image/svg+xmlA internacionalização em casa na pós-graduação na América Latina e Caribe na modalidade a distânciaRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, out./dez. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492476A INTERNACIONALIZAÇÃO EM CASA NA PÓS-GRADUAÇÃO NA AMÉRICA LATINA E CARIBE NA MODALIDADE A DISTÂNCIALA INTERNACIONALIZACIÓN EN CASA EN EL CONTEXTO DE POSGRADOS EN LA AMÉRICA LATINA Y EL CARIBEA TRAVÉS DE LA EDUCACIÓN A DISTANCIAINTERNATIONALIZATION AT HOME IN DISTANCE POST-GRADUATE EDUCATION IN LATIN AMERICA AND THE CARIBBEANVilmar Alves PEREIRA1RESUMO: Este estudotem por objetivoapresentarreflexões a partir da experiência de estudantes em nível de doutorado sobre a modalidade daInternacionalização em Casa no contexto da Pós-graduação,através da Educação a Distância.Pesquisa de horizonte qualitativo com abordagem da Hermenêutica Filosófica,num primeiro momento,apresenta demarcações conceituais sobre a necessidade da internacionalização, suas formas e desafios no contexto da região da América Latina e Caribe. Num segundo, apresenta resultados de uma experiência com estudantes que vivenciam esta modalidade no Chile, Colômbia e Brasil. Os resultados expressam as motivações, avaliações, aprendizagens e desafios em cursar um doutorado nessa modalidade. A internacionalização em casa na Pós-graduação propicia a emergência de uma nova relação entre uma instituição internacional diretamentecom o estudante.Para os estudantes,a satisfação está na realização de um curso que em outros moldes não seria possível sem perder os vínculospessoais eprofissionais. O maior desafio passa pela disciplinae gestão de espaços e tempos de estudo. PALAVRAS-CHAVE: Internacionalização. Casa. Pós-graduação. América Latina. EAD.RESUMEN:Este estudio tiene como objetivo presentar reflexiones a partir de la experiencia de los estudiantes a nivel de doctorado sobre la modalidad de Internacionalización en el Hogar(en casa)en el contexto de los Estudios de Posgrado, a través de la Educación a Distancia. Una investigación de horizonte cualitativo con un enfoque hermenéutico filosófico, en un primer momento, presenta demarcaciones conceptuales sobre la necesidad de internacionalización, sus formas y desafíos en el contexto de la región de América Latina y el Caribe. En un segundo, presenta resultados de una experiencia con estudiantes que experimentan esta modalidad en Chile, Colombia y Brasil. Los resultados expresan las motivaciones, evaluaciones, aprendizajes y desafíos para cursar un doctorado en esta modalidad. La internacionalización en casaen la escuelade posgrado proporciona el surgimiento de una nueva relación entre una institución internacional directamente con el estudiante. Para los estudiantes, la satisfacción está en la realización de un curso que de otra manera no sería posible sin perder los lazos personales y profesionales. El mayor desafío es la disciplina y la gestión de los espacios y los tiempos de estudio. PALABRAS CLAVE: Internacionalización. Casa.Posgrados. América Latina. EAD.1Universidade Internacional Iberonamericana (UNINI) México e Porto Rico,Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Cascavel PR Brasil. Pós Doutorando Sênior (PDS)em Educação (UFRGS). Bolsista de Produtividade do CNPq Nível 2 em Educação.ORCID: https://orcid.org/0000-0003-2548-5086. E-mail: vilmar.alves@unini.edu.mx
image/svg+xmlVilmar Alves PEREIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, out./dez. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492477ABSTRACT:This research presents experiences and reflections about the home internationalization modality in the context of postgraduate studies through distance learning. This research has a qualitative focus in which the philosophical hermeneutics is used, in a first moment, it presents the conceptual boundaries about the needs of internationalization, and its forms and challenges in Latin America and the Caribbean. In a second moment, it presents the results of students experiences that had the opportunity to livethis modality in Chile, Colombia, and Brazil. The results that are presented, show the motivations, evaluations, lessons, and challenges at the moment of taking a PhD course in this modality. Home internationalization in postgraduate studies is created bythe emergency of a new relationship between the international institution directly with the students. For students, the satisfaction is in completing the PhD that in other scenarios and modalities could not be possible without loosing the personal and professional bonds. The biggest challenge is in self-discipline and the management of time and space to study. KEYWORDS: Internationalization. Home. Postgraduate. Latin America. DE.IntroduçãoA internacionalização tem assumido um papel prioritário no Ensino Superior em diferentes países do mundo. Essa exigência tem ocupado papel de destaque tanto nas políticas institucionais, nos editais de fomento, quanto na produção acadêmica. Além disso, os rankingsacadêmicos internacionais definem a internacionalização como um dos pontos a ser avaliado e considerado nas instituições,fazendo com que haja maior concorrência e competição entre as universidades,dando a percepção de que o conhecimento évisto como valor comercial ou moeda de troca (LAUS, 2012).No que diz respeito àPós-graduação,sua necessidade está demarcada como reivindicação cotidiana. No entanto, essa exigência deve ser problematizada àluz de algumas questões fundamentais,como: Em que consiste de fato a internacionalização? Qual o conteúdo ideológico que está intrínseco nesse discurso? Qual o espaço que a internacionalização está ocupando nas instituições? Que especificidades a internacionalização deve considerar quando feita na América Latina e Caribe? Qual o sentido que assume no contexto latino-americano em experiências de “internacionalização em casa” na Pós-graduação pela modalidade a distância?A importância de experiências de internacionalização na Pós-graduação possibilita amplo desenvolvimento na trajetória formativa. Isso vai desde aspectos conceituais relativos ao curso,planejamentos, desenvolvimento de atitudes e valores e de reconhecimento da dimensão socioafetiva (BONILLA ESQUIVEL; MONTES SILVA, 2020). O objetivo desse estudo consiste em realizar dois movimentos: um primeiro compreensivo,onde buscaremos adentrar nesse debate; um segundo, apresentar um relato de
image/svg+xmlA internacionalização em casa na pós-graduação na América Latina e Caribe na modalidade a distânciaRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, out./dez. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492478experiência de 11estudantes de uma Universidade Internacional, com sede na Espanha e com unidadesem toda América Latina,com destaque para oMéxico e Porto Rico, com vivências de internacionalização na Pós-graduação na modalidade a distânciaem casa. São estudantes do Brasil, Chile, Colômbia em nível de doutorado. O estudo busca as motivações, compreensão, sentidos, aprendizagens e desafios da referida internacionalização.Importante pesquisa de Streck e Abba (2018) analisa a internacionalização na América Latina tomando por referência a base em dados produzidos por uma rede de gestores e pesquisadores do Ensino Superior na região. Trata-se de uma contribuição quepermite o alargamento compreensivo sobre o sentido da internacionalização que fazemos ou que pretendemos fazer. Os autores problematizam a internacionalização tanto a partir de lógica mercadológica,das políticas neoliberais,quanto das perspectivas da lógica hegemônica, globalizadora,que, por muitas vezes,mitiga as potencialidades culturais,desenvolvendo uma internacionalização colonizadora,gerando inclusive maior dependência e reforçando a herança colonial. O convite feito pelos autores, nesse movimento problematizador,é o de justamente percebermos as tensões entre um modo de fazer internacionalização na América Latina e Caribe que não seja aquele da sedução ao “novo canto da sereia”, mas que possa reforçar perspectivas interculturais na direção da vivência intercultural. Nesse sentido, os autores consideram esse um grande desafio,acreditando que pensar internacionalização na região pressupõe considerar as especificidades desse lugar. A ampla análise feita no estudo de Streck e Abba (2018) demonstra também que a racionalidade hegemônica de uma internacionalização norte-sul tem reforçado relações de poder que se traduzem tanto nas expectativas de quem a dissemina quanto na busca do caminho do norte pelos intercambistas. Alerta-nos,ao mesmo tempo, que,por muitas vezes, pela forma dareferida lógica,com fortes raízes dos Estados Unidos da América,acaba direcionando os currículos onde o idioma inglêstem substituído inclusive demais referências idiomáticas em nome da internacionalização. Como alternativa,os autores sugerem uma forma de fazer a internacionalização numa perspectiva decolonial. No entanto, alertam para o fato de que na AméricaLatina e Caribe esse campo de investigação é ainda muito recente e necessita ser melhor aprofundado conceitualmente e teoricamente,considerando as características próprias do contexto (STRECK;ABBA, 2018).Outro estudo, avaliando a produção científica sobre o tema no período de uma década, constata que a internacionalização é uma temática emergente com um crescimento acentuado nos últimos tempos e necessita de mais estudos que possam ampliar o campo:
image/svg+xmlVilmar Alves PEREIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, out./dez. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492479Por outro lado, o desenvolvimento de forma mais acentuada de trabalhos com base em evidências empíricas, tanto qualitativas quanto quantitativas, pode sustentar de forma mais convincente o avanço da área e a geração de novas proposições teóricas (DAL-SOTO; ALVES; SOUZA, 2016, p. 245).É a partir desse contexto que buscamos a ampliação de sentidos sobre uma perspectiva eivada de intencionalidades, objetivos, projetos e modos de lidar com o conhecimento. Portanto,esse estudo persegue a hipótese de que os processos de internacionalização traduzem cosmovisões políticas, econômicas, sociais, culturais e epistemológicas sobre como se produz, se valora, reconhece e se consideramconhecimentos que devem ser necessários na formação e nas trajetórias formativas. Para além das tensões,é fundamental que saibamos qual internacionalização acreditamos e qual é aquela que possa contribuir mais para nossos modos devida. Trata-se de grande desafio orientado por pedagogias de horizontes críticos,que possam, para além da realização de um processo formal, fomentar perspectivas de pertencimento, abertura extra fronteiriças,valorização culturale reforço de identidade e protagonismo. Demarcações conceituaisDe acordo com o Comité Économique et Social Européen(2014),pessoas que realizam experiência de internacionalização possuem mais vantagem nos processos de empregabilidade. Santos e Almeida Filho (2012) consideram que a internacionalização é a quarta missão da universidade, sendo o ensino, a pesquisa e a extensão as outras três. Para eles,a internacionalização funciona como modelo propulsor que contribui para o alcancedos grandes objetivos fins da universidade,no que denominam de conjuntos integradores, na formação e na pesquisa de inovação, na diplomacia cultural e na consolidação de espaços integradores do conhecimento. Longe de pensar que seja a integração uma ação marginal,ela é vista como missão primordial de uma instituição. É meio e ao mesmo tempo um indicador de qualidade no ensino (KNIGHT, 1999). Vejamos o seu amplo alcance e sentidos:O processo de integração de uma dimensão internacional, intercultural ou global nas finalidades, nos papéis ou na organização do ensino pós-secundário, promovendo a melhoria da qualidade do ensino e da pesquisa para todos os estudantes e professores, trazendo uma contribuição significativa à sociedade (WITet al.,apud MAUÉS;BASTOS, 2017, p.335).No entanto,esses processos envolvem amplas compreensões a partir das dimensões políticas, econômicas, sociais, culturais,epistemológicas,entre outras. Essa compreensão é importante a fim de que não vejamos a internacionalização a partir de olhares hegemônicos
image/svg+xmlA internacionalização em casa na pós-graduação na América Latina e Caribe na modalidade a distânciaRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, out./dez. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492480orientados pela lógica das políticas neoliberais,que são especialistas em nos apresentar sempre “um novo canto da sereia”. Nesse sentido, importante estudode Cunha (2017)desmistifica esse horizonte ao problematizar as tensões quando se pensa a internacionalização,considerando uma espécie de antinomia criada pelo discurso de qualidade na educação superior e democratização. O estudorevisita a gênese desse discurso na lógica da economia neoliberal, suas agências de financiamento da educação e seu projeto de educação para a sociedade. Demonstra o quanto as perspectivas globalistas,por vezes,negam aspectos da identidade regional a partir de uma racionalidade estratégica voltada para fins cujo horizonte é o aumento do poder e do lucro. A tensão aumenta quando se busca uma perspectiva afirmativa e inclusiva que contrasta com esse discurso meritocrático. A perspectiva de avanço nos processos de internacionalização está associada àdimensão intercultural e epistemológica (CUNHA,2017). A partir desse referencial,em consonância com os autores,concordamos que:A internacionalização não pode ser vista como o privilégio de uma elite acadêmica, política, econômica cultural que tem acesso aos recursos necessários para a mobilidade e a experiência em outros contextos. Há outras formas de internacionalização que podem fazer parte da formação cultural deum povo. Sobretudo, com o surgimento das novas tecnologias, que auxiliam na comunicação, na aprendizagem e no intercâmbio de experiências, em tempo real, com pessoas que se encontram em outras geografias (STRECK;ABBA, 2018, p. 12).Do ponto de vista sobre como se efetiva, tendo por referência estudos de (WIT et al., 2015; MOROSINI, 2011),são apresentados aspectos de internacionalização que se traduzem em modos como ela ocorre ou pode ocorrer: Ao se analisar a internacionalização da educação superior, sobretudo em contexto de globalização, deve-se observar três aspectos importantes: a) a forma como a internacionalização ocorre, se em um processo de troca, chamada de horizontal, ou de submissão eaté mesmo de exploração, denominada de vertical; b) a internacionalização desenvolvida internamente ou em casa; c) a internacionalização desenvolvida no exterior (MAUÉS;BASTOS, 2017,p. 336).Em relação ao primeiro aspecto é importante estarmos atentos se a referida forma promove uma relação de ampla consciência sobre o processo, instituições e parceiros efetivos. Do contrário, a forma vertical mitiga ação de internacionalização a uma relação de favor ou dependência onde apenas um dos polos atribui o sentido da ação. Quanto ao segundo aspecto, os autores destacam a relevância de relações de internacionalização que crescem muito no atual contexto globalizado,no que se refere tanto àsua presença nos currículosquantona chegada de estudantesede professores de outras instituições no país onde o estudante se encontra.
image/svg+xmlVilmar Alves PEREIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, out./dez. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492481Vejamos como é compreendido: “Também nos últimos anos surgiu um novo conceito denominado “internacionalização em casa”, que propõe viver a experiência internacional sem sair de nosso lar, de nossa universidade e inclusive de nosso país” (STRECK;ABBA, 2018, p.13, grifos do autor). Já a terceira modalidade é que envolve movimentos efetivos de saída do estudante a um outro país para a realização de seus estudos. Nessa perspectiva,há uma efetiva mobilidade de pessoas, projetos e programas (MAUÉS;BASTOS, 2017). No que diz respeito àAmérica Latina,um recente estudo realizou uma revisão sistemática de literatura analisando artigos científicos de quatro bases (REDIB, Web of Science, SciELOe Scopus) que indexam artigos no intervalo de 2015-2020. O estudo recupera aspectos históricos da internacionalização na região,reforçando a desigualdade do desenvolvimento dessa perspectiva em relação aos países do norte,como fica demonstrado que: [...] os países latino-americanos receberam somente 1,9% do total de estudantes internacionais, atrás da África com 2,5%, Estados Árabes, 6,1%; Europa Central e Oriental, 9%; Ásia-Pacífico, 21% e América do Norte e Europa Ocidental com 58%; também apresenta a porcentagem mais baixa entre as regiões quando o assunto é a implementação de estratégias de internacionalização (ARANA;PEREIRA;PERES, 2021, p.05). O estudo chama atenção para maior conscientização na região sobre a importância da internacionalização. Ficou reforçado que o modelo de internacionalização está ainda na perspectiva de acordos de cooperação com projetos pontuais de parcerias entre universidades. Os autores reforçam o quanto o processo da lógica econômica vem pressionandoessas ações,que têm ficado mais restritas a políticas de governos, pois não há um projeto comum na América Latina e Caribe. Disso resulta a grande dificuldade em conjugarmos no singular a internacionalização na região. O estudo demonstra que alguns países,como é o caso da Bolívia, Uruguai, Venezuela e países da América Central,não apareceram na pesquisa. Nesse sentido, o debate ainda é emergente,e não havendo um projeto comum,as iniciativas que ocorrem muitas vezes são motivadas por países externos àregião(ARANA;PEREIRA;PERES, 2021).No que concerne ao contexto da Internacionalização na Pós-graduação no Brasil,uma pesquisade Ramos (2018)reconhece em sua conclusão o quanto os processos de internacionalização já integram as atividades de ensino e pesquisas científicas dos principais programas no país nesses últimos trinta anos,promovendo profundas mudanças na cultura da Pós-graduação no Brasil. A partir de um amplo levantamento de dados empíricosfeito por Ramos (2018),ficou demonstrado que,no caso brasileiro,a modalidade internacional (para o exterior) é a mais reconhecida e praticada na efetivação de inúmeras parcerias. Também aponta para a necessidade de ampliação dessas ações a fim de que se possa ter maior impacto quando
image/svg+xmlA internacionalização em casa na pós-graduação na América Latina e Caribe na modalidade a distânciaRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, out./dez. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492482do retorno. Constataa diminuição do envio de pesquisadores em nível de doutorado sanduíche e pós-doutorado no exterior. Reivindica anecessidade de políticas que passam a atrair acadêmicos estrangeiros ao país. Uma das estratégias para melhoria é o investimento em docentes formados no exterior,que possam atuar no país e mobilizar redes e parcerias acadêmicas. Finalmente,o estudo conclui que háausência de uma estratégia nacional que dificulta sobremaneira processos efetivos e sustentáveis na internacionalização da pós-graduação brasileira(RAMOS, 2018).Ainda sobre os modelos de internacionalização,como já afirmamos,chama-nos atenção a nova modalidade definida por Knight (2020) comoIPPM,Mobilidade Internacional de Programas e Provedores (MIPP). Esta modalidade envolve um provedor estrangeiro, uma instituição de Ensino Superior que oferece cursos, programa de formação acadêmica,a estudantes de um país anfitrião. A modalidade de ensino é a distância e o compromisso não se dá pelo viés Instituição-Instituição, mas pela instituição proponente diretamente com o estudante contratante. Os conteúdos programáticos são ofertados pela instituição, com professores e linhas de investigação,cabendo ao estudante grande capacidade de se organizar de forma autodidata, com aulas, supervisões,orientaçõeseavaliações na modalidade a distância. Para a autora, essa Modalidade de Ensino, crescente no mundo e na região, traz algumas dificuldades de avaliação no que concerne ao fato dos países não terem controle do número de estudantes que cursam os referidos programas. Os provedores são instituições internacionais com renome internacional (KNIGHT, 2020). Estamos falando de uma das modalidades que maiscrescemno contexto atual.Vejamos os dados reveladores dessa perspectiva do MIPP no Reino Unido: A divisão por região é reveladora. No geral, a Ásia recebeu 48,7% dos estudantes, seguida pela África (22,5%), União Europeia (10,9%), Oriente Médio (9,6%), América do Norte (4,6%), Europa não pertencente à UE (2,8%), Australásia (0,6%) e América do Sul (0,4%). Isso indica que as instituições e estudantes latino-americanos ainda não estão engajados significativamente no IPPM. Pesquisas são necessárias para entender o porquê, dada a longa história de colaboração latino-americana com universidades europeias e norte-americanas (KNIGHT, 2020, p.179).É justamente esse o objetivo desse estudo,que busca compreender a modalidade da Internacionalização em Casa através da escuta de estudantesde Pós-graduação que cursam essa modalidade no contexto latino-americano.
image/svg+xmlVilmar Alves PEREIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, out./dez. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492483Abordagem metodológicaTrata-se de um estudo de abordagem qualitativa que busca a ampliação de sentidos nos processos decompreensãoe deinterpretação dos textos e contextos a partir do horizonte da Hermenêutica Filosófica(GADAMER, 2002).Nessa perspectiva, a metodologia reconhece alguns movimentos necessários no processo de construção do conhecimento que se revela na busca dos dados: PrimeiroConhecer os termos estruturantes das pesquisas qualitativas; Segundo Definir o objeto sob a forma de uma pergunta ou de uma sentença problematizadora e teorizá-lo; Terceiro Delinear as estratégias de campo; Quarto Dirigir-se informalmente ao cenário de pesquisa, buscando observar os processos que nele ocorrem; Quinto Ir a campo munido de teoria e hipóteses, mas aberto para questioná-las; Sexto Ordenar e organizar o material secundário e o material empírico e impregnar-se das informações e observações de campo; Sétimo Construir a tipificação do material recolhido no campo e fazer a transição entre a empiria e a elaboração teórica; Oitavo Exercitar a interpretação de segunda ordem. A compreensão propiciada pela leitura atenta, aprofundada e impregnante que deu origem às categorias empíricas ou unidades de sentido, nesse momento,quedeve merecer um novo processo de teorização; Nono produzir um texto ao mesmo tempo fiel aos achados do campo, contextualizado e acessível; Décimo Assegurar os critérios de fidedignidade e de validade (MINAYO, 2012).Esse modo de fazer pesquisa vai muito além de procedimentos, mas conserva em seu interior a reflexão sobre o sentido das informações acessadas e os movimentos necessários na construção de escuta, compreensão, reelaboração e construção de novos conhecimentos. Portanto,fazer pesquisa qualitativa exige densos movimentos,pois: No momento em que compreender o sentido do que lhe foi relatado e do que observou no campo, o pesquisador não necessita mais estarcolado às falas: seu aprisionamento a elas é uma das maiores fraquezas de quem faz análise qualitativa, pois significa que o investigador não foi capaz de ultrapassar o nível descritivo do seu material empírico (MINAYO, 2012, p. 624).Os sujeitos de nossa pesquisa são 11 estudantes,sendo que 9 cursam doutorado numa instituição internacional na modalidade a distância e 2 já concluíram. Dentre esses 11,temos 3 países representados: Brasil, Chile e Colômbia,sendo que um brasileiro moranaEspanha. O maior número é de brasileiros, 7,sendo outros dois chilenos e dois colombianos. O critério de escolha se deu a partir do contato com cada participante, sendo9 orientandos,e 2 tivemos contatos por conferência epor participação na defesa de tese de doutorado. Quanto àregiãoonde vivem, entre os brasileiros 2 vivem no Sul, 1noSudeste, 1 no Nordeste, 1 no Norte, 1no
image/svg+xmlA internacionalização em casa na pós-graduação na América Latina e Caribe na modalidade a distânciaRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, out./dez. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492484Centro-Oeste e 1 na Espanha. São ao todo duas mulheres e 5 homens. Já os sujeitos estrangeiros,são todas mulherese duas vivem em Santiago no Chile e outrasduas em Cali,na Colômbia. Dos 11 (onze) sujeitos 9 (nove) atuam profissionalmente na Educação Superior e 2 no terceiro setor. Foi realizada a técnica de pesquisa da modalidade de entrevista em profundidade,que consiste numa das técnicas de pesquisa qualitativa e, diferente da entrevista quantitativa, consiste apenas de perguntas abertas que permitem uma expressão mais livre do entrevistado,eque foramaplicadas individualmente (MINAYO; DESLANDES,2011). Visando ter a percepção desses estudantes, elaboramos um breve questionário e enviamos por e-mailpara cada um deles. No preâmbulo do questionário,apresentamos o conceito de internacionalização em casa (KNIGHT, 2020; MOROSINI, 2011; STRECK;ABBA, 2018; WITet al., 2015). As questões partiram desde o conhecimento sobre a modalidade de internacionalização; as motivações de estudar um doutorado numa instituição internacional;a avaliação sobre essa experiência;principais contribuições e desafios;as sugestões caso julgassemnecessário para a melhoria desse processo,até a livre expressão sobre algo mais que deseja acrescentar. Os estudantes tiveram 15 (quinze) dias para responder e,nesse período,foi recebido o retorno de todos os questionários enviados. A coleta se deu entre 20 de janeiro a 5 de fevereiro de 2022. Visando àpreservação moral, não identificamosos participantes por seus nomes reaisapós alguns registros de falas.Todos os participantes assinaramTermo de Consentimento Livre e Esclarecido TCLE. A análise hermenêutica consiste numa epistemologia que se torna metodologia, esempre busca ampliar a interpretação e a compreensão dos fatos.Realiza esse movimento de forma mais livre, sem categorizar,sem a pretensão de chegar à conclusão, mas de ampliarsignificados sobre o que é mostrado e que nem sempre vemos. É uma imersão crítico-abrangente dos fatos a partir de temas orientadores em cada pergunta da pesquisa. É sobre esses temas que estaremos discorrendo a seguir.
image/svg+xmlVilmar Alves PEREIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, out./dez. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492485ResultadosConhecimento da Internacionalização em CasaEntre os 11 entrevistados,9afirmaram conhecer a terminologia e 2 nãoconheciam. Aqueles que afirmam conhecer se reportam a experiências pretéritas,como: já ter cursado o mestrado na mesma modalidade e na mesma instituição em unidades e sedes em diferentes países,sendo os7 brasileiros,5 homense duas mulheres. O outro brasileiro que vive na Espanha afirmou que não conhecia o termo mesmo após ter cursado o mestrado na mesma instituição. Em relação ao conhecimento,uma doutoranda da Colômbia não apenas conhecia o termo, mas trabalha efetivamente na Coordenação de Internacionalização de renomada Universidade na Colômbia. Outra doutoranda chilena afirma que seu conhecimento é resultado de experiências de internacionalização e da realização de cursos onlinecom universidades do Panamá e Estados Unidos. Também destacou que seu conhecimento é referente a sua profissão docente,onde ministra cursos onlineem vários países,como Uruguay, Costa Rica, Bolívia e Peru. Dentre asoutras duas estudantes entrevistadas, do Chile e Colômbia,que não conheciam modalidade de internacionalização,a estudante chilena afirmaque: El concepto como tal no lo conocía, pero tenía alguna noción de colegas que estudiaban en otros países sin salir de su casa. Sin embargo, hace algunos años en Chile el estudiar de esta forma no tenía el mismo prestigio que cuando se salía del país a estudiar algún postgrado, ahora en la actualidad esta situación ha cambiado y cada vez más profesionales optan por esta modalidad, sobre todo en el escenario de pandemia y postpandemia(Estudante 1, 2022).A compreensão que se tem a partir dessa primeira escuta é que a maioria dos estudantes ao escolherem seu doutoradoa distância já possuíam conhecimento da Modalidade de Internacionalização em casa. Motivações da escolhaAs motivações para cursar um doutorado nessa modalidade são diversas e vão desde a possibilidade de cursar um curso não ofertado no Brasil, ter tido uma experiência significativa por ocasião de ter cursado mestrado na mesma modalidade com a mesma instituição, o contato com estudantes de outros países nas disciplinas integrativas no início do curso,anecessidade de prosseguir os estudos,a expansão do conhecimento eainteração com docentes de outros países, possibilidade de dupla titulaçãoe a possibilidade de conhecer novas culturas e de estudar conceitos avançados e reconhecidos internacionalmente.
image/svg+xmlA internacionalização em casa na pós-graduação na América Latina e Caribe na modalidade a distânciaRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, out./dez. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492486Para além desses aspectos são destacados outros motivos que levaram esses estudantes a buscar a modalidade,como: a ampliação do uso dos idiomas inglês e espanhol, a aprendizagem denovas metodologias,a vivência de novas experiências,a busca por ampliar a interdisciplinaridade, o reconhecimento por se tornar um(a)Doutor(a)Internacional, a pouca oferta de cursos nessa modalidade no Chile e na Colômbia, a possibilidade de cursar um doutorado permanecendo próximo da família sem deixar de desenvolver-se profissionalmente, permanecendo no trabalho que já desenvolvem,bem comopela seriedade e exigências do curso e por acreditar que essa será a modalidade mais buscada em educação para os tempos atuais face ao avanço e amodernização das tecnologias.Esse amplo conjunto de motivações expressa configurações de novas formas de se relacionar e de pesquisar na Pós-graduação a distância na Modalidade de Internacionalização em casa. Para além de estar próximo e continuar trabalhando nas suas atividades profissionais,pois todosospós-graduandosmantêm vínculos de trabalho em importantes instituições, as entrevistas traduzem a busca por uma ampliação de sentido e de aprendizagens interculturais. Traduzem também uma certa necessidade de reconhecimento internacional pelas possibilidades ofertadas. Fica reforçadaa necessidade do desenvolvimento de um outro perfil profissional,mais aberto às tecnologias, anovas abordagens e aprendizagens individuais e coletivas. Igualmente aberto ao desenvolvimento e ampliação dos idiomas em língua espanhola e inglesa:essa necessidade fica mais evidente no caso dos brasileiros,pois os chilenos e colombianos falam e escrevem em inglês e espanhol e leem em português. A não oferta do curso em seus contextos de origem tem sido um forte fator motivacional para a escolha. No conjunto das múltiplas afirmações,há uma fala de uma entrevistada que sintetiza essa motivação da internacionalização em casa e,ainda,acrescenta o fator custo como uma motivação a mais;vejamos:Mi país Chile tiene pocos doctoradosen educación y en salud, por lo que una buena alternativa era buscar fuera del país, una posibilidad era migrar a España, para realizar doctorado en el idioma natal, y eso familiarmente era más complicado, dejar el trabajo presencial era complejo y económicamente no factible. La institución ofrecía la oportunidad estudiar desde casa, a un costo razonable(Estudante 2, 2022).Outra fala reforça essa conjunção de fatores aliada às necessidades e limitações do candidato: “Tive uma ótima experiência ao cursar o Mestrado. Fazer o Doutorado, nesse mesmo tipo de abordagem, com alunos de outros países participando dos estágios iniciais do curso, pareceu-me bastante adequado.Isso somado à
image/svg+xmlVilmar Alves PEREIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, out./dez. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492487minha limitação de tempo em função de minhas atividades profissionais, tornou o Doutorado por esta instituição ideal na minha situação”(Estudante 3, 2022).Ainda sobre a escolha,outro entrevistado acrescenta: “A principal motivação foi o curso em si, pois essa internacionalização permitiu que eu cursasse um curso que não encontrei similar no Brasil”(Estudante 4, 2022).Avaliação da experiência de Internacionalização em CasaProcurando saber mais sentidos e atravessamentos dessa experiência,perguntamos como cada umdosentrevistadosdoutorandos(as) já mencionados em nossa metodologiaavalia essa experiência de internacionalização sem necessitar sair de casa,e quais as principais contribuições, aprendizagense desafios dessa vivência.Todosos entrevistados(as)avaliam a experiência como muito positiva,trazendo contribuições como: poder cursar um doutorado, o perfil dos professores com excelente formação, metodologias que aliam inovação e rigorosidade acadêmica, boa relação com os orientadores da tese. Destacam também como positivaa flexibilidade de horários para estudo com atividades desenvolvidas no ritmo do doutorando. Outro aspecto positivo é o investimento em processos de formação personalizada,pois além do atendimento personalizado que estes estudantes começam a ter,há também a possibilidade de aprofundamento individual. Igualmente fica reforçada a abertura de novos horizontes de pesquisa, com indicações para aprofundamento em publicações internacionais. O valor pessoal em relação ao valor do custo é considerado como ótimo por um entrevistado. A flexibilidade de agendas e espaços-tempos e a ampliação do horizonte de pesquisas, que não fica limitado à sala de aulas,são outros aspectos que se destacam positivamente nas principais contribuições e aprendizagens. A democratização na formação de mestres e doutores, o intercâmbio de conhecimento entre estudantes com uma diversidade cultural e o aprendizado de técnicas e conhecimentos internacionalizados também foram destacados como elementos positivos nessa modalidade de internacionalização. Por outro lado, no que concerne aos desafiosque são enfrentados pelos entrevistados,também são diversos,com destaque para: a necessidade de disciplina, organização e gestão do tempo para estudar. Todosos entrevistadosdestacam ser esse o maior desafio. Em segundo lugar, estáa necessidade de ter um bom orientador(a). Esse ponto é relevante na maioria das falasdos entrevistadospara que possa haver êxito e confiança a partir de um acordo comum no processo de construção da tese. Um dos entrevistados também ressalta a importância da
image/svg+xmlA internacionalização em casa na pós-graduação na América Latina e Caribe na modalidade a distânciaRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, out./dez. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492488dimensão humana na orientação,pois considera que em muitos momentos o processo é solitário e necessita desse olhar mais abrangente na relação de orientação. Esse perfil docente para os entrevistados é fundamental,pois caso isso não ocorra poderá colocar todo o processo de construção de tese em risco. O uso das tecnologias também constitui um desafio destacado por 2 entrevistados. Apenas um estudante destacou a dificuldade com o uso de leituras em espanhol. Dentre as falas que traduzem esse amplo e complexo movimento de Internacionalização em Casa,destacamos uma avaliação que resume outras falas;vejamos: Es una experiencia muy valiosa, pero tiene ventajas y desventajas, dentro de las ventajas están el poder quedarme en el país, no dejar mi familia ni mi trabajo, lo que permite también que se puedan aplicar los conocimientos y habilidades aprendidas durante el proceso de formación en el postgrado, además un elemento muy importante del proceso es que se establecen nexos con docentes de otros países y eso permite establecer redes de investigación con investigadores de otros países, algo que es primordial dentro de la labor investigativa. Dentro de las desventajas, se encuentra la organización del tiempo, porque al no tener dedicación exclusiva para realizar el postgrado, como estudiante se tiene que ser muy organizado para rendir dentro de los tiempos establecidos y sacar el máximo de provecho a la instancia(Estudante 5, 2022).Fica reforçado, que por ser uma modalidade ainda em construção,possui,além de potencialidades, desafios gigantes. É nesse sentido que na questão posterior procuramos ouvir quais sugestões os estudantes apontam para a melhoria desse processo. Sugestões e alternativasQuanto às sugestões alternativas, estaspassam desde contribuições institucionais,com orientações sobre a gestão do tempo, acompanhamento mais efetivo dos docentes nas respostas das questões do Fórum na fase das disciplinas, estímulo a mais publicações ao longo do curso, mais trabalhos em grupos, maior aproximação de professores e alunos no contexto mais amplo dos programas, maior diversificação nos modos de apresentar os conteúdos,como,por exemplo,mais videoaulascom sínteses de curta duração.Outras sugestões feitas pelos entrevistados referem-se àadoção de um sistema normativo com maior clareza, maior interatividade via webcom os estudantes, investimento permanente na qualificação dos professores em tecnologias digitais, mais agilidade nas entregas dos Certificados/Diplomase melhorar as orientações e apoio sobre o processo de validação de reconhecimento do diploma.
image/svg+xmlVilmar Alves PEREIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, out./dez. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492489Considerações livres com acréscimosNessa questão,temos as opiniões mais variadas possíveis. De certa forma,traduzem os momentos formativos pelos quais os estudantes atravessam. Dos 11 entrevistados,2não quiseram acrescentar nada,afirmando já terem expressado suas ideias. Os demais transitam por satisfações,como é o caso de um recém doutor que considera estar realizado:Por fim, estou muito feliz por ter estudado noMexico, pois tornei Doutor em Projetos Internacional, melhorei profissionalmente, inclusive como ser humano e claro estou mais preparado para o hoje”(Estudante 6, 2022)Satisfação que também se traduz por outra estudante:“Ha sido una excelente experiencia, de mucho aprendizaje, en lo académico y también desde lo personal, en organización del tiempo, autoestudio, autorregulación”(Estudante 2, 2022).Um outro(Estudante 8, 2022)considera que esse modelo de ensino possa ser aplicado em outras instituições. Novamente aparece a necessidade de maior apoio,com orientações em relação ao processo de validação do diploma. A especialista que atua no setor de internacionalização em sua universidade na Colômbia reforça que cursar doutorado nessa modalidade consiste numa excelente opção:“Es muy valioso poder estudiar el doctorado virtualmente, tener profesores de tanta calidad y poder progresar en el estudio de la educación.Si solo se pudiera de manera presencial, no podría haberlo cursado”(Estudante 9, 2022)Nessa mesma perspectiva,há uma fala que reafirma a potencialidade da experiência para o desenvolvimento:“Que o EAD, principalmente numa instituição internacional é uma excelente opção de crescimento profissional”(Estudante 10, 2022).Finalmente,há uma manifestação de um recém doutor que trabalhou com o tema do Educação a Distância e,em sua tese, esteavalia a experiência e sugere que ainda há muito em que avançarmos,como vemos: Há um trabalho muito grande a ser feito para a ampliação da modalidade do ensino à distância.Como mencionado em minha tese de doutorado, o EAD não é para qualquer aluno, nem tampouco para qualquer professor.Um professor preparado, saberá identificar as dificuldades e limitações dos alunos, mesmo à distância e trabalhará para contorná-las(Estudante 11, 2022).
image/svg+xmlA internacionalização em casa na pós-graduação na América Latina e Caribe na modalidade a distânciaRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, out./dez. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492490Tais afirmações traduzem partes de processos formativos novos em nossa regiãosobre a internacionalização,que estão sendo experienciados por inúmeros estudantes em nível de Pós-graduação e requerem muita atenção, aprofundamento e compreensão num primeiro momento. Num segundo momento, é preciso promover ações formativas no sentidodepensar esses movimentos no horizonte das políticas de internacionalização na Pós-graduação. Considerações finaisPensar os processos de internacionalização envolve amplas e complexas dimensões. Em geral,elas vão desde questões de orientação política com fortes interferências do modelo da globalização e das economias neoliberais, dos processos de padronização,bem como de perfis almejados pela lógica do mercado. Presenciamos os endereçamentos norte-sul e suas estratégias na formação,agora nos processos emnível da Pós-graduação. Para esses agentes,a América Latina consiste ainda num vasto mercado a ser explorado. O grande desafio está num primeiro momento em compreendermos a racionalidade que orienta esses processos formativos. Por outro lado, o estudo do caso aqui realizado, pelo olhar qualitativo,demonstra a experiência de 11doutorandosque validam e sugerem que internacionalização em casa seja uma tendência muito apropriada aos tempos atuais. Essa satisfação é referendada pelas condições adaptativas entre a realização do curso e as trajetórias pessoais e profissionais. Daía consideração de que em outro cenário não estariam cursando tal doutorado. Também aparece um elemento que pode ser investigado em estudos futuros,que consiste numa equação a ser resolvida entre a maior flexibilidadena relação entre a instituição internacional que ocorre diretamente com o estudante, e a necessidade de gestão de tempos e espaços a serem construídos a fim de dar conta da realização de um excelente estudo de tese. Do ponto de vista da flexibilização,integra a linguagem neoliberal e o respeito pelas escolhas individuais. Isso aparece no contrato que rompe a fronteira tradicional de convênios interinstitucionais e seefetiva afora no plano entre a instituição gestora e o estudante. Do ponto de vista da efetivação do estudo,consiste no maior desafio para os(as)estudantes pela necessidade de cumprirem metas em tempos e espaços definidos sob a orientação de um professor(a). Ficou reforçado que a internacionalização em casa permite essa confluência de objetivos individuais, pessoais e profissionais sem perder o enraizamento cultural, ao contrário, de certo modo, atendendo um anseio de prospecção e abertura para novas formas de conhecer e novos diálogos interculturais. Os(as)estudantes reclamam maior e mais espaços de
image/svg+xmlVilmar Alves PEREIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, out./dez. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492491compartilhamentos coletivos, maior orientação e apoio nos processos de validação dediplomae oreconhecimento da dimensão humanista na relação de orientação por entender ser este o maior vínculo com a instituição durante a maior parte do tempo. A América Latina é muito vasta, multifacetada e,portanto,é difícil de se ter uma compreensão homogênea dessa região. Fizemos questão de chamar atenção para ela por apresentarmos uma tendência efetiva de internacionalização na Pós-graduação. O estudo demonstrou,por exemplo, que no Reino Unido esta é atualmente a modalidade que mais cresce. Alguns desafios permanecem em aberto: discutir se de fato essa modalidade consiste num processo de democratização de acesso àInternacionalização da Pós-graduação, buscar perceber em que medida ela pode contribuir para processos que transcendemas lógicas colonizadoras que aumentam a dependência. Buscar,em estudos posteriores,perceber se houve mudanças e contribuições efetivas nesses novos doutores em seus espaços de atuação, ou se apenas o processo esteve focado no alcance de mais um título na sua trajetória formativa. Da parte desse pesquisador, posso afirmar que o horizonte desse processo formativo, para além das normativas e orientações institucionais, depende muito do perfil dos professores,em especial dosorientadores(as) das teses. Essa é uma significativa experiência que estou tendo e que futuramente tenho interesse em compartilhar como novos desafios em nossos modos de aprender e ensinarna Pós-graduação.No entanto, considero que ainda estamos muito distantesda perspectiva de uma internacionalização decolonial. AGRADECIMENTOS: Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq, pelo auxílio na Bolsa Produtividade em Educação Nível 2.REFERÊNCIASARANA, R. S.; PEREIRA, E. N.; PERES, F. F. F. The internationalization of higher education in latin american universities: A systematic literature review. SciELO Preprints,p. 1-18, 2021.Disponível em: https://preprints.scielo.org/index.php/scielo/preprint/view/2431. Acesso em: 20 jan. 2022.BONILLA ESQUIVEL, J. L.; MONTES SILVA, M. E. Cursos de curta duração no exterior: Aprendizagens obtidas por estudantes de pós-graduação em Educação. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, 2020. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=8083059. Acesso em: 18 jun. 2021.
image/svg+xmlA internacionalização em casa na pós-graduação na América Latina e Caribe na modalidade a distânciaRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, out./dez. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492492COMITÉ ÉCONOMIQUE ET SOCIAL EUROPÉEN. L’enseignement supérieur européen dans le monde. 2014.CUNHA, M.I. Qualidade da educação superior e a tensão entre democratização e internacionalização na universidade brasileira. Avaliação: Revista da avaliação da Educação Superior, Sorocaba, v. 22, n. 3, p. 817-832, set./dez. 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/j/aval/a/TPJfZt9vhzPHzrsDyJhZSML/?format=html&lang=pt. Acesso em: 08 mar. 2021.DAL-SOTO, F.; ALVES, J. N.; SOUZA, Y. S.A Produção Científica sobre Internacionalização da Educação Superior Na Web Of Science: Características Gerais e Metodológicas 1. Educação em Revista, v. 32,n. 1,p. 229-249, out./dez. 2016.Disponível em: https://www.scielo.br/j/edur/a/TH3vdPnnKmjndCyhbjbCrZh/abstract/?lang=pt.Acesso em: 25 abr. 2021.GADAMER,H-G. Verdade e Método:Traços fundamentais de uma hermenêutica filosófica. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.KNIGHT, J. Internationalisation de l’enseignement supérieur. In: KNIGHT, J.; WITT, H. Qualité et Internationalisation de l’Enseignement Supérieur.Paris: OCDE, 1999.KNIGHT, J. Mobilidade do programa e do provedor. Sociologias, Porto Alegre, v. 22, n. 54, p. 176-199, maio/ago. 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/soc/a/xr4BCZZJq5rsLYRhyrzPhBd/abstract/?format=html&lang=pt. Acesso em: 11 fev. 2022.LAUS, S. P.A internacionalização da educação superior: Um estudo de caso da Universidade Federal de Santa Catarina. 2012. Tese (Doutorado em Administração) Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2012. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/17270. Acesso em: 14 jun. 2021.MAUÉS, O. C.;BASTOS, R. S. Políticas de internacionalização da Educação Superior: O contexto brasileiro. Educação,Porto Alegre,v. 40, n. 3,p.333-342, 2017. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/faced/article/view/28999. Acesso em: 22 abr. 2021.MINAYO, M. C. S. Análise qualitativa: Teoria, passos e fidedignidade. Ciência e Saúde Coletiva,Rio de Janeiro,v. 17,n. 3,p. 621-626, mar. 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/39YW8sMQhNzG5NmpGBtNMFf/abstract/?lang=pt. Acesso em: 13 fev. 2022.MINAYO, M. C. S.; DESLANDES, S. F. Pesquisa social: Teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.MOROSINI, M. C. Internacionalização da produção de conhecimento em IES brasileiras: cooperação internacional tradicional e cooperação internacional horizontal. Educação em Revista, v. 27, p. 93-112, 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/j/edur/a/ypdMQYJxCLk9fBpgYdKdbLC/?lang=pt. Acesso em: 20 fev. 2022
image/svg+xmlVilmar Alves PEREIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, out./dez. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492493RAMOS, M. Y. Internacionalização da pós-graduação no Brasil: Lógica e mecanismos. Educação e Pesquisa,v.44, e161579, 2018.Disponível em: https://www.scielo.br/j/ep/a/Zx4JYVjsbD9zcC9MsWGY6vL/?lang=pt&format=html. Acesso em: 08 jan. 2022.SANTOS, F. S.; ALMEIDA FILHO, N. A quarta missão da Universidade: Internacionalização universitária na sociedade do conhecimento. Brasília, DF: Editora Universidade de Brasília;Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2012.STRECK, D.; ABBA, J. Internacionalização da educação superior e herança colonial na América Latina. In: KORSUNSKY, L. et al. (comp.). Internacionalización y producción de conocimiento: El aporte de las redes académicas.Ciudad Autónoma de Buenos Aires: IEC -CONADU; Ciudad Autónoma de Buenos Aires: CLACSO,2018.WIT, H. et al. L’Internationalisation de l’Enseignement Supérieur. Direction Générale des Politiques Internes. Département Thématique B: Politiques Structurelles et de Cohésion. Parlement Européen. 2015. Disponível em: https://pdfs.semanticscholar.org/fc40/2e7ac690310403466a6bc00ec7ed5d8d5ee1.pdf. Acessoem: 21 jan.2022.Como referenciar este artigoPEREIRA, V. A. A internacionalização em casa na pós-graduação na América Latina e Caribe na modalidade a distância. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, out./dez. 2022. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16549Submetido em: 18/03/2022Revisões requeridas em: 19/07/2022Aprovado em: 06/10/2022Publicado em: 30/12/2022Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.Revisão, formatação, normalização e tradução.
image/svg+xmlLa internacionalización en casa en el contexto de posgrados en la América Latina y el Caribe a través de la educación a distanciaRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2494, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492476LA INTERNACIONALIZACIÓN EN CASA EN EL CONTEXTO DE POSGRADOS EN LA AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE A TRAVÉS DE LA EDUCACIÓN A DISTANCIAA INTERNACIONALIZAÇÃO EM CASA NA PÓS-GRADUAÇÃO NA AMÉRICA LATINA E CARIBE NA MODALIDADE A DISTÂNCIAINTERNATIONALIZATION AT HOME IN DISTANCE POST-GRADUATE EDUCATION IN LATIN AMERICA AND THE CARIBBEANVilmar Alves PEREIRA1RESUMEN:Este estudio tiene como objetivo presentar reflexiones a partir de la experiencia de los estudiantes a nivel de doctorado sobre la modalidad de Internacionalización en el Hogar (en casa) en el contexto de los Estudios de Posgrado, a través de la Educación a Distancia. Una investigación de horizonte cualitativo con un enfoque hermenéutico filosófico, en un primer momento, presenta demarcaciones conceptuales sobre la necesidad de internacionalización, sus formas y desafíos en el contexto de la región de América Latina y el Caribe. En un segundo, presenta resultados de una experiencia con estudiantes que experimentan esta modalidad en Chile, Colombia y Brasil. Los resultados expresan las motivaciones, evaluaciones, aprendizajes y desafíos para cursar un doctorado en esta modalidad. La internacionalización en casa en la escuela de posgrado proporciona el surgimiento de una nueva relación entre una institución internacional directamente con el estudiante. Para los estudiantes, la satisfacción está en la realización de un curso que de otra manera no sería posible sin perder los lazos personales y profesionales. El mayor desafío es la disciplina y la gestión de los espacios y los tiempos de estudio. PALABRAS CLAVE: Internacionalización. Casa. Posgrados. América Latina. EAD.RESUMO: Este estudo tem por objetivo apresentar reflexões a partir da experiência de estudantes em nível de doutorado sobre a modalidade da Internacionalização em Casa no contexto da Pós-graduação, através da Educação a Distância. Pesquisa de horizonte qualitativo com abordagem da Hermenêutica Filosófica, num primeiro momento, apresenta demarcações conceituais sobre a necessidade da internacionalização, suas formas e desafios no contexto da região da América Latina e Caribe. Num segundo, apresenta resultados de uma experiência com estudantes que vivenciam esta modalidade no Chile, Colômbia e Brasil. Os resultados expressam as motivações, avaliações, aprendizagens e desafios em cursar um doutorado nessa modalidade. A internacionalização em casa naPós-graduação propicia a emergência de uma nova relação entre uma instituição internacional diretamente com o estudante. Para os estudantes, a satisfação está na realização de um curso que em outros 1Universidad Internacional Iberoamericana (UNINI) México y Puerto Rico,Universidad Estatal del oeste de Paraná(UNIOESTE), Cascavel PR Brasil. Post Doctorado Senior (PDS) en Educación (UFRGS). Becario de Productividad CNPq Nivel 2 en Educación. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-2548-5086. E-mail: vilmar.alves@unini.edu.mx
image/svg+xmlVilmar Alves PEREIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2494, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492477moldes não seria possível sem perder os vínculos pessoais e profissionais. O maior desafio passa pela disciplina e gestão de espaços e tempos de estudo. PALAVRAS-CHAVE: Internacionalização. Casa. Pós-graduação. América Latina. EAD.ABSTRACT: This research presents experiences and reflections about the home internationalization modality in the context of postgraduate studies through distance learning. This research has a qualitative focus in which the philosophical hermeneutics is used, in a first moment, it presents the conceptual boundaries about the needs of internationalization, and its forms and challenges in Latin America and the Caribbean. In a second moment, it presents the results of students experiences that had the opportunity to livethis modality in Chile, Colombia, and Brazil. The results that are presented, show the motivations, evaluations, lessons, and challenges at the moment of taking a PhD course in this modality. Home internationalization in postgraduate studies is created bythe emergency of a new relationship between the international institution directly with the students. For students, the satisfaction is in completing the PhD that in other scenarios and modalities could not be possible without loosing the personal and professional bonds. The biggest challenge is in self-discipline and the management of time and space to study. KEYWORDS: Internationalization. Home. Postgraduate. Latin America. DE.IntroducciónLa internacionalización ha tomado un papel prioritario en la Educación Superior en diferentes países del mundo. Este requisito ha ocupado un papel destacado tanto en las políticas institucionales, en los avisos de desarrollo como en la producción académica. Además, los rankings académicos internacionales definen la internacionalización como uno de los puntos a evaluar y considerar en las instituciones, haciendo que haya una mayor competencia y competencia entre universidades, dando la percepción de que el conocimiento es visto como valor comercial o moneda de cambio (LAUS, 2012).Con respecto a la escuela de posgrado, su necesidad se demarca como un reclamo cotidiano. Sin embargo, este requisito debe ser problematizado a la luz de algunas preguntas fundamentales, tales como: ¿En qué consiste realmente la internacionalización? ¿Qué contenido ideológico es intrínseco en este discurso? ¿Qué espacio ocupa la internacionalización en las instituciones? ¿Qué aspectos específicos debe considerar la internacionalización cuando se realiza en América Latina y el Caribe? ¿Cuál es el significado que asume en el contexto latinoamericano en experiencias de "internacionalización en casa" en el Postgrado por la modalidad a distancia?
image/svg+xmlLa internacionalización en casa en el contexto de posgrados en la América Latina y el Caribe a través de la educación a distanciaRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2494, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492478La importancia de las experiencias de internacionalización en los estudios de posgrado permite un amplio desarrollo en la trayectoria formativa. Esto abarca desde aspectos conceptuales relacionados con el curso, planificación, desarrollo de actitudes y valores y reconocimiento de la dimensión socioafectiva (BONILLA ESQUIVEL; MONTES SILVA, 2020). El objetivo de este estudio es realizar dos movimientos: un primer entendimiento, donde buscaremos entrar en este debate; un segundo, presentar un informe de experiencia de 11 estudiantes de una Universidad Internacional, con sede en Españay con unidades en toda América Latina, especialmente México y Puerto Rico, con experiencias de internacionalización en la escuela de posgrado en la modalidad a distancia en casa. São estudantes do Brasil, Chile, Colômbia em nível de doutorado. El estudio busca las motivaciones, la comprensión, los significados, el aprendizaje y los desafíos de dicha internacionalización.Importante investigación de Streck y Abba (2018) analiza la internacionalización en América Latina, utilizando como referencia la base delos datos producidos por una red de gestores e investigadores de Educación Superior en la región. Esta es una contribución que permite una ampliación integral del sentido de internacionalización que hacemos o queremos hacer. Los autores problematizan la internacionalización tanto desde la lógica del mercado, las políticas neoliberales, como desde las perspectivas de la lógica hegemónica, globalizadora, que muchas veces mitiga las potencialidades culturales, desarrollando una internacionalización colonizadora, incluso generando una mayor dependencia y reforzando la herencia colonial. La invitación hecha por los autores, en este movimiento problematizador, es percibir correctamente las tensiones entre una forma de internacionalización en América Latina y el Caribe que no es la de seducción al "nuevo canto de sirena", sino que puede reforzar perspectivas interculturales en la dirección de la experiencia intercultural. En este sentido, los autores consideran esto un gran desafío, creyendo que pensar la internacionalización en la región presupone considerar las especificidades de este lugar. El extenso análisis realizado en el estudio de Streck y Abba (2018) también demuestra que la racionalidad hegemónica de una internacionalización Norte-Sur ha reforzado las relaciones de poder que se traducen tanto en las expectativas de quienes la difunden como en la búsqueda del camino del Norte por parte de los estudiantes de intercambio. Al mismo tiempo, nos advierte que, a menudo, por la forma de esta lógica, con fuertes raíces de los Estados Unidos de América, termina dirigiendo los planes de estudio donde el idioma inglés incluso ha reemplazado a otras referencias idiomáticas en nombre de la internacionalización.
image/svg+xmlVilmar Alves PEREIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2494, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492479Alternativamente, los autores sugieren una forma de hacer la internacionalización en una perspectiva decolonial. Sin embargo, advierten que en América Latina y el Caribe este campo de investigación es aún muy reciente y necesita ser profundizado conceptual y teóricamente, considerando las características del contexto (STRECK; ABBA, 2018).Otro estudio, que evalúa la producción científica sobre el tema en el período de una década, encuentra que la internacionalización es un tema emergente con un fuerte crecimiento en los últimos tiempos y requiere más estudios que puedan ampliar el campo: Por otro lado, el desarrollo más marcado de los estudios empíricos basados en la evidencia, tanto cualitativos como cuantitativos, puede sostener de manera más convincente el avance del área y la generación de nuevas proposiciones teóricas (DAL-SOTO; ALVES; SOUZA, 2016, p. 245, nuestra traducción).Es desde este contexto que buscamos la expansión de significados sobre una perspectiva llena de intenciones, objetivos, proyectos y formas de lidiar con el conocimiento. Por lo tanto, este estudio persigue la hipótesis de que los procesos de internacionalización traducen cosmovisiones políticas, económicas, sociales, culturales y epistemológicas sobre cómo se produce, valora, reconoce y considera el conocimiento que debe ser necesario en las trayectorias formativas y formativas. Más allá de las tensiones, es fundamental que sepamos en qué internacionalización creemos y cuál puede aportar más a nuestras formas de vida. Es un gran desafío guiado por pedagogías de horizontes críticos, que pueden, además de la realización de un proceso formal, fomentar perspectivas de pertenencia, apertura de fronteras extra, valorización cultural y refuerzo de identidad y protagonismo. Demarcaciones conceptualesDe acuerdo con el Comité Económico y Social Europeo(2014),personas que experimentan internacionalización tienen más ventaja en los procesos de empleabilidad. Santos y Almeida Filho (2012) consideran que la internacionalización es la cuarta misión de la universidad, siendo la enseñanza, la investigación y la extensión las otras tres. Para ellos, la internacionalización actúa como un modelo impulsor que contribuye a la consecución de los grandes objetivos de la universidad, en lo que llaman conjuntos integradores, en la formación e investigación de la innovación, en la diplomacia cultural y en la consolidación de espacios integradores del conocimiento. Lejos de pensar que la integración es una acción marginal, se considera la misión principal de una institución. Es un medio y al mismo tiempo un indicador de calidad en la enseñanza (KNIGHT, 1999). Veamos su amplio alcance y sentidos:
image/svg+xmlLa internacionalización en casa en el contexto de posgrados en la América Latina y el Caribe a través de la educación a distanciaRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2494, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492480El proceso de integrar una dimensión internacional, intercultural o global en los propósitos, roles u organización de la educación postsecundaria, promoviendo la mejora de la calidad dela enseñanza y la investigación para todos los estudiantes y profesores, aportando una contribución significativa a la sociedad (WIT et al.,apud MAUÉS; BASTOS, 2017, p. 335, nuestra traducción).Sin embargo, estos procesos implican amplios entendimientos desde las dimensiones política, económica, social, cultural, epistemológica, entre otras. Esta comprensión es importante para que no veamos la internacionalización desde perspectivas hegemónicas guiadas por la lógica de las políticas neoliberales, que son expertas en presentarnos siempre "un nuevo canto de sirena". En este sentido, un importante estudio de Cunha (2017) desmitifica este horizonte al problematizar las tensiones cuando se piensa en la internacionalización, considerando una especie de antinomia creada por el discurso de la calidad en la educación superior y la democratización. El estudio revisita la génesis de este discurso en la lógica de la economía neoliberal, sus agencias de financiación de la educación y su proyecto educativopara la sociedad. Demuestra hasta qué punto las perspectivas globalistas a veces niegan aspectos de la identidad regional desde una racionalidad estratégica centrada en propósitos cuyo horizonte es el aumento del poder y el beneficio. La tensión aumenta cuando se busca una perspectiva afirmativa e inclusiva que contrasta con este discurso meritocrático. La perspectiva de progreso en los procesos de internacionalización está asociada a la dimensión intercultural y epistemológica (CUNHA, 2017). Sobre la basede esta referencia, en línea con los autores, estamos de acuerdo en que:La internacionalización no puede ser vista como el privilegio de una élite académica, política, económica y cultural que tiene acceso a los recursos necesarios para la movilidad y la experiencia en otros contextos. Existen otras formas de internacionalización que pueden formar parte de la formación cultural de un pueblo. Sobre todo, con la aparición de nuevas tecnologías, que ayudan en la comunicación, el aprendizaje y el intercambiode experiencias, en tiempo real, con personas que se encuentran en otras geografías. (STRECK; ABBA, 2018, p. 12, nuestra traducción).Desde el punto de vista sobre cómo ser eficaz, basado en estudios de (WIT et al., 2015; MOROSINI, 2011), se presentan aspectos de la internacionalización que se traducen en formas en que ocurre o puede ocurrir: Al analizar la internacionalización de la educación superior, especialmente en el contexto de la globalización, se deben observar tres aspectos importantes: a) la forma en que se produce la internacionalización, ya sea en un proceso de intercambio, llamado horizontal, o de sumisión e incluso explotación, llamado
image/svg+xmlVilmar Alves PEREIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2494, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492481vertical; b) internacionalización desarrollada internamente o en casa; c) Internacionalización desarrollada en el extranjero (MAUÉS; BASTOS, 2017, p. 336, nuestra traducción). En relación con el primer aspecto es importante ser consciente de si este formulario promueve una relación de amplio conocimiento sobre el proceso, las instituciones y los socios efectivos. De lo contrario, la forma vertical mitiga la acción de internacionalización a una relación de favor o dependencia donde solo uno de los polos atribuye el significado de la acción. En cuanto al segundo aspecto, los autores destacan la relevancia de las relaciones de internacionalización que crecen enormemente en el contexto globalizado actual, tanto en lo que respecta a su presencia en los planes de estudio como a la llegada de estudiantes y profesores de otras instituciones al país donde se encuentra el estudiante.Veamos cómo se entiende: "También en los últimos años ha surgido un nuevo concepto llamado "internacionalización en casa", que propone vivir la experiencia internacional sin salir de nuestra casa,de nuestra universidad e incluso de nuestro país" (STRECK; ABBA, 2018, p. 13, los grifos del autor, nuestra traducción). La tercera modalidad es que implica movimientos efectivos de salida del estudiante a otro país para realizar sus estudios. Desde esta perspectiva, existe una movilidad efectiva de personas, proyectos y programas(MAUÉS; BASTOS, 2017). Con respecto a América Latina, un estudio reciente realizó una revisión sistemática de la literatura analizando artículos científicos desde cuatro bases (REDIB, Web of Science, SciELOe Scopus) indexación de artículos en el periodo 2015-2020. El estudio recupera aspectos históricos de la internacionalización en la región, reforzando la desigualdad del desarrollo de esta perspectiva en relación con los países del norte, como se muestra: [...] Los países latinoamericanos recibieron solo el 1,9% de todos los estudiantes internacionales, detrás de África con el 2,5%, los Estados Árabes, el 6,1%; Europa Central y Oriental, 9%; Asia Pacífico, 21% y América del Norte y Europa Occidental con 58%; también presenta el porcentaje más bajo entre las regiones cuando se trata de la implementación de estrategias de internacionalización (ARANA; PEREIRA; PERES, 2021, p. 05, nuestra traducción). El estudio llama la atención sobre una mayor conciencia en la región sobre la importancia de la internacionalización. Se reforzó que el modelo de internacionalización sigue en la perspectiva de acuerdos de cooperación con proyectos específicos de alianzas entre universidades. Los autores refuerzan cuánto el proceso de lógica económica ha estado ejerciendo presión sobre estas acciones, que se han vuelto más restringidas a las políticas gubernamentales, porque no existe un proyecto común en América Latina y el Caribe. Esto se
image/svg+xmlLa internacionalización en casa en el contexto de posgrados en la América Latina y el Caribe a través de la educación a distanciaRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2494, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492482traduce en la gran dificultad de combinar la internacionalización en la región en singular.El estudio muestra que algunos países, como Bolivia, Uruguay, Venezuela y países centroamericanos, no aparecieron en la investigación. En este sentido, el debate aún está emergiendo, y sin un proyecto común, las iniciativas que se producen a menudo son motivadas por países fuera de la región (ARANA; PEREIRA; PERES, 2021).Con respecto al contexto de la Internacionalización en los Estudios de Posgrado en Brasil, una investigación de Ramos (2018) reconoce en su conclusión cuánto los procesos de internacionalización ya integran las actividades de enseñanza e investigación científica de los principales programas del país en los últimos treinta años, promoviendo cambios profundos en la cultura de los estudios de posgrado en Brasil. A partir de una amplia recopilación de datos empíricos de Ramos (2018), se demostró que, en el caso brasileño, la modalidad internacional (en el extranjero) es la más reconociday practicada en la realización de numerosas asociaciones. También apunta a la necesidad de ampliar estas acciones para que pueda tener un mayor impacto al regresar. Se observa la disminución en el envío de investigadores a nivel sándwich y postdoctoral alextranjero. Reclama la necesidad de políticas que atraigan a académicos extranjeros al país. Una de las estrategias de mejora es la inversión en docentes que hayan podido formarse en el extranjero, que puedan trabajar en el país y movilizar redes académicas y asociaciones. Finalmente, el estudio concluye que hay una falta de una estrategia nacional que haga efectivos y sostenibles los procesos en la internacionalización de los estudios de posgrado brasileños (RAMOS, 2018).Siguiendo con los modelos de internacionalización, como ya hemos dicho, llamamos la atención sobre la nueva modalidad definida por Knight (2020) como IPPM, Movilidad Internacional de Programas y Proveedores (MIPP). Esta modalidad involucra a un proveedor extranjero, una institución de educación superior que ofrece cursos, programa de formación académica, a estudiantes de un país anfitrión. La modalidad de enseñanza es a distancia y el compromiso no se debe al sesgo Institución-Institución, sino por parte de la institución proponente directamente al estudiante contratante. Los contenidos del programa son ofrecidos por la institución, con docentes y líneas de investigación, y el estudiante es capaz de organizarse de manera autodidacta, con clases, supervisiones, orientaciones y evaluaciones en la modalidad a distancia. Para el autor, esta modalidad de Enseñanza, creciente en el mundo y en la región, trae algunas dificultades de evaluación con respecto al hecho de que lospaíses no tienen control del número de estudiantes que asisten a estos programas. Los proveedores son instituciones internacionales con reputación internacional (KNIGHT, 2020). Estamos hablando de una de las
image/svg+xmlVilmar Alves PEREIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2494, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492483modalidades de más rápido crecimiento en el contexto actual. Veamos los datos reveladores desde esta perspectiva MIPP en el Reino Unido: La división por regiones es reveladora. En general, Asia recibió el 48,7% de los estudiantes, seguida de África (22,5%), la Unión Europea (10,9%), Oriente Medio (9,6%), América del Norte (4,6%), Europa no perteneciente a la UE (2,8%), Australasia (0,6%) y América del Sur (0,4%). Esto indica que las instituciones y los estudiantes latinoamericanos aún no están involucrados significativamente en el IPPM. Se necesita investigación para entender por qué, dada la larga historia de colaboración latinoamericana con universidades europeas y americanas (KNIGHT, 2020, p. 179, nuestra traducción).Este es precisamente el objetivo de este estudio, que busca comprender la modalidad de Internacionalización en el Hogar a través de la escucha de los estudiantes de posgrado que asisten a esta modalidad en el contexto latinoamericano. Enfoque metodológicoSe trata de un estudio cualitativo que busca la expansión de significados en los procesos de comprensión e interpretación de textos y contextos desde el horizonte de la Hermenéutica Filosófica (GADAMER, 2002). En esta perspectiva, la metodología reconoce algunos movimientos necesarios en el proceso de construcción del conocimiento que se revela en la búsqueda de datos: Primero -Conocer los términos estructurantes de la investigación cualitativa; Segundo: definir el objeto en forma de una pregunta o una oración problematizante y teorizarlo; Tercero -Esbozar estrategias de campo; Cuarto.-Ir informalmente al escenario de investigación, buscando observar los procesos que ocurren en él; Quinto Ir al campo con teoría e hipótesis, pero abierto a cuestionarlas; Sexto Organizar y organizar el material secundario y empírico e imbuirse de información y observaciones de campo; Sétimo Construir la tipificación del material recogido en el campo y hacer la transición entre la empírica y la elaboración teórica; Octava -Ejercer la interpretación de segundo orden.La comprensión proporcionada por una lectura atenta, profunda e impregnadora que dio lugar a categorías empíricas o unidades de significado, en ese momento, que deberían merecer un nuevo proceso de teorización; noveno producir un texto al mismo tiempo fiel a los hallazgos del campo, contextualizado y accesible; Décima -Garantizar los criterios de fiabilidad y validez (MINAYO, 2012).Esta forma de investigar va mucho más allá de los procedimientos, sino que conserva en su interior la reflexión sobre el significado de la información a la que se accede y los movimientos necesarios en la construcción de la escucha, comprensión, reelaboración y
image/svg+xmlLa internacionalización en casa en el contexto de posgrados en la América Latina y el Caribe a través de la educación a distanciaRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2494, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492484construcción de nuevos conocimientos. Por lo tanto, hacer investigación cualitativa requiere movimientos densos, porque: Al comprender el significado de lo que se le informó y lo que observó en el campo, el investigador ya no necesita estar pegado a las declaraciones: su encarcelamiento a ellas es una de las mayores debilidades de quienes hacen análisis cualitativo, porque significa que el investigador no pudo exceder el nivel descriptivo de su material empírico (MINAYO, 2012, p. 624, nuestra traducción).Los sujetos de nuestra investigación son 11 estudiantes, 9 de los cuales están estudiando para doctorados en una institución internacional en la modalidad a distancia y 2 ya han completado. Entre estos 11, tenemos 3 países representados: Brasil, Chile y Colombia, y un brasileño vive en España. El mayor número son brasileños, 7, otros dos chilenos y dos colombianos. El criterio de elección se basó en el contacto con cada participante, siendo 9 orientados, y 2 tuvieron contactos por congreso y participación en la defensa de tesis doctorales. En cuanto a la región donde viven, entre los brasileños 2 viven en el sur, 1 en el sudeste, 1 en el noreste, 1 en el norte, 1 en el medio oeste y 1 en España. Hay dos mujeres y cinco hombres en total. Los sujetos extranjeros, por otro lado, son todas mujeres y dos viven en Santiago de Chile y otros dos en Cali, Colombia. De los 11 (once) temas, 9 (nueve) trabajan profesionalmente en la Educación Superior y 2 en el tercer sector. Se realizó la técnica de investigación de lamodalidad de entrevista en profundidad, que consiste en una de las técnicas de investigación cualitativa y, a diferencia de la entrevista cuantitativa, consiste únicamente en preguntas abiertas que permiten una expresión más libre del entrevistado, y que fueron aplicadas individualmente (MINAYO; DESLANDES, 2011). Para tener la percepción de estos estudiantes, preparamos un breve cuestionario y lo enviamos porcorreo electrónicoa cada uno de ellos. En el preámbulo del cuestionario, presentamos el concepto de internacionalización en casa (KNIGHT, 2020; MOROSINI, 2011; STRECK; ABBA, 2018; WITet al., 2015). Las preguntas partieron del conocimiento sobre la modalidad de internacionalización; las motivaciones de estudiar un doctorado en una institución internacional; evaluación de esta experiencia; contribuciones y desafíos; sugerencias si lo consideran necesario para la mejora de este proceso, incluso la libertad de expresión sobre otra cosa que desee agregar. Los estudiantes tuvieron 15 (quince) días para responder y, durante este período, se recibieron todos los cuestionarios enviados. La recolección tuvo lugar entre el 20 de enero y el 5 de febrero de 2022. Con el objetivo de preservar la moral, no identificamos a los participantes por sus nombres reales después de algunos registros de discursos. Todos los participantes firmaron un Formulario de Consentimiento Libre e Informado -FCLI.
image/svg+xmlVilmar Alves PEREIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2494, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492485El análisis hermenéutico consiste en una epistemología que se convierte en metodología, y siempre busca ampliar la interpretación y comprensión de los hechos. Realiza este movimiento más libremente, sin categorizar, sin pretender llegar a la conclusión, sino ampliando significados sobre lo que se muestra y lo que no siempre vemos. Es una inmersión crítica-integral de los hechos de los temas rectores en cada pregunta de la encuesta. Es sobre estos temas que discutiremos a continuación.ResultadosConocimiento de la Internacionalización en CasaEntre los 11 entrevistados, 9 declararon conocer la terminología y 2 no sabían. Quienes dicen conocerse a sí mismos se refieren a experiencias pasadas, tales como: haber cursado ya la maestría en la misma modalidad y en la misma institución en unidades y lugares en diferentes países, siendo 7 brasileños, 5 hombres y dos mujeres. El otro brasileño que vive en España dijo que no conocía el término incluso después de asistir a una maestría en la misma institución. En cuanto al conocimiento, un estudiante de doctorado de Colombia no solo conocía el término, sino que trabaja eficazmente en la Coordinación de Internacionalización de la reconocida Universidad en Colombia. Otra doctora chilena y programa de doctorado dice que sus conocimientos son el resultado de experiencias de internacionalización y la realización de cursos en líneacon universidades en Panamá y Estados Unidos. También señaló que sus conocimientos están relacionados con su profesión docente, donde imparte cursos en línea países, como Uruguay, CostaRica, Bolivia y Perú. Entre los otros dos estudiantes entrevistados, de Chile y Colombia, que desconocían la modalidad de internacionalización, el estudiante chileno afirma que: El concepto como tal no lo conocía, pero tenía alguna noción de colegas que estudiaban en otros países sin salir de su casa. Sin embargo, hace algunos años en Chile el estudiar de esta forma no tenía el mismo prestigio que cuando se salía del país a estudiar algún postgrado, ahora en la actualidad esta situación ha cambiado y cada vez más profesionales optan por esta modalidad, sobre todo en el escenario de pandemia y postpandemia (Estudiante 1, 2022).El entendimiento que se basa en esta primera escucha es que la mayoría de los estudiantes al elegir su doctorado a distancia ya tenían conocimientos de la Modalidad de Internacionalización en casa.
image/svg+xmlLa internacionalización en casa en el contexto de posgrados en la América Latina y el Caribe a través de la educación a distanciaRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2494, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492486Motivaciones de elecciónLas motivaciones para estudiar un doctorado en esta modalidad son diversas y van desde la posibilidad de asistir a un curso no ofrecido en Brasil, haber tenido una experiencia significativa con motivo de haber completado una maestría en la misma modalidad con la misma institución, el contacto con estudiantes de otros países en las disciplinas integradoras al comienzo del curso, la necesidad de continuar los estudios, la ampliación de conocimientos y la interacción con profesores de otros países, la posibilidad de doble titulación y laposibilidad de conocer nuevas culturas y estudiar conceptos avanzados y reconocidos internacionalmente. Además de estos aspectos, se destacan otras razones que llevaron a estos estudiantes a buscar la modalidad, tales como: la expansión del uso de los idiomas inglés y español, el aprendizaje de nuevas metodologías, la experiencia de nuevas experiencias, la búsqueda de expandir la interdisciplinariedad, el reconocimiento por convertirse en un/una Doctor(a) Internacional, la poca oferta de cursos en esta modalidad en Chile y Colombia, La posibilidad de cursar un doctorado permaneciendo cerca de la familia sin dejar de desarrollarse profesionalmente, permaneciendo en el trabajo que ya desarrollan, así como por la seriedad y exigencias del curso y creyendo que esta será la modalidad más buscada en educación para los tiempos actuales ante el avance y modernización de las tecnologías.Este amplio conjunto de motivaciones expresa configuraciones de nuevas formas de relacionarse e investigar en el Graduado a Distancia en la Modalidad de Internacionalización en casa. Además de ser cercanos y continuar trabajando en sus actividades profesionales, porque todos los estudiantes de posgrado mantienen vínculos de trabajo en instituciones importantes, las entrevistas reflejan la búsqueda de una expansión de significado y aprendizaje intercultural. También reflejan una cierta necesidad de reconocimiento internacional de las posibilidades ofrecidas. Se refuerza la necesidad de desarrollar otro perfil profesional, más abierto a las tecnologías, a los nuevos enfoques y al aprendizaje individual y colectivo. Igualmente abierto al desarrollo y expansión de Idiomas en español e inglés: esta necesidad es más evidente en el caso de los brasileños, porque chilenos y colombianos hablany escriben en inglés y español y leen en portugués. La no oferta del curso en sus contextos de origen ha sido un fuerte factor motivacional para la elección. En el conjunto de múltiples declaraciones, hay un discurso de un entrevistado que sintetiza esta motivación de internacionalización en casa y también agrega el factor costo como una motivación adicional; Ver:Mi país Chile tiene pocos doctorados en educación y en salud, por lo que una buena alternativa era buscar fuera del país, una posibilidad era migrar a
image/svg+xmlVilmar Alves PEREIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2494, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492487España, para realizar doctorado en el idioma natal, y eso familiarmente era más complicado, dejar el trabajo presencial era complejo y económicamente no factible. La institución ofrecía la oportunidad estudiar desde casa, a un costo razonable (Estudiante 2, 2022).Otra afirmación refuerza esta conjunción de factores aliados a las necesidades y limitaciones del candidato: "Tuve una gran experiencia mientras asistía a la maestría. Hacer el Doctorado, en este mismo tipo de enfoque, con estudiantes de otros países participando en las primeras etapas del curso, parecía bastante apropiado. Esto sumado a mi limitación de tiempo debido a mis actividades profesionales, hizo que el Doctorado para esta institución fuera ideal en mi situación"(Estudiante3, 2022).Continuando con la elección, otro entrevistado agrega: "La principal motivación fue el curso en sí, porque esta internacionalización me permitió asistir a un curso que no encontré similar en Brasil" (Estudiante 4, 2022).Evaluación de la experiencia de Internacionalización en CasaBuscando conocer más significados y cruces de esta experiencia, nos preguntamos cómo cada uno de los doctorandos entrevistados ya mencionados en nuestra metodología evalúa esta experiencia de internacionalización sin tener que salir de casa, y cuáles son las principales aportaciones, aprendizajes y retos de esta experiencia.Todos los entrevistados evalúan la experiencia como muy positiva, contribuyendo con aportaciones como: poder cursar un doctorado, el perfil de profesores con excelente formación, metodologías que combinan innovación y rigor académico, buena relación con los asesores de la tesis.También destacan como positiva la flexibilidad de horarios de estudio con actividades desarrolladas al ritmo del doctorando. Otro aspecto positivo es la inversión en procesos de formación personalizados, pues además del servicio personalizado que empiezan a tener estos alumnos, también existe la posibilidad de profundización individual. También se refuerza la apertura de nuevos horizontes de investigación, con indicios de profundización en publicaciones internacionales. El valor personal en relación con el valor del costo es considerado como óptimo por un entrevistado. La flexibilidad de agendas y espacio-tiempos y la ampliación del horizonte de investigación, que no se limita al aula, son otros aspectos que destacan positivamente en las principales aportaciones y aprendizajes. La democratización en la formación de maestros y doctores, el intercambio de conocimientos entre estudiantes con
image/svg+xmlLa internacionalización en casa en el contexto de posgrados en la América Latina y el Caribe a través de la educación a distanciaRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2494, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492488diversidad cultural y el aprendizaje de técnicas y conocimientos internacionalizados también se destacaron como elementos positivos en esta modalidad de internacionalización. Por otro lado, con respecto a los desafíos que enfrentan los entrevistados, también hay varios, con énfasis en: la necesidad de disciplina, organización y gestión del tiempo para estudiar. Todos los entrevistados destacan que este es el mayor desafío. En segundo lugar, es necesario contar con un(a) buen(a) asesor(a).Este punto es relevante en la mayoría de las declaraciones de los entrevistados para que pueda haber éxito y confianza basados en un acuerdo común en el proceso de construcción de la tesis. Uno de los entrevistados también enfatiza la importancia de la dimensión humana en la orientación, porque considera que en muchos momentos el proceso es solitario y necesita esta mirada más amplia sobre la relación de orientación.Este perfil docente para los entrevistados es fundamental, porque si esto no ocurre, puedeponer en riesgo todo el proceso de construcción de la tesis. El uso de tecnologías también es un desafío destacado por 2 entrevistados. Solo un estudiante destacó la dificultad con el uso de lecturas en español. Entre las declaraciones que traducen este amplio y complejo movimiento de Internacionalización en el Hogar, destacamos una evaluación que resume otras afirmaciones; Ver: Es una experiencia muy valiosa, pero tiene ventajas y desventajas, dentro de las ventajas están el poder quedarme en el país, no dejar mi familia ni mi trabajo, lo que permite también que se puedan aplicar los conocimientos y habilidades aprendidas durante el proceso de formación en el postgrado, además un elemento muy importante del proceso es que se establecen nexos con docentesde otros países y eso permite establecer redes de investigación con investigadores de otros países, algo que es primordial dentro de la labor investigativa. Dentro de las desventajas, se encuentra la organización del tiempo, porque al no tener dedicación exclusiva para realizar el postgrado, como estudiante se tiene que ser muy organizado para rendir dentro de los tiempos establecidos y sacar el máximo de provecho a la instancia (Estudiante 5, 2022). Se refuerza, que es una modalidad aún en construcción, tiene, además de potencialidades, retos gigantescos. Es en este sentido que en la pregunta posterior tratamos de escuchar qué sugerencias señalan los estudiantes para la mejora de este proceso. Sugerencias y alternativasEn cuanto a las sugerencias alternativas, estas van desde contribuciones institucionales, con orientación sobre la gestión del tiempo, un seguimiento más efectivo de los profesores en las respuestas a las preguntas del Foro en la fase de disciplinas, fomentar más publicaciones a
image/svg+xmlVilmar Alves PEREIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2494, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492489lo largo del curso, más trabajo en grupos, una aproximación más cercana de profesores y estudiantes en el contexto más amplio de los programas, una mayor diversificación en las formas de presentar los contenidos, como más lecciones en video con síntesis a corto plazo. Otras sugerencias hechas por los entrevistados se refieren a la adopción de un sistema normativo con mayor claridad, mayor interactividad vía webcon los estudiantes, inversión permanente en la calificación de los profesores en tecnologías digitales, más agilidad en la entrega de Certificados/Diplomas y mejorar las orientaciones y apoyo en el proceso de validación del reconocimiento del diploma. Consideraciones gratuitas con extrasEn este asunto, tenemos las opiniones más variadas posibles. En cierto modo, traducen los momentos formativos por los que pasan los estudiantes. De los 11 entrevistados, 2 no quisieron agregar nada, afirmando que ya habían expresado sus ideas. Los demás pasansatisfechos, como es el caso de un médico reciente que considera que se cumple:"Finalmente, estoy muy feliz de haber estudiado en México, porque me convertí en Doctor en Proyectos Internacionales, mejoré profesionalmente, incluso como ser humano y por supuesto estoy más preparado para hoy" (Estudiante 6, 2022)Satisfacción que también se traduce por otro estudiante:“Ha sido una excelente experiencia, de mucho aprendizaje, en lo académico y también desde lo personal, en organización del tiempo, autoestudio, autorregulación” (Estudiante 2, 2022). Otro (Estudiante8, 2022)considera que este modelo de enseñanza puede aplicarse en otras instituciones. Una vez más, se necesita un mayor apoyo, con orientación en relación con el proceso de validación del diploma. La especialista que trabaja en el sector de la internacionalización en su universidad en Colombia refuerza que cursar un doctorado en esta modalidad es una excelente opción:“Es muy valioso poder estudiar el doctorado virtualmente, tener profesores de tanta calidad y poder progresar en el estudio de la educación. Si solo se pudiera de manera presencial, no podría haberlo cursado”(Estudiante 9, 2022)En esta misma perspectiva, hay un discurso que reafirma la potencialidad de la experiencia para el desarrollo:
image/svg+xmlLa internacionalización en casa en el contexto de posgrados en la América Latina y el Caribe a través de la educación a distanciaRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2494, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492490"Que el EAD, especialmente en una institución internacional es una excelente opción para el crecimiento profesional" (Estudiante 10, 2022).Finalmente, hay una manifestación de un médico reciente que trabajó con el tema de la Educación a Distancia y, en su tesis, esto evalúa la experiencia y sugiere que todavía hay mucho por delante, como vemos: Hay un trabajo muy grande por hacer para la expansión de la modalidad de educación a distancia. Como mencioné en mi tesis doctoral, el EAD no es para cualquier estudiante, ni para ningún profesor. Un profesor preparado sabrá identificar las dificultades y limitaciones de los estudiantes, incluso a distancia y trabajará para superarlas(Estudiante 11, 2022).Estas declaraciones traducen partes de nuevos procesos formativos en nuestra región sobre internacionalización, que están siendo experimentados por innumerables estudiantes a nivel de posgrado y requieren mucha atención, profundización y comprensión al principio. En segundo lugar, es necesario promover accionesformativas para pensar estos movimientos en el horizonte de las políticas de internacionalización en los estudios de posgrado. Consideraciones finalesPensar en procesos de internacionalización implica dimensiones grandes y complejas. En general, van desde cuestiones de orientación política con fuertes interferencias robustas del modelo de globalización y economías neoliberales, procesos de estandarización, así como perfiles deseados por la lógica del mercado. Somos testigos de las direcciones norte-sur y sus estrategias en formación, ahora en los procesos a nivel de posgrado. Para estos agentes, América Latina sigue siendo un vasto mercado para ser explotado. El gran desafío está en primer lugar en comprender la racionalidad que guía estos procesos formativos. Por otro lado, el estudio del caso realizado aquí, por visión cualitativa, demuestra la experiencia de 11 doctorandos que validan y sugieren que lainternacionalización en casa es una tendencia muy apropiada para los tiempos actuales. Esta satisfacción está avalada por las condiciones de adaptación entre el curso y las trayectorias personales y profesionales. De ahí la consideración de que en otro escenario no estarían asistiendo a dicho doctorado. También hay un elemento que se puede investigar en futuros estudios, que consiste en una ecuación a resolver entre la mayor "flexibilidad" en la relación entre la institución internacional que se produce directamente con el estudiante, y la necesidad de gestión de tiempos y espacios a construir para dar cuenta de un excelente estudio de tesis. Desde el punto de vista de la flexibilización, integra el lenguaje neoliberal y el respeto
image/svg+xmlVilmar Alves PEREIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2494, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492491por las opciones individuales. Esto aparece en el contrato que rompe la frontera tradicional de los acuerdos interinstitucionales y es eficaz en el plan entre la institución gestora y el estudiante. Desde el punto de vista de la efectividad del estudio, es el mayor desafío para los estudiantes debido a la necesidad de cumplir metas en tiempos y espacios definidos bajo la guía de un profesor. Se reforzó que la internacionalización en casa permite esta confluencia de objetivos individuales, personales y profesionales sin perder las raíces culturales, por el contrario, en cierto modo, satisfacer un anhelo de prospeccióny apertura a nuevas formas de conocimiento y nuevos diálogos interculturales. Los estudiantes demandan cada vez más espacios para el intercambio colectivo, mayor orientación y apoyo en los procesos de validación de diplomas y el reconocimiento de la dimensión humanística en la relación de orientación porque entienden que este es el mayor vínculo con la institución durante la mayor parte del tiempo. América Latina es muy vasta, multifacética y, por lo tanto, es difícil tener una comprensión homogénea de esta región. Hicimos un punto de llamar la atención sobre ella porque presentamos una tendencia efectiva de internacionalización en la escuela de posgrado. El estudio mostró, por ejemplo, que en el Reino Unido esta es actualmente la modalidad de más rápido crecimiento. Algunos desafíos siguen abiertos: discutir si esta modalidad es en realidad un proceso de democratización del acceso a la Internacionalización de los Estudios de Posgrado, buscando comprender en qué medida puede contribuir a procesos que trasciendan las lógicas colonizadoras que aumentan la dependencia. Buscar, en estudios posteriores, comprender si hubo cambios y aportes efectivos en estos nuevos doctores en sus espacios de actividad, o si solo el proceso estuvo enfocado en la consecución de otro título en su trayectoria formativa. Por parte de este investigador, puedo afirmar que el horizonte de este proceso formativo, además de las regulaciones y directrices institucionales, depende mucho del perfil de los docentes, especialmente de los asesores de las tesis. Esta es una experiencia significativa que estoy teniendo y que me interesa compartir como nuevos desafíos en nuestras formas de aprender y enseñar en la Escuela de Postgrado. Sin embargo, creo que todavía estamos muy lejos de la perspectiva de una internacionalización decolonial. AGRADECIMIENTOS:Al Consejo Nacional de Desarrollo Científico y Tecnológico -CNPq, por la asistencia en la Beca de Productividad en Educación Nivel 2.
image/svg+xmlLa internacionalización en casa en el contexto de posgrados en la América Latina y el Caribe a través de la educación a distanciaRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2494, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492492REFERENCIASARANA, R. S.; PEREIRA, E. N.; PERES, F. F. F. The internationalization of higher education in latin american universities: A systematic literature review. SciELO Preprints,p. 1-18, 2021.Disponible en: https://preprints.scielo.org/index.php/scielo/preprint/view/2431. Acceso: 20 enero2022.BONILLA ESQUIVEL, J. L.; MONTES SILVA, M. E. Cursos de curta duração no exterior: Aprendizagens obtidas por estudantes de pós-graduação em Educação. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, 2020. Disponible en: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=8083059. Acceso: 18 jun.2021.COMITÉ ÉCONOMIQUE ET SOCIAL EUROPÉEN. L’enseignement supérieur européen dans le monde. 2014.CUNHA, M.I. Qualidade da educação superior e a tensão entre democratização e internacionalização na universidade brasileira. Avaliação: Revista da avaliação da Educação Superior, Sorocaba, v. 22, n. 3, p. 817-832, set./dez. 2017. Disponible en: https://www.scielo.br/j/aval/a/TPJfZt9vhzPHzrsDyJhZSML/?format=html&lang=pt. Acceso el: 08 marzo2021.DAL-SOTO, F.; ALVES, J. N.; SOUZA, Y. S.A Produção Científica sobre Internacionalização da Educação Superior Na Web Of Science: Características Gerais e Metodológicas 1. Educação em Revista, v. 32,n. 1,p. 229-249, out./dez. 2016.Disponible en: https://www.scielo.br/j/edur/a/TH3vdPnnKmjndCyhbjbCrZh/abstract/?lang=pt. Acceso: 25 abr.2021.GADAMER, H-G. Verdade e Método:Traços fundamentais de uma hermenêutica filosófica. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.KNIGHT, J. Internationalisation de l’enseignement supérieur. In: KNIGHT, J.; WITT, H. Qualité et Internationalisation de l’Enseignement Supérieur.Paris: OCDE, 1999.KNIGHT, J. Mobilidade do programa e do provedor. Sociologias, Porto Alegre, v. 22, n. 54, p. 176-199, maio/ago. 2020. Disponible en: https://www.scielo.br/j/soc/a/xr4BCZZJq5rsLYRhyrzPhBd/abstract/?format=html&lang=pt. Acceso: 11 feb. 2022.LAUS, S. P.A internacionalização da educação superior: Um estudo de caso da Universidade Federal de Santa Catarina. 2012. Tese (Doutorado em Administração) Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2012. Disponible en: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/17270. Acceso: 14 jun.2021.MAUÉS, O. C.;BASTOS, R. S. Políticas de internacionalização da Educação Superior: O contexto brasileiro. Educação,Porto Alegre,v. 40, n. 3,p.333-342, 2017. Disponible en: https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/faced/article/view/28999. Acceso: 22 abr.2021.MINAYO, M. C. S. Análise qualitativa: Teoria, passos e fidedignidade. Ciência e Saúde Coletiva,Rio de Janeiro,v. 17,n. 3,p. 621-626, mar. 2012. Disponible en:
image/svg+xmlVilmar Alves PEREIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2494, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492493https://www.scielo.br/j/csc/a/39YW8sMQhNzG5NmpGBtNMFf/abstract/?lang=pt. Acceso: 13 feb. 2022.MINAYO, M. C. S.; DESLANDES, S. F. Pesquisa social: Teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.MOROSINI, M. C. Internacionalização da produção de conhecimento em IES brasileiras: cooperação internacional tradicional e cooperação internacional horizontal. Educação em Revista, v. 27, p. 93-112, 2011. Disponible en: https://www.scielo.br/j/edur/a/ypdMQYJxCLk9fBpgYdKdbLC/?lang=pt. Acceso: 20 feb. 2022RAMOS, M. Y. Internacionalização da pós-graduação no Brasil: Lógica e mecanismos. Educação e Pesquisa,v.44, e161579, 2018.Disponible en: https://www.scielo.br/j/ep/a/Zx4JYVjsbD9zcC9MsWGY6vL/?lang=pt&format=html. Acceso: 08 enero2022.SANTOS, F. S.; ALMEIDA FILHO, N. A quarta missão da Universidade: Internacionalização universitária na sociedade do conhecimento. Brasília, DF: Editora Universidade de Brasília;Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2012.STRECK, D.; ABBA, J. Internacionalização da educação superior e herança colonial na América Latina. In: KORSUNSKY, L. et al. (comp.). Internacionalización y producción de conocimiento: El aporte de las redes académicas.Ciudad Autónoma de Buenos Aires: IEC -CONADU; Ciudad Autónoma de Buenos Aires: CLACSO,2018.WIT, H. et al. L’Internationalisation de l’Enseignement Supérieur. Direction Générale des Politiques Internes. Département Thématique B: Politiques Structurelles et de Cohésion. Parlement Européen. 2015. Disponible en: https://pdfs.semanticscholar.org/fc40/2e7ac690310403466a6bc00ec7ed5d8d5ee1.pdf. Acceso: 21 enero2022.
image/svg+xmlLa internacionalización en casa en el contexto de posgrados en la América Latina y el Caribe a través de la educación a distanciaRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2494, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492494Cómo hacer referencia a este artículoPEREIRA, V. A. La internacionalización en casa en el contexto de posgrados en la América Latina y el Caribe a través de la educación a distancia. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2494, oct./dic. 2022. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16549Presentado en: 18/03/2022Revisiones requeridas en: 19/07/2022Aprobado en: 06/10/2022Publicado en: 30/12/2022Procesamiento y edición: Editora Iberoamericana de Educación -EIAE.Corrección, formateo, normalización y traducción.
image/svg+xmlInternationalization at home in distance post-graduate education in Latin America and the CaribbeanRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, Oct./Dec. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492476INTERNATIONALIZATION AT HOME IN DISTANCE POSTGRADUATE EDUCATION IN LATIN AMERICA AND THE CARIBBEANA INTERNACIONALIZAÇÃO EM CASA NA PÓS-GRADUAÇÃO NA AMÉRICA LATINA E CARIBE NA MODALIDADE A DISTÂNCIALA INTERNACIONALIZACIÓN EN CASA EN EL CONTEXTO DE POSGRADOS EN LA AMÉRICA LATINA Y EL CARIBEA TRAVÉS DE LA EDUCACIÓN A DISTANCIAVilmar Alves PEREIRA1ABSTRACT: This research presents experiences and reflections about the home internationalization modality in the context of postgraduate studies through distance learning. This research has a qualitative focus in which the philosophical hermeneutics is used, inafirst moment, it presents the conceptual boundaries about the needs of internationalization, and its forms and challenges in Latin America and the Caribbean. In a second moment, it presents the results of students’experiences that had the opportunity to live this modality in Chile, Colombia, and Brazil. The results that are presented, show the motivations, evaluations, lessons, and challenges at the moment of taking a PhD course in this modality. Home internationalization in postgraduate studies is created by the emergency of a new relationship between the international institution directly with the students. For students, the satisfaction is in completing the PhD that in other scenarios and modalities could not be possible without losingpersonal and professional bonds. The biggest challenge is in self-discipline and the management of time and space to study. KEYWORDS: Internationalization. Home. Postgraduate. Latin America. DE.RESUMO: Este estudotem por objetivoapresentarreflexões a partir da experiência de estudantes em nível de doutorado sobre a modalidade daInternacionalização em Casa no contexto da Pós-graduação,através da Educação a Distância.Pesquisa de horizonte qualitativo com abordagem da Hermenêutica Filosófica,num primeiro momento,apresenta demarcações conceituais sobre a necessidade da internacionalização, suas formas e desafios no contexto da região da América Latina e Caribe. Num segundo, apresenta resultados de uma experiência com estudantes que vivenciam esta modalidade no Chile, Colômbia e Brasil. Os resultados expressam as motivações, avaliações, aprendizagens e desafios em cursar um doutorado nessa modalidade. A internacionalização em casa na Pós-graduação propicia a emergência de uma nova relação entre uma instituição internacional diretamentecom o estudante.Para os estudantes,a satisfação está na realização de um curso que em outros moldes não seria possível sem perder os vínculospessoais eprofissionais. O maior desafio passa pela disciplinae gestão de espaços e tempos de estudo. PALAVRAS-CHAVE: Internacionalização. Casa. Pós-graduação. América Latina. EAD.1International Ibero-American University (UNINI) Mexico andPuertoRico, Western Paraná State University (UNIOESTE), Cascavel PR Brazil. Post-DoctoralSenior Researcher (PDS) in Education(UFRGS). CNPq Productivity Scholarship Holder -Level 2 in Education. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-2548-5086. E-mail: vilmar.alves@unini.edu.mx
image/svg+xmlVilmar Alves PEREIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, Oct./Dec. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492477RESUMEN:Este estudio tiene como objetivo presentar reflexiones a partir de la experiencia de los estudiantes a nivel de doctorado sobre la modalidad de Internacionalización en el Hogar(en casa)en el contexto de los Estudios de Posgrado, a través de la Educación a Distancia. Una investigación de horizonte cualitativo con un enfoque hermenéutico filosófico, en un primer momento, presenta demarcaciones conceptuales sobre la necesidad de internacionalización, sus formas y desafíos en el contexto de la región de América Latina y el Caribe. En un segundo, presenta resultados de una experiencia con estudiantes que experimentan esta modalidad en Chile, Colombia y Brasil. Los resultados expresan las motivaciones, evaluaciones, aprendizajes y desafíos para cursar un doctorado en esta modalidad. La internacionalización en casaen la escuela de posgrado proporciona el surgimiento de una nueva relación entre una institución internacional directamente con el estudiante. Para los estudiantes, la satisfacción está en la realización de un curso que de otra manera no sería posible sin perder los lazos personales y profesionales. El mayor desafío es la disciplina y la gestión de los espacios y los tiempos de estudio. PALABRAS CLAVE: Internacionalización. Casa.Posgrados. América Latina. EAD.IntroductionInternationalization has assumed a priority role in Higher Education in different countries around the world. This requirement has occupied a prominent role both in institutional policies, in funding edicts, and in academic production. Moreover, international academic rankings define internationalization as one of the points to be evaluated and considered in institutions, causing greater competition among universities, giving the perception that knowledge is seen as a commercial value or currency of exchange (LAUS, 2012).As far as Postgraduation is concerned, its necessity is demarcated as a daily claim. However, this requirement should be problematized in the light of some fundamental questions, such as: What does internationalization actually consist of? What is the ideological content that is intrinsic to this discourse? What is the space that internationalization is occupying in institutions? What specificities should internationalization take into account when done in Latin America and the Caribbean? What is the meaning assumed in the Latin American context in experiences of "internationalization at home" in distance postgraduation courses?The importance of internationalization experiences in Postgraduation enables a broad development in the formative trajectory. This goes from conceptual aspects related to the course, planning, development of attitudes and values and recognition of the socio-affective dimension(BONILLA ESQUIVEL; MONTES SILVA, 2020). The objective of this study is to perform two movements: a firstone,comprehensive, where we seek to enter this debate; a secondone, to present a report of the experience of 11
image/svg+xmlInternationalization at home in distance post-graduate education in Latin America and the CaribbeanRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, Oct./Dec. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492478students from an International University, based in Spain and with units throughout Latin America, especially Mexico and Puerto Rico, with experiences of internationalization in graduate studies in distance education at home. They are students from Brazil, Chile, and Colombia at the doctoral level. The study seeks the motivations, understanding, meanings, learnings and challenges of such internationalization.Important research by Streck and Abba (2018) analyzes internationalization in Latin America based on data produced by a network of higher education managers and researchers in the region. This is a contribution that allows for the broadening of understanding about the meaning of the internationalization we do or intend to do. The authors problematize internationalization both from a market logic, from neoliberal policies, and from the perspectives of the hegemonic, globalizing logic, which often mitigates cultural potentialities, developing a colonizing internationalization, generating even more dependence and reinforcing the colonial heritage. The invitation made by the authors, in this problematizing movement, is precisely to perceive the tensions between a way of doing internationalization in Latin America and the Caribbean that is not that of seduction to the "new siren song", but that can reinforce intercultural perspectives in the direction of intercultural experience. In this sense, the authors consider this a great challenge, believing that thinking about internationalization in the region presupposes considering the specificities of this place.The extensive analysis made in the study by Streckand Abba (2018) also shows that the hegemonic rationality of a north-south internationalization has reinforced power relations that translate both into the expectations of those who disseminate it and into the search for the northern path by exchange students. At the same time, they warn us that, many times, the form of this logic, with strong roots in the United States, ends up directing curricula where the English language has replaced even other idiomatic references in the name of internationalization. As an alternative, the authors suggest a way of doing internationalization from a decolonial perspective. However, they alert to the fact that this field of investigation is still very recent and needs to be better deepened conceptually and theoreticallyin Latin America and the Caribbean, considering the characteristics of the context itself (STRECK; ABBA, 2018).Another study, evaluating the scientific production on the subject in the period of a decade, finds that internationalization is an emerging theme with a sharp growth in recent times and requires further studies that can expand the field:
image/svg+xmlVilmar Alves PEREIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, Oct./Dec. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492479On the other hand, the development of more studies based on empirical evidence, both qualitative and quantitative, can more convincingly support the advancement of the area and the generation of new theoretical propositions (DAL-SOTO; ALVES; SOUZA, 2016, p. 245, our translation).It is from this context that we seek the expansion of meanings about a perspective full of intentionalities, objectives, projectsand ways of dealing with knowledge. Therefore, this study pursues the hypothesis that internationalization processes translate political, economic, social, cultural and epistemological worldviews about how knowledge is produced, valued, recognized and considered to be necessary in training trajectories. Beyond the tensions, it is fundamental that we know which internationalization we believe in and which one can contribute more to our ways of life. This is a great challenge guided by pedagogies of criticalhorizons that can, beyond the realization of a formal process, foster perspectives of belonging, extra-border openness, cultural valorization, and the reinforcement of identity and protagonism. Conceptual DemarcationsAccording to the Comité Économique et Social Européen(2014), people who have internationalization experience have more advantages in the employability processes. Santos and Almeida Filho (2012) consider that internationalization is the fourth mission of the university, with teaching, research and extension being the other three. For them, internationalization works as a propulsive model that contributes to the achievement of the great final objectives of the university, in what they call integrative sets, in training and innovation research, in cultural diplomacy, and in the consolidation of integrative spaces of knowledge. Far from thinking that integration is a marginal action, it is seen as the primordial mission of an institution. It is both a means andan indicator of quality in education (KNIGHT, 1999). Let's look at its broad scope and meanings:The process of integrating an international, intercultural or global dimension into the aims, roles or organization of post-secondary education, promoting the improvement of the quality of education and research for all students and teachers, bringing a significant contribution to society (WITet al.,apud MAUÉS;BASTOS, 2017, p.335, our translation).
image/svg+xmlInternationalization at home in distance post-graduate education in Latin America and the CaribbeanRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, Oct./Dec. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492480However, these processes involve broad understandings from the political, economic, social, cultural, and epistemological dimensions, among others. This understanding is important so that we do not see internationalization from hegemonic perspectives guided by the logic of neoliberal policies, which are experts in always presenting us with "a new siren song. In this sense, an important study by Cunha (2017) demystifies this horizon by problematizing the tensions when thinking about internationalization, considering a kind of antinomy created by the discourse of quality in higher education and democratization. The study revisits the genesis of this discourse in the logic of the neoliberal economy, its education funding agencies, and its project of education for society. It demonstrates how globalist perspectives sometimes deny aspects of regional identity based on a strategic rationality whose horizon is the increase of power and profit. The tension increases when one seeks an affirmative and inclusive perspective that contrasts with this meritocratic discourse. The perspective of advancement in internationalization processes is associated with the intercultural and epistemological dimension (CUNHA, 2017). Based on this reference, in line with the authors, we agree that:Internationalization cannotbe seen as the privilege of an academic, political, cultural economic elite that has access to the resources necessary for mobility and experience in other contexts. There are other forms of internationalization that can be part of the cultural formation of a people. Especially with the emergence of new technologies, which assist in communicating, learning, and exchanging experiences, in real time, with people who are in other geographies(STRECK;ABBA, 2018, p. 12, our translation).From the point of view of how it takes place, with reference to studies by (WIT et al., 2015; MOROSINI, 2011), aspects of internationalization are presented that translate into ways in which it occurs or can occur: When analyzing the internationalization of higher education, especially in the context of globalization, three important aspects should be observed: a) the way internationalization occurs, whether in a process of exchange, called horizontal, or submission and even exploitation, called vertical; b) internationalization developed internally or at home; c) internationalization developed abroad (MAUÉS;BASTOS, 2017,p. 336, our translation).In relation to the first aspect, it is important to pay attention to whether this form promotes a relationship of broad awareness about the process, institutions and effective partners. Otherwise, the vertical form mitigates the internationalization actionto a relationship of favor or dependence where only one of the poles attributes the meaning of the action. As for the second aspect, the authors emphasize the relevance of internationalization relations that grow a lot in the current globalized context, both in terms of their presence in the curricula and
image/svg+xmlVilmar Alves PEREIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, Oct./Dec. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492481in the arrival of students and teachers from other institutions in the country where the student is located. Let's see how it is understood: "Also in recent years, a new concept has emerged called "internationalization at home", which proposes to live the international experience without leaving our home, our university and even our country" (STRECK; ABBA, 2018, p. 13, emphasis added). The third modality, on the other hand, involves effective outgoing movements of the student to another country to carry out his studies. In this perspective, there is an effective mobility of people, projects and programs (MAUÉS; BASTOS, 2017). With regard to Latin America, a recent study conducted a systematic literature review analyzing scientific articles from four databases (REDIB, Web of Science, SciELO, and Scopus) that index articles in the 2015-2020 interval. The study recovers historical aspects of internationalization in the region, reinforcing the inequality of thedevelopment of this perspective in relation to northern countries, as it is shown that: [...] Latin American countries received only 1.9% of all international students, behind Africa with 2.5%, Arab States, 6.1%; Central and Eastern Europe, 9%; Asia-Pacific, 21% and North America and Western Europe with 58%; it also has the lowest percentage among the regions when it comes to implementing internationalization strategies(ARANA;PEREIRA;PERES, 2021, p.05, our translation). The study calls attention to a greater awareness in the region about the importance of internationalization. It was reinforced that the internationalization model is still in the perspective of cooperation agreements with occasional projects of partnerships between universities. The authors reinforce how the economic logic process has been pressuring these actions, which have become more restricted to government policies, because there is no common project in Latin America and the Caribbean. This results in great difficulty in conjugating internationalization in the region. The study shows that some countries, such as Bolivia, Uruguay, Venezuela, and Central American countries, did not appear in the research. In this sense, the debate is still emerging, and without a commonproject, the initiatives that occur are often motivated by countries that are external to the region (ARANA; PEREIRA; PERES, 2021).Regarding the context of Internationalization in Postgraduation in Brazil, research by Ramos (2018) recognizes in its conclusion how internationalization processes already integrate the teaching activities and scientific research of the main programs in the country in these last thirty years, promoting profound changes in the culture of Postgraduation in Brazil. From an extensive survey of empirical data made by Ramos (2018), it was shown that, in the Brazilian case, the international modality (to abroad) is the most recognized and practiced in the
image/svg+xmlInternationalization at home in distance post-graduate education in Latin America and the CaribbeanRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, Oct./Dec. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492482effectuation of numerous partnerships. It also points to the need to expand these actions in order to have a greater impact upon return. It notes the decrease in the sending of researchers abroad for sandwich doctorates and post-doctorates. It claims the need for policies that start attracting foreign academics to the country. One of the strategies for improvement is the investment in teachers trained abroad, who can work in the country and mobilize networks and academic partnerships. Finally, the study concludes that there is an absence of a national strategy that makes effective and sustainable processes in the internationalization of the Brazilian post-graduation courses extremely difficult(RAMOS, 2018).Still on the internationalization models, as we have already stated, the new modality defined by Knight (2020) as IPPM, International Program and Provider Mobility, draws our attention. This modality involves a foreign provider, a Higher Education institution that offers courses, academic training program, to students from a host country. The teaching modality is distance learning, and the commitment is not from an institution-institution perspective, but from the provider institution directly to the contracting student. The syllabus is offered by the institution, with professors and lines of research, and it is up to the student to be able to organize himself/herself, with classes, supervision, orientation, and evaluations in the distance learning modality.For the author, this teaching method, which is growing worldwide and, in the region,poses some difficulties in terms of evaluation in that the countries do not have control over the number of students attending these programs. The providers are internationally renowned institutions (KNIGHT, 2020). We are talking about one of the fastest growing modalities in the current context. Let's look at the data revealing this perspective of the IPPM in the United Kingdom: The breakdown by region is revealing. Overall, Asia received 48.7% of the students, followed by Africa (22.5%), European Union (10.9%), Middle East (9.6%), North America (4.6%), non-EU Europe (2.8%), Australasia (0.6%), and South America (0.4%). This indicates that Latin American institutions andstudents are not yet significantly engaged in IPPM. Research is needed to understand why, given the long history of Latin American collaboration with European and North American universities (KNIGHT, 2020, p.179).This is precisely the objective of this study, which seeks to understand the modality of Internationalization at Home by listening to graduate students who study this modality in the Latin American context.
image/svg+xmlVilmar Alves PEREIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, Oct./Dec. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492483Methodological approachThis is a qualitative approach study that seeks the expansion of meanings in the processes of understanding and interpretation of texts and contexts from the horizon of Philosophical Hermeneutics (GADAMER, 2002). In this perspective, the methodology recognizes some necessary movements in the process of knowledge construction that is revealed in the search for data: First -Knowing the structuring terms of qualitative research; Second -Defining the object in the form of a question or a problematizing sentence and theorizing it; Third -Outlining the field strategies; Fourth -Addressing the research scenario informally, seeking to observe the processes that occur in it; Fifth -Go into the field armed with theory and hypotheses, but open to question them; Sixth -Sort and organize the secondary and empirical material and become impregnated with field information and observations; Seventh -Build the typification of the material collected in the field and make the transition between empirical and theoretical elaboration; Eighth -Exercise second-order interpretation. The understanding provided by the attentive, deep and impregnating reading that gave rise to the empirical categories or units of meaning, at that moment,which must merit a new theorizing process; Ninth -Produce a text at the same time faithful to the findings of the field, contextualized and accessible; Tenth -Ensure the criteria of reliability and validity (MINAYO, 2012).This way of doing research goes far beyond procedures, but retains within it the reflection on the meaning of the information accessed and the necessary movements in the construction of listening, understanding, reworking and building new knowledge. Therefore, doing qualitative research requires dense movements, because: The moment he understands the meaning of what he has been told and what he has observed in the field, the researcher no longer needs to be glued to the lines: his imprisonment to them is one of the greatest weaknessesof those who do qualitative analysis, because it means that the researcher was not able to go beyond the descriptive level of his empirical material (MINAYO, 2012, p. 624, our translation).The subjects of our research are 11 students, 9 of whom are pursuing doctoral studies at an international institution in the distance learning modality, and 2 have already concluded. Among these 11, we have three countries represented: Brazil, Chile and Colombia, and one Brazilian lives in Spain. The largest number is Brazilians, 7, with another two Chileans and two Colombians. The selection criterion was based on the contact with each participant, 9 of whom are undergraduate students, and 2 of whom we had contacts by conference and by participating
image/svg+xmlInternationalization at home in distance post-graduate education in Latin America and the CaribbeanRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, Oct./Dec. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492484in the defense of doctoral theses. As for the region where they live, among the Brazilians, two live in the South, one in the Southeast, one in the Northeast, one in the North, one in the Center-West, and one in Spain. In total, there are 2 women and 5 men. As for the foreign subjects, they are all women and two live in Santiago, Chile and two in Cali, Colombia. Of the 11 (eleven) subjects, 9 (nine) work professionally in Higher Education and 2 in the third sector. It was performed the research technique of the in-depth interview modality, which consists of one of the techniques of qualitative research and, unlike the quantitative interview, consists only of open questions that allow a freer expression of the interviewee, and that were applied individually (MINAYO; DESLANDES, 2011). Aiming to have the perception of these students, we prepared a brief questionnaire and sent it by e-mail to each of them. In the preamble of the questionnaire, we presented the concept of internationalization at home (KNIGHT, 2020; MOROSINI, 2011; STRECK; ABBA, 2018; WIT et al., 2015). The questions ranged from knowledge about the internationalization modality; motivations for studying a doctorate at an international institution; evaluation about this experience; main contributions and challenges; suggestions if they thought it necessary for the improvement of this process, to free expression about something else they wished to add. The students had 15 (fifteen) days to answer and, in this period, the return of all the questionnaires sent was received. The collection took place between January 20th and February 5th, 2022. For the sake of moral preservation, we did not identify the participants by their real names after some lines were recorded. All participants signed the Informed Consent Form -ICF. The hermeneutic analysis consists of an epistemology that becomes methodology, and always seeks to broaden the interpretation and understanding of the facts. It performs this movement in a freer way, without categorizing, without the pretension of reaching a conclusion, but of amplifying meanings about what is shown and what we do not always see. It is a critical-abundant immersion of the facts from the guiding themes in each research question.It is on these themes that we will be discussing below.
image/svg+xmlVilmar Alves PEREIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, Oct./Dec. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492485ResultsKnowledge of Internationalization at HomeAmong the 11 interviewees, 9 claimed to know the terminology and 2 did not. Those who claim to know the term refer to previous experiences, such as: having already taken a Master's degree in the same modality and in the same institution in units and headquarters in different countries. The other Brazilian who lives in Spain stated that he didn't know the term even after having taken a Master's degree in the same institution. Regarding knowledge, one doctoral candidate from Colombia not only knew the term, but actually works in the Internationalization Coordination of a renowned University in Colombia. Another Chilean doctoral candidate states that her knowledge is a result of internationalization experiences and taking online courses with universities in Panama and the United States. She also pointed out that her knowledge is related to her teaching profession, where she teaches online courses in several countries, such as Uruguay, Costa Rica, Bolivia and Peru. Among the other two students interviewed, from Chile and Colombia, who did not know about internationalization, the Chilean student stated that: I did not know the concept as such, but I had some notion of colleagues who studied in other countries without leaving home. However, some years ago in Chile, studying in this way did not have the same prestige as leaving the country to study a postgraduate degree, nowadays this situation has changed and more and more professionals opt for this modality, especially in the scenario of pandemic and post-pandemic (Student 1, 2022).The understanding one has from this first listening is that most students who chose their distance doctorate already knew about the Internationalization at home Modality. Motivations for choiceThe motivations to study a doctorate in this modality are diverse and range from the possibility of studying a course not offered in Brazil, having had a significant experience having studied a Master's degree in the same modality with the same institution, the contact with students from other countries in the integrative disciplines at the beginning of the course, the need to continue studies, the expansion of knowledge and interaction with professors from other countries, the possibility of double degrees, and the possibility of getting to know new cultures and studying advanced and internationally recognized concepts.
image/svg+xmlInternationalization at home in distance post-graduate education in Latin America and the CaribbeanRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, Oct./Dec. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492486Besides these aspects, other reasons that led these students to seek the modality are highlighted, such as the expansion of the use of English and Spanish languages, the learning of new methodologies, the living of new experiences, the search for expanding interdisciplinarity, the recognition for becoming an International Doctor, the little offer of courses in this modality in Chile and Colombia, the possibility of studying for a doctorate while remaining close to the family and still developing professionally, remaining in the work they already do, as well as for the seriousness and demands of the course and for believing that this will be the most sought after modality in education for the present times given the advancement and modernization of technologies.This broad set of motivations expresses configurations of new ways of relating and researching in the distance Post-graduation in Internationalization modality at home. In addition to being close to and continuing to work in their professional activities, since all postgraduates maintain work links in important institutions, the interviews translate the search for an expansion of meaning and intercultural learning. They also translate a certain need for international recognition for the possibilities offered. The need to develop another professional profile, more open to technologies, to new approaches and individual and collective learning, is reinforced. Equally open to the development and expansion of languages in Spanish and English: this need is more evident in the case of Brazilians, as the Chileans and Colombians speak and write in English and Spanish, and read in Portuguese. Thefact that the course is not offered in their contexts of origin has been a strong motivational factor for their choice. Among the multiple statements, there is one statement by an interviewee that synthesizes this motivation of internationalization at home, and also adds the cost factor as an additional motivation.:My country Chile has few doctorates in education and health, so a good alternative was to look outside the country, one possibility was to migrate to Spain, to do a doctorate in the native language, and that was more complicated for my family, leaving the work was complex and economically not feasible. The institution offered the opportunity to study from home, at a reasonable cost.(Student2, 2022).Another statement reinforces this conjunction of factors combined with the candidate's needs and limitations:"I had a great experience doing my Master's degree. Doing a PhD, in this same type of approach, with students from other countries participating in the initial stages of the course, seemed very appropriate. This, together with my limited time due to my professional activities, made the PhD in this institution ideal in my situation.(Student3, 2022).
image/svg+xmlVilmar Alves PEREIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, Oct./Dec. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492487Still about the choice, another interviewee adds:The main motivation was the course itself, because this internationalization allowed me to take a course that I did not find similar in Brazil(Student4, 2022).Evaluation of the Internationalization experience at HomeSeeking to find out more meanings and crossings of this experience, we asked how each of the interviewed doctoral students already mentioned in our methodology evaluates this experience of internationalization without having to leave home, and what are the main contributions, learning and challenges of this experience.All those interviewed evaluate the experience as very positive, bringing contributions such as: being able to study for a doctorate, the profile of the professors with excellent training, methodologies that combine innovation andacademic rigor, a good relationship with the thesis advisors. They also highlight as positive the flexibility of study schedules with activities developed at the doctoral student's pace. Another positive aspect is the investment in personalized training processes, because besides the personalized service that these students start to get, there is also the possibility of individual deepening. The opening of new research horizons is also reinforced, with indications for further studies in international publications. The personal value in relation to the cost value is considered great by one interviewee. The flexibility of schedules and time-spaces and the broadening of the research horizon, which is not limited to the classroom, are other aspects that stand out positively in the main contributions and learning experiences. The democratization of the training of masters and doctors, the exchange of knowledge between students with cultural diversity, and the learning of internationalized techniques and knowledgewere also highlighted as positive elements in this type of internationalization. On the other hand, regarding the challenges that are faced by the interviewees, they are also diverse, with emphasis on: the need for discipline, organization, and time management to study. All the interviewees highlight this as the biggest challenge. In second place is the need to have a good advisor. This point is relevant in most of the interviewees' statements so that there may be success and trust based on a common agreement in the process of building the thesis. One of the interviewees also emphasizes the importance of the human dimension in mentoring, because he considers that at many moments the process is lonely and needs this more comprehensive look at the mentoring relationship. For the interviewees, this teaching
image/svg+xmlInternationalization at home in distance post-graduate education in Latin America and the CaribbeanRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, Oct./Dec. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492488profile is fundamental, because if this does not occur it may put the entire thesis construction process at risk. The use of technology is also a challenge highlighted by two of the interviewees. Only one student highlighted the difficulty with the use of readings in Spanish. Among the statements that translate this broad and complex movement of Internationalization at Home, we highlight an evaluation that summarizes other statements, as follows: It is a very valuable experience, but it has advantages and disadvantages, among the advantages are being able to stay in the country, not leaving my family or my job, which also allows me to apply the knowledge and skills learned during the training process in the graduate program, also a very important element of the process is that links are established with teachers from other countries and that allows establishing research networks with researchers from other countries, something that is essential in the research work. Among the disadvantages is the organization of time, because not having exclusive dedication to the graduate program, as a student you have to be very organized to perform within the established times and get the most out of the instance.(Student5, 2022).It is reinforced that, for being a modality still under construction, it has, besides its potentialities, gigantic challenges. It is in this sense that in the next question we tried to hear what suggestions the students have for improving this process. Suggestions and alternativesAs for the alternative suggestions, these range from institutional contributions, with guidance on time management, more effective monitoring of teachers in answering the questions in the Forum during the course phase, encouragement for more publications throughout the course, more group work, greater approximation of teachers and students in the broader context of the programs, greater diversification in the ways of presenting the content, such as, for example, more video classes with short summaries. Other suggestions made by the interviewees refer to the adoption of a normative system with more clarity, more interactivity via web with students, permanent investment in the qualification of teachers in digital technologies, more agility in the delivery of Certificates/Diplomas and improve the guidance and support about the process of diploma recognition validation.
image/svg+xmlVilmar Alves PEREIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, Oct./Dec. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492489Free considerations with additionsIn this question we have the most varied opinions possible. In a way, they translate the formative moments that the students go through. Of the 11 interviewees, two did not want to add anything, claiming to have already expressed their ideas. The others are satisfied, as is the case of a recent doctor who considers himself to be fulfilled:Finally, I am very happy that I studied in Mexico, because I became a Doctor in International Projects, I improved professionally, even as a human being and of course I am more prepared for today(Student6, 2022)Satisfaction that also manifests itself through another student:It has been an excellent experience, with a lot of learning, both academically and personally, in terms of time organization, self-study, self-regulation.(Student2, 2022).Another (Student 8, 2022) considers that this teaching model can be applied in other institutions. Again, the need for greater support appears, with guidance regarding the process of diploma validation. The specialist who works in the internationalization sector at her university in Colombia reinforces that studying a doctorate in this way is an excellent option:It is very valuable to be able to study the doctorate virtually, to have such high-qualityprofessors and to be able to progress in the study of education. If it could only be done in person, I would not have been able to take it.(Student9, 2022)In this same perspective, there is a comment that reaffirms the potentiality of the experience for development:That distance learning, especially in an international institution, is an excellent option for professional growth(Student10, 2022).Finally, there is a manifestation of a recent doctor who worked with the theme of Distance Educationand, in his thesis, he evaluates the experience and suggests that there is still much to advance, as we see: There is a lot of work to be done to expand distance learning. As I mentioned in my doctoral thesis, distance education is not for just any student, nor is it for just any teacher. A prepared teacher will know how to identify the difficulties and limitations of the students, even at a distance, and will work to overcome them (Student11, 2022).Such statements translate parts of new formative processes in our region about internationalization, which are being experienced by numerous graduate students and require a
image/svg+xmlInternationalization at home in distance post-graduate education in Latin America and the CaribbeanRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, Oct./Dec. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492490lot of attention, deepening and understanding in a first moment. In a second moment, it is necessary to promote formative actions in order to think these movements within the horizon of internationalization policies at the Postgraduation level. Final remarksThinking about internationalization processes involves broad and complex dimensions. In general, they range from questions of political orientation with strong interference from the globalization model and neoliberal economies, standardization processes, as well as profiles targeted by market logic. We are witnessing North-South addresses and their strategies in education, now in the processes at the post-graduate level. For these agents, Latin America is still a vast market to be explored. The great challenge lies, at first, in understanding the rationality that guides these formative processes. On the other hand, the case study carried out here, from a qualitative point of view, demonstrates the experience of 11 doctoral students that validates and suggests that internationalization at home is a very appropriate trend for the present times. This satisfaction is referenced by the adaptive conditions between the course and the personal and professional trajectories. Hence the consideration that in another scenario they would not be pursuing such a doctorate. There also appears an element that may be investigated in future studies, which consists of an equation to be solved between the greater "flexibility" in the relationship between the international institution that occurs directly with the student, and the need to manage the times and spaces to be built in order to account for the realization of an excellent thesis study. From the point of view of flexibilization, it integrates neoliberal language and respect for individual choices. This appears in the contract that breaks the traditional frontier of inter-institutional agreements and takes effect beyond the level between the managing institution and the student. From the point of view of the effectiveness of the study, it is the greatest challenge for the students because of the need to accomplish goals in defined times and spaces under the guidance of a professor.It was reinforced that internationalization at home allows this confluence of individual, personal, and professional objectives without losing cultural roots, on the contrary, in a certain way, meeting a longing for prospection and openness to new ways of knowing and new intercultural dialogues. The students demand more and more spaces for collective sharing, more guidance and support in the processes of diploma validation, and the recognition of the
image/svg+xmlVilmar Alves PEREIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, Oct./Dec. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492491humanistic dimension in the guidance relationship because they understand this to be the greatest bond with the institution for most of the time. Latin America is very vast, multifaceted, and therefore it is difficult to have a homogeneous understanding of this region. We have made a point of drawing attention to it because it shows an effective trend towards internationalization in graduate studies. The study has shown, for example, that in the UK this is currently the fastest growing modality. Some challenges remain: to discuss if in fact this modality consists in a process of democratization of access to the Internationalization of Postgraduation, totry to understand to what extent it can contribute to processes that transcend the colonizing logics that increase dependence. In further studies, I seek to understand if there have been effective changes and contributions from these new doctors in their working spaces, or if the process was only focused on the achievement of one more title in their educational trajectory. On the part of this researcher, I can say that the horizon of this formative process, beyond the norms and institutional guidelines, depends a lot on the profile of the professors, especially the thesis advisors. This is a significant experience that I am having and that I am interested in sharing in the future as new challenges in our ways of learning and teaching in graduate studies. However, I believe that we are still very far from the perspective of a decolonial internationalization.ACKNOWLEDGEMENTS: To the National Council for Scientific and Technological Development -CNPq, for the support in the Education Productivity Scholarship Level 2.REFERENCESARANA, R. S.; PEREIRA, E. N.; PERES, F. F. F. The internationalization of higher education in latin american universities: A systematic literature review. SciELO Preprints,p. 1-18, 2021.Available at: https://preprints.scielo.org/index.php/scielo/preprint/view/2431. Access on: 20 Jan. 2022.BONILLA ESQUIVEL, J. L.; MONTES SILVA, M. E. Cursos de curta duração no exterior: Aprendizagens obtidas por estudantes de pós-graduação em Educação. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 4, p. 2577-2586, 2020. Available at: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=8083059. Access on: 18 June2021.COMITÉ ÉCONOMIQUE ET SOCIAL EUROPÉEN. L’enseignement supérieur européen dans le monde. 2014.
image/svg+xmlInternationalization at home in distance post-graduate education in Latin America and the CaribbeanRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, Oct./Dec. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492492CUNHA, M.I. Qualidade da educação superior e a tensão entre democratização e internacionalização na universidade brasileira. Avaliação: Revista da avaliação da Educação Superior, Sorocaba, v. 22, n. 3, p. 817-832, set./dez. 2017. Available at: https://www.scielo.br/j/aval/a/TPJfZt9vhzPHzrsDyJhZSML/?format=html&lang=pt. Access on08 Mar. 2021.DAL-SOTO, F.; ALVES, J. N.; SOUZA, Y. S.A Produção Científica sobre Internacionalização da Educação Superior Na Web Of Science: Características Gerais e Metodológicas 1. Educação em Revista, v. 32,n. 1,p. 229-249, out./dez. 2016.Available at: https://www.scielo.br/j/edur/a/TH3vdPnnKmjndCyhbjbCrZh/abstract/?lang=pt.Access on:25 Apr. 2021.GADAMER,H-G. Verdade e Método:Traços fundamentais de uma hermenêutica filosófica. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.KNIGHT, J. Internationalisation de l’enseignement supérieur. In: KNIGHT, J.; WITT, H. Qualité et Internationalisation de l’Enseignement Supérieur.Paris: OCDE, 1999.KNIGHT, J. Mobilidade do programa e do provedor. Sociologias, Porto Alegre, v. 22, n. 54, p. 176-199, maio/ago. 2020. Available at: https://www.scielo.br/j/soc/a/xr4BCZZJq5rsLYRhyrzPhBd/abstract/?format=html&lang=pt. Access on: 11 Feb. 2022.LAUS, S. P.A internacionalização da educação superior: Um estudo de caso da Universidade Federal de Santa Catarina. 2012. Tese (Doutorado emAdministração) Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2012. Available at: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/17270. Access on: 14 June2021.MAUÉS, O. C.;BASTOS, R. S. Políticas de internacionalização da Educação Superior: O contexto brasileiro. Educação,Porto Alegre,v. 40, n. 3,p.333-342, 2017. Available at: https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/faced/article/view/28999. Access on: 22 Apr. 2021.MINAYO, M. C. S. Análise qualitativa: Teoria, passos e fidedignidade. Ciência e Saúde Coletiva,Rio de Janeiro,v. 17,n. 3,p. 621-626, mar. 2012. Available at: https://www.scielo.br/j/csc/a/39YW8sMQhNzG5NmpGBtNMFf/abstract/?lang=pt. Access on: 13 Feb. 2022.MINAYO, M. C. S.; DESLANDES, S. F. Pesquisa social: Teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.MOROSINI, M. C. Internacionalização da produção de conhecimento em IES brasileiras: cooperação internacional tradicional e cooperação internacional horizontal. Educação em Revista, v. 27, p. 93-112, 2011. Available at: https://www.scielo.br/j/edur/a/ypdMQYJxCLk9fBpgYdKdbLC/?lang=pt. Access on: 20 Feb. 2022RAMOS, M. Y. Internacionalização da pós-graduação no Brasil: Lógica e mecanismos. Educação e Pesquisa,v.44, e161579, 2018.Available at:
image/svg+xmlVilmar Alves PEREIRA RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, Oct./Dec. 2022e-ISSN: 1982-5587DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.165492493https://www.scielo.br/j/ep/a/Zx4JYVjsbD9zcC9MsWGY6vL/?lang=pt&format=html. Acess on: 08 Jan. 2022.SANTOS, F. S.; ALMEIDA FILHO, N. A quarta missão da Universidade: Internacionalização universitária na sociedade do conhecimento. Brasília, DF: Editora Universidade de Brasília;Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2012.STRECK, D.; ABBA, J. Internacionalização da educação superior e herança colonial na América Latina. In: KORSUNSKY, L. et al. (comp.). Internacionalización y producción de conocimiento: El aporte de las redes académicas.Ciudad Autónoma de Buenos Aires: IEC -CONADU; Ciudad Autónoma de Buenos Aires: CLACSO,2018.WIT, H. et al. L’Internationalisation de l’Enseignement Supérieur. Direction Générale des Politiques Internes. Département Thématique B: Politiques Structurelles et de Cohésion. Parlement Européen. 2015. Available at: https://pdfs.semanticscholar.org/fc40/2e7ac690310403466a6bc00ec7ed5d8d5ee1.pdf. Access on: 21 Jan.2022.How to reference this articlePEREIRA, V. A. Internationalization at home in distance post-graduate education in Latin America and the Caribbean. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2476-2493, Oct./Dec. 2022. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16549Submitted: 18/03/2022Revisions required: 19/07/2022Approved: 06/10/2022Published: 30/21/2022Processing and publication by the Editora Ibero-Americanade Educação.Correction, formatting, standardization and translation.