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Modernidade
truncada e descentralização da gestão educacional no Peru: Aspectos da implementação da municipalização (2006
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Revista Ibero
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Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
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, nov. 2022
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ISSN: 1982
-
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DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16622
2456
MODERNIDADE TRUNCADA E DESCENTRALIZAÇÃO DA GESTÃO
EDUCACIONAL NO PERÚ: ASPECTOS DA IMPLEMENTAÇÃO DA
MUNICIPALIZAÇÃO (2006
-
2011)
MODERNIDAD TRUNCA Y DESCENTRALIZACIÓN DE LA GESTIÓN EDUCATIVA
EN PERÚ:
ASPECTOS DE LA IMPLEMENTACIÓN DE LA MUNICIPALIZACIÓN
(2006
-
2011)
TRUNCATED MODERNITY AND DECENTRALIZATION OF EDUCATIONAL
MANAGEMENT IN PERU: ASPECTS OF THE
IMPLEMENTATION OF
MUNICIPALIZATION (2006
-
2011)
Haydeé Liliana Vera ROJAS
1
Antonia Almeida SILVA
2
RESUMO:
Este artigo analisa a relação entre modernização e descentralização da educação no
Peru, no governo do presidente Alan García Pérez, de 2006 a 2011, quando foi instituído o
Plano de Municipalização da Gestão Educativa e Delineamentos do Plano Piloto em 200
7.
Trata
-
se de uma investigação de natureza documental, com enfoque crítico,
tendo como fontes
documentos oficiais, impressos ou digitais, além da bibliografia qualificada da área. Orientam
as análises as categorias: gestão, descentralização e modernidade.
A investigação revelou que
a implementação da política de descentralização da gestão, amparada na municipalização,
traduziu
-
se na fragmentação das ações do Estado e na promoção da autonomia por decreto. A
modernidade se expressou, no contexto, como ingred
iente de
persuasão
ideológica em favor
dos interesses privados e não alcançou mudanças quanto à desregulação e devolução do poder
do Estado à sociedade.
PALAVRAS
-
CHAVE
: Descentralização. Modernização. Gestão da educação.
Municipalização. Implementação.
RESUMEN:
Este artículo analiza la relación entre modernización y descentralización de la
educación en el Perú, durante el gobierno del presidente Alan García Pérez, de 2006 a 2011,
cuando se instituyó el Plan de Municipalización de la Gestión Educativa y el Esquema
del Plan
Piloto 2007. Es una investigación documental, con un enfoque crítico, teniendo como fuentes
documentos oficiales, impresos o digitales, además de la bibliografía calificada. Las siguientes
categorías orientan el análisis: gestión, descentralizaci
ón y modernidad. La investigación
reveló que la implementación de la política de descentralización de la gestión, apoyada en la
municipalización, resultó en la fragmentación de las acciones del Estado y la promoción de la
1
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
–
BA
–
Brasil.
Mestre em Educação. Pesquisa apoiada pela
CAPES, por meio de bolsa de mestrado. Professor de educação básica no Peru
.
ORCID
: htttps
://orcid.org/
0000
-
0001
-
7770
-
5875
.
E
-
mail: hveraro2@ucv.edu.pe
2
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Feira de Santana
–
BA
–
Brasil.
Professora de Política
Educacional no Departamento de Educação
.
D
outorado
em Educação
(
USP
)
.
Membro da Rede de Estudos sobre
Implementação de Políticas Públicas Educacionais (REIPPE).
ORCID:
https://orcid.org/
0000
-
0002
-
6790
-
7761.
E
-
mail:
antoniasilva@uefs.br
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Haydeé Liliana Vera ROJAS
e
Antonia Almeida SILVA
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autonomía por decreto. La modernid
ad se expresó, en el contexto, como un ingrediente de la
persuasión ideológica a favor de los intereses privados y no ha logrado cambios en términos
de desregulación y retorno del poder del Estado a la sociedad
.
PALABRAS CLAVES
: Descentralización. Moderni
zación. Gestión educativa.
Municipalización. Implementación.
ABASTRACT
:
This article analyses the relationship between the modernization and the
decentralization of education in Peru during the Alan García Pérez government (2006
-
2011),
when the Plano de Municipalização da Gestão Educativa e Delineamentos of Plano Piloto 2007
w
as founded. With a dialectical approach, the study suggests a historical incursion, and utilizes
document analysis as a central procedure to the research, having official documents (printed
or digitalized), along with newspapers and the area's qualified bi
bliography as fonts. The
categories guiding the analysis are: management, decentralization and modernity. This
research has found that the management decentralization process has translated into the
fragmentation of the State's actions and the promotion of
autonomy by decree. The modernity
has been expressed, in context, as an ideological persuasion ingredient in favor of private
interests, and has not achieved changes regarding the deregulation and devolution of the State's
power to society.
KEYWORDS
:
Dec
entralization
.
Modernization.
Educational
management
.
Municipalization
.
Implementation.
Introdução
Este artigo, baseado na ideia de que o Peru é um país designado por "uma espécie de
modernidade truncada ou incompleta" (TANAKA, 2016, p. 14),
propõe a problematização do
projeto de modernização e descentralização da educação, com base no Plano de
Municipalização da Gestão Educacional e nas Diretrizes do Plano Piloto de 2007,
a partir de
agora, o PPM, instituído sob o governo de Alan García Pér
ez, de 2006 a 2011. Portanto,
interessa
-
nos analisar as relações políticas envolvidas na trilogia modernização,
descentralização e gestão educacional, onde analisaremos o processo de implementação do
PPM e suas repercussões. Assim, será possível demonstrar
a visão da gestão educacional e seu
entrelaçamento com a revisão do papel do Estado em sua versão pós
-
burocrática.
O processo de modernização da gestão educacional peruana através da descentralização
é uma questão atual, uma vez que se viu que um dos gran
des problemas que afetam o
desenvolvimento e o progresso equitativo das regiões é o centralismo, uma vez que, na cidade
de Lima, todos os poderes estão concentrados e é o eixo político e econômico do país.
que
afeta
o resto das províncias e departamentos.
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Modernidade
truncada e descentralização da gestão educacional no Peru: Aspectos da implementação da municipalização (2006
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Uma das áreas em que o centralismo tem causado sérios problemas é o campo
educacional, que é evidente nas desigualdades entre setores do país, neste caso entre Lima e o
resto das regiões. O fosso educativo é preocupante, porque mantém um ciclo complexo de
produção e o aumento da desigualdade social para as pessoas que sofrem diretamente a
exploração, a discriminação e a exclusão.
Como aponta Tanaka (2016, p. 15) em seu breve panorama das relações sociais e da
produção de desigualdade no Peru:
Tudo isso t
eria como consequência a necessidade de explicar como no Peru a
injustiça nas relações sociais cruza componentes de classe, étnicos, regionais,
de gênero, entre outros. Embora essa configuração atravesse toda a estrutura
social, um setor é especial e histo
ricamente oprimido, enquanto as injustiças
contra ele tendem a se sobrepor: a população pobre, andina ou amazônica, de
origem indígena, rural, feminina. Qualquer projeto emancipatório ou
igualitário deve considerar essa configuração complexa, que também se
expressa em uma ordem social extremamente heterogênea e fragmentada.
Diante disso, pensar nas propostas educacionais apresentadas em nome da
modernização nos desafia a olhar além e desvendar a retórica que ela contém. O estudo aqui
proposto, nesse sentido, articula elementos políticos relevantes aos conceitos e, por meio de
les,
examina as diretrizes do PPM e suas implicações, com base na abordagem crítica. Isto é
entendido "como alguém que questiona o status quo e as relações sociais de exploração,
discriminação ou exclusão associadas a ele"
(TANAKA, 2016, p. 13).
A pesquisa
utilizou a análise documental como procedimento central, tomando como
fontes documentos oficiais, impressos ou digitais, além de jornais. Foram adotadas as seguintes
categorias analíticas: gestão, descentralização e modernidade.
A gestão foi identificada
no
estudo como o eixo principal da ideia de mudança que se pretendia alcançar com a
implementação do PPM. Para ir além da noção formal de gestão, o estudo foi inspirado na noção
levantada por Cassasus (2002), pois para ele os modelos de gestão são baseados
em alguma
teoria da ação humana dentro das organizações, o que permite compreender o conceito em
diferentes vieses políticos.
A gestão educacional tornou
-
se o eixo das reformas que vêm sendo
implementadas na educação na América Latina desde a década de 19
80 diante das mudanças
políticas, sociais e econômicas ocorridas nos países da região (CASSASUS, 2002). Apresenta
um caráter teórico
-
prático e é influenciado pelo discurso da política educacional, ou seja, faz
parte da execução de propostas pelo governo na
cional ou por organismos internacionais, que
estão enquadradas em um determinado pensamento político e econômico. Como disciplina
teórica,
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Haydeé Liliana Vera ROJAS
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Antonia Almeida SILVA
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Seu conteúdo disciplinar é determinado tanto pelo conteúdo da gestão
quanto pelo cotidiano de sua prática. A gestão educacional é constituída
pela implementação dos princípios gerais de gestão e os da educação.
Nesse sentido, é uma disciplina aplicada, é u
m campo de ação
(CASSASUS,
2002
, p.
49
).
As categorias de descentralização e modernização posicionaram
-
se como ideias
estruturantes para a formação de consensos em torno dos pressupostos da Reforma do Estado
empreendidos desde a década de 1970, nos diferentes estados nacionais. Esse ideal coloca
o
mercado como agente central para o equilíbrio das relações de poder e um papel estratégico
para a ideologia do Estado mínimo, em favor das doutrinas e políticas liberais. Como aponta
Boron (2003), o uso da palavra reforma menciona o suposto desejo de um
significado positivo,
de acordo com a tradição filosófica ocidental. Na América Latina, no entanto, as reformas
estatais foram na direção oposta. "[...] Portanto, mais do que reformas, o termo mais correto
seria dizer que foram processos de contrarreforma,
processos de destruição, processos que
tiveram consequências processos de descidadanificação. [...]"
(BORON, 2003, p. 33).
As análises compartilhadas dão visibilidade aos processos de municipalização
vivenciados no Peru e às contradições das propostas bas
eadas no achatamento do Estado. De
uma perspectiva contra hegemônica, questiona
-
se o abandono do problema da justiça social e
sua relação com a solidariedade coletiva.
O artigo foi estruturado em quatro partes, incluindo esta introdução. As demais partes
a
bordam, respectivamente, aspectos conceituais e diretrizes da gestão educacional no contexto
peruano, posteriormente, a instituição e os desdobramentos do Plano Piloto de Municipalização,
como instrumento de política educacional. Por fim, são apresentadas
as conclusões.
As dimensões políticas da relação entre modernização, descentralização e gestão
educacional
A questão da modernização na América Latina é marcada pelos aspectos controversos
da expansão do capitalismo no continente, por um lado, a subordinação dos projetos assumidos
aos interesses das frações dominantes locais, por outro, a preservação das dinâmi
cas de
superexploração das classes subalternas, nas diversas esferas da vida social. Nesse sentido, a
modernização refere
-
se a movimentos complexos de realinhamentos político
-
institucionais,
orientados por espécies de clubes de interesse que atuam no âmbit
o da sociedade política e civil
para proteger interesses privados, especialmente os de três grandes grupos que, apesar de suas
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truncada e descentralização da gestão educacional no Peru: Aspectos da implementação da municipalização (2006
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características heterogêneas, conseguem manter alinhamentos para sua autoproteção: militares,
empresários e associações partidári
as burocráticas.
Dardot e Laval (2016), no entanto, mostram que o tamanho do nosso infortúnio transcende
fronteiras, uma vez que elites e "novas esquerdas" convertidas à racionalização das políticas
públicas tendem a consentir com o neoliberalismo sob os
argumentos da "modernidade". O
caráter contraditório da modernidade, no entanto, não é novo, mas foi amplificado no contexto
neoliberal, que trouxe consigo ataques contra o igualitarismo e a solidariedade coletiva. Ao
mesmo tempo, a noção de justiça social
é esvaziada e as noções de liberdade individual e de
mercado são fortalecidas através da combinação de léxicos de menangement e performance.
(
DARDOT; LAVAL
, 2016).
Essas situações ilustram as tendências que atravessam as noções de modernização em
disputa
e apontam seus limites quando são professadas por setores historicamente
comprometidos com as relações de poder de origem colonial. Nessa linha, observam
-
se também
as concepções de descentralização e gestão, em regra limitadas aos procedimentos
administrat
ivos de transferência de responsabilidades entre entidades governamentais, com
forte controle do poder central. Nesse sentido, é possível compreender a centralidade que essas
questões vêm adquirindo para as reformas educacionais, como parte da agenda da Re
forma do
Estado.
No entanto, vimos que os processos de desconcentração e descentralização na América
Latina apresentam uma multiplicidade de variáveis que servem a um uso ambíguo de termos,
na maioria das vezes cumprindo um papel político de difundir a ideia de ineficiênci
a
administrativa e invisibilizar o projeto emancipatório ou igualitário. As propostas políticas a
este respeito visam, portanto, reduzir a descentralização através de um maior envolvimento dos
pais na escola ou transferir novas responsabilidades para os go
vernos. Local; enquanto para
outros equivale a privatizar e reduzir os gastos do Estado. Além disso, como observa Cassasus
(2002), a descentralização da gestão educacional na América Latina ganhou grande
centralidade, como parte das reformas neoliberais, d
esde a década de 1980, diante das mudanças
políticas, sociais e econômicas ocorridas nos países da região. Sua referência a esse período não
nos impede de perceber que, ao longo do tempo, as diversas mediações possíveis entre
sociedade e Estado foram const
ruídas em torno das pretensões modernizadoras dos setores
econômica e culturalmente dominantes, que assumiram que, para atingir esse fim, era
necessário superar as contradições entre nação e anti
-
nação
,
técnica e não técnica, deixando em
um plano secundári
o a luta entre capital e trabalho
. A descentralização aparece nesse processo
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como parte das estratégias para superar os modelos "não técnicos" e ampliar os modelos de
gestão.
De acordo com essa ideologia, pode
-
se afirmar que o mercado é um agente central
para
o equilíbrio das relações de força e deve ocupar um papel estratégico em espaços até então
identificados como pertencentes ao Estado, encurralando
-
os para favorecer a ideologia do
Estado mínimo, sob o olhar neoliberal.
Salvo as diversas experiências
que cada país estava passando, os setores da sociedade
civil viveram o transe inicial de escorregar o senso de "autonomia de classe". Tal deslize foi
acompanhado pela supervalorização dos discursos imediatos de cada organização. Essa nova
forma de organiza
ção popular, embora com viés crítico, de alguma forma favoreceu a
fragmentação das lutas coletivas e deu origem a ideias de ineficiência do Estado e do papel da
sociedade civil, confundindo resistência com assimilação de ideias
-
chave do neoliberalismo.
Em um estudo realizado sobre políticas educacionais, Rivas e Sánchez (2016)
mencionam as tendências comuns sobre medidas educacionais na América Latina focadas em
sete países (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru e Uruguai) e apontam que os
dir
eitos educacionais se expandiram, mas há muitos desafios em relação ao acesso em todos os
níveis, ao crescimento do financiamento estatal e ao reconhecimento de direitos às populações
marginalizadas. Em quase todos os países, exceto no Peru, as horas de en
sino foram estendidas
e o orçamento para a educação foi significativamente aumentado. A descentralização política
tem sido observada como uma retórica atual dos ministérios da educação. O currículo escolar é
ambivalente, pois se desenvolve entre a prescriç
ão e a expansão. Junto com isso, os materiais
curriculares são muito prescritivos ou normativos, enquanto os desenhos curriculares tendem a
ser muito amplos, devido ao excesso de conteúdo. No entanto, observam
-
se discussões sobre o
currículo escolar com en
foque de gênero, o que tem causado conflitos entre grupos
conservadores e progressistas. Outra tendência é a incorporação de mecanismos de avaliação
da qualidade do ensino. Relacionado a isso, tem sido operado o reforço da formação e seleção
de diretores e
scolares. No que diz respeito ao ensino, foram criados novos sistemas de
avaliação, carreiras ligadas ao mérito, nomeações por concursos e até pagamentos diferenciados
de acordo com os resultados de aprendizagem dos alunos. Essas ações não deixam dúvidas
s
obre o caráter contraditório das reformas educacionais no contexto do chamado Estado pós
-
burocrático, estabelecido em processos de des
-
cidadania.
Stramiello (2010)
aponta que na América Latina a modernização educacional tem sido
apresentada por meio de trê
s tendências regionais: modernização como gestão do caos,
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modernização como desenvolvimento econômico
-
social e modernização como reconhecimento
da diversidade. Em seu entendimento, a modernização como gestão do caos tem priorizado a
criação de escritórios
de planejamento educacional no âmbito das unidades ministeriais. Isso
significa o estabelecimento de uma organização para melhorar o sistema educacional.
A
modernização como desenvolvimento econômico
-
social se expressou por meio das propostas
da educação t
écnica e profissional como base para a decolagem das nações subdesenvolvidas;
Além disso, foram implementados planos de educação e formação de adultos para corrigir as
deficiências educativas da população e melhorar a força de trabalho. A modernização como
reconhecimento da diversidade se manifestou por meio de diversas medidas como a inclusão
das línguas indígenas nos currículos, a atenção à interculturalidade linguística e propostas de
descentralização (administrativa, pedagógica ou financeira) para atend
er às necessidades
regionais, dar importância às instituições de ensino e prestar assistência a grupos vulneráveis.
No Peru, essas mudanças são atravessadas por tensões que expressam a multiplicidade
de interesses em jogo, incluindo os
constantes processos negativos de mudança por parte dos
setores que protegem as linhagens coloniais. Assim, a inclusão das línguas indígenas, por
exemplo, foi gerenciada a partir da superação de discursos racistas que apontavam que essas
línguas eram inúte
is para o aprendizado e que apenas o espanhol deveria ser falado, e em
segundo lugar o inglês. Além disso, as ideias opostas de modernidade se chocaram nesse
sentido, pois alguns estudiosos consideravam que o moderno era precisamente a expansão do
espanhol
em todo o Peru e o desaparecimento das línguas indígenas, enquanto outros buscavam
revalorizar as línguas indígenas como parte do fortalecimento da identidade nacional e para
uma melhor compreensão do que era ensinado em sala de aula ao aluno com a primei
ra língua
indígena. Enquanto isso, o atraso e o subdesenvolvimento não são explicados apenas no nível
administrativo, mas dizem respeito a escolhas políticas, ou seja, a quem servem os projetos de
desenvolvimento adotados.
Descentralização educacional e
o Plano Piloto de Municipalização
A descentralização no Peru não é recente, tendo como marco importante a Lei Orgânica
da Educação Pública, em 1941, como testemunhado por Laveriano (2010). No contexto da
implementação do Plano Piloto, a descentralização
baseou
-
se num processo de transferência de
funções dos governos centrais para os regionais.
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Nas palavras de Olarte e
Echeverría
(2008), a descentralização educacional
empreendida no Peru tornou
-
se um objetivo dos governos após a ditadura de Fujimori, um
governo marcado por um forte centralismo.
O primeiro período de descentralização educacional, correspondente ao
mesmo processo em todo o país, seria entre 2001 e 2006. Tem sua origem [...]
no restabelecimento da participação social e política dos cidadãos e na
descentralização na agenda da transiç
ão democrática, que rompeu com o
centralismo do regime de Alberto Fujimori. O centralismo e a autocracia no
poder explicam a velocidade com que o processo de descentralização foi
retomado
(
OLARTE;
ECHEVERRÍA
,
2008, p. 25)
.
Portanto, para
influenciar a descentralização educacional, considerou
-
se que esta seria
administrada pelos governos municipais, uma vez que estavam mais próximos da população e
dos alunos, e de seus problemas, e as escolas teriam maior poder de decisão e autonomia.
Para
isso, a base jurídica necessária foi dada através da Lei de Reforma Constitucional
do Capítulo XIV do Título IV, sobre Descentralização, em 2002 (PERU, 2002a), que
estabeleceu a divisão do poder em três níveis de governo (nacional, regional e local) com
au
tonomia econômica, política e administrativa, e a Lei de Bases da Descentralização.
Nº
27783 (PERU, 2002b
),
que
criou
o
Conselho Nacional de Descentralização (CND), responsável
por dirigir e conduzir o processo (artigo 22). A Lei
definia o modelo e abrang
ia a
descentralização, incluindo a forma como seria realizada a transferência de responsabilidades
do Governo central para os governos subnacionais, conforme indicado no Capítulo II,
Disposições Transitórias, dividido em quatro fases centrais: Primeira Fas
e: Instalação dos
governos regionais numa base departamental, transferência dos ativos e passivos dos Conselhos
de Transição da Administração Regional e eleição das primeiras autoridades regionais;
Segunda Etapa: Consolidação do processo de regionalização
, referente à formulação e
aprovação do plano nacional de investimento descentralizado, divulgação do plano nacional de
regionalização e promoção e assistência técnica para a formação das regiões. Terceira Etapa:
Transferência de funções setoriais, exceto
saúde e educação. Quarta etapa: Transferência e
recepção de competências setoriais em saúde e educação para governos regionais e locais com
responsabilidades de CND (PERU, 2002b).
As leis que ordenavam a descentralização foram complementadas pela Lei Orgân
ica dos
Governos
Regionais (
LOGR)
(PERÚ, 2002c)
e a Lei Orgânica dos Municípios
(LOM)
(PERÚ,
2003a)
,
que estabelecia as funções que correspondiam a cada instância e mais
à Lei Geral da
Educação
(PERÚ,
2003b
)
.
O LOGR estabeleceu uma série de medidas para modernizar os
sistemas descentralizados de gestão educacional, em coordenação com os governos locais,
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truncada e descentralização da gestão educacional no Peru: Aspectos da implementação da municipalização (2006
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enquanto o LOM estabeleceu as Unidades de Coordenação e Gestão Educacional
(PERÚ,
2003
a
)
.
Apesar da ordem dad
a pela Lei de Bases da Descentralização
(PERÚ, 2002b)
,
A Lei nº
27902 (PERU, 2003a) alterou a quarta disposição transitória, complementar e final do LOGR,
estabelecendo uma política de funções de forma rápida e paralela, incluindo saúde e educação.
Foram igualmente incluídas no Plano Anual de Transferência de
Competências Setoriais de
2006 e aplicadas em 2007.
Com este quadro legal, o sector da Educação teve a sua própria estratégia definida no
"Plano de Transferência de Competências do Quinquénio 2005
-
2009 dos Sectores da Saúde e
da Educação"
(PERÚ,
200
5
).
A
Ouvidoria acompanhou o processo de descentralização em cada
uma de suas etapas e, assim, elaborou um relatório intitulado "Conhecendo o Plano de
Transferência de Competências para o Quinquênio 2005
-
2009 dos Setores Saúde e Educação a
partir de uma abordage
m baseada em direitos", no qual relatou as dificuldades enfrentadas pelo
processo de descentralização educacional. Entre suas conclusões estão: a falta de clareza e
precisão para definir quais competências correspondem a cada nível de governo; igual falta
de
demarcação entre as funções dos municípios provinciais e distritais; ausência de mecanismos
de articulação entre os níveis de governo para a coordenação das funções das Unidades Locais
de Gestão Educativa (UGEL). Como lembra Muñoz (2013, p. 6), na análi
se da gestão
educacional e
sua descentralização, é essencial avaliar o funcionamento dos diferentes governos
regionais, "quais são suas capacidades institucionais e como definem e utilizam seus recursos
organizacionais", incluindo a composição dos quadros
de burocratas que rotineiramente operam
políticas educacionais e mantêm relativa autonomia em relação às autoridades.
Como se vê, o Plano de Municipalização da Gestão Educacional foi instituído dentro de
uma sequência de disseminação dos princípios da nov
a gestão pública, iniciada anteriormente.
Assim, por meio do Decreto Supremo nº 078
-
2006
-
PCM (PERU, 2006b), o presidente Alan
García autorizou o Ministério da Educação, liderado por José Antonio Chang Escobedo, a
realizar sua proposta, a partir de 1º de
janeiro de 2007. O PPM combinou a necessidade de
descentralizar a educação por meio da atribuição dessa responsabilidade aos municípios, e da
formulação de diretrizes para sua aplicação, incluindo um Fundo de Compensação pela
Municipalização (Foncomuge) e
seu orçamento. Seu objetivo declarado era "superar uma longa
h
istória de resultados desfavoráveis na aprendizagem de crianças e jovens no país" (PERU,
2006a, p. 17).
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Na implementação deste projeto, a dinâmica de desenvolvimento da educação centrou
-
se no m
unicípio distrital. Inicialmente seria executado e como teste entre 2007 e 2008, e à
medida que avançasse, seria avaliado e expandido por todo o país. A estratégia de
implementação e implementação teve três etapas: iniciação, expansão e generalização. Como
mostra a Tabela 1, cada etapa teve um processo e seu termo foi definido a partir do cumprimento
de seu progresso.
Tabela 1
–
Estágios do PPM
Palco
Processo
Adiantamentos
Estágio de
Iniciação
Plano Piloto 2007
-
2008.
Implantação do modelo de
gestão e
transferência administrativa para os
municípios
56 municípios em 26 regiões.
Instituições de ensino inicial e
primário.
Em 2008, 88 novos municípios
foram incorporados.
Estágio de
expansão
Aumento do número de distritos
e províncias que
compõem a
municipalização da gestão educacional,
2009
-
2010.
2009 134 municípios
incorporados, 10 municípios retirados do
PPM.
Estágio de
generalização
Crescimento significativo do
número de distritos e províncias;
período 2011
-
2015.
Em 2011, o governo de
Ollanta
Humala revogou a política educacional
do PPM.
Fonte: Plano Piloto de Municipalização da Educação, 2007 (PERU, 2006a)
Na primeira fase do Plano Piloto, 56 municípios distritais de 26 regiões foram
designados para realizá
-
lo, sem consulta aos
governos regionais. Segundo Díaz e Valdivia
(2007) havia 206 UGEL distribuídos em 26 Direções Regionais de Educação. Momentos de
caos administrativo incontrolável surgiram devido à falta de uma visão do tipo de estrutura de
gestão que o sistema educacional
deveria exigir. Direções Regionais com e sem área de
execução; ou seja, gestão de centros educacionais; Subdireções regionais em algumas e não
noutras; Unidades de Serviços Educacionais em algumas Regiões, enquanto em outras
—
além
desses órgãos
—
havia Á
reas de Desenvolvimento Educacional. Inicialmente, 80 municípios
estavam na lista de espera e apenas 56 participaram.
O PPM entregou amplos poderes aos municípios por meio de sua estratégia de envolver
os governos locais com as instituições de ensino, medi
adas pela secretaria técnica, que
desempenhariam as funções operacionais (PERU, 2006a, p. 16). Os 56 municípios distritais
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selecionados para iniciar a implementação do Plano tinham um grande contingente sob sua
jurisdição, como pode ser observado em detalh
es na Tabela 2.
Tabela 2
–
Número
de
instituições e participantes envolvidos no Plano Piloto de
Municipalização da Educação
Nível Educacional
Instituições de Ensino
Professores
Estudantes
Inicial
651
2,166
51,223
Primário
1232
5,657
134,941
Total
1,883
7,823
186,164
Fonte: Plano Piloto de Municipalização da Educação (PERU, 2006a)
De acordo com a forma de organização desenhada, cada município teria um Conselho
Municipal de Educação (CEM), composto por representantes dos Conselhos
Institucionais de
Educação (CONEI) das instituições de ensino, presidido pelo prefeito e com uma secretaria
técnica responsável pela implementação dos convênios do CEM. Este CEM ficou a cargo de
gerir o processo de municipalização através da coordenação co
m as instituições de ensino
formadas pelo CONEI, os diretores, professores e alunos, e a Associação de Pais de Família
(APAFA).
O CONEI era composto pelo diretor da Instituição de Ensino, que o preside, os vice
-
diretores, um representante dos professores p
or nível educacional, um representante dos alunos
do ensino fundamental e médio, dois representantes dos pais, um representante dos ex
-
alunos,
um representante do pessoal administrativo e representantes das instituições comunitárias
também poderiam partici
par (PERU, 2006a).
As funções do CEM deveriam ser o centro da modernização da gestão educativa
promovendo a participação cidadã de forma a levar a cabo um trabalho coordenado onde não
só estão envolvidos funcionários e autoridades, mas também professores e pais, e até alunos
(
PERÚ, 2006a
).
O CEM estabeleceu diretrizes políticas, dirigiu ações de gestão, aprovou a
execução dos planos educacionais e do orçamento, garantiu o cumprimento dos objetivos e
metas, estabeleceu indicadores, promoveu e aprovou a formação de professores
e
administradores, estabeleceu mecanismos de transparência e prestação de contas e coordenou
com o Minedu, o GORE a DRE e a UGEL
(P
ERÚ
,
2006
a
).
A Secretaria Técnica, por sua vez, operacionalizou as diretrizes políticas do CEM,
formulou e executou os planos
operacionais, coordenou com os EIs em treinamento e
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assistência técnica, apoiou o prefeito e também coordenou com a DRE e a UGEL o apoio
técnico pedagógico e institucional, e os processos administrativos (PERU, 2006a).
Através dos objetivos específicos,
percebe
-
se que a mobilização de diferentes agentes e
a transferência de responsabilidades dos governos centrais para os governos regionais foram
estruturais.
a.
Os municípios gerenciam o serviço de Educação Básica em sua área
jurisdicional.
b.
A comunidade educacional participa da gestão educacional local por meio
dos Conselhos Educacionais Institucionais
-
CONEI.
c.
O nível de aprendizagem de crianças e adolescentes melhora, é verificável
através de indicadores de resultados
.
d.
A gestão instit
ucional, pedagógica e administrativa é mais eficiente em
instituições de ensino que são lideradas pelo governo local.
e.
A cobertura é ampliada e a desigualdade educacional reduzida em nível
local com a intervenção do município e dos atores e agentes educ
acionais.
f.
O município articula intervenção intersetorial (saúde, alimentação, etc.) em
apoio à gestão educacional
(
PERÚ
,
2006
a
,
p.
3
8
).
Quando o PPM foi anunciado, especialistas em educação que trabalhavam na UGEL,
DREL e no próprio Ministério da Educação, assessores entre outros, deram um parecer
favorável a ele, mas com ressalvas, como iniciar o piloto no Município Metropolitano de Lima,
o mais rico do Peru, e depois se mudar para outros municípios igualmente ordenados e com um
orçamento que cubra as expectativas de que o projeto seja viável. acrescentando que esta
proposta não deve ser utilizada politicamente
(
DIARIO EL COMERCIO
,
2007)
.
O Conselho Nacional de Educação solicitou a suspensão do PPM porque, entre outras
razões, propunha um modelo único de descentralização municipal, apesar das diferenças
intrínsecas das várias províncias e distritos do país, que expressavam um evidente impr
oviso,
pressa e falta de rigor na sua formulação
(
PERÚ
,
2006
a
)
.
Várias das decisões tomadas pelo Ministério da Educação no processo de PPM não
tiveram fundamentos, como o aumento do número de municípios na fase inicial (2007
-
2008) e
a incorporação do nível secundário, começando com 56 municípios e terminando esse ano c
om
88, sem capacidade para resolver os obstáculos burocráticos que impediram o lançamento do
Foncomuge, que visava compensar a falta de orçamento dos municípios na questão educacional
e superar a desigualdade histórica do serviço educacional. Sem esse fun
do de compensação, os
municípios que não dispunham de recursos humanos capacitados, da tecnologia e logística
necessárias e da receita necessária para cobrir suas despesas, estavam fadados ao fracasso em
suas tentativas de cumprir as metas programadas.
Os
municípios possuíam capacidades
instaladas diferenciadas e heterogêneas, onde o desequilíbrio orçamentário, a capacidade dos
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funcionários e a experiência municipal na área educacional foram fundamentais na aplicação
do PPM, uma vez que as prioridades també
m seriam diferenciadas e heterogêneas; enquanto
alguns municípios poderiam privilegiar a infraestrutura e outros a capacitação, e essas situações
não estavam previstas no desenho do PPM.
Dessa forma, a dinâmica de implementação ignorou
o alerta sobre a cen
tralidade dos burocratas, como aponta Muñoz
(2013
).
O projeto proposto pelo governo de Alan García não soube lidar adequadamente com o
processo de descentralização educacional, propôs uma estratégia municipal que nunca foi clara,
nem normativa nem no momen
to de sua execução, onde a duplicação de funções, relações
verticais, uso político, falta de coordenação e articulação, a participação nula de vários atores
educacionais, A diversidade geográfica, econômica e cultural, entre outras características, foi
le
vada em conta na formulação e concepção do PPM.
O caráter controverso desse processo é que o fracasso da
municipalização educacional
configurou ainda mais a lacuna de desigualdade no serviço educacional, onde os mais pobres
continuaram a ser educados com
graves deficiências,
enquanto as Reformas Administrativas
foram identificadas como alternativas à suposta crise do Estado.
no âmbito da implementação
de uma economia neoliberal que favorecesse determinados atores para o lucro econômico,
gerando assim um c
írculo vicioso intransponível até hoje.
Apesar da retórica política para pressionar a descentralização para a melhoria da gestão
educacional, no governo de Alan García, não estava funcionando como esperado pelos
prefeitos. Como pode ser visto na ata de 18
de dezembro de 2009, da segunda sessão ordinária
da Assembleia Metropolitana de Lima, espaço articulatório dos municípios de Lima, ficou
evidente a lacuna informativa sobre como o processo de municipalização estava avançando.
O objetivo da reunião foi identificar o progresso na descentralização e o status do
processo de transferência. No final da sua apresentação, o Subgerente Regional de
Descentralização, Jorge Montoya Maquín, ficou evidente que a educação, entre outras questõ
es
prioritárias, não era tanto para a gestão Metropolitana ou para o Governo Nacional, estando
localizada no Grupo IV de Transferência com coordenação direta entre Governo e municípios,
sem que a administração metropolitana tivesse qualquer tipo de reitori
a.
Vale ressaltar que quantas provisões foram emitidas pela entidade superior: o MED, que
foi realizado igualmente para áreas rurais e urbanas, infelizmente não levou em conta os
contextos de qualquer tipo que afetassem a execução do PPM.
Em 2011, o gover
no de Alan García, que já estava de saída, programou o último "choque
de descentralização" para os governos regionais, ou seja, uma transferência apressada de
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recursos que não haviam sido transferidos nos respectivos anos, o que "transformou a
acreditação
em uma 'lista de verificação', destinada a verificar a existência de infraestrutura
física ou móvel, exacerbando o problema da ênfase em aspectos formais e ausência de
mecanismos para verificar capacidades reais"
(A
LCÁZAR
; V
ALDIVIA
, 2011, p. 13).
Em 2011,
o governo de Ollanta Humala (2012
-
2016) desativou o plano piloto através
do Decreto Supremo nº 019
-
2011
-
ED (PERU, 2011), e a Ministra da Educação, Patricia Salas,
começou a implementar o Projeto Nacional de Educação e Gestão Educacional Descentralizada
(P
ERU, 2015), propostas preparadas pelo Conselho Nacional de Educação.
No entanto, estudos
recentes indicam que mesmo essa medida não quebrou o ciclo truncado e incompleto de
modernização.
A transferência da responsabilidade pela prestação para os
subníveis regionais de
governo gerou uma série de problemas na concepção do novo quadro institucional e grandes
desafios relacionados com as capacidades de gestão. No caso peruano, os diagnósticos
realizados reconheceram a existência de problemas no desenh
o institucional da reforma da
descentralização, uma vez que há duplicações, lacunas e contradições entre as funções exercidas
pelo Ministério da Educação e as exercidas pelos governos regionais e locais. Para alguns, os
governos regionais e os municípios a
presentam uma série de limitações para uma gestão
eficiente devido aos obstáculos burocráticos em seu aparato administrativo, à escassez de
pessoal qualificado em áreas especializadas e à falta de uso de evidências empíricas para a
delimitação de suas polí
ticas e programas educacionais.
Julgamos que um modelo vinculado aos
processos de descidadanicidade tem sido
aplicado, como afirma Boron (2003),
uma vez que planos e projetos buscam uma melhoria nos
resultados,
ao mesmo tempo em que se espalham a redução de investimentos e bodes
expiatórios.
Por essa razão, foram promovidas avaliações nacionais e internacionais, como a
participação no teste PISA,
no qual foram obtidos maus resultados, que refletem um progresso
mínimo. Esse modelo também se reflete na implementação de recursos tecnológicos, e não nos
conteúdos;
bem
, a compra de computadores foi feita, especialmente nas áreas urbanas, mas não
houve m
uito progresso nas áreas rurais, o que é um sinal da lacuna tecnológica e educacional
entre as escolas municipais e rurais. Percebeu
-
se que, embora esses modelos se apresentem
como uma alternativa de gestão, com repercussões na educação, estão longe de rea
lmente
promover a descentralização do sistema educacional. Entre os impedimentos para esse feito
estão a forma apressada como foi realizado no período 2006
-
2011, incluindo a preservação dos
fundamentos políticos pedagógicos. Exemplos disso são o negacionis
mo que reflete um
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pensamento conservador, acima de tudo, negando a abordagem de gênero e o apoio ao ensino
da religião nas escolas.
O problema com as políticas atuais é que a ideia de que a baixa qualidade
da educação pública se deve a deficiências docente
s tem dominado; Por isso, investiu
-
se em
programas de formação de professores. Isso mostra que a ideia de qualidade que se impôs tem
sido a lógica de eficiência e competitividade que serve à tendência política e ao modelo
econômico neoliberal que vem sendo
seguido desde os anos noventa.
Cabe lembrar que a
redução dos
poderes de planejamento e administração de qualquer Estado, cedendo autonomia
às próprias escolas e utilizando como fator motivador a possibilidade de autogestão, produzindo
o que Domingo (1999
, p. 5) chama de autonomia por decreto
, ou seja, "paradoxal do discurso
e das propostas sobre autonomia se encontra na medida em que parecem ser, ao mesmo tempo,
novos sistemas de regulação do trabalho e das instituições, bem como Novos espaços para uma
ação mais livre e criativa." No entanto, a retórica sobre a autonomia muda os valores máximos
do Estado com o público e
a descentralização
é equiparada à desregulamentação e ao abandono
dos serviços públicos à sorte dos cidadãos.
Conclusões
Como vimos, a descentralização política do Estado é um processo desenvolvido em
diversos países da América Latina. As reformas realizadas têm sido norteadas por diferentes
motivos, entre os quais a busca por maior eficiência dos gastos públicos e maior con
trole dos
usuários sobre a gestão do serviço.
Não se pode esquecer que o Plano Piloto foi concebido em associação com a retórica de
descentralizar a administração das instituições de ensino para torná
-
las mais eficazes. O Plano
Piloto ainda não leva em co
nta as diferentes realidades das regiões, além do fato de que as
funções do governo regional e do governo municipal não estão bem definidas. A pesquisa
constatou que o processo de descentralização da educação, longe de fechar a lacuna de
desigualdade entre
a capital, Lima, e o resto do país, a aprofundou, por não conseguir articular
uma política que levasse em conta as desvantagens e diferenças entre os governos locais, onde
estes não receberam o orçamento total acordado ou os fundos necessários para execut
ar e
alcançar os objetivos propostos. tendo que assumir, especialmente os municípios mais pobres,
parte dos gastos de municipalização que correspondiam ao governo central.
As evidências das frustrações provocadas pelo Plano e pela sequência de reformas
b
aseadas em visões coloniais, aqui também chamadas de visões que professam uma
modernidade truncada, nos termos indicados por Tanaka (2016), não faltam e podem ser
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verificadas pelas características excludentes,
mesmo em relação à lógica dominante, como as
a
valiações internacionais, como Pisa
. No teste realizado em 2012, o Peru ficou em último lugar
entre 65 países;
no
teste de 2015, ficou em 63º lugar entre 69 países
, enquanto,
em 2018,
obtendo como resultados na compreensão de leitura 54% dos jovens de
quinze anos têm um
nível muito baixo, na área de matemática, 60% dos jovens estão nos níveis mais baixos de
proficiência, na área de ciências, cerca de 55% dos alunos têm baixo desempenho (
BOS;
VITERI; ZOIDO
, 2019
). A educação rural é desenvolvida em piore
s condições do que a
educação urbana. Em 451 instituições de ensino que foram visitadas pela Ouvidoria, verificou
-
se que as condições para estudar são muito difíceis, especialmente por causa de uma
infraestrutura que é continuamente confrontada com fenômen
os climáticos. O acesso à água, à
energia elétrica, ao telefone, à internet e aos serviços públicos também é insuficiente, além da
escassez de professores,
mesmo após as questões levantadas pela
Ouvidoria (2009). A fraqueza
das políticas educacionais, a im
provisação, a falta de recursos humanos qualificados, somados
a problemas estruturais como a pobreza, o racismo e a corrupção, para os quais até hoje há uma
forte crise de poder, e os interesses de grupos privados, especialmente grupos religiosos e
empresa
riais, contribuem para a desigualdade educacional no Peru, o que nos permite
corroborar a repercussão nas tentativas de descentralização educacional e nas dificuldades de
promover reformas educacionais como é o caso que estamos vendo no Plano de
Municipal
ização da Educação.
Os resultados alcançados são ambíguos e refletem sérias limitações em relação à
equidade e à eficiência social, refletem principalmente as contradições de sociedades
historicamente marcadas pela desigualdade e ainda frágeis nas lutas en
tre capital e trabalho,
diversidade étnica e lugar social dos povos originários das Américas em suas múltiplas formas
de produção de vida e cultura.
Observou
-
se que a descentralização educacional apresenta os
mesmos problemas que têm caracterizado a descen
tralização política, como a ineficiência das
autoridades locais e o aumento das desigualdades entre as regiões. De fato, de uma perspectiva
crítica, a descentralização não se limita à articulação de estratégias (normas) e táticas (meios)
para superar "disf
unções" em qualquer área, muito menos na educação. Na situação vista,
portanto, a ambiguidade do termo informa a disputa de sentidos e, em certa medida, sua
apropriação por classes e grupos sociais comprometidos com os pressupostos doutrinários da
regulaçã
o estatal. Além disso, é importante notar que a multiplicação de abordagens para a
questão faz parte da luta pela hegemonia e expansão das áreas de influência de diferentes grupos
de interesse.
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Nesse sentido, devemos considerar a advertência de Juan Carlos
Tedesco (1993) quando
afirma que a autonomia pode estar muito próxima do isolamento. Se a descentralização e a
autonomia institucional se confundem com deixar as escolas à sua sorte, o efeito está garantido:
será a legitimação da desigualdade.
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Antonia Almeida SILVA
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Americana de Estudos em Educação,
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ISSN:
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Como referenciar este artigo
ROJAS, H. L. V.; SILVA, A. A.
Modernidade truncada e descentralização da gestão
educacional no Peru: Aspectos da
implementação da municipalização (2006
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2011)
.
Revista
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Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2456
-
2475
, nov.
2022. e
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Submetido em:
09/02/2022
Revisões requeridas em
: 24/07/2022
Aprovado em
: 13/09/2022
Publicado em
: 30/11/2022
Processamento e editoração: Editora Ibero
-
Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
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Modernidad trunca y descentralización de la gestión educativa en Perú: Aspectos de la implementación de la municipalización (
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MODERNIDAD TRUNCA Y DESCENTRALIZACIÓN DE LA GESTIÓN
EDUCATIVA EN PERÚ:
ASPECTOS DE LA IMPLEMENTACIÓN DE LA
MUNICIPALIZACIÓN
(2006
-
2011)
MODERNIDADE TRUNCADA E DESCENTRALIZAÇÃO DA GESTÃO
EDUCACIONAL NO PERÚ: ASPECTOS DA
IMPLEMENTAÇÃO DA
MUNICIPALIZAÇÃO (2006
-
2011)
TRUNCATED MODERNITY AND DECENTRALIZATION OF EDUCATIONAL
MANAGEMENT IN PERU: ASPECTS OF THE
IMPLEMENTATION OF
MUNICIPALIZATION (2006
-
2011)
Haydeé Liliana Vera ROJAS
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Antonia Almeida SILVA
2
RESUMEN:
Este artículo analiza la relación entre modernización y descentralización de la
educación en el Perú, durante el gobierno del presidente Alan García Pérez, de 2006 a 2011,
cuando se instituyó el Plan de Municipalización de la Gestión Educativa y e
l Esquema del Plan
Piloto 2007.
Es una investigación documental, con un enfoque crítico,
teniendo como fuentes
documentos oficiales, impresos o digitales, además de la bibliografía calificada. Las siguientes
categorías orientan el análisis: gestión, descen
tralización y modernidad.
La investigación reveló
que la implementación de la política de descentralización de la gestión, apoyada en la
municipalización,
resultó en la fragmentación de las acciones del Estado y la promoción de la
autonomía por decreto. La
modernidad se expresó, en el contexto, como un ingrediente de la
persuasión ideológica a favor de los intereses privados y no ha logrado cambios en términos de
desregulación y retorno del poder del Estado a la sociedad.
PALABRAS CLAVES
: Descentralización
. Modernización. Gestión educativa.
Municipalización. Implementación.
RESUMO
:
Este artigo analisa a relação entre modernização e descentralização da educação
no Per
u
, no governo do presidente Alan García Pérez, de 2006 a 2011, quando foi instituído o
Plano de Municipalização da Gestão Educativa e Delineamentos do Plano Piloto
em
2007.
Trata
-
se de uma investigação de natureza documental, com enfoque crítico,
tendo como
fontes
documentos oficiais, impressos ou digitais, além da bibliografia qualificada da área. Orientam
as análises as categorias: gestão, descentralização e modernidade. A investigação revelou que
a implementação da política de descentralização da gestão,
amparada na municipalização,
traduziu
-
se na fragmentação das ações do Estado e na promoção da autonomia por decreto. A
1
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
–
BA
–
Brasil.
Maestro en Educación.
I
nvestigación apoyada
por la CAPES, a través de una beca de Maestría.
Profesora de
educación
básica
en Perú
.
ORCID
:
htttps://orcid.org/
0000
-
0001
-
7770
-
5875
.
E
-
mail: hveraro2@ucv.edu.pe
2
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Feira de Santana
–
BA
–
Brasil.
Professora de Política
Educacional no Departamento de Educação
.
D
outorado
em Educação
(
USP
)
.
Membro da Rede de Estudos sobre
Implementação de Políticas Públicas Educacionais
(REIPPE).
ORCID:
https://orcid.org/
0000
-
0002
-
6790
-
7761.
E
-
mail:
antoniasilva@uefs.br
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modernidade se expressou, no contexto, como ingrediente de persuação ideológica em favor
dos interesses privados e não alcançou mudanças
quanto à desregulação e devolução do poder
do Estado à sociedade.
PALAVRAS
-
CHAVE
: Descentralização
. M
odernização
. G
estão da educação
.
M
unicipalização
. Implementação.
ABASTRACT
:
This article analyses the relationship between the modernization and the
decentralization of education in Peru during the Alan García Pérez government (2006
-
2011),
when the Plano de Municipalização da Gestão Educativa e Delineamentos of Plano Piloto 2007
w
as founded. With a dialectical approach, the study suggests a historical incursion, and utilizes
document analysis as a central procedure to the research, having official documents (printed
or digitalized), along with newspapers and the area's qualified bi
bliography as fonts. The
categories guiding the analysis are: management, decentralization and modernity. This
research has found that the management decentralization process has translated into the
fragmentation of the State's actions and the promotion of
autonomy by decree. The modernity
has been expressed, in context, as an ideological persuasion ingredient in favor of private
interests, and has not achieved changes regarding the deregulation and devolution of the State's
power to society.
KEYWORDS
:
Decentralization
.
Modernization.
Educational
management
.
Municipalization
.
Implementation.
Introducción
El presente artículo, en base a la idea de que el Perú es un país designado por “una suerte
de
modernidad trunca o incompleta” (T
ANAKA
, 2016, p. 14)
,
propone la problematización del
proyecto de modernización y descentralización de la educación, basado en e
l
Plan de
Municipalización de la Gestión Educativa y Lineamientos del Plan Piloto 2007,
de ahora en
adelante, PPM, instituido bajo el gobierno de Alan García Pérez, de 2006 a 2011. Por lo cual,
nos interesa analizar las relaciones políticas envueltas en la
trilogía modernización,
descentralización y gestión educativa, donde pasaremos a analizar el proceso de
implementación del PPM y sus repercusiones. Es así, como se podrá evidenciar la visión de la
gestión educativa y su imbricación con la revisión del rol
del Estado en su versión
posburocrática.
El proceso de modernización de la gestión educativa peruana a través de la
descentralización es un tema vigente, pues se ha visto que uno de los grandes problemas que
afecta el desarrollo y el progreso
equitativo de las regiones es el centralismo, pues, en la ciudad
de Lima, se concentran todos los poderes y es el eje político y económico del país, lo cual afecta
al resto de provincias y departamentos.
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Uno de los campos en que el centralismo ha causado g
raves problemas es el ámbito
educativo, que se hace evidente en las inequidades entre sectores del país, en este caso entre
Lima y el resto de las regiones. La brecha educativa es preocupante, porque esto mantiene un
ciclo complejo de producción y aumento
de la desigualdad social para las personas que sufren
directamente la explotación, la discriminación y la exclusión.
Como señala Tanaka (2016
, p. 15
), en su breve reseña de las relaciones sociales y la
producción de desigualdad en el Perú:
Todo esto tend
ría como consecuencia la necesidad de dar cuenta de cómo en
el Perú la injusticia en las relaciones sociales entrecruza componentes de clase,
étnicos, regionales, de género, entre otros. Si bien esta configuración atraviesa
el íntegro de la estructura soci
al, un sector resulta especial e históricamente
oprimido, en tanto las injusticias en su contra tienden a superponerse: la
población pobre, andina o amazónica, de origen indígena, rural, femenina.
Cualquier proyecto emancipatorio o igualitarista debería co
nsiderar esta
configuración tan compleja, que además se expresa en un orden social
extremadamente heterogéneo y fragmentado.
Ante esto, pensar en las propuestas educativas planteadas en nombre de la
modernización nos desafía a mirar más allá y desentraña
r la retórica que contiene. El estudio
aquí propuesto, en este sentido, articula elementos políticos pertinentes a los conceptos y a
través de ellos examinar los lineamientos del PPM y sus implicaciones, basado en el enfoque
crítico. Esto se entiende “como
uno cuestionador del statu quo y de las relaciones sociales de
explotación, discriminación o exclusión asociadas a este” (TANAKA, 2016, p. 13).
La investigación utilizó el análisis documental como su procedimiento central, tomando
como fuentes los documen
tos oficiales, ya sean impresos o digitales, además de los periódicos.
Se adoptaron las siguientes categorías analíticas: gestión, descentralización y modernidad. La
gestión fue identificada en el estudio como el eje principal de la idea de cambio que se p
retendía
lograr con la implementación del PPM
.
Para ir más allá de la noción formal de gestión, el
estudio se inspiró en la noción planteada por Cassasus (
2002
), pues para él los modelos de
gestión se basan en alguna teoría de la acción humana dentro de la
s organizaciones, que permite
comprender el concepto en diferentes sesgos políticos. La gestión educativa se ha convertido
en el eje de las reformas que se vienen implementando en la educación en América Latina desde
la década de 1980 frente a los cambios
políticos, sociales y económicos que se han operado en
los países de la región (CASSASUS,
2002
). Ella presenta un carácter teórico
-
práctico y está
influenciada por el discurso de la política educativa, es decir, forma parte de la ejecución de
propuestas po
r el gobierno nacional o por organismos internacionales, los cuales están
enmarcados en un determinado pensamiento político y económico. Como asignatura teórica,
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Su contenido disciplinario está determinado tanto por los contenidos de la
gestión como por la cotidianidad de su práctica. La gestión educativa se
constituye por la puesta en práctica de los principios generales de la gestión y
los de la educación. En est
e sentido es una disciplina aplicada, es un campo
de acción (CASSASUS,
2002
, p.
49
).
Las categorías descentralización y modernización se situaron como ideas
estructuradoras para la formación de consensos en torno a los supuestos de la Reforma del
Estado e
mprendida desde la década de 1970, en los diferentes estados nacionales. Este ideal
coloca al mercado como un agente central para el equilibrio de las relaciones de poder y un
papel estratégico para la ideología del Estado mínimo, en favor de doctrinas y p
olíticas liberal.
Como señala Boron (2003)
el uso de la palabra reforma menciona el pretendido afán de un
significado positivo, según la tradición filosófica occidental. En Latinoamérica, sin embargo,
las reformas estatales fueron en la dirección opuesta.
“[…]Por eso, más que reformas, el término
más corre
c
to sería decir que fueron procesos de
contrarreforma
, procesos de destrucción,
procesos que tuvieron consecuencia procesos de des
-
ciudadanización. […]” (BORON, 2003,
p. 33).
Los análisis
compartidos dan visibilidad a los procesos de municipalización vividos en
el Perú y las contradicciones de las propuestas basadas en el aplanamiento del Estado. Desde
una perspectiva contrahegemónica, se cuestiona el abandono del problema de la justicia so
cial
y su relación con la solidaridad colectiva.
El artículo se estructuró en cuatro partes, incluida esta introducción. Las otras partes
abordan, respectivamente, aspectos conceptuales y los lineamientos de la gestión educativa en
el contexto peruano, pos
teriormente, la institución y desarrollos del Plan Piloto de
Municipalización, como instrumento de política educativa. Por último, se presentan las
conclusiones.
Las dimensiones políticas de la relación modernización, descentralización y gestión
educativ
a
La cuestión de la modernización en América Latina está marcada por los aspectos
controvertidos de la expansión del capitalismo en el continente, por un lado, la subordinación
de los proyectos asumidos a los intereses de las fracciones dominantes locales, p
or otro lado, la
conservación de la dinámica de superexplotación de las clases
subalternas
, en las diversas
esferas de la vida social.
En este sentido, la modernización se refiere a movimientos complejos
de realineamientos político
-
institucionales, guiados
por especies de clubes de intereses que
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operan en el ámbito de las sociedades políticas y civiles para proteger intereses privados,
especialmente los de tres grandes grupos que, a pesar de sus características heterogéneas, logran
mantener alineaciones par
a su autoprotección: militares, empresarios y asociaciones
burocráticas partidarias.
Dardot y Laval (2016), sin embargo, muestran que el tamaño de nuestra desgracia
trasciende fronteras, ya que las élites y las "nuevas izquierdas" convertidas a la raciona
lización
de las políticas públicas tienden a consentir al neoliberalismo bajo los argumentos de la
"modernidad". El carácter contradictorio de la modernidad, sin embargo, no es nuevo, pero se
ha amplificado en el contexto neoliberal, lo que trajo consigo a
taques contra el igualitarismo y
la solidaridad colectiva. Al mismo tiempo, se desinfla la noción de justicia social y se fortalecen
las nociones de libertad individual y de mercado a través de la combinación de los léxicos de
menangement y performance (
DA
RDOT; LAVAL
, 2016).
Estas situaciones ilustran las tendencias que atraviesan las nociones de modernización
en disputa y señalan sus límites cuando las profesan sectores históricamente comprometidos
con las relaciones de poder de origen colonial. En esta lí
nea, también se pueden observar las
concepciones de descentralización y gestión, por regla general limitadas a los procedimientos
administrativos de transferencia de responsabilidades entre entidades gubernamentales, con
fuerte control del poder central. E
n este sentido, es posible entender la centralidad que han ido
adquiriendo estos temas para las reformas educativas, como parte de la agenda de Reforma del
Estado
.
Sin embargo, hemos visto que los procesos de desconcentración y
descentralización en
América Latina presentan una multiplicidad de variables que sirven a un uso ambiguo de
términos, la mayoría de las veces cumpliendo un papel político de difundir la idea de
ineficiencia administrativa y hacer invisible el proyecto eman
cipatorio o igualitarista. Por tanto,
las propuestas políticas al respecto tienden a reducir la descentralización mediante una mayor
participación de los padres en la escuela o transferir nuevas responsabilidades a los gobiernos
.
locales; mientras que para
otros es equivalente a privatizar y reducir los gastos del Estado.
Además, como se señaló Cassasus (
2002
), la descentralización de la gestión educativa en
América Latina ha ganado gran centralidad, como parte de las reformas neoliberales, desde la
década
de 1980, frente a los cambios políticos, sociales y económicos que se han operado en
los países de la región. Su referencia a este período no nos impide darnos cuenta de que, a lo
largo del tiempo, las diversas mediaciones posibles entre sociedad y Estado
se construyeron en
torno a las pretensiones modernizadoras de los sectores económica y culturalmente dominantes,
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que asumieron que para lograr este fin era necesario superar las contradicciones entre nación y
anti
-
nación
, técnica y no
-
Técnico, saliendo en
plano secundario la lucha entre capital y trabajo.
La descentralización aparece en este proceso como parte de las estrategias para superar lo "no
técnico" y ampliar los modelos de gestión.
Según este ideario, se puede afirmar que el mercado es un agente
central para el
equilibrio de las relaciones de fuerza y debe ocupar papel estratégico en espacios hasta entonces
identificados como propios del Estado, arrinconándolos para favorecer a la ideología del Estado
mínimo, bajo la mirada neoliberal.
Salvado la
s diversas experiencias que atravesaba cada país, los sectores de la sociedad
civil vivieron el trance inicial de deslizar el sentido de "autonomía de clase". Tal desliz, estuvo
acompañado de la sobrevaloración de los discursos inmediatos de cada organizac
ión. Esta
nueva forma de organización popular, aunque con sesgo crítico, de alguna manera favoreció la
fragmentación de las luchas colectivas y dio lugar a ideas de ineficiencia del Estado y del papel
de la sociedad civil, confundiendo la resistencia con l
a asimilación de ideas clave del
neoliberalismo.
En un estudio realizado sobre políticas educativas Rivas y Sánchez (2016) mencionan
las tendencias comunes sobre las medidas educativas en América Latina focalizado en siete
países (Argentina, Brasil, Chile
, Colombia, México, Perú y Uruguay) y señalan que se ha
expandido los derechos educativos, pero hay muchos desafíos con respecto el acceso en todos
los niveles, el crecimiento del financiamiento estatal y el reconocimiento de derechos a
poblaciones margina
das. En casi todos los países, excepto Perú, se extendió el horario de
enseñanza y se incrementó el presupuesto para la educación de manera significativa. Se ha
observado que la descentralización política es una retórica actual de los ministerios de
educac
ión. El currículum escolar es ambivalente, pues se desenvuelve entre la prescripción y la
expansión. J
unto con esto los
materiales curriculares son muy prescriptivos o normativos,
mientras que los diseños curriculares
tienden a ser
muy amplios, debido al e
xceso de
contenidos. Sin embargo
,
se observa discusiones del currículo escolar con el enfoque de género,
lo que ha causado un conflicto entre grupos conservadores y progresistas.
Otra tendencia es la
incorporación de
dispositivos de evaluación de la calidad de la enseñanza. Relacionado con eso,
se ha se ha operado el refuerzo de la formación y selección de los directivos escolares. Con
respecto a la docencia, se crearon nuevos sistemas de evaluación, carreras atadas al
mérito,
nombramientos por concursos e incluso pagos diferenciados según los resultados de aprendizaje
de los alumnos.
E
stas
acciones no deja
n
lugar a dudas sobre el carácter
contradictorio
de las
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2006
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reformas educativas en el contexto del llamado Estado posbu
rocrático
, establecido en procesos
de des
-
ciudadanización
.
Stramiello (2010) señala que en América Latina la modernización educativa se ha
presentado mediante tres tendencias regionales: modernización como ordenación del caos,
modernización como desarrollo
económico
-
social y modernización como reconocimiento de la
diversidad. En su entendimiento, la modernización como ordenación del caos ha priorizado la
creación de las oficinas de planeamiento educativo en el ámbito de las dependencias
ministeriales. Esto
significa el establecimiento de una organización para mejorar el sistema
educativo. La modernización como desarrollo económico
-
social se expresó mediante las
propuestas de educación técnica y profesional como la base para el despegue de las naciones
subdes
arrolladas; además se implementó planes de educación y capacitación de adultos para
corregir las deficiencias educativas de la población y mejorar la mano de obra. La
modernización como reconocimiento de la diversidad se manifestó mediante distintas medida
s
como la inclusión de las lenguas indígenas en los planes de estudio, la atención a la
interculturalidad idiomática y las propuestas de descentralización (administrativa, pedagógica
o financiera) para atender las necesidades regionales, dar importancia a
las instituciones
educativas y brindar atención a los grupos vulnerables.
En Perú estos cambios están atravesados por tensiones que expresan la multiplicidad de
intereses en juego, incluidos los negativos constantes de los procesos de cambio por parte de
los sectores que protegen los linajes coloniales. Así, la inclusión de las
lenguas indígenas, por
ejemplo, se gestionó sobre la base de vencer discursos racistas que señalaban que estas lenguas
eran inútiles para el aprendizaje y que debería hablarse solo castellano, y en segundo lugar
inglés. Es más, las ideas contrapuestas de m
odernidad se enfrentaban en ese sentido, pues
algunos estudiosos consideraban que lo moderno era justamente la ampliación del castellano en
todo el Perú y la desaparición de las lenguas indígenas, mientras que otros buscaban revalorar
a las lenguas indígen
as como parte del fortalecimiento de la identidad nacional, y para una
mejor comprensión de lo que se enseñaba en el aula al estudiante con primera lengua indígena.
Mientras tanto, el atraso y el subdesarrollo no se explican sólo a nivel administrativo, si
no que
se refieren a opciones políticas, es decir, a quién sirven los proyectos de desarrollo adoptados.
La descentralización educativa y el Plan Piloto de Municipalización
La descentralización en Perú no es reciente, teniendo como hito importante la Ley
Orgánica de Educación Pública, en 1941, como lo atestigua Laveriano (2010). En el contexto
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de la implementación del Plan Piloto, la descentralización se ha basado en un proce
so de
transferencia de funciones del gobierno central a los gobiernos regionales.
En palabras de
Olarte y
Echeverría
(2008) la descentralización educativa emprendida
en el Perú se convirtió en un objetivo de los gobiernos posteriores a la dictadura fujimorista, un
gobierno marcado por un fuerte centralismo.
El primer periodo de la descentralización educativa, correspo
ndiente al mismo
proceso en todo el país, sería el comprendido entre los años 2001 y 2006.
Tiene su origen
[
…
]
en la reinstalación de la participación social y política de
los ciudadanos y la descentralización en la agenda de la transición
democrática, que
rompió con el centralismo del régimen de Alberto Fujimori.
Centralismo y autocracia en el poder explican la rapidez con la que se
reemprendió el proceso de descentralización (
OLARTE;
ECHEVERRÍA
,
2008, p. 25)
.
Por ello, para incidir en la
descentralización educativa se consideró que esta sea
administrada por los gobiernos municipales, pues estos estaban más cerca de la población y del
alumnado, y de sus problemas, y las escuelas contarían con mayor poder de decisión y
autonomía.
Para eso, l
a
base legal necesaria se dio por medio de la Ley de Reforma Constitucional
del Capítulo XIV del Título IV, sobre Descentralización, en 2002
(
PERÚ
, 2002
a
)
, que
establecía la división del poder en tres niveles de gobierno (nacional, regional y local) con
au
tonomía económica, política y administrativa, y la Ley de Bases de la Descentralización
,
nº.
27
783
(PERÚ, 2002b),
que
ha
creado el
Consejo Nacional de Descentralización (C
N
D)
,
responsable
por la dirección y conducción del proceso (Articulo 22)
. La Ley
definía
el modelo
y ab
arcaba
l
a descentralización
, incluso
cómo se realizaría la transferencia de responsabilidades
del Gobierno central a los Gobiernos subnacionales,
como consta
en el
Cap
í
tulo I
I
,
Disposiciones
Transitorias
,
dividido en cuatro
etapas
centrales
:
Primera Etapa: Instalación de
gobiernos regionales sobre base departamental, transferencia de los activos y pasivos de los
Consejos Transitorios de Administración Regional y elección de las primeras autoridades
regionales
;
Segunda Etapa:
Consolidación del proceso de regionalización, referido a la
formulación y aprobación del plan nacional de inversión descentralizada, difusión del plan
nacional de regionalización y promoción y asistencia técnica para la conformación de regiones.
Tercera Et
apa: Transferencia de funciones sectoriales, excepto salud y educación.
Cuarta etapa:
Transferencia
y recepción de competencias se
c
toriales
en salud y educación
a los gobiernos
regionales
y
locales con responsabilidades del CND
(PERÚ, 2002
b
).
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Las leyes que ordenaron la descentralización fueron complementadas con la Ley
Orgánica de Gobiernos Regionales (LOGR)
(PERÚ, 2002c)
y la Ley Orgánica de
Municipalidades (LOM)
(PERÚ, 2003a)
, las cuales establecían las funciones que le competían
a cada insta
ncia
y más l
a Ley General de la Educación (PERÚ,
2003b
)
. La LOGR establecía
una serie de medidas con el fin de modernizar los sistemas descentralizados de gestión
educativa, en coordinación con los gobiernos locales, mientras que la LOM establecía las
coor
dinaciones y las Unidades de Gestión Educativas (PERÚ,
2003
a
)
.
A pesar del orden que daba la Ley de Bases de Descentralización
(PERÚ, 2002b)
, la
Ley N° 27902
(
PERÚ,
2003a
)
,
modificó la cuarta disposición transitoria, complementaria y
final de la LOGR estableciendo
una política de funciones de manera rápida y paralela,
incluidos
salud y educación
.
Asimismo, fue
ron
incluida
s
en el Plan Anual de Transferencia de
Competencias Sec
toriales 2006 y
ejecutándose en el 2007.
Con este marco legal,
e
l sector Educación tenía su propia estrategia expuesta en el “Plan
de Transferen
cia de Competencias del Quinquenio 2005
-
2009 de los Sectores de Salud y
Educación” (PERÚ,
200
5
). La Defensoría del Pueblo acompañó el proceso de descentralización
en cada una de sus etapas
y
es así que realizó un informe llamado “Conociendo el Plan de
Transferencia de Competencias del Quinquenio 2005
-
2009 de los Sectores de Salud y
Educación desde
un enfoque de derechos”, en el que daba cuenta de las dificultades que
atravesaba el proceso de descentralización educativa. Entre sus hallazgos estaban:
l
a falta de
claridad y precisión para definir qué competencias corresponde asumir a cada nivel de gobi
erno;
i
gual falta de delimitación entre las funciones de las municipalidades provinciales y distritales;
ausencia de mecanismos de articulación entre niveles de gobierno para la coordinación de las
funciones a las
Unidades de Gestión Educativa Local (
UGEL)
.
Como nos recuerda Mu
ñoz
(2013
, p. 6
)
,
en el análisis de la gestión educativa y su descentralización, es fundamental evaluar
el funcionamiento de los diferentes gobiernos regionales,
“
cuáles son sus
capacidades
institucionales y cómo definen y emplean sus recursos organizacionales
”, incluyendo
la
composición de los cuadros de burócratas
que
operan rutinariamente
las
políticas
educativas
y
mantienen una autonomía relativa frente a las autoridades
.
Como se puede apreciar, el Plan de Municipalización de la Gestión Educativa se
instituyó dentro de
una secuencia de difusión de los principios de la nueva gestión pública,
iniciada con anterioridad. Así mediante el Decreto Supremo N.º 078
-
2006
-
PCM
(
PERÚ,
2006b
)
, el presidente Alan
García
autorizó al Ministerio de Educación, dirigido por José
Antonio Chang Escobedo, a llevar a cabo su propuesta, a partir del 1 de enero de 2007. El PPM
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conjugaba la necesidad de descentralizar la educación a través del encargo de esta
responsabilidad a los m
unicipios, y la formulación de los lineamientos para su aplicación,
incluido un Fondo de Compensación para la Municipalización (Foncomuge) y su presupuesto.
Su objetivo declarado era “superar una larga trayectoria de resultados desfavorables en los
aprendi
zajes de los niños, niñas y jóvenes del país” (PERÚ, 2006
a
, p.
17).
En la aplicación de este proyecto la dinámica de desarrollo de la educación estaba
centrado en la municipalidad distrital. Inicialmente se ejecutaría y a modo de prueba entre los
años 2007
y 2008, y según vaya avanzando, se evaluaría y expandiría a todo el país. La
estrategia de aplicación e implementación tenía tres etapas: la de iniciación, la de expansión y
la de generalización. Como se muestra en la tabla 1, cada etapa tenía un proceso
y se definía su
término a partir del cumplimiento de sus avances.
Tabla 1
–
Etapas del PPM
Etapa
Proceso
Avances
Etapa de
Iniciación
Plan Piloto 2007
-
2008.
Implementación del modelo de gestión y
transferencia administrativa a las
municipalidades
56 municipalidades de 26 regiones.
Instituciones educativas de inicial y
primaria.
En 2008 se incorporaron 88 nuevas
municipalidades.
Etapa de
Expansión
Aumento del número de distritos
y provincias integrantes de la
municipalización de la
gestión educativa,
2009
-
2010.
2009 134 municipalidades
incorporadas, se retiraron del PPM 10
municipalidades.
Etapa de
Generalización
Crecimiento significativo del
número de distritos y provincias; período
2011
-
2015.
El 2011, el gobierno de
Ollanta
Humala deroga la política educativa del
PPM.
Fuente: Plan Piloto de Municipalización de la Educación, 2007 (PERÚ, 2006
a
)
En la primera etapa del Plan Piloto fueron 56 las municipalidades distritales de 26
regiones destinadas a llevarlo a cabo, si
n consulta de los gobiernos regionales. Según Díaz y
Valdivia (2007) se contaban con 206 UGEL distribuidas en 26 Direcciones Regionales de
Educación. Surgieron momentos de caos administrativo incontrolable por la falta de una visión
del tipo de estructura
de gestión que debería requerir el sistema educativo. Direcciones
Regionales con y sin área de ejecución; es decir, administrando centros educativos;
Subdirecciones de Región en unas y en otras no; Unidades de Servicios Educativos en unas
Regiones mientras
que en otras
—
además de esos órganos
—
había Áreas de Desarrollo
Educativo. En un inicio quedaron en lista de espera 80 municipios y solo participaron 56
.
El PPM entregaba amplias competencias a las municipalidades a través de su estrategia
de participación de gobiernos locales con instituciones educativas, mediadas por la secretaría
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técnica, que haría las funciones operativas (P
ERÚ
, 2006
a
,
p.
16). Las 56 mu
nicipalidades
distritales seleccionadas para empezar a implementar el
Plan
tenían bajo su jurisdicción un gran
contingente, como se puede ver detalladamente en el tabla
2
.
Tabla
2
–
Número de i
nstituciones y participantes involucrados en el Plan
Piloto de
Municipalización de la Educación
Nivel Educativo
Instituciones Educativas
Docentes
Estudiantes
Inicial
651
2,166
51,223
Primaria
1232
5,657
134,941
Total
1,883
7,823
186,164
Fuente: Plan Piloto de Municipalización de la Educación (P
ERÚ
,
2006
a
)
Según la forma de organización diseñada, cada municipalidad tendría un Consejo
Educativo Municipal (CEM), conformado por los representantes de los Consejos Educativos
Institucionales (CONEI) de las instituciones educativas, presidido por el
alcalde y con una
secretaría técnica encargada de implementar los acuerdos del CEM. Este CEM estaba
encargado de gestionar el proceso de municipalización a través de coordinaciones con las
instituciones educativas conformadas por el CONEI, los directores,
profesores y alumnos, y la
Asociación de Padres y Madres de Familia (
APAFA
)
.
El CONEI estaba conformado por el director de la Institución Educativa, quien lo
preside, los subdirectores, un representante de los docentes por nivel educativo, un
representante
de los estudiantes de primaria y secundaria, dos representantes de los padres de
familia, un representante de los
exalumnos
, un representante del personal administrativo y
también podían participar representantes de las instituciones de la comunidad (P
ERÚ
,
2006
a
).
Las funciones del CEM era ser el centro de la modernización de la gestión educativa
impulsando la participación ciudadana con el fin de efectuar un trabajo coordinado en donde
estén involucrados no solamente los funcionarios y las autoridades, si
no también los profesores
y los padres de familia, e incluso los alumnos (
PERÚ, 2006a
). El CEM establecía los
lineamientos de política, dirigía las acciones de gestión, aprobaba la ejecución de los planes
educativos y el presupuesto, velaba por el cumplimi
ento de objeticos y metas, establecía
indicadores, promovía y aprobaba las capacitaciones a docentes y directivos, establecía
mecanismos de transparencia y rendición de cuentas, y coordinaba con el Minedu, los GORE
las DRE y las UGEL (P
ERÚ
,
2006
a
).
La Secretaría Técnica, en cambio, operativizaba los lineamientos políticos del CEM,
formulaba y ejecutaba los planes operativos, coordinaba con las IE las capacitaciones y
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asistencia técnica, apoyaba al alcalde y coordinaba también con las DRE y las UGEL e
l apoyo
técnico pedagógico e institucional, y los procesos administrativos (
PERÚ
,
2006
a
).
A través de los objetivos específicos se puede apreciar que la movilización de diferentes
agentes y el traspaso de responsabilidades del gobierno central a los regio
nales fueron
estructurales.
a. Las municipalidades gestionan en su ámbito jurisdiccional el servicio de la
Educación Básica.
b. La comunidad educativa participa en la gestión educativa local a través de
los Consejos Educativos Institucionales
-
CONEI.
c. El nivel de aprendizaje de los niños, niñas y adolescentes mejora, es
verificable por medio de indicadores de resultado.
d. La
gestión institucional, pedagógica y administrativa es más eficiente en las
Instituciones Educativas que son conducidas por el gobierno local.
e. Se amplía la cobertura y reduce la inequidad educativa en el ámbito local
con la intervención de la municipal
idad y los actores y agentes educativos.
f. La municipalidad articula la intervención intersectorial (salud, alimentación,
etc.) en apoyo a la gestión educativa (
PERÚ
,
2006
a
,
p.
3
8
).
Cuando se anunció el PPM,
especialistas en educación quienes
trabajaban en las UGEL,
DREL, y el mismo Ministerio de
Educación, asesores entre otros opinaron favorablemente a
este, pero con salvedades, como iniciar el piloto en la Municipalidad Metropolitana de Lima, la
más rica del Perú, y luego ir avanzando hacia o
tras municipalidades igual de ordenadas y con
presupuesto que cubra las expectativas para que el proyecto sea viable, añadiendo que esta
propuesta no se utilice políticamente
(
DIARIO EL COMERCIO
,
2007)
.
El Consejo Nacional de Educación solicitó detener el
PPM debido, entre otras razones,
a que se proponía un modelo único de descentralización municipal, a pesar de las diferencias
intrínsecas de las diversas provincias y distritos del país, lo que expresaba una evidente
improvisación, apresuramiento y falta d
e rigurosidad en su formulación (
PERÚ
,
2006
a
)
.
Varias de las decisiones tomadas por el Ministerio de Educación en el proceso del PPM
no tuvieron asideros, como incrementar el número de municipios en la etapa de inicio (2007
-
2008) e incorporar al nivel secundario, iniciando con 56 municipalidades y term
inando ese año
con 88, sin capacidad para resolver las trabas burocráticas que impedían que se pusiera en
marcha el Foncomuge, que estaba orientado a compensar la falta de presupuesto de los
municipios en el tema educativo y superar la histórica inequidad
del servicio educativo. Sin este
fondo de compensación, los municipios que no contaban con recursos humanos capacitados,
con la tecnología y logística indispensable, y con la recaudación necesaria para cubrir sus
gastos, estaban condenados a fracasar en su
s intentos de cumplir con las metas programadas.
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Las municipalidades tenían capacidades instaladas diferenciadas y heterogéneas, en donde el
desbalance presupuestal, la capacidad de los funcionarios y la experiencia municipal en el
ámbito educativo eran f
undamentales al momento de aplicar el PPM, puesto que las prioridades
serían también diferenciadas y heterogéneas; mientras unas municipalidades podrían privilegiar
la infraestructura y otras las capacitaciones, y estas situaciones no fueron previstas en e
l diseño
del PPM.
De esta manera, la dinámica de implementación pasó por alto la advertencia sobre la
centralidad de los burócratas, como lo señala
Muñoz (2013).
El proyecto planteado por el gobierno de Alan García no supo manejar adecuadamente el
proceso
de descentralización educativa, planteó una estrategia municipal que nunca estuvo
clara, ni normativa ni al momento de su ejecución, en donde la duplicidad de funciones, las
relaciones verticales, el uso político, la falta de coordinación y articulación, l
a nula participación
de diversos actores educativos, la diversidad cultural geográfica, económica y cultural, entre
otras características, fueron tomada en cuenta al momento de formular y diseñar el PPM.
El carácter controvertido de este proceso es que el
fracaso
de la municipalización
educativa configuró aún más la brecha de desigualdad en el servicio educativo, en donde los
más pobres seguían siendo educados con graves carencias
,
mientras que las Reformas
Administrativas fueron identificadas como alterna
tivas a la supuesta crisis del Estado,
en el
marco de la implementación de una economía neoliberal que favorecía a actores particulares
con fines económicos de lucro, generando así un círculo vicioso insalvable hasta el día de hoy.
A pesar de la
retórica política para empujar la descentralización para la mejora de la
gestión educativa, en el gobierno de Alan García, no estaba funcionando como se lo esperaban
los alcaldes. Como es posible ver en el acta del 18 de diciembre de 2009, de la segunda se
sión
ordinaria de la Asamblea Metropolitana de Lima, espacio articulatorio de las municipalidades
de Lima, se hacía evidente el desfase de información acerca de cómo iba avanzando el proceso
de municipalización.
El objetivo de la reunión era señalar los av
ances en materia de descentralización y
situación del proceso de transferencia. Al acabar su exposición el Subgerente Regional de
Descentralización, Jorge Montoya Maquín, se hacía evidente que la educación, entre otros
temas prioritarios, no lo eran tanto
ni para la gestión Metropolitana ni para el Gobierno
Nacional, estando ubicada en el Grupo IV de Transferencia con coordinación directa entre
Gobierno y municipalidades, sin que la administración metropolitana tuviera algún tipo de
rectoría.
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Vale realizar
la observación que cuanta disposición fue emitida por el ente superior: el
MED, se realizaba por igual tanto para zonas rurales como urbanas, no se tuvo en cuenta,
lamentablemente, los contextos de ningún tipo situación que repercutiría en la ejecución de
l
PPM.
En 2011, el gobierno de Alan García, que ya estaba de salida, programó el último “shock
de descentralización” a los gobiernos regionales, es decir, una transferencia apresurada de
recursos que no se habían trasladado en los años respectivos, que “co
nvirtió a la acreditación
en una ‘lista de chequeo’, orientada a constatar la existencia de infraestructura física o
mobiliaria, agudizando el problema de énfasis en aspectos formales y ausencia de mecanismos
para verificar capacidades reales” (A
LCÁZAR
; V
A
LDIVIA
, 2011, p. 13).
En 2011, el gobierno de Ollanta Humala (2012
-
2016) desactivó el plan piloto mediante
el Decreto Supremo N° 019
-
2011
-
ED
(
PERÚ, 2011
)
, y la ministra de Educación, Patricia Salas,
empezó a implementar el Proyecto Educativo Nacional y la
Gestión Educativa Descentralizada
(
PERÚ,
2015), propuestas elaboradas por el Consejo Nacional de Educación.
Sin
embargo,
estudios recientes indican que ni siquiera esta medida rompió el ciclo de modernización trunca
e incompleta
.
El traspaso de la responsabilidad de la provisión a subniveles de gobierno
regionales
ha
generado una serie de problemas en el diseño del nuevo marco institucional y grandes desafíos
relacionados con las capacidades de gestión. Sobre el caso peruano, los d
iagnósticos realizados
han reconocido la existencia de problemas en el diseño institucional de la reforma
descentralizadora, puesto que existen duplicidades, vacíos y contradicciones entre las funciones
que ejerce el Ministerio de Educación y las que ejerc
en los gobiernos regionales y locales. Para
algunos los gobiernos regionales y las municipalidades presentan una serie de limitaciones para
una gestión eficiente debido a obstáculos burocráticos en su aparato administrativo, la escasez
de personal califica
do en áreas especializadas y la falta de uso de evidencia empírica para la
delimitación de sus políticas y programas educativos.
Nosotros juzgamos se ha venido aplicando un modelo vinculado a los
procesos de des
-
ciudadanización, como afirma Boron (2003)
, p
ues los planes y proyectos buscan una mejora en
los resultados,
mientras se reducen las inversiones y se difunden chivos expiatorios.
Por ello,
se ha impulsado las evaluaciones nacionales e internacionales, como la participación en la
prueba PISA, en la qu
e se han obtenido magros resultados, que reflejan mínimos avances. Este
modelo se refleja también en la implementación de recursos tecnológicos, más que en los
contenidos; pues se ha realizado la compra de computadoras, sobre todo, en las zonas urbanas,
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ma
s no ha habido mucho avance en las zonas rurales, lo cual es una muestra de la brecha
tecnológica y educativa entre las escuelas de la ciudad y del campo. Se ha visto que, si bien
estos modelos se presentan como una gestión alternativa, con repercusiones e
n la educación,
están lejos de promover realmente la descentralización del sistema educativo. Entre los
impedimentos para esta hazaña se encuentran la forma precipitada como la que fue realizada en
el periodo 2006
-
2011, incluida la conservación de fundamen
tos políticos pedagógicos.
Ejemplares de esto son el negacionismo que reflejan más bien un pensamiento conservador,
sobre todo, al negar el enfoque de género y el apoyo a la enseñanza de la religión en los colegios.
El problema de las políticas actuales es
que ha dominado la idea de que la baja calidad de la
educación pública se debe a las deficiencias de los docentes; por ello, se invirtió en programas
de capacitación docente. Esto demuestra que la idea de calidad que se ha impuesto ha sido la
lógica de la
eficiencia y la competitividad que sirven a la tendencia política y al modelo
económico neoliberal que se ha seguido desde los noventa.
Debe recordarse que
la reducción
de las competencias planificadoras y administrativas de todo Estado, cediendo a las pr
opias
escuelas la autonomía y utilizando como factor de motivación la posibilidad de autogestión,
produciéndose lo que
Domingo
(1999
, p. 5)
denomina autonomía por decreto,
es decir,
“paradójicos del discurso y las propuestas sobre la
autonomía
se encuentra en que parecen ser
a la vez nuevos sistemas de regulación del trabajo y de las instituciones
así como
nuevos
espacios de acción más libre y creativa.”
Con
t
o
d
a
, l
a retórica sobre la
autonomía
cambia
los
valores máximos del Estado con el público y la descentralización
se igual
a con
desregulación
y abandono de los servicios públicos a la suerte de los ciudadanos.
Conclusiones
Como se ha visto la descentralización política del Estado es un proceso desarrollado en
varios países latinoamericanos. Las reformas realizadas han sido guiadas por distintas razones,
entre las cuales se encuentran la búsqueda de mayor eficiencia del gasto
público y un mayor
control de los usuarios sobre la gestión del servicio.
No se puede olvidar que el Plan Piloto fue concebido en asociación con la retórica de la
descentralización de la administración de las instituciones educativas para que estas sean
más
efectivas. Todavía el Plan Piloto no toma en cuenta las distintas realidades de las regiones,
además de que las funciones del gobierno regional y el gobierno municipal no están bien
precisadas. La investigación encontró que el proceso de descentralizac
ión de la educación, lejos
de cerrar la brecha de desigualdad entre la capital, Lima, y el resto del país, la profundizó, al no
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Liliana Vera ROJAS
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Antonia Almeida SILVA
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Revista Ibero
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ser capaz de articular una política que tuviera en consideración las desventajas y diferencias
entre los gobiernos locales, en d
onde estos últimos no recibieron el total del presupuesto
acordado ni los fondos necesarios para ejecutar y llegar a los objetivos propuestos, teniendo
que asumir, sobre todo los municipios más pobres, parte del gasto de la municipalización que
correspondí
a al gobierno central.
La evidencia de las frustraciones provocadas por el Plan y por la secuencia de reformas
basadas en visiones coloniales, aquí también denominadas visiones que profesan una
modernidad trunca, en los términos indicados por Tanaka (2016
), no faltan y pueden ser
verificadas por los rasgos excluyentes
,
incluso en relación con la lógica dominante, como las
evaluaciones internacionales, como Pisa
. En la prueba tomada en 2012, Perú ocupó el último
lugar de 65 países; en la prueba de 2015, ocu
pó el puesto 63 de 69 países
,
mientras que
,
en
2018, obteniéndose como resultados en comprensión lectora el 54 por ciento de los jóvenes de
quince años presenta un nivel muy bajo, en el área de matemáticas, el 60 por ciento de los
jóvenes se encuentra en l
os niveles de competencia más bajos, en el área de ciencias, en torno
a un 55 por ciento de estudiantes presenta un bajo rendimiento (
BOS; VITERI; ZOIDO
, 2019).
La educación rural se desarrolla en peores condiciones que la urbana. En 451 instituciones
educ
ativas que fueron visitadas por la Defensoría del Pueblo, se comprobaron que las
condiciones para estudiar son muy difíciles, sobre todo por una infraestructura que se enfrenta
continuamente con los fenómenos climatológicos. El acceso a agua, luz, teléfono
, internet y
servicios públicos también es insuficiente, además del déficit de docentes
,
incluso después de
las preguntas planteadas por la
Defensoría del Pueblo
(
2009
)
. La debilidad de las políticas
educativas, la improvisación, la falta de recursos humanos capacitados, sumados a problemas
estructurales como la pobreza, el racismo y la corrupción, por lo cual a la fecha existe una fuerte
crisis del poder,
y
intereses de
grupos privados, sobre todo religiosos y de grupos empresariales,
contribuyen a la desigualdad educativa en el Perú, lo que nos permite corroborar la repercusión
en los intentos de descentralización educativa y en las dificultades para promover reformas
e
ducativas como es el caso que estamos viendo sobre el Plan de Municipalización de la
Educación.
Los resultados conseguidos son ambiguos y reflejan serias limitaciones con respecto a
la equidad y a la eficiencia social, principalmente reflejan las contradic
ciones de sociedades
históricamente marcadas por la desigualdad y todavía frágil en las luchas entre capital y trabajo,
diversidad étnica y lugar social de los pueblos originarios de las américas en sus múltiples
formas de producción de vida y cultura. Se
ha observado que la descentralización educativa
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Modernidad trunca y descentralización de la gestión educativa en Perú: Aspectos de la implementación de la municipalización (
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presenta los mismos problemas que han caracterizado la descentralización política, como son
la ineficiencia de las instancias locales y el incremento de las desigualdades entre las regiones.
Con efecto, desde
una perspectiva crítica, la descentralización no se limita a la articulación de
estrategias (normas) y tácticas (medios) para superar las “disfunciones” en cualquier área, y
mucho menos en la educación. En la situación vista, por tanto, la ambigüedad del
término
informa la disputa de significados y, en cierta medida, su apropiación por parte de clases y
grupos sociales comprometidos con las suposiciones doctrinales de la regulación estatal.
Además, es importante señalar que la multiplicación de enfoques so
bre el tema es parte de la
lucha por la hegemonía y expansión de las áreas de influencia de diferentes grupos de interés.
En este sentido, debemos considerar la advertencia de Juan Carlos Tedesco (1993)
cuando afirma que la autonomía puede estar muy cerca
del aislamiento. Si se confunde
descentralización y autonomía institucional, con dejar las escuelas libradas a su suerte, el efecto
está garantizado: será la legitimación de la inequidad.
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Liliana Vera ROJAS
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Antonia Almeida SILVA
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ISSN: 1982
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DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16622
2476
Como referenciar este artigo
ROJAS, H. L. V.; SILVA, A. A.
Modernidad trunca y descentralización de la gestión educativa
en Perú: Aspectos de la implementación de la
municipalización
(2006
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Americana de Estudos em Educação
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ISSN: 1982
-
5587. DOI:
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Submetido em:
09/02/2022
Revisões requeridas em
:
24/07/2022
Aprovado em
: 13/09/2022
Publicado em
: 30/11/2022
Procesamiento y edición: Editora Iberoamericana de Educación
-
EIAE.
Corrección, formateo, normalización y traducción.
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Truncated modernity and decentralization of educational management in
P
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A
spects of the
implementation of
municipalization (2006
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TRUNCATED MODERNITY AND DECENTRALIZATION OF EDUCATIONAL
MANAGEMENT IN PERU: ASPECTS OF THE
IMPLEMENTATION OF
MUNICIPALIZATION (2006
-
2011)
MODERNIDADE TRUNCADA E DESCENTRALIZAÇÃO DA GESTÃO
EDUCACIONAL NO PERÚ: ASPECTOS DA
IMPLEMENTAÇÃO DA
MUNICIPALIZAÇÃO (2006
-
2011)
MODERNIDAD TRUNCA Y DESCENTRALIZACIÓN DE LA GESTIÓN EDUCATIVA
EN PERÚ:
ASPECTOS DE LA IMPLEMENTACIÓN DE LA MUNICIPALIZACIÓN
(2006
-
2011)
Haydeé Liliana Vera ROJAS
1
Antonia Almeida SILVA
2
ABASTRACT:
This article analyses the relationship between the modernization and the
decentralization of education in Peru during the Alan García Pérez government (2006
-
2011),
when the
Plano de Municipalização da Gestão Educativa e Delineamentos
do
Plano Pi
loto
2007 was founded. With a dialectical approach, the study suggests a historical incursion, and
utilizes document analysis as a central procedure to the research, having official documents
(printed or digitalized), along with newspapers and the area's q
ualified bibliography as fonts.
The categories guiding the analysis are: management, decentralization and modernity. This
research has found that the management decentralization process has translated into the
fragmentation of the State's actions and the p
romotion of autonomy by decree. The modernity
has been expressed, in context, as an ideological persuasion ingredient in favor of private
interests, and has not achieved changes regarding the deregulation and devolution of the State's
power to society.
KEYWORDS
:
Decentralization. Modernization. Educational management.
Municipalization.
Implementation.
RESUMO:
Este artigo analisa a relação entre modernização e descentralização da educação
no Peru, no governo do presidente Alan García Pérez, de 2006 a 2011, quando foi instituído o
Plano de Municipalização da Gestão Educativa e Delineamentos do Plano Piloto em 200
7.
Trata
-
se de uma investigação de natureza documental, com enfoque crítico,
tendo como fontes
documentos oficiais, impressos ou digitais, além da bibliografia qualificada da área. Orientam
as análises as categorias: gestão, descentralização e modernidade.
A investigação revelou que
a implementação da política de descentralização da gestão, amparada na municipalização,
1
Feira de Santana State University
(UEFS)
–
BA
–
Bra
z
il.
Master in Educatio
n. Research supported by CAPES,
through a master's scholarship.
Basic education teacher in Peru
.
ORCID
: htttps://orcid.org/
0000
-
0001
-
7770
-
5875
.
E
-
mail: hveraro2@ucv.edu.pe
2
Feira de Santana State University
(UEFS), Feira de Santana
–
BA
–
Bra
z
il.
Professor of Educational Policy at
the Department of Education. PhD in Education (USP). Member of the Network for Studies on Implementation of
Public Educational Policies.
(REIPPE).
ORCID:
https://orcid.org/
0000
-
0002
-
6790
-
7761. E
-
mail:
antoniasilva@uefs.br
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Liliana Vera ROJAS
and
Antonia Almeida SILVA
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traduziu
-
se na fragmentação das ações do Estado e na promoção da autonomia por decreto. A
modernidade se expressou, no contexto, como ingred
iente de
persuasão
ideológica em favor
dos interesses privados e não alcançou mudanças quanto à desregulação e devolução do poder
do Estado à sociedade.
PALAVRAS
-
CHAVE
: Descentralização. Modernização. Gestão da educação.
Municipalização.
Implementação.
RESUMEN:
Este artículo analiza la relación entre modernización y descentralización de la
educación en el Perú, durante el gobierno del presidente Alan García Pérez, de 2006 a 2011,
cuando se instituyó el Plan de Municipalización de la Gest
ión Educativa y el Esquema del Plan
Piloto 2007. Es una investigación documental, con un enfoque crítico, teniendo como fuentes
documentos oficiales, impresos o digitales, además de la bibliografía calificada. Las siguientes
categorías orientan el análisis
: gestión, descentralización y modernidad. La investigación
reveló que la implementación de la política de descentralización de la gestión, apoyada en la
municipalización, resultó en la fragmentación de las acciones del Estado y la promoción de la
autonomí
a por decreto. La modernidad se expresó, en el contexto, como un ingrediente de la
persuasión ideológica a favor de los intereses privados y no ha logrado cambios en términos
de desregulación y retorno del poder del Estado a la sociedad
.
PALABRAS CLAVES
:
Descentralización. Modernización. Gestión educativa.
Municipalización. Implementación.
Introdu
ction
This article, based on the idea that Peru is a country designated by "a kind of truncated
or incomplete modernity" (TANAKA, 2016, p. 14
, our
translation
), proposes to problematize
the project of modernization and decentralization of education, based on the
Plano de
Municipalização da Gestão Educativa e Delineamentos
do
Plano Piloto
-
Plan for
Municipalization of Educational Management and the Guidelines of the 2007 Pilot Plan
-
hereafter, the PPM
in the Portuguese acronym
, instituted under the government of Alan García
Pérez, from 2006 to 2011. Therefore, we are interested in analyzin
g the political relations
involved in the trilogy modernization, decentralization, and educational management, where
we will analyze the implementation process of the PPM and its repercussions. Thus, it will be
possible to demonstrate the vision of educati
onal management and its intertwining with the
revision of the role of the State in its post
-
bureaucratic version
.
The process of modernizing Peruvian educational management through decentralization
is a current issue, since it has been seen that one of the
major problems affecting the
development and equitable progress of the regions is centralism, since in the city of Lima all
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Truncated modernity and decentralization of educational management in
P
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A
spects of the
implementation of
municipalization (2006
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2011
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2450
powers are concentrated and is the political and economic axis of the country. which affects the
rest of the provinces and departme
nts.
One of the areas where centralism has caused serious problems is the educational field,
which is evident in the inequalities between sectors of the country, in this case between Lima
and the rest of the regions. The educational gap is worrisome becaus
e it maintains a complex
cycle of production and increased social inequality for people who directly suffer exploitation,
discrimination, and exclusion.
As Tanaka (2016, p. 15
, our translation
) points out in his brief overview of social
relations and
the production of inequality in Peru
:
All this would have as a consequence the need to explain how in Peru injustice
in social relations crosses class, ethnic, regional, and gender components,
among others. Although this configuration crosses the
entire social structure,
one sector is special and historically oppressed, while injustices against it tend
to overlap: the poor population, Andean or Amazonian, of indigenous origin,
rural, female. Any emancipatory or egalitarian project must consider thi
s
complex configuration, which is also expressed in an extremely
heterogeneous and fragmented social order
.
Given this, thinking about the educational proposals presented in the name of
modernization challenges us to look beyond and unveil the rhetoric i
t contains. The study
proposed here, in this sense, articulates relevant political elements to the concepts and, through
them, examines the PPM guidelines and their implications, based on the critical approach. This
is understood "as one who questions the
status quo and the social relations of exploitation,
discrimination, or exclusion associated with it" (TANAKA, 2016, p. 13
, our translation
).
The research used documentary analysis as a central procedure, taking as sources
official documents, printed or digital, as well as newspapers. The following analytical
categories were adopted: management, decentralization, and modernity. Management was
id
entified in the study as the main axis of the idea of change that was intended to be achieved
with the implementation of the PPM. To go beyond the formal notion of management, the study
was inspired by the notion raised by Cassasus (2002), because for him
management models are
based on some theory of human action within organizations, which allows the concept to be
understood in different political biases. Educational management has become the core of the
reforms that have been implemented in Latin American
education since the 1980s due to the
political, social, and economic changes that have taken place in the countries of the region
(CASSASUS, 2002). It has a theoretical
-
practical character and is influenced by the discourse
of educational policy, that is,
it is part of the implementation of proposals by the national
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Haydeé
Liliana Vera ROJAS
and
Antonia Almeida SILVA
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Revista Ibero
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DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16622
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government or international organizations, which are framed in a particular political and
economic thought. As a theoretical discipline
,
Its disciplinary content is determined as much by the c
ontent of management
as by its everyday practice. Educational management is constituted by the
implementation of the general principles of management and those of
education. In this sense, it is an applied discipline, a field of action
(CASSASUS,
2002
, p.
49
, our translation
).
The categories of decentralization and modernization were positioned as structuring
ideas for the formation of consensus around the assumptions of State Reform undertaken since
the 1970s in the different national states. This
ideal places the market as a central agent for the
balance of power relations and a strategic role for the ideology of the minimal State, in favor of
liberal doctrines and policies. As Boron (2003) points out, the use of the word reform mentions
the suppos
ed desire for a positive meaning, according to the Western philosophical tradition.
In Latin America, however, state reforms went in the opposite direction. "[...] Therefore, more
than reforms, the more correct term would be to say that they were processes
of counter
-
reform,
processes of destruction, processes that had consequences processes of de
-
citizenship. [...]"
(BORON, 2003, p. 33
, our translation
).
The shared analyses give visibility to the processes of municipalization experienced in
Peru and the co
ntradictions of the proposals based on the flattening of the state. From a counter
-
hegemonic perspective, the abandonment of the problem of social justice and its relation to
collective solidarity is questioned.
The article is structured in four parts, inc
luding this introduction. The other parts
address, respectively, conceptual aspects and guidelines of educational management in the
Peruvian context, then, the institution and unfoldings of the Municipalization Pilot Plan, as an
instrument of educational p
olicy. Finally, the conclusions are presented
.
The political dimensions of the relationship between modernization, decentralization,
and educational management
The question of modernization in Latin America is marked by the controversial aspects
of the expansion of capitalism in the continent, on the one hand, the subordination of the
assumed projects to the interests of the local dominant factions, on the other
hand, the
preservation of the dynamics of overexploitation of subordinate classes in the various spheres
of social life. In this sense, modernization refers to complex movements of political
-
institutional realignments, guided by species of interest clubs t
hat act within political and civil
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society to protect private interests, especially those of three large groups that, despite their
heterogeneous characteristics, manage to maintain alignments for their self
-
protection: military,
business, and bureaucratic
party associations.
Dardot and Laval (2016), however, show that the size of our misfortune transcends
borders, as elites and "new lefts" converted to the rationalization of public policies tend to
consent to neoliberalism under the arguments of "modernit
y." The contradictory character of
modernity, however, is not new, but has been amplified in the neoliberal context, which has
brought with it attacks against egalitarianism and collective solidarity. At the same time, the
notion of social justice is hollo
wed out and the notions of individual freedom and the market
are strengthened through the combined lexicons of menangement and performance.
(DARDOT;
LAVAL, 2016).
These situations illustrate the trends that run through the notions of modernization in
dispu
te and point to their limits when they are professed by sectors historically committed to
power relations of colonial origin. Along these lines, one can also observe the conceptions of
decentralization and management, as a rule limited to administrative pr
ocedures of transferring
responsibilities among government entities, with strong control by the central power. In this
sense, it is possible to understand the centrality that these issues have been acquiring for
educational reforms, as part of the State Re
form agenda.
However, we have seen that the processes of deconcentration and decentralization in
Latin America present a multiplicity of variables that serve an ambiguous use of terms, most
often fulfilling a political role of spreading the idea of adminis
trative inefficiency and
invisibilizing the emancipatory or egalitarian project. Political proposals in this regard therefore
aim at reducing decentralization through greater parental involvement in the school or
transferring new responsibilities to govern
ments. Local; while for others it amounts to
privatizing and reducing state spending. Moreover, as Cassasus (2002) notes, decentralization
of educational management in Latin America has gained great centrality as part of neoliberal
reforms since the 1980s
in the face of the political, social, and economic changes that have
occurred in countries in the region. Its reference to this period does not prevent us from realizing
that, throughout time, the diverse possible mediations between society and the State w
ere built
around the modernizing pretensions of the economically and culturally dominant sectors, which
assumed that, in order to achieve this end, it was necessary to overcome the contradictions
between nation and anti
-
nation, technical and non
-
technical,
leaving the struggle between
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Liliana Vera ROJAS
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capital and labor in a secondary plane. Decentralization appears in this process as part of the
strategies to overcome the "non
-
technical" models and to broaden the management models.
According to this ideology, one can affir
m that the market is a central agent for the
balance of power relations and must occupy a strategic role in spaces hitherto identified as
belonging to the State, cornering them to favor the ideology of the minimal State, under the
neoliberal gaze.
Barring
the various experiences that each country was going through, the sectors of civil
society experienced the initial trance of slipping the sense of "class autonomy. Such a slip was
accompanied by the overvaluation of the immediate discourses of each organiz
ation. This new
form of popular organization, although with a critical bias, somehow favored the fragmentation
of collective struggles and gave rise to ideas of inefficiency of the State and the role of civil
society, confusing resistance with assimilation
of key ideas of neoliberalism.
In a study conducted on educational policies, Rivas and Sánchez (2016) mention
common trends on educational measures in Latin America focused on seven countries
(Argentina, Brazil, Chile, Colombia, Mexico, Peru, and
Uruguay) and point out that educational
rights have expanded, but there are many challenges regarding access at all levels, growth of
state funding, and recognition of rights for marginalized populations. In almost all countries
except Peru, teaching hours
have been extended and the education budget has been significantly
increased. Political decentralization has been observed as a current rhetoric of education
ministries. The school curriculum is ambivalent, as it develops between prescription and
expansio
n. Along with this, curriculum materials are very prescriptive or normative, while
curriculum designs tend to be very broad, due to excess content. However, there are discussions
about the school curriculum with a gender focus, which has caused conflicts b
etween
conservative and progressive groups. Another trend is the incorporation of mechanisms to
evaluate the quality of education. Related to this, there has been the strengthening of the training
and selection of school principals. As far as teaching is c
oncerned, new evaluation systems have
been created, careers linked to merit, appointments through competitive examinations, and even
differentiated payments according to the learning results of the students. These actions leave no
doubt about the contradic
tory character of the educational reforms in the context of the so
-
called post
-
bureaucratic state, established in processes of de
-
citizenship
.
Stramiello (2010) points out that in Latin America educational modernization has been
presented through three reg
ional trends: modernization as chaos management, modernization
as economic
-
social development, and modernization as recognition of diversity. In his
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spects of the
implementation of
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understanding, modernization as chaos management has prioritized the creation of educational
planning offic
es within ministerial units. This means the establishment of an organization to
improve the educational system. Modernization as economic
-
social development has expressed
itself through the proposals of technical and vocational education as the basis for t
he take
-
off
of underdeveloped nations; In addition, adult education and training plans have been
implemented to correct the educational deficiencies of the population and improve the labor
force. Modernization as recognition of diversity was manifested thr
ough various measures such
as the inclusion of indigenous languages in curricula, attention to linguistic interculturality, and
proposals for decentralization (administrative, pedagogical, or financial) to meet regional
needs, give importance to educationa
l institutions, and provide assistance to vulnerable groups.
In Peru, these changes are crossed by tensions that express the multiplicity of interests
at stake, including the constant negative processes of change by sectors that protect colonial
lineages.
Thus, the inclusion of indigenous languages, for example, was managed from
overcoming racist discourses that pointed out that these languages were useless for learning and
that only Spanish should be spoken, and secondarily English. Moreover, opposing ide
as of
modernity clashed in this regard, as some scholars considered that the modern was precisely
the expansion of Spanish throughout Peru and the disappearance of indigenous languages, while
others sought to revalue indigenous languages as part of strengt
hening national identity and for
a better understanding of what was taught in the classroom to the student with the first
indigenous language. Meanwhile, backwardness and underdevelopment are not only explained
at the administrative level, but concern poli
tical choices, that is, who the adopted development
projects serve
.
Educational Decentralization and the Municipalization Pilot Plan
Decentralization in Peru is not recent, with the Organic Law of Public Education in 1941
as an important milestone, as witnessed by Laveriano (2010). In the context of the
implementation of the Pilot Plan, decentralization was based on a process of transf
erring
functions from central to regional governments.
In the words of Olarte and Echeverría (2008), educational decentralization undertaken
in Peru became a goal of governments after the dictatorship of Fujimori, a government marked
by strong centralism
.
The first period of educational decentralization, corresponding to the same
process throughout the country, would be between 2001 and 2006. It has its
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Liliana Vera ROJAS
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origin [...] in the reestablishment of social and political participation of
citizens and decentraliza
tion in the agenda of the democratic transition, which
broke with the centralism of Alberto Fujimori's regime. Centralism and
autocracy in power explain the speed with which the decentralization process
was resumed
(
OLARTE;
ECHEVERRÍA
,
2008, p. 25
, our translation
)
.
Therefore, to influence educational decentralization, it was considered that this would
be administered by municipal governments, since they were closer to the population and
students, and their problems, and schools would
have greater decision
-
making power and
autonomy.
For this, the necessary legal basis was given through the Constitutional Reform Law of
Chapter XIV of Title IV, on Decentralization, in 2002 (PERU, 2002a), which established the
division of power into three
levels of government (national, regional, and local) with economic,
political, and administrative autonomy, and the Law of Decentralization Bases. No. 27783
(PERU, 2002b), which created the National Decentralization Council (CND in the Portuguese
acronym)
, responsible for directing and conducting the process (article 22). The Law defined
the model and covered decentralization, including how the transfer of responsibilities from the
central government to subnational governments would be carried out, as stat
ed in Chapter II,
Transitional Provisions, divided into four central phases: First Phase: Installation of regional
governments on a departmental basis, transfer of the assets and liabilities of the Transitional
Councils of Regional Administration, and elec
tion of the first regional authorities; Second
Stage: Consolidation of the regionalization process, referring to the formulation and approval
of the national decentralized investment plan, dissemination of the national regionalization
plan, and promotion a
nd technical assistance for the formation of the regions. Third Stage:
Transfer of sectoral functions, except health and education. Fourth Stage: Transfer and receipt
of sectoral competencies in health and education to regional and local governments with N
DC
responsibilities (PERU, 2002b).
The laws ordering decentralization were complemented by the Organic Law of Regional
Governments (hereafter LOGR) (PERU, 2002c) and the Organic Law of Municipalities (LOM
in the Portuguese acronym) (PERU, 2003a), which established the functions that corresp
onded
to each instance, plus the General Law of Education (PERU, 2003b). The LOGR established a
series of measures to modernize decentralized educational management systems in coordination
with local governments, while the LOM established the Educational C
oordination and
Management Units
(PER
U
,
2003
a
)
.
Despite the order given by the Basic Decentralization Law (PERU, 2002b), Law No.
27902 (PERU, 2003a) amended the fourth, complementary and final transitory provision of the
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LOGR, establishing a policy of func
tions in a rapid and parallel manner, including health and
education. They were also included in the 2006 Annual Sectoral Competencies Transfer Plan
and applied in 2007.
With this legal framework, the Education sector had its own strategy defined in the
"
2005
-
2009 Five Year Transfer of Competencies Plan of the Health and Education Sectors"
(PERU, 2005). The Ombudsman followed the decentralization process in each of its stages, and
thus prepared a report entitled "Knowing the Plan for the Transfer of Compet
encies for the
Five
-
Year Period 2005
-
2009 of the Health and Education Sectors from a Rights
-
Based
Approach", in which it reported on the difficulties faced by the educational decentralization
process. Among its conclusions are: the lack of clarity and prec
ision to define which
competencies correspond to each level of government; equal lack of demarcation between the
functions of provincial and district municipalities; absence of articulation mechanisms between
levels of government for the coordination of th
e functions of the Local Units of Educational
Management (hereafter UGEL). As Muñoz (2013, p. 6) reminds us, in the analysis of
educational management and its decentralization, it is essential to evaluate the functioning of
the different regional governmen
ts, "what their institutional capacities are and how they define
and use their organizational resources," including the composition of the cadres of bureaucrats
who routinely operate educational policies and maintain relative autonomy from the authorities
.
As can be seen, the Plan for Municipalization of Educational Management was instituted
within a sequence of dissemination of the principles of the new public management, initiated
earlier. Thus, through Supreme Decree No. 078
-
2006
-
PCM (PERU,
2006b), President Alan
García authorized the Ministry of Education, led by José Antonio Chang Escobedo, to carry out
its proposal, starting January 1, 2007. The MHP combined the need to decentralize education
by assigning this responsibility to the municip
alities, and the formulation of guidelines for its
application, including a Municipalization Compensation Fund (Foncomuge) and its budget. Its
stated goal was to "overcome a long history of unfavorable learning outcomes for children and
youth in the countr
y" (PERU, 2006a, p. 17
, our translation
).
In the implementation of this project, the dynamics of education development focused
on the district municipality. Initially it would be executed and as a test between 2007 and 2008,
and as it progressed, it would
be evaluated and expanded throughout the country. The
implementation and rollout strategy had three stages: initiation, expansion, and generalization.
As shown in Table 1, each stage had a process and its end was defined by the achievement of
its progress
.
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Table
1
–
Stages of the PPM
Stage
Process
Advances
Initiation
Stage
Pilot Plan 2007
-
2008.
Implementation of the management
model and administrative transfer to the
municipalities
56 municipalities in 26 regions.
Initial and primary education
institutions.
In 2008, 88 new municipalities
were incorporated.
Expansion
Stage
Increase in the number of
districts and provinces that make up the
municipalization of educational
management, 2009
-
2010.
2009 134 municipalities
incorporated, 10 municipaliti
es removed
from PPM.
Generalization
Stage
Significant growth in the number
of districts and provinces; 2011
-
2015
period.
In 2011, Ollanta Humala's
government repealed the PPM's education
policy.
Source: Pilot Plan for Municipalization of
Education, 2007 (PERU, 2006a)
In the first phase of the Pilot Plan, 56 district municipalities from 26 regions were
assigned to carry it out, without consulting the regional governments. According to Díaz and
Valdivia (2007) there were 206 UGELs distribut
ed in 26 Regional Education Directorates.
Moments of uncontrollable administrative chaos arose due to the lack of a vision of what kind
of management structure the educational system should require. Regional Directions with and
without an execution area; t
hat is, management of educational centers; Regional Sub
-
directions
in some and not in others; Educational Service Units in some Regions, while in others
-
in
addition to these bodies
-
there were Educational Development Areas. Initially, 80
municipalities
were on the waiting list and only 56 participated.
The PPM handed over extensive powers to the municipalities through its strategy of
involving local governments with the educational institutions, mediated by the technical
secretariat, which would perform
the operational functions (PERU, 2006a, p. 16). The 56
district municipalities selected to begin implementing the Plan had a large contingent under
their jurisdiction, as can be seen in detail in Table 2
.
Table
2
–
Number of institutions and
participants involved in the Municipalization of
Education Pilot Plan
Educational Level
Educational Institutions
Teachers
Students
Initial
651
2,166
51,223
Primary
1232
5,657
134,941
Total
1,883
7,823
186,164
Source: Pilot Plan for
Municipalization of Education, 2007 (PERU, 2006a)
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According to the form of organization designed, each municipality would have a
Municipal Education Council (CEM), composed of representatives of the Institutional
Education Councils (CONEI) of the educatio
nal institutions, presided over by the mayor and
with a technical secretariat responsible for implementing the CEM agreements. This CEM was
in charge of managing the municipalization process through coordination with the educational
institutions formed by
the CONEI, the principals, teachers and students, and the Parents'
Association (APAFA).
The CONEI was composed of the director of the Educational Institution, who chairs it,
the vice
-
directors, one representative of the teachers per educational level, one
representative
of the elementary and high school students, two representatives of the parents, one
representative of the alumni, one representative of the administrative staff, and representatives
of the community institutions could also participate (PERU,
2006a).
The functions of the CEM were to be the center of the modernization of educational
management by promoting citizen participation in order to carry out coordinated work where
not only officials and authorities are involved, but also teachers and pa
rents, and even students
(PERÚ, 2006a). The CEM established policy guidelines, directed management actions,
approved the execution of educational plans and the budget, ensured the fulfillment of
objectives and goals, established indicators, promoted and ap
proved the training of teachers and
administrators, established transparency and accountability mechanisms, and coordinated with
the Minedu, the GORE, the DRE, and the UGEL (PER
U
, 2006a).
The Technical Secretariat, in turn, operationalized the policy guide
lines of the CEM,
formulated and executed the operational plans, coordinated with the EIs in training and
technical assistance, supported the mayor, and also coordinated with the DRE and the UGEL
the pedagogical and institutional technical support, and the
administrative processes (PERU,
2006a).
Through the specific objectives, one can see that the mobilization of different agents
and the transfer of responsibilities from the central governments to the regional governments
were structural
.
a. Municipalities manage Basic Education service in their jurisdictional area.
b. The educational community participates in local educational management
through the Institutional Educational Councils
-
CONEI.
c. The learning level of children and adolescen
ts improves, is verifiable
through outcome indicators.
d. Institutional, pedagogical and administrative management is more efficient
in educational institutions that are led by the local government.
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e. Coverage is expanded and educational inequality is reduced at the local
level with the intervention of the m
unicipality and educational actors and
agents.
f. The municipality articulates intersectoral intervention (health, food, etc.) in
support of educational management
(
PER
U
,
2006
a
,
p.
3
8
, our translation
).
When the PPM was announced, education
experts working in UGEL, DREL and the
Ministry of Education itself, advisors among others, gave a favorable opinion to it, but with
caveats, such as starting the pilot in the Metropolitan Municipality of Lima, the richest in Peru,
and then moving to other
municipalities equally ordered and with a budget that covers the
expectations that the project is viable. adding that this proposal should not be used politically
(DIARIO EL COMERCIO, 2007).
The National Education Council requested the suspension of the PP
M because, among
other reasons, it proposed a single model of municipal decentralization, despite the intrinsic
differences in the various provinces and districts of the country, which expressed an evident
improvisation, haste and lack of rigor in its form
ulation (PER
U
, 2006a).
Several of the decisions made by the Ministry of Education in the PPM process were
unfounded, such as the increase in the number of municipalities in the initial phase (2007
-
2008)
and the incorporation of the secondary level, startin
g with 56 municipalities and ending this
year with 88, without the ability to resolve the bureaucratic obstacles that prevented the launch
of Foncomuge, which was intended to compensate for the lack of budget of the municipalities
in the educational issue
and overcome the historical inequality of educational service. Without
this compensation fund, the municipalities that lacked trained human resources, the necessary
technology and logistics, and the necessary revenue to cover their expenses, were doomed to
failure in their attempts to meet the programmed goals. The municipalities had differentiated
and heterogeneous installed capacities, where the budget imbalance, the staff capacity and the
municipal experience in the educational area were fundamental in t
he application of the PPM,
since the priorities would also be differentiated and heterogeneous; while some municipalities
might privilege infrastructure and others capacity building, and these situations were not
foreseen in the PPM design. Thus, the imple
mentation dynamics ignored the warning about the
centrality of bureaucrats, as Muñoz (2013) points out.
The project proposed by the government of Alan García did not know how to properly
deal with the process of educational decentralization, proposed a mun
icipal strategy that was
never clear, neither normative nor at the time of its execution, where the duplication of
functions, vertical relations, political use, lack of coordination and articulation, the null
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municipalization (2006
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2460
participation of various educational actors, Th
e geographic, economic and cultural diversity,
among other characteristics, was taken into account in the formulation and design of the PPM.
The controversial character of this process is that the failure of educational
municipalization further configured
the inequality gap in the educational service, where the
poorest continued to be educated with serious deficiencies, while the Administrative Reforms
were identified as alternatives to the supposed crisis of the State. within the framework of
implementing
a neoliberal economy that favored certain actors for economic profit, thus
generating an insurmountable vicious circle until today.
Despite the political rhetoric to push decentralization for the improvement of
educational management, under Alan
García's government, it was not working as expected by
the mayors. As can be seen in the minutes of the December 18, 2009, second ordinary session
of the Metropolitan Assembly of Lima, the articulatory space of Lima's municipalities, the
information gap on
how the municipalization process was progressing was evident.
The purpose of the meeting was to identify progress in decentralization and the status
of the transfer process. At the end of his presentation, the Regional Sub
-
Manager of
Decentralization, Jor
ge Montoya Maquín, it was evident that education, among other priority
issues, was not so much for Metropolitan management or the National Government, being
located in Transfer Group IV with direct coordination between Government and municipalities,
withou
t the Metropolitan administration having any kind of deanery.
It is worth noting that how many provisions were issued by the higher entity: the MED,
which was carried out equally for rural and urban areas, unfortunately did not take into account
contexts
of any kind that affected the execution of the
PPM
.
In 2011, the outgoing government of Alan García programmed the last "decentralization
shock" for regional governments, that is, a hasty transfer of resources that had not been
transferred in the respectiv
e years, which "turned accreditation into a 'checklist' designed to
verify the existence of physical or mobile infrastructure, exacerbating the problem of the
emphasis on formal aspects and absence of mechanisms to verify real capacities" (ALCÁZAR;
VALDIVI
A, 2011, p. 13
, our translation
).
In 2011, the government of Ollanta Humala (2012
-
2016) deactivated the pilot plan
through Supreme Decree No. 019
-
2011
-
ED (PERU, 2011), and the Minister of Education,
Patricia Salas, began implementing the National Education
Project and Decentralized
Educational Management (PERU, 2015), proposals prepared by the National Education
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Council. However, recent studies indicate that even this measure has not broken the truncated
and incomplete cycle of modernization.
The transfer o
f responsibility for delivery to regional sub
-
levels of government has
generated a number of problems in the design of the new institutional framework and major
challenges related to management capacities. In the Peruvian case, the diagnoses carried out
re
cognized the existence of problems in the institutional design of the decentralization reform,
since there are duplications, gaps, and contradictions between the functions exercised by the
Ministry of Education and those exercised by regional and local gov
ernments. For some,
regional governments and municipalities present a series of limitations for efficient
management due to bureaucratic obstacles in their administrative apparatus, the scarcity of
qualified personnel in specialized areas, and the lack of
use of empirical evidence for the
delimitation of their educational policies and programs
.
We believe that a model linked to de
-
citizenship processes has been applied, as Boron
(2003) states, since plans and projects seek an improvement in results,
while scapegoating and
reducing investments. For this reason, national and international evaluations were promoted,
such as participation in the PISA test, in which poor results were obtained, reflecting minimal
progress. This model is also reflected in t
he implementation of technological resources, and not
in the content; well, the purchase of computers was made, especially in urban areas, but there
was not much progress in rural areas, which is a sign of the technological and educational gap
between muni
cipal and rural schools. It was realized that although these models present
themselves as a management alternative, with repercussions in education, they are far from
really promoting the decentralization of the educational system. Among the impediments to
this
achievement are the hasty manner in which it was carried out in the period 2006
-
2011, including
the preservation of pedagogical political foundations. Examples of this are the denialism that
reflects conservative thinking, above all, denying the gend
er approach and the support for the
teaching of religion in schools. The problem with current policies is that the idea that the low
quality of public education is due to teacher deficiencies has dominated; Therefore, investment
has been made in teacher tr
aining programs. This shows that the idea of quality that has been
imposed has been the logic of efficiency and competitiveness that serves the political trend and
the neoliberal economic model that has been followed since the 1990s. It is worth rememberin
g
that the reduction of the planning and administrative powers of any state, ceding autonomy to
the schools themselves and using as a motivating factor the possibility of self
-
management,
producing what Domingo (1999, p. 5
, our translation
) calls autonomy
by decree, that is,
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"paradoxical of the discourse and proposals about autonomy is found in that they seem to be,
at the same time, new systems for regulating work and institutions, as well as New spaces for
freer and more creative action"
.
However, the rhe
toric on autonomy changes the ultimate values
of the state with the public, and decentralization is equated with deregulation and the
abandonment of public services to the fate of citizens
.
Conclusion
As we have seen, the political decentralization of the State is a process developed in
several Latin American countries. The reforms carried out have been guided by different
motives, among them the search for greater efficiency in public spending and grea
ter user
control over service management.
It should not be forgotten that the Pilot Plan was conceived in association with the
rhetoric of decentralizing the administration of educational institutions to make them more
effective. The Pilot Plan still does
not take into account the different realities of the regions,
besides the fact that the roles of regional government and municipal government are not well
defined. The research found that the education decentralization process, far from closing the
inequa
lity gap between the capital, Lima, and the rest of the country, has deepened it, by failing
to articulate a policy that takes into account the disadvantages and differences between local
governments, where they have not received the total budget agreed up
on or the funds necessary
to execute and achieve the proposed objectives. having to assume, especially the poorest
municipalities, part of the municipalization expenses that corresponded to the central
government.
The evidence of the frustrations caused b
y the Plan and the sequence of reforms based
on colonial visions, here also called visions that profess a truncated modernity, in the terms
indicated by Tanaka (2016), is not lacking and can be verified by the exclusionary
characteristics, even in relation
to the dominant logic, such as the international assessments,
like Pisa. In the test conducted in 2012, Peru ranked last among 65 countries; in the 2015 test,
it ranked 63rd among 69 countries, while in 2018, obtaining as results in reading comprehension
54% of fifteen
-
year
-
olds have a very low level, in the area of mathematics, 60% of young people
are in the lowest levels of proficiency, in the area of science, about 55% of students have low
performance (BOS; VITERI; ZOIDO, 2019). Rural education is devel
oped under worse
conditions than urban education. In 451 educational institutions that were visited by the
Ombudsman, it was found that the conditions for studying are very difficult, especially because
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of an infrastructure that is continuously confronted
with weather phenomena. Access to water,
electricity, telephone, internet and public services is also insufficient, in addition to the shortage
of teachers, even after the issues raised by the Ombudsman (2009). The weakness of educational
policies, improvi
sation, lack of qualified human resources, added to structural problems such
as poverty, racism and corruption, for which to this day there is a strong power crisis, and the
interests of private groups, especially religious and business groups, contribute
to educational
inequality in Peru, which allows us to corroborate the repercussions on attempts at educational
decentralization and the difficulties in promoting educational reforms as is the case we are
seeing in the Municipalization of Education Plan
.
Th
e results achieved are ambiguous and reflect serious limitations in relation to equity
and social efficiency. They mainly reflect the contradictions of societies historically marked by
inequality and still fragile in the struggles between capital and labor
, ethnic diversity, and the
social place of the original peoples of the Americas in their multiple forms of production of life
and culture. It was observed that educational decentralization presents the same problems that
have characterized political decen
tralization, such as the inefficiency of local authorities and
the increase of inequalities between regions. In fact, from a critical perspective, decentralization
is not limited to the articulation of strategies (norms) and tactics (means) to overcome
"dy
sfunctions" in any area, much less education. In the situation seen, therefore, the ambiguity
of the term informs the dispute of meanings and, to some extent, its appropriation by classes
and social groups committed to the doctrinal assumptions of state re
gulation. Moreover, it is
important to note that the multiplication of approaches to the issue is part of the struggle for
hegemony and expansion of the areas of influence of different interest groups.
In this sense, we should consider the warning of Juan
Carlos Tedesco (1993) when he
states that autonomy can be very close to isolation. If decentralization and institutional
autonomy are confused with leaving schools to their fate, the effect is guaranteed: it will be the
legitimization of inequality
.
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Approved
: 13/09/2022
Published
: 30/11/2022
Processing and publication by the
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