image/svg+xml
Cidadania cibernética: Contribuições de uma ação extensionista à sociedade
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estud
os em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
out./dez
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2544
CIDADANIA CIBERNÉTICA: CONTRIBUIÇÕES DE UMA AÇÃO
EXTENSIONISTA À SOCIEDADE
CIUDADANÍA CIBERNÉTICA: APORTES DE UNA ACCIÓN EXTENSIONISTA A LA
SOCIEDAD
CYBERNETIC CITIZENSHIP: CONTRIBUTIONS OF AN EXTENSIONIST ACTION
TO SOCIETY
Marcos Aurelio Guedes de OLIVEIRA
1
Natalia Diniz SCHWETHER
2
Fernando Henrique CASALUNGA
3
RESUMO
:
A Era da Informação trouxe consigo novos mecanismos de sociabilidade, bem
como grandes desafios à cidadania. Nesse cenário, é fulcral a ação dos Estados enquanto
propositores de políticas públicas, sendo a educação um importante componente do alicerce
cent
ral. Em vista disso, a partir de um conjunto de aulas teórico/práticas,
empregamos o método
lúdico pedagógico em
um projeto de extensão inovador que
tem por objetivo
fortalecer o
exercício da cidadania cibernética em jovens estudantes
.
Na medida em que
contribui para a
identificação dos participantes de sua condição enquanto cidadãos digitais
, a ação extensionista
proje
ta
uma nova realidade social, expandindo os conhecimentos adquiridos na universidade à
comunidade
.
Estamos c
ertos de que a indissociabil
idade entre pesquisa, ensino e extensão
impulsiona a produção de conhecimentos, na medida em que estabelece um vínculo de
confiança entre acadêmicos e sociedade civil, em um esforço conjunto para transformar a
realidade dos cidadãos.
PALAVRAS
-
CHAVE
:
Cidad
ania.
C
ibernética.
E
xtensão universitária
.
RESUMEN
:
La Era de la Información ha traído consigo nuevos mecanismos de sociabilidad,
así como grandes desafíos para la ciudadanía. En este escenario, la acción de los Estados
como propuestas de políticas públ
icas es central, y la educación es un componente importante
de la base central. En vista de esto, a partir de un conjunto de clases teórico
-
prácticas,
utilizamos el método lúdico pedagógico en un proyecto de extensión innovador que tiene como
objetivo fort
alecer el ejercicio de la ciudadanía cibernética en jóvenes estudiantes. Al
contribuir a la identificación de los participantes de su condición de ciudadanos digitales, la
acción extensionista proyecta una nueva realidad social, ampliando los conocimientos
adquiridos en la universidad a la comunidad. Estamos seguros de que la inseparabilidad entre
investigación, docencia y extensión impulsa la producción de conocimiento, ya que establece
1
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife
–
PE
–
Brasil.
Professor Titular
de Ciência Política
no
Departamento de Ciência Política.
Doutorado em Government (ESSEX/Inglaterra).
ORCID:
https://orcid.org/0000
-
0001
-
9792
-
5453. E
-
mail: guedes
@hotmail.com
2
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife
–
PE
–
Brasil
. Pós
-
doutoranda no Departamento de Ciência
Política.
ORCID:
https://orcid.org/0000
-
0002
-
8022
-
237X
.
E
-
mail: natalia.schwether@
ufpe.br
3
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Por
to Alegre
–
RS
–
Brasil. Doutorando no Departamento
de Ciência Política. ORCID: https://orcid.org/0000
-
0003
-
0130
-
4471
.
E
-
mail: fernandocasalunga@gmail.com
image/svg+xml
Marcos Aurelio Guedes de OLIVEIRA
;
Natalia Diniz SCHWETHER
e
Fernando Henrique CASALUNGA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
out./dez
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2545
un vínculo de confianza entre los académicos y la sociedad civil, en u
n esfuerzo conjunto por
transformar la realidad de los ciudadanos.
PALA
BRAS
CLAVE
:
Ciudadanía.
Cibernética
.
Extensión
universitaria
.
ABSTRACT
:
New social norms and significant civic challenges were both brought about by
the information age. In this
situation, the role of States in promoting public policy is critical,
with education serving as a key tenet of the fundamental structure. To improve the practice of
cybernetic citizenship in young pupils, we applied the playful pedagogical technique in an
original extension project from a series of theoretical/practical lessons.
The extensionist action
creates a new social reality by bringing the knowledge learned at the university to the
community. It is confident that the interdependence of research, teac
hing, and extension drives
the production of knowledge as it forges a trusting relationship between academics and civil
society in an effort to change citizens' realities.
KEYWORDS
:
Citizenship.
Cybernetics
.
University
extension.
Introdução
Na Era da Informação, identificada a partir de meados da década de 1990, a humanidade
passou a vivenciar uma profunda mudança social provocada pela rápida expansão da
infraestrutura de rede e pela urgência de aprendizado e uso das mais variadas tecnologias
da
informação e comunicação (TIC).
Conforme o artigo 1º da Constituição Federal (CF) de 1988
(BRASIL, 1988)
, a
cidadania é um fundamento do Estado Democrático de Direito. Ser cidadão sugere que o
indivíduo possua direitos civis (vida,
liberdade, propriedade, igualdade), participe ativamente
da sociedade, por meio de seus direitos políticos e, concomitantemente, tenha garantido seus
direitos sociais (educação, trabalho, saúde) (PINSKY, 2003).
Em 2011, a Organização das Nações Unidas (ONU
)
,
em vista da natureza única e
transformadora da Internet, afirmou ser um direito de todos o de buscar, receber e transmitir
informações e ideias pela Internet. Diante disso, ser cidadão recebeu um novo atributo que diz
respeito à sua capacidade de acessa
r a Internet e participar de maneira engajada das redes
(PATROCÍNIO, 2003).
No Brasil, a Lei que apresenta as diretrizes básicas da educação
,
L
DB
nº
.
9
.
394/96
(BRASIL, 1996
)
,
afirma ser atribuição da família e da escola, especialmente da educação
básica, a
ssegurar formação ao indivíduo que o capacite para exercício de sua cidadania.
Considerando que ter domínio sob as TIC é requisito para fruição plena da cidadania, torna
-
se
parte das competências escolares, também, a educação cibernética.
image/svg+xml
Cidadania cibernética: Contribuições de uma ação extensionista à sociedade
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estud
os em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
out./dez
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2546
Os dados da agênc
ia de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC
,
2019) revelam
que mais de 70% da população brasileira tem acesso à Internet, o que corresponde a,
aproximadamente, 130 milhões de indivíduos (TIC, 2019). Em 2020, a agência Hootsuite
identificou que supera
mos os 140 milhões de usuários de mídias sociais, um crescimento de 11
milhões (+8,2%) entre abril de 2019 e janeiro de 2020.
De acordo com o relatório do Youth Internet Safety Study (YISS 1, 2 e 3), estudo que
detalhou as experiências de jovens com situaç
ões indesejadas na Internet, houve, entre 2000 e
2010, um aumento no uso da Internet e das novas tecnologias por jovens e, paralelamente, dos
casos de assédio
online
, especialmente de meninas. Para os analistas, a questão exige projetos
específicos que pos
sam difundir mensagens relevantes aos pais e aos jovens, os quais precisam
estar informados sobre como agir em situações particulares (JONES; MITCHELL;
FINKELHOR, 20
12
).
Frente a emergência de uma sociedade altamente conectada, uma gama de riscos e
ameaças
à segurança dos usuários se multiplicaram, ampliando a preocupação do poder público
com a segurança cibernética, e exigindo a tomada de medidas com vistas à proteção de dados e
infraestruturas de rede. Diante disso, o Estado
,
enquanto principal agente for
mulador de
políticas públicas para o desenvolvimento da educação digital
,
tem nas universidades públicas
brasileiras um importante vetor para sua implementação.
Por esta razão, o artigo propõe uma discussão a respeito do papel das ações
extensionistas com
o contributos ao desenvolvimento da educação digital e, mais em específico,
daquilo que se entende por cidadania cibernética; em sequência, apresenta um projeto de
extensão inovador desenvolvido por discentes
e egressos
da
Universidade Federal de
Pernambuc
o (UFPE)
, intitulado ‘Cyber
-
Cid: da sala de aula para o computador’
,
aplicado em
jovens estudantes de escolas da rede pública.
A atividade de extensão adveio da constatação de uma carência de informações a
respeito do ambiente cibernético no ensino público
brasileiro, aliado a um forte anseio do grupo
de transpor os estudos realizados no meio acadêmico à sociedade civil. Deste modo, os autores
acreditam que conferir maior visibilidade à prática extensionista, em especial, e ao tema, no
geral, são estímulos
a novas ações ou a replicação deste modelo em outras localidades, com o
fim último de contribuir para o fomento da cidadania cibernética.
image/svg+xml
Marcos Aurelio Guedes de OLIVEIRA
;
Natalia Diniz SCHWETHER
e
Fernando Henrique CASALUNGA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
out./dez
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2547
O tripé acadêmico
O tripé acadêmico
–
ensino, pesquisa e extensão
–
é o alicerce da produção e difusão do
conheci
mento de nível superior no Brasil. A CF, no artigo 207, dispôs que “as universidades
gozam de autonomia didático
-
científico, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e
obedecerão ao princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e exten
são”
(BRASIL,
1988).
A
ssim, uma vez equiparadas pela lei, essas três atividades merecem receber igual
tratamento pelas instituições de ensino superior (IES) (MOITA; ANDRADE, 2009).
A CF
(BRASIL, 1988)
não foi, no entanto, o primeiro documento a mencionar o
termo
‘extensão’ em solo nacional
.
É
possível localizar, ainda em 1931, no Estatuto das Universidades
Brasileiras
,
um conjunto de objetivos atribuídos à extensão universitária, dentre eles, a difusão
de conhecimentos úteis à vida particular e coletiva e a solução de problemas sociais. Em 1968,
a Lei
nº
.
5
.
540
/
1968
(BRASIL,
1968
)
, também contemplou o assunto, porém nes
ta segunda
aproximação ao tema é manifesta
da
uma reorientação das atividades
,
de forma a cercear o
espaço de diálogo constituído, até aquele momento, entre as IES e a comunidade
(CARBONARI; PEREIRA, 2007).
Anos mais tarde, na década de 1980, em um context
o de ressurgimento dos movimentos
sociais, o Fórum de Pró
-
Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras emerge
como um importante ator na definição dos rumos da extensão universitária no país. Em suas
discussões, pleitearam, de início, por um
a maior precisão do conceito de extensão e sua
organização enquanto órgão próprio, com orçamento e método de avaliação (NOGUEIRA,
2003
;
CARBONARI; PEREIRA, 2007).
O Fórum foi responsável pela elaboração do Programa de Fomento à Extensão
Universitária (PRO
EXTE) e o Plano Nacional de Extensão. Proposto em 1993, o PROEXTE
resultou de um esforço conjunto entre o Ministério da Educação (MEC) e o Fórum, perante o
qual o primeiro se comprometeu a destinar recursos às IES públicas para a realização das
atividades
extensionistas. Contudo, a iniciativa não prosperou e foi desativada. Em seu lugar
,
foi proposto o Plano Nacional (1991/2001) para orientar as ações nas universidades, porém este
não obteve semelhante colaboração do MEC (NOGUEIRA, 2003).
Naquela mesma déca
da, em 1996, foi aprovada a Lei
nº
.
9
.
394
/1996 (BRASIL, 1996),
Lei
de
D
iretrizes e
B
ases da
E
ducação
N
acional, por meio da qual a extensão retoma sua
proximidade com a comunidade: “A educação superior tem por finalidade: VII
-
promover a
extensão, aberta à
participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios
resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição”
image/svg+xml
Cidadania cibernética: Contribuições de uma ação extensionista à sociedade
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estud
os em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
out./dez
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2548
(BRASIL, 1996
,
art. 43, inciso VII
). Anos mais tarde, adiciona
-
se inciso à Lei, revigora
ndo a
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
Em 2003, o PROEXTE ressurge intitulado
como
Programa de Apoio à Extensão
Universitária
.
S
eus formuladores estavam convictos de que as universidades representavam um
contributo importante para impl
ementação de políticas públicas de ensino. Em 2008, sofre uma
nova alteração em seu nome, com o Decreto
nº
.
6
.
495
/2008 (BRASIL, 2008)
, passando a
chamar Programa de Extensão Universitária (ProExt) e, a partir de então, converte
-
se na
principal iniciativa d
e fomento à extensão universitária brasileira (
KOGLIN; KOGLIN, 2019;
NOGUEIRA, 2003).
Destaca
-
se qu
e
o orçamento do ProExt permitiu, em 2016, a possibilidade de que as
instituições universitárias apresentassem proposta para concorrer a, aproximadamente, R$
16
milhões cada. Para Koglin e Koglin (2019)
,
o continuado e crescente investimento, entre os
anos de 2014 e 2016, recobrou a importância da questão, bem como representou uma avaliação
positiva de seus resultados pelo governo. Porém, a partir de 2017, o c
enário se modifica
.
N
ão
são abertos novos editais, iniciando um período de ausência de recursos e dificuldade no
desenvolvimento de projetos.
Não obstante, as ações extensionistas não perderam em importância
.
E
m 2018, o Plano
Nacional de Educação (2014
-
202
4) exigiu que as instituições de ensino superior assegur
asse
m,
no mínimo, 10% dos créditos curriculares em programas e projetos de extensão, até 2021 (PNE,
meta 12.7)
.
T
al medida demandou das universidades ações que recobrassem o prestígio da
extensão no tripé acadêmico.
Ainda que as primeiras experiências de extensão, no Brasil, remontem ao início do
século XX, historicamente, observa
-
se nas universidades a priorização de recursos e esforços
para as áreas de ensino e pesquisa; isto é, na gradu
ação
,
a ênfase é conferida ao ensino
,
e na
pós
-
graduação
,
o foco está na pesquisa (CARBONARI; PEREIRA, 2007; MOITA;
ANDRADE, 2009;).
Para Santos (1995)
,
o compromisso universitário só será cumprido, em sua totalidade,
quando as atividades de extensão se ap
rofundarem de tal forma que passem a integrar as
atividades de pesquisa e de ensino. Não obstante, no caso brasileiro, a extensão tem sido
relegada muito em virtude da pouca atenção conferida pelos órgãos de fomento e gestão a esse
importante elo de intera
ção: universidade
-
sociedade (NUNES; SILVA, 2011).
A extensão visa, justamente, intensificar as relações entre esses dois espaços. A
universidade, por meio da extensão, influenciaria e seria influenciada pela comunidade, em uma
relação de troca mútua. A academia encontra na sociedade a oportunidade da prát
ica e da
image/svg+xml
Marcos Aurelio Guedes de OLIVEIRA
;
Natalia Diniz SCHWETHER
e
Fernando Henrique CASALUNGA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
out./dez
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2549
empiria, já a extensão permite que a universidade leve à comunidade conhecimentos, em um
processo de socialização das informações (SILVA, 1997; NUNES; SILVA, 2011).
A relação de troca mútua entre a universidade e a comunidade se fortalece por meio
da
extensão, seja pela abertura de um espaço de diálogo ou pela possibilidade de desenvolvimento
de ações sociais (SILVA, 2011). Para Carbonari e Pereira (2007)
,
o grande desafio da extensão
é reajustar a relação do ensino e da pesquisa com as necessidade
s sociais; a universidade seria,
então, um instrumento capaz de auxiliar no aprofundamento da cidadania e na transformação
social (CALIPO, 2009).
Portanto, é com o auxílio das atividades extensionistas que o meio acadêmico tem a
oportunidade de estabelece
r uma relação dialógica, na qual a comunidade participe ativa e
construtivamente das dinâmicas propostas e as universidades se comprometam com a atenção
à comunidade e o compartilhamento do conhecimento. Com isso, a extensão deixa de ter um
caráter compuls
ório e ganha aspectos de um compromisso social (JENIZE, 2004; MORA
-
OSEJO; BORDA, 2004; MOITA; ANDRADE, 2009).
Nesse sentido, a unidade entre ensino, pesquisa e extensão tanto potencializa a qualidade
da produção acadêmica quanto a promove de forma ética,
haja vista que a articulação apenas
entre ensino e extensão carece da pesquisa para produção de conhecimento científico
.
J
á a
articulação entre ensino e pesquisa, falha na compreensão social. E a articulação entre extensão
e pesquisa exclui o ensino, perde
ndo a dimensão formativa da universidade (MOITA;
ANDRADE, 2009).
No que tange à ética, ao não omitir as carências materiais e informacionais inerentes à
população, a atividade de extensão contribui para a construção de melhores condições de
cidadania. É,
portanto, uma ferramenta para construção de conhecimento, não limitada aos
pares, mas que abrange uma diversidade de interlocutores (ARROYO; ROCHA, 2010).
Desse modo, a chave é pensarmos como a extensão pode contribuir mais incisivamente
na solução dos pr
oblemas sociais, com ênfase no papel que a tecnologia detém na educação,
diante da importância crescente de se pensar o conhecimento, também, sob a abordagem
tecnológica (ALMEIDA; FERNANDES; GOI, 2019).
No Brasil, as iniciativas de aplicação das TIC na edu
cação básica iniciaram em meados
da década de 1980, com a Secretaria Especial de Informática (SEI)
,
responsável por regular e
supervisionar o setor e pesquisar aspectos teóricos da aplicabilidade dos computadores no
ensino. Em 1983, a SEI instituiu a Comis
são Especial de Informática na Educação, cujo
objetivo principal foi elaborar o primeiro projeto de Informática na Educação. Em 1989 foi
image/svg+xml
Cidadania cibernética: Contribuições de uma ação extensionista à sociedade
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estud
os em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
out./dez
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2550
criado o Programa Nacional de Informática Educativa, a fim de assegurar uma convergência
política, técnica e científica
dos investimentos no setor.
Outras importantes iniciativas na área foram: o estabelecimento de uma seção nos
Parâmetros Curriculares Nacionais sobre a necessidade do uso das TIC na educação; a criação
da Universidade Aberta do Brasil; a aprovação d
a
Lei
nº
.
6
.
964/06
(BRASIL, 2006)
,
que obriga
escolas públicas, do ensino fundamental e médio, a manterem laboratórios de informática em
suas instalações; e a Lei
nº
.
13
.
415/17
(BRASIL, 2017)
,
que acrescentou às diretrizes e bases
da educação nacional o termo “e
suas tecnologias”.
Em âmbito global, a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da Organização
das Nações Unidas (ONU), elencou no Objetivo 4
a tecnologia como importante fonte de acesso
ao conhecimento e ferramenta pedagógica. Diante deste cenário
, a atividade de extensão
‘Cyber
-
Cid: da sala de aula para o computador’ entendeu como fundamental estimular a
cidadania cibernética entre os jovens (conceito desenvolvido à continuidade) de maneira
simples e didática, estimulando um uso responsável e crít
ico das tecnologias da comunicação.
Cidadania Cibernética
Os primeiros usos do termo cidadania cibernética faziam referência, exclusivamente, ao
acesso das redes
;
mais recentemente tem
-
se utilizado o termo para o uso seguro e o
comportamento responsáve
l no espaço
online
(JONES; MITCHELL, 2016). Cidadania
cibernética pode ser entendida, ainda, como a capacidade de participar da sociedade de forma
eletrônica, já o cidadão digital seria aquele que usa a Internet de forma regular, seja na busca
por informações políticas, par
a cumprir sua função cívica, ou no trabalho, com fins puramente
econômicos (MOSSBERGER; TOLBERT; MCNEAL, 2008).
A Internet provê imenso conteúdo em diferentes áreas, além de espaço para discussão e
mobilização. A posse de informações é um recurso important
e à emancipação individual, aliado
à
leitura frequente de notícias
,
que estimula o debate e o interesse por um tema, como a política.
Em conjunto, o conhecimento, a discussão e o interesse criam as condições para o engajamento
social, contudo, as mesmas di
ficuldades que os grupos mais desfavorecidos experimentam no
acesso à educação,
a
empregos e ao processo político, ocorre no meio cibernético
(MOSSBERGER; TOLBERT; MCNEAL, 2008).
No Brasil, embora grande parte da população tenha acesso regular à Internet,
podendo
ser considerada usuária, existe um percentual de jovens que poucas vezes ou nunca acessaram
a rede mundial de computadores. Trata
-
se de indivíduos localizados
,
em sua maioria
,
em zonas
image/svg+xml
Marcos Aurelio Guedes de OLIVEIRA
;
Natalia Diniz SCHWETHER
e
Fernando Henrique CASALUNGA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
out./dez
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2551
rurais e nas regiões Norte e Nordeste do país
,
que, dentre outr
os motivos, enfrentam
dificuldades como a indisponibilidade de Internet em sua localidade, falta de conhecimento
para manuseio da ferramenta e a carência de computadores
,
que inviabiliza a utilização
da rede
,
seja em suas casas, empregos ou escolas. Por ou
tro lado, os dados apontam que a região Sul é
aquela em que os jovens mais acessam a rede, mais de uma vez por dia (CGI.
BR
, 2018).
A exclusão digital, cada vez mais, marginaliza os indivíduos da vida pública, o que
,
consequentemente
,
acarreta menores capac
idades para competirem por empregos, realizarem
boas formações, entre outros. Para Amartya Sen (1993)
,
a pobreza e a desigualdade não devem
ser pensadas em termos de posses materiais, mas à luz das capacidades que os membros da
sociedade detêm; isto posto,
não apenas os que estão
offline
possuem desvantagens, mas,
também, aqueles que não possuem uma conexão em suas casas e dependem de serviços de
pouca qualidade ofertados pelo Estado (MOSSBERGER; TOLBERT; MCNEAL, 2008).
Para Van Dijk (2005)
,
ao mesmo tempo
em que se verifica um crescimento no uso da
Internet (como é possível observar no Gráfico 1), aumentam, também, as destrezas que os
indivíduos devem possuir para efetivamente estarem
online
. Por essa lógica, para ser um
cidadão cibernético
,
é necessário ta
nto uma conexão de qualidade quanto habilidades
específicas de leitura, escrita e compreensão das informações disponíveis eletronicamente.
Gráfico 1
–
Adolescentes com perfil próprio em rede social (B
RASIL
, 2013
-
2016)
Fonte:
Elaborado pelos
autores, baseado em CGI.br (2018)
Diante disso, o papel da educação digital na promoção da inclusão torna
-
se proeminente
.
P
or exemplo, estudos demonstram que o nível de escolaridade está relacionado diretamente
com a quantidade de horas que as pessoas pas
sam conectadas (
online
)
,
realizando buscas por
conteúdos relativos a ensino, trabalho, saúde, finanças, ciências e, também, notícias, governo e
política (DIMAGGIO; CELESTE, 2004).
75
80
85
90
95
100
1
2
3
4
5
6
7
8
image/svg+xml
Cidadania cibernética: Contribuições de uma ação extensionista à sociedade
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estud
os em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
out./dez
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2552
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e
a Cultura
(U
NESCO, 2016,
n.p.
)
:
“A forma como o sistema educacional incorpora as TIC afeta
diretamente à diminuição da exclusão digital”. No Brasil, a pesquisa TIC Educação 2017
verificou que 97% das escolas detinham acesso à Internet, porém
,
a quantidade
de
equipamentos conectados era muito limitada; na maioria delas, havia uma proporção de
quarenta alunos para cada computador disponível.
O estudo identificou que o aprendizado sobre o manuseio da ferramenta ocorria, em
geral, de maneira autodidata. Confor
me apontaram os dados, 80% dos alunos de escolas
públicas e privadas do país aprenderam a usar a Internet por conta própria, e apenas a metade
deles recebeu instruções de seus professores sobre a importância da verificação das informações
obtidas na Intern
et em mais de uma fonte (CGI.
BR
, 2017).
Frente a esse cenário, o incentivo à análise dos textos e do conteúdo das informações
disponíveis na rede, bem como o estímulo a uma maior ponderação no compartilhamento das
informações constitui um dos pilares funda
mentais da educação digital, ao passo em que
estimula o desenvolvimento do pensamento crítico e reduz a vulnerabilidade do cidadão à
desinformação (CANTO, 2019).
A educação digital engloba, também, as habilidades necessárias ao uso dos
computadores e da In
ternet
,
como, por exemplo, a requisição de informações do poder público
que se encontram disponíveis em portais de transparência; as estratégias para utilizar
buscadores; a criação de senhas fortes;
o
uso de
softwares
para evitar mensagens indesejadas
(
spa
ms
) e/ou ataques maliciosos (
KOLTAY, 2011;
MENDEL, 2009; SONCK
et al
.
,
2011).
Ademais, fazem parte desta educação as recomendações contra comportamentos
impróprios, como práticas de agressão moral, organizadas por grupos, contra uma determinada
pessoa e al
imentadas via Internet (
cyberbullying
); o envio eletrônico de textos ou fotografias
de caráter sexual (
sexting
) (HINDUJA; PATCHIN, 2010); e, não menos importante,
o incentivo
à
prática de comportamentos respeitosos e atividades que impulsionem o engajament
o cívico
(JONES; MITCHELL, 2016).
Por essa razão, Ribble (2010) elencou nove elementos que, em sua opinião, compõem a
cidadania digital ou cibernética, dispostos na Tabela 1:
image/svg+xml
Marcos Aurelio Guedes de OLIVEIRA
;
Natalia Diniz SCHWETHER
e
Fernando Henrique CASALUNGA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
out./dez
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2553
Tabela 1
–
Elementos da cidadania cibernética
1. Etiqueta
Padrões
eletrônicos de conduta e uso responsável do espaço
digital;
2. Comunicação
Troca eletrônica de informação dinâmica e célere;
3. Literacia
Processo de ensinar e aprender sobre tecnologia e seu uso;
4. Acesso
Participação eletrônica
irrestrita;
5. Comércio
Compra e venda eletrônica de bens;
6. Lei
Responsabilidade eletrônica sobre ações, ética da tecnologia;
7.Direitos e
Responsabilidade
Liberdades no espaço digital (privacidade, liberdade de
expressão);
8. Saúde e Bem
-
Estar
Segurança da visão, boas práticas ergonómicas
etc.
;
9. Segurança
Precauções eletrônicas para garantir a segurança dos dados.
Fonte: Ribble (2010)
Os nove
elementos conformam um guia para a abordagem do tema nas escolas
,
que
demanda um perfil bastante específico de educador e conhecimentos na área de ensino. De
modo sucinto, o primeiro elemento trata do direito ao acesso à rede e considera que o foco dos
Est
ados deve estar na garantia de acesso irrestrito. No que tange à comunicação digital, destaca
-
se a preparação necessária para uso das ferramentas. Sobre a literacia, considera que a sociedade
precisa aprender a respeitar os padrões eletrônicos de conduta e
procedimentos, para aproveitar
o conteúdo disponível
online
de modo objetivo. No tocante ao comércio digital, salienta a
atenção redobrada que se deve ter com ilegalidades e/ou fraudes. No aspecto da saúde física e
mental, frisa a importância do cultivo de bons hábitos. Por fim, alerta para a adoção de medidas
pre
ventivas
,
como a instalação de antivírus, o armazenamento de dados (
backups
), construir
senhas seguras, dentre outros (RIBBLE, 2010; SIMÃO; CARNEIRO, 2015). Na Tabela 2
,
estão
organizados os noves elementos em três categorias:
Tabela 2
–
Categorias da Cid
adania Cibernética
Aprendizagem dos estudantes e
desempenho acadêmico digital
Comportamento dos estudantes
no ambiente digital
Vida digital dos estudantes fora
do Ambiente Acadêmico
Acesso
Comunicação
Segurança e Proteção
Literacia
Etiqueta
Direitos e Deveres Digitais
Legislação
Comércio
Saúde e Bem
-
estar
Fonte: Adaptado de Ribble (2007)
Depreende
-
se da Tabela 2 que os noves elementos não estão isolados, há uma
interconexão entre eles assente na proximidade que conservam com o
ambiente escolar
.
Diante
dis
s
o
,
foram criadas três categorias a partir de seus efeitos no espaço digital: a) na aprendizagem
e desempenho acadêmico; b) no ambiente escolar e no comportamento dos alunos; e, c) na vida
image/svg+xml
Cidadania cibernética: Contribuições de uma ação extensionista à sociedade
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estud
os em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
out./dez
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2554
do aluno fora do ambiente escolar. Fren
te a tais categorias
,
e considerando os desafios que cada
estabelecimento de ensino enfrenta, os educadores podem optar por conferir maior ênfase a uma
delas ou escolher qual conjunto abordarão primeiro, mantendo o objetivo geral de capacitar os
discentes
a exercerem sua cidadania cibernética (RIBBLE, 2007).
De acordo com Jones e Mitchell (2016)
,
o melhor formato para que esse conhecimento
alcance o público jovem são discussões que os façam pensar em como cada uma dessas práticas
são requeridas no uso cotid
iano do espaço cibernético. Tal ação pode ser fomentada a partir da
construção de jogos didáticos que elucidem as situações e como agir diante delas. Outra opção
é encorajar que os discentes, em grupos de discussão,
a
encontrem falhas e divergências em
sua
s próprias redes sociais ou em redes anônimas, capacitando
-
os de forma prática a utilizar a
linguagem cibernética.
O Projeto Cyber
-
Cid
Frente ao exposto, o projeto de extensão “Cyber
-
Cid: da sala de aula para o computador
”
foi estruturado a
partir de quatro principais módulos: acesso à informação; infraestrutura de
rede; crimes cibernéticos e uso das redes sociais
,
que empregam o método lúdico pedagógico
para estimular o exercício da cidadania cibernética por jovens estudantes.
Os módulos
con
tam com atividades práticas desenvolvidas com
os seguintes objetivos:
i) oferecer ferramentas para busca e aquisição de informações sobre o poder público,
incentivando medidas de governança como a transparência dos gastos públicos; ii) ensinar
como protege
r os aparelhos conectados à rede, evitando a contaminação por ameaças nocivas
que circulam no espaço digital; iii) alertar sobre os problemas relacionados aos crimes
cibernéticos, no intento de reduzir a probabilidade de perpetração de práticas danosas
,
co
mo
assédio e violência verbal
,
nesse ambiente; iv) incentivar o uso respeitoso e solidário das redes
sociais e do espaço digital.
As subseções seguintes apresentam o arranjo e a experiência de aplicação da
intervenção.
image/svg+xml
Marcos Aurelio Guedes de OLIVEIRA
;
Natalia Diniz SCHWETHER
e
Fernando Henrique CASALUNGA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
out./dez
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2555
Arranjo Prátic
o
Sob a égide do a
rgumento central deste artigo, o projeto foi elaborado com intuito de
oferecer condições para ampliar o exercício cidadão de jovens no espaço cibernético. Nesse
sentido, o aumento do engajamento eletrônico (motivado, em grande medida, por projetos de
educa
ção cibernética) capacita a sociedade civil para agir de forma respeitosa e solidária
online
.
A metodologia empregada buscou promover a construção do conhecimento acerca da
importância do exercício da cidadania cibernética por meio de aulas expositivas, as
quais
elucidaram os mecanismos de participação social e propuseram atividades práticas para fixação
do conteúdo.
No que concerne à sua estrutura, a estratégia utilizada para a realização da atividade
percorreu três principais etapas:
1. Seleção e planejam
ento: estabelecimento de contatos com instituições de ensino,
levando em consideração elementos pragmáticos (viabilidade de acesso, público atendido,
recursos técnicos disponíveis e demonstração de interesse em participar de modo voluntário).
Esta etapa co
ntemplou, também, o planejamento colaborativo das atividades de ensino, bem
como a aplicação de um piloto composto por quatro aulas
-
testes, para preparação dos discentes
responsáveis pelo projeto.
2. Ação: implementação da atividade extensionista a partir
de aulas expositivas,
produtos audiovisuais e a proposição de atividades práticas (acesso aos portais da transparência,
jogos temáticos, rodas de diálogos, fóruns de debate e dinâmicas de grupo) para fixação do
conteúdo e, por fim, a produção de uma cartil
ha informativa.
3. Observação e reflexão: realização periódica de reuniões para aprimoramento das
atividades e coleta de informações que permitiram agregar os resultados dessa experiência,
especialmente sob o ponto de vista dos professores.
No que se refe
re à sua aplicação, o conteúdo do projeto foi transmitido por discentes
(graduandos e pós
-
graduandos)
e egressos
da
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
que fazem parte do
Núcleo de Estudos Americanos (NEA)
, s
ob a direção do Professor Dr.
Marcos Aurél
io Guedes de Oliveira (UFPE)
. A equipe composta por oito indivíduos ministrou
uma série de aulas, priorizando técnicas de aprendizagem ativa. Cada um dos quatro módulos
foi compartilhado por uma equipe de dois facilitadores.
De modo geral, o primeiro módul
o centrou
-
se na utilização dos mecanismos de
participação eletrônica, discorrendo sobre a evolução histórica dos direitos ao acesso à
informação; o segundo ilustrou o funcionamento da infraestrutura da rede mundial de
image/svg+xml
Cidadania cibernética: Contribuições de uma ação extensionista à sociedade
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estud
os em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
out./dez
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2556
computadores e suas vulnerabilidades;
o terceiro discutiu a incidência de crimes cibernéticos,
instruindo o público
-
alvo a buscar ajuda, especialmente em casos sensíveis; por fim, o quarto
módulo concluiu indicando caminhos para o uso responsável das redes sociais, principalmente
no tocante à
identificação de notícias falsas.
Em suma, o curso ofertou uma carga horária total de dezesseis horas/aula para,
aproximadamente, quarenta alunos da rede pública. Os quatro módulos foram apresentados em
sequência, durante dois meses
no ano
de 2019
, em duas horas/aula ministradas semanalmente
com a ajuda das parcerias firmadas com
a
Escola
Do
m
Bosco
e a Biblioteca
do
Centro
Comunitário da Paz
–
Compaz
–
Escritor Ariano Suassuna
, ambas
localizadas em Recife,
Pernambuco.
Prática
A Unesco
(2003)
indica um aumento vertiginoso no número de países que adotam leis
de acesso à informação pública em suas constituições, subindo de treze, em 1990, para mais de
setenta, em 2010. Igualmente, organizações intergovernamentais como bancos multilaterais
de
desenvolvimento e instituições financeiras internacionais aderiram ao processo de divulgação
de informações
, d
e tal maneira que o direito à informação passou à esfera dos direitos humanos
fundamentais e ampliou a capacidade do cidadão em controlar as a
ções dos agentes públicos
(MENDEL, 2009).
Nesse sentido, o primeiro módulo instruiu os jovens sobre como utilizar as ferramentas
de acesso à informação e participação disponíveis
online
. Para isso, destacou a importância da
implementação da Lei de Acesso à
Informação (LAI) na transformação da cultura institucional
brasileira, tendo em vista o seu papel na promoção da transparência, participação social no
processo decisório e cooperação entre os órgãos públicos e os cidadãos.
Para tanto, foi exposto o apara
to legal internacional e nacional, com enfoque específico
na importância da produção de informações e dados confiáveis e acessíveis por órgãos públicos
.
D
e forma a demonstrar aos jovens o poder que a transparência oferece à sociedade na
reivindicação de ma
ior eficiência nas ações públicas foram discutidos conceitos como
transparência ativa e passiva.
Em uma das atividades propostas
,
os estudantes foram encorajados a buscar por
informações de seu interesse eletronicamente, por meio da utilização do portal el
etrônico
Serviço de Informação ao Cidadão (E
-
SIC)
,
do governo federal. Para tal, valeu
-
se dos recursos
multimídia (
tablets
) fornecidos pela instituição de ensino e um modelo de requerimento
image/svg+xml
Marcos Aurelio Guedes de OLIVEIRA
;
Natalia Diniz SCHWETHER
e
Fernando Henrique CASALUNGA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
out./dez
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2557
elaborado pela equipe. Tendo em vista que essa atividade requer um
período (vinte dias úteis)
para que a informação seja disponibilizada, foi criado um grupo de acompanhamento, em uma
plataforma de comunicação, para orientações. O grupo foi útil, ainda, para discutir a
importância da produção de dados confiáveis e acessí
veis.
Embora a atividade prática fosse considerada fundamental para o êxito do módulo, é
valido ressaltar que houve baixa adesão dos estudantes, resultado atribuído, em grande medida,
ao difícil acesso à Internet e
à
alta carga de trabalho e/ou escolar do
s jovens. A despeito disso,
aqueles que a desempenharam puderam compartilhar a experiência do exercício da cidadania
cibernética. Com a realização da atividade, os participantes puderam reconhecer o arcabouço
legal e ter ciência de suas responsabilidades e
garantias, bem como se tornaram capazes de
identificar os canais de comunicação entre a sociedade civil e o poder público.
No segundo módulo foram ofertadas noções básicas de infraestrutura de rede, tendo em
vista que o ciberespaço é, cada vez mais, frequ
entado por novas gerações, estimuladas a
vivenciar o mundo virtual desde muito cedo. Diante disso, entender os riscos e as ameaças da
navegação em rede é de grande importância. Para isso, definições como rede de computadores
e Internet foram transmitid
a
s,
a partir de estímulos à aprendizagem ativa e participação dos
estudantes em atividades lúdicas.
Um dos jogos desenvolvidos foi intitulado “Vírus vs. Usuário”
;
nele
,
a turma foi
dividida em dois grupos,
onde
metade desempenhou o papel de um vírus com a mis
são de
infectar os servidores dos usuários (outra metade
do grupo
). A representação contou com
bexigas de ar infladas distribuídas aos usuários, as quais deveriam ser estouradas pelos vírus,
no menor tempo possível. Como esperado
,
as bexigas foram rapidamente estouradas,
demonstrando de maneira simples a facilidade que um vírus possui de infectar um sistema
operacional, quando vulnerável.
Já na discussão sobre a importância da segurança dos dados
,
foi proposta a simulação
de um ata
que
hacker
. Nessa oportunidade, os estudantes receberam
pen
-
drives
infectados e
puderam corrigi
-
los. Houve, também, a comparação dos sistemas operacionais em termos de
segurança, custo, funções e aplicabilidade, assim como os estudantes foram estimulados a
se
prevenir
em
de ataques maliciosos por meio de
softwares
de proteção e senhas fortes.
No terceiro módulo
,
a temática central foram os crimes cibernéticos e os direitos e
deveres dos usuários nas redes. A prevenção à criminalidade cibernética trata
-
se de
questão
fulcral ao cidadão brasileiro, uma vez que o país ocupa o segundo lugar no
ranking
de crimes
cibernéticos, que afeta cerca de 62 milhões de pessoas
todos os anos
, causando um prejuízo
anual em torno de 100 bilhões de reais (
SYMANTEC CORPORATION
, 2
017).
image/svg+xml
Cidadania cibernética: Contribuições de uma ação extensionista à sociedade
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estud
os em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
out./dez
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2558
Frente a este cenário, fomentou
-
se o uso seguro dos meios digitais, a partir da descrição
do funcionamento de mecanismos disponibilizados pelo Estado para proteção dos cidadãos
contra essa contravenção. O conceito de crime cibernético, seus tipos pe
nais e legislação
correlata (Marco Civil da Internet) foram trabalhados, com o intuito de ajudar os participantes
na identificação e utilização dos mecanismos de ação social para denúncia e controle.
Nesse ensejo, demonstrou
-
se aos participantes que os da
dos individuais são informações
elementares do direito à privacidade e devem ser respeitados, tanto pela iniciativa privada
quanto pelo governo.
A
espionagem cibernética
também foi tema de discussão, apresentando sua definição,
casos práticos e o seu comba
te. Nessa etapa, foram expostas a Lei de Crimes Cibernéticos, a
Lei
nº
.
12.737
/
2012
(Lei Carolina Dieckmann)
(BRASIL,
2012
)
e o Direito Penal Brasileiro
(BRASIL,
1984
)
, na perspectiva da configuração de crimes pelas redes em decorrência de seu
mau uso, em
casos de: injúria racial, ameaça, pornografia infanto
-
juvenil, delitos de ódio, dentre
outros.
Por último, os conceitos de
cyberbullying
, sextorsão, pornografia de vingança foram
tratados, questionando, por exemplo, como o indivíduo (vítima) deve se prote
ger nessas
situações e quais os cuidados devem ser observados no uso das redes sociais para evitar uma
possível má conduta.
A fim de fixar o conteúdo ministrado, se propôs uma atividade prática na qual os
estudantes foram expostos a situações hipotéticas
de crimes cibernéticos e, a partir delas,
estimulados a identificar a qu
e
categorias os delitos correspondiam
;
uma vez identificados, os
participantes deveriam indicar quais ações deveriam ser tomadas para lidar com a situação. Essa
atividade contribuiu pa
ra estabelecer um diálogo claro e objetivo a respeito da importância da
denúncia de ações cibernéticas nocivas à sociedade civil
:
os estudantes reagiram com
entusiasmo à possibilidade de ação diante de contravenções, até então pouco compreendidas.
O quarto
e último
módulo identificou as principais problemáticas que os jovens
enfrentam ao utilizar as plataformas de interação social e apresentou meios para saná
-
las. Uma
vez que, por um lado, as redes sociais promovem a aproximação entre as pessoas, o
comparti
lhamento de notícias e o aprendizado, por outro, estão associadas ao roubo de dados
pessoais, ao compartilhamento de notícias falsas e
à
manipulação da opinião pública.
Para tanto, foram apresentados o histórico, o funcionamento e as regas de utilização d
as
principais redes sociais. Igualmente, discutiu
-
se com os jovens qual o propósito de cada uma
delas, seus benefícios, direitos e deveres que organizam a convivência entre os usuários. Foram
image/svg+xml
Marcos Aurelio Guedes de OLIVEIRA
;
Natalia Diniz SCHWETHER
e
Fernando Henrique CASALUNGA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
out./dez
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2559
informados sobre a captação de dados pessoais por empresas de te
cnologia e como funcionam
os
bots
responsáveis por aumentar as interações em determinadas páginas e/ou assuntos.
Ademais, o módulo se dedicou ao uso de ferramentas para identificação e combate às
fakenews
, incentivando os alunos a verificarem pontos sensív
eis de uma notícia, tais como: tom
alarmista,
site
desconhecido, erros gramaticais, conteúdo sensacionalista, especialistas não
reconhecidos, ausência de autoria, pedido para compartilhamento imediato. Nesse momento,
estimulou
-
se os estudantes a indicarem
manchetes e
links
de notícias como verdadeiras ou
falsas. A atividade despertou grande engajamento e curiosidade, tornando
-
se a mais citada após
o término do projeto.
Por fim, a atividade extensionista encerrou enfatizando a importância da educação
digital
para o exercício da cidadania cibernética, em um mundo em que todos os seus processos
e estruturas estão, cada vez mais, dependentes desse domínio.
Con
siderações
finais
O incremento no uso das novas tecnologias trouxe consigo a necessidade de
novos
conhecimentos que permitam ao cidadão ser capaz de retirar delas o seu melhor nas mais
diversas áreas, desde a busca por informações críveis, trabalho, ensino, relacionamentos
pessoais, até como instrumento de cobrança dos governantes por maior trans
parência nos dados
e apresentação de resultados.
Conforme o exposto, o poder público e a escola são os principais agentes responsáveis
pelo processo de capacitação da sociedade civil, jovens em específico, para o exercício da
cidadania digital. Mediante o
fornecimento do acesso à Internet de qualidade para todos,
é
fundamental promover
a capacitação deste público para que se tornem conscientes de seus
direitos e deveres
,
e da oferta de conhecimento para que possam proteger suas informações
pessoais e privac
idade no espaço cibernético.
Em vista disto, este artigo apresentou a experiência prática dos discentes
e egressos
da
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
, os quais
,
por meio de uma atividade de extensão
,
buscaram contribuir com a projeção desta nova
realidade social, expandindo os conhecimentos
adquiridos na universidade à comunidade
, c
ertos de que a indissociabilidade entre pesquisa,
ensino e extensão impulsiona a produção de conhecimentos, na medida em que estabelece um
vínculo de confiança entre a
cadêmicos e sociedade civil, em um esforço conjunto para
transformar a realidade dos cidadãos.
image/svg+xml
Cidadania cibernética: Contribuições de uma ação extensionista à sociedade
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estud
os em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
out./dez
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2560
O sucesso do projeto adveio de sua extrema atualidade, ao propor um conteúdo
inovador, além de preencher a lacuna de total carência que as escolas possuem na ofe
rta de
projetos semelhantes. Por esta lógica, a extensão cumpre seu papel de ser uma ferramenta
efetiva para intervir e modificar a realidade.
A iniciativa permitiu aos estudantes e professores se familiarizarem com conceitos
novos, tanto de forma
teórica quanto prática
;
estimulou, ainda, a troca de experiências e a
sensibilização com situações fáticas e, fundamentalmente, proporcionou aos participantes sua
identificação na qualidade de cidadãos digitais, parte de uma comunidade mais ampla, na qual
podem e devem atuar politicamente.
Por fim, como desafio, identificamos a necessidade de ampliar a vivência cidadã digital,
para que não se reduza a processos formativos esporádicos. A construção de uma cultura
democrática e cívica requer um repensar subst
ancial dos diferentes componentes da vida dos
jovens, para além dos muros escolares. Neste ensejo, estimulamos a educação digital através da
replicação deste projeto em diferentes regiões e para os mais variados públicos, certos de que a
mobilização para o
exercício da cidadania cibernética de modo seguro e eficiente é
indispensável para agir frente às demandas da Era Digital.
AGRADECIMENTOS
:
À Pró
-
Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal de
Pernambuco (Proexc
-
UFPE); à Coordenação de Aperfei
çoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES); à Escola Do
m
Bosco
–
Recife/PE
e à Biblioteca do Centro Comunitário da Paz
–
Compaz
–
Escritor Ariano Suassuna
.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, S
.
; FERNANDES
, J.
Á
.
; GOI, V. El uso de las tecnologías digitales en las
escuelas:
Un
estudio basado en los informes de políticas públicas brasileñas.
Revista do
Centro de Educação UFSM
,
Santa Maria,
v. 44,
p. 1
-
12, fev./set.
2019.
Disponível em:
https://www.redalyc.org/journ
al/1171/117158942065/117158942065.pdf. Acesso em: 05 jan.
2022.
ARROYO, D
.
; ROCHA, M. Meta Avaliação de uma extensão universitária:
Estudo
de caso.
Avaliação
,
Campinas,
v. 15,
n. 2,
p. 135
-
161,
jul.
2010.
Disponível em:
https://www.scielo.br/j/aval/a/KTgP
6wrJ6QDbJZyBNpsxYJd/abstract/?lang=pt. Acesso em:
13 jan. 2022.
BRASIL.
Decreto
-
Lei n. 2.848, de 7 de setembro de 1940
. Código Penal. Rio de Janeiro:
Presidência da República, 1940. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto
-
lei/del2848.
htm. Acesso em: 10 jan. 2022.
image/svg+xml
Marcos Aurelio Guedes de OLIVEIRA
;
Natalia Diniz SCHWETHER
e
Fernando Henrique CASALUNGA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
out./dez
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2561
BRASIL.
Lei n. 5.540, de 28 de novembro de 1968
. Fixa normas de organização e
funcionamento do ensino superior e sua articulação com a escola média, e dá outras
providências
. Brasília, DF: Presidência da República,
1968. Disponível em:
http
s
://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5540.htm
.
Acesso em: 10 dez. 2022.
BRASIL.
Constituição da República Federativa do Brasil
:
Promulgada
em 5 de outubro de
1988
. Brasília, DF: Presidê
ncia da República,
1988. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
.
Acesso em: 10 dez.
2022.
BRASIL.
Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996
. Estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional
. Brasília, DF: Pre
sidência da República,
1996. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm
.
Acesso em: 10 dez. 2022.
BRASIL.
Projeto de Lei n.
6
964/06, de 2006
.
Da Sra. Professora Raquel Teixeira, 2006.
Disponível em:
https://www.camara.leg.br/propo
sicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=node01uia9d963j
5vj8r3ck1gn87ez1248531.node0?codteor=391744&filename=PL+6964/2006. Acesso em: 10
dez. 2022.
BRASIL.
Decreto n. 6.495, de 30 de junho de 2008.
Institui o Programa de Extensão
Universitária
–
PROEXT
. Brasília, DF: Presidência da República,
2008. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007
-
2010/2008/decreto/d6495.htm. Acesso em: 10
dez. 2022.
BRASIL.
Lei n. 12.737, de 30 de novembro de 2012.
Dispõe sobre a tipi
ficação criminal de
delitos informáticos; altera o Decreto
-
Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940
-
Código Penal;
e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2012. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011
-
2014/201
2/lei/l12737.htm. Acesso em: 10
jan. 2022.
BRASIL.
Lei n. 13.415, de 16 de fevereiro de 2017.
Altera a Lei n. 9.394, de 20 de
dezembro de 1996 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional
. Brasília, DF:
Presidência da República,
2017. Disponí
vel em:
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2017/lei
-
13415
-
16
-
fevereiro
-
2017
-
784336
-
publicacaooriginal
-
152003
-
pl.html. Acesso em: 10 dez. 2022.
CALIPO, D.
Projetos de Extensão universitária crítica
:
Uma
ação educativa
transformadora. 2009.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia)
–
Universidade Estadual de Campinas, 2009. Disponível em:
https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/390135. Acesso em: 10 jan. 2022.
CANTO, M.
O letramento midiático em escolas
:
Lutando
contra a
desinformação. TIC
Educação. São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil, 2019.
CARBONARI, M
.
E
.
; PEREIRA, A. A extensão universitária no Brasil, do assistencialismo à
sustentabilidade.
Revista de Educação
,
Londrina,
v. 10,
n. 10,
p. 23
-
28,
jul./set.
2
007.
Disponível em: https://seer.pgsskroton.com/educ/about/contact.
Acesso em: 21 set. 2021.
image/svg+xml
Cidadania cibernética: Contribuições de uma ação extensionista à sociedade
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estud
os em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
out./dez
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2562
DIMAGGIO, P
.
; CELESTE, C.
Technological Careers
: Adoption, Deepening, and Dropping
Out in a Panel of Internet Users, 2004.
E
-
SIC.
Sistema Eletrônico do Serviço d
e Informação ao Cidadão
. Disponível em:
http://www.acessoainformacao.mg.gov.br/sistema/site/index.html. Acesso em:
14
out. 2019.
HINDUJA, S
.
; PATCHIN, J. Sexting:
A
brief guide for educators and parents.
Cyberbulling
Research Center
, 2010.
Disponível em: https://cyberbullying.org/sexting
-
research
-
summary
-
2022.pdf
. Acesso em: 13 maio 2020.
JENIZE, E. As Práticas Curriculares e a Extensão Universitária.
In
: CONGRESSO
BRASILEIRO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, 2., 2004, Belo Horizonte.
Anais
[...].
Belo Horizonte: UFMG, 2004. Disponível em:
https://www.ufmg.br/congrext/Gestao/Gestao12.pdf. Acesso em: 10 jan. 2022.
JONES, L
.
; MITCHELL, K. Defining and measuring youth digital citizenship.
New media &
Society
, v. 18,
n. 9,
p. 2063
-
2079,
jul.
2016.
Dis
ponível em:
https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/1461444815577797.
Acesso em: 03 set. 2021.
JONES, L
.
; MITCHELL, K
.
; FINKELHOR, D. Trends in Youth Internet Victimization:
Findings
from three youth internet safety surveys 2000
-
2010.
Journal of Adol
escent Health
,
v. 50, n. 2, p. 179
-
186, fev.
20
12
.
Disponível em:
https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1054139X11003387.
Acesso em: 13
mar. 2019.
KOGLIN, T
.
; KOGLIN, J
.
C. A Importância da
extensão
nas Universidades Brasileiras e a
transição
do
reconhecimento
ao
descaso
.
Revista Brasileira de Extensão Universitária
, v.
10,
n. 2,
p. 71
-
78,
jun.
2019.
Disponível em:
https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/RBEU/article/view/10658. Acesso em: 22 jan. 20
22.
KOLTAY, T.
Os media e as literacias: Literacia mediática, literacia informacional, literacia
digital.
Media, Culture & Society
, v. 33,
n. 2,
p. 211
-
212,
mar.
2011.
Disponível em:
https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/0163443710393382. Acesso em: 04 set. 2021.
MENDEL, T.
Liberdade de informação
:
Um
estudo de direito comparado. Brasília, DF:
Unesco, 2009.
MOITA, F
.
; ANDRADE, F. Ensino
-
pesquisa
-
extensão um exe
rcício de indissociabilidade na
pós
-
graduação.
Revista Brasileira de Educação
,
Rio de Janeiro,
v. 14,
n. 41, p. 269
-
393,
maio/ago.
2009.
Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbedu/a/gmGjD689HxfJhy5bgykz6qr/abstract/?lang=pt. Acesso em:
11 ago. 2021.
MOR
A
-
OSEJO, L
.
; BORDA, O. A superação do eurocentrismo. Enriquecimento do saber
sistémico e endógeno sobre nosso contexto tropical.
In
: SANTOS,
B. S.
(
o
rg.).
Conhecimento prudente para uma vida decente
.
São Paulo: Cortez, 2004.
MOSSBERGER, K
.
;
TOLBERT, C
.
; MCNEAL, R
.
Digital Citizenship
:
The
internet, society
and participation.
Cambridge: The MIT Press, 2008.
image/svg+xml
Marcos Aurelio Guedes de OLIVEIRA
;
Natalia Diniz SCHWETHER
e
Fernando Henrique CASALUNGA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
out./dez
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2563
NOGUEIRA, M
.
(org.).
Avaliação da extensão universitária
:
Práticas
e discussões da
comissão permanente de avaliação da extensão. Belo Hor
izonte: FORPROEX/CPAE;
PROEX/UFMG, 2003.
NUNES, A
.
; SILVA, M. A extensão universitária no ensino superior e a sociedade.
Mal
-
Estar e Sociedade
,
Barbacena,
v.
4, n.
7, p. 119
-
133,
jul./dez.
2011.
Disponível em:
https://revista.uemg.br/index.php/gtic
-
malest
ar/article/view/60. Acesso em: 16 out. 2021.
PATROCÍNIO, T
.
Educação e Cidadania global.
In
:
GOUVEIA, L.
Cidades e Regiões
Digitais
:
Impacte
nas cidades e nas pessoas. Porto: Fundação Fernando Pessoa, 2003.
PINSKY, J. Introdução.
In
:
PINSKY, J.;
BASSANEZI, C.
História da Cidadania
. São
Paulo: Contexto, 2003.
Relatório de Crimes Cibernéticos NORTON: O impacto humano.
Symantec Corporation
,
2017.
Disponível em:
https://www.symantec.com/content/en/us/home_homeoffice/media/pdf/cybercrime_report/No
rton
_Portuguese
-
Human%20Impact
-
A4_Aug18.pdf
.
Acesso em
:
06 maio 2019.
RIBBLE, M.
Digital Citizenship in Schools
. Washington: ISTE, 2007.
RIBBLE, M.
Nine Elements of Digital Citizenship
.
Washington: ISTE, 2010. Disponível
em: http://www.iste.org. Acesso em: 1
0 jan. 2022.
SANTOS, B. S.
Pela mão de Alice
:
O
social e o político na pós
-
modernidade. São Paulo:
Cortez, 1995.
SEN, A. O desenvolvimento como expansão de capacidades.
Lua Nova: Revista de Cultura
e Política
, v. 28
-
29, 1993.
SILVA, O. O que é extensão universitária.
Integração: ensino, pesquisa e extensão
, São
Paulo, v. 3, n. 9, 1997.
SIMÃO, P
.
; CARDOSO, F. Digital citizenship in schools: nine elements all students should
know, in Mike Ribble, 3. ed. Arlington, VA, USA: Inter
national Society for Technology in
Education, 2015.
EccoS Revista Científica
, v. 47, p. 472
-
476, 2018.
Disponível em:
https://periodicos.uninove.br/eccos/article/view/10778/5254.
Acesso em: 10 jan. 2022.
SONCK, N
.
et al
.
Digital literacy and safety
skills
. London: London School of Economics
& Political Science, 2011.
TIC. Tecnologia de Informação e Comunicação.
Domicílios com acesso à Internet
. 2019.
Disponível em: https://cetic.br/pt/tics/domicilios/2019/domicilios/A4/
.
Acesso
em
:
12
mar.
2019.
UN
ESCO. Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
Prefácio
.
2003.
In
: MENDEL, T.
Liberdade de informação
:
Um
estudo de direito comparado.
Brasília, DF: Unesco, 2009.
UNESCO. Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
TIC na
image/svg+xml
Cidadania cibernética: Contribuições de uma ação extensionista à sociedade
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estud
os em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
out./dez
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2564
Educação
. 2016. Disponível em: https://pt.unesco.org/fieldoffice/brasilia/expertise/ict
-
education
-
brazil.
Acesso em: 10 jan. 2022.
VAN DIJK, J.
The Deepening Divide
: Ineq
uality in the Information Society.
London: Sage
Publications, 2005.
Como referenciar este artigo
OLIVEIRA, M. A. G.; SCHWETHER, N. D.; CASALUNGA, F. H. Cidadania cibernética:
Contribuições de uma ação extensionista à sociedade.
Revista Ibero
-
Americana de Estudos
em Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. 4, p.
2544
-
2564
, out./dez. 2022. e
-
ISSN: 1982
-
5587. DOI
:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
Submetido em
:
10/03/2022
Revisões requeridas em
:
19/07/2022
Aprovado em
:
24/10/2022
Publicado em
:
30/
1
2
/2022
Processamento e editoração: Editora Ibero
-
Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
image/svg+xml
Ciudadanía cibernética: Aportes de una acción extensionista a la sociedad
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2547
-
2568
,
o
ct./
d
ic
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2547
CIUDADANÍA CIBERNÉTICA: APORTES DE UNA ACCIÓN EXTENSIONISTA A
LA SOCIEDAD
CIDADANIA CIBERNÉTICA: CONTRIBUIÇÕES DE UMA AÇÃO EXTENSIONISTA À
SOCIEDADE
CYBERNETIC CITIZENSHIP: CONTRIBUTIONS OF AN EXTENSIONIST ACTION
TO SOCIETY
Marcos Aurelio Guedes de OLIVEIRA
1
Natalia Diniz SCHWETHER
2
Fernando Henrique CASALUNGA
3
RESUMEN
: La Era de la Información ha traído consigo nuevos mecanismos de sociabilidad,
así como grandes desafíos para la ciudadanía. En este escenario, la
acción de los Estados como
propuestas de políticas públicas es central, y la educación es un componente importante de la
base central. En vista de esto, a partir de un conjunto de clases teórico
-
prácticas, utilizamos el
método lúdico pedagógico en un proye
cto de extensión innovador que tiene como objetivo
fortalecer el ejercicio de la ciudadanía cibernética en jóvenes estudiantes. Al contribuir a la
identificación de los participantes de su condición de ciudadanos digitales, la acción
extensionista proyecta
una nueva realidad social, ampliando los conocimientos adquiridos en
la universidad a la comunidad. Estamos seguros de que la inseparabilidad entre investigación,
docencia y extensión impulsa la producción de conocimiento, ya que establece un vínculo de
c
onfianza entre los académicos y la sociedad civil, en un esfuerzo conjunto por transformar la
realidad de los ciudadanos.
PALABRAS CLAVE
: Ciudadanía. Cibernética. Extensión universitaria.
RESUMO
:
A Era da Informação trouxe consigo novos mecanismos de sociabilidade, bem
como grandes desafios à cidadania. Nesse cenário, é fulcral a ação dos Estados enquanto
propositores de políticas públicas, sendo a educação um importante componente do alicerce
cent
ral. Em vista disso, a partir de um conjunto de aulas teórico/práticas,
empregamos o
método lúdico pedagógico em
um projeto de extensão inovador que
tem por objetivo
fortalecer
o exercício da cidadania cibernética em jovens estudantes
.
Na medida em que
con
tribui para
a identificação dos participantes de sua condição enquanto cidadãos digitais
, a ação
extensionista
proje
ta
uma nova realidade social, expandindo os conhecimentos adquiridos na
universidade à comunidade
.
Estamos c
ertos de que a indissociabilidad
e entre pesquisa, ensino
1
Universidad Federal de Pernambuco (
UFPE), Recife
–
PE
–
Brasil.
Catedrático de Ciencia Política en el
Departamento de Ciencia Política. Doctorado en Gobierno
(ESSEX/Inglaterra).
ORCID: https://orcid.org/0000
-
0001
-
9792
-
5453. E
-
mail: guedes
@hotmail.com
2
Universidad Federal de Pernambuco
(UFPE), Recife
–
PE
–
Brasil
.
Estudiante postdoctoral en el Departamento
de Ciencia Política.
ORCID:
https://orcid.org/0000
-
000
2
-
8022
-
237X
.
E
-
mail: natalia.schwether@
ufpe.br
3
Universidad Federal de Rio Grande do Sul
(UFRGS), Porto Alegre
–
RS
–
Brasil.
Estudiante de Doctorado en el
Departamento de Ciencia Política
. ORCID: https://orcid.org/0000
-
0003
-
0130
-
4471
.
E
-
mail:
fernandocas
alunga@gmail.com
image/svg+xml
Marcos Aurelio Guedes de OLIVEIRA
;
Natalia Diniz
SCHWETHER
y
Fernando Henrique CASALUNGA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2547
-
2568
,
o
ct./
d
ic.
2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2548
e extensão impulsiona a produção de conhecimentos, na medida em que estabelece um vínculo
de confiança entre acadêmicos e sociedade civil, em um esforço conjunto para transformar a
realidade dos cidadãos.
PALAVRAS
-
CHAVE
:
Cidadania
.
C
ibernética.
E
xtensão universitária
.
ABSTRACT
:
New social norms and significant civic challenges were both brought about by
the information age. In this situation, the role of States in promoting public policy is critical,
with education
serving as a key tenet of the fundamental structure. To improve the practice of
cybernetic citizenship in young pupils, we applied the playful pedagogical technique in an
original extension project from a series of theoretical/practical lessons.
The extens
ionist action
creates a new social reality by bringing the knowledge learned at the university to the
community. It is confident that the interdependence of research, teaching, and extension drives
the production of knowledge as it forges a trusting relati
onship between academics and civil
society in an effort to change citizens' realities.
KEYWORDS
:
Citizenship.
Cybernetics
.
University
extension.
Introducción
En la Era de la Información, identificada desde mediados de la década de 1990, la
humanidad comenzó a experimentar un profundo cambio social causado por la rápida expansión
de la infraestructura de red y la urgencia de aprender y utilizar las más variadas
tecnologías de
la información y la comunicación (TIC).
Según el artículo 1 de la Constitución Federal (CF) de 1988 (BRASIL, 1988), la
ciudadanía es un fundamento del Estado Democrático de Derecho. Ser ciudadano sugiere que
el individuo tiene derechos civi
les (vida, libertad, propiedad, igualdad), participa activamente
en la sociedad, a través de sus derechos políticos y, concomitantemente, tiene garantizados sus
derechos sociales (educación, trabajo, salud) (
PINSKY, 2003).
En 2011, la Organización de las N
aciones Unidas (ONU), en vista de la naturaleza única
y transformadora de Internet, dijo que era un derecho de todos buscar, recibir y transmitir
información e ideas a través de Internet. Por lo tanto, ser ciudadano recibió un nuevo atributo
que se refiere
a su capacidad de acceder a Internet y participar de manera comprometida de las
redes (
PATROCÍNIO, 2003).
En Brasil, la Ley que presenta las directrices básicas de educación, LDB No. 9.394/96
(BRASIL, 1996), pretende ser la asignación de la familia y la e
scuela, especialmente la
educación básica, para garantizar la capacitación de la persona que lo faculta para ejercer su
ciudadanía. Teniendo en cuenta que tener dominio bajo las TIC es un requisito para el pleno
image/svg+xml
Ciudadanía cibernética: Aportes de una acción extensionista a la sociedad
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2547
-
2568
,
o
ct./
d
ic
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2549
disfrute de la ciudadanía, también se convie
rte en parte de las habilidades escolares, la
educación cibernética.
Datos de la Agencia de Tecnologías de la Información y la Comunicación (ICT, 2019)
muestran que más del 70% de la población brasileña tiene acceso a Internet, lo que
corresponde
a aproximadamente 130 millones de personas (
TIC
, 2019). En 2020, Hootsuite identificó que
superamos los 140 millones de usuarios de redes sociales, un aumento de 11 millones (+ 8.2%)
entre abril de 2019 y enero de 2020.
Según el informe del
You
th Internet Safety Study (YISS 1, 2 e 3),
un estudio que
detallaba las experiencias de los jóvenes con situaciones no deseadas en Internet hubo, entre
2000 y 2010, un aumento en el uso de Internet y las nuevas tecnologías por parte de los jóvenes
y, en par
alelo, de
casos de acoso
en línea
, especialmente de niñas. Para los analistas, el tema
requiere proyectos específicos que puedan difundir mensajes relevantes a los padres y jóvenes,
que necesitan ser informados sobre cómo actuar en situaciones particulares
(
JONES;
MITCHELL; FINKELHOR, 20
12
).
Ante la aparición de una sociedad altamente conectada, se han multiplicado una serie
de riesgos y amenazas para la seguridad de los usuarios, ampliando la preocupación del público
por la ciberseguridad y requiriendo acc
iones para proteger los datos y la infraestructura de red.
Por lo tanto, el Estado, como principal agente formulador de políticas públicas para el desarrollo
de la educación digital, tiene un vector importante para su implementación en las universidades
pú
blicas brasileñas.
Por esta razón, el artículo propone una discusión sobre el papel de las acciones
extensionistas como contribuciones al desarrollo de la educación digital y, más
específicamente, de lo que se entiende por
ciber ciudadanía
; en secuencia,
presenta un
innovador proyecto de extensión desarrollado por estudiantes y graduados de la Universidad
Federal de Pernambuco (UFPE), titulado 'Cyber
-
Cid: del aula a la computadora', aplicado a
jóvenes estudiantes de escuelas públicas.
La actividad de exten
sión surgió del hallazgo de una falta de información sobre el
entorno cibernético en la educación pública brasileña, combinada con un fuerte esfuerzo del
grupo para transponer los estudios realizados en el entorno académico a la sociedad civil. Por
lo tant
o, los autores creen que dar mayor visibilidad a la práctica extensionista, en particular, y
al tema, en general, son incentivos para nuevas acciones o la replicación de este modelo en
otros lugares, con el objetivo final de contribuir a la promoción de la
ciber ciudadanía
.
image/svg+xml
Marcos Aurelio Guedes de OLIVEIRA
;
Natalia Diniz
SCHWETHER
y
Fernando Henrique CASALUNGA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2547
-
2568
,
o
ct./
d
ic.
2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2550
El trípode académico
El trípode académico
–
enseñanza, investigación y extensión
–
es la base de la
producción y difusión del conocimiento de la educación superior en Brasil. El CF, en su artículo
207, decía que "las
universidades gozan de autonomía didáctico
-
científica, administrativa y
financiera y de gestión patrimonial, y obedecen al principio de inseparabilidad entre enseñanza,
investigación y extensión" (BRASIL, 1988). Así, una vez equiparadas por ley, estas tres
actividades merecen recibir el mismo trato por parte de las instituciones de educación superior
(
IES) (MOITA; ANDRADE, 2009).
El FC (BRASIL, 1988) no fue, sin embargo, el primer documento en mencionar el
término "extensión" en suelo nacional. Es posible u
bicar, también en 1931, en el Estatuto de las
Universidades Brasileñas, un conjunto de objetivos atribuidos a la extensión universitaria, entre
ellos, la difusión de conocimientos útiles a la vida privada y colectiva y la solución de problemas
sociales. En
1968, la Ley No. 5.540/1968 (BRASIL, 1968), también contempló el tema, pero
en este segundo acercamiento al tema se manifiesta una reorientación de las actividades, con el
fin de cerrar el espacio de diálogo constituido, hasta ese momento, entre las IES y
la comunidad
(
CARBONARI; PEREIRA, 2007).
Años más tarde, en la década de 1980, en un contexto de resurgimiento de los
movimientos sociales, el Foro de
Pro
r
rectores
de Extensión de las Universidades Públicas
Brasileñas surge como un actor importante en la
definición de las direcciones de la extensión
universitaria en el país. En sus discusiones, pidieron en primer lugar una mayor precisión del
concepto de extensión y su organización como órgano propio, con presupuesto y método de
evaluación (
NOGUEIRA, 2003
;
CARBONARI; PEREIRA, 2007).
El Foro fue responsable de la elaboración del Programa de Promoción de la Extensión
Universitaria (PROEXTE) y del Plan Nacional de Extensión. Propuesto en 1993, PROEXTE
fue el resultado de un esfuerzo conjunto entre el Ministe
rio de Educación (MEC) y el Foro, ante
el cual el primero se comprometió a asignar recursos a l
o
s IES públicas para llevar a cabo
actividades de extensión. Sin embargo, la iniciativa no prosperó y fue desactivada. En su lugar,
se propuso el Plan Nacional (
1991/2001) para orientar las acciones en las universidades, pero
no se obtuvo dicha colaboración del MEC (
NOGUEIRA, 2003).
En esa misma década, en 1996, la Ley No. 9.394/1996 (BRASIL, 1996),
Ley de
Directrices y Bases de la Educación Nacional, a través de
la cual la extensión retoma su
proximidad a la comunidad: "La educación superior tiene como objetivo: VII
-
promover la
extensión, abierta a la participación de la población, con el objetivo de difundir los logros y
image/svg+xml
Ciudadanía cibernética: Aportes de una acción extensionista a la sociedad
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2547
-
2568
,
o
ct./
d
ic
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2551
beneficios resultantes de la creación cul
tural y la investigación científica y tecnológica generada
en la institución" (BRASIL, 1996, art. 43, punto VII). Años más tarde, se agrega a la Ley,
revitalizando la indisociabilidad entre docencia, investigación y extensión.
En 2003, PROEXTE reaparece t
itulado como Programa de Apoyo a la Extensión
Universitaria. Sus formuladores están convencidos de que las universidades representan una
contribución importante a la implementación de políticas públicas de educación. En 2008, se
somete a un nuevo cambio en
su nombre, con el Decreto No. 6.495/2008 (BRASIL, 2008),
comienza a convocar el Programa de Extensión Universitaria (ProExt) y, a partir de entonces,
se convierte en la principal iniciativa para promover la extensión universitaria brasileña
(
KOGLIN; KOGLI
N, 2019;
NOGUEIRA, 2003).
Cabe destacar que el presupuesto del ProExt permitió, en 2016, la posibilidad de que las
instituciones universitarias presentaran una propuesta para competir por aproximadamente R$
16 millones cada una. Para Koglin y Koglin
(2019), la inversión continua y creciente entre 2014
y 2016 recuperó la importancia del tema, además de representar una evaluación positiva de sus
resultados por parte del gobierno. Sin embargo, a partir de 2017, el escenario cambia. No se
abren nuevos edi
ctos, iniciando un período de falta de recursos y dificultad en el desarrollo del
proyecto.
Sin embargo, las acciones extensionistas no han perdido importancia. En 2018, el Plan
Nacional de Educación (2014
-
2024) exigió que las instituciones de educación su
perior
obtuvieran al menos el 10% de los créditos curriculares en programas y proyectos de extensión
para 2021 (PNE, meta 12.7). Esta medida requirió que las universidades recuperaran el prestigio
de la extensión en el trípode académico.
Aunque las primera
s experiencias de extensión en
Brasil
duran a principios del siglo 20,
históricamente, se observa en las universidades la priorización de recursos y esfuerzos para las
áreas de enseñanza e investigación; Es decir, en los estudios de pregrado, el énfasis se
pone en
la enseñanza, y en la escuela de posgrado, el enfoque está en la investigación
(CARBONARI;
PEREIRA, 2007; MOITA; ANDRADE, 2009).
Para Santos (1995), el compromiso universitario sólo se cumplirá, en su totalidad,
cuando las actividades de extensión
se profundicen de tal manera que pasen a formar parte de
las actividades de investigación y docencia. Sin embargo, en el caso brasileño, la extensión ha
sido muy relegada debido a la poca atención prestada por las agencias de promoción y gestión
a este im
portante vínculo de interacción: universidad
-
sociedad (NUNES; SILVA, 2011).
La ampliación pretende, precisamente, intensificar las relaciones entre estos dos
espacios. La universidad, a través de la extensión, influiría y sería influenciada por la
image/svg+xml
Marcos Aurelio Guedes de OLIVEIRA
;
Natalia Diniz
SCHWETHER
y
Fernando Henrique CASALUNGA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2547
-
2568
,
o
ct./
d
ic.
2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2552
comunid
ad, en una relación de intercambio mutuo.
La academia encuentra en la sociedad la
oportunidad de la práctica y el empiria,
La extensión permite a la universidad aportar a la
comunidad conocimientos, en un proceso de socialización de la información (
SILVA,
1997;
NUNES; SILVA, 2011).
La relación de intercambio mutuo entre la universidad y la comunidad se fortalece a
través de la extensión, ya sea por la apertura de un espacio para el diálogo o por la posibilidad
de desarrollar acciones sociales (SILVA, 2011).
Para Carbonari y Pereira (2007), el gran desafío
de la extensión es reajustar la relación entre enseñanza e investigación y necesidades sociales;
la universidad sería entonces un instrumento capaz de ayudar en la profundización de la
ciudadanía y la trans
formación social (CALIPO, 2009).
Por lo tanto, es con la ayuda de las actividades de extensión que el ambiente académico
tiene la oportunidad de establecer una relación dialógica, en la que la comunidad participa
activa y constructivamente en las dinámica
s propuestas y las universidades se comprometen
con el cuidado comunitario y el intercambio de conocimientos. Con ello, la prórroga deja de
tener carácter obligatorio y gana aspectos de compromiso social (
JENIZE, 2004; MORA
-
OSEJO; BORDA, 2004; MOITA; ANDRA
DE, 2009).
En este sentido, la unidad entre enseñanza, investigación y extensión mejora la calidad
de la producción académica y la promueve éticamente, ya que la articulación sólo entre
enseñanza y extensión carece de investigación para la producción de c
onocimiento científico.
Por otro lado, la articulación entre enseñanza e investigación falla en la comprensión social. Y
la articulación entre extensión e investigación excluye la docencia, perdiendo la dimensión
formativa de la universidad (
MOITA; ANDRADE
, 2009).
Con respecto a la ética, al no omitir las deficiencias materiales e informativas inherentes
a la población, la actividad de extensión contribuye a la construcción de mejores condiciones
de ciudadanía. Es, por lo tanto, una herramienta para la con
strucción del conocimiento, no
limitada a los pares, sino que abarca una diversidad de interlocutores (
ARROYO; ROCHA,
2010).
Por lo tanto, la clave es pensar cómo la extensión puede contribuir de manera más
incisiva a la solución de los problemas sociales
, con énfasis en el papel que la tecnología tiene
en la educación, dada la creciente importancia de pensar el conocimiento, también bajo el
enfoque tecnológico (
ALMEIDA; FERNANDES; GOI, 2019).
En Brasil, las iniciativas de aplicación de las TIC en la educa
ción básica comenzaron a
mediados de la década de 1980, con la Secretaría Especial de Informática (SEI), responsable de
regular y supervisar el sector e investigar los aspectos teóricos de la aplicabilidad de las
image/svg+xml
Ciudadanía cibernética: Aportes de una acción extensionista a la sociedad
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2547
-
2568
,
o
ct./
d
ic
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2553
computadoras en la enseñanza. En 1983, SEI
estableció la Comisión Especial de Informática
en la Educación, cuyo objetivo principal era elaborar el primer proyecto de Informática en la
Educación. En 1989, se creó el Programa Nacional de Informática Educativa con el fin de
garantizar una convergencia
política, técnica y científica de las inversiones en el sector.
Otras iniciativas importantes en esta esfera fueron: el establecimiento de una sección en
los Parámetros del plan de estudios nacional sobre la necesidad de utilizar las TIC en la
educación; la creación de la Universidad Abierta de Brasil; la aprobación de
la Ley No.
6.964/06 (BRASIL, 2006), que exige que las escuelas públicas primarias y secundarias
mantengan laboratorios de computación en sus instalaciones; y la Ley No. 13.415/17 (BRASIL,
2017), que agregó a las directrices y bases de la educación naciona
l el término "y sus
tecnologías".
A nivel mundial, la Agenda 2030 para el Desarrollo Sostenible de las Naciones Unidas
(ONU) ha enumerado la tecnología como una importante fuente de acceso al conocimiento y
una herramienta pedagógica. Ante este escenario,
la actividad de extensión 'Cyber
-
Cid: del aula
a la computadora' se entiende como fundamental para estimular la
ciber ciudadanía
entre los
jóvenes (concepto desarrollado a la continuidad) de forma sencilla y didáctica, estimulando un
uso responsable y crí
tico de las tecnologías de la comunicación.
Ciber ciudadanía
Los primeros usos del término
ciber ciudadanía
se referían exclusivamente al acceso a
las redes; Más recientemente, se ha
utilizado
el término para el uso seguro y el comportamiento
responsable en el espacio
en línea
(
JONES; MITCHELL, 2016).
La
ciber ciudadanía
también
puede entenderse como la capacid
ad de participar en la sociedad electrónicamente, mientras
que el ciudadano digital sería el que utiliza Internet regularmente, ya sea en la búsqueda de
información política, para cumplir su función cívica, o en el trabajo, con fines puramente
económicos (
MOSSBERGER; TOLBERT; MCNEAL, 2008).
Internet proporciona una gran cantidad de contenido en diferentes áreas, así como
espacio para la discusión y la movilización. La posesión de información es un recurso
importante para la emancipación individual, combinad
o con la lectura frecuente de noticias,
que estimula el debate y el interés en un tema, como la política. Juntos, el conocimiento, la
discusión y el interés crean las condiciones para el compromiso social, sin embargo, las mismas
dificultades que experimen
tan los grupos más desfavorecidos en el acceso a la educación, el
image/svg+xml
Marcos Aurelio Guedes de OLIVEIRA
;
Natalia Diniz
SCHWETHER
y
Fernando Henrique CASALUNGA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2547
-
2568
,
o
ct./
d
ic.
2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2554
empleo y el proceso político ocurren en el entorno cibernético (
MOSSBERGER; TOLBERT;
MCNEAL, 2008).
En Brasil, aunque una gran parte de la población tiene acceso regular a Internet y
puede
ser considerada un usuario, hay un porcentaje de jóvenes que rara vez o nunca han accedido a
la red informática mundial. Se trata de individuos ubicados en su mayoría en zonas rurales y en
las regiones Norte y Nordeste del país, quienes, entre otras
razones, enfrentan dificultades como
la falta de disponibilidad de Internet en su localidad, la falta de conocimiento para el manejo de
la herramienta y la falta de computadoras, lo que hace imposible el uso de la red, ya sea en sus
hogares, trabajos o esc
uelas. Por otro lado, los datos indican que la región Sur es aquella en la
que los jóvenes acceden a la red más de una vez al día (
CGI.
BR
, 2018).
La exclusión digital margina cada vez más a las personas de la vida pública, lo que en
consecuencia implica un
a menor capacidad para competir por puestos de trabajo, para realizar
una buena formación, entre otros
. Para Amartya Sen (1993), la pobreza y la desigualdad no
deben pensarse en términos de posesiones materiales, sino a la luz de las capacidades que
poseen
los miembros de la sociedad; esto se dice
, no solo aquellos que
están
offline
tienen
desventajas, sino también aquellos que no tienen una conexión
en sus hogares y dependen de
servicios de mala calidad ofrecidos por el Estado (
MOSSBERGER; TOLBERT; MCNEAL,
2008).
Para Van Dijk (2005), si bien hay un crecimiento en el uso de Internet (como se puede
ver en el Gráfico 1), las habilidades que los individuos deben tener para
estar efectivamente
en
línea
también
aumentan.
Por essa lógica, para ser um cidadão cibe
rnético
,
é necessário tanto
uma conexão de qualidade quanto habilidades específicas de leitura, escrita e compreensão das
informações disponíveis eletronicamente.
Gráfico 1
-
Adolescentes con perfil social propio
(B
RASIL
, 2013
-
2016)
Fuente:
Elaborado por los autores, basado en CGI.br (2018)
75
80
85
90
95
100
1
2
3
4
5
6
7
8
image/svg+xml
Ciudadanía cibernética: Aportes de una acción extensionista a la sociedad
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2547
-
2568
,
o
ct./
d
ic
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2555
En vista de esto, el papel de la educación digital en la promoción de la inclusión se
vuelve prominente. Por ejemplo, los estudios muestran que el nivel de educación está
directamente relacionado con la
cantidad de horas que las personas
pasan conectadas
(en línea
),
realizando búsquedas de contenido relacionado con la enseñanza, el trabajo, la salud, las
finanzas, la ciencia y también las noticias, el gobierno y la política (
DIMAGGIO; CELESTE,
2004).
Según la Organización de las Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la Cultura
(UNESCO, 2016, n.p.): "La forma en que el sistema educativo incorpora las TIC afecta
directamente a la reducción de la exclusión digital".
En Brasil, la investigación
T
IC
Educación
2017
encontró que el 97% de las escuelas tenían acceso a Internet, pero la cantidad de equipos
conectados era muy limitada; En la mayoría de ellos, había una proporción de cuarenta
estudiantes por cada computadora disponible.
El estudio identificó que el apren
dizaje sobre el manejo de la herramienta ocurrió, en
general, de manera autodidacta. Como mostraron los datos, el 80% de los estudiantes de
escuelas públicas y privadas del país aprendieron a usar Internet por su cuenta, y solo la mitad
de ellos recibió in
strucciones de sus maestros sobre la importancia de verificar la información
obtenida en Internet de más de una fuente.
(CGI.
BR
, 2017).
Ante este escenario, fomentar el análisis de los textos y el contenido de la información
disponible en la red, así como
fomentar una mayor consideración en el intercambio de
información es uno de los pilares fundamentales de la educación digital, al tiempo que estimula
el desarrollo del pensamiento crítico y reduce la vulnerabilidad de los ciudadanos a la
desinformación (
CA
NTO, 2019).
La educación digital también abarca las habilidades necesarias para el uso de
computadoras e Internet, como la solicitud de información de las autoridades públicas que están
disponibles en los portales de transparencia; estrategias para el uso
de motores de búsqueda;
crear contraseñas seguras; el uso
de
software
para evitar mensajes no deseados
(
spam
) y/o
ataques maliciosos (
KOLTAY, 2011;
MENDEL, 2009; SONCK
et al
.
,
2011).
Además, esta educación incluye recomendaciones contra el comportamiento
i
napropiado, como las prácticas de agresión moral, organizadas por grupos, contra una persona
en particular y alimentadas a través de Internet (
cyberbullying
);
el envío electrónico de textos
o fotografías de carácter sexual (
sexting
) (HINDUJA;
PATCHIN, 2010); e
, no menos
importante, fomentar la práctica de comportamientos y actividades respetuosas que impulsen
el compromiso cívico (
JONES; MITCHELL, 2016).
image/svg+xml
Marcos Aurelio Guedes de OLIVEIRA
;
Natalia Diniz
SCHWETHER
y
Fernando Henrique CASALUNGA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2547
-
2568
,
o
ct./
d
ic.
2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2556
Por este motivo, Ribble (2010) ha arrojado nueve elementos que, a su juicio, conforman
la c
iudadanía digital o cibernética, dispuestos en la Tabla 1:
Tabla 1
-
Elementos de la
ciber ciudadanía
1. Etiqueta
Normas electrónicas de conducta y uso responsable del
espacio digital;
2. Comunicación
Intercambio electrónico de información
dinámica y rápida;
3. Alfabetización
Proceso de enseñanza y aprendizaje sobre la tecnología y su
uso;
4. Acceso
Participación electrónica sin restricciones;
5. Comercio
Compra y venta electrónica de bienes;
6. Ley
Responsabilidad
electrónica por acciones, ética de la
tecnología;
7. Derechos y
responsabilidad
Libertades en el espacio digital (privacidad, libertad de
expresión);
8. Salud y bienestar
Seguridad visual, buenas prácticas ergonómicas, etc.;
9. Seguridad
Precauciones electrónicas para garantizar la seguridad de los
datos.
Fuente:
Ribble (2010)
Los nueve elementos forman una guía para el enfoque del tema en las escuelas, que
requiere un perfil muy específico de educador y conocimiento en el área de la enseñanza. De
manera sucinta, el primer elemento se refiere al derecho de acceso a la red y cons
idera que los
Estados deben centrarse en garantizar el acceso sin restricciones. Con respecto a la
comunicación digital, destacamos la preparación necesaria para el uso de las herramientas. En
cuanto a la alfabetización, considera que la sociedad necesita
aprender a respetar las normas y
procedimientos electrónicos, para aprovechar objetivamente los contenidos disponibles
en
línea
. Con respecto al comercio digital, destaca la mayor atención que debe prestarse a las
ilegalidades y/o al fraude. En el aspecto de la salud física y mental, destaca la importancia de
cultivar buenos hábitos.
Por último, advierte de la adopción de medidas
preventivas, como la
instalación de antivirus, el almacenamiento de datos (
backups
),
construir contraseñas seguras,
entre otros (RIBBLE, 2010; SIMON; CARNEIRO, 2015).
La Tabla 2 muestra los nueve
elementos en tres categorías:
image/svg+xml
Ciudadanía cibernética: Aportes de una acción extensionista a la sociedad
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2547
-
2568
,
o
ct./
d
ic
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2557
Tabla 2
-
Categorías de
cibe
r ciudadanía
Aprendizaje de los estudiantes y
rendimiento académico digital
Comportamiento de los
estudiantes en el entorno digital
Vida digital de los estudiantes
fuera del Entorno Académico
Acceso
Comunicación
Seguridad y protección
Alfabetismo
Etiqueta
Derechos y deberes
digitales
Legislación
Comercio
Salud y Bienestar
Fuente: Adaptado de
Ribble (2007)
Se puede deducir de la Tabla 2 que los nueve elementos no están aislados, existe una
interconexión entre ellos basada en la
proximidad que mantienen con el entorno escolar. Por lo
tanto, se crearon tres categorías basadas en sus efectos en el espacio digital: a) sobre el
aprendizaje y el rendimiento académico; b) en el ambiente escolar y en el comportamiento de
los estudiantes;
y c) en la vida del estudiante fuera del entorno escolar.
Frente a estas categorías,
y considerando los desafíos que enfrenta cada establecimiento educativo, los educadores
pueden optar por poner mayor énfasis en una de ellas o elegir a qué conjunto se ac
ercarán
primero, manteniendo el objetivo general de empoderar a los estudiantes para que ejerzan su
ciber ciudadanía
(
RIBBLE, 2007).
Según Jones y Mitchell (2016), el mejor formato para que este conocimiento llegue al
público joven son las discusiones que
les hagan pensar en cómo se requiere cada una de estas
prácticas en el uso diario del ciberespacio. Esta acción puede fomentarse a partir de la
construcción de juegos didácticos que diluciden las situaciones y cómo actuar ante ellas. Otra
opción es animar
a los estudiantes, en grupos de discusión, a encontrar fallas y divergencias en
sus propias redes sociales o en redes anónimas, empoderándolos de una manera práctica para
usar el
ciber lenguaje
.
El Proyecto Cyber
-
Cid
Frente a lo anterior, el proyecto de extensión "Cyber
-
Cid: del aula a la computadora" se
estructuró a partir de cuatro módulos principales: acceso a la información; infraestructura de
red; los ciberdelitos y el uso de las redes sociales, que emplean el mét
odo pedagógico lúdico
para estimular el ejercicio de la
ciber ciudadanía
por parte de los jóvenes estudiantes.
Los módulos cuentan con actividades prácticas desarrolladas con los siguientes
objetivos: i) proporcionar herramientas para la búsqueda y adquisi
ción de información sobre el
gobierno, fomentando medidas de gobernanza como la transparencia del gasto público; ii)
enseñar cómo proteger los dispositivos conectados a la red, evitando la contaminación por
image/svg+xml
Marcos Aurelio Guedes de OLIVEIRA
;
Natalia Diniz
SCHWETHER
y
Fernando Henrique CASALUNGA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2547
-
2568
,
o
ct./
d
ic.
2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2558
amenazas dañinas que circulan en el espacio digit
al; iii) advertir sobre los problemas
relacionados con la ciberdelincuencia, con el fin de reducir la probabilidad de perpetración de
prácticas nocivas, como el acoso y la violencia verbal, en este entorno; iv) fomentar el uso
respetuoso y solidario de las
redes sociales y del espacio digital.
Las siguientes subsecciones presentan la disposición y la experiencia de la aplicación
de la intervención.
Disposición práctica
Bajo la égida del argumento central de este artículo, el proyecto fue elaborado con e
l fin
de ofrecer condiciones para expandir el ejercicio ciudadano de los jóvenes en el ciberespacio.
En este sentido, el aumento de la participación electrónica (motivada en gran medida por
proyectos de
ciber educación
) empodera a la sociedad civil para ac
tuar de manera respetuosa y
solidaria
en línea
.
La metodología utilizada buscó promover la construcción de conocimiento sobre la
importancia del ejercicio de la
ciber ciudadanía
a través de clases de exhibición, que dilucidaron
los mecanismos de participación social y propusieron actividades prácticas p
ara fijar el
contenido.
Con respecto a su estructura, la estrategia utilizada para llevar a cabo la actividad pasó
por tres pasos principales:
1. Selección y planificación: establecimiento de contactos con instituciones educativas,
teniendo en cuenta
elementos pragmáticos (viabilidad de acceso, servicio público, recursos
técnicos disponibles y demostración de interés en participar de manera voluntaria). Esta etapa
también incluyó la planificación colaborativa de las actividades docentes, así como la
ap
licación de un piloto compuesto por cuatro clases de prueba, para preparar a los estudiantes
responsables del proyecto.
2. Acción: implementación de la actividad extensionista a partir de clases de exhibición,
productos audiovisuales y la propuesta de acti
vidades prácticas (acceso a portales de
transparencia, juegos temáticos, ruedas de diálogo, foros de discusión y dinámicas de grupo)
para fijar el contenido y, finalmente, la producción de un folleto informativo.
3. Observación y reflexión: reuniones peri
ódicas para mejorar las actividades y recopilar
información que permitiera agregar los resultados de esta experiencia, especialmente desde el
punto de vista de los docentes.
image/svg+xml
Ciudadanía cibernética: Aportes de una acción extensionista a la sociedad
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2547
-
2568
,
o
ct./
d
ic
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2559
Con respecto a su aplicación, el contenido del proyecto fue transmitido por estudi
antes
(estudiantes de pregrado y posgrado) y graduados de la Universidad Federal de Pernambuco
(UFPE) que forman parte del Centro de Estudios Americanos (NEA), bajo la dirección del
profesor Dr. Marcos Aurélio Guedes de Oliveira (UFPE). El equipo de ocho p
ersonas impartió
una serie de clases, priorizando las técnicas de aprendizaje activo. Cada uno de los cuatro
módulos fue compartido por un equipo de dos facilitadores.
En general, el primer módulo se centró en el uso de mecanismos electrónicos de
participa
ción, discutiendo la evolución histórica de los derechos de acceso a la información; el
segundo ilustra el funcionamiento de la infraestructura de la red informática mundial y sus
vulnerabilidades; el tercero discutió la incidencia del delito cibernético,
instruyendo al público
objetivo a buscar ayuda, especialmente en casos delicados; Finalmente, el cuarto módulo
concluyó indicando formas de uso responsable de las redes sociales, especialmente en lo que
respecta a la identificación de noticias falsas.
En r
esumen, el curso ofrecía una carga de trabajo total de dieciséis horas / clase para
aproximadamente cuarenta estudiantes de escuelas públicas. Los cuatro módulos fueron
presentados en secuencia, durante dos meses en 2019, en dos horas/clase impartida
seman
almente con la ayuda de asociaciones firmadas con la Escuela Don Bosco y la Biblioteca
del Centro Comunitario de Paz
–
Compaz
–
Escritor Ariano Suassuna, ambos ubicados en
Recife, Pernambuco.
Pr
á
ctica
La Unesco (2003) indica un aumento dramático en el n
úmero de países que adoptan
leyes de acceso a la información pública en sus constituciones, pasando de trece en 1990 a más
de setenta en 2010. Del mismo modo, las organizaciones intergubernamentales como los bancos
multilaterales de desarrollo y las instit
uciones financieras internacionales se han adherido al
proceso de difusión de información, de modo que el derecho a la información se ha trasladado
a la esfera de los derechos humanos fundamentales y ha ampliado la capacidad del ciudadano
para controlar la
s acciones de los agentes públicos (MENDEL, 2009).
En este sentido, el primer módulo instruyó a los jóvenes sobre cómo utilizar las
herramientas de información y participación disponibles
en línea
. Con este fin, destacó la
importancia de implementar la Ley de Acceso a la Información (LAI) en la transformación de
la cultura institucional brasileña, en vista de su papel en la promoción de la transparencia, la
image/svg+xml
Marcos Aurelio Guedes de OLIVEIRA
;
Natalia Diniz
SCHWETHER
y
Fernando Henrique CASALUNGA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2547
-
2568
,
o
ct./
d
ic.
2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2560
participación social en el proceso de tom
a de decisiones y la cooperación entre las agencias
públicas y los ciudadanos.
Con este fin, se expuso el marco legal internacional y nacional, con un enfoque
específico en la importancia de producir información y datos confiables y accesibles por parte
d
e las agencias públicas. Con el fin de demostrar a los jóvenes el poder que la transparencia
ofrece a la sociedad en la demanda de una mayor eficiencia en las acciones públicas, se
discutieron conceptos como transparencia activa y pasiva.
En una de las act
ividades propuestas, se incentivó a los estudiantes a buscar información
de interés electrónicamente, a través del uso del portal electrónico Servicio de Información
Ciudadana (E
-
SIC), del gobierno federal. Para ello, se utilizaron los recursos multimedia
(
tabletas
) proporcionados por la institución educativa y un modelo de aplicación elaborado por
el equipo. Considerando que esta actividad requiere un período (veinte días hábiles) para que
la información esté disponible, se creó un grupo de monitoreo, en u
na plataforma de
comunicación, para orientación. El grupo también fue útil para discutir la importancia de
producir datos confiables y accesibles.
Aunque la actividad práctica fue considerada fundamental para el éxito del módulo, vale
la pena mencionar que hubo un bajo apoyo estudiantil, resultado atribuido en gran medida al
difícil acceso a Internet y a la alta carga de trabajo y/o escuela de los jó
venes. A pesar de ello,
quienes lo realizaron pudieron compartir la experiencia del ejercicio de la
ciber ciudadanía
. Con
la realización de la actividad, los participantes pudieron reconocer el marco legal y ser
conscientes de sus responsabilidades y garan
tías, así como pudieron identificar los canales de
comunicación entre la sociedad civil y las autoridades públicas.
En el segundo módulo, se ofrecieron los fundamentos de la infraestructura de red,
considerando que el ciberespacio es cada vez más frecuenta
do por las nuevas generaciones,
estimuladas a experimentar el mundo virtual desde una edad temprana. Por lo tanto, comprender
los riesgos y amenazas de la navegación de red es de gran importancia. Para ello, se
transmitieron definiciones como red informáti
ca e Internet, desde estímulos hasta aprendizaje
activo y participación de los alumnos en actividades recreativas.
Uno de los juegos desarrollados se tituló "Virus vs. Usuario"; En él, la clase se dividió
en dos grupos, donde la mitad desempeñó el papel d
e un virus con la misión de infectar los
servidores de los usuarios (otra mitad del grupo). La representación había inflado las vejigas de
aire distribuidas a los usuarios, que deberían ser sopladas por los virus en el menor tiempo
posible. Como era de esp
erar, las vejigas se rompieron rápidamente, simplemente demostrando
la facilidad que tiene un virus de infectar un sistema operativo cuando es vulnerable.
image/svg+xml
Ciudadanía cibernética: Aportes de una acción extensionista a la sociedad
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2547
-
2568
,
o
ct./
d
ic
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2561
En la discusión sobre la importancia de la seguridad de los datos, se propuso simular un
ataque de
ha
ckers
. En este momento, los estudiantes recibieron
pendrives
infectados y fueron
capaces de corregirlos.
También se comparó los sistemas operativos en términos de seguridad,
costo, funciones y aplicabilidad, así como se alentó a los estudiantes a prevenir
ataques
maliciosos a través de
softwares
de p
rotección y contraseñas seguras
.
En el tercer módulo, el tema central fueron los delitos cibernéticos y los derechos y
deberes de los usuarios en las redes. La prevención del cibercrimen es un tema clave para el
ciudadano brasileño, ya que el país ocupa el
segundo lugar en el
ranking
de c
iberdelincuencia
,
que afecta a unos 62 millones de personas cada año, causando una pérdida anual de alrededor
de 100 mil millones de reales (
SYMANTEC CORPORATION
, 2017).
Ante este escenario, se promovió el uso seguro de los medios digitales, a partir de l
a
descripción del funcionamiento de los mecanismos puestos a disposición por el Estado para
proteger a los ciudadanos contra este delito. Se trabajó el concepto de delito cibernético, sus
tipos penales y la legislación relacionada (Marco Civil de Internet)
, con el fin de ayudar a los
participantes en la identificación y uso de mecanismos de acción social para la denuncia y el
control.
En esta opinión, se demostró a los participantes que los datos individuales son
información elemental del derecho a la priv
acidad y deben ser respetados tanto por el privado
como por el gobierno.
El
ciber espionaje
también fue objeto de discusión, presentando su definición, casos
prácticos y su combate.
En esta etapa, la Ley de Delitos Cibernéticos fue expuesta,
la Ley
nº
.
12.
737
/
2012
(
Ley
Carolina Dieckmann) (BRASIL, 2012) y Derecho Penal Brasileño (BRASIL,
1984), en vista de la configuración de delitos por redes debido a su uso indebido, en casos de:
lesiones raciales, amenaza, pornografía infantil y juvenil, crímenes de odio
, entre otros.
Por último, los conceptos de
cyberbullying
,
sextorsión, porno de venganza
fueron
tratados, cuestionando, por ejemplo, cómo el individuo (víctima) debe protegerse en estas
situaciones y qué cuidado debe observarse en el uso de las redes sociales para evitar posibles
conductas indebidas.
Para fijar los contenidos enseñados, se pr
opuso una actividad práctica en la que se
expuso a los alumnos a situaciones hipotéticas de ciberdelincuencia y, a partir de ellas, se les
animó a identificar a qué categorías correspondían los delitos; Una vez identificados, los
participantes deben indica
r qué medidas deben tomarse para hacer frente a la situación. Esta
actividad contribuyó a establecer un diálogo claro y objetivo sobre la importancia de denunciar
image/svg+xml
Marcos Aurelio Guedes de OLIVEIRA
;
Natalia Diniz
SCHWETHER
y
Fernando Henrique CASALUNGA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2547
-
2568
,
o
ct./
d
ic.
2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2562
acciones cibernéticas perjudiciales para la sociedad civil: los estudiantes reaccionaron con
entusiasmo a la posibilidad de acción frente a delitos menores, que han sido poco comprendidos.
El cuarto y último módulo identificó los principales problemas que enfrentan los jóvenes
cuando usan plataformas de interacción social y presentó formas de abor
darlos. Dado que, por
un lado, las redes sociales promueven el acercamiento entre las personas, el intercambio de
noticias y el aprendizaje, por otro, están asociadas con el robo de datos personales, el
intercambio de noticias falsas y la manipulación de l
a opinión pública.
Para ello, se presentó la historia, funcionamiento y riego de uso de las principales redes
sociales. Al igual que se discutió con los jóvenes cuál es el propósito de cada uno de ellos, sus
beneficios, derechos y deberes que organizan la
convivencia entre los usuarios. Se les informó
sobre la captura de datos personales por parte de empresas tecnológicas y cómo funcionan
los
bots
responsables de aumentar
las interacciones en determinadas páginas y/o temas.
Además, el módulo se dedicó al u
so de herramientas para identificar y
combatir las
noticias falsas
,
alentando a los estudiantes a verificar puntos sensibles de una noticia, tales
como: tono alarmista
,
sitio
desconocido,
errores gramaticales, contenido sensacionalista,
especialistas no re
conocidos, ausencia de autoría, solicitud de intercambio inmediato. En ese
momento, se alentó a los estudiantes a indicar los titulares de noticias
y los enlaces
como
verdaderos o falsos. La actividad despertó gran
c
ompromiso
y curiosidad, convirtiéndose e
n la
más citada tras finalizar el proyecto.
Finalmente, la actividad extensionista finalizó enfatizando la importancia de la
educación digital para el ejercicio de la
ciber ciudadanía
, en un mundo en el que todos sus
procesos y estructuras dependen cada ve
z más de este dominio.
Consideraciones finales
El aumento en el uso de las nuevas tecnologías ha traído consigo la necesidad de nuevos
conocimientos que permitan a los ciudadanos poder retirar lo mejor de sí mismos en las más
diversas áreas, desde la
búsqueda de información creíble, el trabajo, la enseñanza, las relaciones
personales, incluso como un instrumento de cobrar a los gobiernos por una mayor transparencia
en los datos y la presentación de resultados.
De acuerdo con lo anterior, el gobierno y
la escuela son los principales agentes
responsables del proceso de capacitación de la sociedad civil, en particular de los jóvenes, para
el ejercicio de la ciudadanía digital. Al proporcionar acceso a Internet de calidad para todos, es
esencial promover el
empoderamiento de este público para que tome conciencia de sus derechos
image/svg+xml
Ciudadanía cibernética: Aportes de una acción extensionista a la sociedad
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2547
-
2568
,
o
ct./
d
ic
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2563
y deberes, y la provisión de conocimiento para que puedan proteger su información personal y
privacidad en el ciberespacio.
En vista de esto, este artículo presentó la experiencia pr
áctica de estudiantes y graduados
de la Universidad Federal de Pernambuco (UFPE), quienes, a través de una actividad de
extensión, buscaron contribuir a la proyección de esta nueva realidad social, expandiendo los
conocimientos adquiridos en la universidad
a la comunidad, seguros de que la indisociabilidad
entre investigación, enseñanza y extensión impulsa la producción de conocimiento, ya que
establece un vínculo de confianza entre los académicos y la sociedad civil, en un esfuerzo
conjunto por transforma
r la realidad de los ciudadanos.
El éxito del proyecto vino de su extrema relevancia, al proponer un contenido innovador,
además de llenar el vacío de carencia total que tienen las escuelas en la oferta de proyectos
similares. Por esta lógica, la extensión
cumple su papel de ser una herramienta eficaz para
intervenir y modificar la realidad.
La iniciativa permitió a estudiantes y profesores familiarizarse con nuevos conceptos,
tanto teóricamente como en la práctica; También estimuló el intercambio de exper
iencias y la
conciencia con situaciones
f
ácticas y, fundamentalmente, proporcionó a los participantes su
identificación como ciudadanos digitales, parte de una comunidad más amplia, en la que pueden
y deben actuar políticamente.
Finalmente, como reto, iden
tificamos la necesidad de ampliar la experiencia ciudadana
digital, para que no se reduzca a procesos formativos esporádicos. La construcción de una
cultura democrática y cívica requiere un replanteamiento sustancial de los diferentes
componentes de la vid
a de los jóvenes más allá de los muros escolares. En esta oportunidad,
fomentamos la educación digital a través de la replicación de este proyecto en diferentes
regiones y para los más variados públicos, seguros de que la movilización para el ejercicio de
la ciber ciudadanía de manera segura y eficiente es indispensable para actuar frente a las
exigencias de la Era Digital.
GRACIAS
: A la Pro
-
Rectoría de Extensión y Cultura de la Universidad Federal de
Pernambuco (Proexc
-
UFPE); a la Coordinación para el Pe
rfeccionamiento del Personal de
Enseñanza Superior (CAPES); a la Escuela Don Bosco
-
Recife/PE y a la Biblioteca del Centro
Comunitario de Paz
-
Compaz
-
Escritor Ariano Suassuna.
image/svg+xml
Marcos Aurelio Guedes de OLIVEIRA
;
Natalia Diniz
SCHWETHER
y
Fernando Henrique CASALUNGA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2547
-
2568
,
o
ct./
d
ic.
2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2564
REFERENCIAS
ALMEIDA, S
.
; FERNANDES
, J.
Á
.
; GOI, V. El uso de las tecnologías digitales en las
escuelas:
Un
estudio basado en los informes de políticas públicas brasileñas.
Revista do
Centro de Educação UFSM
,
Santa Maria,
v. 44,
p. 1
-
12, fev./set.
2019.
Disponible en:
https://www.redalyc.org/journ
al/1171/117158942065/117158942065.pdf. Acceso: 05
enero
2022.
ARROYO, D
.
; ROCHA, M. Meta Avaliação de uma extensão universitária:
Estudo
de caso.
Avaliação
,
Campinas,
v. 15,
n. 2,
p. 135
-
161,
jul.
2010.
Disponible en:
https://www.scielo.br/j/aval/a/KTgP6wrJ6QDbJZyBNpsxYJd/abstract/?lang=pt. Acceso: 13
enero
2022.
BRASIL.
Decreto
-
Lei n. 2.848, de 7 de setembro de 1940
. Código Penal. Rio de Janeiro:
Presidência da República, 1940.
Disponible en:
https://ww
w.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto
-
lei/del2848.htm. Acceso: 10
enero
2022.
BRASIL.
Lei n. 5.540, de 28 de novembro de 1968
. Fixa normas de organização e
funcionamento do ensino superior e sua articulação com a escola média, e dá outras
providências
. Brasília, DF: Presidência da República,
1968.
Disponible en:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5540.htm. Acceso: 10 dic. 2022
.
BRASIL.
Constituição da República Federativa do Brasil
:
Promulgada
em 5 de outubro de
1988
. Brasília, DF
: Presidência da República,
1988.
Disponible en:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acceso: 10 dic.
2022.
BRASIL.
Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996
. Estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional
. Brasília, D
F: Presidência da República,
1996.
Disponible en:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acceso: 10 dic. 2022.
BRASIL.
Projeto de Lei n.
6
964/06, de 2006.
Da Sra. Professora Raquel Teixeira, 2006.
Disponible en:
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=node01uia9d963j
5vj8r3ck1gn87ez1248531.node0?codteor=391744&filename=PL+6964/2006.
Acceso: 10 dic.
2022.
BRASIL.
Decreto n. 6.495, de 30 de junho de 2008.
Institui o Pro
grama de Extensão
Universitária
–
PROEXT
. Brasília, DF: Presidência da República,
2008.
Disponible en:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007
-
2010/2008/decreto/d6495.htm. Acceso: 10
dic. 2022.
BRASIL.
Lei n. 12.737, de 30 de novembro de 2012.
Dispõe sobre a tipificação criminal de
delitos informáticos; altera o Decreto
-
Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940
-
Código Penal;
e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2012.
Disponible en:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_
03/_ato2011
-
2014/2012/lei/l12737.htm. Acceso: 10
enero
2022.
BRASIL.
Lei n. 13.415, de 16 de fevereiro de 2017.
Altera a Lei n. 9.394, de 20 de
dezembro de 1996 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional
. Brasília, DF:
Presidência da República,
2017.
Disponible en:
image/svg+xml
Ciudadanía cibernética: Aportes de una acción extensionista a la sociedad
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2547
-
2568
,
o
ct./
d
ic
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2565
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2017/lei
-
13415
-
16
-
fevereiro
-
2017
-
784336
-
publicacaooriginal
-
152003
-
pl.html. Acceso: 10 dic. 2022.
CALIPO, D.
Projetos de Extensão universitária crítica
:
Uma
ação educat
iva
transformadora. 2009. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia)
–
Universidade Estadual de Campinas, 2009.
Disponible en:
https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/390135. Acceso: 10
enero
2022.
CANTO, M.
O letramento midiático em es
colas
:
Lutando
contra a desinformação. TIC
Educação. São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil, 2019.
CARBONARI, M
.
E
.
; PEREIRA, A. A extensão universitária no Brasil, do assistencialismo à
sustentabilidade.
Revista de Educação
,
Londrina,
v. 10,
n. 10,
p. 23
-
28,
jul./set.
2007.
Disponible en: https://seer.pgsskroton.com/educ/about/contact.
Acceso: 21 sep
t
. 2021.
DIMAGGIO
, P
.
; CELESTE, C.
Technological Careers
: Adoption, Deepening, and Dropping
Out in a Panel of Internet Users, 2004.
E
-
SIC.
Sistema Eletrônico do Serviço de Informação ao Cidadão
.
Disponible en:
http://www.acessoainformacao.mg.gov.br/sistema/site/index.html. Acceso:
14
oct. 2019.
HINDUJA, S
.
; PATCHIN, J. Sexting:
A
brief guide for educators and parents.
Cyberbulling
Research Center
, 2010.
Disponible en: https://cyberbullying.org/se
xting
-
research
-
summary
-
2022.pdf
. Acceso: 13 mayo 2020.
JENIZE, E. As Práticas Curriculares e a Extensão Universitária.
In
: CONGRESSO
BRASILEIRO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, 2., 2004, Belo Horizonte.
Anais
[...].
Belo Horizonte: UFMG, 2004.
Disponible en:
ht
tps://www.ufmg.br/congrext/Gestao/Gestao12.pdf. Acceso: 10
enero
2022.
JONES, L
.
; MITCHELL, K. Defining and measuring youth digital citizenship.
New media &
Society
, v. 18,
n. 9,
p. 2063
-
2079,
jul.
2016.
Disponible en:
https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/1461444815577797.
Acceso: 03 sep
t
. 2021.
JONES, L
.
; MITCHELL, K
.
; FINKELHOR, D. Trends in Youth Internet Victimization:
Findings
from three youth internet safety surveys 2000
-
2010.
Journal of Ado
lescent Health
,
v. 50, n. 2, p. 179
-
186, fev.
20
12
.
Disponible en:
https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1054139X11003387.
Acceso: 13
mar
zo
2019.
KOGLIN, T
.
; KOGLIN, J
.
C. A Importância da
extensão
nas Universidades Brasileiras e a
transição
do
reconhecimento
ao
descaso
.
Revista Brasileira de Extensão Universitária
, v.
10,
n. 2,
p. 71
-
78,
jun.
2019.
Disponible en:
https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/RBEU/article/view/10658.
Acceso: 22
enero
2022
.
KOLTAY, T.
Os media e as literacias: Literacia mediática, literacia informacional, literacia
digital.
Media, Culture & Society
, v. 33,
n. 2,
p. 211
-
212,
mar.
2011.
Disponible en:
https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/0163443710393382. Acceso: 04 sep
t
. 2021.
MENDEL, T.
Liberdade de informação
:
Um
estudo de direito comparado. Brasília, DF:
image/svg+xml
Marcos Aurelio Guedes de OLIVEIRA
;
Natalia Diniz
SCHWETHER
y
Fernando Henrique CASALUNGA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2547
-
2568
,
o
ct./
d
ic.
2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2566
Unesco, 2009.
MOITA, F
.
; ANDRADE, F. Ensino
-
pesquisa
-
extensão um exercício de indissociabilidade na
pós
-
graduação.
Revista Brasileira de Educação
,
Rio de Janeiro,
v. 14,
n. 41, p. 269
-
393,
maio/ago.
2009.
Disponible en:
https://www.scielo.br/j/rbedu/a/gmGjD689HxfJhy5bgykz6qr/abs
tract/?lang=pt.
Acceso: 11
agosto 2021.
MORA
-
OSEJO, L
.
; BORDA, O. A superação do eurocentrismo. Enriquecimento do saber
sistémico e endógeno sobre nosso contexto tropical.
In
: SANTOS,
B. S.
(
o
rg.).
Conhecimento prudente para uma vida decente
.
São Paulo: C
ortez, 2004.
MOSSBERGER, K
.
; TOLBERT, C
.
; MCNEAL, R
.
Digital Citizenship
:
The
internet, society
and participation.
Cambridge: The MIT Press, 2008.
NOGUEIRA, M
.
(org.).
Avaliação da extensão universitária
:
Práticas
e discussões da
comissão
permanente de avaliação da extensão. Belo Horizonte: FORPROEX/CPAE;
PROEX/UFMG, 2003.
NUNES, A
.
; SILVA, M. A extensão universitária no ensino superior e a sociedade.
Mal
-
Estar e Sociedade
,
Barbacena,
v.
4, n.
7, p. 119
-
133,
jul./dez.
2011.
Disponible en:
https://revista.uemg.br/index.php/gtic
-
malestar/article/view/60.
Acceso: 16 oct. 2021.
PATROCÍNIO, T
.
Educação e Cidadania global.
In
:
GOUVEIA, L.
Cidades e Regiões
Digitais
:
Impacte
nas cidades e nas pessoas. Porto: Fundação Fernando Pessoa, 2003.
PINSKY, J. Introdução.
In
:
PINSKY, J.; BASSANEZI, C.
História da Cidadania
. São
Paulo: Contexto, 2003.
Relatório de Crimes Cibernéticos NORTON: O impacto humano.
Symantec Corporation
,
2017.
Disponible en:
https://www.symantec.com/content/en/us/home_homeof
fice/media/pdf/cybercrime_report/No
rton_Portuguese
-
Human%20Impact
-
A4_Aug18.pdf
.
Acceso: 6 mayo 2019.
RIBBLE, M.
Digital Citizenship in Schools
. Washington: ISTE, 2007.
RIBBLE, M.
Nine Elements of Digital Citizenship
.
Washington: ISTE, 2010.
Disponible en:
http://www.iste.org. Acceso: 10 ene. 2022.
SANTOS, B. S.
Pela mão de Alice
:
O
social e o político na pós
-
modernidade. São Paulo:
Cortez, 1995.
SEN, A. O desenvolvimento como expansão de capacidades.
Lua Nova: Revista de Cultura
e Política
, v. 28
-
29, 1993.
SILVA, O. O que é extensão universitária.
Integração: ensino, pesquisa e extensão
, São
Paulo, v. 3, n. 9, 1997.
SIMÃO, P
.
; CARDOSO, F. Digital citizenship in schools: nine elements all students should
know, in Mike Ribble, 3. ed. Arlington, VA, USA: International Society for Technology in
image/svg+xml
Ciudadanía cibernética: Aportes de una acción extensionista a la sociedad
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2547
-
2568
,
o
ct./
d
ic
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2567
Education, 2015.
EccoS Revista Científica
, v. 47, p. 472
-
476, 2018.
Disponible en:
https://periodicos.uninove.br/eccos/article/view/10778/5254.
Acceso: 10
enero
2022.
SONCK, N
.
et al
.
Digital literacy and safety skills
. London: London School of Economics
& Political Science, 2011.
TIC. Tecnologia de Informação e Comunica
ção.
Domicílios com acesso à Internet
.
2019.
Disponible en: https://cetic.br/pt/tics/domicilios/2019/domicilios/A4/
.
Acceso
:
12
marzo
2019.
UNESCO. Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
Prefácio
.
2003.
In
: MENDEL, T.
Liberdade de informação
:
Um
estudo de direito comparado.
Brasília, DF: Unesco, 2009.
UNESCO. Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciên
cia e a Cultura.
TIC na
Educação
. 2016.
Disponible en: https://pt.unesco.org/fieldoffice/brasilia/expertise/ict
-
education
-
brazil.
Acceso: 10
enero
2022.
VAN DIJK, J.
The Deepening Divide
: Inequality in the Information Society.
London: Sage
Publications, 2005.
image/svg+xml
Marcos Aurelio Guedes de OLIVEIRA
;
Natalia Diniz
SCHWETHER
y
Fernando Henrique CASALUNGA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2547
-
2568
,
o
ct./
d
ic.
2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2568
Cómo hacer referencia a este artículo
OLIVEIRA, M. A. G.; SCHWETHER, N. D.; CASALUNGA, F. H.
Ciudadanía cibernética:
Aportes de una acción extensionista a la sociedad
.
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em
Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. 4, p.
2547
-
2568
,
oct
./
dic
. 2022. e
-
ISSN: 1982
-
5587.
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
Presentado en:
10/03/2022
Revisiones requeridas en
:
19/07/2022
Aprobado en
:
24/10/2022
Publicado en
:
30/
1
2
/2022
Procesamiento y edición: Editora Iberoamericana de Educación
-
EIAE.
Corrección, formateo, normalización y traducción.
image/svg+xml
Cybernetic citizenship:
Contributions
of an extensionist action to society
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
Oct
./
Dec
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2544
CYBERNETIC CITIZENSHIP: CONTRIBUTIONS OF AN EXTENSIONIST
ACTION TO SOCIETY
CIDADANIA CIBERNÉTICA: CONTRIBUIÇÕES DE UMA AÇÃO EXTENSIONISTA À
SOCIEDADE
CIUDADANÍA CIBERNÉTICA: APORTES DE UNA ACCIÓN EXTENSIONISTA A LA
SOCIEDAD
Marcos Aurelio Guedes de OLIVEIRA
1
Natalia Diniz SCHWETHER
2
Fernando Henrique CASALUNGA
3
ABSTRACT
: New social norms and significant civic challenges were both brought about by
the information age. In this situation, the role of States in promoting public policy is critical,
with education serving as a key tenet of the fundamental structure. To improve
the practice of
cybernetic citizenship in young pupils, we applied the playful pedagogical technique in an
original extension project from a series of theoretical/practical lessons. The extensionist action
creates a new social reality by bringing the know
ledge learned at the university to the
community. It is confident that the interdependence of research, teaching, and extension drives
the production of knowledge as it forges a trusting relationship between academics and civil
society in an effort to chan
ge citizens' realities.
KEYWORDS
: Citizenship. Cybernetics. University extension.
RESUMO
:
A Era da Informação trouxe consigo novos mecanismos de sociabilidade, bem
como grandes desafios à cidadania. Nesse cenário, é fulcral a ação dos Estados enquanto
propositores de políticas públicas, sendo a educação um importante componente do alicerce
cent
ral. Em vista disso, a partir de um conjunto de aulas teórico/práticas,
empregamos o
método lúdico pedagógico em
um projeto de extensão inovador que
tem por objetivo
fortalecer
o exercício da cidadania cibernética em jovens estudantes
.
Na medida em que
con
tribui para
a identificação dos participantes de sua condição enquanto cidadãos digitais
, a ação
extensionista
proje
ta
uma nova realidade social, expandindo os conhecimentos adquiridos na
universidade à comunidade
.
Estamos c
ertos de que a indissociabilidad
e entre pesquisa, ensino
e extensão impulsiona a produção de conhecimentos, na medida em que estabelece um vínculo
de confiança entre acadêmicos e sociedade civil, em um esforço conjunto para transformar a
realidade dos cidadãos.
PALAVRAS
-
CHAVE
:
Cidadania
.
C
ibernética.
E
xtensão universitária
.
1
Federal University of Pernambuco
(UFPE), Recife
–
PE
–
Bra
z
il.
Full Professor of Political Science in the
Department of Political Science.
PhD in Government (ESSEX/England).
).
ORCID: https://orci
d.org/0000
-
0001
-
9792
-
5453. E
-
mail: guedes
@hotmail.com
2
Federal University of Pernambuco
(UFPE), Recife
–
PE
–
Bra
z
il
.
Postdoctoral Student at the Department of
Political Science
.
ORCID:
https://orcid.org/0000
-
0002
-
8022
-
237X
.
E
-
mail: natalia.schwether@
ufpe.br
3
Federal University of
Rio Grande do Sul
(UFRGS), Porto Alegre
–
RS
–
Bra
z
il.
PhD student at the Department
of Political Science
. ORCID: https://orcid.org/0000
-
0003
-
0130
-
4471
.
E
-
mail
: fernandocasalunga@gmail.com
image/svg+xml
Marcos Aurelio Guedes de OLIVEIRA
;
Natalia Diniz SCHWETHER
and
Fernando Henrique CASALUNGA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
Oct
./
Dec
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2545
RESUMEN
:
La Era de la Información ha traído consigo nuevos mecanismos de sociabilidad,
así como grandes desafíos para la ciudadanía. En este escenario, la acción de los Estados
como propuestas de políticas
públicas es central, y la educación es un componente importante
de la base central. En vista de esto, a partir de un conjunto de clases teórico
-
prácticas,
utilizamos el método lúdico pedagógico en un proyecto de extensión innovador que tiene como
objetivo
fortalecer el ejercicio de la ciudadanía cibernética en jóvenes estudiantes. Al
contribuir a la identificación de los participantes de su condición de ciudadanos digitales, la
acción extensionista proyecta una nueva realidad social, ampliando los conocimie
ntos
adquiridos en la universidad a la comunidad. Estamos seguros de que la inseparabilidad entre
investigación, docencia y extensión impulsa la producción de conocimiento, ya que establece
un vínculo de confianza entre los académicos y la sociedad civil,
en un esfuerzo conjunto por
transformar la realidad de los ciudadanos.
PALA
BRAS
CLAVE
:
Ciudadanía.
Cibernética
.
Extensión
universitaria
.
Introdu
ction
In the Information Age, identified since the mid
-
1990s, humanity has experienced a
profound social change caused by the rapid expansion of network infrastructure and the urgency
of learning and using the most varied information and communication technologi
es (ICT).
According to Article 1 of the 1988 Federal Constitution (FC) (BRA
Z
IL, 1988),
citizenship is a foundation of the Democratic State of Law. Being a citizen suggests that the
individual has civil rights (life, freedom, property, equality),
participates actively in society,
through his political rights and, concomitantly, has guaranteed his social rights (education,
work, health) (PINSKY, 2003).
In 2011, the United Nations Organization (UNO), in view of the unique and
transforming nature of t
he Internet, stated that it is everyone's right to seek, receive and transmit
information and ideas over the Internet. In light of this, being a citizen has received a new
attribute that concerns one's ability to access the Internet and participate in an e
ngaged manner
in networks
(PATROCÍNIO, 2003).
In Brazil, the Law that presents the basic guidelines for education, LDB
(
Law of
Directives and Bases
)
No. 9.394/96 (BRA
Z
IL, 1996), states that the family and the school,
especially the basic education, must en
sure the individual's education to enable him to exercise
his citizenship. Considering that having ICT domain is a requirement for the full fruition of
citizenship, it becomes part of the school competencies, also, the cybernetic education
.
Data from the I
nformation and Communication Technology agency (TIC, 2019) reveal
that more than 70% of the Brazilian population has access to the Internet, which corresponds
to approximately 130 million individuals (TIC, 2019). In 2020, the agency Hootsuite identified
image/svg+xml
Cybernetic citizenship:
Contributions
of an extensionist action to society
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
Oct
./
Dec
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2546
th
at we surpassed 140 million social media users, a growth of 11 million (+8.2%) between April
2019 and January 2020.
According to the Youth Internet Safety Study (YISS 1, 2 and 3) report, a study that
detailed young people's experiences with unwanted situat
ions on the Internet, there was,
between 2000 and 2010, an increase in the use of the Internet and new technologies by young
people and, in parallel, of cases of online harassment, especially of girls. For analysts, the issue
requires specific projects tha
t can spread relevant messages to parents and young people, who
need to be informed about how to act in particular situations (JONES; MITCHELL;
FINKELHOR, 2012).
Faced with the emergence of a highly connected society, a range of risks and threats to
users'
security have multiplied, increasing the public authorities' concern with cybersecurity,
and requiring measures to be taken to protect data and network infrastructures. In this context,
the State, as the main agent for the formulation of public policies f
or the development of digital
education, has in the Brazilian public universities an important vector for its implementation.
For this reason, the article proposes a discussion about the role of extension actions as
contributions to the development of dig
ital education and, more specifically, of what is
understood as cyber citizenship; in sequence, it presents an innovative extension project
developed by students and graduates of the Federal University of Pernambuco (UFPE), entitled
'Cyber
-
Cid: from the cl
assroom to the computer', applied to young students from public schools.
The extension activity came from a lack of information about the cyber environment in
Brazilian public schools, combined with a strong desire of the group to transpose the studies
con
ducted in academia to civil society. Thus, the authors believe that giving greater visibility
to the extensionist practice, in particular, and to the theme, in general, are stimuli for new
actions or the replication of this model in other locations, with t
he ultimate goal of contributing
to the promotion of cyber citizenship
.
The academic tripod
The academic tripod
-
teaching, research and extension
-
is the foundation of the
production and diffusion of
higher
-
level
knowledge in Brazil. The F
ederal
C
onst
itution
, in
Article 207, states that "universities have didactic
-
scientific and administrative autonomy, as
well as financial and patrimonial management, and will obey the principle of inseparability
between teaching, research, and extension" (BRA
Z
IL, 1988). Thus, once equated by law, these
image/svg+xml
Marcos Aurelio Guedes de OLIVEIRA
;
Natalia Diniz SCHWETHER
and
Fernando Henrique CASALUNGA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
Oct
./
Dec
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2547
three activities deserve to receive equal treatment by higher education institutions (HEI)
(MOITA; ANDRADE, 2009).
The FC (BRA
Z
IL, 1988) was not, however, the first document to mention the term
'extension' on nat
ional soil. It is possible to find, still in 1931, in the Statute of Brazilian
Universities, a set of objectives attributed to university extension, among them, the
dissemination of knowledge useful to private and collective life and the solution of social
problems. In 1968, Law no. 5.540/1968 (BRA
Z
IL, 1968), also contemplated the subject, but in
this second approach to the theme a reorientation of activities is manifested, in order to curtail
the space of dialogue constituted, until that moment, between th
e HEIs and the community
(CARBONARI; PEREIRA, 2007).
Years later, in the 1980s, in a context of resurgence of social movements, the Forum of
Pro
-
Rectors of Extension of Brazilian Public Universities emerges as an important
factor
in
defining the direction
s of university extension in the country. In their discussions, they pleaded,
at first, for a greater precision of the extension concept and its organization as its own organ,
with budget and evaluation method (NOGUEIRA, 2003; CARBONARI; PEREIRA, 2007).
T
he Forum was responsible for drafting the Program for Promotion of University
Extension (PROEXTE) and the National Extension Plan. Proposed in 1993, PROEXTE resulted
from a joint effort between the Ministry of Education (MEC) and the Forum, to which the
fo
rmer committed itself to allocate resources to public HEIs to carry out extension activities.
However, the initiative did not prosper and was deactivated. In its place, the National Plan
(1991/2001) was proposed to guide the actions in universities, but th
is did not get similar
collaboration from the MEC (NOGUEIRA, 2003).
In that same decade, in 1996, Law No. 9.394/1996 was approved (BRA
Z
IL, 1996), Law
of Directives and Bases of National Education, through which the extension resumes its
proximity to the co
mmunity: "Higher education has as its purpose: VII
-
promote the extension,
open to the participation of the population, aiming at the diffusion of achievements and benefits
resulting from cultural creation and scientific and technological research generate
d in the
institution" (BRA
Z
IL, 1996, art. 43, item VII). Years later, an additional clause is added to the
Law, reinvigorating the inseparability between teaching, research and extension
.
In 2003, PROEXTE re
-
emerged entitled as the University Extension Sup
port Program.
Its formulators were convinced that universities represented an important contribution to the
implementation of public education policies. In 2008, it undergoes a new change in its name,
with Decree No. 6.495/2008 (BRASIL, 2008), changing its
name to University Extension
image/svg+xml
Cybernetic citizenship:
Contributions
of an extensionist action to society
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
Oct
./
Dec
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2548
Program (ProExt) and, from then on, it becomes the main initiative to foster Brazilian university
extension (KOGLIN; KOGLIN, 2019; NOGUEIRA, 2003).
It is noteworthy that the ProExt budget allowed, in 2016, the possibility for
university
institutions to submit proposal to compete for approximately R$ 16 million each. For Koglin
and Koglin (2019), the continued and increasing investment, between the years 2014 and 2016,
regained the importance of the issue, as well as represented
a positive evaluation of its results
by the government. However, from 2017 on, the scenario changes. No new calls for proposals
are opened, starting a period of lack of resources and difficulty in developing projects.
Nevertheless, extension
actions have not lost importance. In 2018, the National
Education Plan
–
PNE in the Portuguese acronym
–
(2014
-
2024) required higher education
institutions to ensure at least 10% of curricular credits in extension programs and projects by
2021 (PNE, goal 1
2.7). This measure demanded from universities actions to recover the prestige
of extension in the academic tripod.
Although the first experiences of extension, in Brazil, date back to the beginning of the
twentieth century, historically, it is observed in
universities the prioritization of resources and
efforts for the areas of teaching and research; that is, at undergraduate level, the emphasis is
given to teaching, and at postgraduate level, the focus is on research
(CARBONARI;
PEREIRA, 2007; MOITA; ANDRA
DE, 2009;).
For Santos (1995), the university commitment will only be fulfilled, in its entirety, when
extension activities are deepened in such a way as to integrate research and teaching activities.
However, in the Brazilian case, the extension has been
relegated much because of the little
attention given by development and management agencies to this important link of interaction:
university
-
society (NUNES; SILVA, 2011).
Extension aims, precisely, to intensify the relations between these two spaces.
The
university, through extension, would influence and be influenced by the community, in a mutual
exchange relationship. The academy finds in society the opportunity for practice and empirics,
while the extension allows the university to bring knowledge to t
he community, in a process of
socialization of information (SILVA, 1997; NUNES; SILVA, 2011).
The relationship of mutual exchange between the university and the community is
strengthened through extension, either by opening a space for dialogue or by the p
ossibility of
developing social actions (SILVA, 2011). For Carbonari and Pereira (2007), the great challenge
of the extension is to readjust the relationship of teaching and research with social needs; the
university would then be an instrument capable of
assisting in the deepening of citizenship and
social transformation (CALIPO, 2009).
image/svg+xml
Marcos Aurelio Guedes de OLIVEIRA
;
Natalia Diniz SCHWETHER
and
Fernando Henrique CASALUNGA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
Oct
./
Dec
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2549
Therefore, it is with the help of extension activities that the academic environment has
the opportunity to establish a dialogic relationship, in which the community parti
cipates
actively and constructively in the proposed dynamics and universities are committed to the
attention to the community and the sharing of knowledge. With this, the extension ceases to
have a compulsory character and gains aspects of a social commitm
ent (JENIZE, 2004; MORA
-
OSEJO; BORDA, 2004; MOITA; ANDRADE, 2009).
In this sense, the unity between teaching, research
and extension both enhances the
quality of academic production and promotes it ethically, given that the articulation only
between teaching and extension lacks research for the production of scientific knowledge. The
articulation between teaching and rese
arch, on the other hand, fails in social understanding. And
the articulation between extension and research excludes teaching, losing the formative
dimension of the university
(MOITA; ANDRADE, 2009).
Regarding ethics, by not omitting the material and info
rmational needs inherent to the
population, the extension activity contributes to the construction of better conditions of
citizenship. It is, therefore, a tool for knowledge construction, not limited to peers, but
encompassing a diversity of interlocutors
(ARROYO; ROCHA, 2010).
Thus, the key is to think about how extension can contribute more incisively to the
solution of social problems, with emphasis on the role that technology holds in education, in
view of the growing importance of thinking knowledge,
also, under the technological approach
(ALMEIDA; FERNANDES; GOI, 2019).
In Brazil, the initiatives to apply ICT in basic education began in the mid
-
1980s, with
the Special Secretariat for Informatics (SEI), responsible for regulating and supervising the
s
ector and researching theoretical aspects of the applicability of computers in education. In
1983, the SEI created the Special Commission on Informatics in Education, whose main
objective was to elaborate the first project on Informatics in Education. In 1
989 the National
Program of Educational Informatics was created, in order to ensure a political, technical and
scientific convergence of investments in the sector.
Other important initiatives in the area were: the establishment of a section in the
Nationa
l Curricular Parameters about the need to use ICT in education; the creation of the Open
University of Brazil; the approval of Law nº. 6.964/06 (BRA
Z
IL, 2006), which requires public
elementary and high schools to maintain computer labs on their premises; a
nd Law nº.
13.415/17 (BRA
Z
IL, 2017), which added the term "and its technologies" to the guidelines and
bases of national education.
image/svg+xml
Cybernetic citizenship:
Contributions
of an extensionist action to society
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
Oct
./
Dec
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2550
At the global level, the United Nations' (UN) 2030 Agenda for Sustainable Development
listed in Goal 4 technology as an imp
ortant source of access to knowledge and pedagogical tool.
Given this scenario, the extension activity 'Cyber
-
Cid: from the classroom to the computer'
understood as fundamental to stimulate cyber
-
citizenship among young people (concept
developed in continu
ity) in a simple and didactic way, encouraging a responsible and critical
use of communication technologies
.
Cyber Citizenship
The first uses of the term cyber citizenship referred exclusively to network access; more
recently, the term has been used for
safe use and responsible behavior in the online space
(JONES; MITCHELL, 2016).
Cyber citizenship can also be understood as the ability to
participate in society electronically, while the digital citizen would be the one who uses the
Internet on a regular
basis, either in the search for political information, to fulfill their civic
function, or at work, with purely economic purposes (MOSSBERGER; TOLBERT; MCNEAL,
2008).
The Internet provides immense content in different areas, as well as space for discussion
and mobilization. The possession of information is an important resource for individual
emancipation, together with the frequent reading of news, which stimulates debate and interest
in a theme, such as politics. Together, knowledge, discussion, and inter
est create the conditions
for social engagement; however, the same difficulties that disadvantaged groups experience in
accessing education, jobs, and the political process occur in the cyber environment
(MOSSBERGER; TOLBERT; MCNEAL, 2008).
In Brazil, alth
ough a large part of the population has regular access to the Internet, and
can be considered users, there is a percentage of young people who rarely or never accessed the
World Wide Web. These are individuals located mostly in rural areas and in the North
and
Northeast regions of the country, who, among other reasons, face difficulties such as the
unavailability of Internet in their locality, lack of knowledge to handle the tool, and the lack of
computers, which makes the use of the network unfeasible, eit
her in their homes, jobs or
schools. On the other hand, the data indicate that the South region is the one where young people
access the net the most, more than once a day
(CGI.
BR
, 2018).
Digital exclusion increasingly marginalizes individuals from public
life, which
consequently leads to lower capabilities to compete for jobs, to get good educations, among
others. For Amartya Sen (1993), poverty and inequality should not be thought of in terms of
image/svg+xml
Marcos Aurelio Guedes de OLIVEIRA
;
Natalia Diniz SCHWETHER
and
Fernando Henrique CASALUNGA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
Oct
./
Dec
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2551
material possessions, but in light of the capabilities that
members of society have; that is, not
only those who are offline have disadvantages, but also those who do not have a connection in
their homes and depend on poor quality services offered by the State (MOSSBERGER;
TOLBERT; MCNEAL, 2008).
For Van Dijk (2005
), at the same time that there is a growth in the use of the Internet
(as can be seen in Graph 1), the skills that individuals must possess to effectively be online are
also increasing. By this logic, to be a cyber citizen, it is necessary both a quality c
onnection and
specific skills in reading, writing and understanding electronically available information
.
Graph
1
–
Teenagers with their own profile on a social network
(B
RA
Z
IL
, 2013
-
2016)
Source: Prepared by the authors, based on CGI.br (2018)
In light of this, the role of digital education in promoting inclusion becomes prominent.
For example, studies show that the level of education is directly related to the amount of hours
people spend connected (online), searching for content related to edu
cation, work, health,
finance, science, and also news, government, and politics (DIMAGGIO; CELESTE, 2004).
According to the United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization
(UNESCO, 2016): "The way the educational system incorporates ICT d
irectly affects the
reduction of the digital divide. In Brazil, the ICT Education 2017 survey found that 97% of
schools had Internet access, but the amount of connected equipment was very limited; in most
of them, there was a ratio of forty students for ev
ery computer available
”
.
The study identified that learning how to use the tool generally occurs in a self
-
taught
way. As pointed out by the data, 80% of students in public and private schools in the country
learned to use the Internet on their own,
and only half of them received instructions from their
teachers about the importance of checking the information obtained on the Internet from more
than one source (CGI.BR, 2017).
75
80
85
90
95
100
1
2
3
4
5
6
7
8
image/svg+xml
Cybernetic citizenship:
Contributions
of an extensionist action to society
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
Oct
./
Dec
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2552
Given this scenario, encouraging the analysis of the texts and content of th
e information
available on the web, as well as encouraging greater consideration in sharing information, is
one of the fundamental pillars of digital education, as it stimulates the development of critical
thinking and reduces citizens' vulnerability to mi
sinformation.
(CANTO, 2019).
Digital education also encompasses the necessary skills to use computers and the
Internet, such as, for example, requesting information from the government that are available
in transparency portals; strategies to use search en
gines; the creation of strong passwords; the
use of software to avoid unwanted messages (spam) and/or malicious attacks (KOLTAY, 2011;
MENDEL, 2009; SONCK
et al
., 2011).
Moreover, part of this education are recommendations against inappropriate behaviors,
such as practices of moral aggression, organized by groups, against a particular person and fed
via the Internet (cyberbullying); the electronic sending of texts or photographs of a sexual nature
(sexting) (HINDUJA; PATCHIN, 2010); and, not least, the enco
uragement to practice
respectful behaviors and activities that boost civic engagement (JONES; MITCHELL, 2016).
For this reason, Ribble (2010) listed nine elements that, in his opinion, make up digital
or cyber citizenship, arranged in Table 1
:
Table
1
–
E
lements of cyber citizenship
1.
E
tiquette
Electronic standards of conduct and responsible use of digital
space;
2. Com
munication
Dynamic and fast electronic exchange of information;
3. Litera
cy
The process of teaching and learning about
technology and its
use;
4. Ac
cess
Unrestricted electronic participation;
5. Co
mmerce
Electronic purchase and sale of goods;
6. L
aw
Electronic responsibility over actions, ethics of technology;
7.
Rights and
Responsibility
Freedom in the
digital space (privacy, freedom of speech);
8.
Health and Well
-
Being
Vision safety, good ergonomic practices, etc;
9. Se
fety
Electronic precautions to ensure data security.
Source
: Ribble (2010)
The nine elements constitute a guide for addressing the issue in schools, which requires
a very specific profile of educator and knowledge in the area of education. Briefly, the first
element deals with the right to network access and considers that the fo
cus of states should be
on ensuring unrestricted access. Regarding digital communication, it highlights the necessary
preparation for using the tools. On literacy, he considers that society needs to learn to respect
electronic standards of conduct and proc
edures, in order to take advantage of the content
available online in an objective way. Regarding digital commerce, he stresses the redoubled
image/svg+xml
Marcos Aurelio Guedes de OLIVEIRA
;
Natalia Diniz SCHWETHER
and
Fernando Henrique CASALUNGA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
Oct
./
Dec
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2553
attention that must be paid to illegality and/or fraud. As for physical and mental health, he
stresses the importa
nce of cultivating good habits. Finally, it alerts for the adoption of
preventive measures, such as the installation of antivirus, data storage (backups), building
secure passwords, among others (RIBBLE, 2010; SIMÃO; CARNEIRO, 2015). In Table 2, the
nine e
lements are organized into three categories
:
Table
2
–
Categories of Cyber
-
Citizenship
Student learning and digital
academic performance
Student behavior in the digital
environment
Digital life of students outside the
Academic Environment
Access
Communication
Safety and Security
Literacy
Etiquette
Digital Rights and
Obligations
Legislation
Commerce
Health and well
-
being
Source: Adapted from Ribble (2007)
Table 2 shows that th
ose
nine elements are not isolated, there is an interconnection
between them based on their proximity to the school environment. Therefore, three categories
were created based on their effects in the digital space: a) on learning and academic
performance; b)
on the school environment and on student behavior; and, c) on the student's
life outside the school environment. Faced with such categories, and considering the challenges
faced by each educational institution, educators may choose to place greater emphasi
s on one
of them or choose which set they will address first, while maintaining the overall goal of
empowering students to exercise their cyber citizenship (RIBBLE, 2007).
According to Jones and Mitchell (2016), the best format for this knowledge to reach
young audiences are discussions that make them think about how each of these practices are
required in the everyday use of cyberspace. Such action can be promoted through the
construction of educational games that clarify the situations and how to act in f
ront of them.
Another option is to encourage students, in discussion groups, to find faults and disagreements
in their own social networks or anonymous networks, enabling them in a practical way to use
the cyber language
.
image/svg+xml
Cybernetic citizenship:
Contributions
of an extensionist action to society
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
Oct
./
Dec
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2554
The Cyber
-
Cid Project
In
view of the above, the extension project "Cyber
-
Cid: from the classroom to the
computer" was structured from four main modules: access to information; network
infrastructure; cybercrime and use of social networks, which employ the ludic pedagogical
method
to stimulate the exercise of cyber citizenship by young students.
The modules have practical activities developed with the following objectives: i) to
provide tools for searching and acquiring information about the government, encouraging
governance measur
es such as transparency in public spending; ii) to teach how to protect the
devices connected to the network, avoiding contamination by harmful threats that circulate in
digital space; iii) to warn about problems related to cybercrime, in order to reduce t
he likelihood
of perpetration of harmful practices such as harassment and verbal violence in this environment;
iv) to encourage respectful and supportive use of social networks and digital space.
The following subsections present the arrangement and the e
xperience of application of
the intervention
.
Practical Arrangement
Under the aegis of the central argument of this article, the project was elaborated with
the intention of offering conditions to increase the exercise of citizenship by young people in
cyberspace. In this sense, the increase in electronic engagement (largely motivated by cyber
education projects) enables civil society to act in a respectful and solidary manner online.
The methodology used sought to promote the construction of knowledge a
bout the
importance of exercising cyber citizenship through expository lessons, which elucidated the
mechanisms of social participation and proposed practical activities to fix the content.
As far as its structure is concerned, the strategy used to carry o
ut the activity went
through three main stages:
1. Selection and planning: establishing contacts with educational institutions, taking into
consideration pragmatic elements (accessibility, audience, technical resources available, and
demonstration of inter
est in participating on a voluntary basis). This stage also contemplated
the collaborative planning of the teaching activities, as well as the application of a pilot
composed of four test classes, to prepare the students responsible for the project
.
2. Act
ion: implementation of the extensionist activity based on lectures, audiovisual
products and the proposition of practical activities (access to the transparency portals, thematic
image/svg+xml
Marcos Aurelio Guedes de OLIVEIRA
;
Natalia Diniz SCHWETHER
and
Fernando Henrique CASALUNGA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
Oct
./
Dec
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2555
games, dialogue rounds, debate forums and group dynamics) to fix the content
and, finally, the
production of an informative booklet.
3. Observation and reflection: periodic meetings to improve the activities and collect
information that allowed us to aggregate the results of this experience, especially from the
teachers' point of
view.
As far as its application is concerned, the project's content was delivered by students
(undergraduates and postgraduates) and graduates of the Federal University of Pernambuco
(UFPE) who are part of the Center for American Studies (NEA), under the d
irection of
Professor Dr. Marcos Aurélio Guedes de Oliveira (UFPE). The team of eight individuals taught
a series of classes, prioritizing active learning techniques. Each of the four modules was shared
by a team of two facilitators.
In general, the first
module focused on the use of electronic participation mechanisms,
discussing the historical evolution of the rights of access to information; the second illustrated
the functioning of the World Wide Web's infrastructure and its vulnerabilities; the third
d
iscussed the incidence of cybercrime, instructing the target audience to seek help, especially
in sensitive cases; finally, the fourth module concluded by indicating paths for the responsible
use of social networks, especially with regard to identifying fa
ke news
.
In short, the course offered a total workload of sixteen hours/class for approximately
forty students from the public network. The four modules were presented in sequence, during
two months in the year 2019, in two hours/class taught weekly with t
he help of partnerships
signed with the Dom Bosco School and the Community Peace Center Library
-
Compaz
-
Writer
Ariano Suassuna, both located in Recife, Pernambuco
.
Pr
actice
UNESCO (2003) indicates a steep increase in the number of countries
adopting laws of
access to public information in their constitutions, rising from thirteen in 1990 to over seventy
in 2010. Also, intergovernmental organizations such as multilateral development banks and
international financial institutions have joined th
e process of disclosure of information, so that
the right to information has moved into the sphere of fundamental human rights and expanded
the citizen's ability to control the actions of public officials (MENDEL, 2009).
In this sense, the first module ins
tructed young people on how to use the tools of access
to information and participation available online. To this end, it highlighted the importance of
implementing the Access to Information Law (LAI
in the Portuguese acronym
) in the
image/svg+xml
Cybernetic citizenship:
Contributions
of an extensionist action to society
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
Oct
./
Dec
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2556
transformation of Braz
ilian institutional culture, given its role in promoting transparency, social
participation in the decision
-
making process and cooperation between public agencies and
citizens.
To this end, the international and national legal apparatus was exposed, with
specific
focus on the importance of the production of reliable and accessible information and data by
public agencies. In order to demonstrate to young people the power that transparency offers
society in demanding greater efficiency in public actions, con
cepts such as active and passive
transparency were discussed.
In one of the proposed activities, students were encouraged to search for information of
their interest electronically, through the use of the electronic portal Citizen Information Service
(E
-
SI
C), of the federal government. To do this, they made use of multimedia resources (tablets)
provided by the educational institution and a request template prepared by the team.
Considering that this activity requires a period (twenty working days) for the i
nformation to be
made available, a follow
-
up group was created on a communication platform for guidance. The
group was also useful to discuss the importance of producing reliable and accessible data
.
Although the practical activity was considered essentia
l to the success of the module, it
is worth noting that there was low student participation, a result largely attributed to the difficult
access to the Internet and the high work and/or school load of young people. Despite this, those
who performed the act
ivity were able to share the experience of exercising cyber citizenship.
Through this activity, the participants were able to recognize the legal framework and become
aware of their responsibilities and guarantees, and were also able to identify the commun
ication
channels between civil society and public authorities.
In the second module, basic notions of network infrastructure were offered, bearing in
mind that cyberspace is increasingly frequented by new generations, who are encouraged to
experience the v
irtual world from an early age. Therefore, understanding the risks and threats
of surfing the net is of great importance. To this end, definitions such as computer network and
Internet were transmitted, starting with stimuli for active learning and student
participation in
playful activities.
One of the games developed was entitled "Virus vs. User"; in it, the class was divided
into two groups, where half played the role of a virus with the mission of infecting the users'
servers (the other half of the gro
up). The role
-
play relied on inflated air bladders distributed to
the users, which had to be popped by the virus in the shortest time possible. As expected, the
bladders were quickly popped, demonstrating in a simple way the facility that a virus has to
in
fect an operating system, when vulnerable.
image/svg+xml
Marcos Aurelio Guedes de OLIVEIRA
;
Natalia Diniz SCHWETHER
and
Fernando Henrique CASALUNGA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
Oct
./
Dec
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2557
During the discussion about the importance of data security, a simulation of a hacker
attack was proposed. In this opportunity, the students received infected pen
-
drives and were
able to correct them. There was al
so a comparison of operating systems in terms of security,
cost, functions and applicability, and students were encouraged to prevent themselves from
malicious attacks by means of protective software and strong passwords.
In the third module the central t
heme was cybercrime and the rights and obligations of
users on networks. The prevention of cybercrime is a central issue for the Brazilian citizen,
since the country ranks second in cybercrime, affecting about 62 million people every year,
causing an annua
l loss of around 100 billion reals
(
SYMANTEC CORPORATION
, 2017).
Faced with this scenario, the safe use of digital media was promoted, based on the
description of the mechanisms provided by the State to protect citizens against this
misdemeanor. The concept of cybercrime, its criminal types and related legislation (Inte
rnet
Civil Framework) were discussed in order to help participants identify and use social action
mechanisms for denunciation and control.
In this context, it was shown to the participants that individual data is basic information
of the right to privacy
and must be respected, both by the private sector and by the government.
Cyber espionage was also a topic of discussion, presenting its definition, practical cases,
and how to combat it. At this stage, the Cybercrime Law, Law no. 12,737/2012 (Carolina
Diec
kmann Law) (BRA
Z
IL, 2012) and the Brazilian Criminal Law (BRA
Z
IL, 1984) were
exposed, in the perspective of the configuration of crimes by networks as a result of their
misuse, in cases of: racial insult, threat, child pornography, hate crimes, among other
s.
Finally, the concepts of cyberbullying, sextortion, revenge pornography were dealt with,
questioning, for example, how the individual (victim) should protect him/herself in these
situations and what care should be taken when using social networks to av
oid possible
misconduct.
In order to fix the content taught, a practical activity was proposed in which students
were exposed to hypothetical situations of cybercrime and, from these, stimulated to identify
which categories the offenses corresponded to; o
nce identified, the participants should indicate
which actions should be taken to deal with the situation. This activity contributed to establish a
clear and objective dialogue about the importance of denouncing cyber actions harmful to civil
society: stud
ents reacted with enthusiasm to the possibility of action in the face of
misdemeanors, until then little understood
.
The fourth and final module identified the main issues young people face when using
social interaction platforms and presented ways to addr
ess them. Since, on the one hand, social
image/svg+xml
Cybernetic citizenship:
Contributions
of an extensionist action to society
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
Oct
./
Dec
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2558
networks promote bringing people together, sharing news, and learning, on the other hand, they
are associated with the theft of personal data, the sharing of fake news, and the manipulation of
public opinion.
To th
is end, the history, operation, and rules of use of the main social networks were
presented. We also discussed with the young people the purpose of each one of them, their
benefits, rights, and duties that organize the coexistence among users. They were in
formed
about the capture of personal data by technology companies and how the bots responsible for
increasing interactions on certain pages and/or subjects work.
Moreover, the module was dedicated to the use of tools to identify and combat
fake
news
, encou
raging students to verify sensitive points in a news item, such as: alarmist tone,
unknown site, grammatical errors, sensationalist content, unrecognized experts, absence of
authorship, request for immediate sharing. At this point, students were encouraged
to indicate
news headlines and links as true or false. The activity aroused great engagement and curiosity,
becoming the most quoted activity after the end of the project.
Finally, the extension activity ended emphasizing the importance of digital educati
on
for the exercise of cyber citizenship, in a world where all its processes and structures are
increasingly dependent on this domain
.
Final remarks
The increase in the use of new technologies has brought with it the need for new
knowledge that
allows the citizen to be able to get the best out of them in the most diverse areas,
from the search for credible information, work, teaching, personal relationships, to as a tool to
charge the government for greater transparency in data and presentation o
f results.
According to the above, the government and the school are the main agents responsible
for the process of empowering civil society, young people in particular, to exercise digital
citizenship. By providing quality Internet access for all, it is e
ssential to promote the training
of this audience so that they become aware of their rights and duties, and the provision of
knowledge so that they can protect their personal information and privacy in cyberspace.
In view of this, this article presented t
he practical experience of students and graduates
of the Federal University of Pernambuco (UFPE), who, through an extension activity, sought
to contribute to the projection of this new social reality, expanding the knowledge acquired at
the university to t
he community, certain that the inseparability between research, teaching and
image/svg+xml
Marcos Aurelio Guedes de OLIVEIRA
;
Natalia Diniz SCHWETHER
and
Fernando Henrique CASALUNGA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
Oct
./
Dec
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2559
extension drives the production of knowledge, as it establishes a bond of trust between
academics and civil society, in a joint effort to transform the reality of citizens
.
The pr
oject's success came from its extreme actuality, by proposing innovative content,
besides filling the gap of total lack that schools have in offering similar projects. By this logic,
extension fulfills its role of being an effective tool to intervene and m
odify reality.
The initiative allowed students and teachers to become familiar with new concepts, both
theoretically and practically; it also stimulated the exchange of experiences and the awareness
of factual situations and, fundamentally, provided the p
articipants with their identification as
digital citizens, part of a wider community, in which they can and should act politically
.
Finally, as a challenge, we identify the need to expand the digital citizen experience, so
that it is not reduced to sporadi
c formative processes. The construction of a democratic and
civic culture requires a substantial rethinking of the different components of young people's
lives, beyond the school walls. In this context, we encourage digital education through the
replicatio
n of this project in different regions and for a variety of audiences, certain that the
mobilization for the exercise of cyber
-
citizenship in a safe and efficient way is indispensable to
act on the demands of the Digital Age
.
ACKNOWLEDGEMENTS
:
To the Dea
n of Extension and Culture at the Federal University
of Pernambuco (Proexc
-
UFPE); the Coordination for the Improvement of Higher Education
Personnel (CAPES); the Dom Bosco School
-
Recife/PE, and the Library of the Peace
Community Center
-
Compaz
-
Writer
Ariano Suassuna.
image/svg+xml
Cybernetic citizenship:
Contributions
of an extensionist action to society
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
Oct
./
Dec
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2560
REFER
ENCES
ALMEIDA, S
.
; FERNANDES
, J.
Á
.
; GOI, V. El uso de las tecnologías digitales en las
escuelas:
Un
estudio basado en los informes de políticas públicas brasileñas.
Revista do
Centro de Educação UFSM
,
Santa Maria,
v. 44,
p. 1
-
12, fev./set.
2019.
Availa
ble at
:
https://www.redalyc.org/journal/1171/117158942065/117158942065.pdf.
Access on
: 05
Jan
.
2022.
ARROYO, D
.
; ROCHA, M. Meta Avaliação de uma extensão universitária:
Estudo
de caso.
Avaliação
,
Campinas,
v. 15,
n. 2,
p. 135
-
161,
jul.
2010.
Available at
:
https://www.scielo.br/j/aval/a/KTgP6wrJ6QDbJZyBNpsxYJd/abstract/?lang=pt.
Access on
:
13
Jan
. 2022.
B
RA
Z
IL.
Decreto
-
Lei n. 2.848, de 7 de setembro de 1940
. Código Penal. Rio de Janeiro:
Presidência da República, 1940.
Availa
ble at
: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto
-
lei/del2848.htm.
Access on
: 10
Jan
. 2022.
BRA
Z
IL.
Lei n. 5.540, de 28 de novembro de 1968
. Fixa normas de organização e
funcionamento do ensino superior e sua articulação com a escola média, e dá
outras
providências
. Brasília, DF: Presidência da República,
1968.
Available at
:
http
s
://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5540.htm
.
Access on
: 10
Dec
. 2022.
BRA
Z
IL.
Constituição da República Federativa do Brasil
:
Promulgada
em 5 de outubro de
1988
.
Brasília, DF: Presidência da República,
1988.
Available at
:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
.
Access on
: 10
Dec
.
2022.
BRA
Z
IL.
Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996
. Estabelece as diretrizes e bases da
educação naciona
l
. Brasília, DF: Presidência da República,
1996.
Available at
:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm
.
Access on
: 10
Dec
. 2022.
BRA
Z
IL.
Projeto de Lei n.
6
964/06, de 2006.
Da Sra. Professora Raquel Teixeira, 2006.
Availa
ble at
:
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=node01uia9d963j
5vj8r3ck1gn87ez1248531.node0?codteor=391744&filename=PL+6964/2006.
Access on
: 10
Dec
. 2022.
BRA
Z
IL.
Decreto n. 6
.495, de 30 de junho de 2008.
Institui o Programa de Extensão
Universitária
–
PROEXT
. Brasília, DF: Presidência da República,
2008.
Available at
:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007
-
2010/2008/decreto/d6495.htm.
Access on
: 10
Dec
. 2022.
BRA
Z
IL.
Lei n. 12.737, de 30 de novembro de 2012.
Dispõe sobre a tipificação criminal de
delitos informáticos; altera o Decreto
-
Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940
-
Código Penal;
e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2012.
Avail
able at
:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011
-
2014/2012/lei/l12737.htm.
Access on
: 10
Jan
. 2022.
BRA
Z
IL.
Lei n. 13.415, de 16 de fevereiro de 2017.
Altera a Lei n. 9.394, de 20 de
dezembro de 1996 que estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional
. Brasília, DF:
image/svg+xml
Marcos Aurelio Guedes de OLIVEIRA
;
Natalia Diniz SCHWETHER
and
Fernando Henrique CASALUNGA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
Oct
./
Dec
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2561
Presidência da República,
2017.
Available at
:
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2017/lei
-
13415
-
16
-
fevereiro
-
2017
-
784336
-
publicacaooriginal
-
152003
-
pl.html.
Access on
: 10
Dec
. 2022.
CALIPO, D.
Projetos de Extensão
universitária crítica
:
Uma
ação educativa
transformadora. 2009. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia)
–
Universidade Estadual de Campinas, 2009.
Availa
ble at
:
https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/390135.
Access on
: 10
Jan
. 2022.
CANTO, M.
O letramento midiático em escolas
:
Lutando
contra a desinformação. TIC
Educação. São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil, 2019.
CARBONARI, M
.
E
.
; PEREIRA, A. A extensão universitária no Brasil, do assistencialismo à
sustentabilidade.
Rev
ista de Educação
,
Londrina,
v. 10,
n. 10,
p. 23
-
28,
jul./set.
2007.
Availa
ble at
: https://seer.pgsskroton.com/educ/about/contact.
Access on
: 21
Sept
. 2021.
DIMAGGIO, P
.
; CELESTE, C.
Technological Careers
: Adoption, Deepening, and Dropping
Out in a
Panel of Internet Users, 2004.
E
-
SIC.
Sistema Eletrônico do Serviço de Informação ao Cidadão
.
Availa
ble at
:
http://www.acessoainformacao.mg.gov.br/sistema/site/index.html.
Access on
:
14
Oct
. 2019.
HINDUJA, S
.
; PATCHIN, J. Sexting:
A
brief guide for educators and parents.
Cyberbulling
Research Center
, 2010.
Availa
ble at
: https://cyberbullying.org/sexting
-
research
-
summary
-
2022.pdf
.
Access on
: 13
May
2020.
JENIZE, E. As Práticas Curriculares e a Extensão Universitária.
In
: CONGRESSO
BRASILEIRO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, 2., 2004, Belo Horizonte.
Anais
[...].
Belo Horizonte: UFMG, 2004.
Availa
ble at
:
https://www.ufmg.br/congrext/Gestao/Gestao12.pdf.
Access on
: 10
Jan
. 2022.
JONES, L
.
; MITCHELL, K. Defining and measuring youth digital citizenship.
New media &
Society
, v. 18,
n. 9,
p. 2063
-
2079,
jul.
2016.
Availa
ble at
:
https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/1461444815577797.
Access on
: 03
Sept
. 2021.
JONES, L
.
; MITCHELL, K
.
; FINKELHOR, D. Trends in Youth Internet Victimization:
Findings
from three youth internet safety surveys 2000
-
2010.
Journal of Adolescent He
alth
,
v. 50, n. 2, p. 179
-
186, fev.
20
12
.
Availa
ble at
:
https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1054139X11003387.
Access on
: 13
Mar
. 2019.
KOGLIN, T
.
; KOGLIN, J
.
C. A Importância da
extensão
nas Universidades Brasileiras e a
transição
do
reconhecimento
ao
descaso
.
Revista Brasileira de Extensão Universitária
, v.
10,
n. 2,
p. 71
-
78,
jun.
2019.
Available at
:
https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/RBEU/article/view/10658.
Access on
: 22
Jan
. 202
2.
KOLTAY, T.
Os media e as literacias: Literacia mediática, literacia informacional, literacia
digital.
Media, Culture & Society
, v. 33,
n. 2,
p. 211
-
212,
mar.
2011.
Availa
ble at
:
https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/0163443710393382.
Access on
: 04
Sept
. 2021.
image/svg+xml
Cybernetic citizenship:
Contributions
of an extensionist action to society
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
Oct
./
Dec
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2562
MENDEL, T.
Liberdade de informação
:
Um
estudo de direito comparado. Brasília, DF:
Unesco, 2009.
MOITA, F
.
; ANDRADE, F. Ensino
-
pesquisa
-
extensão um exercício de ind
issociabilidade na
pós
-
graduação.
Revista Brasileira de Educação
,
Rio de Janeiro,
v. 14,
n. 41, p. 269
-
393,
maio/ago.
2009.
Availa
ble at
:
https://www.scielo.br/j/rbedu/a/gmGjD689HxfJhy5bgykz6qr/abstract/?lang=pt.
Access on
: 11
Aug
. 2021.
MORA
-
OSEJO, L
.
; BORDA, O. A superação do eurocentrismo. Enriquecimento do saber
sistémico e endógeno sobre nosso contexto tropical.
In
: SANTOS,
B. S.
(
o
r
g.).
Conhecimento prudente para uma vida decente
.
São Paulo: Cortez, 2004.
MOSSBERGER, K
.
; TOLBERT, C
.
; MCNEAL, R
.
Digital Citizenship
:
The
internet, society
and participation.
Cambridge: The MIT Press, 2008.
NOGUEIRA, M
.
(org.).
Avaliação da
extensão universitária
:
Práticas
e discussões da
comissão permanente de avaliação da extensão. Belo Horizonte: FORPROEX/CPAE;
PROEX/UFMG, 2003.
NUNES, A
.
; SILVA, M. A extensão universitária no ensino superior e a sociedade.
Mal
-
Estar e Sociedade
,
Barbacen
a,
v.
4, n.
7, p. 119
-
133,
jul./dez.
2011.
Availa
ble at
:
https://revista.uemg.br/index.php/gtic
-
malestar/article/view/60.
Access on
: 16
Oct
. 2021.
PATROCÍNIO, T
.
Educação e Cidadania global.
In
:
GOUVEIA, L.
Cidades e Regiões
Digitais
:
Impacte
nas
cidades e nas pessoas. Porto: Fundação Fernando Pessoa, 2003.
PINSKY, J. Introdução.
In
:
PINSKY, J.; BASSANEZI, C.
História da Cidadania
. São
Paulo: Contexto, 2003.
Relatório de Crimes Cibernéticos NORTON: O impacto humano.
Symantec Corporation
,
2017.
Av
ailable at
:
https://www.symantec.com/content/en/us/home_homeoffice/media/pdf/cybercrime_report/No
rton_Portuguese
-
Human%20Impact
-
A4_Aug18.pdf
.
Access on
:
06
May
2019.
RIBBLE, M.
Digital Citizenship in Schools
. Washington: ISTE, 2007.
RIBBLE, M.
Nine Elements of Digital Citizenship
.
Washington: ISTE, 2010.
Availa
ble at
:
http://www.iste.org.
Access on
: 10
Jan
. 2022.
SANTOS, B. S.
Pela mão de Alice
:
O
social e o político na pós
-
modernidade. São Paulo:
Cortez, 1995.
SEN, A. O desenvolvimento como expansão de capacidades.
Lua Nova: Revista de Cultura
e Política
, v. 28
-
29, 1993.
SILVA, O. O que é extensão universitária.
Integração: ensino, pesquisa e extensão
, São
Paulo, v. 3, n. 9, 1997.
SIMÃO, P
.
; CARDOSO, F. Digit
al citizenship in schools: nine elements all students should
image/svg+xml
Marcos Aurelio Guedes de OLIVEIRA
;
Natalia Diniz SCHWETHER
and
Fernando Henrique CASALUNGA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
Oct
./
Dec
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2563
know, in Mike Ribble, 3. ed. Arlington, VA, USA: International Society for Technology in
Education, 2015.
EccoS Revista Científica
, v. 47, p. 472
-
476, 2018.
Availa
ble at
:
https://periodicos.uninove.br/eccos/article/view/10778/5254.
Access on
: 10
Jan
. 2022.
SONCK, N
.
et al
.
Digital literacy and safety skills
. London: London School of Economics
& Political Science, 2011.
TIC. Tecnologia de Informação e Comunicação.
Domicí
lios com acesso à Internet
.
2019.
Availa
ble at
: https://cetic.br/pt/tics/domicilios/2019/domicilios/A4/
.
Access on
:
12
Mar
. 2019.
UNESCO. Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
Prefácio
.
2003.
In
: MENDEL, T.
Liberdade de informação
:
Um
estudo de direito comparado.
Brasília, DF: Unesco, 2009.
UNESCO. Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciên
cia e a Cultura.
TIC na
Educação
. 2016.
Availa
ble at
: https://pt.unesco.org/fieldoffice/brasilia/expertise/ict
-
education
-
brazil.
Access on
: 10
Jan
. 2022.
VAN DIJK, J.
The Deepening Divide
: Inequality in the Information Society.
London: Sage
Publications, 2005.
image/svg+xml
Cybernetic citizenship:
Contributions
of an extensionist action to society
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n.
4
, p.
2544
-
2564
,
Oct
./
Dec
. 2022
.
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
2564
How to reference this article
OLIVEIRA, M. A. G.; SCHWETHER, N. D.; CASALUNGA, F. H.
Cybernetic citizenship:
Contributions
of an extensionist action to society
.
Revista
Ibero
-
Americana de Estudos em
Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. 4, p.
2544
-
2564
,
Oct
./
Dec
. 2022. e
-
ISSN: 1982
-
5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16436
Submitted
:
10/03/2022
Revisions required
:
19/07/2022
Approved
:
24/10/2022
Published
:
30/
1
2
/2022
Processing and publication by the Editora Ibero
-
Americana de Educação.
Correction, formatting, standardization and translation.