image/svg+xmlInterlocuções entre análise qualitativa de conteúdo e software de dados webQDA na pesquisa em educaçãoRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2565-2581, out./dez. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042565INTERLOCUÇÕES ENTRE ANÁLISE QUALITATIVA DE CONTEÚDO E SOFTWARE DE DADOS WEBQDA NA PESQUISA EM EDUCAÇÃOINTERLOCUCIONES ENTRE ANÁLISIS CUALITATIVO DE CONTENIDO Y SOFTWARE DE DATOS WEBQDA EN LA INVESTIGACIÓN EN EDUCACIÓNINTERLOCUTIONS BETWEEN QUALITATIVE CONTENT ANALYSIS AND WEBQDA DATA SOFTWARE IN EDUCATIONAL RESEARCHDenise Santos da CRUZ1Adriana Moreira da ROCHA-VEIGA2Luís Miguel Dias CAETANO3RESUMO: O artigo apresenta recorte teórico-metodológico de pesquisa qualitativa em educação, do tipo descritivo-interpretativa,e as possíveis interlocuções entre a Análise Qualitativa de Conteúdo e o Softwarede Análise Qualitativa de Dados webQDA. Foram analisados os memoriais e os relatos de pedagogos atuantes em escolas públicas de Educação Infantil e dos Anos Iniciais de Ensino Fundamental, a partir da perspectiva Freireana, da experiência de si em Jorge Larrosa e da (auto)formação em Marie-Christine Josso. Apresenta-se as conceituaçõesda Análise de Conteúdo (BARDIN, 2016) e do Softwarede Análise Qualitativa de Dados webQDA, bem como os pontos de aproximação entre os dois métodos de análise qualitativa de dados. Ao final, descreve-se como a aplicação destes métodos contribuíram para o trabalho dos pesquisadores, estimulando outros pares, para que a pesquisa em educação possa avançar no sentido do uso das tecnologias de análise qualitativa de informações para facilitar a construção do corpusde pesquisa. PALAVRAS-CHAVE:Pesquisa em educação. Análise de Conteúdo. SoftwarewebQDA. RESUMEN:El artículo presenta un abordaje teórico-metodológico de la investigación cualitativa en educación, de tipo descriptivo-interpretativo, y las posibles interlocuciones entre el Análisis Cualitativo de Contenido y el Software Cualitativo de Análisis de DatoswebQDA. Se analizaron los memoriales y relatos de pedagogos que actúan en escuelas públicas de Educación Infantil y Primeros Años de la Enseñanza Fundamental, desde la perspectiva freireana, la experiencia del yo en Jorge Larrosa y la (auto)formación en Marie-Christine Josso. Se presentan los conceptos de Análisis de Contenido (BARDIN, 2016) y el Software de Análisis Cualitativo de Datos webQDA, así como los puntos de aproximación entre ambos 1Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa MariaRS Brasil.Pós-doutoranda em Educação.ORCID:https://orcid.org/0000-0003-0223-8795. E-mail:denisedacruz57@gmail.com2Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa MariaRS Brasil.Professora Associadano Departamento de Fundamentos da Educaçãoe Professora permanente nosProgramas de Pós-Graduação em Educação e Políticas Públicas e Gestão Educacional. Doutorado em Educação (UNICAMP). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-5804-3375. E-mail:adrianaufsm@gmail.com3Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira(UNILAB), FortalezaCEBrasil. Professor. Doutorado em Educação -Tecnologia Educativa (UAc/Portugal). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0907-831x.E-mail: prof.migdias@gmail.com
image/svg+xmlDenise Santosda CRUZ; Adriana Moreira da Rocha VEIGAeLuís Miguel DiasCAETANORIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2565-2581, out./dez.2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042566métodos de análisis cualitativo de datos. Al final, se describe cómo la aplicación de estos métodos contribuyó al trabajo de los investigadores, estimulando otros pares, para que la investigación en educación avance hacia el uso de tecnologías cualitativas de análisis de información para facilitar la construcción del corpus de investigación.PALABRAS CLAVE:Investigación educativa. Análisis de contenido. Software webQDA.ABSTRACT:The article presents a theoretical-methodological approach to qualitative research in education, of the descriptive-interpretative type, and the possible interlocutions between Qualitative Content Analysis and the Qualitative Data Analysis Software webQDA.The memorials and reports of pedagogues working in public schools of Early Childhood Education and Early Years of Elementary School were analyzed, from the Freirean perspective, the experience of the self in Jorge Larrosa and the (self) formation in Marie-Christine Josso. The concepts of Content Analysis (BARDIN, 2016) and the webQDA Qualitative Data Analysis Software are presented, as well as the approximation points between the two methods of qualitative data analysis. In the end, it is described how theapplication of these methods contributed to the researchers' work, stimulating other pairs, so that research in education can advance towards the use of qualitative information analysis technologies to facilitate the construction of the research corpus.KEYWORDS:Research in education. Content analysis.Software webQDA.Introdução Pesquisar é uma tarefa complexa. Faz-se necessário o envolver-se e o despir-se dos julgamentos prévios, porém não da experiência que permite o saber e, também, o não saber. Quando a pesquisa move o pesquisador, deixa-o desconfortável e, ao mesmo tempo que lhe dá prazer, torna o ato investigativo mais desafiador e, com isso, instiga-o a investigar o seu objeto de estudo. Nesta pesquisa, em especial, tornou-se estimulante irmos juntando as peças diversas que ao fim se encaixaram e deram rumo à meta de produção, referendados na Bricolagem Científica, a partir de Kincheloe (2006, 2007),Kincheloe e McLaren (2006),Kincheloe e Berry (2007) e Berry (2007). Ao penetrarmos a rede de sentido, organizada com as informações reunidas, a partir dos memoriais de formaçãoe relatos reflexivos dos colaboradores, percebemos as vantagens da abordagem qualitativa e como esta poderia comportar-se como pesquisa científica, métodos, instrumentos e técnicas de análise de dados. Sinteticamente, reforçamos a ideia do fluir metodológico da Bricolagem Científica, ainda emergente na Pesquisa em Educação.
image/svg+xmlInterlocuções entre análise qualitativa de conteúdo e software de dados webQDA na pesquisa em educaçãoRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2565-2581, out./dez. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042567As informações decorrentes da pesquisa os memoriais acadêmicos, as questões reflexivas e os portfólios foram descritas e comentadas a partir dos registros de imagens e dos depoimentos dos participantes, no ano de 2020, sendo selecionados dois doutores em Educação, uma mestra e uma doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação, atuantes em escolas públicas municipais. Todos os participantes estão no Programa ou são egressos dele, o que lhes atribui um critério de seleção em comum. As materialidades decorrentes, demonstradas ao longo do texto, foram analisadas a partir de referências teórico-conceituais de relevância à Educação e à Formação de Professores (FREIRE, 1996, 2000, 2013, 2020; JOSSO, 2007, 2010; LARROSA, 2011; SENNETT, 2019).Isto posto, reforçamos a decisão de adentrarmos o campo da pesquisa sem apriorismo, para tecermos juntos a trama, tingindo aqui e acolá com cores esentimentos no desejo compartilhado de vivenciarmos aprendendo nas escolas públicas, e no contexto primordial da aprendizagem escolar.Entretecimento metodológico das informações/dadosA fluidez dessa pesquisa sugere a produção de novos caminhos e aberturas nas pesquisas em educação. De acordo com Rodrigues et al.(2016, p. 981), “essa perspectiva não se restringe somente ao campo da pesquisa científica, especificamente, pois, na verdade, é uma razão multirreferencial de entender a realidade e tudo que envolve o ser humano”. Notadamente, uma aprendizagem contínua, infinita, abarca o ciclo vital humano em toda existência e profundidade. A nossa meta foi darmos sentido aos processos de “tecer juntos a trama”, movimentando as boas vivências com as artesanias pedagógicas na docência em ambiências de aprendizagens reinventadas pelos/as educadores/as e educandos/as artífices, produzindo bricolados pedagógicos. Em síntese, as informações da pesquisa foram: excertos importantes dos memoriais de formação; excertos importantes das narrativas decorrentes da questão reflexiva e, por fim, os relatos de artesanias das práticas do portfólio dos/as educadores (as).Essas informações foram analisadas,e cada categoria elaborada foi dimensionada pela ressonância com o memorial e o relato reflexivo, e destes com o referencial teórico. Com este material informativo em mãos, definiu-se a técnica de análise de dados para aprimorar as categorias enunciadas. Para isso, foi realizada a leitura sistemática de todasas informações encontradas, uma, duas, três vezes, em repetidas vezes, até que o conteúdo impregnasse o nosso pensamento e se auto-organizasse em redes de sentido, optando-se, primeiramente, pela Análise Qualitativa de Conteúdo (BARDIN, 2016).
image/svg+xmlDenise Santosda CRUZ; Adriana Moreira da Rocha VEIGAeLuís Miguel DiasCAETANORIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2565-2581, out./dez.2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042568A Análise de Conteúdo defendida por Laurence Bardin (2016, p. 42)consiste em um “conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição de conteúdo das mensagens, que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção destas mensagens”. Em suma, este é um modelo que notadamente organizou a pesquisa, inibiu ambiguidades e se constituiu como premissa fundante para a categorização dos achados da pesquisa, pela coerência interna e sistemática entre as fases estruturadas por Bardin (2016), imprimindo rigor e profundidade no tratamento das informações. A estrutura defendida pela autora supracitada requer três (03) fases definidas a seguir: (1) pré-análise; (2) exploração do material, codificação e categorização; (3) tratamento dos resultados, inferências e interpretação.A seguir, apresentamos na Figura 1 a interpretação do Modelo de Bardin (2016), de acordo com o seu desdobramento na pesquisa.Figura 1 Interpretação do Modelo de Bardin (2016).Fonte: Adaptado a partir de Cruz (2022)Em seguida, buscando uma estratégia para o entretecimento com a análise dos dados qualitativos, escolhemos o software webQDA (web qualitative data analysis) para a “análise qualitativa de dados, com base nos recursos da web, para investigadores que utilizam métodos da pesquisa qualitativa. Permite análises de fontes de texto, imagem, vídeo, áudio, tabelas, ficheiros pdf, vídeos, entre outros, colaborativamente, de modo síncrono ou assíncrono” LeituraflutuanteSeleçãodasfontesdeinformação(memoriais,relatoseportfólio)RetomadadasquestõesdepesquisaeobjetivosPRÉ-ANÁLISEFasedeorganizaçãoExplicitardimensõesedireçõesdeanáliseDecodificação/codificaçãodoconteúdorecolhidoPreparaçãodomaterialcategorizadoEXPLORAÇÃODOSMATERIAISFasedecodificaçãoecategorizaçãoTratamentodosresultadosporsignificânciaevalidadeOperaçõesestatísticas(simples)ApresentaçãocondensadasdasinformaçõesrelevantesTRATAMENTODOSRESULTADOS,INFERÊNCIASEINTERPRETAÇÃO
image/svg+xmlInterlocuções entre análise qualitativa de conteúdo e software de dados webQDA na pesquisa em educaçãoRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2565-2581, out./dez. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042569(webQDA, 2017)4, o qual possibilitou estruturar a codificação das informações, assegurando a sistematização e a transparência analítica. O webQDA permitiu a codificação estruturada das informações e assegurou uma gestão mais rápida e eficaz das informações;também contribuiu para dirimir as dificuldades de aferição do impacto das respostas na codificação, categorização e interpretação dos resultados, permitindo nossas inferências a partir do que conseguimos processar com apoio no Software, levando em conta a mesma configuração da análise de conteúdo.A Análise Qualitativa de Dados por webQDA (softwaredisponível com várias opções de acesso na internet, desde gratuito por quinze dias) seguiu as fases de tratamento próximas à análise de conteúdo: organização do material pré-analisado, a exploração do material a partir das categorias codificadas,e a interpretação dos resultados, permitindo tecer inferências a partir do que se conseguiu processar com apoio no Software. O modo como transcorreu esse processo analítico foi instigante:sem perder a característica de uma pesquisa predominantemente qualitativa, buscamos dados quantitativos na medida em que estes contribuiriam para clarificar aspectos importantes do estudo, possibilitando a sustentação empírica da proposição temática. Inferimos que as operações do WebQDA coadunam com a Análise de Conteúdo de Bardin (2016),enos auxiliaram para estabelecermos as categorias emergentes da análise; sistematizarmos categorias em níveis de complexidade; minimizarmos tempos de digitação de dados ao ler arquivos em diferentes formatos. O trabalho coletivo da pesquisa foi favorecido,porque a estruturação aberta de categorias comportou o uso do webQDA com os pressupostos da Análise Qualitativa de Conteúdo (BARDIN, 2016). Essa constatação confirmou o indicado por Souza, Costa e Souza (2014), ao afirmarem que, na primeira etapa, o levantamento e a organização dos dados no webQDA, provenientes de “entrevistas, interações online, observações de sala de aula, questões abertas de questionários, vídeos,fóruns online, comentários do Youtube, gravações de vídeo conferências e aulas remotas etc.”, foram pertinentes àleitura flutuante ou ativa, sinalizada, dentre outras, pela Análise Qualitativa de Conteúdo. A análise por WebQDA, realizada em acesso on line, seguiu fases de tratamento que se aproximaram da Análise de Conteúdo proposta por Bardin (2016): na organização do material pré-analisado; na exploração do material a partir das categorias codificadas; na interpretação dos resultados com inferências a partir do apoio fornecido pelos resultados do Software.4Disponível em: https://www.webqda.net/o-webqda/.Acesso em: 23set. 2022.
image/svg+xmlDenise Santosda CRUZ; Adriana Moreira da Rocha VEIGAeLuís Miguel DiasCAETANORIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2565-2581, out./dez.2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042570Positivamente, o Software, por ser um dispositivo de Análise Qualitativa de Dados, facilitou o trabalho dos pesquisadores e aprimorou a leitura analítica das informações. Nesse viés, organizou e prontificou o tratamento das informações, apresentando o comportamento das categorias nas informações de cada professor e do conjunto de professores colaboradores.Na Tabela 1, a seguir, demonstramos os pontos de aproximação entre Análise de Conteúdo (BARDIN, 2016) e o Softwarede Análise de Conteúdo -webQDA.Tabela 1Descrição das técnicas e fases de análise qualitativa do conteúdoANÁLISE QUALITATIVA DE CONTEÚDO (BARDIN, 2016)ANÁLISE QUALITATIVA DE DADOS COM O SOFTWAREwebQDA®Pré-análiseLevantamento e organização do material no webQDALeitura flutuante (BARDIN, 2016) ou Ativa(AMADO, 2017) dos memoriais docentes e das narrativas a partir da proposta reflexiva.Reunião de todas informações e dados oriundos com o apoio na leitura flutuante ou Ativa, organizando-os no Sistema Fontes do WebQDA. Realização do processo de atribuição de códigos aos documentos impressos e selecionados.Criação de sistema de análise com códigos livres e códigos árvore (categorias de análise) com no máximo três (3) palavras análise sintética.Criação e estrutura de códigos no WEBQDA, reproduzindo o que foi codificado manualmente.As questões da pesquisa e objetivos balizam o processo de impregnação do conteúdo analisado e de atribuição dos códigos.Detalhamento explicativo das categorias no software análise descritiva.Exploração do materialCodificação do conteúdo informativo, levando em conta os diferentes ciclos de validação. Seleção do texto e codificação de acordo com os códigos criados.Codificação/decodificação do conteúdo informativoValidação do sistema de categorias codificadas(códigos árvore). Referências na linguagem do webQDA, codificadas nas dimensões, categorias e subcategorias.Validação da capacidade da codificação, por confiabilidade e validade (PILLATTI; PEDROSO; GUTIERRES, 2010).Questionamento do sistema de categorias codificadas(códigos árvore), formulando perguntas sobre a relação entre os códigos descritivos e os códigos interpretativos (códigos livres e códigos árvore). A construção de respostas aos nossos questionamentos foi facilitada pelas várias ferramentas do webQDA.Processo descritivo interpretativoElaboração do texto final descritivo, interpretativo e de triangulação com a literatura (discussão). O processo descritivo interpretativo fluiu como capítulos e subcapítulos com os achados da pesquisa de modo dinâmico, isto porque na bricolagem científica não existe explicação verdadeira, conclusão do estudo ou considerações finais. O conhecimento é transitório e está sempre em processo. (KINCHELOE, 2007, p. 112).O webQDA forneceu informações, matrizes e referências na construção das inferênciase discussão dos dados. O texto final seguiu metodologia própria e ofereceu uma visão geral do sistema de análise (dimensões, categorias e subcategorias), utilizando-se rigorosamente dos dados codificados.Fonte: Cruz (2022)
image/svg+xmlInterlocuções entre análise qualitativa de conteúdo e software de dados webQDA na pesquisa em educaçãoRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2565-2581, out./dez. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042571Aplicação combinada no processo analítico da pesquisaA perspectiva da Análise de Conteúdo orientada pela visão de Bardin (2016) e, coerentemente, a Análise Qualitativa de Resultados por webQDA, facilitaram aos pesquisadores colocarem em evidência os achados de pesquisa, derivados de excertos de memoriais, osrelatos reflexivos e o portfólio com registros de atividades práticas (artesanias pedagógicas), textuais e visuais. Ao empreendermos as primeiras decisões para definirmos quais seriam as principais fontes de dados, optamos pelos memoriais, os quais foram disponibilizados prontamente, por serem oriundos da documentação apresentada na ocasião da seleção ao Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da UFSM. Esclarecemos que os dois doutores e uma mestra são egressos do PPGE e uma mestra é doutoranda no mesmo Programa. Os quatro educadores são atuantes em escolas públicas de Educação Infantil edosAnos Iniciais de Ensino Fundamental. As leituras e as codificações/decodificações dos memoriais e das narrativas fizeram todo sentido na elaboração das categorias de análises que se faziam explícitas nos documentos, sendo alinhadas com o referencial teórico. As categorias derivam-se dos excertos informativos sistematizados ea elas foramatribuídos os códigos que serviriam ao webQDA, processando a primeira etapa com a Análise de Conteúdo de Bardin (2016). Assim, às idiossincrasias dos educadores artífices somaram-se atributos qualitativos que se constituíram na experiência e no vivenciar aprendendo do processo formativo (hetero/inter/auto), constituindo a riqueza do corpusda pesquisa na fase ainda da organização das informações disponibilizadas pelos professores colaboradores. Para Bardin (2016, p. 96), “O corpus é o conjunto dos documentos tidos em conta para serem submetidos aos procedimentos analíticos”. Reunir este conjunto de documentos informativos tornou-se um jogo interessante à semelhança de um projeto de patchwork, por exemplo, para organizar retalhos pelos códigos de cores, formas e tamanhos, para entretecê-los em uma colcha. O que fazer? Como fazer? Quais bricolados serão mais interessantes para descrever as categorias? A escolha do webQDA auxiliou-nos sobremaneira, facilitando a seleção dos exemplos de cada unidade de sentido explicitada pelas categorias.Uma visão geral desse sistema de análise configura-se na apresentação das dimensões, categorias e subcategorias, percorrendo um caminho de codificação/descodificação das ideias cotejadas dos escritos narrativos dos professores colaboradores. Em seguida, descreve-se uma visão pormenorizada e rigorosa dos dados codificados, através de matrizes e frequências com exemplos de referências de cada código, cotejados do corpusda pesquisa.
image/svg+xmlDenise Santosda CRUZ; Adriana Moreira da Rocha VEIGAeLuís Miguel DiasCAETANORIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2565-2581, out./dez.2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042572Na Figura 2, a seguir, apresenta-se o sistema de análise em representação gráfica do caminho de pesquisa percorrido.Figura 2 Síntese do sistema de análise do conjunto informativoFonte: Elaborado pelos autoresSurgiram algumas interrogações e ao mesmo tempo outras ideias, no sentido de sistematizar as materialidades produzidas pelos/as educadores/as artífices que colaboraram com a pesquisa e as categorias, em novos conceitos emergentes.Então, consideramos relevante aplicarmos o resultado em um processo comparativo entre as categorias, aglutinando-as de acordo com a relevância percentual, traduzindo os resultados como “ressignificação conceitual”, dando novo sentido às informações qualitativas, analisadas a partir de Bardin (2016) e dos relatórios do webQDA.A “ressignificação conceitual” abrange constructos que traduzem sentidos éticos, políticos e pedagógicos, dando suporte à Pedagogia da Bricolagem, questão central da pesquisa, cuja matriz teórico-metodológica está sendo aqui exposta. As categorias de análise, geradas a partir da codificação das materialidades da pesquisa e reunidas pela aproximação conceitual, resultam em três eixos que ressignificam o próprio aporte teórico-conceitual, trazendo uma releitura para o presente futuro.Na Tabela 2, a seguir, apresentamos os dados que demonstram esse processo de desenvolvimento de categorias aos eixos de ressignificação. MATERIALIDADES Percurso formativo e docência dos colaboradoresExcertos importantes dos memoriais de formação;Excertos importantes das narrativas decorrentes da questão reflexiva;Relatos textuais e fotografias de artesanias das práticas do portfólio do/as educadores.DIMENSÕES ANALISADAS Análise de Conteúdo (BARDIN, 2016)Educador artífice e formaçãoEducador artífice e práxis criadoraEducador artífice: formação e práxis criadoraCATEGORIAS DERIVADAS Análise Qualitativa de Dados WebQDACriatividade; Cria/busca novos saberes; Valoriza os saberes; Fazer com as mãos; Respeito aos ritmosAutoeducação/Autoconhecimento; Sujeito da própria história; Sentimento socialLiderança; Zela pelo meio ambiente; Ambiências escolares
image/svg+xmlInterlocuções entre análise qualitativa de conteúdo e software de dados webQDA na pesquisa em educaçãoRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2565-2581, out./dez. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042573Tabela 2Ressignificação das categorias emergentesCATEGORIAS DE ANÁLISE (webQDA)%SOMARESSIGNIFICAÇÃOCriatividade12,2 %38,2 %Docência criadoraCria e busca outras formas de saberes11,7 %Valoriza os saberes6,5 %Fazer com as próprias mãos3,5 %Respeito aos ritmos4,3 %Autoeducação e autoconhecimento3,9 %41,7%Bio [trans] formação humanaSujeito de sua própria história18,7 %Sentimento social19,1 %Liderança1,3 %20,0%Ambiências Bio[trans] formadorasZela pelo meio ambiente3,5 %Ambiências escolares15,2%100,0 %Fonte: Cruz (2022)Uma instituição educacional, independentemente do nível de ensino que abarque, representa importante contexto potencial à “Bio[trans] formaçãoHumana” (41,7%). Esse contexto, quando protagonizado pelas pessoas que ali trabalham ou estudam, ou mesmo participam indiretamente, como os pais ou cuidadores das crianças, torna-se favorável ao desenvolvimento humano e à aprendizagem (BRONFRENBRENNER, 2011). Isto porque as atividades principais ali desenvolvidas são significativas e persistentes; as relações interpessoais são valorizadas e estimuladas à interatividade, eexiste espaço para que todos assumam o papel de sujeitos, protagonistas da sua história vital e coparticipes da história social. Nessa psicodinâmica relacional, em que a pessoa e o ambiente transmutam informações, emoções e se movimentam, continuamente, os processos proximais vão sendo produzidos e mediados. Educandos/as,educadores/as e todos os demais profissionais e familiares envolvidos têm nela importante lugar de criação de possibilidades para pensar, constituir, repensar, agir, fazer e contribuir com novas/outras possibilidades, indo além de uma mera instrução e adentrando no mundo do fazer, do fazer bem feito, pelo prazer de produzir algo. Todos estes significam elementos importantes para aprendizagens significativas e reflexões que dão sentido à educação humanizada e transformadora. O constructo “Docência Criadora(38,2%) abrange estrategicamente as artesanias pedagógicas e as vantagens do ofício de ensinar comportam as ideias de “educador e educadora” (FREIRE, 2020) e de “artífice” (SENNETT, 2019). O/a Educador/a Artífice compreende o tempo do aprender, valorizando as atividades pedagógicas na sua proposta de docência, ao mesmo tempo que envolve os educandos no ritmo individual de como aprender, pois esta paciência é o “tempo do artífice”. O educador e a educadora artífices desenvolvem um trabalho que, não se submetendo ao tempo, produz e desfruta o prazer da feitura. Todo bom
image/svg+xmlDenise Santosda CRUZ; Adriana Moreira da Rocha VEIGAeLuís Miguel DiasCAETANORIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2565-2581, out./dez.2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042574professor sabe a importância de manter aatenção dos seus alunos sempre viva. A surpresa, a admiração, o prazer da descoberta, são os ingredientes de todo bom ensino. A expectativa do que vai acontecer na aula seguinte, o suspense no decorrer de uma experiência, ou de um relato histórico, assim como mil outros pequenos truques, estão à disposição do professor. Percebemos ainda um chamado ao aprofundamento no nosso conceito de “ambiência, a qual é produzida a partir de condições, objetivas, do contexto; subjetivas, da pessoa; e intersubjetivas, da interação entre as pessoas e processos proximais. A “ambiência escolar” traduz uma cultura colaborativa permeando as relações pedagógicas, desde o todo do contexto escolar,e permitindo o apreço pela promoção da aprendizagem (MACIEL, 1995, 2000; MACIEL;VIERA TREVISAN, 2013). Para isto, novas aprendizagens concretas mobilizarão as atividades e os recursos pedagógicos de todo tipo, materiais e simbólicos, pois o apoio e o incentivo às artesanias dos educadores-educandos-educadores constituirão positivamente as condições objetivas, subjetivas e intersubjetivas para o vivenciar aprendendo, o qual produzirá marcas duradouras que impulsionam à “Bio [trans] formaçãoHumana”.A dinâmica pessoa-ambiente-pessoas que configura a ambiência também acessa apossibilidade de “Bio [trans] formaçãoHumana”. Nessa compreensão, quando as interações envolvem observação e participação conjunta (BRONFENBRENNER,2011), os contextos tornam-se “Ambiências Bio [trans] formadoras”. Os processos Bio [trans] formadores multiplicam-senas várias dimensões (físico-biológica, neuropsicológica, afetivo-cognitiva, sociocultural) que constituem a pessoa bebê/criança/adolescente/jovem/adulto/idoso,em um tempo que é vivido e re-vivido como histórias pessoal e social. Quando re-vivido, abre-se à [trans]formação permanente, da pessoa que se encontra no profissional e do profissional que se encontra na pessoa.Colhemos em “Caminhar para si”, de Marie-Christine Josso (2010), a ideia que alimenta abusca em complexidade, do continuumentre a narrativa de formação ao processo de formação, o qual se compromete com as marcas da vida e da profissão explicitadas,na escuta sensível e no olhar atento às palavras dadas pelos colegas colaboradores da pesquisa. Os constructos aqui propostos articulam-se, pois a “Bio [trans] formação Humana”, envolve o/a educador/a, pessoa e o profissional em permanente desenvolvimento, nos diferentes contextos da “Docência Criadora”, produtora de eventos “charneiras” (cruciais) para o incentivo e produção de“Ambiências Bio [trans] formadoras”. Eles surgiram da ressignificação das categorias qualitativas de Análise do Conteúdo, filtrados pelos percentuais indicados pelo SoftwarewebQDA.
image/svg+xmlInterlocuções entre análise qualitativa de conteúdo e software de dados webQDA na pesquisa em educaçãoRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2565-2581, out./dez. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042575A seguir, na Figura 3, apresentamos uma representação visual dos três eixos de ressignificação conceitual, relacionados às categorias emergentes do corpusda pesquisa e demonstrando o continuum do “vivenciar aprendendo” (CRUZ, 2017).Figura 3 Eixos de ressignificação conceitual e categorias fundantes da pesquisaFonte: Cruz (2022)A vocação ontológica do ser, afirma e reafirma Paulo Freire (2020), é ser sujeito. Assim, “o respeito à autonomia e à dignidade de cada um, é um imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros” (FREIRE, 1996, p. 58). O autor ainda expressa a consciência de sermos inconclusos. Onde existe vida, há inacabamento, ou seja, seres em permanente evolução. Porém, somente o homem sabe-se inacabadoeque é possível ir além do inacabamento que se impõe como uma situação-limite a ser transposta. E é assim que a história de cada um se faz; a nossa história, homens e mulheres, é escrita no constante movimento, em processo, em construção, no diálogo com o outro.A existência no mundo, a vida, foi tornando o corpo humano “consciente, captador, apreendedor, transformador, criador de beleza e não “espaço” vazio a ser enchido por conteúdos” (FREIRE, 1996,p. 51). Nesse movimento, as “mãos” em grande medida, fizeram o que existe criado pelos humanos. “Quanto maior se foi tornando a solidariedade entre mente e mãos, tanto mais o suporte foi virando mundo e a vida, existência” (FREIRE, 1996, p. 51).A consciência de ser sujeito da própria história atualiza-o no querer, poder ser e vir-a-ser. “Permite ter a medida do que está em jogo em toda formação: a atualização do sujeito em um querer e poder ser e vir-a-ser e sua objetivação nas formas socioculturais visadas, as que já existem ou as que ele tiver que imaginar” (JOSSO, 2007, p. 423).A autoeducação e autoconhecimento são categorias referentes diretamente aos processos de desenvolvimento pessoal/profissional do/a educador/a. Importante considerarmos que esses processos superam acontradição educador-educandos no movimento gnosiológico CriatividadeCria/busca novos saberesValoriza os saberesFazer com as mãosRespeito aos ritmosBIO (TRANS) FORMAÇÃOAutoeducaçãoAutoconhecimentoSujeito da própria históriaSentimento socialDOCÊNCIA CRIADORALiderançaZela pelo meio ambienteAmbiências escolaresAMBIÊNCIAS BIO (TRANS) FORMADORAS
image/svg+xmlDenise Santosda CRUZ; Adriana Moreira da Rocha VEIGAeLuís Miguel DiasCAETANORIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2565-2581, out./dez.2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042576(FREIRE, 2013, 2020). Tal movimento envolve os sujeitos cognocentes (educador-educando; educando-educador) e o(s) objeto(s) cognoscíveis, sendo este(s) o(s) mediatizador(es) na relação dialógica. O ato cognoscente de um sujeito é muito mais do que dominar o objeto cognoscível. A relação dialógica torna-se parte do processo de autoeducação e autoconhecimento. Movermo-nos como gente, como educadores, significa produzirmo-nos na experiência que, significativa, traduz-se no vivenciar aprendendo. O aprender pela e na experiência aproxima-se do “vivenciar aprendendo”, pois entendemos que “[...]aprender através da experiência é aprender fazendo, aprender através da ação, através da prática. [...] A experiência é o que fazemos, o que somos capazes de fazer. E “fazer” significa fabricar, transformar” (LARROSA, 2011, p. 190, grifo do autor).O processo de Bio (trans) formar-se decorre do comprometimento do professor em investir nosseus projetos, produzindo a sua identidade tanto pessoal como profissional. Arrematando, nesse processo vamos produzindo as marcas da vida e da profissão, marcas estas que traduzem o sentido da docência criadoras no singular de cada educador/a artífice.Andrea Alliaud (2017) agrega o ato pedagógico que se produz de modo inusitado na dimensão oculta do ofício de ensinar. Sobressai a ideia de que existe uma vibração particular em todos os docentes. Expressa a singularidade da pessoa-educador, sendo esse o sujeito da sua própria história que se autoeduca e produz o conhecimento e o cuidado de si.E assim, tem-se a singularidade que se expressa em um continuumdo vivenciar-aprendendo-expressando nessa consciência que evolui em autoconhecimento; que expressa a si mesmo, no outro a quem dedica o seu cuidado. “Desta maneira, o educador já não é o que apenas educa, mas o que, enquanto educa, é educado, em diálogo com o educando que, ao ser educado, também educa” (FREIRE, 2020, p. 95).Considerações finais A partir da perspectiva de Bio [trans] formação, o agir humano, o protagonismo, a autonomia e a criatividade representam importantes ferramentas para educadores/as que precisam estar alertas e atentosàs demandas da sociedade, da escola e das pessoas nesse novo cenário de mudanças drásticas. Para desenvolver estratégias que contemplem a todos nesse processo criador há de se reinventar a docência, apoiando-se nas boas práticas, aliando à teoria a capacidade de síntese e aplicação, para inovar práticas e teorias com a sensibilidade de colocar o ser humano como causa e consequência.
image/svg+xmlInterlocuções entre análise qualitativa de conteúdo e software de dados webQDA na pesquisa em educaçãoRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2565-2581, out./dez. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042577A Docência Criadora encontra-se ligada diretamente ao ser como sujeito precisamente, ao educador/a-educando/a e ao educando/a-educador/a como sujeitos da sua história. Acrescentamos queesses processos são humanizadores, pois na história vital, e social, inscreve-se o protagonismo. O que podem fazer as mãos? Olhamos para elas e percebemos que “de todos os membros do corpo humano, é ela dotada de maior variedade de movimentos, que podem ser controlados como bem queremos. A ciência tenta demonstrar como esses movimentos, aliados ao tato e às diferentes maneiras de segurar com asmãos, afetam nossa maneira de pensar” (SENNETT, 2019, p. 169). A Pedagogia da Bricolagem produzida pelo protagonismo do/a educador/a e da criançademonstra a relação entre as funções psíquicas envolvidas nos sentimentos, cognições e o domínio do movimento precedente ao processo de alfabetização e letramento, do andar, correr, pinçar, pegar, pular. Recuperar os saberes que os educadores produzem nos processos de ensinar e aprender como “potentes âncoras de sustentação”, permite-lhes atuar e, potencialmente, pensar e refletir criticamente sobre o seu ofício, a fim de enriquecê-lo e melhorá-lo. O diálogo acerca da prática assimilada e os conhecimentos formalizados de como alcança-sea “expertise” possibilita-os tornarem-se “artífices” ou virtuosos naquilo que fazem. As práticas,então,melhoram e chegam a tornar-se artesanias quando informação e ação se convertem em conhecimento e os profissionais tornam-se mais habilidosos no seu ofício.Compreender a formação como experiência que habilita a experimentar, a provar e ser posto em prova em cada circunstância é uma vantagem do ofício de ensinar. Para Alliaud (2017), fazer um bom trabalho significa, nesta dinâmica, ter curiosidade, investigar e aprender com a incerteza. Fazer bem feito hoje exige o experimento, a investigação, a exploração, assim como a possibilidade de seguir aprendendo na situação. O ensinar/aprender/ensinar se nutre, portanto, nesses outros saberes (docentes e discentes), fazeres-saberes (do trabalho, da experiência, do ofício), assegurando os âmbitos da formação inicial e continuada, nutrindo os educadores nesse processo. Os saberes,desse modo, não derivam do acúmulo de conhecimentos, mas pelas transformações que os produzem, do vivenciar edo vivido feito experiência de si e do outro. Tem a ver com o ser, com a formação, a [trans] formação e a Bio [trans] formação, tornando o nosso tempo, espaço e humanidade, mais humanos.A “Ambiência Bio [trans] formadora” pode ser também entendida como o cenário ideal para as artesanias pedagógicas terem o seu lugar na Docência Criadora, produzidas: na
image/svg+xmlDenise Santosda CRUZ; Adriana Moreira da Rocha VEIGAeLuís Miguel DiasCAETANORIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2565-2581, out./dez.2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042578diversificação de atividades significativas emateriais; no envolvimento das subjetividades nos processos criativos demandados e motivações para o ensinar/aprender como papéis alternados entre os artífices, educador/a e educandos/as; nas relações interpessoais mobilizadoras de boas práticas e parcerias compartilhadas. As boas vivências não ficam circunscritas à sala de aula como ícone estático dos processos de ensino e aprendizagem, pois precisamestar sempre abertas ao continuumde experiências vivenciadas, agregando possibilidades para a reinvenção.Enfim, os três eixos que representam a síntese dos achados da pesquisa,“Bio [trans] formação Humana”, “Docência Criadorae Ambiências Bio [trans] formadoras”, constituem relevante diferencial às práticas pedagógicas, à educação com qualidade e àequidade, ao equilíbrio dos fazeres e saberes, efetivando-se no vivenciar aprendendo na/da própria experiência, na/da experiência de outros e com os outros, geradas nos movimentos da vida, da profissão e nos lugares de aprender pela Pedagogia da Bricolagem.A Pedagogia da Bricolagem, efetivamente, não representa uma estrutura pré-concebida, pois é produzida pelos protagonistas do ensinar/aprender/ensinar,a partir de cenários criados com os materiais disponíveis para trilharem aprendizagens (lúdicas e complexas). O Aprender por meio desta pedagogia ocorre no fazer artesanal e colaborativo. E o tempo subjetivo de quem aprende com artesanias pedagógicas é o tempo da vivência das novas aprendizagens.AGRADECIMENTO:Este estudo foi financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior -Brasil (CAPES) -Finance Code 001.REFERÊNCIASALLIAUD, A. Los artesanos de la enseñanza: Acerca de la formación de maestros con oficio. Buenos Aires: Editora Paidós, 2017.AMADO, J. Manual de investigação qualitativa em educação. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2017.BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Tradução: Luís Antero Reto e Augusto Pinheiro. São Paulo: Edições 70, 2016.BERRY, K. S. Estruturas da Bricolagem e da Complexidade.In: KINCHELOE, J. L.; BERRY, K. S. Pesquisa em Educação: Conceituando a bricolagem. Tradução: Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed, 2007.BRONFRENBRENNER, U. Bioecologia do desenvolvimento humano: Tornando os seres humanos mais humanos. Porto Alegre: Artmed, 2011.
image/svg+xmlInterlocuções entre análise qualitativa de conteúdo e software de dados webQDA na pesquisa em educaçãoRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2565-2581, out./dez. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042579CRUZ, D. S. Vivenciar aprendendo: Contribuições da pedagogia Waldorf à formação do pedagogo no Século XXI. 2017. Dissertação (Mestrado em Educação) Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Educação, Santa Maria, 2017. Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/handle/1/25351. Acesso em: 10 set. 2022.CRUZ, D. S. Pedagogia da Bricolagem: Ofício de educadores e educadoras artífices. Tese (Doutorado em Educação) Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Educação, Santa Maria, 2022. Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/handle/1/25351. Acesso em: 10 set. 2022.FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia:Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.FREIRE, P. Pedagogia da Indignação:cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: Unesp, 2000.FREIRE, P. Pedagogia da esperança:um reencontro com a pedagogia do oprimido Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2013.FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido.Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2020.JOSSO, M. C. A transformação de si a partir da narração de histórias de vida. Educação, Porto Alegre, v. 3, n. 63, p. 413-438, set/dez. 2007. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/848/84806302.pdf. Acesso em: 21 jan. 2022.JOSSO, M. C. Caminhar para si. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2010.KINCHELOE, J. L. Para além do Reducionismo: Diferença, criticalidade e multilogicidade na bricolagem e no pós-formalismo. In: PARASKEVA, J. (org.). Currículo e Multiculturalismo. Portugal: Edições Pedago, 2006.KINCHELOE, J. L.; BERRY, K. S. Pesquisa em Educação:Conceituando a bricolagem. Tradução: Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed, 2007.KINCHELOE, J. L.; McLAREN, P. Repensando a Teoria Crítica e a Pesquisa Qualitativa. In: DENZIN, N.K.; LINCOLN, Y.S. (org.). O Planejamento da Pesquisa Qualitativa: Teorias e abordagens. Tradução: Sandra Regina Netz. Porto Alegre: Artmed, 2006.LARROSA, J. Experiência e alteridade em educação. Reflexão e Ação, Santa Cruz do Sul, v. 19, n. 2, p. 4-27,jul. 2011. Disponível em: https://online.unisc.br/seer/index.php/reflex/article/view/2444. Acesso em: 18 out. 2021.MACIEL, A. M. R. O professor-cidadão no exercício da docência. Um modelo conceitual unificador. 1995. Dissertação (Mestrado em Educação) Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Santa Maria, RS, 1995.MACIEL, A. M. R. Formação na docência universitária?Realidade e possibilidade na docência universitária? Realidade e possibilidades a partir do contexto da Universidade de
image/svg+xmlDenise Santosda CRUZ; Adriana Moreira da Rocha VEIGAeLuís Miguel DiasCAETANORIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2565-2581, out./dez.2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042580Cruz Alta. 2000. Tese (Doutorado em Educação) Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2000.MACIEL, A. M. R.; VIERA TREVISAN, N. Repercussões da Ambiência teórica positiva no desenvolvimento profissional docente. In: CONGRESO LATINOAMERICANO DE FILOSOFÍA DE LA EDUCACIÓN, 2., 2013, Uruguai.Anais[…]. Uruguai, 2013.PILLATTI, L. A.; PEDROSO, B.; GUTIERREZ, G. L. Propriedades psicométricas de instrumentos de avaliação: Um debate necessário. RBECT. Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia, Curitiba, v. 3, n. 1, p. 81-91, jan./abr. 2010. Disponível em: https://periodicos.utfpr.edu.br/rbect/article/view/619/469. Acesso em: 08 set. 2022.RODRIGUES, C. S. D. et al.Pesquisa em educação e bricolagem científica: Rigor, multirreferencialidade e interdisciplinaridade. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 46, n. 162, p. 966-982, out./dez. 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cp/a/Lm5MCLHGmLMhNsGTdBTKrWG/abstract/?lang=pt. Acesso em: 14 ago. 2022.SENNETT, R. O artífice. Tradução: Clóvis Marques.Rio de Janeiro: Record, 2019.SOUZA, D. N.; COSTA, A. P.; SOUZA, F. N. Importância do questionamento em todo o processo de Investigação Qualitativa. In:SOUZA, F. N.; SOUZA, D. N.; COSTA, A. P. (org.). Investigação Qualitativa: Inovação, Dilemas e Desafios. Aveiro, Portugal: Ludomedia,2014.
image/svg+xmlInterlocuções entre análise qualitativa de conteúdo e software de dados webQDA na pesquisa em educaçãoRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2565-2581, out./dez. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042581Como referenciar este artigoCRUZ, D. S.; VEIGA, A. M. R.; CAETANO, L. M. D. Interlocuções entre análise qualitativa de conteúdo e software de dados webQDA na pesquisa em educação. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2565-2581, out./dez. 2022. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16804.Submetido em: 26/05/2022Revisões requeridas em:04/09/2022Aprovado em: 06/11/2022Publicado em: 30/12/2022Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.Revisão, formatação, normalização e tradução.
image/svg+xmlInterlocuciones entre análisis cualitativo de contenido y softwarede datos webQDA en la investigaciónen educaciónRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2569-2585, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042569INTERLOCUCIONES ENTRE ANÁLISIS CUALITATIVO DE CONTENIDO Y SOFTWARE DE DATOS WEBQDA EN LA INVESTIGACIÓN EN EDUCACIÓNINTERLOCUÇÕES ENTRE ANÁLISE QUALITATIVA DE CONTEÚDO E SOFTWARE DE DADOS WEBQDA NA PESQUISA EM EDUCAÇÃOINTERLOCUTIONS BETWEEN QUALITATIVE CONTENT ANALYSIS AND WEBQDA DATA SOFTWARE IN EDUCATIONAL RESEARCHDenise Santos da CRUZ1Adriana Moreira da ROCHA-VEIGA2Luís Miguel Dias CAETANO3RESUMEN:El artículo presenta un abordaje teórico-metodológico de la investigación cualitativa en educación, de tipo descriptivo-interpretativo, y las posibles interlocuciones entre el Análisis Cualitativo de Contenido y el Software Cualitativo de Análisis de Datos webQDA. Se analizaron los memoriales y relatos de pedagogos que actúan en escuelas públicas de Educación Infantil y Primeros Años de la Enseñanza Fundamental, desde la perspectiva freireana, la experiencia del yo en Jorge Larrosa y la (auto)formación en Marie-Christine Josso. Se presentan los conceptos de Análisis de Contenido (BARDIN, 2016) y el Software de Análisis Cualitativo de Datos webQDA, así como los puntos de aproximación entre ambos métodos de análisis cualitativo de datos. Al final, se describe cómo la aplicación de estos métodos contribuyó al trabajo de los investigadores, estimulando otros pares, para que la investigación en educación avance hacia el uso de tecnologías cualitativas de análisis de información para facilitar la construcción del corpus de investigación.PALABRASCLAVE:Investigación educativa. Análisis de contenido. Software webQDA.RESUMO: O artigo apresenta recorte teórico-metodológico de pesquisa qualitativa em educação, do tipo descritivo-interpretativa,e as possíveis interlocuções entre a Análise Qualitativa de Conteúdo e o Software de Análise Qualitativa de Dados webQDA. Foram analisados os memoriais e os relatos de pedagogos atuantes em escolas públicas de Educação Infantil e dos Anos Iniciais de Ensino Fundamental, a partir da perspectiva Freireana, da experiência de si em Jorge Larrosa e da (auto)formação em Marie-Christine Josso. Apresenta-se as conceituações da Análise de Conteúdo (BARDIN, 2016) e do Software de Análise Qualitativa de Dados webQDA,bem como os pontos de aproximação entre os dois métodos de 1Universidad Federal de Santa Maria (UFSM), Santa MariaRS Brasil.Estudiante de postdoctoradoen Educación.ORCID:https://orcid.org/0000-0003-0223-8795. E-mail:denisedacruz57@gmail.com2Universidad Federal de Santa Maria (UFSM), Santa MariaRS Brasil.Profesora Asociada en el Departamento de Fundamentos de la Educación y Docente Permanente en los Programas de Posgrado en Educación y Políticas Públicas y Gestión Educativa.Doctorado en Educación (UNICAMP). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-5804-3375. E-mail:adrianaufsm@gmail.com3Universidad de Integración Internacional de la Lusofonía Afrobrasileña (UNILAB), FortalezaCEBrasil. Profesor. Doctorado en Educación -Tecnología Educativa (UAc/Portugal). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0907-831x.E-mail: prof.migdias@gmail.com
image/svg+xmlDenise Santosda CRUZ; Adriana Moreira da Rocha VEIGAyLuís Miguel DiasCAETANORIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2569-2585, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042570análise qualitativa de dados. Ao final, descreve-se como a aplicação destes métodos contribuíram para o trabalho dos pesquisadores, estimulando outros pares, para que a pesquisa em educação possa avançar no sentido do uso das tecnologias de análise qualitativa de informações para facilitar a construção do corpus de pesquisa. PALAVRAS-CHAVE:Pesquisa em educação. Análise de Conteúdo. Software webQDA. ABSTRACT:The article presents a theoretical-methodological approach to qualitative research in education, of the descriptive-interpretative type, and the possible interlocutions between Qualitative Content Analysis and the Qualitative Data Analysis Software webQDA. The memorials and reports of pedagogues working in public schools of Early Childhood Education and Early Years of Elementary School were analyzed, from the Freirean perspective, the experience of the self in Jorge Larrosa and the (self) formation in Marie-Christine Josso. The concepts of Content Analysis (BARDIN, 2016) and the webQDA Qualitative Data Analysis Software are presented, as well as the approximation points between the two methods of qualitative data analysis. In the end, it is described how the application of these methods contributed to the researchers' work, stimulating other pairs, so that research in education can advance towards the use of qualitative information analysis technologies to facilitate the construction of the research corpus.KEYWORDS:Research in education. Content analysis.Software webQDA.Introducción Investigar es una tarea compleja. Es necesario involucrarse y desnudarse de los juicios anteriores, pero no de la experiencia que permite el conocimiento y también el no saber. Cuando la investigación conmueve al investigador, lo hace sentir incómodo y, almismo tiempo que le da placer, hace que el acto de investigación sea más desafiante y, con esto, lo alienta a investigar su objeto de estudio. En esta investigación, en particular, se volvió estimulante juntar las diversas piezas que eventualmente encajaban y dieron paso al objetivo de producción, referenciadosen la Bricolaje Científico, de Kincheloe (2006, 2007), Kincheloe y McLaren (2006), Kincheloe y Berry (2007) y Berry (2007). Al penetrar en la red de significado, organizada con la información recopilada, de los memoriales de capacitación e informes reflexivos de los colaboradores, nos dimos cuenta de las ventajas del enfoque cualitativo y cómo podría comportarse como investigación científica, métodos, instrumentos y técnicas de análisis de datos. Sintéticamente, reforzamos la idea del flujo metodológico del Bricolaje Científico, aún emergente en la Investigación en Educación.
image/svg+xmlInterlocuciones entre análisis cualitativo de contenido y softwarede datos webQDA en la investigaciónen educaciónRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2569-2585, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042571La información resultante de la investigación memoriales académicos, preguntas reflexivas y portafolios fue descrita y comentada a partir de los registros de imágenes y las declaraciones de los participantes en 2020, y se seleccionaron dos doctores en Educación, un estudiante de maestría y doctorado del Programa de Posgrado en Educación, que trabajan en escuelas públicas municipales. Todos los participantes son o son graduados del Programa, lo que les da un criterio de selección común.Las materialidades resultantes, demostradas a lo largo del texto, fueron analizadas a partir de referencias teórico-conceptuales de relevancia para la Educación y la Formación del Profesorado (FREIRE, 1996, 2000, 2013, 2020; JOSSO, 2007, 2010; LARROSA, 2011; SENNETT, 2019).Dicho esto, reforzamos la decisión de entrar en el campo de la investigación sin apriorismo, de tejer la trama, teñiendo aquí y allá con colores y sentimientos en el deseo compartido de experimentar el aprendizaje en las escuelas públicas, y en el contexto primordial del aprendizaje escolar.Interacciónmetodológicade las Informaciones/DatosLa fluidez de esta investigación sugiere la producción de nuevos caminos y aperturas en la investigación en educación. Según Rodrigues et al.(2016, p. 981), "Esta perspectiva no se restringe solo al campo de la investigación científica, específicamente, porque, de hecho, es una razón multirreferencial para comprender la realidad y todo lo que involucra al ser humano". Notificadamente, el aprendizaje continuo einfinito abarca el ciclo de vida humano a lo largo de la existencia y la profundidad. Nuestro objetivo era dar sentido a los procesos de "tejer juntos la trama", trasladando las buenas experiencias con los artesanos pedagógicos en la enseñanza en ambientes de aprendizaje reinventados por educadores y artesanos de la educación, produciendo bricolados pedagógicos.En resumen, la información de la investigación fue: extractos importantes de los memoriales de capacitación; extractos importantes de las narrativas resultantes de la pregunta reflexiva y, finalmente, los informes de artesanos de las prácticas del portafolio de educadores.Esta información fue analizada, y cada categoría elaborada fue dimensionada por resonancia con el memorial y el informe reflexivo, y de éstos con el marco teórico. Con este material informativo en la mano, se definió la técnica de análisis de datos para mejorar las categorías enumeradas. Para ello, fuimos leyendo sistemáticamente toda la información encontrada, una, dos, tres veces, una y otra vez, hasta que el contenido impregnó nuestro
image/svg+xmlDenise Santosda CRUZ; Adriana Moreira da Rocha VEIGAyLuís Miguel DiasCAETANORIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2569-2585, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042572pensamiento y se organizó en redes de significado, optando, primero, por el Análisis Cualitativo de Contenido (BARDIN, 2016).El Análisis de Contenido defendido por Laurence Bardin (2016, p. 42) consiste en un "conjunto de técnicas de análisis de comunicaciones dirigidas a obtener procedimientos sistemáticos y objetivos para describir el contenido de los mensajes, que permitan inferir conocimientos relacionados con las condiciones de producción/recepción de estos mensajes".En cierto sentido, este es un modelo que organizó con asentimiento la investigación, inhibió ambigüedades y se constituyó como una premisa fundacional para la categorización de los hallazgos de la investigación, por la coherencia interna y sistemática entre las fases estructuradas por Bardin (2016), imprimiendo rigor y profundidad en el tratamiento de la información.La estructura defendida por el mencionado autor requiere tres (03) fases definidas a continuación: (1) preanálisis;(2) exploración del material, codificación y categorización; (3) tratamiento de resultados, inferencias e interpretación.La siguiente es la interpretación del modelo de Bardin (2016), según su desarrollo en la investigación.Figura 1 Interpretación del modelo de Bardin (2016).Fuente: Adaptado de CRUZ (2022)Luego, buscando una estrategia para la interacción con el análisis de datos cualitativos, elegimos el software webQDA (web qualitative data analysis) para "Análisis cualitativo de datos, basado en recursos web, para investigadores que utilizan métodos de investigación cualitativa. Permite el análisis de texto, imagen, video, audio, tabla, archivos pdf, videos, entre LecturaflotanteSeleccióndefuentesdeinformación(memoriales,informesyportafolio)ReanudacióndelascuestionesdeinvestigaciónyobjetivosANÁLISIS PREVIOFase de organizaciónExplicarlasdimensionesylasdireccionesdeanálisisDecodificación/codificacióndelcontenidorecopiladoPreparacióndematerialcategorizadoEXPLOTACIÓN DE MATERIALESFase de codificación y categorizaciónTratamientodelosresultadosporsignificaciónyvalidezOperacionesestadísticas(simples)PresentacióncondensadadeinformaciónrelevanteTRATAMIENTO DE RESULTADOS, INFERENCIAS E INTERPRETACIÓN
image/svg+xmlInterlocuciones entre análisis cualitativo de contenido y softwarede datos webQDA en la investigaciónen educaciónRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2569-2585, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042573otros, de forma colaborativa, sincrónica o asíncrona" (webQDA, 2017, n.p.)4, lo que permitió estructurar la codificación de la información, asegurando la sistematización y transparencia analítica. WebQDA ha permitido la codificación estructurada de la información y ha garantizado una gestión de la información más rápida y eficaz; también contribuyó a abordar las dificultades de determinar el impacto de las respuestas en la codificación, categorización e interpretación de los resultados, permitiendo nuestras inferencias de lo que podemos procesar con soporte en el Software,teniendo en cuenta la misma configuración de análisis de contenido.Análisis de Datos Cualitativos por webQDA (softwaredisponible con varias opciones de acceso en Internet, desde libre durante quince días) siguieron las fases de tratamiento cercanas al análisis de contenido: organización del material preanalizado, la exploración del material a partir de las categorías codificadas, y la interpretación de los resultados, permitiendo tejer inferencias de lo que se logró procesar con soporte en el Software. La forma en que se desarrolló este proceso analítico fue instigadora: sin perder la característica de una investigación predominantemente cualitativa, buscamos datos cuantitativos en la medida en que estos contribuyeran a aclarar aspectos importantes del estudio, permitiendo el apoyo empírico de la propuesta temática. Inferimos que las operaciones de WebQDA están en línea con el Análisis de contenido de Bardin (2016),y nos ayudó a establecer las categorías emergentes de análisis; sistematizar categorías en niveles de complejidad; minimizar los tiempos de escritura de datos mediante la lectura de archivos en diferentes formatos. El trabajo colectivo de la investigación fue favorecido, porque la estructuración abierta de categorías comportó el uso de webQDA con los supuestos de Análisis Cualitativo de Contenido (BARDIN, 2016).Este hallazgo confirmó la recomendación de Souza, Costa y Souza (2014), afirmando que, en la primera etapa, el levantamiento y la organización de datos en el webQDA, provenientes de "entrevistas, interacciones en línea, observaciones en el aula, preguntas abiertas de cuestionarios,videos, foros en línea, comentarios de YouTube, videograbaciones, conferencias y clases remotas, etc.", eran pertinentes a la lectura flotante o activa, señalado, entre otros, por el Análisis Cualitativo de Contenido. El análisis de WebQDA, realizado enaccesoen línea, siguió fases de tratamiento queabordaron el Análisis de Contenido propuesto por Bardin (2016): en la organización del material preanalizado; en la exploración del material de las categorías codificadas; en la 4Disponible en: https://www.webqda.net/o-webqda/. Acceso: 23 sep. 2022.
image/svg+xmlDenise Santosda CRUZ; Adriana Moreira da Rocha VEIGAyLuís Miguel DiasCAETANORIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2569-2585, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042574interpretación de los resultados con inferencias del soporte proporcionado por los resultados del Software.Positivamente, el Software, al ser un dispositivo de Análisis Cualitativo de Datos, facilitó el trabajo de los investigadores y mejoró la lectura analítica de la información. En este sesgo, organizó y proporcionó el tratamiento de la información, presentando el comportamiento de las categorías en la información de cada profesor y el conjunto de profesores colaboradores.La Tabla 1 a continuación muestra los puntos de aproximación entre el Análisis de Contenido (BARDIN, 2016) y elSoftware de Análisis de Contenido -webQDA.Tabla 1 Descripción de las técnicas y fases del análisis cualitativo de contenidoANÁLISIS CUALITATIVO DE CONTENIDO (BARDIN, 2016)ANÁLISIS CUALITATIVO DE DATOS CON EL SOFTWARE webQDA®PreanálisisEncuesta y organización del material en webQDALectura flotante (BARDIN, 2016) o Activa (AMADO, 2017) de los memoriales didácticos y narraciones desde la propuesta reflexiva.Recopilación de toda la información y datos del soporte de lectura flotante o activa, organizándolos en el Sistema de Fuentes WebQDA. Realización del proceso de asignación de códigos a documentos impresos y seleccionados.Creación de sistema de análisis con códigos libres y códigos de árbol (categorías de análisis) con un máximo de tres (3) palabras -análisis sintético.Creación y estructura de códigos en WEBQDA, reproduciendo lo codificado manualmente.Las preguntas y objetivos de la investigación guían el proceso de impregnación del contenido analizado y atribución de códigos.Detalle explicativo de las categorías en el software -análisis descriptivo.Explotación del materialCodificación de contenidos informativos, teniendo en cuenta los diferentes ciclos de validación. Selección y codificación de texto según los códigos creados.Codificación/decodificación de información al-Sistema de validación de categorías codificadas (códigos de árbol). Referencias en el lenguaje webQDA, codificadas en dimensiones, categorías y subcategorías.Validación de la capacidad, fiabilidad y validez de la codificación (PILLATTI; PEDROSO; GUTIERRES, 2010).Cuestionar el sistema de categorías codificadas (códigos de árbol), hacer preguntas sobre la relación entre códigos descriptivos y códigos interpretativos (códigos libres y códigos de árbol). La construcción de respuestas a nuestras preguntas fue facilitada por las diversas herramientas de webQDA.Proceso interpretativo descriptivoElaboración del texto final descriptivo, interpretativo y triangulación con la literatura (discusión). El proceso interpretativo descriptivo fluyó como capítulos y subcapítulos con los hallazgos de la investigación de una manera dinámica, porque en el bricolaje científico no hay una verdadera explicación, conclusión del estudio o consideraciones finales. ElEl webQDA proporcionó información, matrices y referencias en la construcción de inferencias y discusión de los datos. El texto final siguió su propia metodología y ofreció una visión general del sistema de análisis (dimensiones, categorías y subcategorías), utilizando estrictamente los datos codificados.
image/svg+xmlInterlocuciones entre análisis cualitativo de contenido y softwarede datos webQDA en la investigaciónen educaciónRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2569-2585, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042575conocimiento es transitorio y siempre está en proceso. (KINCHELOE, 2007, p. 112).Fuente: Cruz (2022)Aplicación combinada en el proceso analítico de investigaciónLa perspectiva de Bardin sobre el análisis de contenido orientado a la visión (2016) y, consistentemente, el Análisis Cualitativo de Resultados de webQDA, facilitó a los investigadores resaltar los hallazgos de la investigación, derivados de extractos conmemorativos, informes reflexivos y el portafolio con registros de actividades prácticas (artes pedagógicas, textuales y visuales). Cuando tomamos las primeras decisiones para definir cuáles serían las principales fuentes de datos, optamos por los memoriales, que se pusieron a disposición con prontitud, porque provenían de la documentación presentada en el momento de la selección al Programa de Posgrado en Educación (PPGE) de la UFSM. Aclaramos que los dos doctores y una maestría son graduados del PPGE y unamaestría es candidata a doctorado en el mismo Programa. Los cuatro educadores se encuentran actualmente en las escuelas públicas de Educación Infantil y los Primeros Años de la Escuela Primaria. Las lecturas y codificaciones/decodificaciones de los memoriales y narrativas tenían perfecto sentido en la elaboración de las categorías de análisis que estaban explícitas en los documentos, estando alineadas con el marco teórico. Las categorías derivan de los escaneos de información sistematizados y se les asignaron los códigos que servirían al webQDA, Procesando el primer paso con el Análisis de Contenido de Bardin (2016). Así, la idiosincrasia de los educadores artesanos agregó atributos cualitativos que constituyeron la experiencia y la experiencia de aprender del proceso formativo (hetero/inter/auto), constituyendo la riqueza delcorpus de investigación en la fase aún de organización de la información proporcionada por los profesores colaboradores. Según Bardin (2016, p. 96), "El corpus es el conjunto de documentos que se tienen en cuenta para ser sometidos a procedimientos analíticos". Reunir este conjunto de documentos informativos se ha convertido en un juego interesante similar a un proyecto de patchwork, Por ejemplo, para organizar las solapas por códigos de color, formas y tamaños, para entretenerlos en una colcha. ¿Qué hacer? ¿Cómo hacerlo? ¿Qué bricolados serán más interesantes para describir las categorías? La elección de webQDA nos ayudó mucho, facilitando la selección de ejemplos de cada unidad de significado explicada por las categorías.
image/svg+xmlDenise Santosda CRUZ; Adriana Moreira da Rocha VEIGAyLuís Miguel DiasCAETANORIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2569-2585, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042576Una visión general de este sistema de análisis se configura en la presentación de las dimensiones, categorías y subcategorías, pasando por un camino de codificación/decodificación de las ideas en comparación con los escritos narrativos de los profesores colaboradores. A continuación, se describe una visión detallada y rigurosa de los datos codificados, a través de matrices y frecuencias con ejemplos de referencias de cada código, en comparación con el corpus de investigación.La Figura 2 a continuación presenta el sistema de análisis en representación gráfica de la ruta de investigación cubierta.Figura 2 Resumen del sistema de análisis de conjuntos de informaciónFuente: Elaboración propiaSurgieron algunas preguntas y al mismo tiempo otras ideas, con el fin de sistematizar las materialidades producidas por los educadores que colaboraron con la investigación y las categorías, en nuevos conceptos emergentes. Por lo tanto, consideramos relevante aplicar el resultado en un proceso comparativo entre las categorías, aglutinándolas según la relevancia porcentual, traduciendo los resultados como "resignificación conceptual", dando un nuevo significado a la información cualitativa, analizada a partir de los informes Bardin (2016) y webQDA.La "resignificación conceptual" abarca constructos que traducen significados éticos, políticos y pedagógicos, apoyando la Pedagogía del Bricolaje, Cuestión central de la investigación, cuya matriz teórico-metodológica está siendo expuesta aquí. Las categorías de análisis, generadas a partir de la codificación de las materialidades de la investigación y recogidas por la aproximación conceptual, resultan en tres ejes que significan la contribución teórico-conceptual misma, trayendo una relectura al presentefuturo.MATERIALIDADES Intinerario formativo y docencia de los empleadosExtractos importantes de los memoriales de capacitación;Extractos importantes de las narrativas resultantes de la pregunta reflexiva;Relatos textuales y fotografías de artesanos de las prácticas del portafolio de educadores.DIMENCIONES ANALIZADASAnálisis de contenido(BARDIN, 2016)Educador artífice y formaciónEducador artífice y praxis creativaEducador artífice:formación y praxis creativaCATEGORÍAS DERIVADAS Análisis Cualitativa de Datos WebQDACreatividad; Crear/buscar nuevos conocimientos; Valora el conocimiento; Haz con tus manos; Respeto por los ritmosAutoeducación/autoconocimiento; Sujeto de la historia misma; Sentimiento socialLiderazgo; Cuidado del medio ambiente; Ambientes escolares
image/svg+xmlInterlocuciones entre análisis cualitativo de contenido y softwarede datos webQDA en la investigaciónen educaciónRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2569-2585, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042577En la Tabla 2, a continuación, presentamos los datos que demuestran este proceso de desarrollo de categorías a los ejes de resignificación. Cuadro 2Resignificación de las categorías emergentesCATEGORÍAS DE ANÁLISIS (webQDA)%SUMARESIGNIFICACIÓNCreatividad12,2 %38,2 %Enseñanza creativaCrear y buscar otras formas de saber11,7 %Valorar el conocimiento6,5 %Haz con tus propias manos3,5 %Respeto por los ritmos4,3 %Autoeducación y autoconocimiento3,9 %41,7%Formación bio [trans] humanaSujeto de su propia historia18,7 %Sentimiento social19,1 %Liderazgo1,3 %20,0%Bio Ambientes [trans] entrenadoresCuidado del medio ambiente3,5 %Ambientes escolares15,2%100,0 %Fuente:Cruz (2022)Una institución educativa, independientemente del nivel de educación que tenga, representa un contexto potencial importante para la "formación humana Bio [trans]" (41,7%). Este contexto, cuando es liderado por personas que trabajan o estudian allí, o incluso participan indirectamente, como padres o cuidadores de niños, se vuelve favorable para el desarrollo humano y el aprendizaje (BRONFRENBRENNER, 2011).Esto se debe a que las principales actividades que allí se desarrollan son significativas y persistentes; Las relaciones interpersonales son valoradas y estimuladas a la interactividad, y hay espacio para que todos asuman el papel de sujetos, protagonistasde su historia vital y coparticipen en la historia social. En esta psicodinámica relacional, en la que la persona y el entorno transmutan información, emociones y se mueven continuamente, se están produciendo y mediando procesos próximos. Los estudiantes, educadores y todos los demás profesionales y familiares involucrados tienen en ellos un lugar importante de crear posibilidades para pensar, constituir, repensar, actuar, hacer y contribuir con nuevas / otras posibilidades, yendo más allá de una mera instrucción y entrando en el mundo del hacer, hacer bien hecho, por el placer de producir algo. Todo esto significa elementos importantes para aprendizajes significativos y reflexiones que dan sentido a la educación humanizada y transformadora. El constructo"Creador de enseñanza" (38,2%) cubre estratégicamente las artes pedagógicas y las ventajas de la enseñanza: las ideas de "educador y educadora" (FREIRE, 2020) y "artífice" (SENNETT, 2019). El Educador Artífice entiende el tiempo de aprendizaje, valorandolas actividades pedagógicas en su propuesta de enseñanza, mientras involucra a los
image/svg+xmlDenise Santosda CRUZ; Adriana Moreira da Rocha VEIGAyLuís Miguel DiasCAETANORIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2569-2585, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042578estudiantes en el ritmo individual de cómo aprender, porque esta paciencia es el "Tiempo del Artífice". El educador y la educadora artífice desarrollan un trabajo que, no sometido al tiempo, produce y disfruta del placer de la elaboración. Todo buen maestro sabe la importancia de mantener viva la atención de sus alumnos en todo momento. La sorpresa, la admiración, el placer del descubrimiento son los ingredientes de toda buena enseñanza. La expectativa de lo que sucederá en la próxima lección, el suspenso en el curso de una experiencia, o un relato histórico, así como mil otros pequeños trucos, están disponibles para el maestro. También percibimos un llamado a profundizar nuestro concepto de "ambiente", que se produce a partir de condiciones objetivas, del contexto; subjetivo, de la persona; Interacción entre personas y procesos próximos.El "ambiente escolar" traduce una cultura colaborativa que impregna las relaciones pedagógicas, desde todo el contexto escolar, y permite apreciar la promoción del aprendizaje (MACIEL, 1995, 2000; MACIEL;VIERA TREVISAN, 2013). Para ello, nuevos aprendizajes concretos movilizarán las actividades y recursos pedagógicos de todo tipo, materiales y simbólicos, porque el apoyo y estímulo a los artesanos de educadores-educandos-educadores constituirán positivamente las condiciones objetivas, subjetivas e intersubjetivas para el aprendizaje, que producirán marcas duraderas que impulsarán la " Bio [trans] formación humana".La dinámica persona-entorno-personas que configura el ambiente también accede a la posibilidad de "Bio [trans] formaciónHumana”. En este entendimiento, cuando las interacciones involucran observación y participación conjunta (BRONFENBRENNER, 2011), los contextos se convierten en "ambientes Bio [trans] formativos". Los procesos Bio [trans] formativos se multiplican en las diversas dimensiones (físico-biológica, neuropsicológica, afectivo-cognitiva, sociocultural) que constituyen a la persona bebé/niño/adolescente/joven/adulto/anciano, en una época que se vive y se revive como historias personales y sociales. Cuando se revive, se abre a la [trans]formación permanente, la persona que está en el profesional y el profesional que está en la persona.Cosechamos en "Caminando el uno hacia el otro", de Marie-Christine Josso (2010), la idea que alimenta la búsqueda en la complejidad, desde elcontinuoentre la narrativa de la formación al proceso de formación, que está comprometido con las marcas de la vida y la profesión explicadas, en la escucha sensible y en el ojo atento a las palabras dadas por los compañeros colaboradores de la investigación. Losconstructos aquí propuestos están articulados, porque la “Bio [trans] formaciónHumana”, involucra al educador, persona y profesional en permanente desarrollo, en los diferentes contextos de "Enseñanza Creativa",
image/svg+xmlInterlocuciones entre análisis cualitativo de contenido y softwarede datos webQDA en la investigaciónen educaciónRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2569-2585, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042579productor de Eventos "charneiras" (cruciales) para el estímulo y la producción de "ambientes bio [trans] formativos". Surgieron de la resignificación de las categorías cualitativas de Análisis de Contenido, filtradas por los porcentajes indicados por el SoftwarewebQDA.A continuación, en la Figura 3, presentamos una representación visual de los tres ejes de resignificación conceptual, relacionados con las categorías emergentes del corpus de investigación y demostración de la continuidad del aprendizaje por experiencia” (CRUZ, 2017).Figura 3Ejes de resignificación conceptual y categorías fundacionales de la investigaciónFuente: Cruz (2022)La vocación ontológica de ser afirma y reafirma Paulo Freire (2020), es estar sujeto. Por lo tanto, "el respeto a la autonomía y dignidad de cada uno es un imperativo ético y no un favor que podemos o no podemos otorgarnos unos a otros" (FREIRE, 1996, p. 58, nuestra traducción). El autor también expresa la conciencia de no ser concluyente. Donde hay vida, hay vida inacabada, es decir, seres en permanente evolución. Sin embargo, sólo el hombre se sabe inacabado y que es posible ir más allá del acabado que seimpone como situación límite para ser transpuesto. Y así es como se hace la historia de cada uno; Nuestra historia, hombres y mujeres, está escrita en constante movimiento, en proceso, en construcción, en diálogo con el otro.La existencia en el mundo, lavida, era hacer que el cuerpo humano fuera "consciente, capturador, aparente, transformador, creador de belleza y no un "espacio" vacío para ser llenado de contenidos" (FREIRE, 1996, p. 51, nuestra traducción). En este movimiento, las "manos" en gran medida, hicieron lo que es creado por los humanos. "Cuanto mayor era la solidaridad entre la mente y las manos, más el apoyo convertía el mundo y la vida, la existencia" (FREIRE, 1996, p. 51, nuestra traducción).CreatividadCrear/buscar nuevos conocimientosValorar el conocimientoHaz con las manosRespeto por los ritmosBIO (TRANS) FORMACIÓNAutoeducaciónAutoconocimientoSujeto de su propia historiaSentimiento socialDOCENCIA CREADORALiideranzaaProtege el medio ambienteAmbientes escolaresAMBIENTES BIO (TRANS) FORMATIVOS
image/svg+xmlDenise Santosda CRUZ; Adriana Moreira da Rocha VEIGAyLuís Miguel DiasCAETANORIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2569-2585, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042580La conciencia de estar sujeto a la historia misma la actualiza en la voluntad, el querer ser y venir a ser ser. "Permite tener la medida de lo que está en juego en toda formación: la actualización del sujeto en un querer y poder ser y llegar a ser y su objetivación en las formas socioculturales a las que apunta, las que ya existen o las que tiene que imaginar" (JOSSO, 2007, p. 423, nuestra traducción).La autoeducación y el autoconocimiento son categorías directamente relacionadas con los procesos de desarrollo personal/profesional del educador. Es importante considerar que estos procesos superan la contradicción educador-educador en el movimiento gnoseológico (FREIRE, 2013, 2020). Este movimiento involucra a los sujetos cognoscentes (educador-educador; educador-educador) y el(los) objeto(s) cognoscible(s), que es el(los) mediatizo(s) en la relación dialógica. El acto de conocimiento de un sujeto es mucho más que dominar el objeto cognoscible. La relación dialógica se convierte en parte del proceso de autoeducación y autoconocimiento. Movernos como personas, como educadores, significa producirnos en la experiencia que, significativamente, se traduce en experimentar el aprendizaje. Aprender por y en la experiencia se acerca a la "experiencia de aprendizaje", porque entendemos que "[...] Aprender a través de la experiencia es aprender haciendo, aprender a través de la acción, a través de la práctica. [...] La experiencia es lo que hacemos, lo que somos capaces de hacer. Y "hacer" significa fabricar, transformar" (LARROSA, 2011, p. 190, el grifo del autor, nuestra traducción).El proceso Bio (trans) formarse surge del compromiso del profesor de invertir en sus proyectos, produciendo su identidad tanto personal como profesional. Resumiendo, en este proceso estamos produciendo las marcas de la vida y la profesión, marcas que traducen el significado de la enseñanza creativa en el singular de cada educador/artesano.Andrea Alliaud (2017) agrega el acto pedagógico que se produce de manera inusual en la dimensión oculta del oficio docente. La idea de que hay una vibración particular en todos los maestros. Expresa la singularidad de la persona-educador, siendo éste el sujeto de su propia historia que se educa a sí mismo y produce el conocimiento y el cuidado de sí mismo.Y así, está la singularidad que se expresa en un continuode la experiencia-aprendizaje-expresión en esta conciencia que evoluciona en el autoconocimiento; que se expresa a sí mismo, en el otro al que dedica su cuidado. "De esta manera, el educador ya no es el que solo educa, sino lo que, como educación, se educa, en diálogo con el estudiante que, cuando se educa, también educa" (FREIRE, 2020, p. 95, nuestra traducción).
image/svg+xmlInterlocuciones entre análisis cualitativo de contenido y softwarede datos webQDA en la investigaciónen educaciónRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2569-2585, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042581Consideraciones finales Desde la perspectiva de la Bio [trans] formación, la acción humana, el protagonismo, la autonomía y la creatividad representan herramientas importantes para los educadores que necesitan estar alertas y atentos a las demandas de la sociedad, la escuela y las personas en este nuevo escenario de cambios drásticos. Para desarrollar estrategias que contemplen a todos en este proceso creativo, la enseñanza debe reinventarse, apoyándose en buenas prácticas, combinando a la teoría la capacidad de síntesis y aplicación, para innovar prácticas y teorías con la sensibilidad de colocar al ser humano como causa y consecuencia.La Enseñanza Creativa está directamente ligada al ser como asignatura precisamente, al educador y a la educación como sujetos de su historia. Añadimos que estos procesos son humanizadores, porque en la historia vital, y social, se inscribe el protagonismo. ¿Qué pueden hacer las manos? Los miramos y nos damos cuenta de que "de todos los miembros del cuerpo humano, está avalado con una mayor variedad de movimientos, que pueden ser controlados como bien queramos. La ciencia trata de demostrar cómo estos movimientos, combinados con el tacto y las diferentes formas de sostener con las manos, afectan nuestra forma de pensar" (SENNETT, 2019, p. 169, nuestra traducción). La Pedagogía del bricolaje producida por el protagonismo del educador y el niño demuestra la relación entre las funciones psíquicas involucradas en los sentimientos, las cogniciones y el dominio del movimiento, precediendo al proceso de alfabetización y alfabetización, caminar, correr, pellizcar, recoger, saltar. Recuperar el conocimiento que los educadores producen en los procesos de enseñanza y aprendizaje como "poderosos anclajes de apoyo", les permite actuar y potencialmente pensar y reflexionar críticamente sobre su oficio con el fin de enriquecerlo y mejorarlo. El diálogo sobre la práctica asimilada y el conocimiento formalizado de cómo se logra la "experiencia" les permite convertirse en "artesanos" o virtuosos en lo que hacen. Las prácticas mejoran y se convierten en artesanos, cuando la información y la acción se convierten en conocimientoy los profesionales se vuelven más hábiles en su oficio.Entender la formación como una experiencia que te permite experimentar, probar y ser puesto a prueba en cada circunstancia es una ventaja del oficio de enseñar. Para Alliaud (2017), hacer un buen trabajo significa, en esta dinámica, tener curiosidad, investigar y aprender de la incertidumbre. Hacerlo bien hoy requiere el experimento, la investigación, la exploración, así como la posibilidad de aprender en la situación.
image/svg+xmlDenise Santosda CRUZ; Adriana Moreira da Rocha VEIGAyLuís Miguel DiasCAETANORIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2569-2585, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042582La enseñanza/aprendizaje/enseñanza se nutre, por tanto, de este otro conocimiento (profesores y alumnos), conocimiento (de trabajo, experiencia, del oficio), asegurando los ámbitos de la formación inicial y continua, nutriendo a los educadores en este proceso.El conocimiento, de esta manera, no deriva de la acumulación de conocimiento, sino de las transformaciones que lo producen, de la experiencia y de la experiencia vivida de unos a otros y del otro. Tiene que ver con ser, con formación, a [trans] formacióny laBio [trans] formación, haciendo que nuestro tiempo, espacio y humanidad sean más humanos.El " Ambiente Bio " [trans] formativotambién puede entenderse como el escenario ideal para que los artesanos pedagógicos tengan su lugar en la Enseñanza Creativa, producida: en la diversificación de actividades significativas y materiales; en la participación de las subjetividades en los procesos creativos demandados y las motivaciones para enseñar/aprender como roles alternantes entre los artesanos, educadores y estudiantes; en relaciones interpersonales que movilicen buenas prácticas y alianzas compartidas. Las buenas experiencias no se limitan al aula como icono estático de los procesos de enseñanza y aprendizaje, ya que siempre deben estar abiertas al continuode experiencias experimentadas, añadiendo posibilidades de reinvención.Finalmente, los tres ejes que representan la síntesis de losresultados de la investigación, “Bio [trans] Formación humana”, “Enseñanza Creativa" e “AmbientesBio [trans] formativa”, constituyen un diferencial relevante a las prácticas pedagógicas, a la educación de calidad y equidad, al equilibrio de acciones y conocimientos, eficaces en experimentar el aprendizaje en la experiencia misma, en la/desde la experiencia de otros y con otros, generados en los movimientos de la vida, de la profesión y en los lugares de aprendizaje por la Pedagogía del Bricolaje.La pedagogía del Bricolaje, efectivamente, no representa una estructura preconcebida, ya que es producida por los protagonistas de la enseñanza/aprendizaje/enseñanza, a partir de escenarios creados con los materiales disponibles para aprender (lúdicosy complejos). El aprendizaje a través de esta pedagogía tiene lugar en la elaboración artesanal y colaborativa. Y el tiempo subjetivo de aquellos que aprenden con artesanos pedagógicos es el tiempo de la experiencia de un nuevo aprendizaje.GRACIAS: Este estudio fue financiado por la Coordinación para el Perfeccionamiento del Personal de Educación Superior -Brasil (CAPES) -Código de Finanzas 001.
image/svg+xmlInterlocuciones entre análisis cualitativo de contenido y softwarede datos webQDA en la investigaciónen educaciónRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2569-2585, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042583REFERENCIASALLIAUD, A. Los artesanos de la enseñanza: Acerca de la formación de maestros con oficio. Buenos Aires: Editora Paidós, 2017.AMADO, J. Manual de investigação qualitativa em educação. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2017.BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Tradução: Luís Antero Reto e Augusto Pinheiro. São Paulo: Edições 70, 2016.BERRY, K. S. Estruturas da Bricolagem e da Complexidade. In: KINCHELOE, J. L.; BERRY, K. S. Pesquisa em Educação: Conceituando a bricolagem. Tradução: Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed, 2007.BRONFRENBRENNER, U. Bioecologia do desenvolvimento humano: Tornando os seres humanos mais humanos. Porto Alegre: Artmed, 2011.CRUZ, D. S. Vivenciar aprendendo: Contribuições da pedagogia Waldorf à formação do pedagogo no Século XXI. 2017. Dissertação (Mestrado em Educação) Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Educação, Santa Maria, 2017. Disponible en: https://repositorio.ufsm.br/handle/1/25351. Acceso: 10 sept. 2022.CRUZ, D. S. Pedagogia da Bricolagem: Ofício de educadores e educadoras artífices. Tese (Doutorado em Educação) Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Educação, Santa Maria, 2022. Disponible en: https://repositorio.ufsm.br/handle/1/25351. Acceso: 10 sept. 2022.FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia:Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.FREIRE, P. Pedagogia da Indignação:cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: Unesp, 2000.FREIRE, P. Pedagogia da esperança:um reencontro com a pedagogia do oprimido Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2013.FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido.Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2020.JOSSO, M. C. A transformação de si a partir da narração de histórias de vida. Educação, Porto Alegre, v. 3,n. 63, p. 413-438, set/dez. 2007. Disponible en: https://www.redalyc.org/pdf/848/84806302.pdf. Acceso: 21 enero2022.JOSSO, M. C. Caminhar para si. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2010.KINCHELOE, J. L. Para além do Reducionismo: Diferença, criticalidade e multilogicidade na bricolagem e no pós-formalismo. In: PARASKEVA, J. (org.). Currículo e Multiculturalismo. Portugal: Edições Pedago, 2006.
image/svg+xmlDenise Santosda CRUZ; Adriana Moreira da Rocha VEIGAyLuís Miguel DiasCAETANORIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2569-2585, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042584KINCHELOE, J. L.; BERRY, K. S. Pesquisa em Educação:Conceituando a bricolagem. Tradução: Roberto Cataldo Costa. PortoAlegre: Artmed, 2007.KINCHELOE, J. L.; McLAREN, P. Repensando a Teoria Crítica e a Pesquisa Qualitativa. In: DENZIN, N.K.; LINCOLN, Y.S. (org.). O Planejamento da Pesquisa Qualitativa: Teorias e abordagens. Tradução: Sandra Regina Netz. Porto Alegre: Artmed, 2006.LARROSA, J. Experiência e alteridade em educação. Reflexão e Ação, Santa Cruz do Sul, v. 19, n. 2, p. 4-27, jul. 2011. Disponible en: https://online.unisc.br/seer/index.php/reflex/article/view/2444. Acceso: 18 oct.2021.MACIEL, A. M. R. O professor-cidadão no exercício da docência. Um modelo conceitual unificador. 1995. Dissertação (Mestrado em Educação) Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Santa Maria, RS, 1995.MACIEL, A. M. R. Formação na docência universitária?Realidade e possibilidade na docência universitária? Realidade e possibilidades a partir do contexto da Universidade de Cruz Alta. 2000. Tese (Doutorado em Educação) Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2000.MACIEL, A. M. R.; VIERA TREVISAN, N. Repercussões da Ambiência teórica positiva no desenvolvimento profissional docente. In: CONGRESO LATINOAMERICANO DE FILOSOFÍA DE LA EDUCACIÓN, 2., 2013, Uruguai.Anais[…]. Uruguai, 2013.PILLATTI, L. A.; PEDROSO, B.; GUTIERREZ, G. L. Propriedades psicométricas de instrumentos de avaliação: Um debate necessário. RBECT. Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia, Curitiba, v. 3, n. 1, p. 81-91, jan./abr. 2010. Disponible en: https://periodicos.utfpr.edu.br/rbect/article/view/619/469. Acceso: 08 sept. 2022.RODRIGUES, C. S. D. et al.Pesquisa em educação e bricolagem científica: Rigor, multirreferencialidade e interdisciplinaridade. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 46, n. 162, p. 966-982, out./dez. 2016. Disponible en: https://www.scielo.br/j/cp/a/Lm5MCLHGmLMhNsGTdBTKrWG/abstract/?lang=pt. Acceso: 14 agosto 2022.SENNETT, R. O artífice. Tradução: Clóvis Marques.Rio de Janeiro: Record, 2019.SOUZA, D. N.; COSTA, A. P.; SOUZA, F. N. Importância do questionamento em todo o processo de Investigação Qualitativa. In:SOUZA, F. N.; SOUZA, D. N.; COSTA, A. P. (org.). Investigação Qualitativa: Inovação, Dilemas e Desafios. Aveiro, Portugal: Ludomedia,2014.
image/svg+xmlInterlocuciones entre análisis cualitativo de contenido y softwarede datos webQDA en la investigaciónen educaciónRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2569-2585, oct./dic. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042585Cómo hacer referencia a este artículoCRUZ, D. S.; VEIGA, A. M. R.; CAETANO, L. M. D. Interlocuciones entre análisis cualitativo de contenido y software de datos webQDA en la investigación en educación. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2569-2585, out./dez. 2022. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.16804Presentado en:26/05/2022Revisiones requeridas en: 04/09/2022Aprobado en: 06/11/2022Publicado en: 30/12/2022Procesamiento y edición: Editora Iberoamericana de Educación -EIAE.Corrección, formateo, normalización y traducción.
image/svg+xmlInterlocutions between qualitative content analysis and webQDAdata software in educational researchRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2565-2581, Oct./Dec. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042565INTERLOCUTIONS BETWEEN QUALITATIVE CONTENT ANALYSIS AND WEBQDA DATA SOFTWARE IN EDUCATIONAL RESEARCHINTERLOCUÇÕES ENTRE ANÁLISE QUALITATIVA DE CONTEÚDO E SOFTWARE DE DADOS WEBQDA NA PESQUISA EM EDUCAÇÃOINTERLOCUCIONES ENTRE ANÁLISIS CUALITATIVO DE CONTENIDO Y SOFTWARE DE DATOS WEBQDA EN LA INVESTIGACIÓN EN EDUCACIÓNDenise Santos da CRUZ1Adriana Moreira da ROCHA-VEIGA2Luís Miguel Dias CAETANO3ABSTRACT:The article presents a theoretical-methodological approach to qualitative research in education, of the descriptive-interpretative type, and the possible interlocutions between Qualitative Content Analysis and the Qualitative Data Analysis Software webQDA. The memorials and reports of pedagogues working in public schools of Early Childhood Education and Early Years of Elementary School were analyzed, from the Freirean perspective, the experience of the self in Jorge Larrosa and the (self) formation in Marie-Christine Josso. The concepts of Content Analysis (BARDIN, 2016) and the webQDA Qualitative Data Analysis Software are presented, as well as the approximation points between the two methods of qualitative data analysis. In the end, it is described how the application of these methods contributed to the researchers' work, stimulating other pairs, so that research in education can advance towards the use of qualitative information analysis technologies to facilitate the construction of the research corpus.KEYWORDS:Research in education. Content analysis.Software webQDA.RESUMO: O artigo apresenta recorte teórico-metodológico de pesquisa qualitativa em educação, do tipo descritivo-interpretativa,e as possíveis interlocuções entre a Análise Qualitativa de Conteúdo e o Software de Análise Qualitativa de Dados webQDA. Foram analisados os memoriais e os relatos de pedagogos atuantes em escolas públicas de Educação Infantil e dos Anos Iniciais de Ensino Fundamental, a partir da perspectiva Freireana, da experiência de si em Jorge Larrosa e da (auto)formação em Marie-Christine Josso. Apresenta-se as conceituações da Análise de Conteúdo (BARDIN, 2016) e do Software de Análise Qualitativa de Dados webQDA,bem como os pontos de aproximação entre os dois métodos de 1Federal University of Santa Maria(UFSM), Santa MariaRS Brazil.Postdoctoral Student in Education.ORCID:https://orcid.org/0000-0003-0223-8795. E-mail:denisedacruz57@gmail.com2Federal University of Santa Maria(UFSM), Santa MariaRS Brazil.Associate Professor in the Department of Educational Foundations and permanent Professor in the Graduate Programs in Education and Public Policy and Educational Management. PhD in Education(UNICAMP). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-5804-3375. E-mail:adrianaufsm@gmail.com3University of International Integration of Afro-Brazilian Lusophony(UNILAB), FortalezaCEBrazil. Professor. PhD in Education -Educational Technology (UAc/Portugal). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0907-831x.E-mail: prof.migdias@gmail.com
image/svg+xmlDenise Santosda CRUZ; Adriana Moreira da Rocha VEIGAandLuís Miguel DiasCAETANORIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2565-2581, Oct./Dec. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042566análise qualitativa de dados. Ao final, descreve-se como a aplicação destes métodos contribuíram para o trabalho dos pesquisadores, estimulando outros pares, para que a pesquisa em educação possa avançar no sentido do uso das tecnologias de análise qualitativa de informações para facilitar a construção do corpus de pesquisa. PALAVRAS-CHAVE: Pesquisa em educação. Análise de Conteúdo. Software webQDA. RESUMEN:El artículo presenta un abordaje teórico-metodológico de la investigación cualitativa en educación, de tipo descriptivo-interpretativo, y las posibles interlocuciones entre el Análisis Cualitativo de Contenido y el Software Cualitativo de Análisis de Datos webQDA. Se analizaron los memoriales y relatos de pedagogos que actúan en escuelas públicas de Educación Infantil y Primeros Años de la Enseñanza Fundamental, desde la perspectiva freireana, la experiencia del yo en Jorge Larrosa y la (auto)formación en Marie-Christine Josso. Sepresentan los conceptos de Análisis de Contenido (BARDIN, 2016) y el Software de Análisis Cualitativo de Datos webQDA, así como los puntos de aproximación entre ambos métodos de análisis cualitativo de datos. Al final, se describe cómo la aplicación de estos métodos contribuyó al trabajo de los investigadores, estimulando otros pares, para que la investigación en educación avance hacia el uso de tecnologías cualitativas de análisis de información para facilitar la construcción del corpus de investigación.PALABRAS CLAVE: Investigación educativa. Análisis de contenido. Software webQDA.IntroductionResearch is a complex task. It is necessary to get involved and undress oneself from previous judgments, but not from the experience that allows knowing and, also, not knowing. When research moves the researcher, it makes him uncomfortable and, at the sametime it gives him pleasure, it makes the investigative act more challenging and, therefore, it instigates him to investigate his object of study. In this research, in particular, it was stimulating to put together the various pieces that in the end fit together and gave direction to the goal of production, referenced in the Scientific Bricolage, from Kincheloe (2006, 2007), Kincheloe and McLaren (2006), Kincheloe and Berry (2007) and Berry (2007). As we penetrated the network of meaning, organized with the information gathered, from the collaborators' training memorials and reflective accounts, we realized the advantages of the qualitative approach and how it could behave as scientific research, methods, instruments and techniques of data analysis. Synthetically, we reinforce the idea of the methodological flow of Scientific Bricolage, still emerging in Research in Education.
image/svg+xmlInterlocutions between qualitative content analysis and webQDAdata software in educational researchRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2565-2581, Oct./Dec. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042567The information resulting from the research -the academic memos, the reflective questions, and the portfolios -were described and commented on from the records of images and the testimonies of the participants, in the year 2020, and two doctors in Education, a master's degree and a doctoral student in the Graduate Program in Education, working in municipal public schools, were selected. All participants are in the Program or are graduates of it, which gives them a common selection criterion. The resulting materialities, demonstrated throughout the text, were analyzed from theoretical-conceptual references of relevance to Education and Teacher Education (FREIRE, 1996, 2000, 2013, 2020; JOSSO, 2007, 2010; LARROSA, 2011; SENNETT, 2019).That said, we reinforce the decision to enter the field of research without apriorism, to weave together the weft, dyeing here and there with colors and feelings in the shared desire to experience learning in public schools, and in the primordial context of school learning.Methodological interweaving of information/dataThe fluidity of this research suggests the production of new paths and openings in educational research. According to Rodrigues et al. (2016, p. 981, our translation), "this perspective is not restricted only to the field of scientific research, specifically, because, in fact, it is a multireferential reason to understand reality and everything that involves the human being. Notably, a continuous, infinite learning, encompassing the human life cycle in all existence and depth. Our goal was to give meaning to the processes of "weaving the weft together", moving the good experiences with pedagogical handicrafts in teaching into learning environments reinvented by the artisan educators and students, producing pedagogical bricolages. In summary, the research information was: important excerpts from the training memorials; important excerpts from the narratives arising from the reflective question and, finally, the handcrafted accounts of the educators' portfolio practices.This information was analyzed, and each elaborated category was sized by the resonance with the memorial and the reflective report, and of these with the theoretical referential. With this informative material in hand, the data analysis technique was defined to enhance the stated categories. For this, we systematically read all the information found, once, twice, three times, over and over again, until the content impregnated our thoughts and self-organized itself into networks of meaning, opting first for Qualitative Content Analysis (BARDIN, 2016).
image/svg+xmlDenise Santosda CRUZ; Adriana Moreira da Rocha VEIGAandLuís Miguel DiasCAETANORIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2565-2581, Oct./Dec. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042568The Content Analysis advocated by Laurence Bardin (2016, p. 42, our translation) consists of a "set of techniques for analysis of communications aiming to obtain by systematic and objective procedures of content description of messages, which allow the inference of knowledge relating to the conditions of production/reception of these messages." In short, this is a model that notably organized the research, inhibited ambiguities, and constituted itself as a founding premise for the categorization of the research findings, by the internal and systematic coherence between the phases structured by Bardin (2016), imprinting rigor and depth in the treatment of the information. The structure advocated by the aforementioned author requires three (03) phases defined as follows: (1) pre-analysis; (2) exploration of the material, coding and categorization; (3) treatment of the results, inferences and interpretation.Next, we present in Figure 1 the interpretation of Bardin's Model (2016), according to its unfolding in the research.Figure1 Bardin's Model Interpretation (2016).Source: Adapted fromCRUZ (2022)Next, seeking a strategy for interweaving with qualitative data analysis, we chose the webQDA (web qualitative data analysis) software for "qualitative data analysis, based on web resources, for researchers using qualitative research methods. It allows analyses of text, image, video, audio, tables, PDF files, videos, among others, collaboratively, synchronously or asynchronously" (webQDA, 2017), which made it possible to structure the coding of information, ensuring systematization and analytical transparency. FloatingreadingSelectionofinformationsources(memorials,reports,andportfolio)ResumeofresearchquestionsandobjectivesPRE-ANALYSISOrganization PhaseExplicitdimensionsanddirectionsofanalysisDecoding/codingthecollectedcontentPreparationofcategorizedmaterialEXPLORATIONOFTHEMATERIALSCoding and categorization phaseTreatmentofresultsbysignificanceandvalidityStatisticaloperations(simple)CondensedpresentationofrelevantinformationTREATMENTOFRESULTS,INFERENCESANDINTERPRETATION
image/svg+xmlInterlocutions between qualitative content analysis and webQDAdata software in educational researchRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2565-2581, Oct./Dec. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042569The webQDA allowed the structured coding of information and ensured a faster and more effective management of information; it also helped to resolve the difficulties of gauging the impact of the answers on the coding, categorization, and interpretation of the results, allowing our inferences from what we were able to process with the support of the Software, taking into account the same configuration of the content analysis.The Qualitative Data Analysis by webQDA (software available with several options of access on the internet, from free for fifteen days) followed the treatment phases close to the content analysis: organization of the pre-analyzed material, the exploration of the material from the codified categories, and the interpretation of the results, allowing inferences to be drawn from what was processed with the support of the software. The way this analytical process was carried out was instigating: without losing the characteristic of a predominantly qualitative research, we sought quantitative data to the extent that they would contribute to clarify important aspects of the study, enabling the empirical support of the thematic proposition. We infer that the WebQDA operations are consistent with Bardin's Content Analysis (2016),and helped us to establish the emerging categories of analysis; systematize categories in levels of complexity; minimize data entry times when reading files in different formats. The collective work of the research was favored, because the open structuring of categories supported the use of webQDA with the assumptions of Qualitative Content Analysis (BARDIN, 2016). This finding confirmed what was indicated by Souza, Costa and Souza (2014), when they stated that, in the first stage, the survey and organization of data in webQDA, from "interviews, online interactions, classroom observations, open-ended questions from questionnaires, videos, online forums, YouTube comments, recordings of video conferences and remote classes etc.", were relevant to the floating or active reading, signaled, among others, by Qualitative Content Analysis. The analysis by WebQDA, performed in on line access, followed treatment phases that approached the Content Analysis proposed by Bardin (2016): in the organization of the pre-analyzed material; in the exploration of the material from the codified categories; in the interpretation of the results with inferences from the support provided by the results of the Software.Positively, the Software, for being a Qualitative Data Analysis device, facilitated the researchers' work and enhanced the analytical reading of the information. In this bias, it
image/svg+xmlDenise Santosda CRUZ; Adriana Moreira da Rocha VEIGAandLuís Miguel DiasCAETANORIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2565-2581, Oct./Dec. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042570organized and prepared the treatment of the information, presenting the behavior of the categories in the information from each teacher and the group of collaborating teachers.In Table 1, below, we demonstrate the points of approach between Content Analysis (BARDIN, 2016) and the Content Analysis Software -webQDA.Table1Description of techniques and phases of qualitative content analysisQUALITATIVE CONTENT ANALYSIS (BARDIN, 2016)QUALITATIVE DATA ANALYSIS WITH webQDA® SOFTWAREPre-analysisSurvey and organization of the material in webQDAFloating (BARDIN, 2016) or Active (AMADO, 2017) reading of the teaching memos and narratives from the reflective proposal.Gathering all the information and data coming from the Floating or Active Reading support and organizing them in the WebQDA Sources System.Performing the process of assigning codes to printed and selected documents.Creation of analysis system with free codes and tree codes (analysis categories) with a maximum of three (3) words -synthetic analysis.Creation and structure of codes in WEBQDA, reproducing what was coded manually.The research questions and objectives guide the process of impregnating the analyzed content and assigning codes.Explanatory breakdown of the categories in the software -descriptive analysis.Exploring the materialCoding of the information content, taking into account the different validation cycles. Text selection and coding according to the codes created.Encoding/decoding of information contentValidation of the coded category system (tree codes). References in webQDA language, coded in dimensions, categories and subcategories. Validation of the coding capacity, by reliability and validity (PILLATTI; PEDROSO; GUTIERRES, 2010).Questioning of the system of coded categories (tree codes), asking questions about the relationship between the descriptive codes and the interpretive codes (free codes and tree codes). The construction of answers to our questioning was facilitated by the various tools of webQDA.Descriptive Interpretive ProcessPreparation of the final descriptive, interpretive and triangulation text with the literature (discussion).The interpretive descriptive process flowed as chapters and subchapters with the research findings in a dynamic way, this is because in scientific bricolage there is no true explanation, study conclusion, or final considerations. Knowledge is transitory and always in process (KINCHELOE, 2007, p. 112).The webQDA provided information, matrices and references in the construction of inferences and discussion of the data. The final text followed its own methodology and offered an overview of the analysis system (dimensions, categories and subcategories), rigorously using the codified data.Source: Cruz (2022)
image/svg+xmlInterlocutions between qualitative content analysis and webQDAdata software in educational researchRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2565-2581, Oct./Dec. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042571Combined application in the research analytical processThe perspective of Content Analysis guided by the vision of Bardin (2016) and, consistently, the Qualitative Analysis of Results by webQDA, facilitated the researchers to put in evidence the research findings, derived from excerpts of memoranda, the reflective reports and the portfolio with records of practical activities (pedagogical crafts), textual and visual. When we made the firstdecisions to define what would be the main sources of data, we opted for the memos, which were readily available, since they were part of the documentation presented at the time of selection to the Graduate Program in Education (PPGE) at UFSM. We clarifythat the two Ph.D.'s and one M.A. are graduates of the PPGE, and one M.A. is a doctoral candidate in the same program. The four educators work in public Kindergarten and Early Childhood Education schools. The readings and the coding/decoding of the memoirs and narratives made sense in the elaboration of the analysis categories that were explicit in the documents, and were aligned with the theoretical framework. The categories were derived from the systematized informative excerpts and to them were assignedthe codes that would serve the webQDA, processing the first stage with Bardin's Content Analysis (2016). Thus, to the idiosyncrasies of the artisan educators were added qualitative attributes that were constituted in the experience and the learning experience of the formative process (hetero/inter/auto), constituting the richness of the research corpus in the phase still of the organization of the information provided by the collaborating professors. For Bardin (2016, p. 96), "The corpus is the set of documents taken into account to be submitted to analytical procedures." Gathering this set of informational documents became an interesting game similar to a patchwork project, for example, to organize patchwork by color codes, shapes and sizes, to interweave them into a quilt. What to do? How to do it? Which bricolors will be most interesting to describe the categories? The choice of webQDA helped us a lot, facilitating the selection of examples of each unit of meaning expressed by the categories.An overview of this analysis system is configured in the presentation of the dimensions, categories and subcategories, following a coding/decoding path of the ideas collated from the narrative writings of the collaborating teachers. Next, a detailed and rigorous vision of the codified data is described, through matrixes and frequencies with examples of references of each code, collated from the research corpus.In Figure 2, below, the system of analysis is presented as a graphic representation of the research path followed.
image/svg+xmlDenise Santosda CRUZ; Adriana Moreira da Rocha VEIGAandLuís Miguel DiasCAETANORIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2565-2581, Oct./Dec. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042572Figura 2 Síntese do sistema de análise do conjunto informativoSource: Prepared by the authorsSome questions and at the same time other ideas emerged, in the sense of systematizing the materialities produced by the artisans who collaborated with the research and the categories into new emerging concepts. Then, we consider it relevant to apply the result in a comparative process between the categories, agglutinating them according to the percentage relevance, translating the results as "conceptual re-signification", giving new meaning to the qualitative information, analyzed from Bardin (2016) and the webQDA reports.The "conceptual resignification" covers constructs that translate ethical, political, and pedagogical meanings, giving support to the Pedagogy of Bricolage, the central issue of the research, whose theoretical-methodological matrix is being exposed here. The analysis categories, generated from the codification of the research materialities and brought together by the conceptual approach, result in three axes that re-signify the theoretical-conceptual contribution itself, bringing a rereading for the present future.In Table 2, below, we present the data that demonstrate this process of developing categories to the axes of re-signification. Table2Re-signification of the emerging categoriesCATEGORIES OF ANALYSIS (webQDA)%SUMRESIGNIFICATIONCreativity12,2 %38,2 %Creative teachingCreates and searches for other forms of knowledge11,7 %Valuing knowledge6,5 %Making with one's own hands3,5 %Respect for rhythms4,3 %MATERIALITIES Employees' training and teaching backgroundImportant excerpts from the training memorials;Important excerpts from the narratives arising from the reflective question;Textual reports and photographs of crafts from the educators' portfolio practices.ANALYZED DIMENSIONS Content Analysis (BARDIN, 2016)Craftsman Educator and TrainingCraftsman educator and creative praxisCraftsman educator: training and creative praxisDERIVATIVE CATEGORIES Qualitative Data Analysis WebQDACreativity; Create/seek new knowledge; Value knowledge; Make with the hands; Respect for rhythmsSelf-education/self-knowledge; Subject of one's own history; Social feelingLeadership; Care for the environment; School environments
image/svg+xmlInterlocutions between qualitative content analysis and webQDAdata software in educational researchRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2565-2581, Oct./Dec. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042573Self-education and self-knowledge3,9 %41,7%Human bio [trans] formationSubject of its own history18,7 %Social feeling19,1 %Leadership1,3 %20,0%Bio [trans] forming environmentsCare for the environment3,5 %School environment15,2%100,0 %Source: Cruz (2022)An educational institution, regardless of the level of education, represents an important potential context to the "Human Bio [trans] formation" (41.7%). This context, when led by the people who work or study there, or even participate indirectly, such as parents or caregivers of children, becomes favorable to human development and learning (BRONFRENBRENNER, 2011). This is because the main activities developed there are meaningful and persistent; interpersonal relationships are valued and interactivity is encouraged, and there is room for everyone to assume the role of subjects, protagonists of their vital history and co-participants in the social history. In this relational psychodynamic, in which the person and the environment transmute information, emotions and move continuously, the proximal processes are being produced and mediated. Students, educators, and all other professionals and family members involved have in this important place the creation of possibilities to think, constitute, rethink, act, do, and contribute with new/other possibilities, going beyond a mere instruction and entering the world of doing, ofdoing well, for the pleasure of producing something. All these mean important elements for significant learning and reflections that give meaning to humanized and transforming education. The construct "Creative Teaching" (38.2%) strategically covers pedagogical craftsmanship and the advantages of the craft of teaching -it holds the ideas of "educator" (FREIRE, 2020) and "craftsman" (SENNETT, 2019). The Craftsman Educator understands the time to learn, valuing the pedagogical activities in his/her teaching proposal, while involving the students in the individual rhythm of how to learn, for this patience is the "craftsman's time". The craftsman educator develops a work that, not being subjected to time, produces and enjoys the pleasure of making. Every goodteacher knows the importance of keeping the attention of his or her students always alive. Surprise, wonder, the pleasure of discovery, are the ingredients of all good teaching. The anticipation of what will happen in the next lesson, the suspense in the course of an experiment, or a historical account, as well as a thousand other little tricks, are at the teacher's disposal.
image/svg+xmlDenise Santosda CRUZ; Adriana Moreira da Rocha VEIGAandLuís Miguel DiasCAETANORIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2565-2581, Oct./Dec. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042574We also perceive a call to deepen our concept of "ambience", which is produced from objective conditions, the context; subjective, the person; and intersubjective, the interaction between people and proximal processes. The "school ambience" translates a collaborative culture permeating the pedagogical relations, from the whole of the school context, and allowing the appreciation for the promotion of learning (MACIEL, 1995, 2000; MACIEL; VIERA TREVISAN, 2013). For this, new concrete learning will mobilize the activities and pedagogical resources of all kinds, material and symbolic, because the support and encouragement of the educators-students-educators crafts will positively constitute the objective, subjective and intersubjective conditions for the learning experience, which will produce lasting marks that drive the "Bio [trans] Human formation".The person-environment-person dynamic that configures the ambience also accesses the possibility of "Human Bio[trans]formation". In this understanding, when interactions involve joint observation and participation (BRONFENBRENNER, 2011), contexts become "Bio [trans] forming Environments." The Bio [trans] forming processes multiply in the various dimensions (physical-biological, neuropsychological, affective-cognitive, sociocultural) that constitute the person -infant/child/adolescent/young adult/elderly, in a time that is lived and re-lived as personal and social histories. When re-lived, it opens to permanent [trans]formation, of the person who is in the professional, and of the professional who is in the person.In "Caminhar para si", by Marie-Christine Josso(2010), we collected the idea that feeds the search in complexity, of the continuum between the narrative of training to the training process, which is committed to the marks of life and profession made explicit, in sensitive listening and attentive look to the words given by the colleagues who collaborated in the research. The constructs proposed here are articulated, because the "Human Bio [trans] formation", involves the educator, person and professional in permanent development, in the different contexts of the "Creative Teaching", producer of "hinge" events (crucial) for the incentive and production of "Bio [trans] forming Environments". They emerged from the re-signification of the qualitative categories of Content Analysis, filtered by the percentages indicated by the webQDA Software.Below, in Figure 3, we present a visual representation of the three axes of conceptual resignification, related to the categories emerging from the research corpus and demonstrating the continuum of the "experience learning" (CRUZ, 2017).
image/svg+xmlInterlocutions between qualitative content analysis and webQDAdata software in educational researchRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2565-2581, Oct./Dec. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042575Figure3 Axes of conceptual re-signification and fundamental categories of the researchFonte: CRUZ (2022)The ontological vocation of being, states and reaffirms Paulo Freire (2020), is to be subject. Thus, "respect for each one's autonomy and dignity is an ethical imperative, not a favor we may or may not grant each other" (FREIRE, 1996, p. 58, our translation). The author also expresses the awareness of being inconclusive. Where there is life, there is unfinishing, that is, beings in permanent evolution. However, only man knows he is unfinished and that it is possible to go beyond the unfinishing that imposes itself as a limiting situation to be overcome. And this is how the history of each one is made; our history, men and women, is written in constant movement, in process, in construction, in dialog with the other.Existence in the world, life, was making the human body "conscious, capturing, apprehending, transforming, creating beauty and not empty 'space' to be filled with contents" (FREIRE, 1996, p. 51, our translation). In this movement, the "hands" to a great extent, made what exists created by humans. "The greater the solidarity between mind and hands became, the more the support became the world and life, existence" (FREIRE, 1996, p. 51, our translation).The consciousness of being the subject of one's own history actualizes it in wanting, being able to be, and coming-to-be. "It allows us to have the measure of what is at stake in all formation: the actualization of the subject in a will and power to be and to come-to-be and its objectification in the targeted sociocultural forms, those that already exist or those that he has to imagine" (JOSSO, 2007, p. 423, our translation).Self-education and self-knowledge are categories that refer directly to the educator's personal/professional development processes. It is important to consider that these processes overcome the educator-students contradiction in the gnosiological movement (FREIRE, 2013, 2020). Such movement involves the cognizing subjects (educator-educated; educated-educator) CreativityCreates/seeks new knowledgeAppreciates knowledgeMaking with handsRespect for rhythmsBIO (TRANS) FORMATIONAutoeducaçãoAutoconhecimentoSujeito da própria históriaSentimento socialCREATIVE TEACHINGLiderançaZela pelo meio ambienteAmbiências escolaresAMBIENCES BIO (TRANS) FORMATIVE
image/svg+xmlDenise Santosda CRUZ; Adriana Moreira da Rocha VEIGAandLuís Miguel DiasCAETANORIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2565-2581, Oct./Dec. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042576and the cognizable object(s), which are the mediator(s) in the dialogical relationship. The cognizing act of a subject is much more than mastering the cognizable object. The dialogical relationship becomes part of the process of self-education and self-knowledge. To move as people, as educators, means to produce ourselves in the experience, which, significantly, translates into experiencing while learning. Learning throughand in the experience is close to "experiencing by learning", because we understand that "[...] learning through experience is learning by doing, learning through action, through practice. [Experience is what we do, what we are capable of doing. And 'doing' means making, transforming" (LARROSA, 2011, p. 190, emphasis added).The process of Bio (trans) forming stems from the teacher's commitment to invest in his or her projects, producing both personal and professional identity. Finally, in this process we produce the marks of life and profession, marks that translate the meaning of creative teaching in the singular of each educator/artisan.Andrea Alliaud (2017) adds the pedagogical act that is produced in an unusual way in the hidden dimension of the teaching craft. The idea that there is a particular vibration in all teachers stands out. It expresses the uniqueness of the person-teacher, as the subject of his or her own history who self-educates and produces knowledge and self-care.And thus, we have the singularity that is expressed in a continuum of living-learning-expressing in this consciousness that evolves in self-knowledge; that expresses itself in the other to whom it dedicates its care. "In this way, the educator is no longer the one who only educates, but the one who, while educating, is educated, in dialogue with the learner who, while being educated, also educates"(FREIRE, 2020, p. 95, our translation).Final remarksFrom the perspective of Bio [trans] formation, human action, protagonism, autonomy and creativity represent important tools for educators who need to be alert and attentive to the demands of society, school and people in this new scenario of drastic changes. In order to develop strategies that include everyone in this creative process, it is necessary to reinvent teaching, relying on good practices, combining with theory the ability to synthesize and apply, to innovate practices and theories with the sensitivity of placing the human being as cause and consequence.Creative Teaching is directly linked to being as a subject -precisely, to the educator and the student as subjects of their own history. We add that these processes are humanizing,
image/svg+xmlInterlocutions between qualitative content analysis and webQDAdata software in educational researchRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2565-2581, Oct./Dec. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042577because in the vital, and social history, protagonism is inscribed. What canhands do? We look at them and realize that "of all the members of the human body, it has the greatest variety of movements, which can be controlled as we wish. Science tries to demonstrate how these movements, coupled with touch and the different ways of holding with the hands, affect our way of thinking" (SENNETT, 2019, p. 169, our translation). The Pedagogy of DIY produced by the protagonism of the educator and the child demonstrates the relationship between the psychic functions involved in feelings, cognitions, and the mastery of movement -preceding the process of literacy and literacy, of walking, running, pinching, catching, jumping. Recovering the knowledge that educators produce in the teaching and learning processes as "powerful support anchors" allows them to act and, potentially, think and critically reflect on their craft in order to enrich and improve it. The dialogue about the assimilated practice and the formalized knowledge of how expertise is achieved enables them to become craftsmen or virtuosos in what they do. Practices then improve and even become craftsmanship -when information and action become knowledge and professionals become more skilled at their craft.Understanding training as an experience that enables one to experiment, to taste and be put to the test in every circumstance is an advantage of the craft of teaching. For Alliaud (2017), doing good work means, in this dynamic, being curious, investigating, and learning from uncertainty. Doing good work today requires experimentation, investigation, exploration, as well as the possibility of continuing to learn in the situation. Teaching/learning/teaching is nourished, therefore, by these other knowledges (teachers and students), know-how (from work, from experience, from the craft), ensuring the spheres of initial and continuing education, nourishing educators in this process. Knowledge, in this way, is not derived from the accumulation of knowledge, but from the transformations that produce it, from the experience and the lived experience of oneself and of the other. It has to do with being, with formation, [trans] formation, and Bio [trans] formation, making our time, space, and humanity more human.The "Bio [trans] formative Ambience" can also be understood as the ideal scenariofor the pedagogical crafts to have their place in Creative Teaching, produced: in the diversification of meaningful activities and materials; in the involvement of subjectivities in the creative processes demanded and motivations for teaching/learning as alternate roles between the craftsmen, educator and students; in the interpersonal relationships that mobilize good practices and shared partnerships. The good experiences are not limited to the classroom as a static icon
image/svg+xmlDenise Santosda CRUZ; Adriana Moreira da Rocha VEIGAandLuís Miguel DiasCAETANORIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2565-2581, Oct./Dec. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042578of the teaching and learning processes, as they must always be open to the continuum of lived experiences, adding possibilities for reinvention.Finally, the three axes that represent the synthesis of the research findings, "Human Bio [trans] formation", "Creative Teaching", and "Bio [trans] forming Environments", constitute a relevant differential to pedagogical practices, to education with quality and equity, to the balance of tasks and knowledge, becoming effective in the experience of learning in/of one's own experience, in/of the experience of others and with others, generated in the movements of life, profession, and in the places of learning by the Pedagogy of DIY.The Pedagogy of DIY, in fact, does not represent a preconceived structure, because it is produced by the protagonists of teaching/learning/teaching, from scenarios created with the materials available to track learning (playful and complex). Learning through this pedagogy occurs in handcrafted, collaborative making. And the subjective time of those who learn with pedagogicalcrafts is the time of experiencing new learning.ACKNOWLEDGMENT: This study was funded by the Higher Education Personnel Improvement Coordination -Brazil (CAPES) -Finance Code 001.REFERENCESALLIAUD, A. Los artesanos de la enseñanza: Acerca de la formación de maestros con oficio. Buenos Aires: Editora Paidós, 2017.AMADO, J. Manual de investigação qualitativa em educação. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2017.BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Tradução: Luís Antero Reto e Augusto Pinheiro. São Paulo: Edições 70, 2016.BERRY, K. S. Estruturas da Bricolagem e da Complexidade. In: KINCHELOE, J. L.; BERRY, K. S. Pesquisa em Educação: Conceituando a bricolagem. Tradução: Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed, 2007.BRONFRENBRENNER, U. Bioecologia do desenvolvimento humano: Tornando os seres humanos mais humanos. Porto Alegre: Artmed, 2011.CRUZ, D. S. Vivenciar aprendendo: Contribuições da pedagogia Waldorf à formação do pedagogo no Século XXI. 2017. Dissertação (Mestrado em Educação) Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Educação, Santa Maria, 2017. Available at: https://repositorio.ufsm.br/handle/1/25351. Access on10 Sept. 2022.
image/svg+xmlInterlocutions between qualitative content analysis and webQDAdata software in educational researchRIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2565-2581, Oct./Dec. 2022.e-ISSN: 1982-5587DOI:https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.168042579CRUZ, D. S. Pedagogia da Bricolagem: Ofício de educadores eeducadoras artífices. Tese (Doutorado em Educação) Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Educação, Santa Maria, 2022. Available at: https://repositorio.ufsm.br/handle/1/25351. Access on: 10 Sept. 2022.FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia:Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.FREIRE, P. Pedagogia da Indignação:cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: Unesp, 2000.FREIRE, P. Pedagogia da esperança:um reencontro com a pedagogia do oprimido Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2013.FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido.Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2020.JOSSO, M. C. A transformação de si a partir da narração de histórias de vida. Educação, Porto Alegre, v. 3, n. 63, p. 413-438, set/dez. 2007. Available at: https://www.redalyc.org/pdf/848/84806302.pdf. Access on: 21 Jan. 2022.JOSSO, M. C. Caminhar para si. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2010.KINCHELOE, J. L. Para além do Reducionismo: Diferença, criticalidade e multilogicidade na bricolagem e no pós-formalismo. In: PARASKEVA, J. (org.). Currículo e Multiculturalismo. Portugal: Edições Pedago, 2006.KINCHELOE, J. L.; BERRY, K. S. Pesquisa em Educação:Conceituando a bricolagem. Tradução: Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed, 2007.KINCHELOE, J. L.; McLAREN, P. Repensando a Teoria Crítica e a Pesquisa Qualitativa. In: DENZIN, N.K.; LINCOLN, Y.S. (org.). O Planejamento da Pesquisa Qualitativa: Teorias e abordagens. Tradução: Sandra Regina Netz. Porto Alegre: Artmed, 2006.LARROSA, J. Experiência e alteridade em educação. Reflexão e Ação, Santa Cruz do Sul, v. 19, n. 2, p. 4-27, jul. 2011. Available at: https://online.unisc.br/seer/index.php/reflex/article/view/2444. Access on: 18 Oct. 2021.MACIEL, A. M. R. O professor-cidadão no exercício da docência. Um modelo conceitual unificador. 1995. Dissertação (Mestrado em Educação) Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Santa Maria, RS, 1995.MACIEL, A. M. R. Formação na docência universitária?Realidade e possibilidade na docência universitária? Realidade e possibilidades a partir do contexto da Universidade de Cruz Alta.2000. Tese (Doutorado em Educação) Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2000.MACIEL, A. M. R.; VIERA TREVISAN, N. Repercussões da Ambiência teórica positiva no desenvolvimento profissional docente. In: CONGRESO LATINOAMERICANO DE FILOSOFÍA DE LA EDUCACIÓN, 2., 2013, Uruguai.Anais[…]. Uruguai, 2013.
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