RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023043, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.16968 1
MOTIVAÇÕES, RECURSOS E DEMANDAS: PERCEPÇÕES DE ESTUDANTES
BRASILEIROS EM SUAS EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS
MOTIVACIONES, RECURSOS Y DEMANDAS: PERCEPCIONES DE ESTUDIANTES
BRASILEÑOS EN SUS EXPERIENCIAS INTERNACIONALES
MOTIVATIONS, RESOURCES AND DEMANDS: BRAZILIAN'S STUDENTS
PERCEPTIONS IN THEIR INTERNATIONAL EXPERIENCES
Fernando Eduardo KERSCHBAUMER 1
e-mail: fernando@laboralconsultoria.com.br
Marcello ROMANI-DIAS 2
e-mail: mromdias@hotmail.com
Aline dos Santos BARBOSA 3
e-mail: aline8barbosa@gmail.com
Como referenciar este artigo:
KERSCHBAUMER, F. E.; ROMANI-DIAS, M.; BARBOSA, A.
S. Motivações, recursos e demandas: Percepções de estudantes
brasileiros em suas experiências internacionais. Revista Ibero-
Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00,
e023043, 2023. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.16968
| Submetido em: 13/07/2022
| Revisões requeridas em: 15/02/2023
| Aprovado em: 10/04/2023
| Publicado em: 17/07/2023
Editor:
Prof. Dr. José Luís Bizelli
Editor Adjunto Executivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Universidade Positivo (UP), Curitiba PR Brasil. Doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em
Administração.
2
Universidade Positivo (UP), Curitiba PR Brasil. Professor Titular no Programa de Pós-Graduação em
Administração e no Programa de Pós-Graduação em Gestão Ambiental. Doutorado em Administração de
Empresas (FGV).
3
Universidade Estácio de Sá (UNESA), Rio de Janeiro RJ Brasil. Professora Permanente no Programa de Pós-
Graduação em Administração e Desenvolvimento Empresarial. Doutorado em Administração de Empresas (FGV).
Motivações, recursos e demandas: Percepções de estudantes brasileiros em suas experiências internacionais
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RESUMO: Este artigo procurou investigar as escolhas e os desafios encontrados pelos
estudantes internacionais brasileiros, objetivando demonstrar as avaliações do estudante
internacional brasileiro sobre a internacionalização da carreira, a Instituição de Ensino Superior
(IES) e o orientador, no processo de internacionalização dos estudos. Este estudo qualitativo
usa triangulação da literatura, com 23 entrevistas em profundidade, e mais de 500 postagens e
18 vídeos de mídias sociais. Os principais resultados encontrados são organizados na categoria
de avaliações dos estudantes, indicando as motivações para o desenvolvimento de suas
carreiras, o acesso a recursos para a internacionalização, dificuldades com orientadores,
problemas com a adaptação e com demandas no contexto da universidade de destino, incluindo
condições financeiras. Os estudantes internacionais são sensitivos e perceptivos, e compreender
suas vozes permite direcionar as atividades de gerenciamento das IES, tanto nos países de
destino, como nas IES de origem.
PALAVRAS-CHAVE: Avaliação dos estudantes. Internacionalização de estudantes. Carreira
internacionalizada. Percepção dos estudantes. Avaliação da IES.
RESUMEN: Este artículo demandó investigar las opciones y los retos enfrentados por los
estudiantes internacionales brasileños, con el objetivo de demostrar las evaluaciones de los
estudiantes internacionales brasileños sobre la internacionalización de la carrera, la
Institución de Educación Superior (IES) y el supervisor, en el proceso de internacionalización
de los estudios. Este estudio cualitativo utiliza la triangulación de literatura, con 23 entrevistas
en profundidad, y más de 500 publicaciones y 18 videos de redes sociales. Los principales
resultados hallados se organizan en la categoría de valoraciones de los estudiantes, indicando
las motivaciones para el desarrollo de sus carreras, acceso a recursos para la
internacionalización, dificultades con los asesores, problemas de adaptación y con sus
requerimientos en el contexto de la universidad de destino, incluidas las finanzas. Los
estudiantes internacionales son sensibles y perceptivos, y entender sus voces permite
administrar las actividades de gestión de las IES, tanto en los países de destino como en las
IES de origen.
PALABRAS CLAVE: Evaluación del estudiante. Internacionalización de los estudiantes.
Carrera internacionalizada. Percepción de los estudiantes. Evaluación de la IES.
ABSTRACT: This article investigates the choices and challenges faced by Brazilian
international students, aiming to demonstrate the Brazilian international student's assessments
of career internationalization, the HEI and the supervisor, in the process of internationalization
of studies. This qualitative study uses literature triangulation, with 23 in-depth interviews, and
more than 500 posts and 18 social media videos. The main results found are organized in the
category of student assessments, indicating the motivations for the development of their
careers, access to resources for internationalization, difficulties with advisors, problems with
adaptation and with demands in the context of the destination university, including financial
conditions. International students are sensitive and perceptive, and understanding their voices
allows directing HEI management activities, both in the destination countries and in the home
HEIs.
KEYWORDS: Student assessment. Internationalization of students. Internationalized career.
Students' perception. Evaluation of the HEI.
Fernando Eduardo KERSCHBAUMER; Marcello ROMANI-DIAS e Aline dos Santos BARBOSA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023043, 2023. e-ISSN: 1982-5587
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Introdução
Internacionalizar o ensino é muito mais do que apenas ter alguns estudantes estrangeiros
em um campus universitário. Butcher e Mcgrath (2004) defendem que internacionalizar
demanda iniciativas políticas significativas e fundamentais, proporcionando uma experiência
de educação internacional, exigindo receber estudantes estrangeiros e possuir um programa de
intercâmbio para os estudantes, ampliando as experiências transculturais e permitindo melhor
compreensão das demandas de transição dos alunos internacionais.
A internacionalização do ensino é um debate em crescimento que precisa de cuidados
aos estudantes e aos professores para atingir os objetivos propostos pelas Instituições de Ensino
Superior (IES) e almejados pelos estudantes (ROMANI-DIAS, 2018). Compreender o
desempenho acadêmico é fundamental para direcionar as ações institucionais e promover maior
integração dos estudantes internacionais. Li, Chen e Duanmu (2010) citam que o assunto é
pauta de pesquisas que envolvem não somente compreender a qualidade do curso, mas
principalmente as influências acadêmicas, psicossociais, cognitivas e demográficas.
A internacionalização do ensino e a própria graduação ou os demais cursos ofertados
por uma instituição de ensino são serviços, com características demonstradas por pesquisadores
de marketing de serviços, como a intangibilidade e uma valoração complexa, cujo processo de
decisão envolve mecanismos indiretos de avaliação, como a imagem da marca da instituição e
do país de destino (CUBILLO; SÁNCHEZ; CERVIÑO, 2006). Os serviços são oferecidos em
pacotes, pois além do serviço principal, sempre serviços auxiliares atrelados a este, que
costumam, inclusive, diferenciar o serviço dos ofertados por outras instituições. A maioria dos
atributos dos serviços de ensino superior não pode ser notada previamente, dificultando a
avaliação, sobretudo, para estudantes internacionais (CUBILLO; SÁNCHEZ; CERVIÑO,
2006). Esses autores defendem que esses serviços auxiliares podem ser promovidos por
terceiros, pelo município ou pelo país, e costumam garantir a experiência e a permanência no
país de destino.
A cultura do país de origem e de destino, a proficiência no idioma, a capacidade de se
adaptar à metodologia aplicada, e os aspectos socioculturais podem gerar a relutância cultural
e as dificuldades de participação nas aulas por parte dos estudantes (BUTCHER; MCGRATH,
2004). estudos (ANDRADE, 2006) sugerindo que as necessidades dos estudantes
internacionais não estão sendo analisadas de forma completa pelos responsáveis educacionais.
No caso dos professores que atuam com estudantes internacionais, Nieto e Zoller Booth
(2010) apontam ser necessário esse entendimento sobre a cultura e a linguagem, para poder
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compreender que em uma turma com diversidade cultural, estes profissionais deverão adaptar
seu estilo ou sua metodologia a diferentes formas de comportamento, perfis ou singularidades,
uma vez que estudantes com ritmos e modos de aprendizagem diferentes, que demandam
métodos em que possam permanecer passivos em sala de aula, e outros que não se adaptarão a
esse modelo (NIETO; ZOLLER BOOTH, 2010).
A comunidade local costuma não compreender a cultura dos estudantes estrangeiros,
gerando frustração para estes (SHERRY; THOMAS; CHUI, 2010) e as universidades
geralmente não apresentam interesse e dedicação às culturas dos estudantes que estão
recebendo; além disso, os estudantes locais desconhecem questões culturais que podem
envolver religião ou outros hábitos (SHERRY; THOMAS; CHUI, 2010). Surgem, então,
diversos problemas relevantes, que envolvem solidão ou outros, da ordem de saúde, e que
comprometem até mesmo a segurança física e emocional desses estudantes (BUTCHER;
MCGRATH, 2004), podendo culminar com a desistência, encerrando prematuramente a
internacionalização do estudante. Diante deste contexto, o objetivo deste artigo é analisar as
avaliações que o estudante internacional brasileiro faz sobre a internacionalização da carreira,
a Instituição de Ensino Superior (IES) e o orientador, com base em experiências de
internacionalização de seus estudos. Estes resultados são parte de pesquisa com estudantes
brasileiros oriundos de diferentes Universidades, que internacionalizaram seus estudos durante
o doutorado ou pós-doutorado, em diversos destinos.
Metodologia
Este estudo qualitativo usa entrevistas em profundidade, com amostra intencional e
roteiro semiestruturado, e análise de conteúdo em postagens e vídeos em mídias sociais,
buscando explanar sobre a Internacionalização de Estudantes, e a avaliação da
internacionalização do ensino, para compreender, com a análise das respostas dos entrevistados,
com a análise dos demais materiais e com a percepção dos pesquisadores, o fenômeno da
Internacionalização de Estudantes, triangulando literatura, análise documental e entrevistas,
com conceitos metodológicos descritos por Leech e Onwuegbuzie (2007).
Uma vez que este estudo propõe compreender um fenômeno social, descrevendo e
classificando comportamentos de indivíduos de forma não estatística, com inferência do olhar
do pesquisador, selecionando criteriosamente os participantes e, ainda, considerando relatos nas
mídias sociais, como dados complementares, a abordagem qualitativa se mostra eficiente para
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descrever o fenômeno. Esta pesquisa está centrada em estudos de caso múltiplos de nível
individual, considerando cada indivíduo como um caso (ROBLES, 2001), fazendo com que as
evidências para os resultados encontrados se tornem mais relevantes (YIN, 2015).
O método norteador corresponde ao exploratório-descritivo, utilizando estudos
multicasos, para os quais a lógica diz respeito à replicação de situações, e não à amostragem
(ROBLES, 2001). Yin (2015) apresenta que a evidência obtida através dos multicasos se torna
mais determinante, deixando o estudo mais robusto, mais consistente. O processo de
estruturação para o uso dos estudos de caso segue o método descrito por Eisenhardt (1989).
O fenômeno da Internacionalização de Estudantes é social e complexo, demandando
estudos qualitativos que utilizam entrevistas em profundidade (CORBIN; STRAUSS, 2014),
que permitem compreender o significado desse fenômeno pelos envolvidos na prática. A
experiência dos entrevistados possibilita compreender diversos aspectos práticos do fenômeno
social (MILES; HUBERMAN, 1994). A construção do modelo de pesquisa visa identificar
fatores relevantes para a internacionalização de estudantes e compreender a vivência e os
fatores que impactaram suas decisões, no nível individual de análise.
Para atender ao objetivo proposto, foi conduzida uma pesquisa qualitativa tendo como
principais fontes de evidências (Figura 1): entrevistas em profundidade, documentos e materiais
audiovisuais, além de elementos da literatura. Realizamos 23 entrevistas em profundidade e
analisamos mais de 500 postagens e 18 vídeos publicados em mídias sociais, contemplando
mais de 20 diferentes destinos vivenciados pelos estudantes internacionais brasileiros.
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Figura 1 Esquema de triangulação da pesquisa
Fonte: Elaborado pelos autores
Foram incluídos estudantes que direcionaram seus estudos nos Estados Unidos da
América (EUA), no Reino Unido e no Canadá, principais destinos para a internacionalização
(OPEN DOORS, 2020). A validade externa é proporcionada pelos critérios ou variáveis
utilizados na seleção dos entrevistados, ampliando a quantidade de perspectivas válidas
(PATTON, 2014), montando amostra derivada teoricamente. A primeira etapa de coleta de
dados envolveu a realização de 23 entrevistas em profundidade, gravadas e transcritas na íntegra
para análise, com roteiro semiestruturado por questões abertas (CORBIN; STRAUSS, 2014),
realizadas no ano de 2021, verificadas por comitê de ética com Termo de Consentimento Livre
e Esclarecido, com a participação de 11 homens e 12 mulheres, com duração média de 52
minutos.
A segunda etapa de coleta envolveu os documentos analisados, na forma de postagens
disponíveis em mídias sociais. Coletamos dados acessíveis em 40 grupos públicos e privados
do Facebook sobre Doutorado e Pós-doutorado no exterior, compostos por cerca de 800 mil
estudantes brasileiros. Foram analisadas mais de 500 postagens que tiveram em torno de 25 mil
interações dos tipos like e comentário (Figura 2). Coletamos, também, vídeos disponíveis em 2
canais do YouTube com cerca de 700 inscritos, identificados a partir de comentários nos grupos
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de Facebook, identificando 18 vídeos, publicados entre 2019 e 2020, que foram visualizados
mais de 8.300 vezes, e com 668 interações dos tipos like e comentário (Figura 3). As mídias
sociais permitiram, em nosso estudo, o aumento no número de países e experiências de
internacionalização, possibilitando a exploração tanto da linguagem falada quanto da escrita,
contribuindo para a validade interna de nossa investigação (YIN, 2015).
Figura 2 Dados coletados de Mídia Social
Fonte: Elaborado pelos autores
Figura 3 Dados coletados em vídeos de Mídia Social
Fonte: Elaborado pelos autores
Para estruturar o referencial teórico, foram realizados levantamentos sistemáticos, por
meio da construção de planilha com os tópicos relevantes no contexto de artigos pesquisados,
e a construção de mapas mentais com o termo de pesquisa, desmembrado em itens principais,
e decompondo com a inclusão dos tópicos específicos, identificados na referida planilha.
Assim, temos um caminho de detalhes que podem compor o referencial teórico sobre a
Internacionalização de Estudantes e sobre a Internacionalização de Estudantes Brasileiros.
Os dados foram tratados por meio da análise temática de conteúdo. Partimos de uma
codificação aberta, por meio da leitura das entrevistas, gerando novos códigos para a análise
(MILES; HUBERMAN, 1994). Em etapa final de codificação, do tipo axial e seletiva
(GLASER; STRAUSS, 2017), realizamos, em diversas rodadas, um refinamento dos códigos
gerados. Para fins confirmatórios da codificação, as postagens e os vídeos das mídias sociais
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foram coletados e analisados de acordo com os códigos que haviam sido identificados por
meio das entrevistas.
Foram estabelecidos procedimentos de controle para que a coleta, codificação,
classificação e análise dos dados ocorresse de modo fidedigno (MILES; HUBERMAN, 1994),
com a análise qualitativa de dados. Assim, a codificação dos dados foi aberta, identificando
termos e conceitos-chave para a análise, bem como a consistência dos conceitos, e construídas
categorias mais profundas e abstratas ou analíticas (CORBIN; STRAUSS, 2014).
Estudantes Internacionais
Os planos futuros dos estudantes internacionais variam bastante. Ward e Masgoret
(2004) citam que pouco mais da metade planeja permanecer no país de destino após a conclusão
do curso, seja para realizar outro curso, ou desenvolver carreira. Outros planejavam voltar para
casa e continuar os estudos, ou aplicar na carreira no país de origem, e alguns ainda pensavam
em procurar empregos em países diferentes da origem ou dos estudos (WARD; MASGORET,
2004). Fato interessante, segundo os autores, é que a grande maioria é mais propensa a continuar
seus estudos, ao invés de aplicar os conhecimentos para empregos.
A experiência educacional dos estudantes internacionais é um dos principais
motivadores desses estudantes, e assim, como alguns estudantes se sentem completamente
incluídos, também os que se sentem parcialmente integrados, e aqueles que não
experimentaram a sensação de inclusão. Essa experiência dependerá, também, de ambos, país
de origem e país de destino, da instituição, além de condições pessoais dos estudantes (WARD;
MASGORET, 2004).
Escolher o país de destino é descrito como uma consequência de fatores sociais, das
condições do meio, das expectativas e intenções, e de elementos que ampliem a imagem do
destino, seja o país, a instituição, ou outros ambientes, demonstrando as possibilidades e
vantagens do processo de internacionalização (BÖRJESSON, 2017; CUBILLO; SÁNCHEZ;
CERVIÑO, 2006).
Börjesson (2017) demonstra uma estrutura tripolar básica, revelando o espaço global
dos estudantes, sendo os EUA o país que mais recebe estudantes internacionais; Austrália,
Japão e Coréia do Sul, outros importantes destinos, e China o país que mais envia estudantes
para outros países. A escolha do país de destino é influenciada por fatores de mercado, de
colonização e de proximidade (BÖRJESSON, 2017). Compreender os motivos para escolha do
país de destino permite analisar os objetivos iniciais, e as razões de modificarem os seus
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objetivos com o passar do tempo. Hazen e Alberts (2006) citam que estudantes foram aos EUA
motivados pelas melhores oportunidades educacionais ofertadas, e pelas melhorias nas
oportunidades de emprego em seus países de origem.
As mudanças de intenções evidenciam aspectos relevantes, como o uso dos estudos de
ponte para permanência posterior no país. Hazen e Alberts (2006), relatam que a maioria dos
estudantes não vai aos EUA com a intenção de permanecer no país, mas a grande maioria
mudou de ideia ao longo do percurso. Essa mudança ocorre nos dois sentidos, tanto gerando
uma permanência maior, quanto gerando o encurtamento da permanência inicialmente
planejada, levantando questões sobre as razões que influenciam nas mudanças de intenção.
A imagem do país é a primeira fonte para avaliação e decisão por adquirir um serviço
(CUBILLO; SÁNCHEZ; CERVIÑO, 2006). Cubillo, Sánchez e Cerviño (2006) citam que a
mesma imagem do país percebida para a qualidade de produtos pode ser evidenciada quando
da prestação de serviços educacionais, levando estudantes primeiro a escolher o país, para
posteriormente decidir pela instituição de ensino. Isso é evidenciado inclusive pelo exposto por
Börjesson (2017) sobre o fluxo vindo de muitos países para alguns países ricos, principalmente
de língua inglesa. A cidade também é um ponto importante no contexto decisório do serviço,
por ser o ambiente onde ele é produzido e consumido e, por vezes, cidades sobressaem ao país
e à instituição de ensino como referências de cultura, idioma e ensino (CUBILLO; SÁNCHEZ;
CERVIÑO, 2006).
A imagem da instituição pode ir muito além da sua qualidade de ensino, dependendo de
avaliações e informações, marketing, experiências e relatos que determinam características
particulares que poderão ser analisadas pelos estudantes (CUBILLO; SÁNCHEZ; CERVIÑO,
2006). Fatores externos, como a vida social na universidade e seu entorno, também contribuem
para essa percepção, em conjunto com a estrutura física, a disponibilidade tecnológica e as
instalações em geral.
O recrutamento de estudantes internacionais possui diferentes motivadores, sendo o
principal deles econômico, mas com grande importância para a educação e compreensão
intercultural, em meio aos efeitos da globalização, permitindo entender a diversidade e questões
globais (ANDRADE, 2006). Andrade (2006) cita que os países usufruem das habilidades dos
estudantes que optam por permanecer no país, em áreas de seu interesse, e a convivência dos
estudantes domésticos com esses estrangeiros resulta positivamente para transferir
conhecimento.
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Serviços associados à permanência (serviços de instalações institucionais, de saúde, de
acomodação, de orientação vocacional, de informática e de apoio à aprendizagem) impactam
na decisão e na permanência até o final do programa, embora, por vezes, os estudantes nem
saibam dizer se tais serviços eram oferecidos ou não pela instituição (WARD; MASGORET,
2004).
E, claro, a avaliação do programa de ensino, e sua adequação, compreendem um fator
de extrema relevância, correspondendo a um elemento que será comparado pelos estudantes
para a escolha, analisando a qualidade, o reconhecimento internacional, a disponibilidade, os
requisitos de entrada, os custos e a possibilidade de apoio financeiro (CUBILLO; SÁNCHEZ;
CERVIÑO, 2006).
Os números de estudantes internacionais são surpreendentes, mas chama a atenção as
dificuldades para identificar estudos que tratem especificamente da Internacionalização de
Estudantes brasileiros. O Brasil está entre os dez que mais enviam estudantes terciários para o
exterior, com 81.882 brasileiros (UNESCO, 2021), é uma das doze maiores economias do
mundo, o sexto mais populoso, e quinto mais extenso (IMF, 2021). A Organization for
Economic Co-operation and Development (OECD, 2021) menciona que o maior fluxo de
estudantes internacionais (67%) vem de países em desenvolvimento, dentre eles o Brasil.
Torna-se, portanto, fundamental melhor compreendermos as escolhas feitas por estudantes
internacionais oriundos deste importante player global.
As experiências dos estudantes internacionais brasileiros demonstram ser relevantes
para o entendimento sobre suas escolhas (HAZEN; ALBERTS, 2006), demandando
compreender quais são os motivadores, e as avaliações que estes estudantes fazem sobre o
processo de internacionalização. O Brasil tem mais de 6 milhões de estudantes internacionais,
tendo apresentado um crescimento superior a sete vezes em cinco décadas (OECD, 2021;
UNESCO, 2015), e deve superar a marca dos 8 milhões de estudantes internacionais até o ano
de 2025 (OECD, 2021). É necessário dar voz aos estudantes internacionais brasileiros, que não
estão sendo abordados nos diversos estudos sobre a internacionalização do ensino, uma vez que
a representatividade de estudantes internacionais oriundos do Brasil é expressiva, e essa voz
poderá auxiliar novos estudantes em sua jornada internacional.
Fernando Eduardo KERSCHBAUMER; Marcello ROMANI-DIAS e Aline dos Santos BARBOSA
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Avaliação da internacionalização de carreira e do país de destino
Inicialmente, tratamos da percepção dos estudantes brasileiros sobre a
internacionalização de sua carreira durante seu período de estudos. Estas avaliações podem ser
positivas ou negativas, e seguindo os preceitos da Teoria do Comportamento Planejado
(AJZEN, 1985), influenciam nas decisões dos estudantes sobre internacionalizar seus estudos
ou mantê-los domésticos. Como exemplo, a entrevistada Jane traz uma visão positiva sobre o
que a internacionalização poderia trazer para sua carreira: Fui fazer o Estágio Doutoral porque
eu sempre quis estar onde estou hoje. Fiz porque eu queria ser professora de Doutorado.”.
Da mesma forma, o entrevistado Adam explica que depois do doutorado, não na
França, mas em outros países da Europa, ou mesmo voltando para o Brasil, eu vi as minhas
possibilidades expandindo, comparando com o cenário de ter continuado no Brasil”, e Loren
afirma que apesar do custo alto, vale a pena o sacrifício, abre muitas portas depois, estou
voltando para o meu s-doutorado, e estou muito feliz por ter dado certo”. Diego também
relata sobre sua experiência em Boston:
Estou achando surpreendente. Algumas coisas são muito contrastantes com o
Brasil. No Brasil temos que fazer muita improvisação, tem que esperar
bastante para ter reagente ou amostra. Aqui em Boston as coisas são muito
disponíveis. Você pode planejar o que você vai fazer, seu experimento, seus
objetivos. Você tem que pensar na sua ideia e se voquer seguir, você vai
fazer muito facilmente (Diego, em vídeo de mídia social).
Apesar das falas positivas, tradeoffs desafiadores envolvidos neste processo,
especialmente em situações de carreiras já consolidadas, como no caso de Beth (em entrevista),
que teve como destino a Inglaterra: “Quando você está empregada em seu país de origem, com
um salário, e ajudando sua família, com uma carreira ascendente em seu país, viver de novo
com bolsa no exterior significa abrir mão de uma segurança que já se tem.”.
De acordo com Mesidor e Sly (2016), o ajuste ao ambiente acadêmico é um dos
primeiros aprendizados do estudante internacional. As avaliações positivas ou negativas sobre
a internacionalização podem decorrer do apreço do estudante às mudanças de vida trazidas por
esta experiência. A experiência internacional pode fazer a diferença na vida do estudante e de
pessoas à sua volta, e seu papel é transformador, que a educação promove mudança e
adaptação. Esta transformação pode ser interpretada como algo com predominância de
recompensas ou de custos, como destaca-se na fala de Leo (em vídeo de mídia social): O
contraponto é que você tem que trabalhar muito, os estudantes daqui são muito bons, então
Motivações, recursos e demandas: Percepções de estudantes brasileiros em suas experiências internacionais
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temos que suar a camisa. Não tem vida fácil para ficar no mesmo vel que os estudantes
daqui.”.
A avaliação sobre o país de origem é decisiva na escolha pela internacionalização.
Hazen e Alberts (2006) citam a demanda por compreender os motivos que levaram o aluno a
internacionalizar seus estudos no país de destino escolhido, permitindo analisar os objetivos
propostos inicialmente, e as razões deles se modificarem com o passar do tempo. Melanie, em
entrevista, cita que: uma motivação é a ambição por estar próxima de pessoas em
universidades de ponta, e outra, é a deterioração e falta de incentivo para a carreira no Brasil”.
Sobre o país de destino, a avaliação que o estudante faz é tão importante para a escolha
quanto o apreço pela internacionalização em si. Peter, em entrevista, cita que o país e a região
de Boston, com suas instituições, eram o conjunto perfeito”. As postagens realizadas pelos
estudantes brasileiros nas mídias sociais indicam que parte substancial da avaliação do país,
positiva ou negativa, é feita no próprio local, isto é, após o início de seus estudos no exterior,
conforme relatam alunas com experiências na Espanha e em Portugal:
Faço Doutorado em Universidade espanhola. É um choque de realidade. Nós
brasileiros temos um país rico, amistoso, porém, mal administrado, e nos
faltam coisas básicas de infraestrutura e nas relações sociais. Não estou aqui
para dizer que a Europa ou os Estados Unidos são melhores que o Brasil, mas
temos muito o que aprender (Julia, em postagem em mídia social).
Morei na cidade do Porto durante um ano. Eu me incomodava muito com o
assédio que sofria quando percebiam que eu era brasileira. As brasileiras têm
fama de serem fáceis e "quentes". Eu morava sozinha em Portugal (Marie, em
postagem em mídia social).
A escolha por internacionalizar o ensino geralmente está ligada a perspectivas
profissionais futuras, seja no retorno ao país de origem, ou ainda, em outros casos, na própria
permanência no país escolhido para o desenvolvimento dos estudos (SMITH; KHAWAJA,
2011). Aspirações pessoais também são descritas nas decisões, como Bill, em entrevista, que
afirma que: “Estados Unidos e Canadá não eram de meu interesse, por já ter tido experiências
anteriores nesses países e por já ter domínio sobre o inglês”.
Para Joana, em vídeo de mídia social, o acesso ao conhecimento faz produzir novos
conhecimentos de excelência, e que geram impacto social”, assim como Tod, em vídeo de mídia
social, que considera engrandecedora a possibilidade de estar em outro país, conhecendo
situações novas, aprendendo o idioma, a cultura e desenvolvendo a produção científica
também para o seu país de origem”. Geralmente, espera-se que tanto os conhecimentos
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específicos da área de estudos escolhida, como ainda o aperfeiçoamento do idioma, e as
experiências interculturais, permitam um melhor desenvolvimento posterior das atividades
profissionais (CUBILLO; SÁNCHEZ; CERVIÑO, 2006).
Em postagens em mídia social, Ana afirma ter “ficado impressionada com os recursos,
equipamentos e estrutura na Irlanda”, enquanto Mike expõe que a experiência é muito válida,
não para o doutorado, como para a vida, pois demanda de ajustes em diversas áreas,
inclusive com as finanças”, convergindo com os relatos de Adam, em entrevista, que cita:
queria expandir, conhecer, sair, viajar, aprofundar nessa cultura que não era a minha, como
motivação pessoal”.
Hazen e Alberts (2006) destacam ser comum a motivação dos estudantes estar
centralizada nas melhores oportunidades educacionais do país de destino. Os fatores culturais,
apesar de trazerem cenários diferentes, trazem luz para a importância dos fatores ambientais na
adaptação do estudante internacional. Para Yoon e Portman (2004), estes fatores podem ser
exemplificados em situações de preconceito ou discriminação, relacionamentos superficiais, e
outros fenômenos que podem ocasionar situações estressantes. A comunidade local, para
Sherry, Thomas e Chui (2010), costuma não compreender a cultura dos estudantes estrangeiros,
gerando frustração e desconforto para eles. Tom relata, em postagem em dia social, que: um
amigo brasileiro foi fazer Doutorado em Portugal e sempre chamavam ele de macaco”,
evidenciando o preconceito como um dos principais desafios enfrentados por estudantes
internacionais brasileiros, o que também pode estar associado à sua etnia e aspectos culturais
em geral.
Avaliação da IES de destino e do orientador
Adentrando nas avaliações mais específicas feitas pelos estudantes, temos aquelas de
nível organizacional, neste caso representada pela IES de destino, e de nível individual, que se
refere ao orientador no país de destino. Os relatos trazidos por brasileiros ilustram bem suas
visões sobre as instituições estadunidenses que os receberam, como nos relatos de Sarah em
vídeo de mídia social: “Os professores são bem abertos, têm muita disponibilidade, e isso me
impressionou muito, porque achamos que os professores daqui, por serem renomados, serão
muito distantes. Mas na verdade eles são super disponíveis. São muito bons.” e Paul, também
em vídeo, relata: As Universidades daqui são muito boas. Até as piores são melhores ou do
mesmo nível que as do Brasil. Compensa vir, mesmo se for para a pior. Tem chance de
financiamento que não tem no Brasil e o orientador daqui é ótimo, é conhecido na área.”.
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Os relatos dos estudantes brasileiros retratam experiências contrastantes vividas em seus
estudos no Brasil em comparação com seus estudos nos Estados Unidos, e as avaliações
substanciais dos estudantes ocorrem no próprio local de destino, o que nos leva a perceber um
baixo nível de informação sobre o país e IES de destino, prévio à experiência internacional. Em
convergência a este resultado, Cubillo, Sánchez e Cerviño (2006) argumentam que a maioria
dos atributos dos serviços de ensino superior não pode ser notada previamente à experiência do
estudante, dificultando a avaliação, sobretudo, para estudantes internacionais. Sobre o suporte
institucional e individual, podemos considerar o exposto por Robbie:
Encontre um professor que faz pesquisa na sua linha em uma universidade
bem-conceituada. Envie seu currículo e sua proposta de pesquisa, encaixando
bem com o que ele faz. Ele pode ter verba de projeto para bancar seu
intercâmbio, ou conseguir verba junto à universidade ou governo. Para mim
deu certo. Se ele tiver dinheiro e achar que você pode contribuir de modo
significante com o projeto de pesquisa dele, poderá te financiar (Robbie, em
postagem em mídia social).
Os relatos de Paul e Robbie enfatizam os aspectos financeiros avaliados pelos estudantes
interessados em internacionalização. Mesidor e Sly (2016) mostram que as finanças estão entre
as maiores barreiras para a internacionalização dos estudantes, mesmo eles renunciando a
dinheiro ou maior conforto em prol dos objetivos internacionais. Romani-Dias e Carneiro
(2019) destacam o agravamento desta condição para brasileiros, pela fragilidade cambial da
moeda, em especial, quando o destino pretendido são países da Europa Ocidental ou Estados
Unidos, locais de câmbio valorizado.
outras necessidades para o suporte ao processo de internacionalização. Wendy, em
entrevista, expõe que: a professora, como orientadora, nunca me orientou, mas eu também
não reclamo, porque ela nunca foi uma pedra no meu sapato. Foi muito neutra, eu podia fazer
o que quisesse, mas também não tinha orientação, tinha que buscar por fora”. De forma
distinta, Jones demonstra demandas importantes dos estudantes:
Não foi pelo tema, mas pela trajetória e origem também. Era importante
para a Universidade, por ser muito inclusiva, e eu ser de origem Latina. O
tema de pesquisa foi fundamental, por estar pesquisando algo na fronteira
científica que estivesse alinhado com a agenda de pesquisa do curso em que
realizei o meu estágio doutoral (Jones, em entrevista).
Esse conforto ofertado pela IES e orientador motiva os estudantes. Jason, em entrevista,
relatou que o orientador é solícito, é uma referência na área, mas está sempre disponível para
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me atender”. Mas nem sempre os relatos sobre o orientador são positivos ou neutros, Hilary,
em entrevista, comentou que a conversa com o possível orientador foi extremamente negativa,
não gostei nada do que ele falou. Foi motivo inclusive para que eu desistisse dessa
universidade”. Por outro lado, a visão sobre cobrança é clara em alguns relatos, como o de
Henry, em entrevista, que afirma que não teria dificuldades com o idioma, para ir para os
EUA, mas sabia que se caísse lá, em qualquer universidade, seria obrigado a entrar na linha
de pesquisa do orientador e escrever dois artigos antes da tese, e conheço as minhas
limitações.”.
Mesmo diferentes, os relatos demonstram a latência das necessidades dos estudantes, e
o alinhamento com as instituições de ensino. Estas necessidades variam com a cultura do país
de origem e de destino, com a proficiência no idioma, a capacidade de se adaptar à metodologia,
além dos aspectos socioculturais, e muitas vezes podem prejudicar o desenvolvimento do
estudante (BUTCHER; MCGRATH, 2004).
Conclusões e Recomendações
Este estudo teve como objetivo identificar quais as avaliações do estudante internacional
brasileiro sobre a internacionalização da carreira, e sobre a IES e o orientador, no processo de
internacionalização de seus estudos, procurando identificar aspectos que possam, ao mesmo
tempo, dar voz aos estudantes e promover informações para o ajuste das IES em seu
gerenciamento dos processos de internacionalização.
Os principais resultados identificados indicam que os estudantes são motivados por
aplicar a processos de internacionalização para o desenvolvimento de suas carreiras, mas muitos
deles identificam dificuldades para a aplicação desta carreira aqui no Brasil, sendo, por vezes,
desde o início, motivados a buscar meios para ampliar a sua permanência com a atuação
profissional no país de destino, mas não desconsiderando que o seu retorno para o Brasil poderá
ser mais promissor do que seria sem a internacionalização.
Também, ao longo do processo de internacionalização, os estudantes identificam
facilidades para acesso a recursos e conhecimento, mesmo quando os professores orientadores
não se apresentam muito solícitos, e isso permite ampliar o desenvolvimento das atividades que
envolvem a aquisição de conhecimento.
Temos, como constatação, que o ambiente da Universidade e seu entorno devem estar
organizados de modo a proporcionar o ajuste dos estudantes, considerando que há um
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desconforto natural por estar fora de casa, convivendo com cultura e idiomas diferentes, e ainda
com condições financeiras que, muitas vezes, prejudicam a sua estada ou o desenvolvimento
dos estudos. O estudante carece, por vezes, de suporte por parte da IES, assim como do
município e do país de destino.
Um aspecto importante a ser considerado pelas IES, é que em virtude das expectativas
e da quantidade de novidades encontradas pelos estudantes internacionais, eles se mostram mais
sensitivos e mais perceptivos, olhando em detalhes para os pontos positivos, mas também sendo
mais críticos com os pontos negativos encontrados. Compreender os aspectos da avaliação dos
estudantes internacionais brasileiros mais a fundo, permite, então, direcionar as atividades de
gerenciamento das IES, tanto nos países de destino, como nas IES de origem, para que se possa
ampliar a troca de conhecimento promovida pela internacionalização, uma vez que além de
enviar estudantes, a IES deve também os receber e os acolher, para que as possibilidades sejam
ampliadas e para que o ensino internacional possa melhor cumprir sua missão social.
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CRediT Author Statement
Reconhecimentos: Não aplicável.
Financiamento: Não aplicável.
Conflitos de interesse: Não há conflitos de interesse.
Aprovação ética: Foi consultado o comitê de ética da instituição envolvida, e todos os
trâmites foram seguidos.
Disponibilidade de dados e material: Os dados e materiais encontram-se disponíveis com
os pesquisadores, não tendo sido disponibilizados em redes públicas.
Contribuições dos autores: Todos os autores contribuíram nas diversas etapas de coleta e
análise dos dados, bem como no desenvolvimento e revisões do artigo.
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023043, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.16968 1
MOTIVACIONES, RECURSOS Y DEMANDAS: PERCEPCIONES DE
ESTUDIANTES BRASILEÑOS EN SUS EXPERIENCIAS INTERNACIONALES
MOTIVAÇÕES, RECURSOS E DEMANDAS: PERCEPÇÕES DE ESTUDANTES
BRASILEIROS EM SUAS EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS
MOTIVATIONS, RESOURCES AND DEMANDS: BRAZILIAN'S STUDENTS
PERCEPTIONS IN THEIR INTERNATIONAL EXPERIENCES
Fernando Eduardo KERSCHBAUMER 1
e-mail: fernando@laboralconsultoria.com.br
Marcello ROMANI-DIAS 2
e-mail: mromdias@hotmail.com
Aline dos Santos BARBOSA 3
e-mail: aline8barbosa@gmail.com
Cómo hacer referencia a este artículo:
KERSCHBAUMER, F. E.; ROMANI-DIAS, M.; BARBOSA, A.
S. Motivaciones, recursos y demandas: Percepciones de estudiantes
brasileños en sus experiencias internacionales. Revista Ibero-
Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00,
e023043, 2023. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.16968
| Presentado el: 13/07/2022
| Revisiones requeridas en: 15/02/2023
| Aprobado el: 10/04/2023
| Publicado el: 17/07/2023
Editor:
Prof. Dr. José Luís Bizelli
Editor Adjunto Ejecutivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Universidad Positivo (UP), Curitiba PR Brasil. Doctorado del Programa de Postgrado en Administración.
2
Universidad Positivo (UP), Curitiba PR Brasil. Profesor Titular en el Programa de Postgrado en
Administración y en el Programa de Postgrado en Gestión Ambiental. Doctorado en Administración de Empresas
(FGV).
3
Universidad Estácio de (UNESA), Rio de Janeiro RJ Brasil. Profesora Titular en el Programa de Postgrado
en Administración y Desarrollo de Empresas. Doctorado en Administración de Empresas (FGV).
Motivaciones, recursos y demandas: Percepciones de estudiantes brasileños en sus experiencias internacionales
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023043, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.16968 2
RESUMEN: Este artículo demandó investigar las opciones y los retos enfrentados por los
estudiantes internacionales brasileños, con el objetivo de demostrar las evaluaciones de los
estudiantes internacionales brasileños sobre la internacionalización de la carrera, la Institución
de Educación Superior (IES) y el supervisor, en el proceso de internacionalización de los
estudios. Este estudio cualitativo utiliza la triangulación de literatura, con 23 entrevistas en
profundidad, y más de 500 publicaciones y 18 videos de redes sociales. Los principales
resultados hallados se organizan en la categoría de valoraciones de los estudiantes, indicando
las motivaciones para el desarrollo de sus carreras, acceso a recursos para la
internacionalización, dificultades con los asesores, problemas de adaptación y con sus
requerimientos en el contexto de la universidad de destino, incluidas las finanzas. Los
estudiantes internacionales son sensibles y perceptivos, y entender sus voces permite
administrar las actividades de gestión de las IES, tanto en los países de destino como en las IES
de origen.
PALABRAS CLAVE: Evaluación del estudiante. Internacionalización de los estudiantes.
Carrera internacionalizada. Percepción de los estudiantes. Evaluación de la IES.
RESUMO: Este artigo procurou investigar as escolhas e os desafios encontrados pelos
estudantes internacionais brasileiros, objetivando demonstrar as avaliações do estudante
internacional brasileiro sobre a internacionalização da carreira, a Instituição de Ensino
Superior (IES) e o orientador, no processo de internacionalização dos estudos. Este estudo
qualitativo usa triangulação da literatura, com 23 entrevistas em profundidade, e mais de 500
postagens e 18 vídeos de mídias sociais. Os principais resultados encontrados são organizados
na categoria de avaliações dos estudantes, indicando as motivações para o desenvolvimento
de suas carreiras, o acesso a recursos para a internacionalização, dificuldades com
orientadores, problemas com a adaptação e com demandas no contexto da universidade de
destino, incluindo condições financeiras. Os estudantes internacionais são sensitivos e
perceptivos, e compreender suas vozes permite direcionar as atividades de gerenciamento das
IES, tanto nos países de destino, como nas IES de origem.
PALAVRAS-CHAVE: Avaliação dos estudantes. Internacionalização de estudantes. Carreira
internacionalizada. Percepção dos estudantes. Avaliação da IES.
ABSTRACT: This article investigates the choices and challenges faced by Brazilian
international students, aiming to demonstrate the Brazilian international student's assessments
of career internationalization, the HEI and the supervisor, in the process of internationalization
of studies. This qualitative study uses literature triangulation, with 23 in-depth interviews, and
more than 500 posts and 18 social media videos. The main results found are organized in the
category of student assessments, indicating the motivations for the development of their
careers, access to resources for internationalization, difficulties with advisors, problems with
adaptation and with demands in the context of the destination university, including financial
conditions. International students are sensitive and perceptive, and understanding their voices
allows directing HEI management activities, both in the destination countries and in the home
HEIs.
KEYWORDS: Student assessment. Internationalization of students. Internationalized career.
Students' perception. Evaluation of the HEI.
Fernando Eduardo KERSCHBAUMER; Marcello ROMANI-DIAS y Aline dos Santos BARBOSA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023043, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.16968 3
Introducción
Internacionalizar la enseñanza es mucho más que tener unos pocos estudiantes
extranjeros en un campus universitario. Butcher y Mcgrath (2004) argumentan que la
internacionalización requiere iniciativas políticas significativas y fundamentales,
proporcionando una experiencia de educación internacional, exigiendo recibir estudiantes
extranjeros y teniendo un programa de intercambio para estudiantes, expandiendo las
experiencias interculturales y permitiendo una mejor comprensión de las demandas de
transición de los estudiantes internacionales.
La internacionalización de la enseñanza es un debate creciente que necesita atención
para estudiantes y profesores para alcanzar los objetivos propuestos por las Instituciones de
Educación Superior (IES) y deseados por los estudiantes (ROMANI-DIAS, 2018). Comprender
el rendimiento académico es fundamental para dirigir las acciones institucionales y promover
una mayor integración de los estudiantes internacionales. Li, Chen y Duanmu (2010) citan que
el tema es objeto de investigación, lo que implica no solo comprender la calidad del curso, sino
principalmente las influencias académicas, psicosociales, cognitivas y demográficas.
La internacionalización del enseño y la graduación misma o los otros cursos ofrecidos
por una institución educativa son servicios, con características demostradas por los
investigadores de marketing de servicios, como la intangibilidad y una valoración compleja,
cuyo proceso de decisión involucra mecanismos de evaluación indirectos, como la imagen de
marca de la institución y el país de destino (CUBILLO; SÁNCHEZ; CERVIÑO, 2006). Los
servicios se ofrecen en paquetes, pues además del servicio principal, siempre hay servicios
auxiliares vinculados al mismo, que suelen incluso diversificar el servicio de los ofrecidos por
otras instituciones. La mayoría de los atributos de los servicios de educación superior no se
pueden notar previamente, lo que dificulta la evaluación, especialmente para los estudiantes
internacionales (CUBILLO; SANCHEZ; CERVIÑO, 2006). Esses autores defendem que esses
serviços auxiliares podem ser promovidos por terceiros, pelo município ou pelo país, e
costumam garantir a experiência e a permanência no país de destino.
La cultura de los países de origen y de destino, el dominio de la lengua, la capacidad de
adaptarse a la metodología aplicada, y los rasgos socioculturales, pueden generar las reticencias
culturales y las dificultades de participación en las clases por parte de los estudiantes
(BUTCHER; MCGRATH, 2004).
Existen estudios (ANDRADE, 2006) que indican que las necesidades de los estudiantes
internacionales no están siendo detalladas completamente por los responsables de la educación.
Motivaciones, recursos y demandas: Percepciones de estudiantes brasileños en sus experiencias internacionales
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En el caso de los profesores que trabajan con estudiantes internacionales, Nieto y Zoller
Booth (2010) señalan que esta comprensión de la cultura y el lenguaje es necesaria para poder
entender que en una clase con diversidad cultural, estos profesionales deben adaptar su estilo o
metodología a diferentes formas de comportamiento, perfiles o singularidades, ya que hay
estudiantes con diferentes ritmos y modos de aprendizaje, que demandan métodos en los que
puedan permanecer pasivos en el aula, y otros que no se adapten a este modelo (NIETO;
ZOLLER BOOTH, 2010).
La comunidad local generalmente no entiende la cultura de los estudiantes extranjeros,
generando frustración para ellos (SHERRY; THOMAS; CHUI, 2010). Las universidades
generalmente carecen de interés y dedicación a las culturas de los estudiantes que reciben, y los
estudiantes locales no son conscientes de los problemas culturales que pueden involucrar la
religión u otros hábitos (SHERRY; THOMAS; CHUI, 2010). Así, surgen varios problemas
relevantes, que involucran soledad u otros del orden de salud, y que comprometen incluso la
seguridad física y emocional de estos estudiantes (BUTCHER; MCGRATH, 2004), que puede
culminar en el abandono, terminando prematuramente la internacionalización del estudiante.
Dado este contexto, el objetivo de este artículo es analizar las evaluaciones que el estudiante
internacional brasileño hace sobre la internacionalización de la carrera, la Institución de
Educación Superior (IES) y el asesor, a partir de experiencias de internacionalización de sus
estudios. Estos resultados forman parte de investigaciones con estudiantes brasileños de
diferentes universidades, que internacionalizaron sus estudios durante sus estudios de doctorado
o posdoctorado, en diversos destinos.
Metodología
Este estudio cualitativo utiliza entrevistas en profundidad, con muestreo intencional y
guión semiestructurado, y análisis de contenido en publicaciones y videos en redes sociales,
buscando explicar sobre la Internacionalización de los Estudiantes, y la evaluación de la
internacionalización de la enseñanza, para comprender con el análisis de las respuestas de los
entrevistados, con el análisis de los otros materiales y con la percepción de los investigadores,
el fenómeno de la Internacionalización de los Estudiantes, triangulando literatura, análisis
documental y entrevistas, con conceptos metodológicos descritos por Leech y Onwuegbuzie
(2007).
Fernando Eduardo KERSCHBAUMER; Marcello ROMANI-DIAS y Aline dos Santos BARBOSA
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Dado que este estudio propone comprender un fenómeno social, describiendo y
clasificando los comportamientos de los individuos de manera no estadística, con inferencia
desde la perspectiva del investigador, seleccionando cuidadosamente a los participantes, aun
así, considerando los informes en las redes sociales, como datos complementarios, el enfoque
cualitativo es eficiente para describir el fenómeno. Esta investigación se centra en múltiples
estudios de caso a nivel individual, considerando a cada individuo como un caso (ROBLES,
2001), haciendo que la evidencia de los resultados encontrados sea más relevante (YIN, 2015).
El método de orientación corresponde al exploratorio-descriptivo, utilizando estudios
multicaso, para los cuales la lógica se refiere a la replicación de situaciones, y no al muestreo
(ROBLES, 2001). Yin (2015) presenta que la evidencia obtenida a través de los multicasos se
vuelve más determinante, dejando el estudio más robusto, más consistente. El proceso de
estructuración para el uso de estudios de caso sigue el método descrito por Eisenhardt (1989).
El fenómeno de la Internacionalización Estudiantil es social y complejo, requiriendo
estudios cualitativos que utilicen entrevistas en profundidad (CORBIN; STRAUSS, 2014), que
permiten comprender el significado de este fenómeno por parte de quienes participan en la
práctica. La experiencia de los entrevistados permite comprender varios aspectos prácticos del
fenómeno social (MILES; HUBERMAN, 1994). La construcción del modelo de investigación
tiene como objetivo identificar factores relevantes para la internacionalización de los
estudiantes y comprender la experiencia y los factores que impactaron sus decisiones, a nivel
individual de análisis.
Para cumplir con el objetivo propuesto, se realizó una investigación cualitativa con las
principales fuentes de evidencia (Figura 1): entrevistas en profundidad, documentos y
materiales audiovisuales, así como elementos de la literatura. Realizamos 23 entrevistas en
profundidad y analizamos más de 500 publicaciones y 18 videos publicados en las redes
sociales, cubriendo más de 20 destinos diferentes experimentados por estudiantes
internacionales brasileños.
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Figura 1 Esquema de triangulación de la investigación
Fuente: Elaboración propia
Incluimos estudiantes que dirigieron sus estudios en los Estados Unidos de América
(EE.UU.), Reino Unido y Canadá, principales destinos de internacionalización (OPEN
DOORS, 2020). La validez externa es proporcionada por los criterios o variables utilizados en
la selección de los entrevistados, ampliando la cantidad de perspectivas válidas (PATTON,
2014), ensamblando muestra derivada teóricamente. La primera etapa de recolección de datos
incluyó 23 entrevistas en profundidad, grabadas y transcritas en su totalidad para su análisis,
con un guión semiestructurado con preguntas abiertas (CORBIN; STRAUSS, 2014), realizado
en 2021, verificado por un comité de ética con un Formulario de Consentimiento Libre y
Esclarecido, con la participación de 11 hombres y 12 mujeres, con una duración media de 52
minutos.
La segunda etapa de recopilación involucró los documentos analizados, en forma de
publicaciones disponibles en las redes sociales. Recolectamos datos accesibles en 40 grupos
públicos y privados de Facebook sobre Doctorado y Postdoctorado en el extranjero, compuestos
por cerca de 800.000 estudiantes brasileños. Analizamos más de 500 publicaciones que tenían
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alrededor de 25,000 interacciones de los tipos de me gusta y comentarios (Figura 2).
Recopilamos videos disponibles en 2 canales de Youtube con cerca de 700 suscriptores,
identificados a partir de comentarios en grupos de Facebook, identificando 18 videos,
publicados entre 2019 y 2020, que fueron vistos más de 8,300 veces, y con 668 interacciones
de los tipos de me gusta y comentarios (Figura 3). Las redes sociales permitieron en nuestro
estudio el aumento en el número de países y experiencias de internacionalización, permitiendo
la exploración del lenguaje hablado y escrito, contribuyendo a la validez interna de nuestra
investigación (YIN, 2015).
Figura 2 Datos recopilados de las Redes Sociales
Fuente: Elaboración propia
Figura 3 Datos recopilados en videos de Redes Sociales
Fuente: Elaboración propia
Para estructurar el marco teórico, se realizaron encuestas sistemáticas, a través de la
construcción de una hoja de cálculo con los temas relevantes en el contexto de los artículos
investigados, y la construcción de mapas mentales con el término de investigación, desglosados
en ítems principales, y en descomposición con la inclusión de los temas específicos,
identificados en la hoja de cálculo referida. Por lo tanto, tenemos un camino de detalles que
pueden componer el marco teórico sobre la internacionalización de los estudiantes y sobre la
internacionalización de los estudiantes brasileños.
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Los datos fueron tratados a través del análisis de contenido temático. Partimos de una
codificación abierta, a través de la lectura línea por línea de las entrevistas, generando nuevos
códigos para el análisis (MILES; HUBERMAN, 1994). En la etapa final de codificación, del
tipo axial y selectivo (GLASER; STRAUSS, 2017), realizamos, en varias rondas, un
refinamiento de los códigos generados. Para fines de codificación confirmatoria, se recopilaron
y analizaron publicaciones y videos en redes sociales de acuerdo con códigos que ya habían
sido identificados a través de las entrevistas.
Se establecieron procedimientos de control para que la recopilación, codificación,
clasificación y análisis de datos pudieran realizarse de manera fiable (MILES; HUBERMAN,
1994), con análisis cualitativo de datos. La codificación de los datos fue abierta, identificando
términos y conceptos clave para el análisis, así como la consistencia de los conceptos, y
construyendo categorías más profundas y abstractas o analíticas (CORBIN; STRAUSS, 2014).
Estudiantes Internacionales
Los planes futuros de los estudiantes internacionales varían ampliamente. Ward y
Masgoret (2004) citan que poco más de la mitad planea permanecer en el país de destino
después de completar el curso, ya sea para tomar otro curso o para desarrollar una carrera. Otros
planeaban regresar a casa y continuar sus estudios, o seguir una carrera en su país de origen, y
algunos incluso pensaron en buscar trabajo en países distintos de su hogar o estudios (WARD;
MASGORET, 2004). Un hecho interesante, según los autores, es que la gran mayoría tiene más
probabilidades de continuar sus estudios, en lugar de aplicar el conocimiento a los trabajos.
La experiencia educativa de los estudiantes internacionales es uno de los principales
motivadores de estos estudiantes, y así, como algunos estudiantes se sienten completamente
incluidos, hay quienes se sienten parcialmente, y aquellos que no han experimentado el sentido
de inclusión. También esta experiencia dependerá tanto del país de origen como del país de
destino, de la institución, así como de las condiciones personales de los estudiantes (WARD;
MASGORET, 2004).
La elección del país de destino se describe como consecuencia de factores sociales, las
condiciones del entorno, expectativas e intenciones, y elementos que amplían la imagen del
destino, ya sea el país, la institución u otros entornos, demostrando las posibilidades y ventajas
del proceso de internacionalización (BÖRJESSON, 2017; CUBILLO; SÁNCHEZ; CERVIÑO,
2006).
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Börjesson (2017) demuestra una estructura tripolar básica, revelando el espacio global
de estudiantes, siendo Estados Unidos el país que recibe más estudiantes internacionales;
Australia, Japón y Corea del Sur, otros destinos importantes, y China el país que envía más
estudiantes a otros países. La elección del país de destino está influenciada por factores de
mercado, colonización y proximidad (BÖRJESSON, 2017). Comprender las razones para elegir
el país de destino le permite analizar los objetivos iniciales y las razones para modificar sus
objetivos a lo largo del tiempo. Hazen y Alberts (2006) citan que los estudiantes llegaron a los
Estados Unidos motivados por las mejores oportunidades educativas ofrecidas y por las mejoras
en las oportunidades de empleo en sus países de origen.
Los cambios en las intenciones muestran aspectos relevantes, como el uso de estudios
puente para su posterior estadía en el país. Hazen y Alberts (2006) informan que la mayoría de
los estudiantes no van a los Estados Unidos con la intención de permanecer en el país, pero la
gran mayoría ha cambiado de opinión en el camino. Este cambio ocurre en ambas direcciones,
generando tanto una permanencia más larga como generando el acortamiento de la estadía
inicialmente planificada, planteando preguntas sobre las razones que influyen en los cambios
de intención.
La imagen del país es la primera fuente de evaluación y decisión de compra de un
servicio (CUBILLO; SANCHEZ; CERVIÑO, 2006). Cubillo, Sánchez y Cerviño (2006) citan
que la misma imagen del país percibida por la calidad de los productos se puede evidenciar al
prestar servicios educativos, llevando a los estudiantes primero a elegir el país, para luego
decidirse por la institución educativa. Esto se evidencia incluso en la exposición de Börjesson
(2017) sobre el flujo proveniente de muchos países a algunos países ricos, principalmente de
habla inglesa. La ciudad también es un punto importante en el contexto de toma de decisiones
del servicio, porque es el entorno donde se produce y consume y, en ocasiones, las ciudades
destacan ante el país y la institución educativa, como referentes de cultura, lengua y enseñanza
(CUBILLO; SANCHEZ; CERVIÑO, 2006).
La imagen de la institución educativa puede ir mucho más allá de su calidad de
enseñanza, dependiendo de evaluaciones e información, marketing, experiencias e informes que
determinen características particulares que pueden ser analizadas por los estudiantes
(CUBILLO; SANCHEZ; CERVIÑO, 2006), y factores externos, como la vida social en la
universidad y su entorno, también contribuyen, en un conjunto con la estructura física, la
disponibilidad tecnológica y las instalaciones en general.
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El reclutamiento de estudiantes internacionales tiene diferentes motivadores, el
principal económico, pero con gran importancia para la educación y el entendimiento
intercultural, en medio de los efectos de la globalización, permitiendo comprender la diversidad
y los problemas globales (ANDRADE, 2006). Andrade (2006) menciona que los países
disfrutan de las habilidades de los estudiantes que eligen permanecer en el país, en áreas de su
interés, y la convivencia de los estudiantes nacionales con estos extranjeros resulta
positivamente en la transferencia de conocimientos.
Los servicios asociados a la permanencia (instalaciones institucionales, salud,
alojamiento, orientación vocacional, informática y servicios de apoyo al aprendizaje) impactan
la decisión y la permanencia hasta el final del programa, aunque a veces los estudiantes ni
siquiera saben si dichos servicios fueron ofrecidos por la institución (WARD; MASGORET,
2004).
Y, por supuesto, la evaluación del programa de enseñanza, y su adecuación, comprenden
un factor de extrema relevancia, correspondiente a un elemento que será comparado por los
estudiantes para la elección, analizando la calidad, el reconocimiento internacional, la
disponibilidad, los requisitos de ingreso, los costos y la posibilidad de apoyo financiero
(CUBILLO; SANCHEZ; CERVIÑO, 2006).
El número de estudiantes internacionales es sorprendente, pero las dificultades para
identificar estudios que se ocupan específicamente de la internacionalización de los estudiantes
brasileños son sorprendentes. Brasil se encuentra entre los diez que envían más estudiantes
terciarios al extranjero, con 81.882 brasileños (UNESCO, 2021), es una de las doce economías
más grandes del mundo, la sexta más poblada y la quinta más extensa (FMI, 2021). La
Organización para la Cooperación y el Desarrollo Económico (OCDE, 2021) menciona que
el mayor flujo de estudiantes internacionales (67%) proviene de países en desarrollo, entre ellos
Brasil. Por lo tanto, es esencial comprender mejor las elecciones hechas por los estudiantes
internacionales de este importante jugador global.
Las experiencias de los estudiantes internacionales brasileños demuestran ser relevantes
para la comprensión de sus elecciones (HAZEN; ALBERTS, 2006), exigiendo entender cuáles
son los motivadores, y las evaluaciones que estos estudiantes hacen sobre el proceso de
internacionalización. Brasil tiene más de 6 millones de estudiantes internacionales, habiendo
mostrado un crecimiento de más de siete veces en cinco décadas (OCDE, 2021; UNESCO,
2015), y se espera que supere la marca de 8 millones de estudiantes internacionales para el año
2025 (OCDE, 2021). Es necesario dar voz a los estudiantes internacionales brasileños, que no
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están siendo abordados en los diversos estudios sobre la internacionalización de la enseñanza,
ya que la representatividad de los estudiantes internacionales de Brasil es expresiva, y esta voz
puede ayudar a los nuevos estudiantes en su viaje internacional.
Evaluación de la internacionalización de la carrera y del país de destino
Inicialmente, tratamos con la percepción de los estudiantes brasileños sobre la
internacionalización de su carrera durante su período de estudios. Estas evaluaciones pueden
ser positivas o negativas, y siguiendo los preceptos de la Teoría del Comportamiento
Planificado (AJZEN, 1985), influyen en las decisiones de los estudiantes sobre
internacionalizar sus estudios o mantenerlos en casa. Como ejemplo, la entrevistada Jane aporta
una visión positiva sobre lo que la internacionalización podría aportar a su carrera: "Fui a hacer
las prácticas doctorales porque siempre quise estar donde estoy hoy. Lo hice porque quería ser
profesor de doctorado.".
Asimismo, el entrevistado Adam explica que "después del doctorado, no solo en
Francia, sino en otros países europeos, o incluso regresando a Brasil, vi que mis posibilidades
se expandían, comparando con el escenario de haber continuado en Brasil", y Loren afirma
que "a pesar del alto costo, vale la pena el sacrificio, se abre muchas puertas después, Voy a
volver a mi postdoctorado, y estoy muy contento de que haya funcionado". Diego también
informa sobre su experiencia en Boston:
Me parece sorprendente. Algunas cosas son muy contrastantes con Brasil. En
Brasil tenemos que hacer mucha improvisación, tenemos que esperar mucho
tiempo para tener reactivo o muestra. Aquí en Boston las cosas están muy
disponibles. Puedes planificar lo que vas a hacer, tu experimento, tus
objetivos. Solo tienes que pensar en tu idea y si quieres seguirla, lo harás muy
fácilmente (Diego, en video de redes sociales, nuestra traducción).
A pesar de los discursos positivos, hay compensaciones desafiantes involucradas en
este proceso, especialmente en situaciones de carreras ya consolidadas, como en el caso de Beth
(en una entrevista), que estaba destinada a Inglaterra: "Cuando estás empleado en tu país de
origen, con un salario, y ayudando a tu familia, con una carrera ascendente en tu país, vivir
de nuevo con una beca en el extranjero significa renunciar a una seguridad que ya tienes.".
Según Mesidor y Sly (2016), el ajuste al entorno académico es uno de los primeros
aprendizajes del estudiante internacional. Las evaluaciones positivas o negativas sobre la
internacionalización pueden provenir de la apreciación del estudiante de los cambios de vida
provocados por esta experiencia. La experiencia internacional puede marcar la diferencia en las
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vidas de los estudiantes y quienes los rodean, y su papel es transformador a medida que la
educación fomenta el cambio y la adaptación. Esta transformación puede interpretarse como
algo con predominio de recompensas o costos, como se destacó en el discurso de Leo (en un
video de redes sociales): "El contrapunto es que hay que trabajar duro, los estudiantes aquí
son muy buenos, así que tenemos que sudar nuestras camisas. No hay vida fácil para
mantenerse al mismo nivel que los estudiantes aquí.".
La evaluación del país de origen es decisiva en la elección de la internacionalización.
Hazen y Alberts (2006) citan la demanda de comprender las razones que llevaron al estudiante
a internacionalizar sus estudios en el país de destino elegido, permitiendo analizar los objetivos
inicialmente propuestos y las razones para que cambien con el tiempo. Melanie, en una
entrevista, menciona que: "una motivación es la ambición de estar cerca de las personas en las
mejores universidades, y otra, es el deterioro y la falta de incentivos para una carrera en
Brasil".
Sobre el país de destino, la evaluación que hace el estudiante es tan importante para la
elección como la apreciación de la internacionalización en sí. Peter, en una entrevista, cita que
"el país y el área de Boston, con sus instituciones, eran el todo perfecto". Las publicaciones
realizadas por estudiantes brasileños en las redes sociales indican que una parte sustancial de la
evaluación del país, positiva o negativa, se realiza en el lugar, es decir, después del inicio de
sus estudios en el extranjero, según lo informado por estudiantes con experiencias en España y
Portugal:
Estoy haciendo un doctorado en una universidad española. Es una
comprobación de la realidad. Los brasileños tenemos un país rico, amigable,
pero mal administrado, y carecemos de cosas básicas de infraestructura y
relaciones sociales. No estoy aquí para decir que Europa o Estados Unidos
son mejores que Brasil, pero tenemos mucho que aprender (Julia, en una
publicación en las redes sociales, nuestra traducción).
Viví en la ciudad de Oporto durante un año. Me molestó mucho el acoso que
sufrí cuando se dieron cuenta de que era brasileña. Las mujeres brasileñas
tienen fama de ser fáciles y "calientes". Vivía sola en Portugal (Marie, en un
post en las redes sociales, nuestra traducción).
La elección por internacionalizar la educación suele estar ligada a perspectivas
profesionales futuras, ya sea en el retorno al país de origen, o incluso, en otros casos, en la
propia permanencia en el país elegido para el desarrollo de los estudios (SMITH; KHAWAJA,
2011). Las aspiraciones personales también se describen en las decisiones, ya que Bill en una
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entrevista afirma que: "Estados Unidos y Canadá no me interesaban, porque tenía experiencias
previas en estos países y porque ya dominaba el inglés".
Para Joana, en un vídeo de redes sociales, "el acceso al conocimiento produce nuevos
conocimientos de excelencia, y eso genera impacto social", así como Tod, en un vídeo de redes
sociales, que considera "enriquecer la posibilidad de estar en otro país, conocer nuevas
situaciones, aprender el idioma, la cultura y desarrollar la producción científica también para
su país de origen.". En general, se espera que tanto el conocimiento específico del área de
estudio elegida, como la mejora del idioma, y las experiencias interculturales, permitan un
mejor desarrollo posterior de las actividades profesionales (CUBILLO; SANCHEZ;
CERVIÑO, 2006).
En publicaciones en las redes sociales, Ana afirma haber "quedado impresionada con
los recursos, el equipo y la estructura en Irlanda", mientras que Mike expone que "la
experiencia es muy válida, no solo para el doctorado, sino para toda la vida, porque hay
demanda de ajustes en varias áreas, incluidas las finanzas", convergiendo con los informes de
Adam, en una entrevista, Quien cita: "Quería expandirme, conocer, salir, viajar, profundizar
en esta cultura que no era la mía, como motivación personal".
Hazen y Alberts (2006) destacan que es común que la motivación de los estudiantes se
centre en las mejores oportunidades educativas en el país de destino. Los factores culturales, a
pesar de traer diferentes escenarios, arrojan luz sobre la importancia de los factores ambientales
en la adaptación del estudiante internacional. Para Yoon y Portman (2004), estos factores
pueden ejemplificarse en situaciones de prejuicio o discriminación, relaciones superficiales y
otros fenómenos que pueden causar situaciones estresantes. La comunidad local, para Sherry,
Thomas y Chui (2010), generalmente no entiende la cultura de los estudiantes extranjeros,
generando frustración e incomodidad para ellos. Tom informa, en una publicación en las redes
sociales, que: "un amigo brasileño fue a hacer un doctorado en Portugal y siempre lo llamaban
mono", evidenciando el prejuicio como uno de los principales desafíos que enfrentan los
estudiantes internacionales brasileños, que también pueden estar asociados con su etnicidad y
aspectos culturales en general.
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Evaluación de la IES objetivo y del asesor
Entrando en las evaluaciones más específicas realizadas por los estudiantes, tenemos las
de nivel organizativo, en este caso representado por la IES de destino, y de nivel individual,
que se refiere al asesor en el país de destino. Los relatos presentados por los brasileños ilustran
bien sus puntos de vista sobre las instituciones estadounidenses que los recibieron, como en los
informes de Sarah en un video de redes sociales: "Los maestros son muy abiertos, tienen mucha
disponibilidad, y eso me impresionó mucho, porque pensamos que los maestros aquí, porque
son reconocidos, estarán muy distantes. Pero en realidad están súper disponibles. Son muy
buenos." y Paul, también en video, informa: "Las universidades aquí son muy buenas. Incluso
los peores son mejores o están al mismo nivel que los de Brasil. Vale la pena venir, incluso si
es para lo peor. Hay una posibilidad de financiación que no tiene en Brasil y el asesor aquí es
genial, es conocido en el área.".
Los relatos de los estudiantes brasileños retratan experiencias contrastantes vividas en
sus estudios en Brasil en comparación con sus estudios en los Estados Unidos, y las
evaluaciones sustanciales de los estudiantes tienen lugar en el lugar de destino, lo que nos lleva
a percibir un bajo nivel de información sobre el país y las IES de destino, antes de la experiencia
internacional. En convergencia con este resultado, Cubillo, Sánchez y Cerviño (2006)
argumentan que la mayoría de los atributos de los servicios de educación superior no pueden
ser notados antes de la experiencia del estudiante, lo que dificulta la evaluación, especialmente
para los estudiantes internacionales. En cuanto al apoyo institucional e individual, podemos
considerar lo que dijo Robbie:
Encuentra un profesor que investigue en tu línea en una universidad bien
considerada. Envíe su currículum y su propuesta de investigación, encajando
bien con lo que hace. Puede tener fondos del proyecto para financiar su
intercambio, u obtener fondos de la universidad o del gobierno. Para
funcionó. Si tiene dinero y cree que puedes hacer una contribución
significativa a su proyecto de investigación, puede financiarte (Robbie, en una
publicación en las redes sociales, nuestra traducción).
Los relatos de Paul y Robbie enfatizan los aspectos financieros evaluados por los
estudiantes interesados en la internacionalización. Mesidor y Sly (2016) muestran que las
finanzas se encuentran entre las mayores barreras para la internacionalización de los
estudiantes, incluso si renuncian al dinero o a una mayor comodidad en favor de objetivos
internacionales. Romani-Dias y Carneiro (2019) destacan el agravamiento de esta condición
para los brasileños, debido a la fragilidad del tipo de cambio de la moneda, especialmente
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cuando el destino previsto son los países de Europa Occidental o los Estados Unidos, lugares
de cambio valorados.
Hay otras necesidades para apoyar el proceso de internacionalización. Wendy, en una
entrevista, expone que: "la maestra, como consejera, nunca me guió, pero tampoco me quejo,
porque nunca fue una piedra en mi zapato. Era muy neutral, podía hacer lo que quisiera, pero
tampoco tenía orientación, tenía que mirar hacia afuera". Claramente, Jones demuestra
importantes demandas de los estudiantes:
No fue solo por el tema, sino también por la trayectoria y el origen. Fue
importante para la Universidad, porque era muy inclusiva, y yo era de origen
latino. El tema de investigación fue fundamental, porque estaba investigando
algo en la frontera científica que estaba alineado con la agenda de
investigación del curso en el que realicé mi pasantía doctoral (Jones, en una
entrevista, nuestra traducción).
Esta comodidad ofrecida por la IES y el asesor motiva a los estudiantes. Jason, en una
entrevista, informó que "el asesor es útil, es una referencia en el área, pero siempre está
disponible para ayudarme". Pero no siempre los informes sobre el asesor son positivos o
neutrales, Hilary, en una entrevista, comentó que "la conversación con el posible asesor fue
extremadamente negativa, no me gustó nada lo que dijo. Incluso fue una razón para que
abandonara esta universidad". Por otro lado, la opinión sobre el cobro es clara en algunos
informes, como el de Henry, en una entrevista, quien afirma que "no tendría dificultades con el
idioma, para ir a los Estados Unidos, pero sabía que, si caía allí, en cualquier universidad, se
vería obligado a entrar en la línea de investigación del asesor y escribir dos artículos antes de
la tesis, y conozco mis limitaciones.".
Aunque son diferentes, los informes demuestran la latencia de las necesidades de los
estudiantes y la alineación con las instituciones educativas. Estas necesidades varían con la
cultura del país de origen y destino, con el dominio del idioma, la capacidad de adaptación a la
metodología, además de los aspectos socioculturales, y a menudo pueden obstaculizar el
desarrollo del estudiante (BUTCHER; MCGRATH, 2004).
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Conclusiones y recomendaciones
Este estudio tuvo como objetivo identificar las evaluaciones del estudiante internacional
brasileño sobre la internacionalización de la carrera, y sobre las IES y el asesor, en el proceso
de internacionalización de sus estudios, buscando identificar aspectos que puedan al mismo
tiempo dar voz a los estudiantes y promover información para el ajuste de las IES en su gestión
de los procesos de internacionalización.
Los principales resultados identificados indican que los estudiantes están motivados por
la aplicación de procesos de internacionalización para el desarrollo de sus carreras, pero muchos
de ellos identifican dificultades para la aplicación de esta carrera aquí en Brasil, estando a veces,
desde el principio, motivados a buscar formas de extender su permanencia con el desempeño
profesional en el país de destino, pero sin olvidar que su regreso a Brasil puede ser más
prometedor de lo que sería sin la internacionalización.
Además, a lo largo del proceso de internacionalización, los estudiantes identifican
instalaciones para acceder a recursos y conocimientos, incluso cuando los profesores guías no
son muy útiles, y esto permite ampliar el desarrollo de actividades que implican la adquisición
de conocimientos.
Tenemos, como hallazgo, que el ambiente de la Universidad y sus alrededores debe
organizarse de tal manera que proporcione el ajuste de los estudiantes, considerando que existe
una incomodidad natural por estar lejos de casa, vivir con diferentes culturas e idiomas, y
también con condiciones financieras que a menudo dificultan su estadía o el desarrollo de
estudios. El estudiante a veces carece de apoyo de la IES, así como del municipio y el país de
destino.
Un aspecto importante que considerar por las IES es que, debido a las expectativas y la
cantidad de novedades encontradas por los estudiantes internacionales, son más sensibles y más
perceptivas, mirando en detalle los puntos positivos, pero también siendo más críticas con los
puntos negativos encontrados. Comprender más profundamente los aspectos de la evaluación
de los estudiantes internacionales brasileños, permite, entonces, dirigir las actividades de
gestión de las IES, tanto en los países de destino, como en las IES de origen, de modo que el
intercambio de conocimientos promovido por la internacionalización pueda ampliarse, ya que
además de enviar estudiantes, la IES también debe recibirlos y acogerlos, para que se amplíen
las posibilidades y para que la educación internacional pueda cumplir mejor su misión social.
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CRediT Author Statement
Reconocimientos: No aplicable.
Financiación: No aplicable.
Conflictos de intereses: No hay conflictos de intereses.
Aprobación ética: Se consultó al comité de ética de la institución implicada y se siguieron
todos los procedimientos.
Disponibilidad de datos y material: Los datos y materiales están a disposición de los
investigadores y no se han difundido en las redes públicas.
Contribuciones de los autores: Todos los autores contribuyeron a las distintas fases de
recogida y análisis de datos, así como a la elaboración y revisión del artículo.
Procesamiento y edición: Editora Iberoamericana de Educación - EIAE.
Corrección, formateo, normalización y traducción.
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MOTIVATIONS, RESOURCES AND DEMANDS: BRAZILIAN'S STUDENTS
PERCEPTIONS IN THEIR INTERNATIONAL EXPERIENCES
MOTIVAÇÕES, RECURSOS E DEMANDAS: PERCEPÇÕES DE ESTUDANTES
BRASILEIROS EM SUAS EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS
MOTIVACIONES, RECURSOS Y DEMANDAS: PERCEPCIONES DE ESTUDIANTES
BRASILEÑOS EN SUS EXPERIENCIAS INTERNACIONALES
Fernando Eduardo KERSCHBAUMER 1
e-mail: fernando@laboralconsultoria.com.br
Marcello ROMANI-DIAS 2
e-mail: mromdias@hotmail.com
Aline dos Santos BARBOSA 3
e-mail: aline8barbosa@gmail.com
How to reference this article:
KERSCHBAUMER, F. E.; ROMANI-DIAS, M.; BARBOSA, A.
S. Motivations, resources and demands: Brazilian's students
perceptions in their international experiences. Revista Ibero-
Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00,
e023043, 2023. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.16968
| Submitted: 13/07/2022
| Revisions required: 15/02/2023
| Approved: 10/04/2023
| Published: 17/07/2023
Editor:
Prof. Dr. José Luís Bizelli
Deputy Executive Editor:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Positivo University (UP), Curitiba PR Brazil. Doctorate from the Graduate Program in Administration.
2
Positivo University (UP), Curitiba PR Brazil. Full Professor in the Graduate Program in Administration and
in the Graduate Program in Environmental Management. Doctorate in Business Administration (FGV).
3
Estácio de Sá University (UNESA), Rio de Janeiro RJ Brazil. Permanent Professor in the Graduate Program
in Business Administration and Development. Doctorate in Business Administration (FGV).
Motivations, resources and demands: Brazilian's students perceptions in their international experiences
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023043, 2023. e-ISSN: 1982-5587
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ABSTRACT: This article investigates the choices and challenges faced by Brazilian
international students, aiming to demonstrate the Brazilian international student's assessments
of career internationalization, the HEI and the supervisor, in the process of internationalization
of studies. This qualitative study uses literature triangulation, with 23 in-depth interviews, and
more than 500 posts and 18 social media videos. The main results found are organized in the
category of student assessments, indicating the motivations for the development of their careers,
access to resources for internationalization, difficulties with advisors, problems with adaptation
and with demands in the context of the destination university, including financial conditions.
International students are sensitive and perceptive, and understanding their voices allows
directing HEI management activities, both in the destination countries and in the home HEIs.
KEYWORDS: Student assessment. Internationalization of students. Internationalized career.
Students' perception. Evaluation of the HEI.
RESUMO: Este artigo procurou investigar as escolhas e os desafios encontrados pelos
estudantes internacionais brasileiros, objetivando demonstrar as avaliações do estudante
internacional brasileiro sobre a internacionalização da carreira, a Instituição de Ensino
Superior (IES) e o orientador, no processo de internacionalização dos estudos. Este estudo
qualitativo usa triangulação da literatura, com 23 entrevistas em profundidade, e mais de 500
postagens e 18 vídeos de mídias sociais. Os principais resultados encontrados são organizados
na categoria de avaliações dos estudantes, indicando as motivações para o desenvolvimento
de suas carreiras, o acesso a recursos para a internacionalização, dificuldades com
orientadores, problemas com a adaptação e com demandas no contexto da universidade de
destino, incluindo condições financeiras. Os estudantes internacionais são sensitivos e
perceptivos, e compreender suas vozes permite direcionar as atividades de gerenciamento das
IES, tanto nos países de destino, como nas IES de origem.
PALAVRAS-CHAVE: Avaliação dos estudantes. Internacionalização de Estudantes. Carreira
internacionalizada. Percepção dos estudantes. Avaliação da IES.
RESUMEN: Este artículo demandó investigar las opciones y los retos enfrentados por los
estudiantes internacionales brasileños, con el objetivo de demostrar las evaluaciones de los
estudiantes internacionales brasileños sobre la internacionalización de la carrera, la
Institución de Educación Superior (IES) y el supervisor, en el proceso de internacionalización
de los estudios. Este estudio cualitativo utiliza la triangulación de literatura, con 23 entrevistas
en profundidad, y más de 500 publicaciones y 18 videos de redes sociales. Los principales
resultados hallados se organizan en la categoría de valoraciones de los estudiantes, indicando
las motivaciones para el desarrollo de sus carreras, acceso a recursos para la
internacionalización, dificultades con los asesores, problemas de adaptación y con sus
requerimientos en el contexto de la universidad de destino, incluidas las finanzas. Los
estudiantes internacionales son sensibles y perceptivos, y entender sus voces permite
administrar las actividades de gestión de las IES, tanto en los países de destino como en las
IES de origen.
PALABRAS CLAVE: Evaluación del estudiante. Internacionalización de los estudiantes.
Carrera internacionalizada. Percepción de los estudiantes. Evaluación de la IES.
Fernando Eduardo KERSCHBAUMER; Marcello ROMANI-DIAS and Aline dos Santos BARBOSA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023043, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.16968 3
Introduction
Internationalizing teaching is much more than just having a few foreign students on a
university campus. Butcher and McGrath (2004) argue that internationalization demands
significant and fundamental political initiatives, providing an international education
experience, demanding to receive foreign students and having an exchange program for
students, expanding cross-cultural experiences and allowing a better understanding of the
transition demands of students. international students.
The internationalization of education is a growing debate that needs attention from
students and teachers to achieve the objectives proposed by Higher Education Institutions
(HEIs) and desired by students (ROMANI-DIAS, 2018). Understanding academic performance
is essential to guide institutional actions and promote greater integration of international
students. Li, Chen and Duanmu (2010) mention that this is the subject of research that involves
not only understanding the quality of the course, but mainly the academic, psychosocial,
cognitive and demographic influences.
The internationalization of education and the graduation itself or the other courses
offered by an educational institution are services, with characteristics demonstrated by service
marketing researchers, such as intangibility and a complex valuation, whose decision process
involves indirect evaluation mechanisms, such as the brand image of the institution and the
country of destination (CUBILLO; SÁNCHEZ; CERVIÑO, 2006). The services are offered in
packages, as in addition to the main service, there are always auxiliary services linked to it,
which usually differentiate the service from those offered by other institutions. Most attributes
of higher education services cannot be noticed in advance, making evaluation difficult,
especially for international students (CUBILLO; SÁNCHEZ; CERVIÑO, 2006). These authors
argue that these auxiliary services can be promoted by third parties, by the municipality or by
the country, and usually guarantee the experience and permanence in the destination country.
The culture of the country of origin and destination, language proficiency, ability to
adapt to the applied methodology, and sociocultural aspects can generate cultural reluctance
and difficulties in participating in classes on the part of students (BUTCHER; MCGRATH,
2004). There are studies (ANDRADE, 2006) suggesting that the needs of international students
are not being fully analyzed by educational officials.
In the case of professors who work with international students, Nieto and Zoller Booth
(2010) point out that this understanding of culture and language is necessary, in order to
understand that in a group with cultural diversity, these professionals must adapt their style or
Motivations, resources and demands: Brazilian's students perceptions in their international experiences
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methodology to different forms of behavior, profiles or singularities, since there are students
with different learning rhythms and styles, who demand methods in which they can remain
passive in the classroom, and others who will not adapt to this model (NIETO; ZOLLER
BOOTH, 2010).
The local community usually does not understand the culture of foreign students,
generating frustration for them (SHERRY; THOMAS; CHUI, 2010) and universities generally
do not show interest and dedication to the cultures of the students they are receiving; in addition,
local students are unaware of cultural issues that may involve religion or other habits
(SHERRY; THOMAS; CHUI, 2010). Then, several relevant problems arise, involving
loneliness or others, of the health order, and which even compromise the physical and emotional
safety of these students (BUTCHER; MCGRATH, 2004), which may culminate in dropout,
prematurely ending the internationalization of the student. Given this context, the objective of
this article is to analyze the assessments that Brazilian international students make about career
internationalization, the Higher Education Institution (HEI) and the advisor, based on
experiences of internationalization of their studies. These results are part of research with
Brazilian students from different Universities, who internationalized their studies during their
doctorate or postdoctoral studies, in different destinations.
Methodology
This qualitative study uses in-depth interviews, with an intentional sample and a semi-
structured script, and content analysis in posts and videos on social media, seeking to explain
about the Internationalization of Students, and the evaluation of the internationalization of
teaching, to understand, with the analysis of the interviewees' answers, with the analysis of
other materials and with the perception of researchers, the phenomenon of Internationalization
of Students, triangulating literature, document analysis and interviews, with methodological
concepts described by Leech and Onwuegbuzie (2007).
Since this study proposes to understand a social phenomenon, describing and classifying
individuals' behavior in a non-statistical way, with inference from the researcher's point of view,
carefully selecting participants and also considering reports on social media, as complementary
data, the qualitative approach proves to be efficient to describe the phenomenon. This research
is centered on multiple case studies at the individual level, considering each individual as a case
(ROBLES, 2001), making the evidence for the results found more relevant (YIN, 2015).
Fernando Eduardo KERSCHBAUMER; Marcello ROMANI-DIAS and Aline dos Santos BARBOSA
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The guiding method corresponds to the exploratory-descriptive, using multicase studies,
for which the logic concerns the replication of situations, and not the sampling (ROBLES,
2001). Yin (2015) presents that the evidence obtained through the multicases becomes more
determinant, leaving the study more robust, more consistent. The structuring process for the use
of case studies follows the method described by Eisenhardt (1989).
The phenomenon of Internationalization of Students is social and complex, demanding
qualitative studies that use in-depth interviews (CORBIN; STRAUSS, 2014), which allow
understanding the meaning of this phenomenon by those involved in the practice. The
interviewees' experience makes it possible to understand several practical aspects of the social
phenomenon (MILES; HUBERMAN, 1994). The construction of the research model aims to
identify relevant factors for the internationalization of students and understand the experience
and factors that impacted their decisions, at the individual level of analysis.
To meet the proposed objective, qualitative research was conducted with the main
sources of evidence (Figure 1): in-depth interviews, documents and audiovisual materials, in
addition to elements from the literature. We conducted 23 in-depth interviews and analyzed
more than 500 posts and 18 videos published on social media, covering more than 20 different
destinations experienced by Brazilian international students.
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Figure 1 Research triangle scheme
Source: Prepared by the authors
Students who directed their studies in the United States of America (USA), the United
Kingdom and Canada, the main destinations for internationalization, were included (OPEN
DOORS, 2020). External validity is provided by the criteria or variables used in the selection
of respondents, expanding the number of valid perspectives (PATTON, 2014), setting up a
theoretically derived sample. The first stage of data collection involved carrying out 23 in-depth
interviews, recorded and transcribed in full for analysis, with a semi-structured script based on
open questions (CORBIN; STRAUSS, 2014), carried out in 2021, verified by an ethics
committee with Free and Informed Consent Form, with the participation of 11 men and 12
women, with an average duration of 52 minutes.
The second collection stage involved the analyzed documents, in the form of posts
available on social media. We collected accessible data from 40 public and private Facebook
groups about Doctorates and Postdoctoral abroad, composed of approximately 800,000
Brazilian students. More than 500 posts were analyzed, which had around 25,000 interactions
of the like and comment types (Figure 2). We also collected videos available on 2 YouTube
channels with about 700 subscribers, identified from comments in Facebook groups, identifying
18 videos, published between 2019 and 2020, which were viewed more than 8,300 times, and
Fernando Eduardo KERSCHBAUMER; Marcello ROMANI-DIAS and Aline dos Santos BARBOSA
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with 668 interactions from the like and comment types (Figure 3). Social media allowed, in our
study, an increase in the number of countries and internationalization experiences, enabling the
exploration of both spoken and written language, contributing to the internal validity of our
investigation (YIN, 2015).
Figure 2 Data collected from Social Media
Source: Prepared by the authors
Figure 3 Data collected from Social Media videos
Source: Prepared by the authors
To structure the theoretical framework, systematic surveys were carried out, through the
construction of a spreadsheet with the relevant topics in the context of researched articles, and
the construction of mental maps with the search term, broken down into main items, and
decomposed with the inclusion of the specific topics, identified in the said worksheet. Thus, we
have a path of details that can compose the theoretical framework on the Internationalization of
Students and on the Internationalization of Brazilian Students.
Data were treated through thematic content analysis. We started from an open
codification, through the reading of the interviews, generating new codes for the analysis
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(MILES; HUBERMAN, 1994). In the final coding stage, of the axial and selective type
(GLASER; STRAUSS, 2017), we performed, in several rounds, a refinement of the generated
codes. For confirmatory coding purposes, social media posts and videos were collected and
analyzed according to the codes that had already been identified through the interviews.
Control procedures were established so that data collection, coding, classification and
analysis could occur in a reliable way (MILES; HUBERMAN, 1994), with qualitative data
analysis. Thus, data encoding was open, identifying key terms and concepts for analysis, as
well as the consistency of concepts, and building deeper and more abstract or analytical
categories (CORBIN; STRAUSS, 2014).
International Students
International students' future plans vary greatly. Ward and Masgoret (2004) mention
that just over half plan to remain in the destination country after completing the course, either
to take another course or to develop a career. Others planned to return home and continue their
studies, or apply for a career in their home country, and some even thought about looking for
jobs in countries other than their origin or studies (WARD; MASGORET, 2004). An interesting
fact, according to the authors, is that the vast majority are more likely to continue their studies,
rather than applying their knowledge to jobs.
The educational experience of international students is one of the main motivators for
these students, and just as some students feel completely included, there are also those who feel
partially integrated, and those who have not experienced a sense of inclusion. This experience
will also depend on both the country of origin and the country of destination, the institution, as
well as the personal conditions of the students (WARD; MASGORET, 2004).
Choosing the destination country is described as a consequence of social factors,
environmental conditions, expectations and intentions, and elements that expand the image of
the destination, be it the country, the institution, or other environments, demonstrating the
possibilities and advantages of the internationalization process (BÖRJESSON, 2017;
CUBILLO; SÁNCHEZ; CERVIÑO, 2006).
Börjesson (2017) demonstrates a basic tripolar structure, revealing the global space of
students, with the US being the country that receives the most international students; Australia,
Japan and South Korea, other important destinations, and China the country that sends the most
students to other countries. The choice of the destination country is influenced by market,
colonization and proximity factors (BÖRJESSON, 2017). Understanding the reasons for
Fernando Eduardo KERSCHBAUMER; Marcello ROMANI-DIAS and Aline dos Santos BARBOSA
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choosing the destination country allows you to analyze the initial objectives, and the reasons
for modifying your objectives over time. Hazen and Alberts (2006) mention that students went
to the USA motivated by the better educational opportunities offered, and by the improvements
in job opportunities in their countries of origin.
Changes in intentions show relevant aspects, such as the use of bridge studies for later
stay in the country. Hazen and Alberts (2006) report that most students do not go to the US with
the intention of staying in the country, but the vast majority changed their minds along the way.
This change occurs in both directions, both generating a longer stay and shortening the initially
planned stay, raising questions about the reasons that influence changes in intention.
The country's image is the first source for evaluating and deciding to purchase a service
(CUBILLO; SÁNCHEZ; CERVIÑO, 2006). Cubillo, Sánchez and Cerviño (2006) mention that
the same image of the country perceived for the quality of products can be evidenced when
providing educational services, leading students first to choose the country, to later decide on
the educational institution. This is also evidenced by what was exposed by Börjesson (2017)
about the flow coming from many countries to some rich countries, mainly English-speaking
countries. The city is also an important point in the decision-making context of the service, as
it is the environment where it is produced and consumed and, sometimes, cities stand out from
the country and the educational institution as references of culture, language and teaching
(CUBILLO; SÁNCHEZ; CERVIÑO, 2006).
The institution's image can go far beyond its teaching quality, depending on evaluations
and information, marketing, experiences and reports that determine particular characteristics
that can be analyzed by students (CUBILLO; SÁNCHEZ; CERVIÑO, 2006). External factors,
such as social life at the university and its surroundings, also contribute to this perception,
together with the physical structure, technological availability and facilities in general.
The recruitment of international students has different motivators, the main one being
economic, but with great importance for education and intercultural understanding, amid the
effects of globalization, allowing to understand diversity and global issues (ANDRADE, 2006).
Andrade (2006) mentions that countries benefit from the skills of students who choose to stay
in the country, in areas of their interest, and the coexistence of domestic students with these
foreigners results positively in transferring knowledge.
Services associated with permanence (institutional facilities, health, accommodation,
vocational guidance, IT and learning support services) have an impact on the decision and on
permanence until the end of the program, although, sometimes, students do not even know how
Motivations, resources and demands: Brazilian's students perceptions in their international experiences
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to say whether or not such services were offered by the institution (WARD; MASGORET,
2004).
And, of course, the evaluation of the teaching program, and its adequacy, comprises an
extremely relevant factor, corresponding to an element that will be compared by students for
the choice, analyzing the quality, international recognition, availability, entry requirements, the
costs and the possibility of financial support (CUBILLO; SÁNCHEZ; CERVIÑO, 2006).
The numbers of international students are surprising, but the difficulties in identifying
studies that deal specifically with the Internationalization of Brazilian Students are noteworthy.
Brazil is among the ten that most send tertiary students abroad, with 81,882 Brazilians
(UNESCO, 2021), it is one of the twelve largest economies in the world, the sixth most
populous, and fifth most extensive (IMF, 2021). The Organization for Economic Co-operation
and Development (OECD, 2021) mentions that the largest flow of international students (67%)
comes from developing countries, including Brazil. It is, therefore, essential to better
understand the choices made by international students from this important global player.
The experiences of Brazilian international students prove to be relevant for
understanding their choices (HAZEN; ALBERTS, 2006), demanding to understand what are
the motivators, and the evaluations that these students make about the internationalization
process. Brazil has more than 6 million international students, having grown more than seven
times in five decades (OECD, 2021; UNESCO, 2015), and is expected to surpass the mark of
8 million international students by the year 2025 (OECD, 2021). It is necessary to give voice
to Brazilian international students, who are not being addressed in the various studies on the
internationalization of education, since the representativeness of international students from
Brazil is expressive, and this voice can help new students in their international journey.
Assessment of career internationalization and the country of destination
Initially, we dealt with the perception of Brazilian students about the internationalization
of their career during their study period. These evaluations can be positive or negative, and
following the precepts of the Theory of Planned Behavior (AJZEN, 1985), they influence
students' decisions about internationalizing their studies or keeping them domestic. As an
example, the interviewee Jane brings a positive view on what internationalization could bring
to her career: “I went to do the Doctoral Internship because I always wanted to be where I am
today. I did it because I wanted to be a PhD professor.”.
Fernando Eduardo KERSCHBAUMER; Marcello ROMANI-DIAS and Aline dos Santos BARBOSA
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In the same way, the interviewee Adam explains that after the doctorate, not only in
France, but in other countries in Europe, or even returning to Brazil, I saw my possibilities
expanding, compared to the scenario of having continued in Brazil, and Loren states that
despite the high cost, it is worth the sacrifice, it opens many doors later, I am returning to my
postdoctoral studies, and I am very happy that it worked out”. Diego also reports on his
experience in Boston:
I'm finding it surprising. Some things are very contrasting with Brazil. In
Brazil we have to do a lot of improvisation, we have to wait a long time to
have a reagent or sample. Here in Boston things are very affordable. You can
plan what you are going to do, your experiment, your goals. You just have to
think of your idea and if you want to follow it, you will do it very easily (Diego,
in social media video, our translation).
Despite the positive statements, there are challenging tradeoffs involved in this process,
especially in situations where careers are already consolidated, as in the case of Beth (in an
interview), who was destined for England: When you are employed in your home country, with
a salary, and helping your family, with an ascending career in your country, living again with
a scholarship abroad means giving up a security that you already have.”.
According to Mesidor and Sly (2016), adjusting to the academic environment is one of
the first lessons learned by international students. Positive or negative evaluations about
internationalization may result from the student's appreciation of the life changes brought about
by this experience. The international experience can make a difference in the lives of students
and those around them, and its role is transformative, as education promotes change and
adaptation. This transformation can be interpreted as something with a predominance of
rewards or costs, as highlighted in Leo's speech (in a social media video): “The counterpoint is
that you have to work a lot, the students here are very good, so we have to sweat the shirt. It's
not an easy life to stay on the same level as the students here.”.
The evaluation of the country of origin is decisive in the choice for internationalization.
Hazen and Alberts (2006) cite the demand to understand the reasons that led the student to
internationalize their studies in the chosen destination country, allowing the analysis of the
initially proposed objectives, and the reasons for them to change over time. Melanie, in an
interview, mentions that: one motivation is the ambition to be close to people at top
universities, and another is the deterioration and lack of incentive for a career in Brazil”.
About the country of destination, the evaluation that the student makes is as important
for the choice as the appreciation for the internationalization itself. Peter, in an interview,
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mentions that the country and the region of Boston, with its institutions, were the perfect
combination”. Posts made by Brazilian students on social media indicate that a substantial part
of the evaluation of the country, positive or negative, is done on the spot, that is, after starting
their studies abroad, as reported by students with experiences in Spain and Portugal:
I'm doing a PhD at a Spanish university. It's a reality check. We Brazilians
have a rich, friendly country, however, poorly managed, and we lack basic
infrastructure and social relations. I'm not here to say that Europe or the
United States are better than Brazil, but we have a lot to learn (Julia, in a post
on social media, our translation).
I lived in the city of Porto for a year. I was very uncomfortable with the
harassment I suffered when they realized that I was Brazilian. Brazilian
women are famous for being easy going and "hot". I lived alone in Portugal
(Marie, in social media post, our translation).
The choice to internationalize education is usually linked to future professional
prospects, whether returning to the country of origin or, in other cases, staying in the country
chosen for the development of studies (SMITH; KHAWAJA, 2011). Personal aspirations are
also described in the decisions, such as Bill, in an interview, who states that: “The United States
and Canada were not of interest to me, as I had already had previous experiences in these
countries and because I already mastered English ”.
For Joana, in a social media video, access to knowledge produces new knowledge of
excellence, which generates social impact”, as well as Tod, in a social media video, who
considers the possibility of being in another country to be great, getting to know new
situations, learning the language, the culture and developing scientific production also for their
country of origin”. Generally, it is expected that both the specific knowledge of the chosen area
of study, as well as the improvement of the language, and intercultural experiences, allow a
better subsequent development of professional activities (CUBILLO; SÁNCHEZ; CERVIÑO,
2006).
In posts on social media, Ana claims to have been impressed with the resources,
equipment and structure in Ireland”, while Mike explains that the experience is very valid, not
only for the doctorate, but for life, as there is a demand for adjustments in several areas,
including finance”, converging with Adam's reports, in an interview, which quotes: I wanted
to expand, get to know, go out, travel, deepen in this culture that was not mine, as a personal
motivation”.
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Hazen and Alberts (2006) point out that it is common for students' motivation to be
centered on the best educational opportunities in the country of destination. Cultural factors,
despite bringing different scenarios, shed light on the importance of environmental factors in
the adaptation of international students. For Yoon and Portman (2004), these factors can be
exemplified in situations of prejudice or discrimination, superficial relationships, and other
phenomena that can cause stressful situations. The local community, for Sherry, Thomas and
Chui (2010), usually does not understand the culture of foreign students, generating frustration
and discomfort for them. Tom reports, in a post on social media, that: “a Brazilian friend went
to do his PhD in Portugal and they always called him a monkey”, highlighting prejudice as one
of the main challenges faced by Brazilian international students, which may also be associated
with their ethnicity and cultural aspects in general.
Evaluation of the target HEI and the advisor
Entering the more specific assessments made by students, we have those at the
organizational level, in this case represented by the destination HEI, and at the individual level,
which refers to the advisor in the destination country. The reports brought by Brazilians
illustrate well their views on the US institutions that received them, as in Sarah's reports in a
social media video: “The professors are very open, they are very available, and that impressed
me a lot, because we think that the professors from here, because they are renowned, they will
be very far away. But actually, they are super available. They are very good.and Paul, also
on video, reports: The Universities here are very good. Even the worst ones are better or at
the same level as those in Brazil. It pays to come, even if it's for the worse. There's a chance of
funding that you don't have in Brazil and the advisor here is great, he's known in the area.”.
The reports of Brazilian students portray contrasting experiences lived in their studies
in Brazil compared to their studies in the United States, and substantial evaluations of students
occur in the destination itself, which leads us to perceive a low level of information about the
country and HEI of destination, prior to the international experience. In line with this result,
Cubillo, Sánchez and Cerviño (2006) argue that most attributes of higher education services
cannot be noticed prior to the student's experience, making evaluation difficult, especially for
international students. About institutional and individual support, we can consider what Robbie
exposed:
Find a professor who does research in your line at a reputable university.
Send your resume and your research proposal, fitting well with what he does.
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He may have project funding to pay for his exchange, or get funding from the
university or government. For me it worked. If he has money and thinks you
can make a significant contribution to his research project, he might fund you
(Robbie, in social media post, our translation).
Paul and Robbie's reports emphasize the financial aspects evaluated by students
interested in internationalization. Mesidor and Sly (2016) show that finances are among the
biggest barriers for students to internationalize, even if they renounce money or greater comfort
in favor of international goals. Romani-Dias and Carneiro (2019) highlight the worsening of
this condition for Brazilians, due to the exchange rate fragility of the currency, especially when
the intended destination is Western Europe or the United States, places with a valued exchange
rate.
There are other needs to support the internationalization process. Wendy, in an
interview, explains that: the teacher, as a guidance counselor, never guided me, but I don't
complain either, because she was never a thorn in my side. It was very neutral, I could do
whatever I wanted, but I also had no guidance, I had to look outside”. In a different way, Jones
demonstrates important demands from students:
It was not only for the theme, but for the trajectory and origin as well. It was
important for the University, as it was very inclusive, and I was of Latin origin.
The research theme was fundamental, as I was researching something on the
scientific frontier that was aligned with the research agenda of the course in
which I carried out my doctoral internship (Jones, in an interview, our
translation).
This comfort offered by the HEI and the advisor motivates the students. Jason, in an
interview, reported that the advisor is helpful, he is a reference in the area, but he is always
available to assist me”. But not always the reports about the advisor are positive or neutral,
Hilary, in an interview, commented that the conversation with the possible advisor was
extremely negative, I didn't like anything he said. It was even the reason for me to drop out of
this university”. On the other hand, the view on charging is clear in some reports, such as that
of Henry, in an interview, who states that “I would not have difficulties with the language, to
go to the USA, but I knew that if I landed there, at any university, I would be obliged to enter
the advisor's line of research and write two articles before the thesis, and I know my
limitations.”.
Even different, the reports demonstrate the latency of students' needs, and alignment
with educational institutions. These needs vary with the culture of the country of origin and
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destination, with language proficiency, the ability to adapt to the methodology, in addition to
sociocultural aspects, and can often harm the student's development (BUTCHER; MCGRATH,
2004).
Conclusions and Recommendations
The objective of this study was to identify the evaluations of Brazilian international
students about career internationalization, and about the HEI and the advisor, in the process of
internationalization of their studies, seeking to identify aspects that can, at the same time, give
voice to students and promote information for the adjustment of HEIs in their management of
internationalization processes.
The main results identified indicate that students are motivated to apply to
internationalization processes for the development of their careers, but many of them identify
difficulties for the application of this career here in Brazil, being sometimes, from the
beginning, motivated to seek ways to extend their permanence with professional activities in
the country of destination, but not disregarding that their return to Brazil may be more
promising than it would be without internationalization.
Also, throughout the internationalization process, students identify facilities for
accessing resources and knowledge, even when the guiding professors are not very helpful, and
this allows expanding the development of activities that involve the acquisition of knowledge.
We have, as an observation, that the environment of the University and its surroundings
must be organized in order to provide the adjustment of the students, considering that there is a
natural discomfort for being away from home, living with a different culture and languages,
and even with financial conditions that, many times, harm their stay or the development of their
studies. The student sometimes lacks support from the HEI, as well as from the municipality
and country of destination.
An important aspect to be considered by HEIs is that, due to expectations and the amount
of novelties found by international students, they are more sensitive and more perceptive,
looking in detail at the positive points, but also being more critical with the points negatives
found. Understanding the aspects of the evaluation of Brazilian international students in more
depth, then, allows directing the management activities of HEIs, both in the destination
countries and in the HEIs of origin, so that the exchange of knowledge promoted by
internationalization can be expanded, since in addition to sending students, the HEI must also
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receive and welcome them, so that the possibilities are expanded and so that international
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CRediT Author Statement
Acknowledgments: Not applicable.
Financing: Not applicable.
Conflicts of interest: There are no conflicts of interest.
Ethical approval: The ethics committee of the institution involved was consulted, and all
procedures were followed.
Availability of data and material: The data and materials are available with the
researchers and have not been made available on public networks.
Author Contributions: All authors contributed to various stages of data collection and
analysis, as well as to the development and drafting of the article.
Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.
Proofreading, formatting, normalization and translation.