprendizagem e desempenho acadêmico. Nas diversas áreas da vida acadêmica, sabemos que o envolvimento do estudante está fortemente dependente dos seus níveis de satisfação ou insatisfação acadêmica. Em consequência, em função desses níveis de (in)satisfação esperam-se também níveis diferenciados de participação e aproveitamento, por parte do estudante, nas atividades curriculares e extracurriculares enquanto oportunidades de formação e desenvolvimento psicossocial (AMBIEL; HERNÁNDEZ; MARTINS, 2016; CASANOVA; BERNARDO; ALMEIDA, 2021; CHICO et al.,2020). A satisfação acadêmica pode ser definida como uma variável da vida de um estudante que envolve sua percepção, engajamento e realização pessoal e profissional com o meio acadêmico (ALMEIDA, 2019). Neste sentido, a satisfação acadêmica é um constructo multidimensional, incluindo dimensões cognitivas, emocionais e comportamentais, afetando a
image/svg+xmlAndreia OSTI e Leandro da Silva ALMEIDA RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1558-1576, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16088 1561 forma positiva ou negativa como os estudantes vão vivenciando as suas experiências acadêmicas (SOARES; ALMEIDA, 2011). Tais experiências incluem as aprendizagens e rendimento acadêmico, o relacionamento com colegas e professores, o projeto de carreira relacionado ao curso ou, ainda, as várias atividades diárias e sua gestão. A investigação disponível confirma uma forte interdependência entre satisfação acadêmica e a qualidade das vivências acadêmicas que ocorrem ao longo da graduação dos estudantes (AMBIEL; HERNÁNDEZ; MARTINS, 2016; BARDAGI; BOFF, 2010; CHICOet al.,2020). Para Osti, Freitas Pontes Júnior e Almeida (2021), a satisfação acadêmica assume papel relevante no envolvimento do estudante com o seu curso e com a sua instituição. A diversidade de condições e vivências dos estudantes diferencia a satisfação acadêmica por áreas: Recursos Econômicos, Carreira e Emprego Futuro, Qualidade do Ensino e Relacionamento com os Professores, Relacionamento Interpessoal com Colegas, Aprendizagem e Rendimento Acadêmico, e Qualidade dos Equipamentos e Serviços da Instituição de Ensino (OSTIet al.,2020). Esta diversidade de dimensões permite-nos melhor descrever perfis de estudantes tomando os seus níveis de satisfação com circunstâncias pessoais e contextuais de sua vida acadêmica. A título de exemplo, a satisfação pode variar em função da área científica do curso, encontrando-se níveis mais elevados de satisfação entre estudantes de ciências humanas e níveis mais baixos junto de estudantes da área de exatas (SILVA; OLIVEIRA JÚNIOR, 2016), cabendo papel importante à identificação do estudante com o curso escolhido e o sucesso nas suas aprendizagens (ALMEIDA, 2019; SILVA, 2015). Dado o exposto, considera-se fundamental o desenvolvimento do tema, sobretudo ao considerar os reflexos da pandemia de Covid-19 para grande parte dos estudantes e instituições, que precisaram se adequar às novas demandas e exigências, seja de isolamento e distanciamento ou sanitárias. A partir da situação vivida, mais estudos tomaram a (in)satisfação e seu impacto na permanência ou abandono do ES (ARAÚJO, 2017; CASANOVA; BERNARDO; ALMEIDA, 2021; FERRÃO; ALMEIDA, 2021; HIRSCH, 2015; OSTI; FREITAS PONTES JÚNIOR; ALMEIDA, 2021; SANTOS; ZANON; ILHA, 2019). O presente artigo realizou uma revisão da literatura sobre a temática da satisfação acadêmica dos estudantes considerando artigos, dissertações e teses publicadas nos últimos dez anos no Brasil, buscando verificar o panorama geral de publicações brasileiras sobre o tema.
image/svg+xmlA satisfação acadêmica no contexto do ensino superior brasileiroRIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1558-1576, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16088 1562 Metodologia A revisão de literatura foi realizada a partir do banco de dados do Scientific Electronic Library OnLine(SciELO), do acervo das bibliotecas universitárias da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo – USP e Faculdade de Educação Universidade Estadual Paulista – UNESP, e da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações. Foram selecionados artigos, teses e dissertações publicadas nos últimos dez anos (2010-2020), porém, foram incorporados artigos também publicados em 2021, uma vez que apenas dois foram encontrados até o momento da finalização deste texto. Para todos os bancos de dados foram utilizadas as palavras-chave: “satisfação acadêmica” e “ensino superior”. Foram encontrados de início 189 trabalhos, justificando a definição de alguns critérios para seleção daqueles que iriam efetivamente compor a amostra. Os critérios foram os seguintes: a) tratar da temática de satisfação acadêmica no ensino superior brasileiro, b) ser direcionado ao ensino superior em nível de graduação, e c) abordar a temática da satisfação na perspectiva dos estudantes universitários ainda em curso. No final, após a seleção e exclusão das duplicatas, permaneceram 21 trabalhos, entre artigos, dissertações e teses. Breve apresentação dos estudos analisados Em recente artigo, Osti, De Freitas Pontes Júnior e Almeida (2021) abordam as consequências da pandemia de Covid-19 para a satisfação dos estudantes. Participaram 1.452 estudantes brasileiros, frequentando cursos das três grandes áreas definidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES: Ciências Exatas e Tecnológicas, Ciências da Vida e Ciências Humanas. O questionário incluía questões fechadas e abertas, sendo aplicado de modo on-line, tendo como objetivo identificar como o cenário de pandemia comprometeu o engajamento dos estudantes nas atividades de aprendizagem. Os resultados indicaram que os estudantes tiveram sua capacidade de engajamento em atividades de aprendizagem reduzidas, o que afetou todas as atividades universitárias de forma geral, bem como em relação ao tempo dedicado ao estudo. A saúde mental e física também ficou comprometida. Em relação à satisfação de estudantes universitários com o ensino superior, Soares et al.(2021) procuraram, junto a um grupo de 78 estudantes universitários com idades de 19 a 50 anos de diferentes Instituições de Ensino Superior – IES públicas e privadas do estado do
image/svg+xmlAndreia OSTI e Leandro da Silva ALMEIDA RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1558-1576, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16088 1563 Rio de Janeiro, identificar as características que compõem a satisfação desses estudantes com o curso superior. O papel do professor assumiu destaque como elemento de satisfação dos alunos. Os pesquisadores identificaram a importância do professor não só como facilitador do conhecimento e das habilidades profissionais dos estudantes, mas também como aquele que auxilia o aluno a fazer a transição do conteúdo teórico para o prático. No que tange à satisfação com o curso, detectou-se que a grade curricular bem articulada impacta positivamente na percepção que os alunos têm da IES, e isso reflete a importância que a universidade atribui ao curso e ao aluno. Em sentido oposto, a insatisfação com o curso ocorre quando a IES proporciona atividades extracurriculares de baixa qualidade, estrutura precária no campus e pouca oferta de estágios. A insatisfação também se relacionou principalmente ao não vivenciar aspectos práticos da profissão ou com a pouca qualidade da informação fornecida. Na pesquisa realizada em uma universidade pública do estado de São Paulo, Osti et al.(2020), avaliaram diversas dimensões da satisfação (institucionais, profissionais, interpessoais, recursos econômicos, ensino, aprendizagem e rendimento) junto a 136 universitários matriculados no 1° ano dos cursos de Pedagogia, Geografia, Biologia, Matemática e Computação, por meio de sessões em grupos focais. Os resultados apontam que em relação à Dimensão Institucional, os maiores níveis de insatisfação se encontram nos estudantes do curso noturno, em razão da insegurança pelo período e por não participarem de grande parte de atividades culturais e acadêmicas que normalmente ocorrem durante o dia na universidade. Contrariamente, também são os estudantes do curso noturno que apresentam os maiores índices de satisfação na Dimensão Profissional, uma vez que a maioria já se encontra empregada e inserida no mercado de trabalho, tendo uma certa estabilidade financeira. Na Dimensão Interpessoal, os maiores níveis de satisfação são encontrados em alunos do período integral, por terem maiores possibilidades na construção de vínculos relacionais com colegas. Na dimensão Recursos Econômicos, não houve diferenças significativas entre os grupos de estudantes, mesmo assim, os estudantes do período noturno se sentem mais satisfeitos, traduzindo que vários deles possuem renda através do seu próprio trabalho, não dependendo dos pais em termos financeiros. A Dimensão Aprendizagem e Rendimento é apontada como fator de satisfação entre estudantes das áreas das Humanas e Biológicas, e a maior insatisfação se manifestou em estudantes da área das Exatas, os quais afirmam dificuldade na obtenção das médias mínimas exigidas pela universidade. Na Dimensão Ensino, constata-se níveis elevados de satisfação, traduzindo a percepção de qualidade do ensino ofertado pela universidade.
image/svg+xmlA satisfação acadêmica no contexto do ensino superior brasileiroRIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1558-1576, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16088 1564 Outros dois estudos foram realizados pelos mesmos pesquisadores (CHICOet al.,2020; OSTIet al.,2020), descrevendo o processo de construção de uma escala de satisfação acadêmica nomeada de Questionário de Satisfação Acadêmica. No primeiro estudo participaram 267 estudantes universitários do Brasil e Portugal, registrando-se bom funcionamento dos itens da escala nos dois países. No segundo trabalho, relacionou-se a satisfação acadêmica com as vivências acadêmicas dos estudantes no ES, encontrando-se correlações significativas entre níveis mais elevados de satisfação e percepções positivas das vivências acadêmicas, como seria expectável. Num outro trabalho, tomando estudantes de três grandes áreas científicas de cursos, Suehiro e Andrade (2018) analisaram a possível diferenciação da satisfação acadêmica dos universitários em razão do sexo, idade, área do conhecimento e do fato de trabalharem e estudarem ou só estudarem. A investigação tomou 232 estudantes do primeiro ano e os resultados indicam que o menor nível de satisfação na dimensão ‘satisfação com o curso’ engloba a necessidade de que o relacionamento com os professores e colegas do curso seja positivo; a disponibilidade dos professores em atender os alunos, o conhecimento sobre a disciplina, as estratégias de aula e avaliação dos professores; o conteúdo do curso para a formação; o desempenho obtido e o compromisso da instituição com a qualidade da formação. Não se encontraram diferenças em função do gênero dos estudantes, verificando-se que aqueles que melhor conciliam trabalho e estudo se apresentam mais satisfeitos em todas as dimensões da satisfação e, de forma mais significativa, em relação à ‘satisfação com o curso’. A pesquisa de Fadel et al.(2018) analisou a satisfação com a experiência acadêmica em estudantes do ensino superior de Ciências Biológicas e da área da Saúde de uma universidade pública do estado do Paraná no Brasil. O estudo considerou 223 graduandos dos cursos de Ciências Biológicas, Farmácia, Educação Física, Enfermagem, Medicina e Odontologia. Os dados foram coletados coletivamente em sala de aula a partir da aplicação da “Escala de Satisfação com a Experiência Acadêmica” (ESEA) elaborada por Scheleich, Polydoro e Santos (2006). Médias mais elevadas foram observadas na “satisfação com o curso”, enquanto as dimensões “satisfação com a instituição” e “oportunidade de desenvolvimento” obtiveram médias menores, porém próximas entre si. A maioria dos estudantes está satisfeita com grande parcela das variáveis que constituem a vida acadêmica, sobretudo estudantes de Medicina. Entretanto, infere-se que a percepção dos graduandos difere muito entre si e uma parcela considerável deles não se encontra satisfeita com a vida acadêmica. Enfatizam ser necessário que as instituições planejem e aprimorem estratégias
image/svg+xmlAndreia OSTI e Leandro da Silva ALMEIDA RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1558-1576, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16088 1565 institucionais voltadas aos alunos, visando à promoção da satisfação acadêmica entre eles, em especial aos graduandos dos cursos de Ciências Biológicas e da área da Saúde. Referente aos diferentes níveis e etapas em que os estudantes se encontram, Oliveira e Dias (2014) tomaram numa pesquisa três grupos (ingressantes, alunos de meio de curso e alunos concluintes) e o foco das suas preocupações, e correspondente satisfação. Os resultados indicam que alunos ingressantes direcionam sua atenção aos princípios de entendimento do curso, sendo o momento mais crítico devido ao período possuir o maior índice de evasão. Observa-se também que alunos em meio de curso têm a pretensão de se manter no mesmo e que os estudantes concluintes têm como preocupação sua iniciação no mercado de trabalho. Também indicam que as maiores dificuldades para a satisfação acadêmica estão diretamente ligadas à ausência completa e/ou parcial de autonomia, característica que garante o controle emocional frente a situações problemáticas enfrentadas pelos jovens no decorrer da graduação. Os desafios enfrentados pelos jovens a partir de seu ingresso no ES é influenciado, segundo Soares Benevides et al.(2014), por uma confluência de variáveis pessoais e contextuais no seu processo de transição e adaptação ao ES. Com o objetivo de investigar como as expectativas afetam a qualidade das vivências adaptativas dos estudantes, foram aplicados dois questionários reportados às expectativas e vivências acadêmicas em 182 estudantes brasileiros. Os resultados indicaram que as expectativas iniciais dos ingressantes se correlacionavam com a qualidade das suas vivências acadêmicas. Em particular, as expectativas de maior envolvimento nas relações com os colegas, no projeto vocacional de carreira e nas atividades curriculares do seu curso estavam associadas a níveis superiores de adaptação acadêmica dos estudantes. Santos, Zanon e Ilha (2019) tomaram uma amostra de 372 estudantes de uma instituição de ensino superior do estado de São Paulo, distribuídos pelos cursos de Psicologia, Arquitetura e Urbanismo, Administração, Engenharia Civil, Engenharia Química, Engenharia de Produção, Engenharia Elétrica e Engenharia da Computação. Tendo em vista relacionar a autoeficácia e satisfação com a experiência acadêmica, utilizaram a Escala com Experiência Acadêmica (SCHLEICH; POLYDORO; SANTOS, 2006) e a Escala de Autoeficácia na Formação Superior (POLYODRO; GUERREIRO-CASANOVA, 2010). Os resultados apontam que a autoeficácia é preditora da satisfação com a experiência acadêmica em universitários, sugerindo a relevância das instituições promoverem oportunidades de seu desenvolvimento por parte dos estudantes.
image/svg+xmlA satisfação acadêmica no contexto do ensino superior brasileiroRIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1558-1576, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16088 1566 Em um estudo que buscou conhecer fatores que podem impactar na insatisfação dos alunos do curso de Engenharia, Thomaz, Rocha, Machado Neto (2011), alertam que esses fatores são divididos em: fatores psicológicos ou pessoais, como escolha equivocada do curso ou questões psicológicas pessoais; fatores associados a dificuldade no primeiro ano da graduação, como por exemplo, falta de base no ensino fundamental e ensino médio; fatores relacionados ao currículo do curso, como nível evelado de exigência, grande quantidade de disciplinas, extensa carga horária de aulas, pouco tempo para estudo, grande quantidade de provas e trabalhos a serem entregues, entre outros. Também fatores pedagógicos e estruturais, como por exemplo, falta de didática na formação dos docentes e dificuldades de recursos e infraestrutura adequada para o andamento das aulas, ou ainda fatores socioeconômicos, tais como alunos que aliam o trabalho à graduação ou dificuldade do enquadramento laboral após sua inserção no mercado de trabalho aparecem associados aos níveis de satisfação dos estudantes da Engenharia. Visando avaliar o grau de satisfação com a experiência acadêmica, Czapievski e Sumiya (2014) usaram a “Escala de Satisfação com a Experiência Acadêmica”. Esta escala avalia três dimensões: satisfação com o curso, oportunidade de desenvolvimento e satisfação com a instituição. A amostra foi composta por 137 graduandos, repartidos do 1º ao 4º ano, sendo o questionário aplicado em sala de aula, durante o período de aula normal. Os dados sugerem que os estudantes do 3º ano são os mais satisfeitos na dimensão “satisfação com o curso”, depois os do segundo, primeiro e quarto ano, enquanto na dimensão “satisfação com as oportunidades de desenvolvimento” se notou uma evolução gradual dos escores a partir do primeiro ano. Na dimensão “satisfação com a instituição”, os estudantes do primeiro e segundo ano apresentam-se mais satisfeitos que os colegas do terceiro e quarto ano. Por último, aponta-se que a relação aluno-professor, bem como a relação com a instituição, são importantes para a compreensão da qualidade da experiência acadêmica. A respeito da satisfação com a relação professor e aluno no contexto universitário, Oliveira et al.(2014) explanam a necessidade de estudar os fatores associados a tal relação e suas consequências nas taxas de adaptação e satisfação acadêmica do alunado do ensino superior. Para isso, os autores entrevistaram 29 estudantes de uma universidade pública do Rio Grande do Sul dos cursos de Psicologia e Economia, sendo alunos ingressantes e concluintes. Os resultados apontam cinco aspectos da interação professor-aluno que podem tanto facilitar quanto dificultar a adaptação acadêmica dos estudantes; são eles: diferenças entre os professores do Ensino Médio e os do Ensino Superior; formação e didática dos professores; receptividade e incentivo; relação acadêmica/pessoal; e importância atribuída ao
image/svg+xmlAndreia OSTI e Leandro da Silva ALMEIDA RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1558-1576, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16088 1567 professor na formação. Os resultados apontaram a importância de os docentes atuarem com habilidades tanto nos aspectos teórico-didáticos quanto nos aspectos de relação interpessoal, concluindo-se que a proximidade afetiva entre professor e estudantes, ou conversas sobre assuntos não relacionados ao curso ou à profissão, podem favorecer a satisfação com a experiência universitária. No trabalho de Santos et al.(2013) se avaliou a integração e a satisfação acadêmica de universitários. Participaram 203 estudantes dos cursos de Psicologia e Odontologia de uma universidade particular, sendo aplicados o Questionário de Vivência Acadêmica (QVA-r) e a Escala de Satisfação Acadêmica (ESEA). Os resultados relativos à satisfação indicaram satisfação moderada com o curso, com a instituição e com as experiências de formação. Ao se comparar os resultados em função do curso, os alunos da Psicologia mostraram significativamente maior satisfação com o curso do que os alunos da Odontologia. Todavia, na dimensão satisfação com a instituição, foram os alunos da Odontologia que apresentaram pontuações médias significativamente mais altas face aos colegas da Psicologia. Comparando os índices de insatisfação discente em diferentes períodos do curso (diurno e noturno) e nas modalidades de ensinos presencial e à distância em estudantes do curso de Administração em uma Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Souza e Reinert (2010) afirmam que os estudantes do curso presencial diurno e noturno apresentam maior satisfação com a estrutura curricular. Quanto à insatisfação, ela expressou-se sobretudo pela falta de empatia de professores e pela falta de didática na lecionação. A maior insatisfação dos estudantes na modalidade à distância decorre das dificuldades de ensino dos professores e de dificuldades pessoais dos alunos com a gestão do estudo individualizado e grau de aprendizagem das matérias ministradas. Com o objetivo de estabelecer como a satisfação dos discentes na modalidade EaD influencia o desempenho acadêmico, Machado (2014) trabalhou com estudantes de Ciências Contábeis e Administração, centrando-se na análise e associação com o desempenho acadêmico. Os resultados indicaram, tal como previsto na literatura, a influência da satisfação no desempenho acadêmico. Apesar dos discentes de Ciências Contábeis possuírem Nota Geral do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes – ENADE superior aos de Administração, no que diz respeito à satisfação na esfera da interatividade observa-se o inverso entre os cursos, sendo Administração o curso com maior satisfação e Ciências Contábeis com menor satisfação, sendo este o fator mais relevante na predição dos resultados de aprendizagem.
image/svg+xmlA satisfação acadêmica no contexto do ensino superior brasileiroRIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1558-1576, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16088 1568 Ao investigar a correlação entre a Escala de Adaptabilidade de Carreira (CAAS) e o Questionário de Vivências Acadêmicas, versão reduzida (QVA-r), em 89 alunos de Engenharia Elétrica e de Psicologia de uma universidade privada do interior do estado de São Paulo, Ambiel, Hernández e Martins (2016) verificaram que a satisfação acadêmica com a graduação escolhida pode ser um indicativo de adaptação à vida acadêmica e à carreira profissional. Os autores recomendam que as instituições de ensino superior realizem intervenções com o objetivo de promover a adaptabilidade de carreira dos seus alunos, pois esse processo pode influenciar de forma positiva na trajetória de carreira. Fonseca (2018) realizou um estudo comparativo dos níveis de expectativas e de satisfação discente do Instituto Federal do Ceará (IFCE) em função da política de interiorização nos campi dos municípios de Aracati, Canindé e Sobral. Foi utilizado um questionário adaptado do modelo de Schleich, Polydoro e Santos (2006) com o intuito de avaliar o grau de expectativa e satisfação com a expansão e interiorização do ensino superior. A pesquisa contou com uma amostra de 318 alunos, em que a contribuição parcial de cada unidade fosse proporcional com a sua população. A autora concluiu que a estratégia de interiorização é eficaz no cumprimento do Plano Nacional de Educação – PNE e promove a inclusão de populações que antes eram marginalizadas e que tinham o ingresso no ensino superior como uma utopia. Os seus resultados nas escalas de expectativas e de satisfação são moderados a elevados. Interessadas em conhecer a satisfação dos graduandos estrangeiros que estão em mobilidade incomingna Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Luce, Fagundes e Mediel (2016), buscaram entender como as ações promovidas por esta universidade influenciavam na qualidade de mobilidade e em sua dimensão intercultural. Foi feita aplicação de um questionárioonline a 137 alunos de mobilidade incomingde graduação. A pesquisa evidenciou aspectos positivos relacionados à comunidade acadêmica a partir dos relatos dos intercambistas, que evidenciaram o interesse no idioma, a integração entre os alunos e a satisfação dos graduandos em mobilidade em conhecer a cultura local. Para Oliveira, Santos e Dias (2016), um fator mantenedor dos níveis positivos de satisfação entre os estudantes, durante os anos de graduação, é o contato mantido com seus parentes, colegas e amigos da universidade. Desta forma, sugerem programas que promovam o desenvolvimento de habilidades sociais pelos alunos e a criação de vínculos relacionais a favor da sua adaptação acadêmica. Segundo Soares et al.(2018), estar na universidade obriga o estudante a se posicionar em diversas esferas de sua vida social e acadêmica. Desta forma, o universo acadêmico pode
image/svg+xmlAndreia OSTI e Leandro da Silva ALMEIDA RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1558-1576, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16088 1569 gerar distintos níveis de (in)satisfação do estudante em seu percurso universitário. Os autores estimam que cerca de 30% dos alunos que frequentam o ES estão matriculados em cursos de segunda opção, o que probabilisticamente ocasiona uma possibilidade de insatisfação ou interferência quanto à evasão do estudante na escolha do curso. Rocha (2010) analisou a satisfação dos discentes de baixa renda em cursos de graduação tecnológica em três instituições de ensino superior privadas (Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA, Faculdade Ateneu e Instituto de Ensino Superior do Ceará, esta última pertence à Universidade Paulista – UNIP). Participaram 216 alunos e os dados foram coletados por meio de um questionário estruturado, que incluía duas dimensões da satisfação acadêmica: satisfação geral com o curso e satisfação com a qualidade do curso. Os discentes têm satisfação em relação ao curso, destacando também uma relação entre alunos e professores orientada pelo diálogo e atitudes éticas. Segundo Rocha (2010), outro aspecto influenciador na escolha da faculdade é o reconhecimento institucional e a qualidade de ensino, evidenciando que esta característica contribui na formação profissional dos discentes. Por último, os estudantes estão satisfeitos com a escolha do curso, especialmente pela percepção de que os cursos apresentam qualidade em suas práticas educacionais. Resultados Dos 189 trabalhos localizados, tomaram-se 21 trabalhos neste estudo. O levantamento bibliográfico realizado em todos os bancos de dados evidenciou que há muitas pesquisas no ensino superior relacionadas à adaptação, integração ou experiência acadêmica, construção de escalas, rendimento ou desempenho acadêmico, evasão universitária e perfil de ingressantes ou egressos. Depreende-se pelo exposto que o tema da “satisfação acadêmica” vem sendo pesquisado ao nível do ES no Brasil. A temática da satisfação aparece como coadjuvante para explicar processos de adaptação, aprendizagem, desenvolvimento e sucesso acadêmico, o que reforça, para os pesquisadores da área educacional, que a temática pode merecer maior investimento no Brasil, uma vez que possibilita explicar situações acadêmicas que corroboram para a permanência ou abandono de estudantes do ES e suas variáveis relacionadas. Entretanto, há de se destacar que há muitas pesquisas sobre satisfação conduzidas pelas áreas de administração, economia, contabilidade, marketing, saúde (enfermagem e odontologia), com foco nas condições de trabalho, no mercado de trabalho, ou em um único fator específico, como por exemplo, o desempenho acadêmico durante o curso, o que acaba de certa forma
image/svg+xmlA satisfação acadêmica no contexto do ensino superior brasileiroRIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1558-1576, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16088 1570 configurando uma explicação para termos tantos trabalhos encontrados e tão poucos que tratam sobre a satisfação acadêmica de forma mais ampla, buscando verificar os vários fatores relacionados a mesma. Especificando os estudos analisados a propósito da (in)satisfação acadêmica, verifica-se que os autores desses estudos são de quatro diferentes regiões do Brasil (Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste) e a maior parte atua em universidade pública. Constatou-se o envolvimento de 17 universidades brasileiras, sendo oito estaduais, cinco federais e quatro particulares, o que mostra a presença do interesse pelo tema em âmbito nacional. Separando as universidades por estados, e em razão do número de instituições envolvidas, temos 04 em São Paulo (UNICAMP, USP, UNESP e Universidade São Francisco), 03 no Rio Grande do Sul (Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade Passo Fundo), 03 no Paraná (Universidade Estadual de Ponta Grossa, Universidade Estadual do Centro-Oeste e Universidade Estadual do Oeste do Paraná), 02 no Ceará (Universidade Estadual do Ceará e Universidade Federal do Ceará), 02 no Rio de Janeiro (Universidade do Estado do Rio de Janeiro e Universidade Salgado de Oliveira), 01 no Mato Grosso do Sul (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), 01 em Santa Catarina (Universidade Federal de Santa Catarina) e 01 na Bahia (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia). Este levantamento possibilitou constatar, ainda, parcerias das universidades brasileiras com universidades portuguesas (Universidade do Algarve, Universidade do Porto e Universidade do Minho) e com a Universidade de Barcelona. Considerando todos os trabalhos, observa-se que os mesmos (CZAPIEVSKI; SUMIYA, 2014; OLIVEIRA; DIAS, 2014; OSTI; FREITAS; ALMEIDA, 2021; OSTIet al.,2020; SANTOS; ZANON; ILHA, 2019; SUEHIRO; ANDRADE, 2018) estão vinculados a faculdades ou departamentos de Psicologia, Educação, Odontologia, Economia, Administração ou Contabilidade e Direito. Assim, constata-se que a psicologia e a educação configuram as duas áreas com maior inserção na temática. O número de trabalhos entre 2010 e 2021 manteve-se equilibrado por ano, não se tendo registado um aumento nos últimos anos. Considerando que o Relatório Retratos da Educação no contexto da pandemia do novo coronavírus (INSTITUTO PENÍNSULA, 2020) afirma que 31% dos universitários brasileiros consideraram um desafio a manutenção das rotinas de estudo e não estavam evoluindo no processo de aulas remotas, enquanto outros 21% foram considerados em risco de não retornarem à universidade, é possível que em decorrência da pandemia possa ocorrer um aumento de pesquisas sobre a satisfação dos estudantes no ES.
image/svg+xmlAndreia OSTI e Leandro da Silva ALMEIDA RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1558-1576, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16088 1571 Os trabalhos nacionais sobre a temática da satisfação aqui descritos versam sobre diferentes dimensões, evidenciando como a satisfação acadêmica influencia aspectos que vão desde o desempenho acadêmico até a saúde mental dos estudantes, implicando em sua permanência ou abandono do curso. No entanto, os estudos recolhidos mostram que a temática é trabalhada no Brasil com amostras limitadas a certos cursos ou áreas científicas, ou seja, pouco diversificadas. Por um lado, isso pode favorecer o desenvolvimento de medidas específicas para a população analisada, mas de outro lado, não é possível compreender como a satisfação acadêmica age nas mais diversas áreas e dimensões do ES. Todas as pesquisas mencionadas mostram como a satisfação acadêmica dos estudantes éafetada por alguma variável, seja ela socioeconômica, institucional, pessoal ou relacional. Dada a importância da temática, Silva e Oliveira Júnior (2016) apontam que as Universidades deveriam entender o perfil de seus alunos e relacioná-lo com o desempenho no decorrer do curso, pois estes estudos podem proporcionar ao professor parâmetros e conhecimentos específicos sobre a relação perfil do aluno-curso, e deste modo agir de forma mais objetiva. Considerações finais Este artigo realizou uma revisão da literatura sobre temática da satisfação acadêmica em nível nacional, considerando artigos, dissertações e teses publicadas nos últimos dez anos, buscando ter um panorama sobre as pesquisas brasileiras nesse tema. Os resultados indicam que a produção nacional sobre a temática envolve universidades, sobretudo públicas, reunindo autores de diferentes estados brasileiros. Entende-se que a temática consta em muitos trabalhos, seja como constructo teórico, seja como um conceito que auxilia na investigação de outros fatores, como o desempenho acadêmico, a adaptação e a integração. Neste sentido, alguns pesquisadores (OSTIet al.,2020; SOARES et al. 2021; SUEHIRO; ANDRADE, 2018) indicam a importância de investigar as vivências de satisfação ou insatisfação de estudantes no âmbito universitário, pois em um sistema massificado de ingressos importa conhecer e atender às expectativas dos estudantes. O não atendimento de tais expectativas gera frustração e insatisfação nos estudantes (OLIVEIRA; DIAS, 2017; OSTIet al.,2020, 2021; SOARES et al., 2018), favorecendo progressivamente a evasão da universidade, manifestada através do desinteresse e desilusão associados tanto a questões pessoais como institucionais. A partir de todo o exposto, infere-se que, quando o estudante possui amparo institucional, bem como apoio de amigos e familiares, além de maior liberdade em sua
image/svg+xmlA satisfação acadêmica no contexto do ensino superior brasileiroRIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1558-1576, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16088 1572 vivência na universidade, poderá experienciar uma maior satisfação acadêmica. Neste cenário, novamente se destaca a importância de estudar os indicadores de satisfação e insatisfação discente, a fim de que com isso um maior número de estudantes possa ser contemplado por políticas de inserção e serviços de atendimento nas universidades para promover o seu desenvolvimento e bem-estar acadêmico e social. Em síntese, este estudo, reunindo publicações em torno da (in)satisfação acadêmica dos estudantes do ES, possibilita afirmar que a investigação sobre a satisfação acadêmica auxilia a compreender as fragilidades e deficiências nas IES e apresenta descobertas importantes a respeito do sucesso e permanência do estudante universitário. No entanto, importa reconhecer algumas limitações, principalmente em razão do recorte temporal e palavras-chave definidas. Considera-se, por isso, a possibilidade de futuros estudos e a continuidade da pesquisa em parceria com outros grupos de pesquisa e universidades. Por outro lado, considerando que a pandemia exigiu uma reorganização das universidades e de todos os seus envolvidos, acredita-se que novas incursões na temática aqui apresentada possibilitarão novas/outras pesquisas sobre os fatores intervenientes na satisfação acadêmica e como esta impacta na experiência a distância ou onlinedos estudantes. REFERÊNCIAS ALMEIDA, L. S. Estudantes do Ensino Superior: Desafios e oportunidades. Ensino Superior: Combinando Exigências e Apoios, 17-33. In: ALMEIDA, L. S. (ed.). Satisfação acadêmica no ensino superior: Desafios e oportunidades. 1. ed. Braga: ADIPSIEDUC, 2019. ALMEIDA, L. S.; FERRÃO, M. E. Persistence and academic expectations in higher-education students. Psicothema,v. 33, n. 4, p. 587-594, 2021. Disponível em: https://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/77409. Acesso em: 21 out. 2021. ALMEIDA, L. S.et al.Rendimento acadêmico no Ensino Superior: Estudo com alunos do 1° ano. Revista Galego-Portuguesa de Psicoloxía e Educación,v.14, n. 1, p. 209-220, 2007. Disponível em: http://hdl.handle.net/1822/12071. Acesso em: 15 out. 2021. AMBIEL, R.; HERNÁNDEZ, D.; MARTINS, G. Relações entre Adaptabilidade de Carreira e Vivências Acadêmicas no Ensino Superior. Psicología Desde el Caribe,v. 2, n. 33, p. 158-168, maio/ago. 2016. Disponível em: https://docplayer.com.br/57783529-Relacoes-entre-adaptabilidade-de-carreira-e-vivencias-academicas-no-ensino-superior.html. Acesso em: 24 set. 2021. ARAÚJO, M. A. Sucesso no ensino superior: Uma revisão e conceptualização. Revista de Estudios e Investigación en Psicología Y Educación, v. 4, n. 2, p. 132-141, 2017. Disponível em: http://repositorio.uportu.pt:8080/handle/11328/2554. Acesso em: 02 abr. 2021.
image/svg+xmlAndreia OSTI e Leandro da Silva ALMEIDA RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1558-1576, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16088 1573 BARDAGI, M. P.; BOFF, R. M. Autoconceito, auto-eficácia profissional e comportamento exploratório em universitários concluintes. Avaliação, v. 15, n. 1, p. 41-56, 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/j/aval/a/g6fwcjFPpspXMfmtmJqHyzj/?lang=pt. Acesso em: 10 abr. 2021. BRASIL. Lei n. 12.711, de 29 de agosto de 2012. Dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 012. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011- 2014/2012/Lei/L12711. Acesso em: 13 maio 2020. CAMPIRA, F. P.; ALMEIDA, L. S. D.; ARAUJO, A. M. Satisfação acadêmica: Um estudo qualitativo com estudantes universitários de Moçambique. Educ. Form., Fortaleza, v. 6, n. 3, e4913, set./dez. 2021 Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/redufor/index. Acesso em: 18 fev. 2022. CASANOVA, R. J.; BERNARDO, A. B.; ALMEIDA, L. S. Dificuldades na adaptação académica e intenção de abandono de estudantes do primeiro ano do Ensino Superior. Revista de Estudios e Investigación en Psicología y Educación, v. 8, n. 2, p. 211-228, 2021. Disponível em: https://ruc.udc.es/dspace/handle/2183/29117. Acesso em: 06 jan. 2022. CHICO, B. M. et al.Investigação de fatores relacionados à satisfação acadêmica no ensino superior brasileiro. Revista de Instrumentos, Modelos e Políticas em Avaliação Educacional, v. 1, p. 1-15, 2020. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/impa/article/view/3793. Acesso em: 13 abr. 2021. CZAPIEVSKI, F. N.; SUMIYA, A. Assessment of the degree of satisfaction of physical therapy students with the academic experience. Fisioter. mov., Curitiba, v. 27, n. 1, p. 119-125, 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-51502014000100119&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 27 fev. 2021. FADEL, C. B. et al.Satisfaction with the academic experience among graduate students of a brazilian public university.RGO, Rev. Gaúch. Odontol., Campinas, v. 66, n. 1, p. 50-59, jan. 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rgo/a/KXSZKXJVWv4dJjdMbCFRg7Q/?format=html&lang=en. Acesso em: 04 ago. 2021. FONSECA, H. H. M. Fatores extrínsecos e intrínsecos que motivam a permanência dos alunos do curso em tecnologia em hotelaria do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará com base na teoria da autodeterminação. 2018. Dissertação (Mestrado em Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior, Fortaleza, CE, 2018. Disponível em: https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/31111. Acesso em: 05 maio 2021. HIRSCH, C. D. Fatores preditores e associados à satisfação dos estudantes de enfermagem.Acta paul. enferm., São Paulo, v. 28, n. 6, p. 566-572, dez. 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ape/a/8FXCFR457TkTSxGmzgQvPHw/abstract/?lang=pt. Acesso em: 16 set. 2021.
image/svg+xmlA satisfação acadêmica no contexto do ensino superior brasileiroRIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1558-1576, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16088 1574 INSTITUTO PENÍNSULA. Retratos da educação no contexto da pandemia do coronavírus. São Paulo, 2020. Disponível em: https://www.institutopeninsula.org.br/wp-content/uploads/2020/10/Retratos-da-Educacao-na-Pandemiav2.pdf. Acesso em: 14 abr. 2021. LUCE, M. B.; FAGUNDES, C. V.; MEDIEL, O. G. Internacionalização da educação superior: A dimensão intercultural e o suporte institucional na avaliação da mobilidade acadêmica. Avaliação, Campinas, v. 21, n. 2, p. 317-340, jul. 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/j/aval/a/FhyPkHjxyz78zYHZFLvJg6t/abstract/?lang=pt. Acesso em: 03 jan. 2022. MACHADO, E. A. Desempenho acadêmico dos estudantes na modalidade EAD: Um estudo comparativo entre concluintes dos cursos de Ciências Contábeis e Administração. 2014. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, 2014. MERCURI, E., POLYDORO, S. A. J. (org.). Estudante universitário: características e experiências de formação. Taubaté: Cabral Editora e Livraria Universitária, 2004. OLIVEIRA, C. T.; DIAS, A. C. G. Dificuldades na Trajetória Universitária e Rede de Apoio de Calouros e Formandos. Psico, v. 45, n. 2, p. 187-197, 2014. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistapsico/article/view/13347. Acesso em: 12 fev. 2021. OLIVEIRA, C. T.; SANTOS, A. S.; DIAS, A. C. G. Expectativas de universitários sobre a universidade: sugestões para facilitar a adaptação acadêmica. Revista Brasileira de Orientação Profissional, v. 17, n. 1, p. 43-53, 2016. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/163641. Acesso em: 12 fev. 2021. OLIVEIRA, C. T.et al.Percepções de estudantes universitários sobre a relação professor-aluno. Psicologia Escolar e Educacional, v. 18, n. 2, p. 239-246, 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pee/a/s3W5PBQmYJhLGqjpdY7j6jp/abstract/?lang=pt. Acesso em: 16 ago. 2021. OSTI, A.et al.Satisfação académica: Pesquisa com estudantes brasileiros de uma universidade pública. Revista E-Psi, v. 9, n. 1, p. 94-106, 2020. Disponível em: https://artigos.revistaepsi.com/2020/Ano9-Volume1-Artigo6.pdf. Acesso em: 17 out. 2021. OSTI, A.; FREITAS, P. J. J. A.; ALMEIDA, L. S. O Comprometimento acadêmico no contexto da pandemia da covid-19 em estudantes brasileiros do ensino superior. Revista Prâksis, v. 3, p. 275-292, jul. 2021. Disponível em: https://repositorium.uminho.pt/handle/1822/74311. Acesso em: 22 nov. 2021. POLYDORO, S.; GUERREIRO-CASANOVA, D. C. Escala de auto-eficácia na formação superior: Construção e estudo de validação. Avaliação Psicológica, v. 9, n. 2, p. 267-278, 2010. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/3350/335027283011.pdf. Acesso em: 06 jul. 2021. ROCHA, P. D. M. Atributos de satisfação em cursos superiores de Tecnologia em Gestão Empresarial com foco no mercado de baixa renda. 2010. Dissertação (Mestrado em Administração e Controladoria) – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Economia,
image/svg+xmlAndreia OSTI e Leandro da Silva ALMEIDA RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1558-1576, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16088 1575 Fortaleza, 2010. Disponível em: https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/40339. Acesso em: 06 abr. 2021. SANTOS, A. A. A. et al.S. Integração ao ensino superior e satisfação acadêmica em universitários. Psicol. cienc. prof., Brasília, v. 33, n. 4, p. 780-793, 2013. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pcp/a/qF9KKY4hWRSy4fg3VKrt5jG/abstract/?lang=pt. Acesso em: 10 ago. 2021. SANTOS, A. A. A.; ZANON, C.; ILHA, V. D. Autoeficácia na formação superior: Seu papel preditivo na satisfação com a experiência acadêmica.Estud. psicol., Campinas, v. 36, e160077, 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/j/estpsi/a/qKQm7ZF4w6dngB7KppGQ3ZJ/abstract/?lang=pt. Acesso em: 08 jul. 2021. SCHLEICH, A. R.; POLYDORO, S. A. J.; SANTOS, A. A. A. Escala de satisfação com a experiência acadêmica de estudantes do Ensino Superior. Aval. Psicológica, Itatiba, v. 5, n. 1, p. 11-20, 2006. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5115240. Acesso em: 02 ago. 2021. SILVA, H. G. Fatores determinantes do desempenho acadêmico no Ensino Superior: Uma abordagem por meio do Estado da Arte. In:CONGRESSO INTERNACIONAL TRABALHO DOCENTE E PROCESSOS EDUCATIVOS, 3., 2015, Uberaba. Anais [...]. Uberaba: Universidade de Uberaba, 2015. SILVA, H. G.; OLIVEIRA JÚNIOR, A. P. Fatores determinantes do desempenho acadêmico no ensino superior: Estado da arte. Revista Plurais – Virtual, Anápolis, v. 6, n. 2, p. 409-427, dez. 2016. Disponível em: https://www.revista.ueg.br/index.php/revistapluraisvirtual/article/view/5966. Acesso em: 15 ago. 2021. SOARES, A. B. et al.A Satisfação de Estudantes Universitários com o Curso de Ensino Superior. Psicologia: Ciência e Profissão, v. 41, e220715, 2021. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pcp/a/C7Mc5LcL96y5ff3MK8FsX3J/abstract/?lang=pt. Acesso em: 09 jan. 2022. SOARES, A. B. et al. Expectativas acadêmicas de estudantes nos primeiros anos do Ensino Superior. Arquivos Brasileiros de Psicologia, v. 70, n. 1, p. 206-223, 2018. Disponível em: http://repositorio.uportu.pt/xmlui/handle/11328/2553. Acesso em: 19 fev. 2021 SOARES, A. B. et al.O impacto das expectativas na adaptação acadêmica dos estudantes no Ensino Superior. Psico-USF, v. 19, n. 1, p. 49-60, 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pusf/a/n5TL8KyLXXvzvZSjpHPQTmd/?lang=pt. Acesso em: 13 abr. 2021. SOARES, A. P.; ALMEIDA, L. S. Questionário de satisfação académica. In: MACHADO, C.; GONÇALVES, M.; ALMEIDA, L.; SIMÕES, M. R. (eds.).Instrumentos e contextos de avaliação psicológica. Coimbra: Almedina, 2011. SOUZA, S. A.; REINERT, J. N. Avaliação de um curso de Ensino Superior através da Satisfação/Insatisfação Discente. Avaliação Campinas; Sorocaba, SP, v.15, n.1, p.158-176,
image/svg+xmlA satisfação acadêmica no contexto do ensino superior brasileiroRIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1558-1576, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16088 1576 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/j/aval/a/GjjTfJx9kSVy8t5pRbWFbGC/abstract/?lang=pt. Acesso em: 12 abr. 2021. SUEHIRO, A. C. B.; ANDRADE, K. S. Satisfação com a experiência acadêmica: Um estudo com universitários do primeiro ano. Psicol. Pesqui., Juiz de Fora, v. 12, n. 2, p. 1-10, maio/ago. 2018. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/psicologiaempesquisa/article/view/23430. Acesso em: 26 fev. 2021. THOMAZ, P. E.; ROCHA, L. B.; MACHADO NETO, V. Estresse em estudantes de engenharia. Momento,Rio Grande, v. 20, n. 1, p. 73-86, 2011. Disponível em: https://periodicos.furg.br/index.php/momento/article/view/1947. Acesso em: 23 jun. 2021. Como referenciar este artigoOSTI, A.; ALMEIDA, L. S. A satisfação acadêmica no contexto do ensino superior brasileiro. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1558-1576, jul./set. 2022. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16088 Submetido em: 11/01/2022 Revisões requeridas em: 23/03/2022 Aprovado em: 08/05/2022 Publicado em: 01/07/2022 Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação. Revisão, formatação, normalização e tradução.
image/svg+xmlLa satisfacción académica en el contexto de la educación superior brasileña RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1561-1579, Jul./Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160881561 LASATISFACCIÓNACADÉMICAENELCONTEXTODELAEDUCACIÓNSUPERIORBRASILEÑA ASATISFAÇÃOACADÊMICANOCONTEXTODO ENSINO SUPERIOR BRASILEIROACADEMIC SATISFACTION IN THE CONTEXT OF BRAZILIAN HIGHER EDUCATIONAndreia OSTI1Leandro da Silva ALMEIDA2RESUMEN: El artículo trata el tema de la satisfacción académica en la educación superior brasileña. El tema ha sido ampliamente estudiado a nivel internacional, dada su importancia como resultado de la expansión de la educación superior y el aumento en el número y diversidad de estudiantes que acceden a la universidad, con la satisfacción académica jugando un papel decisivo en la permanencia y éxito académico de los estudiantes. Específicamente, se buscó explorar en la producción académica nacional qué trabajos se publican que abordan el tema de la satisfacción académica en el área educativa y discutir qué resultados se han encontrado, con el fin de tener una visión general del tema a nivel nacional. Metodológicamente, la investigación bibliográfica se dirigió al acervo de la Scientific Electronic Library OnLine(Scielo) y las bibliotecas universitarias de la Facultad de Educación de la UNICAMP, USP, UNESP y la Biblioteca Digital Brasileña de Tesis y Disertaciones publicadas en los últimos diez años. Los datos indican que en Brasil existen muchos estudios que investigan los aspectos que influyen en el éxito académico y la permanencia o deserción de los estudiantes universitarios, sin embargo el tema específico de la satisfacción académica aún está poco investigado. PALABRAS CLAVE:Educación superior. Satisfacción académica. Éxito académico. Revisión de literatura. RESUMO: O artigo trata sobre a temática da satisfação acadêmica no Ensino Superior brasileiro. O tema tem sido amplamente estudado em âmbito internacional em decorrência da ampliação do ensino superior e do aumento da diversidade de estudantes na universidade. Buscou-se explorar, na produção nacional, quais são os trabalhos publicados que tratam sobre a temática da satisfação acadêmica na área educacional e discutir quais resultados vêm sendo encontrados. Metodologicamente, a pesquisa qualitativa bibliográfica foi direcionada para o acervo do Scientific Electronic Library OnLine (Scielo), das bibliotecas universitárias da Faculdade de Educação da UNICAMP, USP, UNESP e da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações, selecionados trabalhos publicados nos últimos dez anos. Os dados indicam que no Brasil existem muitos estudos que investigam os aspectos que 1Universidad Estatal Paulista (UNESP), Rio Claro SP Brasil. Profesora del Departamento de Educación. Doctorado en Educación (UNICAMP). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7605-2347. E-mail: andreia.osti@unesp.br 2Universidad de Minho (UMinho), Braga Portugal. Profesor del Instituto de Educación. Doctor en Psicología (U.PORTO). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0651-7014. E-mail: leandro@ie.uminho.pt
image/svg+xmlAndreia OSTI y Leandro da Silva ALMEIDA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1561-1579, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160881562 influenciam o sucesso acadêmico e a permanência ou abandono de universitários, entretanto, a temática específica da satisfação acadêmica ainda é pouco investigada. PALAVRAS-CHAVE: Ensino superior. Satisfação acadêmica. Sucesso acadêmico. Revisão literatura. ABSTRACT: The article deals with the theme of academic satisfaction in Brazilian Higher Education. The topic has been widely studied internationally, given its importance as a result of the expansion of higher education and the increase in the number and diversity of students who access the university, with academic satisfaction playing a decisive role in the permanence and academic success of students. Specifically, we sought to explore in the national academic production which works are published that deal with the theme of academic satisfaction in the educational area and discuss what results have been found, in order to have an overview of the theme at the national level. Methodologically, the bibliographic research was directed to the collection of the Scientific Electronic Library OnLine (Scielo) and the university libraries of the Faculty of Education at UNICAMP, USP, UNESP and the Brazilian Digital Library of Theses and Dissertations published in the last ten years. The data indicate that in Brazil there are many studies that investigate the aspects that influence academic success and the permanence or dropout of university students, however the specific theme of academic satisfaction is still poorly investigated. KEYWORDS:Higher education. Academic satisfaction. Academic succes. Literature review. Introducción La investigación sobre el constructo "Satisfacción Académica" en el escenario internacional ha merecido cierto protagonismo debido al aumento en el número y diversidad de estudiantes en educación superior (ES) y la necesidad de que las instituciones traten de comprender las condiciones que favorecen la permanencia y finalización de cursos por parte de sus estudiantes. La satisfacción del estudiante se entiende como un factor determinante para su permanencia y éxito académico. También en Brasil es temática ha despertado el interés de varios investigadores, sugiriendo que una creciente demanda de estudiantes universitarios pertenecientes a diferentes realidades sociales, culturales y económicas justifica una mayor investigación sobre los factores de su participación y satisfacción académica. Es importante recordar que en las últimas décadas ha habido una gran expansión de la Educación Superior en Brasil. Se elaboraron varias políticas de acceso a la ES, como el Fondo de Financiamiento Estudiantil (Fies), destinado al financiamiento de cursos en universidades privadas, y el Programa Universidad para Todos (ProUni), apoyando el ingreso a las universidades federales y estatales del país. Este conjunto de políticas, entonces, aseguró el acceso de un mayor número
image/svg+xmlLa satisfacción académica en el contexto de la educación superior brasileña RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1561-1579, Jul./Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160881563 de estudiantes en todas las regiones, reduciendo el impacto de los factores socioeconómicos como determinantes del acceso de los estudiantes a la ES pública o privada. La garantía de acceso a la universidad y la asignación de plazas para fines específicos fue determinada en la Ley N° 12.711/2012 (BRASIL, 2012), que regula la reserva de matrícula en universidades e institutos federales de educación, ciencia y tecnología a estudiantes derivados íntegramente de la escuela secundaria pública, en cursos regulares, o de la educación de jóvenes y adultos. También hay vacantes reservadas para cuotas que se subdividen debido a los ingresos familiares del estudiante de una escuela pública. En ambos casos, también se tiene en cuenta el porcentaje mínimo correspondiente a la suma de negros, marrones e indígenas. En consecuencia, hubo una mayor accesibilidad y heterogeneidad de los grupos étnicos y los estratos sociales dentro de las universidades. Estos estudiantes tienen diferentes habilidades, expectativas y proyectos de vida, muchas veces moldeados por sus orígenes socioculturales, y estos perfiles no siempre son los más adecuados para responder a las demandas y desafíos que normalmente plantea a sus estudiantes (ALMEIDA, 2019; ALMEIDA et al.,2007; CAMPIRA; ALMEIDA; ARAUJO, 2021; MERCURI; POLYDORO, 2004). Por lo tanto, estos perfiles culturales, conductuales y sociales diferenciados comenzaron a requerir que las instituciones de educación superior (IES) prestaran mayor atención a estas nuevas audiencias en sus características y necesidades, mientras buscaban implementar servicios y programas de apoyo. Este escenario despertó en los investigadores del país interés por el análisis de las condiciones de vida académicas de los estudiantes, los factores que implican su adaptación y permanencia o abandono, en particular las variables involucradas en su aprendizaje y rendimiento académico. En las diversas áreas de la vida académica, sabemos que la participación de los estudiantes depende en gran medida de sus niveles de satisfacción o insatisfacción académica. En consecuencia, debido a estos niveles de (in)satisfacción, también se esperan niveles diferenciados de participación y uso por parte del estudiante en actividades curriculares y extracurriculares como oportunidades de formación y desarrollo psicosocial (AMBIEL; HERNÁNDEZ; MARTINS, 2016; CASANOVA; BERNARDO; ALMEIDA, 2021; CHICOet al.,2020). La satisfacción académica se puede definir como una variable de la vida de un estudiante que involucra su percepción, compromiso y logro personal y profesional con el entorno académico (ALMEIDA, 2019). En este sentido, la satisfacción académica es un constructo multidimensional, que incluye dimensiones cognitivas, emocionales y conductuales, que afecta la forma positiva o negativa en que los estudiantes experimentan sus
image/svg+xmlAndreia OSTI y Leandro da Silva ALMEIDA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1561-1579, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160881564 experiencias académicas (SOARES; ALMEIDA, 2011). Tales experiencias incluyen el aprendizaje y el rendimiento académico, la relación con colegas y profesores, el proyecto de carrera relacionado con el curso o, incluso, las diversas actividades diarias y su gestión. La investigación disponible confirma una fuerte interdependencia entre la satisfacción académica y la calidad de las experiencias académicas que ocurren durante la graduación de los estudiantes (AMBIEL; HERNÁNDEZ; MARTINS, 2016; BARDAGI; BOFF, 2010; CHICOet al.,2020). Para Osti, Freitas y Almeida (2021), la satisfacción académica juega un papel importante en la implicación del alumno con su institución. La diversidad de condiciones y experiencias de los estudiantes diferencia la satisfacción académica por áreas: Recursos Económicos, Empleo Profesional y Futuro, Calidad de la Enseñanza y Relación con los Docentes, Relación Interpersonal con colegas, Aprendizaje y Rendimiento Académico, y Calidad de los Equipos y Servicios de la Institución Educativa (OSTI et al.,2020). Esta diversidad de dimensiones nos permite describir mejor los perfiles de los estudiantes tomando sus niveles de satisfacción con las circunstancias personales y contextuales de su vida académica. Por ejemplo, la satisfacción puede variar dependiendo del área científica del curso, con mayores niveles de satisfacción entre los estudiantes de humanidades y niveles más bajos entre los estudiantes en el área exacta (SILVA; OLIVEIRA JÚNIOR, 2016), con un papel importante para identificar al alumno con el curso elegido y el éxito en su aprendizaje (ALMEIDA, 2019; SILVA, 2015). Dado lo anterior, el desarrollo del tema se considera fundamental, sobre todo al considerar los reflejos de la pandemia del Covid-19 para la mayoría de los estudiantes e instituciones, que tuvieron que adaptarse a las nuevas demandas y demandas, ya sea aislamiento y distanciamiento o sanitarios. A partir de la situación vivida, más estudios han asumido la (in)satisfacción y su impacto en la permanencia o abandono de la ES (ARAÚJO, 2017; CASANOVA; BERNARDO; ALMEIDA, 2021; AGUIJÓN; ALMEIDA, 2021; HIRSCH, 2015; OSTI; FREITAS; ALMEIDA, 2021; SANTOS; ZANON, ZANON, ISLA, 2019). Este artículo revisó la literatura sobre el tema de la satisfacción académica de los estudiantes considerando artículos, disertaciones y tesis publicadas en los últimos diez años en Brasil, buscando verificar el panorama general de las publicaciones brasileñas sobre el tema.
image/svg+xmlLa satisfacción académica en el contexto de la educación superior brasileña RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1561-1579, Jul./Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160881565 Metodología La revisión de la literatura se realizó a partir de la base de datos de la Scientific Electronic Library OnLine(SciELO), de la colección de bibliotecas universitarias de la Facultad de Educación de la Universidad Estadual de Campinas - UNICAMP, Facultad de Educación de la Universidad de São Paulo - USP y Facultad de Educación de la Universidad Estatal Paulista - UNESP, y la Biblioteca Digital Brasileña de Tesis y Disertaciones. Se seleccionaron artículos, tesis y disertaciones publicadas en los últimos diez años (2010-2020), pero también se publicaron artículos en 2021, ya que solo se encontraron dos hasta el momento de la finalización de este texto. Para todas las bases de datos, se utilizaron las siguientes palabras clave: "satisfacción académica" y "educación superior". Desde el principio, se encontraron 189 estudios, justificando la definición de algunos criterios para la selección de aquellos que efectivamente conformarían la muestra. Los criterios fueron los siguientes: a) abordar el tema de la satisfacción académica en la educación superior brasileña, b) estar dirigido a la educación superior a nivel de pregrado, y c) abordar el tema de la satisfacción desde la perspectiva de los estudiantes universitarios aún en curso. Al final, tras la selección y exclusión de duplicados, quedaron 21 trabajos, entre artículos, disertaciones y tesis. Breve presentación de los estudios analizados En un artículo reciente, Osti, Freitas y Almeida (2021) abordan las consecuencias de la pandemia de Covid-19 para la satisfacción de los estudiantes. Participaron 1.452 estudiantes brasileños, que asistieron a cursos en las tres principales áreas definidas por la Coordinación para la Mejora del Personal de Educación Superior - CAPES: Ciencias Exactas y Tecnológicas, Ciencias de la Vida y Ciencias Humanas. El cuestionario incluía preguntas cerradas y abiertas, y se aplicó online, con el objetivo de identificar cómo el escenario de pandemia comprometió la participación de los estudiantes en las actividades de aprendizaje. Los resultados indicaron que los estudiantes tenían su capacidad para participar en actividades de aprendizaje reducidas, lo que afectó a todas las actividades universitarias en general, así como en relación con el tiempo dedicado al estudio. La salud mental y física también se vio comprometida. En cuanto a la satisfacción de los estudiantes universitarios con la educación superior, Soares et al.(2021) buscó, junto con un grupo de 78 estudiantes universitarios de 19 a 50 años de diferentes Instituciones de Educación Superior - IES públicas y privadas del estado de
image/svg+xmlAndreia OSTI y Leandro da Silva ALMEIDA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1561-1579, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160881566 Río de Janeiro, identificar las características que conforman la satisfacción de estos estudiantes con la educación superior. Se destacó el papel del profesor como un elemento de satisfacción de los estudiantes. Los investigadores identificaron la importancia del profesor no solo como facilitador de los conocimientos y habilidades profesionales de los estudiantes, sino también como uno que ayuda al estudiante a hacer la transición del contenido teórico al práctico. Con respecto a la satisfacción con el curso, se detectó que el currículo bien articulado impacta positivamente en la percepción que los estudiantes tienen de la IES, y esto refleja la importancia que la universidad atribuye al curso y al estudiante. En la dirección opuesta, la insatisfacción con el curso ocurre cuando la IES proporciona actividades extracurriculares de baja calidad, estructura deficiente en el campus y poca provisión de pasantías. La insatisfacción también se relacionó principalmente con no experimentar aspectos prácticos de la profesión o con la baja calidad de la información proporcionada. En la investigación realizada en una universidad pública del estado de São Paulo, Osti et al.(2020), evaluaron varias dimensiones de satisfacción (institucional, profesional, interpersonal, recursos económicos, enseñanza, aprendizaje e ingresos) con 136 estudiantes universitarios matriculados en el 1er año de cursos de pedagogía, geografía, biología, matemáticas y computación, a través de sesiones en grupos focales. Los resultados indican que en relación a la Dimensión Institucional, los mayores niveles de insatisfacción se encuentran en los estudiantes del curso nocturno, debido a la inseguridad por el período y por no participar en gran parte de las actividades culturales y académicas que normalmente ocurren durante el día en la universidad. Por el contrario, también son los alumnos del curso nocturno los que tienen los mayores índices de satisfacción en la Dimensión Profesional, ya que la mayoría ya está empleada e inserta en el mercado laboral, teniendo una cierta estabilidad financiera. En la Dimensión Interpersonal, los mayores niveles de satisfacción se encuentran en los estudiantes de tiempo completo, debido a que tienen mayores posibilidades en la construcción de vínculos relacionales con colegas. En la dimensión de Recursos Económicos, no hubo diferencias significativas entre los grupos de estudiantes, aun así, los estudiantes en el período nocturno se sienten más satisfechos, lo que traduce que varios de ellos tienen ingresos a través de su propio trabajo, no dependiendo de sus padres en términos financieros. La Dimensión Aprendizaje e Ingresos se señala como un factor de satisfacción entre los estudiantes en las áreas de Humanidades y Biológicos, y la mayor insatisfacción se expresó en los estudiantes del área de Exacto, quienes afirman dificultad para obtener los promedios mínimos requeridos por la universidad. En la Dimensión Docente, existen altos
image/svg+xmlLa satisfacción académica en el contexto de la educación superior brasileña RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1561-1579, Jul./Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160881567 niveles de satisfacción, traduciendo la percepción de calidad de la enseñanza ofrecida por la universidad. Otros dos estudios fueron realizados por los mismos investigadores (CHICOet al.,2020; OSTI et al.,2020), describiendo el proceso de construcción de una escala de satisfacción académica llamada Cuestionario de Satisfacción Académica. En el primer estudio participaron 267 estudiantes universitarios de Brasil y Portugal, registrando el buen funcionamiento de los ítems de la escala en ambos países. En el segundo estudio, la satisfacción académica se relacionó con las experiencias académicas de los estudiantes en la ES, encontrando correlaciones significativas entre los niveles más altos de satisfacción y las percepciones positivas de las experiencias académicas, como era de esperar. En otro estudio, tomando estudiantes de tres grandes áreas científicas de cursos, Suehiro y Andrade (2018) analizaron la posible diferenciación de la satisfacción académica de los estudiantes universitarios por género, edad, área de conocimiento y el hecho de trabajar y estudiar o solo estudiar. La investigación tomó 232 estudiantes de primer año y los resultados indican que el nivel más bajo de satisfacción en la dimensión de "satisfacción con el curso" abarca la necesidad de que la relación con los maestros y compañeros de clase sea positiva; la disponibilidad de maestros para ayudar a los estudiantes, el conocimiento sobre la disciplina, las estrategias de clase y la evaluación del maestro; el contenido del curso de formación; el desempeño y el compromiso de la institución con la calidad de la formación. No hubo diferencias en función del género de los alumnos, comprobando que los que mejor concilian trabajo y estudio están más satisfechos en todas las dimensiones de satisfacción y, lo que es más significativo, en relación con la 'satisfacción con el curso'. La investigación de Fadel et al.(2018) analizó la satisfacción con la experiencia académica en estudiantes de educación superior de Ciencias Biológicas y del área de salud de una universidad pública en el estado de Paraná en Brasil. El estudio consideró a 223 estudiantes de pregrado de los cursos de Ciencias Biológicas, Farmacia, Educación Física, Enfermería, Medicina y Odontología. Los datos fueron recolectados colectivamente en el aula a partir de la aplicación de la "Escala de Satisfacción con experiencia académica" (ESEA) elaborada por Scheleich, Polydoro y Santos (2006). Se observaron promedios más altos en "satisfacción con el curso", mientras que las dimensiones "satisfacción con la institución" y "oportunidad de desarrollo" obtuvieron promedios más bajos, pero cercanos entre sí. La mayoría de los estudiantes están satisfechos con una gran parte de las variables que constituyen la vida académica, especialmente los estudiantes de medicina. Sin embargo, es inferible que la percepción de los estudiantes universitarios difiere mucho entre sí y una parte
image/svg+xmlAndreia OSTI y Leandro da Silva ALMEIDA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1561-1579, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160881568 considerable de ellos no están satisfechos con la vida académica. Destacan que es necesario que las instituciones planifiquen y mejoren las estrategias institucionales dirigidas a los estudiantes, con el objetivo de promover la satisfacción académica entre ellos, especialmente los estudiantes de pregrado en los cursos de Ciencias Biológicas y de la Salud. En cuanto a los diferentes niveles y etapas en las que se encuentran los estudiantes, Oliveira y Dias (2014) realizaron una encuesta a tres grupos (estudiantes de primer año, estudiantes de secundaria y estudiantes graduados) y el enfoque de sus inquietudes, y la satisfacción correspondiente. Los resultados indican que los estudiantes entrantes dirigen su atención a los principios de comprensión del curso, siendo el momento más crítico debido a que el período tiene la mayor tasa de deserción. También se observa que los estudiantes en la mitad del curso tienen la intención de permanecer en él y que los estudiantes graduados tienen como preocupación su iniciación en el mercado laboral. También indican que las mayores dificultades para la satisfacción académica están directamente relacionadas con la ausencia total y/o parcial de autonomía, característica que garantiza el control emocional ante situaciones problemáticas a las que se enfrentan los jóvenes durante la graduación. Los desafíos que enfrentan los jóvenes desde su entrada en ES están influenciados, según Soares Benevides et al.(2014), debido a una confluencia de variables personales y contextuales en su proceso de transición y adaptación a la CSS. Con el fin de investigar cómo las expectativas afectan la calidad de las experiencias adaptativas de los estudiantes, se aplicaron dos cuestionarios informados a las expectativas y experiencias académicas a 182 estudiantes brasileños. Los resultados indicaron que las expectativas iniciales de los estudiantes de primer año se correlacionaron con la calidad de sus experiencias académicas. En particular, las expectativas de una mayor implicación en las relaciones con los compañeros, en el proyecto de carrera profesional y en las actividades curriculares de su curso se asociaron a mayores niveles de adaptación académica de los estudiantes. Santos, Zanon e Ilha (2019) tomaron una muestra de 372 estudiantes de una institución de educación superior en el estado de São Paulo, distribuidos por los cursos de Psicología, Arquitectura y Urbanismo, Administración, Ingeniería Civil, Ingeniería Química, Ingeniería de Producción, Ingeniería Eléctrica e Ingeniería Informática. Para relacionar la autoeficacia y la satisfacción con la experiencia académica, utilizaron la Escala de Experiencia Académica (SCHLEICH; POLIDORO; SANTOS, 2006) y la Escala de Autoeficacia en Educación Superior (POLYODRO; GUERREIRO-CASANOVA, 2010). Los resultados indican que la autoeficacia es un predictor de satisfacción con la experiencia académica en estudiantes
image/svg+xmlLa satisfacción académica en el contexto de la educación superior brasileña RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1561-1579, Jul./Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160881569 universitarios, lo que sugiere la relevancia de las instituciones que promueven oportunidades para su desarrollo por parte de los estudiantes. En un estudio que buscó conocer factores que pueden impactar la insatisfacción de los estudiantes de ingeniería, Thomaz, Rocha, Machado Neto (2011), advierten que estos factores se dividen en: factores psicológicos o personales, como la elección equivocada del curso o problemas psicológicos personales; factores asociados con dificultades en el primer año de graduación, como la falta de base en la escuela primaria y secundaria; factores relacionados con el plan de estudios del curso, como el nivel de exigencia, una gran cantidad de disciplinas, una extensa carga de trabajo de clases, poco tiempo para estudiar, una gran cantidad de exámenes y trabajos a entregar, entre otros. También factores pedagógicos y estructurales, como la falta de didáctica en la formación de los docentes y las dificultades de recursos e infraestructura adecuada para el progreso de las clases, o incluso factores socioeconómicos, como los estudiantes que compaginan el trabajo con la graduación o dificultad del entorno laboral tras su inserción en el mercado laboral aparecen asociados a los niveles de satisfacción de los estudiantes de ingeniería. Para evaluar el grado de satisfacción con la experiencia académica, Czapievski y Sumiya (2014) utilizaron la "Escala de satisfacción con la experiencia académica". Esta escala evalúa tres dimensiones: satisfacción con el curso, oportunidad de desarrollo y satisfacción con la institución. La muestra estuvo constituida por 137 estudiantes de pregrado, divididos del 1º al 4º grado, y el cuestionario se aplicó en el aula durante el período normal de clase. Los datos sugieren que los estudiantes de 3er año son los más satisfechos en la dimensión "satisfacción con el curso", después de los del segundo, primer y cuarto año, mientras que en la dimensión "satisfacción con las oportunidades de desarrollo" hubo una evolución gradual de los puntajes desde el primer año. En la dimensión "satisfacción con la institución", los estudiantes de primer y segundo año están más satisfechos que los colegas de tercer y cuarto año. Finalmente, se señala que la relación alumno-docente, así como la relación con la institución, son importantes para entender la calidad de la experiencia académica. En cuanto a la satisfacción con la relación profesor-alumno en el contexto universitario, Oliveira et al. (2014) explican la necesidad de estudiar los factores asociados a dicha relación y sus consecuencias sobre las tasas de adaptación y satisfacción académica del estudiante de educación superior. Para ello, los autores entrevistaron a 29 estudiantes de una universidad pública de Rio Grande do Sul de cursos de psicología y economía, siendo estudiantes entrantes y egresados. Los resultados indican cinco aspectos de la interacción profesor-alumno que pueden facilitar y dificultar la adaptación académica de los alumnos;
image/svg+xmlAndreia OSTI y Leandro da Silva ALMEIDA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1561-1579, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160881570 son: diferencias entre los maestros de secundaria y los maestros de educación superior; formación docente y didáctica; receptividad y aliento; relación académica/personal; e importancia atribuida al profesor en la formación. Los resultados señalaron la importancia de que los docentes actúen con habilidades tanto en los aspectos teórico-didácticos como en los aspectos de la relación interpersonal, concluyendo que la proximidad afectiva entre profesor y alumnos, o conversaciones sobre temas no relacionados con el curso o profesión, pueden favorecer la satisfacción con la experiencia universitaria. Santos et al.(2013) evaluaron la integración y satisfacción académica de los estudiantes universitarios. Los participantes fueron 203 estudiantes de cursos de psicología y odontología en una universidad privada, y se aplicaron el Cuestionario de Experiencia Académica (QVA-r) y la Escala de Satisfacción Académica (ESEA). Los resultados relacionados con la satisfacción indicaron una satisfacción moderada con el curso, con la institución y con las experiencias formativas. Al comparar los resultados según el curso, los estudiantes de psicología mostraron una satisfacción significativamente mayor con el curso que los estudiantes de odontología. Sin embargo, en la dimensión satisfacción con la institución, fueron los estudiantes de odontología los que presentaron puntajes promedio significativamente más altos en comparación con los colegas de psicología. Comparando las tasas de insatisfacción estudiantil en diferentes períodos del curso (día y noche) y en las modalidades de enseñanza presencial y a distancia en estudiantes del curso de Administración en una Universidad Federal de Mato Grosso do Sul, Souza y Reinert (2010) afirman que los estudiantes del curso presencial diurno y nocturno tienen mayor satisfacción con la estructura curricular. En cuanto a la insatisfacción, se expresó sobre todo por la falta de empatía de los profesores y la falta de didáctica en la enseñanza. La mayor insatisfacción de los alumnos en la modalidad a distancia resulta de las dificultades de la docencia al profesorado y de las dificultades personales de los alumnos con la gestión del estudio individualizado y el grado de aprendizaje de las asignaturas impartidas. Con el objetivo de establecer cómo influye la satisfacción de los estudiantes en la modalidad EaD en el rendimiento académico, Machado (2014) trabajó con estudiantes de Ciencias contables y de la administración, centrándose en el análisis y la asociación con el rendimiento académico. Los resultados indicaron, como se predijo en la literatura, la influencia de la satisfacción en el rendimiento académico. Aunque los estudiantes de Contabilidad tienen Nota General del Examen Nacional de Desempeño Estudiantil - ENADE superior a los de Administración, en lo que respecta a la satisfacción en el ámbito de la interactividad, se observa lo contrario entre los cursos, siendo Administración el curso con
image/svg+xmlLa satisfacción académica en el contexto de la educación superior brasileña RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1561-1579, Jul./Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160881571 mayor satisfacción y Ciencias Contables con menor satisfacción, siendo este el factor más relevante en la predicción de resultados de aprendizaje. Al investigar la correlación entre la Escala de Adaptabilidad a la Carrera (CAAS) y el Cuestionario de Experiencias Académicas, versión reducida (QVA-r), en 89 estudiantes de Ingeniería Eléctrica y Psicología de una universidad privada del interior del estado de São Paulo, Ambiel, Hernández y Martins (2016) verificaron que la satisfacción académica con el título elegido puede ser indicativa de adaptación a la vida académica y a la carrera profesional. Los autores recomiendan que las instituciones de educación superior lleven a cabo intervenciones con el objetivo de promover la adaptabilidad profesional de sus estudiantes, ya que este proceso puede influir positivamente en la trayectoria profesional. Fonseca (2018) realizó un estudio comparativo de los niveles de expectativas y satisfacción estudiantil del Instituto Federal de Ceará (IFCE) debido a la política de interiorización en los campus de los municipios de Aracati, Canindé y Sobral. Se utilizó un cuestionario adaptado del modelo de Schleich, Polydoro y Santos (2006) para evaluar el grado de expectativa y satisfacción con la expansión e internalización de la educación superior. La investigación incluyó una muestra de 318 estudiantes, en la que la contribución parcial de cada unidad fue proporcional a su población. El autor concluyó que la estrategia de internalización es efectiva en el cumplimiento del Plan Nacional de Educación PNE y promueve la inclusión de poblaciones que antes estaban marginadas y que tenían como utopía el ingreso a la educación superior. Sus resultados en las escalas de expectativas y satisfacción son de moderados a altos. Interesado en conocer la satisfacción de los estudiantes universitarios extranjeros que se encuentran en movilidad incomingen la Universidad Federal de Rio Grande do Sul (UFRGS), Luce, Fagundes y Mediel (2016), buscaron comprender cómo las acciones promovidas por esta universidad influyeron en la calidad de la movilidad y su dimensión intercultural. Se aplicó un cuestionario online a 137 estudiantes de movilidad incomingprogramas de pregrado. La investigación mostró aspectos positivos relacionados con la comunidad académica a partir de los informes de estudiantes de intercambio, que evidenciaron el interés por el idioma, la integración entre los estudiantes y la satisfacción de los estudiantes universitarios de movilidad en el conocimiento de la cultura local. Para Oliveira, Santos y Dias (2016), un factor que mantiene los niveles positivos de satisfacción entre los estudiantes durante los años de pregrado es el contacto mantenido con sus familiares, colegas y amigos de la universidad. Así, sugieren programas que promuevan el
image/svg+xmlAndreia OSTI y Leandro da Silva ALMEIDA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1561-1579, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160881572 desarrollo de habilidades sociales por parte de los estudiantes y la creación de vínculos relacionales a favor de su adaptación académica.Según Soares et al.(2018), estar en la universidad obliga al estudiante a posicionarse en diversas esferas de su vida social y académica. Así, el universo académico puede generar diferentes niveles de (in)satisfacción del estudiante en su curso universitario. Los autores estiman que alrededor del 30% de los estudiantes que asisten a la ES están matriculados en cursos de segunda elección, lo que probablemente causa una posibilidad de insatisfacción o interferencia con respecto a la deserción del estudiante en la elección del curso. Rocha (2010) analizó la satisfacción de estudiantes de bajos ingresos en cursos de pregrado tecnológico en tres instituciones privadas de educación superior (Universidad Estatal Vale do Acaraú UVA, Facultad Ateneu e Instituto de Educación Superior de Ceará, este último perteneciente a la Universidad Paulista - UNIP). Los participantes fueron 216 estudiantes y los datos fueron recolectados a través de un cuestionario estructurado, que incluyó dos dimensiones de satisfacción académica: satisfacción general con el curso y satisfacción con la calidad del curso. Los estudiantes están satisfechos con el curso, destacando también una relación entre estudiantes y profesores guiada por el diálogo y las actitudes éticas. Según Rocha (2010), otro aspecto que influye en la elección de la universidad es el reconocimiento institucional y la calidad de la enseñanza, evidenciando que esta característica contribuye a la educación profesional de los estudiantes. Finalmente, los estudiantes están satisfechos con la elección del curso, especialmente por la percepción de que los cursos tienen calidad en sus prácticas educativas. Resultados De los 189 artículos localizados, 21 estudios fueron tomados en este estudio. La encuesta bibliográfica realizada en todas las bases de datos mostró que existe mucha investigación en educación superior relacionada con la adaptación, integración o experiencia académica, construcción de escalas, rendimiento o rendimiento académico, deserción universitaria y perfil de estudiantes de primer año o egresados. Se puede ver en lo anterior que el tema de la "satisfacción académica" ha sido investigado a nivel de la ES en Brasil. El tema de la satisfacción aparece como un complemento para explicar los procesos de adaptación, aprendizaje, desarrollo y éxito académico, lo que refuerza, para los investigadores del área educativa, que el tema puede merecer una mayor inversión en Brasil, ya que permite explicar situaciones académicas que corroboran la permanencia o abandono de los estudiantes
image/svg+xmlLa satisfacción académica en el contexto de la educación superior brasileña RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1561-1579, Jul./Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160881573 de la ES y sus variables relacionadas. Sin embargo, cabe destacar que son muchas las encuestas de satisfacción realizadas por las áreas de administración, economía, contabilidad, marketing, salud (enfermería y odontología), centrándose en las condiciones de trabajo, el mercado laboral, o un único factor específico, como el rendimiento académico durante el curso, que termina configurando en cierto modo una explicación para tener tantos puestos de trabajo encontrados y tan pocos que se ocupen más de la satisfacción académica. buscando verificar los diversos factores relacionados con ella. Especificando los estudios analizados con respecto a la satisfacción (in)académica, se verifica que los autores de estos estudios son de cuatro regiones diferentes de Brasil (Sur, Sudeste, Medio Oeste y Nordeste) y la mayoría de ellos trabajan en una universidad pública. Se verificó la participación de 17 universidades brasileñas, ocho estatales, cinco federales y cuatro privadas, lo que muestra la presencia de interés en el tema a nivel nacional. Al desmembrar universidades por estados, y debido a la cantidad de instituciones involucradas, tenemos 04 en São Paulo (UNICAMP, USP, UNESP y Universidad São Francisco), 03 en Rio Grande do Sul (Universidad del Vale do Rio dos Sinos, Universidad Federal de Rio Grande do Sul, Universidad Passo Fundo), 03 en Paraná (Universidad Estatal de Ponta Grossa, Universidad Estatal del Medio Oeste y Universidad Estatal de Paraná Occidental), 02 en Ceará (Universidad Estatal de Ceará y Universidad Federal de Ceará), 02 en Río de Janeiro (Universidad Estatal de Río de Janeiro y Universidad Salgado de Oliveira), 01 en Mato Grosso do Sul (Universidad Federal de Mato Grosso do Sul), 01 en Santa Catarina (Universidad Federal de Santa Catarina) ) y 01 en Bahía (Universidad Federal de Recôncavo da Bahia). Esta encuesta también permitió verificar las asociaciones entre las universidades brasileñas con las universidades portuguesas (Universidad del Algarve, Universidad de Oporto y Universidad de Minho) y la Universidad de Barcelona. Considerando todas las obras, se observa que ellas (CZAPIEVSKI; SUMIYA, 2014; OLIVEIRA; DÍAS, 2014; OSTI; FREITAS; ALMEIDA, 2021; OSTIet al.,2020; SANTOS; ZANON, ZANON, ISLA, 2019; SUEHIRO; ANDRADE, 2018) están vinculados a colegios o departamentos de Psicología, Educación, Odontología, Economía, Administración o Contabilidad y Derecho. Así, se observa que la psicología y la educación configuran las dos áreas con mayor inserción en el tema. El número de empleos entre 2010 y 2021 se mantuvo equilibrado por año y no ha habido un aumento en los últimos años. Teniendo en cuenta que el Informe Retratos de la Educación en el contexto de la pandemia del nuevo coronavirus (2020) afirma que el 31% de los estudiantes universitarios brasileños consideraron difícil mantener las rutinas de estudio y no evolucionaron en el proceso de clases remotas, mientras
image/svg+xmlAndreia OSTI y Leandro da Silva ALMEIDA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1561-1579, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160881574 que otro 21% se consideró en riesgo de no regresar a la universidad, es posible que debido a la pandemia pueda haber un aumento en la investigación sobre la satisfacción de los estudiantes en ES. Los trabajos nacionales sobre el tema de la satisfacción aquí descritos abordan diferentes dimensiones, evidenciando cómo la satisfacción académica influye en aspectos que van desde el rendimiento académico hasta la salud mental de los estudiantes, implicando su permanencia o abandono del curso. Sin embargo, los estudios recogidos muestran que el tema se trabaja en Brasil con muestras limitadas a ciertos cursos o áreas científicas, es decir, poco diversificadas. Por un lado, esto puede favorecer el desarrollo de medidas específicas para la población analizada, pero, por otro lado, no es posible entender cómo actúa la satisfacción académica en las más diversas áreas y dimensiones de la ES. Todos los estudios mencionados muestran cómo la satisfacción académica de los estudiantes se ve afectada por alguna variable, ya sea socioeconómica, institucional, personal o relacional. Dada la importancia del tema, Silva y Oliveira Júnior (2016) señalan que las universidades deben entender el perfil de sus estudiantes y relacionarlo con el desempeño durante el curso, porque estos estudios pueden proporcionar al docente parámetros y conocimientos específicos sobre la relación perfil del estudiante-curso, y así actuar de manera más objetiva. Consideraciones finales Este artículo revisó la literatura sobre el tema de la satisfacción académica a nivel nacional, considerando artículos, disertaciones y tesis publicadas en los últimos diez años, buscando tener una visión general de la investigación brasileña sobre este tema. Los resultados indican que la producción nacional sobre el tema involucra a universidades, especialmente públicas, que reúnen a autores de diferentes estados brasileños. Se entiende que el tema está incluido en muchos trabajos, ya sea como un constructo teórico o como un concepto que ayuda en la investigación de otros factores, como el rendimiento académico, la adaptación y la integración. En este sentido, algunos investigadores (OSTIet al.,2020; SOARES et al. 2021; SUEHIRO; ANDRADE, 2018) indican la importancia de investigar las experiencias de satisfacción o insatisfacción de los estudiantes en el ámbito universitario, pues en un sistema masivo de billetes es importante conocer y cumplir con las expectativas de los estudiantes. No cumplir con tales expectativas genera frustración e insatisfacción en los estudiantes
image/svg+xmlLa satisfacción académica en el contexto de la educación superior brasileña RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1561-1579, Jul./Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160881575 (OLIVEIRA; DÍAS, 2017; OSTIet al.,2020; SOARES et al.,2018), favoreciendo progresivamente la evasión de la universidad, manifestada a través del desinterés y la desilusión asociados a cuestiones tanto personales como institucionales. De todo lo anterior, se infiere que, cuando el estudiante cuenta con apoyo institucional, así como apoyo de amigos y familiar, además de mayor libertad en su experiencia en la universidad, puede experimentar mayor satisfacción académica. En este escenario, se vuelve a destacar la importancia de estudiar los indicadores de satisfacción e insatisfacción estudiantil, para que un mayor número de estudiantes puedan ser contemplados por políticas de inserción y servicios de atención en las universidades para promover su desarrollo y bienestar académico y social. En resumen, este estudio, que recoge publicaciones en torno a la (in)satisfacción académica de los estudiantes de la ES, permite afirmar que la investigación sobre la satisfacción académica ayuda a comprender las debilidades y deficiencias de la IES y presenta importantes hallazgos sobre el éxito y la permanencia del estudiante universitario. Sin embargo, es importante reconocer algunas limitaciones, principalmente debido al marco de tiempo y las palabras clave definidas. Por lo tanto, se considera la posibilidad de futuros estudios y la continuidad de la investigación en asociación con otros grupos de investigación y universidades. Por otro lado, considerando que la pandemia requirió una reorganización de las universidades y todos sus actores, se cree que las nuevas incursiones en el tema aquí presentado permitirán nuevas/otras investigaciones sobre los factores involucrados en la satisfacción académica y cómo impacta en la experiencia a distancia o onlinede los estudiantes. REFERENCIAS ALMEIDA, L. S. Estudantes do Ensino Superior: Desafios e oportunidades. Ensino Superior: Combinando Exigências e Apoios, 17-33. In: ALMEIDA, L. S. (ed.). Satisfação acadêmica no ensino superior: Desafios e oportunidades. 1. ed. Braga: ADIPSIEDUC, 2019. ALMEIDA, L. S.; FERRÃO, M. E. Persistence and academic expectations in higher-education students. Psicothema,v. 33, n. 4, p. 587-594, 2021. Disponible en: https://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/77409. Acceso: 21 oct. 2021. ALMEIDA, L. S. et al. Rendimento acadêmico no Ensino Superior: Estudo com alunos do 1° ano. Revista Galego-Portuguesa de Psicoloxía e Educación,v.14, n. 1, p. 209-220, 2007. Disponible en: http://hdl.handle.net/1822/12071. Acceso: 15 oct. 2021.
image/svg+xmlAndreia OSTI y Leandro da Silva ALMEIDA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1561-1579, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160881576 AMBIEL, R.; HERNÁNDEZ, D.; MARTINS, G. Relações entre Adaptabilidade de Carreira e Vivências Acadêmicas no Ensino Superior. Psicología Desde el Caribe,v. 2, n. 33, p. 158-168, maio/ago. 2016. Disponible en: https://docplayer.com.br/57783529-Relacoes-entre-adaptabilidade-de-carreira-e-vivencias-academicas-no-ensino-superior.html. Acceso: 24 Sep. 2021. ARAÚJO, M. A. Sucesso no ensino superior: Uma revisão e conceptualização. Revista de Estudios e Investigación en Psicología Y Educación, v. 4, n. 2, p. 132-141, 2017. Disponible en: http://repositorio.uportu.pt:8080/handle/11328/2554. Acceso: 02 abr. 2021. BARDAGI, M. P.; BOFF, R. M. Autoconceito, auto-eficácia profissional e comportamento exploratório em universitários concluintes. Avaliação, v. 15, n. 1, p. 41-56, 2010. Disponible en: https://www.scielo.br/j/aval/a/g6fwcjFPpspXMfmtmJqHyzj/?lang=pt. Acceso: 10 abr. 2021. BRASIL. Lei n. 12.711, de 29 de agosto de 2012. Dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 012. Disponible en: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011- 2014/2012/Lei/L12711. Acceso: 13 mayo 2020. CAMPIRA, F. P.; ALMEIDA, L. S. D.; ARAUJO, A. M. Satisfação acadêmica: Um estudo qualitativo com estudantes universitários de Moçambique. Educ. Form., Fortaleza, v. 6, n. 3, e4913, set./dez. 2021 Disponible en: https://revistas.uece.br/index.php/redufor/index. Acceso: 18 feb. 2022. CASANOVA, R. J.; BERNARDO, A. B.; ALMEIDA, L. S. Dificuldades na adaptação académica e intenção de abandono de estudantes do primeiro ano do Ensino Superior. Revista de Estudios e Investigación en Psicología y Educación, v. 8, n. 2, p. 211-228, 2021. Disponible en: https://ruc.udc.es/dspace/handle/2183/29117. Acceso: 06 enero 2022. CHICO, B. M. et al. Investigação de fatores relacionados à satisfação acadêmica no ensino superior brasileiro. Revista de Instrumentos, Modelos e Políticas em Avaliação Educacional, v. 1, p. 1-15, 2020. Disponible en: https://revistas.uece.br/index.php/impa/article/view/3793. Acceso: 13 abr. 2021. CZAPIEVSKI, F. N.; SUMIYA, A. Assessment of the degree of satisfaction of physical therapy students with the academic experience. Fisioter. mov., Curitiba, v. 27, n. 1, p. 119-125, 2014. Disponible en: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-51502014000100119&lng=en&nrm=iso. Acceso: 27 feb. 2021. FADEL, C. B. et al.Satisfaction with the academic experience among graduate students of a brazilian public university.RGO, Rev. Gaúch. Odontol., Campinas, v. 66, n. 1, p. 50-59, jan. 2018. Disponible en: https://www.scielo.br/j/rgo/a/KXSZKXJVWv4dJjdMbCFRg7Q/?format=html&lang=en. Acceso: 04 agosto 2021. FONSECA, H. H. M. Fatores extrínsecos e intrínsecos que motivam a permanência dos alunos do curso em tecnologia em hotelaria do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará com base na teoria da autodeterminação. 2018. Dissertação
image/svg+xmlLa satisfacción académica en el contexto de la educación superior brasileña RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1561-1579, Jul./Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160881577 (Mestrado em Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior) Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior, Fortaleza, CE, 2018. Disponible en: https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/31111. Acceso: 05 mayo 2021. HIRSCH, C. D. Fatores preditores e associados à satisfação dos estudantes de enfermagem.Acta paul. enferm., São Paulo, v. 28, n. 6, p. 566-572, dez. 2015. Disponible en: https://www.scielo.br/j/ape/a/8FXCFR457TkTSxGmzgQvPHw/abstract/?lang=pt. Acceso: 16 sept. 2021. INSTITUTO PENÍNSULA.Retratos da educação no contexto da pandemia do coronavírus. São Paulo: Instituto Península, 2020. Disponible en: https://www.institutopeninsula.org.br/wp-content/uploads/2020/10/Retratos-da-Educacao-na-Pandemiav2.pdf. Acceso: 14 abr. 2021. LUCE, M. B.; FAGUNDES, C. V.; MEDIEL, O. G. Internacionalização da educação superior: A dimensão intercultural e o suporte institucional na avaliação da mobilidade acadêmica. Avaliação, Campinas, v. 21, n. 2, p. 317-340, jul. 2016. Disponible en: https://www.scielo.br/j/aval/a/FhyPkHjxyz78zYHZFLvJg6t/abstract/?lang=pt. Acceso: 03 enero 2022. MACHADO, E. A. Desempenho acadêmico dos estudantes na modalidade EAD: Um estudo comparativo entre concluintes dos cursos de Ciências Contábeis e Administração. 2014. Tese (Doutorado) Universidade de São Paulo, 2014. MERCURI, E., POLYDORO, S. A. J. (org.). Estudante universitário: características e experiências de formação.Taubaté: Cabral Editora e Livraria Universitária, 2004. OLIVEIRA, C. T.; DIAS, A. C. G. Dificuldades na Trajetória Universitária e Rede de Apoio de Calouros e Formandos. Psico, v. 45, n. 2, p. 187-197, 2014. Disponible en: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistapsico/article/view/13347. Acceso en: 12 feb. 2021. OLIVEIRA, C. T.; SANTOS, A. S.; DIAS, A. C. G. Expectativas de universitários sobre a universidade: sugestões para facilitar a adaptação acadêmica. Revista Brasileira de Orientação Profissional, v. 17, n. 1, p. 43-53, 2016. Disponible en: https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/163641. Acceso: 12 feb. 2021. OLIVEIRA, C. T. et al. Percepções de estudantes universitários sobre a relação professor-aluno. Psicologia Escolar e Educacional,v. 18, n. 2, p. 239-246, 2014. Disponible en: https://www.scielo.br/j/pee/a/s3W5PBQmYJhLGqjpdY7j6jp/abstract/?lang=pt. Acceso: 16 agosto 2021. OSTI, A. et al. Satisfação académica: Pesquisa com estudantes brasileiros de uma universidade pública.Revista E-Psi, v. 9, n. 1, p. 94-106, 2020. Disponible en: https://artigos.revistaepsi.com/2020/Ano9-Volume1-Artigo6.pdf. Acceso: 17 oct. 2021. OSTI, A.; FREITAS, P. J. J. A.; ALMEIDA, L. S. O Comprometimento acadêmico no contexto da pandemia da covid-19 em estudantes brasileiros do ensino superior. Revista
image/svg+xmlAndreia OSTI y Leandro da Silva ALMEIDA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1561-1579, jul./sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160881578 Prâksis, v. 3, p. 275-292, jul. 2021. Disponible en: https://repositorium.uminho.pt/handle/1822/74311. Acceso: 22 nov. 2021. POLYDORO, S.; GUERREIRO-CASANOVA, D. C. Escala de auto-eficácia na formação superior: Construção e estudo de validação. Avaliação Psicológica, v. 9, n. 2, p. 267-278, 2010. Disponible en: https://www.redalyc.org/pdf/3350/335027283011.pdf. Acceso: 06 jul. 2021. ROCHA, P. D. M. Atributos de satisfação em cursos superiores de Tecnologia em Gestão Empresarial com foco no mercado de baixa renda. 2010. Dissertação (Mestrado em Administração e Controladoria) Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Economia, Fortaleza, 2010. Disponible en: https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/40339. Acceso: 06 abr. 2021. SANTOS, A. A. A. et al. Integração ao ensino superior e satisfação acadêmica em universitários. Psicol. cienc. prof., Brasília, v. 33, n. 4, p. 780-793, 2013. Disponible en: https://www.scielo.br/j/pcp/a/qF9KKY4hWRSy4fg3VKrt5jG/abstract/?lang=pt. Acceso: 10 agosto 2021. SANTOS, A. A. A.; ZANON, C.; ILHA, V. D. Autoeficácia na formação superior: Seu papel preditivo na satisfação com a experiência acadêmica.Estud. psicol., Campinas, v. 36, e160077, 2019. Disponible en: https://www.scielo.br/j/estpsi/a/qKQm7ZF4w6dngB7KppGQ3ZJ/abstract/?lang=pt. Acceso: 08 jul. 2021. SCHLEICH, A. R.; POLYDORO, S. A. J.; SANTOS, A. A. A. Escala de satisfação com a experiência acadêmica de estudantes do Ensino Superior. Aval. Psicológica, Itatiba, v. 5, n. 1, p. 11-20, 2006. Disponible en: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5115240. Acceso: 02 agosto 2021. SILVA, H. G. Fatores determinantes do desempenho acadêmico no Ensino Superior: Uma abordagem por meio do Estado da Arte. In:CONGRESSO INTERNACIONAL TRABALHO DOCENTE E PROCESSOS EDUCATIVOS, 3., 2015, Uberaba. Anais [...]. Uberaba: Universidade de Uberaba, 2015. SILVA, H. G.; OLIVEIRA JÚNIOR, A. P. Fatores determinantes do desempenho acadêmico no ensino superior: Estado da arte. Revista Plurais Virtual, Anápolis, v. 6, n. 2, p. 409-427, dez. 2016. Disponible en: https://www.revista.ueg.br/index.php/revistapluraisvirtual/article/view/5966. Acceso: 15 agosto 2021. SOARES, A. B. et al.A Satisfação de Estudantes Universitários com o Curso de Ensino Superior. Psicologia: Ciência e Profissão, v. 41, e220715, 2021. Disponible en: https://www.scielo.br/j/pcp/a/C7Mc5LcL96y5ff3MK8FsX3J/abstract/?lang=pt. Acceso: 09 enero 2022. SOARES, A. B. et al. Expectativas acadêmicas de estudantes nos primeiros anos do Ensino Superior. Arquivos Brasileiros de Psicologia, v. 70, n. 1, p. 206-223, 2018. Disponible en: http://repositorio.uportu.pt/xmlui/handle/11328/2553. Acceso: 19 feb. 2021
image/svg+xmlLa satisfacción académica en el contexto de la educación superior brasileña RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1561-1579, Jul./Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160881579 SOARES, A. B. et al.O impacto das expectativas na adaptação acadêmica dos estudantes no Ensino Superior. Psico-USF, v. 19, n. 1, p. 49-60, 2014. Disponible en: https://www.scielo.br/j/pusf/a/n5TL8KyLXXvzvZSjpHPQTmd/?lang=pt. Acceso: 13 abr. 2021. SOARES, A. P.; ALMEIDA, L. S. Questionário de satisfação académica. In: MACHADO, C.; GONÇALVES, M.; ALMEIDA, L.; SIMÕES, M. R. (eds.).Instrumentos e contextos de avaliação psicológica. Coimbra: Almedina, 2011. SOUZA, S. A.; REINERT, J. N. Avaliação de um curso de Ensino Superior através da Satisfação/Insatisfação Discente. Avaliação Campinas; Sorocaba, SP, v.15, n.1, p.158-176, 2010. Disponible en: https://www.scielo.br/j/aval/a/GjjTfJx9kSVy8t5pRbWFbGC/abstract/?lang=pt. Acceso: 12 abr. 2021. SUEHIRO, A. C. B.; ANDRADE, K. S. Satisfação com a experiência acadêmica: Um estudo com universitários do primeiro ano. Psicol. Pesqui., Juiz de Fora, v. 12, n. 2, p. 1-10, maio/ago. 2018. Disponible en: https://periodicos.ufjf.br/index.php/psicologiaempesquisa/article/view/23430. Acceso: 26 feb. 2021. THOMAZ, P. E.; ROCHA, L. B.; MACHADO NETO, V. Estresse em estudantes de engenharia. Momento,Rio Grande, v. 20, n. 1, p. 73-86, 2011. Disponible en: https://periodicos.furg.br/index.php/momento/article/view/1947. Acceso: 23 jun. 2021. Cómo hacer referencia a este artículoOSTI, A.; ALMEIDA, L. S. La satisfacción académica en el contexto de la educación superior brasileña. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1561-1579, jul./sept. 2022.e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.16088 Enviado en:11/01/2022 Revisiones requeridas en: 23/03/2022 Aprobado en: 08/05/2022 Publicado en: 01/07/2022 Procesamiento y edición: Editora Ibero-Americana de Educação. Corrección, formateo, normalización y traducción.
image/svg+xmlAcademic satisfaction in the context of Brazilian higher educationRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1558-1576, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160881558 ACADEMICSATISFACTIONINTHECONTEXTOFBRAZILIANHIGHEREDUCATION ASATISFAÇÃOACADÊMICANOCONTEXTODO ENSINO SUPERIOR BRASILEIROLA SATISFACCIÓN ACADÉMICA EN EL CONTEXTO DE LA EDUCACIÓN SUPERIOR BRASILEÑAAndreia OSTI1Leandro da Silva ALMEIDA2ABSTRACT: The article deals with the theme of academic satisfaction in Brazilian Higher Education. The topic has been widely studied internationally, given its importance as a result of the expansion of higher education and the increase in the number and diversity of students who access the university, with academic satisfaction playing a decisive role in the permanence and academic success of students. Specifically, we sought to explore in the national academic production which works are published that deal with the theme of academic satisfaction in the educational area and discuss what results have been found, in order to have an overview of the theme at the national level. Methodologically, the bibliographic research was directed to the collection of the Scientific Electronic Library OnLine(Scielo) and the university libraries of the Faculty of Education at UNICAMP, USP, UNESP and the Brazilian Digital Library of Theses and Dissertations published in the last ten years. The data indicate that in Brazil there are many studies that investigate the aspects that influence academic success and the permanence or dropout of university students, however the specific theme of academic satisfaction is still poorly investigated KEYWORDS:Higher education. Academic satisfaction. Academic succes. Literature review. RESUMO: O artigo trata sobre a temática da satisfação acadêmica no Ensino Superior brasileiro. O tema tem sido amplamente estudado em âmbito internacional em decorrência da ampliação do ensino superior e do aumento da diversidade de estudantes na universidade. Buscou-se explorar, na produção nacional, quais são os trabalhos publicados que tratam sobre a temática da satisfação acadêmica na área educacional e discutir quais resultados vêm sendo encontrados. Metodologicamente, a pesquisa qualitativa bibliográfica foi direcionada para o acervo do Scientific Electronic Library OnLine (Scielo), das bibliotecas universitárias da Faculdade de Educação da UNICAMP, USP, UNESP e da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações, selecionados trabalhos publicados nos últimos dez anos. Os dados indicam que no Brasil existem muitos estudos que investigam os aspectos que influenciam o sucesso acadêmico e a permanência ou abandono de universitários, entretanto, a temática específica da satisfação acadêmica ainda é pouco investigada. 1São Paulo State University (UNESP), Rio Claro SP Brazil. Professor at the Department of Education. PhD in Education (UNICAMP). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7605-2347. E-mail: andreia.osti@unesp.br 2University of Minho (UMinho), Braga Portugal. Professor Catedrático do Instituto de Educação. Doutorado em Psicologia (U.PORTO). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0651-7014. E-mail: leandro@ie.uminho.pt
image/svg+xmlAndreia OSTI and Leandro da Silva ALMEIDA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1558-1576, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160881559 PALAVRAS-CHAVE: Ensino superior. Satisfação acadêmica. Sucesso acadêmico. Revisão literatura. RESUMEN: El artículo trata el tema de la satisfacción académica en la educación superior brasileña. El tema ha sido ampliamente estudiado a nivel internacional, dada su importancia como resultado de la expansión de la educación superior y el aumento en el número y diversidad de estudiantes que acceden a la universidad, con la satisfacción académica jugando un papel decisivo en la permanencia y éxito académico de los estudiantes. Específicamente, se buscó explorar en la producción académica nacional qué trabajos se publican que abordan el tema de la satisfacción académica en el área educativa y discutir qué resultados se han encontrado, con el fin de tener una visión general del tema a nivel nacional. Metodológicamente, la investigación bibliográfica se dirigió al acervo de la Biblioteca Científica Electrónica OnLine (Scielo) y las bibliotecas universitarias de la Facultad de Educación de la UNICAMP, USP, UNESP y la Biblioteca Digital Brasileña de Tesis y Disertaciones publicadas en los últimos diez años. Los datos indican que en Brasil existen muchos estudios que investigan los aspectos que influyen en el éxito académico y la permanencia o deserción de los estudiantes universitarios, sin embargo el tema específico de la satisfacción académica aún está poco investigado. PALABRAS CLAVE:Educación superior. Satisfacción académica. Éxito académico. Revisión de literatura. Introduction Research on the construct "Academic Satisfaction" in the international scenario has deserved some attention due to the increase in the number and diversity of students in higher education (HE) and the need for institutions to try to understand the conditions that favor the permanence and completion of courses by their students. The students' satisfaction is understood as a determining factor for their permanence and academic success. This theme has also aroused the interest of several researchers in Brazil, suggesting that a growing demand of college students belonging to different social, cultural and economic realities justifies more research on the factors of their academic involvement and satisfaction. It is important to remember that in the last decades there has been a great expansion of Higher Education in Brazil. Several policies of access to HE have been elaborated, such as the Student Financing Fund (Fies in the portuguese acronym), aimed at financing courses in private universities, and the University for All Program (ProUni in the portuguese acronym), supporting enrollment in Federal and State universities in the country. This set of policies has guaranteed access for a greater number of students in all regions,
image/svg+xmlAcademic satisfaction in the context of Brazilian higher educationRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1558-1576, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160881560 reducing the impact of socioeconomic factors as determinants of student access to public or private HE. The guarantee of access to the university and the allocation of vacancies for specific purposes was determined in Law No. 12.711/2012 (BRAZIL, 2012), which regulates the reservation of enrollments in federal universities and federal institutes of education, science and technology for students coming entirely from public high school, in regular courses, or from youth and adult education. There are also places reserved for quotas that are subdivided according to the family income of the student coming from public school. In both cases, the minimum percentage corresponding to the sum of black, brown and indigenous students is also taken into account. As a result, there has been greater accessibility and heterogeneity of ethnic groups and social strata within universities. These students have differentiated skills, expectations, and life projects, often shaped by their sociocultural backgrounds, and such profiles are not always the best suited to meet the demands and challenges that HE typically poses to its students (ALMEIDA, 2019; ALMEIDA et al.,2007; CAMPIRA; ALMEIDA; ARAUJO, 2021; MERCURI; POLYDORO, 2004). Thus, these different cultural, behavioral and social profiles have demanded from higher education institutions (HEI) more attention to these new publics in their characteristics and needs, while seeking to implement support services and programs. This scenario has aroused the interest of the country's researchers in analyzing the conditions of students' academic life, the factors that imply in their adaptation and permanence or dropout, in particular the intervening variables in their learning and academic performance. In the different areas of academic life, we know that student involvement is strongly dependent on their levels of academic satisfaction or dissatisfaction. As a result, according to these levels of (dis)satisfaction, different levels of student participation and utilization are expected in curricular and extracurricular activities as opportunities for training and psychosocial development (AMBIEL; HERNÁNDEZ; MARTINS, 2016; CASANOVA; BERNARDO; ALMEIDA, 2021; CHICOet al.,2020). Academic satisfaction can be defined as a variable in a student's life that involves their perception, engagement and personal and professional fulfillment with the academic environment (ALMEIDA, 2019). In this sense, academic satisfaction is a multidimensional construct, including cognitive, emotional and behavioral dimensions, affecting the positive or negative way in which students experience their academic experiences (SOARES; ALMEIDA, 2011). Such experiences include learning and academic performance, the relationship with colleagues and professors, the career project related to the course, or even
image/svg+xmlAndreia OSTI and Leandro da Silva ALMEIDA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1558-1576, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160881561 the various daily activities and their management. The available research confirms a strong interdependence between academic satisfaction and the quality of academic experiences that occur throughout students' graduation (AMBIEL; HERNÁNDEZ; MARTINS, 2016; BARDAGI; BOFF, 2010; CHICOet al.,2020). For Osti, Freitas and Almeida (2021), academic satisfaction plays a relevant role in the student's involvement with their course and with their institution. The diversity of conditions and experiences of students differentiates academic satisfaction by areas: Economic Resources, Career and Future Employment, Quality of Teaching and Relationship with Teachers, Interpersonal Relationships with Colleagues, Learning and Academic Performance, and Quality of the Institution's Equipment and Services of Education (OSTIet al.,2020). This diversity of dimensions allows us to better describe student profiles taking their levels of satisfaction with personal and contextual circumstances of their academic life. As an example, satisfaction can vary depending on the scientific area of the course, with higher levels of satisfaction being found among students of the humanities and lower levels among students in the exact area (SILVA; OLIVEIRA JÚNIOR, 2016), an important role is played by the identification of the student with the chosen course and the success in their learning (ALMEIDA, 2019; SILVA, 2015). Given the above, it is considered essential to develop the theme, especially when considering the consequences of the Covid-19 pandemic for most students and institutions, which needed to adapt to new demands and requirements, whether of isolation and detachment or health. From the situation experienced, more studies have taken the (dis)satisfaction and its impact on the permanence or abandonment of HE (ARAÚJO, 2017; CASANOVA; BERNARDO; ALMEIDA, 2021; FERRÃO; ALMEIDA, 2021; HIRSCH, 2015; OSTI; FREITAS PONTES JÚNIOR; ALMEIDA, 2021; SANTOS; ZANON; ILHA, 2019). The present article carried out a literature review on the theme of students' academic satisfaction considering articles, dissertations and thesis published in the last ten years in Brazil, seeking to verify the general panorama of Brazilian publications on the theme. Methodology The literature review was carried out based on the Scientific Electronic Library OnLine (SciELO) database, the university libraries of the Faculty of Education of the University of Campinas - UNICAMP, Faculty of Education of University of São Paulo - USP and Faculty of Education of São Paulo State University - UNESP, and the Brazilian Digital
image/svg+xmlAcademic satisfaction in the context of Brazilian higher educationRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1558-1576, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160881562 Library of Theses and Dissertations. Articles, theses and dissertations published in the last ten years (2010-2020) were selected, however, articles published in 2021 were also incorporated, since only two were found until the finalization of this text. For all databases the keywords "academic satisfaction" and "higher education" were used. Initially, 189 works were found, justifying the definition of some criteria for the selection of those that would effectively compose the sample. The criteria were as follows: a) to deal with the theme of academic satisfaction in Brazilian higher education, b) to be directed to higher education at the undergraduate level, and c) to approach the theme of satisfaction from the perspective of university students still in course. In the end, after the selection and exclusion of duplicates, 21 works remained, among articles, dissertations, and theses. Brief presentation of the analyzed studies In a recent article, Osti, De Freitas Pontes Júnior, and Almeida (2021) address the consequences of the Covid-19 pandemic for student satisfaction. A total of 1,452 Brazilian students, attending courses in the three major areas defined by the Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES (Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel) participated: Exact and Technological Sciences, Life Sciences, and Human Sciences. The questionnaire included closed and open questions, and was applied online, with the objective of identifying how the pandemic scenario compromised the students' engagement in learning activities. The results indicated that students' ability to engage in learning activities was reduced, which affected all university activities in general, as well as their time dedicated to study. Mental and physical health were also compromised. Regarding college students' satisfaction with higher education, Soares et al. (2021) sought, with a group of 78 college students aged 19 to 50 years from different public and private Higher Education Institutions - HEIs in the state of Rio de Janeiro, to identify the characteristics that make up the satisfaction of these students with the higher education course. The role of the teacher was highlighted as an element of student satisfaction. The researchers identified the importance of the professor not only as a facilitator of the students' knowledge and professional skills, but also as the one who helps the student make the transition from theoretical to practical content. Regarding satisfaction with the course, it was detected that a well-articulated curricular grid has a positive impact on the students' perception of the HEI, and this reflects the importance the university attributes to the course and the student. On the other hand, dissatisfaction with the course occurs when the HEI
image/svg+xmlAndreia OSTI and Leandro da Silva ALMEIDA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1558-1576, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160881563 provides low quality extracurricular activities, precarious campus structure and little offer of internships. Dissatisfaction was also related mainly to not experiencing practical aspects of the profession or to the poor quality of the information provided. In research conducted at a public university in the state of São Paulo, Osti et al.(2020), assessed several dimensions of satisfaction (institutional, professional, interpersonal, economic resources, teaching, learning and performance) among 136 university students enrolled in the 1st year of the Pedagogy, Geography, Biology, Mathematics and Computing courses, through focus group sessions. The results indicate that in relation to the Institutional Dimension, the highest levels of dissatisfaction are found among students of the night course, due to the insecurity of the period and for not participating in most of the cultural and academic activities that normally take place during the day at the university. On the contrary, it is also the students from the evening course who present the highest indices of satisfaction in the Professional Dimension, since most of them are already employed and inserted into the job market, having a certain financial stability. In the Interpersonal Dimension, the highest levels of satisfaction are found in full-time students, for having greater possibilities in building relational bonds with colleagues. In the Economic Resources dimension, there were no significant differences between the groups of students; even so, the night shift students feel more satisfied, reflecting that several of them have income through their own work, not depending on their parents in financial terms. The Learning and Performance Dimension is pointed out as a factor of satisfaction among students from the Humanities and Biological areas, and the greatest dissatisfaction was manifested in students from the Exact area, who claim difficulty in obtaining the minimum averages required by the university. In the Teaching dimension, high levels of satisfaction are found, reflecting the perception of the quality of education offered by the university. Two other studies were conducted by the same researchers (CHICOet al.,2020; OSTIet al.,2020), describing the process of constructing a scale of academic satisfaction named Academic Satisfaction Questionnaire. In the first study 267 university students from Brazil and Portugal participated, registering good functioning of the scale items in both countries. In the second study, academic satisfaction was related to the academic experiences of students in HE, finding significant correlations between higher levels of satisfaction and positive perceptions of academic experiences, as expected. In another paper, taking students from three major science course areas, Suehiro and Andrade (2018) analyzed the possible differentiation of academic satisfaction of university students due to gender, age, knowledge area, and whether they work and study or only study.
image/svg+xmlAcademic satisfaction in the context of Brazilian higher educationRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1558-1576, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160881564 The research took 232 first-year students and the results indicate that the lowest level of satisfaction in the dimension 'satisfaction with the course' encompasses the need for the relationship with teachers and colleagues in the course to be positive; the availability of teachers to serve students, knowledge about the discipline, class strategies and evaluation of teachers; the content of the course for training; the performance obtained and the commitment of the institution to the quality of training. No differences were found according to the gender of the students, verifying that those who better balance work and study are more satisfied in all dimensions of satisfaction and, more significantly, in relation to 'satisfaction with the course'. The research of Fadel et al.(2018) analyzed the satisfaction with the academic experience in undergraduate students of Biological Sciences and Health area of a public university in the state of Paraná in Brazil. The study considered 223 undergraduates from the Biological Sciences, Pharmacy, Physical Education, Nursing, Medicine, and Dentistry courses. The data were collected collectively in class from the application of the "Satisfaction with Academic Experience Scale" (SES) developed by Scheleich, Polydoro and Santos (2006). Higher averages were observed in "satisfaction with the course", while the dimensions "satisfaction with the institution" and "opportunity for development" obtained lower averages, but close to each other. Most students are satisfied with a large portion of the variables that make up academic life, especially medical students. However, it can be inferred that the perception of undergraduates differs greatly from one another, and a considerable portion of them are not satisfied with their academic life. They emphasize the need for institutions to plan and improve institutional strategies aimed at students, in order to promote academic satisfaction among them, especially for Biological Sciences and Health Sciences undergraduate students. Referring to the different levels and stages in which students are, Oliveira and Dias (2014) took in a survey three groups (entering, mid-course students and concluding students) and the focus of their concerns, and corresponding satisfaction. The results indicate that entering students direct their attention to the principles of understanding the course, being the most critical moment due to the period having the highest dropout rate. It is also observed that students in the middle of their course intend to stay in it, and that final-year students are concerned with entering the job market. They also indicate that the greatest difficulties for academic satisfaction are directly linked to the complete and/or partial absence of autonomy, a characteristic that ensures emotional control over problematic situations faced by young people during graduation.
image/svg+xmlAndreia OSTI and Leandro da Silva ALMEIDA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1558-1576, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160881565 According to Soares Benevides et al. (2014), the challenges faced by young people after their entry into ES are influenced by a confluence of personal and contextual variables in their transition and adaptation process to ES. In order to investigate how expectations affect the quality of students' adaptive experiences, two questionnaires reporting on academic expectations and experiences were applied to 182 Brazilian students. Results indicated that entrants' initial expectations correlated with the quality of their academic experiences. In particular, expectations of greater involvement in peer relations, career vocational project, and curricular activities in their course were associated with higher levels of students' academic adjustment. Santos, Zanon, and Ilha (2019) took a sample of 372 students from a higher education institution in the state of São Paulo, distributed across the courses of Psychology, Architecture and Urbanism, Business Administration, Civil Engineering, Chemical Engineering, Production Engineering, Electrical Engineering, and Computer Engineering. In order to relate self-efficacy and satisfaction with academic experience, they used the Academic Experience Scale (SCHLEICH; POLYDORO; SANTOS, 2006) and the Higher Education Self-Efficacy Scale (POLYODRO; GUERREIRO-CASANOVA, 2010). The results indicate that self-efficacy is a predictor of satisfaction with the academic experience in college students, suggesting the relevance of institutions to promote opportunities for its development by students. In a study that sought to know factors that can impact on the dissatisfaction of students in the Engineering course, Thomaz, Rocha, Machado Neto (2011), warn that these factors are divided into: psychological or personal factors, such as mistaken choice of the course or personal psychological issues; factors associated with difficulty in the first year of graduation, such as lack of foundation in elementary school and high school; factors related to the course curriculum, such as the level of demand, large number of subjects, extensive class hours, little time for study, large amount of tests and assignments to be delivered, among others. Also pedagogical and structural factors, such as, for example, lack of didactics in the teachers' training and difficulties of resources and adequate infrastructure for the progress of the classes, or even socioeconomic factors, such as students who combine work with graduation or difficulty in the work environment after their insertion in the labor market appear associated to the levels of satisfaction of the Engineering students. Aiming to assess the degree of satisfaction with the academic experience, Czapievski and Sumiya (2014) used the "Satisfaction with Academic Experience Scale." This scale assesses three dimensions: satisfaction with the course, development opportunity, and
image/svg+xmlAcademic satisfaction in the context of Brazilian higher educationRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1558-1576, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160881566 satisfaction with the institution. The sample consisted of 137 undergraduates, spread from 1st to 4th year, and the questionnaire was administered in class, during the regular class period. The data suggest that the 3rd year students are the most satisfied in the dimension "satisfaction with the course", then the second, first and fourth year students, while in the dimension "satisfaction with the development opportunities" a gradual evolution of scores was noted starting in the first year. In the dimension "satisfaction with the institution", the first and second year students are more satisfied than their third and fourth year colleagues. Finally, it is pointed out that the student-teacher relationship, as well as the relationship with the institution, are important for understanding the quality of the academic experience. Regarding satisfaction with the teacher-student relationship in the university context, Oliveira et al.(2014) explain the need to study the factors associated with such a relationship and its consequences on the rates of adaptation and academic satisfaction of higher education students. To this end, the authors interviewed 29 students from a public university in Rio Grande do Sul from the Psychology and Economics courses, both undergraduates and graduates. The results point to five aspects of the teacher-student interaction that can both facilitate and hinder the academic adaptation of students; they are: differences between high school and college teachers; teachers' training and didactics; receptivity and encouragement; academic/personal relationship; and importance attributed to the teacher in the training. The results pointed out the importance of teachers acting with skills both in theoretical and didactic aspects and in interpersonal relationship aspects, concluding that the affective proximity between teacher and students, or conversations about issues unrelated to the course or the profession, may favor the satisfaction with the university experience. The work of Santos et al.(2013) evaluated the integration and academic satisfaction of college students. Participated 203 students from Psychology and Dentistry courses of a private university, being applied the Questionnaire of Academic Experience (QVA-r) and the Academic Satisfaction Scale (ESEA in the Portuguese acronym). Results indicated moderate satisfaction with the course, with the institution, and with the training experiences. When comparing the results according to the course, Psychology students showed significantly higher satisfaction with the course than Dentistry students. However, in the dimension satisfaction with the institution, it was the Dentistry students who showed significantly higher mean scores compared to their Psychology colleagues. Comparing the dissatisfaction rates of students in different periods of the course (daytime and nighttime) and in the face-to-face and distance learning modalities in students of the Administration course at a Federal University in Mato Grosso do Sul, Souza and Reinert
image/svg+xmlAndreia OSTI and Leandro da Silva ALMEIDA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1558-1576, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160881567 (2010) state that students of the face-to-face daytime and nighttime course present higher satisfaction with the curricular structure. As for dissatisfaction, it was expressed mainly by the lack of empathy from professors and the lack of didactics in teaching. The greatest dissatisfaction of students in the distance learning modality stems from the difficulties of teaching by the professors and personal difficulties of the students with the management of individualized study and degree of learning of the subjects taught. Aiming to establish how the satisfaction of students in EaD modality influences academic performance, Machado (2014) worked with students of Accounting Sciences and Administration, focusing on the analysis and association with academic performance. The results indicated, as predicted in the literature, the influence of satisfaction on academic performance. Despite the fact that students from Accounting Science have higher overall scores in the National Exam of Student Performance ENADE in the Portuguese acronym - than those from Administration, with regard to satisfaction in the sphere of interactivity, the opposite is observed between the courses, with Administration being the course with the highest satisfaction and Accounting Science with the lowest satisfaction, this being the most relevant factor in predicting learning outcomes. When investigating the correlation between the Career Adaptability Scale (CAAS) and the Questionnaire of Academic Experiences, reduced version (QVA-r), in 89 students of Electrical Engineering and Psychology of a private university in the interior of the state of São Paulo, Ambiel, Hernández and Martins (2016) found that academic satisfaction with the chosen undergraduate degree may be an indication of adaptation to academic life and professional career. The authors recommend that higher education institutions conduct interventions aimed at promoting the career adaptability of their students, as this process can positively influence the career trajectory. Fonseca (2018) conducted a comparative study of the levels of expectations and student satisfaction of the Federal Institute of Ceará (IFCE) as a function of the internalization policy in the campuses of the municipalities of Aracati, Canindé and Sobral. It was used a questionnaire adapted from the model of Schleich, Polydoro and Santos (2006) in order to assess the degree of expectation and satisfaction with the expansion and interiorization of higher education. The research counted on a sample of 318 students, in which the partial contribution of each unit was proportional to its population. The author concluded that the internalization strategy is effective in fulfilling the National Education Plan - PNE and promotes the inclusion of populations that were previously marginalized and that had the
image/svg+xmlAcademic satisfaction in the context of Brazilian higher educationRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1558-1576, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160881568 entry into higher education as a utopia. Its results in the expectations and satisfaction scales are moderate to high. Luce, Fagundes and Mediel (2016), interested in knowing the satisfaction of foreign undergraduates who are in incoming mobility at the Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS), sought to understand how the actions promoted by this university influenced the quality of mobility and its intercultural dimension. An online questionnaire was applied to 137 undergraduate incoming mobility students. The research showed positive aspects related to the academic community from the exchange students' reports, which showed interest in the language, the integration among students and the satisfaction of the undergraduates in mobility to know the local culture. For Oliveira, Santos, and Dias (2016), a factor that maintains positive levels of satisfaction among students during their undergraduate years is the contact maintained with their relatives, colleagues, and friends at the university. Thus, they suggest programs that promote the development of social skills by students and the creation of relational bonds in favor of their academic adaptation. According to Soares et al. (2018), being at university forces the student to position himself in several spheres of his social and academic life. In this way, the academic universe can generate different levels of (in)satisfaction of the student in his university journey. The authors estimate that about 30% of students who attend HE are enrolled in courses of second option, which probabilistically causes a possibility of dissatisfaction or interference regarding the student's evasion in the choice of the course. Rocha (2010) analyzed the satisfaction of low-income students in technological undergraduate courses in three private higher education institutions (Vale do Acaraú State University - UVA, Faculdade Ateneu and Higher Education Institute of Ceará, the latter belongs to the Universidade Paulista - UNIP). A total of 216 students participated, and the data were collected by means of a structured questionnaire, which included two dimensions of academic satisfaction: overall satisfaction with the course, and satisfaction with the quality of the course. The students have satisfaction in relation to the course, also highlighting a relationship between students and professors guided by dialogue and ethical attitudes. According to Rocha (2010), another influential aspect in choosing a college is the institutional recognition and the quality of teaching, showing that this feature contributes to the professional training of students. Finally, students are satisfied with the choice of the course, especially by the perception that the courses present quality in their educational practices.
image/svg+xmlAndreia OSTI and Leandro da Silva ALMEIDA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1558-1576, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160881569 Results Of the 189 papers located, 21 were selected for this study. The bibliographical survey carried out in all the databases showed that there is much research in higher education related to adaptation, integration or academic experience, construction of scales, yield or academic performance, university dropout and profile of entrants or graduates. It can be inferred from the above that the theme of "academic satisfaction" has been researched at the HE level in Brazil. The theme of satisfaction appears as an adjunct to explain processes of adaptation, learning, development and academic success, which reinforces, for researchers in the educational area, that the theme may deserve greater investment in Brazil, since it makes it possible to explain academic situations that corroborate the permanence or abandonment of HE students and their related variables. However, it should be noted that there are many researches on satisfaction conducted by the areas of administration, economics, accounting, marketing, health (nursing and dentistry), focusing on working conditions, on the labor market, or on a single specific factor, such as academic performance during the course, which, in a way, explains why there are so many studies found and so few that deal with academic satisfaction in a broader way, seeking to verify the various factors related to it. Specifying the studies analyzed regarding academic (in)satisfaction, it is verified that the authors of these studies are from four different regions of Brazil (South, Southeast, Center-West and Northeast) and most of them work in public universities. It was found the involvement of 17 Brazilian universities, eight state, five federal and four private, which shows the presence of interest in the theme nationwide. Separating the universities by states, and due to the number of institutions involved, we have 04 in São Paulo (UNICAMP, USP, UNESP and São Francisco University), 03 in Rio Grande do Sul (University of Vale do Rio dos Sinos, Federal University of Rio Grande do Sul, Passo Fundo University), 03 in Paraná (Ponta Grossa State University, Midwest State University and West Paraná State University), 02 in Ceará (State University of Ceará and Federal University of Ceará), 02 in Rio de Janeiro (State University of Rio de Janeiro e Salgado de Oliveira University), 01 in Mato Grosso do Sul (Federal University of Mato Grosso do Sul), 01 in Santa Catarina (Federal University of Santa Catarina) and 01 in Bahia (Federal University of Recôncavo da Bahia). This survey also made it possible to verify partnerships of Brazilian universities with Portuguese universities (University of Algarve, University of Porto and University of Minho) and with the University of Barcelona.
image/svg+xmlAcademic satisfaction in the context of Brazilian higher educationRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1558-1576, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160881570 Considering all the papers, it is observed that they (CZAPIEVSKI; SUMIYA, 2014; OLIVEIRA; DIAS, 2014; OSTI; FREITAS; ALMEIDA, 2021; OSTIet al.,2020; SANTOS; ZANON; ILHA, 2019; SUEHIRO; ANDRADE, 2018) are linked to faculties or departments of Psychology, Education, Dentistry, Economics, Business Administration or Accounting, and Law. Thus, it can be seen that psychology and education are the two areas with the greatest insertion in the theme. The number of papers between 2010 and 2021 remained balanced per year, with no increase in recent years. Considering that the report Retratos da Educação no contexto da pandemia do novo coronavirus (2020) states that 31% of Brazilian college students considered it a challenge to maintain study routines and were not progressing in the process of remote classes, while another 21% were considered at risk of not returning to university, it is possible that as a result of the pandemic there may be an increase in research on student satisfaction in HE The national works on the subject of satisfaction described here deal with different dimensions, showing how academic satisfaction influences aspects ranging from academic performance to students' mental health, implying in their permanence or dropout from the course. However, the collected studies show that the theme is worked on in Brazil with samples limited to certain courses or scientific areas, that is, not very diversified. On the one hand, this may favor the development of specific measures for the population analyzed, but on the other hand, it is not possible to understand how academic satisfaction acts in the most diverse areas and dimensions of HE. All the mentioned researches show how the students' academic satisfaction is affected by some variable, be it socioeconomic, institutional, personal or relational. Given the importance of the theme, Silva and Oliveira Júnior (2016) point out that universities should understand the profile of their students and relate it with the performance during the course, because these studies can provide the teacher with parameters and specific knowledge about the relationship between the student's profile and the course, and thus act more objectively. Final remarks This article conducted a review of literature on the theme of academic satisfaction at the national level, considering articles, dissertations and theses published in the last ten years, seeking to have an overview of Brazilian research on this subject. The results indicate that the national production on the theme involves universities, especially public ones, bringing together authors from different Brazilian states. It is understood that the theme appears in
image/svg+xmlAndreia OSTI and Leandro da Silva ALMEIDA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 1558-1576, July/Sept. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i3.160881571 many works, either as a theoretical construct, or as a concept that assists in the investigation of other factors, such as academic performance, adaptation, and integration. In this sense, some researchers (OSTIet al.,2020; SOARES et al. 2021; SUEHIRO; ANDRADE, 2018) indicate the importance of investigating the experiences of satisfaction or dissatisfaction of students in the university environment, because in a massified system of admissions, it is important to know and meet the expectations of students. The failure to meet these expectations generates frustration and dissatisfaction in the students (OLIVEIRA; DIAS, 2017; OSTIet al.,2020; SOARES et al., 2018), progressively favoring dropping out of university, manifested through lack of interest and disillusionment associated with both personal and institutional issues. From all the above, it is inferred that when the student has institutional support, as well as support from friends and family, and greater freedom in their experience at the university, they may experience greater academic satisfaction. In this scenario, again the importance of studying the indicators of student satisfaction and dissatisfaction is highlighted, so that a greater number of students can be covered by insertion policies and care services at universities to promote their development and academic and social well-being. In summary, this study, bringing together publications on the academic (dis)satisfaction of HE students, makes it possible to state that research on academic satisfaction helps to understand the weaknesses and deficiencies in HEIs and presents important findings regarding the success and permanence of university students. However, it is important to recognize some limitations, mainly due to the time frame and keywords defined. Therefore, it is considered the possibility of future studies and the continuity of research in partnership with other research groups and universities. On the other hand, considering that the pandemic has required a reorganization of universities and all those involved, it is believed that new incursions into the theme presented here will enable new/other research on the intervening factors in academic satisfaction and how it impacts the distance or online experience of students. REFERENCES ALMEIDA, L. S. Estudantes do Ensino Superior: Desafios e oportunidades. Ensino Superior: Combinando Exigências e Apoios, 17-33. In: ALMEIDA, L. S. (ed.). Satisfação acadêmica no ensino superior: Desafios e oportunidades. 1. ed. Braga: ADIPSIEDUC, 2019.
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