image/svg+xml
Acessibilidade e inclusão: Estratégias de educação inclusiva da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, out./dez. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2857
ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO: ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA
DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA (UFSM)
ACCESIBILIDAD E INCLUSIÓN: ESTRATEGIAS DE EDUCACIÓN INCLUSIVA DE
LA UNIVERSIDAD FEDERAL DE SANTA MARIA (UFSM)
ACCESSIBILITY AND INCLUSION: INCLUSIVE EDUCATION STRATEGIES AT
THE FEDERAL UNIVERSITY OF SANTA MARIA (UFSM)
Fabiane Adela Tonetto COSTAS
1
Fabiane Vanessa BREITENBACH
2
Sabrina Fernandes de CASTRO
3
RESUMO
:
Diante do cenário normativo e da ampliação do número de pessoas com deficiência
acessando a universidade, necessita-se refletir sobre oportunidades de melhoria, visando a
tomada de decisões que qualifiquem a participação e a aprendizagem. Assim, realizou-se a
aplicação do Índice de Inclusão no Ensino Superior - INES junto a 37 estudantes com
deficiência e/ou necessidades educacionais especiais da UFSM, cujas respostas foram coletadas
a partir da Escala Lickert, analisadas descritivamente, construindo-se a matriz de
semaforização. Revelaram-se como pontos fortes: a existência de políticas que minimizam as
barreiras para aprendizagem e participação dos estudantes, programas que prezam pelo bem-
estar dos acadêmicos, instalações e infraestrutura condizentes à educação inclusiva; e como
pontos a melhorar: processos de identificação e caracterização dos estudantes com deficiência,
maior incentivo à mobilidade docente e estudantil em âmbito nacional e internacional. A
aplicação do Índice possibilitou a percepção das ações que essa Universidade desenvolve, seus
pontos fortes, e a identificação de situações para aperfeiçoamento.
PALAVRAS-CHAVES
: Educação especial. Ensino superior. INES. Acessibilidade.
RESUMEN
:
Dado el escenario normativo y la ampliación del número de personas con
discapacidad que acceden a la universidad, es necesario reflexionar sobre las oportunidades
de mejora, apuntando a la toma de decisiones que califiquen la participación y el aprendizaje.
Así, se realizó el Índice de Inclusión en Educación Superior - INES con 37 estudiantes con
discapacidad y/o necesidades educativas especiales de la UFSM, cuyas respuestas fueron
recogidas de la Escala Lickert, analizado descriptivamente, construyendo la matriz de
semaforización. Demostraron ser fortalezas: la existencia de políticas que minimicen las
barreras al aprendizaje y la participación estudiantil, programas que valoren el bienestar de
1
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria – RS – Brasil. Professora titular do Departamento
de Fundamentos da Educação. Doutora em Educação (UFRGS). Estágio Pós-doutoral (UMinho/Portugal).
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3698-2782. E-mail: fabiane.costas@ufsm.br
2
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria – RS – Brasil. Técnica em Assuntos Educacionais,
Núcleo de Acessibilidade. Doutorado em Educação (UFSM). ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6163-8225. E-
mail: fabiane.breitenbach@gmail.com
3
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria – RS – Brasil. Professora adjunta do Departamento
de Educação Especial. Doutorado em Educação Especial (UFSCar). Estágio pós-doutoral em Educação Especial
(UFSCar). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2204-6136. E-mail: sabrinafcastro@gmail.com
image/svg+xml
Fabiane Adela Tonetto COSTAS; Fabiane Vanessa BREITENBACH e Sabrina Fernandes de CASTRO
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, out./dez. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2858
los académicos, instalaciones e infraestructura consistentes con la educación inclusiva; y como
puntos a mejorar: procesos de identificación y caracterización de estudiantes con
discapacidad, mayor incentivo a la movilidad docente y estudiantil a nivel nacional e
internacional. La aplicación del Índice permitió la percepción de las acciones que desarrolla
esta Universidad, sus fortalezas, y la identificación de situaciones de mejora.
PALABRAS CLAVE
:
Educación especial. Enseñanza superior. INES.
Accesibilidad.
ABSTRACT
:
Given the normative scenario and the increase in the number of people with
disabilities accessing the university, it is necessary to reflect on opportunities for improvement,
aiming at making decisions that qualify participation and learning. Thus, the Index of Inclusion
in Higher Education – INES in the Portuguese acronym - was applied to 37 students with
disabilities and/or special educational needs from UFSM, whose answers were collected from
the Lickert Scale, analyzed descriptively, building the semaphores matrix. It was revealed as
strong points: the existence of policies that minimize the barriers for learning and participation
of students, programs that value the well-being of academics, facilities and infrastructure
consistent with inclusive education; and as points for improvement: processes of identification
and characterization of students with disabilities, greater incentive to faculty and student
mobility in national and international levels. The application of the Index allowed the
perception of the actions that this University develops, its strengths, and the identification of
situations for improvement.
KEYWORDS
:
Special education. Higher education. INES. Accessibility.
Introdução
Este artigo tem como objetivo apresentar e analisar os resultados advindos da aplicação
do instrumento denominado Índice de Inclusão no Ensino Superior (INES), na Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM). O Índice foi elaborado por Carrillo e Aristizabal (2017) na
cidade de Bogotá, Colômbia, e normatizado pelo Decreto 1421/2017 do Ministério de
Educación Nacional – MEN de Colombia por el cual se reglamenta en el marco de la educación
inclusiva la atención educativa a la población con discapacidad. Seu objetivo é fomentar a
educação de qualidade, promovendo estratégias de educação inclusiva dentro das Instituições
de Ensino Superior (IES), como parte central da política institucional.
O INES
4
é uma ferramenta que permite às instituições de ensino superior identificar
como se encontram em relação a atenção à diversidade, analisando seus pontos fortes e
oportunidades de melhoria, possibilitando tomar decisões que qualificam a aprendizagem, a
4
Este instrumento foi traduzido e adaptado para as realidades das universidades brasileiras, argentinas e uruguaias,
que compõem a pesquisa supracitada, em um processo que se desenrolou em seis fases e durante seis meses (2018-
2019). A descrição detalhada se encontra na tese de doutorado de LOUZADA (2022).
image/svg+xml
Acessibilidade e inclusão: Estratégias de educação inclusiva da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, out./dez. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2859
participação e a cooperação da comunidade. O Índice baseia-se no conceito de inclusão de
Booth e Ainscow (2000, p. 06), segundo o qual “a inclusão é um conjunto de processos que
visam aumentar a participação dos alunos na cultura, nos currículos e nas comunidades”.
De forma antecedente, no cenário brasileiro, a garantia do direito à Educação é cláusula
pétrea da Constituição Federal brasileira desde sua promulgação no ano de 1988, visto que em
seu Art. 205 determina que “a educação, passa a ser um direito de todos e dever do Estado e da
família, em colaboração com a sociedade” (BRASIL, 1988), com vistas ao desenvolvimento
integral da pessoa, “seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho
”
(BRASIL, 1988). No Art. 206 está preconizado de que forma o ensino ocorrerá em
“igualdade de condições para o acesso e permanência na escola
”
(BRASIL, 1988)
.
E
,
no Art.
208, há o detalhamento da relação de dever entre o Estado para com a Educação das pessoas
com deficiência, a qual se efetivará por meio de “atendimento educacional especializado aos
portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino”. (BRASIL, 1988,)
Porém, ainda que houvesse o compromisso explícito de ser a educação das pessoas com
deficiência um dever do estado, a presença de pessoas com deficiência na Educação Superior
passa a ser normatizada apenas 27 anos depois, pela Lei 13.146/2015, a “Lei Brasileira de
Inclusão”, que em seu Art. 27. determina ser a educação um:
[...] direito da pessoa com deficiência, em um sistema educacional inclusivo
em todos os níveis e aprendizado
ao longo de toda a vida, visando obter o
máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas,
sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e
necessidades de aprendizagem (BRASIL 2015, p. 19, grifo das autoras).
Nas universidades federais o acesso das pessoas com deficiência foi garantido
legalmente a partir da Lei 13.409/2016 (BRASIL, 2016), que alterou a Lei 12.711/2012
(BRASIL, 2012), a qual é conhecida como “Lei de Cotas”. Seu Artigo 3º preconiza que:
Em cada instituição federal de ensino superior, as vagas de que trata o art. 1o
desta Lei serão preenchidas, por curso e turno, por autodeclarados pretos,
pardos e indígenas
e por pessoas com deficiência
, nos termos da legislação,
em proporção ao total de vagas no mínimo igual à proporção respectiva de
pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência na população da unidade
da Federação onde está instalada a instituição, segundo o último censo da
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE” (BRASIL,
2016, grifo das autoras).
No entanto, anteriormente à promulgação dessas legislações, algumas universidades
federais, por meio de resoluções e normativas internas, asseguravam o acesso das pessoas com
image/svg+xml
Fabiane Adela Tonetto COSTAS; Fabiane Vanessa BREITENBACH e Sabrina Fernandes de CASTRO
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, out./dez. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2860
deficiência, fosse por determinado percentual ou por cotas (CARRIERI, 2012). Mais
precisamente, até o ano de 2012, oito universidades federais já previam como ação afirmativa
a reserva de vagas para pessoas com deficiência e/ou necessidades educacionais especiais
(CARRIERI, 2012): uma delas foi a Universidade Federal de Santa Maria.
A UFSM, balizada pela Resolução 011/2007, desde o ano de 2007 previa 5% das vagas
de cada curso de graduação para pessoas com necessidades educacionais especiais. Entretanto,
a partir da Lei 13.409/2016 (BRASIL, 2016), a UFSM adequou seus processos seletivos de
ingresso, passando a contemplar as seguintes situações: candidatos(as) com deficiência e que
tenham cursado integralmente o Ensino Médio em escolas públicas, com renda bruta familiar
por pessoa igual ou inferior a 1,5 salário mínimo; candidatos(as) com deficiência e que tenham
cursado integralmente o Ensino Médio em escolas públicas, com renda bruta familiar por pessoa
igual ou inferior a 1,5 salário mínimo, autodeclarados pretos, pardos ou indígenas;
candidatos(as) com deficiência e que tenham cursado integralmente o Ensino Médio em escolas
públicas, com renda bruta familiar por pessoa superior a 1,5 salário mínimo; candidatos(as)
com deficiência e que tenham cursado integralmente o Ensino Médio em escolas públicas, com
renda bruta familiar por pessoa superior a 1,5 salário mínimo, autodeclarados pretos, pardos ou
indígenas.
Com essa adequação dos processos seletivos da UFSM à legislação federal, identificou-
se que as pessoas com deficiência que não haviam cursado o Ensino Médio em escolas públicas
não eram contempladas pela política de reserva de vagas. Assim, no ano de 2018, a UFSM
instituiu a Resolução 02/2018, que passa a regular as formas de ingresso nos cursos de
graduação e ações afirmativas correlatas na UFSM. Essa nova resolução também cria processos
seletivos específicos para ingresso nos cursos de graduação, sendo um deles específico para
pessoas com deficiência, tendo o objetivo de complementar a faixa não abrangida pela Lei
12.711/2012 (alterada pela Lei 13. 409/2016), ofertando vagas suplementares no percentual de
até 5% de vagas/ano do número total de vagas ofertadas em cada Curso de Graduação da UFSM
(UFSM, 2018).
Tendo em vista o cenário normativo já referido e a ampliação do número de pessoas
com deficiência que estão acessando a Universidade (BRASIL, 2020), desde o ano de 2019
universidades do Brasil, Argentina e Uruguai vem desenvolvendo pesquisas que envolvem o
acesso e a permanência de estudantes com deficiência na Educação Superior, a partir de um
Projeto intitulado “Acessibilidade e Inclusão em contextos universitários diferenciados”. Essa
pesquisa tem por finalidade traçar um panorama das culturas, políticas e práticas educacionais
inclusivas direcionadas a estudantes com deficiência, em universidades públicas de países da
image/svg+xml
Acessibilidade e inclusão: Estratégias de educação inclusiva da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, out./dez. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2861
América Latina – Brasil, Argentina e Uruguai. Provém das ações da Rede de Pesquisa
“Acessibilidade no ensino superior” (OBEDUC/CAPES), coordenado pela professora Sandra
Eli Sartoreto de Oliveira Martins, e conta com a participação de pesquisadores que atuam no
Comitê Acadêmico de Discapacidad y Accesibilidad/Associação do Grupo de Universidades
de Montevideo (CAAyD AUGM) e na Red Interuniversitaria Latinoamericana y del Caribe
sobre Discapacidad y Directos Humanos/UNPL – Argentina.
Assim, esse artigo apresenta os resultados advindos da aplicação do INES na UFSM,
evidenciando, também, o processo metodológico para sua coleta, as ações que essa
Universidade desenvolve, seus pontos fortes, e identificando oportunidades de melhoria.
Metodologia
A pesquisa em rede foi desenvolvida em quatro etapas. A primeira abrangeu processo
de caracterização do perfil dos estudantes com deficiência por intermédio de dados censitários
disponíveis no sistema de matrícula da Instituição. A segunda e terceira etapas compreenderam
a adaptação e aplicação de questões balizadoras presentes no Índice de Inclusão para o Ensino
Superior (INES). Trata-se de um instrumento que tem por finalidade auxiliar na identificação
de barreiras de acessibilidade no Ensino Superior. Esta se desenvolveu em três momentos
distintos; a saber: a) envio dos INES para tradução de profissionais da área educação especial;
b) adaptação do Questionário e das questões norteadoras do INES pelo grupo de coordenadores
das IES e c) aplicação do Questionário à amostra do estudo.
A quarta e última etapa, que está sendo tratada neste artigo, refere-se ao tratamento e
análise dos dados recolhidos que qualificam o perfil e as condições de acessibilidade sob o
ponto de vista de universitários com deficiência matriculados nos cursos de graduação da
UFSM.
O tratamento de dados do Questionário se efetivou pelo uso da técnica de distribuição
dos valores atribuídos para mensuração na escala tipo
Likert
, sendo submetida a tratamento
descritivo, onde calculou-se a média das pontuações dos estudantes e construiu-se a matriz de
semaforização (GOYENECHE; RUIZ, 2021) demonstrada a seguir.
image/svg+xml
Fabiane Adela Tonetto COSTAS; Fabiane Vanessa BREITENBACH e Sabrina Fernandes de CASTRO
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, out./dez. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2862
Tabela 1 –
Matriz de semaforização do INES
Fonte: Goyeneche e Ruiz (2021)
Na matriz de semaforização, leva-se em consideração os valores: vermelho: menos de
60%, amarelo: entre 60% e 80%, e verde: maior que 80%.
Assim, após a análise de dados, Ángel e Pérez (2020) propõem que as intervenções
sejam realizadas, prioritariamente, naqueles fatores e indicadores com menor percepção,
visualizados no semáforo da cor vermelha.
O Contexto da Pesquisa
A Universidade Federal de Santa Maria está localizada na região sul do Brasil, mais
precisamente na região central do estado do Rio Grande do Sul. Foi criada pela Lei n. 3.834-C,
de 14 de dezembro de 1960, como a primeira universidade federal fora de uma capital brasileira.
Na época contava com a Faculdade de Farmácia, de Medicina, de Odontologia e o Instituto
Eletrotécnico do Centro Politécnico (UFSM, 2022).
Atualmente, possui 276 cursos distribuídos entre educação básica e superior, nas etapas
de educação infantil, ensino médio (com cursos técnicos integrados e subsequentes), graduação
e pós-graduação, que se localizam no campus sede (Santa Maria), Campus de Frederico
Westphalen, Campus Palmeira das Missões e Campus de Cachoeira do Sul. Em seu quadro
funcional, dispõe de 2.070 servidores docentes e 2.544 servidores técnicos administrativos em
educação, para atender a 28.511 estudantes (dados referente ao primeiro semestre de 2022).
image/svg+xml
Acessibilidade e inclusão: Estratégias de educação inclusiva da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, out./dez. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2863
Cabe destacar que, no ano de 2016, a UFSM aprovou seu Plano de Desenvolvimento
Institucional (PDI), que terá a duração de dez anos, a contar do ano da sua
aprovação/implementação. Um dos seus desafios, mais precisamente o
Desafio 3 - Inclusão
Social
, tem como objetivo “desenvolver estratégias de apoio pedagógico que incentivem o
aprendizado e a conclusão dentro de um prazo adequado”
(UFSM, 2016). Esse desafio levou à
elevação do percentual de 25% de estudantes atendidos em 2019 pela Coordenadoria de Ações
Educacionais (CAED) para 50% em 2022 (UFSM, 2022).
Salienta-se, ainda, que, em 2021, a UFSM aprovou duas Resoluções relevantes no que
diz respeito à inclusão. A primeira Resolução, 064/2021, que
Disciplina a Política de Igualdade
de Gênero da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
, e a segunda Resolução,
068/2021, que “
Dispõe sobre a Política de Ações Afirmativas e Inclusão nos Programas de
Pós-Graduação da Universidade Federal de Santa Maria”
(UFSM, 2021a).
População e amostra
Desde a aprovação da Resolução 011/2007 até o ano de 2022, a Coordenadoria de Ações
Educacionais (CAEd-UFSM) já prestou algum tipo de acompanhamento a 822 estudantes com
deficiência. No ano de 2022, existem 305 estudantes com deficiência matriculados e regulares,
os quais foram contatados pela equipe do projeto, através da Subdivisão de Acessibilidade da
CAEd, nos meses de janeiro e fevereiro de 2022 (final do segundo semestre letivo de 2021) e
maio de 2022 (quinze dias depois do início do primeiro semestre de 2022)
5
para responder às
questões do INES.
Foram respondidos 37 questionários por estudantes com deficiência, com idades entre
18 e 64 anos. Destes, 22 eram homens, 14 mulheres, e um não definiu gênero. Quanto à
etnia/raça, seis se disseram de origem hispânica, 28 brancos, um pardo, um negro e um
brasileiro (o que não permitiu atribuir uma etnia). Em relação ao estado civil, há 29 solteiros,
cinco casados, dois em união estável e um divorciado. Quanto ao local de nascimento, 11
nasceram em Santa Maria/RS, 12 em outras cidades do RS, os demais em outros estados, como
Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rondônia e Minas Gerais. Porém, a
5
O convite para responder ao instrumento INES foi realizado em dois momentos devido à baixa adesão da primeira
tentativa.
image/svg+xml
Fabiane Adela Tonetto COSTAS; Fabiane Vanessa BREITENBACH e Sabrina Fernandes de CASTRO
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, out./dez. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2864
maior parte, 30 estudantes, residem em Santa Maria/RS, 02 em Cachoeira do Sul/RS, 04 em
outras cidades do RS e dois no estado de São Paulo
6
.
Por fim, quanto à condição de deficiência e/ou necessidades educacionais especiais,
estas se apresentam como: dificuldades de aprendizagem (5,41%), deficiência auditiva (5,41%),
deficiência física (27,05%), Altas Habilidades (2,70%), Deficiência Visual (13,51%), Surdez
(8,11%), Doença Mental (2,70%), Transtorno do Espectro Autista (18,92%), Cegueira (2,70%),
Deficiência Visual e Auditiva (2,70%), Dislexia (5,41%), Deficiência Intelectual (2,70%) e
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (2,70%).
Traçado o perfil da amostra, passamos a discutir os dados provenientes do INES.
Análise e discussão dos dados
Para tratamento dos dados da aplicação do Questionário com os 37 estudantes com
deficiência e/ou necessidades educacionais especiais da UFSM, optamos por avaliar cada um
dos 12 fatores do INES, a saber:
1.
Missão e projeto institucional
2.
Estudantes
3.
Professores
4.
Processos Acadêmicos
5.
Visibilidade Nacional e Internacional
6.
Espaços de Investigação, inovação, criações artísticas e culturais
7.
Relevância e impacto social
8.
Processos de autoavaliação e autorregulação com abordagem de educação
inclusiva
9.
Bem-estar institucional
10.
Organização, gerenciamento e gestão administrativa
11.
Recursos de apoio acadêmico e infraestrutura física
12.
Recursos Financeiros
Esses 12 fatores são o sumário de 24 indicadores temáticos da educação inclusiva
propostos no INES com ênfase no desenvolvimento de políticas, práticas e culturas inclusivas
na universidade.
6
A Pandemia da COVID 19 obrigou a UFSM a transformar, excepcionalmente, o ensino para modalidade remota,
o que possibilitou a alguns estudantes continuarem a residir na sua cidade de origem.
image/svg+xml
Acessibilidade e inclusão: Estratégias de educação inclusiva da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, out./dez. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2865
A partir da matriz de semaforização observamos três indicadores em verde (baixa
prioridade de ações), quinze em amarelo (ações com prioridade a médio prazo) e seis em
vermelho (com alta indicação de prioridade). Na pesquisa que fundamenta este artigo, realizada
na
Universidad Francisco de Paula Santander
(Colômbia), Goyeneche e Ruys (2021)
identificaram um indicador verde, dez amarelos e 13 vermelhos.
Vejamos à discussão de cada um desses indicadores semaforizados:
Quanto ao fator
Missão e projeto institucional
, 84% dos estudantes com deficiência da
UFSM reconhecem a existência de políticas que permitem minimizar as barreiras para
participação e aprendizagem. Quanto a essas políticas Institucionais, reconhecidas pelos
estudantes, podemos denotar sua materialização por meio das ações desenvolvidas pela CAEd,
mais especificamente pela Subdivisão de Acessibilidade, responsável pelo acolhimento dos
estudantes ingressantes pela política de reserva de vagas, oferta de atendimentos especializados
nas áreas de Educação Especial, Terapia Ocupacional e Fonoaudiologia, elaboração de
orientações sobre a necessidade de adaptações curriculares, serviço de tradução e interpretação
de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), além da oferta de capacitações, produção de materiais
instrutivos, descrição de imagens e ações de atenção aos servidores com deficiência (UFSM,
2020).
Esses resultados, deveras positivos, contradizem estudos que apontam diversos tipos de
barreiras que obstaculizam a aprendizagem e participação das pessoas com deficiência, a saber:
as atitudinais, que estão presentes tanto nos processos interativos entre estudantes com ou sem
deficiência quanto na relação pedagógica (RIBEIRO; GOMES, 2017), as barreiras relativas ao
acesso à informação sobre editais, documentos atinentes ao cotidiano da universidade (SILVA,
2020), e a falta de informação sobre os direitos e recursos oferecidos ao aluno com deficiência
(SANTOS; SOUZA, 2021).
Todavia, no mesmo fator,
Missão e projeto institucional
, o indicador frequência
apresenta-se vermelho, ou seja, 43% afirmam que a instituição não utiliza instrumentos para
conhecer a diversidade-pluralidade estudantil em suas diferentes manifestações/esferas (sociais,
econômicas, políticas, culturais, linguísticas, sensoriais, de gênero, etno-racial, físicas,
geográficas), e identificar aqueles mais suscetíveis a serem excluídos ou marginalizados (que
sofrem
bullying
, por exemplo) do sistema.
image/svg+xml
Fabiane Adela Tonetto COSTAS; Fabiane Vanessa BREITENBACH e Sabrina Fernandes de CASTRO
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, out./dez. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2866
Tabela 2 -
Missão e Projeto Institucional
FATOR
INDICADOR
TIPO DE
INDICADOR
%
1. MISSÃO E
PROJETO
INSTITUCIONAL
1.1 Barreiras para aprendizagem e participação. EXISTÊNCIA 84%
1.2 Identificação e caracterização dos estudantes FREQUÊNCIA 57%
Fonte: Elaborada pelas autoras
Nas pesquisas de Goyeneche e Ruys (2021), na
Universidad Francisco de Paula
Santander
e Ángel e Perez (2020), na
Universidad Católica de Colombia
, os dados apontaram
semelhança aos dados da UFSM, onde o indicador Identificação e caracterização dos estudantes
aparece igualmente em vermelho, apontando à alta prioridade quanto a ações de identificação
das necessidades estudantis nas três instituições. Nesse sentido, espera-se que o cenário da
UFSM se modifique, visto que a UFSM aprovou, no ano de 2021, duas Resoluções pertinentes
no que diz respeito à inclusão. A primeira Resolução, 064/2021, que
Disciplina a Política de
Igualdade de Gênero da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
, e a segunda
Resolução, 068/2021, que “
Dispõe sobre a Política de Ações Afirmativas e Inclusão nos
Programas de Pós-Graduação da Universidade Federal de Santa Maria
” (UFSM, 2021a).
Assim, constatou-se o amplo reconhecimento dos estudantes da UFSM quanto à
existência de políticas que permitem minimizar as barreiras para participação e para a
aprendizagem, porém aponta-se a alta prioridade quanto a ações de identificação das
necessidades estudantis.
Quanto ao segundo fator,
Estudantes
, percebe-se que 73% dos participantes desta
pesquisa reconhecem a existência de uma política que facilita a participação deles nos processos
acadêmicos e administrativos, o que corrobora com o preconizado pelo Documento Orientador
do Programa INCLUIR (BRASIL, 2005, p. 13), o qual tinha “[...] a finalidade de
institucionalizar ações de política de acessibilidade na educação superior, por meio dos Núcleos
de Acessibilidade”:
image/svg+xml
Acessibilidade e inclusão: Estratégias de educação inclusiva da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, out./dez. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2867
Tabela 3 -
Estudantes
FATOR
INDICADOR
TIPO DE
INDICADOR
%
2. ESTUDANTES
2.1 Participação de estudantes
EXISTÊNCIA
73%
Fonte: Elaborada pelas autoras
Sabe-se, deveras, da importância dos Núcleos de Acessibilidade, ou outras instâncias,
que promovam a participação dos estudantes na Universidade, preconizando ações como média
prioridade no olhar dos participantes da pesquisa da UFSM.
Professores
é o terceiro fator contemplado no INES e apresenta tom de alerta (amarelo),
visto que 70% dos participantes desta pesquisa reconhecem que há uma política que facilita a
participação de todos os docentes nos processos acadêmicos e administrativos, e 65%
consideram que seus professores são inclusivos, ou seja, que a Instituição promove ações para
instrumentalizar os professores a promoverem práticas pedagógicas que valorizem a
diversidade dos estudantes no processo educativo.
Tabela 4 -
Professores
FATOR
INDICADOR
TIPO DE
INDICADOR
%
3. PROFESSORES
3.1 Participação de Docentes EXISTÊNCIA
70%
3.2
Docentes Inclusivos
FREQUÊNCIA
65%
Fonte: Elaborada pelas autoras
Relativo a esse resultado pode-se destacar o Curso de Formação para a Inclusão
Educacional, ofertado anualmente para servidores da universidade, onde são desenvolvidos
temas que envolvem as condições (deficiência visual, auditiva, surdez e intelectual), as políticas
públicas e recursos de Tecnologia Assistiva; as palestras específicas ofertadas pela Subdivisão
de Acessibilidade, abertas a toda a comunidade; e as orientações referentes às adaptações
pedagógicas (UFSM, 2020).
Apesar deste fator indicar a necessidade de “ações a médio prazo”, pode-se analisar que
já existe um percurso transcorrido no que tange à consolidação de uma política institucional de
acessibilidade, algo também preconizado pelo Programa INCLUIR (BRASIL, 2005) e que
encontra respaldo em ações de outras universidades federais brasileiras a partir de ações de
image/svg+xml
Fabiane Adela Tonetto COSTAS; Fabiane Vanessa BREITENBACH e Sabrina Fernandes de CASTRO
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, out./dez. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2868
acesso e permanência (SILVA
et al.
, 2018; SILVEIRA; COSTAS, 2019) e de políticas
afirmativas que asseguram acesso e permanência (SANTOS
et al.
, 2022).
O fator
Processos Acadêmicos
também aparece em amarelo, em que 73% dos estudantes
participantes da pesquisa consideram os currículos flexíveis e interdisciplinares, com aspectos
que valorizem as capacidades, potencialidades e competências dos estudantes, promovendo
ações que facilitem a aprendizagem e o desenvolvimento.
Nesse contexto, podemos citar outras ações realizadas pela CAED (UFSM, 2020),
particularmente sob a responsabilidade da Subdivisão de Acessibilidade, tais como o
atendimento educacional especializado, o atendimento terapêutico ocupacional, orientações e
reuniões junto às coordenações de cursos e professores, adaptações de textos e materiais de
estudos. No que se refere ao indicador interdisciplinaridade e flexibilização curricular, os
projetos pedagógicos dos cursos de graduação podem prever uma carga horária de disciplinas
complementares, que possibilita aos estudantes participarem de disciplinas em outros cursos de
graduação. Há, também, uma carga horária destinada às atividades complementares,
contemplando a participação em eventos, projetos de pesquisa, bolsas, dentre outras atividades.
Tabela 5 –
Processos acadêmicos
FATOR
INDICADOR
TIPO DE
INDICADOR
%
4. PROCESSOS
ACADÊMICOS
4.1 Interdisciplinaridade e flexibilização
curricular
FREQUÊNCIA
73%
4.2 Avaliação Flexível EXISTÊNCIA
68%
Fonte: Elaborada pelas autoras
Podemos perceber, nesse mesmo fator, que 32% dos estudantes que responderam à
pesquisa apontam que os processos avaliativos não contemplam ferramentas e estratégias
flexíveis, fato que acende o alerta quanto à necessidade da instituição intensificar as ações de
capacitação e formação docente, tanto para avaliações acessíveis e flexíveis para o público com
deficiência quanto para a importância de pensar diferentes estratégias avaliativas para todos os
estudantes, contemplando os diferentes estilos de aprendizagem.
No fator
Visibilidade Nacional e Internacional
, nota-se que 32% dos estudantes
pesquisados não reconhecem a interlocução da Instituição com parceiros nacionais e
internacionais. Nesse sentido, precisamos destacar que a Secretaria de Apoio Internacional
(SAI) e a própria Associação de Universidades do Grupo Montevideo (AUGM) ainda parecem
image/svg+xml
Acessibilidade e inclusão: Estratégias de educação inclusiva da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, out./dez. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2869
ser desconhecidas e/ou pouco operantes dentro da instituição, cabendo certamente maior
visibilidade e publicização das ações por elas desenvolvidas. Soma-se a isso o fato de que
programas de internacionalização, tais como o “Ciência sem Fronteiras” (BRASIL, 2011),
haver sido extinto em 2017.
No mesmo caminho, 51% dos estudantes não reconhecem a presença de relações
externas entre professores e estudantes. Isso indica, em vermelho, a necessidade de desenvolver
ações Institucionais que promovam essas relações, especialmente focando os estudantes com
deficiência.
Tabela 6 –
Visibilidade Nacional e Internacional
FATOR
INDICADOR
TIPO DE
INDICADOR
%
5. VISIBILIDADE
NACIONAL E
INTERNACIONAL
5.1 Interlocução da instituição em contextos
acadêmicos nacionais e internacionais
RECONHECIMENTO
68%
5.2 Relações externas de professores e
estudantes
RECONHECIMENTO
49%
Fonte: Elaborada pelas autoras
No sexto fator,
Espaços de Investigação, Inovação, Criações artísticas e Culturais
,
percebemos que 62% dos estudantes reconhecem a existência de centros, grupos e/ou
programas de investigação relacionados à educação inclusiva. Considerando que a UFSM é
uma das duas universidades federais do país que possui o curso de Educação Especial, esse
número adverte para a necessidade da ampliação da divulgação dessas atividades na
universidade. Apesar disso, 73% dos estudantes identificam a participação da Instituição em
convênios que promovem investigações na área da educação inclusiva.
No que se refere ao indicador de políticas em educação inclusiva, percebe-se certo
desconhecimento a respeito por parte dos respondentes da pesquisa, visto que a instituição
possui várias políticas internas, aprovadas através de Resoluções, sendo uma das primeiras
universidades do país a implementar uma política de reserva de vagas para pessoas com
deficiência, quando, em 2007, aprovou a Resolução 11.
image/svg+xml
Fabiane Adela Tonetto COSTAS; Fabiane Vanessa BREITENBACH e Sabrina Fernandes de CASTRO
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, out./dez. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2870
Tabela 7 –
Espaços de investigação, Inovação, Criações Artísticas e culturais
FATOR
INDICADOR
TIPO DE INDICADOR
%
6. ESPAÇOS DE
INVESTIGAÇÃO,
INOVAÇÃO,
CRIAÇÕES
ARTÍSTICAS E
CULTURAIS
6.1 Investigação, inovação e criação artística e
cultural, na educação inclusiva.
RECONHECIMENTO
62%
6.2 Investigação/Pesquisa. Redes de Cooperação
em educação inclusiva
FREQUÊNCIA
73%
6.3 Políticas em educação inclusiva. FREQUÊNCIA
54%
Fonte: Elaborada pelas autoras
No fator
Relevância e Impacto
Social
, apenas 54% reconhecem que a Instituição
desenvolve programas e atividades de extensão ou projeção social que respondem às
necessidades regionais e populacionais específicas, tendo em conta a abordagem da educação
inclusiva no contexto brasileiro, o que nos aponta um alerta, visto que a Instituição conta com
a Política de Extensão e desenvolve muitos projetos com projeção e impacto social, havendo
necessidade de divulgação dessas ações no contexto acadêmico. Pode-se inferir que os
estudantes com deficiência raramente ou nunca se inscrevem e/ou são selecionados como
bolsistas em projetos de pesquisa e/ou extensão, e que pela sua não seleção ou exclusão desses
processos, provavelmente não têm conhecimento e reconhecimento de sua existência.
Tabela 8 –
Relevância e Impacto Social
FATOR
INDICADOR
TIPO DE INDICADOR
%
7. RELEVÂNCIA E
IMPACTO SOCIAL
7.1 Extensão, projeção social e contexto regional
RECONHECIMENTO
54%
Fonte: Elaborada pelas autoras
Quanto aos Processos de Autoavaliação e Autorregulação com Abordagem de Educação
Inclusiva, fator 8, os indicadores de frequência e existência estão em amarelo, enquanto a
frequência de estratégias de intervenção, avaliação e melhoramento está em vermelho,
apontando a alta prioridade de realização de ações de melhoramento a partir dos resultados da
avaliação acadêmica.
Cabe destacar que entre os anos de 2020 e 2021, devido à Pandemia, os processos de
ensino aconteceram sob a forma remota, e as avaliações e autoavaliações institucionais
estiveram restritas às percepções discentes e docentes sobre o Regime de Exercícios
image/svg+xml
Acessibilidade e inclusão: Estratégias de educação inclusiva da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, out./dez. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2871
Domiciliares (REDE)
7
, que foi adotado e desenvolvido pela UFSM. Assim, as ações de
avaliação e autoavaliação Institucional foram retomadas a partir do primeiro semestre de 2022,
que na UFSM iniciou-se em abril de 2022.
Tabela 9 –
Processos de Autoavaliação e Autorregulação
FATOR
INDICADOR
TIPO DE
INDICADOR
%
8. PROCESSOS DE
AUTOAVALIAÇÃO E
AUTORREGULAÇÃO
COM ABORDAGEM
DE EDUCAÇÃO
INCLUSIVA
8.1 Regulamentação da educação inclusiva FREQUÊNCIA
68%
8.2 Estratégias de intervenção, avaliação e
melhoramento
FREQUÊNCIA
57%
8.3 Sistema de Informação Acessível EXISTÊNCIA
73%
Fonte: Elaborada pelas autoras
As atividades/programas de lazer, cultura e saúde na Universidade são apontadas por
73% dos estudantes, enquanto 68% reconhecem que tais ações podem estar associadas à
permanência e/ou evasão estudantil. Cabe destacar que essa pesquisa foi realizada durante a
pandemia da Covid-19, quando todas as atividades presenciais estavam suspensas, o que pode
representar uma hipótese para esse fator apresentar-se em amarelo. Destaca-se, ainda, a
existência na UFSM de projetos específicos para estudantes com deficiência, como, por
exemplo, modalidades de esportes adaptados ofertados pelo Núcleo de Apoio e Estudos da
Educação Física Adaptada. A UFSM também conta com um amplo programa de permanência
estudantil, possuindo uma das maiores moradias estudantis da América Latina, restaurantes
universitários, dentre outras ações que visam promover a permanência dos estudantes na
universidade.
No que se refere aos atendimentos especializados para estudantes, dois setores da UFSM
atuam nessa frente: a Pró- Reitoria (PRAE) de Assuntos Estudantis e a Coordenadoria de Ações
Educacionais (CAED). Na PRAE os estudantes podem contar com serviços de saúde, atenção
odontológica, atenção psicológica, plantão psicossocial, além de editais específicos para auxílio
transporte, materiais didáticos, dentre outros. A CAED oferece atendimentos especializados nas
áreas de Educação Especial, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, avaliação psicopedagógica,
orientação pedagógica, orientação psicopedagógica, atendimentos em saúde mental (psicologia
7
Resolução n. 024/2020, revogada pela Resolução 79/2022. Disponível em: https://www.ufsm.br/pro-
reitorias/proplan/resolucao-ufsm-n-079-2022/. Acesso em: 12 jan. 2022.
image/svg+xml
Fabiane Adela Tonetto COSTAS; Fabiane Vanessa BREITENBACH e Sabrina Fernandes de CASTRO
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, out./dez. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2872
e psiquiatria), além de palestras e cursos específicos sobre temas que envolvem o desempenho
acadêmico.
Especificamente para as pessoas com deficiência da instituição, estudantes e servidores,
uma parceria entre PRAE e CAED foi realizada para viabilizar a entrega de marmitex – almoço
para pessoas com deficiência na instituição. Esse serviço atende, exclusivamente, estudantes e
servidores que possuem alguma deficiência que limite o acesso aos Restaurantes Universitários.
Tabela 10 –
Bem-estar Institucional
FATOR
INDICADOR
TIPO DE
INDICADOR
%
9. BEM-ESTAR
INSTITUCIONAL
9.1 Programas de bem estar universitário FREQUÊNCIA
73%
9.2 Permanência Estudantil FREQUÊNCIA
68%
Fonte: Elaborada pelas autoras
Quanto ao indicador dez, referente às ações administrativas estarem apoiadas na
perspectiva da educação inclusiva, 68% dos estudantes apontam a frequência, enquanto 62%
apontam que a estrutura organizacional da Instituição permite desenvolver ações específicas
para promover a educação inclusiva.
Tabela 11 –
Organização, Gerenciamento e Gestão administrativa
FATOR
INDICADOR
TIPO DE
INDICADOR
%
10. ORGANIZAÇÃO,
GERENCIAMENTO
E GESTÃO
ADMINISTRATIVA
10.1 Ações administrativas e de gestão: FREQUÊNCIA
68%
10.2 Estrutura organizacional RECONHECIMENTO
62%
Fonte: Elaborada pelas autoras
O fator que mais se destaca na Instituição pesquisada, com semaforização verde, é o
Recursos de Apoio Acadêmico e Infraestrutura Física
: percebe-se pelos dados que os
estudantes apontam a existência de programas e projetos que visam o bem-estar acadêmico, e
que a infraestrutura Institucional responde às exigências dos pressupostos da educação inclusiva
e da acessibilidade assegurados no eixo referente à infraestrutura do Programa INCLUIR
(BRASIL, 2005), que prevê: “projetos arquitetônicos e urbanísticos das IFES são concebidos e
image/svg+xml
Acessibilidade e inclusão: Estratégias de educação inclusiva da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, out./dez. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2873
implementados, atendendo os princípios do desenho universal” (p. 13). Alguns exemplos de
tais ações são a construção e reforma de prédios antigos (restaurante universitário, por
exemplo), bem como calçadas, prevendo a acessibilidade, vagas específicas para estudantes
com deficiência nas moradias estudantis, acolhimento dos estudantes quando do ingresso pela
Subdivisão de Acessibilidade, que busca identificar as demandas de acessibilidade e adaptações
pedagógicas, comunica as coordenações de cursos e oferta atendimentos especializados.
Destaca-se, também, o reconhecimento internacional de tais ações que partem da
UFSM, visto que de acordo com o ranking University Impact 2019
8
, publicado pela revista
Times Higher Education,
a UFSM está entre as mais inclusivas e diversas do mundo,
considerando os dados do ano letivo de 2017.
Tabela 12 –
Recursos de Apoio Acadêmico e Infraestrutura Física
FATOR
INDICADOR
TIPO DE
INDICADOR
%
11. RECURSOS DE
APOIO ACADÊMICO
E
INFRAESTRUTURA
FÍSICA
11.1 Programa de satisfação universitária FREQUÊNCIA
81%
11.2 Instalações e Infraestrutura FREQUÊNCIA
92%
Fonte: Elaborada pelas autoras
No último fator, Recursos Financeiros, os estudantes reconhecem que a Instituição
fomenta programas que promovem a educação inclusiva. Porém, 46% afirmam que a instituição
não conta com programas que apoiam convênios de cooperação que financiem o acesso e a
permanência de estudantes.
Tabela 13 – Recursos Financeiros
FATOR
INDICADOR
TIPO DE
INDICADOR
%
12. RECURSOS
FINANCEIROS
12.1 Programas sustentáveis de educação inclusiva FREQUÊNCIA
78%
12.2 Apoio financeiro e estudantil FREQUÊNCIA
54%
Fonte: Elaborada pelas autoras
8
Disponível em: https://www.ufsm.br/2019/04/17/ufsm-e-uma-das-universidades-mais-inclusivas-e-diversas-do-
mundo/. Acesso em: 12 jan. 2022.
image/svg+xml
Fabiane Adela Tonetto COSTAS; Fabiane Vanessa BREITENBACH e Sabrina Fernandes de CASTRO
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, out./dez. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2874
As respostas a este último fator indicam ações a serem implementadas a “curto prazo”.
Entretanto, desde o ano de 2014, as universidades federais vêm sofrendo constantes
contingenciamentos e cortes, os quais se intensificaram no ano de 2022, conforme Decreto
11.216/2022. E, apesar do CENSO da Educação Superior (BRASIL, 2022) indicar que existem
55.829 estudantes com deficiência matriculados nas universidades públicas e privadas
(aumento de 0,56% em relação a 2009), o que se observa é um decréscimo paulatino no valor
do recurso atinente às verbas do Programa Nacional de Assistência Estudantil - PNAES
(BRASIL, 2010), que em 2016 era de R$ 810.103.000 e atualmente é de R$ 268.080.000.
Ressalta-se que em 2016 foi aprovada a Emenda Constitucional 95/16, que limita o teto de
gastos governamentais com saúde, educação e seguridade social, fato que vem dificultando
sobremaneira a continuidade de ações de acessibilidade e inclusão já em curso, e praticamente
inviabiliza a implementação de novas.
Considerações finais
Este artigo objetivou apresentar e analisar os resultados advindos da aplicação do
instrumento denominado Índice de Inclusão no Ensino Superior (INES), na UFSM, no ano de
2022.
O dados revelaram que a instituição apresenta pontos fortes, que demandam “baixa
prioridade de ações”, ou seja, atualmente a universidade estaria numa situação satisfatória em
relação aos seguintes aspectos: a existência de políticas que minimizam as barreiras para
aprendizagem e participação dos estudantes, programas que prezam pelo bem estar dos
acadêmicos, no que tange aos seus recursos, equipes e espaços de desenvolvimento, e
instalações e infraestrutura que condizem ao que se exige em termos de normativas correntes
pertinentes à educação inclusiva.
Por outro lado, pode-se observar que existem indicadores que requerem “ações a médio
prazo”, que envolvem: maior participação de estudantes e docentes em processos acadêmicos
e administrativos, interdisciplinaridade, flexibilização curricular e avaliação flexível, melhor
divulgação sobre os contatos estabelecidos entre a instituição e membros reconhecidos da
comunidade acadêmica nacional e internacional, difusão dos espaços de investigação, inovação,
grupos/programas, redes de cooperação atinentes à educação inclusiva, autoavaliação e
regulamentação de ações com vistas à efetivação da educação inclusiva, acessibilidade às
informações por parte das pessoas com deficiência de modo a suscitar a elaboração de políticas
image/svg+xml
Acessibilidade e inclusão: Estratégias de educação inclusiva da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, out./dez. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2875
inclusivas, programas de lazer, permanência estudantil, ações administrativas amparadas pela
educação inclusiva e fomento e execução de programas que incrementem a educação inclusiva.
Como indicadores que demandam “alta prioridade” de ação verificam-se: a melhoria
nos processos que envolvem a indicação e caracterização dos estudantes com deficiência, maior
incentivo à mobilidade docente e estudantil em âmbito nacional e internacional, necessidade de
elevar a participação da universidade em convênios com outras instituições que objetivem a
realização de pesquisas vinculadas à educação inclusiva, considerar os resultados das
avaliações dos egressos e dos acadêmicos para subsidiar melhorias em seus processos de
avaliação e autorregulação numa perspectiva inclusiva e ampliação de convênios de cooperação
que financiem o acesso e a permanência estudantil.
As respostas à aplicação do INES da UFSM também indicaram uma necessidade maior
de divulgação aos estudantes das ações desenvolvidas pela instituição. Foi possível perceber
que muitos estudantes não compreendem o que é assistência estudantil ou não associam as ações
da universidade com as políticas de assistência estudantil, tais como: moradia estudantil,
restaurante universitário, auxílio transporte, auxílio para compra de materiais pedagógicos,
auxílio para inclusão digital, atendimentos especializados, auxílio creche, monitorias, oficinas,
bolsas de ensino, pesquisa e extensão, dentre outras.
Por fim, apesar de o INES ser um instrumento originário de outro país, com algumas
particularidades que não são comuns ao Brasil, que tem uma legislação diversa e uma
organização universitária específica, o exercício da aplicação do instrumento e da análise dos
dados possibilitou a percepção de aspectos que precisam ser olhados e melhorados na
instituição.
REFERÊNCIAS
ANGEL, F. A. M.; PEREZ, L. M. M.
Resultados de la aplicación del índice de inclusión
para la educación superior
. Bogotá: Ministerio de Educación, 2020.
BOOTH, T.; AINSCOW, M.
Index for inclusion developing learning and participation in
schools
. Bristol: CSIE, 2000.
BRASIL.
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
. Brasília, DF:
Assembleia Nacional, 1988. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 18 jan.
2022.
image/svg+xml
Fabiane Adela Tonetto COSTAS; Fabiane Vanessa BREITENBACH e Sabrina Fernandes de CASTRO
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, out./dez. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2876
BRASIL.
Programa Incluir
. Brasília, DF: MEC; SEESP, 2005. Disponível:
http://portal.mec.gov.br/sesu/index.php?option=content&task=view&id=557&It. Acesso em:
24 out. 2022.
BRASIL,
Decreto n. 7.234, de 19 de julho de 2010
. Dispõe sobre Programa Nacional de
Assistência Estudantil – PNAES. Brasília, DF: Presidência da República, 2010. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/decreto/d7234.htm. Acesso
em: 24 out. 2022.
BRASIL.
Decreto n. 7.642, de 13 de dezembro de 2011
. Institui o Programa Ciência sem
Fronteiras. Brasília, DF: Presidência da República, 2011. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/decreto/d7642.htm. Acesso em:
07 jan. 2022.
BRASIL.
Lei n. 12.711, de 29 de agosto de 2012
. Dispõe sobre o ingresso nas universidades
federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras providências.
Brasília, DF: Presidência da República, 2012. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12711.htm. Acesso em: 19
jan. 2022.
BRASIL.
Lei n. 13.146, de 6 de julho de 2015
. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa
com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília, DF: Presidência da
República, 2015. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em: 18 jan. 2022.
BRASIL.
Lei n. 13.409, de 28 de dezembro de 2016
. Altera a Lei nº 12.711, de 29 de agosto
de 2012, para dispor sobre a reserva de vagas para pessoas com deficiência nos cursos técnico
de nível médio e superior das instituições federais de ensino. Brasília, DF: Presidência da
República, 2016. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2016/lei-13409-28-
dezembro-2016-784149-publicacaooriginal-151756-pl.html. Acesso em: 12 jan. 2022.
BRASIL.
Sinopse Estatística da Educação Superior 2020
. Brasília, DF: Inep, 2020.
Disponível em: https://www.gov.br/inep/pt-br/acesso-a-informacao/dados-abertos/sinopses-
estatisticas/educacao-superior-graduacao. Acesso em: 28 jun. 2022.
BRASIL,
Decreto n. 11.216, de 30 de setembro de 2022
. Altera o Decreto nº 10.961, de 11
de fevereiro de 2022, que dispõe sobre a programação orçamentária e financeira e estabelece
o cronograma de execução mensal de desembolso do Poder Executivo federal para o exercício
de 2022. Brasília, DF: Presidência da República, 2022. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2022/decreto/D11216.htm. Acesso em
24 out. 2022.
CARRIERI, S. Sistema de cotas para pessoas com deficiência: Ação afirmativa para
promoção do acesso à universidade.
In
: COLÓQUIO INTERNACIONAL DE GESTIÓN
UNIVERSITARIA NA AMÉRICAS, 12., 2012, México.
Anais
[...]. México, 2012.
Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/97855. Acesso em: 16
ago. 2022.
CARRILLO, J. F.; ARISTIZABAL, J.
(autores intelectuales), Índice de inclusión para
educación superior (INES)
. Bogotá: Ministerio de Educación República de Colombia, 2017
image/svg+xml
Acessibilidade e inclusão: Estratégias de educação inclusiva da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, out./dez. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2877
GOYENECHE, D. C. R.; RUYS, L. K. C. El concepto de inclusión en la educación superior:
Implementación de la iniciativa INES en las universidades colombianas.
Voces y Silencios.
Revista Latinoamericana de Educación
,
v. 12, n. 1, 2021
Disponível em:
https://revistas.uniandes.edu.co/doi/ref/10.18175/VyS12.1.2021.6?role=tab. Acesso em: 10
jan. 2022.
LOUZADA, J. C. A.
O INES-BRASIL e os indicadores de culturas, políticas e práticas
inclusivas em uma universidade brasileira
. 2022. Tese (Doutorado em Educação) –
Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília, São Paulo, 2022.
Disponível em: https://repositorio.unesp.br/handle/11449/235755. Acesso em: 11 out. 2022.
RIBEIRO, D. M.; GOMES, A. M. Barreiras atitudinais sob a ótica de estudantes com
deficiência no ensino superior.
Práxis Educacional
, v. 13, n. 24, p. 13-31, jan./abr. 2017.
Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/927. Acesso em: 24
out. 2022.
SANTOS, D. A.; SOUZA, P. B. M. Percepção de estudantes deficientes sobre o processo de
inclusão no ensino superior: Uma revisão sistemática.
Revista de Educação, Saúde e
Ciências do Xingu
, Altamira, v. 1, n. 4, p. 1-8, jan./dez. 2021.
https://periodicos.uepa.br/index.php/rescx/article/view/2692. Acesso em: 24 out. 2022
SANTOS, J. S.
et al
. Políticas afirmativas: Acesso e permanência estudantil em universidades
públicas.
Revista do PPGCS –UFRB –Novos Olhares Sociais,
v. 5, n. 1, p. 230-255, maio
2022. Disponível em:
https://www3.ufrb.edu.br/ojs/index.php/novosolharessociais/article/view/640. Acesso em: 24
out. 2022.
SILVA, J. S. S. Acessibilidade, Barreiras e Superação: Estudo de Caso de Experiências de
Estudantes com Deficiência na Educação Superior.
Veredas - Revista Interdisciplinar de
Humanidades,
v. 3, n. 5, p. 215-216, jun. 2020. Disponível em:
https://revistas.unisa.br/index.php/veredas/article/view/122. Acesso em: 24 out. 2022.
SILVA, A. G.
et al
. Políticas públicas de acesso e permanência no ensino superior público
brasileiro: O caso da UFRJ.
Movimento-Revista de Educação
, Niterói, v. 5, n. 9, p. 220-
244, jul./dez. 2018. Disponível em:
https://periodicos.uff.br/revistamovimento/article/view/32682. Acesso em: 15 nov. 2021.
SILVEIRA, A. C. M.; COSTAS, F. A. T. Acesso e permanência nas instituições de ensino
superior.
In
: DALLA CORTE, M. G.
et al
.
Agendas políticas globais e locais e as práticas
contemporâneas em educação
. São Paulo: Pimenta Cultural, 2019.
UFSM. Universidade Federal de Santa Maria.
Resolução n. 002/2018
. Regula as formas de
ingresso aos Cursos de Graduação e Ações Afirmativas correlatas da Universidade Federal de
Santa Maria e revoga a Resolução n. 011/07. Santa Maria: UFSM, 2018. Disponível em:
https://www.ufsm.br/pro-reitorias/proplan/resolucao-n-002-2018/. Acesso em: 08 jan. 2022.
UFSM. Universidade Federal de Santa Maria.
Relatório núcleo de acessibilidade
. Santa
Maria: UFSM, 2020. Disponível em
image/svg+xml
Fabiane Adela Tonetto COSTAS; Fabiane Vanessa BREITENBACH e Sabrina Fernandes de CASTRO
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, out./dez. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2878
https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/391/2021/06/Relatorio-2020-Acessibilidade.pdf.
Acesso em: 14 set. 2022.
UFSM. Universidade Federal de Santa Maria.
Plano de desenvolvimento institucional 2016-
2026
. Santa Maria: UFSM, 2016. Disponível em:
https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/500/2021/04/VFinal-DocumentoPDI-
TextoBaseCONSU_TextoComPlanoDeMetas2022.pdf. Acesso em: 29 ago. 2022.
UFSM. Universidade Federal de Santa Maria.
Resolução UFSM n. 068, de 29 de novembro
de 2021a
. Dispõe sobre a Política de Ações Afirmativas e Inclusão nos Programas de Pós-
Graduação da Universidade Federal de Santa Maria. Santa Maria: UFSM, 2021. Disponível
em: https://www.ufsm.br/pro-reitorias/proplan/resolucao-ufsm-n-068-2021/. Acesso em: 14
set. 2022.
UFSM. Universidade Federal de Santa Maria.
Resolução UFSM n. 064, de 03 de novembro
de 2021b
. Disciplina a Política de Igualdade de Gênero da Universidade Federal de Santa
Maria (UFSM). Santa Maria: UFSM, 2021. Disponível em: https://www.ufsm.br/pro-
reitorias/proplan/resolucao-ufsm-n-064-2021/. Acesso em: 14 set. 2022.
image/svg+xml
Acessibilidade e inclusão: Estratégias de educação inclusiva da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, out./dez. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2879
Como referenciar este artigo
COSTAS, F. A. T.; BREITENBACH, F. V.; CASTRO, S. F. Acessibilidade e inclusão:
Estratégias de educação inclusiva da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Revista
Ibero-Americana de Estudos em Educação
, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, out./dez.
2022. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
Submetido em
: 03/11/2021
Revisões requeridas em
: 18/04/2022
Aprovado em
: 27/10/2022
Publicado em
: 30/12/2022
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
image/svg+xml
Accesibilidad e inclusión: Estrategias de educación inclusiva de la Universidad Federal de Santa María (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, oct. /dic. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2857
ACCESIBILIDAD E INCLUSIÓN: ESTRATEGIAS DE EDUCACIÓN INCLUSIVA
DE LA UNIVERSIDAD FEDERAL DE SANTA MARIA (UFSM)
ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO: ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA (UFSM)
ACCESSIBILITY AND INCLUSION: INCLUSIVE EDUCATION STRATEGIES AT
THE FEDERAL UNIVERSITY OF SANTA MARIA (UFSM)
Fabiane Adela Tonetto COSTAS
1
Fabiane Vanessa BREITENBACH
2
Sabrina Fernandes de CASTRO
3
RESUMEN
:
Dado el escenario normativo y la ampliación del número de personas con
discapacidad que acceden a la universidad, es necesario reflexionar sobre las oportunidades de
mejora, apuntando a la toma de decisiones que califiquen la participación y el aprendizaje. Así,
se realizó el Índice de Inclusión en Educación Superior - INES con 37 estudiantes con
discapacidad y/o necesidades educativas especiales de la UFSM, cuyas respuestas fueron
recogidas de la Escala Lickert, analizado descriptivamente, construyendo la matriz de
semaforización. Demostraron ser fortalezas: la existencia de políticas que minimicen las
barreras al aprendizaje y la participación estudiantil, programas que valoren el bienestar de los
académicos, instalaciones e infraestructura consistentes con la educación inclusiva; y como
puntos a mejorar: procesos de identificación y caracterización de estudiantes con discapacidad,
mayor incentivo a la movilidad docente y estudiantil a nivel nacional e internacional. La
aplicación del Índice permitió la percepción de las acciones que desarrolla esta Universidad,
sus fortalezas, y la identificación de situaciones de mejora.
PALABRAS CLAVE
:
Educación especial. Enseñanza superior. INES. Accesibilidad.
RESUMO
:
Diante do cenário normativo e da ampliação do número de pessoas com deficiência
acessando a universidade, necessita-se refletir sobre oportunidades de melhoria, visando a
tomada de decisões que qualifiquem a participação e a aprendizagem. Assim, realizou-se a
aplicação do Índice de Inclusão no Ensino Superior - INES junto a 37 estudantes com
deficiência e/ou necessidades educacionais especiais da UFSM, cujas respostas foram
coletadas a partir da Escala Lickert, analisadas descritivamente, construindo-se a matriz de
semaforização. Revelaram-se como pontos fortes: a existência de políticas que minimizam as
1
Universidad Federal de Santa María (UFSM), Santa Maria – RS – Brasil. Profesora titular del Departamento de
Fundamentos de la Educación. Doctorado en Educación (UFRGS). Pasantía Postdoctoral (UMinho/Portugal).
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3698-2782. E-mail: fabiane.costas@ufsm.br
2
Universidad Federal de Santa María (UFSM), Santa Maria – RS – Brasil. Técnica en Asuntos Educativos, Centro
de accesibilidad. Doctorado en Educación (UFSM). ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6163-8225. E-mail:
fabiane.breitenbach@gmail.com
3
Universidad Federal de Santa María (UFSM), Santa Maria – RS – Brasil. Profesora adjunta en el Departamento
de Educación Especial. Doctorado en Educación Especial (UFSCar). Pasantía Postdoctoral en Educación Especial
(UFSCar). ORCID: https
://orcid.org/0000-0002-2204-6136. E-mail: sabrinafcastro@gmail.com
image/svg+xml
Fabiane Adela Tonetto COSTAS; Fabiane Vanessa BREITENBACH y Sabrina Fernandes de CASTRO
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, oct./dic.
2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2858
barreiras para aprendizagem e participação dos estudantes, programas que prezam pelo bem-
estar dos acadêmicos, instalações e infraestrutura condizentes à educação inclusiva; e como
pontos a melhorar: processos de identificação e caracterização dos estudantes com deficiência,
maior incentivo à mobilidade docente e estudantil em âmbito nacional e internacional. A
aplicação do Índice possibilitou a percepção das ações que essa Universidade desenvolve, seus
pontos fortes, e a identificação de situações para aperfeiçoamento.
PALAVRAS-CHAVES
: Educação especial. Ensino superior. INES. Acessibilidade.
ABSTRACT
:
Given the normative scenario and the increase in the number of people with
disabilities accessing the university, it is necessary to reflect on opportunities for improvement,
aiming at making decisions that qualify participation and learning. Thus, the Index of Inclusion
in Higher Education – INES in the Portuguese acronym - was applied to 37 students with
disabilities and/or special educational needs from UFSM, whose answers were collected from
the Lickert Scale, analyzed descriptively, building the semaphores matrix. It was revealed as
strong points: the existence of policies that minimize the barriers for learning and participation
of students, programs that value the well-being of academics, facilities and infrastructure
consistent with inclusive education; and as points for improvement: processes of identification
and characterization of students with disabilities, greater incentive to faculty and student
mobility in national and international levels. The application of the Index allowed the
perception of the actions that this University develops, its strengths, and the identification of
situations for improvement.
KEYWORDS
:
Special education. Higher education. INES. Accessibility.
Introducción
Este artículo tiene como objetivo presentar y analizar los resultados resultantes de la
aplicación del instrumento denominado Índice de Inclusión en la Educación Superior (INES),
en la Universidad Federal de Santa María (UFSM). El Índice fue elaborado por Carrillo e
Aristizabal (2017) en la ciudad de Bogotá, Colombia, y estandarizado por el Decreto 1421/2017
del Ministerio de Educación Nacional – MEN de Colombia por el cual se reglamenta en el
marco de la educación inclusive la atención educativa a la población con discapacidad. Su
objetivo es promover la educación de calidad, promoviendo estrategias de educación inclusiva
dentro de las instituciones de educación superior (IES), como parte central de la política
institucional.
El INES
4
ss una herramienta que permite a las instituciones de educación superior
identificar cómo son en relación a la atención a la diversidad, analizando sus fortalezas y
4
Este instrumento fue traducido y adaptado a las realidades de las universidades brasileñas, argentinas y
uruguayas, que conforman la investigación mencionada, en un proceso que se desarrolló en seis fases y durante
seis meses (2018-2019). La descripción detallada se encuentra en la tesis doctoral de Louzada (2022).
image/svg+xml
Accesibilidad e inclusión: Estrategias de educación inclusiva de la Universidad Federal de Santa María (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, oct. /dic. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2859
oportunidades de mejora, permitiendo tomar decisiones que califiquen el aprendizaje, la
participación y la cooperación de la comunidad. El índice se basa en el concepto de inclusión
de Booth y Ainscow (2000, p. 06), según el cual "la inclusión es un conjunto de procesos
destinados a aumentar la participación de los estudiantes en la cultura, los planes de estudio y
las comunidades".
De antemano, en el escenario brasileño, la garantía del derecho a la educación es una
cláusula política de la Constitución Federal brasileña desde su promulgación en 1988, ya que
en su art. 205 determina que "la educación se convierte en un derecho de todos y un deber del
Estado y la familia, en colaboración con la sociedad" (BRASIL, 1988), con miras al desarrollo
integral de la persona, "su preparación para el ejercicio de la ciudadanía y su calificación para
el trabajo
"
(BRASIL, 1988). En el art. 206 se recomienda cómo se impartirá la enseñanza en
"igualdad de condiciones de acceso y permanencia en la escuela" (BRASIL, 1988). Y
, en el
art.
208, se detalla la relación de deber entre el Estado y la Educación de las personas con
discapacidad, que se llevará a cabo a través de "atención educativa especializada para personas
con discapacidad, preferentemente en el sistema escolar ordinario". (BRASIL, 1988,)
Sin embargo, incluso si había un compromiso explícito de ser la educación de las
personas con discapacidad un deber del estado, la presencia de personas con discapacidad en la
Educación Superior ahora está estandarizada solo 27 años después, por la Ley 13.146/2015, la
"Ley de Inclusión brasileña", que en su Art. 27. Determina que sea Educación Uno:
[...] Derecho de la persona con discapacidad, en un sistema educativo
inclusivo
en todos los niveles y aprendizaje
a lo largo de la vida, con el
objetivo de obtener el máximo desarrollo posible de sus talentos y habilidades
físicas, sensoriales, intelectuales y sociales, de acuerdo con sus características,
intereses y necesidades de aprendizaje (BRASIL 2015, p. 19, grifo de las
autoras, nuestra traducción).
Nas universidades federais o acesso das pessoas com deficiência foi garantido
legalmente a partir da Lei 13.409/2016 (BRASIL, 2016), que alterou a Lei 12.711/2012
(BRASIL, 2012), a qual é conhecida como “Lei de Cotas”. Seu Artigo 3º preconiza que:
En cada institución federal de educación superior, las vacantes del art. 1 de
esta Ley serán cubiertas, por curso y turno, por auto declarados negros,
morenos e indígenas
y por personas con discapacidad
, de acuerdo con la
l
egislación, en proporción al número total de vacantes igual a la proporción
respectiva de negros, morenos, indígenas y personas con discapacidad en la
población de la unidad de la Federación donde está instalada la institución,
image/svg+xml
Fabiane Adela Tonetto COSTAS; Fabiane Vanessa BREITENBACH y Sabrina Fernandes de CASTRO
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, oct./dic.
2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2860
según el último censo de la Fundación Instituto Brasileño de Geografía y
Estadística - IBGE" (BRASIL, 2016, grifo de las autoras, nuestra traducción).
Sin embargo, antes de la promulgación de estas leyes, algunas universidades federales,
a través de resoluciones y reglamentos internos, garantizaban el acceso de las personas con
discapacidad, ya sea en un cierto porcentaje o por cuotas (CARRIERI, 2012). Más
precisamente, hasta 2012, ocho universidades federales ya preveían como acción afirmativa la
reserva de vacantes para personas con discapacidad y/o necesidades educativas especiales
(CARRIERI, 2012): una de ellas era la Universidad Federal de Santa María.
La UFSM, guiada por la Resolución 011/2007, desde 2007 previó el 5% de las vacantes
de cada curso de graduación para personas con necesidades educativas especiales. Sin embargo,
a partir de la Ley 13.409/2016 (BRASIL, 2016), la UFSM adaptó sus procesos de selección de
admisión, comenzando a contemplar las siguientes situaciones: candidatos con discapacidad y
que hayan asistido plenamente a la Escuela Secundaria en escuelas públicas, con ingreso
familiar bruto por persona igual o inferior a 1,5 salario mínimo; candidatos con discapacidad y
que hayan asistido plenamente a la escuela secundaria en escuelas públicas, con ingresos
familiares brutos por persona igual o inferior a 1.5 salario mínimo, auto declarados negros,
morenos o indígenas; candidatos con discapacidades que han asistido completamente a la
escuela secundaria en escuelas públicas, con ingresos familiares brutos por persona superiores
a 1.5 salario mínimo; Candidatos con discapacidad y que hayan asistido plenamente a la escuela
secundaria en escuelas públicas, con ingreso familiar bruto por persona superior a 1.5 salario
mínimo, auto declarados negros, morenos o indígenas.
Con esta adecuación de los procesos de selección de la UFSM a la legislación federal,
se identificó que las personas con discapacidad que no habían asistido a la Escuela Secundaria
en escuelas públicas no estaban contempladas por la política de reserva de vacantes. Así, en
2018, la UFSM instituyó la Resolución 02/2018, que comienza a regular las formas de ingreso
a los cursos de graduación y las acciones afirmativas relacionadas en la UFSM. Esta nueva
resolución también crea procesos de selección específicos para la admisión a los cursos de
graduación, uno de los cuales es específico para personas con discapacidad, con el objetivo de
complementar el rango no cubierto por la Ley 12.711/2012 (modificada por la Ley 13.
409/2016), ofreciendo vacantes adicionales en el porcentaje de hasta el 5% de las vacantes /
año del número total de vacantes ofrecidas en cada Curso de Graduación de la UFSM (UFSM,
2018).
En vista del escenario normativo ya mencionado y la ampliación del número de personas
c
on discapacidad que acceden a la Universidad (BRASIL, 2020), desde 2019 universidades de
image/svg+xml
Accesibilidad e inclusión: Estrategias de educación inclusiva de la Universidad Federal de Santa María (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, oct. /dic. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2861
Brasil, Argentina y Uruguay vienen desarrollando investigaciones sobre el acceso y
permanencia de estudiantes con discapacidad en la Educación Superior, a partir de un Proyecto
titulado "Accesibilidad e Inclusión en contextos universitarios diferenciados". Esta
investigación tiene como objetivo esbozar una visión general de las culturas, políticas y
prácticas educativas inclusivas dirigidas a estudiantes con discapacidad, en universidades
públicas de países latinoamericanos: Brasil, Argentina y Uruguay. Proviene de las acciones de
la Red de Investigación "Accesibilidad en la educación superior" (OBEDUC/CAPES),
coordinada por la profesora Sandra Eli Sartoreto de Oliveira Martins, y cuenta con la
participación de investigadores que actúan en el Comité Académico de Discapacidad y
Accesibilidad/Asociación del Grupo de Universidades de Montevideo (CAAyD AUGM) y la
Red Interuniversitaria Latinoamericana y del Caribe sobre Discapacidad y Directos
Humanos/UNPL - Argentina.
Así, este artículo presenta los resultados derivados de la aplicación del INES en la
UFSM, evidenciando también el proceso metodológico para su recolección, las acciones que
desarrolla esta Universidad, sus fortalezas e identificando oportunidades de mejora.
Metodología
La investigación en red se desarrolló en cuatro etapas. El primero cubrió un proceso de
caracterización del perfil de los estudiantes con discapacidad a través de los datos censales
disponibles en el sistema de matrícula de la institución. La segunda y tercera etapa
comprendieron la adaptación y aplicación de preguntas faro presentes en el Índice de Inclusión
para la Educación Superior (INES). Es un instrumento que tiene como objetivo ayudar en la
identificación de barreras de accesibilidad en la educación superior. Esto se desarrolló en tres
momentos distintos; los medios: a) envío de INES para traducción de profesionales en el área
de educación especial; b) adaptación del Cuestionario y de las preguntas que guían al INES por
parte del grupo de coordinadores de la IES y c) aplicación del Cuestionario a la muestra
estudiada.
La cuarta y última etapa, que se aborda en este artículo, se refiere al tratamiento y
análisis de los datos recogidos que califican el perfil y las condiciones de accesibilidad desde
el punto de vista de los estudiantes universitarios con discapacidad matriculados en los cursos
de graduación de la UFSM.
El procesamiento de los datos del Cuestionario se realizó mediante el uso de la técnica
de
distribución de los valores asignados para medir la escala
Likert
,
siendo sometidos a
image/svg+xml
Fabiane Adela Tonetto COSTAS; Fabiane Vanessa BREITENBACH y Sabrina Fernandes de CASTRO
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, oct./dic.
2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2862
tratamiento descriptivo, donde se calculó el promedio de los puntajes de los estudiantes y se
construyó la matriz de semaforización (GOYENECHE); RUIZ, 2021) que se muestra a
continuación.
Tabla 1
- Matriz de semaforización del INES
Tipo de indicador
Categoría de
interés
Color
Porcentaje
Frecuencia
Siempre
-
A veces
Menos del 60%
Entre el 60% y el
80%
Más del 80%
Existencia
Existe e
implementa -
existe y no
implementa
Menos del 60%
Entre el 60% y el
80%
Más del 80%
Reconocimiento
Sí
Menos del 60%
Entre el 60% y el
80%
Más del 80%
Fuente: Goyeneche y Ruiz (2021)
En la matriz de semaforización, se tienen en cuenta los siguientes valores: rojo: menos
del 60%, amarillo: entre 60% y 80%, y verde: mayor del 80%.
Así, tras el análisis de los datos, Ángel y Pérez (2020) proponen que las intervenciones
se realicen, de forma prioritaria, en aquellos factores e indicadores con menor percepción,
visualizados en el semáforo en rojo.
El contexto de la investigación
La Universidad Federal de Santa María está ubicada en la región sur de Brasil, más
precisamente en la región central del estado de Rio Grande do Sul. Fue creada por la Ley Nº
3.834-C del 14 de diciembre de 1960, como la primera universidad federal fuera de una capital
brasileña. En ese momento, contaba con la Facultad de Farmacia, Medicina, Odontología y el
Instituto Electrotécnico del Centro Politécnico (UFSM, 2022).
Actualmente, cuenta con 276 cursos distribuidos entre educación básica y superior, en
las etapas de educación infantil, escuela secundaria (con cursos técnicos integrados y
posteriores), pregrado y posgrado, que se encuentran en el campus de la cabeza (Santa María),
Campus Frederico Westphalen, Campus Palmeira das Missões y Campus Cachoeira do Sul. En
su plantilla, cuenta con 2.070 docentes y 2.544 técnicos administrativos en educación, para
atender a 28.511 estudiantes (datos del primer semestre de 2022).
image/svg+xml
Accesibilidad e inclusión: Estrategias de educación inclusiva de la Universidad Federal de Santa María (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, oct. /dic. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2863
Cabe mencionar que, en 2016, la UFSM aprobó su Plan de Desarrollo Institucional
(PDI), que tendrá una duración de diez años, a partir del año de su aprobación/implementación.
Uno de sus desafíos, más precisamente
el Desafío 3 - Inclusión Social
,
tiene como objetivo
"desarrollar estrategias de apoyo pedagógico que fomenten el aprendizaje y la finalización
dentro de un marco de tiempo apropiado" (UFSM, 2016). Este desafío llevó a un aumento en
el porcentaje del 25% de estudiantes atendidos en 2019 por la Coordinación de Acciones
Educativas (CAED) al 50% en 2022 (UFSM, 2022).
También cabe señalar que, en 2021, la UFSM adoptó dos resoluciones relevantes con
respecto a la inclusión. La primera Resolución, 064/2021, que regula la Política de Igualdad de
Género de la Universidad Federal de Santa María (UFSM), y la segunda Resolución, 068/2021,
que
"
Prevé la
acción afirmativa y la inclusión en los Programas de Posgrado de la Universidad
Federal de Santa María"
(UFSM, 2021a, nuestra traducción).
Población y muestra
Desde la aprobación de la Resolución 011/2007 hasta 2022, la Coordinación de
Acciones Educativas (CAEd-UFSM) ha proporcionado algún tipo de seguimiento a 822
estudiantes con discapacidad. En 2022, hay 305 estudiantes con discapacidad matriculados y
regulares, que fueron contactados por el equipo del proyecto, a través de la Subdivisión de
Accesibilidad del CAEd, en los meses de enero y febrero de 2022 (final del segundo semestre
de 2021) y mayo de 2022 (quince días después del inicio del primer semestre de 2022)
5
para
responder a las preguntas de INES.
Treinta y siete cuestionarios fueron respondidos por estudiantes con discapacidad, con
edades comprendidas entre 18 y 64 años. De estos, 22 eran hombres, 14 mujeres y uno no
definió el género. En cuanto a la etnia/raza, seis dijeron ser de origen hispano, 28 blancos, uno
moreno, uno negro y un brasileño (lo que no permitió atribuir una etnia). En cuanto al estado
civil, hay 29 solteros, cinco casados, dos en unión estable y uno divorciado. En cuanto al lugar
de nacimiento, 11 nacieron en Santa Maria/RS, 12 en otras ciudades de RS, los otros en otros
estados, como Bahía, São Paulo, Río de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rondônia y Minas
5
La invitación a responder al instrumento INES se realizó en dos momentos debido al bajo apoyo del primer
intento.
image/svg+xml
Fabiane Adela Tonetto COSTAS; Fabiane Vanessa BREITENBACH y Sabrina Fernandes de CASTRO
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, oct./dic.
2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2864
Gerais. Sin embargo, la mayoría, 30 estudiantes, viven en Santa Maria/RS, 02 en Cachoeira do
Sul/RS, 04 en otras ciudades de RS y dos en el estado de São Paulo
6
.
Finalmente, en cuanto a la condición de discapacidad y/o necesidades educativas
especiales, estas se presentan como: dificultades de aprendizaje (5,41%), discapacidad auditiva
(5,41%), discapacidad física (27,05%), alta habilidad (2,70%), discapacidad visual (13,51%),
sordera (8,11%), enfermedad mental (2,70%), trastorno del espectro autista (18,92%), ceguera
(2,70%), discapacidad visual y auditiva (2,70%), dislexia (5,41%), discapacidad intelectual
(2,70%) e hiperactividad por déficit de atención e hiperactividad y Hiperactividad (2,70%).
Trazando el perfil de la muestra, comenzamos a discutir los datos provenientes de INES.
Análisis y discusión de datos
Para procesar los datos de la aplicación del Cuestionario con los 37 estudiantes con
discapacidad y/o necesidades educativas especiales de la UFSM, se optó por evaluar cada uno
de los 12 factores del INES, es decir:
1.
Misión y proyecto institucional;
2.
Estudiantes;
3.
Maestros;
4.
Procesos Académicos;
5.
Visibilidad nacional e internacional;
6.
Espacios de investigación, innovación, creaciones artísticas y culturales
7.
Pertinencia e impacto social;
8.
Procesos de autoevaluación y autorregulación con un enfoque de educación
inclusiva;
9.
Bienestar institucional;
10.
Organización, gestión y gestión administrativa;
11.
Recursos de apoyo académico e infraestructura física;
12.
recursos financieros;
Estos 12 factores son el resumen de 24 indicadores temáticos de educación inclusiva
pr
opuestos en INES con énfasis en el desarrollo de políticas, prácticas y culturas inclusivas en
la universidad.
6
La pandemia de COVID 19 obligó a la UFSM a transformar, excepcionalmente, la enseñanza a la modalidad
remota, lo que permitió que algunos estudiantes continuaran viviendo en su ciudad natal.
image/svg+xml
Accesibilidad e inclusión: Estrategias de educación inclusiva de la Universidad Federal de Santa María (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, oct. /dic. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2865
De la matriz de semaforización observamos tres indicadores en verde (baja prioridad de
las acciones), quince en amarillo (acciones con prioridad a mediano plazo) y seis en rojo (con
alta indicación de prioridad). En la investigación que subyace en este artículo, realizada en la
Universidad Francisco de Paula Santander
(
Colombia), Goyeneche y Ruys (2021)
identificaron un indicador verde, diez amarillos y 13 rojos.
Veamos la discusión de cada uno de estos indicadores semaforizados:
En cuanto al factor
Misión y proyecto institucional,
84%
de los estudiantes con
discapacidad de la UFSM reconocen la existencia de políticas que permiten minimizar las
barreras a la participación y al aprendizaje. En cuanto a estas políticas institucionales,
reconocidas por los estudiantes, podemos denotar su materialización a través de las acciones
desarrolladas por CAEd, más específicamente por la Subdirección de Accesibilidad, encargada
de acoger a los estudiantes que ingresan a la política de reserva de vacantes, ofrecer atención
especializada en las áreas de Educación Especial, Terapia Ocupacional y Logopedia,
preparación de orientación sobre la necesidad de adaptaciones curriculares, servicio de
traducción e interpretación de la Lengua de Señas Brasileña (LIBRAS), además de la oferta de
capacitación, producción de materiales didácticos, descripción de imágenes y acciones de
atención a servidores con discapacidad (UFSM, 2020).
E
stos resultados, que son muy positivos, contradicen estudios que indican diferentes
tipos de barreras que dificultan el aprendizaje y la participación de las personas con
discapacidad, a saber: atenienses, que están presentes tanto en los procesos interactivos entre
estudiantes con o sin discapacidad como en la relación pedagógica (RIBEIRO; GOMES, 2017),
las barreras relacionadas con el acceso a la información sobre avisos, documentos relacionados
con la vida cotidiana de la universidad (SILVA, 2020) y la falta de información sobre los
derechos y recursos ofrecidos a los estudiantes con discapacidad (SANTOS; SOUZA, 2021).
Sin embargo, en el mismo factor,
M
isión y proyecto institucional
,
el indicador de
frecuencia es rojo, es decir, el 43% afirma que la institución no utiliza instrumentos para
conocer la diversidad-pluralidad estudiantil en sus diferentes manifestaciones/esferas (social,
económica, política, cultural, lingüística, sensorial, de género, étnico-racial, física, geográfica),
e identificar a aquellos más susceptibles de ser excluidos o marginados (
que son acosados
).
,
por ejemplo) del sistema.
image/svg+xml
Fabiane Adela Tonetto COSTAS; Fabiane Vanessa BREITENBACH y Sabrina Fernandes de CASTRO
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, oct./dic.
2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2866
Tabla 2 -
Misión y Proyecto Institucional
FACTOR
INDICADOR
TIPO DE
INDICADOR
%
1. MISIÓN Y
PROYECTO
INSTITUCIONAL
1.1 Barreras al aprendizaje y la participación.
EXISTENCIA
84%
1.2 Identificación y caracterización del alumnado
FRECUENCIA
57%
Fuente: Preparado por las autoras
En la investigación de Goyeneche y Ruys (2021), de la Universidad
Francisco de Paula
Sant
ander
y Ángel e Pérez (2020), de la
Universidad Católica de Colombia
, los datos mostraron
similitud con los datos de la UFSM, donde el indicador Identificación y caracterización de
estudiantes también aparece en rojo, apuntando a la alta prioridad en cuanto a las acciones para
identificar las necesidades de los estudiantes en las tres instituciones. En este sentido, se espera
que el escenario de la UFSM cambie, ya que la UFSM aprobó, en 2021, dos resoluciones
relevantes con respecto a la inclusión. La primera Resolución, 064/2021, que regula la
Política
de Igualdad de Género
de la Universidad Federal de Santa María (UFSM),
y la segunda
Resolución, 068/2021, que
"Prevé la acción afirmativa y la inclusión en los Programas de
Posgrado de la Universidad Federal de Santa María" (UFSM, 2021a, nuestra traducción).
Así, se verificó el amplio reconocimiento de los estudiantes de la UFSM respecto a la
ex
istencia de políticas que permitan minimizar las barreras a la participación y al aprendizaje,
pero se apunta a una alta prioridad en cuanto a las acciones para identificar las necesidades de
los estudiantes.
E
n cuanto al segundo factor,
Estudiantes
,
se percibe que 73% de los participantes de
esta investigación reconocen la existencia de una política que facilita su participación en los
procesos académicos y administrativos, lo que corrobora las recomendaciones del Documento
Asesor del Programa INCLUIR (BRASIL, 2005, p. 13, nuestra traducción), que tenía "[...] el
propósito de institucionalizar acciones de política de accesibilidad en la educación superior, a
través de los Centros de Accesibilidad":
image/svg+xml
Accesibilidad e inclusión: Estrategias de educación inclusiva de la Universidad Federal de Santa María (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, oct. /dic. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2867
Tabla 3 -
Estudiantes
FACTOR
INDICADOR
TIPO DE
INDICADOR
%
2. ESTUDIANTES
2.1 Participación estudiantil E
XISTENCIA
73%
Fuente: Preparado por las autoras
Es bien sabido la importancia de los centros de accesibilidad, u otras instancias, que
pr
omueven la participación de los estudiantes en la Universidad, recomendando acciones como
un promedio prioritario en opinión de los participantes de la investigación de la UFSM.
Los
d
ocentes
son el tercer factor contemplado en el INES y presenta un tono de
advertencia (amarillo), ya que el 70% de los participantes de esta investigación reconoce que
existe una política que facilita la participación de todos los docentes en los procesos académicos
y administrativos, y el 65% considera que sus docentes son inclusivos, es decir, que la
Institución promueve acciones para instrumentalizar a los docentes para promover prácticas
pedagógicas que valoren la diversidad de los estudiantes en el proceso educativo.
Tabla 4 -
Profesores
FACTOR
INDICADOR
TIPO DE
INDICADOR
%
3. PROFESORES
3.1 Participación de los profesores E
XISTENCIA
70%
3.2 Docentes inclusivos
FRECUENCIA
65%
Fuente: Preparado por las autoras
Con respecto a este resultado, es posible destacar el Curso de F
ormación para la
Inclusión Educativa, ofrecido anualmente a servidores universitarios, donde se desarrollan
temas que involucran las condiciones (visual, auditiva, sordera y discapacidad intelectual),
políticas públicas y recursos de tecnología de apoyo; las conferencias específicas ofrecidas por
la Subdivisión de Accesibilidad, abiertas a toda la comunidad; y las directrices para las
adaptaciones pedagógicas (UFSM, 2020).
A
unque este factor indica la necesidad de "acciones a mediano plazo", se puede analizar
que ya hay un camino transcurrido con respecto a la consolidación de una política institucional
de accesibilidad, algo que también defiende el Programa INCLUÍR (BRASIL, 2005) y que
en
cuentra apoyo en acciones de otras universidades federales brasileñas basadas en acciones de
image/svg+xml
Fabiane Adela Tonetto COSTAS; Fabiane Vanessa BREITENBACH y Sabrina Fernandes de CASTRO
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, oct./dic.
2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2868
acceso y permanencia (SILVA
et al.
, 2018; SCOTT; COSTAS, 2019) y políticas afirmativas
que aseguran el acceso y la permanencia (SANTOS
et al.
, 2022).
El
f
actor Procesos Académicos
también aparece en amarillo, en el que el
73% de los
estudiantes participantes en la investigación consideran los currículos flexibles e
interdisciplinarios, con aspectos que valoran las capacidades, potencialidades y competencias
de los estudiantes, promoviendo acciones que faciliten el aprendizaje y el desarrollo.
En este contexto, podemos mencionar otras acciones realizadas por el CAED (UFSM,
2020)
, particularmente bajo la responsabilidad de la Subdirección de Accesibilidad, como la
atención educativa especializada, la atención terapéutica ocupacional, la orientación y las
reuniones con la coordinación de cursos y profesores, las adaptaciones de textos y materiales
de estudio. Con respecto al indicador interdisciplinariedad y flexibilidad curricular, los
proyectos pedagógicos de los cursos de pregrado pueden predecir una carga de trabajo de
disciplinas complementarias, lo que permite a los estudiantes participar en asignaturas de otros
cursos de pregrado. También hay una carga de trabajo para actividades complementarias,
incluyendo participación en eventos, proyectos de investigación, becas, entre otras actividades.
Tabla 5 -
Procesos académicos
FACTOR
INDICADOR
TIPO DE
INDICADOR
%
4. PROCESOS
ACADÉMICOS
4.1 Interdisciplinariedad y flexibilidad curricular F
RECUENCIA
73%
4.2 Evaluación flexible EXISTENCIA
68%
Fuente: Preparado por las autoras
Podemos percibir, en este mismo factor, que el 32% de los estudiantes que respondieron
a l
a investigación indican que los procesos de evaluación no incluyen herramientas y estrategias
flexibles, hecho que enciende la alerta sobre la necesidad de que la institución intensifique las
acciones de formación y formación docente, tanto para evaluaciones accesibles y flexibles para
el público con discapacidad como para la importancia de pensar estrategias de evaluación
diferentes para todos los estudiantes, diferentes estilos de aprendizaje.
En el factor de
Visibilidad Nacional e Internacional
, s
e observa que el 32% de los
estudiantes encuestados no reconoce el diálogo de la institución con socios nacionales e
internacionales. En este sentido, es necesario destacar que la Secretaría de Apoyo Internacional
(EFS) y la Asociación de Universidades del Grupo de Montevideo (AUGM) aún parecen ser
image/svg+xml
Accesibilidad e inclusión: Estrategias de educación inclusiva de la Universidad Federal de Santa María (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, oct. /dic. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2869
desconocidas y/o poco operativas dentro de la institución, teniendo ciertamente mayor
visibilidad y difusión de las acciones desarrolladas por ellas. A esto se suma el hecho de que
los programas de internacionalización, como "Ciencia sin Fronteras" (BRASIL, 2011), se
extinguieron en 2017.
D
el mismo modo, el 51% de los estudiantes no reconoce la presencia de relaciones
externas entre profesores y estudiantes. Esto indica, en rojo, la necesidad de desarrollar acciones
institucionales que promuevan estas relaciones, especialmente centrándose en los estudiantes
con discapacidad.
Tabla 6 -
Visibilidad nacional e internacional
FATOR
INDICADOR
TIPO DE
INDICADOR
%
5. VISIBILIDADE
NACIONAL E
INTERNACIONAL
5.1 Interlocução da instituição em contextos
acadêmicos nacionais e internacionais
RECONHECIMENTO
68%
5.2 Relações externas de professores e
estudantes
RECONHECIMENTO
49%
Fuente: Preparado por las autoras
En el sexto factor,
Espacios de Investigación, Innovación, Creaciones Artísticas y
Culturales
,
notamos que el 62% de los estudiantes reconocen la existencia de centros, grupos
y/o programas de investigación relacionados con la educación inclusiva. Considerando que la
UFSM es una de las dos universidades federales del país que cuenta con el curso de Educación
Especial, este número advierte sobre la necesidad de ampliar la difusión de estas actividades en
la universidad. Sin embargo, 73% de los estudiantes identifican la participación de la institución
en convenios que promueven investigaciones en el área de educación inclusiva.
Con respecto al indicador de políticas en educación inclusiva, existe cierto
desconocimiento sobre los encuestados de la investigación, ya que la institución cuenta con
varias políticas internas, aprobadas a través de Resoluciones, siendo una de las primeras
universidades del país en implementar una política de reserva de vacantes para personas con
discapacidad, cuando, en 2007, aprobó la Resolución 11.
image/svg+xml
Fabiane Adela Tonetto COSTAS; Fabiane Vanessa BREITENBACH y Sabrina Fernandes de CASTRO
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, oct./dic.
2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2870
Tabla 7 -
Espacios de investigación, innovación, creaciones artísticas y culturales
FACTOR
INDICADOR
TIPO DE INDICADOR
%
6. ESPACIOS DE
INVESTIGACIÓN,
INNOVACIÓN,
CREACIONES
ARTÍSTICAS Y
CULTURALES
6.1 Investigación, innovación y creación artística
y cultural en educación inclusiva.
R
ECONOCIMIENTO
62%
6.2 Investigación/Investigación. Redes de
cooperación en educación inclusiva
F
RECUENCIA
73%
6.3 Políticas de educación inclusiva. FRECUENCIA
54%
Fuente: Preparado por las autoras
En el factor
Relevancia e Impacto Social
,
apenas 54% reconoce que la Institución
desarrolla programas y actividades de extensión o proyección social que responden a
necesidades específicas regionales y poblacionales, teniendo en cuenta el enfoque de la
educación inclusiva en el contexto brasileño, lo que indica una alerta, ya que la Institución se
apoya en la Política de Extensión y desarrolla muchos proyectos con proyección e impacto
social, Existe la necesidad de difundir estas acciones en el contexto académico. Se puede inferir
que los estudiantes con discapacidad rara vez o nunca se matriculan y/o son seleccionados como
becarios en proyectos de investigación y/o extensión, y que, por su no selección o exclusión de
estos procesos, probablemente no tienen conocimiento y reconocimiento de su existencia.
Tabla8 -
Pertinencia e impacto social
FACTOR
INDICADOR
TIPO DE INDICADOR
%
7. RELEVANCIA E
IMPACTO SOCIAL
7.1 Extensión, proyección social y contexto
regional
RECONOCIMIENTO
54%
Fuente: Preparado por las autoras
En cuanto a los Procesos de Autoevaluación y Autorregulación con Enfoque de
E
ducación Inclusiva, factor 8, los indicadores de frecuencia y existencia están en amarillo,
mientras que la frecuencia de las estrategias de intervención, evaluación y mejora está en rojo,
señalando la alta prioridad de realizar acciones de mejora a partir de los resultados de la
evaluación académica.
Vale la pena señalar que entre 2020 y 2021, debido a la pandemia, los procesos de
en
señanza se llevaron a cabo en forma remota, y las evaluaciones y autoevaluaciones
institucionales se restringieron a las percepciones de los estudiantes y maestros sobre el
image/svg+xml
Accesibilidad e inclusión: Estrategias de educación inclusiva de la Universidad Federal de Santa María (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, oct. /dic. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2871
Régimen de Ejercicio Domiciliares (REDE)
7
, adoptado y desarrollado por la UFSM. Así, las
a
cciones de evaluación institucional y autoevaluación se reanudaron a partir del primer semestre
de 2022, que comenzó en abril de 2022 en la UFSM.
T
abla 9 -
Procesos de autoevaluación y autorregulación
FACTOR
INDICADOR
TIPO DE
INDICADOR
%
8. PROCESOS DE
AUTOEVALUACIÓN
Y
AUTORREGULACIÓN
CON ENFOQUE DE
EDUCACIÓN
INCLUSIVA
8.1 Regulación de la educación inclusiva F
RECUENCIA
68%
8.2 Estrategias de intervención, evaluación y
mejora
FRECUENCIA
57%
8.3 Sistema de información accesible E
XISTENCIA
73%
Fuente: Preparado por las autoras
Las actividades/programas de ocio, cultura y salud en la Universidad son señalados por
el 73% de los estudiantes, mientras que el 68% reconoce que tales acciones pueden estar
asociadas con la permanencia y/o deserción estudiantil. Cabe destacar que esta investigación se
llevó a cabo durante la pandemia de Covid-19, cuando se suspendieron todas las actividades
presenciales, lo que puede representar una hipótesis para que este factor esté en amarillo.
También es destacable la existencia en la UFSM de proyectos específicos para estudiantes con
discapacidad, como las modalidades de deportes adaptados ofrecidas por el Centro de Apoyo y
Estudios de Educación Física Adaptada. La UFSM también cuenta con un amplio programa de
estadía estudiantil, teniendo una de las mayores viviendas estudiantiles de América Latina,
restaurantes universitarios, entre otras acciones dirigidas a promover la permanencia de los
estudiantes en la universidad.
En cuanto a la atención especializada a los estudiantes, dos sectores de la UFSM actúan
en este frente: la Prorrectoría (PRAE) de Asuntos Estudiantiles y la Coordinación de Acciones
Educativas (CAED). En PRAE los estudiantes pueden contar con servicios de salud, atención
dental, atención psicológica, turno psicosocial, así como avisos específicos para ayudar al
transporte, materiales didácticos, entre otros. CAED ofrece atención especializada en las áreas
de Educación Especial, Terapia Ocupacional, Logopedia, evaluación psicopedagógica,
orientación pedagógica, orientación psicopedagógica, atención a la salud mental (psicología y
7
Resolución N° 024/2020, derogada por la Resolución 79/2022. Disponible en: https://www.ufsm.br/pro-
reitorias/proplan/resolucao-ufsm-n-079-2022/. Acceso: 12 enero 2022.
image/svg+xml
Fabiane Adela Tonetto COSTAS; Fabiane Vanessa BREITENBACH y Sabrina Fernandes de CASTRO
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, oct./dic.
2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2872
psiquiatría), así como conferencias y cursos específicos sobre temas relacionados con el
rendimiento académico.
Específicamente para personas con discapacidad de la institución, estudiantes y
servidores, se realizó una alianza entre PRAE y CAED para posibilitar la entrega de marmitex
– almuerzo para personas con discapacidad en la institución. Este servicio atiende
exclusivamente a estudiantes y servidores que tienen alguna discapacidad que limita el acceso
a los Restaurantes de la Universidad.
Tabla 10 -
Bienestar institucional
FACTOR
INDICADOR
TIPO DE
INDICADOR
%
9. BIENESTAR
INSTITUCIONAL
9.1 Programas de bienestar universitario F
RECUENCIA
73%
9.2 Estancia estudiantil F
RECUENCIA
68%
Fuente: Preparado por las autoras
En cuanto al indicador diez, sobre las acciones administrativas que se apoyan desde la
perspectiva de la educación inclusiva, el 68% de los estudiantes señala la asistencia, mientras
que el 62% señala que la estructura organizativa de la Institución permite desarrollar acciones
específicas para promover la educación inclusiva.
Tabla 11 -
Organización, gestión y gestión administrativa
FACTOR
INDICADOR
TIPO DE
INDICADOR
%
10.
ORGANIZACIÓN,
GESTIÓN Y
GESTIÓN
ADMINISTRATIVA
10.1 Acciones administrativas y de gestión: F
RECUENCIA
68%
10.2 Estructura organizativa R
ECONOCIMIENTO
62%
Fuente: Preparado por las autoras
El factor que más se destaca en la institución investigada, con semaforización verde, es
el
Apoyo Académico Recursos e Infraestructura Física
: se percibe por los datos que los
estudiantes señalan la existencia de programas y proyectos dirigidos al bienestar académico, y
que la infraestructura institucional responde a los requisitos de los supuestos de educación
image/svg+xml
Accesibilidad e inclusión: Estrategias de educación inclusiva de la Universidad Federal de Santa María (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, oct. /dic. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2873
inclusiva y accesibilidad asegurados en el eje relacionado con la infraestructura del
PROGRAMA INCLUIRSI (BRASIL, 2005), que dispone: "los proyectos arquitectónicos y
urbanos de IFES son concebidos e implementados, cumpliendo con los principios del diseño
universal" (p. 13, nuestra traducción). Algunos ejemplos de tales acciones son la construcción
y renovación de edificios antiguos (restaurante universitario, por ejemplo), así como aceras,
proporcionando accesibilidad, vacantes específicas para estudiantes con discapacidad en
viviendas estudiantiles, acogiendo a los estudiantes al ingresar a la Subdivisión de
Accesibilidad, que busca identificar las demandas de accesibilidad y adaptaciones pedagógicas,
comunica la coordinación de cursos y ofrece atención especializada.
También se destaca el reconocimiento internacional de tales acciones que se alejan de
la UFSM, ya que según el ranking University Impact 2019
8
, publicada por la
revista Times
Higher Education
,
la UFSM se encuentra entre las más inclusivas y diversas del mundo,
considerando los datos del año escolar 2017.
Tabla 12 -
Recursos de apoyo académico e infraestructura física
FACTOR
INDICADOR
TIPO DE
INDICADOR
%
11. RECURSOS DE
APOYO
ACADÉMICO E
INFRAESTRUCTURA
FÍSICA
11.1 Programa de satisfacción universitaria F
RECUENCIA
81%
11.2 Instalaciones e infraestructura F
RECUENCIA
92%
Fuente: Preparado por las autoras
En el último factor, Recursos Financieros, los estudiantes reconocen que la Institución
promueve programas que promueven la educación inclusiva. Sin embargo, el 46% dice que la
institución no cuenta con programas que apoyen convenios de cooperación que financien el
acceso y permanencia de los estudiantes.
8
Disponible en: https://www.ufsm.br/2019/04/17/ufsm-e-uma-das-universidades-mais-inclusivas-e-diversas-do-
mundo/. Acceso: 12 ene. 2022.
image/svg+xml
Fabiane Adela Tonetto COSTAS; Fabiane Vanessa BREITENBACH y Sabrina Fernandes de CASTRO
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, oct./dic.
2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2874
Tabla 13 -
Recursos financieros
FACTOR
INDICADOR
TIPO DE
INDICADOR
%
12. RECURSOS
FINANCIEROS
12.1 Programas de educación inclusiva sostenible F
RECUENCIA
78%
12.2 Apoyo financiero y estudiantil F
RECUENCIA
54%
Fuente: Preparado por las autoras
Las respuestas a este último factor indican acciones a implementar en el "corto plazo".
Sin embargo, desde 2014, las universidades federales han sufrido constantes contingencias y
recortes, que se intensificaron en 2022, según el Decreto 11.216/2022. Y, aunque el CENSO de
Educación Superior (BRASIL, 2022) indica que hay 55.829 estudiantes con discapacidad
matriculados en universidades públicas y privadas (un aumento del 0,56% en comparación con
2009), lo que se observa es una disminución gradual en el valor del recurso relacionado con los
fondos del Programa Nacional de Asistencia Estudiantil - PNAES (BRASIL, 2010), que en
2016 fue de R$ 810.103.000 y actualmente R$ 268.080.000. Se destaca que en 2016 se aprobó
la enmienda constitucional 95/16, que limita el techo del gasto público en salud, educación y
seguridad social, hecho que ha dificultado mucho continuar con las acciones de accesibilidad e
inclusión ya en curso, y prácticamente imposibilita la implementación de otras nuevas.
Consideraciones finales
Este artículo tuvo como objetivo presentar y analizar los resultados resultantes de la
aplicación del instrumento denominado Índice de Inclusión en la Educación Superior (INES),
en la UFSM, en 2022.
Los datos revelaron que la institución tiene fortalezas, que requieren "baja prioridad de
acciones", es decir, actualmente la universidad estaría en una situación satisfactoria en relación
a los siguientes aspectos: la existencia de políticas que minimicen las barreras al aprendizaje y
la participación de los estudiantes, programas que valoren el bienestar de los estudiantes, con
respecto a sus recursos, desarrollar equipos y espacios, e instalaciones e infraestructuras acordes
con lo requerido en términos de la normativa vigente relevante para la educación inclusiva.
Por otro lado, se puede observar que existen indicadores que requieren "acciones de
m
ediano plazo", que implican: mayor participación de estudiantes y profesores en los procesos
académicos y administrativos, interdisciplinariedad, flexibilidad curricular y evaluación
image/svg+xml
Accesibilidad e inclusión: Estrategias de educación inclusiva de la Universidad Federal de Santa María (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, oct. /dic. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2875
flexible, mejor difusión sobre los contactos establecidos entre la institución y miembros
reconocidos de la comunidad académica nacional e internacional, difusión de espacios de
investigación, innovación, grupos/programas, redes de cooperación relacionadas con la
educación inclusiva, autoevaluación y regulación de acciones con miras a la implementación
de la educación inclusiva, accesibilidad a la información por parte de personas con discapacidad
con el fin de impulsar el desarrollo de políticas inclusivas, programas de ocio, residencia de
estudiantes, acciones administrativas respaldadas por la educación inclusiva y la promoción e
implementación de programas que aumenten la educación inclusiva.
Como indicadores que requieren "alta prioridad" de acción son: la mejora en los
procesos que involucran la indicación y caracterización de estudiantes con discapacidad, mayor
incentivo a la movilidad docente y estudiantil a nivel nacional e internacional, la necesidad de
aumentar la participación de la universidad en convenios con otras instituciones que objetan la
realización de investigaciones relacionadas con la educación inclusiva, Considerar los
resultados de las evaluaciones de egresados y académicos para apoyar mejoras en sus procesos
de evaluación y autorregulación desde una perspectiva inclusiva y ampliación de convenios de
cooperación que financien el acceso y permanencia de los estudiantes.
Las respuestas a la aplicación del INES de la UFSM también indicaron una mayor
necesidad de difusión a los estudiantes de las acciones desarrolladas por la institución. Fue
posible notar que muchos estudiantes no entienden qué es la asistencia estudiantil o no asocian
las acciones de la universidad con las políticas de asistencia estudiantil, tales como: alojamiento
estudiantil, restaurante universitario, asistencia de transporte, asistencia para la compra de
materiales pedagógicos, asistencia para la inclusión digital, atención especializada, asistencia
para guarderías, monitoreo, talleres, becas, investigación y extensión, entre otros.
Finalmente, aunque el INES es un instrumento originario de otro país, con algunas
particularidades que no son comunes a Brasil, que tiene una legislación diversa y una
organización universitaria específica, el ejercicio de la aplicación del instrumento y el análisis
de datos permitieron la percepción de aspectos que necesitan ser vistos y mejorados en la
institución.
image/svg+xml
Fabiane Adela Tonetto COSTAS; Fabiane Vanessa BREITENBACH y Sabrina Fernandes de CASTRO
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, oct./dic.
2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2876
REFERENCIAS
ANGEL, F. A. M.; PEREZ, L. M. M.
Resultados de la aplicación del índice de inclusión
para la educación superior
. Bogotá: Ministerio de Educación, 2020.
BOOTH, T.; AINSCOW, M.
Index for inclusion developing learning and participation in
schools
. Bristol: CSIE, 2000.
BRASIL.
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
. Brasília, DF:
Assembleia Nacional, 1988. Disponible en:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acceso: 18 ene. 2022.
BRASIL.
Programa Incluir
. Brasília, DF: MEC; SEESP, 2005. Disponible:
http://portal.mec.gov.br/sesu/index.php?option=content&task=view&id=557&It. Acceso: 24
oct. 2022.
BRASIL,
Decreto n. 7.234, de 19 de julho de 2010
. Dispõe sobre Programa Nacional de
Assistência Estudantil – PNAES. Brasília, DF: Presidência da República, 2010. Disponible
en: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/decreto/d7234.htm. Acceso: 24
oct. 2022.
BRASIL.
Decreto n. 7.642, de 13 de dezembro de 2011
. Institui o Programa Ciência sem
Fronteiras. Brasília, DF: Presidência da República, 2011. Disponible en:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/decreto/d7642.htm. Acceso: 07
enero 2022.
BRASIL.
Lei n. 12.711, de 29 de agosto de 2012
. Dispõe sobre o ingresso nas universidades
federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras providências.
Brasília, DF: Presidência da República, 2012. Disponible en:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12711.htm. Acceso: 19 enero
2022.
BRASIL.
Lei n. 13.146, de 6 de julho de 2015
. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa
com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília, DF: Presidência da
República, 2015. Disponible en: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13146.htm. Acceso: 18 enero 2022.
BRASIL.
Lei n. 13.409, de 28 de dezembro de 2016
. Altera a Lei nº 12.711, de 29 de agosto
de 2012, para dispor sobre a reserva de vagas para pessoas com deficiência nos cursos técnico
de nível médio e superior das instituições federais de ensino. Brasília, DF: Presidência da
República, 2016. Disponible en: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2016/lei-13409-28-
dezembro-2016-784149-publicacaooriginal-151756-pl.html. Acceso: 12 enero 2022.
BRASIL.
Sinopse Estatística da Educação Superior 2020
. Brasília, DF: Inep, 2020.
Disponible en: https://www.gov.br/inep/pt-br/acesso-a-informacao/dados-abertos/sinopses-
estatisticas/educacao-superior-graduacao. Acceso: 28 jun. 2022.
BRASIL,
Decreto n. 11.216, de 30 de setembro de 2022
. Altera o Decreto nº 10.961, de 11
d
e fevereiro de 2022, que dispõe sobre a programação orçamentária e financeira e estabelece
o cronograma de execução mensal de desembolso do Poder Executivo federal para o exercício
image/svg+xml
Accesibilidad e inclusión: Estrategias de educación inclusiva de la Universidad Federal de Santa María (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, oct. /dic. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2877
de 2022. Brasília, DF: Presidência da República, 2022. Disponible en:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2022/decreto/D11216.htm. Último
acceso: 24 de oct. 2022.
CARRIERI, S. Sistema de cotas para pessoas com deficiência: Ação afirmativa para
promoção do acesso à universidade.
In
: COLÓQUIO INTERNACIONAL DE GESTIÓN
UNIVERSITARIA NA AMÉRICAS, 12., 2012, México.
Anais
[...]. México, 2012.
Disponible en: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/97855. Acceso: 16 agosto
2022.
CARRILLO, J. F.; ARISTIZABAL, J.
(autores intelectuales), Índice de inclusión para
educación superior (INES)
. Bogotá: Ministerio de Educación República de Colombia, 2017
GOYENECHE, D. C. R.; RUYS, L. K. C. El concepto de inclusión en la educación superior:
Implementación de la iniciativa INES en las universidades colombianas.
Voces y Silencios.
Revista Latinoamericana de Educación
,
v. 12, n. 1, 2021.
Disponible en:
https://revistas.uniandes.edu.co/doi/ref/10.18175/VyS12.1.2021.6?role=tab. Acceso: 10 enero
2022.
LOUZADA, J. C. A.
O INES-BRASIL e os indicadores de culturas, políticas e práticas
inclusivas em uma universidade brasileira
. 2022. Tese (Doutorado em Educação) –
Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília, São Paulo, 2022.
Disponible en: https://repositorio.unesp.br/handle/11449/235755. Acceso: 11 oct. 2022.
RIBEIRO, D. M.; GOMES, A. M. Barreiras atitudinais sob a ótica de estudantes com
deficiência no ensino superior.
Práxis Educacional
, v. 13, n. 24, p. 13-31, jan./abr. 2017.
Disponible en: https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/927. Acceso: 24 oct.
2022.
SANTOS, D. A.; SOUZA, P. B. M. Percepção de estudantes deficientes sobre o processo de
inclusão no ensino superior: Uma revisão sistemática.
Revista de Educação, Saúde e
Ciências do Xingu
, Altamira, v. 1, n. 4, p. 1-8, jan./dez. 2021. Disponíble en:
https://periodicos.uepa.br/index.php/rescx/article/view/2692. Acceso: 24 oct. 2022
SANTOS, J. S.
et al
. Políticas afirmativas: Acesso e permanência estudantil em universidades
públicas.
Revista do PPGCS –UFRB –Novos Olhares Sociais,
v. 5, n. 1, p. 230-255, maio
2022. Disponible en:
https://www3.ufrb.edu.br/ojs/index.php/novosolharessociais/article/view/640. Acceso: 24 oct.
2022.
SILVA, J. S. S. Acessibilidade, Barreiras e Superação: Estudo de Caso de Experiências de
Estudantes com Deficiência na Educação Superior.
Veredas - Revista Interdisciplinar de
Humanidades,
v. 3, n. 5, p. 215-216, jun. 2020. Disponible en:
https://revistas.unisa.br/index.php/veredas/article/view/122. Acceso: 24 oct. 2022.
SILVA, A. G.
et al
. Políticas públicas de acesso e permanência no ensino superior público
brasileiro: O caso da UFRJ.
Movimento-Revista de Educação
, Niterói, v. 5, n. 9, p. 220-
244, jul./dez. 2018. Disponible en:
https://periodicos.uff.br/revistamovimento/article/view/32682. Acceso: 15 nov. 2021.
image/svg+xml
Fabiane Adela Tonetto COSTAS; Fabiane Vanessa BREITENBACH y Sabrina Fernandes de CASTRO
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, oct./dic.
2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2878
SILVEIRA, A. C. M.; COSTAS, F. A. T. Acesso e permanência nas instituições de ensino
superior.
In
: DALLA CORTE, M. G.
et al
.
Agendas políticas globais e locais e as práticas
contemporâneas em educação
. São Paulo: Pimenta Cultural, 2019.
UFSM.
Resolução n. 002/2018
. Regula as formas de ingresso aos Cursos de Graduação e
Ações Afirmativas correlatas da Universidade Federal de Santa Maria e revoga a Resolução n.
011/07. Santa Maria: UFSM, 2018. Disponible en: https://www.ufsm.br/pro-
reitorias/proplan/resolucao-n-002-2018/. Acceso: 08 enero 2022.
UFSM.
Relatório núcleo de acessibilidade
. Santa Maria: UFSM, 2020. Disponible en
https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/391/2021/06/Relatorio-2020-Acessibilidade.pdf.
Acceso: 14 sept. 2022.
UFSM.
Plano de desenvolvimento institucional 2016-2026
. Santa Maria: UFSM, 2016.
Disponible en: https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/500/2021/04/VFinal-DocumentoPDI-
TextoBaseCONSU_TextoComPlanoDeMetas2022.pdf. Acceso: 29 agosto 2022.
UFSM.
Resolução UFSM n. 068, de 29 de novembro de 2021a
. Dispõe sobre a Política de
Ações Afirmativas e Inclusão nos Programas de Pós-Graduação da Universidade Federal de
Santa Maria. Santa Maria: UFSM, 2021. Disponible en: https://www.ufsm.br/pro-
reitorias/proplan/resolucao-ufsm-n-068-2021/. Acceso: 14 sept. 2022.
UFSM.
Resolução UFSM n. 064, de 03 de novembro de 2021b
. Disciplina a Política de
Igualdade de Gênero da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Santa Maria: UFSM,
2021. Disponible en: https://www.ufsm.br/pro-reitorias/proplan/resolucao-ufsm-n-064-2021/.
Acceso: 14 sept. 2022.
image/svg+xml
Accesibilidad e inclusión: Estrategias de educación inclusiva de la Universidad Federal de Santa María (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, oct. /dic. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2879
Cómo hacer referencia a este artículo
COSTAS, F. A. T.; BREITENBACH, F. V.; CASTRO, S. F. Accesibilidad e inclusión:
estrategias de educación inclusiva de la Universidad Federal de Santa María (UFSM).
Revista
Ibero-Americana de Estudos em Educação
, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2857-2879, oct./dic.
2022. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
Presentado en
: 03/11/2021
Revisiones requeridas en
: 18/04/2022
Aprobado en
: 27/10/2022
Publicado en
: 30/12/2022
Procesamiento y edición: Editora Iberoamericana de Educación - EIAE.
Corrección, formateo, normalización y traducción.
image/svg+xml
Accessibility and inclusion: Inclusive education strategies at the Federal University of Santa Maria (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2854-2875, Oct./Dec. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2854
ACCESSIBILITY AND INCLUSION: INCLUSIVE EDUCATION STRATEGIES AT
THE FEDERAL UNIVERSITY OF SANTA MARIA (UFSM)
ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO: ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA (UFSM)
ACCESIBILIDAD E INCLUSIÓN: ESTRATEGIAS DE EDUCACIÓN INCLUSIVA DE
LA UNIVERSIDAD FEDERAL DE SANTA MARIA (UFSM)
Fabiane Adela Tonetto COSTAS
1
Fabiane Vanessa BREITENBACH
2
Sabrina Fernandes de CASTRO
3
ABSTRACT
:
Given the normative scenario and the increase in the number of people with
disabilities accessing the university, it is necessary to reflect on opportunities for improvement,
aiming at making decisions that qualify participation and learning. Thus, the Index of Inclusion
in Higher Education – INES in the Portuguese acronym - was applied to 37 students with
disabilities and/or special educational needs from UFSM, whose answers were collected from
the Lickert Scale, analyzed descriptively, building the semaphores matrix. It was revealed as
strong points: the existence of policies that minimize the barriers for learning and participation
of students, programs that value the well-being of academics, facilities and infrastructure
consistent with inclusive education; and as points for improvement: processes of identification
and characterization of students with disabilities, greater incentive to faculty and student
mobility in national and international levels. The application of the Index allowed the
perception of the actions that this University develops, its strengths, and the identification of
situations for improvement.
KEYWORDS
:
Special education. Higher education. INES. Accessibility.
RESUMO
:
Diante do cenário normativo e da ampliação do número de pessoas com deficiência
acessando a universidade, necessita-se refletir sobre oportunidades de melhoria, visando a
tomada de decisões que qualifiquem a participação e a aprendizagem. Assim, realizou-se a
aplicação do Índice de Inclusão no Ensino Superior - INES junto a 37 estudantes com
deficiência e/ou necessidades educacionais especiais da UFSM, cujas respostas foram
coletadas a partir da Escala Lickert, analisadas descritivamente, construindo-se a matriz de
semaforização. Revelaram-se como pontos fortes: a existência de políticas que minimizam as
barreiras para aprendizagem e participação dos estudantes, programas que prezam pelo bem-
1
Federal University of Santa Maria (UFSM), Santa Maria – RS – Brazil. Full Professor at the Department of
Educational Foundations. PhD in Education (UFRGS). Post-Doctoral Internship (UMinho/Portugal). ORCID:
https://orcid.org/0000-0003-3698-2782. E-mail: fabiane.costas@ufsm.br
2
Federal University of Santa Maria (UFSM), Santa Maria – RS – Brazil. Técnica em Assuntos Educacionais,
Núcleo de Acessibilidade. PhD in Education (UFSM). ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6163-8225. E-mail:
fabiane.breitenbach@gmail.com
3
Federal University of Santa Maria (UFSM), Santa Maria – RS – Brazil. Associate professor at the Department
of Special Education. PhD in Special Education (UFSCar). Post-doctoral internship in Special Education
(UFSCar). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2204-6136. E-mail: sabrinafcastro@gmail.com
image/svg+xml
Fabiane Adela Tonetto COSTAS; Fabiane Vanessa BREITENBACH and Sabrina Fernandes de CASTRO
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2854-2875, Oct./Dec. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2855
estar dos acadêmicos, instalações e infraestrutura condizentes à educação inclusiva; e como
pontos a melhorar: processos de identificação e caracterização dos estudantes com deficiência,
maior incentivo à mobilidade docente e estudantil em âmbito nacional e internacional. A
aplicação do Índice possibilitou a percepção das ações que essa Universidade desenvolve, seus
pontos fortes, e a identificação de situações para aperfeiçoamento.
PALAVRAS-CHAVES
: Educação especial. Ensino superior. INES. Acessibilidade.
RESUMEN
:
Dado el escenario normativo y la ampliación del número de personas con
discapacidad que acceden a la universidad, es necesario reflexionar sobre las oportunidades
de mejora, apuntando a la toma de decisiones que califiquen la participación y el aprendizaje.
Así, se realizó el Índice de Inclusión en Educación Superior - INES con 37 estudiantes con
discapacidad y/o necesidades educativas especiales de la UFSM, cuyas respuestas fueron
recogidas de la Escala Lickert, analizado descriptivamente, construyendo la matriz de
semaforización. Demostraron ser fortalezas: la existencia de políticas que minimicen las
barreras al aprendizaje y la participación estudiantil, programas que valoren el bienestar de
los académicos, instalaciones e infraestructura consistentes con la educación inclusiva; y como
puntos a mejorar: procesos de identificación y caracterización de estudiantes con
discapacidad, mayor incentivo a la movilidad docente y estudiantil a nivel nacional e
internacional. La aplicación del Índice permitió la percepción de las acciones que desarrolla
esta Universidad, sus fortalezas, y la identificación de situaciones de mejora.
PALABRAS CLAVE
:
Educación especial. Enseñanza superior. INES. Accesibilidad.
Introduction
This article aims to present and analyze the results from the application of the instrument
called Index of Inclusion in Higher Education (INES in the Portuguese acronym) at the Federal
University of Santa Maria (UFSM). The Index was developed by Carrillo and Aristizabal
(2017) in the city of Bogotá, Colombia, and regulated by Decree 1421/2017 of the Ministry of
National Education - MEN of Colombia by which regulates, within the framework of inclusive
education, the educational attention to the population with disabilities. Its objective is to foster
quality education, promoting inclusive education strategies within Higher Education
Institutions (HEIs), as a central part of the institutional policy.
INES
4
is a resource that allows higher education institutions to identify where they stand
in relation to attention to diversity, analyzing their strengths and opportunities for improvement,
enabling them to make decisions that qualify community learning, participation, and
4
This instrument was translated and adapted to the realities of the Brazilian, Argentine, and Uruguayan universities
that make up the aforementioned research, in a process that took place in six phases and over six months (2018-
2019). A detailed description can be found in the doctoral thesis of LOUZADA (2022).
image/svg+xml
Accessibility and inclusion: Inclusive education strategies at the Federal University of Santa Maria (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2854-2875, Oct./Dec. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2856
cooperation. The Index is based on Booth and Ainscow's (2000, p. 06) concept of inclusion,
according to which "inclusion is a set of processes aimed at increasing students' participation
in culture, curricula, and communities".
In the Brazilian scenario, the guarantee of the right to education is a fundamental clause
of the Brazilian Federal Constitution since its promulgation in 1988. Its Article 205 determines
that "education becomes a right of all and a duty of the State and the family, in collaboration
with society" (BRAZIL, 1988, our translation), aiming at the integral development of the
person, "its preparation for the exercise of citizenship and its qualification for work" (BRAZIL,
1988). In Art. 206, it is stated that teaching shall occur under "equal conditions for access to
and permanence in school" (BRAZIL, 1988, our translation). And, in Article 208, there is the
detailing of the relationship of duty between the State for the Education of people with
disabilities, which will take place by means of "specialized educational services for the
disabled, preferably in the regular education system" (BRAZIL, 1988, our translation)
However, even though there was an explicit commitment that education for people with
disabilities was a duty of the state, the presence of people with disabilities in Higher Education
was only regulated 27 years later, by Law 13.146/2015, the "Brazilian Inclusion Law", which
in its Article 27 determines that education is a:
[...] the right of the person with disabilities in an inclusive educational system
at all levels and learning
throughout life, aiming to obtain the maximum
possible development of their talents and physical, sensorial, intellectual and
social abilities, according to their characteristics, interests and learning needs
(BRAZIL 2015, p. 19, authors' emphasis, our translation).
In federal universities, the access of people with disabilities was legally guaranteed by
Law 13,409/2016 (BRAZIL, 2016), which amended Law 12,711/2012 (BRAZIL, 2012),
known as the "Quotas Law". Its Article 3 states that:
In each federal institution of higher education, the vacancies referred to in art.
1 of this law will be filled, by course and shift, by self-declared black, mixed
race and indigenous people and by
people with disabilities
, under the terms
of the legislation, in proportion to the total number of vacancies at least equal
to the respective proportion of black, mixed race, indigenous and disabled
people in the population of the Federation unit where the institution is located,
according to the last census of the Brazilian Institute of Geography and
Statistics Foundation - IBGE (BRAZIL, 2016, authors' emphasis, our
translation).
However, prior to the enactment of these laws, some federal universities, through
resolutions and internal regulations, ensured the access of people with disabilities, either by a
image/svg+xml
Fabiane Adela Tonetto COSTAS; Fabiane Vanessa BREITENBACH and Sabrina Fernandes de CASTRO
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2854-2875, Oct./Dec. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2857
certain percentage or by quotas (CARRIERI, 2012). More precisely, by the year 2012, eight
federal universities already provided as affirmative action the reserve of vacancies for people
with disabilities and/or special educational needs (CARRIERI, 2012): one of them was the
Federal University of Santa Maria.
The UFSM, guided by Resolution 011/2007, since 2007 provided 5% of vacancies in
each undergraduate course for people with special educational needs. However, as of Law 13.
409/2016 (BRAZIL, 2016), UFSM has adapted its selective processes for admission,
contemplating the following situations: candidates with disabilities who have fully attended
high school in public schools, with family gross income per person equal to or less than 1.5
minimum wage; candidates with disabilities who have fully attended high school in public
schools, with family gross income per person equal to or less than 1.5 minimum wage, self-
declared black, mixed race or indigenous; applicants with disabilities who have attended high
school in full time in public schools, with a family income per person higher than 1.5 minimum
wages; applicants with disabilities who have attended high school in full time in public schools,
with a family income per person higher than 1.5 minimum wages, self-declared black, mixed
race, or indigenous people.
With this adaptation of the selection processes of UFSM to the federal legislation, it was
identified that people with disabilities who had not attended high school in public schools were
not contemplated by the vacancy reservation policy. Thus, in 2018, UFSM instituted Resolution
02/2018, which now regulates the forms of admission to undergraduate courses and related
affirmative actions at UFSM. This new resolution also creates specific selective processes for
admission to undergraduate courses, one of them being specific for people with disabilities,
aiming to complement the range not covered by Law 12.711/2012 (amended by Law 13.
409/2016), offering supplementary vacancies in the percentage of up to 5% of vacancies/year
of the total number of vacancies offered in each Undergraduate Course at UFSM (UFSM,
2018).
In view of the regulatory scenario already mentioned and the expansion of the number
of people with disabilities who are accessing the University (BRAZIL, 2020), since 2019
universities in Brazil, Argentina and Uruguay have been developing research involving the
access and permanence of students with disabilities in Higher Education, from a Project entitled
"Accessibility and Inclusion in differentiated university contexts". The purpose of this research
is to draw a panorama of the cultures, policies and inclusive educational practices aimed at
students with disabilities in public universities in Latin American countries - Brazil, Argentina
and Uruguay. It comes from the actions of the Research Network "Accessibility in Higher
image/svg+xml
Accessibility and inclusion: Inclusive education strategies at the Federal University of Santa Maria (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2854-2875, Oct./Dec. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2858
Education" (OBEDUC/CAPES), coordinated by Professor Sandra Eli Sartoreto de Oliveira
Martins, and counts with the participation of researchers who work in the Academic Committee
of Disability and Accessibility/Association of Montevideo Group of Universities (CAAyD
AUGM) and in the Latin American and Caribbean Interuniversity Network on Disability and
Human Rights/UNPL - Argentina.
Thus, this article presents the results from the application of INES at UFSM, also
highlighting the methodological process for its collection, the actions that this University
develops, its strengths, and identifying opportunities for improvement.
Methodology
The network research was developed in four stages. The first included the process of
characterizing the profile of students with disabilities through census data available in the
institution's enrollment system. The second and third stages comprised the adaptation and
application of guiding questions present in the Index of Inclusion for Higher Education (INES).
This is an instrument that aims to help identify accessibility barriers in Higher Education. It
was developed in three distinct moments; namely: a) sending the INES to be translated by
special education professionals; b) adaptation of the Questionnaire and the guiding questions
of the INES by the group of HEI coordinators and c) application of the Questionnaire to the
study sample.
The fourth and last stage, which is being dealt with in this article, refers to the treatment
and analysis of the data collected that qualifies the profile and the accessibility conditions from
the point of view of disabled university students enrolled in undergraduate courses at UFSM.
The data treatment of the questionnaire was carried out by using the technique of
distribution of values assigned for measurement on the Likert scale, being subjected to
descriptive treatment, where the average scores of students were calculated and the semaphores
matrix was built (GOYENECHE; RUIZ, 2021) shown below.
image/svg+xml
Fabiane Adela Tonetto COSTAS; Fabiane Vanessa BREITENBACH and Sabrina Fernandes de CASTRO
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2854-2875, Oct./Dec. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2859
Table 1 –
INES' Traffic Light Matrix
Source:
GOYENECHE; RUIZ (2021)
In the traffic light matrix, the values are taken into account: red: less than 60%, yellow:
between 60% and 80%, and green: greater than 80%.
Thus, after data analysis, Ángel and Pérez (2020) propose that interventions should be
carried out, as a priority, in those factors and indicators with lower perception, visualized in the
red traffic light.
The Research Context
The Federal University of Santa Maria is located in southern Brazil, more precisely in
the central region of the state of Rio Grande do Sul. It was created by Law 3.834-C, of
December 14, 1960, as the first federal university outside a Brazilian capital. At the time it had
the Faculty of Pharmacy, Medicine, Dentistry and the Electrotechnical Institute of the
Polytechnic Center (UFSM, 2022).
Currently, it has 276 courses distributed between basic and higher education, in the
stages of early childhood education, high school (with integrated and subsequent technical
courses), undergraduate and graduate, which are located on the main campus (Santa Maria),
Frederico Westphalen Campus, Palmeira das Missões Campus and Cachoeira do Sul Campus.
It has a staff of 2,070 professors and 2,544 administrative staff, to serve 28,511 students (data
from the first semester of 2022).
image/svg+xml
Accessibility and inclusion: Inclusive education strategies at the Federal University of Santa Maria (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2854-2875, Oct./Dec. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2860
It is worth mentioning that in 2016, UFSM approved its Institutional Development Plan
(PDI), which will last ten years, starting from the year of its approval/implementation. One of
its challenges, more precisely
Challenge 3 - Social Inclusion
, aims to "develop pedagogical
support strategies that encourage learning and completion within an adequate timeframe"
(UFSM, 2016). This challenge led to the elevation of the percentage of 25% of students served
in 2019 by the Coordination of Educational Actions (CAED in the Portuguese acronym) to 50%
in 2022 (UFSM, 2022).
It is also noteworthy that in 2021, UFSM passed two relevant Resolutions regarding
inclusion. The first Resolution, 064/2021, which
Disciplines the Gender Equality Policy of the
Federal University of Santa Maria
(UFSM), and the second Resolution, 068/2021, which
"Provides for the Affirmative Action Policy and Inclusion in Graduate Programs at the Federal
University of Santa Maria
"
(UFSM, 2021a).
Population and sample
Since the approval of Resolution 011/2007 until the year 2022, the Coordination of
Educational Actions (CAEd-UFSM) has provided some kind of support to 822 students with
disabilities. In the year 2022, there are 305 regular students with disabilities enrolled, who were
contacted by the project team, through the Accessibility Sub-division of CAEd, in January and
February 2022 (end of the second semester of 2021) and May 2022 (fifteen days after the
beginning of the first semester of 2022).)
5
to answer INES' questions.
Thirty-seven questionnaires were answered by students with disabilities, aged 18 to 64.
Of these, 22 were male, 14 female, and one did not define gender. Regarding ethnicity/race, six
said they were of Hispanic origin, 28 white, one brown, one black, and one Brazilian (which
did not allow an ethnicity to be assigned). Regarding marital status, there are 29 single, five
married, two in a stable union, and one divorced. As for the place of birth, 11 were born in
Santa Maria/RS, 12 in other cities in RS, and the others in other states, such as Bahia, São Paulo,
Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rondônia, and Minas Gerais. However, most of them,
30 students, live in Santa Maria/RS, 02 in Cachoeira do Sul/RS, 04 in other cities in RS and
two in the state of São Paulo.
6
.
5
The invitation to respond to the INES instrument was made in two moments due to the low participation of the
first attempt.
6
The COVID 19 Pandemic forced UFSM to exceptionally transform teaching to remote modality, which made it
possible for some students to continue to reside in their hometown.
image/svg+xml
Fabiane Adela Tonetto COSTAS; Fabiane Vanessa BREITENBACH and Sabrina Fernandes de CASTRO
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2854-2875, Oct./Dec. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2861
Finally, regarding the condition of disability and/or special educational needs, these are
presented as: learning disabilities (5.41%), hearing impairment (5.41%), physical disability
(27.05%), High Abilities (2.70%), Visual Impairment (13.51%), Deafness (8.11%), Mental
Illness (2.70%), Autistic Spectrum Disorder (18.92%), Blindness (2.70%), Visual and Hearing
Disabilities (2.70%), Dyslexia (5.41%), Intellectual Disability (2.70%), and Attention Deficit
Hyperactivity Disorder (2.70%).
Having outlined the profile of the sample, we will now discuss the data from INES.
Data Analysis and Discussion
To treat the data from the application of the Questionnaire with the 37 students with
disabilities and/or special educational needs from UFSM, we chose to evaluate each one of the
12 factors of INES, as follows:
1. Mission and institutional project
2. Students
3. Teachers
4. Academic Processes
5. National and International Visibility
6. Spaces for research, innovation, artistic and cultural creations
7. Social relevance and impact
8. Self-evaluation and self-regulation processes with an inclusive education
approach
9. Institutional well-being
10. Organization, management, and administrative management
11. Academic support resources and physical infrastructure
12. Financial Resources
These 12 factors are the summary of 24 thematic indicators of inclusive education
proposed at INES with emphasis on the development of inclusive policies, practices and
cultures at the university.
From the semaphores matrix we observe three indicators in green (low priority of
actions), fifteen in yellow (actions with priority in the medium term) and six in red (with high
priority indication). In the research on which this article is based, conducted at the Universidad
Francisco de Paula Santander (Colombia), Goyeneche and Ruys (2021) identified one green
indicator, ten yellow and 13 red.
image/svg+xml
Accessibility and inclusion: Inclusive education strategies at the Federal University of Santa Maria (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2854-2875, Oct./Dec. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2862
Let's look at the discussion of each of these traffic light indicators:
As for the factor
Mission and institutional
project
, 84% of students with disabilities at
UFSM recognize the existence of policies that allow minimizing barriers to participation and
learning. As for these institutional policies recognized by the students, we can denote their
materialization through the actions developed by CAEd, more specifically by the Subdivision
of Accessibility, responsible for welcoming students entering through the policy of reserved
places, offering specialized care in the areas of Special Education, Occupational Therapy and
Speech Therapy, preparation of guidelines on the need for curricular adaptations, translation
and interpretation service of the Brazilian Sign Language (LIBRAS), in addition to the offer of
training, production of instructive materials, description of images and attention actions to
servers with disabilities (UFSM, 2020).
These results, which are very positive, contradict studies that point out several types of
barriers that hinder the learning and participation of people with disabilities, namely: the
attitudinal barriers, which are present both in the interactive processes between students with
or without disabilities and in the pedagogical relationship (RIBEIRO; GOMES, 2017), the
barriers related to the access to information about edicts, documents pertaining to the daily life
of the university (SILVA, 2020), and the lack of information about the rights and resources
offered to students with disabilities (SANTOS; SOUZA, 2021).
However, in the same factor,
Mission and institutional project
, the indicator frequency
is red, that is, 43% say that the institution does not use instruments to know the student diversity-
plurality in its different manifestations/spheres (social, economic, political, cultural, linguistic,
sensory, gender, ethno-racial, physical, geographic), and identify those most likely to be
excluded or marginalized (who suffer bullying, for example) from the system.
Table 2 - Mission and Institutional Project
FACTOR
INDICATOR
T
YPE OF
INDICATOR
%
1. MISSION AND
INSTITUTIONAL
PROJECT
1.1 Barriers to learning and participation.
EXISTENCE
84%
1.2 Identification and characterization of the students
FREQUENCY
57%
Source: Prepared by the authors
image/svg+xml
Fabiane Adela Tonetto COSTAS; Fabiane Vanessa BREITENBACH and Sabrina Fernandes de CASTRO
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2854-2875, Oct./Dec. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2863
In the research by Goyeneche and Ruys (2021), at the Universidad Francisco de Paula
Santander, and Ángel and Perez (2020), at the Universidad Católica de Colombia, the data
showed similarities to the data from UFSM, where the indicator Identification and
characterization of students also appears in red, pointing to the high priority for actions to
identify student needs in the three institutions. In this sense, it is expected that the UFSM
scenario will change, since the UFSM approved, in the year 2021, two relevant Resolutions
regarding inclusion. The first Resolution, 064/2021, which
Disciplines the Gender Equality
Policy of the Federal University of Santa Maria (UFSM
), and the second Resolution, 068/2021,
which
"Disposes about the Affirmative Action and Inclusion Policy in the Graduate Programs
of the Federal University of Santa Maria
" (UFSM, 2021a).
Thus, it was found the broad recognition of UFSM students regarding the existence of
policies that allow minimizing barriers to participation and learning, but it is pointed out the
high priority as to actions to identify student needs.
Regarding the second factor,
Students
, 73% of the participants in this survey recognize
the existence of a policy that facilitates their participation in academic and administrative
processes, which corroborates what was recommended by the Guiding Document of the
INCLUIR Program (BRASIL, 2005, p. 13), which had "[...] the purpose of institutionalizing
accessibility policy actions in higher education, through the Accessibility Centers”:
Table 3 - Students
FACTOR
INDICATOR
TYPE OF
INDICATOR
%
2. STUDENTS
2.1 Student Participation
EXISTENCE
73%
Source: Prepared by the authors
It is well known the importance of the Accessibility Centers, or other instances, that
promote student participation in the University, advocating actions as medium priority in the
view of the UFSM research participants.
Professors
is the third factor considered at INES and has an alert tone (yellow), since
70% of the participants in this survey recognize that there is a policy that facilitates the
participation of all professors in academic and administrative processes, and 65% consider that
their professors are inclusive, that is, that the institution promotes actions to enable professors
to promote pedagogical practices that value the diversity of students in the educational process.
image/svg+xml
Accessibility and inclusion: Inclusive education strategies at the Federal University of Santa Maria (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2854-2875, Oct./Dec. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2864
Table 4 - Professors
FACTOR
INDICATOR
TYPE OF
INDICATOR
%
3. PROFESSORS
3.1 Participation of Professors EXISTENCE
70%
3.2 Inclusive Teachers
FREQU
ENCY
65%
Source: Prepared by the authors
Related to this result, one can highlight the Training Course for Educational Inclusion,
offered annually to the university staff, where themes involving the conditions (visual, hearing,
deaf, blindness and intellectual disabilities), the public policies and Assistive Technology
resources are developed; the specific lectures offered by the Accessibility Subdivision, open to
the whole community; and the guidelines concerning the pedagogical adaptations (UFSM,
2020).
Although this factor indicates the need for "medium-term actions", it can be analyzed
that there is already a path passed regarding the consolidation of an institutional policy of
accessibility, something also recommended by the INCLUIR Program (BRAZIL, 2005) and
that finds support in actions of other Brazilian federal universities from actions of access and
permanence (SILVA
et al
., 2018; SILVEIRA; COSTAS, 2019) and affirmative policies that
ensure access and permanence (SANTOS
et al
., 2022).
The factor
Academic Processes
also appears in yellow, in which 73% of the students
participating in the survey consider the curricula flexible and interdisciplinary, with aspects that
value the abilities, potential and skills of students, promoting actions that facilitate learning and
development.
In this context, we can cite other actions taken by CAED (UFSM, 2020), particularly
under the responsibility of the Subdivision of Accessibility, such as specialized educational
care, occupational therapeutic care, guidance and meetings with the coordinators of courses and
teachers, adaptations of texts and study materials. Regarding the interdisciplinarity and
curricular flexibility indicator, the pedagogical projects of the undergraduate courses may
foresee a workload of complementary disciplines, which enables students to participate in
disciplines in other undergraduate courses. There is, also, an hourly load destined to
complementary activities, contemplating the participation in events, research projects,
scholarships, among other activities.
image/svg+xml
Fabiane Adela Tonetto COSTAS; Fabiane Vanessa BREITENBACH and Sabrina Fernandes de CASTRO
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2854-2875, Oct./Dec. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2865
Table 5 – Academic processes
FACTOR
INDICATOR
TYPE OF
INDICATOR
%
4. ACADEMIC
PROCESSES
4.1 Interdisciplinarity and curricular flexibility FREQUENCY
73%
4.2 Flexible Evaluation EXISTENCE
68%
Source: Prepared by the authors
We can notice, in this same factor, that 32% of the students who answered the survey
point out that the assessment processes do not include flexible tools and strategies, a fact that
raises the alert as to the need of the institution to intensify the actions of capacity building and
faculty training, both for accessible and flexible assessments for the public with disabilities as
for the importance of thinking different assessment strategies for all students, considering the
different learning styles.
In the
National and International Visibility
factor, it is noted that 32% of the students
surveyed do not recognize the interlocution of the institution with national and international
partners. In this sense, we must emphasize that the Secretariat of International Support (SAI)
and the Association of Universities of the Montevideo Group (AUGM) still seem to be
unknown and/or not very active within the institution, and certainly more visibility and publicity
should be given to their actions. Added to this is the fact that internationalization programs,
such as "Science without Borders" (BRASIL, 2011), have been extinguished in 2017.
On the same path, 51% of students do not recognize the presence of external relations
between professors and students. This indicates, in red, the need to develop institutional actions
that promote these relationships, especially focusing on students with disabilities.
Table 6 – National and International Visibility
FACTOR
INDICATOR
TYPE OF
INDICATOR
%
5. NATIONAL AND
INTERNATIONAL
VISIBILITY
5.1 Interlocution of the institution in national
and international academic contexts
RECOGNITION
68%
5.2 External relationships of teachers and
students
RECOGNITION
49%
Source: Prepared by the authors
image/svg+xml
Accessibility and inclusion: Inclusive education strategies at the Federal University of Santa Maria (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2854-2875, Oct./Dec. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2866
In the sixth factor,
Spaces for Research, Innovation, Artistic and Cultural Creations
, we
noticed that 62% of students recognize the existence of centers, groups and/or research
programs related to inclusive education. Considering that UFSM is one of the two federal
universities in the country that has a Special Education course, this number warns of the need
to expand the dissemination of these activities at the university. Despite this, 73% of students
identify the participation of the institution in agreements that promote research in inclusive
education.
Regarding the indicator of policies in inclusive education, it is possible to notice a
certain lack of knowledge on the part of the survey respondents, since the institution has several
internal policies, approved through resolutions, being one of the first universities in the country
to implement a policy to reserve spaces for people with disabilities, when, in 2007, it approved
Resolution 11.
Table 7 – Spaces for Research, Innovation, Artistic and Cultural Creations
FACTOR
INDICATOR
TYPE OF
INDICATOR
%
6. SPACES FOR
RESEARCH,
INNOVATION,
ARTISTIC AND
CULTURAL
CREATIONS
6.1 Research, innovation and artistic and cultural
creation in inclusive education.
RECOGNITION
62%
6.2 Research/Research. Cooperation Networks in
inclusive education
FREQUENCY
73%
6.3 Policies in inclusive education. FREQUENCY
54%
Source: Prepared by the authors
In the factor
Relevance and Social Impact
, only 54% recognize that the Institution
develops programs and extension activities or social projection that meet specific regional and
population needs, taking into account the approach of inclusive education in the Brazilian
context, which points us to an alert, since the Institution has the Extension Policy and develops
many projects with projection and social impact, with the need for dissemination of these
actions in the academic context. It can be inferred that students with disabilities rarely or never
apply and/or are selected as fellows in research and/or extension projects, and that due to their
non-selection or exclusion from these processes, they probably do not have knowledge and
recognition of their existence.
image/svg+xml
Fabiane Adela Tonetto COSTAS; Fabiane Vanessa BREITENBACH and Sabrina Fernandes de CASTRO
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2854-2875, Oct./Dec. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2867
Table 8 –
Relevance and Social Impact
FACTOR
INDICATOR
TYPE OF
INDICATOR
%
7.
RELEVANCE
AND SOCIAL
IMPACT
7.1 Extension, social projection, and regional
context
RECOGNITION
54%
Source: Prepared by the authors
As for the
Self-evaluation and Self-regulation Processes
with Inclusive Education
Approach, factor 8, the indicators of frequency and existence are in yellow, while the frequency
of intervention, assessment and improvement strategies is in red, pointing to the high priority
of carrying out improvement actions from the results of the academic assessment.
It is worth mentioning that between 2020 and 2021, due to the Pandemic, the teaching
processes took place remotely, and the institutional evaluations and self-assessments were
restricted to the perceptions of students and faculty on the Home Exercise Regime (REDE in
the Portuguese acronym)
7
, that was adopted and developed by UFSM. Thus, the Institutional
evaluation and self-assessment actions were resumed as of the first semester of 2022, which
began in April 2022 at UFSM.
Table 9 – Self-evaluation and Self-regulation Processes
FACTOR
INDICATOR
TYPE OF
INDICATOR
%
8. SELF-
EVALUATION AND
SELF-REGULATION
PROCESSES
8.1 Regulating inclusive education FREQUENCY
68%
8.2 Intervention strategies, evaluation and
improvement
FREQUENCY
57%
8.3 Accessible Information System EXISTENCE
73%
Source: Prepared by the authors
Leisure, culture, and health activities/programs at the University are pointed out by 73%
of students, while 68% recognize that such actions may be associated with the permanence
and/or dropout of students. It is worth mentioning that this research was conducted during the
Covid-19 pandemic, when all classroom activities were suspended, which may represent a
hypothesis for this factor to present itself in yellow. The existence in UFSM of specific projects
7
Resolution n. 024/2020, revoked by Resolution 79/2022. Available at: https://www.ufsm.br/pro-
reitorias/proplan/resolucao-ufsm-n-079-2022/. Access on: 12 Jan. 2022.
image/svg+xml
Accessibility and inclusion: Inclusive education strategies at the Federal University of Santa Maria (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2854-2875, Oct./Dec. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2868
for students with disabilities is also noteworthy, such as, for example, adapted sports modalities
offered by the Center for Support and Studies of Adapted Physical Education. UFSM also has
a broad program of student permanence, with one of the largest student residences in Latin
America, university restaurants, among other actions that aim to promote the permanence of
students at the university.
As for the specialized services for students, two sectors of UFSM work on this front:
the Dean's Office (PRAE) of Student Affairs and the Coordination of Educational Actions
(CAED). At PRAE, students can count on health services, dental care, psychological care,
psychosocial support, besides specific edicts for transportation aid, didactic materials, among
others. CAED offers specialized services in the areas of Special Education, Occupational
Therapy, Speech Therapy, psycho-pedagogical evaluation, educational guidance, psycho-
pedagogical guidance, mental health care (psychology and psychiatry), as well as lectures and
specific courses on topics involving academic performance.
Specifically for people with disabilities in the institution, students and servers, a
partnership between PRAE and CAED was made to enable the delivery of packed lunches for
people with disabilities in the institution. This service caters exclusively to students and
employees who have some kind of disability that limits access to University Restaurants.
Table 10 –
Institutional Well-Being
FACTOR
INDICATOR
TYPE OF
INDICATOR
%
9. INSTITUTIONAL
WELL-BEING
9.1 University Welfare Programs FREQUENCY
73%
9.2 Student Permanence FREQUENCY
68%
Source: Prepared by the authors
As for indicator ten, referring to administrative actions being supported from the
perspective of inclusive education, 68% of students pointed to the frequency, while 62%
pointed out that the organizational structure of the institution allows it to develop specific
actions to promote inclusive education.
image/svg+xml
Fabiane Adela Tonetto COSTAS; Fabiane Vanessa BREITENBACH and Sabrina Fernandes de CASTRO
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2854-2875, Oct./Dec. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2869
Table 11 –
Organization, Management and Administrative Management
FACTOR
INDICATOR
TYPE OF
INDICATOR
%
10.
ORGANIZATION,
MANAGEMENT
AND
ADMINISTRATIVE
MANAGEMENT
10.1 Administrative and management actions: FREQUENCY
68%
10.2 Organizational structure RECOGNITION
62%
Source: Prepared by the authors
The factor that stands out the most in the researched Institution, with green emphasis, is
the
Academic Support Resources and Physical Infrastructure
: it can be seen by the data that
students point to the existence of programs and projects aimed at academic well-being, and that
the Institutional infrastructure meets the requirements of the assumptions of inclusive education
and accessibility ensured in the axis concerning the infrastructure of the INCLUIR Program
(BRAZIL, 2005), which provides: "architectural and urban projects of the IFES are conceived
and implemented, meeting the principles of universal design" (p. 13). Some examples of such
actions are the construction and renovation of old buildings (university restaurant, for example),
as well as sidewalks, foreseeing the accessibility, specific places for students with disabilities
in the student residences, welcoming of students when they are admitted by the Accessibility
Sub-division, which seeks to identify the accessibility demands and pedagogical adaptations,
communicates the course coordination and offers specialized services.
It is also noteworthy the international recognition of such actions that come from UFSM,
since according to the ranking University Impact 2019
8
, published by Times Higher Education
magazine, UFSM is among the most inclusive and diverse in the world, considering data from
the 2017 academic year.
8
Available at: https://www.ufsm.br/2019/04/17/ufsm-e-uma-das-universidades-mais-inclusivas-e-diversas-do-
mundo/. Access on: 12 Jan. 2022.
image/svg+xml
Accessibility and inclusion: Inclusive education strategies at the Federal University of Santa Maria (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2854-2875, Oct./Dec. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2870
Table 12 –
Academic Support Resources and Physical Infrastructure
FACTOR
INDICATOR
TYPE OF
INDICATOR
%
11. ACADEMIC
SUPPORT
RESOURCES AND
PHYSICAL
INFRASTRUCTURE
11.1 University Satisfaction Program FREQUENCY
81%
11.2 Facilities and Infrastructure FREQUENCY
92%
Source: Prepared by the authors
In the last factor,
Financial Resources
, students recognize that the institution fosters
programs that promote inclusive education. However, 46% affirm that the institution does not
have programs that support cooperation agreements that finance the access and permanence of
students.
Table 13 –
Financial Resources
FACTOR
INDICATOR
TYPE OF
INDICATOR
%
12. FINANCIAL
RESOURCES
12.1 Sustainable inclusive education programs FREQUENCY
78%
12.2 Financial and student support FREQUENCY
54%
Source: Prepared by the authors
The answers to this last factor indicate actions to be implemented in the "short term".
However, since the year 2014, federal universities have been suffering constant contingencies
and cuts, which intensified in the year 2022, according to Decree 11.216/2022. And, although
the CENSUS of Higher Education (BRAZIL, 2022) indicates that there are 55,829 students
with disabilities enrolled in public and private universities (an increase of 0.56% compared to
2009), what is observed is a gradual decrease in the value of the funds allocated to the National
Program for Student Assistance - PNAES (BRAZIL, 2010), which in 2016 was R$ 810,103,000
and is currently R$ 268,080,000. It is noteworthy that in 2016 the Constitutional Amendment
95/16 was approved, which limits the ceiling of government spending on health, education, and
social security, a fact that has greatly hindered the continuity of accessibility and inclusion
actions already underway, and practically makes it impossible to implement new ones.
image/svg+xml
Fabiane Adela Tonetto COSTAS; Fabiane Vanessa BREITENBACH and Sabrina Fernandes de CASTRO
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2854-2875, Oct./Dec. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2871
Final remarks
This article aimed to present and analyze the results from the application of the
instrument called Index of Inclusion in Higher Education (INES in the Portuguese acronym),
at UFSM, in the year 2022.
The data revealed that the institution has strengths that require "low priority actions,"
that is, the university would currently be in a satisfactory situation in relation to the following
aspects: the existence of policies that minimize barriers to learning and participation of students,
programs that value the well-being of scholars, in terms of their resources, teams and spaces
for development, and facilities and infrastructure that match what is required in terms of current
regulations relevant to inclusive education.
On the other hand, it can be observed that there are indicators that require "medium-
term actions", which involve: greater participation of students and faculty in academic and
administrative processes, interdisciplinarity, curricular flexibility and flexible assessment,
better dissemination of the contacts established between the institution and recognized members
of the national and international academic community, dissemination of research spaces,
innovation, groups/programs, cooperation networks pertaining to inclusive education, self-
evaluation and regulation of actions aiming at the effectiveness of inclusive education,
accessibility to information for people with disabilities in order to encourage the development
of inclusive policies, leisure programs, student permanence, administrative actions supported
by inclusive education, and promotion and implementation of programs that enhance inclusive
education.
The indicators that demand "high priority" for action are: improvement in the processes
involving the indication and characterization of students with disabilities, greater incentive for
faculty and student mobility at national and international levels, need to increase the university's
participation in agreements with other institutions that aim to conduct research related to
inclusive education, consider the results of the evaluations of graduates and scholars to support
improvements in their evaluation processes and self-regulation in an inclusive perspective and
expansion of cooperation agreements that fund student access and permanence.
The answers to the application from INES at UFSM also indicated a greater need to
inform students about the actions developed by the institution. It was possible to notice that
many students do not understand what student assistance is or do not associate the actions of
the university with student assistance policies, such as: student housing, university restaurant,
transportation aid, aid for the purchase of teaching materials, aid for digital inclusion,
image/svg+xml
Accessibility and inclusion: Inclusive education strategies at the Federal University of Santa Maria (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2854-2875, Oct./Dec. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2872
specialized services, day care center aid, tutoring, workshops, scholarships for teaching,
research and extension, among others.
Finally, although INES is an instrument from another country, with some particularities
that are not common to Brazil, which has diverse legislation and a specific university
organization, the exercise of applying the instrument and analyzing the data allowed the
perception of aspects that need to be looked at and improved in the institution.
REFERENCES
ANGEL, F. A. M.; PEREZ, L. M. M.
Resultados de la aplicación del índice de inclusión
para la educación superior
. Bogotá: Ministerio de Educación, 2020.
BOOTH, T.; AINSCOW, M.
Index for inclusion developing learning and participation in
schools
. Bristol: CSIE, 2000.
BRAZIL.
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
. Brasília, DF:
Assembleia Nacional, 1988. Available at:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Access on: 18 Jan. 2022.
BRAZIL.
Programa Incluir
. Brasília, DF: MEC; SEESP, 2005. Available at:
http://portal.mec.gov.br/sesu/index.php?option=content&task=view&id=557&It. Access on:
24 Oct. 2022.
BRAZIL,
Decreto n. 7.234, de 19 de julho de 2010
. Dispõe sobre Programa Nacional de
Assistência Estudantil – PNAES. Brasília, DF: Presidência da República, 2010. Available at:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/decreto/d7234.htm. Access on: 24
Oct. 2022.
BRAZIL.
Decreto n. 7.642, de 13 de dezembro de 2011
. Institui o Programa Ciência sem
Fronteiras. Brasília, DF: Presidência da República, 2011. Available at:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/decreto/d7642.htm. Access on: 07
Jan. 2022.
BRAZIL.
Lei n. 12.711, de 29 de agosto de 2012
. Dispõe sobre o ingresso nas universidades
federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras providências.
Brasília, DF: Presidência da República, 2012. Available at:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12711.htm. Access on: 19
Jan. 2022.
BRAZIL.
Lei n. 13.146, de 6 de julho de 2015
. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa
com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília, DF: Presidência da
República, 2015. Available at: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13146.htm. Access on: 18 Jan. 2022.
BRAZIL.
Lei n. 13.409, de 28 de dezembro de 2016
. Altera a Lei nº 12.711, de 29 de agosto
de 2012, para dispor sobre a reserva de vagas para pessoas com deficiência nos cursos técnico
image/svg+xml
Fabiane Adela Tonetto COSTAS; Fabiane Vanessa BREITENBACH and Sabrina Fernandes de CASTRO
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2854-2875, Oct./Dec. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2873
de nível médio e superior das instituições federais de ensino. Brasília, DF: Presidência da
República, 2016. Available at: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2016/lei-13409-28-
dezembro-2016-784149-publicacaooriginal-151756-pl.html. Access on: 12 Jan. 2022.
BRAZIL.
Sinopse Estatística da Educação Superior 2020
. Brasília, DF: Inep, 2020.
Available at: https://www.gov.br/inep/pt-br/acesso-a-informacao/dados-abertos/sinopses-
estatisticas/educacao-superior-graduacao. Access on: 28 June 2022.
BRAZIL,
Decreto n. 11.216, de 30 de setembro de 2022
. Altera o Decreto nº 10.961, de 11
de fevereiro de 2022, que dispõe sobre a programação orçamentária e financeira e estabelece
o cronograma de execução mensal de desembolso do Poder Executivo federal para o exercício
de 2022. Brasília, DF: Presidência da República, 2022. Available at:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2022/decreto/D11216.htm. Access on:
24 Oct. 2022.
CARRIERI, S. Sistema de cotas para pessoas com deficiência: Ação afirmativa para
promoção do acesso à universidade.
In
: COLÓQUIO INTERNACIONAL DE GESTIÓN
UNIVERSITARIA NA AMÉRICAS, 12., 2012, México.
Anais
[...]. México, 2012. Available
at: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/97855. Access on: 16 Aug. 2022.
CARRILLO, J. F.; ARISTIZABAL, J.
(autores intelectuales), Índice de inclusión para
educación superior (INES)
. Bogotá: Ministerio de Educación República de Colombia, 2017
GOYENECHE, D. C. R.; RUYS, L. K. C. El concepto de inclusión en la educación superior:
Implementación de la iniciativa INES en las universidades colombianas.
Voces y Silencios.
Revista Latinoamericana de Educación
,
v. 12, n. 1, 2021
Available at:
https://revistas.uniandes.edu.co/doi/ref/10.18175/VyS12.1.2021.6?role=tab. Access on: 10
Jan. 2022.
LOUZADA, J. C. A.
O INES-BRASIL e os indicadores de culturas, políticas e práticas
inclusivas em uma universidade brasileira
. 2022. Tese (Doutorado em Educação) –
Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília, São Paulo, 2022.
Available at: https://repositorio.unesp.br/handle/11449/235755. Access on: 11 Oct. 2022.
RIBEIRO, D. M.; GOMES, A. M. Barreiras atitudinais sob a ótica de estudantes com
deficiência no ensino superior.
Práxis Educacional
, v. 13, n. 24, p. 13-31, jan./abr. 2017.
Available at: https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/927. Access on: 24
Oct. 2022.
SANTOS, D. A.; SOUZA, P. B. M. Percepção de estudantes deficientes sobre o processo de
inclusão no ensino superior: Uma revisão sistemática.
Revista de Educação, Saúde e
Ciências do Xingu
, Altamira, v. 1, n. 4, p. 1-8, jan./dez. 2021. Available at:
https://periodicos.uepa.br/index.php/rescx/article/view/2692. Access on: 24 Oct. 2022
SANTOS, J. S.
et al
. Políticas afirmativas: Acesso e permanência estudantil em universidades
públicas.
Revista do PPGCS –UFRB –Novos Olhares Sociais,
v. 5, n. 1, p. 230-255, maio
2022. Available at:
https://www3.ufrb.edu.br/ojs/index.php/novosolharessociais/article/view/640. Access on: 24
Oct. 2022.
image/svg+xml
Accessibility and inclusion: Inclusive education strategies at the Federal University of Santa Maria (UFSM)
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2854-2875, Oct./Dec. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2874
SILVA, J. S. S. Acessibilidade, Barreiras e Superação: Estudo de Caso de Experiências de
Estudantes com Deficiência na Educação Superior.
Veredas - Revista Interdisciplinar de
Humanidades,
v. 3, n. 5, p. 215-216, jun. 2020. Available at:
https://revistas.unisa.br/index.php/veredas/article/view/122. Access on: 24 Oct. 2022.
SILVA, A. G.
et al
. Políticas públicas de acesso e permanência no ensino superior público
brasileiro: O caso da UFRJ.
Movimento-Revista de Educação
, Niterói, v. 5, n. 9, p. 220-
244, jul./dez. 2018. Available at:
https://periodicos.uff.br/revistamovimento/article/view/32682. Access on: 15 Nov. 2021.
SILVEIRA, A. C. M.; COSTAS, F. A. T. Acesso e permanência nas instituições de ensino
superior.
In
: DALLA CORTE, M. G.
et al
.
Agendas políticas globais e locais e as práticas
contemporâneas em educação
. São Paulo: Pimenta Cultural, 2019.
UFSM. Universidade Federal de Santa Maria.
Resolução n. 002/2018
. Regula as formas de
ingresso aos Cursos de Graduação e Ações Afirmativas correlatas da Universidade Federal de
Santa Maria e revoga a Resolução n. 011/07. Santa Maria: UFSM, 2018. Available at:
https://www.ufsm.br/pro-reitorias/proplan/resolucao-n-002-2018/. Access on: 08 Jan. 2022.
UFSM. Universidade Federal de Santa Maria.
Relatório núcleo de acessibilidade
. Santa
Maria: UFSM, 2020. Available at:
https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/391/2021/06/Relatorio-2020-Acessibilidade.pdf.
Access on: 14 Sept. 2022.
UFSM. Universidade Federal de Santa Maria.
Plano de desenvolvimento institucional 2016-
2026
. Santa Maria: UFSM, 2016. Available at:
https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/500/2021/04/VFinal-DocumentoPDI-
TextoBaseCONSU_TextoComPlanoDeMetas2022.pdf. Access on: 29 Aug. 2022.
UFSM. Universidade Federal de Santa Maria.
Resolução UFSM n. 068, de 29 de novembro
de 2021a
. Dispõe sobre a Política de Ações Afirmativas e Inclusão nos Programas de Pós-
Graduação da Universidade Federal de Santa Maria. Santa Maria: UFSM, 2021. Available at:
https://www.ufsm.br/pro-reitorias/proplan/resolucao-ufsm-n-068-2021/. Access on: 14 Sept.
2022.
UFSM. Universidade Federal de Santa Maria.
Resolução UFSM n. 064, de 03 de novembro
de 2021b
. Disciplina a Política de Igualdade de Gênero da Universidade Federal de Santa
Maria (UFSM). Santa Maria: UFSM, 2021. Available at: https://www.ufsm.br/pro-
reitorias/proplan/resolucao-ufsm-n-064-2021/. Access on: 14 Sept. 2022.
image/svg+xml
Fabiane Adela Tonetto COSTAS; Fabiane Vanessa BREITENBACH and Sabrina Fernandes de CASTRO
RIAEE
– Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2854-2875, Oct./Dec. 2022. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
2875
How to reference this article
COSTAS, F. A. T.; BREITENBACH, F. V.; CASTRO, S. F. Accessibility and inclusion:
Inclusive education strategies at the Federal University of Santa Maria (UFSM)).
Revista
Ibero-Americana de Estudos em Educação
, Araraquara, v. 17, n. 4, p. 2854-2875, Oct./Dec.
2022. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v17i4.17440
Submitted
: 03/11/2021
Revisions required
: 18/04/2022
Approved
: 27/10/2022
Published
: 30/12/2022
Processing and publication by the Editora Ibero-Americana de Educação.
Correction, formatting, standardization and translation.