RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023056, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.17195 1
SOBRE-EXCITABILIDADE (OVEREXCITABILITY) CORRELACIONADA À
APTIDÃO E TALENTO MUSICAL
SOBREEXCITABILIDAD (OVEREXCITABILITY) CORRELACIONADA CON LA
APTITUD Y EL TALENTO MUSICAL
OVEREXCITABILITY RELATED TO MUSICAL APTITUDE AND TALENT
Fabiana Oliveira KOGA1
e-mail: fabianapsicopedagogiamusical@gmail.com
Rosemeire de Araújo RANGNI2
e-mail: rose.rangni@ufscar.com
Como referenciar este artigo:
KOGA. F. O.; RANGNI, R. A. Sobre-excitabilidade
(overexcitability) correlacionada à aptidão e talento musical.
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara,
v. 18, n. 00, e023056, 2023. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.17195
| Submetido em: 13/09/2022
| Revisões requeridas em: 25/01/2023
| Aprovado em: 10/02/2023
| Publicado em: 16/08/2023
Editor:
Prof. Dr. José Luís Bizelli
Editor Adjunto Executivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos SP Brasil. s-doutoranda do Departamento de
Psicologia.
2
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos SP Brasil. Professora Associada 2. Doutorado em
Educação Especial (UFSCar).
Sobre-excitabilidade (overexcitability) correlacionada à aptidão e talento musical
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023056, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.17195 2
RESUMO: A presente pesquisa tem como objetivo estudar a produção da literatura (inter)nacional
em relação à sobre-excitabilidade associada à aptidão e ao talento musical e caracterizá-la,
descrevê-la e analisá-la tomando por base os últimos dez anos (2012 a 2022). Empreendeu-se a
busca em seis (6) bases de dados, análise qualitativa e meta-análise (estatística descritiva e
comparação de médias/T Student). Foram encontradas N=11 pesquisas (N=4 empíricas e
randomizadas e N=7 teóricas), nenhuma delas era brasileira. Os Estados Unidos ficaram em
primeiro no ranking das produções e suas fontes eram das áreas da Música, Artes em geral,
Educação, Psicologia e Humanidades. As duas (2) pesquisas randomizadas mostraram diferenças
significativas entre cantores e bailarinos (t (144)=1,636; p>0,05), bailarinos e atletas (t (109)=4,554;
p<0,05) e músicos e o músicos (t (210)=1,170; p<0,05). Concluiu-se, que indivíduos talentosos
em Música apresentam maior sobre-excitabilidade quando comparados com outros grupos.
PALAVRAS-CHAVE: Educação Especial. Aptidão musical. Talento musical. Sobre-
excitabilidade.
RESUMEN: La presente investigación tiene como objetivo estudiar la producción de la literatura
(inter)nacional en relación con la sobreexcitabilidad asociada a la aptitud y el talento musical y
caracterizarla, describirla y analizarla con base en los últimos diez años (2012 a 2022). Se realizó
búsqueda en seis (6) bases de datos, análisis cualitativo y metanálisis (estadística descriptiva y
comparación de medias/T de Student). Se encontraron N=11 estudios (N=4 empíricos y
aleatorizados y N=7 teóricos), ninguno de ellos brasileño. Estados Unidos ocupó el primer lugar
en el ranking de producciones y sus fuentes fueron en las áreas de Música, Artes en general,
Educación, Psicología y Humanidades. Los dos (2) ensayos aleatorizados mostraron diferencias
significativas entre cantantes y bailarines (t (144)=1,636; p>0,05), bailarines y deportistas (t
(109)=4,554; p<0,05) y músicos y no músicos (t (210)=1,170; p<0,05). Se concluyó que los
individuos con talento en la Música presentan mayor sobreexcitabilidad en comparación con otros
grupos.
PALABRAS CLAVE: Educación Especial. Aptitud musical. Talento musical. Sobreexcitabilidad.
ABSTRACT: The present research aims to study the production of (inter)national literature with
regard to over-excitability associated with musical aptitude and talent and to characterize, describe
and analyze it based on the last ten years (2012 to 2022). A search was carried out in six (6)
databases, qualitative analysis, and meta-analysis (descriptive statistics and comparison of
means/T Student). Studies (N=11) were found (N=4 empirical and randomized and N=7
theoretical), and none of them was Brazilian. The United States came first in the ranking of
productions and the sources of publication were in the areas of Music, Arts in general, Education,
Psychology, and Humanities. The two (2) randomized trials showed significant differences between
singers and dancers (t (144)=1.636; p>0.05), dancers and athletes (t (109)=4.554; p<0.05), and
musicians and not musicians (t (210)=1.170; p<0.05). It was concluded that talented individuals
in Music present greater over-excitability when compared to other groups.
KEYWORDS: Special Education. Musical aptitude. Musical talent. Overexcitability.
Fabiana Oliveira KOGA e Rosemeire de Araújo RANGNI
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023056, 2023. e-ISSN: 1982-5587
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Introdução
O conceito de sobre-excitalidade, teorizado por Dabrowski (2016), é parte da Teoria da
Desintegração Positiva (TDP), a qual reúne o estudo da personalidade associada às emoções
com desenvolvimento humano progressivo, que pode ser positivo quando crescimento
individual do indivíduo e negativo com retrocesso da personalidade e campo emocional
(DABROWSKI, 2016).
A TDP pode se correlacionar com a área do talento (OLIVEIRA et al., 2015; SANZ,
2004; SISK, 2021), por ser área inserida na Educação Especial com denominação de altas
habilidades ou superdotação e assegurar aos estudantes o atendimento educacional
especializado (BRASIL, 1996), isso porque componentes como habilidades e talentos especiais,
fatores autônomos e sobre-excitabilidade podem potencializar e afetar o desenvolvimento da
personalidade na TDP, a qual poderá ser observada em diferentes níveis (DABROWSKI, 2016;
OLIVEIRA et al., 2015; SISK, 2021).
Se for de nível I, integração primária configurará comportamentos de ordem egocêntrica
com algum grau de altruísmo. A desintegração uninível representa indivíduos sensíveis à
opinião social, pois trazem significativo sentimento de vergonha e culpa, no entanto, esses
sentimentos não fazem o indivíduo refletir e hierarquizar valores. Na desintegração espontânea
multinível, por sua vez, o processo de crescimento é mais consciente, pois uma presença
considerável de empatia, autoconhecimento e autocontrole. A integração secundária é um nível
marcado pela autoestima, autenticidade, empatia e onde funde-se aos aspectos cognitivos com
os emocionais (DABROWSKI, 2016; OLIVEIRA et al., 2015; SANZ, 2004; SISK, 2021).
Assim, a sobre-excitabilidade pode ser definida como a tendência do indivíduo a reagir
com extrema intensidade e sensibilidade a estímulos externos e internos, pois podem ser
psicomotores quando as tensões emocionais e os conflitos internos são traduzidos em resposta
motora via sistema neuromuscular (agitação, inquietude, ansiedade, etc.). É sensorial se o
indivíduo apresentar intolerância a determinados sons, inclusive pode reagir exageradamente a
alguns estímulos. A sobre-excitabilidade imaginativa se apresenta quando o indivíduo misturar
sonho com realidade, mas também, demonstrar capacidade inventiva e até medo do
desconhecido. a sobre-excitabilidade intelectual configura-se na necessidade de saber das
coisas, questionar e preocupação com questões teóricas/científicas, reflexões filosóficas, entre
outros aspectos. Por fim, a sobre-excitabilidade emocional caracteriza-se pelas relações e
interações afetivas, sobretudo porque trata-se de sentimento de empatia, de paixão e de
Sobre-excitabilidade (overexcitability) correlacionada à aptidão e talento musical
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responsabilidade social (DABROWSKI, 2016; NIXON, 2016; OLIVEIRA et al., 2015; SANZ,
2004; SISK, 2021).
No que diz respeito à aptidão e ao talento musical é possível definir como um fenômeno
complexo com múltiplas nuances, entre as quais estão: a inteligência musical, a imaginação, a
criatividade (giftedness) e as funções psicológicas superiores, que podem ser observadas em
eminência, precocidade, motricidade, motivação, aspectos emocionais, cujos elementos são
ligados à personalidade e identidade, musicalidade, como também as características da relação
de ambas as nuances apresentadas com a sobre-excitabilidade (DABROWSKI, 2016;
GARDNER, 1993; GAGNÉ; MCPHERSON, 2016; GORDON, 2015; HAROUTOUNIAN,
2002, 2019; HOLLINGWORTH, 1928; KIRNARSKAYA, 2018; TEPLOV, 1966;
VYGOSTSKY; LÚRIA, 1996; WINNER, 1996; ABRAMO; NATALIE-ABRAMO, 2020;
WILLEMS, 2011).
Ao discutir a sobre-excitabilidade torna-se necessário correlacioná-la às pesquisas
voltadas para o cérebro e a emoção, tendo a Música como variável, como se pode constatar nos
estudos de Klineburger e Harrison (2015).
Nessa perspectiva, Levitin (2021) estudou o cérebro de músicos em atividades
envolvendo a performance musical, sendo que se valeu de grupos controles e experimentais.
Os resultados demonstraram as diferenças no córtex, principalmente, relacionadas à
psicomotricidade, à sensorialidade e à percepção, às emoções, à cognição e à tomada de
decisões (resposta aos estímulos). A Figura 1 e 2 ilustram frutos de seus estudos.
Fabiana Oliveira KOGA e Rosemeire de Araújo RANGNI
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Figuras 1 e 2 Imagem do cérebro de indivíduos musicais
Fonte: Levitin (2021, p. 260-261)
As imagens indicam a excitação no córtex motor, o qual é responsável pelos
movimentos, por exemplo, de músicos e bailarinos, pois a área é responsável pelo dançar e
tocar. O córtex sensório é muito importante para a Música, uma vez que a linguagem musical
se constitui de estímulos sensoriais, porém o tátil é fundamental para a execução instrumental.
O córtex auditivo concentra o processo de ouvir, bem como a coordenação audiomotora, as
quais são fundamentais para pensar a Música em imagens sonoras, “tocar de ouvido”, compor
etc. Já o córtex pré-frontal orienta a criação e as expectativas, ou seja, o autocontrole, enquanto
o cerebelo controla também os movimentos, especificamente a velocidade e a coordenação fina,
mas também colabora para o controle das emoções na Música. O córtex visual orienta a leitura
das partituras e internalização da linguagem musical, a observação e o controle dos movimentos
também (coordenação visiomotora) e, por fim, o corpo caloso seria o responsável pela
comunicação entre os hemisférios direito e esquerdo, extremamente fundamentais para um
pianista ou percursionista, por exemplo.
Levitin (2021) afirma que em músicos o corpo caloso é maior e o hipocampo seria
importante para a memória musical e para as experiências; enquanto o núcleo acumbente
concentra as reações emocionais. Acrescenta, ainda, que a amígdala é responsável pelas reações
emocionais e salienta, também, que o cerebelo envolve-se no processo emocional.
Sobre-excitabilidade (overexcitability) correlacionada à aptidão e talento musical
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Willems (2011), em seus estudos, já mencionava a respeito da dimensão humana sobre
a música, afirmando que havia uma base fisiológica da sensorialidade, musicalidade,
afetividade e cognição, passando para o polo “espiritual” em termos de audição criadora.
Para Gordon (1997), uma condensação de domínios hemisféricos no cérebro, a partir
de representações sonoras, mapas mentais seriam criados de modo correlacionado à audiação,
dessa maneira, desenvolve-se a compreensão musical. Esse autor assinala que a linguagem
musical e seu processamento no cérebro faz com que os músicos apresentem diferenças
corticais e sinápticas, no entanto, relata ser preciso conhecer mais a estrutura do pensamento
musical (audiação) e das emoções no cérebro, porque o conceito audiação consiste na
capacidade de ouvir a música em silêncio com todos os elementos. Esses aspectos são
semelhantes ao ocorrido entre a linguagem e o pensamento, estudados por Vygostsky e Lúria
(1996). Gordon (2015) ainda assevera que a audiação é a base da aptidão musical e é a
capacidade de prever a música antes de executá-la (planejar a execução/interpretação antes de
realizá-la).
Teplov (1966) traduz a música como sendo um conhecimento afetivo, pois a percepção
musical passa pelo sentimento, mas não permanece nele. Imagens musicais são construídas e
uma tentativa de domínio dos sentimentos e emoções para que sejam utilizados como recurso
na música a partir dos elementos conceituais musicais. Esse autor aponta que é um
conhecimento sobretudo afetivo e emocional, sendo o campo cognitivo responsável pelo
controle, assim, é possível juntar alma, pensamento e imagens musicais. A música com seus
elementos poderia ser considerada uma extensão do signo, enfim, as palavras não são
suficientes para representar a dimensão emocional e afetiva dos humanos.
Diante do exposto, emerge a questão: quantas produções empíricas voltam-se para o
estudo da sobre-excitabilidade associada à aptidão e ao talento musical? Que produções foram
publicadas nos últimos dez anos? Com base nos resultados das pesquisas elencadas, quais
dimensões da sobre-excitabilidade se relacionam à aptidão e ao talento musical? Indivíduos
com aptidão e talento musical diferem ou não significativamente nas dimensões de sobre-
excitabilidade quando comparados a outros indivíduos com e sem talento musical e de
talentosos de outras áreas?
Para responder esses questionamentos, objetiva-se estudar a produção da literatura
(inter)nacional em relação à sobre-excitabilidade associada à aptidão e ao talento musical e
caracterizá-la, descrevê-la e analisá-la.
Fabiana Oliveira KOGA e Rosemeire de Araújo RANGNI
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Método
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura por possibilitar a inclusão de estudos
(não) experimentais ao permitir combinar e discutir dados teóricos e empíricos de modo inter-
relacionado, conforme orientam Monteiro e Spiri (2016), Pereira e Gillanders (2019), Santos e
Cunha (2013) e Souza et al. (2010).
Os critérios para a seleção da amostragem das pesquisas foram os seguintes: Pesquisas
empíricas e teóricas publicadas em âmbito (inter) nacionais; o recorte temporal escolhido foi
de 2012 (janeiro) a 2022 (agosto); as palavras-chave
3
foram utilizadas em inglês e português:
overexcitability, overexcitability AND music, overexcitability AND musical aptitude,
overexcitability AND music talent, sobre-excitabilidade, sobre-excitabilidade AND música,
sobre-excitabilidade AND aptidão musical e sobre-excitabilidade e talento musical. Ao definir
as bases de dados, optou-se pelas que seguem: Institute of Education Sciences (ERIC);
Biblioteca Virtual em Saúde (BVS); Directory of Open Access Journals (DOAJ);
Scopus/Science Direct da Elsevier; Electrinic Library Online (Scielo); Google acadêmico.
A realização da leitura dos títulos e resumos precedeu a leitura integral. Após, houve a
separação das pesquisas empíricas e randomizadas das teóricas. Em seguida, ocorreu a coleta
de dados nas pesquisas randomizadas. A aplicação do procedimento de meta-análise foi adotada
para aumentar a objetividade e validade dos dados encontrados. Desta forma, foi possível
calcular a dimensão geral e grau de interação a partir da comparação das médias e do desvio
padrão de dois grupos. Trata-se de uma amostra aleatória e com variáveis independentes, e por
serem dados escalares empreendeu-se a análise descritiva e o teste estatístico paramétrico T
Student (PEREIRA; GILLANDERS, 2019; SANTOS; CUNHA, 2013; VIEIRA, 2018).
3
Com base nos estudos de Brandau et al. (2005), nota-se que não será possível trabalhar com descritores uma vez
que o termo sobre-excitabilidade não está presente na Thesaurus da Educação Brasileira, e tampouco em outros
bancos de termos. Apenas foram encontrados os termos: aptidão e talento.
Sobre-excitabilidade (overexcitability) correlacionada à aptidão e talento musical
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Resultados
Com base na análise descritiva, observa-se o baixo índice de pesquisas abordando a
sobre-excitabilidade na área da Música. A Tabela 1 representa esses resultados brutos gerais.
Tabela 1 Índice de pesquisas encontradas (2012 a 2022)
N total
Pesquisas
selecionadas
Porcentagem
33
4
12,12%
3
0
0%
15
0
0%
80
0
0%
9
0
0%
3922
33
0,84%
4062
37
12,96%
Fonte: Elaborada pelas autoras
Após a leitura dos títulos e resumos permaneceram apenas N=11 pesquisas (N=4
empíricas e randomizadas e N=7 teóricas). Nenhum estudo brasileiro foi encontrado sobre a
sobre-excitabilidade correlacionada com a aptidão e o talento musical. Conforme ilustra o
Gráfico 1, as pesquisas originam-se de N=5 países. Vale mencionar que os Estados Unidos
ficam em primeiro no ranking dessas produções.
Gráfico 1 Número de produções sobre-excitabilidade associada à Música e países de
origem (2012 a 2022).
Fonte: Elaborado pelas autoras
A Figura 3 ilustra um retrospecto das revistas e ano de publicação das pesquisas
encontradas. Observou-se que a maior parte das produções é atual, em torno dos últimos cinco
anos. As revistas, por sua vez, são das seguintes áreas: Música, Artes em geral, Educação,
Psicologia e Humanidades. Importante salientar que não foram encontradas pesquisas na área
2
5
1 1
2
CANADÁ ESTADOS
UNIDOS
LITUÂNIA MALÁSIA POLÔNIA
Fabiana Oliveira KOGA e Rosemeire de Araújo RANGNI
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da neurociência associada à sobre-excitabilidade, aptidão e talento musical, embora haja
periódicos qualificados na área.
Figura 3 Revistas e ano de publicação dos estudos encontrados (2012 a 2022).
Fonte: Elaborada pelas autoras
Com a leitura e análise integral dos textos permaneceram na presente revisão N=02
pesquisas randomizadas, N=01 de campo e N=01 ensaio teórico. Esse último crivo priorizou os
estudos que focavam mais especificamente a sobre-excitabilidade em relação à aptidão e ao
talento musical, comparativamente em grupos experimental e controle. Ao analisar a estrutura,
amostragem, metodologia e resultados, chegou-se à seguinte representação, esboçada no
Quadro 1:
Quadro 1 Esboço representativo dos estudos encontrados
Autores
Títulos
Metodologia
Resultados
Brundzaite e
Gintiliene
(2013)
Continua
Overexcitabilities of
Intellectually and
Artistically Gifted
Children and Youth
1 - Pesquisa de campo
com caráter psicométrico
com amostra de N=569
estudantes.
2 - Instrumentos: Raven’s
Progressive Matrices:
Standard Progressive
Matrices Plus (SPM
Plus), Advanced
Progressive Matrices
(APM) e Overexcitability
Questionnaire-II (OEQ-
II) verão Lituânia.
Estudantes artisticamente talentosos
alcançaram pontuações mais altas em
sobre-excitabilidade sensorial e
emocional quando comparados aos
intelectualmente talentosos e os
típicos.
Sobre-excitabilidade (overexcitability) correlacionada à aptidão e talento musical
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Thomson e
Jaque (2016)
Overexcitability: A
Psychological
Comparison Between
Dancers, Opera
Singers, and Athletes
1 - Pesquisa experimental
com amostra de N=195
participantes.
2 - Instrumentos: Beck
Anxiety Inventory, Beck
Depression InventoryII,
Internalized Shame Scale,
Inventory of Childhood
Memories and Imaginings
e Overexcitability
QuestionnaireII.
Bailarinos e cantores de ópera
pontuaram significativamente mais
alto em todas as dimensões de sobre-
excitabilidade. Descobriu-se uma
propensão à fantasia, vergonha e
ansiedade em bailarinos e cantores em
comparação ao grupo de atletas. Não
houve diferenças de grupo para
depressão.
As dimensões de sobre-excitabilidade
emocional e imaginativa predisseram
significativamente vergonha,
ansiedade e depressão.
Abramo e
Natalie-
Abramo
(2020)
Reexamining “Gifted
and talent” in Music
Education
Ensaio teórico
Indivíduos talentosos em Música com
sobre-excitabilidade são intensos a
ponto de irritar as outras pessoas.
Algumas características são: senso
ético excessivo, sensibilidade a sons
altos e atividades físicas intensas,
podem ser tímidos, suas habilidades
criativas podem levá-los a sonhar
acordados. Podem apresentar
dificuldade de relacionar-se com
colegas e podem apresentar baixa
estima.
Martowska e
Romanowicz
(2020)
Overexcitability
Profile Among
University Students at
Music-Focused
Institutions
1 - Pesquisa experimental
com amostra de N=106
participantes.
2 - Instrumentos:
Overexcitability
Questionnaire-II.
Constatou-se que o número de
indivíduos que apresentam altos níveis
emocionais e alta sobre-excitabilidade
sensorial foi duas vezes maior no
grupo de músicos do que no grupo de
controle (não músicos).
Fonte: Elaborada pelas autoras
Dentre os estudos randomizados (N=2), dos de Thomson e Jaque (2016) foram extraídas
as médias e desvio padrão do grupo experimental (cantores) versus o controle (bailarinos), e
dos de Martowska e Romanowicz (2020) foram extraídos os valores dos músicos versus não
músicos. De modo geral, nota-se que o grupo experimental apresenta resultados maiores em
alguns tipos de sobre-excitabilidade, principalmente naquelas que se correlacionam com a área
musical (sensorial, emocional, imaginativa etc.). A Tabela 2 apresenta os resultados brutos
coletados em ambas as pesquisas.
Fabiana Oliveira KOGA e Rosemeire de Araújo RANGNI
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Tabela 2 Resultados brutos dos grupos experimental e controle.
ESTUDOS
TIPOS DE SOBRE-
EXCITABILIDADE
Grupo experimental
Grupo controle
Médias
DP
N
Média
DP
N
Thomson; Jaque
(2016)
Psicomotora
3,4
0,77
62
3,75
0,67
84
Sensorial
3,97
0,64
3,84
0,73
Imaginação
3,08
0,77
2,64
0,85
Intelectual
3,75
0,68
3,58
0,78
Emocional
3,75
0,68
3,67
0,66
Fantasia
27,98
8,19
24,42
8,23
Vergonha
35,97
16,49
28,34
18,97
Ansiedade
12,53
9,8
10,82
8,93
Depressão
9,34
8,26
9,75
8,23
TOTAL DO ESTUDO 1
103,77
46,28
62
90,81
48,05
84
Martowska;
Romanowicz (2020)
Psicomotora
6,25
1,43
106
6,76
1,44
106
Sensorial
7,32
1,22
6,14
8,78
Imaginação
6,95
1,29
6,52
1,4
Intelectual
7,49
1,21
7,3
1,19
Emocional
7,64
1,17
7,19
1,14
TOTAL DO ESTUDO 2
35,65
6,32
106
33,91
13,95
106
Fonte: Elaborada pelos autores
Nota-se que Thomson e Jaques (2016) analisaram mais dimensões da sobre-
excitabilidade que Martowska e Romanowicz (2020). A Figura 4 representa esse contexto de
análise e agrupa os resultados do grupo experimental e o controle das duas pesquisas.
Figura 4 Esboço das médias e desvio padrão das amostras
Fonte: Elaborada pelas autoras
O Teste-t independente, com base nos resultados encontrados no estudo de Thomson e
Jaque (2016), mostrou que as médias do grupo experimental (cantores) em relação ao controle
(bailarinos) apresentam médias muito semelhantes, apesar de haver algumas discrepâncias, ou
Sobre-excitabilidade (overexcitability) correlacionada à aptidão e talento musical
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seja, a diferença não é estatisticamente significante (t (144)=1,636; p>0,05). Por outro lado, os
resultados extraídos da pesquisa de Martowska e Romanowicz (2020) permitiram concluir que
as médias do grupo experimental (músicos) é diferente do controle (não sicos). A diferença,
nesse caso, é estatisticamente significante (t (210)=1,170; p<0,05).
Na pesquisa de Thomson e Jaque (2016) havia dois grupos controles com amostras
distintas (cantores versus bailarinos e cantores versus atletas). Nesse momento serão
apresentados os valores de significância no Teste-t independente da amostra de cantores versus
a de atletas nos indicadores de sobre-excitabilidade. A Tabela 3 representa os resultados brutos
do grupo experimental (cantores) e o controle (atletas).
Tabela 3 Resultados brutos da amostra de cantores versus atletas.
ESTUDOS
TIPOS DE SOBRE-
EXCITABILIDADE
Grupo experimental
Grupo controle
Médias
DP
N
Média
DP
N
Thomson;
Jaque (2016)
Psicomotora
3,4
0,77
62
3,54
0,77
49
Sensorial
3,97
0,64
3,28
0,78
Imaginação
3,08
0,77
2,27
0,76
Intelectual
3,75
0,68
3,36
0,93
Emocional
3,75
0,68
3,36
0,93
Fantasia
27,98
8,19
18,4
8,76
Vergonha
35,97
16,49
17,66
15,99
Ansiedade
12,53
9,8
5,7
5,89
Depressão
9,34
8,26
6,96
8,7
TOTAL DO ESTUDO 1
103,77
46,28
62
64,53
43,51
49
Fonte: Elaborada pelas autoras
Ao aplicar o Test-t independente foi possível observar que, na comparação dos grupos
houve diferença significativa entre as médias. O grupo de cantores é superior em sobre-
excitabilidade quando comparado aos atletas (t (109)=4,554; p<0,05).
Discussões
Com base na revisão integrativa da literatura com aplicação da meta análise, verificou-
se que nos últimos 10 anos não houve altos índice de pesquisadores interessados na correlação
da sobre-excitabilidade com a aptidão e o talento musical, tampouco pesquisas correlacionadas
com a neurociência. Os resultados encontrados estão em consonância com o estudo de Oliveira
et al. (2015), os quais evidenciaram o ínfimo índice de pesquisas sobre a sobre-excitabilidade
com o talento em geral.
Fabiana Oliveira KOGA e Rosemeire de Araújo RANGNI
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Ao analisar o Gráfico 1, evidenciou-se uma concentração maior de pesquisas realizadas
pelos Estados Unidos, inclusive em universidades com tradição na formação musical e estudo
do talento, como a Universidade do Estado da Califórnia (Northridge) e a Universidade de
Connecticut (Storrs), sendo que em ambas as instituições os departamentos de Educação e
Psicologia com grande representatividade. Essas instituições contam com linhas de pesquisas
que estudam a Teoria da Aprendizagem Musical (desenvolvimento da aptidão e talento musical)
de Edwin E. Gordon, por exemplo, ou há, em seu quadro de docentes, teóricos como Joseph S.
Renzulli, estudioso da área do talento e enriquecimento (ABRAMO; NATALIE-ABRAMO,
2020; HAROUTOUNIAN, 2002, 2019).
O Gráfico 2 expôs a atualidade do tema pesquisado, sendo o estudo mais antigo de 2013
e o mais atual de 2022. Conforme o escopo das revistas, houve as seguintes áreas: Música,
Educação, Psicologia e, no caso da Rooper Review, a área da aptidão e talento, bem como áreas
afins. Assim, é explícito que esse fenômeno (sobre-excitabilidade) transita de modo
interdisciplinar e alguns conceitos e correlações ainda estão senso construídos, embora
Dabrowski (2016) tenha discutido a sobre-excitabilidade anteriormente, bem como Teplov
(1966), ao abordar o fenômeno da aptidão e talento musical nas emoções e afetividade.
Ressalta-se a dificuldade de aplicação da meta análise em decorrência das pesquisas
teóricas e outras com a descrição dos dados realizados sem uma sistematização de caráter
experimental, sobretudo porque, em determinados casos, a randomização de estudos pode
colaborar para a melhor compreensão do impacto de certos fenômenos em relação à população
afetada. Além disso, nem sempre as diferenças ou semelhanças entre grupos e indivíduos serão
estatisticamente significantes, entretanto, conhecê-las pode ser benéfico para pensar recursos e
estratégias que colaborem para a qualidade de vida de determinada população. Ademais, a
própria amplitude da busca e critérios de realização da presente revisão concentra-se no recorte
de alguns parâmetros estabelecidos metodologicamente, pois, embora haja rigor, há limitações
(MONTEIRO; SPIRI, 2016; PEREIRA; GILLANDERS, 2019; SANTOS; CUNHA, 2013;
SOUZA et al., 2010; VIEIRA, 2018).
A pesquisa de Brundzaite e Gintiliene (2013) empreendeu estudo de campo com caráter
psicométrico, sendo que se valeu de testagens padronizadas, incluindo um questionário voltado
para a sobre-excitabilidade. A pesquisa comparou três grupos de estudantes, os intelectualmente
talentosos (1), artisticamente talentosos (2) e os picos (3), em relação à sobre-excitabilidade.
Os resultados indicaram que os estudantes intelectualmente talentosos pontuaram mais em
sobre-excitabilidade que os estudantes típicos. Os níveis sensoriais, imaginativos e intelectuais
Sobre-excitabilidade (overexcitability) correlacionada à aptidão e talento musical
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foram os mais significativos na diferença entre os dois grupos (p<0,001 e p<0,05 ANOVA);
como também entre os estudantes artisticamente talentosos. Eles se destacaram nos níveis
sensorial, imaginativo, intelectual e emocional (p<0,001 ANOVA). Quando eles foram
comparados aos estudantes intelectual e artisticamente talentosos em níveis de sobre-
excitabilidade, os resultados mostraram que os discentes artísticos alcançaram mais pontuações
nos níveis sensorial e emocional de sobre-excitabilidade (p<0,001 e p<0,05 ANOVA). Esses
dados corroboram com os achados de Nixon (2016), ao discutir que indivíduos artísticos e
criativos apresentam maior sobre-excitabilidade, e ela estaria mais evidente no processo de
desintegração Uninível (sensibilidade à opinião social) e Multinível (processo consciente de
crescimento, autoconhecimento e autocontrole).
Infelizmente, o estudo de Brundzaite e Gintiliene (2013) não foi incorporado à meta
análise em decorrência de se tratar de um estudo de validação cultural do Overexcitability
Questionnaire-II (OEQ-II) e por não detalhar o percurso estatístico utilizado.
O estudo de Thomson e Jaque (2016) colabora na compreensão da influência da música
no âmbito das emoções, como Teplov (1966), Haroutounian (2002, 2019) e Kirnarskaya (2018),
tanto que bailarinos e cantores se sobressaem mais em sobre-excitabilidade quando comparados
aos atletas. As demandas em habilidades requeridas pelas áreas influenciam, por exemplo, no
caso da psicomotricidade, sobretudo porque se observa sua magnitude no grupo dos atletas,
porém a sensorialidade é mais evidente em cantores. Por outro lado, o campo emocional, a
fantasia e a emoção são maiores nos indivíduos artísticos e a psicomotricidade não é o
significativa nos atletas quando comparados aos bailarinos. Ao que parece, o senso estético,
discutido por Kirnarskaya (2004), e a consciência corporal sinestésica, teorizada por Gardner
(1993), podem ser variáveis para impactar essas médias.
Uma importante descoberta ocorre no âmbito da vergonha, ansiedade e depressão,
inferindo preocupação com o bem-estar psicológico sobretudo dos artistas. Sobre isso,
Haroutounian (2002, 2019), Hollingworth (1928) e Kirnarskaya (2004, 2018) evidenciaram a
importância do apoio emocional de modo educativo, a fim de ensinar ao indivíduo mecanismos
de proteção psíquica e desenvolver a capacidade de resiliência. Nesse contexto, Thomson e
Jaque (2016) concluem em seu estudo que o treino das habilidades psicológicas colabora para
que o indivíduo aprenda a lidar com o sofrimento. Sendo assim, para os autores deste estudo,
artistas e atletas deveriam passar por esse tipo de treino ao longo de suas carreiras, uma vez que
são áreas que exigem autocontrole emocional e psicológico e uma alta exposição entre o
sucesso/felicidade e o fracasso/tristeza.
Fabiana Oliveira KOGA e Rosemeire de Araújo RANGNI
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Abramo e Natalie-Abramo (2020) alertam, com base nos estudos de Hollingworth
(1928), para as necessidades socioemocionais dos indivíduos talentosos em música, porque eles
são pessoas vulneráveis a incompreensões em decorrência da sobre-excitabilidade. Assim,
esses indivíduos seriam intensos em sua personalidade a ponto de os outros se incomodarem
com suas atitudes e comportamentos, além, ainda, de serem altamente reativos aos sons, com
baixa autoestima e características impulsivas e antissociais, em alguns casos. Os autores
também enfatizaram a importância da identificação do talento musical para analisar a
manifestação desses indicadores, como a sobre-excitabilidade. Para eles, esse conhecimento
colabora para a formação do professor, seleção de recursos e planejamento, bem como
orientação à família e colaboração no autoconhecimento do indivíduo. Dessa maneira, os
procedimentos de intervenção educacional se tornam mais assertivos e efetivos, trazendo maior
qualidade de vida para o indivíduo talentoso.
Sobre isso, a pesquisa de Martowska e Romanowicz (2020) demonstra a fragilidade do
processo de apoio e intervenção psicoemocional, principalmente, de modo preventivo. Eles
destacam que é de suma importância apoiar e desenvolver habilidades emocionais em artistas,
pois a sobre-excitabilidade funciona como mediador entre o emocional e a vida prática dos
indivíduos. Os autores asseveram que a vida interior dos músicos parece rica, porém, eles
experimentam dificuldades de adaptação, podendo levá-los a apresentar sintomas depressivos
e tendências suicidas. Desse modo, indaga-se, quantos artistas, ao longo da história, optaram
por finalizar suas vidas, inclusive no ápice de suas carreiras? Quantos não se perderam em
vícios como o das drogas e o alcoolismo?
Em síntese, na temática da sobre-excitabilidade, não se pode descartar o papel da
atividade cerebral nos processos de musicalidade e performance, haja vista a diferença entre
cantores, bailarinos, atletas, músicos e não músicos, como mostrou Brundzaite e Gintiliene
(2013), Thomson e Jaque (2016) e Martowska e Romanowicz (2020).
Os estudos de Klineburger e Harrison (2015), Gordon (1997) e Levitin (2021)
demonstram a autonomia do cérebro em reagir aos estímulos musicais mesmo que o indivíduo
esteja alheio ou inconsciente. Ainda, descrevem as possibilidades de realização das sinapses e
transformações ao longo do córtex. Willems (2011), nesse contexto, discutiu a fisiologia da
musicalidade conectada com a afetividade. Essas modificações cerebrais podem ser uma
possibilidade e uma das explicações do porquê músicos apresentam maior sobre-excitabilidade
que outros grupos. Vale mencionar que os índices de significância estatística encontrados na
meta análise comprovam quão significativa foi a diferença dos músicos versus não músicos.
Sobre-excitabilidade (overexcitability) correlacionada à aptidão e talento musical
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Ao analisar a obra desses autores junto com as de Gagné e McPherson (2016), Gordon
(1997; 2015) e Teplov (1966), observa-se o impacto filogenético e ontogenético na
manifestação da aptidão e do talento. A sensorialidade e percepção, por exemplo, afetam
diretamente o córtex sensorial, aumentando a área excitada do cérebro a ponto de apresentar
uma dimensão mais significativa em músicos que não músicos. No entanto, esse é outro assunto
que tem mobilizado a ciência atual tanto para desvendar outros elementos e nuances do talento
musical, trabalho psíquico, quanto para a reabilitação de pacientes com algum acometimento
ou dano cerebral (LEVITIN, 2021). Isso dito, os elementos sociogênicos afetam a forma do
indivíduo agir musicalmente no mundo. comportamentos sobredeterminados
4
, que se
perpetuam ao longo da história e são incentivados e instaurados nas relações sociais por meio
de interpelações. A respeito desse tema, Vygotsky e Lúria (1996) abordaram o desenvolvimento
das funções psicológicas superiores e a interação social impactadas pelo meio social.
Sendo assim, a aptidão e o talento musical requerem uma atenção e escuta atentas,
suporte emocional, educacional, acesso a recursos e direitos, apoio profissional e familiar,
compreensão e respeito, buscando afastamento dos mitos, os quais contribuem para situações
de preconceito (ABRAMO; NETALIE-ABRAMO, 2020; BRUNDZAITE; GINTILIENE,
2013; RECH; NEGRINI, 2019; MARTOWSKA; ROMANOWICZ, 2020; SISK, 2021;
THOMSON; JAQUE, 2016; WINNER, 1996).
Para Sisk (2021), o momento atual apresenta estresse constante, impactando a forma de
vida dos indivíduos talentosos. Para além, a vida psíquica deles é avançada e complexa, o que
requer experiência por parte daqueles que forem trabalhar com esse público: sobretudo se forem
bem orientados e a eles for dada a possibilidade de autoconhecimento, certamente darão grandes
contribuições para a sociedade.
Ademais, com base nos estudos de Sanz (2004), quanto maior a manifestação da sobre-
excitabilidade e o número de dimensões, mais evidente será o potencial e a capacidade do
indivíduo em determinada área. Desta forma, esse fenômeno pode ser considerado uma das
nuances da aptidão e do talento musical (ABRAMO; NATALIE-ABRAMO, 2020).
A sobre-excitabilidade não se restringe aos estudos que enfocam a Educação Especial,
especificamente, o talento e a área da Música, de acordo com Oliveira et al. (2015). A partir
dos estudos de Dabrowski (2016), pode-se conhecer melhor as características em torno do
4
Termo conceituado por Louis Althusser. Trata-se da forma como o indivíduo se e atua no mundo frente à
representação em questões econômicas, político-jurídicas, ideológicas e a satisfação das questões materiais e
sociais e níveis de acesso representam o sentido em torno do presente conceito (PINHEIRO, 2016).
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fenômeno, as quais frequentemente são vistas como inadequadas e problemáticas (OLIVEIRA
et al., 2015). Diante do exposto, nota-se a importância da presente teoria no âmbito escolar a
fim de romper com certos estigmas e mitos frente às questões comportamentais de estudantes,
por exemplo. O que pode parecer indisciplina no olhar de educadores, muitas vezes, pode ser
manifestação do talento (HOLLINGWORTH, 1928; WINNER, 1996; DABROWSKI, 2016;
ABRAMO; NATALIE-ABRAMO, 2020).
Por isso, é importante conhecer o presente fenômeno, mas também analisar a
importância da Educação Musical no currículo escolar. Há muitas formas de aprender e muitos
caminhos para o desenvolvimento, porém infelizmente precariedade e desvalorização da
Música nos espaços escolares, conforme argumenta Fonterrada (2020).
Vale frisar que a sobre-excitabilidade em condições harmoniosas pode contribuir para
o desenvolvimento dos potenciais dos indivíduos, seja em Música ou outras áreas, tais quais a
acadêmica, a criatividade, as linguagens artísticas outras, a psicomotricidade e a liderança;
todas elas contextualizadas na sociedade (OLIVEIRA et al., 2015; ABRAMO; NATALIE-
ABRAMO, 2020). Se a Música fosse uma realidade nos currículos escolares, beneficiaria todos
os estudantes, especialmente os talentosos (GORDON, 2015; FONTERRADA, 2020).
Considerações finais
O baixo índice de pesquisas interessadas na temática da sobre-excitabilidade
correlacionada com aptidão e talento musical é preocupante, principalmente, em âmbito
brasileiro, no qual não foi possível encontrar nenhum estudo. Por outro lado, os estudos
demonstram que indivíduos talentosos artisticamente manifestam mais dimensões de sobre-
excitabilidade que indivíduos de outras áreas e, consequentemente, necessitam de apoio e
intervenção preventiva para que não culminem em sofrimento, danos psicológicos, como a
depressão, e, até mesmo, apresentem tendência suicida.
Direcionar essas evidências para a dimensão educacional instiga refletir que a sobre-
excitabilidade, incidente nas pessoas comuns e nas talentosas, que, sobretudo, necessitam de
atenção para que desarmonias não interfiram negativamente no desenvolvimento dos
potenciais. Sendo assim, estudos relacionados à sobre-excitabilidade e Educação, por exemplo,
necessitam avançar no contexto brasileiro para que evidências possam ser analisadas. Sugere-
se que investigações possam elencar e correlacionar as características da sobre-excitabilidade
entre indivíduos típicos e talentosos na área musical com o objetivo de analisar o quanto essa
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condição pode impactar a qualidade de vida do indivíduo. Afinal, ela pode afetar o
desenvolvimento geral, o desempenho escolar e/ou profissional e a qualidade de vida de um
indivíduo? Que procedimentos interventivos seriam úteis, adequados e eficazes em se tratando
do âmbito educacional? Que intervenções preventivas poderiam ser realizadas se antecipando
a um fracasso escolar e adoecimento emocional ocasionados pela presença da sobre-
excitabilidade?
AGRADECIMENTOS: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo FAPESP.
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Fabiana Oliveira KOGA e Rosemeire de Araújo RANGNI
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023056, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.17195 21
WINNER, E. Crianças sobredotadas: Mitos e realidades. Tradução: Sandra Costa. Porto
Alegre: Artmed, 1996.
WILLEMS, E. El oído musical: La preparación auditiva del niño. 5 ed. Barcelona: Paidós
Educador, 2011.
CRediT Author Statement
Reconhecimentos: Não aplicável.
Financiamento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Processo n. 2019/14466-8.
Conflitos de interesse: Não há conflitos de interesse.
Aprovação ética: Não se aplica, porque o texto se remete a revisão integrativa com
metanálise. Porém, vale destacar que a presente pesquisa é parte de uma pesquisa maior
aprovada pelo comitê de ética e pesquisa sob o CAAE: 52224021.0.0000.5504.
Disponibilidade de dados e material: Não aplicável.
Contribuições dos autores: A primeira autora (Dra. Fabiana O. Koga) delineou a
pesquisa, coletou dados, analisou, discutiu e atuou na redação do texto final; a segunda
autora (Profa. Dra. Rosemeire de Araújo Rangni) apresentou a temática e o problema de
pesquisa, atuou na análise dos dados, discussão e redação do texto final.
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023056, 2023. e-ISSN: 1982-5587
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SOBREEXCITABILIDAD (OVEREXCITABILITY) CORRELACIONADA CON LA
APTITUD Y EL TALENTO MUSICAL
SOBRE-EXCITABILIDADE (OVEREXCITABILITY) CORRELACIONADA À APTIDÃO
E TALENTO MUSICAL
OVEREXCITABILITY RELATED TO MUSICAL APTITUDE AND TALENT
Fabiana Oliveira KOGA1
e-mail: fabianapsicopedagogiamusical@gmail.com
Rosemeire de Araújo RANGNI2
e-mail: rose.rangni@ufscar.com
Cómo hacer referencia a este artículo:
KOGA. F. O.; RANGNI, R. A. Sobreexcitabilidad
(overexcitability) correlacionada con la aptitud y el talento musical.
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara,
v. 18, n. 00, e023056, 2023. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.17195
| Presentación el: 13/09/2022
| Revisiones requeridas el: 25/01/2023
| Aprobado el: 02/10/2023
| Publicado el: 16/08/2023
Editor:
Prof. Dr. José Luís Bizelli
Editor Adjunto Ejecutivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Universidad Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos SP Brasil. Posdoctoranda del Departamento de
Psicología.
2
Universidad Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos SP Brasil. Profesora Asociada 2. Doctorado en
Educación Especial (UFSCar).
Sobreexcitabilidad (overexcitability) correlacionada con la aptitud y el talento musical
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023056, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.17195 2
RESUMEN: La presente investigación tiene como objetivo estudiar la producción de la literatura
(inter)nacional en relación con la sobreexcitabilidad asociada a la aptitud y el talento musical y
caracterizarla, describirla y analizarla con base en los últimos diez años (2012 a 2022). Se realizó
búsqueda en seis (6) bases de datos, análisis cualitativo y metanálisis (estadística descriptiva y
comparación de medias/T de Student). Se encontraron N=11 estudios (N=4 empíricos y
aleatorizados y N=7 teóricos), ninguno de ellos brasileño. Estados Unidos ocupó el primer lugar en
el ranking de producciones y sus fuentes fueron en las áreas de Música, Artes en general, Educación,
Psicología y Humanidades. Los dos (2) ensayos aleatorizados mostraron diferencias significativas
entre cantantes y bailarines (t (144)=1,636; p>0,05), bailarines y deportistas (t (109)=4,554; p<0,05)
y músicos y no músicos (t (210)=1,170; p<0,05). Se concluyó que los individuos con talento en la
Música presentan mayor sobreexcitabilidad en comparación con otros grupos.
PALABRAS CLAVE: Educación Especial. Aptitud musical. Talento musical. Sobreexcitabilidad.
RESUMO: A presente pesquisa tem como objetivo estudar a produção da literatura (inter)nacional
em relação à sobre-excitabilidade associada à aptidão e ao talento musical e caracterizá-la,
descrevê-la e analisá-la tomando por base os últimos dez anos (2012 a 2022). Empreendeu-se a
busca em seis (6) bases de dados, análise qualitativa e meta-análise (estatística descritiva e
comparação de médias/T Student). Foram encontradas N=11 pesquisas (N=4 empíricas e
randomizadas e N=7 teóricas), nenhuma delas era brasileira. Os Estados Unidos ficaram em
primeiro no ranking das produções e suas fontes eram das áreas da sica, Artes em geral,
Educação, Psicologia e Humanidades. As duas (2) pesquisas randomizadas mostraram diferenças
significativas entre cantores e bailarinos (t (144)=1,636; p>0,05), bailarinos e atletas (t
(109)=4,554; p<0,05) e músicos e não músicos (t (210)=1,170; p<0,05). Concluiu-se, que
indivíduos talentosos em Música apresentam maior sobre-excitabilidade quando comparados com
outros grupos.
PALAVRAS-CHAVE: Educação Especial. Aptidão musical. Talento musical. Sobre-
excitabilidade.
ABSTRACT: The present research aims to study the production of (inter)national literature with
regard to over-excitability associated with musical aptitude and talent and to characterize, describe
and analyze it based on the last ten years (2012 to 2022). A search was carried out in six (6)
databases, qualitative analysis, and meta-analysis (descriptive statistics and comparison of
means/T Student). Studies (N=11) were found (N=4 empirical and randomized and N=7
theoretical), and none of them was Brazilian. The United States came first in the ranking of
productions and the sources of publication were in the areas of Music, Arts in general, Education,
Psychology, and Humanities. The two (2) randomized trials showed significant differences between
singers and dancers (t (144)=1.636; p>0.05), dancers and athletes (t (109)=4.554; p<0.05), and
musicians and not musicians (t (210)=1.170; p<0.05). It was concluded that talented individuals
in Music present greater over-excitability when compared to other groups.
KEYWORDS: Special Education. Musical aptitude. Musical talent. Overexcitability.
Fabiana Oliveira KOGA y Rosemeire de Araújo RANGNI
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Introducción
El concepto de sobreexcitalidad, teorizado por Dabrowski (2016), forma parte de la
Teoría de la Desintegración Positiva (TDP), que reúne el estudio de la personalidad asociada a
las emociones con el desarrollo humano progresivo, que puede ser positivo cuando hay
crecimiento individual del individuo y negativo con regresión de la personalidad y campo
emocional (DABROWSKI, 2016).
El TDP puede correlacionarse con el área de talento (OLIVEIRA et al., 2015; SANZ,
2004; SISK, 2021), porque es un área insertada en Educación Especial con la denominación de
altas capacidades o superdotación y garantiza a los estudiantes una atención educativa
especializada (BRASIL, 1996), porque componentes como habilidades y talentos especiales,
factores autónomos y sobreexcitabilidad pueden potenciar y afectar el desarrollo de la
personalidad en PDD, que se puede observar en diferentes niveles (DABROWSKI, 2016;
OLIVEIRA et al., 2015; SISK, 2021).
Si es de nivel I, la integración primaria configurará comportamientos egocéntricos con
cierto grado de altruismo. La desintegración uninivel representa a individuos sensibles a la
opinión social, ya que traen sentimientos significativos de vergüenza y culpa, sin embargo,
estos sentimientos no hacen que el individuo refleje y jerarquice los valores. En la
desintegración espontánea multinivel el proceso de crecimiento es más consciente, hay una
presencia considerable de empatía, autoconocimiento y autocontrol. La integración secundaria
es un nivel marcado por la autoestima, la autenticidad, la empatía y donde se funde con los
aspectos cognitivos con los emocionales (DABROWSKI, 2016; OLIVEIRA et al., 2015;
SANZ, 2004; SISK, 2021).
Así, la sobreexcitabilidad puede definirse como la tendencia del individuo a reaccionar
con extrema intensidad y sensibilidad a estímulos externos e internos, ya que pueden ser
psicomotores cuando las tensiones emocionales y los conflictos internos se traducen en
respuesta motora a través del sistema neuromuscular (agitación, inquietud, ansiedad, etc.). Es
sensorial si el individuo tiene intolerancia a ciertos sonidos, incluyendo la reacción exagerada
a algunos estímulos. La sobreexcitabilidad imaginativa se presenta cuando el individuo mezcla
el sueño con la realidad, pero también, demuestra capacidad inventiva e incluso miedo a lo
desconocido. La sobreexcitabilidad intelectual, por otro lado, se configura en la necesidad de
saber cosas, cuestionar y preocuparse por cuestiones teórico-científicas, reflexiones filosóficas,
entre otros aspectos. Finalmente, la sobreexcitabilidad emocional se caracteriza por las
relaciones y las interacciones afectivas, especialmente porque es un sentimiento de empatía,
Sobreexcitabilidad (overexcitability) correlacionada con la aptitud y el talento musical
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pasión y responsabilidad social (DABROWSKI, 2016; NIXON, 2016; OLIVEIRA et al., 2015;
SANZ, 2004; SISK, 2021).
Con respecto a la aptitud y el talento musical es posible definir como un fenómeno
complejo con múltiples matices, entre los que se encuentran: inteligencia musical, imaginación,
creatividad (dotación) y funciones psicológicas superiores, que se pueden observar en
eminencia, precocidad, motricidad, motivación, aspectos emocionales, cuyos elementos están
vinculados a la personalidad y la identidad, musicalidad, así como las características de la
relación de ambos matices presentados con sobreexcitabilidad (DABROWSKI, 2016;
GARDNER, 1993; GAGNÉ; MCPHERSON, 2016; GORDON, 2015; HAROUTOUNIAN,
2002, 2019; HOLLINGWORTH, 1928; KIRNARSKAYA, 2018; TEPLOV, 1966;
VYGOSTSKY; LÚRIA, 1996; WINNER, 1996; ABRAMO; NATALIE-ABRAMO, 2020;
WILLEMS, 2011).
Cuando se habla de sobreexcitabilidad, es necesario correlacionarla con investigaciones
centradas en el cerebro y la emoción, con la música como variable, como se puede ver en los
estudios de Klineburger y Harrison (2015).
En esta perspectiva, Levitin (2021) estudió los cerebros de los músicos en actividades
que involucran la interpretación musical, utilizando grupos de control y experimentales. Los
resultados demostraron las diferencias en la corteza, principalmente relacionadas con la
psicomotricidad, la sensorialidad y la percepción, las emociones, la cognición y la toma de
decisiones (respuesta a estímulos). Las figuras 1 y 2 ilustran los frutos de sus estudios.
Fabiana Oliveira KOGA y Rosemeire de Araújo RANGNI
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Figuras 1 y 2 Imágenes cerebrales de individuos musicales
Fuente: Levitin (2021, p. 260-261)
Las imágenes indican excitación en la corteza motora, que es responsable de los
movimientos, por ejemplo, de músicos y bailarines, ya que el área es responsable de bailar y
tocar. La corteza sensorial es muy importante para la música, ya que el lenguaje musical
consiste en estímulos sensoriales, pero el ctil es fundamental para la interpretación
instrumental. La corteza auditiva concentra el proceso de escucha, así como la coordinación
audiomotora, que son fundamentales para pensar la música en imágenes sonoras, "tocar de
oído", componer, etc. La corteza prefrontal guía la creación y las expectativas, es decir, el
autocontrol, mientras que el cerebelo también controla los movimientos, específicamente la
velocidad y la coordinación fina, pero también contribuye al control de las emociones en la
música. La corteza visual guía la lectura de las partituras y la interiorización del lenguaje
musical, la observación y el control de los movimientos también (coordinación visiomotora) y,
finalmente, el cuerpo calloso sería responsable de la comunicación entre los hemisferios
derecho e izquierdo, extremadamente fundamental para un pianista o percusionista, por
ejemplo.
Levitin (2021) afirma que en los músicos el cuerpo calloso es más grande y el
hipocampo sería importante para la memoria y las experiencias musicales; mientras que el
núcleo acumbense concentra las reacciones emocionales. Agrega que la amígdala es
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responsable de las reacciones emocionales y también el cerebelo está involucrado en el proceso
emocional.
Willems (2011) en sus estudios ya mencionó sobre la dimensión humana de la música,
afirmando que había una base fisiológica de sensorialidad, musicalidad, afectividad y
cognición, pasando al polo "espiritual" en términos de audición creativa.
Para Gordon (1997), hay una condensación de dominios hemisféricos en el cerebro, a
partir de representaciones sonoras, se crearían mapas mentales de una manera correlacionada
con la audición, de esta manera, se desarrolla la comprensión musical. Este autor señala que el
lenguaje musical y su procesamiento en el cerebro hace que los músicos presenten diferencias
corticales y sinápticas, sin embargo, informa que es necesario saber más sobre la estructura del
pensamiento musical (audición) y las emociones en el cerebro, porque el concepto de audición
consiste en la capacidad de escuchar música en silencio con todos los elementos. Estos aspectos
son similares a lo que sucedió entre el lenguaje y el pensamiento, estudiado por Vygostsky y
Lúria (1996). Gordon (2015) afirma además que escuchar es la base de la aptitud musical y es
la capacidad de predecir la música antes de interpretarla (planificar la interpretación antes de
interpretarla).
Teplov (1966) traduce la música como un conocimiento afectivo, porque la percepción
musical pasa a través del sentimiento, pero no permanece en él. Se construyen imágenes
musicales y se intenta dominar los sentimientos y las emociones para que puedan ser utilizadas
como recurso en la música a partir de los elementos conceptuales musicales. Este autor
subscribe que se trata de un conocimiento principalmente afectivo y emocional, siendo el campo
cognitivo responsable del control, por lo tanto, es posible unir alma, pensamiento e imágenes
musicales. La música con sus elementos podría considerarse una extensión del signo, en
resumen, las palabras no son suficientes para representar la dimensión emocional y afectiva de
los humanos.
Ante lo anterior, surge la pregunta: ¿cuántas producciones empíricas recurren al estudio
de la sobreexcitabilidad asociada a la aptitud y al talento musical? ¿Qué producciones se han
publicado en los últimos diez años? Con base en los resultados de la investigación enumerada,
¿qué dimensiones de la sobreexcitabilidad se relacionan con la aptitud y el talento musical?
¿Los individuos con aptitud musical y talento difieren significativamente o no en las
dimensiones de sobreexcitabilidad en comparación con otros individuos con y sin talento
musical y de otras áreas?
Fabiana Oliveira KOGA y Rosemeire de Araújo RANGNI
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Para responder a estas preguntas, el objetivo es estudiar la producción de literatura
(inter)nacional en relación con la sobreexcitabilidad asociada a la aptitud y el talento musical y
caracterizarla, describirla y analizarla.
Método
Esta es una revisión integradora de la literatura porque permite la inclusión de estudios
(no) experimentales al permitir combinar y discutir datos teóricos y empíricos de manera
interrelacionada, como lo guiaron Monteiro y Spiri (2016), Pereira y Gillanders (2019), Santos
y Cunha (2013) y Souza et al. (2010).
Los criterios para la selección de la muestra de investigación fueron: Investigación
empírica y teórica publicada a nivel (inter)nacional; El marco de tiempo fue de 2012 (enero) a
2022 (agosto); Las Palabras clave
3
se utilizaron en inglés y portugués: overexcitability,
overexcitability AND music, overexcitability AND musical aptitude, overexcitability AND
music talent, sobreexcitabilidad, sobreexcitabilidad AND música, sobreexcitabilidad AND
aptitud musical y sobreexcitabilidad y talento musical; Las bases de datos utilizadas fueron:
Institute of Education Sciences (ERIC); Biblioteca Virtual em Saúde (BVS); Directory of Open
Access Journals (DOAJ); Scopus/Science Direct da Elsevier; Electrinic Library Online
(Scielo); Google académico; Lectura de títulos y resúmenes; Después de eso, se realizó la
lectura completa; Hubo una separación de la investigación empírica y aleatorizada de la
investigación teórica; Recolección de datos en ensayos aleatorizados;
La aplicación del procedimiento de metanálisis se adoptó para aumentar la objetividad
y validez de los datos encontrados. Por lo tanto, fue posible calcular la dimensión general y el
grado de interacción a partir de la comparación de las medias y la desviación estándar de dos
grupos. Se trata de una muestra aleatoria con variables independientes, y debido a que son datos
escalares, se realizó análisis descriptivo y la prueba estadística paramétrica T Student
(PEREIRA; GILLANDERS, 2019; SANTOS; CUNHA, 2013; VIEIRA, 2018).
3
Basado en los estudios de Brandau et al. (2005), se observa que no será posible trabajar con descriptores ya que
el término sobreexcitabilidad no está presente en el Tesauro de la Educación Brasileña, ni en otras bases de datos
de términos. Sólo se encontraron los términos aptitud y talento.
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Resultados
Con base en el análisis descriptivo, se observa la baja tasa de investigación que aborda
la sobreexcitabilidad en el área de la música. La Tabla 1 representa estos resultados brutos
generales.
Tabla 1 Índice de búsquedas encontradas (2012 a 2022)
N total
Búsquedas
seleccionadas
Porcentaje
33
4
12,12%
3
0
0%
15
0
0%
80
0
0%
9
0
0%
3922
33
0,84%
4062
37
12,96%
Fuente: Elaboración propia
Después de leer los títulos y resúmenes, solo quedaron N=11 estudios (N=4 empíricos
y aleatorizados y N=7 teóricos). No se encontraron estudios brasileños sobre la
sobreexcitabilidad correlacionada con la aptitud física y el talento musical. Como ilustra el
gráfico 1, las encuestas proceden de N=5 países. Cabe mencionar que Estados Unidos ocupa el
primer lugar en el ranking de estas producciones.
Gráfico 1 Número de producciones con sobreexcitabilidad asociadas a la música y países
de origen (2012 a 2022).
Leyenda: Canadá, Estados Unidos, Malasia y Polonia
Fuente: Elaboración propia
La Figura 3 ilustra una retrospectiva de las revistas y el año de publicación de las
investigaciones encontradas. Se observó que la mayoría de las producciones son actuales,
alrededor de los últimos cinco años. Las revistas, a su vez, son de las siguientes áreas: Música,
2
5
1 1
2
CANADÁ ESTADOS
UNIDOS
LITUÂNIA MALÁSIA POLÔNIA
Fabiana Oliveira KOGA y Rosemeire de Araújo RANGNI
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Artes en general, Educación, Psicología y Humanidades. Es importante señalar que no se
encontraron investigaciones en el área de la neurociencia asociadas con la sobreexcitabilidad,
la aptitud y el talento musical, aunque existen revistas calificadas en el área.
Figura 3 Revistas y año de publicación de los estudios encontrados (2012 a 2022).
Fuente: Elaboración propia
Con la lectura y el análisis completo de los textos, N=02 estudios aleatorizados, N=01
estudios de campo y N=01 ensayo teórico permanecieron en la presente revisión. Este último
tamiz priorizó los estudios que se centraron más específicamente en la sobreexcitabilidad en
relación con la aptitud física y el talento musical, en comparación con los grupos experimentales
y de control. Mediante el análisis de la estructura, muestreo, metodología y resultados, se
alcanzó la siguiente representación, como se describe en el Cuadro 1:
Cuadro 1 Esquema representativo de los estudios encontrados
Autores
Títulos
Metodología
Resultados
Brundzaite e
Gintiliene
(2013)
Continuo
Overexcitabilities of
Intellectually and
Artistically Gifted
Children and Youth
1 - Investigación de
campo con carácter
psicométrico con una
muestra de N=569
estudiantes.
2 - Instrumentos: Raven’s
Progressive Matrices:
Standard Progressive
Matrices Plus (SPM
Plus), Advanced
Progressive Matrices
(APM) y Overexcitability
Questionnaire-II (OEQ-
II) Lituania de verano.
Los estudiantes dotados artísticamente
lograron puntajes más altos en
sobreexcitabilidad sensorial y
emocional en comparación con los
estudiantes intelectualmente dotados y
típicos.
Sobreexcitabilidad (overexcitability) correlacionada con la aptitud y el talento musical
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Thomson y
Jaque (2016)
Overexcitability: A
Psychological
Comparison Between
Dancers, Opera
Singers, and Athletes
1 - Investigación
experimental con una
muestra de N=195
participantes.
2 - Instrumentos: Beck
Anxiety Inventory, Beck
Depression InventoryII,
Internalized Shame Scale,
Inventory of Childhood
Memories and Imaginings
y Overexcitability
QuestionnaireII.
Bailarines y cantantes de ópera
obtuvo una puntuación
significativamente más alta en todas
las dimensiones de sobreexcitabilidad.
Una propensión a la fantasía, la
vergüenza y
ansiedad en bailarines y cantantes en
comparación con el grupo de atletas.
No hubo diferencias grupales para la
depresión.
Las dimensiones de la
sobreexcitabilidad emocional e
imaginativa predijeron
significativamente la vergüenza, la
ansiedad y la depresión.
Abramo y
Natalie-
Abramo
(2020)
Reexamining “Gifted
and talent” in Music
Education
Ensayo teórico
Las personas talentosas en la música
con sobreexcitabilidad son intensas
hasta el punto de irritar a otras
personas. Algunas características son:
excesivo sentido ético, sensibilidad a
los sonidos fuertes y actividades
físicas intensas, pueden ser tímidos,
sus habilidades creativas pueden
llevarlos a soñar despiertos. Pueden
tener dificultades para relacionarse con
sus compañeros y pueden tener baja
estima.
Martowska y
Romanowicz
(2020)
Overexcitability
Profile Among
University Students at
Music-Focused
Institutions
1 - Investigación
experimental con una
muestra de N=106
participantes.
2 - Instrumentos:
Overexcitability
Questionnaire-II.
Se encontró que el número de
individuos que tenían altos niveles
emocionales y alta sobreexcitabilidad
sensorial era dos veces más alto en el
grupo de músicos que en el grupo de
control (no músicos).
Fuente: Elaboración propia
De los estudios aleatorizados (N=2), los de Thomson y Jaque (2016) se extrajeron las
medias y la desviación estándar del grupo experimental (cantantes) versus el control
(bailarines), y los de Martowska y Romanowicz (2020) se extrajeron los valores de músicos
versus no músicos. En general, se observa que el grupo experimental presenta mayores
resultados en algunos tipos de sobreexcitabilidad, especialmente en aquellos que se
correlacionan con el área musical (sensorial, emocional, imaginativa, etc.). La Tabla 2 presenta
los resultados brutos recogidos en ambas encuestas.
Fabiana Oliveira KOGA y Rosemeire de Araújo RANGNI
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Tabla 2 Resultados brutos de los grupos experimental y control.
ESTUDIOS
TIPOS DE
SOBREEXCITABILIDAD
Grupo experimental
Grupo de control
Media
DP
N
Media
DP
N
Thomson; Jaque
(2016)
Psicomotor
3,4
0,77
62
3,75
0,67
84
Sensorial
3,97
0,64
3,84
0,73
Imaginación
3,08
0,77
2,64
0,85
Intelectual
3,75
0,68
3,58
0,78
Emocional
3,75
0,68
3,67
0,66
Fantasía
27,98
8,19
24,42
8,23
Vergüenza
35,97
16,49
28,34
18,97
Ansiedad
12,53
9,8
10,82
8,93
Depresión
9,34
8,26
9,75
8,23
TOTAL DEL ESTUDIO 1
103,77
46,28
62
90,81
48,05
84
Martowska;
Romanowicz (2020)
Psicomotor
6,25
1,43
106
6,76
1,44
106
Sensorial
7,32
1,22
6,14
8,78
Imaginación
6,95
1,29
6,52
1,4
Intelectual
7,49
1,21
7,3
1,19
Emocional
7,64
1,17
7,19
1,14
TOTAL DEL ESTUDIO 2
35,65
6,32
106
33,91
13,95
106
Fuente: Elaboración propia
Tenga en cuenta que Thomson y Jaques (2016) analizaron más dimensiones de
sobreexcitabilidad que Martowska y Romanowicz (2020). La Figura 4 representa este contexto
de análisis y agrupa los resultados del grupo experimental y el control de los dos estudios.
Figura 4 Esquema de las medias y Desvío Padrón de las muestras
Fuente: Elaboración propia
El Teste-t independiente, basado en los resultados encontrados en el estudio de Thomson
y Jaque (2016), mostró que las medias del grupo experimental (cantantes) en relación con el
control (bailarines) presentan medias muy similares, aunque existen algunas discrepancias, es
Sobreexcitabilidad (overexcitability) correlacionada con la aptitud y el talento musical
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decir, la diferencia no es estadísticamente significativa (t (144)=1.636; p>0.05). Por otro lado,
los resultados extraídos de la investigación de Martowska y Romanowicz (2020) permitieron
concluir que los promedios del grupo experimental (músicos) son diferentes del control (no
músicos). La diferencia en este caso es estadísticamente significativa (t (210)=1,170; p<0,05).
En la investigación de Thomson y Jaque (2016) hubo dos grupos de control con muestras
distintas ( cantantes versus bailarines y cantantes versus atletas). En este momento, se
presentarán los valores de significancia en la Teste t, independientemente de la muestra de
cantantes versus a la de atletas en los indicadores de sobreexcitabilidad. La Tabla 3 representa
los resultados brutos del grupo experimental (cantantes) y el grupo control (atletas).
Tabla 3 Resultados brutos de la muestra de cantantes versus atletas.
ESTUDIOS
TIPOS DE
SOBREEXCITABILIDAD
Grupo experimental
Grupo de control
Medias
DP
N
Media
DP
N
Thomson;
Jaque (2016)
Psicomotor
3,4
0,77
62
3,54
0,77
49
Sensorial
3,97
0,64
3,28
0,78
Imaginación
3,08
0,77
2,27
0,76
Intelectual
3,75
0,68
3,36
0,93
Emocional
3,75
0,68
3,36
0,93
Fantasía
27,98
8,19
18,4
8,76
Vergüenza
35,97
16,49
17,66
15,99
Ansiedad
12,53
9,8
5,7
5,89
Depresión
9,34
8,26
6,96
8,7
TOTAL DEL ESTUDIO 1
103,77
46,28
62
64,53
43,51
49
Fuente: Elaboración propia
Al aplicar el Test-t independiente, fue posible observar que, en la comparación de los
grupos, hubo una diferencia significativa entre las medias. El grupo de cantantes es superior en
sobreexcitabilidad en comparación con los atletas (t (109)=4,554; p<0,05).
Discusiones
Con base en la revisión integradora de la literatura con la aplicación del metaanálisis, se
encontró que en los últimos 10 años no ha habido una alta tasa de investigadores interesados en
la correlación de la sobreexcitabilidad con la aptitud y el talento musical, ni la investigación
correlacionada con la neurociencia. Los resultados encontrados están en línea con el estudio de
Oliveira et al. (2015), que evidenció el minúsculo índice de investigación sobre la
sobreexcitabilidad con el talento en general.
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Al analizar el Gráfico 1, se evidenció una mayor concentración de investigaciones
realizadas en Estados Unidos, incluso en universidades con tradición en formación musical y
el estudio del talento, como la Universidad de California State (Northridge) y la Universidad
de Connecticut (Storrs), y en ambas instituciones se encuentran los departamentos de Educación
y Psicología con gran representación. Estas instituciones tienen líneas de investigación que
estudian la Teoría del Aprendizaje Musical (desarrollo de la aptitud y el talento musical) de
Edwin E. Gordon, por ejemplo, o hay en su staff de profesores teóricos como Joseph S.
Renzulli, un estudioso en el área de talento y enriquecimiento (ABRAMO; NATALIE-
ABRAMO, 2020; HAROUTOUNIAN, 2002, 2019).
El gráfico 2 mostla actualidad del tema investigado, siendo el estudio más antiguo de
2013 y el más actual de 2022. De acuerdo con el alcance de las revistas, hubo las siguientes
áreas: Música, Educación, Psicología y, en el caso de Rooper Review, el área de aptitud y
talento, así como áreas relacionadas. Por lo tanto, es explícito que este fenómeno
(sobreexcitabilidad) transita de manera interdisciplinaria y todavía se construyen algunos
conceptos y correlaciones, aunque Dabrowski (2016) ha discutido la sobreexcitabilidad
anteriormente, así como Teplov (1966), al abordar el fenómeno de la aptitud y el talento musical
en las emociones y la afectividad.
Hay que resaltar la dificultad de aplicar el metaanálisis como resultado de
investigaciones teóricas y de otro tipo con la descripción de los datos realizados sin una
sistematización de carácter experimental, especialmente porque en ciertos casos la
aleatorización de los estudios puede contribuir a una mejor comprensión del impacto de ciertos
fenómenos en relación con la población afectada. Además, las diferencias o similitudes entre
grupos e individuos no siempre serán estadísticamente significativas, sin embargo, conocerlas
puede ser beneficioso para pensar en recursos y estrategias que contribuyan a la calidad de vida
de una población determinada. Además, la amplitud misma de la búsqueda y los criterios para
llevar a cabo esta revisión se centran en el corte de algunos parámetros establecidos
metodológicamente, porque, aunque hay rigor, existen limitaciones (MONTEIRO; SPIRI,
2016; PEREIRA; GILLANDERS, 2019; SANTOS; CUNHA, 2013; SOUZA et al., 2010;
VIEIRA, 2018).
La investigación de Brundzaite y Gintiliene (2013) realizó un estudio de campo con
carácter psicométrico, y utilizó pruebas estandarizadas, incluido un cuestionario dirigido a la
sobreexcitabilidad. La investigación comparó tres grupos de estudiantes, los intelectualmente
dotados (1), los superdotados artísticamente (2) y los picos (3), en relación con la
Sobreexcitabilidad (overexcitability) correlacionada con la aptitud y el talento musical
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sobreexcitabilidad. Los resultados indicaron que los estudiantes intelectualmente dotados
obtuvieron puntajes más altos en sobreexcitabilidad que los estudiantes típicos. Los niveles
sensorial, imaginativo e intelectual fueron los más significativos en la diferencia entre los dos
grupos (p<0,001 y p<0,05 ANOVA); así como entre estudiantes artísticamente dotados. Se
destacaron en los niveles sensorial, imaginativo, intelectual y emocional (p<0.001 ANOVA).
Cuando se compararon con estudiantes intelectual y artísticamente dotados en niveles de
sobreexcitabilidad, los resultados mostraron que los estudiantes artísticos lograron
puntuaciones más altas en los niveles sensoriales y emocionales de sobreexcitabilidad (p<0.001
y p<0.05 ANOVA). Estos datos corroboran los hallazgos de Nixon (2016), al discutir que los
individuos artísticos y creativos presentan una mayor sobreexcitabilidad, y sería más evidente
en el proceso de desintegración Uninivel (sensibilidad a la opinión social) y Multinivel (proceso
consciente de crecimiento, autoconocimiento y autocontrol).
Desafortunadamente, el estudio de Brundzaite y Gintiliene (2013) no se incorporó al
metaanálisis debido a que es un estudio de validación cultural de la Overexcitability
Questionnaire-II (OEQ-II) y por no detallar la ruta estadística utilizada.
El estudio de Thomson y Jaque (2016) colabora en la comprensión de la influencia de
la música en el ámbito de las emociones, como Teplov (1966), Haroutounian (2002, 2019) y
Kirnarskaya (2018), tanto que los bailarines y cantantes sobresalen más en la sobreexcitabilidad
en comparación con los atletas. Las demandas de habilidades requeridas por las áreas influyen,
por ejemplo, en el caso de la psicomotricidad, especialmente porque su magnitud se observa en
el grupo de atletas, pero la sensorialidad es más evidente en los cantantes. Por otro lado, el
campo emocional, la fantasía y la emoción son mayores en los individuos artísticos y la
psicomotricidad no es tan significativa en los atletas en comparación con los bailarines.
Aparentemente, el sentido estético, discutido por Kirnarskaya (2004), y la conciencia corporal
sinestésica, teorizada por Gardner (1993), pueden ser variables para impactar estos promedios.
Un descubrimiento importante ocurre en el campo de la vergüenza, la ansiedad y la
depresión, infiriendo preocupación por el bienestar psicológico, especialmente de los artistas.
En este sentido, Haroutounian (2002, 2019), Hollingworth (1928) y Kirnarskaya (2004, 2018)
destacaron la importancia del apoyo emocional de manera educativa, para enseñar los
mecanismos individuales de protección psíquica y desarrollar la capacidad de resiliencia. En
este contexto, Thomson y Jaque (2016) concluyen en su estudio que el entrenamiento de
habilidades psicológicas colabora para que el individuo aprenda a lidiar con el sufrimiento. Por
lo tanto, para los autores, los artistas y atletas deben someterse a este tipo de entrenamiento a
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lo largo de sus carreras, ya que son áreas que requieren autocontrol emocional y psicológico y
existe una alta exposición entre el éxito / felicidad y el fracaso / tristeza.
Abramo y Natalie-Abramo (2020) advierten, basándose en los estudios de Hollingworth
(1928), sobre las necesidades socioemocionales de las personas talentosas en la música, porque
son vulnerables a los malentendidos debido a la sobreexcitabilidad. Así, estos individuos serían
intensos en su personalidad hasta el punto de que a los demás les molestarían sus actitudes y
comportamientos, además, altamente reactivos a los sonidos, con baja estima y características
impulsivas y antisociales, en algunos casos. Los autores también enfatizaron la importancia de
identificar el talento musical para analizar la manifestación de estos indicadores, como la
sobreexcitabilidad. Para ellos, este conocimiento contribuye a la formación del profesorado, la
selección y planificación de recursos, así como la orientación a la familia y la colaboración en
el autoconocimiento del individuo. De esta manera, los procedimientos de intervención
educativa se vuelven más asertivos y efectivos, brindando mayor calidad de vida al individuo
talentoso.
En este sentido, la investigación de Martowska y Romanowicz (2020) demuestra la
fragilidad del proceso de apoyo e intervención psicoemocional, principalmente de manera
preventiva. Señalan que es de suma importancia apoyar y desarrollar habilidades emocionales
en los artistas, ya que la sobreexcitabilidad funciona como un mediador entre la vida emocional
y práctica de los individuos. Los autores afirman que la vida interior de los músicos parece rica,
sin embargo, experimentan dificultades de adaptación, lo que puede llevarlos a presentar
síntomas depresivos y tendencias suicidas. Por lo tanto, uno se pregunta, ¿cuántos artistas, a lo
largo de la historia, han elegido terminar con sus vidas, incluso en la cima de sus carreras?
¿Cuántos no se han perdido en adicciones como las drogas y el alcoholismo?
En resumen, en el tema con respecto a la sobreexcitabilidad no se puede descartar el
papel de la actividad cerebral en los procesos de musicalidad e interpretación, dada la diferencia
entre cantantes, bailarines, atletas, músicos y no músicos, como lo muestran Brundzaite y
Gintiliene (2013), Thomson y Jaque (2016) y Martowska y Romanowicz (2020).
Los estudios de Klineburger y Harrison (2015), Gordon (1997) y Levitin (2021)
demuestran la autonomía del cerebro para reaccionar a los estímulos musicales, incluso si el
individuo está inconsciente o inconsciente. También describen las posibilidades de realizar
sinapsis y transformaciones a lo largo de la corteza. Willems (2011), en este contexto, discutió
la fisiología de la musicalidad relacionada con la afectividad. Estas modificaciones cerebrales
pueden ser una posibilidad y una de las explicaciones de por qué los músicos tienen una mayor
Sobreexcitabilidad (overexcitability) correlacionada con la aptitud y el talento musical
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sobreexcitabilidad que otros grupos. Vale la pena mencionar que los índices de significación
estadística encontrados en el metaanálisis demuestran cuán significativa fue la diferencia entre
músicos y no músicos. Al analizar el trabajo de estos autores junto con los de Gagné y
McPherson (2016), Gordon (1997; 2015) y Teplov (1966), se observa el impacto filogenético
y ontogenético en la manifestación de la aptitud y el talento. La sensoricidad y la percepción,
por ejemplo, afectan directamente a la corteza sensorial, aumentando el área excitada del
cerebro hasta el punto de presentar una dimensión más significativa en los músicos que en los
no músicos. Sin embargo, este es otro tema que ha movilizado la ciencia actual tanto para
develar otros elementos y matices del talento musical, el trabajo psíquico, como para la
rehabilitación de pacientes con algún impedimento o daño cerebral (LEVITIN, 2021). Además,
los elementos sociogénicos afectan la forma en que el individuo actúa musicalmente en el
mundo. Hay comportamientos sobredeterminados
4
, que se perpetúan a lo largo de la historia y
se fomentan y establecen en las relaciones sociales a través de interpelaciones. Con respecto a
este tema, Vygotsky y Lúria (1996) abordaron el desarrollo de funciones psicológicas
superiores y la interacción social impactada por el entorno social.
Así, la aptitud y el talento musical requieren atención atenta y escucha, apoyo emocional
y educativo, acceso a recursos y derechos, apoyo profesional y familiar, comprensión y respeto,
buscando eliminar mitos, que contribuyen a situaciones de prejuicio (ABRAMO; NETALIE-
ABRAMO, 2020; BRUNDZAITE; GINTILIENE, 2013; RECH; NEGRINI, 2019;
MARTOWSKA; ROMANOWICZ, 2020; SISK, 2021; THOMSON; JAQUE, 2016; WINNER,
1996).
Para Sisk (2021), el momento actual presenta un estrés constante, que afecta la forma
de vida de las personas con talento. Además, su vida psíquica es avanzada y compleja, lo que
requiere experiencia por parte de quienes van a trabajar con ellos: especialmente si están bien
orientados y se les da la posibilidad de autoconocimiento, sin duda serán ellos los que hagan
grandes contribuciones a la sociedad.
Además, según los estudios de Sanz (2004), cuanto mayor sea la manifestación de
sobreexcitabilidad y número de dimensiones, más evidente será el potencial y la capacidad del
individuo en un área determinada. Así, este fenómeno puede ser considerado uno de los matices
de la aptitud musical y el talento (ABRAMO; NATALIE-ABRAMO, 2020).
4
Término conceptualizado por Louis Althusser. Se trata de la forma en que el individuo se ve a sí mismo y actúa
en el mundo frente a la representación en cuestiones económicas, político-legales, ideológicas y la satisfacción de
las cuestiones materiales y sociales y los niveles de acceso representan el significado en torno al concepto actual
(PINHEIRO, 2016).
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La sobreexcitabilidad no se limita a los estudios que se centran en la Educación Especial,
específicamente, el talento y el área de la música, según Oliveira et al. (2015). A partir de los
estudios de Dabrowski (2016), se pueden comprender mejor las características que rodean el
fenómeno, que a menudo se consideran inadecuadas y problemáticas (OLIVEIRA et al., 2015).
En vista de lo anterior, se señala la importancia de esta teoría en el ambiente escolar para romper
con ciertos estigmas y mitos con respecto a los problemas de comportamiento de los
estudiantes, por ejemplo. Lo que puede parecer indisciplina a los ojos de los educadores a
menudo puede ser una manifestación de talento (HOLLINGWORTH, 1928; WINNER, 1996;
DABROWSKI, 2016; ABRAMO; NATALIE-ABRAMO, 2020).
Por lo tanto, es importante conocer el fenómeno actual, pero también analizar la
importancia de la Educación Musical en el currículo escolar. Hay muchas formas de aprender
y muchos caminos hacia el desarrollo, pero lamentablemente hay precariedad y desvalorización
de la música en los espacios escolares, como argumenta Fonterrada (2020).
Vale la pena enfatizar que la sobreexcitabilidad en condiciones armoniosas puede
contribuir al desarrollo de los potenciales de los individuos, ya sea en Música u otras áreas,
como la academia, la creatividad, otros lenguajes artísticos, la psicomotricidad y el liderazgo;
todos ellos contextualizados en la sociedad (OLIVEIRA et al., 2015; ABRAMO; NATALIE-
ABRAMO, 2020). Si la música fuera una realidad en los planes de estudio escolares,
beneficiaría a todos los estudiantes y, además, a los talentosos (GORDON, 2015;
FONTERRADA, 2020).
Consideraciones finales
La baja tasa de investigación interesada en el tema sobre la sobreexcitabilidad
correlacionada con la aptitud y el talento musical es preocupante, especialmente en Brasil, en
el que no fue posible encontrar ningún estudio. Por otro lado, los estudios muestran que los
individuos artísticamente talentosos manifiestan más dimensiones de sobreexcitabilidad que
otros individuos de otras áreas y, en consecuencia, necesitan apoyo e intervención preventiva
para que no culminen en sufrimiento, daño psicológico como depresión e incluso tendencia
suicida.
Dirigir esta evidencia a la dimensión educativa instiga la reflexión de esa
sobreexcitabilidad, incidente en personas comunes y talentosas, que sobre todo necesitan
atención para que las desarmonías no interfieran negativamente en el desarrollo de los
Sobreexcitabilidad (overexcitability) correlacionada con la aptitud y el talento musical
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potenciales. Por lo tanto, los estudios relacionados con la sobreexcitabilidad y la educación, por
ejemplo, necesitan avanzar en el contexto brasileño para que la evidencia pueda ser analizada.
Se sugiere que las investigaciones puedan enumerar y correlacionar las características de
sobreexcitabilidad entre individuos típicos y talentosos en el área musical para analizar cuánto
puede afectar esta condición la calidad de vida del individuo. Después de todo, ¿puede afectar
el desarrollo general de un individuo, el rendimiento escolar y / o profesional, y la calidad de
vida? ¿Qué procedimientos de intervención serían útiles, apropiados y efectivos cuando se trata
del entorno educativo? ¿Qué intervenciones preventivas podrían llevarse a cabo en previsión
del fracaso escolar y la enfermedad emocional causada por la presencia de sobreexcitabilidad?
AGRADECIMIENTOS: Fundación de Apoyo a la Investigación del Estado de São Paulo
FAPESP.
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TEPLOV, B. M. Psychologie des aptitudes musicales. Paris: Press universitaires de france,
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Fabiana Oliveira KOGA y Rosemeire de Araújo RANGNI
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023056, 2023. e-ISSN: 1982-5587
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VYGOSTSKY, L. S.; LÚRIA, A. R. Estudos sobre a história do comportamento: O
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WILLEMS, E. El oído musical: La preparación auditiva del niño. 5 ed. Barcelona: Paidós
Educador, 2011.
CRediT Author Statement
Reconocimientos: No aplicable.
Financiación: Fundación de Investigación de São Paulo (FAPESP) Proceso
2019/14466-8.
Conflictos de intereses: Sin conflictos de intereses.
Aprobación ética: No aplica, porque el texto se refiere a la revisión integradora con
metanálisis. Sin embargo, vale la pena mencionar que la presente investigación es parte de
una investigación más amplia aprobada por el comité de ética e investigación bajo el
CAAE: 52224021.0.0000.5504.
Disponibilidad de datos y material: No aplicable.
Contribuciones de los autores: La primera autora (Dra. Fabiana O. Koga) describió la
investigación, recolectó datos, analizó, discutió y actuó en la redacción del texto final; la
segunda autora (Prof. Dr. Rosemeire de Araújo Rangni) presentó el tema y el problema de
investigación, actuó en el análisis de datos, discusión y redacción del texto final.
Procesamiento y edición: Editora Iberoamericana de Educación - EIAE.
Corrección, formateo, normalización y traducción.
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023056, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.17195 1
OVEREXCITABILITY RELATED TO MUSICAL APTITUDE AND TALENT
SOBRE-EXCITABILIDADE (OVEREXCITABILITY) CORRELACIONADA À APTIDÃO
E TALENTO MUSICAL
SOBREEXCITABILIDAD (OVEREXCITABILITY) CORRELACIONADA CON LA
APTITUD Y EL TALENTO MUSICAL
Fabiana Oliveira KOGA1
e-mail: fabianapsicopedagogiamusical@gmail.com
Rosemeire de Araújo RANGNI2
e-mail: rose.rangni@ufscar.com
How to reference this article:
KOGA. F. O.; RANGNI, R. A. Overexcitability related to musical
aptitude and talent. Revista Ibero-Americana de Estudos em
Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023056, 2023. e-ISSN: 1982-
5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.17195
| Submitted: 13/09/2022
| Revisions required: 25/01/2023
| Approved: 10/02/2023
| Published: 16/08/2023
Editor:
Prof. Dr. José Luís Bizelli
Deputy Executive Editor:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Federal University of São Carlos (UFSCar), São Carlos SP Brazil. Postdoctoral fellow at the Department of
Psychology.
2
Federal University of São Carlos (UFSCar), São Carlos SP Brazil. Associate Professor 2. PhD in Special
Education (UFSCar).
Overexcitability related to musical aptitude and talent
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023056, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.17195 2
ABSTRACT: The present research aims to study the production of (inter)national literature with
regard to over-excitability associated with musical aptitude and talent and to characterize, describe
and analyze it based on the last ten years (2012 to 2022). A search was carried out in six (6)
databases, qualitative analysis, and meta-analysis (descriptive statistics and comparison of means/T
Student). Studies (N=11) were found (N=4 empirical and randomized and N=7 theoretical), and
none of them was Brazilian. The United States came first in the ranking of productions and the
sources of publication were in the areas of Music, Arts in general, Education, Psychology, and
Humanities. The two (2) randomized trials showed significant differences between singers and
dancers (t (144)=1.636; p>0.05), dancers and athletes (t (109)=4.554; p<0.05), and musicians and
not musicians (t (210)=1.170; p<0.05). It was concluded that talented individuals in Music present
greater over-excitability when compared to other groups.
KEYWORDS: Special Education. Musical aptitude. Musical talent. Overexcitability.
RESUMO: A presente pesquisa tem como objetivo estudar a produção da literatura (inter)nacional
em relação à sobre-excitabilidade associada à aptidão e ao talento musical e caracterizá-la,
descrevê-la e analisá-la tomando por base os últimos dez anos (2012 a 2022). Empreendeu-se a
busca em seis (6) bases de dados, análise qualitativa e meta-análise (estatística descritiva e
comparação de médias/T Student). Foram encontradas N=11 pesquisas (N=4 empíricas e
randomizadas e N=7 teóricas), nenhuma delas era brasileira. Os Estados Unidos ficaram em
primeiro no ranking das produções e suas fontes eram das áreas da sica, Artes em geral,
Educação, Psicologia e Humanidades. As duas (2) pesquisas randomizadas mostraram diferenças
significativas entre cantores e bailarinos (t (144)=1,636; p>0,05), bailarinos e atletas (t
(109)=4,554; p<0,05) e músicos e não músicos (t (210)=1,170; p<0,05). Concluiu-se, que
indivíduos talentosos em Música apresentam maior sobre-excitabilidade quando comparados com
outros grupos.
PALAVRAS-CHAVE: Educação Especial. Aptidão musical. Talento musical. Sobre-
excitabilidade.
RESUMEN: La presente investigación tiene como objetivo estudiar la producción de la literatura
(inter)nacional en relación con la sobreexcitabilidad asociada a la aptitud y el talento musical y
caracterizarla, describirla y analizarla con base en los últimos diez años (2012 a 2022). Se realizó
búsqueda en seis (6) bases de datos, análisis cualitativo y metanálisis (estadística descriptiva y
comparación de medias/T de Student). Se encontraron N=11 estudios (N=4 empíricos y
aleatorizados y N=7 teóricos), ninguno de ellos brasileño. Estados Unidos ocupó el primer lugar
en el ranking de producciones y sus fuentes fueron en las áreas de Música, Artes en general,
Educación, Psicología y Humanidades. Los dos (2) ensayos aleatorizados mostraron diferencias
significativas entre cantantes y bailarines (t (144)=1,636; p>0,05), bailarines y deportistas (t
(109)=4,554; p<0,05) y músicos y no músicos (t (210)=1,170; p<0,05). Se concluyó que los
individuos con talento en la Música presentan mayor sobreexcitabilidad en comparación con otros
grupos.
PALABRAS CLAVE: Educación Especial. Aptitud musical. Talento musical. Sobreexcitabilidad.
Fabiana Oliveira KOGA and Rosemeire de Araújo RANGNI
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023056, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.17195 3
Introduction
The concept of overexcitability, theorized by Dabrowski (2016), is part of the Positive
Disintegration Theory (PDT), which brings together the study of personality associated with
emotions with progressive human development, which can be positive when there is individual
growth of the individual and negative with regression of the personality and emotional field
(DABROWSKI, 2016).
TDP can be correlated with the area of talent (OLIVEIRA et al., 2015; SANZ, 2004;
SISK, 2021), as it is an area inserted in Special Education with the denomination of high skills
or giftedness and ensuring students receive specialized educational services (BRASIL, 1996),
this is because components such as special skills and talents, autonomous factors and over-
excitability can potentiate and affect personality development in TDP, which can be observed
at different levels (DABROWSKI, 2016; OLIVEIRA et al., 2015; SISK, 2021).
If it is level I, primary integration will configure egocentric behaviors with some degree
of altruism. Unilevel disintegration represents individuals sensitive to social opinion, as they
bring a significant feeling of shame and guilt, however, these feelings do not make the
individual reflect and hierarchize values. In spontaneous multilevel disintegration, in turn, the
growth process is more conscious, as there is a considerable presence of empathy, self-
knowledge and self-control. Secondary integration is a level marked by self-esteem,
authenticity, empathy and where cognitive and emotional aspects merge (DABROWSKI, 2016;
OLIVEIRA et al., 2015; SANZ, 2004; SISK, 2021).
Thus, over-excitability can be defined as the individual's tendency to react with extreme
intensity and sensitivity to external and internal stimuli, as they can be psychomotor when
emotional tensions and internal conflicts are translated into a motor response via the
neuromuscular system (agitation, restlessness, anxiety, etc.). It is sensory if the individual has
intolerance to certain sounds, and may even overreact to some stimuli. Imaginative over-
excitability is present when the individual mixes dreams with reality, but also demonstrates
inventiveness and even fear of the unknown. Intellectual over-excitability, on the other hand, is
configured in the need-to-know things, to question and concern with theoretical/scientific
issues, philosophical reflections, among other aspects. Finally, emotional over-excitability is
characterized by affective relationships and interactions, especially because it involves feelings
of empathy, passion and social responsibility (DABROWSKI, 2016; NIXON, 2016;
OLIVEIRA et al., 2015; SANZ, 2004; SISK, 2021).
Overexcitability related to musical aptitude and talent
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With regard to aptitude and musical talent, it is possible to define it as a complex
phenomenon with multiple nuances, among which are: musical intelligence, imagination,
creativity (giftedness) and higher psychological functions, which can be observed in eminence,
precocity, motricity, motivation, emotional aspects, whose elements are linked to personality
and identity, musicality, as well as the characteristics of the relationship of both nuances
presented with over-excitability (DABROWSKI, 2016; GARDNER, 1993; GAGNÉ;
MCPHERSON, 2016; GORDON, 2015; HAROUTOUNIAN, 2002, 2019;
HOLLINGWORTH, 1928; KIRNARSKAYA, 2018; TEPLOV, 1966; VYGOSTSKY; LÚRIA,
1996; WINNER, 1996; ABRAMO; NATALIE-ABRAMO, 2020; WILLEMS, 2011).
When discussing over-excitability, it becomes necessary to correlate it with research
focused on the brain and emotion, with Music as a variable, as can be seen in the studies by
Klineburger and Harrison (2015).
From this perspective, Levitin (2021) studied the brain of musicians in activities
involving musical performance, using control and experimental groups. The results showed
differences in the cortex, mainly related to psychomotricity, sensoriality and perception,
emotions, cognition and decision-making (response to stimuli). Figures 1 and 2 illustrate the
fruits of their studies.
Fabiana Oliveira KOGA and Rosemeire de Araújo RANGNI
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Figures 1 and 2 Image of the brain of musical individuals
Source: Levitin (2021, p. 260-261)
The images indicate arousal in the motor cortex, which is responsible for the movements
of, for example, musicians and dancers, as the area is responsible for dancing and playing. The
sensory cortex is very important for Music, since the musical language is made up of sensory
stimuli, but the tactile stimulus is fundamental for instrumental performance. The auditory
cortex concentrates the process of listening, as well as audiomotor coordination, which are
fundamental for thinking about Music in sound images, “playing by ear”, composing, etc. The
prefrontal cortex, on the other hand, guides creation and expectations, that is, self-control, while
the cerebellum also controls movements, specifically speed and fine coordination, but also
contributes to the control of emotions in Music. The visual cortex guides the reading of scores
and internalization of the musical language, the observation and control of movements as well
(visiomotor coordination) and, finally, the corpus callosum would be responsible for
communication between the right and left hemispheres, extremely fundamental for a pianist or
percussionist, for example.
Levitin (2021) states that in musicians the corpus callosum is larger and the
hippocampus would be important for musical memory and experiences; while the nucleus
accumbens concentrates emotional reactions. He also adds that the amygdala is responsible for
emotional reactions and also stresses that the cerebellum is involved in the emotional process.
Overexcitability related to musical aptitude and talent
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Willems (2011), in his studies, already mentioned the human dimension of music,
stating that there was a physiological basis for sensoriality, musicality, affectivity and
cognition, moving to the “spiritual” pole in terms of creative listening.
For Gordon (1997), there is a condensation of hemispheric domains in the brain, from
sound representations, mental maps would be created in a way correlated to audiation, in this
way, musical understanding is developed. This author points out that the musical language and
its processing in the brain causes musicians to present cortical and synaptic differences,
however, he reports that it is necessary to know more about the structure of musical thought
(audiation) and emotions in the brain, because the concept of audiation consists in the ability to
listen to music quietly with all the elements. These aspects are similar to what happened
between language and thought, studied by Vygostsky and Lúria (1996). Gordon (2015) also
asserts that audiation is the basis of musical aptitude and is the ability to predict the music
before performing it (planning the performance/interpretation before performing it).
Teplov (1966) translates music as being an affective knowledge, as musical perception
passes through feeling, but does not remain in it. Musical images are constructed and there is
an attempt to master feelings and emotions so that they are used as a resource in music based
on musical conceptual elements. This author points out that it is mainly affective and emotional
knowledge, with the cognitive field responsible for control, thus, it is possible to combine soul,
thought and musical images. Music with its elements could be considered an extension of the
sign, in short, words are not enough to represent the emotional and affective dimension of
humans.
In view of the above, the question emerges: how many empirical productions focus on
the study of over-excitability associated with aptitude and musical talent? What productions
have been published in the last ten years? Based on the results of the surveys listed, which
dimensions of over-excitability are related to aptitude and musical talent? Do individuals with
aptitude and musical talent differ or not significantly in the dimensions of over-excitability
when compared to other individuals with and without musical talent and talented individuals in
other areas?
To answer these questions, the objective is to study the production of (inter)national
literature in relation to over-excitability associated with aptitude and musical talent and to
characterize, describe and analyze it.
Fabiana Oliveira KOGA and Rosemeire de Araújo RANGNI
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Method
This is an integrative literature review because it allows the inclusion of (non)
experimental studies by allowing to combine and discuss theoretical and empirical data in an
interrelated way, as guided by Monteiro and Spiri (2016), Pereira and Gillanders (2019), Santos
and Cunha (2013) and Souza et al. (2010).
The criteria for selecting the research sample were the following: Empirical and
theoretical research published in (inter)national scope; the time frame chosen was from 2012
(January) to 2022 (August); the keyword
3
were used in English and Portuguese:
overexcitability, overexcitability AND music, overexcitability AND musical aptitude,
overexcitability AND music talent, over-excitability, over-excitability AND music, over-
excitability AND musical aptitude and over-excitability and musical talent. When defining the
databases, the following were chosen: Institute of Education Sciences (ERIC); Virtual Health
Library (VHL); Directory of Open Access Journals (DOAJ); Elsevier 's Scopus/Science Direct;
Electronic Library Online (Scielo); Academic Google.
Reading the titles and abstracts preceded the full reading. Afterwards, there was a
separation of empirical and theoretical research from the randomized ones. Then, there was data
collection in randomized surveys. The application of the meta-analysis procedure was adopted
to increase the objectivity and validity of the data found. In this way, it was possible to calculate
the general dimension and degree of interaction from the comparison of means and standard
deviation of two groups. This is a random sample with independent variables, and because they
are scalar data, descriptive analysis and the Student T parametric statistical test were undertaken
(PEREIRA; GILLANDERS, 2019; SANTOS; CUNHA, 2013; VIEIRA, 2018).
3
Based on studies by Brandau et al. (2005), it is noted that it will not be possible to work with descriptors since
the term over-excitability is not present in the Brazilian Education Thesaurus, nor in other databases of terms. Only
the terms were found: aptitude and talent.
Overexcitability related to musical aptitude and talent
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Results
Based on the descriptive analysis, there is a low rate of research addressing over-
excitability in the field of music. Chart 1 represents these overall raw results.
Chart 1 - Index of searches found (2012 to 2022)
n total
Selected researches
percentage
33
4
12.12%
3
0
0%
15
0
0%
80
0
0%
9
0
0%
3922
33
0.84%
4062
37
12.96%
Source: Prepared by the authors
After reading the titles and abstracts, only N=11 studies remained (N=4 empirical and
randomized and N=7 theoretical). No Brazilian studies were found on overexcitability
correlated with aptitude and musical talent. As illustrated in Graph 1, the surveys originate from
N=5 countries. It is worth mentioning that the United States is first in the ranking of these
productions.
Graph 1 Number of productions about excitability associated with Music and countries of
origin (2012 to 2022).
4
Source: Prepared by the authors
Figure 3 illustrates a retrospective of the journals and year of publication of the research
found. It was observed that most of the productions are current, around the last five years. The
magazines, in turn, are from the following areas: Music, Arts in general, Education, Psychology
4
In Portuguese, Estados Unidos means United States; Polônia means Poland; Malásia means Malaysia; Lituânia
means Lithuania and Canadá means Canada.
2
5
1 1
2
CANADÁ ESTADOS
UNIDOS
LITUÂNIA MALÁSIA POLÔNIA
Fabiana Oliveira KOGA and Rosemeire de Araújo RANGNI
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and Humanities. It is important to point out that no research was found in the area of
neuroscience associated with over-excitability, aptitude and musical talent, although there are
qualified journals in the area.
Figure 3 Journals and year of publication of the studies found (2012 to 2022).
Source: Prepared by the authors
With the reading and full analysis of the texts, N=02 randomized research, N=01 field
and N=01 theoretical essay remained in this review. This last sieve prioritized studies that
focused more specifically on over-excitability in relation to aptitude and musical talent,
comparatively in experimental and control groups. When analyzing the structure, sampling,
methodology and results, the following representation was reached, outlined in Chart 1:
Chart 1 - Representative outline of the studies found
Authors
Titles
Methodology
Results
Brundzaite
and Gintiliene
(2013)
Continues
Overexcitabilities of
Intellectually and
Artistically Gifted
Children and Youth
1 - Field research with a
psychometric character
with a sample of N=569
students.
2 - Instruments: Raven's
Progressive Matrices:
Standard Progressive
Matrices Plus (SPM
Plus), Advanced
Progressive Matrices
(APM) and
Overexcitability
Questionnaire -II (OEQ-
II) summer Lithuania.
Artistically gifted students scored
higher on sensory and emotional
overexcitability when compared to
intellectually gifted and typical
students.
Overexcitability related to musical aptitude and talent
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Thomson and
Jack (2016)
Overexcitability: A
Psychological
Comparison Between
Dancers, Opera
Singers, and Athletes
1 - Experimental research
with a sample of N=195
participants.
2 - Instruments: Beck
Anxiety Inventory, Beck
Depression InventoryII,
Internalized Shame Scale,
Inventory of Childhood
Memories and Imaginings
and Overexcitability
Questionnaire II.
Opera dancers and singers
scored significantly higher on all
dimensions of over-excitability. A
propensity for fantasy, shame and
anxiety in dancers and singers
compared to the group of athletes.
There were no group differences for
depression.
overexcitability dimensions
significantly predicted shame, anxiety,
and depression.
Abramo and
Natalie-
Abramo
(2020)
Reexamining “Gifted
and talent” in Music
Education
Rehearsal theoretical
Individuals gifted in Music with over-
excitability are intense to the point of
irritating other people. Some
characteristics are: excessive ethical
sense, sensitivity to loud sounds and
intense physical activities, they can be
shy, their creative abilities can lead
them to daydreams. They may have
difficulty relating to colleagues and
may have low self-esteem.
Martowska
and
Romanowicz
(2020)
Overexcitability
Profile Among
University Students at
Music-Focused
Institutions
1 - Experimental research
with a sample of N=106
participants.
2 - Instruments:
Overexcitability
Questionnaire -II.
It was found that the number of
individuals who had high emotional
levels and high sensory over-
excitability was twice as high in the
group of musicians than in the control
group (non-musicians).
Source: Prepared by the authors
Among the randomized studies (N=2), those by Thomson and Jaque (2016) the means
and standard deviation of the experimental group (singers) versus the control (dancers) were
extracted, and from Martowska and Romanowicz (2020) the values of musicians versus non-
musicians were extracted. In general, it is noted that the experimental group presents greater
results in some types of over-excitability, mainly in those that correlate with the musical area
(sensory, emotional, imaginative, etc.). Chart 2 presents the raw results collected in both
surveys.
Fabiana Oliveira KOGA and Rosemeire de Araújo RANGNI
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Chart 2 Raw results of experimental and control groups.
STUDIES
TYPES OF
OVEREXCITABILITY
Experimental Group
Control Group
Average
DP
No
Average
DP
No
Thomson; Jack
(2016)
Psychomotor
3.4
0.77
62
3.75
0.67
84
Sensory
3.97
0.64
3.84
0.73
Imagination
3.08
0.77
2.64
0.85
Intellectual
3.75
0.68
3.58
0.78
Emotional
3.75
0.68
3.67
0.66
Fantasy
27.98
8.19
24.42
8.23
Shame
35.97
16.49
28.34
18.97
Anxiety
12.53
9.8
10.82
8.93
Depression
9.34
8.26
9.75
8.23
TOTAL STUDY 1
103.77
46.28
62
90.81
48.05
84
Martowska;
Romanowicz (2020)
Psychomotor
6.25
1.43
106
6.76
1.44
106
Sensory
7.32
1.22
6.14
8.78
Imagination
6.95
1.29
6.52
1.4
Intellectual
7.49
1.21
7.3
1.19
Emotional
7.64
1.17
7.19
1.14
TOTAL STUDY 2
35.65
6.32
106
33.91
13.95
106
Source: Prepared by the authors
Note that Thomson and Jaques (2016) analyzed more dimensions of overexcitability
than Martowska and Romanowicz (2020). Figure 4 represents this context of analysis and
groups the results of the experimental and control groups of the two surveys.
Figure 4 - Sketch of the averages and standard deviation of the samples
5
Source: Prepared by the authors
5
In Portuguese, Média means Average.
Overexcitability related to musical aptitude and talent
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The independent t-Test, based on the results found in the study by Thomson and Jaque
(2016), showed that the averages of the experimental group (singers) in relation to the control
(dancers) present very similar averages, although there are some discrepancies, or that is, the
difference is not statistically significant (t (144)= 1.636; p>0.05). On the other hand, the results
extracted from the research by Martowska and Romanowicz (2020) allowed us to conclude that
the means of the experimental group (musicians) is different from the control (non-musicians).
The difference, in this case, is statistically significant (t (210)= 1.170; p<0.05).
In the research by Thomson and Jaque (2016) there were two control groups with
different samples (singers versus dancers and singers versus athletes). At this point, the
significance values will be presented in the independent t-Test of the sample of singers versus
that of athletes in the indicators of over-excitability. Chart 3 represents the raw results of the
experimental group (singers) and the control (athletes).
Chart 3 Raw results of the sample of singers versus athletes.
STUDIES
TYPES OF
OVEREXCITABILITY
Experimental Group
Control Group
averages
DP
No
Average
DP
No
Thomson;
Jack (2016)
Psychomotor
3.4
0.77
62
3.54
0.77
49
Sensory
3.97
0.64
3.28
0.78
Imagination
3.08
0.77
2.27
0.76
Intellectual
3.75
0.68
3.36
0.93
Emotional
3.75
0.68
3.36
0.93
Fantasy
27.98
8.19
18.4
8.76
Shame
35.97
16.49
17.66
15.99
Anxiety
12.53
9.8
5.7
5.89
Depression
9.34
8.26
6.96
8.7
TOTAL STUDY 1
103.77
46.28
62
64.53
43.51
49
Source: Prepared by the authors
When applying the independent t-Test, it was possible to observe that, when comparing
the groups, there was a significant difference between the means. The group of singers is
superior in overexcitability when compared to athletes (t (109)= 4.554; p<0.05).
Fabiana Oliveira KOGA and Rosemeire de Araújo RANGNI
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Discussions
Based on the integrative literature review with the application of meta-analysis, it was
verified that in the last 10 years there were no high rates of researchers interested in the
correlation of over-excitability with aptitude and musical talent, nor research correlated with
neuroscience. The results found are in line with the study by Oliveira et al. (2015), which
showed the low rate of research on over-excitability with talent in general.
When analyzing Graph 1, there is evidence of a greater concentration of research carried
out by the United States, including universities with a tradition in musical training and the study
of talent, such as the California State University (Northridge) and the University of Connecticut
(Storrs), and in both institutions there are departments of Education and Psychology with great
representation. These institutions have lines of research that study the Theory of Musical
Learning (development of aptitude and musical talent) by Edwin E. Gordon, for example, or
there are, in their teaching staff, theorists such as Joseph S. Renzulli, a scholar in the area of
talent and enrichment (ABRAMO; NATALIE-ABRAMO, 2020; HAROUTOUNIAN, 2002,
2019).
Graph 2 shows the relevance of the topic researched, with the oldest study from 2013
and the most current from 2022. According to the scope of the journals, there were the following
areas: Music, Education, Psychology and, in the case of Rooper Review, the area aptitude and
talent, as well as related areas. Thus, it is explicit that this phenomenon (over-excitability)
transits in an interdisciplinary way and some concepts and correlations are still being
constructed, although Dabrowski (2016) has discussed over-excitability previously, as well as
Teplov (1966), when addressing the phenomenon aptitude and musical talent on emotions and
affectivity.
The difficulty of applying the meta-analysis is highlighted as a result of theoretical
research and others with the description of data carried out without a systematization of an
experimental nature, mainly because, in certain cases, the randomization of studies can
contribute to a better understanding of the impact of certain phenomena in relation to the
affected population. In addition, the differences or similarities between groups and individuals
will not always be statistically significant, however, knowing them can be beneficial for
thinking about resources and strategies that contribute to the quality of life of a given
population. In addition, the very breadth of the search and criteria for carrying out this review
focuses on the selection of some methodologically established parameters, since, although there
Overexcitability related to musical aptitude and talent
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is rigor, there are limitations (MONTEIRO; SPIRI, 2016; PEREIRA; GILLANDERS, 2019;
SANTOS; CUNHA, 2013; SOUZA et al., 2010; VIEIRA, 2018).
The research by Brundzaite and Gintiliene (2013) carried out a field study with a
psychometric character, using standardized tests, including a questionnaire focused on over-
excitability. The research compared three groups of students, the intellectually gifted (1),
artistically gifted (2) and the typical (3), regarding over-excitability. Results indicated that
intellectually gifted students scored higher on overexcitability than typical students. Sensory,
imaginative and intellectual levels were the most significant in the difference between the two
groups (p<0.001 and p<0.05 ANOVA); as well as among artistically gifted students. They
excelled at the sensory, imaginative, intellectual and emotional levels (p<0.001 ANOVA).
When they were compared to intellectually and artistically gifted students on levels of over-
excitability, the results showed that artistic students scored higher on sensory and emotional
levels of over-excitability (p<0.001 and p<0.05 ANOVA). These data corroborate the findings
of Nixon (2016), when discussing that artistic and creative individuals have greater over-
excitability, and it would be more evident in the disintegration process Unilevel (sensitivity to
social opinion) and Multilevel (conscious process of growth, self-knowledge and self-control).
Unfortunately, the study by Brundzaite and Gintiliene (2013) was not included in the
meta-analysis because it is a cultural validation study of Overexcitability Questionnaire -II
(OEQ-II) and for not detailing the statistical route used.
The study by Thomson and Jaque (2016) collaborates in understanding the influence of
music in the realm of emotions, such as Teplov (1966), Haroutounian (2002, 2019) and
Kirnarskaya (2018), so much so that dancers and singers stand out more in over- excitability
when compared to athletes. The demands on skills required by the areas influence, for example,
in the case of psychomotricity, mainly because its magnitude is observed in the group of
athletes, but the sensoriality is more evident in singers. On the other hand, the emotional field,
fantasy and emotion are greater in artistic individuals and psychomotricity is not as significant
in athletes when compared to dancers. Apparently, the aesthetic sense, discussed by
Kirnarskaya (2004), and the kinesthetic body awareness, theorized by Gardner (1993), can be
variables to impact these averages.
An important discovery occurs in the context of shame, anxiety and depression,
inferring concern for the psychological well-being, especially of artists. In this regard,
Haroutounian (2002, 2019), Hollingworth (1928) and Kirnarskaya (2004, 2018) highlighted the
importance of emotional support in an educational way, in order to teach the individual psychic
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protection mechanisms and develop resilience. In this context, Thomson and Jaque (2016)
conclude in their study that training psychological skills helps individuals learn to deal with
suffering. Therefore, for the authors of this study, artists and athletes should undergo this type
of training throughout their careers, since these are areas that require emotional and
psychological self-control and there is a high exposure between success/happiness and failure/
sadness.
Abramo and Natalie-Abramo (2020) draw attention, based on studies by Hollingworth
(1928), to the socio-emotional needs of talented individuals in music, because they are
vulnerable to misunderstandings due to over-excitability. Thus, these individuals would be
intense in their personality to the point that others would be bothered by their attitudes and
behaviors, in addition to being highly reactive to sounds, with low self-esteem and impulsive
and antisocial characteristics, in some cases. The authors also emphasized the importance of
identifying musical talent to analyze the manifestation of these indicators, such as over-
excitability. For them, this knowledge contributes to teacher training, resource selection and
planning, as well as guidance to the family and collaboration in the individual's self-knowledge.
In this way, educational intervention procedures become more assertive and effective, bringing
a better quality of life to the talented individual.
In this regard, the research by Martowska and Romanowicz (2020) demonstrates the
fragility of the psycho-emotional support and intervention process, mainly in a preventive way.
They point out that it is extremely important to support and develop emotional skills in artists,
as over-excitability works as a mediator between the emotional and the practical life of
individuals. The authors assert that the inner life of musicians seems rich, however, they
experience adaptation difficulties, which may lead them to present depressive symptoms and
suicidal tendencies. In this way, one wonders, how many artists, throughout history, have
chosen to end their lives, even at the apex of their careers? How many have lost themselves in
addictions like drugs and alcoholism?
In short, on the subject of over-excitability, the role of brain activity in musicality and
performance processes cannot be ruled out, given the difference between singers, dancers,
athletes, musicians and non-musicians, as shown by Brundzaite and Gintiliene (2013),
Thomson and Jaque (2016) and Martowska and Romanowicz (2020).
Studies by Klineburger and Harrison (2015), Gordon (1997) and Levitin (2021)
demonstrate the brain's autonomy in reacting to musical stimuli even if the individual is
oblivious or unconscious. Still, they describe the possibilities of realization of synapses and
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transformations along the cortex. Willems (2011), in this context, discussed the physiology of
musicality connected with affectivity. These brain modifications may be a possibility and one
of the explanations for why musicians are more over-excitable than other groups. It is worth
mentioning that the statistical significance rates found in the meta-analysis prove how
significant the difference between musicians versus non-musicians was.
When analyzing the work of these authors along with those of Gagné and McPherson
(2016), Gordon (1997; 2015) and Teplov (1966), the phylogenetic and ontogenetic impact on
the manifestation of aptitude and talent is observed. Sensory and perception, for example,
directly affect the sensory cortex, increasing the excited area of the brain to the point of
presenting a more significant dimension in musicians than non-musicians. However, this is
another subject that has mobilized current science both to unveil other elements and nuances of
musical talent, psychic work, and for the rehabilitation of patients with some kind of brain
injury or damage (LEVITIN, 2021). That said, sociogenic elements affect the individual's way
of acting musically in the world. There are overdetermined behaviors
6
, which are perpetuated
throughout history and are encouraged and established in social relations through
interpellations. Regarding this topic, Vygotsky and Lúria (1996) addressed the development of
higher psychological functions and social interaction impacted by the social environment.
Therefore, aptitude and musical talent require attentive attention and listening,
emotional and educational support, access to resources and rights, professional and family
support, understanding and respect, seeking to remove myths, which contribute to situations of
prejudice (ABRAMO; NETALIE-ABRAMO, 2020; BRUNDZAITE; GINTILIENE, 2013;
RECH; NEGRINI, 2019; MARTOWSKA; ROMANOWICZ, 2020; SISK, 2021; THOMSON;
JAQUE, 2016; WINNER, 1996).
For Sisk (2021), the current moment presents constant stress, impacting the way of life
of talented individuals. Furthermore, their psychic life is advanced and complex, which requires
experience on the part of those who work with this public: especially if they are well guided
and given the possibility of self-knowledge, they will certainly make great contributions to
society.
Furthermore, based on studies by Sanz (2004), the greater the manifestation of over-
excitability and the number of dimensions, the more evident the individual's potential and
6
Term conceptualized by Louis Althusser. It is about how the individual sees himself and acts in the world in the
face of representation in economic, political-legal, ideological issues and the satisfaction of material and social
issues and levels of access represent the meaning around the present concept (PINHEIRO, 2016).
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capacity in a given area will be. In this way, this phenomenon can be considered one of the
nuances of aptitude and musical talent (ABRAMO; NATALIE-ABRAMO, 2020).
Over-excitability is not restricted to studies that focus on Special Education,
specifically, talent and the area of Music, according to Oliveira et al. (2015). From the studies
by Dabrowski (2016), one can better understand the characteristics surrounding the
phenomenon, which are often seen as inadequate and problematic (OLIVEIRA et al., 2015).
Given the above, one notes the importance of this theory in the school environment in order to
break with certain stigmas and myths regarding behavioral issues of students, for example.
What may seem like indiscipline in the eyes of educators can often be a manifestation of talent
(HOLLINGWORTH, 1928; WINNER, 1996; DABROWSKI, 2016; ABRAMO; NATALIE-
ABRAMO, 2020).
Therefore, it is important to know the present phenomenon, but also to analyze the
importance of Music Education in the school curriculum. There are many ways to learn and
many paths to development, but unfortunately there is precariousness and devaluation of music
in school spaces, as argued by Fonterrada (2020).
It is worth emphasizing that over-excitability under harmonious conditions can
contribute to the development of individuals' potential, whether in Music or other areas, such
as academics, creativity, other artistic languages, psychomotricity and leadership; all of them
contextualized in society (OLIVEIRA et al., 2015; ABRAMO; NATALIE-ABRAMO, 2020).
If Music were a reality in school curricula, it would benefit all students, especially the talented
ones (GORDON, 2015; FONTERRADA, 2020).
Final remarks
The low rate of research interested in the theme of over-excitability correlated with
aptitude and musical talent is worrying, mainly in the Brazilian context, where it was not
possible to find any studies. On the other hand, studies show that artistically talented individuals
manifest more dimensions of over-excitability than individuals from other areas and,
consequently, need support and preventive intervention so that they do not culminate in
suffering, psychological damage, such as depression, and even show suicidal tendencies.
Directing this evidence to the educational dimension encourages reflection that over-
excitability, incident in ordinary and talented people, who, above all, need attention so that
disharmonies do not interfere negatively in the development of potentials. Therefore, studies
Overexcitability related to musical aptitude and talent
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related to over-excitability and Education, for example, need to advance in the Brazilian context
so that evidence can be analyzed. It is suggested that investigations can list and correlate the
characteristics of over-excitability among typical and talented individuals in the musical area,
with the objective of analyzing how much this condition can impact the individual's quality of
life. After all, can it affect the general development, academic and/or professional performance
and the quality of life of an individual? What interventional procedures would be useful,
adequate and effective when dealing with the educational scope? What preventive interventions
could be carried out in anticipation of school failure and emotional illness caused by the
presence of over-excitability?
ACKNOWLEDGMENTS: Research Support Foundation of the State of São Paulo
FAPESP.
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CRediT Author Statement
Acknowledgments: Not applicable.
Financing: São Paulo Research Foundation (FAPESP) Process n. 2019/14466-8.
Conflicts of interest: There are no conflicts of interest.
Ethical approval: Not applicable, because the text refers to an integrative review with
meta-analysis. However, it is worth noting that the present study is part of a larger study
approved by the ethics and research committee under the CAAE: 52224021.0.0000.5504.
Availability of data and material: Not applicable.
Authors' contributions: The first author (Dr. Fabiana O. Koga) outlined the research,
collected data, analyzed, discussed and worked on the writing of the final text; the second
author (Prof. Dra. Rosemeire de Araújo Rangni) presented the theme and the research
problem, acted in the data analysis, discussion and writing of the final text.
Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.
Proofreading, formatting, normalization and translation.