image/svg+xmlAutoestima educando de e para a paz: Uma revisão sistemática RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1321-1338, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1321 AUTOESTIMA EDUCANDO DE E PARA A PAZ: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA AUTOESTIMA EDUCANDO DESDE Y PARA LA PAZ: UNA REVISIÓN SISTEMÁTICA SELF-ESTEEM EDUCATING FROM AND FOR PEACE: A SYSTEMATIC REVIEWYasna RUBILAR1RESUMO: A autoestima é uma construção fundamental no desenvolvimento do ser humano, ao longo da vida, sua transcendência tem influência direta na qualidade de vida, produtividade e saúde mental das pessoas. O objetivo desta pesquisa é divulgar programas de intervenção utilizados para fortalecer a autoestima dos alunos, com resultados verificáveis que podem ser replicados em diversas instituições de ensino. Para isso, é realizada uma revisão sistemática em SciELO, Redalyc, Dialnet. Os resultados mostram que todos os programas de intervenção implementados segundo critérios de inclusão apresentaram aumento da autoestima dos alunos. Nesse cenário, todos os esforços devem tender a esse autoconhecimento, que fomenta uma cultura de paz e não-violência, tão necessária nos dias de hoje. PALAVRAS-CHAVE: Autoestima. Habilidades socioemocionais. Programas de intervenção escolar. Educação para a paz. RESUMEN: La autoestima es un constructo clave en el desarrollo del ser humano, a lo largo de toda la vida, su trascendencia tiene directa influencia sobre la calidad de vida, productividad y salud mental de las personas. El objetivo de esta investigación es dar a conocer programas de intervención que se utilizaron para fortalecer la autoestima de los estudiantes, con resultados verificables y que puedan ser replicados en diversas Instituciones educativas. Para tal efecto, se realiza una revisión sistemática en SciELO, Redalyc, Dialnet. Los resultados evidencian que todos los programas de intervención implementados según criterios de inclusión presentaron un aumento en la autoestima de los estudiantes. En este escenario todos los esfuerzos deben propender a este autoconocimiento, que propicia una cultura de paz y no violencia, tan necesaria en estos días. PALABRAS CLAVE: Autoestima. Habilidades socioemocionales. Programas de intervención escolar. Educación para la paz. 1Universidade La República (ULARE), Temuco – Chile. Coordenadora de Pós-Graduação. Chefe de Carreira em Educação Diferenciada. Doutorado em Educação (UJA). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-6201-6679. E-mail: yasna.rubilar@ulare.cl
image/svg+xmlYasna RUBILAR RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1321-1338, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1322 ABSTRACT: Self-esteem is a fundamental construct in the development of human beings throughout life, its transcendence has a direct influence on people's quality of life, productivity, and mental health. The objective of this research is to disseminate intervention programs used to strengthen students' self-esteem, with verifiable results that can be replicated in various educational institutions. To do this, a systematic review is conducted in SciELO, Redalyc, Dialnet. The results show that all intervention programs implemented according to inclusion criteria showed an increase in students' self-esteem. In this scenario, all efforts should tend towards this self-knowledge, which fosters a culture of peace and non-violence, so necessary nowadays. KEYWORDS: Self-esteem. Socioemotional skills. School intervention programs. Education for peace. Introdução A nível internacional, no âmbito da Assembleia Geral das Nações Unidas, e dos 193 países que a compõem, incluindo os 33 países da América Latina e do Caribe, aprovaram na Resolução A/RES/70/1, a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que inclui 17 objetivos para o período 2015-2030 (ONU, 2015). Esta agenda inclui questões transcendentais para a América Latina e o Caribe, como a erradicação da pobreza extrema, a desigualdade em todas as suas expressões, saúde e bem-estar, garantindo uma educação inclusiva, equitativa e de qualidade, promovendo oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos, neste contexto destaca-se a importância do desenvolvimento integral do aluno e a importância das habilidades socioemocionais na educação para o século XXI. É inegável a aproximação dos diversos atores mundiais ao desenvolvimento integral do ser humano ao longo da vida, essa visão nos desafia como região na área da educação. No Chile, a Lei Geral de Educação, de acordo com os objetivos gerais estabelecidos, menciona que "a educação deve ser orientada não apenas para o campo do conhecimento e da cultura, mas também para os alunos que alcançam pleno desenvolvimento pessoal e social" (CHILE, 2005). Nesse pleno desenvolvimento pessoal e social, a autoestima desempenha um papel transcendental, definido como a avaliação subjetiva e geral que o sujeito faz sobre si mesmo (KIVIRUUSU et al., 2015). Sob uma perspectiva evolutiva, a autoestima começa desde os primeiros anos de vida, na relação com os primeiros cuidadores e seu vínculo de apego, a partir da interação, no tratamento que recebem, nos olhares, gestos e atenção, entre outros, que comunicam à criança o lugar que ocupa para essas pessoas significativas. A autoestima é adquirida e desenvolvida no processo evolutivo, não é inata, é fortalecida através de experiências em diversos contextos (DÍAZ; FONTES; SENRA, 2018). A família é fundamental
image/svg+xmlAutoestima educando de e para a paz: Uma revisão sistemática RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1321-1338, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1323 em sua construção no processo inicial, e posteriormente a escola desempenha um papel elementar na arquitetura de uma autoestima saudável, em ambos os contextos as crianças aprendem a se relacionar e representar a si mesmas e sua ligação com o mundo, nessa relação com a criança é desejável a abordagem a partir do reconhecimento explícito de suas características pessoais, onde ele se sente aceito, competente e valorizado por quem ele é, sem comparações, de sua realidade pessoal e única, que, sem dúvida, o diferencia dos outros, e lhe dá a singularidade que toda criança possui, quando possível esse contexto fortalece uma autoestima saudável, isso lhe permite responder de forma ativa e positiva aos desafios e oportunidades que são oferecidos no contexto familiar e escolar, e nas diferentes áreas de seu desenvolvimento atual e futuro (SELIGMAN et al., 1995). No outro extremo, quando as crianças não se sentem valorizadas e são criticadas ou ridicularizadas, elas elaboram menos metas e a força de vontade para executá-las é quase nula (LÓPEZ; MILICIC, 2009). Nesse cenário, a comunidade escolar, professores e colegas de classe, assumem relevância significativa, em relação às horas que os alunos passam nas escolas, constituindo-o no primeiro espaço público de aprendizagem no acadêmico, social e emocional, onde a autoestima será fundamental para alcançar uma convivência harmoniosa e pacífica, onde cada um é reconhecido com um valor próprio e a partir desse ponto pode estabelecer relações interpessoais baseadas no respeito e aceitação do outro, com as particularidades únicas de cada ser humano. Se a autoestima é uma construção relevante no desenvolvimento de crianças e adolescentes [DCA], e seu escopo implica de acordo com Milicic (1991) a área intelectual, desenvolvendo confiança em suas habilidades de aprender e pensar, na área Física, aceitando e sendo satisfeita com sua aparência, na área emocional, validando seus próprios sentimentos, e, finalmente, na área social, por se sentir valorizado pelos outros e na construção de relações interpessoais. Milicic (2001) conclui que a autoestima é um dos comportamentos psicológicos com alto grau de incidência na qualidade de vida das crianças e adolescentes, em seu momento atual e em seu desenvolvimento futuro, afetando seu desempenho acadêmico e saúde mental. Por sua vez, Hernández e Acosta (2004) acrescenta que o aumento da autoestima das crianças e adolencentes melhora seus níveis de aprendizagem, o que tem impacto em maiores conquistas em suas vidas pessoais e profissionais. Expôs os fundamentos teóricos e filosóficos, na compreensão de que uma autoestima saudável permite que as crianças e adolescentes aprendam a amar a si mesmas, aceitarem-se e a serem felizes com aqueles que são independentes de suas características físicas, psicológicas, culturais ou geográficas, nessa perspectiva de aceitação pessoal, é a única, que permite fazer os
image/svg+xmlYasna RUBILAR RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1321-1338, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1324 outros felizes, já que é impossível dar o que você não tem, Eu posso dar aceitação, se eu me aceitar, eu posso dar compaixão, se eu tenho sido compassivo comigo e eu perdoei meus erros, sem dúvida, esta é uma das maneiras de erradicar de nossas comunidades educacionais, violência, ódio e bullying em todas as suas expressões e tendem a uma cultura de paz. Em todo o mundo, inúmeros programas de intervenção têm sido desenvolvidos, seguindo modelos de diversos autores e instituições, a fim de formar crianças e adolescentes integrais, que conseguem entrelaçar habilidades cognitivas, sociais e emocionais, com o objetivo de favorecer o bem-estar e o desenvolvimento emocional das crianças e adolescentes, nesta área, Morente (2017) indica que há uma correlação entre autoestima, as competências emocionais, o clima de sala de aula, o nível de bem-estar e o desempenho acadêmico dos alunos, por sua vez, Pérez et al. (2017) aponta que a autoestima tem afinidade teórica com competências emocionais, que beneficiam as áreas de autoavaliação e moldam o bem-estar das crianças e adolescentes. Nessa perspectiva, o objetivo desta pesquisa é pertinente e necessário, identificar programas de intervenção eficazes no desenvolvimento da autoestima, e replicar ou adaptar-se aos diferentes contextos sociais e culturais da região. Esses programas permitirão que as comunidades educacionais se desenvolvam em alunos a partir de uma abordagem prática/experiencial novas habilidades socioemocionais, "da" (auto) autoestima "a" (outras) a promoção de uma cultura de paz, onde o diálogo permeia nossas diferenças. Método A pesquisa responde a uma abordagem qualitativa, a partir de uma revisão sistemática, o processo de revisão dos artigos foi realizado no final de 2020 e 2021, os mecanismos de busca utilizados foram SciELO, REDALYC, DIALNET, com as palavras-chave "autoestima" "programas de intervenção" "educação emocional" "aprendizagem socioemocional", utilizando os operadores boleadores “and” y “or”. Foram definidos 237 resultados na pesquisa preliminar, antes de prosseguirem para a seleção dos artigos, foram definidos os critérios de inclusão considerados para a seleção, que foram: 1) artigos com programas de intervenção em autoestima 2) artigos que tinham como amostra alunos no ensino fundamental ou médio 3) artigos contendo programas realizados no Chile. 4) artigos com metodologia quase experimental ou pré-experimental. Uma vez aplicados os critérios de inclusão, o corpo base do estudo foi constituído com 6 artigos, o processo realizado é especificado na Figura 1.
image/svg+xmlAutoestima educando de e para a paz: Uma revisão sistemática RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1321-1338, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1325 Figura 1 –Fluxograma do processo seletivo de itens2Fonte: Elaborado pela autora A produção de artigos científicos no Chile, referentes à construção da autoestima, nos períodos entre 2001 e 2021, tem se desenvolvido continuamente, mas com baixa representatividade, atingindo sua maior produtividade em 2016, com 21 artigos e 2018 e 2015 com 20 artigos por ano. Os demais períodos oscilaram entre baixa e aumento das publicações científicas. Os artigos selecionados para esta revisão atendem a cada um dos critérios de inclusão, portanto, apenas os artigos correspondentes aos anos de 2001, 2005, 2013, 2014, 2015 e 2021, atendem a esses critérios, conforme apresentado na Figura 2.2Artigos identificados em base de dados (n=237); Estudos eliminados de outras categorias (n=125); Estudos selecionados (n=112); Eliminados por critérios de inclusão (n=62); Duplicados eliminado (n=10); Registro selecionados para avaliar a sua legitimidade (n=40); Excluídos após leitura completa (n=34); Estudos selecionados para a revisão sistêmica (n=6); Estudos quase experimentais(n=4); Estudos pré-experimentais (n= 2).
image/svg+xmlYasna RUBILAR RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1321-1338, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1326 Figura2– Artigos totais de autoestima publicados no Chile e artigos selecionados para estudo3Fonte: Elaborado pela autora – bases SciELO, Redalyc e Dialnet Sistematização dos resultados Para uma melhor compreensão do banco de dados do estudo, foi realizado um processo de codificação, com a seguinte matriz:1) Autor/s 2) Ano de publicação 3) Cidade 4) País 5) Estágio educacional 6) Nome do programa de intervenção utilizado para aumentar a autoestima 7) Duração/extensão do programa de intervenção para fortalecer a autoestima 8) Tipo de estudo (Quase-experimental – Pré-experimental) 9) Amostra (Grupo de Controle [GC*]) – (Grupo Experimental [GE*]) Instrumento usado para medir a autoestima 11) Resultados. A sistematização dos resultados é apresentada na Tabela 1 3Número de artigos publicados e selecionados; Laranja: Artigos Selecionados / Azul: Total de artigos publicados.
image/svg+xmlAutoestima educando de e para a paz: Uma revisão sistemática RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1321-1338, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1327 Tabela 1 –Codificação de estudos selecionados AutoresAno Cidade, País Estágio de Educação Nome do Programa e duração (extensão) Tipo de estudoAmostra (GC* - GE*) instrumentoResultadosAhumada, Escorza (2021) La Serena, Chile Educação Básica Programa Instrucional Básico Educação para a Liberação Emocional (PIELE) (3 meses) com seguimento Quase experimental 56 (30 - 26). Teste de Autoestima do Aluno (TAE) Os resultadosmostram uma melhoria significativa em medidas de autoestima e desenvolvimento socioemocional os alunos participantes em comparação com o grupo controle. Marchant, Milicie, Álamos (2015) Santiago, Chile Educação Básica Programa deCapacitação de Diretores e Professores (2 anos) Pré experimental 1883 Teste de autoestima do Aluno (TAE) Os resultadosmostramna análise pré-pós diferenças significativas em cada grupo, os alunos com muito baixa autoestima e os com baixa autoestima melhoraram de forma significativa no total geral e em todos os níveis. Berger, Milicic, Alcalayy Torretti (2014) Santiago, Chile. Educação Básica Programa Bem-estar e Aprendizagem Socioemocional (BASE) (7 meses) Quase experimental 67 (234 - 437). Teste de Autoestima do Aluno (TAE) Os resultados relatadosem artigo mostram que na análise de variação de medidas repetidas mostrou um impacto do programa BASE na autoestima dos estudantesMarchant, Milicie, Álamos (2013) Santiago, Chile Educação Básica Programa de Desenvolvimento socioemocional (18 meses) Pré experimental 103 Teste de autoestima do Aluno (TAE)Os resultadosevidenciam que o programa melhorou a autoestima dos alunos, professores e o desempenho acadêmico. Ramirez, Duarte,Muñoz (2005) Antofagasta, Chile Educação Básica Programa de Reforço de Intervalo Variável (5 meses) Quase experimental 90 (45 – 45) Teste de Aysén Os resultados sinalizam que o grupo experimental modifica sua autoestima ao finalizar o tratamento diminuindo a zero a porcentagem de alunos com autoestima baixa e incrementa o grupo de autoestima de nível autoValdés, G.(20001) Valdívia, Chile Educação Básica Programa Projetado para alunos, pais e professores (1 ano) Pré experimental 37 Inventário de autoestima de CoopersmithOs resultados revelam que as alunas incrementaram seus níveis de autoestima nas quatro áreas do teste de estudo. Fonte: Elaborado pela autoraNos artigos selecionados, foram utilizados diversos instrumentos para avaliar a construção da autoestima, dos 6 artigos selecionados, em 4 deles é utilizado o Teste de Autoestima Escolar [TAE], para avaliar a autoestima das crianças e adolescentes, em que os
image/svg+xmlYasna RUBILAR RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1321-1338, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1328 alunos respondem a 22 perguntas de triagem, que fornece informações sobre um padrão estabelecido (pontuação T) por curso e por idade, entregando três categorias de autoestima:1) Autoestima normal, é considerada quando a pontuação T ≥40 pontos, na média, sobre isso ou mesmo um desvio padrão abaixo da média 2) Baixa autoestima, é entendido, quando a pontuação T está entre 30 e 39 pontos, 1 desvio padrão abaixo da média 3) Muito baixo autoestima, a pontuação é T≤29 Pontos, 2 ou mais desvio padrão abaixo da média. Por sua vez, o TAE, se divide em 6 subtestes: Comportamento, Status Intelectual, Aparência Física e Atributos, Ansiedade, Popularidade, Felicidade e Satisfação. (AHUMADA; ESCORZA, 2021; BERGER et al., 2014; MARCHANT; MILICIC; ÁLAMOS, 2013; MARCHANT; MILICIC; ÁLAMOS, 2015). Por sua vez, Ramírez, Duarte e Muñoz (2005), mede a autoestima com o Teste de Aysén, este instrumento consiste em 30 perguntas que requerem uma resposta por escrito em uma escala de três opções, com cálculo reverso para oito de seus itens. A autoestima é medida em 3 categorias: 1) Domínio da interação 2) Autoconfiança 3) Autovalorização de sua posição. Os resultados gerais das categorias permitem classificar a autoestima em 3 níveis: Alta, entre 71 e 90 pontos; média, entre 51 e 70; e Baixa, entre 30 e 50 pontos. Valdés (2001), usado para medir a autoestima dos alunos, o Inventário da Autoestima de Coopersmith, instrumento de autorrelato de 58 reagentes, referindo-se à percepção do aluno em 4 áreas: 1) Autoestima Geral, 2) Autoestima social, 3) Autoestima familiar 4) Autoestima escolar acadêmica. Cada resposta de acordo com a diretriz de correção tem 2 pontos, adicionando a pontuação correspondente a cada uma das áreas do inventário, menos M você pode ter um indicador da apreciação geral de si mesmo. Tabela 2 –Instrumentos utilizados para medir a autoestima nos artigos selecionados InstrumentoNº de perguntasCategoria ou sub-testeTeste de Autoestima Escolar (TAE) 22CondutaStatus Intelectual Aparência física e atributos Ansiedade Popularidade Felicidade e SatisfaçãoTeste de Aysén30Domínio na InteiraçãoSegurança em si mesmo Autovalorização de sua posiçãoInventário de Autoestima de Coppersmith 58Autoestima GeralAutoestima Social Autoestima Familiar Autoestima Escolar AcadêmicaFonte: Elaborado pela autora
image/svg+xmlAutoestima educando de e para a paz: Uma revisão sistemática RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1321-1338, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1329 Discussão O objetivo deste estudo é conhecer diferentes programas de intervenção realizados no Chile ao longo dos anos, que permitem fortalecer a autoestima das crianças, um construto que está em constante modificação, no desenvolvimento do ciclo de vida do ser humano, o que nos obriga do ponto de vista educacional a estar em conhecimento permanente e atualização das metodologias com maior efetividade, para o acompanhamento neste trânsito das crianças e adolescentes. Vários autores concordam que a autoestima e a aprendizagem emocional são conceitos que estão ligados entre si e são variáveis de personalidade, incluindo Ahumada e Escorza (2021), que realizaram uma pesquisa mista, está incluído nesta revisão, uma vez que, na avaliação do construto em estudo, atendeu aos critérios de inclusão. A metodologia de intervenção utilizada foi o Programa instrucional de Libertação Emocional PIELE de Hernández y García (1992), de natureza cognitivo-motivacional, criado e validado na Espanha. O objetivo deste programa é o desenvolvimento socioafetivo de crianças e jovens, potencializar o ajuste pessoal e a socialização através do conceito de autoestima positiva, capacidade de tolerância, superação de problemas, desenvolvimento social por meio da compreensão, comunicação e colaboração com os outros. Os 56 alunos que participaram do estudo pertenciam a duas escolas municipais da comuna de La Serena, com características semelhantes, as idades dos alunos oscilam entre 10 e 13 anos, e estavam no 5º ano da educação básica, os objetivos da pesquisa foram: avaliar as variáveis autoestima e desenvolvimento socioemocional e determinar o impacto das variáveis gênero e grupo de intervenção na autoestima e desenvolvimento socioemocional. O processo de medição das variáveis foi realizado em três períodos: pré-intervenção, pós-intervenção e pós-acompanhamento (4 meses após o término da intervenção). As oficinas PIELE são desenvolvidos durante 12 sessões, de 45 minutos, durante o horário da aula, semanalmente, no grupo experimental. Os resultados na medição da autoestima com o instrumento TAE, deixar claro que o programa PIELE tiveram impacto positivo na autoestima dos alunos do grupo experimental, nas medições feitas no período pós-intervenção, a autoestima média é significativamente maior do que o período pré-intervenção((p < .001) e pós-acompanhamento (p= 0,042), conclui-se que a autoestima no grupo de tratamento aumenta após a intervenção e é mantida, ao contrário do grupo controle em que a autoestima não difere, ao longo do tempo. Em relação à variável gênero dos alunos, não são observadas diferenças nas medidas.
image/svg+xmlYasna RUBILAR RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1321-1338, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1330 Em Santiago do Chile, Marchant, Milicic e Álamos (2015) desenvolveram em sua pesquisa a aplicação de um programa de formação para gestores e professores, com o objetivo de desenvolver competências socioemocionais nos participantes e entender o papel fundamental que ocupam na autoestima dos alunos. Os temas desenvolvidos no programa foram: Paradigma da inteligência emocional nas crianças, aprendizagem socioemocional no contexto escolar, variáveis que favorecem a construção de uma identidade positiva e autoestima, reconhecendo autoestima positiva e negativa, clima escolar e convivência social, bullying escolar e desenvolvimento socioemocional, família: como capacitar os pais no desenvolvimento socioemocional, importância de vínculos na aprendizagem socioemocional, desenvolvimento socioemocional e bem-estar do professor, resiliência e aprendizagem emocional, crises: características, impacto e apoio, avaliação da autoestima nos alunos e apoio a alunos com Baixa e Baixa Autoestima. Os participantes do programa foram 288 profissionais da educação de 5 escolas da Fundação Belén Educa, que atende alunos com alto índice de vulnerabilidade, a eficácia do programa foi avaliada com a medição da autoestima utilizando o instrumento TAE, os alunos que participaram da avaliação foram 1883, do terceiro ao sétimo ano, com pré e pós-prova, e com intervenção de 2 anos. Os resultados da prova mostram que os alunos apresentam uma autoestima pré-teste adequada, destaca-se no estudo que os alunos que apresentaram baixa autoestima e baixa autoestima na medição evidenciaram diferenças significativas em cada grupo, nos alunos com autoestima muito baixa a pontuação T foi de T 25,6 a T 38,4, em alunos com baixa autoestima a Pontuação T variou de T 35,8 a T 43,3. A estratégia utilizada com a avaliação inicial permitiu identificar os alunos com baixa e muito baixa autoestima, e gerar planos preventivos e corretivos, a formação da comunidade educacional foi um fator fundamental, conseguindo que cada professor seja um agente de desenvolvimento socioemocional, o que influencia significativamente o desenvolvimento dos alunos e sua autoestima, nos períodos em que permanecem nas instituições de ensino, no entendimento de que as famílias desempenham um papel importante em seu desenvolvimento. Conclui-se que os alunos que apresentaram baixa e baixa autoestima, 62% relataram melhora significativa, após o período de intervenção. Berger et al. (2014), realizou sua pesquisa em Santiago do Chile, que teve como objetivo apresentar os resultados quantitativos da implementação do Programa de Bem-Estar e Aprendizagem Socioemocional (BASE), projetada para ser incluída no currículo escolar do Chile, no terceiro e quarto níveis da educação básica, sua estrutura estabelece suas bases em quatro pilares conceituais: 1) a partir de uma perspectiva integral do desenvolvimento humano, que considera inseparáveis as áreas: cognitiva, afetiva e ética 2) uma abordagem interação
image/svg+xmlAutoestima educando de e para a paz: Uma revisão sistemática RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1321-1338, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1331 sistêmica entre o aluno, professor, seus pares e consigo mesmo 3) os processos evolutivos dos alunos e a construção de uma narrativa positiva de si mesmo no contexto escolar 4) a formação de professores profissionais como fator fundamental, que fornece aos professores as ferramentas para atender às necessidades socioemocionais dos alunos. O programa é distribuído em dez unidades, que são desenvolvidas em formato de oficina no dia letivo, consiste em um manual para o professor ou monitor, que descreve o programa e o quadro teórico, inclui sugestões para atividades complementares e indicações de dificuldades que poderiam apresentar durante o processo de intervenção. O aluno trabalha com um texto individual, como um registro, no qual o aluno pode registrar suas impressões da oficina, em que diversas manifestações de expressão são desenvolvidas como: dramatizações, desenhos, jogos e reflexões pessoais e em grupo, que promovem fortes níveis de comprometimento, companheirismo e autoconhecimento. Os alunos que participaram do estudo foram 671, que cursavam a terceira e quarta séries, respectivamente, em cinco escolas de Santiago do Chile, com dependência privada subsidiada, as idades dos alunos variam de 8 anos 2 meses e 10 anos 1 mês, o instrumento para medir a autoestima foi o TAE, as escolas designadas como grupo experimental foram três (n=437) e o grupo controle foi composto por duas escolas (n=234). Os resultados do efeito do programa foram avaliados por meio da análise da variância das medidas repetidas, considerando o tempo (pré e pós-medição) e a condição (grupo controle/grupo experimental), na análise de interação, entendida como o efeito do programa ao longo do tempo evidenciou efeitos significativos na autoestima dos alunos. Na revisão das médias observa-se que nos cursos que participaram do programa, os alunos apresentaram aumento significativo da autoestima, por meio do relato do professor. No grupo controle, observou-se uma diminuição significativa durante o período escolar, na percepção do clima social escolar, na integração social e no desempenho escolar, aspecto que não é apresentado no grupo experimental. Conclui-se que, no uso do programa BASE, uma das variáveis que se fortaleceu significativamente foi a autoestima, gerando uma relação positiva entre alunos e professores, gerando ambientes propícios à aprendizagem, o que se traduz em melhores realizações acadêmicas nos alunos, onde a experiência escolar se torna um local de aceitação, segurança e contenção, o que os autores chamam de apego escolar, neste espaço o professor ocupa um papel fundamental, junto com a comunidade educacional, sendo participantes ativos do programa. Em Santiago do Chile, Marchant, Milicic e Álamos (2013), investigou a relevância de umprograma de desenvolvimento socioemocional na autoestima dos alunos, este programa tem como foco a formação de professores e da comunidade educacional, incluindo pais e responsáveis. Os temas do programa foram: paradigma da inteligência emocional,
image/svg+xmlYasna RUBILAR RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1321-1338, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1332 aprendizagem socioemocional no contexto escolar, clima escolar e convivência social, família: como capacitar os pais no desenvolvimento socioemocional, importância de vínculos na aprendizagem socioemocional, desenvolvimento socioemocional e bem-estar do professor, bullying escolar e desenvolvimento socioemocional, resiliência e aprendizagem emocional; reconhecer a autoestima positiva e negativa; crises: características, impacto e suporte. O programa foi desenvolvido em primeira instância formando professores por um ano e meio, sob a forma de conferências, oficinas e pequenos trabalhos em grupo (n = 30) utilizando a metodologia de aprendizagem experiencial. Em relação aos pais e responsáveis, o programa foi desenvolvido nas reuniões mensais de cada curso (20 minutos). Com relação aos alunos, a intervenção foi realizada durante uma hora por semana, durante 18 meses, nas aulas de orientação ou conselho de curso, dependendo do nível em que os alunos estavam. Para verificar o impacto do programa, foram avaliados 900 alunos, pertencentes a duas escolas particulares subsidiadas da região metropolitana do Chile, que estudavam do terceiro ao oitavo ano, numa faixa etária de 8 a 13 anos, o teste utilizado para a medição foi o TAE, o pré-teste inicial mostrou que dos 900 alunos, 103 alunos apresentaram baixa e baixa autoestima, os 797 restantes tinham autoestima normal, de acordo com a faixa indicada pelo teste. Após a intervenção de 18 meses, o pós-teste foi realizado nos 103 alunos que apresentaram baixa ou muito baixa autoestima. Os resultados mostraram diferença significativa nas séries 3ª, 4ª, 5ª e 8ª séries e nas séries 6 e 7, um aumento foi refletido, mas não significativo. Em relação à avaliação da autoestima nos professores (n=40) foram observadas diferenças significativas no autoconceito geral. Os resultados indicam que o envolvimento de toda a comunidade educacional (diretores, professores, assistentes de educação, pais e responsáveis, alunos) em programas de formação em desenvolvimento socioemocional, fortalece o desenvolvimento de um círculo virtuoso, onde todos são favorecidos, desde professores que melhoram seu desempenho acadêmico, sua autoestima pessoal e profissional, proporcionando aos alunos espaços compartilhados de autoconhecimento e criação de comunidades respeito a si mesmos e aos outros, o que se traduz em um aprendizado melhor e duradouro. Em Antofagasta, Chile, Ramírez, Duarte e Muñoz (2005) investigaram um programa de reforço de intervalo variável, com este programa pretende modificar a autoestima de alunos considerados de alto risco, que possuem altas taxas de repetição, claro, absenteísmo e deserção entre outros. A teoria do reforço postula que o comportamento de uma pessoa está apto a ser modificado se forem fornecidos reforços relevantes, com certa frequência e periodicamente, associados à apresentação prévia de uma resposta, aumentando a taxa de emissão de resposta, devido ao comportamento desejado. O programa durou 20 semanas (5 meses), com sessões de
image/svg+xmlAutoestima educando de e para a paz: Uma revisão sistemática RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1321-1338, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1333 45 minutos semanais, em cada sessão de atividades desafiadoras para os participantes. Os alunos que participaram do estudo pertencem à escola La bandera, E-97 de Antofagasta, Instituição da administração municipal, estudam o quinto ano e suas idades oscilam entre 10 e 11 anos, para medir a eficácia do programa de autoestima foi avaliado com pré e pós-teste, o instrumento utilizado é o teste de Aysén, o quinto A básico foi atribuído como grupo controle (n = 39) e o quinto C básico, foi o grupo experimental (n = 39), enfatiza-se neste estudo que foram realizadas três avaliações iniciais-intermediárias-finais. Os resultados das medições mostram que: a autoestima do grupo experimental apresenta modificações significativas entre a medição inicial e final ao final da intervenção, apresentando os seguintes percentuais, entregues pelo teste de Aysén, alta autoestima: inicial de 12,8% final 20,5%, autoestima média: inicial de 84,6%, final 79,5%; baixa autoestima: 2,6% final 0%. O grupo controle apresenta os seguintes percentuais na medição inicial e final, alta autoestima: inicial de 20,5%, final 15%; autoestima média: inicial de 76,9%, final 76,9%; baixa autoestima: inicial de 2,6%, final de 7,7%. Conclui-se nesta pesquisa que os resultados do grupo experimental foram favoráveis, considerando que a pesquisa foi afetada por dois processos internos de incapacidade, mortalidade experimental e fator histórico. Destaca-se a relevância de um programa que fortalece a autoestima dos alunos em todos os contextos educacionais, e com maior ênfase naqueles que têm deficiências econômicas, culturais e familiares, reflete-se a necessidade de incluir professores de instituições de ensino em pesquisas futuras, com o objetivo de que o trabalho realizado não seja apenas uma experiência momentânea de sucesso, em vez disso, são procedimentos sistemáticos em sala de aula no trabalho docente, erradicando o controle coercitivo intra e extrassala de aula. Em Valdivia, No Chile, Valdés (2001) desenvolveu um programa de intervenção para elevar os níveis de autoestima, este programa foi desenvolvido em conjunto com os professores da escola de enfermagem da Universidade Austral do Chile, o programa foi projetado para alunos, pais e professores. As unidades abordadas no programa foram: entrevista pessoal, autoavaliação de professores, oficina de pais, oficina de alunos, interação de alunos e pais e laboratório familiar. A modalidade de trabalho foi de sessões-oficina, a metodologia utilizada foi participativa, flexível e ativa, a atitude de professores e profissionais de saúde foi essencial para criar um clima emocionalmente enriquecido, e dar confiança e segurança aos alunos ao participar do programa. O programa durou um ano. Os participantes da pesquisa foram 28 alunos, que pertencem à escola mexicana de Valdivia, estão na sexta série e suas idades oscilam entre 11 e 12 anos. Para medir a eficácia do programa, foi avaliada a autoestima dos alunos pré e pós-teste. O instrumento utilizado foi o inventário de autoestima Coopersmith que avalia
image/svg+xmlYasna RUBILAR RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1321-1338, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1334 quatro áreas: autoestima geral, autoestima social, autoestima escolar, autoestima em casa. Os resultados nas quatro áreas de medição da autoestima obtiveram modificações significativas: em geral, na aplicação do pré-teste apresentaram 24,3% em autoestima média-alta e no pós-teste 56,7%; em relação à autoestima social no pré-teste apresentaram 40,5% de baixa autoestima, no pós-teste 29,7%; na autoestima escolar no pré-teste apresentaram 54,1% em alta autoestima e no pós-teste 67,6%; na autoestima do domicílio, no pré-teste apresentaram 32,4% de autoestima elevada e no pós-teste 43,2%. Os resultados apresentados são gratificantes, porém um percentual menor de alunos que mantiveram seus baixos níveis de autoestima fora mantido ao longo do tempo, nas áreas geral, social e de origem, que foram encaminhadas a profissionais competentes. Valoriza-se o trabalho em conjunto com a comunidade educacional, observando uma melhor abordagem nas relações interpessoais com os professores e seus pares, o que facilita um clima favorável em sala de aula para a aprendizagem, em relação às famílias, pais e responsáveis são mais receptivos às necessidades de suas filhas após o programa e conseguem entender a relação entre autoestima e o alcance de metas na vida. Sentir-se validado por pessoas significativas e aceito em sua individualidade, permite que elas enfrentem com segurança os desafios escolares (acadêmicos e interpessoais), e aqueles que a vida mantém no futuro. Conclusões No desenvolvimento dessa revisão sistemática circunscrita a uma localidade específica, analisando todos os programas executados no Chile, que atendam aos critérios de inclusão, em torno do fortalecimento da construção da autoestima, na compreensão de que apresenta uma relação direta com as competências socioemocionais, o que contribui para a adequada valorização de si mesmo, do bem-estar geral, pessoal e entre os pares, possibilitando espaços pacíficos e de aprendizagem. Dos programas analisados, 100% relataram aumento significativo nas medidas de autoestima após a intervenção, porém, é importante mencionar que os programas que relataram os melhores resultados foram aqueles em que a comunidade educacional: diretores, professores, assistentes de educação, pais e responsáveis e alunos, estiveram ativamente envolvidos no processo de conscientização, implementação, avaliação do programa e monitoramento. Em relação à etapa educacional em que a pesquisa foi realizada, 100% foram realizada na educação básica, embora constitua um estágio sensível na estruturação da autoestima, não podemos esquecer que na adolescência é gerado um novo período sensível, por isso é necessário
image/svg+xmlAutoestima educando de e para a paz: Uma revisão sistemática RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1321-1338, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1335 ter estudos no ensino médio e universitário, que obedeçam a estudos quase experimentais ou experimentais, para medir o impacto dos programas e gerar redes de apoio, se necessário. No uso de instrumentos para medir a autoestima, o Teste de Autoestima Escolar (TAE) foi o mais utilizado na pesquisa. Deve-se mencionar que todos os instrumentos utilizados nos diferentes estudos foram validados no Chile, para servir a um determinado território e nicho. É relevante utilizar instrumentos que respondam à realidade cultural e social que precisa ser medido, os resultados serão ajustados a um contexto particular, fornecendo insumos relevantes para identificar e apoiar eficientemente as necessidades e deficiências socioemocionais dos alunos, antes que os gritos de socorro do coração sejam transformados em explosões de raiva e violência verbal e física, sem autocontrole, nas salas de aula, nas ruas e nas sociedades. Quanto à distribuição geográfica dos estudos, três deles foram realizados na zona central do Chile, dois no norte e um no sul do país, o que nos permite ter uma estrutura básica do território, porém, faltam estudos que envolvam os povos originais como: Mapuches, Aymaras, Atacameños, para mencionar três dos oito povos que habitam o Chile, sendo os supracitados aqueles que têm maior representatividade a nível nacional. Quando nos conhecemos e aceitamos um ao outro, nos valorizamos, respeitamos uns aos outros e podemos ter uma convivência harmoniosa e pacífica, de todas as perspectivas. Em relação às limitações deste estudo, uma delas é a pequena quantidade de pesquisa utilizada como órgão base, levando em consideração os programas de construção e intervenção realizados com evidências de medições e impacto, a maior produção de pesquisa nessa área, ocorre fora da América Latina e do Caribe. Como região, temos que avançar, gerando novos espaços de conhecimento e aprendizado para nossas crianças e adolescentes e para cada um de nós. Por fim, mencione que nossas limitações podem ser nossas maiores oportunidades, motivar outros professores e pesquisadores, utilizar os programas de intervenção e testes apresentados neste estudo, e gerar novos aprendizados que permitam fortalecer o conhecimento existente, na certeza de que uma autoestima saudável é a chave que abre as portas para a compaixão, para si e para os outros, é, sem dúvida, a chave que precisamos em nossas universidades, escolas e casas, na construção de comunidades que permitem que você "se empolgue" mais uma vez, com a maravilha da educação a favor e pela paz.
image/svg+xmlYasna RUBILAR RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1321-1338, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1336 REFERÊNCIAS AHUMADA, A. F.; ESCORZA, P. B. Aplicación y evaluación de una intervención para el desarrollo socio emocional y fortalecimiento de la autoestima en estudiantes de enseñanza básica. REXE.Revista de Estudios y Experiencias en Educación, v. 20, n. 44, p. 12-28. 2021. Disponível em: https://www.redalyc.org/journal/2431/243169780002/html/. Acesso em: 10 out. 2021. BERGER, C. et al.Programa para el bienestar y aprendizaje socioemocional en estudiantes de tercero y cuarto grado: Descripción y evaluación de impacto. Revista Latinoamericana de Psicología, v. 46, n. 3, p. 169-177, 2014. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0120053414700202. Acesso em: 20 nov. 2020. CHILE. Ley n. 20.370 Art. 2º D. O.16 diciembre 2009, fija texto refundido, coordinado y sistematizado de la ley n. 20.370 con las normas no derogadas del decreto con fuerza de ley n. 1, de 2005. San Miguel: Ministerio de Educación, 2005. Disponível em: https://www.bcn.cl/leychile/navegar?idNorma=1014974&idVersion=2022-02-05&idParte=. Acesso em: 11 mar. 2022 DÍAZ, F. D.; FUENTES, S. I.; SENRA, P. N. Adolescencia y autoestima: Su desarrollo desde las instituciones educativas. Revista Conrado, v. 14, n. 64, p. 98-103. 2018. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/328529437_Adolescencia_y_autoestima_su_desarrollo_desde_las_instituciones_educativas. Acesso em: 15 abr. 2021. HERNÁNDEZ, J. A.; ACOSTA, R. La autoestima en la educación. Límite. Revista Interdisciplinaria de Filosofía y Psicología.v. 1, n. 11, p. 82-95. 2004. Disponível em: https://philpapers.org/rec/ACOLAE. Acesso em: 22 abr. 2021. HERNÁNDEZ, P.; GARCÍA, M. D. Programa Instruccional para la Evaluación y liberación emotiva:Aprendiendo a vivir (PIELE). Madrid: TEA Ed. 1992. KIVIRUUSU, O. et al.Self-esteem growth trajectory from adolescence to mid-adulthood and its predictors in adolescence. Advances in Life Course Research, v. 23, p. 29-43, 2015. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1040260814000471. Acesso em: 11 maio 2021. LÓPEZ, L. S.; MILICIC, N. Hijos con autoestima positiva. Guía para padres. 3. ed. Santiago: Grupo Editorial Norma, 2009. MARCHANT, O. T.; HAEUSSLER, I.; TORRETTI, A. TAE:Test de Autoestima Escolar Evaluación del alumno vía auto-reporte y vía profesor. Santiago: Ediciones UC, 2016. MARCHANT, O. T.; MILICIC, N.; ALAMOS, V. P. Impacto en los niños de un programa dedesarrollo socio-emocional en dos colegios vulnerables en Chile. Revista Iberoamericana de Evaluación Educativa, v. 6, n. 2, p. 167-186, 2013. Disponível em: https://revistas.uam.es/riee/article/view/3411. Acesso em: 16 maio 2021. MARCHANT, O. T.; MILICIC, N.; ALAMOS, V. P. Competencias Socioemocionales: Capacitación de Directivos y Docentes y su Impacto en la Autoestima de Alumnos de 3o a 7o
image/svg+xmlAutoestima educando de e para a paz: Uma revisão sistemática RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1321-1338, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1337 Básico. Revista Iberoamericana de Evaluación Educativa, v. 8, n. 2, p. 203- 218, 2015. Disponível em: https://repositorio.uam.es/bitstream/handle/10486/670653/RIEE_8_2_11.pdf?sequence=1. Acesso em: 18 mar. 2021. MILICIC, N. Abriendo ventanas: Actividades para estimular el desarrollo afectivo de niños entre 5 y 8 años. Santiago: Editorial Universitaria, 1991. MILICIC, N. Creo en ti: La construcción de la autoestima en el contexto escolar. Santiago: LOM Ediciones, 2001. MORENTE, A. et al. Análisis de la relación entre competencias emocionales, autoestima,clima de aula, rendimiento académico y nivel de bienestar en una muestra de escolares de educación primaria. Revista Española de Orientación y Psicopedagogía, v. 28, n. 1, p. 8-18, 2017. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/3382/338252055002.pdf. Acesso em: 18 mar. 2021. ONU:Resolución A/RES/70/1 Transformar nuestro mundo: La agenda 2030 para el Desarrollo Sostenible. New York: ONU, 2015. Disponível em: https://unctad.org/system/files/official-document/ares70d1_es.pdf. Acesso em: 20 fev. 2022 PÉREZ, N. et al.Análisis de la relación entre competencias emocionales, autoestima, clima de aula, rendimiento académico y nivel de bienestar en educación primaria. Revista Española de Orientación y Psicopedagogía, v. 28, n. 1, p. 8-18 2017. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/3382/338252055002.pdf. Acesso em: 15 ago. 2020. RAMÍREZ, P. P.; MUÑOZ V. R.; DUARTE, V. J. Autoestima y refuerzo en estudiantes de 5º básico de una escuela de alto riesgo. Anales de Psicología, v. 21, n. 1, p. 102-115. 2005. Disponível em: https://revistas.um.es/analesps/article/view/27211. Acesso em: 10 mar. 2021. SELIGMAN, M. et al. The optimist child.New York: Houghton Miffin Company, 1995. VALDES, G. L. Programa de intervención para elevar los niveles de autoestima en alumnas desexto año básico.Estudios pedagógicos de Valdivia, n. 27, p. 65-73, 2001. Disponível em: https://www.scielo.cl/scielo.php?pid=S0718-07052001000100005&script=sci_arttext. Acesso em: 06 maio 2021.
image/svg+xmlYasna RUBILAR RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1321-1338, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1338 Como referenciar este artigo RUBILAR, Y.; CACHÓN, J.; CASTRO, M. Autoestima educando de e para a paz: Uma revisão sistemática. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1321-1338, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 Submetidoem: 22/12/2021 Revisões requeridas: 06/02/2022 Aprovado em: 10/04/2022 Publicado em: 30/06/2022 Processamento e edição: Editoria Ibero-Americana de Educação. Revisão, formatação, padronização e tradução.
image/svg+xmlAutoestima educando desde y para la paz: Una revisión sistemática RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1325-1341, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1325 AUTOESTIMA EDUCANDO DESDE Y PARA LA PAZ: UNA REVISIÓN SISTEMÁTICA AUTOESTIMA EDUCANDO DE E PARA A PAZ: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA SELF-ESTEEM EDUCATING FROM AND FOR PEACE: A SYSTEMATIC REVIEWYasna RUBILAR1RESUMEN: La autoestima es un constructo clave en el desarrollo del ser humano, a lo largo de toda la vida, su trascendencia tiene directa influencia sobre la calidad de vida, productividad y salud mental de las personas. El objetivo de esta investigación es dar a conocer programas de intervención que se utilizaron para fortalecer la autoestima de los estudiantes, con resultados verificables y que puedan ser replicados en diversas Instituciones educativas. Para tal efecto, se realiza una revisión sistemática en SciELO, Redalyc, Dialnet. Los resultados evidencian que todos los programas de intervención implementados según criterios de inclusión presentaron un aumento en la autoestima de los estudiantes. En este escenario todos los esfuerzos deben propender a este autoconocimiento, que propicia una cultura de paz y no violencia, tan necesaria en estos días. PALABRAS CLAVE: Autoestima. Habilidades socioemocionales. Programas de intervención escolar. Educación para la paz. RESUMO: A autoestima é uma construção fundamental no desenvolvimento do ser humano, ao longo da vida, sua transcendência tem influência direta na qualidade de vida, produtividade e saúde mental das pessoas. O objetivo desta pesquisa é divulgar programas de intervenção utilizados para fortalecer a autoestima dos alunos, com resultados verificáveis que podem ser replicados em diversas instituições de ensino. Para isso, é realizada uma revisão sistemática em SciELO, Redalyc, Dialnet. Os resultados mostram que todos os programas de intervenção implementados segundo critérios de inclusão apresentaram aumento da autoestima dos alunos. Nesse cenário, todos os esforços devem tender a esse autoconhecimento, que fomenta uma cultura de paz e não-violência, tão necessária nos dias de hoje. PALAVRAS-CHAVE: Autoestima. Habilidades socioemocionais. Programas de intervenção escolar. Educação para a paz. 1Universidad La República (ULARE), Temuco Chile. Coordinadora de Posgrado. Jefa de Carrera en Educación Diferencial. Doctorado em Educación (UJA). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-6201-6679. E-mail: yasna.rubilar@ulare.cl
image/svg+xmlYasna RUBILAR RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1325-1341, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1326 ABSTRACT: Self-esteem is a fundamental construct in the development of human beings throughout life, its transcendence has a direct influence on people's quality of life, productivity, and mental health. The objective of this research is to disseminate intervention programs used to strengthen students' self-esteem, with verifiable results that can be replicated in various educational institutions. To do this, a systematic review is conducted in SciELO, Redalyc, Dialnet. The results show that all intervention programs implemented according to inclusion criteria showed an increase in students' self-esteem. In this scenario, all efforts should tend towards this self-knowledge, which fosters a culture of peace and non-violence, so necessary nowadays. KEYWORDS: Self-esteem. Socioemotional skills. School intervention programs. Education for peace. Introducción Desde el ámbito internacional, en el marco de trabajo de la Asamblea General de Naciones Unidas, y los 193 países que la conforman, incluidos los 33 países de América Latina y el Caribe, han aprobado en la Resolución A/RES/70/1, la agenda 2030 para el Desarrollo Sostenible, la cual incluye 17 objetivos para el período 2015-2030 (ONU, 2015). Esta agenda incluye temas trascendentales para la América Latina y el Caribe, como la erradicación de la pobreza extrema, la desigualdad en todas sus expresiones, salud y bienestar, garantizar una educación inclusiva, equitativa y de calidad, promoviendo oportunidades de aprendizaje durante toda la vida para todos, en este contexto se releva la importancia del desarrollo integral del estudiante y la significación de las habilidades socioemocionales en la educacion para el siglo XXI. Es innegable la aproximación desde los diversos actores mundiales al desarrollo integral del ser humano a lo largo de toda la vida, esta visión nos interpela como región en el área de la educación. En Chile, la Ley General de Educación de acuerdo a los objetivos generales planteados menciona que, “la educacion debe orientarse no solo al ambito del conocimiento y la cultura, sino tambien a que los estudiantes logren un pleno desarrollo personal y social” (CHILE, 2005). En este pleno desarrollo personal y social, la autoestima juega un rol trascendental, definida como la evaluación subjetiva y general que hace el sujeto sobre sí (KIVIRUUSU et al., 2015). Desde una mirada evolutiva la autoestima se inicia desde los primeros años de vida, en la relación con los primeros cuidadores y su vínculo de apego, a partir de la interacción, en el trato que recibe, las miradas, gestos y la atención, entre otros, las cuales comunican al niño el lugar que ocupa para esas personas significativas. La autoestima se adquiere y se desarrolla en el proceso evolutivo, no es innata, se fortalece mediante las experiencias en diversos contextos
image/svg+xmlAutoestima educando desde y para la paz: Una revisión sistemática RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1325-1341, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1327 (DÍAZ; FUENTES; SENRA. 2018). La familia es fundamental en su construcción en el proceso inicial, y subsecuente la escuela juega un papel elemental en la arquitectura de una autoestima sana, en ambos contextos los niños aprenden a relacionarse y representarse a sí mismos y su vínculo con el mundo, en esta relación con el niño es deseable el acercamiento desde el reconocimiento explícito de sus características personales, en donde se sienta aceptado, competente y valorado por quien es, sin comparaciones, desde su realidad personal y única, que sin duda lo diferencia de otros, y le da la singularidad que todo niño posee, cuando es posible este contexto se fortalece una autoestima sana, esta le permite responder de forma activa y positiva a los retos y oportunidades que se le brindan en el contexto familiar y escolar, y en los distintos ámbitos de su desarrollo presente y futuro (SELIGMAN etal.,1995). En el otro extremo, cuando los niños no se sienten valorados y son criticados o ridiculizados, elaboran menos metas y la fuerza de voluntad para ejecutarlas es casi nula (LÓPEZ; MILICIC, 2009). En este escenario la comunidad escolar, los profesores y compañeros, cobran una relevancia significativa, en relación a las horas que los estudiantes pasan en las escuelas, constituyéndose este en el primer espacio público de aprendizaje en lo académico, social y emocional, en donde la autoestima será fundamental para lograr una convivencia armónica y pacífica, en donde cada uno se reconoce con un valor propio y desde esa mirada puede establecer relaciones interpersonales basadas en el respeto y la aceptación del otro, con las particularidades únicas de cada ser humano. Si la autoestima es un constructo relevante en el desarrollo de los niños, niñas y adolescentes [NNA], y sus alcances implican según Milicic (1991) el área intelectual, desarrollando confianza en sus capacidades de aprender y de pensar, en el área Física, al aceptar y estar conforme con su apariencia, en el área emocional, validando sus propios sentimientos, y finalmente, en el área social, al sentirse valorado por otros y en la construcción de relaciones interpersonales. Milicic (2001) concluye que la autoestima es una de las conductas psicológicas con alto grado de incidencia en la calidad de vida de los NNA, en su momento presente y en su desarrollo futuro, afectando su rendimiento académico y su salud mental. A su vez Hernández e Acosta (2004) agrega que potenciar la autoestima de los NNA, mejora sus niveles de aprendizaje lo que repercute en mayores logros en su vida personal y profesional. Expuestos los fundamentos teóricos y filosóficos, en la comprensión de que una autoestima saludable permite que los NNA aprendan a quererse a sí mismo, aceptarse y ser felices con quienes son independiente de sus características físicas, psicológicas, culturales o geográficas, desde esta óptica de aceptación personal, es la única, que permite hacer felices a
image/svg+xmlYasna RUBILAR RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1325-1341, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1328 otros, ya que es imposible dar lo que no se tiene, puedo dar aceptación, si me acepto, puedo dar compasión, si he sido compasivo conmigo y he perdonado mis errores, sin duda, este es uno de los caminos para erradicar de nuestras comunidades educativas, la violencia, la odiosidad y el bullying en todas su expresiones y propender a una cultura de paz. A nivel mundial, se han desarrollado numerosos programas de intervención, siguiendo modelos de diversos autores e instituciones, con la finalidad de formar NNA integrales, que logren entrelazar habilidades cognitivas, sociales y emocionales, con el objetivo de favorecer el bienestar y el desarrollo emocional de los NNA, en este ámbito, Morente (2017) indica que existe una correlación entre la autoestima, las competencias emocionales, el clima de aula, el nivel de bienestar y el rendimiento académico de los estudiantes, a su vez, Pérez et al. (2017) señala que la autoestima posee una afinidad teórica con las competencias emocionales, las cuales benefician las áreas de valoración de sí mismo y configuran el bienestar de los NNA. Bajo esta mirada, el objetivo de esta investigación es pertinente y necesaria, para lograr identificar programas de intervención efectivos en el desarrollo de la autoestima, y replicar o adecuar a los diferentes contextos sociales y culturales de la región. Estos programas permitirán a las comunidades educativas, desarrollar en los estudiantes desde un enfoque practico/experiencial nuevas competencias socioemocionales, “desde” (el yo)la autoestima“para”(los otros) el fomento de una cultura de paz, en donde el diálogo permee nuestras diferencias. Método La investigación responde a un enfoque cualitativo, a partir de una revisión sistemática, el proceso de revisión de artículos se realizó durante fines del 2020 y 2021, los motores de búsqueda utilizados fueron SciELO, REDALYC, DIALNET, con las palabras claves “autoestima” “programas de intervencion” “educacion emocional” “aprendizaje socioemocional”, utilizando los operadores boleanos “and” y “or”. Se obtuvieron 237 resultados en la búsqueda preliminar, antes de proceder a la selección de artículos se definieron los criterios de inclusión considerados para la selección, los cuales fueron: 1) artículos con programas de intervención en autoestima 2) artículos que tuvieran como muestra estudiantes en educación básica o media 3) artículos que contengan programas realizados en Chile. 4) artículos con metodología cuasi experimental o pre experimental. Una vez aplicados los criterios de inclusión, se constituyó el cuerpo base del estudio con 6 artículos, el proceso llevado a cabo se especifica en la Figura 1.
image/svg+xmlAutoestima educando desde y para la paz: Una revisión sistemática RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1325-1341, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1329 Figura 1 Diagrama de flujo del proceso de selección de artículos Fuente: Preparado por la autora La producción de artículos científicos en Chile, respecto del constructo autoestima, en los períodos comprendidos entre el 2001 y 2021, se han desarrollado de forma continúa, pero en baja representatividad, alcanzando su mayor productividad en el año 2016, con 21 artículos y el 2018 y el 2015 con 20 artículos cada año. Los otros períodos han fluctuado entre una baja y alza de publicaciones científicas. Los artículos seleccionados para esta revisión, responden a cada uno de los criterios de inclusión, por lo cual, solo los artículos correspondientes a los años 2001, 2005, 2013, 2014, 2015 y 2021, cumplen con estos criterios, como se presenta en la figura 2.
image/svg+xmlYasna RUBILAR RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1325-1341, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1330 Figura 2 Total de artículos de autoestima publicados en Chile y artículos seleccionados para estudio Fuente:Preparado por la autora basesSciELO, Redalyc y Dialnet Sistematización de los resultados Para una mejor comprensión de la base de datos del estudio, se realizó un proceso de codificación, con la siguiente matriz:1) Autor/es 2) Año de publicación 3) Ciudad 4) País 5)Etapa educativa 6) Nombre del programa de intervención utilizado para potenciar la autoestima 7) Duración/extensión del programa de intervención para fortalecer la autoestima 8) Tipo de estudio (Cuasi experimental Pre experimental) 9) Muestra (Grupo Control [GC*]) (Grupo Experimental [GE*]) 10) Instrumento utilizado para medir la autoestima 11) Resultados. La sistematización de los resultados se presenta en la tabla 1
image/svg+xmlAutoestima educando desde y para la paz: Una revisión sistemática RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1325-1341, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1331 Tabla 1 Codificación de estudios seleccionados Fuente: Preparado por la autoraEn los artículos seleccionados, se utilizaron diversos instrumentos para evaluar el constructo autoestima, de los 6 artículos seleccionados, en 4 de ellos se utiliza el Test de Autoestima del Escolar [TAE], para evaluar la autoestima de los NNA, en el cual los estudiantes responden a 22 preguntas de screening o tamizaje, el cual entrega información sobre una norma establecida (puntaje T) por curso y por edad, entregando tres categorías de autoestima:1) Autoestima normal, se considera cuando el puntaje T ≥40 puntos, en el promedio, sobre éste o hasta una Desviación Estándar bajo el promedio 2) Baja autoestima, se entiende, cuando el puntaje T se encuentra entre los 30 y 39 puntos, 1 desviación estándar bajo el promedio 3) Muy baja autoestima, el puntaje es T≤29 puntos, 2 o más desviación estándar bajo el promedio. A su vez el TAE, se divide en 6 sub test: Conducta, Estatus Intelectual, Apariencia Física y Atributos, Ansiedad, Popularidad, Felicidad y Satisfacción. (AHUMADA; ESCORZA, 2021; BERGER et al., 2014; MARCHANT; MILICIC; ÁLAMOS, 2013; MARCHANT; MILICIC; ÁLAMOS, 2015). A su vez, Ramírez, Duarte y Muñoz (2005), mide la autoestima con el Test de Aysén, este instrumento estaconstituido por 30 preguntas que exigen respuesta escrita en una escala de tres opciones, con cómputo inverso para ocho de sus items. La autoestima se mide en 3 categorías: 1) Dominio en la interacción 2) Seguridad en sí mismo 3) Auto-valorización de su posición. Los resultados globales de las categorías permiten clasificar la autoestima en 3
image/svg+xmlYasna RUBILAR RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1325-1341, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1332 niveles: Alta, entre 71 y 90 puntos; Media, entre 51 y 70; y Baja, entre 30 y 50 puntos. Valdés (2001), utiliza para medir la autoestima de los estudiantes, el Inventario de Autoestima de Coopersmith, un instrumento de auto-reporte de 58 reactivos, referido a la percepción del estudiante en 4 áreas: 1) Autoestima General, 2) Autoestima social, 3) Autoestima Familiar 4) Autoestima Escolar Académica. Cada respuesta conforme a la pauta de corrección tiene 2 puntos, al sumar el puntaje correspondiente a cada una de las áreas del inventario, menos M se puede tener un indicador de la apreciación global de sí mismo. Tabla 2 Instrumentos utilizados para medir autoestima en los artículos seleccionados Fuente: Preparado por la autora Discusión El objetivo del presente estudio es conocer diferentes programas de intervención realizados en Chile a través de los años, que permitan fortalecer la autoestima de los NNA, un constructo que se encuentra en constante modificación, en el desarrollo del ciclo vital del ser humano, el cual nos obliga desde la mirada educativa a estar en permanente conocimiento y actualización de las metodologías con mayor efectividad, para el acompañamiento en este transitar de los NNA. Diversos autores concuerdan que la autoestima y el aprendizaje emocional son conceptos que se encuentran conectados entre siy son variables de la personalidad, entre ellos Ahumada y Escorza (2021), quienes realizaron una investigación de tipo mixta, se incluye en esta revisión, ya que, en la evaluación del constructo en estudio cumplía los criterios de
image/svg+xmlAutoestima educando desde y para la paz: Una revisión sistemática RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1325-1341, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1333 inclusión. La metodología de intervención utilizada fue el Programa Instruccional para la Liberación Emotiva PIELE de Hernandez y García (1992), de corte cognitivo-motivacional, creado y validado en España. El objetivo de este programa es el desarrollo socio-afectivo de niños y jóvenes, potenciar el ajuste y socialización personal a través del concepto de autoestima positiva, la capacidad de tolerancia, la superación de problemas, el desarrollo social a través de la comprensión, comunicación y colaboración con los demás. Los 56 estudiantes que participaron en el estudio pertenecían a dos colegios municipales de la comuna de La Serena, con caracteristicas similares, las edades de los estudiantes fluctúan entre 10 y 13 años, y cursaban 5° año de educacion de enseñanza básica, los objetivos de la investigación fueron: evaluar las variables autoestima y desarrollo socioemocional y determinar el impacto de las variables género y grupo de intervención en la autoestima y desarrollo socioemocional. El proceso de medición de variables se realizó en tres períodos: pre intervención, post intervencion y post periodo de seguimiento (4 meses después de terminada la intervención). Los talleres PIELE se desarrollaron durante 12 sesiones, de 45 minutos, durante el horario de clases, semanalmente, en el grupo experimental. Los resultados en la medición de la autoestima con el instrumento TAE, dejan de manifiesto que el programa PIELE tuvo un impacto positivo en la autoestima de los estudiantes del grupo experimental, en las mediciones realizadas en el período de post intervención, el promedio de autoestima es significativamente mayor al periodo de pre intervención((p < .001) y post seguimiento (p= .042), se concluye que la autoestima en el grupo de tratamiento, se incrementa posterior a la intervención y se mantiene, a diferencia del grupo control en el cual la autoestima no presenta diferencias, en el tiempo. En relación a la variable género de los estudiantes, no se observan diferencias en las mediciones. En Santiago de Chile, Marchant, Milicic y Álamos (2015) desarrollaron en su investigación la aplicación de un Programa de capacitación de directivos y docentes, con el objetivo de desarrollar competencias socioemocionales en los participantes y comprender el rol fundamental que ellos ocupan en la autoestima de los estudiantes. Los temas desarrollados en el programa fueron: Paradigma de la inteligencia emocional en los niños, aprendizaje socio-emocional en el contexto escolar, variables que favorecen la construcción de una identidad y autoestima positiva, reconociendo la autoestima positiva y negativa, clima escolar y convivencia social, intimidación escolar y desarrollo socio-emocional, familia: como potenciar a los padres en el desarrollo socio-emocional, importancia de los vínculos en el aprendizaje socio-emocional, desarrollo socio-emocional y bienestar docente, resiliencia y aprendizaje emocional, las crisis: caracteristicas, impacto y apoyo, evaluación de autoestima en alumnos y apoyo a alumnos con Baja y Muy Baja Autoestima. Los participantes del programa fueron 288
image/svg+xmlYasna RUBILAR RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1325-1341, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1334 profesionales de la educación de 5 colegios de la Fundación Belén Educa, la cual atiende a estudiantes con un alto índice de vulnerabilidad, la efectividad del programa se evaluó con la medición de la autoestima utilizando el instrumento TAE, los estudiantes que participaron en la evaluación fueron 1883, de tercero a séptimo básico, con pre y post test, y con una intervención de 2 años. Los resultados del test dan cuenta que los estudiantes presentan una adecuada autoestima pre-post test, se destaca en el estudio que los estudiantes que presentaron muy baja autoestima y baja autoestima en la medición evidenciaron diferencias significativas en cada grupo, en los estudiantes con muy baja autoestima el puntaje T fue desde T 25,6 a T 38,4, en los estudiantes con baja autoestima el Puntaje T fue desde T 35,8 a T 43,3. La estrategia empleada con la evaluación inicial permitió identificar a los estudiantes con baja y muy baja autoestima, y generar planes preventivos y remediales, la capacitación de la comunidad educativa fue un factor fundamental, logrando que cada docente sea un agente de desarrollo socioemocional, que influye de forma significativa en el desarrollo de los estudiantes y en su autoestima, en los periodos que permanecen en las instituciones educativas, en la comprensión que las familias juegan un rol importante en su desarrollo. Se concluye que los estudiantes que presentaron baja y muy baja autoestima, el 62% reportó una mejora significativa, posterior al período de intervención. Berger et al. (2014), realizó su investigación en Santiago de Chile, la cual tuvo como objetivo presentar los resultados cuantitativos, de la implementación del Programa Bienestar y Aprendizaje Socioemocional (BASE), el cual fue diseñado para ser incluido en el currículo escolar de Chile, en los niveles de tercero y cuarto de enseñanza básica, su estructura sienta sus bases en cuatro pilares conceptuales: 1) desde una perspectiva integral del desarrollo humano, que considera como inseparables las áreas: cognitiva, afectiva y ética 2) un enfoque sistemico interaccional entre el estudiante, profesor, sus compañeros y consigo mismo 3) los procesos evolutivos de los estudiantes y la construcción de una narrativa positiva de simismo en el contexto escolar 4) la formación profesional docente como un factor fundamental, que brinde a los profesores las herramientas para atender las necesidades socioemocionales de los estudiantes. El programa se distribuye en diez unidades, las cuales se desarrollan en formato de taller en la jornada escolar, consta de un manual para el profesor o monitor, en el cual se describe el programa y el marco teórico, se incluyen sugerencias de actividades complementarias e indicaciones sobre dificultades que podrían presentar durante el proceso de intervención. El estudiante trabaja con un texto individual, a modo de bitácora, en las cuales el estudiante puede registrar sus impresiones del taller, en el cual se desarrollan diversas manifestaciones de expresión como: dramatizaciones, dibujos, juegos y reflexiones personales
image/svg+xmlAutoestima educando desde y para la paz: Una revisión sistemática RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1325-1341, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1335 y grupales, las cuales promueven fuertes niveles de compromiso, compañerismo y conocimiento de sí mismo. Los estudiantes que participaron en el estudio fueron 671, los cuales cursaban tercero y cuarto básico respectivamente, en cinco escuelas de Santiago de Chile, con dependencia particular subvencionada, las edades de los estudiantes van desde 8 años 2 mes y 10 años 1 mes, el instrumento para medir la autoestima fue el TAE, las escuelas asignadas como grupo experimental fueron tres (n=437) y el grupo control estuvo compuesto por dos escuelas (n=234).Los resultados del efecto del programa se evaluaron a través del análisis de varianza de medidas repetidas, considerando el tiempo(medición pre y pos) y la condición ( grupo control/grupo experimental), en el análisis de interacción, entendida como el efecto del programa en el tiempo evidenció efectos significativos en la autoestima de los estudiantes. En la revisión de los promedios se observa que los cursos que participaron del programa, los estudiantes presentaron un alza significativa en la autoestima, vía reporte del profesor. En el grupo control se observó una baja significativa durante el período escolar, en su percepción del clima social escolar, en la integración social y el rendimiento escolar, aspecto que no se presenta en el grupo experimental. Se concluye que en la utilización del programa BASE, una de las variables que fue significativamente fortalecida fue la autoestima, generando una relación positiva entre estudiantes y docentes, generando ambientes propicios para el aprendizaje, lo que se traduce en mejores logros académicos en los estudiantes, en donde la experiencia escolar se convierte en un lugar de aceptación, seguridad y contención, lo que los autores denominan apego escolar, en este espacio el profesor ocupa un rol fundamental, junto a la comunidad educativa, siendo partícipes activos en el programa. En Santiago de Chile, Marchant, Milicic y Álamos (2013), investigó la pertinencia de un Programa de desarrollo socioemocional en la autoestima de los estudiantes, este programa se focaliza en la capacitación de profesores y de la comunidad educativa, incluyendo padres y apoderados. Las temáticas del programa fueron: paradigma de la inteligencia emocional, aprendizaje socioemocional en el contexto escolar, clima escolar y convivencia social, familia: como potenciar a los padres en desarrollo socioemocional, importancia de los vínculos en el aprendizaje socio-emocional, desarrollo socioemocional y bienestar docente, intimidación escolar y desarrollo socio-emocional, resiliencia y aprendizaje emocional; reconociendo la autoestima positiva y negativa; las crisis: caracteristicas, impacto y apoyo. El programa se desarrolló en primera instancia capacitando a los docentes durante un año y medio, en la modalidad de conferencias, talleres y trabajo en grupos pequeños (n=30) utilizando la metodología de aprendizaje experiencial. En relación a los padres y apoderados el programa se desarrolló en las reuniones mensuales de cada curso (20 minutos). Con respecto a los
image/svg+xmlYasna RUBILAR RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1325-1341, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1336 estudiantes la intervención se ejecutó durante una hora semanal, durante 18 meses, en las clases de orientación o consejo de curso, dependiendo del nivel en el cual se encontraban los estudiantes. Para verificar el impacto del programa se evaluaron 900 estudiantes, pertenecientes a dos colegios particular subvencionado de la región metropolitana en Chile, los cuales cursaban de tercero a octavo básico, en un rango de edad de 8 a 13 años, el test utilizado para la medición fue el TAE, el pre test inicial evidenció que de los 900 estudiantes, 103 estudiantes, presentaban baja y muy baja autoestima, los 797 restantes presentaban una autoestima normal, según rango indicado por el test. Posterior a la intervención de 18 meses, se realizó el pos test a los 103 estudiantes que presentaron baja o muy baja autoestima. Los resultados evidenciaron una diferencia significativa en los cursos de 3º, 4º, 5º y 8º y en los cursos de 6º y 7º se reflejó un incremento pero no significativo. En relación a la evaluación de la autoestima en los profesores (n=40) se observan diferencias significativas en el auto-concepto general. Los resultados indican que el involucramiento de toda la comunidad educativa (directivos, docentes, asistentes de la educación, padres y apoderados, estudiantes) en programas de capacitación en desarrollo socioemocional, fortalece el desarrollo de un círculo virtuoso, en donde todos se ven favorecidos, desde los profesores quienes mejoran su desempeño académico, su autoestima personal y profesional, brindando a los estudiantes espacios compartidos de autoconocimiento y la creación de comunidades respetuosos de si mismos y de los otros, lo que se traduce en mejores y perdurables aprendizajes. En Antofagasta, Chile, Ramírez, Duarte y Muñoz (2005) investigó un programa de refuerzo de intervalo variable, con este programa se pretende modificar la autoestima de estudiantes considerados de alto riesgo, los cuales presentan altos índices de repetición de curso, ausentismo y deserción entre otros. La teoría del refuerzo postula que el comportamiento de una persona, es apto de ser modificado si se proporcionan, con cierta frecuencia y de forma periódica, refuerzos pertinentes, asociados a la presentación previa de una respuesta, incrementando la tasa de emisión de respuesta, en razón del comportamiento deseado. El programa se ejecutó durante 20 semanas (5 meses), con sesiones de 45 minutos semanales, en cada sesión se realizaron actividades desafiantes para los participantes. Los estudiantes que participaron en el estudio pertenecen a la escuela La bandera, E-97 de Antofagasta, Institución de administración municipal, cursan quinto básico y sus edades fluctúan entre los 10 y 11 años, para medir la efectividad del programa se evaluó la autoestima con pre y pos test, el instrumento utilizado es el test de Aysén, el quinto básico A fue asignado como grupo control (n=39) y el quinto básico C, fue el grupo experimental (n=39), se enfatiza en este estudio que se realizaron tres evaluaciones inicial-intermedia-final. Los resultados de las mediciones evidencian que: la
image/svg+xmlAutoestima educando desde y para la paz: Una revisión sistemática RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1325-1341, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1337 autoestima del grupo experimental presenta significativas modificaciones entre la medición inicial y la final al terminar la intervención, presentando las siguientes porcentajes, entregados por el test de Aysén, autoestima alta: inicial 12,8% final 20,5%, autoestima media: inicial 84,6%, final 79,5%; autoestima baja: 2,6% final 0%. El grupo control presenta los siguientes porcentajes en la medición inicial y final, autoestima alta: inicial 20,5%, final 15%; autoestima media: inicial 76,9%, final 76,9%; autoestima baja: inicial 2,6%, final 7,7%. Se concluye en esta investigación que los resultados del grupo experimental fueron favorables, considerando que la investigación fue afectada por dos procesos de invalidez interna la mortalidad experimental y factor historia. Se deja de manifiesto la relevancia de un programa que fortalezca la autoestima de los estudiantes en todos los contextos educativos, y con mayor insistencia en aquellos que presentan carencias económicas, culturales y familiares, se reflexiona sobre la necesidad de incluir a los docentes de las instituciones educativas en futuras investigaciones, con el objetivo de que el trabajo realizado no sea solo una experiencia exitosa momentánea, mas bien sean procedimientos sistemáticos de aula en el trabajo docente, erradicando el control coercitivo intra y extra aula. En Valdivia, Chile, Valdés (2001) desarrolló un programa de intervención para elevar los niveles de autoestima, este programa fue desarrollado en conjunto con los docentes de la escuela de enfermería de la Universidad Austral de Chile, el programa fue diseñado para alumnas, padres y profesores. Las unidades abordadas en el programa fueron: entrevista personal, autoevaluación del profesor, taller de padres, taller de alumnas, interacción de alumnas y padres y laboratorio familiar. La modalidad de trabajo fueron sesiones-taller, la metodología utilizada fue participativa, flexible y activa, la actitud de los profesores y profesionales de la salud fue esencial para crear un clima emocionalmente enriquecido, y dar confianza y seguridad a los estudiantes al participar en el programa. El programa se ejecutó durante un año. Los participantes de la investigación fueron 28 estudiantes, los cuales pertenecen a la escuela México de Valdivia, cursan sexto básico y sus edades fluctúan entre los 11 y 12 años. Para medir la efectividad del programa se evaluó la autoestima de los estudiantes pre y pos test. El instrumento utilizado fue el inventario de autoestima de Coopersmith el cual evalúa cuatro áreas: autoestima general, autoestima social, autoestima escolar, autoestima en el hogar. Los resultados en las cuatro áreas de medición de la autoestima obtuvieron modificaciones significativas: en autoestima general, al aplicar el pre test presentaron un 24,3% en autoestima media-alta y en el pos test 56,7%; en relación a la autoestima social en el pre test presentaron un 40,5% en autoestima baja, en el pos test 29,7 %; en la autoestima escolar en el pre test presentaron un 54,1% en autoestima alta y en el pos test 67,6%; en la autoestima del
image/svg+xmlYasna RUBILAR RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1325-1341, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1338 hogar, en el pre test presentaron un 32,4 % en autoestima alta y en el pos test 43,2%. Los resultados presentados son gratificantes, sin embargo se mantuvieron en el tiempo un porcentaje menor de estudiantes que mantuvo sus niveles bajos de autoestima, en las áreas de escala general, social y hogar, las cuales fueron derivadas a profesionales competentes. Se valora el trabajo en conjunto con la comunidad educativa, observando un mejor acercamiento en las relaciones interpersonales con los profesores y sus pares, lo que facilita un clima de aula favorable para el aprendizaje, en relación a las familias, los padres y apoderados se muestran posterior al programa más receptivos con las necesidades de sus hijas y logran comprender la relación existente entre la autoestima y el logro de objetivos en la vida. El sentirse validado por personas significativas y aceptado en su individualidad, les permite enfrentar con seguridad los retos escolares (académico e interpersonales), y los que la vida les depare en el futuro. Conclusiones En el desarrollo de esta revisión sistemática circunscrita a una localidad específica, analizando todos los programas ejecutados en Chile, que cumplan con los criterios de inclusión, en torno a fortalecer el constructo autoestima, en el entendido que presenta una directa relación con las competencias socioemocionales, lo cual contribuye a la valoración adecuada de sí mismo, el bienestar general, personal y entre pares, posibilitando espacios pacíficos y de aprendizaje. De los programas analizados, el 100% reportaron un alza significativa en las mediciones de autoestima posterior a la intervención, sin embargo, es importante mencionar que los programas que reportaron mejores resultados fueron aquellos en los que la comunidad educativa: directivos, docentes, asistentes de la educación, padres y apoderados y estudiantes, se involucraron de forma activa en el proceso de sensibilización, implementación, evaluación del programa y seguimiento. En relación a la etapa educativa en la que se realizaron las investigaciones el 100% se realizó en la enseñanza básica, si bien constituye una etapa sensible en la estructuración de la autoestima, no debemos olvidar que en la adolescencia se genera un nuevo período sensible, por lo cual se hace necesario contar con estudios en enseñanza media y universitarios, que obedezcan a estudios cuasi experimentales o experimentales, para medir el impacto de los programas y generar redes de apoyo de ser necesario. En la utilización de instrumentos para medir la autoestima, el Test de Autoestima del Escolar (TAE), fue el más utilizado en las investigaciones. Se debe mencionar que todos los
image/svg+xmlAutoestima educando desde y para la paz: Una revisión sistemática RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1325-1341, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1339 instrumentos utilizados en los diferentes estudios, fueron validados en Chile, para atender un territorio y nicho particular. Es relevante utilizar instrumentos que respondan a la realidad cultural y social que se requiere medir, los resultados se ajustarán a un contexto particular entregando insumos pertinente para identificar y apoyar de forma eficiente las necesidades y carencias socioemocionales de los estudiantes, antes que los gritos de auxilio del corazón, se transformen en explosiones de ira y de violencia verbal y física, sin autocontrol, en las aulas, en las calles y en las sociedades. Respecto a la distribución geográfica de los estudios, tres de ellos se realizaron en la zona central de Chile, dos en la zona norte y uno al sur del país, lo que nos permite tener un marco referencial base del territorio, sin embargo, faltan estudios que involucren a los pueblos originarios como: mapuches, aymaras, atacameños, por mencionar a tres de los ocho pueblos que habitan Chile, siendo los aludidos quienes tienen mayor representatividad a nivel nacional. Cuando nos conocemos y aceptamos, nos valoramos, nos respetamos y se puede tener una convivencia armoniosa y pacífica, desde todas las miradas. En relación a las limitaciones de este estudio, una de ellas es la escasa cantidad de investigaciones utilizadas como cuerpo base, atendiendo al constructo y los programas de intervención realizados con evidencia de mediciones e impacto, la mayor producción de investigación en esta área, se da fuera de América Latina y el Caribe. Como región tenemos que avanzar, generando nuevos espacios de conocimientos y aprendizaje por nuestros niños, niñas y adolescentes y por cada uno de nosotros. Finalmente, mencionar que nuestras limitaciones pueden ser nuestras mayores oportunidades, para motivar a otros profesores e investigadores, a utilizar los programas de intervención y los test presentados en este estudio, y generar nuevos aprendizajes que permitan robustecer los conocimientos existentes, en la certeza que una autoestima sana, es la llave que abre la puerta de la compasión, hacia uno mismo y hacia otros, sin duda es la llave que necesitamos en nuestras universidades, escuelas y hogares, en la construcción de comunidades que permitan “emocionarte” una vez mas, con la maravilla de la educación para y por la paz. REFERENCIAS AHUMADA, A. F.; ESCORZA, P. B. Aplicación y evaluación de una intervención para el desarrollo socio emocional y fortalecimiento de la autoestima en estudiantes de enseñanza básica. REXE.Revista de Estudios y Experiencias en Educación, v. 20, n. 44, p. 12-28. 2021. Disponible en: https://www.redalyc.org/journal/2431/243169780002/html/. Accesso en: 10 sept. 2020.
image/svg+xmlYasna RUBILAR RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1325-1341, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1340 BERGER, C. et al.Programa para el bienestar y aprendizaje socioemocional en estudiantes de tercero y cuarto grado: Descripción y evaluación de impacto. Revista Latinoamericana de Psicología, v. 46, n. 3, p. 169-177, 2014. Disponible en: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0120053414700202. Accesso en: 20 nov. 2020. CHILE. Ley n. 20.370 Art. 2º D. O.16 diciembre 2009, fija texto refundido, coordinado y sistematizado de la ley n. 20.370 con las normas no derogadas del decreto con fuerza de ley n. 1, de 2005. San Miguel: Ministerio de Educación, 2005. Disponible en: https://www.bcn.cl/leychile/navegar?idNorma=1014974&idVersion=2022-02-05&idParte=. Acceso en: 11 marzo 2022 DÍAZ, F. D.; FUENTES, S. I.; SENRA, P. N. Adolescencia y autoestima: Su desarrollo desde las instituciones educativas. Revista Conrado, v. 14, n. 64, p. 98-103. 2018. Disponible en: https://www.researchgate.net/publication/328529437_Adolescencia_y_autoestima_su_desarrollo_desde_las_instituciones_educativas. Accesso en: 15 abr. 2021. HERNÁNDEZ, J. A.; ACOSTA, R. La autoestima en la educación. Límite. Revista Interdisciplinaria de Filosofía y Psicología.v. 1, n. 11, p. 82-95. 2004. Disponible en: https://philpapers.org/rec/ACOLAE. Accesso en: 22 abr. 2021. HERNÁNDEZ, P.; GARCÍA, M. D. Programa Instruccional para la Evaluación y liberación emotiva:Aprendiendo a vivir (PIELE). Madrid: TEA Ed. 1992. KIVIRUUSU, O. et al.Self-esteem growth trajectory from adolescence to mid-adulthood and its predictors in adolescence. Advances in Life Course Research, v. 23, p. 29-43, 2015. Disponible en: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1040260814000471. Accesso en: 11 maio 2021. LÓPEZ, L. S.; MILICIC, N. Hijos con autoestima positiva. Guía para padres. 3. ed. Santiago: Grupo Editorial Norma, 2009. MARCHANT, O. T.; HAEUSSLER, I.; TORRETTI, A. TAE:Test de Autoestima Escolar Evaluación del alumno vía auto-reporte y vía profesor. Santiago: Ediciones UC, 2016 MARCHANT, O. T.; MILICIC, N.; ALAMOS, V. P. Impacto en los niños de un programa de desarrollo socio-emocional en dos colegios vulnerables en Chile. Revista Iberoamericana de Evaluación Educativa, v. 6, n. 2, p. 167-186, 2013. Disponible en: https://revistas.uam.es/riee/article/view/3411. Accesso en: 16 maio 2021. MARCHANT, O. T.; MILICIC, N.; ALAMOS, V. P. Competencias Socioemocionales: Capacitación de Directivos y Docentes y su Impacto en la Autoestima de Alumnos de 3o a 7o Basico. Revista Iberoamericana de Evaluación Educativa, v. 8, n. 2, p. 203- 218, 2015. Disponible en: https://repositorio.uam.es/bitstream/handle/10486/670653/RIEE_8_2_11.pdf?sequence=1. Accesso en: 18 marzo 2021. MILICIC, N. Abriendo ventanas: Actividades para estimular el desarrollo afectivo de ninos entre 5 y 8 anos. Santiago: Editorial Universitaria, 1991.
image/svg+xmlAutoestima educando desde y para la paz: Una revisión sistemática RIAEERevista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1325-1341, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1341 MILICIC, N. Creo en ti: La construcción de la autoestima en el contexto escolar. Santiago: LOM Ediciones, 2001. MORENTE, A. et al. Análisis de la relación entre competencias emocionales, autoestima,clima de aula, rendimiento académico y nivel de bienestar en una muestra de escolares de educación primaria. Revista Española de Orientación y Psicopedagogía, v. 28, n. 1, p. 8-18, 2017. Disponible en: https://www.redalyc.org/pdf/3382/338252055002.pdf. Accesso en: 18 marzo 2021. ONU: Resolución A/RES/70/1 Transformar nuestro mundo: La agenda 2030 para el Desarrollo Sostenible. New York: ONU, 2015. Disponible en: https://unctad.org/system/files/official-document/ares70d1_es.pdf. Acceso en: 20 feb. 2022 PÉREZ, N. et al.Análisis de la relación entre competencias emocionales, autoestima, clima de aula, rendimiento académico y nivel de bienestar en educación primaria. Revista Española de Orientación y Psicopedagogía, v. 28, n. 1, p. 8-18 2017. Disponible en: https://www.redalyc.org/pdf/3382/338252055002.pdf. Accesso en: 15 agosto 2020. RAMÍREZ, P. P.; MUÑOZ V. R.; DUARTE, V. J. Autoestima y refuerzo en estudiantes de 5º básico de una escuela de alto riesgo. Anales de Psicología, v. 21, n. 1, p. 102-115. 2005. Disponible en: https://revistas.um.es/analesps/article/view/27211. Accesso en: 10 marzo 2021. SELIGMAN, M. et al. The optimist child.New York: Houghton Miffin Company, 1995. VALDES, G. L. Programa de intervención para elevar los niveles de autoestima en alumnas de sexto año básico.Estudios pedagógicos de Valdivia, n. 27, p. 65-73, 2001. Disponible en: https://www.scielo.cl/scielo.php?pid=S0718-07052001000100005&script=sci_arttext. Accesso en: 06 mayo 2021. Cómo hacer referencia a este artículo RUBILAR, Y.; CACHÓN, J.; CASTRO, M. Autoestima educando desde y para la paz: Una revisión sistemática. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1325-1341, jun. 2022. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999Enviado en: 22/12/2021 Revisiones requeridas: 06/02/2022 Aprobado en: 10/04/2022 Publicado en: 30/06/2022 Procesamiento y edición: Editora Ibero-Americana de Educação. Corrección, formateo, normalización y traducción.
image/svg+xmlSelf-esteem educating from and for peace: A systematic review RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1315-1331, June 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1315 SELF-ESTEEM EDUCATING FROM AND FOR PEACE: A SYSTEMATIC REVIEW AUTOESTIMA EDUCANDO DESDE Y PARA LA PAZ: UNA REVISIÓN SISTEMÁTICA AUTOESTIMA EDUCANDO DE E PARA A PAZ: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA Yasna RUBILAR1ABSTRACT: Self-esteem is a fundamental construct in the development of human beings throughout life, its transcendence has a direct influence on people's quality of life, productivity, and mental health. The objective of this research is to disseminate intervention programs used to strengthen students' self-esteem, with verifiable results that can be replicated in various educational institutions. To do this, a systematic review is conducted in SciELO, Redalyc, Dialnet. The results show that all intervention programs implemented according to inclusion criteria showed an increase in students' self-esteem. In this scenario, all efforts should tend towards this self-knowledge, which fosters a culture of peace and non-violence, so necessary nowadays. KEYWORDS: Self-esteem. Socioemotional skills. School intervention programs. Education for peace. RESUMEN: La autoestima es un constructo clave en el desarrollo del ser humano, a lo largo de toda la vida, su trascendencia tiene directa influencia sobre la calidad de vida, productividad y salud mental de las personas. El objetivo de esta investigación es dar a conocer programas de intervención que se utilizaron para fortalecer la autoestima de los estudiantes, con resultados verificables y que puedan ser replicados en diversas Instituciones educativas. Para tal efecto, se realiza una revisión sistemática en SciELO, Redalyc, Dialnet. Los resultados evidencian que todos los programas de intervención implementados según criterios de inclusión presentaron un aumento en la autoestima de los estudiantes. En este escenario todos los esfuerzos deben propender a este autoconocimiento, que propicia una cultura de paz y no violencia, tan necesaria en estos días. PALABRAS CLAVE: Autoestima. Habilidades socioemocionales. Programas de intervención escolar. Educación para la paz. 1University La República (ULARE), Temuco – Chile. Graduate Coordinator. Head of Career in Differentiated Education.Doctorate in Education (UJA). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-6201-6679.E-mail:yasna.rubilar@ulare.cl
image/svg+xmlYasna RUBILAR RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1315-1331, June 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1316 RESUMO: A autoestima é uma construção fundamental no desenvolvimento do ser humano, ao longo da vida, sua transcendência tem influência direta na qualidade de vida, produtividade e saúde mental das pessoas. O objetivo desta pesquisa é divulgar programas de intervenção utilizados para fortalecer a autoestima dos alunos, com resultados verificáveis que podem ser replicados em diversas instituições de ensino. Para isso, é realizada uma revisão sistemática em SciELO, Redalyc, Dialnet. Os resultados mostram que todos os programas de intervenção implementados segundo critérios de inclusão apresentaram aumento da autoestima dos alunos. Nesse cenário, todos os esforços devem tender a esse autoconhecimento, que fomenta uma cultura de paz e não-violência, tão necessária nos dias de hoje. PALAVRAS-CHAVE: Autoestima. Habilidades socioemocionais. Programas de intervenção escolar. Educação para a paz. Introduction At the international level, under the United Nations General Assembly, and the 193 countries that compose it, including the 33 countries of Latin America and the Caribbean, approved in Resolution A/RES/70/1, the 2030 Agenda for Sustainable Development, which includes 17 goals for the period 2015-2030 (UN, 2015). This agenda includes transcendental issues for Latin America and the Caribbean, such as the eradication of extreme poverty, inequality in all its expressions, health and well-being, ensuring inclusive, equitable and quality education, promoting lifelong learning opportunities for all, in this context the importance of comprehensive student development and the importance of socioemotional skills in education for the 21st century stands out. It is undeniable the approach of the various world actors to the integral development of the human being throughout life, this vision challenges us as a region in the field of education. In Chile, the General Education Law, in accordance with the general objectives established, mentions that "education should be oriented not only to the field of knowledge and culture, but also for students to achieve full personal and social development" (CHILE, 2005). In this full personal and social development, self-esteem plays a transcendental role, defined as the subjective and general evaluation that the subject makes about himself (KIVIRUUSU et al., 2015). From an evolutionary perspective, self-esteem begins from the first years of life, in the relationship with the first caregivers and their attachment bond, from the interaction, in the treatment they receive, in the looks, gestures and attention, among others, that communicate to the child the place it occupies for these significant people. Self-esteem is acquired and developed in the evolutionary process, it is not innate, it is strengthened through experiences in various contexts (DÍAZ; FONTES; SENRA, 2018). The
image/svg+xmlSelf-esteem educating from and for peace: A systematic review RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1315-1331, June 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1317 family is fundamental in its construction in the initial process, and later the school plays an elementary role in the architecture of a healthy self-esteem, in both contexts children learn to relate and represent themselves and their connection to the world, in this relationship with the child it is desirable to approach from the explicit recognition of his personal characteristics, where he feels accepted, competent and valued for who he is, without comparisons, his personal and unique reality, which undoubtedly differentiates him from others, and gives him the uniqueness that every child has, when possible this context strengthens a healthy self-esteem, this allows him to respond actively and positively to the challenges and opportunities that are offered in the family and school context, and in different areas of their current and future development (SELIGMAN et al., 1995). At the other extreme, when children do not feel valued and are criticized or ridiculed, they elaborate fewer goals and the willpower to execute them is almost null (LÓPEZ; MILICIC, 2009). In this scenario, the school community, teachers and classmates, assume significant relevance in relation to the hours that students spend in schools, constituting it the first public space of learning in the academic, social and emotional, where self-esteem will be fundamental to achieve a harmonious and peaceful coexistence, where each one is recognized with a value of their own and from that point can establish interpersonal relationships based on respect and acceptance of the other, with the unique peculiarities of each human being. If self-esteem is a relevant construct in the development of children and adolescents [DCA], and its scope involves according to Milicic (1991) the intellectual area, by developing confidence in their abilities to learn and think, in the Physical area, by accepting and being satisfied with their appearance, in the emotional area, by validating their own feelings, and finally in the social area, by feeling valued by others and building interpersonal relationships. Milicic (2001) concludes that self-esteem is one of the psychological behaviors with a high degree of incidence on the quality of life of children and adolescents, in their current moment and in their future development, affecting their academic performance and mental health. In turn, Hernández and Acosta (2004) add that increasing self-esteem in children and adolescents improves their learning levels, which has an impact on greater achievements in their personal and professional lives. He exposed the theoretical and philosophical foundations, in the understanding that a healthy self-esteem allows children and adolescents to learn to love themselves, to accept themselves and to be happy with those who are independent of their physical, psychological, cultural or geographical characteristics, in this perspective of personal acceptance, it is the only one I can give acceptance, if I accept myself, I can give compassion, if I have been
image/svg+xmlYasna RUBILAR RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1315-1331, June 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1318 compassionate with myself and I have forgiven my mistakes, without a doubt, this is one of the ways to eradicate from our educational communities, violence, hatred and bullying in all its expressions and tend to a culture of peace. Around the world, numerous intervention programs have been developed, following models from various authors and institutions, in order to form integral children and adolescents, who manage to interweave cognitive, social and emotional skills, with the aim of favoring the well-being and emotional development of children and adolescents, in this area, Morente (2017) indicates that there is a correlation between self-esteem, emotional skills, classroom climate, the level of well-being and the academic performance of students, in turn, Pérez et al. (2017) points out that self-esteem has theoretical affinity with emotional competencies, which benefit the areas of self-evaluation and shape the well-being of children and adolescents. From this perspective, the goal of this research is pertinent and necessary, to identify effective intervention programs in the development of self-esteem, and replicate or adapt to different social and cultural contexts in the region. These programs will allow educational communities to develop in students from a practical/experiential approach new socioemotional skills, "from" (self) self-esteem "to" (others) the promotion of a culture of peace, where dialogue permeates our differences. Method The research responds to a qualitative approach, from a systematic review, the review process of articles was carried out in late 2020 and 2021, the search engines used were SciELO, REDALYC, DIALNET, with the keywords "self-esteem" "intervention programs" "emotional education" "social-emotional learning", using the booster operators "and" and "or". 237 results were defined in the preliminary search, before proceeding to the selection of articles, the inclusion criteria considered for the selection were: 1) articles with intervention programs in self-esteem 2) articles that had as sample students in elementary or high school 3) articles containing programs carried out in Chile 4) articles with quasi-experimental or pre-experimental methodology. Once the inclusion criteria were applied, the base body of the study consisted of 6 articles, the process performed is specified in Figure 1.
image/svg+xmlSelf-esteem educating from and for peace: A systematic review RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1315-1331, June 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1319 Figure 1 –Flowchart of the item selection process 2Source: Devised by the author The production of scientific articles in Chile, referring to the construction of self-esteem, in the periods between 2001 and 2021, has developed continuously, but with low representativeness, reaching its highest productivity in 2016 with 21 articles and 2018 and 2015 with 20 articles per year. The other periods oscillated between low and increased scientific publications. The articles selected for this review meet each of the inclusion criteria, therefore, only the articles corresponding to the years 2001, 2005, 2013, 2014, 2015 and 2021, meet these criteria, as presented in Figure 2.2Articles identified in database (n=237); Studies eliminated from other categories (n=125); Studies selected (n=112); Eliminated by inclusion criteria (n=62); Duplicates eliminated (n=10); Record selected to assess legitimacy (n=40); Excluded after full reading (n=34); Studies selected for systemic review (n=6); Quasi-experimental studies(n=4); Pre-experimental studies (n= 2).
image/svg+xmlYasna RUBILAR RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1315-1331, June 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1320 Figure 2 –Total articles on self-esteem published in Chile and articles selected for study 3Source: Devised by the author - based on SciELO, Redalyc and Dialnet Systematization of the results For a better understanding of the study database, a coding process was performed, with the following matrix:1) Author/s 2) Year of publication 3) City 4) Country 5) Educational stage 6) Name of the intervention program used to increase self-esteem 7) Duration/extent of the intervention program to strengthen self-esteem 8) Type of study (Quasi-experimental - Pre-experimental) 9) Sample (Control Group [CG*]) - (Experimental Group [EG*]) Instrument used to measure self-esteem 11) Results. The systematization of results is presented in Table 1 3Number of published and selected articles - Orange: Selected Articles / Blue: Total articles published.
image/svg+xmlSelf-esteem educating from and for peace: A systematic review RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1315-1331, June 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1321 Table 1 –Coding of selected studies Authors, YearCity, Country Education Level Program name and duration (extension) Type of study Sample (CG* - EG*) instrument ResultsAhumada, Escorza (2021) La Serena, Chile Basic Education Basic Instructional Program Emotional Liberation Education (PIELE) (3 months) with follow-up Quasi-experienced l56 (30 - 26). Test of Student Self-Esteem (TAE) The results show significant improvement in measures of self-esteem and social-emotional development the participating students compared to the control group. Marchant, Milicie,Álamos (2015) Santiago, Chile Basic Education Principals and Teachers Training Program (2 years) Pre-Experimental 1883 Student Self-Esteem Test (TAE ) The results show in the pre-post analysis significant differences in each group, students with very low self-esteem and those with low self-esteem improved significantly in the grand total and across all levels. Berger, Milicic,AlcalayyTorretti(2014) Santiago, Chile. Basic Education Socio-Emotional Wellness and Learning Program (BASE) (7 months) Quasi experimental 67(234 - 437). Student Self-Esteem Test (TAE) The results reported in the article show that the repeated measures analysis of variance showed an impact of the BASE program on students' self-esteemMarchant, Milicie, Álamos (2013) Santiago, Chile Basic Education Socio-emotional Development Program (18 months) Pre-Experimental103 Test of Student Self-Esteem (TAE) The results show that the program has improved the self-esteem of students, teachers, and academic performance. Ramirez, Duarte,Muñoz (2005) Antofagasta, Chile Basic Education Variable Interval Booster Program (5 months) Quasi experimental 90 (45 - 45) Aysén test The results signal that the experimental group modifies their self-esteem at the end of the treatment by decreasing to zero the percentage of students with low self-esteem and increases the group of high self - esteem.Valdés, G.(20001) Valdívia, Chile Basic Education Designed program for students, parents and teachers (1 year) Pre-Experimental 37 Coopersmith Self-esteem InventoryThe results reveal that the female students have increased their levels of self-esteem in all four areas of the study test. Source: Devised by the authorIn the selected articles, several instruments were used to assess the construct of self-esteem, of the 6 articles selected, in 4 of them the School Self-Esteem Test [TAE, in the Portuguese acronym] is used to assess the self-esteem of children and adolescents, in which
image/svg+xmlYasna RUBILAR RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1315-1331, June 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1322 students answer 22 screening questions, which provides information on a set standard (T-score)by course and age, delivering three categories of self-esteem: 1) Normal self-esteem, is considered when the T score ≥40 points, on average, about that or even one standard deviation below the mean 2) Low self-esteem, is understood, when theT score is between 30 and 39 points, 1 standard deviation below the mean3) Very low self-esteem, the score is T≤29 Points, 2 or more standard deviation below the mean. The TAE, in turn, is divided into 6 subtests: Behavior, Intellectual Status, Physical Appearance and Attributes, Anxiety, Popularity, Happiness and Satisfaction. (AHUMADA; ESCORZA, 2021; BERGER et al., 2014; MARCHANT; MILICIC; ALAMOS, 2013; MARCHANT; MILICIC; ALAMOS, 2015). In turn, Ramírez, Duarte and Muñoz (2005), measure self-esteem with the Aysén Test,this instrument consists of 30 questions that require a written response on a three-option scale, with reverse calculation for eight of its items. Self-esteem is measured in 3 categories: 1) Mastery of interaction 2) Self-confidence 3) Self-appraisal of one's position. The overall results of the categories allow us to classify self-esteem into 3 levels: High, between 71 and 90 points; Medium, between 51 and 70 points; and Low, between 30 and 50 points. Valdés (2001), used to measure students' self-esteem, the Coopersmith Self-esteem Inventory, a self-report instrument of 58 respondents, referring to the student's perception in 4 areas: 1) General self-esteem, 2) Social self-esteem, 3) Family self-esteem 4) Academic school self-esteem. Each answer according to the correction guideline has 2 points, adding the corresponding score for each of the areas of the inventory, minus M you can have an indicator of the overall appreciation of yourself. Table 2 – Instruments used to measure self-esteem in the selected articles InstrumentNumber of questionsCategory or subtestSchool Self-Esteem Test (TAE)22ConductIntellectual Status Physical Appearance and Attributes Anxiety Popularity Happiness and SatisfactionAysén test30Mastery in IntegritySelf-assurance Self-worth of your positionCoppersmith Self-Esteem Inventory 58General Self-EsteemSocial self-esteem Family self-esteem Academic School self-esteemSource: Devised by the author
image/svg+xmlSelf-esteem educating from and for peace: A systematic review RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1315-1331, June 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1323 Discussion The objective of this study is to know different intervention programs carried out in Chile over the years, which allow to strengthen the self-esteem of children, a construct that is constantly changing, in the development of the life cycle of the human being, which forces us from the educational point of view to be in permanent knowledge and update the methodologies with greater effectiveness, for monitoring in this transit of children and adolescents. Several authors agree that self-esteem and emotional learning are concepts that are linked together and are personality variables, including Ahumada and Escorza (2021), who conducted a mixed research, is included in this review, since in the evaluation of the construct under study, met the inclusion criteria. The intervention methodology used was Hernández y García's (1992) instructional Emotional Liberation Program PIELE, which is cognitive-motivational in nature, created and validated in Spain. The goal of this program is the socio-affective development of children and youth, to enhance personal adjustment and socialization through the concept of positive self-esteem, tolerance skills, overcoming problems, social development through understanding, communication and collaboration with others. The 56 students who participated in the study belonged to two municipal schools in the municipality of La Serena, with similar characteristics, the students' ages ranged from 10 to 13 years old, and they were in the 5th grade of basic education, the objectives of the research were: to evaluate the variables self-esteem and socioemotional development and to determine the impact of the variables gender and intervention group on self-esteem and socioemotional development. The process of measuring the variables was carried out in three periods: pre-intervention, post-intervention and post-follow-up (4 months after the end of the intervention). The PIELE workshops are developed during 12 sessions, of 45 minutes, during class time, weekly, in the experimental group. The results in the measurement of self-esteem with the TAE instrument, make clear that the PIELE program had a positive impact on the self-esteem of the students in the experimental group, in the measurements made in the post-intervention period, the average self-esteem is significantly higher than the pre-intervention period((p < .001) and post-follow-up (p= 0.042), it is concluded that self-esteem in the treatment group increases after the intervention and is maintained, unlike the control group in which self-esteem does not differ, over time. Regarding the variable gender of the students, no differences are observed in the measures.
image/svg+xmlYasna RUBILAR RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1315-1331, June 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1324 In Santiago de Chile, Marchant, Milicic and Álamos (2015) developed in their research the application of a training program for managers and teachers, with the aim of developing socioemotional skills in participants and understand the fundamental role they occupy in the self-esteem of students. The themes developed in the program were: Paradigm of emotional intelligence in children, socioemotional learning in the school context, variables that favor the construction of a positive identity and self-esteem, recognizing positive and negative self-esteem, school climate and social coexistence, school bullying and socioemotional development, family how to empower parents in socioemotional development, importance of bonds in socioemotional learning, socioemotional development and teacher well-being, resilience and emotional learning, crises: characteristics, impact and support, assessing self-esteem in students, and supporting students with Low and Low Self-Esteem. The participants of the program were 288 education professionals from 5 schools of the Belén Educa Foundation, which serves students with high vulnerability, the effectiveness of the program was evaluated with the measurement of self-esteem using the TAE instrument, the students who participated in the evaluation were 1883, from third to seventh grade, with pre- and post-test, and 2-year intervention. The results of the test show that the students have adequate pre-test self-esteem, it is highlighted in the study that students who had low self-esteem and low self-esteem in the measurement showed significant differences in each group, in students with very low self-esteem the T-score was from T 25.6 to T 38.4, in students with low self-esteem the T-score ranged from T 35.8 to T 43.3. The strategy used with the initial assessment allowed the identification of students with low and very low self-esteem, and generate preventive and corrective plans, the formation of the educational community was a key factor, getting each teacher to be an agent of socioemotional development, which significantly influences the development of students and their self-esteem, in the periods they remain in educational institutions, in the understanding that families play an important role in their development. It was concluded that the students who presented low and low self-esteem, 62% reported significant improvement, after the intervention period. Berger et al. (2014), conducted their research in Santiago, Chile, which aimed to present the quantitative results of the implementation of the Socioemotional Well-Being and Learning Program (BASE), designed to be included in the school curriculum of Chile, in the third and fourth levels of basic education, its structure establishes its foundations in four conceptual pillars: 1) from an integral perspective of human development, which considers inseparable the areas: cognitive, affective and ethical 2) a systemic interaction approach between the student, teacher, his peers and himself 3) the evolutionary processes of students
image/svg+xmlSelf-esteem educating from and for peace: A systematic review RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1315-1331, June 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1325 and the construction of a positive narrative of self in the school context 4) professional teacher training as a key factor, which provides teachers with the tools to meet the socioemotional needs of students. The program is distributed in ten units, which are developed in workshop format in the school day, consists of a manual for the teacher or monitor, which describes the program and the theoretical framework, includes suggestions for complementary activities and indications of difficulties that could present during the intervention process. The student works with an individual text, like a record, in which the student can register his impressions of the workshop, in which several expression manifestations are developed such as: dramatizations, drawings, games, and personal and group reflections, which promote strong levels of commitment, companionship, and self-knowledge. The students who participated in the study were 671, attending the third and fourth grades respectively, in five schools in Santiago de Chile, with private subsidized dependence, the students' ages ranged from 8 years 2 months and 10 years 1 month, the instrument to measure self-esteem was theTAE, the schools designated as experimental group were three (n=437) and the control group was composed of two schools (n=234). The results of the effect of the program were evaluated through the analysis of variance of repeated measures, considering the time (pre- and post-measurement) and the condition (control group/experimental group), in the interaction analysis, understood as the effect of the program over time evidenced significant effects on students' self-esteem. In the review of the averages it is observed that in the courses that participated in the program, the students showed a significant increase in self-esteem, through the teacher's report. In the control group, a significant decrease was observed during the school term, in the perception of the school social climate, in social integration, and in school performance, an aspect that is not presented in the experimental group. It is concluded that, in the use of the BASE program, one of the variables that was significantly strengthened was self-esteem, generating a positive relationship between students and teachers, generating environments conducive to learning, which translates into better academic achievement in students, where the school experience becomes a place of acceptance, security and containment, what the authors call school attachment, in this space the teacher plays a key role, along with the educational community, being active participants in the program. In Santiago, Chile, Marchant, Milicic and Álamos (2013), investigated the relevance of a socioemotional development program on students' self-esteem, this program focuses on training teachers and the educational community, including parents and guardians. The themes of the program were: emotional intelligence paradigm, social-emotional learning in the school context, school climate and social coexistence, family: how to empower parents in
image/svg+xmlYasna RUBILAR RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1315-1331, June 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1326 social-emotional development, importance of bonds in social-emotional learning, social-emotional development and teacher well-being, school bullying and social-emotional development, resilience and emotional learning; recognizing positive and negative self-esteem; crises: characteristics, impact and support. The program was developed in the first instance by training teachers for a year and a half, in the form of conferences, workshops and small group work (n = 30) using the experiential learning methodology. Regarding parents and guardians, the program was developed in the monthly meetings of each course (20 minutes). Regarding the students, the intervention was carried out during one hour per week, for 18 months, in the orientation classes or course council, depending on the level the students were at. To verify the impact of the program, 900 students were evaluated, belonging to two subsidized private schools in the metropolitan area of Chile, studying from the third to the eighth grade, in an age range of 8 to 13 years, the test used for measurement was the TAE, the initial pre-test showed that of the 900 students, 103 students had low and low self-esteem, the remaining 797 had normal self-esteem, according to the range indicated by the test. After the 18-month intervention, the post-test was performed on the 103 students who showed low or very low self-esteem. The results showed a significant difference in grades 3, 4, 5, and 8, and in grades 6 and 7, an increase was reflected, but not significant. Regarding the assessment of self-esteem in teachers (n=40) significant differences were observed in the overall self-concept. The results indicate that the involvement of the entire educational community (principals, teachers, education assistants, parents and guardians, students) in training programs in socioemotional development strengthens the development of a virtuous circle, where everyone is favored, from teachers who improve their academic performance, their personal and professional self-esteem, providing students with shared spaces for self-knowledge and creating communities respect for themselves and others, which translates into better and lasting learning. In Antofagasta, Chile, Ramírez, Duarte and Muñoz (2005) investigated a variable interval reinforcement program, with this program aims to modify the self-esteem of students considered high risk, who have high rates of repetition, clear, absenteeism and desertion among others. The theory of reinforcement postulates that a person's behavior is apt to be modified if relevant reinforcement is provided, with a certain frequency and periodically, associated with the previous presentation of a response, increasing the rate of response emission, due to the desired behavior. The program lasted 20 weeks (5 months), with sessions of 45 minutes per week, in each session of challenging activities for the participants. The students who participated in the study belong to La bandera school, E-97 of Antofagasta,
image/svg+xmlSelf-esteem educating from and for peace: A systematic review RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1315-1331, June 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1327 Institution of the municipal administration, they study the fifth grade and their ages range from 10 to 11 years, to measure the effectiveness of the self-esteem program was evaluated with pre- and post-test, the instrument used is the Aysén test, the basic fifth A was assigned as the control group (n = 39) and the basic fifth C, was the experimental group (n = 39), it is emphasized in this study that three initial-intermediate-final evaluations were performed. The results of the measurements show that: the self-esteem of the experimental group presents significant changes between the initial and final measurements at the end of the intervention, presenting the following percentages, delivered by the Aysén test, high self-esteem: initial 12.8% final 20.5%, medium self-esteem: initial 84.6%, final 79.5%; low self-esteem: 2.6% final 0%. The control group presented the following percentages in the initial and final measurements, high self-esteem: initial 20.5%, final 15%; average self-esteem: initial 76.9%, final 76.9%; low self-esteem: initial 2.6%, final 7.7%. It is concluded in this research that the results of the experimental group were favorable, considering that the research was affected by two internal disability processes, experimental mortality and historical factor. It is highlighted the relevance of a program that strengthens the self-esteem of students in all educational contexts, and with greater emphasis on those who have economic, cultural and family disabilities, it is reflected the need to include teachers of educational institutions in future research, with the aim that the work done is not just a momentary experience of success, instead are systematic procedures in the classroom in the teaching work, eradicating coercive control intra and extra classroom. In Valdivia, In Chile, Valdés (2001) developed an intervention program to raise the levels of self-esteem, this program was developed in conjunction with the teachers of the nursing school of the Universidad Austral de Chile, the program was designed for students, parents and teachers. The units covered in the program were: personal interview, teacher self-assessment, parent workshop, student workshop, student and parent interaction, and family lab. The modality of work was session-workshop, the methodology used was participatory, flexible and active, the attitude of teachers and health professionals was essential to create an emotionally enriched climate, and give confidence and security to the students when participating in the program. The program lasted one year. The research participants were 28 students, who belong to the Mexican school in Valdivia, are in sixth grade, and their ages range from 11 to 12 years old. To measure the effectiveness of the program, the students' self-esteem was assessed pre- and post-test. The instrument used was the Coopersmith self-esteem inventory which assesses four areas: general self-esteem, social self-esteem, school self-esteem, and self-esteem at home. The results in the four areas of self-esteem measurement
image/svg+xmlYasna RUBILAR RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1315-1331, June 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1328 obtained significant changes: in general, in the pre-test application they presented 24.3% in medium-high self-esteem and in the post-test 56.7%; regarding social self-esteem in the pre-test they presented 40.5% low self-esteem, in the post-test 29.7%; in school self-esteem in the pre-test they presented 54.1% in high self-esteem and in the post-test 67.6%; in home self-esteem, in the pre-test they presented 32.4% high self-esteem and in the post-test 43.2%. The results presented are gratifying, but a smaller percentage of students who maintained their low levels of self-esteem had been maintained over time, in the general, social, and home areas, which were referred to competent professionals. The work together with the educational community is valued, observing a better approach in interpersonal relationships with teachers and their peers, which facilitates a favorable climate in the classroom for learning, in relation to families, parents and guardians are more receptive to their daughters' needs after the program and are able to understand the relationship between self-esteem and the achievement of goals in life. Feeling validated by significant people and accepted in their individuality, allows them to confidently face school challenges (academic and interpersonal), and those that life holds in the future. Final remarks In developing this systematic review circumscribed to a specific locality, analyzing all programs run in Chile, which meet the inclusion criteria, around strengthening the construction of self-esteem, in the understanding that it has a direct relationship with socioemotional skills, which contributes to the proper valuation of oneself, the general well-being, personal and among peers, enabling peaceful spaces and learning. Of the programs analyzed, 100% reported a significant increase in self-esteem measures after the intervention. However, it is important to mention that the programs that reported the best results were those in which the educational community: principals, teachers, education assistants, parents and guardians, and students, were actively involved in the process of awareness, implementation, program evaluation, and monitoring. Regarding the educational stage in which the research was carried out, 100% were carried out in elementary education, although it constitutes a sensitive stage in the structuring of self-esteem, we cannot forget that in adolescence a new sensitive period is generated, so it is necessary to have studies in high school and university, which follow quasi-experimental or experimental studies, to measure the impact of programs and generate support networks, if necessary.
image/svg+xmlSelf-esteem educating from and for peace: A systematic review RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1315-1331, June 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1329 In the use of instruments to measure self-esteem, the Test of School Self-Esteem (TAE, in the Portuguese acronym) was the most used in the research. It should be mentioned that all the instruments used in the different studies were validated in Chile, to serve a particular territory and niche. It is relevant to use instruments that respond to the cultural and social reality that needs to be measured, the results will be adjusted to a particular context, providing relevant inputs to efficiently identify and support students' socioemotional needs and deficiencies, before the cries for help from the heart are transformed into outbursts of anger and verbal and physical violence, without self-control, in classrooms, on the streets and in societies. As for the geographical distribution of the studies, three of them have been carried out in central Chile, two in the north and one in the south of the country, which gives us a basic structure of the territory. However, studies involving the original peoples such as Mapuches, Aymaras, Atacameños, to name three of the eight peoples that inhabit Chile are lacking, the aforementioned peoples being the most representative at a national level. When we know and accept each other, we value and respect each other, and can have a harmonious and peaceful coexistence, from all perspectives. Regarding the limitations of this study, one of them is the small amount of research used as a base body, taking into consideration the construction and intervention programs carried out with evidence of measurements and impact, the largest research production in this area, occurs outside Latin America and the Caribbean. As a region, we must move forward, generating new spaces of knowledge and learning for our children and adolescents and for each one of us. Finally, mention that our limitations can be our greatest opportunities, to motivate other teachers and researchers, to use the intervention programs and tests presented in this study, and to generate new learning to strengthen existing knowledge, in the certainty that a healthy self-esteem is the key that opens the door to compassion, for oneself and for others, is, without a doubt, the key we need in our universities, schools and homes, in building communities that allow you to "get excited" once again, about the wonder of education for and for peace. REFERENCES AHUMADA, A. F.; ESCORZA, P. B. Aplicación y evaluación de una intervención para el desarrollo socio emocional y fortalecimiento de la autoestima en estudiantes de enseñanza básica. REXE.Revista de Estudios y Experiencias en Educación, v. 20, n. 44, p. 12-28.
image/svg+xmlYasna RUBILAR RIAEE– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. esp. 2, p. 1315-1331, June 2022. e-ISSN: 1982-5587 DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17iesp.2.16999 1330 2021. Available at: https://www.redalyc.org/journal/2431/243169780002/html/. Access on: 10 Jan. 2020. BERGER, C. et al.Programa para el bienestar y aprendizaje socioemocional en estudiantes de tercero y cuarto grado: Descripción y evaluación de impacto. Revista Latinoamericana de Psicología, v. 46, n. 3, p. 169-177, 2014. Available at: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0120053414700202. Access on: 20 Nov 2020. CHILE. Ley n. 20.370 Art.2º D.O. 16 diciembre 2009. fija texto refundido, coordinado y sistematizado de la ley n. 20.370 con las normas no derogadas del decreto con fuerza de ley n. 1, de 2005. San Miguel: Ministerio de Educación, 2005. Available at https://www.bcn.cl/leychile/navegar?idNorma=1014974&idVersion=2022-02-05&idParte=. Access on: 11 Mar. 2022 DÍAZ, F. D.; FUENTES, S. I.; SENRA, P. N. Adolescencia y autoestima: Su desarrollo desde las instituciones educativas. Revista Conrado, v. 14, n. 64, p. 98-103. 2018. Available at: https://www.researchgate.net/publication/328529437_Adolescencia_y_autoestima_su_desarrollo_desde_las_instituciones_educativas. Access on: 15 Apr. 2021. HERNÁNDEZ, J. A.; ACOSTA, R. La autoestima en la educación. Límite. Revista Interdisciplinaria de Filosofía y Psicología.v. 1, n. 11, p. 82-95. 2004. Available at: https://philpapers.org/rec/ACOLAE. Access on: 22 Apr. 2021. HERNÁNDEZ, P.; GARCÍA, M. D. Programa Instruccional para la Evaluación y liberación emotiva:Aprendiendo a vivir (PIELE). Madrid: TEA Ed. 1992. KIVIRUUSU, O. et al.Self-esteem growth trajectory from adolescence to mid-adulthood and its predictors in adolescence. Advances in Life Course Research, v. 23, p. 29-43, 2015. Available at: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1040260814000471. Access on: 11 May 2021. LÓPEZ, L. S.; MILICIC, N. Hijos con autoestima positiva. Guía para padres. 3. ed. Santiago: Grupo Editorial Norma, 2009. MARCHANT, O. T.; HAEUSSLER, I.; TORRETTI, A. TAE:Test de Autoestima Escolar Evaluación del alumno vía auto-reporte y vía profesor. Santiago: Ediciones UC, 2016. MARCHANT, O. T.; MILICIC, N.; ALAMOS, V. P. Impacto en los niños de un programade desarrollo socio-emocional en dos colegios vulnerables en Chile. Revista Iberoamericana de Evaluación Educativa, v. 6, n. 2, p. 167-186, 2013. Available at: https://revistas.uam.es/riee/article/view/3411. Access on: 16 May 2021. MARCHANT, O. T.; MILICIC, N.; ALAMOS, V. P. Competencias Socioemocionales: Capacitación de Directivos y Docentes y su Impacto en la Autoestima de Alumnos de 3o a 7o Básico. Revista Iberoamericana de Evaluación Educativa, v. 8, n. 2, p. 203- 218, 2015. Available at: https://repositorio.uam.es/bitstream/handle/10486/670653/RIEE_8_2_11.pdf?sequence=1. Access on: 18 Mar. 2021.
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