RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18171 1
INSTALAÇÕES DOS PARQUES INFANTIS DO MUNICÍPIO DE MARÍLIA/SP
INSTALACIONES DE LOS PARQUES INFANTILES EN EL MUNICIPIO DE
MARÍLIA/SP
KINDERGARTENS IN THE MUNICIPALITY OF MARÍLIA/SP
Aline de Novaes CONCEIÇÃO1
e-mail: alinenovaesc@gmail.com
Macioniro CELESTE FILHO2
e-mail: macioniro.celeste@unesp.br
Como referenciar este artigo:
CONCEIÇÃO, A. de N.; CELESTE FILHO, M. Instalações dos
Parques Infantis do município de Marília/SP. Revista Ibero-
Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00,
e024026, 2024. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18171
| Submetido em: 18/06/2023
| Revisões requeridas em: 19/07/2023
| Aprovado em: 11/10/2023
| Publicado em: 29/02/2024
Editor:
Prof. Dr. José Luís Bizelli
Editor Adjunto Executivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Universidade Estadual Paulista (UNESP), Marília – SP – Brasil. Professora da Graduação e do Programa de Pós-
Graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Corumbá – MS.
2
Universidade Estadual Paulista (UNESP), Marília – SP – Brasil. Professor do Programa de Pós-Graduação em
Educação.
Instalações dos Parques Infantis do município de Marília/SP
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RESUMO: Apresentam-se, neste artigo, resultados obtidos a partir de pesquisa de Doutorado em
Educação, cujo objetivo consiste em reconstituir elementos relacionados com a instalação dos sete
Parques Infantis instalados no município de Marília/SP, no período de 1937 a 1978,
respectivamente, ano da instalação do primeiro Parque Infantil da cidade e da alteração da
denominação de Parques Infantis para Escolas Municipais de Educação Infantil. A pesquisa foi
realizada mediante abordagem histórica, centrada em pesquisa bibliográfica e documental, a partir
dos procedimentos de localização, identificação, recuperação, reunião, sistematização, seleção,
análise e interpretação das seguintes fontes: números de jornais marilienses, legislações, placas,
fotografias e documentos contidos nas Escolas Municipais de Educação Infantil em que
funcionaram os Parques Infantis. Dentre os resultados, foi possível compreender que as instalações
dessas instituições eram necessidades das famílias e instrumento de campanha política dos prefeitos,
estando diretamente relacionadas com a exposição e visibilidade positiva.
PALAVRAS-CHAVE: Parques Infantis. Infância. Instituição.
RESUMEN: Este artículo presenta los resultados obtenidos de una investigación del Doctorado
en Educación, cuyo objetivo es reconstruir elementos relacionados con la instalación de siete
Parques Infantiles instalados en el municipio de Marília/SP, en el período de 1937 a 1978,
respectivamente, año de la instalación del primer Parque Infantil de la ciudad y del cambio de la
denominación de Parques Infantiles a Escuelas Municipales de Educación Infantil. La
investigación se realizó a través de un enfoque histórico, centrado en la investigación bibliográfica
y documental, a partir de los procedimientos de localización, identificación, recuperación,
recolección, sistematización, selección, análisis e interpretación de las siguientes fuentes: números
de periódicos marilienses, legislación, placas, fotografías y documentos contenidos en las Escuelas
Municipales de Educación Infantil en las que funcionaban los Parques Infantiles. Entre los
resultados, se pudo comprender que las instalaciones de estas instituciones fueron necesidades de
las familias y un instrumento de campaña política para los alcaldes, estando directamente
relacionado con la exposición y visibilidad positiva.
PALABRAS CLAVE: Parques Infantiles. Niñez. Institución.
ABSTRACT: In this article, we present results obtained from research for a PhD in Education,
whose objective is to reconstruct elements related to the installation of the seven Kindergartens
installed in the municipality of Marília/SP, in the period from 1937 to 1978, respectively, year of
the installation of the first Kindergarten in the city and change of name from Kindergartens to
Municipal Early Childhood Education Schools. The research was carried out through a historical
approach, centered on bibliographic and documentary research, based on procedures for locating,
identifying, recovering, gathering, systematizing, selecting, analyzing and interpreting the
following sources: issues of newspapers in Marilia, legislation, signs, photographs, and documents
contained in the Municipal Early Childhood Education Schools where the Kindergartens operated.
Among the results, it was possible to understand that the facilities of these institutions were needs
of families and a political campaign instrument for mayors, being directly related to exposure and
positive visibility.
KEYWORDS: Kindergartens. Childhood. Institution.
Aline de Novaes CONCEIÇÃO e Macioniro CELESTE FILHO
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 1982-5587
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Introdução
Marília, cidade do interior de São Paulo está a aproximadamente 443 quilômetros da
capital do estado (São Paulo), próxima a Bauru/SP e Presidente Prudente/SP. Tendo
aproximadamente 237.130 mil habitantes, a cidade é conhecida como a “Capital Nacional do
Alimento” (IBGE, 2017).
Nessa cidade foram instalados sete Parques Infantis, cuja história não havia sido
reconstituída. A origem dos Parques Infantis brasileiros, em São Paulo, está relacionada com a
busca de que as crianças de 3 a 12 anos marginalizadas e sem recursos financeiros pudessem
ter acesso a uma educação de qualidade em instituições não formais
3
.
A nomenclatura “parque” estava relacionada com a instalação dos Parques Infantis que
ocorreram em parques verdejantes (Informação..., 1963). Nessas instituições, tinham-se eixos
comuns que era a possibilidade de educação com recreação e cuidado.
Nesse sentido, neste artigo, apresentam-se resultados de pesquisa realizada em âmbito
do curso do Doutorado, buscando reconstituir elementos relacionados com a instalação dos sete
Parques Infantis instalados no município de Marília/SP, no período de 1937 a 1978,
respectivamente, ano da instalação do primeiro Parque Infantil da cidade e ano da alteração, na
cidade, da denominação de Parques Infantis para Escolas Municipais de Educação Infantil
(Emeis).
A pesquisa foi realizada mediante abordagem histórica, centrada em pesquisa
bibliográfica e documental, a partir dos procedimentos de localização, identificação,
recuperação, reunião, sistematização, seleção, análise e interpretação de fontes sobre a temática.
Utilizando, principalmente, números de jornais marilienses, legislações, placas, fotografias e
documentos contidos nas Escolas Municipais de Educação Infantil em que funcionaram os
Parques Infantis.
Parques Infantis do município de Marília/SP
Dos sete Parques Infantis que funcionaram no município de Marília/SP, ou seja,
“Monteiro Lobato”, “Dr. Fernando Mauro”, “Príncipe Mikasa”, “Chapeuzinho Vermelho”,
“Branca de Neve”, “Walt Disney” e “Saci-Pererê”, o primeiro, que inicialmente era denominado
de Parque Infantil da cidade de Marília/SP, instalado em 1937, funcionou na Avenida República,
3
Instituições não formais estão relacionadas com instituições coletivas educativas, que embora não estejam
relacionadas com a escolarização, não podem ser confundidas com instituições informais, ou seja, aquelas que não
trabalham diretamente com processos educativos.
Instalações dos Parques Infantis do município de Marília/SP
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bairro Cascata, n.º 3.150, próximo ao centro comercial da cidade e, por isso, recebia crianças
da região central da cidade.
A construção do Parque Infantil de Marília/SP foi autorizada com o decreto nº 73 do ano
de 1936, em um terreno doado em 10 de outubro de 1930 por Maria Isabel Botelho de Abreu,
esposa do Bento de Abreu Sampaio Vidal (EMEI “Monteiro Lobato”, 2019).
Nessa data, foram promulgadas duas leis em Marília/SP, registrando que o prefeito
estava autorizado a receber doações de terrenos pelo espólio de Maria Isabel Botelho. Dentre
esses, há um que está localizado na Avenida São Paulo, que é a atual rua São Paulo e é uma das
ruas em que está a Emei “Monteiro Lobato” (Marília, 1930).
Conceição (2012) relata que a família de Bento de Abreu Sampaio Vidal possuía
fazendas de plantações de cafés e doou terrenos para a construção de diversos estabelecimentos
da cidade de Marília/SP. No ano de 1936, a partir de doação do terreno, foi autorizada a
construção do Parque Infantil em Marília/SP, sendo inaugurado em 1937 (Souto, 2003; Póvoas,
1947).
A instalação de um Parque Infantil na cidade de Marília/SP, na década de 1930, foi
pioneira, pois a interiorização dos Parques Infantis no estado de São Paulo ocorreu na década
de 1940. Nessa década, no interior do estado, havia três Parques Infantis, localizados em
Marília, Ribeirão Preto e Campinas (Miranda, 1941).
Nessa década de 1940, a população mariliense reivindicava mais Parques Infantis,
pedindo que fossem instalados pelo menos quatro e sugerindo instalações nos bairros Vila
Barbosa e Vila São Miguel (Fernão, 1957).
Em 1951, no interior do estado de São Paulo, havia 15 Parques Infantis (Parque..., 1951).
Um ano antes, em 1950, na cidade de Santos/SP, ocorreu a primeira concentração para
discussões sobre essas instituições do interior do estado de São Paulo. Estavam presentes
representantes dos Parques Infantis das seguintes cidades: Marília/SP, Araraquara/SP,
Campinas/SP, Jundiaí/SP, Pinhal/RS, Piracicaba/SP e Santos/SP (Cunha; Kuhlmann, 2017).
Em 1956, quando na cidade somente havia o Parque Infantil “Monteiro Lobato”, em um
número de um jornal mariliense foi publicado que os vereadores deveriam possibilitar “[...] a
Marilia não apenas um outro parque infantil, mas outros mais, para a felicidade de suas crianças,
especialmente as pobres, que deles tanto se servem, quando os têm” (Ferraz, 1956, p. 6).
Nos anos posteriores, até 1959, foram instalados 45 Parques Infantis no interior do
estado de São Paulo, sendo Campinas/SP e Ribeirão Preto/SP, as cidades que receberam mais
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Parques Infantis nesse período. Totalizando, então, seis Parques Infantis em cada uma dessas
duas cidades (Fonseca; Ferreira, D.; Prandi, 2015).
Todavia, Marília/SP, tinha somente um Parque Infantil, até que, em um domingo,
especificamente no dia 26 de setembro de 1961, foi instalado o segundo Parque Infantil do
município de Marília/SP, denominado “Dr. Fernando Mauro”, foi recebido pela população
mariliense em tom de festividade (População..., 1961). Funcionou na rua Aimorés, bairro
Senador Salgado Filho, n.º 38, atendendo crianças da região oeste da cidade de Marília/SP.
Esse Parque Infantil foi construído com planta elaborada pelo diretor de engenharia do
município e na ocasião da inauguração da instituição, havia o presidente do Conselho do
Instituto de Previdência do Estado de São Paulo (IPESP) Francisco Morato de Oliveira e o juiz
de direito da comarca que desataram a fita de inauguração (Inauguração..., 1961), como consta
na Figura 1, a seguir:
Figura 1 – Inauguração do Parque Infantil “Dr. Fernando Mauro”
Fonte: Autoria de João Batista (População..., 1961, p. 1).
Na própria inauguração da instituição, havia a presença de uma criança, tornando-a
protagonista desde a origem do Parque Infantil em questão. Na Figura 2, a seguir, nessa
inauguração, é possível conferir que o prefeito Barretto Prado também estava presente e fez um
discurso:
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Figura 2 – Prefeito discursando na Inauguração do Parque Infantil
“Dr. Fernando Mauro”
Fonte: Autoria desconhecida (População..., 1961, p. 1)
Percebe-se a presença de vários homens com ternos, o que representava uma condição
financeira mais elevada e, possivelmente, esses homens estão relacionados com questões de
políticas públicas, ou seja, os Parques Infantis na cidade também eram utilizados com esse fim
político, a fim de se legitimarem enquanto políticos que estavam trabalhando pelo
desenvolvimento da cidade, envolvendo-se com uma instituição educacional valorizada pelos
habitantes do município.
Ainda em 1961, para construção do terceiro Parque Infantil, o vereador Hideharu
Okagawa viajou para São Paulo, para a Cinemateca e para o consulado do Japão a fim de obter
filmes para serem exibidos na sede do Clube Kaikan e reverter a renda para a construção dessa
instituição (Campanha..., 1961). Foi arrecadada verba financeira entre os japoneses
(Movimento..., 1961).
Em 1963, o deputado Diogo Nomura comunicou ao vereador Hideharu Okagawa que
500 mil cruzeiros seriam entregues pelo governador Adhemar de Barros, para o serviço de
instalação do Parque Infantil “Príncipe Mikasa”, caso a Prefeitura instalasse a instituição sem
novas admissões (Verba..., 1963).
Entretanto, isso somente ocorreu em 1964 e uma edição de um jornal mariliense
registrou que não foi possível a inauguração devido ao alambrando estar com arame farpado e
a instituição ter somente paredes, erguidas com auxílio financeiro dos habitantes japoneses da
cidade (Parque..., 1964).
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Foi relatado, ainda, que o Parque Infantil em questão estava mal situado, o que
atrapalharia a procura por crianças e repetiria o ocorrido com o Parque Infantil “Dr. Fernando
Mauro”, em que havia mais educadores do que crianças (Parque..., 1964).
Em junho de 1964, o governador Adhemar de Barros assinou o cheque de 500 mil
cruzeiros para que as obras do Parque Infantil “Príncipe Mikasa” fossem continuadas, contudo,
essa verba financeira era insuficiente e o município teria que completar. Assim, foi construída
a instituição em um terreno de 4,500 m² e somente em 1964 foram gastos 16 milhões de
cruzeiros com a construção da instituição (Mais..., 1964; Inaugura-se..., 1965).
Apesar de haver a pretensão de inauguração do Parque Infantil “Príncipe Mikasa” no
dia 4 de abril de 1963, por falta de verba financeira, a inauguração somente ocorreu no dia 5 de
junho de 1965, às 10h (Deve..., 1964; Príncipe..., 1965).
Esse Parque Infantil funcionou na Avenida República, bairro Palmital, n.º 3150, e
recebia crianças de bairros marilienses da zona norte da cidade, a saber: Núcleo Castelo Branco,
Vila Nova, Vila Polon e Vila Barros. Foram recebidas doações dos japoneses, inclusive de 11
playgrounds (Príncipe..., 1965).
Por isso, na inauguração, a embaixada japonesa e o governo do estado foram
convidados (Pronto..., 1965). Tobias (1990) relata que, na cidade, os japoneses eram tidos como
“amigos da escola”, pois valorizavam a educação e, além de auxiliarem um Parque Infantil,
construíram a primeira de muitas escolas japonesas da cidade.
Dessa forma, o Parque Infantil “Príncipe Mikasa” foi inaugurado com várias
autoridades. Dentre essas, Akira Suima (vice-cônsul do Japão); Wataru Miyakawa (primeiro
secretário da Embaixada Nipônica no Brasil); Diogo Nomura (deputado), Armando Biava
(prefeito da cidade); José Yamashita (representando a colônia japonesa); Jefferson Siqueira
(responsável por questões administrativas do município); Pedro Onichi (representando a
Câmara Municipal da cidade); Maria Aparecida (professora recreacionista-chefe do Parque
Infantil); Padre Geraldo Moreira (arcebispo da cidade); Antônio Reginato, Nelson Rino e Paulo
de Barros (professores). Também estiveram presentes a imprensa escrita e a rádio (Parque...,
1965a; Parque..., 1965b).
Jefferson Siqueira discursou que, por meio da recreação, a criança teria sua iniciação na
sociedade. Posteriormente, discursaram: José Yamashita, Pedro Onichi, Maria Aparecida,
Diogo Nomura, todos
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[...] disseram da importância da obra, salientando os elementos principais de
uma efetiva orientação infantil, baseada nos novos ensinamentos da recreação.
Foi posto em relevo o trabalho da colônia japonesa [...] [na cidade], e os
esforços do prefeito Armando Biava, que tornou em realidade o sonho Parque
Infantil “Príncipe Mikasa” (Parque..., 1965a, p. 1).
Akira Suima cortou a fita da inauguração e registrou que, para a colônia japonesa, era
uma honra a instituição ter o nome do príncipe que visitou a cidade em 1958 (Parque..., 1965a)
e completou dizendo que “[...] se os japoneses fizeram progressos aqui, isto se deve à
hospitalidade e à orientação do povo e das autoridades locais” (Parque..., 1965a, p. 1).
Agradeceu a homenagem e tudo que foi realizado, possibilitando que os japoneses pudessem
desenvolver-se na cidade; por fim, exortou a colônia japonesa para que continuasse trabalhando
e lutando (Parque..., 1965a).
O representante da embaixada japonesa, por sua vez, afirmou que a criação de um
Parque Infantil para as crianças na cidade demonstrava a “[...] preocupação das autoridades pela
educação das crianças, criando nelas, através da recreação sadia e coletiva, a sociabilidade e o
espírito de disciplina e solidariedade” (Parque..., 1965a, p. 1).
Foi enfatizado que com a inauguração da instituição em questão, os “[...] laços de
amizade entre Brasil e Japão [...] [estavam] cada vez mais firmes.”. (Parque..., 1965a). Desse
modo, a inauguração dessa instituição demonstra a valorização do Japão na cidade de
Marília/SP, considerando que, ao escolher um patrono japonês, ressalta-se a valorização e o
respeito à colônia japonesa que pertenceu e pertence à cidade.
Ainda sobre a inauguração, o Padre Geraldo Moreira abençoou a instituição e o prefeito
Armando Biava relatou sobre a meta de construção de mais dois Parques Infantis na cidade,
sendo que um seria no bairro Vila São Miguel, que era populoso e com progresso industrial
(Parque..., 1965b; Amparar..., 1966).
Dois anos depois da inauguração do Parque Infantil “Príncipe Mikasa”, no dia 7 de
setembro de 1967, teve-se a inauguração do Parque Infantil “Chapeuzinho Vermelho”, como se
constata com a placa a seguir, na Figura 3:
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Figura 3 – Placa de inauguração do Parque Infantil “Chapeuzinho Vermelho”
Fonte: Arquivo dos autores
O quarto Parque Infantil do município de Marília/SP foi instalado em 1967, denominado
de “Chapeuzinho Vermelho”, e funcionou na Rua Paulino da Silva Lavandeira, n.º 529, bairro
Fragata (Marília, 1967). Atendia crianças da zona leste da cidade e é possível ser visto na Figura
4, a seguir:
Figura 4- Parque Infantil “Chapeuzinho Vermelho”
Fonte: A criança... (1969, p. 6)
O quinto Parque Infantil foi instalado no dia 30 de janeiro de 1969 às 10h, denominado
de “Branca de Neve”, funcionou na Avenida Sampaio Vidal, n.º 572, localizado no centro de
Padre Nóbrega/SP, distrito de Marília/SP (Com duas..., 1969). Nesse ano, foi publicado em um
número de jornal mariliense que a prioridade do Ministério da Educação (MEC) no orçamento
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era o Ensino Primário, todavia a cidade de Marília/SP avançava na importância dada para o
ensino anterior (MEC..., 1969).
É importante ressaltar que esse quinto Parque Infantil do município de Marília começou
a ser planejado em 1964, quando teve um decreto que possibilitava a desapropriação amigável
de um terreno para a construção dessa instituição (Marília, 1964).
Contudo, em 1966, esse decreto foi revogado e, em 1968, foi publicado que estava
denominado de Parque Infantil “Branca de Neve”, a instituição localizada na avenida Sampaio
Vidal anexa ao Grupo Escolar que ficava ao lado do Parque Infantil (Marília, 1966, 1968).
Percebe-se que, diferentemente dos outros Parques Infantis, esse foi construído relacionando
com o Grupo Escolar, que atualmente é uma escola estadual.
Com a Figura 5, é possível visualizar uma fotografia da instituição em questão:
Figura 5 – Parque Infantil “Branca de Neve”
Fonte: Comissão de Registros Históricos da Câmara Municipal de Marília/SP
Na placa do Parque Infantil da fotografia em questão, está registrado “Prefeitura
Municipal de Marília, Parque Infantil Padre Nóbrega, prefeito Engenheiro Armando Biava” e,
em seguida, há o nome do secretário do planejamento e do secretário das obras públicas. Nesse
sentido, foi o terceiro Parque Infantil inaugurado na gestão do prefeito Armando Biava.
Segundo as normas do Departamento de Educação Física e Esportes (Defe), para ser
considerado Parque Infantil, dentre as características, o local deveria ter no mínimo 5.000 m²
(Parque..., 1969a, p. 1). O Parque Infantil “Branca de Neve”, tinha apenas 2.000 m², devido a
isso, no primeiro ano de funcionamento, foi noticiado que:
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[...] o local não pode ser considerado Parque Infantil, mas tão somente
Recanto. Com essa transformação algumas recreacionistas lotadas em Padre
Nóbrega passariam para Marília, atendendo os locais onde mais falta fazem
as professoras (Parque..., 1969a, p. 1).
Constata-se que o principal motivo apontado para que houvesse a transformação de
Parque Infantil em recanto era o espaço físico ser menor que o exigido. Tornando-se recanto,
atenderia menos crianças e, dessa forma, o Parque Infantil “Branca de Neve” iniciou o
atendimento sendo descaracterizado de Parque Infantil.
Em 1968, em uma legislação da cidade, foi publicado que seria entregue em novembro
um Parque Infantil denominado de “Walt Disney” (Marília, 1968a). Todavia, por falta de verba
financeira, houve atraso na construção (Parques..., 1968).
Com isso, o sexto Parque Infantil da cidade somente foi entregue em abril de 1971,
instalado na rua Almirante Tamandaré, n.º 1445, bairro Alto Cafezal. A instituição recebia
crianças do bairro Cavalieri, localizado na zona oeste da cidade (Parque..., 1971).
A seguir, com a Figura 6, é possível ver a construção dessa instituição:
Figura 6- Construção do Parque Infantil “Walt Disney”
Fonte: (Parque..., 1969b, p. 6). Autoria desconhecida.
Na inauguração da instituição havia a presença do prefeito Octávio Barreto Prado:
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Figura 7 - Inauguração do Parque Infantil “Walt Disney”
Fonte: Parque... (1971)
Constata-se que há a presença de muitas crianças na inauguração, tornando-as
participantes do momento, todavia, estão como plano de fundo e não como protagonistas desse
momento. Na instituição em que funcionou o Parque Infantil em questão, é possível localizar a
seguinte placa:
Figura 8- Placa do Parque Infantil “Walt Disney” em 1971
Fonte: Arquivo dos autores
Legenda da placa: “Parque Infantil ‘Walt Disney’. Prefeito Municipal Octávio Barretto Prado setor de
planejamento arq. Waldemir N. Silveira setor de obras Eng. João Dalmonte Jr. Setor de Educação e
Cultura José Geraldo Tassara Prefeitura Municipal de Marília abril de 1971.”.
Por ser uma política pública, faz-se necessário ressaltar a placa da instituição.
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O sétimo Parque Infantil do município de Marília foi instalado em 1972, denominado
“Saci-Pererê”, e funcionou a partir de 1972, todavia, antes de ser instalado na década de 1960,
era denominado nos números de jornais como Parque Infantil “Alvorada”. Funcionou na rua
Roberto Símonsen, n.º 469, bairro Jardim Alvorada, que no período de funcionamento era
denominado bairro Vila Altaneira. Atendia crianças da zona leste da cidade.
Na parede de entrada da Emei “Saci Pererê”, há a seguinte placa:
Figura 9 - Placa na Emei “Saci-Pererê”
Fonte: Arquivo dos autores
A placa acima se refere a essa mesma instituição, que passou a ser denominada de
“Irmão Leger Cárnea irmão Léo” (Marília, 1969)
4
em 1984, retornando posteriormente a
nomenclatura “Saci-Pererê”.
A partir do exposto, verifica-se que os Parques Infantis da cidade de Marília foram
instalados, respectivamente, no centro, na zona oeste, na zona norte, próximo ao centro, no
distrito da cidade, na zona oeste e na zona leste da cidade, ou seja, não houve nenhuma
instalação na zona sul, pois foi a última zona a ser criada na cidade, na década de 1980, quando
não havia mais Parques Infantis.
Atendia crianças de diversas condições financeiras, como filhos de pais pedreiros
5
,
motoristas, mecânicos, alfaiates, policiais militares, eletricistas, funileiros, operadores de
máquinas, serventes, vendedores, escriturários, comerciantes, pintores, funileiros, professores,
4
Na legislação em que há que o Parque Infantil da Vila Altaneira passaria a ser denominado “Saci-Pererê” (Marília,
1969), manuscrito há o decreto 4866/84 que relata sobre a troca da nomenclatura para irmão Léo.
5
Será apresentado por ordem de localização nas fontes consultadas.
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torneiros, chaveiros, marceneiros, radialistas, ferroviários, agricultores, confeiteiros,
industriais, vidraceiros, lavradores, soldados, gerentes, supervisores de vendas, funcionários
públicos, bancários, aposentados, tesoureiros, auxiliares de autópsias, farmacêuticos, operários,
verdureiros, cozinheiros, fotógrafos, contadores, serralheiros, sapateiros, ferroviários, feirantes,
funcionários estaduais dos cartórios, guardas, maquinistas, açougueiros, técnicos de rádios,
autônomos, carpinteiros, padeiros, topógrafos, leiteiros, marmoristas, viajantes e médicos
(Parque infantil..., 1971-1974; Parque infantil..., 1972; Parque infantil..., 1976).
Desse modo, em um número de um jornal mariliense, foi relatado que tanto “pobre”,
como “rico”, poderiam frequentar os Parques Infantis do município de Marília e se
desenvolverem nesses espaços (Parque..., 1951). Foi relatado também que o bairro do Parque
Infantil “Walt Disney” era periférico, o que facilitaria o aparecimento de meningite (Parque...,
1974).
O primeiro Parque Infantil da cidade de São Paulo foi denominado “Dom Pedro II”,
localizou-se em uma região central, todavia, era muito similar à periferia, próximo às habitações
operárias. Os demais Parques Infantis “[...] foram instalados em bairros operários e industriais
de São Paulo visando o atendimento dos filhos de operários paulistanos” (Oliveira, 2010, p.
54).
Segundo Leme (2008), os bairros operários consistiam em bairros em que havia casas
populares com baixo custo financeiro em que residiam trabalhadores operários. Sobre isso,
Ferreira de Paula (1993, p. 80-81), cita que, em São Paulo, a instalação dos Parques Infantis
[...] deveria ocorrer em bairros de densa população operária; Brás, Mooca,
Santo Amaro, Barra Funda, Tatuapé e Vila Romana. O Terreno para a sua
instalação devia passar por um minucioso estudo com vistas a poupar
desperdícios futuros. Os mais recomendados eram aqueles que se situavam ao
mesmo tempo próximo às escolas, às fábricas e às casas das crianças.
Percebe-se a busca por uma localização que abrangesse escolas, fábricas e as casas das
crianças.
No município de Marília, o primeiro e o quarto Parque Infantil foram instalados em
regiões favorecidas economicamente, enquanto os posteriores foram instalados em regiões
menos favorecidas economicamente.
As instalações, dos Parques Infantis de Marília, como relatado, ocorreram em: 1937,
1961, 1965, 1967, 1969, 1971 e 1972, ou seja, quatro Parques Infantis foram instalados na
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década de 1960, sendo três na gestão do prefeito Armando Biava
6
, conhecido como “o amigo
da criança mariliense” (A criança..., 1969). Ele tinha como plano a recreação cultural da criança
e na inauguração do Parque Infantil “Chapeuzinho Vermelho”, “[...] enalteceu o trabalho
desenvolvido nos parques da rêde Municipal, [...] [relatando que obedeciam] a uma orientação
segura e eficiente” (Recreação..., 1967, p. 1).
Nessa década de 1960, na cidade de Marília, de acordo com o Censo Demográfico desse
ano, havia uma população de 89.198 pessoas, sendo 45.156 homens e 44.042 mulheres (São
Paulo, 1960).
Ainda sobre a década de 1960, a cidade recebeu um bonde com intenção de ser um
“troféu histórico”. Nesse período, tinham mais dois Parques Infantis na cidade, ou seja, o “Dr.
Fernando Mauro” e o “Príncipe Mikasa”, sendo que o Parque Infantil “Monteiro Lobato” foi
escolhido para expor esse “troféu”, o que indica a visibilidade dessa instituição. Isso se justifica
pelo local físico que ocupa, ou seja, um quarteirão inteiro de uma região central de destaque da
cidade (Modelar...,1954).
Constata-se que concomitantemente à entrega do bonde no Parque Infantil da cidade,
houve uma preocupação com os elementos internos e externos da instituição. Assim, ocorreram
várias reformas no Parque Infantil “Monteiro Lobato”, que tornaram os elementos ao redor da
instituição mais acessíveis e visíveis.
Busca similar ocorreu com o Parque Infantil “Chapeuzinho Vermelho”, quando, em
1977, moradores próximos a essa instituição foram contra uma reforma de ampliação nesse
Parque Infantil, pois interferiria na via de acesso à rua. Assim, fizeram um abaixo-assinado e
entregaram ao prefeito para que não ocorresse a ampliação, argumentando que as dimensões
eram suficientes para comportar todas as crianças e, ao invés da ampliação, deveria ser realizada
a construção de uma praça para que os pais e filhos tivessem momentos de lazer (Moradores...,
1977).
As reformas eram noticiadas nos números de jornais marilienses e constantemente eram
entregues com atrasos, como ocorreu com as instalações de diversos Parques Infantis do
município.
É importante compreender que na cidade de Marília, antes de haver o primeiro Parque
Infantil, foram instaladas instituições que abrangiam o atendimento do Ensino Primário e Pré-
Primário, sendo que essa última se iniciou na cidade em 1929, com a instalação de um Jardim
6
Destaca-se que esse prefeito também inaugurou outras instituições educacionais, como uma escola rural e uma
escola no núcleo Castelo Branco da cidade de Marília/SP (Com duas..., 1969).
Instalações dos Parques Infantis do município de Marília/SP
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de Infância misto e, em 1931, de forma privada com mais dois Jardins de Infância, em que eram
atendidas crianças de 4 a 6 anos. Sendo, assim, um com direção do professor Balthazar de
Godoy Moreira
7
e outro com direção da professora Angelina Roselli. Nessas instituições eram
utilizados métodos da escola ativa (Tobias, 1990).
Em 1966, na cidade, foi inaugurada a creche “Ignácio de Loyola Torres” que até 1997
foi mantida pelo Núcleo Espírita “Amantes da pobreza”. Era assistencialista e foi fundada por
integrantes espíritas, atendia crianças a partir de 1 mês até 6 anos de idade no período de tempo
integral e crianças de 7 a 13 anos no contraturno dos seus estudos. Na cidade, nessa época havia
auxílio do governo para entidades filantrópicas e assistenciais
8
(Marquizeli, 2018).
Ainda nessa década de 1960, na cidade, foi construído o prédio do Instituto de Educação
“Monsenhor Bicudo” e instalada a Faculdade de Medicina de Marília/SP (Tanuri, 2001).
Havia também a instituição “Lar da criança”
9
, “Restaurante infantil”, “Amélie Boudet”
(na ocasião era um “Lar de meninas”) e as creches da “Juventude Católica”
10
e de assistência
maternal “Alziro Zarur”. Com iniciativas privadas, havia o Colégio Sagrado Coração de Jesus
(com ginásio e Escola Normal), o Colégio Cristo Rei e o educandário “Bezerra de Menezes”.
Considerações finais
Na cidade de Marília/SP, o atendimento de crianças em idade de ensino Pré-Primário,
iniciou-se em 1929, com a instalação de um Jardim de Infância misto, e em 1931, de forma
privada, tiveram dois Jardins de Infância.
Todavia em 1937, de forma pioneira, foi inaugurado um Parque Infantil municipal que
atendia além da idade do Jardim de Infância e, na década de 1960, teve o maior número de
instalações na cidade. Quando também foi instalado o Instituto de Educação, importante
7
Para mais informações sobre esse renomado educador da cidade que tem uma escola com atendimento de Ensino
Fundamental e médio com o seu nome, consultar os resultados da pesquisa, publicados por Conceição (2012).
8
Destaca-se que em 1997, essa instituição passou a ser berçário “Mãe Cristina”, atendendo crianças de 4 meses a
2 anos e também oferecendo um ambulatório com pediatria, enfermeira e auxiliar de enfermagem para atender
crianças (Marquizeli, 2017, 2018). A partir de 2013, em Marília/SP, berçários foram denominados de Emeis, o que
possibilitou o recebimento de auxílio técnico e financeiro de programas que se destinavam a Educação Infantil,
pelo fato de antes essas instituições receberem apenas assistência de programas federais para creches.
9
Surgiu na cidade em 1949, localizada na avenida Santo Antônio, foi iniciativa de Olívia Almeida, viúva do
Coronel Galdino de Almeida. A origem da criação visava o atendimento do menor abandonado. Em 1956, ao lado
do prédio dessa instituição, foi instalada a creche “Dona Nhanhã” (Lara, 1991).
10
Localizada na rua Paraíba, n.º 280, foi criada em 1943, era uma iniciativa das Escolas Gratuitas da Juventude
Católica de Marília/SP, buscava incentivar a educação física e intelectual das crianças, dos jovens e dos adultos.
Atendia crianças de meses a 6 anos (Lara, 1991).
Aline de Novaes CONCEIÇÃO e Macioniro CELESTE FILHO
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instituição que abrangia vários níveis de ensino, tendo como eixo central a formação de
professores.
As instalações relacionadas com os Parques Infantis do município de Marília, seja sobre
o início do atendimento, seja sobre as transformações dos elementos físicos dessas instituições,
eram noticiadas nos números de jornais marilienses e, muitas vezes, na inauguração desses
elementos, havia a presença de autoridades. Fato que também foi observado por Oliveira (2010)
no primeiro Parque Infantil de Sorocaba/SP, em que houve a inauguração com a presença de
políticos (inclusive o prefeito e sua família) e a população em geral.
Os Parques Infantis foram a origem da Educação Infantil Municipal da cidade de
Marília/SP, que teve e tem uma grande importância para os moradores. Considerando que
instalar um Parque Infantil municipal no interior de São Paulo significava ser reconhecido, pois
era uma política pública que possibilitava visibilidade aos políticos, o fato também atendia a
uma reivindicação da população, que carecia de instituições educativas para atendimento às
crianças.
Portanto, instalar um Parque Infantil na cidade de Marília era uma necessidade para as
famílias e um instrumento de campanha política aos prefeitos, estando diretamente relacionado
com a exposição e com a visibilidade positiva.
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CRediT Author Statement
Reconhecimentos: Não aplicável.
Financiamento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Conflitos de interesse: Não há conflitos de interesse.
Aprovação ética: Respeitou, mas não foi necessária submissão ao comitê.
Disponibilidade de dados e material: Não aplicável.
Contribuições dos autores: Os autores contribuíram igualmente na concepção, execução
e redação do trabalho.
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
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DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18171 1
INSTALACIONES DE LOS PARQUES INFANTILES EN EL MUNICIPIO DE
MARÍLIA/SP
INSTALAÇÕES DOS PARQUES INFANTIS DO MUNICÍPIO DE MARÍLIA/SP
KINDERGARTENS IN THE MUNICIPALITY OF MARÍLIA/SP
Aline de Novaes CONCEIÇÃO1
e-mail: alinenovaesc@gmail.com
Macioniro CELESTE FILHO2
e-mail: macioniro.celeste@unesp.br
Cómo hacer referencia a este artículo:
CONCEIÇÃO, A. de N.; CELESTE FILHO, M. Instalaciones de
los Parques Infantiles en el municipio de Marília/SP. Revista Ibero-
Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00,
e024026, 2024. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18171
| Enviado en: 18/06/2023
| Revisiones requeridas en: 19/07/2023
| Aprobado el: 11/10/2023
| Publicado el: 29/02/2024
Editor:
Prof. Dr. José Luís Bizelli
Editor Adjunto Ejecutivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Universidad Estatal Paulista (UNESP), Marília – SP – Brasil. Profesora de graduación y profesora del Programa
de Posgrado en Educación de la Universidad Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Corumbá – MS.
2
Universidad Estatal Paulista (UNESP), Marília – SP – Brasil. Profesor del Programa de Posgrado en Educación.
Instalaciones de los Parques Infantiles en el municipio de Marília/SP
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DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18171 2
RESUMEN: Este artículo presenta los resultados obtenidos de una investigación del Doctorado en
Educación, cuyo objetivo es reconstruir elementos relacionados con la instalación de siete Parques
Infantiles instalados en el municipio de Marília/SP, en el período de 1937 a 1978, respectivamente,
año de la instalación del primer Parque Infantil de la ciudad y del cambio de la denominación de
Parques Infantiles a Escuelas Municipales de Educación Infantil. La investigación se realizó a través
de un enfoque histórico, centrado en la investigación bibliográfica y documental, a partir de los
procedimientos de localización, identificación, recuperación, recolección, sistematización,
selección, análisis e interpretación de las siguientes fuentes: números de periódicos marilienses,
legislación, placas, fotografías y documentos contenidos en las Escuelas Municipales de Educación
Infantil en las que funcionaban los Parques Infantiles. Entre los resultados, se pudo comprender que
las instalaciones de estas instituciones fueron necesidades de las familias y un instrumento de
campaña política para los alcaldes, estando directamente relacionado con la exposición y visibilidad
positiva.
PALABRAS CLAVE: Parques Infantiles. Niñez. Institución.
RESUMO: Apresentam-se, neste artigo, resultados obtidos a partir de pesquisa de Doutorado em
Educação, cujo objetivo consiste em reconstituir elementos relacionados com a instalação dos sete
Parques Infantis instalados no município de Marília/SP, no período de 1937 a 1978,
respectivamente, ano da instalação do primeiro Parque Infantil da cidade e da alteração da
denominação de Parques Infantis para Escolas Municipais de Educação Infantil. A pesquisa foi
realizada mediante abordagem histórica, centrada em pesquisa bibliográfica e documental, a partir
dos procedimentos de localização, identificação, recuperação, reunião, sistematização, seleção,
análise e interpretação das seguintes fontes: números de jornais marilienses, legislações, placas,
fotografias e documentos contidos nas Escolas Municipais de Educação Infantil em que
funcionaram os Parques Infantis. Dentre os resultados, foi possível compreender que as instalações
dessas instituições eram necessidades das famílias e instrumento de campanha política dos
prefeitos, estando diretamente relacionadas com a exposição e visibilidade positiva.
PALAVRAS-CHAVE: Parques Infantis. Infância. Instituição.
ABSTRACT: In this article, we present results obtained from research for a PhD in Education,
whose objective is to reconstruct elements related to the installation of the seven Kindergartens
installed in the municipality of Marília/SP, in the period from 1937 to 1978, respectively, year of
the installation of the first Kindergarten in the city and change of name from Kindergartens to
Municipal Early Childhood Education Schools. The research was carried out through a historical
approach, centered on bibliographic and documentary research, based on procedures for locating,
identifying, recovering, gathering, systematizing, selecting, analyzing and interpreting the
following sources: issues of newspapers in Marilia, legislation, signs, photographs, and documents
contained in the Municipal Early Childhood Education Schools where the Kindergartens operated.
Among the results, it was possible to understand that the facilities of these institutions were needs
of families and a political campaign instrument for mayors, being directly related to exposure and
positive visibility.
KEYWORDS: Kindergartens. Childhood. Institution.
Aline de Novaes CONCEIÇÃO y Macioniro CELESTE FILHO
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Introducción
Marília, ciudad del interior de São Paulo, se encuentra a unos 443 kilómetros de la
capital del estado (São Paulo), cerca de Bauru/SP y Presidente Prudente/SP. Con
aproximadamente 237.130 habitantes, la ciudad es conocida como la "Capital Nacional de la
Alimentación" (IBGE, 2017).
En esta ciudad se instalaron siete Parques Infantiles, cuya historia no había sido
reconstruida. El origen de los Parques Infantiles Brasileños, en São Paulo, está relacionado con
la búsqueda de niños de 3 a 12 años, marginados y sin recursos económicos, de tener acceso a
una educación de calidad en instituciones no formales
3
.
La nomenclatura de los parques se relacionó con la instalación de Parques Infantiles que
tuvo lugar en parques verdes (Informação..., 1963). En estas instituciones había ejes comunes,
que era la posibilidad de educación con recreación y cuidado.
En este sentido, en este artículo, presentamos los resultados de una investigación
realizada en el ámbito del curso de Doctorado, buscando reconstituir elementos relacionados
con la instalación de los siete Parques Infantiles instalados en el municipio de Marília/SP, en el
período de 1937 a 1978, respectivamente, el año de la instalación del primer Parque Infantil de
la ciudad y el año del cambio, en la ciudad, de la denominación de Parques Infantiles para
Escuelas Municipales de Educación Infantil (Emeis).
La investigación se realizó a través de un enfoque histórico, centrado en la investigación
bibliográfica y documental, a partir de los procedimientos de localización, identificación,
recuperación, recolección, sistematización, selección, análisis e interpretación de fuentes sobre
el tema. Utilizando, principalmente, números de periódicos marilienses, legislación, placas,
fotografías y documentos contenidos en las Escuelas Municipales de Educación Infantil en las
que funcionaban los Parques Infantiles.
Parques infantiles en el municipio de Marília/SP
De los siete Parques Infantiles que funcionaban en el municipio de Marília/SP, o sea,
"Monteiro Lobato", "Dr. Fernando Mauro", "Príncipe Mikasa", "Caperucita Roja",
"Blancanieves", "Walt Disney" y "Saci-Pererê", el primero, que inicialmente se llamaba Parque
de los Niños de la ciudad de Marília/SP, instalado en 1937, funcionaba en la Avenida República,
3
Las instituciones no formales se relacionan con las instituciones educativas colectivas, que, si bien no están
relacionadas con la escolarización, no pueden confundirse con las instituciones informales, es decir, aquellas que
no trabajan directamente con los procesos educativos.
Instalaciones de los Parques Infantiles en el municipio de Marília/SP
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barrio Cascata, n.º 3.150, cerca del centro comercial de la ciudad y, por lo tanto, Recibía a niños
de la región central de la ciudad.
La construcción del Parque Infantil de Marília/SP fue autorizada con decreto n.º 73 de
1936, en un terreno donado el 10 de octubre de 1930 por Maria Isabel Botelho de Abreu, esposa
de Bento de Abreu Sampaio Vidal (EMEI "Monteiro Lobato", 2019).
En esa fecha, dos leyes fueron promulgadas en Marília/SP, estableciendo que el alcalde
estaba autorizado a recibir donaciones de tierras de la herencia de Maria Isabel Botelho. Entre
estas, hay una que se encuentra en la Avenida São Paulo, que es la actual Rua São Paulo y es
una de las calles donde se encuentra el Emei "Monteiro Lobato" (Marília, 1930).
Conceição (2012) relata que la familia de Bento de Abreu Sampaio Vidal era propietaria
de fincas cafetaleras y donó terrenos para la construcción de varios establecimientos en la
ciudad de Marília/SP. En 1936, a partir de la donación del terreno, se autorizó la construcción
del Parque de los Niños en Marília/SP, siendo inaugurado en 1937 (Souto, 2003; Póvoas, 1947).
La instalación de un Parque Infantil en la ciudad de Marília/SP, en la década de 1930,
fue pionera, ya que la interiorización de los Parques Infantiles en el estado de São Paulo ocurrió
en la década de 1940. En esa década, en el interior del estado en cuestión, existían tres Parques
Infantiles, ubicados en Marília, Ribeirão Preto y Campinas (Miranda, 1941).
En la década de 1940, la población de Marilia demandó más Parques Infantiles, pidiendo
que se instalaran al menos cuatro y sugiriendo instalaciones en los barrios de Vila Barbosa y
Vila São Miguel (Fernão, 1957).
En 1951, en el interior del estado de São Paulo, había 15 Parques Infantiles (Parque...,
1951). Un año antes, en 1950, en la ciudad de Santos/SP, tuvo lugar el primer encuentro de
discusiones sobre estas instituciones en el interior del estado de São Paulo. Estuvieron presentes
representantes de los Parques Infantiles de las siguientes ciudades: Marília/SP, Araraquara/SP,
Campinas/SP, Jundiaí/SP, Pinhal/RS, Piracicaba/SP y Santos/SP (Cunha; Kuhlmann, 2017).
En 1956, cuando en la ciudad solo existía el Parque Infantil "Monteiro Lobato", se
publicó en un número de un periódico mariliense que los concejales debían hacer posible "[...]
a Marilia no sólo otro patio de recreo, sino otros, para la felicidad de sus hijos, especialmente
de los pobres, que los usan tanto como los tienen" (Ferraz, 1956, p. 6, nuestra traducción).
En los años siguientes, hasta 1959, se instalaron 45 Parques Infantiles en el interior del
estado de São Paulo, siendo Campinas/SP y Ribeirão Preto/SP las ciudades que recibieron más
Parques Infantiles en ese período. Con un total de seis parques infantiles en cada una de estas
dos ciudades (Fonseca; Ferreira, D.; Prandi, 2015).
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Sin embargo, Marília/SP tenía un solo Parque Infantil, hasta que un domingo,
específicamente el 26 de septiembre de 1961, se instaló el segundo Parque Infantil del
municipio de Marília/SP, llamado "Dr. Fernando Mauro", que fue recibido por la población de
Marilia en tono festivo (População..., 1961). Actuaba en la calle Aimorés, barrio Senador
Salgado Filho, n.º 38, atendiendo a niños de la región oeste de la ciudad de Marília/SP.
Este Parque de los Niños fue construido con un plano elaborado por el director de
ingeniería del municipio y con motivo de la inauguración de la institución, estuvieron presentes
el presidente del Consejo del Instituto de Seguridad Social del Estado de São Paulo (IPESP)
Francisco Morato de Oliveira y el juez de distrito quienes desataron la cinta inaugural
(Inauguração..., 1961), como se muestra en la Figura 1, abajo:
Figura 1 – Inauguración del Parque Infantil "Dr. Fernando Mauro"
Fuente: Elaboración propia de João Batista (População..., 1961, p. 1).
En la misma inauguración de la institución, se contó con la presencia de un niño,
convirtiéndolo en protagonista desde el origen del Parque Infantil en cuestión. En la Figura 2,
a continuación, en esta inauguración, es posible ver que el alcalde Barretto Prado también
estuvo presente y pronunció un discurso:
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Figura 2 – Alcalde hablando en la inauguración del Parque Infantil
"Dr. Fernando Mauro"
Fuente: Autoría desconocida (População..., 1961, p. 1)
Es posible notar la presencia de varios hombres con trajes, lo que representaba una
condición económica más alta y posiblemente estos hombres estén relacionados con temas de
política pública, es decir, los Parques Infantiles de la ciudad también fueron utilizados para este
fin político, con el fin de legitimarse como políticos que trabajaban por el desarrollo de la
ciudad, involucrándose con una institución educativa valorada por los habitantes del municipio.
También en 1961, para la construcción del tercer Parque de los Niños, el concejal
Hideharu Okagawa viajó a São Paulo, a la Cinemateca y al consulado de Japón con el fin de
obtener películas para ser exhibidas en la sede del Club Kaikan y revertir los ingresos a la
construcción de esta institución (Campanha..., 1961). Se recaudaron fondos financieros entre
los japoneses (Movimento..., 1961).
En 1963, el diputado Diogo Nomura informó al concejal Hideharu Okagawa que
500.000 cruzeiros serían entregados por el gobernador Adhemar de Barros para la instalación
del Parque Infantil "Príncipe Mikasa", si el Ayuntamiento instalaba la institución sin nuevas
admisiones (Verba..., 1963).
Sin embargo, esto solo ocurrió en 1964 y una edición del diario mariliense registró que
la inauguración no fue posible debido a que el alambrando tenía alambre de púas y la institución
solo tenía muros erigidos, lo que ocurrió con la ayuda financiera de los habitantes japoneses de
la ciudad (Parque..., 1964).
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También se informó que el Parque Infantil en cuestión estaba mal ubicado, lo que
dificultaría la búsqueda de niños y repetiría lo ocurrido con el Parque Infantil "Dr. Fernando
Mauro", en el que había más educadores que niños (Parque..., 1964).
En junio de 1964, el gobernador Adhemar de Barros firmó un cheque por 500.000
cruzeiros para que se continuaran las obras del Parque Infantil "Príncipe Mikasa", sin embargo,
este monto financiero era insuficiente y el municipio tendría que completarlo. Así, la institución
se construyó en un terreno de 4.500 m² y sólo en 1964 se gastaron 16 millones de cruzeiros en
la construcción de la institución (Mais..., 1964; Inaugura-se..., 1965).
Aunque hubo intención de inaugurar el Parque Infantil "Príncipe Mikasa" el 4 de abril
de 1963, por falta de fondos económicos, la inauguración no tuvo lugar hasta el 5 de junio de
1965, a las 10 de la mañana (Deve..., 1964; Príncipe..., 1965).
Este Parque Infantil funcionaba en la Avenida República, barrio Palmitol, n.º 3150,
recibía a niños de barrios marilienses de la zona norte de la ciudad, a saber: Núcleo Castelo
Branco, Vila Nova, Vila Polón y Vila Barros. Recibió donaciones de los japoneses, entre ellas
11 parques infantiles (Príncipe..., 1965).
Por esta razón, en la inauguración se invitó a la embajada japonesa y al gobierno del
estado (Pronto..., 1965). Tobias (1990) relata que, en la ciudad, los japoneses eran considerados
"amigos de la escuela", porque valoraban la educación y además de ayudar a un Parque Infantil,
construyeron la primera de muchas escuelas japonesas en la ciudad.
De esta manera, se inauguró el Parque Infantil "Príncipe Mikasa" con diversas
autoridades. Entre ellos, Akira Suima (vicecónsul de Japón); Wataru Miyakawa (primer
secretario de la Embajada de Japón en Brasil); Diogo Nomura (diputado), Armando Biava
(alcalde de la ciudad); José Yamashita (en representación de la colonia japonesa); Jefferson
Siqueira (responsable de los asuntos administrativos de la municipalidad); Pedro Onichi (en
representación del Ayuntamiento de la ciudad); Maria Aparecida (directora de recreación del
Parque Infantil); el padre Geraldo Moreira (arzobispo de la ciudad); Antônio Reginato, Nelson
Rino y Paulo de Barros (docentes). También estuvieron presentes la prensa y la radio (Parque...,
1965a; Parque..., 1965b).
Jefferson Siqueira decía que, a través de la recreación, el niño tendría su iniciación en
la sociedad. Posteriormente, intervinieron José Yamashita, Pedro Onichi, Maria Aparecida,
Diogo Nomura, todos
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[...] Hablaron de la importancia del trabajo, haciendo hincapié en los
principales elementos de una orientación infantil eficaz, basada en las nuevas
enseñanzas de la recreación. Se destacó la labor de la colonia japonesa [...] [en
la ciudad], y los esfuerzos del alcalde Armando Biava, quien hizo realidad el
sueño del Parque Infantil "Príncipe Mikasa" (Parque..., 1965a, p. 1, nuestra
traducción).
Akira Suima cortó la cinta de la inauguración y señaló que para la colonia japonesa era
un honor que la institución llevara el nombre del príncipe que visitó la ciudad en 1958
(Parque..., 1965a) y agregó que "[...] si los japoneses han progresado aquí, se debe a la
hospitalidad y orientación de la gente y las autoridades locales" (Parque..., 1965a, p. 1, nuestra
traducción). Agradeció el homenaje y todo lo que se logró, haciendo posible que los japoneses
se desarrollaran en la ciudad, y finalmente, exhortó a la colonia japonesa a seguir trabajando y
luchando (Parque..., 1965a).
El representante de la embajada japonesa afirmó que la creación de un parque infantil
en la ciudad demostró la "[...] preocupación de las autoridades por la educación de los niños,
creando en ellos, a través de la sana y colectiva recreación, la sociabilidad y el espíritu de
disciplina y solidaridad" (Parque..., 1965a, p. 1, nuestra traducción).
Se destacó que, con la inauguración de la institución en cuestión, el "[...] lazos de
amistad entre Brasil y Japón [...] [eran] cada vez más firmes" (Parque..., 1965a, nuestra
traducción). De esta forma, la inauguración de esta institución demuestra el aprecio de Japón
en la ciudad de Marília/SP, considerando que, al elegir un mecenas japonés, se enfatiza el
aprecio y respeto por la colonia japonesa que perteneció y pertenece a la ciudad.
Todavía en la inauguración, el padre Geraldo Moreira bendijo la institución y el alcalde
Armando Biava informó sobre el objetivo de construir dos Parques Infantiles más en la ciudad,
uno de los cuales estaría en el barrio de Vila São Miguel, populoso y con progreso industrial
(Parque..., 1965b; Amparar..., 1966).
Dos años después de la inauguración del Parque Infantil "Príncipe Mikasa", el 7 de
septiembre de 1967, se inauguró el Parque Infantil "Caperucita Roja", como se puede ver en la
placa de abajo, en la Figura 3:
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Figura 3 – Placa de inauguración del Parque Infantil "Caperucita Roja"
Fuente: Archivo de Autores
El cuarto Parque Infantil de la ciudad de Marília/SP fue instalado en 1967, denominado
"Caperucita Roja", ubicado en la Rua Paulino da Silva Lavandeira, n.º 529, barrio de la Fragata
(Marília, 1967). Atendía a los niños del lado este de la ciudad" y se puede ver en la Figura 4, a
continuación:
Figura 4 – Parque infantil "Caperucita Roja"
Fuente: A criança... (1969, p. 6)
El quinto Parque Infantil fue instalado el 30 de enero de 1969 a las 10 a.m., llamado
"Branca de Neve", ubicado en la Avenida Sampaio Vidal, n.º 572, ubicado en el centro de Padre
Nóbrega/SP, distrito de Marília/SP (Com duas..., 1969). En ese año, se publicó en una edición
de un periódico mariliense que la prioridad del Ministerio de Educación (MEC) en el
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presupuesto era la Educación Primaria, pero la ciudad de Marília/SP avanzó en la importancia
dada a la educación previa (MEC..., 1969).
Es importante destacar que este quinto Parque Infantil en el municipio de Marília/SP
comenzó a planificarse en 1964, cuando hubo un decreto que habilitó la expropiación amistosa
de tierras para la construcción de esa institución (Marília, 1964).
Sin embargo, en 1966, este decreto fue revocado y en 1968 se publicó que la institución
ubicada en la avenida Sampaio Vidal anexa al Grupo Escolar que estaba al lado del Parque
Infantil se llamaba Parque Infantil "Branca de Neve" (Marília, 1966, 1968). Se puede observar
que, a diferencia de los otros Parques Infantiles, este Parque Infantil fue construido con relación
al Grupo Escolar, que actualmente es una escuela estatal.
En la figura 5 se muestra una fotografía de la institución en cuestión:
Figura 5 – Parque infantil "Blancanieves"
Fuente: Comisión de Registros Históricos del Municipio de Marília/SP
En la placa del Parque de los Niños en la fotografía en cuestión, está inscrito "Prefeitura
Municipal de Marília, Parque Infantil Padre Nóbrega, alcalde Ingeniero Armando Biava" y
luego está el nombre del secretario de Planificación y del secretario de Obras Públicas. En este
sentido, fue el tercer Parque Infantil inaugurado durante la gestión del alcalde Armando Biava.
De acuerdo con las normas de la Dirección General de Educación Física y Deportes
(Defe), para ser considerado Parque Infantil, entre las características, debe tener al menos 5.000
m² (Parque..., 1969a, p. 1). El Parque Infantil "Blancanieves" contaba con tan solo 2.000 m²,
debido a esto, en el primer año de funcionamiento, se informó que:
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[...] el lugar no puede considerarse un Parque Infantil, sino solo un Rincón.
Con esta transformación, algunos recreacionistas destinados en Padre
Nóbrega se trasladarían a Marília, atendiendo los lugares donde más se
necesitan maestros (Parque..., 1969a, p. 1, nuestra traducción).
Se puede observar que la razón principal que se dio para la transformación del Parque
Infantil en un rincón fue que el espacio físico era más pequeño de lo requerido. Al convertirse
en un rincón, atendería a menos niños, de esta manera, el Parque Infantil "Blancanieves"
comenzó el servicio siendo descaracterizado como Parque Infantil.
En 1968, en una legislación municipal, se publicó que en noviembre se entregaría un
parque infantil llamado "Walt Disney" (Marília, 1968a). Sin embargo, debido a la falta de
fondos financieros, hubo un retraso en la construcción (Parques..., 1968).
Como resultado, el sexto Parque Infantil de la ciudad, entregado recién en abril de 1971,
se instaló en la calle Almirante Tamandaré, n.º 1445, barrio Alto Cafezal, recibiendo a niños del
barrio Cavalieri. Situado en el oeste de la ciudad (Parque..., 1971).
A continuación, con la Figura 6, se puede ver la construcción de esta institución:
Figura 6 – Construcción del Parque Infantil "Walt Disney"
Fuente: (Parque..., 1969b, p. 6). Autoría desconocida.
En la inauguración de la institución se contó con la presencia del alcalde Octávio
Barreto Prado:
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Figura 7 - Inauguración del Parque Infantil "Walt Disney"
Fuente: Parque... (1971)
Se puede ver que hay la presencia de muchos niños en la inauguración, haciéndolos
partícipes del momento, pero están en un segundo plano y no como protagonistas de este
momento. En la institución donde funcionó el Parque Infantil en cuestión, es posible ubicar el
siguiente letrero:
Figura 8 – Letrero de parque infantil "Walt Disney" en 1971
Fuente: Archivo de Autores
Leyenda en el letrero: "Walt Disney Parque infantil. Alcalde Municipal Octávio Barretto Prado sector
de planificación arq. Waldemir N. Silveira, sector de obras, Ing. João Dalmonte Jr., sector de Educación
y Cultura, José Geraldo Tassara, Alcaldía de Marília, abril de 1971.".
Al tratarse de una política pública, se le da importancia a la placa de la institución.
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El séptimo Parque Infantil del municipio de Marília/SP fue instalado en 1972, llamado
"Saci-Pererê", funcionó a partir de 1972, sin embargo, antes de ser instalado en la década de
1960, fue llamado en las ediciones del periódico de Marília/SP, Parque Infantil "Alvorada".
Funcionaba en la Rua Roberto Símonsen, n.º 469, barrio Jardim Alvorada, que en el momento
de su funcionamiento se llamaba barrio Vila Altaneira. Atendía a los niños del lado este de la
ciudad.
En la pared de entrada de Emei "Saci Pererê", hay el siguiente letrero:
Figura 9 – Placa en Emei "Saci-Pererê"
Fuente: Archivo de Autores
La placa anterior se refiere a esta misma institución, que pasó a llamarse "Hermano
Leger Cárnea hermano Léo" (Marília, 1969)
4
en 1984, volviendo más tarde a la nomenclatura
"Saci-Pererê".
De lo anterior, se puede ver que los Parques Infantiles de la ciudad de Marília/SP fueron
instalados, respectivamente, en el centro, en la zona oeste, en la zona norte, cerca del centro, en
el distrito de la ciudad, en la zona oeste y en la zona este de la ciudad, o sea, no hubo instalación
en la zona sur, ya que fue la última zona que se creó en la ciudad, en la década de 1980, cuando
ya no había parques infantiles.
Atendía a niños de diversas condiciones económicas, como hijos de padres albañiles
5
,
conductores, mecánicos, sastres, policías militares, electricistas, caldereros, operadores de
4
En la legislación en la que el Parque Infantil de Vila Altaneira se llamaría "Saci-Pererê" (Marília, 1969), existe
un decreto manuscrito 4866/84 que informa sobre el cambio de nomenclatura al hermano Léo.
5
Se presentará por orden de ubicación en las fuentes consultadas.
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máquinas, sirvientes, vendedores, oficinistas, comerciantes, pintores, caldereros, maestros,
torneros, cerrajeros, carpinteros, locutores de radio, trabajadores ferroviarios, agricultores,
confiteros, industriales, vidrieros, agricultores, soldados, gerentes, supervisores de ventas,
funcionarios públicos, empleados bancarios, jubilados, tesoreros, asistentes de autopsias,
farmacéuticos, obreros, verduleros, cocineros, fotógrafos, contables, cerrajeros, zapateros,
ferroviarios, vendedores ambulantes, empleados estatales, guardias, maquinistas, carniceros,
técnicos de radio, trabajadores por cuenta propia, carpinteros, panaderos, agrimensores,
lecheros, marmolistas, viajeros y médicos (Parque infantil..., 1971-1974; Parque infantil...,
1972; Parque infantil..., 1976).
Así, en una edición de un periódico de Marili, se informó que tanto "pobres" como
"ricos" podían frecuentar los Parques Infantiles del municipio de Marília/SP y desarrollarse en
esos espacios (Parque..., 1951). También se informó que la vecindad del Parque Infantil "Walt
Disney" era periférica, lo que facilitaría la aparición de meningitis (Parque..., 1974).
El primer Parque de los Niños de la ciudad de São Paulo se llamó "Dom Pedro II",
estaba ubicado en una región central, pero era muy similar a la periferia, cerca de las casas de
los trabajadores. Los otros Parques Infantiles "[...] se instalaron en barrios obreros e industriales
de São Paulo para atender a los hijos de los trabajadores paulistas" (Oliveira, 2010, p. 54,
nuestra traducción).
De acuerdo con Leme (2008), los barrios de clase trabajadora consistían en barrios en
los que había viviendas de bajo costo, de bajos ingresos y bajos ingresos en las que vivían
obreros. Al respecto, Ferreira de Paula (1993, p. 80-81, nuestra traducción) menciona que, en
São Paulo, la instalación de Parques Infantiles
[...] debe tener lugar en barrios con una densa población de clase trabajadora;
Brás, Mooca, Santo Amaro, Barra Funda, Tatuapé y Vila Romana. El terreno
para su instalación debe someterse a un estudio exhaustivo con el fin de
ahorrar residuos futuros. Los más recomendados eran aquellos que se
encontraban cerca de escuelas, fábricas y hogares infantiles al mismo tiempo.
Se percibe la búsqueda de una ubicación que abarque escuelas, fábricas y hogares
infantiles.
En la ciudad de Marília/SP, el primer y cuarto Parques Infantiles fueron instalados en
regiones económicamente favorecidas, mientras que los posteriores fueron instalados en
regiones menos favorecidas económicamente.
Las instalaciones de los Parques Infantiles de Marília/SP, según se relató, ocurrieron en:
1937, 1961, 1965, 1967, 1969, 1971 y 1972, o sea, cuatro Parques Infantiles fueron instalados
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en la década de 1960, tres de ellos durante la administración del alcalde Armando Biava
6
conocido como amigo del niño mariliense (A criança..., 1969). Tenía como plan la recreación
cultural del niño y en la inauguración del Parque Infantil "Caperucita Roja", "[...] elogió el
trabajo realizado en los parques de la Red Municipal, [...] [informando que obedecían] una
orientación segura y eficiente" (Recreação..., 1967, p. 1, nuestra traducción).
En la década de 1960, según el Censo Demográfico de ese año, había una población de
89.198 personas en Marília/SP, de las cuales 45.156 eran hombres y 44.042 eran mujeres (São
Paulo, 1960).
Todavía en la década de 1960, la ciudad recibió un tranvía con la intención de ser un
"trofeo histórico". Durante este período, existieron dos Parques Infantiles más en la ciudad, es
decir, el "Dr. Fernando Mauro" y el "Príncipe Mikasa", y el Parque Infantil "Monteiro Lobato"
fue elegido para exhibir este "trofeo", lo que indica la visibilidad de esta institución. Esto se
justifica por la ubicación física que ocupa, es decir, una manzana entera de una región central
prominente de la ciudad (Modelar..., 1954).
Se puede observar que concomitantemente con la entrega del tranvía en el Parque
Infantil de la ciudad, hubo una preocupación por los elementos internos y externos de la
institución. Se llevaron a cabo varias remodelaciones en el Parque Infantil "Monteiro Lobato"
y se hicieron más accesibles y visibles los elementos que rodean la institución.
Una búsqueda similar se produjo con el Parque Infantil "Caperucita Roja", cuando en
1977, los vecinos de las inmediaciones de esta institución se opusieron a una renovación de la
ampliación de este Parque Infantil, ya que interferiría con el camino de acceso a la calle. Así,
firmaron una petición y la entregaron al alcalde para que no se llevara a cabo la ampliación,
argumentando que las dimensiones eran suficientes para acomodar a todos los niños y en lugar
de la ampliación, se debía realizar la construcción de una plaza para que padres e hijos pudieran
tener momentos de ocio (Moradores..., 1977).
Las reformas fueron recogidas en los números de los periódicos de Marili y se
entregaron constantemente con retrasos, como ocurrió con las instalaciones de varios Parques
Infantiles del municipio.
Es importante entender que en la ciudad de Marília/SP, antes de que existiera el primer
Parque de los Niños, se instalaron instituciones que cubrían el servicio de Educación Primaria
y Preescolar, y esta última comenzó en la ciudad en 1929, con la instalación de un Jardín de
6
Cabe destacar que este alcalde también inauguró otras instituciones educativas, como una escuela rural y una
escuela en el núcleo Castelo Branco de la ciudad de Marília/SP (Com duas ..., 1969).
Instalaciones de los Parques Infantiles en el municipio de Marília/SP
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Infantes mixto y en 1931 de forma privada con dos Jardines de Infantes más. en el que se
atendió a niños de 4 a 6 años. Uno fue dirigido por el profesor Baltasar de Godoy Moreira
7
y el
otro fue dirigido por la profesora Angelina Roselli. En estas instituciones se utilizaron métodos
de escuela activa (Tobias, 1990).
En 1966, en la ciudad, se inauguró el vivero "Ignacio de Loyola Torres", que hasta 1997
fue mantenido por el Centro Espírita "Amantes de la Pobreza". Era un centro asistencial y fue
fundado por espíritas, atendía a niños de 1 mes a 6 años de edad en el período de tiempo
completo y a niños de 7 a 13 años en el período extraescolar. En la ciudad, en ese momento,
existían ayudas gubernamentales para entidades filantrópicas y asistenciales
8
(Marquizeli,
2018).
También en la década de 1960, en la ciudad, se construyó el edificio del Instituto de
Educación "Monsenhor Bicudo" y se instaló la Facultad de Medicina de Marília/SP (Tanuri,
2001).
También estaba la institución "Hogar de Niños",
9
"Restaurante de Niños", "Amélie
Boudet" (en ese momento era un "Hogar de Niñas") y las guarderías "Juventud Católica"
10
y
"Alziro Zarur" para asistencia materna. Con iniciativa privada, se crearon el Colegio Sagrado
Corazón de Jesús (con gimnasio y Escuela Normal), el Colegio Cristo Rey y el Colegio "Bezerra
de Menezes".
7
Para más información sobre este reconocido educador de la ciudad que tiene una escuela con educación primaria
y secundaria que lleva su nombre, consulte los resultados de la investigación, publicada por Conceição (2012).
8
Cabe destacar que, en 1997, esta institución se convirtió en la guardería "Mãe Cristina", atendiendo a niños de 4
meses a 2 años y ofreciendo también una clínica ambulatoria con pediatría, una enfermera y una auxiliar de
enfermería para atender a los niños (Marquizeli, 2017, 2018). A partir de 2013, en Marília/SP, las guarderías se
llamaban Emeis, lo que posibilitaba recibir asistencia técnica y financiera de programas destinados a la Educación
Infantil, debido a que antes estas instituciones solo recibían asistencia de programas federales para guarderías.
9
Apareció en la ciudad en 1949, ubicada en la Avenida Santo Antônio, fue iniciativa de Olívia Almeida, viuda del
coronel Galdino de Almeida. El origen de la creación estaba dirigido al cuidado del menor abandonado. En 1956,
junto al edificio de esta institución, se instaló la guardería "Dona Nhanhã" (Lara, 1991).
10
Ubicado en la calle Paraíba 280, fue creado en 1943, fue una iniciativa de las Escuelas Libres de la Juventud
Católica de Marília/SP, buscando incentivar la educación física e intelectual de niños, jóvenes y adultos. Atendía
a niños desde los meses hasta los 6 años de edad (Lara, 1991).
Aline de Novaes CONCEIÇÃO y Macioniro CELESTE FILHO
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Reflexiones finales
En la ciudad de Marília/SP, la atención a niños en edad de preescolar comenzó en 1929,
con la instalación de un jardín de infantes mixto, y en 1931 tenían de forma privada dos jardines
de infantes.
Sin embargo, en 1937, de manera pionera, se inauguró un Parque Infantil municipal que
sirvió más allá de la edad del Jardín de Infantes y en la década de 1960, contaba con el mayor
número de instalaciones de la ciudad. Cuando también se instaló el Instituto de Educación, una
importante institución que abarcaba varios niveles educativos, con la formación docente como
eje central.
Las instalaciones relacionadas a los Juegos Infantiles en el municipio de Marília/SP, ya
sea sobre el inicio del servicio o sobre las transformaciones de los elementos físicos de esas
instituciones, fueron reportadas en las ediciones de los periódicos marilienses y, muchas veces,
en la inauguración de esos elementos, hubo presencia de autoridades. Este hecho también fue
localizado por Oliveira (2010) en el primer Parque de los Niños de Sorocaba/SP, donde hubo
una inauguración con la presencia de políticos (incluyendo el alcalde y su familia) y de la
población en general.
Los Parques Infantiles de Vida Infantil fueron el origen de la Educación Infantil
Municipal de la ciudad de Marília/SP, que tuvo y tiene una gran importancia para la gente de
Marília. Considerando que la instalación de un parque infantil municipal en el interior de São
Paulo significó ser reconocido, ya que fue una política pública que permitió visibilidad a los
políticos al ser también una demanda de la población, que carecía de instituciones educativas
para atender a los niños.
Por lo tanto, la instalación de un Parque Infantil en la ciudad de Marília/SP fue una
necesidad para las familias y un instrumento de campaña política para los alcaldes, estando
directamente relacionado con la exposición y la visibilidad positiva.
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Aline de Novaes CONCEIÇÃO y Macioniro CELESTE FILHO
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KINDERGARTENS IN THE MUNICIPALITY OF MARÍLIA/SP
INSTALAÇÕES DOS PARQUES INFANTIS DO MUNICÍPIO DE MARÍLIA/SP
INSTALACIONES DE LOS PARQUES INFANTILES EN EL MUNICIPIO DE
MARÍLIA/SP
Aline de Novaes CONCEIÇÃO1
e-mail: alinenovaesc@gmail.com
Macioniro CELESTE FILHO2
e-mail: macioniro.celeste@unesp.br
How to reference this article:
CONCEIÇÃO, A. de N.; CELESTE FILHO, M. Kindergartens in
the municipality of Marília/SP. Revista Ibero-Americana de
Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024026, 2024. e-
ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18171
| Submitted: 18/06/2023
| Revisions required: 19/07/2023
| Approved: 11/10/2023
| Published: 29/02/2024
Editor:
Prof. Dr. José Luís Bizelli
Deputy Executive Editor:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
São Paulo State University (UNESP), Marília – SP – Brazil. Professor of the Undergraduate and Postgraduate
Program in Education at the Federal University of Mato Grosso do Sul (UFMS), Corumbá – MS.
2
São Paulo State University (UNESP), Marília – SP – Brazil. Professor of the Postgraduate Program in Education.
Kindergartens in the municipality of Marília/SP
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18171 2
ABSTRACT: In this article, we present results obtained from research for a PhD in Education,
whose objective is to reconstruct elements related to the installation of the seven Kindergartens
installed in the municipality of Marília/SP, in the period from 1937 to 1978, respectively, year of
the installation of the first Kindergarten in the city and change of name from Kindergartens to
Municipal Early Childhood Education Schools. The research was carried out through a historical
approach, centered on bibliographic and documentary research, based on procedures for locating,
identifying, recovering, gathering, systematizing, selecting, analyzing and interpreting the
following sources: issues of newspapers in Marilia, legislation, signs, photographs, and documents
contained in the Municipal Early Childhood Education Schools where the Kindergartens operated.
Among the results, it was possible to understand that the facilities of these institutions were needs
of families and a political campaign instrument for mayors, being directly related to exposure and
positive visibility.
KEYWORDS: Kindergartens. Childhood. Institution.
RESUMO: Apresentam-se, neste artigo, resultados obtidos a partir de pesquisa de Doutorado em
Educação, cujo objetivo consiste em reconstituir elementos relacionados com a instalação dos sete
Parques Infantis instalados no município de Marília/SP, no período de 1937 a 1978,
respectivamente, ano da instalação do primeiro Parque Infantil da cidade e da alteração da
denominação de Parques Infantis para Escolas Municipais de Educação Infantil. A pesquisa foi
realizada mediante abordagem histórica, centrada em pesquisa bibliográfica e documental, a partir
dos procedimentos de localização, identificação, recuperação, reunião, sistematização, seleção,
análise e interpretação das seguintes fontes: números de jornais marilienses, legislações, placas,
fotografias e documentos contidos nas Escolas Municipais de Educação Infantil em que
funcionaram os Parques Infantis. Dentre os resultados, foi possível compreender que as instalações
dessas instituições eram necessidades das famílias e instrumento de campanha política dos
prefeitos, estando diretamente relacionadas com a exposição e visibilidade positiva.
PALAVRAS-CHAVE: Parques Infantis. Infância. Instituição.
RESUMEN: Este artículo presenta los resultados obtenidos de una investigación del Doctorado
en Educación, cuyo objetivo es reconstruir elementos relacionados con la instalación de siete
Parques Infantiles instalados en el municipio de Marília/SP, en el período de 1937 a 1978,
respectivamente, año de la instalación del primer Parque Infantil de la ciudad y del cambio de la
denominación de Parques Infantiles a Escuelas Municipales de Educación Infantil. La
investigación se realizó a través de un enfoque histórico, centrado en la investigación bibliográfica
y documental, a partir de los procedimientos de localización, identificación, recuperación,
recolección, sistematización, selección, análisis e interpretación de las siguientes fuentes: números
de periódicos marilienses, legislación, placas, fotografías y documentos contenidos en las Escuelas
Municipales de Educación Infantil en las que funcionaban los Parques Infantiles. Entre los
resultados, se pudo comprender que las instalaciones de estas instituciones fueron necesidades de
las familias y un instrumento de campaña política para los alcaldes, estando directamente
relacionado con la exposición y visibilidad positiva.
PALABRAS CLAVE: Parques Infantiles. Niñez. Institución.
Aline de Novaes CONCEIÇÃO and Macioniro CELESTE FILHO
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18171 3
Introduction
Marília, a city in the interior of São Paulo, is approximately 443 kilometers from the
state capital (São Paulo), close to Bauru/SP and Presidente Prudente/SP. With approximately
237,130 thousand inhabitants, the city is known as the “National Food Capital” (IBGE, 2017).
In this city, seven Kindergartens were installed, the history of which had not been
reconstructed. The origin of Brazilian Kindergartens, in São Paulo, is related to the search for
marginalized children aged 3 to 12 without financial resources to have access to quality
education in non-formal institutions
3
.
The nomenclature “garden” was related to the installation of children's schools that took
place in green parks (Informação..., 1963). In these institutions, there were common themes,
which were the possibility of education with recreation and care.
In this sense, in this article, the results of research carried out within the scope of the
Doctorate course are presented, seeking to reconstitute elements related to the installation of
the seven Kindergartens installed in the municipality of Marília/SP, in the period from 1937 to
1978, respectively, the year of installation of the city's first kindergarten and the year in which
the name of Kindergartens was changed to Municipal Early Childhood Education Schools
(Emeis).
The research was carried out using a historical approach, centered on bibliographic and
documentary research, based on procedures for locating, identifying, retrieving, gathering,
systematizing, selecting, analyzing and interpreting sources on the topic. Mainly using issues
of newspapers from Marília, legislation, signs, photographs and documents contained in the
Municipal Early Childhood Education Schools where the kindergartens operated.
Kindergartens in the municipality of Marília/SP
Of the seven Kindergartens that operated in the municipality of Marília/SP, that is,
“Monteiro Lobato”, “Dr. Fernando Mauro”, “Príncipe Mikasa”, “Chapeuzinho Vermelho”,
“Snow White”, “Walt Disney” and “Saci-Pererê”, the first, which was initially called the
kindergarten in the city of Marília/SP, installed in 1937, it operated on Avenida República,
Cascata neighborhood, no. 3,150, close to the city's commercial center and, therefore, received
children from the central region of the city.
3
Non-formal institutions are related to collective educational institutions, which although not related to schooling,
cannot be confused with informal institutions, that is, those that do not work directly with educational processes.
Kindergartens in the municipality of Marília/SP
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DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18171 4
The construction of the Marília/SP Kindergarten was authorized with decree nº 73 of
1936, on land donated on October 10, 1930 by Maria Isabel Botelho de Abreu, wife of Bento
de Abreu Sampaio Vidal (EMEI “Monteiro Lobato”, 2019).
On that date, two laws were enacted in Marília/SP, recording that the mayor was
authorized to receive land donations from the estate of Maria Isabel Botelho. Among these,
there is one that is located on Avenida São Paulo, which is the current Rua São Paulo and is one
of the streets where Emei “Monteiro Lobato” (Marília, 1930) is located.
Conceição (2012) reports that Bento de Abreu Sampaio Vidal's family owned coffee
plantation farms and donated land for the construction of several establishments in the city of
Marília/SP. In 1936, with the donation of land, the construction of the Kindergarten in
Marília/SP was authorized, opening in 1937 (Souto, 2003; Póvoas, 1947).
The installation of a kindergarten in the city of Marília/SP, in the 1930s, was pioneering,
as the interiorization of kindergartens in the state of São Paulo occurred in the 1940s. In that
decade, in the interior of the state, there were three kindergartens, located in Marília, Ribeirão
Preto and Campinas (Miranda, 1941).
In the 1940s, the population of Marília demanded more kindergartens, asking for at least
four to be installed and suggesting installations in the Vila Barbosa and Vila São Miguel
neighborhoods (Fernão, 1957).
In 1951, in the interior of the state of São Paulo, there were 15 kindergartens (Parque...,
1951). A year earlier, in 1950, in the city of Santos/SP, the first meeting took place to discuss
these institutions in the interior of the state of São Paulo. Representatives from the kindergartens
of the following cities were present: Marília/SP, Araraquara/SP, Campinas/SP, Jundiaí/SP,
Pinhal/RS, Piracicaba/SP and Santos/SP (Cunha; Kuhlmann, 2017).
In 1956, when the city only had the “Monteiro Lobato” kindergarten, in an issue of a
Marilia newspaper it was published that the councilors should provide “[...] Marilia with not
just another kindergarten, but others, to the happiness of their children, especially the poor ones,
who use them so much when they have them” (Ferraz, 1956, p. 6, our translation).
In subsequent years, until 1959, 45 kindergartens were installed in the interior of the
state of São Paulo, with Campinas/SP and Ribeirão Preto/SP being the cities that received the
most Kindergartens during this period. In total, then, six kindergartens in each of these two
cities (Fonseca; Ferreira, D.; Prandi, 2015).
However, Marília/SP had only one kindergarten, until, on a Sunday, specifically on
September 26, 1961, the second kindergarten in the city of Marília/SP was installed, called “Dr.
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Fernando Mauro”, was received by the population of Marília in a festive tone (População...,
1961). It operated on Rua Aimorés, Senador Salgado Filho neighborhood, no. 38, serving
children from the western region of the city of Marília/SP.
This kindergarten was built according to a plan drawn up by the municipality's
engineering director and at the time of the institution's inauguration, there was the president of
the Council of the São Paulo State Pension Institute (IPESP), Francisco Morato de Oliveira,
and the district judge, who untied the inauguration ribbon (Inauguração..., 1961), as shown in
Figure 1, below:
Figure 1 – Opening of the “Dr. Fernando Mauro”
Source: Authored by João Batista (População..., 1961, p. 1).
At the inauguration of the institution itself, a child was present, making him the
protagonist since the origin of the kindergarten in question. In Figure 2, below, at this
inauguration, it is possible to see that Mayor Barretto Prado was also present and gave a speech:
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Figure 2 – Mayor speaking at the Inauguration of the Kindergarten
“Dr. Fernando Mauro”
Source: Unknown author (População..., 1961, p. 1)
It is noticeable the presence of several men in suits, which represented a higher financial
condition and, possibly, these men are related to public policy issues, that is, the kindergartens
in the city were also used for this political purpose, the in order to legitimize themselves as
politicians who were working for the city's development, getting involved with an educational
institution valued by the city's inhabitants.
Still in 1961, for the construction of the third Kindergarten, councilman Hideharu
Okagawa traveled to São Paulo, to the Cinemateca and to the Japanese consulate in order to
obtain films to be shown at the Kaikan Club headquarters and use the proceeds to build this
institution (Campanha..., 1961). Financial funds were raised among the Japanese
(Movimento..., 1961).
In 1963, deputy Diogo Nomura communicated to councilor Hideharu Okagawa that 500
thousand cruzeiros would be delivered by governor Adhemar de Barros, for the service of
installing the “Príncipe Mikasa ” Kindergarten, if the City Hall installed the institution without
new admissions (Verba..., 1963).
However, this only occurred in 1964 and an edition of a newspaper from Marília
recorded that the inauguration was not possible due to the fence being covered with barbed wire
and the institution only having walls, built with financial assistance from the city's Japanese
inhabitants (Parque..., 1964).
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It was also reported that the kindergarten in question was poorly located, which would
hinder the search for children and repeat what happened with the “Dr. Fernando Mauro”, in
which there were more educators than children (Parque..., 1964).
In June 1964, Governor Adhemar de Barros signed a check for 500,000 cruzeiros so that
the works on the “Príncipe Mikasa” Kindergarten could continue, however, this financial
amount was insufficient and the municipality would have to complete it. Thus, the institution
was built on a plot of land measuring 4,500 m² and in 1964 alone 16 million cruzeiros were
spent on the construction of the institution (Mais..., 1964; Inaugura-se..., 1965).
Although there was an intention to inaugurate the “Príncipe Mikasa ” Kindergarten on
April 4, 1963, due to lack of financial resources, the inauguration only took place on June 5,
1965, at 10 am (Deve..., 1964; Príncipe..., 1965).
This kindergarten operated on Avenida República, Palmital neighborhood, no. 3150, and
received children from neighborhoods in the north of the city, namely: Núcleo Castelo Branco,
Vila Nova, Vila Polon and Vila Barros. Donations were received from the Japanese, including
11 kindergartens (Principe..., 1965).
Therefore, at the inauguration, the Japanese embassy and the state government were
invited (Pronto..., 1965). Tobias (1990) reports that, in the city, the Japanese were considered
“friends of the school”, as they valued education and, in addition to helping a kindergarten, they
built the first of many Japanese schools in the city.
In this way, the “Prince Mikasa ” Kindergarten was opened with several authorities.
Among these, Akira Suima (vice consul of Japan); Wataru Miyakawa (first secretary of the
Japanese Embassy in Brazil); Diogo Nomura (deputy), Armando Biava (city mayor); José
Yamashita (representing the Japanese colony); Jefferson Siqueira (responsible for
administrative issues in the municipality); Pedro Onichi (representing the city's Municipal
Council); Maria Aparecida (recreational teacher - head of the Kindergarten); Father Geraldo
Moreira (archbishop of the city); Antônio Reginato, Nelson Rino and Paulo de Barros
(teachers). The written press and radio were also present (Parque..., 1965a; Parque..., 1965b).
Jefferson Siqueira said that, through recreation, children would have their initiation into
society. Later, the following spoke: José Yamashita, Pedro Onichi, Maria Aparecida, Diogo
Nomura, all
[...] said about the importance of the work, highlighting the main elements of
effective child guidance, based on the new teachings of recreation. The work
of the Japanese colony [...] [in the city] and the efforts of mayor Armando
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Biava, who made the dream of “Príncipe Mikasa ” Kindergarten a reality
(Parque..., 1965a, p. 1, our translation).
Akira Suima cut the inauguration ribbon and noted that, for the Japanese colony, it was
an honor for the institution to be named after the prince who visited the city in 1958 (Parque...,
1965a) and concluded by saying that “[...] If the Japanese have made progress here, it is due to
the hospitality and guidance of the people and local authorities” (Parque..., 1965a, p. 1, our
translation). He thanked the honor and everything that was accomplished, enabling the Japanese
to develop in the city; finally, he urged the Japanese colony to continue working and fighting
(Parque..., 1965a).
The representative of the Japanese embassy, in turn, stated that the creation of a
kindergarten for children in the city demonstrated the “[...] concern of the authorities for the
education of children, creating in them, through healthy and collective recreation, the sociability
and the spirit of discipline and solidarity” (Parque..., 1965a, p. 1, our translation).
It was emphasized that with the inauguration of the institution in question, the “[...] ties
of friendship between Brazil and Japan [...] [were] increasingly firm” (Parque..., 1965a, our
translation). In this way, the inauguration of this institution demonstrates the appreciation of
Japan in the city of Marília/SP, considering that, when choosing a Japanese patron, the
appreciation and respect for the Japanese colony that belonged and belongs to the city is
highlighted.
Still on the inauguration, Father Geraldo Moreira blessed the institution and Mayor
Armando Biava reported on the goal of building two more kindergartens in the city, one of
which would be in the Vila São Miguel neighborhood, which was populous and with industrial
progress (Parque..., 1965b; Amparar..., 1966).
Two years after the inauguration of the “Prince Mikasa ” Kindergarten, on September
7, 1967, the “Chapeuzinho Vermelho” Kindergarten was inaugurated, as can be seen from the
following sign, in Figure 3:
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Figure 3 – Opening sign for the “Chapeuzinho Vermelho” Kindergarten
Source: Authors’ archive
The fourth Kindergarten in the municipality of Marília/SP was installed in 1967, called
“Chapeuzinho Vermelho”, and operated at Rua Paulino da Silva Lavandeira, no. 529, Fragata
neighborhood (Marília, 1967). It served children from the east side of the city and can be seen
in Figure 4, below:
Figure 4 - “Chapeuzinho Vermelho” Kindergarten
Source: A criança... (1969, p. 6)
The fifth Kindergarten was installed on January 30, 1969 at 10 am, called “Snow
White”, it operated at Avenida Sampaio Vidal, no. 572, located in the center of Padre
Nóbrega/SP, district of Marília/SP (Com duas..., 1969). That year, it was published in an issue
of a newspaper in Marília that the priority of the Ministry of Education (MEC) in the budget
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was Primary Education, however the city of Marília/SP was advancing in the importance given
to previous education (MEC..., 1969).
It is important to highlight that this fifth Kindergarten in the municipality of Marília
began to be planned in 1964, when there was a decree that allowed the friendly expropriation
of land for the construction of this institution (Marília, 1964).
However, in 1966, this decree was revoked and, in 1968, it was published that it was
called the “Snow White” Kindergarten, the institution located on Avenida Sampaio Vidal
attached to the Escolar Group that was next to the kindergarten (Marília, 1966, 1968). It can be
seen that, unlike other kindergartens, this one was built in connection with the School Group,
which is currently a state school.
With Figure 5, it is possible to view a photograph of the institution in question:
Figure 5 – “Snow White” Kindergarten
Source: Historical Records Commission of the Municipal Council of Marília/SP
On the Kindergarten sign in the photograph in question, it says “Prefeitura Municipal
de Marília, Parque Infantil Padre Nóbrega, Mayor Engenheiro Armando Biava” and then there
is the name of the planning secretary and the public works secretary. In this sense, it was the
third Kindergarten opened under Mayor Armando Biava.
According to the standards of the Department of Physical Education and Sports (Defe),
to be considered a Kindergarten, among the characteristics, the place should have at least 5,000
m² (Parque..., 1969a, p. 1). The “Snow White” Kindergarten was only 2,000 m², due to this, in
the first year of operation, it was reported that:
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[...] the place cannot be considered a Kindergarten, but only a “Caring space”.
With this transformation, some recreationists stationed in Padre Nóbrega
would move to Marília, serving the places where teachers are most lacking
(Parque..., 1969a, p. 1, our translation).
It appears that the main reason given for the transformation of a Kindergarten into a
caring space was that the physical space was smaller than required. By becoming a caring space,
it would serve fewer children and, in this way, the “Snow White” Kindergarten began its service
and was no longer characterized as a Kindergarten.
In 1968, in city legislation, it was published that a Kindergarten called “Walt Disney”
would be delivered in November (Marília, 1968a). However, due to lack of financial resources,
construction was delayed (Parques..., 1968).
As a result, the city's sixth Kindergarten was only delivered in April 1971, installed at
Rua Almirante Tamandaré, no. 1445, Alto Cafezal neighborhood. The institution received
children from the Cavalieri neighborhood, located in the west of the city (Parque..., 1971).
Below, in Figure 6, you can see the construction of this institution:
Figure 6 – Construction of the “Walt Disney” Kindergarten
Source: (Parque..., 1969b, p. 6). Unknown author.
Mayor Octávio Barreto Prado was present at the inauguration of the institution:
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Figure 7 - Opening of the “Walt Disney” Kindergarten
Source: Parque... (1971)
It appears that there are many children present at the inauguration, making them
participants in the moment, however, they are in the background and not as protagonists of that
moment. In the institution where the kindergarten in question operated, it is possible to find the
following sign:
Figure 8 - “Walt Disney” Kindergarten sign in 1971
Source: Authors’ archive
Sign caption: “'Walt Disney' Kindergarten. Municipal Mayor Octávio Barretto Prado planning sector
arch. Waldemir N. Silveira construction sector Eng. João Dalmonte Jr. Education and Culture Sector
José Geraldo Tassara Marília City Hall April 1971.”.
As it is a public policy, it is necessary to highlight the institution's plaque.
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The seventh Kindergarten in the municipality of Marília was installed in 1972, called
“Saci-Pererê”, and operated from 1972, however, before being installed in the 1960s, it was
called “Alvorada” Kindergarten in newspapers. It operated on Rua Roberto Símonsen, no. 469,
Jardim Alvorada neighborhood, which during the period of operation was called the Vila
Altaneira neighborhood. It served children from the east side of the city.
On the entrance wall of Emei “Saci Pererê”, there is the following sign:
Figure 9 – Sign at Emei “Saci-Pererê”
Source: Authors’ archive
The plaque above refers to this same institution, which came to be called “Irmão Leger
Cárnea Irmão Léo” (Marília, 1969)
4
in 1984, later returning to the name “Saci-Pererê”.
From the above, it appears that the kindergartens in the city of Marília were installed,
respectively, in the center, in the west zone, in the north zone, close to the center, in the city
district, in the west zone and in the east zone of the city, that is, there was no installation in the
south zone, as it was the last zone to be created in the city, in the 1980s, when there were no
more Kindergartens.
It served children of different financial circumstances, such as children of parents who
were bricklayers
5
, drivers, mechanics, tailors, military police officers, electricians, tinsmiths,
machine operators, servants, salespeople, clerks, traders, painters, tinsmiths, teachers, turners,
locksmiths, carpenters, broadcasters, railway workers, farmers, confectioners, industrialists,
4
In the legislation in which the Vila Altaneira Kindergarten would be called “Saci-Pererê” (Marília, 1969), there is
a handwritten decree 4866/84 which reports on the change of name to Brother Léo.
5
It will be presented in order of location in the sources consulted.
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glaziers, farmers, soldiers, managers, sales supervisors, civil servants, bank employees, retirees,
treasurers, autopsy assistants, pharmacists, workers, greengrocers, cooks, photographers,
accountants, locksmiths, shoemakers, railway workers, market traders, state registry office
employees, guards, train drivers, butchers, radio technicians, self-employed people, carpenters,
bakers, surveyors, milkmen, marble workers, travelers and doctors (Parque infantil..., 1971-
1974; Parque infantil..., 1972; Parque infantil..., 1976).
Thus, in an issue of a newspaper from Marília, it was reported that both “poor” and
“rich” could attend the kindergartens in the municipality of Marília and develop in these spaces
(Parque..., 1951). It was also reported that the neighborhood of the “Walt Disney” Kindergarten
was peripheral, which would facilitate the appearance of meningitis (Parque..., 1974).
The first Kindergarten in the city of São Paulo was called “Dom Pedro II”, it was located
in a central region, however, it was very similar to the outskirts, close to working-class housing.
The other kindergartens “[...] were installed in working-class and industrial neighborhoods in
São Paulo with the aim of serving the children of workers in São Paulo” (Oliveira, 2010, p. 54,
our translation).
According to Leme (2008), working-class neighborhoods consisted of neighborhoods
in which there were popular houses with low financial costs where blue-collar workers lived.
Regarding this, Ferreira de Paula (1993, p. 80-81, our translation), mentions that, in São Paulo,
the installation of kindergartens
[...] it should occur in neighborhoods with a dense working population; Brás,
Mooca, Santo Amaro, Barra Funda, Tatuapé and Vila Romana. The land for
its installation should undergo a detailed study with a view to saving future
waste. The most recommended were those that were located at the same time
close to schools, factories and children's homes.
One can see the search for a location that would encompass schools, factories and
children’s homes.
In the municipality of Marília, the first and fourth Kindergartens were installed in
economically favored regions, while the subsequent ones were installed in less economically
favored regions.
The installations of the Marília Kindergartens, as reported, took place in: 1937, 1961,
1965, 1967, 1969, 1971 and 1972, that is, four kindergartens were installed in the 1960s, three
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of which were under the administration of Mayor Armando Biava
6
, known as “the friend of the
Marilian child” (A criança..., 1969, our translation). His plan was for children's cultural
recreation and at the inauguration of the “Chapeuzinho Vermelho” Kindergarten, “[...] he
praised the work carried out in the Municipal Parks, [...] [reporting that they followed] safe
guidance and efficient” (Recreação..., 1967, p. 1, our translation).
In the 1960s, in the city of Marília, according to that year's Demographic Census, there
was a population of 89,198 people, 45,156 men and 44,042 women (São Paulo, 1960).
Still in the 1960s, the city received a tram intended to be a “historical trophy”. During
this period, there were two more Kindergartens in the city, that is, the “Dr. Fernando Mauro”
and “Prince Mikasa”, with the “Monteiro Lobato” Kindergarten being chosen to display this
“trophy”, which indicates the visibility of this institution. This is justified by the physical
location it occupies, that is, an entire block in a prominent central region of the city
(Modelar...,1954).
It appears that, concomitantly with the delivery of the tram to the city's Kindergarten,
there was concern about the internal and external elements of the institution. Thus, several
renovations took place at the “Monteiro Lobato” Kindergarten, which made the elements
around the institution more accessible and visible.
A similar search occurred with the “Chapeuzinho Vermelho” Kindergarten, when, in
1977, residents close to this institution were against an expansion renovation at this
Kindergarten, as it would interfere with the access road to the street. Therefore, they signed a
petition and handed it to the mayor so that the expansion would not take place, arguing that the
dimensions were sufficient to accommodate all the children and, instead of the expansion, a
square should be built so that parents and children could had moments of leisure (Residents...,
1977).
The renovations were reported in the newspapers in Marilia and were constantly
delivered late, as occurred with the installations of several Kindergartens in the municipality.
It is important to understand that in the city of Marília, before there was the first
Kindergarten, institutions were installed that covered Primary and Pre-Primary Education, the
latter of which began in the city in 1929, with the installation of a Garden mixed Kindergarten
and, in 1931, privately with two additional Kindergartens, where children aged 4 to 6 were
6
It is noteworthy that this mayor also inaugurated other educational institutions, such as a rural school and a school
in the Castelo Branco nucleus of the city of Marília/SP (Com duas..., 1969).
Kindergartens in the municipality of Marília/SP
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cared for. Thus, one is directed by Professor Balthazar de Godoy Moreira
7
and the other is
directed by Professor Angelina Roselli. Active school methods were used in these institutions
(Tobias, 1990).
In 1966, in the city, the “Ignácio de Loyola Torres” daycare center was opened, which
until 1997 was maintained by the Spiritist Center “Amantes da Poveridade”. It was welfare-
oriented and was founded by spiritist members. It served children from 1 month to 6 years of
age full-time and children from 7 to 13 years of age during their studies. In the city, at that time
there was government aid for philanthropic and welfare entities
8
(Marquizeli, 2018).
Still in the 1960s, the “Monsenhor Bicudo” Institute of Education building was built in
the city and the Faculty of Medicine of Marília/SP was installed (Tanuri, 2001).
There was also the institution “Children's Home”
9
, “Children's Restaurant”, “ Amélie
Boudet ” (at the time it was a “Girls' Home”) and the “Catholic Youth”
10
and “Alziro Zarur”
nursery schools. With private initiatives, there was the Colégio Sagrado Coração de Jesus (with
a gymnasium and Normal School), the Colégio Cristo Rei and the “Bezerra de Menezes”
school.
Final remarks
In the city of Marília/SP, care for children of pre-primary school age began in 1929, with
the installation of a mixed Kindergarten, and in 1931, privately, they had two kindergartens.
However, in 1937, in a pioneering way, a municipal Kindergarten was opened that
served beyond kindergarten age and, in the 1960s, it had the largest number of facilities in the
city. When the Institute of Education was also installed, an important institution that covered
several levels of education, with teacher training as its central axis.
7
For more information about this renowned educator from the city who has a primary and secondary school named
after him, consult the research results, published by Conceição (2012).
8
It is noteworthy that in 1997, this institution became the “Mãe Cristina” nursery, serving children aged 4 months
to 2 years and also offering an outpatient clinic with pediatrics, a nurse and a nursing assistant to care for children
(Marquizeli, 2017, 2018). As of 2013, in Marília/SP, nurseries were called Emeis, which made it possible to receive
technical and financial assistance from programs aimed at Early Childhood Education, due to the fact that
previously these institutions only received assistance from federal programs for daycare centers.
9
It appeared in the city in 1949, located on Avenida Santo Antônio, and was the initiative of Olívia Almeida,
widow of Colonel Galdino de Almeida. The origin of the creation was aimed at helping abandoned minors. In
1956, next to the building of this institution, the “Dona Nhanhã” daycare center was installed (Lara, 1991).
10
Located at Rua Paraíba, no. 280, it was created in 1943, it was an initiative of the Free Catholic Youth Schools
of Marília/SP, seeking to encourage the physical and intellectual education of children, young people and adults.
It served children from months to 6 years old (Lara, 1991).
Aline de Novaes CONCEIÇÃO and Macioniro CELESTE FILHO
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18171 17
The installations related to the kindergartens in the municipality of Marília, whether
regarding the beginning of service or the transformations of the physical elements of these
institutions, were reported in the issues of newspapers in Marília and, often, at the inauguration
of these elements, there was the presence of authorities. A fact that was also observed by
Oliveira (2010) in the first Kindergarten in Sorocaba/SP, which was inaugurated in the presence
of politicians (including the mayor and his family) and the general population.
Kindergartens were the origin of Municipal Early Childhood Education in the city of
Marília/SP, which was and is of great importance to residents. Considering that installing a
municipal Kindergarten in the interior of São Paulo meant being recognized, as it was a public
policy that gave visibility to politicians, the fact also met a demand from the population, which
lacked educational institutions to care for children.
Therefore, installing a Kindergarten in the city of Marília was a necessity for families
and a political campaign instrument for mayors, being directly related to exposure and positive
visibility.
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CRediT Author Statement
Acknowledgments: Not applicable.
Funding: National Council for Scientific and Technological Development (CNPq).
Conflicts of interest: There are no conflicts of interest.
Ethical approval: Respected, but submission to the committee was not required.
Availability of data and material: Not applicable.
Author contributions: The authors contributed equally to the conception, execution and
writing of the work.
Kindergartens in the municipality of Marília/SP
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024026, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18171 22
Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.
Review, formatting, standardization and translation.