RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023055, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.17218 1
A COMUNICAÇÃO VIA WHATSAPP NA INTERAÇÃO ESCOLA E FAMÍLIA NA
EDUCAÇÃO INFANTIL DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19
LA COMUNICACIÓN VÍA WHATSAPP EN LA INTERACCIÓN ESCUELA Y FAMILIA
EN LA EDUCACIÓN INFANTIL DURANTE LA PANDEMIA DEL COVID-19
THE USE OF WHATSAPP AS A COMMUNICATION SOURCE IN SCHOOLS AND
FAMILY INTERACTION IN CHILD EDUCATION AT THE TIME OF THE COVID-19
PANDEMIC
Silvana LEONCIO1
e-mail: silvanaleoncio@yahoo.com.br
Zilda MESQUITA2
e-mail: zildamesquita.zm@gmail.com
Rafaela Silva RABELO3
e-mail: rafaelasilvarabelo@hotmail.com
Como referenciar este artigo:
LEONCIO, S.; MESQUITA, Z.; RABELO, S. R. A comunicação
via WhatsApp na interação escola e família na educação infantil
durante a pandemia de COVID-19. Revista Ibero-Americana de
Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023055, 2023. e-
ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.17218
| Submetido em: 20/09/2022
| Revisões requeridas em: 25/01/2023
| Aprovado em: 09/02/2023
| Publicado em: 16/08/2023
Editor:
Prof. Dr. José Luís Bizelli
Editor Adjunto Executivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Universidade Ibirapuera (UNIB), São Paulo SP Brasil. Mestranda no Programa de Pós-graduação em
Educação.
2
Universidade Ibirapuera (UNIB), São Paulo SP Brasil. Mestranda no Programa de Pós-graduação em
Educação.
3
Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia MG Brasil. Professora da Faculdade de Educação
(FACED). Pós-doutorado em História da Educação (USP).
A comunicação via Whatsapp na interação escola e família na educação infantil durante a pandemia de COVID-19
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DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.17218 2
RESUMO: A pandemia modificou os processos comunicativos na educação infantil. Partindo das
experiências das autoras, este estudo objetiva refletir sobre a adoção do WhatsApp como suporte de
comunicação entre escola e famílias durante a suspensão das aulas presenciais e as mudanças das
práticas decorrentes. Trata-se de uma análise qualitativa com base em investigação documental da
legislação estadual e municipal seguida da observação participante em duas escolas públicas. A análise
dos resultados tem como aporte teórico a cultura escolar, fundamentada em autores como Dominique
Julia e Faria Filho. A incorporação do aplicativo WhatsApp como suporte de comunicação desde a
suspensão até o restabelecimento presencial das aulas ocasionou maior eficiência na troca de
mensagens e na interação entre as culturas da família e da escola. Nesta imediata inserção do
WhatsApp, destaca-se um estreitamento nos processos subjetivos desses grupos sociais em torno das
práticas pedagógicas realizadas a serviço da promoção da cultura da infância.
PALAVRAS-CHAVE: Pandemia. Comunicação. Educação infantil. WhatsApp. Cultura escolar.
RESUMEN: El contexto de la pandemia ha modificado los procesos comunicativos en la educación
infantil. A partir de las experiencias vividas por las autoras, este estudio tiene como objetivo
reflexionar sobre la adopción de WhatsApp como soporte de comunicación entre la escuela y las
familias durante la suspensión de las clases presenciales y los cambios de prácticas resultantes. Se
trata de un análisis cualitativo basado en la investigación documental de la legislación estatal y
municipal seguida de observación participante en dos escuelas públicas ubicadas en São Paulo y
Diadema. El análisis de los resultados tiene como soporte teórico la cultura escolar, a partir de
autores como Dominique Julia y Faria Filho. Se reconocla imprecisión y discrepancia entre la
legislación estatal y municipal relacionada con la regulación de la comunicación entre escuelas y
familias. La incorporación de la aplicación WhatsApp como soporte de comunicación desde la
suspensión hasta la reanudación de las clases presenciales propició una mayor agilidad y eficiencia
en el intercambio de mensajes y en la interacción entre las culturas de la familia y la escuela. En esta
inserción inmediata de WhatsApp, se produce un estrechamiento en los procesos subjetivos de estos
grupos sociales en torno a las prácticas pedagógicas realizadas al servicio de la promoción de la
cultura infantil.
PALABRAS CLAVE: Pandemia. Comunicación. Educación infantil. WhatsApp. Cultura escolar.
ABSTRACT: The context of the pandemic has modified communicative processes in early childhood
education. Starting from the experiences lived by the authors, this study aims to reflect on the adoption
of WhatsApp as communication support between schools and families during the suspension of face-
to-face classes and the resulting changes in practices. It is a qualitative analysis based on a
documental investigation of state and municipal legislation followed by participant observation in two
public schools in São Paulo and Diadema. The analysis of the results has as theoretical support the
school culture, based on authors such as Dominique Julia and Faria Filho. Imprecision and
disagreement between state and municipal legislation related to regulating communication between
schools and families were recognized. Incorporating the WhatsApp application as a communication
support from the suspension to the resumption of face-to-face classes led to greater agility and
efficiency in exchanging messages and in the interaction between the cultures of the family and the
school. In this immediate insertion of WhatsApp, there is a narrowing in the subjective processes of
these social groups around the pedagogical practices carried out in promoting childhood culture.
KEYWORDS: Pandemic. Communication. Child education. WhatsApp. School culture.
Silvana LEONCIO; Zilda MESQUITA e Rafaela Silva RABELO
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Introdução
Na educação infantil, os bilhetes via agenda escolar, telefonemas, reuniões de pais e
festividades constituem-se como as formas rotineiras de interação da escola com as famílias.
A saber, a agenda escolar tem papel de destaque nessa interação. Um dos fatores que
estabiliza a sua adoção é a especificidade do atendimento voltado para as crianças pequenas,
de zero a cinco anos, bem como por se tratar de um meio expandido ao alcance da família e
da comunidade.
Todavia, no contexto emergencial da pandemia da COVID-19, os sistemas de ensino
precisaram se reorganizar nas disposições legais que normatizam a comunicação entre a
escola e as famílias. Por conta das modificações em decorrência da pandemia, a agenda
escolar deu lugar a novas ferramentas de comunicação, entre elas, o aplicativo WhatsApp, na
interação entre escola e famílias para atender as demandas relacionadas à aprendizagem e ao
desenvolvimento dos estudantes. No caso do estado de São Paulo, suas Diretorias Regionais
de Ensino emergencialmente passaram a elaborar decretos e atos normativos subsidiados a
partir das normas gerais advindas do sistema estadual do governo para a educação infantil.
Partindo das experiências vivenciadas e praticadas pelas autoras durante o período de
suspensão das aulas presenciais em decorrência da pandemia, o presente artigo tem como
objetivo refletir sobre a adoção do WhatsApp como suporte da comunicação entre escola e
famílias na educação infantil em substituição à agenda escolar e as mudanças das práticas
escolares em meio ao contexto da emergência sanitária.
O presente estudo tem como métodos qualitativos a investigação documental da
legislação municipal e estadual e a observação participante em duas escolas públicas de
educação infantil pertencentes respectivamente às cidades de São Paulo e Diadema. A
descrição e análise dos resultados tem como aporte teórico-metodológico a cultura escolar,
com base em autores como Julia (2001) e Faria Filho et al. (2004).
A articulação do conteúdo da legislação (decretos e orientações expedidos tanto pela
Secretaria de Educação do Estado de São Paulo quanto pelas Diretorias Regionais durante a
suspensão das atividades presenciais) e das experiências vivenciadas pelas autoras na adoção
do WhatsApp na discussão apresentada se justifica pela relação existente entre normas e
práticas, conforme defendido por Julia (2001).
A primeira parte do artigo explicita a abordagem teórico-metodológica, detalhando as
fontes e os procedimentos na coleta e organização dos dados, assim como a relevância da
noção de cultura escolar na análise. Na sequência, é apresentado um breve levantamento de
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estudos que discutem o impacto da pandemia na educação e a adoção de novas tecnologias. O
mapeamento da legislação educacional e as principais diretrizes que possibilitaram a inserção
de novas ferramentas tecnológicas durante a pandemia são abordados na terceira parte. Por
último, são discutidas as mudanças de práticas observadas com a inserção do WhatsApp. A
conclusão traz algumas considerações gerais apreendidas a partir deste estudo, levantando
questões que permanecem em aberto, relacionadas à retomada das aulas presenciais.
Abordagem teórico-metodológica
A discussão expressa no presente artigo surgiu da observação das autoras sobre as
mudanças que ocorreram no cotidiano escolar, durante a pandemia de COVID-19, em duas
escolas de educação infantil públicas, localizadas no estado de São Paulo nas quais atuam,
uma na cidade de São Paulo e a outra no município de Diadema.
A vivência empírica a ser relatada a partir da abordagem descritiva dos procedimentos
de cada uma das duas instituições no enfrentamento da pandemia subsidia a reflexão e análise
das mudanças das práticas de interação escola-famílias retratada no presente artigo. A seguir,
apresentamos breve descrição de ações tomadas no âmbito das instituições de educação
infantil observadas, a partir da qual explicitaremos a abordagem teórico-metodológica.
O cronograma pedagógico do ano de 2020 se iniciou normalmente nas escolas. A
estrutura necessária para o andamento do ano letivo estava estabelecida. Os meses de
fevereiro e março se caracterizam por serem períodos de adaptação das crianças à rotina
escolar na educação infantil, mesmo para aquelas que frequentaram a mesma instituição no
ano anterior.
Com a emergência da pandemia de COVID-19 em março, a gestão escolar no estado
de São Paulo viu-se como único segmento a trabalhar presencialmente na escola, na interação
com as famílias, pelos canais remotos de relacionamento (e-mail, telefone etc.) e na
retaguarda das Diretorias Regionais de Ensino e da Secretaria de Estado da Educação, visando
a atualização cadastral dos estudantes (SÃO PAULO, 2020a).
Para atender as novas demandas, o processo comunicativo passou por uma
reorganização inexorável. Somente a gestão administrativa permaneceu trabalhando nas
dependências da escola para o atendimento restrito ligado às pertinências de resolução
burocrática de questões que necessariamente deveriam ser presenciais.
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Na escola de São Paulo, um professor foi designado para auxiliar as trocas de
informações pedagógicas e burocráticas com as famílias, exclusivamente através do aplicativo
WhatsApp. Porém, sabe-se que na rede houve escolas em que os professores mantiveram
grupos de WhatsApp com as famílias dos alunos de suas turmas e outros que restringiram a
comunicação unicamente através da plataforma digital de estudos. Além da parceria com um
canal de TV para aumentar a oportunidade de acesso às aulas, o estabelecimento da
comunicação com os professores e o conteúdo complementar digital ficou disponível às
famílias através da plataforma educacional gratuita. As instruções gerais de acesso pelos
professores e pelas famílias dos estudantes ficaram disponibilizadas pelo website do portal da
Secretaria de Educação. Os docentes carregavam o conteúdo digital no ambiente virtual da
plataforma periodicamente, o qual poderia ser acessado de computadores ou smartphones.
Na escola de Diadema no ano de 2020 o modelo de organização das interações
pedagógicas concentrou-se no âmbito entre a gestão escolar e a equipe docente através de
grupos de WhatsApp, onde se detalhavam pautas de orientação sobre os processos formativos
dos professores. No semestre seguinte, com a implantação de atividades regulares on-line para
as famílias, as instruções para a realização dessas propostas eram postadas quinzenalmente
pelos professores no website da rede de educação, ao passo que a gestão foi responsável pela
interação com as famílias através de grupos de WhatsApp por segmento ou faixa etária das
crianças, para tratar tanto da atualização cadastral de estudantes quanto das questões
pedagógicas. No ano de 2021, a Secretaria Municipal institucionalizou um processo
comunicativo de modo mais expandido entre as escolas e a comunidade. Cada professor, após
assumir a classe, formou grupos de WhatsApp com os familiares das crianças para a
realização das propostas, acompanhado pela equipe de gestão escolar no intuito de validar a
institucionalização dos procedimentos de ensino.
Como a obrigatoriedade do retorno presencial na educação infantil (BRASIL, 2020)
ficou a critério das prefeituras, o ano de 2021 iniciou com a volta de forma gradual no mês de
abril em São Paulo, com um terço dos alunos em cada sala de aula. No mês de julho, o retorno
caracterizou-se com o revezamento semanal entre dois grupos de um terço de alunos por sala.
O retorno parcial de 50% de alunos ocorreu em outubro de 2021. A frequência de 100%
presencial e em tempo integral se deu no início do ano letivo de 2022.
Em Diadema, a educação infantil iniciou o ano de 2021 com o retorno presencial e
gradual no mês de agosto de 2021, sob um regime de intercalação de um terço das crianças
permanecendo no período de duas horas em dias não sequenciados ao longo da semana. No
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mês de setembro, 50% dos alunos de cada turma frequentaram pela manhã e 50% no período
da tarde. A totalidade da frequência e período presenciais no município ocorreu no mês
letivo de aula março de 2022.
Observa-se que mesmo com o fim das atividades remotas, o recurso aos grupos de
WhatsApp manteve-se em conjunto à utilização das agendas escolares no suporte da
comunicação entre as escolas e as famílias.
O recorte temporal sobre o qual se debruça a discussão neste artigo abrange o início da
suspensão das aulas, ou seja, março de 2020, o ano de 2021, que configurou uma parcela do
ensino híbrido, até março de 2022, com o retorno presencial de todos os estudantes.
Em um primeiro momento, procedeu-se à revisão da literatura relacionada aos desafios
e desdobramentos durante esses dois anos da pandemia acerca dos procedimentos de
comunicação entre as escolas e as famílias, especificamente na educação infantil e no ensino
fundamental. Com o levantamento documental da legislação que normatizou a comunicação
entre a escola e a família e com as observações das autoras no decorrer do período de ensino
remoto, analisamos os desdobramentos a partir da cultura escolar (JULIA, 2001; FARIA et
al., 2004).
Para Faria Filho et al. (2004), algo que muito instiga o estudo sobre as culturas
escolares é o fato de estar articulado com outras categorias de reconhecido potencial analítico,
inclusive a adoção de ferramentas discursivas para uma melhor inteligibilidade aos estudos.
Essas categorias que instituem a cultura da escola, sejam de gênero, classe, raça, etnia, entre
outras, operacionalizam metodologicamente a investigação de ações dos sujeitos escolares
que produzem esta cultura.
De acordo com os mesmos autores, a noção de cultura escolar no Brasil é a categoria
que busca interrogar a escolarização da sociedade num determinado momento, bem como os
diversos fatores intervenientes:
[...] os limites e as possibilidades e, finalmente, os constrangimentos sociais,
culturais, políticos e econômicos postos em funcionamento, ou impostos,
sobretudo aos grupos subalternos, pela generalização de uma cultura escolar
e, portanto, da escrita na sociedade brasileira (FARIA FILHO et al., 2004, p.
153).
No contexto investigativo das práticas escolares que vislumbram a
interdisciplinaridade nos rumos metodológicos, a antropologia (JULIA, 2001; FARIA FILHO
et al., 2004) é uma das áreas que instrumentaliza a aproximação com evidências da cultura
humana no campo escolar.
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A cada período da história da educação, cabe a análise precisa das relações
conflituosas ou pacíficas das culturas que lhe são contemporâneas (JULIA, 2001); nesse
sentido, a abordagem temática da cultura escolar no período pandêmico é indissociável da
abordagem da cultural digital.
Impactos da pandemia da COVID-19 na educação e o recurso a novas tecnologias
digitais
Constatou-se que com o crescente número de publicações sobre os impactos da
pandemia na educação, as novas tecnologias foram uma das temáticas mais abordadas. Logo,
vale destacar discussões que remetem às implicações da diversidade que compõe o público
escolar brasileiro. As desigualdades aprofundadas pela pandemia mostram que até mesmo
países ricos como os Estados Unidos e a França tiveram alunos fora do alcance da escola
(FRANCO et al., 2020).
Uma das inquietações decorrentes desses impactos consterna que a ‘escola virtual’ vai
eliminar a escola física e que as tecnologias substituirão a pedagogia (NÓVOA; ALVIM,
2021). De acordo com os mesmos autores, setores que defendem a educação à distância
através do homeschooling e outros que acreditam que o ensino em casa não substitui a função
da escola, mas se complementam. A Europa Ocidental, muito antes da paralisação, possuía
experiência com o uso da internet.
No Brasil, especificamente no estado de São Paulo, famílias e escolas precisavam lidar
com a falta de recursos socioeconômicos. Nos primeiros três meses aproximadamente, as
escolas foram orientadas pelas Secretarias Municipais de Educação no procedimento da
distribuição de cestas básicas de mantimentos e mais tarde as famílias receberam cartões de
valor que subsidiariam a alimentação básica dos alunos mais vulneráveis nesse aspecto
(BRASIL, 2020).
A falta de recursos midiáticos e acesso à internet nas escolas e nos meios familiares é
também um dos principais obstáculos na Educação Básica (FRANCO et al., 2020; BORGES
et al., 2021; ANJOS; FRANCISCO, 2021).
O sistema público de comunicação apresenta condições insuficientes para atender toda
a população. No ano de 2020, Franco et al. (2020) publicou a execução de uma estratégia que
visou multiplicar as intervenções desenvolvidas para a Literacia Midiática de professores em
três escolas do Distrito Federal, através de debates e capacitação sobre o uso de tecnologias da
informação e comunicação e da mobilização de conteúdos. Os pesquisadores constataram que
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essas oficinas de formação contribuíram no entendimento conceitual dos docentes e apontam
a necessidade de se manter as atividades de forma contínua entre gestores, professores e
estudantes, não somente nas noções conceituais como também no campo da ética relacionada
a esses usos.
No entanto, as problemáticas mais latentes da crise ainda são o acesso à internet de
qualidade e a falta de equipamentos eletrônicos (FRANCO et al., 2020; BORGES et al.,
2021), dado que o ensino e aprendizado na crise dependeram exclusivamente do uso desses
recursos digitais, tanto pelas famílias quanto pelas escolas.
No que concerne ao ecossistema digital, a influência dos algoritmos exige atenção por
conta das pesquisas no âmbito escolar, dado que os alunos estão expostos a todo tipo de
conteúdo, necessitando, para isto, a construção e o fortalecimento de estratégias da
comunicação digital escolar (FRANCO et al., 2020).
A modalidade da educação à distância prevista em casos emergenciais pela Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) (PEREIRA; NARDUCHI; MIRANDA,
2020; BORGES et al., 2021) esbarrou na insuficiência de orientações e diretivas na esfera
político-administrativa no país.
Na análise de como vinha sendo a implementação do ensino remoto dos alunos alvo de
educação especial (APAEE) (44% do total de alunos das escolas pesquisadas) e da interação
com os pais, a utilização do aplicativo WhatsApp representou 93% na comunicação entre
famílias e escolas durante o isolamento social. Independente da abordagem de razões dadas
pelos professores e pelas famílias, ambos sugerem uma interlocução mais primorosa
direcionada às orientações pedagógicas no intuito de consolidar a comunicação (BORGES et
al., 2021).
A pesquisa de Franco et al. (2020) descreve iniciativas pensadas e executadas por
professores e gestores de escolas públicas para a manutenção da comunicação com a sua
comunidade escolar. Uma delas foi a adoção de conteúdos holísticos, como a saúde mental e
física no desafio por fortalecer no aluno o sentimento de pertencimento na comunidade
escolar.
Palestras, rodas de conversa, cursos de curta duração diante dessas lacunas e também a
parceria nos processos de reivindicação frente às autoridades governamentais são citadas
como alternativas na interação com as famílias, dado que a falta de ferramentas digitais é um
dos fatores que mais influenciam a insuficiência comunicativa entre a instituição e famílias
(BORGES et al., 2021).
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Na cidade do México, uma pesquisa de abordagem antropológica do trabalho docente
e do conceito de cidadania (DUSSEL; CARDONA, 2021) investigou a formação de grupos de
WhatsApp entre a gestão escolar e docentes em duas instituições (sendo uma de
funcionamento privado e a outra pública). Procurou-se saber se havia algum movimento de
substituição de velhas hierarquias da escola.
Os autores destacam dessas novas condições de participação um processo de
horizontalização dos discursos e mobilização de posições na coexistência de hierarquias:
Maior autonomia, mas também maior risco de fragmentação e endogamia,
maior risco de homogeneização ou padronização devido à presença crescente
das indústrias culturais muito poderosas, mais possibilidades de controle do
cidadão 'desde baixo’, com possibilidade de produção e divulgação de
mensagens de forma horizontal e descentralizada; mais informalização e
participação carnavalesca, com mensagens mais fracas e menos capacidade
de articulação política (DUSSEL; CARDONA, 2021, p. 4, tradução nossa).
Os efeitos da digitalização nos hábitos cívicos e suas tensões e contradições
demonstram que embora surgissem essas novas lideranças, não apareceu debate ou
articulação político-pedagógico efetivos, revelando uma cidadania com característica limitada
ou insuficiente (DUSSEL; CARDONA, 2021).
Para Franco et al. (2020, p. 53), mesmo os programas de radiodifusão “não
prescindem da comunicação interpessoal entre estudante e professor, princípio básico da
educação e da comunicação: a fala e a escrita.”.
Atualmente, com o aplicativo WhatsApp difundido entre a população, ele, que
vinha gradualmente sendo propagado no âmbito da escola, na pandemia tendeu a se
estabelecer. A agenda escolar representava uma ferramenta essencial e passa a ficar
secundária ou até mesmo em desuso no suporte da comunicação entre gestão e famílias na
educação infantil. Sendo, portanto, o instrumento de comunicação mais utilizado na educação
infantil, demarca o ponto de partida nesta reflexão.
O objeto representa (ou representava) um portador de informações próprio do
cotidiano da educação infantil, exclusivamente pelo fato da etapa demandar um processo
comunicativo específico que se divide entre cuidar e educar, simbiose inerente à educação de
crianças pequenas. Mobilizava pontualidades sobre o estudante, várias informações
pertinentes às vidas escolar e domiciliar da criança, atendendo assim o contato
individualizado entre a escola e as famílias. Porém, outro suporte de comunicação deveria
emergencialmente ser instituído com a chegada da crise sanitária.
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O WhatsApp passou a desempenhar a função mediadora vigente da comunicação entre
a escola e as famílias. O aplicativo insere-se como um recurso multiplicador das
segmentações comunicativas entre os diversos grupos culturais da escola.
A partir do novo processo comunicativo da escola decorrente da COVID-19 se
evidencia o fenômeno da segregação histórica entre a escola e a família (NÓVOA; ALVIM,
2021).
O embasamento legislativo na comunicação entre gestão escolar e famílias
No decorrer da situação emergencial, as Diretorias Regionais de Ensino homologaram
variados decretos para ajustar a adoção de protocolos sanitários nas escolas (SÃO PAULO,
2022b). Deste modo, buscou-se descrever a trajetória dessas normativas acompanhando as
constantes alterações e emendas resultantes do monitoramento do maior momento da crise
sanitária, que corresponde ao período entre março de 2020 até março de 2022, quando ocorre
o retorno 100% presencial na educação infantil nas escolas observadas.
No estado de São Paulo, com o avanço da pandemia no início de 2020, a suspensão
das atividades presenciais ocorreu gradualmente no mês de março, para que houvesse tempo
das famílias se organizarem quanto ao local que seus filhos ficariam durante a jornada de
trabalho dos adultos. Uma das únicas informações confirmadas a respeito do vírus era o seu
alto grau de contaminação e mortalidade.
O governo seguiu orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e juntamente
à Secretaria Estadual da Saúde elaborou diretrizes ajustadas às políticas públicas de combate
ao vírus, que dispôs sobre a adoção de medidas temporárias e emergenciais de prevenção de
contágio pela COVID-19 e adoção gradual da suspensão das aulas da Educação Básica e do
Ensino Superior no período entre 16 e 23 de março (Decreto de . 64.862, de 13 de março de
2020) (SÃO PAULO, 2020c).
A fim de orientar as tomadas de decisões, o Conselho Estadual de Educação de São
Paulo publicou no diário oficial do estado (DOSP) a Deliberação CEE 177/2020, tratando das
normas para reorganização dos calendários escolares de São Paulo. Nesse documento foram
previstas ações para a educação infantil, tendo como uma das premissas “utilizar, para a
programação da atividade escolar obrigatória, todos os recursos disponíveis, desde
orientações impressas com textos, estudo dirigido e avaliações enviadas aos alunos/família
bem como outros meios remotos diversos” (SÃO PAULO, 2020d).
Silvana LEONCIO; Zilda MESQUITA e Rafaela Silva RABELO
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Frente às especificidades do desenvolvimento dos bebês e das crianças da educação
infantil, o documento salienta a utilização de um eventual período de atividades e reuniões
entre os profissionais e as famílias/responsáveis, ressaltando o atendimento aos bebês e
crianças, com vivências e experiências que garantam os direitos de aprendizagem e
desenvolvimento previstos na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) (SÃO PAULO,
2020d).
A Prefeitura Municipal de São Paulo, através da Instrução Normativa/SME . 13, de
19/03/2020, estabeleceu a antecipação do recesso escolar do mês de julho para 23 de março a
9 de abril daquele ano (SÃO PAULO, 2020e). Na cidade foram estabelecidas algumas poucas
unidades ou polos de atendimento para crianças de 0 a 3 anos, cujos pais foram convocados
para atuar no enfrentamento da COVID-19, especialmente nas áreas da saúde, segurança,
assistência social e serviço funerário, em cinco endereços localizados nas diversas regiões de
São Paulo.
Seguindo orientações estaduais, em 20/03/2022, a mesma prefeitura também publicou
em Diário Oficial o Decreto nº. 59.283/20 (SÃO PAULO, 2022a). O artigo 16 estabelece à
Secretaria Municipal de Educação que:
I - Capacite os professores para atuarem como orientadores dos alunos
quanto aos cuidados a serem adotados visando à prevenção da doença;
II - Realize mutirão de orientação aos responsáveis e alunos;
III - Busque alternativas para o fornecimento de alimentação aos estudantes;
IV - Promova a interrupção gradual das aulas na rede pública de ensino, com
orientação dos responsáveis e alunos acerca da COVID-19 e das medidas
preventivas;
V - Oriente as escolas da rede privada de ensino para que adotem o mesmo
procedimento estabelecido no item anterior;
VI - Adote medidas visando à operacionalização de ensino à distância (SÃO
PAULO, 2020b).
Em Diadema, através da Portaria nº. 3, de 6 de abril de 2020, foi determinado pela
Secretaria Municipal de Educação em conjunto às suas unidades escolares o recesso para a
quinzena correspondente ao período de 8 a 23 de abril de 2020. Protocolos sanitários e
condições subjetivas das famílias foram priorizados, e a estratégia tomada pelo município de
Diadema, através do Ato Normativo de 22/06/2021, foi de tentar estabelecer “diálogos
permanentes entre escolas e famílias dos estudantes e busca ativa daqueles que o diálogo não
fosse possível por telefone”, com o fim de “oportunizar momentos de escuta, estreitar os laços
e estimular atividades que vão além das tecnologias” (NERI, 2021).
A comunicação via Whatsapp na interação escola e família na educação infantil durante a pandemia de COVID-19
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Para o documento, o uso de canais de comunicação digitais passa a ser recurso oficial
de interação entre os membros das equipes escolares, desde que de forma institucionalizada,
através da mediação dos gestores, para fins de orientação, organização, planejamento e
execução de tarefas relacionadas às necessidades e finalidades da Educação (DIADEMA,
2020).
A comunicação via aplicativo WhatsApp teve sua validade institucional estabelecida
através da participação da gestão escolar nos grupos de interação entre os docentes e as
famílias:
Nos grupos de WhatsApp de cada Unidade Escolar as propostas serão
disponibilizadas para as famílias. Cabe ao professor (a) manter
contato/participar ativamente deste grupo para detalhar e dar apoio à
vivência das propostas (NERI, 2021).
Simultaneamente foi direcionado às equipes de gestão de cada instituição que
mantivessem durante o retorno híbrido “a escala de estudantes por turma em local visível na
área externa da escola e nos grupos de pais de WhatsApp” (DIADEMA, 2012).
A premissa adotada no estado de São Paulo para a regulamentação normativa deu-se
de forma genérica quanto ao tipo de recurso comunicativo a ser adotado pelas escolas. A
proposição também é indeterminada e mantém a mesma cessação inerente à Lei Estadual no
Decreto da cidade de São Paulo pelas Diretorias de Ensino, ao se referir à adoção de medidas
para a “operacionalização do ensino à distância” (Parágrafo VI, artigo 16 do Decreto .
59.283).
O processo comunicativo entre gestão escolar e famílias via WhatsApp
Nas duas instituições pesquisadas, o uso do WhatsApp foi mediado por diferentes
atores escolares. Na capital, um professor foi designado para conduzir a interação tanto de
ordem burocrática quanto pedagógica das escolas com as famílias. No município de Diadema,
o trio gestor (diretor, vice-diretor e coordenador pedagógico) mediou a comunicação entre os
grupos de famílias para tratar de todos os assuntos pertinentes à vida escolar das crianças.
A análise se contextualiza no período inicial das atividades remotas, quando um dos
procedimentos foi a distribuição pelas escolas de cestas de alimentos destinadas às famílias
mais vulneráveis no mês de março de 2020. Prossegue no ano de 2021 com a implantação do
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modelo híbrido de aprendizagem e a observação finaliza com o retorno totalmente presencial
no início do ano de 2022.
Os aspectos que ocorreram com maior frequência na gestão comunicativa com as
famílias foram: dissensão relativa a horários convencionais de envio de mensagem por parte
das famílias; ampliação na obtenção de voz participativa pelas famílias; agilidade de acesso
ao comunicado pelo interlocutor; a agenda escolar não caiu em desuso com a retomada das
aulas presenciais.
No princípio do afastamento, uma das primeiras resoluções a serem tratadas entre a
família e a escola foi a organização do fornecimento dos produtos alimentícios na instituição:
Queridas famílias,
Favor preencher este formulário e enviar até o dia 18/05/2020 para que
possamos informar o número de kits de alimentação que a escola deverá
solicitar junto à Secretaria de Educação.
Obs: Cada estudante terá direito a 1 kit, portanto se na família tiver 2 filhos
na creche, receberá 2 kits.
[link de acesso omitido]
(Transcrição de mensagem via bilhete)
A “horizontalização” (DUSSEL; CARDONA, 2021, p. 3) das informações
compartilhadas entre grupos apresentam problemáticas do tipo extrapolação de horário e
busca por resolução de dúvidas separadamente da coletividade do grupo. Muitas vezes os pais
e/ou responsáveis pelas crianças procuram por respostas tão logo suas demandas aparecem, ao
mesmo tempo em que a escola é uma instituição que possui demarcações de horários
necessariamente disciplinados. Para Borges et al. (2021), é preciso considerar também a
quantidade elevada de mensagens que os professores recebem dos familiares, podendo
prejudicar a gestão dos períodos reservados para interagir com as famílias ou a qualidade na
troca de informações. Segundo Franco et al. (2021), a utilização do aplicativo WhatsApp
ainda causa polêmica entre os docentes devido a fatores como o tipo de conteúdo que os
estudantes poderiam postar, bem como a disponibilização ampla de seu contato pessoal.
Se para Julia (2001, p. 11):
Por cultura escolar é conveniente compreender também, quando isso é
possível, as culturas infantis (no sentido antropológico do termo), que se
desenvolvem nos pátios de recreio e o afastamento que apresentam em
relação às culturas familiares.
A incorporação do WhatsApp em substituição à agenda sugestiona-se um instrumental
de reflexão enquanto incremento de abrangência da cultura infantil, não no afastamento,
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porém no cotidiano de suas vivências em família. Os recursos de vídeo-chamadas, de
filmagens, envio de áudios permitem a ampliação de diferentes perspectivas originais também
no ambiente intimista familiar.
As questões de desigualdade social (FRANCO et al., 2020; BORGES et al., 2021;
ANJOS; FRANCISCO, 2021) evidenciam-se ideologicamente no referido bilhete,
demonstrando que a escola, ao enviar o formulário eletrônico, partiu do pressuposto de que
pelo menos um membro da família possui básico domínio da cultura digital.
O exercício da cidadania (DUSSEL; CARDONA, 2021, p. 1) e a ética são elementos
pontuais entre as discussões inerentes à utilização de grupos online de contextos escolares. A
agilidade e o alcance com que as informações o trocadas via aplicativo são incomparáveis
ao uso da agenda. Entretanto, se por um lado a legislação estadual normatizou a comunicação
entre a escola e as famílias, por outro se observa o direcionamento da incorporação do
aplicativo somente na diretriz do município de Diadema. Porém, nas duas escolas verifica-se
que a gestão passa por momentos vulneráveis quanto à organização e estabelecimento da
comunicação através do aplicativo para atender famílias e docentes mediante as atividades
remotas, tanto em Diadema pela prevalência na falta de recursos quanto na ausência de
especificidade de diretriz normatizando o uso do aplicativo na capital São Paulo.
A obtenção de voz agora pelas famílias se iguala do ponto de vista hierárquico nos
grupos, o que passa a demandar maior manejo do funcionamento da gestão escolar, dado que,
diante da mudança abrupta no processo comunicativo, ninguém foi instruído ou educado para
a nova situação.
Com a adoção do WhatsApp em substituição à agenda, informações são
compartilhadas de modo mais eficiente no cotidiano dos grupos, a exemplo de dia letivo
programado em não haver atendimento on-line pelos docentes às famílias.
Com o uso da agenda escolar, havia a necessidade de um planejamento relativamente
antecipado pela escola, prevendo situações em que a informação poderia perder-se até chegar
às famílias, a exemplo de casos em que a agenda não é verificada pelo responsável naquele
determinado dia letivo.
A mensagem seguinte ilustra uma situação em que os familiares souberam de antemão
que no dia subsequente não poderiam contar com a comunicação para esclarecimentos
diversos pertinentes:
Silvana LEONCIO; Zilda MESQUITA e Rafaela Silva RABELO
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Comunicado
Parada Pedagógica
Amanhã, 01/10/2020, não haverá atendimento remoto, pois, as professoras
estarão em formação.
(Transcrição de mensagem via bilhete)
Em contraponto ao efeito da agenda escolar, que compunha uma forma de
comunicação verticalizada, os assuntos burocráticos passam a ser resolvidos de forma ampla e
coletiva, como mostra o fragmento de interação realizada no dia 16/08/2021, no grupo de
WhatsApp, contextualizando as informações sobre o retorno híbrido à escola:
Grupo Famílias do Maternal 2021
Família 1(10:33 h): “Bom dia gostaria de saber o dia e horário que o
Gustavo do Maternal B vai estudar”
Direção (10:45h): “Bom dia Eliene! Me chame no particular, por favor”
Direção (10:46h): “Vamos colocar aqui no grupo, a tabela com o dia e
horário de cada criança”
Família 2 (11:27h): “Eu gostaria de saber o Gabriel para ir creche”
Família 3 (11:58h): “Aqui é Ângela mãe da Luana, posso ir até a escola
amanhã pois estou sem meu celular e o arquivo da declaração para imprimir
e enviar por email como o diretor me pediu não sei se vou conseguir fazer
ainda hoje”
Direção (13:04h): “Boa tarde Ângela, pode ir, amanhã a escola estará aberta
até às 16 h”.
O recurso audiovisual na utilização do aplicativo WhatsApp diversifica os grupos
socialmente: constatou-se casos de membros não letrados nas famílias dos estudantes. As
hierarquias passam a coexistir (DUSSEL; CARDONA, 2021) por conta da presença de
interlocutores com maior caraterística de liderança na instituição família dos/nos grupos frente
aos assuntos pertinentes à escolarização das crianças.
Com relação ao ano de 2022, caraterizado pela frequência 100% presencial dos
alunos:
Comunicado
Bom dia Famílias!
O passeio com os nossos alunos à feira de alimentos precisou ser transferida
para a próxima semana, na quinta feira, dia 12 de maio devido à previsão de
o tempo marcar chuva e frio.
(Transcrição de mensagem via bilhete)
A agenda escolar não caiu em desuso e a comunicação inerente a essa proposta de
atividade para as crianças fora do ambiente escolar foi organizada tanto pela agenda quanto
pelo aplicativo. O bilhete impresso seguiu na agenda para que o responsável familiar
autorizasse (ou não) via assinatura física e o reenviasse à escola.
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Como a data foi modificada com antecedência de apenas um dia antes do evento, por
conta da previsão do tempo climático, a opção por nova data foi realizada pela gestão via
aplicativo WhatsApp, o que demonstra maior agilidade nos aspectos de organização de
propostas pedagógicas diferenciadas na escola. O bilhete impresso assinado pelas famílias
estava de posse da gestão escolar, não havendo necessidade de reenvio para nova autorização
via agenda.
Com a “horizontalização” (DUSSEL; CARDONA, 2021) do processo, o conteúdo
comunicado circula entre a Secretaria Municipal, a gestão escolar e as famílias. O fluxo
comunicativo não é mais fracionado e demanda reconfigurações ordenadas de uma forma
objetiva e genérica para que se suponha ajustado a cada uma das realidades e exatamente
dialógico a qualquer uma delas.
Na transição abrupta entre o abandono (ou uso secundário) da agenda escolar e a
incorporação do WhatsApp, as implicações anteriormente definidas na relação comunicativa
da gestão escolar com cada realidade cultural famílias, professores e a Secretaria Municipal
sofrem mutações, uma vez que o comunicado passa a pertencer ao espaço totalizante da
escola, que embora não sendo físico torna-se simultaneamente coletivo.
Neste ponto, percebemos proximidades com o círculo de cultura (FREIRE, 2020), que
concebe a mesma propriedade antropológica desse espaço totalizante: o unilateral pode ser
rediscutido, o compromisso averbado e o nível de interação aprofundado.
O contexto antropológico na analogia entre grupos de WhatsApp e o método freireano
é determinado por uma política, dado que os participantes ganham distância para ver sua
experiência imediatamente presente. Essas situações vividas vão se objetivando
dialogicamente no repensar do processo histórico da cultura e, também, da cultura letrada
(FREIRE, 2020). Tanto nos grupos de WhatsApp quanto nos círculos de cultura não pode
haver cópia de palavras, mas expressão de juízos. Nesse movimento, a intersubjetivação
das consciências mais densidade subjetiva ganha o sujeito nessas realidades culturais
simultaneamente coletivas, as quais têm como epifenômeno a cultura letrada, que
“atualizando sua reflexão virtual, encontra na palavra escrita uma maneira mais firme e
definida de dizer-se, isto é, de existenciar-se na práxis histórica”. Nesse sentido, a “cultura
letrada conscientiza a cultura” (FREIRE, 2020, p. 25-27).
Dussel e Cardona (2021) observam a coexistência de hierarquias inerente à
horizontalização dos discursos. Para Freire (2020), ocorre a horizontalidade entre essas
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narrativas, onde as hierarquias se dissolvem. O mesmo radical etimológico remete-se a um
sentido democrático correspondente à desestabilização hierárquica no enunciado.
Na perspectiva da cultura escolar, a investigação dos processos comunicativos na
utilização do WhatsApp no contexto pandêmico evidencia que as “ferramentas discursivas”
(FARIA FILHO et al., 2004, p. 152) evocam os fatores que sustentam a continuidade de
situações oficialmente não aceitas por uma representatividade ética e política.
Considerações finais
Reconheceu-se imprecisão e discordância entre a legislação estadual e municipal
relacionadas à normatização da comunicação entre as escolas e as famílias. Contudo, foi
possível observar que a incorporação do aplicativo WhatsApp como suporte de comunicação
desde a suspensão até o restabelecimento presencial das aulas ocasionou maior agilidade e
eficiência na troca de mensagens e na interação entre as culturas da família e da escola, ao
contrário do que ocorria apenas com o uso da agenda escolar. Com a inserção do WhatsApp,
destaca-se um estreitamento nos processos subjetivos desses grupos sociais em torno das
práticas pedagógicas realizadas a serviço da promoção da cultura da infância.
É importante destacar que tanto as orientações constantes na legislação analisada
quanto os usos dados ao WhatsApp no âmbito da educação infantil reforçam a cultura escolar
como um conjunto de normas e práticas, conforme defendido por Julia (2001), e que as
práticas podem traduzir de diferentes formas ou até mesmo ignorar/subverter as normas.
Com a retomada das aulas presenciais e a aparente permanência/convivência do
WhatsApp com a agenda escolar, surgem novas questões. Por exemplo: Como as práticas de
comunicação entre escola e famílias serão pensadas depois da pandemia? um processo de
hibridação a se acomodar na educação infantil? Como será a educação escolar de crianças
pequenas quando a previsão da taxa de natalidade for a menor da contemporaneidade? Na
retaguarda dessas e tantas outras indagações, “os contatos pelo WhatsApp foram essenciais
para a realização da escuta, tão necessária ao acolhimento emocional, ao resgate da
autoestima, ao encorajamento, ao desejo de aprender e ao fortalecimento da esperança”
(NERI, 2021, p. 164).
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Institucional/SME, 2022b. Disponível em: https://educacao.sme.prefeitura.sp.gov.br/dres/.
Acesso em: 15 abr. 2022.
CRediT Author Statement
Reconhecimentos: Não aplicável.
Financiamento: Não aplicável.
Conflitos de interesse: Não há conflitos de interesse.
Aprovação ética: Não aplicável.
Disponibilidade de dados e material: Não aplicável.
Contribuições dos autores: Silvana Leoncio e Zilda Mesquita contribuíram no
levantamento documental, análise e discussão dos dados e redação do texto; Rafaela Silva
Rabelo contribuiu na análise e discussão dos dados e redação do texto.
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
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LA COMUNICACIÓN VÍA WHATSAPP EN LA INTERACCIÓN ESCUELA Y
FAMILIA EN LA EDUCACIÓN INFANTIL DURANTE LA PANDEMIA DEL
COVID-19
A COMUNICAÇÃO VIA WHATSAPP NA INTERAÇÃO ESCOLA E FAMÍLIA NA
EDUCAÇÃO INFANTIL DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19
THE USE OF WHATSAPP AS A COMMUNICATION SOURCE IN SCHOOLS AND
FAMILY INTERACTION IN CHILD EDUCATION AT THE TIME OF THE COVID-19
PANDEMIC
Silvana LEONCIO1
e-mail: silvanaleoncio@yahoo.com.br
Zilda MESQUITA2
e-mail: zildamesquita.zm@gmail.com
Rafaela Silva RABELO3
e-mail: rafaelasilvarabelo@hotmail.com
Cómo hacer referencia a este artículo:
LEONCIO, S.; MESQUITA, Z.; RABELO, S. R. La comunicación
vía WhatsApp en la interacción escuela y familia en la educación
infantil durante la pandemia del COVID-19. Revista Ibero-
Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00,
e023055, 2023. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.17218
| Presentado el: 20/09/2022
| Revisiones requeridas en: 25/01/2023
| Aprobado el: 09/02/2023
| Publicado el: 16/08/2023
Editor:
Prof. Dr. José Luís Bizelli
Editor Adjunto Ejecutivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Universidad Ibirapuera (UNIB), São Paulo SP Brasil. Estudiante de maestría en el Programa de Posgrado
en Educación.
2
Universidad Ibirapuera (UNIB), São Paulo SP Brasil. Estudiante de maestría en el Programa de Posgrado
en Educación.
3
Universidad Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia MG Brasil. Profesor de la Facultad de Educación
(FACED). Postdoctorado en Historia de la Educación (USP).
La comunicación vía WhatsApp en la interacción escuela y familia en la educación infantil durante la pandemia del COVID-19
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RESUMEN: El contexto de la pandemia ha modificado los procesos comunicativos en la educación
infantil. A partir de las experiencias vividas por las autoras, este estudio tiene como objetivo
reflexionar sobre la adopción de WhatsApp como soporte de comunicación entre la escuela y las
familias durante la suspensión de las clases presenciales y los cambios de prácticas resultantes. Se trata
de un análisis cualitativo basado en la investigación documental de la legislación estatal y municipal
seguida de observación participante en dos escuelas públicas ubicadas en São Paulo y Diadema. El
análisis de los resultados tiene como soporte teórico la cultura escolar, a partir de autores como
Dominique Julia y Faria Filho. Se reconoció la imprecisión y discrepancia entre la legislación estatal y
municipal relacionada con la regulación de la comunicación entre escuelas y familias. La
incorporación de la aplicación WhatsApp como soporte de comunicación desde la suspensión hasta la
reanudación de las clases presenciales propició una mayor agilidad y eficiencia en el intercambio de
mensajes y en la interacción entre las culturas de la familia y la escuela. En esta inserción inmediata de
WhatsApp, se produce un estrechamiento en los procesos subjetivos de estos grupos sociales en torno
a las prácticas pedagógicas realizadas al servicio de la promoción de la cultura infantil.
PALABRAS CLAVE: Pandemia. Comunicación. Educación infantil. WhatsApp. Cultura escolar.
RESUMO: A pandemia modificou os processos comunicativos na educação infantil. Partindo das
experiências das autoras, este estudo objetiva refletir sobre a adoção do WhatsApp como suporte de
comunicação entre escola e famílias durante a suspensão das aulas presenciais e as mudanças das
práticas decorrentes. Trata-se de uma análise qualitativa com base em investigação documental da
legislação estadual e municipal seguida da observação participante em duas escolas blicas. A
análise dos resultados tem como aporte teórico a cultura escolar, fundamentada em autores como
Dominique Julia e Faria Filho. A incorporação do aplicativo WhatsApp como suporte de
comunicação desde a suspensão até o restabelecimento presencial das aulas ocasionou maior
eficiência na troca de mensagens e na interação entre as culturas da família e da escola. Nesta
imediata inserção do WhatsApp, destaca-se um estreitamento nos processos subjetivos desses grupos
sociais em torno das práticas pedagógicas realizadas a serviço da promoção da cultura da infância.
PALAVRAS-CHAVE: Pandemia. Comunicação. Educação infantil. WhatsApp. Cultura escolar.
ABSTRACT: The context of the pandemic has modified communicative processes in early childhood
education. Starting from the experiences lived by the authors, this study aims to reflect on the adoption
of WhatsApp as communication support between schools and families during the suspension of face-
to-face classes and the resulting changes in practices. It is a qualitative analysis based on a
documental investigation of state and municipal legislation followed by participant observation in two
public schools in São Paulo and Diadema. The analysis of the results has as theoretical support the
school culture, based on authors such as Dominique Julia and Faria Filho. Imprecision and
disagreement between state and municipal legislation related to regulating communication between
schools and families were recognized. Incorporating the WhatsApp application as a communication
support from the suspension to the resumption of face-to-face classes led to greater agility and
efficiency in exchanging messages and in the interaction between the cultures of the family and the
school. In this immediate insertion of WhatsApp, there is a narrowing in the subjective processes of
these social groups around the pedagogical practices carried out in promoting childhood culture.
KEYWORDS: Pandemic. Communication. Child education. WhatsApp. School culture.
Silvana LEONCIO; Zilda MESQUITA y Rafaela Silva RABELO
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023055, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.17218 3
Introducción
En la educación de la primera infancia, los boletos a través de la agenda escolar, las
llamadas telefónicas, las reuniones de padres y las festividades constituyen las formas
rutinarias de interacción entre la escuela y las familias. Es decir, la agenda escolar juega un
papel destacado en esta interacción. Uno de los factores que estabiliza su adopción es la
especificidad de la atención dirigida a niños pequeños, de cero a cinco años, así como porque
es un medio ampliado al alcance de la familia y la comunidad.
Sin embargo, en el contexto de emergencia de la pandemia del COVID-19, los
sistemas educativos han tenido que reorganizarse en las disposiciones legales que regulan la
comunicación entre la escuela y las familias. Debido a los cambios debido a la pandemia, la
agenda escolar dio paso a nuevas herramientas de comunicación, entre ellas, la aplicación
WhatsApp, en la interacción entre la escuela y las familias para satisfacer las demandas
relacionadas con el aprendizaje y desarrollo de los estudiantes. En el caso del estado de São
Paulo, sus Juntas Regionales de Educación comenzaron a preparar decretos y actos
normativos subsidiados de las normas generales derivadas del sistema estatal de gobierno para
la educación de la primera infancia.
Partiendo de las experiencias vividas y practicadas por los autores durante el periodo
de suspensión de las clases presenciales debido a la pandemia, este artículo pretende
reflexionar sobre la adopción de WhatsApp como apoyo a la comunicación entre la escuela y
las familias en la educación infantil para sustituir la agenda escolar y los cambios en las
prácticas escolares en medio del contexto de la emergencia sanitaria.
El presente estudio tiene como métodos cualitativos la investigación documental de la
legislación municipal y estatal y la observación participante en dos escuelas públicas de
educación infantil pertenecientes respectivamente a las ciudades de São Paulo y Diadema. La
descripción y análisis de los resultados tiene como aporte teórico y metodológico la cultura
escolar, basada en autores como Julia (2001) y Faria Filho et al. (2004).
La articulación del contenido de la legislación (decretos y directrices emitidos tanto
por la Secretaría de Educación del Estado de São Paulo como por las Direcciones Regionales
durante la suspensión de las actividades presenciales) y las experiencias vividas por los
autores en la adopción de WhatsApp en la discusión presentada se justifica por la relación
entre normas y prácticas, como lo defiende Julia (2001).
La primera parte del artículo explica el enfoque teórico-metodológico, detallando las
fuentes y procedimientos en la recolección y organización de datos, así como la relevancia de
La comunicación vía WhatsApp en la interacción escuela y familia en la educación infantil durante la pandemia del covid-19
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la noción de cultura escolar en el análisis. La siguiente es una breve encuesta de estudios que
discuten el impacto de la pandemia en la educación y la adopción de nuevas tecnologías. En la
tercera parte se aborda el mapeo de la legislación educativa y los principales lineamientos que
permitieron la inserción de nuevas herramientas tecnológicas durante la pandemia.
Finalmente, se discuten los cambios en las prácticas observadas con la inserción de
WhatsApp. La conclusión trae algunas consideraciones generales aprehendidas de este
estudio, planteando algunas preguntas que permanecen abiertas, relacionadas con la
reanudación de las clases presenciales.
Abordaje teórico-metodológica
La discusión expresada en este artículo surgió de la observación de los autores sobre
los cambios que ocurrieron en la vida escolar cotidiana, durante la pandemia de COVID-19,
en dos escuelas públicas de educación infantil, ubicadas en el estado de São Paulo en el que
operan, una en la ciudad de São Paulo y la otra en el municipio de Diadema.
La experiencia empírica para reportar desde el enfoque descriptivo de los
procedimientos de cada una de las dos instituciones en el enfrentamiento de la pandemia
subsidia la reflexión y el análisis de los cambios en las prácticas de interacción escuela-
familia retratadas en este artículo. A continuación, presentamos una breve descripción de las
acciones realizadas en el ámbito de las instituciones de educación infantil observadas, a partir
de las cuales explicaremos el enfoque teórico-metodológico.
El calendario pedagógico del año 2020 comenzó normalmente en las escuelas. Ya se
había establecido la estructura necesaria para el progreso del año escolar. Los meses de
febrero y marzo se caracterizan por ser periodos de adaptación de los niños a la rutina escolar
en educación infantil, incluso para aquellos que asistieron a la misma institución en el año
anterior.
Con el surgimiento de la pandemia de COVID-19 en marzo, la gestión escolar en el
estado de São Paulo se vio como el único segmento que trabajaba en persona en la escuela, en
interacción con las familias, a través de canales de relación a distancia (correo electrónico,
teléfono, etc.) y en la retaguardia de las Juntas Regionales de Educación y la Secretaría de
Estado de Educación, con el objetivo de actualizar los registros de los estudiantes (SÃO
PAULO, 2020a).
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Para satisfacer las nuevas demandas, el proceso comunicativo sufrió una
reorganización inexorable. Sólo la gestión administrativa permaneció trabajando en las
instalaciones de la escuela para el servicio restringido vinculado a las pertinencias de
resolución burocrática de cuestiones que necesariamente debían ser presenciales.
En la escuela de São Paulo, se asignó un maestro para ayudar en el intercambio de
información pedagógica y burocrática con las familias, exclusivamente a través de la
aplicación WhatsApp. Sin embargo, se sabe que en la red había escuelas en las que los
profesores mantenían grupos de WhatsApp con las familias de los alumnos de sus clases y
otras que restringían la comunicación solo a través de la plataforma digital de estudios.
Además de la asociación con un canal de televisión para aumentar la oportunidad de acceder a
las clases, el establecimiento de la comunicación con los maestros y el contenido digital
complementario se puso a disposición de las familias a través de la plataforma educativa
gratuita. Las instrucciones generales para el acceso de los profesores y las familias de los
estudiantes se publicaron en el sitio web del portal del Departamento de Educación. Los
profesores subían el contenido digital al entorno virtual de la plataforma periódicamente, al
que se podía acceder desde ordenadores o smartphones.
En la escuela de Diadema en el año 2020 el modelo de organización de las
interacciones pedagógicas se centró en el alcance entre la dirección de la escuela y el equipo
docente a través de grupos de WhatsApp, donde se detallaron pautas de orientación sobre los
procesos formativos de los docentes. En el semestre siguiente, con la implementación de
actividades regulares en línea para las familias, las instrucciones para la realización de estas
propuestas fueron publicadas quincenalmente por los maestros en el sitio web de la red
educativa, mientras que la gerencia se encargó de la interacción con las familias a través de
grupos de WhatsApp por segmento o grupo de edad de los niños, para tratar tanto la
actualización de la inscripción de los estudiantes como las cuestiones pedagógicas. En 2021,
la Secretaría Municipal institucionalizó un proceso comunicativo más amplio entre las
escuelas y la comunidad. Cada profesor, después de hacerse cargo de la clase, formó grupos
de WhatsApp con las familias de los niños para llevar a cabo las propuestas, acompañados por
el equipo directivo de la escuela con el fin de validar la institucionalización de los
procedimientos de enseñanza.
Como el retorno obligatorio a la presencialidad en la educación infantil (BRASIL,
2020) fue a discreción de los municipios, el año 2021 comenzó con el regreso gradual en el
mes de abril en São Paulo, con un tercio de los estudiantes en cada aula. En julio, el regreso se
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caracterizó por el relevo semanal entre dos grupos de un tercio de estudiantes por clase. El
retorno parcial del 50% de los estudiantes ocurrió en octubre de 2021. La asistencia 100%
presencial y de tiempo completo tuvo lugar al comienzo del año escolar 2022.
En Diadema, la educación infantil comenzó el año 2021 con el regreso gradual y
presencial en agosto de 2021, bajo un régimen de intercalación de un tercio de los niños
restantes en el período de dos horas en días no secuenciados durante toda la semana. En
septiembre, el 50% de los estudiantes de cada clase asistieron por la mañana y el 50% por la
tarde. La totalidad de la presencialidad y presencialidad en el municipio ocurrió en el mes
lectivo de clase marzo de 2022.
Se observa que incluso con el fin de las actividades remotas, el uso de grupos de
WhatsApp se mantuvo en conjunto con el uso de las agendas escolares para apoyar la
comunicación entre las escuelas y las familias.
El marco temporal en el que se centra la discusión en este artículo abarca el inicio de
la suspensión de clases, es decir, marzo de 2020, el año 2021, que configuró una parte de la
educación híbrida, hasta marzo de 2022, con el regreso de todos los estudiantes en persona.
En un primer momento, se procedió a revisar la literatura relacionada con los retos y
desarrollos durante estos dos años de pandemia sobre los procedimientos de comunicación
entre escuelas y familias, específicamente en educación infantil y primaria. Con el
levantamiento documental de la legislación que estandarizó la comunicación entre la escuela
y la familia y con las observaciones de los autores durante el período de enseñanza a
distancia, analizamos los desarrollos desde la cultura escolar (JULIA, 2001; FARIA et al.,
2004).
Para Faria Filho et al. (2004), algo que instiga enormemente el estudio de las culturas
escolares es el hecho de que se articula con otras categorías de reconocido potencial analítico,
incluida la adopción de herramientas discursivas para una mejor inteligibilidad de los
estudios. Estas categorías que establecen la cultura de la escuela, ya sea de género, clase, raza,
etnia, entre otras, operacionalizan metodológicamente la investigación de acciones de los
sujetos escolares que producen esta cultura.
Según los mismos autores, la noción de cultura escolar en Brasil es la categoría que
busca interrogar la escolarización de la sociedad en un momento dado, así como los diversos
factores intervinientes:
[...] los límites y posibilidades y, finalmente, las limitaciones sociales,
culturales, políticas y económicas puestas en funcionamiento, o impuestas,
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especialmente a los grupos subalternos, por la generalización de una cultura
escolar y, por lo tanto, de la escritura en la sociedad brasileña (FARIA
FILHO et al., 2004, p. 153, nuestra traducción).
En el contexto investigativo de las prácticas escolares que conciben la
interdisciplinariedad en las direcciones metodológicas, la antropología (JULIA, 2001; FARIA
FILHO et al., 2004) es una de las áreas que instrumentaliza la aproximación con evidencia de
la cultura humana en el ámbito escolar.
Cada período de la historia de la educación es responsable del análisis preciso de las
relaciones conflictivas o pacíficas de las culturas que le son contemporáneas (JULIA, 2001);
En este sentido, el enfoque temático de la cultura escolar en el período de pandemia es
inseparable del enfoque de la cultura digital.
Impactos de la pandemia de COVID-19 en la educación y el uso de las nuevas
tecnologías digitales
Se encontró que, con el creciente número de publicaciones sobre los impactos de la
pandemia en la educación, las nuevas tecnologías fueron uno de los temas más abordados. En
este sentido, vale la pena destacar las discusiones que se refieren a las implicaciones de la
diversidad que constituye el público escolar brasileño. Las desigualdades profundizadas por la
pandemia muestran que incluso países ricos como Estados Unidos y Francia han tenido
estudiantes fuera del alcance de la escuela (FRANCO et al., 2020).
Una de las preocupaciones derivadas de estos impactos consterna que la 'escuela
virtual' eliminará la escuela física y que las tecnologías reemplazarán a la pedagogía
(NÓVOA; ALVIM, 2021). Según los mismos autores, hay sectores que defienden la
educación a distancia a través de la educación en el hogar y otros que creen que la educación
en el hogar no reemplaza la función de la escuela, sino que se complementa entre sí. Europa
occidental, mucho antes del cierre, ya tenía experiencia con el uso de Internet.
En Brasil, específicamente en el estado de São Paulo, las familias y las escuelas
tuvieron que lidiar con la falta de recursos socioeconómicos. En los primeros tres meses
aproximadamente, las escuelas fueron guiadas por las Secretarías Municipales de Educación
en el procedimiento de distribución de canastas básicas de alimentos y posteriormente las
familias recibieron tarjetas de valor que subsidiarían la alimentación básica de los estudiantes
más vulnerables en este aspecto (BRASIL, 2020).
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La falta de recursos mediáticos y de acceso a Internet en las escuelas y los entornos
familiares es también uno de los principales obstáculos en la Educación Básica (FRANCO et
al., 2020; BORGES et al., 2021; ANJOS; FRANCISCO, 2021).
El sistema de comunicación pública presenta condiciones insuficientes para atender a
toda la población. En el año 2020, Franco et al. (2020) publicó la implementación de una
estrategia destinada a multiplicar las intervenciones desarrolladas para la Literacidad
Mediática de comunicación de docentes en tres escuelas del Distrito Federal, a través de
debates y capacitaciones sobre el uso de las tecnologías de la información y la comunicación
y la movilización de contenidos. Los investigadores encontraron que estos talleres de
capacitación contribuyeron para la comprensión conceptual de los profesores y señalan la
necesidad de mantener actividades continuas entre gerentes, profesores y estudiantes, no solo
en nociones conceptuales sino también en el campo de la ética relacionada con estos usos.
Sin embargo, los problemas más latentes de la crisis siguen siendo el acceso a internet
de calidad y la falta de equipos electrónicos (FRANCO et al., 2020; BORGES et al., 2021),
dado que la enseñanza y el aprendizaje en la crisis dependían exclusivamente del uso de estos
recursos digitales, tanto por parte de las familias como de las escuelas.
Con respecto al ecosistema digital, la influencia de los algoritmos requiere atención
debido a la investigación en el entorno escolar, dado que los estudiantes están expuestos a
todo tipo de contenidos, necesitando, para ello, la construcción y fortalecimiento de
estrategias de comunicación digital escolar (FRANCO et al., 2020).
La modalidad de educación a distancia prevista en casos de emergencia por la Ley de
Directrices y Bases de la Educación Nacional (LDB) (PEREIRA; NARDUCHI; MIRANDA,
2020; BORGES et al., 2021) se toparon con la insuficiencia de directrices y directrices en el
ámbito político-administrativo en el país.
En el análisis de cómo se había implementado la enseñanza remota de estudiantes
objetivo de educación especial (APAEE) (44% del total de estudiantes en las escuelas
encuestadas) y la interacción con los padres, el uso de la aplicación WhatsApp representó el
93% en la comunicación entre las familias y las escuelas durante el aislamiento social.
Independientemente del planteamiento de las razones dadas por el profesorado y las familias,
ambos sugieren un diálogo más exquisito dirigido a las directrices pedagógicas con el fin de
consolidar la comunicación (BORGES et al., 2021).
La investigación de Franco et al. (2020) describe iniciativas diseñadas y ejecutadas
por maestros y gerentes de escuelas públicas para mantener la comunicación con su
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comunidad escolar. Uno de ellos fue la adopción de contenidos holísticos, como la salud
mental y física en el desafío de fortalecer en el estudiante el sentimiento de pertenencia en la
comunidad escolar.
Conferencias, círculos de conversación, cursos cortos frente a estas brechas y la
asociación en los procesos de reclamación ante las autoridades gubernamentales son citados
como alternativas en la interacción con las familias, dado que la falta de herramientas
digitales es uno de los factores que más influyen en la insuficiencia comunicativa entre la
institución y las familias (BORGES et al., 2021).
En la Ciudad de México, una investigación de enfoque antropológico del trabajo
docente y el concepto de ciudadanía (DUSSEL; CARDONA, 2021) investila formación de
grupos de WhatsApp entre la dirección de la escuela y los maestros en dos instituciones (una
operada de forma privada y otra pública). Se buscó saber si había algún movimiento para
reemplazar las viejas jerarquías de la escuela.
Los autores destacan de estas nuevas condiciones de participación un proceso de
horizontalización de discursos y movilización de posiciones en la coexistencia de jerarquías:
Mayor autonomía, pero también mayor riesgo de fragmentación y
endogamia, mayor riesgo de homogeneización o estandarización debido a la
creciente presencia de industrias culturales muy potentes, más posibilidades
de control ciudadano 'desde abajo', con posibilidad de producción y difusión
de mensajes de forma horizontal y descentralizada; más informalización y
participación carnavalesca, con mensajes más débiles y menor capacidad de
articulación política (DUSSEL; CARDONA, 2021, p. 4, nuestra traducción).
Los efectos de la digitalización sobre los hábitos cívicos y sus tensiones y
contradicciones demuestran que, aunque surgieron estos nuevos liderazgos, no apareció
ningún debate o articulación político-pedagógica efectiva, revelando una ciudadanía con
características limitadas o insuficientes (DUSSEL; CARDONA, 2021).
Para Franco et al. (2020, p. 53, nuestra traducción), incluso los programas de
radiodifusión "no prescinden de la comunicación interpersonal entre estudiante y maestro, el
principio básico de la educación y la comunicación: el habla y la escritura".
Actualmente, con la aplicación WhatsApp muy extendida entre la población, esta, que
ya se venía propagando paulatinamente dentro de la escuela, en la pandemia se ha tendido a
establecer su uso. La agenda escolar representó una herramienta esencial y pasa a ser
secundaria o incluso en desuso en el apoyo de la comunicación entre la dirección y las
familias en la educación infantil. Siendo, por tanto, el instrumento de comunicación más
utilizado en la educación infantil delimita el punto de partida en esta reflexión.
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El objeto representa (o representa) un portador de información propio de la vida
cotidiana de la educación infantil, exclusivamente porque la etapa exige un proceso
comunicativo específico que se divide entre cuidar y educar, una simbiosis inherente a la
educación de los niños pequeños. Movilizó la puntualidad sobre el estudiante, diversas
informaciones pertinentes a la vida escolar y familiar del niño, atendiendo así al contacto
individualizado entre la escuela y las familias. Sin embargo, se debe instituir otro apoyo de
comunicación con carácter de urgencia con la llegada de la crisis sanitaria.
WhatsApp comenzó a desempeñar la actual función mediadora de comunicación entre
la escuela y las familias. La aplicación se inserta como recurso multiplicador de las
segmentaciones comunicativas entre los diversos grupos culturales de la escuela.
A partir del nuevo proceso comunicativo de la escuela derivado de la COVID-19, se
evidencia el fenómeno de la segregación histórica entre la escuela y la familia (NÓVOA;
ALVIM, 2021).
La base legislativa en la comunicación entre la dirección del centro y las familias
Durante la situación de emergencia, las Juntas Regionales de Educación aprobaron
varios decretos para ajustar la adopción de protocolos sanitarios en las escuelas (SÃO
PAULO, 2022b). Así, se buscó describir la trayectoria de estas regulaciones tras los
constantes cambios y modificaciones resultantes del seguimiento del mayor momento de la
crisis sanitaria, que corresponde al período comprendido entre marzo de 2020 y marzo de
2022, cuando hay un retorno presencial del 100% en la educación infantil en las escuelas
observadas.
En el estado de São Paulo, con el avance de la pandemia a principios de 2020, la
suspensión de las actividades presenciales ocurrió gradualmente en el mes de marzo, para que
hubiera tiempo para que las familias se organizaran en cuanto a dónde se alojarían sus hijos
durante la jornada laboral de los adultos. Una de las únicas informaciones confirmadas sobre
el virus fue su alto grado de contaminación y mortalidad.
El gobierno siguió lineamientos de la Organización Mundial de la Salud (OMS) y
junto con el Departamento de Salud del Estado desarrollaron lineamientos ajustados a las
políticas públicas para combatir el virus, que preveían la adopción de medidas temporales y
de emergencia para prevenir el contagio por COVID-19 y la adopción gradual de la
suspensión de clases en Educación Básica y Educación Superior en el período comprendido
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entre el 16 y el 23 de marzo (Decreto No. 64.862, del 13 de marzo de 2020) (SÃO PAULO,
2020c).
Con el fin de orientar la toma de decisiones, el Consejo Estatal de Educación de São
Paulo publicó en el boletín oficial del Estado (DOSP) la Deliberación CEE 177/2020, que
trata de las normas para la reorganización de los calendarios escolares en São Paulo. En este
documento, se planificaron acciones para la educación de la primera infancia, teniendo como
una de las premisas "utilizar, para la programación de la actividad escolar obligatoria, todos
los recursos disponibles, desde orientaciones impresas con textos, estudio dirigido y
evaluaciones enviadas a los estudiantes/familia, así como otros diversos medios remotos"
(SÃO PAULO, 2020d).
En vista de las especificidades del desarrollo de bebés y niños en la educación de la
primera infancia, el documento enfatiza el uso de un posible período de actividades y
reuniones entre profesionales y familias/tutores, enfatizando el cuidado de bebés y niños, con
experiencias y vivencias que garanticen los derechos de aprendizaje y desarrollo previstos en
la Base Curricular Común Nacional (BNCC) (SÃO PAULO, 2020d).
El Ayuntamiento de São Paulo, a través de la Instrucción Normativa / PYME nº. 13,
del 19/03/2020, estableció la anticipación del receso escolar del 23 de julio al 9 de abril de ese
año (SÃO PAULO, 2020e). En la ciudad, se establecieron algunas unidades o centros de
atención para niños de 0 a 3 años, cuyos padres fueron convocados para actuar en la lucha
contra el COVID-19, especialmente en las áreas de salud, seguridad, asistencia social y
servicio funerario, en cinco direcciones ubicadas en las diversas regiones de São Paulo.
Siguiendo las directrices estatales, el 20/03/2022, el mismo ayuntamiento también
publicó en el Boletín Oficial el Decreto No. 59.283/20 (SÃO PAULO, 2022a). El artículo 16
establece al Departamento Municipal de Educación que:
I - Capacitar a los docentes para que actúen como asesores de los estudiantes
en cuanto a los cuidados a adoptar para prevenir la enfermedad;
II - Realizar un esfuerzo conjunto de orientación a responsables y
estudiantes;
III - Buscar alternativas para la provisión de alimentos a los estudiantes;
IV - Promover la interrupción gradual de las clases en el sistema de escuelas
públicas, con orientación de tutores y estudiantes sobre COVID-19 y
medidas preventivas;
V - Orientar a las escuelas de la red de educación privada para que adopten
el mismo procedimiento establecido en el punto anterior;
VI - Adoptar medidas destinadas a la operacionalización de la educación a
distancia (SÃO PAULO, 2020b, nuestra traducción).
La comunicación vía WhatsApp en la interacción escuela y familia en la educación infantil durante la pandemia del covid-19
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En Diadema, mediante la Ordenanza No. 3, del 6 de abril de 2020, fue determinado
por el Departamento Municipal de Educación junto con sus unidades escolares el receso para
la quincena correspondiente al período del 8 al 23 de abril de 2020. Se priorizaron los
protocolos sanitarios y las condiciones subjetivas de las familias, y la estrategia tomada por el
municipio de Diadema, a través del Acto Normativo del 22/06/2021, fue tratar de establecer
"diálogos permanentes entre las escuelas y las familias de los estudiantes y la búsqueda activa
de aquellos que el diálogo no era posible por teléfono", con el fin de "proporcionar momentos
de escucha, fortalecer lazos y estimular actividades que van más allá de las tecnologías"
(NERI, 2021).
Para el documento, el uso de canales de comunicación digital se convierte en un
recurso oficial de interacción entre los miembros de los equipos escolares, siempre que, de
manera institucionalizada, a través de la mediación de los gestores, con fines de orientación,
organización, planificación y ejecución de tareas relacionadas con las necesidades y
propósitos de la Educación (DIADEMA, 2020).
La comunicación vía aplicación WhatsApp tuvo su validez institucional establecida a
través de la participación de la dirección del colegio en los grupos de interacción entre
profesores y familias:
En los grupos de WhatsApp de cada Unidad Escolar las propuestas se
pondrán a disposición de las familias. Corresponde al profesor (a)
mantenerse en contacto/participar activamente en este grupo para detallar y
apoyar la experiencia de las propuestas (NERI, 2021, nuestra traducción).
Al mismo tiempo, se ordenó a los equipos directivos de cada institución que
mantuvieran durante el retorno híbrido "la escala de estudiantes por clase en un lugar visible
en el área externa de la escuela y en los grupos de padres de WhatsApp" (DIADEMA, 2012,
nuestra traducción).
La premisa adoptada en el estado de São Paulo para la regulación normativa fue dada
de manera genérica con respecto al tipo de recurso comunicativo a ser adoptado por las
escuelas. La proposición también es indeterminada y mantiene el cese inherente a la Ley del
Estado en el Decreto de la ciudad de São Paulo por los Consejos de Educación, al referirse a
la adopción de medidas para la "operacionalización de la educación a distancia" (Parágrafo
VI, artigo 16 do Decreto nº. 59.283).
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El proceso comunicativo entre la dirección del colegio y las familias vía WhatsApp
En las dos instituciones encuestadas, el uso de WhatsApp fue mediado por diferentes
actores escolares. En la capital, se asignó un maestro para llevar a cabo la interacción
burocrática y pedagógica entre las escuelas y las familias. En el municipio de Diadema, el trío
de gestión (director, subdirector y coordinador pedagógico) medió la comunicación entre los
grupos de familias para tratar todos los temas pertinentes a la vida escolar de los niños.
El análisis se contextualiza en el período inicial de actividades remotas, cuando uno de
los procedimientos fue la distribución por parte de las escuelas de canastas de alimentos
destinadas a las familias más vulnerables en marzo de 2020. Continúa en el año 2021 con la
implementación del modelo de aprendizaje híbrido y la observación finaliza con el regreso
totalmente presencial a principios del año 2022.
Los aspectos que ocurrieron con mayor frecuencia en el manejo comunicativo con las
familias fueron: disenso respecto a los tiempos convencionales de envío de mensajes por parte
de las familias; la ampliación de la participación de las familias; agilidad de acceso a la
comunicación por parte del interlocutor; El horario escolar no cayó en desuso con la
reanudación de las clases presenciales.
Al comienzo de la retirada, una de las primeras resoluciones a tratar entre la familia y
la escuela fue la organización del suministro de productos alimenticios en la institución:
Queridas familias,
Por favor, rellene este formulario y envíelo antes del 18/05/2020 para que
podamos informarle del número de kits de alimentos que la escuela debe
solicitar al Departamento de Educación.
Nota: Cada estudiante tendrá derecho a 1 kit, por lo que, si la familia tiene 2
niños en la guardería, recibirá 2 kits.
[enlace de acceso omitido]
(Transcripción del mensaje vía billete)
"Horizontalización" (DUSSEL; CARDONA, 2021, p. 3) de la información compartida
entre grupos presentan problemas del tipo extrapolación del tiempo y búsqueda de resolución
de dudas separadas de la colectividad del grupo. A menudo los padres y/o tutores de los niños
buscan respuestas tan pronto como aparecen sus demandas, al mismo tiempo que la escuela es
una institución que tiene demarcaciones de horarios necesariamente disciplinados. Para
Borges et al. (2021), también es necesario considerar la alta cantidad de mensajes que los
maestros reciben de los miembros de la familia, lo que puede perjudicar la gestión de los
períodos reservados para interactuar con las familias o la calidad en el intercambio de
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información. Según Franco et al. (2021), el uso de la aplicación WhatsApp aún causa
controversia entre los profesores debido a factores como el tipo de contenido que los
estudiantes podrían publicar, así como la amplia disponibilidad de su contacto personal.
Si para Julia (2001, p. 11, nuestra traducción):
Por cultura escolar también es conveniente comprender, cuando esto es
posible, las culturas de los niños (en el sentido antropológico del término),
que se desarrollan en los patios de recreo y la distancia que presentan en
relación con las culturas familiares.
La incorporación de WhatsApp en lugar de la agenda sugiere un instrumento de
reflexión como un aumento en el alcance de la cultura de los niños, no en la lejanía, sino en la
vida cotidiana de sus experiencias en la familia. Los recursos de videollamadas, filmación,
envío de audios permiten la expansión de diferentes perspectivas originales también en el
ambiente familiar íntimo.
Los problemas de desigualdad social (FRANCO et al., 2020; BORGES et al., 2021;
ÁNGELES; FRANCISCO, 2021) son ideológicamente evidentes en la nota antes
mencionada, lo que demuestra que la escuela, al enviar el formulario electrónico, partió de la
suposición de que al menos un miembro de la familia tiene un dominio básico de la cultura
digital.
El ejercicio de la ciudadanía (DUSSEL; CARDONA, 2021, p. 1) y la ética son
elementos específicos entre las discusiones inherentes al uso de grupos en nea en contextos
escolares. La agilidad y el alcance con el que se intercambia información a través de la
aplicación son incomparables al uso de la agenda. Sin embargo, si por un lado la legislación
estatal ha estandarizado la comunicación entre la escuela y las familias, por otro lado, se
observa la dirección de la incorporación de la solicitud solo en la directriz del municipio de
Diadema. Pero, en ambas escuelas se verifica que la gestión pasa por momentos vulnerables
con respecto a la organización y establecimiento de la comunicación a través de la aplicación
para reunirse con familias y maestros a través de actividades remotas, tanto en Diadema
debido a la prevalencia en la falta de recursos como en la ausencia de especificidad de
directrices que regulan el uso de la aplicación en la capital de São Paulo.
La obtención de voz ahora por parte de las familias es igual desde el punto de vista
jerárquico en los grupos, lo que empieza a exigir una mayor gestión del funcionamiento de la
gestión escolar, dado que ante el cambio abrupto en el proceso comunicativo nadie fue
instruido o educado para ello.
Silvana LEONCIO; Zilda MESQUITA y Rafaela Silva RABELO
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Con la adopción de WhatsApp para reemplazar la agenda, la información se comparte
de manera más eficiente en la vida diaria de los grupos, como la jornada escolar programada
en la que no hay servicio en línea por parte de los maestros a las familias.
Con el uso de la agenda escolar, hubo una necesidad de una planificación
relativamente avanzada por parte de la escuela, prediciendo situaciones en las que la
información podría perderse hasta llegar a las familias, como los casos en que la agenda no es
verificada por la persona a cargo en ese día escolar en particular.
El siguiente mensaje ilustra una situación en la que los familiares sabían de antemano
que al día siguiente no podían contar con la comunicación para varias aclaraciones
pertinentes:
Comunicado
Desfile Pedagógico
Mañana, 01/10/2020, no habrá servicio remoto, porque los profesores
estarán en formación.
(Transcripción del mensaje vía billete)
En contraste con el efecto de la agenda escolar, que comprendía una forma de
comunicación verticalizada, las cuestiones burocráticas ahora se resuelven de manera amplia
y colectiva, como se muestra en el fragmento de interacción realizado el 16/08/2021, en el
grupo de WhatsApp, contextualizando la información sobre el regreso híbrido a clases:
Grupo Familias de la Madre 2021
Familia 1 (10:33 h): "Buenos días me gustaría saber el día y la hora que
Gustavo do Maternal B estudiará"
Dirección (10:45 a.m.): Buenos días Eliene! Llámame en privado, por
favor".
Dirección (10:46h): "Pongamos aquí en el grupo, la mesa con el día y la hora
de cada niño"
Familia 2 (11:27 a.m.): "Me gustaría conocer a Gabriel para ir a la
guardería"
Familia 3 (11:58h): "Aquí está la madre de Angela Luana, puedo ir al
colegio mañana porque estoy sin mi móvil y el archivo de la declaración
para imprimir y enviar por correo electrónico como me pidió el director no
sé si podré hacerlo incluso hoy"
Dirección (13:04h): "Buenas tardes, Angela, puedes irte, mañana la escuela
estará abierta hasta las 16h".
El recurso audiovisual en el uso de la aplicación WhatsApp diversifica socialmente los
grupos: hubo casos de miembros analfabetos en las familias de los estudiantes. Las jerarquías
comienzan a coexistir (DUSSEL; CARDONA, 2021) debido a la presencia de interlocutores
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con mayores características de liderazgo en la familia institucional de los grupos que
enfrentan los temas pertinentes a la escolarización de los niños.
Respecto al año 2022, caracterizado por la asistencia 100% presencial de los alumnos:
Comunicado
¡Buenos días familias!
El recorrido con nuestros estudiantes a la feria de alimentos tuvo que
trasladarse a la próxima semana, el jueves 12 de mayo debido al pronóstico
del tiempo para marcar lluvia y frío.
(Transcripción del mensaje vía billete)
La agenda escolar no cayó en desuso y la comunicación inherente a esta propuesta de
actividad para niños fuera del entorno escolar fue organizada tanto por la agenda como por la
aplicación. La nota impresa quedó en la agenda para que la familia responsable autorizara (o
no) a través de firma física y la enviara de vuelta a la escuela.
Como la fecha se modificon anticipación de solo un día antes del evento, debido al
pronóstico del tiempo, la opción de una nueva fecha fue realizada por la gerencia a través de
la aplicación WhatsApp, lo que demuestra una mayor agilidad en los aspectos de organización
de propuestas pedagógicas diferenciadas en la escuela. El billete impreso firmado por las
familias estaba en posesión de la administración de la escuela, y no había necesidad de
devolverlo para una nueva autorización a través de la agenda.
Con "horizontalización" (DUSSEL; CARDONA, 2021) del proceso, el contenido
comunicado circula entre la Secretaría Municipal, la dirección del colegio y las familias. El
flujo comunicativo ya no está fraccionado y exige reconfiguraciones ordenadas de manera
objetiva y genérica para que se suponga que debe ajustarse a cada una de las realidades y
exactamente dialógicas a cualquiera de ellas.
En la abrupta transición entre el abandono (o uso secundario) de la agenda escolar y la
incorporación de WhatsApp, las implicaciones previamente definidas en la relación
comunicativa de la gestión escolar con cada realidad cultural familias, docentes y Secretaría
Municipal sufren mutaciones, ya que la comunicación pasa a formar parte del espacio
totalizador de la escuela, que, aunque no físico se convierte simultáneamente en colectivo.
En este punto, percibimos proximidad con el círculo de la cultura (FREIRE, 2020),
que concibe la misma propiedad antropológica de este espacio totalizador: se puede volver a
discutir lo unilateral, registrar el compromiso y profundizar el nivel de interacción.
El contexto antropológico en la analogía entre los grupos de WhatsApp y el método
freireano está determinado por una política, dado que los participantes ganan distancia para
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ver su experiencia inmediatamente presente. Estas situaciones están dirigidas dialógicamente
en el replanteamiento del proceso histórico de la cultura y también de la cultura alfabetizada
(FREIRE, 2020). Tanto en los grupos de WhatsApp como en los círculos culturales no puede
haber copia de palabras, sino expresión de juicios. En este movimiento está la
intersubjetivación de las conciencias: más densidad subjetiva gana el sujeto en estas
realidades culturales simultáneamente colectivas, que tienen como epifenómeno la cultura
alfabetizada, que "actualizando su reflejo virtual, encuentra en la palabra escrita una forma
más firme y definida de decirse, es decir, de existir en la praxis histórica". En este sentido, la
"cultura alfabetizada hace consciente a la cultura" (FREIRE, 2020, p. 25-27, nuestra
traducción).
Dussel y Cardona (2021) observan la coexistencia de jerarquías inherentes a la
horizontalización de los discursos. Para Freire (2020), la horizontalidad ocurre entre estas
narrativas, donde las jerarquías se disuelven. El mismo radical etimológico se refiere a un
significado democrático correspondiente a la desestabilización jerárquica en la declaración.
Desde la perspectiva de la cultura escolar, la investigación de los procesos
comunicativos en el uso de WhatsApp en el contexto de pandemia muestra que las
"herramientas discursivas" (FARIA FILHO et al., 2004, p. 152) evocan los factores que
sustentan la continuidad de situaciones oficialmente no aceptadas por una representatividad
ética y política.
Consideraciones finales
Se reconoció la imprecisión y el desacuerdo entre la legislación estatal y municipal
relacionada con la estandarización de la comunicación entre las escuelas y las familias. Sin
embargo, fue posible observar que la incorporación de la aplicación WhatsApp como soporte
de comunicación desde la suspensión hasta el restablecimiento presencial de clases provocó
mayor agilidad y eficiencia en el intercambio de mensajes y en la interacción entre las
culturas de la familia y la escuela, a diferencia de lo que ocurrsolo con el uso de la agenda
escolar. Con la inserción de WhatsApp, se destaca un estrechamiento en los procesos
subjetivos de estos grupos sociales en torno a las prácticas pedagógicas realizadas al servicio
de la promoción de la cultura de la infancia.
Es importante destacar que tanto las directrices contenidas en la legislación analizada
como los usos dados a WhatsApp en el ámbito de la educación infantil refuerzan la cultura
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escolar como un conjunto de normas y prácticas, como defiende Julia (2001), y que las
prácticas pueden traducirse de diferentes maneras o incluso ignorar/subvertir las normas.
Con la reanudación de las clases presenciales y la aparente permanencia/convivencia
de WhatsApp con la agenda escolar, surgen nuevas preguntas. Por ejemplo: ¿Cómo se
pensarán las prácticas de comunicación escuela-familia después de la pandemia? ¿Existe un
proceso de hibridación para acomodar en la educación de la primera infancia? ¿Cómo será la
educación escolar de los niños pequeños cuando la tasa de natalidad sea la más baja
pronosticada en los tiempos contemporáneos? En la parte posterior de estas y muchas otras
preguntas, "los contactos de WhatsApp eran esenciales para escuchar, tan necesarios para la
bienvenida emocional, la recuperación de la autoestima, el aliento, el deseo de aprender y el
fortalecimiento de la esperanza" (NERI, 2021, p. 164, nuestra traducción).
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Silvana LEONCIO; Zilda MESQUITA y Rafaela Silva RABELO
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023055, 2023. e-ISSN: 1982-5587
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CRediT Author Statement
Reconocimientos: No aplicable.
Financiación: No aplicable.
Conflictos de intereses: Sin conflictos de intereses.
Aprobación ética: No aplicable.
Disponibilidad de datos y material: No aplicable.
Contribuciones de los autores: Silvana Leoncio y Zilda Mesquita contribuyeron al
estudio documental, análisis y discusión de los datos y redacción del texto; Rafaela Silva
Rabelo contribuyó al análisis y discusión de los datos y redacción del texto.
Procesamiento y edición: Editora Iberoamericana de Educación - EIAE.
Corrección, formateo, normalización y traducción.
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023055, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.17218 1
THE USE OF WHATSAPP AS A COMMUNICATION SOURCE IN SCHOOLS AND
FAMILY INTERACTION IN CHILD EDUCATION AT THE TIME OF THE COVID-
19 PANDEMIC
A COMUNICAÇÃO VIA WHATSAPP NA INTERAÇÃO ESCOLA E FAMÍLIA NA
EDUCAÇÃO INFANTIL DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19
LA COMUNICACIÓN VÍA WHATSAPP EN LA INTERACCIÓN ESCUELA Y FAMILIA
EN LA EDUCACIÓN INFANTIL DURANTE LA PANDEMIA DEL COVID-19
Silvana LEONCIO1
e-mail: silvanaleoncio@yahoo.com.br
Zilda MESQUITA2
e-mail: zildamesquita.zm@gmail.com
Rafaela Silva RABELO3
e-mail: rafaelasilvarabelo@hotmail.com
How to reference this article:
LEONCIO, S.; MESQUITA, Z.; RABELO, S. R. The use of
WhatsApp as a communication source in schools and family
interaction in child education at the time of the COVID-19
pandemic. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação,
Araraquara, v. 18, n. 00, e023055, 2023. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.17218
| Submitted: 20/09/2022
| Revisions required: 25/01/2023
| Approved: 09/02/2023
| Published: 16/08/2023
Editor:
Prof. Dr. José Luís Bizelli
Deputy Executive Editor:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Ibirapuera University (UNIB), São Paulo SP Brazil. Master's student in the Graduate Program in Education.
2
Ibirapuera University (UNIB), São Paulo SP Brazil. Master's student in the Graduate Program in Education.
3
Federal University of Uberlândia (UFU), Uberlândia MG Brazil. Professor at the Faculty of Education
(FACED). Postdoctoral in History of Education (USP).
The use of WhatsApp as a communication source in schools and family interaction in child education at the time of the COVID-19 pandemic
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023055, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.17218 2
ABSTRACT: The context of the pandemic has modified communicative processes in early childhood
education. Starting from the experiences lived by the authors, this study aims to reflect on the adoption
of WhatsApp as communication support between schools and families during the suspension of face-
to-face classes and the resulting changes in practices. It is a qualitative analysis based on a documental
investigation of state and municipal legislation followed by participant observation in two public
schools in São Paulo and Diadema. The analysis of the results has as theoretical support the school
culture, based on authors such as Dominique Julia and Faria Filho. Imprecision and disagreement
between state and municipal legislation related to regulating communication between schools and
families were recognized. Incorporating the WhatsApp application as a communication support from
the suspension to the resumption of face-to-face classes led to greater agility and efficiency in
exchanging messages and in the interaction between the cultures of the family and the school. In this
immediate insertion of WhatsApp, there is a narrowing in the subjective processes of these social
groups around the pedagogical practices carried out in promoting childhood culture.
KEYWORDS: Pandemic. Communication. Child education. WhatsApp. School culture.
RESUMO: A pandemia modificou os processos comunicativos na educação infantil. Partindo das
experiências das autoras, este estudo objetiva refletir sobre a adoção do WhatsApp como suporte de
comunicação entre escola e famílias durante a suspensão das aulas presenciais e as mudanças das
práticas decorrentes. Trata-se de uma análise qualitativa com base em investigação documental da
legislação estadual e municipal seguida da observação participante em duas escolas públicas. A
análise dos resultados tem como aporte teórico a cultura escolar, fundamentada em autores como
Dominique Julia e Faria Filho. A incorporação do aplicativo WhatsApp como suporte de
comunicação desde a suspensão até o restabelecimento presencial das aulas ocasionou maior
eficiência na troca de mensagens e na interação entre as culturas da família e da escola. Nesta
imediata inserção do WhatsApp, destaca-se um estreitamento nos processos subjetivos desses grupos
sociais em torno das práticas pedagógicas realizadas a serviço da promoção da cultura da infância.
PALAVRAS-CHAVE: Pandemia. Comunicação. Educação infantil. WhatsApp. Cultura escolar.
RESUMEN: El contexto de la pandemia ha modificado los procesos comunicativos en la educación
infantil. A partir de las experiencias vividas por las autoras, este estudio tiene como objetivo
reflexionar sobre la adopción de WhatsApp como soporte de comunicación entre la escuela y las
familias durante la suspensión de las clases presenciales y los cambios de prácticas resultantes. Se
trata de un análisis cualitativo basado en la investigación documental de la legislación estatal y
municipal seguida de observación participante en dos escuelas públicas ubicadas en São Paulo y
Diadema. El análisis de los resultados tiene como soporte teórico la cultura escolar, a partir de
autores como Dominique Julia y Faria Filho. Se reconoció la imprecisión y discrepancia entre la
legislación estatal y municipal relacionada con la regulación de la comunicación entre escuelas y
familias. La incorporación de la aplicación WhatsApp como soporte de comunicación desde la
suspensión hasta la reanudación de las clases presenciales propició una mayor agilidad y eficiencia
en el intercambio de mensajes y en la interacción entre las culturas de la familia y la escuela. En esta
inserción inmediata de WhatsApp, se produce un estrechamiento en los procesos subjetivos de estos
grupos sociales en torno a las prácticas pedagógicas realizadas al servicio de la promocn de la
cultura infantil.
PALABRAS CLAVE: Pandemia. Comunicación. Educación infantil. WhatsApp. Cultura escolar.
Silvana LEONCIO; Zilda MESQUITA and Rafaela Silva RABELO
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023055, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.17218 3
Introduction
In early childhood education, notes via the school diary, phone calls, parent meetings
and festivities constitute routine forms of interaction between the school and the families.
Namely, the school diary plays a prominent role in this interaction. One of the factors that
stabilizes its adoption is the specificity of the service aimed at young children, from zero to
five years old, as well as because it is an expanded means within the reach of the family and
the community.
However, in the emergency context of the Covid-19 pandemic, education systems
needed to reorganize themselves in the legal provisions that regulate communication between
the school and families. Due to the changes resulting from the pandemic, the school diary
gave way to new communication tools, including the WhatsApp application, in the interaction
between school and families to meet the demands related to student learning and
development. In the case of the state of São Paulo, its Regional Boards of Education, on an
emergency basis, began to elaborate decrees and normative acts subsidized from the general
norms arising from the state system of the government for early childhood education.
Based on the experiences lived and practiced by the authors during the period of
suspension of face-to-face classes due to the pandemic, this article aims to reflect on the
adoption of WhatsApp as a support for communication between school and families in early
childhood education, replacing the school diary and changes in school practices in the context
of the health emergency.
The present study has as qualitative methods the documental investigation of the
municipal and state legislation and the participant observation in two public schools of
infantile education belonging respectively to the cities of São Paulo and Diadema. The
description and analysis of the results has as a theoretical-methodological contribution the
school culture, based on authors such as Julia (2001) and Faria Filho et al. (2004).
The articulation of the content of the legislation (decrees and guidelines issued by both
the São Paulo State Department of Education and the Regional Directorates during the
suspension of face-to-face activities) and the experiences lived by the authors in the adoption
of WhatsApp in the presented discussion is justified by the existing relationship between
norms and practices, as advocated by Julia (2001).
The first part of the article explains the theoretical-methodological approach, detailing
the sources and procedures for collecting and organizing data, as well as the relevance of the
notion of school culture in the analysis. Next, a brief survey of studies that discuss the impact
The use of WhatsApp as a communication source in schools and family interaction in child education at the time of the COVID-19 pandemic
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of the pandemic on education and the adoption of new technologies is presented. The
mapping of educational legislation and the main guidelines that enabled the insertion of new
technological tools during the pandemic are addressed in the third part. Finally, changes in
practices observed with the insertion of WhatsApp are discussed. The conclusion brings some
general considerations apprehended from this study, raising questions that remain open,
related to the resumption of face-to-face classes.
Theoretical-methodological approach
The discussion expressed in this article arose from the authors' observation of the
changes that occurred in the school routine, during the Covid-19 pandemic, in two public
early childhood education schools, located in the state of São Paulo in which they operate, one
in the city of São Paulo and the other in the municipality of Diadema.
The empirical experience to be reported from the descriptive approach of the
procedures of each of the two institutions in facing the pandemic subsidizes the reflection and
analysis of changes in school-family interaction practices portrayed in this article. Next, we
present a brief description of actions taken within the scope of the observed early childhood
education institutions, from which we will explain the theoretical-methodological approach.
The pedagogical schedule for the year 2020 started normally in schools. The necessary
structure for the progress of the school year was already established. The months of February
and March are characterized by being periods for children to adapt to the school routine in
kindergarten, even for those who attended the same institution in the previous year.
With the emergence of the Covid-19 pandemic in March, school management in the
state of São Paulo saw itself as the only segment to work in person at school, interacting with
families, through remote relationship channels (email, telephone, etc.) and at the back of the
Regional Boards of Education and the Secretary of State for Education, aiming at updating
students' records (SÃO PAULO, 2020a).
To meet the new demands, the communicative process underwent an inexorable
reorganization. Only the administrative management remained working on the school
premises for the restricted service linked to the pertinence of bureaucratic resolution of issues
that necessarily should be face-to-face.
At the school in São Paulo, a teacher was assigned to help exchange pedagogical and
bureaucratic information with families, exclusively through the WhatsApp application.
Silvana LEONCIO; Zilda MESQUITA and Rafaela Silva RABELO
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However, it is known that there were schools in the network where teachers maintained
WhatsApp groups with the families of students in their classes and others who restricted
communication solely through the digital study platform. In addition to the partnership with a
TV channel to increase the opportunity to access classes, the establishment of communication
with teachers and complementary digital content was made available to families through the
free educational platform. General access instructions for teachers and students' families were
made available on the website of the Department of Education portal. Teachers uploaded
digital content to the virtual environment of the platform periodically, which could be
accessed from computers or smartphones.
At the Diadema school in 2020, the model for organizing pedagogical interactions
focused on the scope between school management and the teaching team through WhatsApp
groups, which detailed guidelines on the training processes of teachers. In the following
semester, with the implementation of regular online activities for families, instructions for
carrying out these proposals were posted fortnightly by teachers on the education network
website, while management was responsible for interacting with families through WhatsApp
groups by segment or age group of children, to address both student registration updates and
pedagogical issues. In 2021, the Municipal Secretariat institutionalized a more expanded
communicative process between schools and the community. Each teacher, after taking over
the class, formed WhatsApp groups with the children's families to carry out the proposals,
accompanied by the school management team in order to validate the institutionalization of
teaching procedures.
As the mandatory return in person in early childhood education (BRASIL, 2020) was
at the discretion of the city halls, the year 2021 began with a gradual return in April in São
Paulo, with a third of the students in each classroom. In the month of July, the return was
characterized by the weekly rotation between two groups of one third of students per room.
The partial return of 50% of students occurred in October 2021. Attendance of 100% on-site
and full-time took place at the beginning of the 2022 school year.
In Diadema, early childhood education started 2021 with a face-to-face and gradual
return in August 2021, under an intercalation regime of one third of the children remaining in
the two-hour period on non-sequenced days throughout the week. In September, 50% of
students in each class attended in the morning and 50% in the afternoon. The total frequency
and face-to-face period in the municipality occurred in the 2nd school month of classes -
March 2022.
The use of WhatsApp as a communication source in schools and family interaction in child education at the time of the COVID-19 pandemic
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It is observed that even with the end of remote activities, the use of WhatsApp groups
remained together with the use of school diaries to support communication between schools
and families.
The time frame on which the discussion in this article focuses covers the beginning of
the suspension of classes, that is, March 2020, the year 2021, which configured a portion of
hybrid teaching, until March 2022, with the return of face-to-face all the students.
At first, a review of the literature related to the challenges and developments during
these two years of the pandemic was carried out on communication procedures between
schools and families, specifically in early childhood education and elementary school. With
the documentary survey of the legislation that regulated the communication between the
school and the family and with the observations of the authors during the period of remote
teaching, we analyzed the developments from the school culture (JULIA, 2001; FARIA et al.,
2004).
For Faria Filho et al. (2004), something that greatly instigates the study of school
cultures is the fact that it is articulated with other categories of recognized analytical potential,
including the adoption of discursive tools for a better intelligibility of the studies. These
categories that establish the school's culture, whether of gender, class, race, ethnicity, among
others, methodologically operationalize the investigation of actions of school subjects that
produce this culture.
According to the same authors, the notion of school culture in Brazil is the category
that seeks to question the schooling of society at a given time, as well as the various
intervening factors:
[...] the limits and possibilities and, finally, the social, cultural, political and
economic constraints set in motion, or imposed, above all on subordinate
groups, by the generalization of a school culture and, therefore, of writing in
Brazilian society (FARIA FILHO et al., 2004, p. 153, our translation).
In the investigative context of school practices that envisage interdisciplinarity in
methodological directions, anthropology (JULIA, 2001; FARIA FILHO et al., 2004) is one of
the areas that instrumentalizes the approximation with evidence of human culture in the
school field.
At each period in the history of education, it is up to the precise analysis of the
conflicting or peaceful relations of the cultures that are contemporary to it (JULIA, 2001); in
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this sense, the thematic approach to school culture in the pandemic period is inseparable from
the digital cultural approach.
Impacts of the Covid-19 pandemic on education and the use of new digital technologies
It was found that with the growing number of publications on the impacts of the
pandemic on education, new technologies were one of the most discussed topics. Therefore, it
is worth highlighting discussions that refer to the implications of the diversity that makes up
the Brazilian school public. The inequalities deepened by the pandemic show that even rich
countries like the United States and France had students out of reach of school (FRANCO et
al., 2020).
One of the concerns arising from these impacts is that the 'virtual school' will
eliminate the physical school and that technologies will replace pedagogy (NÓVOA; ALVIM,
2021). According to the same authors, there are sectors that defend distance education through
homeschooling and others that believe that teaching at home does not replace the function of
the school, but complements it. Western Europe, long before the shutdown, already had
experience using the internet.
In Brazil, specifically in the state of São Paulo, families and schools needed to deal
with the lack of socioeconomic resources. In the first three months approximately, the schools
were guided by the Municipal Departments of Education in the procedure for distributing
basic food baskets and later the families received value cards that would subsidize the basic
food of the most vulnerable students in this regard (BRASIL, 2020).
The lack of media resources and internet access in schools and in family environments
is also one of the main obstacles in Basic Education (FRANCO et al., 2020; BORGES et al.,
2021; ANJOS; FRANCISCO, 2021).
The public communication system has insufficient conditions to serve the entire
population. In the year 2020, Franco et al. (2020) published the execution of a strategy that
aimed to multiply the interventions developed for Media Literacy of teachers in three schools
in the Federal District, through debates and training on the use of information and
communication technologies and the mobilization of contents. The researchers found that
these training workshops contributed to the conceptual understanding of the professors and
point to the need to maintain activities continuously between managers, professors and
students, not only in conceptual notions but also in the field of ethics related to these uses.
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However, the most latent problems of the crisis are still quality internet access and the
lack of electronic equipment (FRANCO et al., 2020; BORGES et al., 2021), given that
teaching and learning in the crisis depended exclusively on the use of these digital resources,
both by families and schools.
With regard to the digital ecosystem, the influence of algorithms requires attention due
to research in the school environment, given that students are exposed to all types of content,
requiring, for this, the construction and strengthening of digital school communication
strategies (FRANCO et al., 2020).
The modality of distance education provided for in emergency cases by the National
Education Guidelines and Bases Law (LDB) (PEREIRA; NARDUCHI; MIRANDA, 2020;
BORGES et al., 2021) came up against the lack of guidelines and directives in the political-
administrative sphere in the country.
In the analysis of how the implementation of remote teaching for students targeting
special education (APAEE) (44% of the total number of students in the schools surveyed) and
interaction with parents, the use of the WhatsApp application represented 93% in
communication between families and schools during social isolation. Regardless of the
approach to reasons given by teachers and families, both suggest a more refined dialogue
directed to pedagogical guidelines in order to consolidate communication (BORGES et al.,
2021).
The research by Franco et al. (2020) describes initiatives designed and implemented
by public school teachers and managers to maintain communication with their school
community. One of them was the adoption of holistic content, such as mental and physical
health in the challenge of strengthening the student's sense of belonging in the school
community.
Lectures, conversation circles, short courses in the face of these gaps, as well as
partnerships in claim processes with government authorities are cited as alternatives in
interacting with families, given that the lack of digital tools is one of the factors that most
influence the communicative failure between the institution and families (BORGES et al.,
2021).
In Mexico City, research with an anthropological approach to teaching work and the
concept of citizenship (DUSSEL; CARDONA, 2021) investigated the formation of
WhatsApp groups between school management and teachers in two institutions (one of which
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is privately operated and the other public). We tried to find out if there was any movement to
replace old school hierarchies.
The authors highlight from these new conditions of participation a process of
horizontalization of discourses and mobilization of positions in the coexistence of hierarchies:
Greater autonomy, but also greater risk of fragmentation and endogamy,
greater risk of homogenization or standardization due to the growing
presence of very powerful cultural industries, more possibilities for citizen
control 'from below', with the possibility of horizontally producing and
disseminating messages and decentralized; more informality and carnival
participation, with weaker messages and less capacity for political
articulation (DUSSEL; CARDONA, 2021, p. 4, our translation).
The effects of digitization on civic habits and their tensions and contradictions
demonstrate that although these new leaders emerged, there was no effective political-
pedagogical debate or articulation, revealing a citizenship with limited or insufficient
characteristics (DUSSEL; CARDONA, 2021).
For Franco et al. (2020, p. 53, our translation), even broadcasting programs “do not
dispense with interpersonal communication between student and teacher, the basic principle
of education and communication: speech and writing.”.
Currently, with the WhatsApp application widespread among the population, it, which
had already been gradually being propagated within the scope of the school, in the pandemic
tended to become established. The school diary represented an essential tool and becomes
secondary or even in disuse in supporting communication between management and families
in early childhood education. Being, therefore, the most used communication instrument in
early childhood education, it marks the starting point of this reflection.
The object represents (or represented) a carrier of information typical of the daily life
of early childhood education, exclusively because the stage requires a specific communicative
process that is divided between caring and educating, a symbiosis inherent in the education of
young children. It mobilized punctualities about the student, various information pertinent to
the child's school and home life, thus meeting the individual contact between the school and
the families. However, another communication support should be instituted on an emergency
basis with the arrival of the health crisis.
WhatsApp started to perform the current mediating function of communication
between the school and the families. The application is inserted as a multiplier resource of
communicative segmentations between the different cultural groups of the school.
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From the new communicative process of the school resulting from Covid-19, the
phenomenon of historical segregation between school and family is evident (NÓVOA;
ALVIM, 2021).
The legislative basis in the communication between school management and families
During the emergency situation, the Regional Boards of Education approved various
decrees to adjust the adoption of health protocols in schools (SÃO PAULO, 2022b). In this
way, an attempt was made to describe the trajectory of these regulations, following the
constant changes and amendments resulting from the monitoring of the greatest moment of
the health crisis, which corresponds to the period between March 2020 and March 2022, when
the 100% attendance return in early childhood education occurs in the observed schools.
In the state of São Paulo, with the advance of the pandemic in early 2020, the
suspension of face-to-face activities gradually occurred in March, so that there was time for
families to organize themselves as to where their children would stay during the adult
workday. One of the only confirmed information about the virus was its high degree of
contamination and mortality.
The government followed guidelines from the World Health Organization (WHO)
and, together with the State Department of Health, prepared guidelines adjusted to public
policies to combat the virus, which provided for the adoption of temporary and emergency
measures to prevent contagion by COVID-19 and adoption gradual suspension of Basic
Education and Higher Education classes in the period between March 16 and 23 (Decree No.
64.862, of March 13, 2020) (SÃO PAULO, 2020c).
In order to guide decision-making, the State Council of Education of São Paulo
published Deliberation CEE 177/2020 in the official state gazette (DOSP), dealing with the
rules for the reorganization of school calendars in São Paulo. In this document, actions were
foreseen for early childhood education, having as one of the premises “to use, for the
programming of mandatory school activities, all available resources, from printed guidelines
with texts, directed study and evaluations sent to students/family, as well as other means
different remotes” (SÃO PAULO, 2020d).
Faced with the specificities of the development of babies and children in kindergarten,
the document emphasizes the use of a possible period of activities and meetings between
professionals and families/guardians, emphasizing the care for babies and children, with
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experiences that guarantee the rights to learning and development provided for in the National
Common Curricular Base (BNCC) (SÃO PAULO, 2020d).
The City Hall of São Paulo, through Normative Instruction/SME nº. 13, of
03/19/2020, established the anticipation of the July school recess to March 23 to April 9 of
that year (SÃO PAULO, 2020e). In the city, a few units or service centers were established
for children from 0 to 3 years old, whose parents were summoned to act in the fight against
Covid-19, especially in the areas of health, safety, social assistance and funeral service, in five
addresses located in different regions of São Paulo.
Following state guidelines, on 03/20/2022, the same city hall also published Decree
no. 59.283/20 (SÃO PAULO, 2022a). Article 16 establishes to the Municipal Secretary of
Education that:
I - Train teachers to act as students' advisors regarding the precautions to be
taken in order to prevent the disease;
II - Carry out an orientation task force for guardians and students;
III - Seek alternatives for providing food to students;
IV - Promote the gradual interruption of classes in the public education
network, with guidance from parents and students about COVID-19 and
preventive measures;
V - Advise schools in the private education network to adopt the same
procedure established in the previous item;
VI - Adopt measures aimed at implementing distance learning (SÃO
PAULO, 2020b, our translation).
In Diadema, through Ordinance no. 3, of April 6, 2020, the Municipal Secretary of
Education, together with its school units, determined the recess for the fortnight
corresponding to the period from April 8 to 23, 2020. Sanitary protocols and subjective
conditions of families were prioritized, and the strategy adopted by the municipality of
Diadema, through the Normative Act of 06/22/2021, was to try to establish “permanent
dialogue between schools and students’ families and an active search for those whose
dialogue was not possible by telephone”, in order to “to provide moments of listening,
strengthen ties and encourage activities that go beyond technologies” (NERI, 2021).
For the document, the use of digital communication channels becomes an official
resource for interaction between school team members, provided that it is institutionalized,
through the mediation of managers, for guidance, organization, planning and execution of
related tasks to the needs and purposes of Education (DIADEMA, 2020).
The use of WhatsApp as a communication source in schools and family interaction in child education at the time of the COVID-19 pandemic
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Communication via the WhatsApp application had its institutional validity established
through the participation of school management in interaction groups between teachers and
families:
In the WhatsApp groups of each School Unit, the proposals will be made
available to families. It is up to the teacher to maintain contact/actively
participate in this group to detail and support the experience of the proposals
(NERI, 2021, our translation).
At the same time, it was directed to the management teams of each institution that
maintained during the hybrid return “the scale of students per class in a visible place in the
external area of the school and in the WhatsApp parent groups” (DIADEMA, 2012, our
translation).
The premise adopted in the state of São Paulo for normative regulation took place in a
generic way regarding the type of communicative resource to be adopted by schools. The
proposition is also indeterminate and maintains the same cessation inherent to the State Law
in the Decree of the city of São Paulo by the Boards of Education, when referring to the
adoption of measures for the “operationalization of distance learning” (Paragraph VI, article
16 of the Decree No. 59.283).
The communicative process between school management and families via WhatsApp
In the two institutions surveyed, the use of WhatsApp was mediated by different
school actors. In the capital, a teacher was assigned to conduct both bureaucratic and
pedagogical interaction between schools and families. In the municipality of Diadema, the
management trio (principal, vice-principal and pedagogical coordinator) mediated
communication between groups of families to deal with all matters pertaining to the children's
school life.
The analysis is contextualized in the initial period of remote activities, when one of the
procedures was the distribution of food baskets to schools for the most vulnerable families in
March 2020. It continues in 2021 with the implementation of the hybrid learning model and
the observation ends with the full face-to-face return at the beginning of 2022.
The aspects that occurred most frequently in the communicative management with
families were: dissent regarding conventional times for sending messages by families;
expansion in obtaining a participatory voice by families; agility of access to the
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communication by the interlocutor; the school diary did not fall into disuse with the
resumption of face-to-face classes.
At the beginning of the separation, one of the first resolutions to be discussed between
the family and the school was the organization of the provision of food products at the
institution:
Dear Families,
Please fill out this form and send it by 05/18/2020 so that we can inform you
of the number of food kits that the school must request from the Department
of Education.
Note: Each student will be entitled to 1 kit, so if the family has 2 children in
the day care center, they will receive 2 kits.
[access link omitted]
(Transcribed message from the diary)
The “horizontalization” (DUSSEL; CARDONA, 2021, p. 3) of information shared
between groups presents problems such as time extrapolation and the search for resolution of
doubts separately from the group's collectivity. Parents and/or guardians of the children often
look for answers as soon as their demands appear, at the same time that the school is an
institution that has necessarily disciplined timetables. For Borges et al. (2021), it is also
necessary to consider the high number of messages that teachers receive from family
members, which may impair the management of periods set aside to interact with families or
the quality of information exchange. According to Franco et al. (2021), the use of the
WhatsApp application still causes controversy among teachers due to factors such as the type
of content that students could post, as well as the wide availability of their personal contact.
According to Julia (2001, p. 11, our translation):
By school culture, it is also convenient to understand, when this is possible,
children's cultures (in the anthropological sense of the term), which develop
in playgrounds and the distance they present in relation to family cultures.
The incorporation of WhatsApp in place of the diary suggests an instrument for
reflection as an increase in the scope of children's culture, not in the distance, but in the daily
life of their family experiences. The resources for video calls, filming, and audio transmission
allow the expansion of different original perspectives even in the intimate family
environment.
The issues of social inequality (FRANCO et al., 2020; BORGES et al., 2021; ANJOS;
FRANCISCO, 2021) are ideologically evident in the aforementioned note, demonstrating that
The use of WhatsApp as a communication source in schools and family interaction in child education at the time of the COVID-19 pandemic
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the school, when sending the electronic form, started from the assumption that at least one
family member has a basic command of digital culture.
The exercise of citizenship (DUSSEL; CARDONA, 2021, p. 1) and ethics are
punctual elements among the discussions inherent to the use of online groups in school
contexts. The agility and range with which information is exchanged via the application are
incomparable to the use of the diary. However, if, on the one hand, state legislation has
standardized communication between the school and families, on the other hand, the
incorporation of the application is directed only in the guideline of the municipality of
Diadema. However, in both schools it appears that the management goes through vulnerable
moments regarding the organization and establishment of communication through the
application to serve families and teachers through remote activities, both in Diadema due to
the prevalence of lack of resources and the lack of specificity of guideline regulating the use
of the application in the capital São Paulo.
Obtaining a voice now by families is equal from the hierarchical point of view in the
groups, which starts to demand greater handling of the functioning of school management,
given that, given the abrupt change in the communicative process, no one was instructed or
educated for the new situation.
With the adoption of WhatsApp to replace the diary, information is shared more
efficiently in the daily life of the groups, such as a scheduled school day when there is no
online service by teachers to families.
With the use of the school diary, there was a need for relatively early planning by the
school, anticipating situations in which information could be lost until it reached the families,
such as cases where the diary is not checked by the person in charge on that particular school
day.
The following message illustrates a situation in which the family members knew in
advance that on the following day they would not be able to count on communication for
various pertinent clarifications:
Announcement
Pedagogical stop
Tomorrow, 10/01/2020, there will be no remote assistance, as teachers will
be in training.
(Transcribed Message from the diary)
In contrast to the effect of the school diary, which made up a vertical form of
communication, bureaucratic matters are now resolved in a broad and collective way, as
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shown by the fragment of interaction carried out on 08/16/2021, in the WhatsApp group,
contextualizing information about the hybrid return to school:
Group - Maternal Families 2021
Family 1(10:33 am): “Good morning, I would like to know the day and time
that Gustavo from Maternal B is going to study
Principal (10:45h): “Good morning, Eliene! Call me privately, please”
Principal (10:46h): “Let's put here in the group, the table with the day and
time of each child”
Family 2 (11:27h): “I would like to know Gabriel to go to daycare”
Family 3 (11:58 am): “This is Angela, Luana's mother, I can go to school
tomorrow because I don't have my cell phone and the declaration file to print
and send by email as the director asked me, I don't know if I'll be able to do
it yet today"
Principal (13:04h): “Good afternoon, Angela, you can go, tomorrow the
school will be open until 16h”.
The audiovisual resource in the use of the WhatsApp application diversifies the groups
socially: there were cases of illiterate members in the students' families. Hierarchies begin to
coexist (DUSSEL; CARDONA, 2021) due to the presence of interlocutors with greater
leadership characteristics in the family institution of/in the groups in relation to matters
related to children's schooling.
With regard to the year 2022, characterized by 100% on-site attendance by students:
Announcement
Good morning, Families!
The trip with our students to the food fair had to be transferred to the next
week, on Thursday, May 12th, due to the forecast of rain and cold weather.
(Transcribed Message from the diary)
The school diary did not fall into disuse and the communication inherent to this
proposed activity for children outside the school environment was organized both by the diary
and by the application. The printed note remained on the diary for the family responsible to
authorize (or not) via physical signature and send it back to the school.
As the date was changed just one day before the event, due to the weather forecast, the
option for a new date was made by the management via the WhatsApp application, which
demonstrates greater agility in the aspects of organizing differentiated pedagogical proposals
in the school. The printed note signed by the families was in the possession of the school
management, with no need to resend it for new authorization via the diary.
With the “horizontalization” (DUSSEL; CARDONA, 2021) of the process, the
communicated content circulates between the Municipal Secretariat, school management and
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families. The communicative flow is no longer fractioned and demands reconfigurations
ordered in an objective and generic way so that it is supposedly adjusted to each of the
realities and exactly dialogical to any of them.
In the abrupt transition between the abandonment (or secondary use) of the school
diary and the incorporation of WhatsApp, the implications previously defined in the
communicative relationship of school management with each cultural reality families,
teachers and the Municipal Secretariat suffer mutations, since the communication becomes
part of the totalizing space of the school, which, although not being physical, becomes
collective at the same time.
At this point, we perceive proximity with the culture circle (FREIRE, 2020), which
conceives the same anthropological property of this totalizing space: the unilateral can be
discussed again, the commitment endorsed and the level of interaction deepened.
Freirean method is determined by a policy, given that participants gain distance to see
their immediately present experience. These lived situations are dialogically objectified in the
rethinking of the historical process of culture and, also, of literate culture (FREIRE, 2020).
Both in WhatsApp groups and in culture circles, there cannot be copying of words, but
expression of judgments. In this movement, there is the intersubjectivation of consciences
more subjective density gains the subject in these simultaneously collective cultural realities,
which have literate culture as an epiphenomenon, which “updating its virtual reflection, finds
in the written word a firmer and more defined way of saying if, that is, to exist in historical
praxis”. In this sense, “literate culture makes culture aware” (FREIRE, 2020, p. 25-27, our
translation).
Dussel and Cardona (2021) observe the coexistence of hierarchies inherent to the
horizontalization of discourses. For Freire (2020), there is a horizontality between these
narratives, where hierarchies dissolve. The same etymological radical refers to a democratic
sense corresponding to the hierarchical destabilization in the statement.
From the perspective of school culture, the investigation of the communicative
processes in the use of WhatsApp in the pandemic context shows that the “discursive tools”
(FARIA FILHO et al., 2004, p. 152) evoke the factors that sustain the continuity of officially
unacceptable situations for ethical and political representation.
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Final remarks
Imprecision and disagreement between state and municipal legislation related to the
regulation of communication between schools and families was recognized. However, it was
possible to observe that the incorporation of the WhatsApp application as a communication
support from the suspension to the resumption of face-to-face classes led to greater agility and
efficiency in the exchange of messages and in the interaction between the cultures of the
family and the school, contrary to what happened just using the school diary. With the
insertion of WhatsApp, there is a narrowing of the subjective processes of these social groups
around the pedagogical practices carried out in the service of promoting childhood culture.
It is important to highlight that both the guidelines contained in the analyzed
legislation and the uses given to WhatsApp in the context of early childhood education
reinforce the school culture as a set of norms and practices, as defended by Julia (2001), and
that practices can translate in different ways or even ignore/subvert the norms.
With the resumption of face-to-face classes and the apparent permanence/coexistence
of WhatsApp with the school diary, new questions arise. For example: How will
communication practices between schools and families be designed after the pandemic? Is
there a hybridization process to accommodate in early childhood education? What will the
school education of young children be like when the birth rate forecast is the lowest in
contemporary times? Behind these and many other questions, “contacts via WhatsApp were
essential for listening, which is so necessary for emotional acceptance, restoring self-esteem,
encouraging the desire to learn and strengthening hope” (NERI, 2021, p. 164, our translation).
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CRediT Author Statement
Acknowledgments: Not applicable.
Financing: Not applicable.
Conflicts of interest: There are no conflicts of interest.
Ethical approval: Not applicable.
Availability of data and material: Not applicable.
Authors' contributions: Silvana Leoncio and Zilda Mesquita contributed to the
documentary survey, analysis and discussion of data and writing of the text; Rafaela Silva
Rabelo contributed to the analysis and discussion of data and writing of the text.
Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.
Proofreading, formatting, normalization and translation.