image/svg+xml
Diretores de escola na implementação das políticas de educação especial inclusiva em um município da Região Metropolitana de
São Paulo
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2386
DIRETORES DE ESCOLA NA IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA
DE EDUCAÇÃO
ESPECIAL INCLUSIVA EM UM MUNICÍPIO DA REGIÃO METROPOLITANA DE
SÃO PAULO
1
LOS DIRECTORES DE ESCUELA EN LA IMPLEMENTACIÓN DE LA POLÍTICA DE
EDUCACIÓN ESPECIAL INCLUSIVA EN UN
MUNICIPIO DE LA REGIÓN
METROPOLITANA DE SÃO PAULO
SCHOOL PRINCIPALS IN THE IMPLEMENTATION OF THE INCLUSIVE SPECIAL
EDUCATION POLICY IN A CITY IN THE METROPOLITAN REGION OF SÃO
PAULO
Alexsandro do Nascimento
SANTOS
2
Rodnei
PEREIRA
3
RESUMO
:
Este
artigo aborda o tema da ação discricionária e o papel das crenças e do grau de
conhecimento e adesão de diretores de escola, como burocratas de médio escalão (BME), no
processo de implementação da política de educação especial inclusiva numa rede pública
m
unicipal da grande São Paulo. Os objetivos consist
iram em descrever e analisar do grau de
compreensão dos diretores de escola sobre os princípios, objetivos, instrumentos de realização
e procedimentos da política de educação especial inclusiva; e descrever
e analisar os padrões
de adesão dos
participantes
aos objetivos, instrumentos de realização e procedimentos da
mesma política.
A investigação mobilizou a análise de dados referentes às respostas d
os
diretores
aos questionários associados à Prova Brasil (2
017). Os resultados apontam que os
gestores escolares reconhecem a importância do modelo de inclusão escolar para os estudantes
que são público
-
alvo da educação especial inclusiva, mas não para os estudantes sem diferenças
significativas
.
PALAVRAS
-
CHAVE
:
Diretores de escola. Gestão Escolar. Implementação. Política de
Educação Especial Inclusiva.
RESUMEN
:
Este artículo problematiza la acción discrecional y el papel de las creencias y el
grado de conocimiento y adhesión de directores de escuela, como burócratas de nivel medio
(BME), en el proceso de implementación de la política de educación especial inclusi
va en un
sistema educativo municipal en São Paulo. Los objetivos consistieron en describir y analizar
el grado de comprensión de los participantes sobre los principios, objetivos, instrumentos de
implementación y procedimientos de la política; y describir
y analizar los padrones de
1
Agradecemos à Rede de Estudos sobre Implementação de Políticas
Públicas Educacionais (REIPPE), com a
colaboração do Itaú Social, o apoio financeiro para as traduções deste artigo para o inglês e o espanhol.
2
Universidade Cidade de São Paulo
(UNICID), São Paulo
–
SP
–
Brasil
. Professor Permanente. Diretor da Escola
do
Parlamento (SP).
Membro da Rede de Estudos sobre Implementação de Políticas Públicas Educacionais
(REIPPE).
Doutor
ado
em Educação (FEUSP). ORCID: https://orcid.org/0000
-
0002
-
2337
-
3104. E
-
mail:
alexsandrosantos1980@gmail.com
3
Universidade Cidade de São Pa
ulo (UNICID), São Paulo
–
SP
–
Brasil
. Professor Permanente.
Membro da Rede
de Estudos sobre Implementação de Políticas Públicas Educacionais (REIPPE).
Doutor
ado
em Educação (PUC
-
SP).
ORCID:
https://orcid.org/0000
-
0002
-
2315
-
7321. E
-
mail: rodneiuol@gmail.com
image/svg+xml
Alexsandro do Nascimento SANTOS
e
Rodnei PEREIRA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2387
adhesión de los directores a los objetivos, instrumentos de implementación y procedimientos
de la misma política. La investigación ha buscado informaciones en los datos de análisis
referentes a las respuestas a los cuestionarios
asociados a Prova Brasil (2017). Los resultados
indican que los gestores escolares reconocen la importancia del modelo de inclusión escolar
para los estudiantes con discapacidades, pero no para los estudiantes sin diferencias
significativas
.
PALABRAS
CLAVE
:
Directores de escuela. Gestión Escolar. Implementación. Política para
la educación inclusiva a personas con discapacidad.
ABSTRACT
:
This article problematizes the issue of discretionary action and the role of beliefs
and the degree of knowledge an
d adherence of school principals, such as middle
-
level
bureaucrats (BME), in the process of implementing inclusive special education policy in a
municipal public system in Sao Paulo. The objectives are describing and analyzing the degree
of understanding o
f school directors on the principles, objectives, implementation instruments
and procedures of the inclusive special education policy; and to describe and analyze the
patterns of adherence of school directors to the objectives, implementation instruments a
nd
procedures of the same policy. The investigation mobilized the analysis data referring
to the
responses of school principals to the questionnaires associated with Prova Brasil (2017). The
results indicate that school managers recognize the importance to
the school inclusion model
for students who are the target audience of inclusive special education, but not for students
without significant differences
.
KEYWORDS
:
School principals. School management.
Implementation. Inclusive Special
Education
Policy.
Introdução
Este artigo aborda o tema da ação discricionária e o papel das crenças e do grau de
conhecimento e adesão de diretores de escola, como burocratas de médio escalão (BME), no
processo de implementação da política de educação especial i
nclusiva numa rede pública
municipal da grande São Paulo. A investigação mobilizou a análise de dados referentes às
respostas de diretores/as das escolas da rede aos questionários associados à Prova Brasil (2017)
e dados referentes à resposta de diretores
de escola da rede a um instrumento desenvolvido
especialmente para a pesquisa.
No campo de pesquisa da Educação, os estudos sobre implementação de políticas
públicas foram intensificados a partir da década de 2000 e seguem em crescimento. Esse
crescimento
tem se organizado basicamente a partir de três frentes prioritárias de investigação
que dividem a maior parte da produção científica nas duas últimas décadas: i. os estudos sobre
políticas educacionais em nível macro, nos quais se privilegia a análise do
histórico e do
contexto de implementação de políticas educacionais a partir da reconstrução desse processo
image/svg+xml
Diretores de escola na implementação das políticas de educação especial inclusiva em um município da Região Metropolitana de
São Paulo
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2388
mediada pela análise de documentos e de dados estatísticos e pela descrição e análise do
processo de formulação; ii. os estudos que se dedicam a anal
isar a implementação de uma
política educacional em um contexto específico (geralmente, numa rede de ensino ou num
conjunto de escolas e, menos frequentemente, em uma única unidade escolar); iii. os estudos
que se dedicam a verticalizar a análise da implem
entação a partir da atuação dos agentes
implementadores. Neste último grupo, encontram
-
se pesquisas que escolheram focalizar os
agentes implementadores num determinado nível de ação (nível de rua, médio escalão, alto
escalão) e estudos que priorizam a anál
ise das interações entre agentes implementadores que
atuam nos diferentes níveis (OLIVEIRA, 2019, RUS PEREZ, 1998, SEGATTO, 2014).
Compreendemos que os agentes implementadores exercem certa autonomia e, agindo
dentro de um esquadro de
discricionariedade e traduzem as previsões, diretrizes e normas das
políticas públicas em ações, mediante processos de tomada de decisão (
CAVALCANTE;
LOTA, 2015;
LOTTA, 2015; LOTTA
;
PIRES; OLIVEIRA, 2014). Eles atuam em espaços
institucionais de encontro e
ntre o Estado e a população (PIRES, 2017) e modalizam sua entrega
de serviço a partir de um conjunto de percepções, crenças e conhecimentos e a partir de um
determinado grau de compreensão e de adesão à política pública que estão implementando
(
FERREIRA; M
EDEIROS, 2016;
OLIVEIRA, 201
1
; WILSON, 2003).
Assumimos, em alinhamento com Mota (2018) e Oliveira e Abrucio (2018) que o
Diretor de Escola é um agente implementador de políticas educacionais situado no médio
escalão. Especialmente, porque: 1) ele atua com
o um elemento conector entre o alto escalão da
burocracia e os burocratas de nível de rua; 2) ele exerce um grau relativo de autonomia na
gestão de recursos e de processos de trabalho na unidade de serviço (a escola) e; 3) seu contato
direto com os benefic
iários da política educacional (os estudantes e suas famílias) tem natureza
distinta daquele que é realizado pelos burocratas do nível de rua.
Além disso, uma vasta literatura, sistematizada no Brasil e em diferentes lugares do
mundo situa a liderança e a
atuação dos diretores de escola como fator intraescolar relevante
para a eficácia escolar e para o desempenho acadêmico dos estudantes (STOLL; FINK, 1992
,
1994; LEVINE; LEZOTTE, 1990; MURPHY; LOUIS, 1994; TEDDLIE; STRINGFIELD,
2000).
É em torno deste con
junto de marcações que nosso percurso investigativo se
desenvolveu. A partir da localização da investigação em uma rede de ensino pública e
municipal, situada na região metropolitana de São Paulo, assumimos como objetivos centrais:
i. descrever e analisar
do grau de compreensão dos diretores de escola sobre os princípios,
image/svg+xml
Alexsandro do Nascimento SANTOS
e
Rodnei PEREIRA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2389
objetivos, instrumentos de realização e procedimentos da política de educação especial
inclusiva e ii. descrever e analisar os padrões de adesão dos diretores de escola aos objetivos,
inst
rumentos de realização e procedimentos da mesma política.
Assim, este artigo, constitui
-
se pelas seguintes seções, incluindo
-
se a introdução, quais
sejam: revisão de literatura, contexto e metodologia, resultados e análise e considerações finais.
Revisão de
literatura
Com vistas a reconhecer as marcas mais expressivas da produção acadêmica do campo
de pesquisa sobre o tema desta investigação, recorremos à
Scientific Eletrônic Library Online
–
ScIELO
. As buscas foram realizadas entre setembro e dezembro de 2021. Naquele repositório,
decidimos realizar dois movimentos de busca: no primeiro movimento, buscamos mapear a
produção acadêmica sobre a relação entre implementação de políticas educacionais e ge
stão
escolar; no segundo movimento, buscamos mapear as pesquisas que conectavam o tema da
gestão escolar com o tema da educação especial inclusiva.
No que diz respeito ao primeiro movimento, selecionamos 3 artigos. Em texto publicado
no periódico Educar e
m Revista, Lima (2021) analisou as percepções de diretoras de duas
escolas cariocas sobre a implementação da metodologia ‘plano de gestão’, proposta pela
Secretaria Municipal de Educação e concluiu que as diretoras “atuaram com margens de
liberdade para ge
rir o processo, e que, baseadas em distintas experiências e valores, atribuíram
sentidos diferentes aos planos de gestão” (LIMA, 2021, p. 1).
Neto e Castro (2011), em artigo publicado no periódico Educação e Sociedade,
analisaram as tensões entre o modelo
de gestão democrática da escola e o modelo gerencial a
partir da coleta de dados e análise das percepções de gestores escolares sobre duas ferramentas
de gestão em uso nas escolas de ensino médio do Rio Grande do Norte: o Projeto Político
Pedagógico e o Pl
ano de Desenvolvimento da Escola (PDE) e concluem que, na visão dos
diretores de escola: (1) essas duas ferramentas se apresentam como incentivos contraditórios à
modelagem das práticas de gestão e (2) o modelo de gestão do Plano de Desenvolvimento da
Esco
la (PDE), interpretado como mais próximo de uma perspectiva gerencial/gerencialista de
gestão vinha se tornando mais presente nas escolas por força da vinculação de recursos
financeiros que ele pressupunha.
Finalmente, Torres (2013), em contribuição public
ada na Revista Lusófona de
Educação discute as contradições do paradigma de liderança educativa emergente nas políticas
educacionais portuguesas naquele momento histórico para argumentar que a regulação
image/svg+xml
Diretores de escola na implementação das políticas de educação especial inclusiva em um município da Região Metropolitana de
São Paulo
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2390
estabelecida pelo sistema de avaliação desde o nível
central parecia instalar um paradoxo para
a ação dos diretores de escola como lideranças educativas: “como gere o líder a pressão bipolar
a que é diariamente submetido, de um lado, a sua total dependência do centro a quem deve
prestar contas, de outro, a s
ua vinculação à identidade profissional e organizacional da escola
que representa?” (TORRES, 2013, p. 74).
No segundo movimento, investigando a produção depositada na plataforma SciELO a
partir dos pares: “educação especial” ou “educação inclusiva” e “gest
ão escolar”. Apenas um
artigo foi localizado na base do repositório. Trata
-
se do texto “Gestão Escolar e Educação
Inclusiva: análise da produção científica na área de educação especial” (NASCIMENTO;
PENITENTE; GIROTO, 2018), publicado no periódico
Actualid
ades Investigativas en
Educación
; vinculado ao Instituto de Investigação em Educação da Universidade de Costa Rica.
As autoras sinalizam que o conjunto dos artigos apresentava uma discussão apenas
lateral sobre a temática da gestão escolar, muitas vezes,
de forma implícita e indireta. E
asseveram que:
um importante indício subsidiado pelos dados apresentados caracteriza
-
se
pela necessidade de os periódicos científicos da área de Educação Especial e
da educação, em geral, fomentarem, possivelmente por meio
de números
especiais, chamadas para a publicação de pesquisas sobre o tema ora
abordado, com vistas à compilação e divulgação de referenciais, modelos e
experiências que abordem a gestão escolar na perspectiva da educação
inclusiva e, particularmente, vol
tada para a gestão dos aspectos que perpassam
a Educação Especial no ensino regular (NASCIMENTO; PENITENTE;
GIROTO, 2018, p. 18
-
19)
.
Como forma de ampliar a busca de resultados, consultamos o repositório Scielo
utilizando os termos em língua inglesa (“inc
lusive education” and “school management”). A
partir dessa chave de busca, foram encontrados outros seis artigos publicados em periódicos
abrangidos pela plataforma. Analisando os seis trabalhos localizados, identificamos que três
deles focalizaram de modo
mais explícito a análise da atuação dos gestores escolares no campo
da educação especial inclusiva.
O artigo de Maria Guadalupe Tinajero Villavicensio e Sharon Stephanie Solis del
Moral, defende que “há uma ausência de estratégias de melhoria [de resultad
os educacionais]
inclusivas e de uma avaliação de como as ações planejadas afetam o trabalho de ensino”
(
VILLAVICENCIO
; MORAL, 2019, p. 161
-
162).
O texto Godoy, Juarez e Sobrinho (2018) mostra que há, no contexto investigado, uma
preocupação com a aprendiz
agem e o desenvolvimento dos estudantes com deficiência e uma
defesa do modelo inclusivo de atendimento frente a momentos anteriores em que a aposta era
image/svg+xml
Alexsandro do Nascimento SANTOS
e
Rodnei PEREIRA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2391
a segregação. Do ponto de vista da gestão escolar, os autores sinalizam ainda que se faz
necessária “a
superação da visão hierarquizada e individualista que impregna a atuação
gerencial do gestor escolar” (GODOY; JUÁREZ
;
SOBRINHO, 2018, p. 387). E afirmam que
a perspectiva gerencial da gestão escolar, associada às concepções trazidas pela chamada Nova
Gestã
o Pública, estabelecem uma dinâmica de poder na qual o diretor escolar é caracterizado
como aquele que detém os instrumentos para operar como um chefe, exercendo sobre os demais
profissionais, um poder de mando (GODOY; JUAREZ; SOBRINHO, 2018, p. 387).
Por
fim, o ensaio de Cornejo, Rubilar, Díaz e Rubilar (2014, p. 2, acréscimos nossos)
recupera extensa literatura internacional que tem sinalizado que muitas das experiências em
políticas de educação inclusiva têm encontrado dificuldades importantes relacionad
as “à visão
e atuação dos atores da comunidade escolar, não obtendo êxito em modificar as práticas
culturais e interacionais praticados nos estabelecimentos de ensino” e que, por essa razão, tais
políticas “não têm logrado êxito em realizar as mudanças nec
essárias para gerar um real
processo de inclusão educativa”.
Contexto e
metodologia
Tomando como referência o aporte ou o arcabouço teórico exposto, no ano de 2019 e
no primeiro trimestre de 2020, desenvolvemos um investimento
investigativo envolvendo
diretores e diretoras de 21 unidades educacionais que atendem os anos iniciais do ensino
fundamental em um município localizado na região metropolitana de São Paulo. A rede
municipal na qual a pesquisa foi realizada conta com 24 un
idades educacionais deste tipo, o
que significa que alcançamos 87,5% do total de estabelecimentos.
O município tem uma população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística em pouco mais de 150 mil habitantes (IBGE, 2020) e contava, em 20
19, com 4.405
matrículas nos anos iniciais do ensino fundamental.
Neste município, estavam classificados como estudantes público
-
alvo da Educação
Especial, segundo dados aportados no Censo Escolar, 216 crianças. Deste total, apenas 4
estavam matriculadas na segunda fase educação infantil (4 e 5 anos). Todas as outras cri
anças
estavam matriculadas nos anos iniciais do ensino fundamental.
A rede de ensino contava com sete salas de recursos multifuncionais dedicadas a
organizar e a garantir as estratégias, materiais e ações próprias do atendimento educacional
especializado
(AEE), em regime complementar e suplementar ao atendimento dos estudantes
nas classes regulares. Do total de 216 crianças classificadas como público
-
alvo da Educação
image/svg+xml
Diretores de escola na implementação das políticas de educação especial inclusiva em um município da Região Metropolitana de
São Paulo
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2392
Especial, 182 frequentavam atividades regulares em uma dessas sete salas. As outras 34
cri
anças não frequentavam atividades deste tipo. Vale ressaltar que as sete salas de recursos
multifuncionais funcionavam como polos, aglutinando matrículas da escola sede com escolas
do entorno.
As salas de recursos multifuncionais são lideradas, por um prof
essor de atendimento
educacional especializado (Professor de AEE). Na rede de ensino investigada, esse profissional
é escolhido dentre os professores efetivos ou contratados que atuam na rede a partir de um
processo de seleção que é composto por análise de
currículo e entrevista com a equipe
pedagógica da Secretaria Municipal da Educação.
A relação de subordinação funcional do professor de AEE é sempre com o diretor da
escola polo. Ele é considerado parte da equipe de professores daquela unidade escolar, me
smo
que atenda, também, estudantes das demais escolas de sua região. Importa frisar, entretanto,
que a Secretaria Municipal de Educação conta com um técnico de referência, com formação na
área da educação especial, dedicado a fazer o acompanhamento, a form
ação e a mediação do
trabalho dos professores de Atendimento Educacional Especializado com as demais escolas e
com os outros setores da própria secretaria.
O processo investigativo, de abordagem qualitativa, foi negociado em duas etapas: uma
primeira reun
ião do pesquisador com a secretária de educação e a equipe técnica da secretaria
e uma segunda reunião com os diretores de escola de ensino fundamental. Nesta reunião, após
a apresentação da pesquisa, os diretores puderam decidir se desejavam ou não partic
ipar da
pesquisa.
Metodologicamente, a pesquisa empreendida se organizou em duas fases de coleta de
dados. Na primeira fase, localizamos os questionários respondidos pelos diretores das escolas
da amostra na edição da Prova Brasil, realizada em 2017 e sel
ecionamos para tratamento o
conjunto das respostas assinaladas na seção de perguntas do questionário que tratava dos
aspectos relativos à educação especial (questões 57 a 61). O tratamento dos dados foi feito a
partir da identificação da frequência das res
postas oferecidas pelos diretores de escola.
Em seguida, realizamos a aplicação de um questionário, com garantia de não
-
identificação dos respondentes, que assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido
(TCLE), composto por dezoito perguntas objet
ivas para o universo dos diretores de escola
envolvidos na pesquisa. As questões foram divididas em três grupos: a) questões relacionadas
ao grau de conhecimento e concordância do diretor com as orientações da política educacional
do município acerca da ed
ucação especial inclusiva; b) questões relacionadas a percepção do
image/svg+xml
Alexsandro do Nascimento SANTOS
e
Rodnei PEREIRA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2393
diretor de escola a respeito de sua própria atuação no processo de implementação da política de
educação especial inclusiva do município dentro da escola e na relação com os órgãos centrais
e; c) questões relacionadas a percepção do diretor de escola a respeito dos resultados alcançados
na implementação da política de educação especial do município. Os questionários foram
aplicados presencialmente, em seis visitas técnicas feitas pelo pesqui
sador, nas escolas em que
os diretores atuavam, na primeira semana do mês de março de 2019. A aplicação do
questionário se deu com a utilização de material impresso com as questões e os gestores
responderam individualmente, sem qualquer intervenção do pesq
uisador ou da equipe da
secretaria. Posteriormente, os dados obtidos foram tabulados e organizados em tabelas
estatísticas descritivas, que apoiaram a interpretação realizada na seção subsequente.
Resultados e Análise: Questionários associados à Prova B
rasil (2017)
Foram localizados todos os 21 questionários respondidos por diretores das escolas
selecionadas na amostra em 2017. As cinco questões que tratam dos aspectos relativos à
educação especial compõem o bloco de questões numeradas de 57 a 61 e abor
da a adequação
da infraestrutura da escola (questão 57), a existência e quantidade de recursos da sala de
recursos multifuncionais (questão 58), a formação do diretor de escola para o trabalho com os
estudantes público
-
alvo da educação especial (questão 59
), a formação específica de
professores da escola para o trabalho com esses mesmos estudantes (questão 60) e a formação
dos demais profissionais da escola para este trabalho (questão 61).
Quando perguntados se
a infraestrutura física da escola é adequada à
s pessoas com
deficiência ou necessidades especiais
, os diretores responderam da seguinte forma:
Tabela 1
–
Avaliação dos gestores sobre a infraestrutura física das escolas (
INEP
,
2018
)
Não é adequada
Sim, mas pouco adequada
Sim,
suficientemente adequada
3 (14,5%)
15 (71%)
3 (14,5%)
Fonte: Elaboração própria, com base nos dados do Saeb
(
2017
)
Se considerarmos a proporção de respondentes que assinalaram infraestrutura pouco
adequada/suficientemente adequada em
comparação com aqueles que assinalaram não haver
infraestrutura para o atendimento desta população, os dados revelam que, na percepção dos
gestores, os prédios das escolas apresentam
-
se parcialmente adequados às demandas de
atendimento da população com def
iciência. Chama a atenção o fato de apenas três gestores
declararem que suas escolas estão suficientemente adequadas.
image/svg+xml
Diretores de escola na implementação das políticas de educação especial inclusiva em um município da Região Metropolitana de
São Paulo
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2394
Quando perguntados sobre
a existência de salas de recursos multifuncionais e sobre
a quantidade de materiais disponível,
a frequência das
respostas dos diretores foi a seguinte:
Tabela 2
–
Existência e suficiência de salas de recursos multifuncionais (
INEP
, 2
018
)
Não possui sala de recursos
Sim, possui, mas com poucos
recursos
Sim, possui, e com recursos
suficientes
14 (66%)
1 (5%)
6
(29%)
Fonte: Elaboração própria, com base nos dados do Saeb/2017
Os dados revelam a necessidade de um esforço, por parte do poder público, em expandir
a existência de salas de recursos multifuncionais para mais escolas (mais de 60% delas não
contam com esse instrumento da política de educação especial inclusiva). Todavia, as salas
instaladas, na percepção dos diretores, possuem os recursos suficientes para seu funcionamento.
Quando perguntados sobre a
sua própria
formação para o trabalho com a
s crianças
com deficiência, a formação de seus professores e a formação dos demais profissionais da
equipe escolar neste campo,
os gestores escolares responderam ao questionário da Prova
Brasil da seguinte forma:
Tabela 3
–
Formação do próprio diretor par
a o trabalho com Educação Inclusiva (
INEP,
2018
)
Não
Sim, mas apenas em uma
área/deficiência
Sim, em mais de uma
área/deficiência
18 (85,5%)
3 (14,5%)
---
Fonte: Elaboração própria, com base nos dados do Saeb/2017
Tabela 4
–
Formação dos
professores para o trabalho com Educação Inclusiva (
INEP, 2018
)
Não
Sim, mas em número
insuficiente
Sim, em número suficiente
6 (2
9
%)
14 (66%)
1 (5%)
Fonte: Elaboração própria, com base nos dados do Saeb/2017
Tabela 5
–
Formação dos
funcionários para o trabalho com Educação Inclusiva (
INEP, 2018
)
Não
Sim, mas em número
insuficiente
Sim, em número suficiente
18 (85,5%)
3 (14,5%)
---
Fonte: Elaboração própria, com base nos dados do Saeb/2017
Os dados sistematizados das respostas dadas pelos diretores às três questões sobre
formação para o trabalho com o público
-
alvo da educação especial, presentes no questionário
image/svg+xml
Alexsandro do Nascimento SANTOS
e
Rodnei PEREIRA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2395
da Prova Brasil 2017, revelam que são os professores o grupo da escola em que as
políticas de
formação têm gerado mais efeitos. Nessa categoria, a proporção de diretores de escola que
declaram que os professores de sua unidade possuem alguma formação é mais representativa
(71%). Todavia, revelam
-
se preocupantes os dados da percepção do
s gestores sobre sua própria
formação e sobre a formação dos demais integrantes da equipe escolar. Apenas 3 gestores
declararam ter formação específica na área (14,5%).
Quando visualizados em conjunto, os dados referentes às cinco questões tratadas
explic
itam um esforço dos municípios em fazer avançar a infraestrutura física e os recursos
pedagógicos disponíveis nas escolas para o atendimento ao público
-
alvo da educação especial.
Entretanto, esses esforços se apresentam insuficientes na avaliação dos gesto
res escolares, que
ainda sinalizam necessidades fundamentais não atendidas pelas políticas postas em movimento.
Também é possível enxergar uma lacuna expressiva no campo da formação dos profissionais.
Em particular, chama a atenção o padrão muito insuficie
nte de formação dos gestores escolares
e das equipes de apoio administrativo e de suporte das escolas.
Resultados e Análise: Questionários aplicados presencialmente, pelo pesquisador
O questionário submetido aos gestores escolares para
investigar sua compreensão e
adesão aos objetivos e estratégias da política de educação especial, sua percepção a respeito de
sua própria atuação como implementadores e sua percepção sobre os resultados alcançados por
esta política foi composto três blocos
. O primeiro bloco contou com 5 perguntas, o segundo
bloco contou com 10 perguntas e o terceiro bloco contou com 2 perguntas.
No primeiro bloco, as questões buscavam identificar o grau de conhecimento e
concordância/adesão dos diretores de escola aos objet
ivos e estratégias propostos na política de
educação especial inclusiva. As perguntas apresentadas aos gestores sempre apresentavam
quatro respostas possíveis: a) A afirmação está correta à luz da política municipal de educação
inclusiva e eu concordo com
seu conteúdo (CC); b) A afirmação está correta à luz da política
municipal de educação inclusiva, mas eu discordo de seu conteúdo (CD); c) A afirmação está
incorreta à luz da política municipal de educação inclusiva mas eu concordo de seu conteúdo
(IC) e;
d) A afirmação está incorreta à luz da política municipal de educação inclusiva, e eu
também discordo de seu conteúdo (ID).
De maneira geral, no município em que a pesquisa foi realizada, seguindo as normativas
nacionais sobre o tema, a política de educaçã
o especial inclusiva é explicita ao asseverar que
todas as crianças, independentemente das características específicas que apresente, relacionadas
image/svg+xml
Diretores de escola na implementação das políticas de educação especial inclusiva em um município da Região Metropolitana de
São Paulo
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2396
ou não a quadros de deficiência, devem ser matriculada em classe regular e, caso haja uma
avaliação pedagógic
a que sinalize a necessidade de Atendimento Educacional Especializado,
deve
-
se elaborar um plano individual para que o educando possa receber o apoio
complementar/suplementar para seu pleno desenvolvimento. Todavia, quando perguntados
sobre esta diretriz d
a política, a resposta dos diretores participantes se apresentou assim:
Tabela 6
–
Percepção sobre a diretriz de atendimento das crianças em classes regulares
Existem crianças que, por apresentarem quadros muito complexos de deficiência, precisam ser
atendidas apenas em classes especiais, adequadas às suas necessidades
CC
CD
IC
ID
1
1
4
15
Fonte: Elaboração própria, com base nas respostas ao questionário, ano
É salutar identificar que a maior parte dos profissionais identificou que a afirmação
contraria os princípios declarados tanto na Política Nacional de Educação Especial Inclusiva
quanto nos documentos orientadores da rede municipal e assinalaram ser incorr
eta a associação
entre quadros clínicos complexos de deficiência e atendimento escolar segregado. Todavia, dois
dos gestores que participaram da arguição, consideraram a sentença correta (contrariando a
orientação expressa nos documentos da política) e qua
tro gestores sinalizaram que, apesar de
entenderem que essa proposta é incorreta à luz da política pública, concordam com seu
conteúdo; ou seja, concordam com a ideia de atendimento segregado de crianças que
apresentem quadros considerados complexos em ter
mos de deficiência ou transtornos globais
de desenvolvimento.
A hipótese de diminuição do ritmo ou da profundidade das aprendizagens dos conteúdos
escolares nas classes/turmas a partir da presença de uma criança com deficiência também foi
investigada entr
e os respondentes. O padrão de respostas encontrado foi o seguinte:
Tabela 7
–
Percepção sobre o trabalho com conteúdos e o ganho com socialização e
aprendizagem de valores
A presença das crianças com deficiência faz com que os professores
precisem diminuir a
quantidade/profundidade dos conteúdos, mas é um ganho na socialização e aprendizagem de valores
CC
CD
IC
ID
4
3
8
6
Fonte: Elaboração própria, com base nas respostas ao questionário, 2022
A maior parte dos profissionais demonstrou conhecer os preceitos da política nacional
e local de educação especial, assinalando que não há relação causal entre a presença das crianças
com deficiência numa classe regular e a diminuição da quantidade ou da p
rofundidade dos
image/svg+xml
Alexsandro do Nascimento SANTOS
e
Rodnei PEREIRA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2397
conteúdos de ensino trabalhados em sala de aula (14 gestores ao todo). Todavia, oito desses
profissionais, mesmo compreendendo esse preceito estabelecido nos textos orientadores da
política, afirmaram que sim, que enxergam essa correlação e
concordam com a sentença
formulada. Além disso, sete profissionais (1/3 da amostra) consideraram a sentença correta.
Sobre a formação especializada para os professores das classes regulares, discussão que
já encontrou consenso nos textos
normativos no sentido de considerar que não se trata de um
requisito indispensável para a inclusão das crianças com deficiência em suas turmas. Todavia,
a exemplo da questão anterior, apesar de enxergarem que os textos orientadores da política de
educação
especial não estabelecem a necessidade de formação especializada do professor
regente da sala regular, os gestores participantes da pesquisa assinalam, em sua esmagadora
maioria, que esse deveria ser o caminho, concordando com o conteúdo da sentença inicia
l.
Tabela 8
–
Percepção sobre a necessidade de formação especializada prévia do professor para
o atendimento
Antes de incluir uma criança com deficiência numa classe regular, é preciso garantir que o professor
regente seja alguém com formação de especial
ista na área da educação inclusiva
CC
CD
IC
ID
3
0
13
5
Fonte: Elaboração própria, com base nas respostas ao questionário, 2022
Tanto na Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva
(BRASIL, 2008) quanto nos textos que orientam o atendimento do público
-
alvo da educação
especial na rede de ensino participante da pesquisa, a avaliação pedagógica inicial
das crianças
que com deficiência ou com suspeita de deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
outros quadros atípicos não é pré
-
requisito para sua matrícula nas classes regulares das escolas.
Tal avaliação está prevista como um procedimento a
ser conduzido pela equipe da
Escola, a partir da observação feita pelo professor em sala de aula, ainda que contando, quando
necessário, com apoio de equipe multiprofissional/multidisciplinar. Todavia, ao serem
questionados sobre este processo de avaliaçã
o, o padrão de respostas sugere que, mais uma vez,
mesmo reconhecendo que essa não é a orientação oferecida nos documentos que organizam a
política de atendimento ao público
-
alvo da educação especial, os gestores avaliam que sim, a
avaliação clínica da áre
a da saúde e a produção de laudo/documento com explicitações e
orientações sobre o quadro clínico identificado deveria ser etapa prévia à matrícula de uma
criança numa classe regular.
image/svg+xml
Diretores de escola na implementação das políticas de educação especial inclusiva em um município da Região Metropolitana de
São Paulo
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2398
Tabela 9
–
Percepção sobre necessidade avaliação clínica/laudo para
o atendimento do
educando com deficiência
Antes de incluir uma criança com deficiência numa classe regular, é preciso garantir que ela passe por
avaliação clínica da área da saúde e obtenha um laudo com explicações e orientações sobre seu quadro.
CC
CD
IC
ID
3
0
13
5
Fonte: Elaboração própria, com base nas respostas ao questionário, 2022
Por fim, quando questionados sobre a atuação do professor de atendimento educacional
na formação continuada e acompanhamento dos professores das classes
regulares (outro
preceito presente na Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação
Inclusiva (BRASIL, 2008) e nos documentos orientadores das duas redes), os gestores
responderam de modo duplamente afirmativo, em sua maioria: que essa
é uma orientação
correta à luz da política pública e que eles concordam com esse preceito.
Tabela 10
–
Percepção sobre a corresponsabilidade do professor do AEE no atendimento ao
educando
O professor do atendimento educacional
especializado/sala de recursos multifuncionais precisa ser
corresponsável pela formação e acompanhamento dos professores das classes regulares.
CC
CD
IC
ID
16
2
3
0
Fonte: Elaboração própria, com base nas respostas ao questionário
No segundo
bloco, estavam reunidas questões relativas à percepção do gestor sobre sua
própria atuação na implementação da política de educação especial inclusiva. Nesta seção do
questionário, foram apresentadas aos gestores, 10 atividades referentes ao processo de
im
plementação e eles foram convidados a assinalar uma das quatro respostas a seguir: 1.
Reconheço que essa é uma atribuição do diretor de escola e consigo realizar na maior parte das
vezes (RR); 2. Reconheço que essa é uma atribuição do diretor de escola, ma
s, na maior parte
das vezes, não consigo realizar (RN); 3. Não reconheço essa atribuição como sendo do diretor
de escola, mas realizo porque é necessário no cotidiano da minha escola (NR); 4. Não reconheço
essa atribuição como sendo do diretor de escola e
não realizo em meu cotidiano (NN). O padrão
de respostas encontrado pode ser verificado no quadro abaixo:
image/svg+xml
Alexsandro do Nascimento SANTOS
e
Rodnei PEREIRA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2399
Tabela 11
–
Reconhecimento do campo de responsabilidade do diretor e percepção sobre sua
atuação
Ação
RR
RN
NR
NN
Orientar os
profissionais que realizam a matrícula a respeito do tratamento
adequado às situações de declaração de deficiência por parte das famílias.
06
14
01
00
Conversar com os professores que sobre a matrícula de crianças cujas
famílias já sinalizam
quadros de deficiência ou de transtornos globais de
desenvolvimento.
06
14
01
00
Conduzir, com apoio da coordenação pedagógica, os processos de avaliação
inicial das crianças com suspeita de deficiência, transtornos globais de
desenvolvimento, altas habil
idades ou superdotação.
03
15
01
02
Conduzir, em parceria com a coordenação pedagógica, os processos de
formação continuada dos professores para o atendimento educacional das
crianças público
-
alvo da educação especial.
03
08
05
05
Coordenar o
levantamento das necessidades objetivas da escola
(infraestrutura e recursos pedagógicos) e garantir sua aquisição e
disponibilidade.
15
03
03
00
Realizar o atendimento das famílias dos estudantes, acolhendo
-
as e
orientando
-
as sobre como é o
atendimento das crianças público
-
alvo da
educação especial à luz da política pública do município.
15
01
05
00
Orientar os professores para que construam práticas pedagógicas inclusivas
e zelar para que elas de fato aconteçam na escola,
acompanhando o trabalho
educativo da equipe.
12
06
03
00
Demandar a equipe da Secretaria Municipal da Educação, solicitando apoio
técnico e recursos necessários ao bom desenvolvimento da implementação
da educação especial em perspectiva inclusiva.
21
00
0
0
00
Articular o trabalho intersetorial com os equipamentos da saúde e da
assistência social no município, a fim de garantir as melhores oportunidades
educativas para as crianças público
-
alvo da educação especial e para suas
famílias.
10
11
00
00
Monitorar e acompanhar os resultados de aprendizagem das crianças
público
-
alvo da educação especial e implementar ações específicas para
garantir que elas avancem.
14
05
01
01
Fonte: Elaboração própria, com base nas respostas ao questionário, 2022
Por
fim, o terceiro bloco de questões apresentado aos gestores, tratou de suas percepções
a respeito dos resultados alcançados na implementação da política de educação especial
inclusiva. O padrão de respostas observado na distribuição de respondentes foi o se
guinte:
Tabela 12
–
Resultados da implementação do modelo inclusivo de educação especial
Considerando os estudantes público
-
alvo da Educação Especial, você considera que o modelo inclusivo,
de matrícula em classe regular:
Respostas
Distribuição
Sempre produz resultados mais satisfatórios para as crianças público
-
alvo da educação especial
do que os modelos segregados.
19
Geralmente produz resultados mais satisfatórios para as crianças público
-
alvo da educação
especial do que os
modelos segregados.
02
Raramente produz resultados mais satisfatórios para as crianças público
-
alvo da educação
especial do que modelos segregados.
00
Considerando o conjunto das crianças, o modelo inclusivo, de matrícula em classe regular:
image/svg+xml
Diretores de escola na implementação das políticas de educação especial inclusiva em um município da Região Metropolitana de
São Paulo
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2400
Respostas
Distribuição
Sempre produz resultados mais satisfatórios para todas as crianças (sejam elas, parte do
público
-
alvo da educação especial ou não).
11
Geralmente produz resultados mais satisfatórios para todas as crianças (sejam elas, parte do
público
-
alvo da educação especial ou não).
0
5
Raramente produz resultados mais satisfatórios para todas as crianças (sejam elas, parte do
público
-
alvo da educação especial ou não).
05
Fonte: Elaboração própria, com base nas respostas ao
questionário, 2022
Os dados sistematizados permitem que se conclua que os gestores escolares não
apresentam dúvidas das contribuições do modelo inclusivo para as crianças que são público
-
alvo da educação especial. Ao mesmo tempo, quando questionados sobre os benefícios do
mo
delo inclusivo para o conjunto das crianças (sejam elas, parte ou não do público
-
alvo da
educação especial), a proporção de gestores escolares que acreditam que raramente este modelo
beneficia a todos convoca atenção.
No que se refere aos aspectos relativ
os à formação em educação especial inclusiva
observamos que há dois pontos nevrálgicos fundamentais, quais sejam: i. ausência de formação
específica dos diretores e da equipe escolar na temática; ii. o estabelecimento de uma relação
direta entre a matrícul
a de estudantes com deficiência e documentos escritos, como
laudos/relatórios emitidos por profissionais de saúde.
Considerações
finais
Este texto teve como objetivos: [1] descrever e analisar do grau de compreensão dos
diretores de escola sobre os prin
cípios, objetivos, instrumentos de realização e procedimentos
da política de educação especial inclusiva; e [2] descrever e analisar os padrões de adesão dos
diretores de escola aos objetivos, instrumentos de realização e procedimentos da mesma
política.
O
s pontos nevrálgicos destacados no final da seção anterior, nos levam a tensioná
-
los,
por meio de 03 grandes questionamentos: 1) como os gestores escolares podem lidar com as
questões que envolvem a formação de sua equipe escolar tanto para o manejo das di
versidades
e diferenças humanas, ao mesmo tempo que asseveram o direito à aprendizagem de todas e
todos os estudantes, sobretudo, no sentido de separar os aspectos que envolvem a exigência de
laudos médicos (por exemplo, para que o estudante tenha acesso a
os benefícios e aos serviços
do campo da assistência, da saúde e de mobilidade e transporte) da tomada de decisões
pedagógicas?; 2) que ações a gestão escolar pode colocar em prática no sentido de apoiar o
corpo docente tanto no planejamento quanto no dese
nvolvimento de práticas pedagógicas
image/svg+xml
Alexsandro do Nascimento SANTOS
e
Rodnei PEREIRA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2401
inclusivas, tanto no AEE quanto nas aulas regulares?; 3) quais são os conhecimentos
profissionais que a equipe gestora precisa construir, e que ações práticas precisa empreender,
no âmbito de suas atribuições e dos demai
s membros da equipe gestora, para não relegar ao
professor do AEE a tarefa de assumir o papel de formador dos seus pares de outras
especializações e áreas de conhecimento, haja vista que tal papel poderia ser assumido pelo
coordenador pedagógico?.
Levando
em conta essas questões e os apontamentos realizados ao longo do texto,
concluímos que os dados analisados podem pautar estudos futuros, bem como chamam a
atenção para a importância de que os formuladores de políticas, estejam atentos à formação e
ao acom
panhamento do trabalho dos gestores escolares, considerando a influência que podem
exercer sobre as equipes escolares, na implementação da política de educação especial na
perspectiva da educação inclusiva.
REFERÊNCIAS
BRASIL.
Política Nacional de
Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva
.
Brasília
, DF
: MEC
;
SEESP, 2008.
CAVALCANTE, P.; LOTTA, G. S.
Burocracia de Médio Escalão:
Perfil, Trajetória e
Atuação.
1. ed. Brasília, DF: Enap, 2015. v. 1.
CORNEJO. O.; RUBILAR, C.; DÍAZ, M.; RUB
ILAR, J. Cultura y liderazgo escolar:
Factores claves para el desarrollo de la inclusión educativa.
Revista Electrónica
Actualidades Investigativas en Educación
, v. 14, n. 3, p. 1
-
23, set./dez. 2014. Disponível
em: https://www.redalyc.org/pdf/447/447320480
22.pdf. Acesso em: 18 abr. 2022.
FERREIRA, V. R. S.; MEDEIROS, J. J. Fatores que moldam o comportamento dos
burocratas de nível de rua no processo de implementação de políticas públicas.
Cadernos
EBAPE.BR
, Rio de Janeiro, v. 14, n. 3, p. 776
-
793, jul./set
. 2016. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679
-
39512016000300776&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 18 abr. 2022.
GODOY, E. R. S.; JUAREZ, A. L. A. C.; SOBRINHO, R. O trabalho do diretor escolar no
contexto das políticas de ed
ucação especial no município de xalapa/VER.
Cadernos CEDES
,
Campinas, v. 38, n. 106, p. 373
-
390, dez. 2018. Disponível em
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101
-
32622018000300373&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 18 abr. 2022.
IBGE.
Síntese
de Indicadores Sociais
: Uma análise das condições de vida da população
brasileira 2020. Rio de Janeiro
: IBGE,
2020. Disponível em:
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101760.pdf. Acesso em: 10 mar. 2021.
image/svg+xml
Diretores de escola na implementação das políticas de educação especial inclusiva em um município da Região Metropolitana de
São Paulo
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2402
INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.
Microda
d
os
do SAEB 2017
. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em:
http://portal.inep.gov.br/microdados.
Acesso em: 18 abr. 2022.
LEVINE, D. U.; LEZOTTE, L. W.
Unusually effective
schools
: A review and analysis of
research and practice
.
Madison, WI: National Center for Effective Schools, 1990.
LIMA, M. F. M. Seleção de diretores e o sentido da gestão escolar: Percepções de diretores
sobre o plano de gestão.
Educar em Revista
, v. 37, p. 1
-
22, dez. 2021. Disponível em:
https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/78290
. Acesso em: 18 abr. 2022.
LOTTA, G. S. Federalismo e Políticas Públicas: Abrangências e Convergências Temáticas
desse Campo de Estudos no Brasil.
História, Ciên
cias, Saúde
-
Manguinhos
, v. 22, p. 1092
-
1096, jul./set. 2015. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/hcsm/a/L9KWyrqXkqnKdy5nKbkzf8b/?lang=pt. Acesso em: 05 jan.
2022.
LOTTA, G. S.; PIRES, R.; OLIVEIRA, V. Burocratas de Médio Escalão: Novos Olhares
sobre Ve
lhos Atores da Produção de Políticas Públicas.
Revista do Serviço Público
, v. 65, p.
463
-
492, out. 2014. Disponível em: https://repositorio.enap.gov.br/handle/1/1836. Acesso em:
08 fev. 2022.
MOTA, M. O.
Entre a meritocracia e a equidade:
O Prêmio Escola
Nota Dez na percepção
e atuação dos agentes implementadores.
2018. Tese (Doutorado em Educação)
–
Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018. Disponível em:
https://www.maxwell.vrac.puc
-
rio.br/52701/52701_1.PDF. Acesso em: 08
fev. 2022.
MURPHY, J.; LOUIS, K. S.
Reshaping the principalship
: Insights from transformational
efforts
.
California: Sage, 1994.
NASCIMENTO, B. A. B.; PENITENTE, L. A. A.; GIROTO, C. R. M. Gestão escolar e
educação inclusiva: Análise da produção científi
ca na área especial.
Rev. Real. Investigação
Educ.
, San José, v. 18, n. 3, p. 517
-
543, dez. 2018. Disponível em
http://www.scielo.sa.cr/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1409
-
47032018000300517&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 18 abr. 2022.
NETO, A. C.; CASTRO, A. M. D. Gestão escolar em instituições de ensino médio: Entre a
gestão democrática e a gerencial.
Educ. Soc
., v. 32, n. 116, p. 745
-
770, set. 2011. Disponível
em: https://www.scielo.br/j/es/a/35zWgbwzyNc8dddjmJdsGhF/?format=pdf&lang=p
t.
Acesso em: 18 abr. 2022.
OLIVEIRA, A. C. P. Implementação das políticas educacionais: Tendências das pesquisas
publicadas (2007
-
2017).
Revista de Estudios Teóricos y Epistemológicos en Política
Educativa
, v. 4, p. 1
-
16, 2019. Disponível em:
https://rev
istas.uepg.br/index.php/retepe/article/view/12966. Acesso em: 18 abr. 2022.
OLIVEIRA, V. E. Processo de descentralização de políticas públicas e seu impacto sobre o
federalismo brasileiro.
Revista brasileira de estudos constitucionais
, v. 5, n. 19, p. 197
-
218,
jul./set. 2011. Disponível em: https://dspace.almg.gov.br/handle/11037/6479. Acesso em: 21
fev. 2022.
image/svg+xml
Alexsandro do Nascimento SANTOS
e
Rodnei PEREIRA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2403
OLIVEIRA; V. E.; ABRUCIO, F. L. Burocracia de médio escalão e diretores de escola: Um
novo olhar sobre o conceito.
In
: PIRES, R.; LOTTA, G. S. (org
.).
Burocracia e políticas
públicas no Brasil
: Intersecções analíticas
. Brasília, DF: IPEA; ENAP, 2018.
PIRES, R. R. Sociologia do guichê e implementação de políticas públicas.
Revista Brasileira
de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais
-
BIB,
n.
81, p. 5
-
24, 2016. Disponível
em: https://bibanpocs.emnuvens.com.br/revista/article/view/412. Acesso em: 11 fev. 2022.
RUS PEREZ, J. R. Reflexões sobre a avaliação do processo de implementação de políticas e
programas educacionais.
In
: WARDE, M. J. (org.)
.
Novas políticas educacionais
:
Perspectivas e críticas
. São Paulo: PUC
-
SP, 1998. v. 1.
SEGATTO, C. I. Administração Pública e Políticas Públicas: Duas faces do mesmo debate.
Órgão. Soc
., v. 18, n. 56, p. 177
-
182, jun. 2014. Disponível em:
https://periodi
cos.ufba.br/index.php/revistaoes/article/view/11144.
Acesso em: 18 abr. 2022.
STOLL, L.; FINK, D.
Changing our schools
: Linking school effectiveness and school
improvement. Buckingham: Open University
Press, 1994.
STOLL, L.; FINK, D. Effecting school cha
nge: The Halton approach.
School Effectiveness
and School Improvement
, v. 3, n. 1, p. 19
-
41, 1992. Disponível em:
https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/0924345920030103. Acesso em: 19 fev. 2022.
TEDDLIE, C.; REYNOLDS, D. (ed.).
The international handbook of school effectiveness
research.
New York: Routledge, 2000.
TORRES, O. M. Os estágios de vivência no Sistema Único de Saúde do Brasil:
Caracterizando a participação estudantil.
RECIIS
-
Revista
Eletrônica de Comunicação,
Informação e Inovação em Saúde
, Rio de Janeiro, v. 7, n. 4, p. 1
-
14, dez. 2013. Disponível
em: https://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/571. Acesso em: 12 jun.
2022.
VILLAVICENCIO, M. G. T.; MORAL, S. S.
S. Inclusión y gestión escolar en escuelas
indígenas de México.
Perspect. educ.
, Valparaíso, v. 58, n. 2, p. 147
-
168, jun. 2019.
Disponível em: http://www.scielo.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0718
-
97292019000200147&lng=pt&nrm=iso.
Acesso em: 18 ab
r. 2022.
WILSON, J. Q.
American government
: Institutions and policies.
Boston
: Houghton Mifflin
Co., 2003.
image/svg+xml
Diretores de escola na implementação das políticas de educação especial inclusiva em um município da Região Metropolitana de
São Paulo
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2404
Como referenciar este artigo
S
ANTOS
,
A
.
N
.
; PEREIRA, R
. Diretores de escola na implementação das políticas de educação
especial inclusiva em um município da Região Metropolitana de São Paulo.
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022.
e
-
ISSN:
1982
-
5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
Submetido em:
26/04/2022
Revisões requeridas em
:
07/08/2022
Aprovado em
:
18/09/2022
Publicado em
:
30/11/2022
Processamento e editoração: Editora
Ibero
-
Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
image/svg+xml
L
os
d
irectores de escuela
s
en la implementación de
la
política de educación especial
inclusiva
en un municipio de la Región Metropolitana
de São Paulo
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2386
LOS DIRECTORES DE ESCUELA
S
EN LA IMPLEMENTACIÓN DE LA POLÍTICA
DE EDUCACIÓN ESPECIAL INCLUSIVA EN UN MUNICIPIO DE LA REGIÓN
METROPOLITANA DE SÃO PAULO
1
DIRETORES DE ESCOLA NA IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA
DE EDUCAÇÃO
ESPECIAL INCLUSIVA EM UM MUNICÍPIO DA REGIÃO METROPOLITANA DE
SÃO P
AULO
SCHOOL PRINCIPALS IN THE IMPLEMENTATION OF THE INCLUSIVE SPECIAL
EDUCATION POLICY IN A CITY IN THE METROPOLITAN REGION OF SÃO
PAULO
Alexsandro do Nascimento
SANTOS
2
Rodnei
PEREIRA
3
RESUMEN
:
Este artículo problematiza la acción discrecional y el papel de las creencias y el
grado de conocimiento y adhesión de directores de escuela, como burócratas de nivel medio
(BME), en el proceso de implementación de la política de educación especial inclusi
va en un
sistema educativo municipal en São Paulo. Los objetivos consistieron en describir y analizar el
grado de comprensión de los participantes sobre los principios, objetivos, instrumentos de
implementación y procedimientos de la política; y describir
y analizar los padrones de adhesión
de los
directores
a los objetivos, instrumentos de implementación y procedimientos de la misma
política. La investigación ha buscado informaciones en los datos de análisis referentes a las
respuestas a los cuestionarios
asociados a Prova Brasil (2017). Los resultados indican que los
gestores escolares reconocen la importancia del modelo de inclusión escolar para los estudiantes
con
discapacidades, pero no para los estudiantes sin diferencias significativas.
PALABRAS CLAV
E
: Directores de escuela. Gestión Escolar. Implementación. Política para
la educación inclusiva a personas con discapacidad.
RESUMO
:
Este artigo aborda o tema da ação discricionária e o papel das crenças e do grau
de conhecimento e adesão de diretores de
escola, como burocratas de médio escalão (BME),
no processo de implementação da política de educação especial inclusiva numa rede pública
municipal da grande São Paulo. Os objetivos consist
iram em descrever e analisar do grau de
compreensão dos diretores
de escola sobre os princípios, objetivos, instrumentos de realização
e procedimentos da política de educação especial inclusiva; e descrever e analisar os padrões
de adesão dos
participantes
aos objetivos, instrumentos de realização e procedimentos da
1
Agradecemos a la Red de Estudios sobre la Implementación de Políticas Públicas Educativas
(REIPPE),
con la
colaboración del Itaú Social
,
apoyo financiero para las traducciones de este
artículo al inglés y al español
.
2
Universidad de la Ciudad de São Paulo
(UNICID), São Paulo
–
SP
–
Brasil
.
Profesor Permanente. Director de la
Escuela del Parlamento
(SP).
Membro da Rede de Estudos sobre Implementação de Políticas Públicas
Educacionais (R
EIPPE).
Doctorado en Educación
(FEUSP). ORCID: https://orcid.org/0000
-
0002
-
2337
-
3104. E
-
mail: alexsandrosantos1980@gmail.com
3
Universidad de la Ciudad de São Paulo
(UNICID), São Paulo
–
SP
–
Brasil
.
Profesor Permanente. Miembro de
la Red de Estudios sobre Implementación de Políticas Públicas Educativas
(REIPPE).
Doctorado en Educación
(PUC
-
SP).
ORCID: https://orcid.org/0000
-
0002
-
2315
-
7321. E
-
mail: rodneiuol@gmail.com
image/svg+xml
Alexsandro do Nascimento SANTOS
y
Rodnei PEREIRA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2387
mesma política.
A investigação mobilizou a análise de dados referentes às respostas d
os
diretores
aos questionários associados à Prova Brasil (2017). Os resultados apontam que os
gestores escolares reconhecem a importância do modelo de inclusão escolar par
a os
estudantes que são público
-
alvo da educação especial inclusiva, mas não para os estudantes
sem diferenças significativas
.
PALAVRAS
-
CHAVE
:
Diretores de escola. Gestão Escolar. Implementação. Política de
Educação Especial Inclusiva.
ABSTRACT
:
This article problematizes the issue of discretionary action and the role of beliefs
and the degree of knowledge and adherence of school principals, such as middle
-
level
bureaucrats (BME), in the process of implementing inclusive special education policy i
n a
municipal public system in Sao Paulo. The objectives are describing and analyzing the degree
of understanding of school directors on the principles, objectives, implementation instruments
and procedures of the inclusive special education policy; and to
describe and analyze the
patterns of adherence of school directors to the objectives, implementation instruments and
procedures of the same policy. The investigation mobilized the analysis data referring
to the
responses of school principals to the questi
onnaires associated with Prova Brasil (2017). The
results indicate that school managers recognize the importance to the school inclusion model
for students who are the target audience of inclusive special education, but not for students
without significant
differences
.
KEYWORDS
:
School principals. School management.
Implementation. Inclusive Special
Education Policy.
Introducción
Este artículo discute el tema de la acción discrecional y el papel de las creencias y el
grado de conocimiento y participación de los directores de escuela, como los burócratas de
rango medio (BME), en el proceso de implementación de una política inclusiva
de educación
especial en una red pública municipal del gran São Paulo. La investigación movilizó el análisis
de datos sobre las respuestas de los directores de las escuelas de la red a los cuestionarios
asociados a Prova Brasil (2017) y datos relacionados
con la respuesta de los directores de
escuela de la red a un instrumento desarrollado especialmente para la investigación.
En el campo de la investigación educativa, los estudios sobre la implementación de
políticas públicas se intensificaron desde la dé
cada de 2000 y continúan creciendo. Este
crecimiento se ha organizado básicamente a partir de tres frentes de investigación prioritarios
que dividen la mayor parte de la producción científica en las últimas dos décadas: i.
)
estudios
sobre políticas educati
vas a nivel macro, en los que se privilegia el análisis de la historia y el
contexto de implementación de las políticas educativas desde la reconstrucción de este proceso
image/svg+xml
L
os
d
irectores de escuela
s
en la implementación de
la
política de educación especial
inclusiva
en un municipio de la Región Metropolitana
de São Paulo
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2388
mediado por el análisis de documentos y datos estadísticos y por la descripción y aná
lisis del
proceso de formulación; ii.
)
estudios dedicados a analizar la implementación de una política
educativa en un contexto específico (generalmente en una red escolar o en un conjunto de
escuelas y, con menos frecuencia, en una sola unidad escolar); i
ii.
)
Los estudios que se dedican
a verticalizar el análisis de la implementación a partir de las acciones de los agentes ejecutores.
En este último grupo, hay estudios que han optado por enfocar a los agentes ejecutores en un
nivel de acción determinado (n
ivel de calle, nivel medio, nivel alto) y estudios que priorizan el
análisis de las interacciones entre los agentes implementadores que trabajan en diferentes
niveles.
(OLIVEIRA, 2019, RUS PEREZ, 1998, SEGATTO, 2014).
Entendemos que los agentes ejecutores ejercen cierta autonomía y, actuando dentro de
un marco de discrecionalidad y traducen en acciones las predicciones, lineamientos y normas
de las políticas públicas, a través de procesos de toma de decisiones.
(
CAVALCA
NTE; LOTA,
2015;
LOTTA, 2015; LOTTA
;
PIRES; OLIVEIRA, 2014).
Actúan en espacios institucionales
de encuentro entre el Estado y la población (PIRES, 2017) y modalizan su prestación de
servicios a partir de un conjunto de percepciones, creencias y conocimien
tos y desde un cierto
grado de comprensión y acceso a las políticas públicas que están implementando.
(
FERREIRA;
MEDEIROS, 2016;
OLIVEIRA, 201
1
; WILSON, 2003).
Asumimos, en alineación con Mota (2018) y Oliveira y Abrucio (2018) que el Director
de la Escuel
a es un agente que implementa políticas educativas ubicadas en el escalón medio.
Especialmente porque: 1) actúa como un elemento conector entre el escalón superior de la
burocracia y los burócratas a nivel de calle; 2) ejerce un grado relativo de autonomía
en la
gestión de los recursos y procesos de trabajo en la unidad de servicios (la escuela) y; 3) Su
contacto directo con los beneficiarios de la política educativa (estudiantes y sus familias) tiene
una naturaleza diferente a la que llevan a cabo los buró
cratas a nivel de calle.
Además, una vasta literatura, sistematizada en Brasil y en diferentes partes del mundo,
coloca el liderazgo y el desempeño de los directores de escuela como un factor intra
escolar
relevante para la efectividad escolar y el
rendimiento académico de los estudiantes
(STOLL;
FINK, 1992
,
1994; LEVINE; LEZOTTE, 1990; MURPHY; LOUIS, 1994; TEDDLIE;
STRINGFIELD, 2000).
Es alrededor de este conjunto de marcas que nuestro viaje de investigación se ha
desarrollado. Desde la ubicación d
e la investigación en una red de educación pública y
municipal, ubicada en la región metropolitana de São Paulo, asumimos como objetivos
centrales: i.
)
describir y analizar el grado de comprensión de los directores de escuela sobre los
image/svg+xml
Alexsandro do Nascimento SANTOS
y
Rodnei PEREIRA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2389
principios, objetivo
s, instrumentos de logro y procedimientos de la política inclusiva de
educación especial y ii.) describir y analizar los estándares de participación de los directores de
escuela a los objetivos, instrumentos y procedimientos de la misma política.
Por lo ta
nto, este artículo consta de las siguientes secciones, incluida la introducción,
que son: revisión de la literatura, contexto y metodología, resultados y análisis y
consideraciones finales.
Revisión de la literatura
Con el fin de reconocer las marcas más expresivas de la producción académica en el
campo de la investigación sobre el tema de esta investigación, recurrimos a
Scientific Eletrônic
Library Online
–
ScIELO
.
Las búsquedas se realizaron entre septiembre y dici
embre de 2021.
En ese repositorio, decidimos realizar dos movimientos de búsqueda: en el primer movimiento,
buscamos mapear la producción académica sobre la relación entre la implementación de
políticas educativas y la gestión escolar; En el segundo movimi
ento, buscamos mapear la
investigación que conectaba el tema de la gestión escolar con el tema de la educación especial
inclusiva.
Con respecto al primer movimiento, seleccionamos 3 artículos. En un texto publicado
en la revista Educar em Revista, Lima (2
021) analizó las percepciones de directores de dos
Escuelas de Rio de Janeiro sobre la implementación de la metodología 'plan de gestión',
propuesta por el Departamento Municipal de Educación y concluyó que los directores "actuaron
con márgenes de libertad
para gestionar el proceso, y que, a partir de diferentes experiencias y
valores, atribuyeron diferentes significados a los planes de gestión"
(LIMA, 2021, p. 1).
Neto e Castro (2011), en un artículo publicado en la revista Educação e Sociedade,
analizó la
s tensiones entre el modelo de gestión democrática de la escuela y el modelo de
gestión a partir de la recolección de datos y el análisis de las percepciones de los gerentes
escolares sobre dos herramientas de gestión en uso en las escuelas secundarias de
Rio Grande
do Norte: el Proyecto Político Pedagógico y el Plan de Desarrollo Escolar (PDE) y concluyen
que, en opinión de los directores de escuela: (1) estas dos herramientas se presentan como
incentivos contradictorios para el modelado de prácticas de g
estión y (2) el modelo de gestión
del Plan de Desarrollo Escolar (PDE), interpretado como más cercano a una perspectiva
gerencial/gerencial, se había vuelto más presente en las escuelas debido a la vinculación de
recursos financieros que asumió.
image/svg+xml
L
os
d
irectores de escuela
s
en la implementación de
la
política de educación especial
inclusiva
en un municipio de la Región Metropolitana
de São Paulo
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2390
Finalmente
, Torres (2013), en una contribución publicada en la Revista
Lusófona
de
Educ
aç
ão
, discute las contradicciones del paradigma del liderazgo educativo emergente en las
políticas educativas portuguesas en ese momento histórico para argumentar que la
regulación
establecida por el sistema de evaluación desde el nivel central parecía instalar una paradoja para
la acción de los directores de escuela como líderes educativos: "¿cómo la presión bipolar a la
que está sometido diariamente, maneja al líder, po
r un lado, su total dependencia del centro
ante el que debe rendir cuentas, por otro lado, su vínculo con la identidad profesional y
organizativa de la escuela que representa?"
(TORRES, 2013, p. 74).
En el segundo movimiento, investigando la producción dep
ositada en la plataforma
SciELO de pares: "educación especial" o "educación inclusiva" y "gestión escolar". Solo un
artículo estaba ubicado en la base del repositorio. Este es el texto "Gestión Escolar y Educación
Inclusiva: análisis de la producción cient
ífica en el área de educación especial"
(
NASCIMENTO; PENITENTE; GIROTO, 2018),
publicado en la
revista
Actuali
dad
es
Investigativas
en Educación; vinculada al Instituto de Investigación en Educación de la
Universidad de Costa Rica.
Los autores señalan que
el conjunto de artículos presentó solo una discusión lateral
sobre el tema de la gestión escolar, a menudo implícita e indirectamente. Y afirman que:
Un indicio importante apoyado por los datos presentados se caracteriza por la
necesidad de que las revistas científicas en el área de Educación Especial y
Educación, en general, promuevan, posiblemente a través de números
especiales, convocatorias para la
publicación de investigaciones sobre el tema
aquí tratado, con miras a recopilar y difundir referencias, modelos y
experiencias que aborden la gestión escolar desde la perspectiva de la
educación inclusiva y, particularmente enfocado en la gestión de los
aspectos
que impregnan la Educación Especial en la educación regular
(NASCIMENTO; PENITENTE; GIROTO, 2018, p. 18
-
19)
.
Como forma de ampliar la búsqueda de resultados, consultamos el repositorio
Scielo
uso de los términos en inglés ("inclu
so
education” and “school management”).
A partir de esta
clave de búsqueda, se encontraron otros seis artículos publicados en revistas cubiertas por la
plataforma. Al analizar los seis trabajos localizados, identificamos que tres de ellos se centraron
más exp
lícitamente en el análisis del desempeño de los gerentes escolares en el campo de la
educación especial inclusiva.
El artículo de María Guadalupe Tinajero Villavicensio y Sharon Stephanie Solís del
Moral sostiene que "hay una ausencia de estrategias de mej
ora inclusivas [de resultados
educativos] y una evaluación de cómo las acciones planificadas afectan el trabajo docente"
(
VILLAVICENCIO
; MORAL, 2019, p. 161
-
162).
image/svg+xml
Alexsandro do Nascimento SANTOS
y
Rodnei PEREIRA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2391
El texto Godoy, Juárez y Sobrinho (2018) muestra que existe, en el contexto
investigado, una
preocupación por el aprendizaje y desarrollo de los estudiantes con
discapacidad y una defensa del modelo inclusivo de cuidado frente a momentos previos cuando
la apuesta era la segregación. Desde el punto de vista de la gestión escolar, los autores tambié
n
señalan que es necesario "superar la visión jerárquica e individualista que impregna el
desempeño directivo del director de la escuela"
(GODOY; JUÁREZ
;
SOBRINHO, 2018, p.
387).
Y afirman que la perspectiva gerencial de la gestión escolar, asociada a las
concepciones
traídas por la llamada Nueva Gestión Pública, establecen una dinámica de poder en la que el
director de escuela se caracteriza como aquel que posee los instrumentos para operar como jefe,
ejerciendo sobre los demás profesionales, un poder de m
ando.
(GODOY; JUAREZ;
SOBRINHO, 2018, p. 387).
Finalmente, el ensayo de Cornejo, Rubilar, Díaz y Rubilar (2014, p. 2, adiciones
nuestras) recupera una extensa literatura internacional que ha señalado que muchas de las
experiencias en políticas de educación
inclusiva han encontrado importantes dificultades
relacionadas "con la visión y el desempeño de los actores de la comunidad escolar, no logrando
modificar las prácticas culturales e interaccionales practicadas en los establecimientos
educativos" y que, P
or esta razón, tales políticas "no han logrado hacer los cambios necesarios
para generar un proceso real de inclusión educativa".
Contexto y metodología
Tomando como referencia la contribución o marco teórico expuesto, en 2019 y en el
primer
trimestre de 2020, desarrollamos una inversión investigativa que involucró a directores
y directoras de 21 unidades educativas que cumplen los primeros años de la escuela primaria
en un municipio ubicado en la región metropolitana de São Paulo. La red muni
cipal en la que
se realizó la investigación cuenta con 24 unidades educativas de este tipo, lo que significa que
llegamos al 87,5% del total de establecimientos.
El municipio tiene una población estimada por el Instituto Brasileño de Geografía y
Estadístic
a en poco más de 150.000 habitantes (IBGE, 2020) y tuvo, en 2019, 4.405 matrículas
en los primeros años de la escuela primaria.
En este municipio, 216 niños fueron clasificados como estudiantes públicos que eran
objeto de Educación Especial, según datos de
l Censo Escolar. De este total, solo 4 estaban
matriculados en la segunda fase de educación infantil (4 y 5 años). Todos los demás niños
estaban matriculados en los primeros años de la escuela primaria.
image/svg+xml
L
os
d
irectores de escuela
s
en la implementación de
la
política de educación especial
inclusiva
en un municipio de la Región Metropolitana
de São Paulo
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2392
La red educativa contaba con siete salas de recursos
multifuncionales dedicadas a
organizar y asegurar las estrategias, materiales y acciones de atención educativa especializada
(AEE), en un régimen complementario y complementario a la atención de los estudiantes en las
clases regulares. Del total de 216 ni
ños clasificados como público objetivo de Educación
Especial, 182 asistieron a actividades regulares en una de estas siete salas. Los otros 34 niños
no asistieron a actividades de este tipo. Cabe destacar que las siete salas de recursos
multifuncionales fu
ncionaron como centros, aglutinando las inscripciones de la escuela con
sede en las escuelas circundantes.
Las salas de recursos multifuncionales están dirigidas por un profesor especializado en
atención educativa (Profesor de
AEE).
En la red
educativa investigada, este profesional es
elegido entre los docentes efectivos o contratados que trabajan en la red a partir de un proceso
de selección que se compone de análisis curricular y entrevista con el equipo pedagógico del
Departamento Municipal
de Educación.
La relación de subordinación funcional del profesor de
AEE
Siempre es con el director
de la escuela de polo. Se le considera parte del equipo de profesores de esa unidad escolar,
aunque también atiende a alumnos de otras escuelas de su región
. Cabe destacar, sin embargo,
que la Secretaría Municipal de Educación cuenta con un técnico de referencia, con capacitación
en el área de educación especial, dedicado a monitorear, capacitar y mediar el trabajo de los
maestros de atención educativa especi
alizada con otras escuelas y con los demás sectores de la
propia secretaría.
El proceso investigativo, con un enfoque cualitativo, se negoció en dos etapas: una
primera reunión del investigador con el secretario de educación y el equipo técnico de la
secr
etaría y una segunda reunión con los directores de la escuela primaria. En esta reunión,
después de la presentación de la investigación, los directores pudieron decidir si querían o no
participar en la investigación.
Metodológicamente, la investigación re
alizada se organizó en dos fases de recolección
de datos. En la primera fase, localizamos los cuestionarios respondidos por los directores de las
escuelas de la muestra en la edición de Prova Brasil, realizada en 2017 y seleccionamos para su
tratamiento el
conjunto de respuestas indicadas en la sección de preguntas del cuestionario que
trataba aspectos relacionados con la educación especial (preguntas 57 a 61). Los datos se
procesaron identificando la frecuencia de las respuestas ofrecidas por los directore
s de escuela.
A continuación, se aplicó un cuestionario, con la garantía de no identificación de los
encuestados, quienes firmaron un término de consentimiento libre e informado
(TCLE),
image/svg+xml
Alexsandro do Nascimento SANTOS
y
Rodnei PEREIRA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2393
compuesto por dieciocho preguntas objetivas para el universo de direct
ores de escuelas
involucradas en la investigación. Las preguntas se dividieron en tres grupos: a) cuestiones
relacionadas con el grado de conocimiento y concordancia del director con las orientaciones de
la política educativa del municipio sobre educación
especial inclusiva; b) preguntas
relacionadas con la percepción del director de la escuela sobre su propio desempeño en el
proceso de implementación de la política de educación especial inclusiva del municipio dentro
de la escuela y en la relación con los
órganos centrales y; c) preguntas relacionadas con la
percepción del director de la escuela sobre los resultados alcanzados en la implementación de
la política de educación especial del municipio.
Los cuestionarios se aplicaron de manera
presencial, en sei
s visitas técnicas realizadas por el investigador, en las escuelas donde
trabajaban los directores, en la primera semana de marzo de 2019. El cuestionario se aplicó con
el uso de material impreso con las preguntas y los gerentes respondieron individualment
e, sin
ninguna intervención del investigador o del equipo de la secretaría. Posteriormente, los datos
obtenidos fueron tabulados y organizados en tablas estadísticas descriptivas, que apoyaron la
interpretación realizada en la sección siguiente.
Resultados y Análisis: Cuestionarios asociados a la Prueba de Brasil (2017)
Se encontraron los 21 cuestionarios respondidos por los directores de las escuelas
seleccionadas en la muestra en 2017. Las cinco cuestiones relacionadas con los aspectos
relacionados con la educación especial constituyen el bloque de preguntas numerado del 57 al
61 y abordan la adecuación de la infraestructura de la escuela (pregunta 57), la existencia y
cantidad de recursos en la sala de recursos multifuncional (pregunta
58), la capacitación del
director de la escuela para trabajar con los estudiantes públicos destinatarios de educación
especial (pregunta 59), la formación específica de los profesores de la escuela para trabajar con
estos mismos estudiantes (pregunta 60)
y la formación de otros profesionales de la escuela para
este trabajo (pregunta 61).
Cuando se les preguntó si la
infraestructura física de la escuela es adecuada para
personas con discapacidades o necesidades especiales
, los directores respondieron lo
sig
uiente:
image/svg+xml
L
os
d
irectores de escuela
s
en la implementación de
la
política de educación especial
inclusiva
en un municipio de la Región Metropolitana
de São Paulo
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2394
Tabla 1
-
Evaluación de gestores sobre la infraestructura física de las escuelas (INEP, 2018)
No apto
Sí, pero no muy adecuado
Sí, suficientemente adecuado
3 (14,5%)
15 (71%)
3 (14,5%)
Fuente: Desarrollo propio, a partir de datos de Saeb
(2017)
Si consideramos la proporción de encuestados que indicaron infraestructura deficiente
/ suficientemente adecuada en comparación con aquellos que informaron no tener
infraestructura para atender a esta población, los datos revelan que, en la
percepción de los
gerentes, los edificios escolares son parcialmente adecuados a las demandas de atención de la
población con discapacidad. Cabe señalar que sólo tres directivos declaran que sus escuelas son
suficientemente adecuadas.
Cuando se les pregunt
ó sobre la
existencia de salas de recursos multifuncionales y la
cantidad de materiales disponibles,
la frecuencia de las respuestas de los directores fue la
siguiente:
Tabela 2
–
Existência e suficiência de salas de recursos multifuncionais (
INEP
, 2
018
)
Não possui sala de recursos
Sim, possui, mas com poucos
recursos
Sim, possui, e com recursos
suficientes
14 (66%)
1 (5%)
6
(29%)
Fuente: Desarrollo propio, a partir de datos de Saeb/2017
Los datos revelan la necesidad de un esfuerzo por parte de las
autoridades públicas para
ampliar la existencia de salas de recursos multifuncionales para más escuelas (más del 60% de
ellas no cuentan con este instrumento de política inclusiva de educación especial). Sin embargo,
las salas instaladas, en la percepción
de los directores, cuentan con recursos suficientes para su
funcionamiento.
Cuando se les preguntó sobre su
propia capacitación para trabajar con niños con
discapacidades, la capacitación de sus maestros y la capacitación de otros profesionales
del equipo escolar en este campo,
los gerentes de las escuelas respondieron al cuestionario de
Prova Brasil de la sigui
ente manera:
Tabla 3
-
Formación del propio director para el trabajo con Educación Inclusiva (INEP, 2018)
No
Sí, pero solo en un
área/discapacidad
Sí, en más de un área/discapacidad
18 (85,5%)
3 (14,5%)
---
Fuente: Desarrollo propio, a partir de
datos de Saeb/2017
image/svg+xml
Alexsandro do Nascimento SANTOS
y
Rodnei PEREIRA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2395
Tabla 4
-
Formación docente para el trabajo con Educación Inclusiva (INEP, 2018)
No
Sí, pero en números insuficientes
Sí, en número suficiente
6 (29%)
14 (66%)
1 (5%)
Fuente: Desarrollo propio, a partir de datos de
Saeb/2017
Tabla 5
-
Capacitación de colaboradores para el trabajo con Educación Inclusiva (INEP,
2018)
No
Sí, pero en números insuficientes
Sí, en número suficiente
18 (85,5%)
3 (14,5%)
---
Fuente: Desarrollo propio, a partir de datos de
Saeb/2017
Los datos sistematizados de las respuestas dadas por los directores a las tres preguntas
sobre formación para el trabajo con el público objetivo de educación especial, presentes en el
cuestionario de Prova Brasil 2017, revelan que los docentes son el grupo
escolar en el que las
políticas de formación han generado más efectos. En esta categoría, la proporción de directores
de escuela que declaran que los maestros de su unidad tienen alguna formación es más
representativa (71%). Sin embargo, los datos sobre l
a percepción de los directivos sobre su
propia formación y sobre la formación de otros miembros del equipo escolar son preocupantes.
Sólo 3 directivos refirieron tener formación específica en el área (14,5%).
Cuando se ven en conjunto, los datos sobre los
cinco temas abordados explican un
esfuerzo de los municipios para avanzar en la infraestructura física y los recursos pedagógicos
disponibles en las escuelas para servir al público objetivo de la educación especial. Sin
embargo, estos esfuerzos son insufi
cientes en la evaluación de los directores escolares, que aún
indican necesidades fundamentales no satisfechas por las políticas puestas en marcha. También
es posible ver una brecha expresiva en el campo de la educación profesional. En particular, el
nivel
muy insuficiente de formación de los directores de las escuelas y los equipos de apoyo
administrativo y apoyo escolar es notable.
Resultados y Análisis: Cuestionarios aplicados presencialmente por el investigador
El cuestionario enviado a los
directores escolares para investigar su comprensión y
cumplimiento de los objetivos y estrategias de la política de educación especial, su percepción
de su propio desempeño como implementadores y su percepción de los resultados alcanzados
por esta política
se compuso de tres bloques. El primer bloque tenía 5 preguntas, el segundo
bloque tenía 10 preguntas y el tercer bloque tenía 2 preguntas.
image/svg+xml
L
os
d
irectores de escuela
s
en la implementación de
la
política de educación especial
inclusiva
en un municipio de la Región Metropolitana
de São Paulo
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2396
En el primer bloque, las preguntas buscaron identificar el grado de conocimiento y
acuerdo/acuerdo/participación de los directores de escuela a los objetivos y estrategias
propuestos en la política de educación especial inclusiva. Las preguntas presentadas
a los
gerentes siempre presentaban cuatro respuestas posibles: a) La afirmación es correcta a la luz
de la política municipal de educación inclusiva y estoy de acuerdo con su contenido
(CC); b
)
La afirmación es correcta a la luz de la política municipal d
e educación inclusiva, pero no estoy
de acuerdo con su contenido
(CD); c)
La afirmación es incorrecta a la luz de la política
municipal de educación inclusiva, pero estoy de acuerdo con su contenido.
(IC)
y; d) La
afirmación es incorrecta a la luz de la po
lítica municipal de educación inclusiva, y también
estoy en desacuerdo con su contenido
(ID).
En general, en el municipio donde se realizó la investigación, siguiendo la normativa
nacional sobre el tema, la política de educación especial inclusiva es explí
cita al afirmar que
todos los niños, independientemente de las características específicas que presenten,
relacionadas o no con la discapacidad, deben estar matriculados en una clase regular y, si hay
una evaluación pedagógica que señale la necesidad de At
ención Educativa Especializada, Se
debe elaborar un plan individual para que el estudiante pueda recibir apoyo
complementario/complementario para su pleno desarrollo. Sin embargo, cuando se les preguntó
acerca de esta directriz de política, la respuesta d
e los directores participantes se presentó como:
Tabla 6
-
Percepción de la directriz de cuidado de los niños en las clases regulares
Hay niños que, debido a que tienen condiciones muy complejas de discapacidad, necesitan ser atendidos
sólo en
clases especiales, adecuadas a sus necesidades.
CC
CD
IC
ID
1
1
4
15
Fuente: Elaboración propia, a partir de las respuestas al cuestionario, año
Es saludable identificar que la mayoría de los profesionales identificaron que la
afirmación es contraria a los principios declarados tanto en la Política Nacional de Educación
Especial Inclusiva como en los documentos orientadores de la red municipal e in
dicaron que la
asociación entre condiciones clínicas complejas de discapacidad y atención escolar segregada
es incorrecta. Sin embargo, dos de los gerentes que participaron en la condena consideraron
correcta la sentencia (contraria a la orientación expres
ada en los documentos de política) y
cuatro gerentes indicaron que, aunque consideran que esta propuesta es incorrecta a la luz del
orden público, están de acuerdo con su contenido; Es decir, están de acuerdo con la idea del
cuidado segregado de los niños
que presentan condiciones consideradas complejas en términos
de discapacidad o trastornos del desarrollo global.
image/svg+xml
Alexsandro do Nascimento SANTOS
y
Rodnei PEREIRA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2397
La hipótesis de una disminución en el ritmo o la profundidad del aprendizaje de los
contenidos escolares en las clases / clases de la presenci
a de un niño discapacitado también se
investigó entre los encuestados. El patrón de respuesta encontrado fue el siguiente:
Tabla 7
-
Percepción del trabajo con contenidos y ganancia con la socialización y
aprendizaje de valores
La presencia de
niños con discapacidad hace que los maestros necesiten reducir la cantidad /
profundidad del contenido, pero es una ganancia en la socialización y el aprendizaje de valores
CC
CD
IC
ID
4
3
8
6
Fuente: Elaboración propia, a partir de las
respuestas al cuestionario, 2022
La mayoría de los profesionales demostraron conocer los preceptos de la política
nacional y local de educación especial, señalando que no existe una relación causal entre la
presencia de niños con discapacidad en una clase
regular y la disminución en la cantidad o
profundidad del contenido docente trabajado en el aula (14 gerentes en total). Sin embargo,
ocho de estos profesionales, aun entendiendo este precepto establecido en los textos
orientadores de la política, afirmar
on que sí, que ven esta correlación y están de acuerdo con la
frase formulada. Además, siete profesionales (1/3 de la muestra) consideraron la oración
correcta.
Sobre la formación especializada para los profesores de las clases regulares, discusión
que ya
ha encontrado consenso en los textos normativos para considerar que este no es un
requisito indispensable para la inclusión de los niños con discapacidad en sus clases. Sin
embargo, al igual que la pregunta anterior, aunque ven que los textos orientadores
de la política
de educación especial no establecen la necesidad de formación especializada del maestro
regente de la sala regular, los gerentes que participan en la investigación señalan, en su
abrumadora mayoría, que este debe ser el camino, de acuerdo co
n el contenido de la oración
inicial.
Tabla 8
-
Percepción de la necesidad de una formación docente especializada previa para la
atención
Antes de incluir uma criança com deficiência numa classe regular, é preciso garantir que o professor
regente
seja alguém com formação de especialista na área da educação inclusiva
CC
CD
IC
ID
3
0
13
5
Fuente: Elaboración propia, a partir de las respuestas al cuestionario, 2022
Tanto en la Política Nacional de Educación Especial desde la perspectiva de la
Educación Inclusiva (BRASIL, 2008) como en los textos que orientan la asistencia del público
image/svg+xml
L
os
d
irectores de escuela
s
en la implementación de
la
política de educación especial
inclusiva
en un municipio de la Región Metropolitana
de São Paulo
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2398
objetivo de educación especial en la red de enseñanza que participa en la investigac
ión, la
evaluación pedagógica inicial de niños con discapacidad o sospecha de discapacidad, trastornos
globales del desarrollo y otros marcos atípicos no es un requisito previo para su inscripción en
las clases regulares de las escuelas.
Dicha evaluación
está prevista como un procedimiento a realizar por el equipo de la
Escuela, basado en la observación realizada por el profesor en el aula, aunque contando, cuando
sea necesario, con el apoyo de un equipo multidisciplinario/multidisciplinario. Sin embargo,
cuando se les pregunta sobre este proceso de evaluación, el patrón de respuestas sugiere que,
una vez más, aun reconociendo que esta no es la orientación ofrecida en los documentos que
organizan la política de atención al público objetivo de educación espe
cial, los gerentes evalúan
que sí, la evaluación clínica del área de salud y la producción de un informe/documento con
explicaciones y orientación sobre el cuadro clínico identificado debe ser un paso previo al
registro de un niño en una clase regular.
Tabla 9
-
Percepción de la necesidad de evaluación/informe clínico para el cuidado de
estudiantes con discapacidad
Antes de incluir a un niño discapacitado en una clase regular, es necesario asegurarse de que pase por
una evaluación clínica del área de
salud y obtenga un informe con explicaciones y orientación sobre su
condición.
CC
CD
IC
ID
3
0
13
5
Fuente: Elaboración propia, a partir de las respuestas al cuestionario, 2022
Finalmente, cuando se les preguntó sobre el desempeño del
docente de atención
educativa en la educación continua y seguimiento de los maestros de las clases regulares (otro
precepto presente en la Política Nacional de Educación Especial en la perspectiva de la
Educación Inclusiva (BRASIL, 2008) y en los documento
s orientadores de las dos redes), los
gerentes respondieron de manera doblemente afirmativa, en su mayoría: que esta es una
orientación correcta a la luz de la política pública y que están de acuerdo con este precepto.
Tabla 10
-
Percepción de la correspo
nsabilidad del profesor de ESA en el cuidado del
estudiante
El maestro de atención educativa especializada / sala de recursos multifuncionales debe ser
corresponsable de la capacitación y el seguimiento de los maestros de las clases regulares.
CC
CD
IC
ID
16
2
3
0
Fuente: Elaboración propia, a partir de las respuestas al cuestionario
image/svg+xml
Alexsandro do Nascimento SANTOS
y
Rodnei PEREIRA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2399
En el segundo bloque, se recogieron preguntas relacionadas con la percepción del
gerente sobre su propio desempeño en la implementación de la política inclusiva de educación
especial. En esta sección del cuestionario, se presentaron 10 actividades a los ge
rentes con
respecto al proceso de implementación y se les invitó a marcar una de las siguientes cuatro
respuestas: 1. Reconozco que esta es una tarea del director de la escuela y puedo realizar la
mayor parte del tiempo
(RR);
2. Reconozco que esta es una a
signación del director de la escuela,
pero la mayoría de las veces, no puedo realizar
(RN);
3. No reconozco esta atribución como del
director de la escuela, pero lo hago porque es necesaria en la vida diaria de mi escuela
(NR);
4.
No reconozco esta atribución como del director de la escuela y no me desempeño en mi vida
diaria
(NN).
El patrón de r
espuestas encontradas se puede verificar en la siguiente tabla:
Tabla 11
-
Reconocimiento del campo de responsabilidad del director y percepción de su
desempeño
Compartir
RR
RN
NR
NN
Orientar a los profesionales que se inscriben respecto al
tratamiento
adecuado de las situaciones de declaración de discapacidad por parte de las
familias.
06
14
01
00
Hable con los maestros sobre la inscripción de niños cuyas familias ya
señalan discapacidad o trastornos del desarrollo global.
06
14
01
00
Realizar, con el apoyo de la coordinación pedagógica, los procesos de
evaluación inicial de niños con sospecha de discapacidad, trastornos del
desarrollo global, altas habilidades o superdotados.
03
15
01
02
Conducir, en asociación con la
coordinación pedagógica, los procesos de
formación continua de los maestros para la atención educativa de los niños
a los que se dirige la educación especial.
03
08
05
05
Coordinar el levantamiento de las necesidades objetivas de la escuela
(infraestructura y recursos pedagógicos) y asegurar su adquisición y
disponibilidad.
15
03
03
00
Brindar atención a las familias de los estudiantes, acogiéndolos y
orientándolos sobre cómo es el cuidado de los niños públicos a la luz de la
política pública del municipio.
15
01
05
00
Guiar a los maestros para construir prácticas pedagógicas inclusivas y
garantizar que realmente sucedan en la escuela, siguiendo el trabajo
educativo del equipo.
12
06
03
00
Exigir al equipo del
Departamento Municipal de Educación, que solicite el
apoyo técnico y los recursos necesarios para el adecuado desarrollo de la
implementación de la educación especial en una perspectiva inclusiva.
21
00
00
00
Articular el trabajo
intersectorial con equipos de salud y asistencia social en
el municipio, a fin de garantizar las mejores oportunidades educativas para
los niños públicos atendidos por educación especial y sus familias.
10
11
00
00
Monitorear y rastrear los
resultados de aprendizaje de los niños
seleccionados por la educación especial e implementar acciones específicas
para garantizar que avancen.
14
05
01
01
Fuente: Elaboración propia, a partir de las respuestas al cuestionario, 2022
image/svg+xml
L
os
d
irectores de escuela
s
en la implementación de
la
política de educación especial
inclusiva
en un municipio de la Región Metropolitana
de São Paulo
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2400
Finalmente, el
tercer bloque de preguntas presentadas a los directivos abordó sus
percepciones sobre los resultados alcanzados en la implementación de la política de educación
especial inclusiva. La pauta de respuestas observada en la distribución de los encuestados fue
la siguiente:
Tabla 12
-
Resultados de la implementación del modelo de educación especial inclusiva
Teniendo en cuenta el público objetivo de los estudiantes de Educación Especial, usted considera que el
modelo inclusivo de inscripción regular en clase:
Respuestas
Distribución
Siempre produce resultados más satisfactorios para los niños a los que se dirige la educación
especial que los modelos segregados.
19
Por lo general, produce resultados más satisfactorios para los niños a los que se dirige la
educación especial que los modelos segregados.
02
Rara vez produce resultados más satisfactorios para los niños públicos a los que se dirige la
educación especial que los modelos segregados.
00
Considerando a todos los niños, el modelo inclusivo de
inscripción regular en clase:
Respuestas
Distribución
Siempre produce resultados más satisfactorios para todos los niños (ya sea que formen parte
del público objetivo de la educación especial o no).
11
Por lo general, produce resultados más
satisfactorios para todos los niños (ya sea que formen
parte del público objetivo de la educación especial o no).
05
Rara vez produce resultados más satisfactorios para todos los niños (ya sea que formen parte
del público objetivo de la educación
especial o no).
05
Fuente: Elaboración propia, a partir de las respuestas al cuestionario, 2022
Los datos sistematizados permiten concluir que los directivos escolares no presentan
dudas sobre las contribuciones del modelo inclusivo para los niños que son el público objetivo
de la educación especial. Al mismo tiempo, cuando se les preguntó sobre los
beneficios del
modelo inclusivo para todos los niños (sean o no parte del público objetivo de la educación
especial), la proporción de directores escolares que creen que rara vez este modelo beneficia a
todos.
Con respecto a los aspectos relacionados con
la formación en educación especial
inclusiva, observamos que existen dos puntos neurálgicos fundamentales, a saber: i. ausencia
de formación específica de los directores y del equipo escolar sobre el tema; ii. el
establecimiento de una relación directa ent
re la matrícula de estudiantes con discapacidad y los
documentos escritos, tales como informes/informes emitidos por profesionales de la salud.
Consideraciones finales
Los objetivos de este texto fueron: [1] describir y analizar el grado de comprensión
de
los directores de escuela sobre los principios, objetivos, instrumentos de implementación y
image/svg+xml
Alexsandro do Nascimento SANTOS
y
Rodnei PEREIRA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2401
procedimientos de la política inclusiva de educación especial; y [2] describir y analizar los
estándares de participación de los directores de escuela a los obje
tivos, instrumentos de logro y
procedimientos de la misma política.
Los puntos neurálgicos destacados al final de la sección anterior nos llevan a tensarlos,
a través de 03 preguntas principales: 1) cómo los directores escolares pueden lidiar con los
problemas que involucran la formación de su personal escolar tanto para l
a gestión de las
diversidades y diferencias humanas, al tiempo que afirman el derecho a aprender de todos y
cada uno de los estudiantes, sobre todo, para separar los aspectos que implican la exigencia de
informes médicos (por ejemplo, para que el estudian
te tenga acceso a las prestaciones y
servicios del ámbito de la atención, la salud y la movilidad y el transporte) de la toma de
decisiones pedagógicas?; 2) qué acciones puede poner en práctica la gestión escolar para apoyar
al profesorado tanto en la plan
ificación como en el desarrollo de prácticas pedagógicas
inclusivas, tanto en el
AEE
¿Cuánto en las clases regulares?; 3) cuáles son los conocimientos
profesionales que el equipo directivo necesita construir, y qué acciones prácticas debe
emprender, en el
ámbito de sus atribuciones y de los demás miembros del equipo directivo, para
no relegar al profesor del
AEE
¿La tarea de asumir el rol de formador de sus pares de otras
especializaciones y áreas de conocimiento, dado que tal rol podría ser asumido por el
coordinador pedagógico?
Teniendo en cuenta estas preguntas y las notas hechas a lo largo del texto, concluimos
que los datos analizados pueden guiar futuros estudios, así como llamar la atención sobre la
importancia de que los formuladores de políticas est
én atentos a la capacitación y monitoreo
del trabajo de los gerentes escolares, considerando la influencia que pueden ejercer en los
equipos
escolares, Implementación
de la política de educación especial desde la perspectiva de
la educación inclusiva.
REFERENCIAS
BRASIL.
Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva
.
Brasília
, DF
: MEC
;
SEESP, 2008.
CAVALCANTE, P.; LOTTA, G. S.
Burocracia de Médio Escalão:
Perfil, Trajetória e
Atuação.
1. ed. Brasília, DF: Enap, 2015. v.
1.
CORNEJO. O.; RUBILAR, C.; DÍAZ, M.; RUBILAR, J. Cultura y liderazgo escolar:
Factores claves para el desarrollo de la inclusión educativa.
Revista Electrónica
Actualidades Investigativas en Educación
, v. 14, n. 3, p. 1
-
23, set./dez. 2014.
Disponible
en
: https://www.redalyc.org/pdf/447/44732048022.pdf. Acceso: 18
abr.
2022.
image/svg+xml
L
os
d
irectores de escuela
s
en la implementación de
la
política de educación especial
inclusiva
en un municipio de la Región Metropolitana
de São Paulo
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2402
FERREIRA, V. R. S.; MEDEIROS, J. J. Fatores que moldam o comportamento dos
burocratas de nível de rua no processo de implementação de políticas públicas.
Cadernos
EBAPE.BR
, Rio de Janeiro, v. 14, n. 3, p. 776
-
793, jul./set. 2016.
Disponible en:
http://www.
scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679
-
39512016000300776&lng=en&nrm=iso.
Acceso: 18
abr.
2022.
GODOY, E. R. S.; JUAREZ, A. L. A. C.; SOBRINHO, R. O trabalho do diretor escolar no
contexto das políticas de educação especial no município de xalap
a/VER.
Cadernos CEDES
,
Campinas, v. 38, n. 106, p. 373
-
390, dez. 2018.
Disponible en
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101
-
32622018000300373&lng=en&nrm=iso.
Acceso: 18
abr.
2022.
IBGE.
Síntese de Indicadores Sociais
: Uma análise das condições de vida da população
brasileira 2020.
Rio de Janeiro
: IBGE,
2020.
Disponible en:
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101760.pdf. Acceso el: 10
mar
. 2021.
INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.
Microda
d
os
do SAEB 2017
. Brasília, DF: MEC, 2018.
Disponible en:
http://portal.inep.gov.br/microdados.
Acceso: 18
abr.
2022.
LEVINE, D. U.; LEZOTTE, L. W.
Unusually effective sc
hools
: A review and analysis of
research and practice
.
Madison, WI: National Center for Effective Schools, 1990.
LIMA, M. F. M. Seleção de diretores e o sentido da gestão escolar: Percepções de diretores
sobre o plano de gestão.
Educar em Revista
, v. 37, p. 1
-
22, dez. 2021.
Disponible en:
https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/78290. Acceso: 18
abr.
2022.
LOTT
A, G. S. Federalismo e Políticas Públicas: Abrangências e Convergências Temáticas
desse Campo de Estudos no Brasil.
História, Ciências, Saúde
-
Manguinhos
, v. 22, p. 1092
-
1096, jul./set. 2015.
Disponible en:
https://www.scielo.br/j/hcsm/a/L9KWyrqXkqnKdy5nKbk
zf8b/?lang=pt.
Acceso: 05
enero
2022.
LOTTA, G. S.; PIRES, R.; OLIVEIRA, V. Burocratas de Médio Escalão: Novos Olhares
sobre Velhos Atores da Produção de Políticas Públicas.
Revista do Serviço Público
, v. 65, p.
463
-
492, out. 2014.
Disponible en: https://repositorio.enap.gov.br/handle/1/1836.
Acceso: 08
feb
. 2022.
MOTA, M. O.
Entre a meritocracia e a equidade:
O Prêmio Escola Nota Dez na percepção
e atuação dos agentes implementadores.
2018. Tese (Doutorado em Educação)
–
Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018
.
Disponible en:
https://www.maxwell.vrac.puc
-
rio.br/52701/52701_1.PDF. Acceso: 08
feb
. 2022.
MURPHY, J.; LOUIS, K. S.
Reshaping the principalship
: Insights from transformational
efforts
.
California: Sage, 1994.
NASCIMENTO, B. A. B.; PENITENTE, L. A. A.; GIROTO, C. R. M. Gestão escolar e
educação inclusiva: Análise da produção científica na área especial.
Rev. Real. Investigação
Educ.
, San José, v. 18, n. 3, p. 517
-
543, dez. 2018.
Disponible en
image/svg+xml
Alexsandro do Nascimento SANTOS
y
Rodnei PEREIRA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2403
http://www.scielo.s
a.cr/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1409
-
47032018000300517&lng=en&nrm=iso.
Acceso: 18
abr.
2022.
NETO, A. C.; CASTRO, A. M. D. Gestão escolar em instituições de ensino médio: Entre a
gestão democrática e a gerencial.
Educ. Soc
., v. 32, n. 116, p. 745
-
770, set. 2011.
Disponible
en: https://www.scielo.br/j/es/a/35zWgbwzyNc8dddjmJdsGhF/?format=pdf&lang=pt.
Acceso: 18
abr.
2022.
OLIVEIRA, A. C. P. Implementação das políticas educacionais: Tendências das pesquisas
publicadas (2007
-
2017).
Revista de Estudios Teóricos y Epistemológicos en Política
Educativa
, v. 4, p. 1
-
16, 2019.
Disponible en:
https://revistas.uepg.br/index.php/retepe/article/view/12966.
Acceso: 18
abr.
2022.
OLIVEIRA, V. E. Processo de descentralização de políticas públicas e seu impacto sobre o
federalismo brasileiro.
Revista brasileira de estudos constitucionais
, v. 5, n. 19, p. 197
-
218,
jul./set. 2011.
Disponible en: https://dspace.almg.gov.br/handle/11037/
6479. Acceso: 21
feb
.
2022.
OLIVEIRA; V. E.; ABRUCIO, F. L. Burocracia de médio escalão e diretores de escola: Um
novo olhar sobre o conceito.
In
: PIRES, R.; LOTTA, G. S. (org.).
Burocracia e políticas
públicas no Brasil
: Intersecções analíticas
. Brasília
, DF: IPEA; ENAP, 2018.
PIRES, R. R. Sociologia do guichê e implementação de políticas públicas.
Revista Brasileira
de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais
-
BIB,
n. 81, p. 5
-
24, 2016.
Disponible
en: https://bibanpocs.emnuvens.com.br/revista/artic
le/view/412.
Acceso: 11
feb
. 2022.
RUS PEREZ, J. R. Reflexões sobre a avaliação do processo de implementação de políticas e
programas educacionais.
In
: WARDE, M. J. (org.).
Novas políticas educacionais
:
Perspectivas e críticas
. São Paulo: PUC
-
SP, 1998. v. 1.
SEGATTO, C. I. Administração Pú
blica e Políticas Públicas: Duas faces do mesmo debate.
Órgão. Soc
., v. 18, n. 56, p. 177
-
182, jun. 2014.
Disponible en:
https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaoes/article/view/11144.
Acceso: 18
abr.
2022.
STOLL, L.; FINK, D.
Changing our
schools
: Linking school effectiveness and school
improvement. Buckingham: Open University
Press, 1994.
STOLL, L.; FINK, D. Effecting school change: The Halton approach.
School Effectiveness
and School Improvement
, v. 3, n. 1, p. 19
-
41, 1992.
Disponible en:
https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/0924345920030103. Acceso: 19
feb
. 2022.
TEDDLIE, C.; REYNOLDS, D. (ed.).
The international handbook of school effectiveness
research.
New York: Routledge, 2000.
TORRES, O. M. Os estágios de vivên
cia no Sistema Único de Saúde do Brasil:
Caracterizando a participação estudantil.
RECIIS
-
Revista Eletrônica de Comunicação,
Informação e Inovação em Saúde
, Rio de Janeiro, v. 7, n. 4, p. 1
-
14, dez. 2013.
Disponible
en: https://www.reciis.icict.fiocruz.b
r/index.php/reciis/article/view/571. Acceso: 12
jun.
2022.
image/svg+xml
L
os
d
irectores de escuela
s
en la implementación de
la
política de educación especial
inclusiva
en un municipio de la Región Metropolitana
de São Paulo
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2404
VILLAVICENCIO, M. G. T.; MORAL, S. S. S. Inclusión y gestión escolar en escuelas
indígenas de México.
Perspect. educ.
, Valparaíso, v. 58, n. 2, p. 147
-
168, jun. 2019.
Disponible en: http://www.scielo.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0718
-
97292019000200147&lng=pt&nrm=iso.
Acceso: 18
abr.
2022.
WILSON, J. Q.
American government
: Institutions and policies.
Boston
: Houghton Mifflin
Co., 2003.
Cómo hacer referencia a este artículo
S
ANTOS
,
A
.
N
.
; PEREIRA, R
. Diretores de escola na implementação das políticas de educação
especial inclusiva em um município da Região Metropolitana de São Paulo.
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2386
-
2404
, nov. 2022.
e
-
ISSN: 1982
-
55
87. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
Presentada en:
2
6/04/2022
Revisiones requeridas en
:
07/08/2022
Aprobado en
:
18/09/2022
Publicado en
:
30/11/2022
Procesamiento y edición: Editora Iberoamericana de
Educación
-
EIAE.
Corrección, formateo, normalización y traducción.
image/svg+xml
School principals in the implementation of the inclusive special education policy in a city in the metropolitan region of
S
ão
P
aulo
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2379
-
2497
,
Nov
. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.2172
3/riaee.v17iesp.3.16688
2379
SCHOOL PRINCIPALS IN THE IMPLEMENTATION OF THE INCLUSIVE
SPECIAL EDUCATION POLICY IN A CITY IN THE METROPOLITAN REGION
OF SÃO PAULO
DIRETORES DE ESCOLA NA IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA
DE EDUCAÇÃO
ESPECIAL INCLUSIVA EM UM MUNICÍPIO DA
REGIÃO METROPOLITANA DE
SÃO PAULO
1
LOS DIRECTORES DE ESCUELAS EN LA IMPLEMENTACIÓN DE LA POLÍTICA
DE EDUCACIÓN ESPECIAL INCLUSIVA EN UN MUNICIPIO DE LA REGIÓN
METROPOLITANA DE SÃO PAULO
Alexsandro do Nascimento
SANTOS
2
Rodnei
PEREIRA
3
ABSTRACT
:
This article problematizes the issue of discretionary action and the role of beliefs
and the degree of knowledge and adherence of school principals, such as middle
-
level
bureaucrats (BME), in the process of implementing inclusive special
education policy in a
municipal public system in Sao Paulo. The objectives are describing and analyzing the degree
of understanding of school directors on the principles, objectives, implementation instruments
and procedures of the inclusive special educat
ion policy; and to describe and analyze the
patterns of adherence of school directors to the objectives, implementation instruments and
procedures of the same policy. The investigation mobilized the analysis data referring
to the
responses of school princi
pals to the questionnaires associated with Prova Brasil (2017). The
results indicate that school managers recognize the importance to the school inclusion model
for students who are the target audience of inclusive special education, but not for students
w
ithout significant differences.
KEYWORDS
:
School principals. School management.
Implementation. Inclusive Special
Education Policy.
RESUMO
:
Este artigo aborda o tema da ação discricionária e o papel das crenças e do grau
de conhecimento e adesão de
diretores de escola, como burocratas de médio escalão (BME),
no processo de implementação da política de educação especial inclusiva numa rede pública
municipal da grande São Paulo. Os objetivos consist
iram em descrever e analisar do grau de
compreensão do
s diretores de escola sobre os princípios, objetivos, instrumentos de realização
e procedimentos da política de educação especial inclusiva; e descrever e analisar os padrões
1
We thank the Network of Studies on Implementation of Public Educational Policies (REIPPE), with the
collaboration of Itaú Social, for the financial support for the translations of this article in
to English and Spanish
.
2
Cidade de São Paulo University
(UNICID), São Paulo
–
SP
–
Bra
z
il
.
Permanent Professor. Director of the School
of Parliament (SP). Member of the Network of Studies on Implementation of Public Educational Policies
(REIPPE).
PhD in Education
(FEUSP). ORCID: https://orcid.org/0000
-
0002
-
2337
-
3104. E
-
mail:
alexsandrosantos1980
@gmail.com
3
Cidade de São Paulo University
(UNICID), São Paulo
–
SP
–
Bra
z
il
.
Permanent Professor. Member of the
Network of Studies on Implementation of Public Educational Policies (REIPPE).
PhD in Education
(PUC
-
SP).
ORCID:
https://orcid.org/0000
-
0002
-
2315
-
7321. E
-
mail: rodneiuol@gmail.com
image/svg+xml
Alexsandro do Nascimento SANTOS
and
Rodnei PEREIRA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2379
-
2497
,
Nov
. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2380
de adesão dos
participantes
aos objetivos, instrumentos de realização e procedime
ntos da
mesma política.
A investigação mobilizou a análise de dados referentes às respostas d
os
diretores
aos questionários associados à Prova Brasil (2017). Os resultados apontam que os
gestores escolares reconhecem a importância do modelo de inclusão esc
olar para os
estudantes que são público
-
alvo da educação especial inclusiva, mas não para os estudantes
sem diferenças significativas
.
PALAVRAS
-
CHAVE
:
Diretores de escola. Gestão Escolar. Implementação. Política de
Educação Especial Inclusiva.
RESUMEN
:
Este artículo problematiza la acción discrecional y el papel de las creencias y el
grado de conocimiento y adhesión de directores de escuela, como burócratas de nivel medio
(BME), en el proceso de implementación de la política de educación especia
l inclusiva en un
sistema educativo municipal en São Paulo. Los objetivos consistieron en describir y analizar
el grado de comprensión de los participantes sobre los principios, objetivos, instrumentos de
implementación y procedimientos de la política; y d
escribir y analizar los padrones de
adhesión de los directores a los objetivos, instrumentos de implementación y procedimientos
de la misma política. La investigación ha buscado informaciones en los datos de análisis
referentes a las respuestas a los cuest
ionarios asociados a Prova Brasil (2017). Los resultados
indican que los gestores escolares reconocen la importancia del modelo de inclusión escolar
para los estudiantes con discapacidades, pero no para los estudiantes sin diferencias
significativas
.
PALA
BRAS CLAVE
: Directores de escuela. Gestión Escolar. Implementación. Política para
la educación inclusiva a personas con discapacidad
.
Introdu
ction
This article addresses the issue of discretionary action and the role of beliefs and the
degree of
knowledge and adherence of school principals, as middle
-
ranking bureaucrats (BME
,
in the Portuguese acronym
), in the process of implementing the policy of inclusive special
education in a municipal public network of greater São Paulo. The research mobilize
d the
analysis of data regarding the responses of principals of the network's schools to questionnaires
associated with
Prova Brasil
(2017) and data regarding the response of school principals of the
network to an instrument developed especially for the re
search.
In the field of education research, studies on the implementation of public policies have
intensified since the 2000s and continue to grow. studies that analyze the implementation of an
educational policy in a specific context (usually, in a scho
ol network or a set of schools and,
less often, in a single school unit); iii. studies that are dedicated to verticalize the analysis of the
implementation from the performance of the implementing agents. In this last group, we find
image/svg+xml
School principals in the implementation of the inclusive special education policy in a city in the metropolitan region of
S
ão
P
aulo
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2379
-
2497
,
Nov
. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.2172
3/riaee.v17iesp.3.16688
2381
researches that chose t
o focus on the implementing agents at a particular level of action (street
level, mid
-
level, high
-
level) and studies that prioritize the analysis of the interactions between
implementing agents acting at different levels (OLIVEIRA, 2019, RUS PEREZ, 1998,
S
EGATTO, 2014).
We understand that implementing agents exercise certain autonomy and, acting within
a framework of discretion and translate the forecasts, guidelines, and norms of public policies
into actions, through decision
-
making processes (CAVALCANTE;
LOTA, 2015; LOTTA,
2015; LOTTA; PIRES; OLIVEIRA, 2014). They act in institutional spaces of encounter
between the state and the population (PIRES, 2017) and modulate their service delivery from a
set of perceptions, beliefs, and knowledge and from a certai
n degree of understanding and
adherence to the public policy they are implementing
(
FERREIRA; MEDEIROS, 2016;
OLIVEIRA, 201
1
; WILSON, 2003).
We assume, in alignment with Mota (2018) and Oliveira and Abrucio
(2018) that the
School Director is an implementing agent of educational policies situated in the middle echelon.
Especially, because: 1) he acts as a connector element between the top echelon of the
bureaucracy and the street
-
level bureaucrats; 2) he exer
cises a relative degree of autonomy in
the management of resources and work processes in the service unit (the school) and; 3) his
direct contact with the beneficiaries of educational policy (the students and their families) has
a distinct nature from that
performed by street
-
level bureaucrats.
Moreover, a vast literature, systematized in Brazil and in different places around the
world situates the leadership and performance of school principals as an intra
-
school factor
relevant to school effectiveness an
d to the academic performance of students (STOLL; FINK,
1992, 1994; LEVINE; LEZOTTE, 1990; MURPHY; LOUIS, 1994; TEDDLIE;
STRINGFIELD, 2000).
It is around this set of markers that our investigative course was developed. From the
location of the research in
a public and municipal school network, located in the metropolitan
region of São Paulo, we assumed as central objectives: i. to describe and analyze the degree of
understanding of school principals about the principles, objectives, instruments of
implemen
tation and procedures of the inclusive special education policy and ii. to describe and
analyze the patterns of adherence of school principals to the objectives, instruments of
implementation and procedures of the same policy.
Thus, this paper is composed
of the following sections, including the introduction,
which are: literature review, context and methodology, results and analysis, and final remarks
.
image/svg+xml
Alexsandro do Nascimento SANTOS
and
Rodnei PEREIRA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2379
-
2497
,
Nov
. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2382
Literature review
In order to recognize the most expressive brands of academic production in the research
field on the theme of this investigation, we resorted to the Scientific Electronic Library Online
-
ScIELO. The searches were conducted between September and December 2
021. In that
repository, we decided to conduct two search movements: in the first movement, we sought to
map academic production on the relationship between the implementation of educational
policies and school management; in the second movement, we sought
to map research that
connected the theme of school management with the theme of inclusive special education.
With regard to the first movement, we selected 3 articles. In a text published in the
journal Educar em Revista, Lima (2021) analyzed the percept
ions of principals of two schools
in Rio de Janeiro about the implementation of the 'management plan' methodology proposed by
the Municipal Secretariat of Education and concluded that the principals "acted with margins
of freedom to manage the process, and
that, based on different experiences and values, they
attributed different meanings to the management plans" (LIMA, 2021, p. 1
, our translation
).
Neto and Castro (2011), in an article published in the journal Educação e Sociedade,
analyzed the tensions be
tween the model of democratic school management and the managerial
model based on data collection and analysis of the perceptions of school managers about two
management tools in use in high schools in Rio Grande do Norte: the Political Pedagogical
Project
and the School Development Plan (PDE) and concluded that, in the view of school
managers: (1) these two tools present themselves as contradictory incentives to the modeling
of management practices and (2) the management model of the School Development Pla
n (PDE
in
the Portuguese acronym
), interpreted as closer to a managerial/managerialist perspective of
management had been becoming more present in schools because of the binding of financial
resources that it presupposed.
Finally, Torres (2013), in a contr
ibution published in
Revista Lusófona de
Educação
discusses the contradictions of the paradigm of educational leadership emerging in Portuguese
educational policies at that historical moment to argue that the regulation established by the
evaluation system
from the central level seemed to install a paradox for the action of school
principals as educational leaders: "how does the leader manage the bipolar pressure to which
he is daily subjected, on the one hand, his total dependence on the center to which he
must be
accountable, on the other, his attachment to the professional and organizational identity of the
school he represents?"
(TORRES, 2013, p. 74
, our translation
).
image/svg+xml
School principals in the implementation of the inclusive special education policy in a city in the metropolitan region of
S
ão
P
aulo
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2379
-
2497
,
Nov
. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.2172
3/riaee.v17iesp.3.16688
2383
In the second movement, investigating the production deposited on the SciELO
platform f
rom the pairs: "special education" or "inclusive education" and "school management".
Only one article was located in the repository. It is the text
“Gestão Escolar e Educação
Inclusiva: análise da produção científica na área de educação especial”
(NASCIMEN
TO;
PENITENTE; GIROTO, 2018), published in the journal
Actualidades Investigativas en
Educación
; linked to the Institute of Research in Education of the University of Costa Rica.
The authors signal that the set of articles presented only a lateral discuss
ion on the theme
of school management, often, in an implicit and indirect way. And they assert that
:
um importante indício subsidiado pelos dados apresentados caracteriza
-
se
pela
the need for scientific journals in the field of Special Education and
education, in general, to promote, possibly by means of special issues, calls
for the publication of research on the theme addressed here, with a view to
compiling and disseminating ref
erences, models, and experiences that address
school management from the perspective of inclusive education and,
particularly, focused on the management of aspects that permeate Special
Education in regular education
(NASCIMENTO; PENITENTE; GIROTO,
2018, p
. 18
-
19
, our translation
)
.
As a way to broaden the search for results, we consulted the Scielo
repository using the
English language terms ("inclusive education" and "school management"). From this search
key, six other articles published in journals covered by the platform were found. Analyzing the
six papers found, we identified that three of the
m focused more explicitly on the analysis of the
performance of school managers in the field of inclusive special education.
The article by Maria Guadalupe Tinajero Villavicensio and Sharon Stephanie Solis del
Moral, argues that "there is an absence of inc
lusive [educational outcomes] improvement
strategies and of an evaluation of how planned actions affect the teaching work"
(VILLAVICENCIO; MORAL, 2019, p. 161
-
162
, our translation
).
The text Godoy, Juarez and Sobrinho (2018) shows that there is, in the inv
estigated
context, a concern with the learning and development of students with disabilities and a defense
of the inclusive model of care against previous moments in which the bet was segregation. From
the point of view of school management, the authors al
so point out that it is necessary "to
overcome the hierarchical and individualistic vision that permeates the managerial performance
of the school manager" (GODOY; JUÁREZ; SOBRINHO, 2018, p. 387
, our translation
). And
they state that the managerial perspec
tive of school management, associated with the
conceptions brought by the so
-
called New Public Management, establish a power dynamic in
which the school principal is characterized as the one who holds the tools to operate as a boss,
image/svg+xml
Alexsandro do Nascimento SANTOS
and
Rodnei PEREIRA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2379
-
2497
,
Nov
. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2384
exercising over the oth
er professionals, a power of command (GODOY; JUAREZ;
SOBRINHO, 2018, p. 387).
Finally, the essay by Cornejo, Rubilar, Díaz and Rubilar (2014, p. 2, our additions
, our
translation
) recovers extensive international literature that has signaled that many of
the
experiences in inclusive education policies have encountered major difficulties related "to the
vision and performance of the actors of the school community, not succeeding in changing the
cultural and interactional practices practiced in educational e
stablishments" and that, for this
reason, such policies "have not succeeded in making the necessary changes to generate a real
process of educational inclusion"
.
Context and methodology
Taking the above theoretical framework as a reference, in 2019 and
the first quarter of
2020, we developed an investigative investment involving principals of 21 educational units
that serve the early years of elementary education in a municipality located in the metropolitan
region of São Paulo. The municipal network in
which the research was carried out has 24
educational units of this type, which means that we reached 87.5% of the total number of
schools.
The municipality has a population estimated by the Brazilian Institute of Geography and
Statistics at just over 150
,000 inhabitants (IBGE, 2020) and had, in 2019, 4,405 enrollments in
the early years of elementary school.
In this municipality, 216 children were classified as target students for Special
Education, according to data from the School Census. Of this total,
only 4 were enrolled in the
second phase of early childhood education (4 and 5 years old). All the other children were
enrolled in the early years of elementary school.
The school network had seven multi
-
functional resource rooms dedicated to organizing
and guaranteeing the strategies, materials and actions of the specialized educational service
(SES), as a complementary and supplementary service to the students in regular classes. Of the
total of 216 children classified as target audience for Special Edu
cation, 182 attended regular
activities in one of these seven classrooms. The other 34 children did not attend activities of
this type. It is worth noting that the seven multipurpose resource rooms functioned as hubs,
bringing together enrollments from the
main school with surrounding schools.
Multifunctional resource rooms are led by a specialized educational service teacher
(SES teacher). In the school network investigated, this professional is chosen from among the
image/svg+xml
School principals in the implementation of the inclusive special education policy in a city in the metropolitan region of
S
ão
P
aulo
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2379
-
2497
,
Nov
. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.2172
3/riaee.v17iesp.3.16688
2385
permanent or contract teachers who work
in the network after a selection process consisting of
a curriculum analysis and an interview with the pedagogical team from the Municipal
Secretariat of Education.
The functional subordination relationship of the SES teacher is always with the principal
of the school. They are considered part of the teaching staff of that school unit, even if they also
serve students from other schools in their region. It is important to emphasize, however, that
the Municipal Secretariat of Education has a reference techn
ician, trained in the area of special
education, dedicated to monitoring, training and mediating the work of the Specialized
Education Attendance teachers with the other schools and with other sectors of the secretariat
itself.
The investigative process, of qualitative approach, was negotiated in two stages: a first
meeting of the researcher with the secretary of education and the technical team of the
secretariat and a second meeting with the principals of elementary schools. In
this meeting,
after the presentation of the research, the principals were able to decide whether or not they
wished to participate in the research.
Methodologically, the research undertaken was organized in two phases of data
collection. In the first pha
se, we located the questionnaires answered by the principals of the
sampled schools in the 2017 edition of Prova Brasil and selected for treatment the set of
responses marked in the questionnaire section that dealt with aspects related to special
education
(questions 57 to 61). The data were processed by identifying the frequency of
responses offered by school principals
.
Then, we applied a questionnaire, with guaranteed non
-
identification of the respondents,
who signed a free and informed consent form (ICF
), consisting of eighteen objective questions
for the universe of school principals involved in the research. The questions were divided into
three groups: a) questions related to the degree of knowledge and agreement of the principal
with the guidelines o
f the educational policy of the municipality about inclusive special
education; b) questions related to the perception of the school principal about his own
performance in the process of implementing the special education policy of the municipality
within
the school and in the relationship with the central bodies and; c) questions related to the
perception of the school principal about the results achieved in the implementation of the special
education policy of the municipality. The questionnaires were app
lied in person, in six technical
visits made by the researcher, in the schools in which the directors worked, in the first week of
March 2019. The questionnaire was applied using printed material with the questions and the
image/svg+xml
Alexsandro do Nascimento SANTOS
and
Rodnei PEREIRA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2379
-
2497
,
Nov
. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2386
managers answered individually, w
ithout any intervention by the researcher or the secretariat
staff. Subsequently, the data obtained were tabulated and organized into descriptive statistical
tables, which supported the interpretation performed in the subsequent section
.
Results and Ana
lysis: Questionnaires associated with
Prova
Brasil (2017)
All 21 questionnaires answered by principals of the schools selected in the sample in
2017 were located. The five questions that address aspects related to special education comprise
the block of
questions numbered 57 to 61 and address the adequacy of the school infrastructure
(question 57), the existence and quantity of resources in the multipurpose resource room
(question 58), the training of the school principal to work with students targeted fo
r special
education (question 59), the specific training of school teachers to work with these same
students (question 60), and the training of other school professionals for this work (question
61).
When asked whether the
school's physical infrastructure
is adequate for people with
disabilities or special needs
, principals responded as follows
:
Table
1
–
Managers' assessment of the physical infrastructure of schools
(
INEP
,
2018
)
Not adequate
Yes, but not very adequate
Yes, sufficiently adequate
3
(14,5%)
15 (71%)
3 (14,5%)
Source: Own preparation, based on data from Saeb (2017)
If we consider the proportion of respondents who indicated a slightly
adequate/sufficiently adequate infrastructure compared to those who indicated that there was
no
infrastructure to serve this population, the data show that, in the perception of managers,
school buildings are partially adequate to meet the demands of the disabled population. It is
noteworthy that only three administrators stated that their schools ar
e sufficiently adequate
.
When asked about the
existence of multi
-
functional resource rooms and the amount
of materials available
, the frequency of responses from principals was as follows
:
Table
2
–
Existence and sufficiency of multi
-
functional resource rooms
(
INEP
, 2
018
)
No resource room
Yes, it does, but with few
resources
Yes, it does, and with enough
resources
14 (66%)
1 (5%)
6
(29%)
Source: Own preparation, based on data from Saeb (2017)
image/svg+xml
School principals in the implementation of the inclusive special education policy in a city in the metropolitan region of
S
ão
P
aulo
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2379
-
2497
,
Nov
. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.2172
3/riaee.v17iesp.3.16688
2387
The data reveals the need for an effort by the government to expand the existence of
multi
-
functional resource rooms to more schools (more than 60% of them do not have this
instrument of the inclusive special education policy). However, the installed rooms
, in the
perception of principals, have sufficient resources for their operation.
When asked about
their own training to work with children with disabilities, the
training of their teachers and the training of other school staff in this field
, school
admin
istrators responded to the
Prova Brasil
questionnaire as follows
:
Table
3
–
Training the principal
s
themselves
to work with Inclusive Education
(
INEP, 2018
)
No
Yes, but only in one
area/disability
Yes, in more than one
area/disability
18 (85,5%)
3
(14,5%)
---
Source: Own preparation, based on data from Saeb (2017)
Table
4
–
Training teachers to work with Inclusive Education
(
INEP, 2018
)
No
Yes, but not enough
Yes, in sufficient number
6 (2
9
%)
14 (66%)
1 (5%)
Source: Own
preparation, based on data from Saeb (2017)
Table
5
–
Training employees to work with Inclusive Education
(
INEP, 2018
)
No
Yes, but not enough
Yes, in sufficient number
18 (85,5%)
3 (14,5%)
---
Source: Own preparation, based on data from Saeb
(2017)
The systematized data from the responses given by principals to the three questions on
training to work with the target audience of special education in the Questionnaire of
Prova
Brasil
2017 reveal that teachers are the group in the school in which traini
ng policies have
generated the most effects. In this category, the proportion of school principals who state that
the teachers in their unit have some training is more representative (71%). However, the data
on the perception of the managers about their ow
n training and the training of the other members
of the school team is worrying. Only 3 managers declared they had specific training in the area
(14.5%).
When viewed as a whole, the data on the five issues discussed show an effort by
municipalities to imp
rove the physical infrastructure and teaching resources available in schools
to serve the target audience of special education. However, these efforts are insufficient in the
evaluation of school managers, who still point out fundamental needs not met by t
he policies
image/svg+xml
Alexsandro do Nascimento SANTOS
and
Rodnei PEREIRA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2379
-
2497
,
Nov
. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2388
set in motion. It is also possible to see a significant gap in the training of professionals. In
particular, the very insufficient standard of training for school managers and administrative and
support staff in the schools draws attention
.
Results and Analysis: Questionnaires applied in person, by the researcher
The questionnaire submitted to school managers to investigate their understanding and
adherence to the goals and strategies of the special education policy, their perception of thei
r
own performance as implementers, and their perception of the results achieved by this policy
was composed of three blocks. The first block had 5 questions, the second block had 10
questions, and the third block had 2 questions.
In the first block, the qu
estions sought to identify the degree of knowledge and
agreement/adherence of school principals to the goals and strategies proposed in the inclusive
special education policy. The questions presented to the managers always presented four
possible answers:
a) The statement is correct in light of the municipal policy of inclusive
education and I agree with its content (CC); b) The statement is correct in light of the municipal
policy of inclusive education, but I disagree with its content (CD); c) The stateme
nt is incorrect
in light of the municipal policy of inclusive education but I agree with its content (IC) and; d)
The statement is incorrect in light of the municipal policy of inclusive education, and I also
disagree with its content (ID).
In general, in
the municipality where the research was carried out, following the national
standards on the subject, the inclusive special education policy is explicit in stating that all
children, regardless of their specific characteristics, related or not to disabilit
y, should be
enrolled in regular classes and, if there is a pedagogical assessment that indicates the need for
Specialized Education Attendance, an individual plan should be drawn up so that the student
can receive complementary/supplementary support for h
is full development. However, when
asked about this policy guideline, the response of the participating principals was as follows
:
Table
6
–
Perception about the attendance guideline for children in regular classes
There are children who, because
they present very complex deficiency conditions, need to be attended
only in special classes, appropriate to their needs
CC
CD
IC
ID
1
1
4
15
Source: Own preparation, based on questionnaire responses,
2022
image/svg+xml
School principals in the implementation of the inclusive special education policy in a city in the metropolitan region of
S
ão
P
aulo
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2379
-
2497
,
Nov
. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.2172
3/riaee.v17iesp.3.16688
2389
É
It is salutary to identify that most professionals identified that the statement
contradicts the principles stated both in the National Policy of Inclusive Special Education and
in the guiding documents of the municipal network and pointed out that the ass
ociation between
complex clinical pictures of disability and segregated school care is incorrect. However, two of
the managers who participated in the questioning considered the sentence correct (contrary to
the guidance expressed in the policy documents)
and four managers signaled that, despite
understanding that this proposal is incorrect in the light of public policy, they agree with its
content; that is, they agree with the idea of segregated care for children who present pictures
considered complex in
terms of disability or global developmental disorders.
The hypothesis of a decrease in the pace or depth of learning of the school contents in
the classs/classes due to the presence of a child with disabilities was also investigated among
the respondents.
The pattern of responses found was as follows
:
Table
7
–
Perception about the work with content and the gain with socialization and learning
of values
The presence of disabled children makes teachers need to decrease the amount/depth of content, but
it
is a gain in socialization and learning values
CC
CD
IC
ID
4
3
8
6
Source: Own preparation based on questionnaire replies, 2022
Most of the professionals proved to know the precepts of the national and local special
education policy,
pointing out that there is no causal relationship between the presence of
children with disabilities in a regular class and a decrease in the quantity or depth of the teaching
content worked in the classroom (14 managers in all). However, eight of these pr
ofessionals,
even though they understood this precept established in the policy guiding texts, stated that yes,
they see this correlation and agree with the sentence formulated. Moreover, seven professionals
(1/3 of the sample) considered the sentence corr
ect.
Regarding the specialized training for teachers of regular classes, a discussion that has
already found consensus in the normative texts in the sense of considering that it is not an
indispensable requirement for the inclusion of children with disabil
ities in their classes.
However, as in the previous question, despite seeing that the guiding texts of the special
education policy do not establish the need for specialized training for the regular classroom
teacher, the managers participating in the surv
ey pointed out, in their overwhelming majority,
that this should be the path, agreeing with the content of the initial sentence
.
image/svg+xml
Alexsandro do Nascimento SANTOS
and
Rodnei PEREIRA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2379
-
2497
,
Nov
. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2390
Table
8
–
Perception about the need of previous specialized training of the teacher for the
attendance
Before
including a child with disabilities in a regular class, it is necessary to ensure that the regular
teacher is someone with specialist training in inclusive education
CC
CD
IC
ID
3
0
13
5
Source: Own preparation based on questionnaire
replies, 2022
Both in the National Policy for Special Education from the perspective of Inclusive
Education (BRAZIL, 2008) and in the texts that guide the care of the target audience of special
education in the school network participating in the research
, the initial pedagogical assessment
of children with disabilities or suspected of having disabilities, global developmental disorders
and other atypical conditions is not a prerequisite for their enrollment in regular school classes.
This evaluation is f
oreseen as a procedure to be conducted by the school team, based on
the observation made by the teacher in the classroom, although with the support of a multi
-
professional/multidisciplinary team when necessary. However, when questioned about this
evaluatio
n process, the pattern of responses suggests that, once again, even recognizing that this
is not the guidance offered in the documents that organize the policy of care for the target
audience of special education, the managers evaluate that yes, the clinic
al evaluation of the
health area and the production of report/document with explanations and guidance on the
clinical picture identified should be a step prior to the enrollment of a child in a regular class
.
Table
9
–
Perception of the need for
clinical assessment / report for the care of students with
disabilities
Before including a child with disabilities in a regular class, it is necessary to make sure that he or
she goes through a clinical health evaluation and obtains a report with explanat
ions and
guidance about his or her condition.
CC
CD
IC
ID
3
0
13
5
Source: Own preparation based on questionnaire replies, 2022
Finally, when asked about the role of the educational assistance teacher in the continuing
training and
monitoring of teachers in regular classes (another precept present in the National
Policy on Special Education from the perspective of Inclusive Education (BRA
Z
IL, 2008) and
in the guiding documents of the two networks), the managers replied in a
doubly affirmative
way, mostly: that this is a correct orientation in the light of public policy and that they agree
with this precept
.
image/svg+xml
School principals in the implementation of the inclusive special education policy in a city in the metropolitan region of
S
ão
P
aulo
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2379
-
2497
,
Nov
. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.2172
3/riaee.v17iesp.3.16688
2391
Table
10
–
Perception about the co
-
responsibility of the SES teacher in the care of the student
The
specialized education service/multifunctional resource room teacher needs to be co
-
responsible for
the training and monitoring of regular classroom teachers.
CC
CD
IC
ID
16
2
3
0
Source: Own preparation based on questionnaire replies, 2022
The
second block contained questions related to the manager's perception of their own
performance in implementing the inclusive special education policy. In this section of the
questionnaire, managers were presented with 10 activities related to the implementa
tion process
and were asked to select one of the four answers below: 1. I recognize that this is an assignment
of the school principal and I can perform it most of the time (RR); 2. I recognize that this is an
assignment of the school principal, but, most
of the time, I cannot perform it (RN); 3. I do not
recognize this assignment as being of the school principal, but I perform it because it is
necessary in the daily life of my school (NR); 4. I do not recognize this assignment as being of
the school princi
pal and I do not perform it in my daily life (NN). The pattern of responses
found can be seen in the chart below
:
Table
11
–
Recognition of the director's field of responsibility and perception of his/her
performance
Action
RR
RN
NR
NN
Provide
guidance to the professionals performing the enrollment regarding
the appropriate treatment of situations in which families declare a disability.
06
14
01
00
Talk to teachers about the enrollment of children whose families already
show signs of
disability or global developmental disorders.
06
14
01
00
Conduct, with the support of the pedagogical coordination, the initial
assessment processes of children with suspected disabilities, global
developmental disorders, high abilities or overgiftedness
.
03
15
01
02
Conduct, in partnership with the pedagogical coordination, the processes of
continued training of teachers for the educational care of children targeted
for special education.
03
08
05
05
Coordinate the survey of the school's
objective needs (infrastructure and
pedagogical resources) and ensure their acquisition and availability.
15
03
03
00
Provide assistance to the students' families, welcoming and orienting them
about how children who are targeted by special
education are cared for in
the light of the municipality's public policy.
15
01
05
00
Guide teachers to build inclusive pedagogical practices and make sure that
they actually happen in the school, accompanying the team's educational
work.
12
06
03
00
Demand the Municipal Education Secretary's team, requesting technical
support and resources necessary for the good development of the
implementation of special education in inclusive perspective.
21
00
00
00
image/svg+xml
Alexsandro do Nascimento SANTOS
and
Rodnei PEREIRA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2379
-
2497
,
Nov
. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2392
Articulate intersectorial
work with the health and social assistance
equipment in the municipality, in order to ensure the best educational
opportunities for children targeted for special education and their families.
10
11
00
00
Monitor and track the learning outcomes of
children targeted for special
education and implement specific actions to ensure that they make progress.
14
05
01
01
Source: Own preparation based on questionnaire replies, 2022
Finally, the third block of questions presented to the managers dealt
with their
perceptions regarding the results achieved in the implementation of the inclusive special
education policy. The response pattern observed in the distribution of respondents was as
follows
:
Table
12
–
Results of the implementation of the inclusi
ve model of special education
Considering the target students of Special Education, do you consider that the inclusive model, of regular
class enrollment:
Replies
Distribution
It always produces more satisfactory results for children targeted for
special education than
segregated models.
19
It generally produces more satisfactory results for children targeted for special education than
segregated models.
02
It rarely produces more satisfactory results for children targeted for special
education than
segregated models.
00
Considering all the children, the inclusive model, of regular class enrollment:
Replies
Distribution
It always produces the most satisfactory results for all children (whether they are part of the
special
education target group or not).
11
It generally produces the most satisfactory results for all children (whether they are part of the
special education target group or not).
0
5
It rarely produces the most satisfactory results for all children
(whether they are part of the
special education target group or not).
05
Source: Own preparation based on questionnaire replies, 2022
The systematized data allow us to conclude that school administrators have no doubts
about the contributions of the inclusive model for children who are targeted for special
education. At the same time, when asked about the benefits of the inclusive model
for all
children (whether or not they are part of the target audience for special education), the
proportion of school administrators who believe that this model rarely benefits everyone draws
attention.
Regarding the aspects related to training in inclusive special education, we observed
that there are two fundamental neuralgic points, which are: i. absence of specific training of
principals and school staff in the theme; ii. the establishment of a direct
relationship between
the enrollment of students with disabilities and written documents, such as reports issued by
image/svg+xml
School principals in the implementation of the inclusive special education policy in a city in the metropolitan region of
S
ão
P
aulo
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2379
-
2497
,
Nov
. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.2172
3/riaee.v17iesp.3.16688
2393
health professionals; iii. the lack of specific training of principals and school staff in the theme;
and iv. the establishment of a direct
relationship between the enrollment of students with
disabilities and written documents, such as reports issued by health professionals
.
Final remarks
The objectives of this paper were to: [1] describe and analyze the extent to which school
principals u
nderstand the principles, objectives, implementation instruments, and procedures of
the inclusive special education policy; and [2] describe and analyze school principals' patterns
of adherence to the objectives, implementation instruments, and procedures
of the policy.
The neuralgic points highlighted at the end of the previous section, lead us to tension
them, through 03 major questions: 1) how can school managers deal with the issues involving
the training of their school staff both for the management of
human diversities and differences,
while assuring the right to learning of all and every student, especially, in the sense of separating
the aspects involving the requirement of medical reports (for example, for the student to have
access to benefits and
services in the field of assistance, health and mobility and transportation)
from the making of pedagogical decisions? 2) what actions the school management can put into
practice in order to support the teaching staff both in planning and in developing inc
lusive
pedagogical practices, both in the
SES
and in regular classes; 3) what professional knowledge
the management team needs to build, and what practical actions it needs to undertake, within
its attributions and those of the other members of the managem
ent team, in order not to relegate
to the
SES
teacher the task of assuming the role of trainer of his/her peers from other
specializations and areas of knowledge, considering that such a role could be assumed by the
pedagogical coordinator?
Taking into ac
count these questions and the points made throughout the text, we
conclude that the data analyzed can guide future studies, as well as draw attention to the
importance of policy makers to be attentive to training and monitoring the work of school
managers,
considering the influence they can exert on school teams, in the implementation of
the special education policy from the perspective of inclusive education
.
image/svg+xml
Alexsandro do Nascimento SANTOS
and
Rodnei PEREIRA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2379
-
2497
,
Nov
. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2394
REFER
ENCES
BRA
Z
IL.
Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva
.
Brasília
, DF
: MEC
;
SEESP, 2008.
CAVALCANTE, P.; LOTTA, G. S.
Burocracia de Médio Escalão:
Perfil, Trajetória e
Atuação.
1. ed. Brasília, DF: Enap, 2015. v. 1.
CORNEJO. O.; RUBILAR, C.; DÍAZ, M.; RUBILAR, J. Cultura y liderazgo escolar:
Factores claves para el desarrollo de la inclusión educativa.
Revista Electrónica
Actualidades Investigativas en Educación
, v. 14, n. 3, p. 1
-
23, set./dez. 2014.
Available at
:
htt
ps://www.redalyc.org/pdf/447/44732048022.pdf.
Access on
18
Apr
. 2022.
FERREIRA, V. R. S.; MEDEIROS, J. J. Fatores que moldam o comportamento dos
burocratas de nível de rua no processo de implementação de políticas públicas.
Cadernos
EBAPE.BR
, Rio de Janei
ro, v. 14, n. 3, p. 776
-
793, jul./set. 2016.
Availa
ble at
:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679
-
39512016000300776&lng=en&nrm=iso.
Access on
: 18
Apr
. 2022.
GODOY, E. R. S.; JUAREZ, A. L. A. C.; SOBRINHO, R. O trabalho do diretor esc
olar no
contexto das políticas de educação especial no município de xalapa/VER.
Cadernos CEDES
,
Campinas, v. 38, n. 106, p. 373
-
390, dez. 2018.
Available at
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101
-
32622018000300373&lng=en&nrm=iso.
Access on
: 18
Apr
. 2022.
IBGE.
Síntese de Indicadores Sociais
: Uma análise das condições de vida da população
brasileira 2020. Rio de Janeiro
: IBGE,
2020.
Available at
:
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101760.pdf.
Access on
: 10
Mar
. 2
021.
INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.
Microda
d
os
do SAEB 2017
. Brasília, DF: MEC, 2018.
Available at
: http://portal.inep.gov.br/microdados.
Access on
: 18
Apr
. 2022.
LEVINE, D. U.; LEZOTTE, L. W.
Unusually effective schools
: A review and analysis of
research and practice
.
Madison, WI: National Center for Effective Schools, 1990.
LIMA, M. F. M. Seleção de diretores e o sentido da gestão escolar: Percepções de diretores
sobre o plano de gestão.
Educar em Revista
, v. 37, p. 1
-
22, dez. 2021.
Available at
:
https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/78290
.
Access on
: 18
Apr
. 2022.
LOTTA, G. S. Federalismo e Políticas Públicas: Abrangências e Convergências Temáticas
desse Campo de Estudos no Brasil.
História, Ciências, Saúde
-
Manguinhos
, v. 22, p. 1092
-
1096, jul./set. 2015.
Availa
ble at
:
https://www.scielo.br/j/hcsm/a/L9KWyrqXkqnKdy5n
Kbkzf8b/?lang=pt.
Access on
: 05
Jan
.
2022.
LOTTA, G. S.; PIRES, R.; OLIVEIRA, V. Burocratas de Médio Escalão: Novos Olhares
sobre Velhos Atores da Produção de Políticas Públicas.
Revista do Serviço Público
, v. 65, p.
463
-
492, out. 2014.
Available at
: http
s://repositorio.enap.gov.br/handle/1/1836.
Access on
: 08
Feb
. 2022.
image/svg+xml
School principals in the implementation of the inclusive special education policy in a city in the metropolitan region of
S
ão
P
aulo
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2379
-
2497
,
Nov
. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.2172
3/riaee.v17iesp.3.16688
2395
MOTA, M. O.
Entre a meritocracia e a equidade:
O Prêmio Escola Nota Dez na percepção
e atuação dos agentes implementadores.
2018. Tese (Doutorado em Educação)
–
Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.
Available at
:
https://www.maxwell.vrac.puc
-
rio.br/52701/52701_1.PDF.
Access on
: 08
Feb
. 2022.
MURPHY, J.; LOUIS, K. S.
Reshaping the principals
hip
: Insights from transformational
efforts
.
California: Sage, 1994.
NASCIMENTO, B. A. B.; PENITENTE, L. A. A.; GIROTO, C. R. M. Gestão escolar e
educação inclusiva: Análise da produção científica na área especial.
Rev. Real. Investigação
Educ.
, San José,
v. 18, n. 3, p. 517
-
543, dez. 2018.
Availa
ble at
http://www.scielo.sa.cr/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1409
-
47032018000300517&lng=en&nrm=iso.
Access on
: 18
Apr
. 2022.
NETO, A. C.; CASTRO, A. M. D. Gestão escolar em instituições de ensino médio: Entre a
gestão democrática e a gerencial.
Educ. Soc
., v. 32, n. 116, p. 745
-
770, set. 2011.
Availa
ble
at
: https://www.scielo.br/j/es/a/35zWgbwzyNc8dddjmJdsGhF/?format=pdf&lang=pt
.
Access
on
: 18
Apr
. 2022.
OLIVEIRA, A. C. P. Implementação das políticas educacionais: Tendências das pesquisas
publicadas (2007
-
2017).
Revista de Estudios Teóricos y Epistemológicos en Política
Educativa
, v. 4, p. 1
-
16, 2019.
Availa
ble at
:
https://revis
tas.uepg.br/index.php/retepe/article/view/12966.
Access on
: 18
Apr
. 2022.
OLIVEIRA, V. E. Processo de descentralização de políticas públicas e seu impacto sobre o
federalismo brasileiro.
Revista brasileira de estudos constitucionais
, v. 5, n. 19, p. 197
-
2
18,
jul./set. 2011.
Available at
: https://dspace.almg.gov.br/handle/11037/6479.
Access on
: 21
Feb
.
2022.
OLIVEIRA; V. E.; ABRUCIO, F. L. Burocracia de médio escalão e diretores de escola: Um
novo olhar sobre o conceito.
In
: PIRES, R.; LOTTA, G. S. (org.).
Burocracia e políticas
públicas no Brasil
: Intersecções analíticas
. Brasília, DF: IPEA; ENAP, 2018.
PIRE
S, R. R. Sociologia do guichê e implementação de políticas públicas.
Revista Brasileira
de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais
-
BIB,
n. 81, p. 5
-
24, 2016.
Available at
:
https://bibanpocs.emnuvens.com.br/revista/article/view/412.
Access on
: 11
Feb
. 2022.
RUS PEREZ, J. R. Reflexões sobre a avaliação do processo de implementação de políticas e
programas educacionais.
In
: WARDE, M. J. (org.).
Novas políticas educacionais
:
Perspectivas e críticas
. São Paulo: PUC
-
SP, 1998. v. 1.
SEGATTO, C. I. Administração Pública e Políticas Públicas: Duas faces do mesmo debate.
Órgão. Soc
., v. 18, n. 56, p. 177
-
182, jun. 2014.
Availa
ble at
:
https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaoes/article/view/11144.
Access on
: 18
Apr
. 2022.
STOLL, L.;
FINK, D.
Changing our schools
: Linking school effectiveness and school
improvement. Buckingham: Open University
Press, 1994.
image/svg+xml
Alexsandro do Nascimento SANTOS
and
Rodnei PEREIRA
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2379
-
2497
,
Nov
. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16688
2396
STOLL, L.; FINK, D. Effecting school change: The Halton approach.
School Effectiveness
and School Improvement
, v. 3, n. 1, p. 19
-
41, 1992.
Available at
:
https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/0924345920030103.
Access on
: 19
Feb
. 2022.
TEDDLIE, C.; RE
YNOLDS, D. (ed.).
The international handbook of school effectiveness
research.
New York: Routledge, 2000.
TORRES, O. M. Os estágios de vivência no Sistema Único de Saúde do Brasil:
Caracterizando a participação estudantil.
RECIIS
-
Revista Eletrônica de C
omunicação,
Informação e Inovação em Saúde
, Rio de Janeiro, v. 7, n. 4, p. 1
-
14, dez. 2013.
Availa
ble
at
: https://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/571.
Access on
: 12
June
2022.
VILLAVICENCIO
, M. G. T.; MORAL, S. S. S. Inclusión y gestión escolar en escuelas
indígenas de México.
Perspect. educ.
, Valparaíso, v. 58, n. 2, p. 147
-
168, jun. 2019.
Availa
ble at
: http://www.scielo.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0718
-
97292019000200147&lng=pt&nr
m=iso.
Access on
: 18
Apr
. 2022.
WILSON, J. Q.
American government
: Institutions and policies.
Boston
: Houghton Mifflin
Co., 2003.
image/svg+xml
School principals in the implementation of the inclusive special education policy in a city in the metropolitan region of
S
ão
P
aulo
RIAEE
–
Revista Ibero
-
Americana de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2379
-
2497
,
Nov
. 2022
e
-
ISSN: 1982
-
5587
DOI: https://doi.org/10.2172
3/riaee.v17iesp.3.16688
2397
How
to reference this article
S
ANTOS
,
A
.
N
.
; PEREIRA, R
.
School principals in the implementation of the
inclusive special
education policy in a city in the metropolitan region of São Paulo
.
Revista Ibero
-
Americana
de Estudos em Educação
,
Araraquara,
v. 17, n. esp. 3, p.
2379
-
24
97
, nov. 2022. e
-
ISSN: 1982
-
5587.
DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.3.16
688
Submitted
:
26/04/2022
Revisions required
:
07/08/2022
Approved
:
18/09/2022
Published
:
30/11/2022
Processing and publication by the Editora Ibero
-
Americana de Educação.
Correction, formatting,
standardization and translation.